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Sumário

Conteúdo
1

Apresentação....................................................................................................................................................... 6

História do Rito Brasileiro ................................................................................................................................ 7

A Criação do Rito Brasileiro ........................................................................................................................... 11

O Idealizador ‐ LAURO SODRÉ .................................................................................................................. 11

A Consolidação do Rito Brasileiro ‐ O Despertar em 1940 ....................................................................... 14

O Irmão Álvaro Palmeira ........................................................................................................................... 16

A Consolidação do Rito Brasileiro.............................................................................................................. 17

Documentos do Rito Brasileiro .......................................................................................................................... 22

Tratados de Amizade ......................................................................................................................................... 23

Preceitos do Rito Brasileiro ........................................................................................................................... 26

Estrutura Doutrinária..................................................................................................................................... 26

1 – Lojas Simbólicas: .................................................................................................................................. 26

2 – Os Capítulos: ........................................................................................................................................ 27

3 – Os Grandes Conselhos: ........................................................................................................................ 27

4 – Os Altos Colégios: ................................................................................................................................ 27

5 – As Oficinas Integradas dos Graus Superiores: ..................................................................................... 27

6 – O Sumo Grau 33:.................................................................................................................................. 27

Dinâmica e Procedimentos Ritualísticos ....................................................................................................... 28

Traje do Maçom......................................................................................................................................... 28

Circulação e Saudação em Loja ..................................................................................................................... 29

Disposição e Decoração do Templo .............................................................................................................. 32

Luzes do Altar do Venerável e Altares dos Vigilantes ................................................................................... 34


Sinais e Uso da Palavra ...................................................................................................................................... 36

Substituição Eventual de Luzes, Dignidades ou Oficiais ................................................................................ 38

Entrada após o ínicio dos Trabalhos: ............................................................................................................. 39

Ordem dos Tabalhos.......................................................................................................................................... 39

A – Sessão Ordinária ...................................................................................................................................... 39

1. Preparação............................................................................................................................................. 39

Ingresso no Templo ................................................................................................................................... 40

Abertura dos Tralhos ..................................................................................................................................... 41

Cermônia das Luzes ................................................................................................................................... 42

Transmissão da Palavra Sarada ................................................................................................................. 43

Abertura do Livro da Lei. .............................................................................................................................. 43

Leitura e Aprovação do Balaustre ................................................................................................................ 44

Expediente .................................................................................................................................................... 44

Saco de Propostas e Informações................................................................................................................. 44

Ordem do Dia ................................................................................................................................................ 45

Entrada dos Visitantes ................................................................................................................................... 45

Escrutínio Secreto .......................................................................................................................................... 46

Tempo de Instrução ....................................................................................................................................... 46

Tronco de Beneficência ................................................................................................................................. 47

Palavra ao Bem Geral da Ordem e do Quadro .............................................................................................. 47

Retirada das Autoridades .............................................................................................................................. 48

Encerramento ................................................................................................................................................ 48

Procedimentos Preparatórios ................................................................................................................... 48

Fechamento do Livro da Lei....................................................................................................................... 49

Amortização das Luzes .............................................................................................................................. 49

Conclusão .................................................................................................................................................. 49

Cadeia de União......................................................................................................................................... 50
Suspensão dos Trabalhos para recreação. ................................................................................................ 51

Sessão Magna de Iniciação ............................................................................................................................ 52

Introdução ................................................................................................................................................. 52

Orientações gerais para uma sessão de Iniciação ..................................................................................... 53

Atividades exercidas pelo Mestre de Cerimônias ..................................................................................... 55

Atividades Exercidas pelo Experto ............................................................................................................ 57

O Porta Estandarte na Consagração do Neófito........................................................................................ 60

Culto ao Pavilhão Nacional ........................................................................................................................ 61

Entrada do Pavilhão Nacional.................................................................................................................... 62

Saída do Pavilhão Nacional........................................................................................................................ 63

Normas Gerais de Comportamento Ritualístico............................................................................................ 67

Da Administração da Loja .................................................................................................................................. 73

Dos Deveres da Loja .......................................................................................................................................... 74

Das Proibições da Loja ....................................................................................................................................... 75

Dos Direitos da Loja ........................................................................................................................................... 76

Dos Deveres do Maçom .................................................................................................................................... 78

Dos Direitos do Maçom ..................................................................................................................................... 80

Das Colações de Graus ...................................................................................................................................... 81

Do Mestre Instalado .......................................................................................................................................... 83

As Funções ......................................................................................................................................................... 84

Do VENERÁVEL MESTRE ................................................................................................................................ 84

Dos VIGILANTES ............................................................................................................................................. 87

Do ORADOR ................................................................................................................................................... 89

Do SECRETÁRIO ............................................................................................................................................. 90

Do TESOUREIRO ............................................................................................................................................. 92

Do CHANCELER .............................................................................................................................................. 93

Do HOSPITALEIRO .......................................................................................................................................... 94
Do MESTRE DE CERIMÔNIAS ......................................................................................................................... 95

Do ARQUITETO .............................................................................................................................................. 96

Do PORTA‐BANDEIRA .................................................................................................................................... 97

Do PORTA‐ESTANDARTE ................................................................................................................................ 98

Do MESTRE DE BANQUETES .......................................................................................................................... 99

Do BIBLIOTECÁRIO ....................................................................................................................................... 100

Do MESTRE DE HARMONIA ......................................................................................................................... 101

Dos COBRIDORES ......................................................................................................................................... 102

Dos EXPERTOS ............................................................................................................................................. 103

Dos DIÁCONOS ............................................................................................................................................ 104

Faixa de Tratamento aos Visitantes ................................................................................................................ 106

Tratado Maçônico de Rerratificação de Reconhecimento, Amizade e Aliança ...................................... 107

Das Comissões ............................................................................................................................................. 108

Comissão de Finanças .............................................................................................................................. 108

Comissão de Admissão e Graus ............................................................................................................... 108

Comissão de Beneficência ....................................................................................................................... 108

Dos Deputados ............................................................................................................................................ 110

Bibliografia .............................................................................................................. Erro! Indicador não definido.


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Apresentação
Inicialmente gostaria de informar que esse trabalho é um compêndio de vários livros,
textos, artigos e cartilhas disponibilizados de forma gratuita e livre acesso na Internet. Foi
organizado com o objetivo dirimir dúvidas e tentar atingir uma padronização na ritualística
desenvolvida pelas Lojas que adotam o Rito Brasileiro, tendo como base os rituais do
Grande Oriente do Brasil (Rito Brasileiro), do Regulamento Geral da Federação e da
Constituição do Grande Oriente do Brasil.

Conforme preceitua os nossos rituais: “Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer Sessão, é


PROIBIDA a inclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou
permissões que aqui não constem ou não estejam previstos, assim como é VEDADA
exclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões que
aqui constem ou não estejam previstos, sendo que a transgressão destas advertências
configura ILÍCITO MAÇÔNICO SEVERO E COMO TAL SERÁ TRATADO” (Ritual de
Aprendiz-Maçom do Rito Brasileiro – GOB /Edição 2009 - pg.17).

Diferentemente do que sempre é apresentado em outras cartilhas, optamos em ilustra-la


na medida do possível. Acrescentamos alguns documentos que acreditamos que seja de
vital importância para o conhecimento de todo o maçom que se pratica o Rito Brasileiro.

Sempre fui um sonhador, e dentre os grandes anseios que tenho pela Ordem é que
possamos um dia atingir uma uniformização nas práticas ritualísticas apresentadas em
nossos Rituais e, para isso, é necessário à vontade de muitos, é preciso que vários irmãos
abracem a causa em instruir e seguir os rituais conforme as orientações, que possamos
colocar em prática com vontade e maestria na execução dos atos, sem achismos,
hibridismos, vontades impostas ou até mesmo práticas caducas que não condizem mais
com o ritual, que nossa ritualística seja a pura essência do Rito Brasileiro.

Glauber Santos Soares .ˑ.


Mestre Maçom
33° - Servidor da Ordem, da Pátria e da Humanidade
7

O Rito Brasileiro
História do Rito Brasileiro

Em 1834, Miguel Antônio Dias, sob o pseudômino


de UM CAVALEIRO ROSA-CRUZ, lança em
Portugal, na cidade de Lisboa, o livro "Biblioteca
Maçônica" ou "Instrução Completa do Franco-
Maçon", que se constituía uma obra clássica
inspirada num dos mais famosos manuais
franceses da época, o de François Etiene Bazot, e
essa edição abrangia apenas os Ritos Francês
e de Adoção. O que nos chama atenção é o
Prólogo dessa importante obra, onde o autor
solicitava aos Orientes de Portugal e do Brasil a
criação de um Rito novo e independente, que
tendo por base os Três Graus Simbólicos e
comum a todos os Ritos, tivesse, contudo, os Altos
graus Misteriosos diferentes e nacionais.

Sua proposta foi considerada por muitos um


exagero, pois salientavam que "a Maçonaria

Figura 1 ‐ Estandarte do Supremo Conclave do Universal não poderia tornar-se nacional, apenas".
Brasil
Contudo, entendemos e acordamos que o autor
não propunha quebrar o Landmark da
Universalidade Doutrinária da Tradição Maçônica; ele o afirma nos três graus simbólicos,
que seriam comuns a todos os Ritos, porém os Altos Graus "seriam formulados sob a
influência do meio histórico e geográfico da Pátria em que se vive, sob sua índole,
inspiração e pendores".

O Grão-Mestre Álvaro Palmeira, consolidador do moderno Rito Brasileiro e seu Grande


Instrutor-Geral, destaca que a Maçonaria é universal e una, mas em cada País assume
características peculiares, consoante à história e a índole de cada povo, exatamente como
acontece com a Arte, a Ciência e a Religião.

II ‐ A QUESTÃO RELIGIOSA NAS PROVÍNCIAS DE PERNAMBUCO E DO PARÁ


O Estado Brasileiro, nos idos de 1850, com intuito de superar as dificuldades que a Igreja
causava ao progresso do País, aos poucos, por meio de leis ordinárias foi paulatinamente
afastando a Igreja de determinadas prerrogativas: criação do registro civil obrigatório,
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criação do casamento civil, construção de cemitérios pelas câmaras municipais sem


qualquer dependência da autoridade eclesiástica, revisão de decisões dos padres por
tribunais ou magistrados civis.

O clero achava que a Maçonaria era a fonte de conspiração dessas reformas, dando início
a um embate dos bispos contra a Arte Real.

Contudo, na época, existiam inúmeros sacerdotes filiados à Ordem e pessoas ilustres que
pertenciam às Irmandades religiosas e eram Maçons.

A partir de 1872, na Província de Pernambuco, com a chegada do Frei Vital Maria


Gonçalves de Oliveira, Bispo de Olinda, o embate entre a Igreja pernambucana e a
Maçonaria chegou ao seu clímax, proibindo que o clero funcionasse em cerimônias
Maçônicas.

D. Vital de posse de inúmeros nomes de sacerdotes


filiados à ordem e de maçons pertencentes às Irmandades
religiosas, publicados pelos jornais, articulou-se
violentamente para afastar os clérigos da Maçonaria e
expulsar os Maçons das Irmandades.

As Irmandades se recusaram a expulsar seus Irmãos


Maçons e foram interditadas pelo Bispo, isto é, foram
proibidas de assistirem missa como sociedades religiosas.
Nesta altura a contenda se estendeu para a Província do
Pará, onde o Bispo D. Antônio Macedo imitava o Bispo de Figura 2 ‐ 1º Avental do Rito Brasileiro
Olinda.

O desenrolar da história acabou por envolver o Imperador D. Pedro II, que teve sua figura
aviltada pelos Bispos, que quando instados a suspenderem suas ações, não
reconsideraram os seus atos, de fecharem setenta Irmandades, capelas e igrejas e
procissões.

Esgotado o diálogo, D. Vital e D. Macedo foram presos após recurso do Imperador ao


Conselho do Estado, pois os Bispos estavam fora da lei por negarem legitimidade ao
beneplácito imperial que validava as Bulas do Papa, pois as Bulas que excomungavam os
Maçons não foram submetidas a D. Pedro II.

Os clérigos foram anistiados em 1875, pelo Duque de Caxias, Maçom e Presidente do


Gabinete, que em pouco tempo galgaria ao Grão-Mestrado da Ordem, a contragosto do
Imperador, que transformou a contenda em caso pessoal, nunca perdoando aos Bispos,
mesmo depois da anistia.

Luis Alves de Lima e Silva demonstrou com a sua magnaminidade, que na maçonaria há
tolerância, solidariedade humana e fraternidade.
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III ‐ A MAÇONARIA DO ESPECIAL RITO BRASILEIRO


No período compreendido entre 1878 a
1882, o negociante José Firmo Xavier criou
uma sociedade secreta à feição da
Maçonaria, colocando-a sob os auspícios da
S. M. Imperador D. Pedro II, da Família
Imperial e do Papa, era a Maçonaria do
Especial Rito Brasileiro para as Casas do
Círculo do Grande Oriente de Pernambuco.

Tinha por finalidade defender a religião


católica, sustentar a Monarquia Brasileira,
praticar caridade, desenvolver as ciências, as
letras, as artes, a indústria, o comércio, a
agricultura e contribuir para a extinção do
elemento servil.

Era destinada somente a todos os brasileiros


natos, sem distinção de classe, como
especifica o art. 3º da sua Constituição.

A base do Rito era a Maçonaria Simbólica


Figura 3 ‐ Brasão do Supremo Conclave do Brasil
com seus três Graus Simbólicos. Sobre essa
base erguia-se a hierarquia dos 20 Altos Graus. As Lojas Simbólicas de hoje eram
chamadas de Casas e tomavam o nome que quisessem, mas não podiam substituí-lo sob
pretexto algum. Quando uma Casa abatia colunas, era proibido se instalar outra com o
mesmo nome.

A Constituição deste Rito, em diversos artigos, referia-se à emancipação dos escravos,


dispensando carinho e atenção à alforria, inclusive com a criação de um cofre especial
para se deitar o óbulo que quiserem a bem da emancipação dos escravos, que era
comemorada com festa, na data magna do aniversário do Rito, no dia 29 de Junho, com a
entrega solene das Cartas dos Libertos pelo respectivo cofre de emancipação.

A Regência das Casas durava o período de um ano, e era composta de um Venerável,


quatro Vigilantes (dois titulares e dois suplentes), um orador, um Secretário, um
Tesoureiro, um Fiel, dois Guardas da Cruz, quatro Defensores e quatro Acusadores, quatro
Sindicantes, quatro Mestres, quatro Andadores e dois Guardas do Templo. O Irmão eleito
Venerável só poderia ser reeleito depois de findar quatro anos da sua administração.

Além do Oriente, os Irmãos tomavam assento na Coluna do Norte do Vale do Soberbo


Amazonas, de responsabilidade do Primeiro Vigilante, e na Coluna do Sul do Vale do
Prata, sob os cuidados do Segundo Vigilante; pediam Vênia por duas palmas ao
Venerável.
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O Ir:. Orador tinha assento em lugar especial ao lado esquerdo do venerável; além de
exercer as atuais atribuições do cargo, ele também era o relator de todos os processos,
que eram entregues ao Acusador.

Os Irmãos Acusadores (Coluna do Norte) eram responsáveis pela acusação das faltas e
erros dos irmãos, sendo a escolha de um deles por votação da Regência. Os Irmãos
Defensores (Coluna do Sul), eram ocupados na defesa dos Irmãos processados, sendo um
deles escolhido pelo Irmão acusado.

Os Irmãos Sindicantes tomavam assento na Coluna do Prata (2) e na Coluna do


Amazonas (2) e eram responsáveis "em bem examinar e indagar das faltas chegadas quer
pela voz pública, ou pelas pranchas que receberem".

Os Irmãos Mestres tomavam assento em ambas as Colunas e dentre outras


competências, eram responsáveis "por ensinar aos Irmãos da sua Coluna os toques e
sinais e escrituração para bem poderem gozar e vencerem nos mistérios da Santa
Irmandade", bem como executar todo trabalho cerimonial do Rito e de fazerem a polícia
interna do Tabernáculo.

Os Guardas da Cruz, também tomavam assento em ambas as Colunas e eram chamados


pelo Venerável para junto do dossel quando tiver de descerrar o Santo Padroeiro e aí
ficarão de pé até o fim do ato.

Os Guardas do Templo exerciam as mesmas funções dos nossos


atuais Cobridores, sendo que, o que se encontrava no interior do
Templo transmitia ao 2º Vigilante tudo que de fora do Tabernáculo
lhe era comunicado.

Foi criado um Supremo Conselho do Grande Oriente em


Pernambuco, ao qual ficará sujeita a Maçonaria do Especial Rito
Brasileiro, que tinha o Imperador D. Pedro II, a S. S. Pontifica e os
Príncipes da Família Imperial como Grandes Chefes Protetores,
com o Grau 23, e como Grande Chefe Propagador e vitalício, com
o Grau 22, o autor da ideia, José Firmo Xavier. Em caso de sua
morte o Grande Chefe Propagador seria substituído, por eleição do
Supremo Conselho, tomando o que o substituir o título de Chefe
Conservador.

O autor do Rito encaminhou ao Imperador D. Pedro II uma cópia


da Constituição do Rito acompanhada de uma lista com os 838
Figura 4 ‐ Conferência do
Supremo Conclave do nomes de irmãos, denominada "Caderneta Nominal dos Sócios da
Brasil Nobre e Augusta Casa Maçônica do Especial Rito Brasileiro
Coração Livre e Popular propagada e instalada em Pernambuco".
Foi observado que após o nome de muitos, havia a palavra - Republicano.
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O Irmão Mário Behring informa que a tal lista foi enviada a D. Pedro II acompanhada da
Constituição, para que ele naturalmente soubesse quais os seus defensores em
Pernambuco, o que não se acredita, pois nessa extensa relação havia vários republicanos
que, certamente, não seriam as pessoas indicadas para a defesa do Imperador.

Para Álvaro Palmeira, Grão-Mestre Honorário e Grande Instrutor do Rito Brasileiro, em


decorrência dos fatos anteriormente relatados, era bem provável que Firmo Xavier queria
fechar as feridas deixadas, sobretudo em Pernambuco, pela "Questão Religiosa", e
sonhando ardentemente ver essa amizade restabelecida, colocou o seu Rito sob a
proteção de D. Pedro II, da Família Imperial e do Papa.

Ainda, Álvaro Palmeira julga que o Rito não prosperou, por conter preceito de
irregularidade, como a só admissão de brasileiro nato.

Assim, apesar de tudo, a Maçonaria do Especial Rito Brasileiro não alcançou seus
desígnios e abateu colunas talvez antes do tempo.

A CRIAÇÃO DO RITO BRASILEIRO

IV ‐ O IDEALIZADOR DO RITO BRASILEIRO ‐ LAURO SODRÉ


O General Lauro Sodré e Silva assumiu o
Grão Mestrado da Maçonaria em 21 de
junho de 1904, e durante quase treze anos
empunhou o Supremo Malhete, após
diversas reeleições. Ao assumir os
desígnios da Maçonaria Brasileira, Lauro
Sodré já era uma figura respeitada e
admirada no cenário político nacional.
Destacou-se na campanha abolicionista e
na propaganda republicana; foi discípulo
dileto de Benjamim Constant e seu
secretário quando este foi Ministro da
Guerra; presidiu a Província do Pará, pela
primeira vez, aos 33 anos incompletos, em
1891; opôs-se incisivamente ao golpe
militar promovido por Deodoro, em 1891,
contribuindo para a renúncia do ditador[1];
foi Senador pelo Pará (1897-1902) e pelo
Distrito Federal (1903).

O Irmão Lauro Sodré cultuava a liberdade


e o livre arbítrio, e por isso participou do

Figura 5‐ Grão Mestre Lauro Sodré e Silva levante da Escola Militar da Praia
Vermelha contra a obrigatoriedade da
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vacinação contra a febre amarela, não por oporem-se contra a vacinação, mas contra a
sua obrigatoriedade.

Esse foi o homem que conquistou o Supremo Malhete, em 1904, e deteve o expressivo
apoio e veneração de seus Irmãos, produzindo inúmeras realizações, entre as quais
destacamos: a criação do Grande Oriente do Amazonas; a elaboração da nova Lei Magna
do Grande Oriente, conhecida como Constituição Lauro Sodré (1907); a criação do Grande
Capítulo do Rito de York (1913); promoveu o estreitamento de relações com a Grande Loja
Unida da Inglaterra, celebrou Tratados de Paz e Amizade com o Grande Oriente da
Argentina (1904) e com o Grande Oriente Lusitano (1907); criou o ensino primário
obrigatório para filhos de Maçons (1915); registro do patrimônio maçônico (1916) e a
organização do Gabinete das Insígnias.

Contudo, podemos afirmar que a mais importante das suas contribuições para a maçonaria
Brasileira foi, indubitavelmente, a criação do Rito Brasileiro.

V ‐ A CRIAÇÃO DO RITO BRASILEIRO DE LAURO SODRÉ


Não se sabe quais as razões que levaram Lauro Sodré a fundar o Rito Brasileiro. Teria
sido uma resposta ao apelo do "Cavaleiro Rosa-Cruz" (1894), ou influência da Maçonaria
do Especial Rito Brasileiro criada por José Firmo Xavier (1978 - 1882)?

Contudo, o que existe de mais concreto é que várias reuniões de Maçons ocorreram na
casa do General José Joaquim do Rego Barros, no Quartel da Antiga Artilharia de Costa,
em 1914, onde o ideal trazido pelo General Lauro Sodré, o criador da ideia, tomou corpo.
Participaram dessas reuniões e de outras ocorridas no Grande Oriente do Brasil, quando
foi tratada a fundação do Rito, os Irmãos: Lauro Muller, Dr. Nilo Peçanha, Dr. José Mariano
Carneiro da Cunha, Amaro Albuquerque, A. O. de Lima Rodrigues, Coelho Lisboa, Eugênio
Lopes Pinto, Evaristo de Morais, Firmo Braga, Floresta de Miranda, Horta Barbosa,
Joaquim Xavier Guimarães Natal, Leôncio Correia, Mário Behring, Monteiro de Souza,
Otacílio Câmara, Otávio Kelly, Ticiano Corrégio Daemon, Tomaz Cavalcanti, Veríssimo
José da Costa e Virgílio Antonino.

As personalidades que se reuniam na casa do Comandante do antigo Quartel de Artilharia


de Costa, no Rio de Janeiro, eram destacadas figuras da intelectualidade, da sociedade e
da política.

Finalmente, o Conselho Geral da Ordem, presidido pelo Poderoso Irmão Lauro Sodré, se
reuniu em Sessão Ordinária no dia 21 de dezembro de 1914 e deliberou pelo
reconhecimento e adoção do Rito Brasileiro, gozando das mesmas regalias concedidas
aos demais Ritos reconhecidos pelo Grande Oriente do Brasil, conforme proposta
apresentada pelo Irmão Grande Orador Interino Eugenio Pinto, aprovada pelos presentes,
havendo apenas um voto contrário à medida, do Poderoso Irmão Carlos Duarte, que
achava desnecessário mais um Rito. Participaram da reunião, além dos já citados: Dr.
Ticiano Daemon, Dr. Horta Barbosa, Dr. Monteiro de Souza, Dr. Octacílio Câmara, Dr.
Floresta de Miranda, Dr. Loureiro de Andrade e Dr. Firmo Braga.
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No dia 23 de dezembro de 1914, era baixado o Decreto nº 500, com o seguinte texto: .
"Lauro Sodré, Grão Mestre da Ordem Maçônica no Brasil; Faz saber a
todos os maçons e oficinas da Federação, para que cumpram e façam
cumprir, que em Sessão efetuada no dia 21 de dezembro deste ano,
Ilustríssimo Cons:. Ger:. da Ord:. aprovou o reconhecimento e
incorporação do Rito Brasileiro entre os que compõem o Grande Oriente
do Brasil, com os mesmos ônus e direitos, regido liturgicamente pela sua
constituição particular, respeitado o dispositivo do art. 34º do Reg:. Ger:. ,
ficando autorizada a funcionar a sua Grande Loja, intermediária das
relações entre os Irmãos do Rito e entre estes e os Poderes Maçônicos de
que trata o art. 4º do Reg:. Ger:., o que é promulgado pelo presente
decreto".

Assinavam o decreto, Lauro Sodré, Grão-Mestre da Ordem; Ticiano Corregio Daemon,


Grande Secretário-Geral da Ordem; e A. O. Lima Rodrigues, Grande Chanceler.

Contudo, Lauro Sodré, em decorrência de ter sido eleito para a Presidência da Província
do Pará, e por ter de fixar sua residência fora da sede do Grande Oriente solicitou sua
renúncia ao cargo de Grão-Mestre. Consternado, o Conselho Geral da Ordem, em março
de 1916, a aceitou, assumindo interinamente o Contra-Almirante Veríssimo José da Costa.

Felizmente, o Soberano Grão-Mestre em exercício Veríssimo José da Costa se interessava


bastante pelo Rito Brasileiro e graças à ele, em 16 outubro de 1916, o Decreto nº 500, de
23 de dezembro de 1914, foi remetido para ser homologado pela Soberana Assembleia
Geral, que reconheceu, consagrou e autorizou o Rito Brasileiro, por estar em harmonia
com os princípios maçônicos, cumprindo-se, assim o preceito do EX-VI do nº 13 do art. 35
da Constituição de 24 de fevereiro de 1907.

A homologação deu origem ao Decreto nº 536, de 17 de outubro de 1916, em cujo texto o


Grão Mestre da Ordem em exercício, em conformidade com a resolução da Soberana
Assembléia-Geral, reconhecia, consagrava e autorizava o Rito Brasileiro criado e
incorporado ao Grande Oriente do Brasil pelo Decreto nº 500, de 23 de dezembro de
1914.

Prosseguindo, em 17 de Junho de 1917, o Soberano Grão-Mestre Veríssimo da Costa,


baixou o Decreto nº 554, que adotava e incorporava ao patrimônio da legislação do Grande
Oriente do Brasil a Constituição do Rito Brasileiro, contendo a sua Declaração de
Princípios; Estatutos; Regulamentos; Rituais e Institutos.

Em 1919, Veríssimo da Costa num gesto de grande magnaminidade, antes de entregar a


Chefia da Ordem á Nilo Peçanha, concedeu ao Irmão Lauro Sodré, o título de Grande
Benemérito da Ordem pelos serviços especiais, extraordinários e relevantes prestados aos
ideais Maçônicos, bem como o de Grão-Mestre Honorário da Ordem, reconhecendo o
profícuo trabalho deste insigne brasileiro em prol da Maçonaria Brasileira.
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O Rito Brasileiro, desde o seu surgimento, em 1914, foi se oficializando sem pressa, como
vimos. Depois, ficou adormecido por várias razões, entre as quais destacamos a eclosão
da guerra de 1914-1918, bem como a intolerância de Maçons que viam o Rito com
desconfiança e má fé e porque também não tinha constituída a Oficina-Chefe, isto é, o
Supremo Conclave, o que só viria a ocorrer em 1941, sob o nome de Conclave dos
Servidores da Ordem e da Pátria.

Outro agravante era não existirem Rituais, nem para os três Graus Simbólicos, e só em
1940, Octaviano Menezes Bastos redigiu e imprimiu o Grau Um, e Álvaro Palmeira redigiu
e imprimiu o Grau Dois, ambos adotados pelo Conclave. Palmeira ainda redigiu o Grau
Três, mas não o imprimiu.

Quando o Rito Brasileiro surgiu, veio com 33 Graus, sendo 3 Graus Simbólicos
obrigatórios, e as 5 Ordens de Altos Graus, que de acordo com a Constituição de 1917
eram: Cavaleiro do Rito; Paladino de Deus; Apóstolo do Templo; Defensor do bem Público
e Servidor da Ordem e da Pátria.

Em 1919, foi impressa a primeira Constituição do Rito, sendo seu relator o Ir:. Octaviano
Bastos, nela contendo, além dos 3 Graus Simbólicos, haviam 4 Títulos de Honra,
correspondentes aos Graus 18, 21, 30, 33: Cavaleiro do Rito, Paladino do Dever, Apóstolo
do Bem Público e Servidor da Ordem e da Pátria.

Desde o início a nomenclatura dos 30 Altos Graus se afastou inteiramente da


nomenclatura escocesa.

Desde 1914, o Rito se declarou teísta, como o Rito de York, admitindo a existência de
Deus, o Supremo Arquiteto, e sua ação providencial no Universo.

A primeira Loja do Rito foi fundada na Província de Pernambuco, depois, em 1928, surgiu
a Loja Ypiranga, em São Paulo. Acanhadamente surgia uma Loja do Rito Brasileiro aqui e
ali, que sem mais nem menos, abatia colunas ou simplesmente mudava de Rito, porque
não encontrava ambiente favorável ou por falta absoluta de Rituais e de Oficina Chefe, e
essa situação perdurou até a década de sessenta, quando assumiu a Direção do Grande
Oriente do Brasil, o Irmão Professor Álvaro Palmeira, responsável pela consolidação do
Rito Brasileiro

VI ‐ A Consolidação do Rito Brasileiro ‐ O DESPERTAR EM 1940


Na Ordem do Dia da Sessão Ordinária do Conselho Geral da Ordem, ocorrida a 22 de
julho de 1940, Octaviano Bastos faz a leitura do projeto da nova Constituição do Rito, que
é aprovado com algumas emendas. Na mesma Sessão ordinária também é aprovado o
projeto de lei que autorizava ao Grão-Mestre:

a) Ativar o funcionamento do Rito Brasileiro de conformidade com a sua Constituição e a


iniciar a formação do seu Conclave, nomeando seus primeiros fundadores;
15

b) Estimular a instalação da primeira Oficina do Rito dispensando todas as taxas a que


estiver sujeita e os emolumentos dos três primeiros profanos que nela se iniciarem;

c) Conceder favores idênticos às Oficinas que passarem a funcionar seguindo o R:.B:.,


dentro do prazo de 180 dias, renunciando ao regime Capitular;

d) Providenciar junto ao Conclave, para que aos Maçons Capitulares dessas Oficinas
sejam concedidos Títulos do R:.B:., correspondentes aos Altos Graus possuídos, com o fim
de constituírem os respectivos Corpos.

Assim, o Grão Mestrado através do Ato nº 1617, de 03 de agosto de 1940, em atenção à


resolução tomada em Sessão Ordinária no dia 22 de julho pelo Cons:.Ger:. da Ord:.,
nomeia os IIr:. Antônio de Oliveira Brito, Octaviano Bastos, Álvaro Palmeira, Alexandre
Brasil de Araújo, Romeu Gibson, Pedro Ramos e Oscar Argollo para procederem à
formação do "Conclave do Rito".

Em janeiro de 1941, o Grão-Mestre Joaquim Rodrigues Neves, em decorrência da


Comissão ter cumprido a sua missão, nomeia a Comissão Instaladora do Conclave dos
Servidores da Pátria do Rito Brasileiro, sendo o seu presidente o Ir:. Octaviano Menezes
Bastos, e como demais membros os IIr:. Arthur Paulino de Souza, José Marcello Moreira,
Capitulino dos Santos Júnior e Aristides Lopes Vieira.

Até 1940, não existiam Rituais, nem para os três Graus Simbólicos, quando Octaviano
Bastos redigiu e imprimiu o do Grau 1, e Álvaro Palmeira redigiu e imprimiu o do Grau
2,ambos adotados pelo Conclave. Palmeira ainda redigiu o do Grau 3, mas não o imprimiu.

E tudo ali, em 1940 era patriótico: a aclamação (Ciência, Razão, Brasil), a palavra de
passe (Brasil), a decoração verde-amarelo dos templos (paredes, altares, dossel|), a
exigência de "ser preferencialmente brasileiro".

No dia 30 de abril de 1941, dá-se a regularização do Rito Brasileiro da Loja Brasil. Em 10


de julho de 1941 o Grão-Mestre Joaquim Rodrigues Neves, baixou o decreto nº 1259,
aumentando para 10 dias o número de profanos que seriam dispensados dos
emolumentos cabíveis ao se iniciarem.

Apesar de todas essas alterações e emendas na Constituição, o Rito Brasileiro não tomou
força e vigor necessário para ocupar o lugar que lhe fora destinado.

Foram reconhecidas as Lojas fundadas que preenchiam as exigências da Constituição da


Ordem e do Rito: Loja Ypiranga (SP, 1928); Loja Brasil (RS, 1941); Loja Gonçalves ledo
(MG, 1940; Loja Cruzeiro do Sul V (PI, 1949); Loja Renovação (RJ, 1956); Loja Clementino
Câmara (RN, 1958), que chegou a publicar por conta própria, em 1966, o Ritual do 3º
Grau, adaptando-o do escocês, para suprir a omissão que havia; Loja Fraternidade e
Progresso III (RJ, 1959; Loja Alvorada (SP, 1959), e Loja Quatorze de Julho V (1961).
16

Entretanto essas Lojas tiveram vida curta ou mudaram de Rito, pelas razões já citadas e
pela ausência de um grupo efetivamente dedicado.

Esse quadro só começaria a ser mudado com a eleição do Irmão Álvaro Palmeira, que
como candidato único, embora relutante em aceitar a sua indicação do seu nome para o
alto cargo, foi eleito tranquilamente em 1963.

VII ‐ O IRMÃO ÁLVARO PALMEIRA:


O Ir:. Álvaro Palmeira, em 1920, foi iniciado, com a idade mínima, na Loja Fraternidade
Española, do Rito Moderno, no Grande Oriente do Brasil. Ocupou todos os cargos dentro
da Maçonaria. Em 1944, em decorrência de discordar da atuação do Grão-Mestrado da
época, ele abandona "provisoriamente" o Grande Oriente do Brasil e funda o Movimento
Maçônico Restaurador, nesse ano, e a Grande Loja do Brasil, em 1945.

Palmeira contribuiu decisoriamente para a


fundação do Grande Oriente Unido, em 1948,
incorporando as Lojas Simbólicas da Grande Loja
Brasil ao Grande Oriente Unido, em 1950,
convertendo-se aquele Corpo numa Grande Loja de
Veneráveis. Em 1956, foi eleito Grão-Mestre do
Grande Oriente Unido. Em dezembro de 1956,
cessando os motivos que o afastaram do Grande
Oriente do Brasil, ele retorna, incorporando à
tradicional Potência o Grande Oriente Unido, com
51 Lojas, inclusive entregando ao GOB todo o
patrimônio móvel e imóvel, documentos e o
numerário existente no Grande Cofre.

Após esse gesto, considerou-se "simples Mestre


Maçom do Grande Oriente do Brasil".

Quando assumiu o Grão Mestrado, em 1963, entre


outras realizações, restaurou as finanças, Figura 6 ‐ Grão Mestre Álvaro Palmeira
intensificou as relações Maçônicas com quase todo
mundo, reorganizou e reabriu a Biblioteca Maçônica, graças ao trabalho do Ir:. Nicola
Aslan, Grande Secretário Geral da Cultura e Orientação, aumentou o patrimônio do GOB,
adquirindo e construindo prédios, inclusive evitando a demolição do Palácio Maçônico do
Lavradio, instalou o Grande Oriente da Bahia (1964), o Grande Oriente do Maranhão
(1966), o Conselho de Veneráveis d Distrito Federal, estreitou relações maçônicas internas
e celebrou Tratados com o Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, com o
Grande Capítulo dos Cavaleiros Noaquitas e com o Supremo Conclave do Rito Brasileiro
(1968). Ainda, criou a Mútua Maçônica e o Quaro de Hora de Estudos, nas Sessões das
Lojas.
17

Foi benemérito de diversas Lojas e Institutos, possuía um impressionante medalheiro.


Esse é apenas parte do seu Currículo Maçônico, e muito teríamos que escrever sobre o
seu currículo profano, que é realmente expressivo.

Essa é a nobre figura que dedicou seus esforços para que o Rito Brasileiro se
consolidasse e cumprisse seus desígnios. Ao deixar o Grão Mestrado em 1968, estava
convencido de que a Maçonaria não podia continuar alienada da vida contemporânea,
presa a ideias de 1717, como o que era bom há dois séculos e meio, fosse ainda bom para
s nossos dias. Para ele o Rito Brasileiro pretende abrir ou iniciar um novo período na
História da Maçonaria Universal.

VIII ‐ O NOVO DESPERTAR ‐ Álvaro Palmeira e a Consolidação do Rito Brasileiro

Quando Álvaro Palmeira assumiu o seu mandato, em 1963, o Rito Brasileiro apresentava o
seguinte cenário:

a) Era um Rito reconhecido e incorporado ao Grande Oriente do Brasil, reconhecido,


consagrado e autorizado pela Soberana Assembleia e tinha a sua Constituição adotada e
incorporada ao patrimônio legislativo do Grande Oriente;

b) Ocorreram duas tentativas para a sua implantação definitiva, uma em 1921, em São
Paulo e outra em 1940, na antiga Guanabara, com a publicação de alguns Rituais e
fundação de algumas Lojas;

c) As lojas surgidas em diversos Orientes, tanto


naquele período inicial e outras mais recentemente,
fracassaram pela falta de Rituais completos e
ausência de governo no filosofismo do Rito;

d) Dois Atos haviam sido baixados pelo Grão-Mestre,


em 1940, o de nº 1617, relacionado com a constituição
do núcleo do Corpo Máximo do R:.B:. (Supremo
Conclave), e o outro, o de nº 1636, que designava
uma comissão para sua regularização;

e) Vários IIr:. de
relevo, depois de
Figura 7 ‐ 1ª Edição da Constituição do
1940, haviam sido Supremo Conclave do Brasil
agraciados com o
mais alto Titulo do Rito, mas o Supremo Conclave, logo
adiante, adormeceu;

f) Havia, nessa época, um interesse manifesto pelo Grão-


Mestrado, em promover uma reformulação na Maçonaria

Figura 8‐ Medalha alusiva aos 100 Anos de


Fundação do Rito Brasileiro
18

no sentido de ela corresponder às exigências do momento vigente, e o Rito Brasileiro, por


seu conteúdo, era o que possibilitaria a interação da Maçonaria Contemplativa à Maçonaria
Militante, respeitando o alto conteúdo doutrinário da Instituição. A igreja católica era o
exemplo marcante de que era possível a uma instituição que cultiva a tradição, ser
evolutiva no atendimento das necessidades conjunturais da sociedade;

g) Em março de 1968, infelizmente, não havia nenhuma Loja do Rito Brasileiro do Grande
Oriente do Brasil em funcionamento, encontrando-se o Rito adormecido.

Assim, o Grão-Mestre Álvaro Palmeira, considerando o cenário existente, e o desejo


insistente de numerosos IIr:. em vários Orientes, de trabalharem no Sistema do Rito
Brasileiro, que vinham de encontro aos seus próprios anseios, e contando com o apoio e a
aprovação unânime dos IIr:. do Conselho Federal da Ordem, desencadeia o processo de
implantação regular do Rito Brasileiro, ao baixar o decreto nº 2080, de 19 de março de
1968, que teve o intuito de renovar os Superiores Objetivos do Ato nº 1617, de 03 de
agosto de 1940, como marco inicial da efetiva implantação do Rito Brasileiro, e determina
a constituição de uma Comissão Especial, composta por 15 Poderosos Irmãos, com a
finalidade de reverem, com plenos poderes, a Constituição do Rito Brasileiro, publicada
pelo Grande Oriente do Brasil, em 1940, de modo a colocar o Rito rigorosamente em
acordo com as exigências Maçônicas da Regularidade Internacional, fazê-lo Universal,
separar o Simbolismo, do Filosofismo, e tornando-o um verdadeiro veículo de renovação
da Ordem, conciliando a Tradição com a Evolução.

Participaram desta Comissão os EEm:.IIr:. Benjamim Sodré, Grão-Mestre Geral Honorário


e Erasmo Martins Pedro, Grão-Mestre Adjunto, e mais os PPod:.IIr:. Adhemar Flores,
Adalberto Alves Sarda, Álvaro de Mello Alves Filho, Ardvaldo Ramos, Cândido Ferreira de
Almeida, Edgard Antunes de Alencar, Eugênio Macedo Matoso, Humberto Chaves, Jorge
Bittencourt, Jurandyr Pires Ferreira, Norberto Santos, Oscar Argollo e Tito Ascoli de Oliva
Maya.

O Professor Álvaro Palmeira se designou Assessor desta comissão, orientando seus


trabalhos, inclusive na redação da nova Constituição do Rito, aprovada em 25 de Abril de
1968. Nela, os quatro Títulos de Honra, constantes na Constituição de 1919, transladaram-
se para as quatro Oficinas Litúrgicas: Sublimes Capítulos -
Mestres e Cavaleiros, Graus 4 a 18; Grandes Conselhos -
Missionários, Graus 19 a 30; Altos Colégios - Guardiões do
Bem Público, e do Civismo, Graus 31 e 32; e Supremo
Conclave - Servidor da Ordem e da Pátria, Grau 33.

A Comissão constituída se esforçou para por o Rito em ordem,


porque ele já era Legal, Regular e Legítimo.

A Magna Reitoria inicial tinha como Grande Primaz de Honra o


Ir:. Almirante Benjamim Sodré. O primeiro Grande Primaz de
Ofício foi o Ir:. Humberto Chaves, seguido pelos IIr:. Adhemar
19

Flores, Cândido Ferreira de Almeida. O atual Grande Primaz Nei Inocêncio dos Santos,
assumiu o cargo, ao fim da década De oitenta, com apoio de Álvaro Palmeira.

O cargo de Grande Instrutor do Rito foi desempenhado, em 1968, pelo Ir:. Professor
Álvaro Palmeira, responsável pela regularidade Maçônica do Rito e pela exação dos
Rituais.

Figura 9 ‐ Paramentos do MestreEm 10 de junho de 1968, o Grão-Mestre do Grande Oriente


Instalado do Brasil Álvaro Palmeira celebrou Tratado de Amizade e
Aliança com o Supremo Conclave do Rito Brasileiro, que foi
ratificado pela Assembleia Federal Legislativa, no dia 27 jul de 1968, definido, entre outras
importantes deliberações, que as Lojas Simbólicas do Rito pertencem à obediência do
Grande Oriente do Brasil e os Altos Graus são de responsabilidade do Supremo Conclave
do Brasil.

Palmeira, como Grão-Mestre do GOB, moldou o Rito, na área doutrinária e intelectual, na


esfera do conhecimento. Em 1968, ele deu estrutura ao Rito e escreveu todos os nossos
rituais Simbólicos e Filosóficos, exceto o do Grau 33, CUJO Rito próprio foi aprovado pelo
Supremo Conclave, em 1999, escrito de autoria do Ir:. Carlos Simões.

Em abril de 1985, quando o irmão NEI INOCÊNCIO assumiu a direção do Supremo


Conclave do Brasil por morte do Grande Primaz CÂNDIDO FERREIRA DE ALMEIDA, teve
início uma fase de remodelação doutrinária. Nesse contexto inovador, por exemplo, a
adoção dos mantos cardinalícios para os membros da Magna Reitoria (1994) e do manto
níveo (branco como a neve) para o Grande Primaz. Ainda: a ampliação do título atribuído
ao Grau 33, não apenas Servidores da Ordem e da Pátria, mas, agora, Servidores da
Ordem, da Pátria e da Humanidade (1992, na Convenção do Rito aqui no Rio de Janeiro),
a mudança da legenda Homo Homini Frater ("Homem, um irmão para o homem") para
Homo Hominis Frater ("Homem, irmão do homem") (Constituição de 2000) e o uso da
gravata bordô.

O irmão Nei como Grande Primaz constitui o terceiro importante corte na história do Rito
Brasileiro. Ele dá prosseguimento às Convenções do Rito
iniciadas por "Candinho", onde na discussão de teses se
aprimorou, até 2003, o conteúdo ritualístico dos Rituais
Simbólicos e Filosóficos; incentivou a criação de Lojas
Simbólicas e de Corpos Filosóficos, ao se deslocar
continuamente por esse imenso Brasil; criou as Delegacias
Litúrgicas do Rito, implementou e incentiva o Encontro de
Delegados Litúrgicos.

O que poucos sambem é que o Constituição do Rito


Brasileiro elaborada em 1972, concedeu o Título de Loja
Fundadora do Rito Brasileiro às 12 primeiras Lojas
Maçônicas fundadas ou que se transferiram para o

Figura 10 ‐ Soberano Irmão Nei Inocêncio Primaz do


Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro
20

Sistema do Rito Brasileiro. São elas: FRATERNIDADE E CIVISMO Nº 1697 (Rio de


Janeiro/RJ), ARARIBÓIA Nº 1698 (Niterói/RJ), CASTRO ALVES Nº 1704 (Salvador/BA),
ESTRELA DE PARACAMBI Nº 1734 (Paracambi/RJ), PIONEIROS DO PROGRESSO Nº
1731 (Rio de Janeiro/RJ), 14 DE JUNHO Nº 1747 (Santo Amaro da Purificação/BA);
GONÇALVES LEDO IV Nº 1841 (Ilhéus/BA - hoje com o Título Distintivo de ELIAS OCKE
Nº 1841), DUQUE DE CAXIAS II Nº 441 (Rio de Janeiro/RJ - nome adotado pela Loja
FRATELANZA ITALIANA original, em 20 de março de 1942, que se filiou no Rito Brasileiro
em 10 de março de 1969), DEUS, CARIDADE E JUSTIÇA II Nº 1749 (Itamarajú/BA), 16
DE JUNHO Nº 1842 (Feira de Santana/BA), UNIÃO ORDEM E PROGRESSO Nº 1229
(Campo Grande/RJ), e MONTE CASTELO Nº 1764 (Rio de Janeiro/RJ).

Considerando a importância da Fundação e da Filiação dessas primeiras Lojas para a


consolidação do Rito Brasileiro, através de Decreto estendeu a concessão do referido
Título Distintivo à todas Lojas implantadas até o final do ano de 1969, o que beneficiou as
Lojas Maçônicas AMÉRICA Nº 189 (São Paulo - SP) e a BARÃO DE TEFFÉ Nº 1436
(Itaguaí/RJ), homenageando as Lojas Simbólicas que participaram da Fundação do Rito
Brasileiro nos seus dois primeiros anos de vida.

Enfim o Rito Brasileiro conseguiu progredir, sendo escolhido para exercer um mandato de
Grande Primaz, o Soberano Irmão HUMBERTO CHAVES; seguiram-se: ADMAR FLORES,
CÂNDIDO FERREIRA DE ALMEIDA ("Candinho") e, finalmente, NEI INOCENCIO DOS
SANTOS .

Figura 11 ‐ Membros Efetivos do Supremo Conclave do Brasil


21

Figura 12 ‐ Soberano Primaz e Membros do Supremo Conclave do Brasil


22

Documentos do Rito Brasileiro

Decreto Nº 500/1914 – Criação do Rito


Brasileiro
http://www.masonic.com.br/rito/dec500.ht
m

Decreto 2.080/1968 – Reimplantação do


Rito Brasileiro
http://www.masonic.com.br/rito/doc01.htm

Documento do Rito Nº 02 – O que é o


Rito Brasileiro (1968)
http://www.masonic.com.br/rito/doc02.htm
Figura 13 ‐ Tratado de Rerretificação com o Grande Oriente
do Brasil (2010) Documento do Rito Nº 03 – O Rito é
Regular, Legal e Legítimo (1968)
http://www.masonic.com.br/rito/doc03.htm

Constituição do Rito Brasileiro ( 1968)


http://www.masonic.com.br/rito/doc04.htm

Documento do Rito Nº 10 – A Semana da Pátria (1969)


http://www.masonic.com.br/rito/doc10.htm

Documento do Rito Nº 21 – Há meio século, em 1921 a gloriosa Terra Bandeirante (1970)


http://www.masonic.com.br/rito/doc21.htm

Documento do Rito Nº 27 – Algumas regras


constitucionais (1972)
http://www.masonic.com.br/rito/doc28.htm

Documento do Rito Nº 29 – O Apelo de um século


(1972)
http://www.masonic.com.br/rito/doc29.htm

Documento do Rito Nº 37 – Regularidade d2 Rito (1976)


http://www.masonic.com.br/rito/doc37.htm

Documento do Rito Nº 43 – Síntese doutrinária da


Maçonaria (1979)
http://www.masonic.com.br/rito/doc43.htm
Figura 14 ‐ Tratado de Amizade com o
GOB 2010
23

Documento do Rito Nº 44 – Porque foi reimplantado o Rito Brasileiro? (1979)


http://www.masonic.com.br/rito/doc44.htm

Documento do Rito Nº 46 – O acendimento e a amortização das luzes. (1991)


http://www.masonic.com.br/rito/doc46.htm

Documento do Rito Nº 47 – Circulações em Loja (1991)


http://www.masonic.com.br/rito/doc47.htm

Documento do Rito Nº 48 – Simbolismo da Discrição (1992)


http://www.masonic.com.br/rito/doc48.htm

Documento do Rito Nº 49 – O Rito Brasileiro, Nacional e diferente (1996)


http://www.masonic.com.br/rito/doc49.htm

Tratados de Amizade

Figura 15 ‐ Tratado de Amizade com o GOB 2010

Tratado de Amizade com o Grande Oriente do Brasil (1968)


http://www.masonic.com.br/rito/doc06.htm

Tratado de Amizade com o Excelso Conselho da Maçonaria


Adonhiramita (1974)
http://www.masonic.com.br/rito/doc60.htm

Tratado de Amizade com o Real Arco do Brasil (2003)


http://www.masonic.com.br/rito/doc64.htm

Tratado de Amizade com o Supremo Conselho do Rito


Moderno (1985)

Figura 16 ‐ Tratado de Amizade


com o REAA 2011
24

http://www.masonic.com.br/rito/doc65.htm

Decreto 173 que dispõe sobre a concessão dos altos graus aos irmãos que praticam Rito
de York e Schoereder (2002)
http://www.masonic.com.br/rito/doc61.htm

Tratado Maçônico de Retificação de Reconhecimento, Amizade e Aliança com o Grande


Oriente do Brasil
http://www.ritobrasileirogob.com.br/portal/mnulesgis.html

Tratado de Amizade com o Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 do Rito Escocês


Antigo e Aceito (2011)
http://tresjanelas.blogspot.com.br/2011_08_13_archive.html
25

Tratado de Amizade com o REAA 2011


26

PRECEITOS DO RITO BRASILEIRO

O Rito Brasileiro é teísta, afirma a


crença em um Deus Criador.
Proclama a Glória do Supr∴
Arquiteto do Universo e a
Fraternidade dos homens, filhos do
mesmo Pai. Acata os Landmarques
e os demais princípios tradicionais
da Maçonaria. Nas Lojas Simbólicas
do Rito estarão sempre presentes as
três Luzes: o Livro da Lei Sagrada, o
Esquadro e o Compasso.

O Rito Brasileiro compõe-se de


Maçons Antigos, Livres e Aceitos e considera essenciais ao Quadro a assiduidade às
sessões e a disciplina livremente consentida. A base do Rito é a Maçonaria Simbólica de
São João (Maçonaria Azul).

ESTRUTURA DOUTRINÁRIA DO RITO BRASILEIRO:

Em cinco segmentos se estrutura o Rito Brasileiro:

1 – LOJAS SIMBÓLICAS (GRAU 1 AO 3)

2 – OS CAPÍTULOS (GRAU 4 AO 18)

3 – OS GRANDES CONSELHOS (GRAU 19 AO 30)

4 – OS ALTOS COLÉGIOS (GRAU 31 E 32)

5 – O SUMO GRAU 33.

AS OFICINAS INTEGRADAS DE GRAUS


SUPERIORES É um tipo de organização, própria do
Rito Brasileiro, para a pratica do Grau 4 ao 32,
engloba 3 segmentos.

1 – LOJAS SIMBÓLICAS:
GRAU 1 - Considerado à Fraternidade Humana, exemplifica na união dos Irmãos.
27

GRAU 2 - Consagrado à Exaltação do Trabalho Construtivo e ao Estímulo da


Solidariedade Maçônica.

GRAU 3 - Consagrando o princípio de que a vida nasce da morte.

2 – OS CAPÍTULOS:
Dedicados ao estudo da Filosofia Moral, distribuindo em 15 Graus cada um tópico especial
– 14 virtudes, culminando com o Grau Rosa-Cruz, de conteúdo Moral e Espiritual, degrau
capitular máximo.

3 – OS GRANDES CONSELHOS:
Dedicados ao estudo dos Grandes Problemas Nacionais e da Humanidade.

Do Grau 19 ao 22: aspectos ligados à Economia.

Do Grau 23 ao 26: aspectos ligados à Organização da Sociedade.

Do Grau 27 ao 30: aspectos ligados à Arte, à Ciência, à Religião e a Filosofia.

4 – OS ALTOS COLÉGIOS:
Os Graus 31 e 32: dedicados ao bem público e ao civismo, a abordagem de assuntos
políticos, tratados elevadamente, sem injunções partidárias.

5 – AS OFICINAS INTEGRADAS DE GRAUS SUPERIORES:


Utilizadas em comunidades onde não houver número suficiente de Maçons do Rito
Brasileiro para organização de Capítulos, Conselhos ou Altos Colégios. Funciona do Grau
4 ao 32 e deverá ter eleito como Presidente os Portadores de Grau mais elevado.

6 – O SUMO GRAU 33:


Máximo na hierarquia do Rito, de caráter administrativo, com tendência em Grau Superior.
SERVIDOR DA ORDEM DA PATRIA E DA HUMANIDADE.
28

DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS

TRAJE DO MAÇOM

O traje do Maçom, no Rito


Brasileiro, é composto de
terno, sapatos e meias
pretas; camisa branca;
gravata de padrão adotado
pelo Rito (bordô, lisa, sem
ornamentos), (o terno azul
marinho é admitido). Os
demais esclarecimentos
estão no RGF e na
Legislação Maçônica
vigente. Admite-se o uso do
Balandrau (veste talar,
longo, de mangas
compridas, na cor preta,
sem insígnia ou símbolo
Figura 17 ‐ Irmãos da Loja Maçônica Luz e Sabedoria : Edson Filho, Jessé Gamaliel estampados), desde que
e Hausteman Lima usado com calça preta ou
azul marinho, sapato e
meias pretas. Deve-se ressaltar que, originalmente, o verdadeiro traje maçônico é o
Avental, símbolo do trabalho, sem o qual o Maçom é considerado desnudo.

Exclusivamente o V∴M∴ usará em todas as sessões


dos Graus Simbólicos o Avental de sua dignidade e
uma Estola (padrão do Rito).

O Venerável e os Vigilantes usarão nas sessões


magnas os punhos (padrão do Rito).

OBS: Os Ex-Veneráveis usarão nas sessões apenas o


Avental de M∴I∴, com a respectiva joia.

Figura 18 ‐ Irmão Joselito Soares (Loja Luz e


Sabedoria)
29

CIRCULAÇÃO EM LOJA E SAUDAÇÃO

A circulação em Loja aberta é feita com passos


naturais e sem o Sinal de Ordem e sem o Sinal de
Obediência (muitos maçons de nosso rito acham que
tem de andar com o Sinal de Obediência, o que não
procede). Trata-se de uma prática que impõem
ordem e disciplina aos trabalhos.

Para circular em Loja, há regra básicas essenciais


que devem ser adotadas em todos os graus
simbólicos, ressalvados os procedimentos próprios
dos mesmos.

No Ocidente, caminha-se sempre virando à direita


(dextrógiro), contornando-se a Loja. Um giro completo seria: passar ao lado do 1º Vigilante,
ir até as escadas do Oriente, passar em frente ao 2º Vigilante, passar ao lado do 1º
Vigilante, sem formar esquadrias nas conversões. No Oriente, se mantém o dextrógiro,
contornando o Altar dos Juramentos, salvo expressa cominação do ritual.

Saudar o Venerável Mestre após subir os degraus para entrar e antes de sair do Oriente e
ao cruzar do Norte para o Sul, junto à balaustrada, de frente para o Venerável Mestre.

Quando o Irmão entrar ou sair do Oriente faz a saudação (pra entrar faz-se o sinal após
subir os degraus e para sair no alinhamento da balaustrada, de frente para o Venerável)
quando não estiver com nenhum instrumento de trabalho nas mãos; se estiver carregando
algum objeto saúda o Venerável com uma respeitosa inflexão da cabeça.

Falarão assentados: o Venerável, 1º e 2º Vigilantes, Orador, Secretário, Tesoureiro e


Chanceler.

Antes das sessões, todas as luzes do Templo devem ser acesas, permanecendo
apagadas somente por expressam disposição em contrário, no Ritual.

Exceções: os deslocamentos em cerimoniais próprios (recepção de autoridades, incluindo


a Bandeira Nacional; Iniciação, Elevação, Exaltação, Filiação, Regularização, recepção de
Membro Honorário, sessões públicas em geral), quando as saudações são especialmente
previstas.

O Mestre de Cerimônias, portando bastão, sempre acompanha, à direita e um pouco à


frente, os Irmãos que fora de funções específicas previstas nos rituais, eventualmente se
deslocam em Loja.

OBS: O M∴ de CCer∴ portará bastão: 1) durante os Cortejos de entrada e saída do


Templo; 2) quando acompanhar Ir∴, no decorrer da sessão; 3) nos Pálios de abertura e de
30

fechamento do Livro da Lei. Os DDiác∴ portam


bastão na formação dos Pálios quando da
abertura e fechamento do Livro da Lei.

Não há deslocamento com o Sinal de Ordem ou


Sinal de Obediência, salvo se expressamente
previsto no ritual; não há sinal com as mãos
ocupadas, ou sentado, ou andando (para um
sinal, salvo disposições expressas dos rituais,
exigem-se mãos livres, Obreiro em pé e parado,
as três condições reunidas).

Abertura da sessão, cerimônia de transmissão


da Palavra: o 2º Vigilante, após receber a
Palavra do 2º Diácono, deve bater,
imediatamente; e, tanto na abertura como no
fechamento, um diácono inicia seu
deslocamento logo que o outro recebe ou
transmite a Palavra ao 1º Vigilante, não
havendo necessidade de esperar a conclusão
total da circulação. O Rito se caracteriza por
atos rápidos, enérgicos sincronizados. O tempo
não deve ser alongado, inutilmente. Os Oficiais
devem se deslocar com passos vivos, decididos, demonstrando que conhecem o trabalho,
as Luzes também devem demonstrar que sabem a sequencia da cerimônia, não perdendo
um longo tempo, sem dar logo a batida ou bateria na hora necessária.

Iniciados os trabalhos, nenhum Irmão pode se retirar do Templo sem que o Venerável dê
permissão. Autorizado, deixará o seu óbulo no Tronco de Beneficência, se ainda não o
tiver feito.

O Irmão que ingressar no Templo, após a circulação do Tronco de Beneficência, está


isento de nele concorrer.

OBS: Todo Ir∴ que estiver circulando carregando algum objeto ou instrumento, fará
saudação, com respeitosa inflexão de cabeça.

No Rito Brasileiro não existe mais a circulação do Sac∴ de PProp∴ e IInfor∴, o mesmo
deverá ficar no sala dos passos perdido da Loja em lugar visível, os IIr∴deverão colocar ali
suas correspondências antes de adentrarem ao Templo, devendo o Ir∴ Mestre de
Cerimônias ao entrar para o Templo, levá-lo consigo para, no momento apropriado
conforme determina o ritual, abri-lo.

Também não existe no Rito a circulação do Livro de Presença dentro de Loja. Todos os
IIr∴ deverão assiná-lo na sala dos passos perdidos, faltando algum Ir∴ que porventura
31

chegue após a abertura dos trabalhos, deve, nesse caso, ser encaminhado pelo Mestre de
Cerimônias ao altar do Chanceler para assinar o livro e após tomar seu lugar em Loja, o
Venerável Mestre deverá assinar quase ao término da sessão, encerrando-a.

A circulação do Tronco de Beneficência (a sistemática é a mesma para o Escrutínio


Secreto) que é feito pelo Ir∴ Hospitaleiro; Quando houver necessidade pode ser auxiliado
pelo Ir∴ 1º Experto, é feita com toda a formalidade que exige a ritualística. Começa pelo
Oriente: primeiro o Venerável ou autoridade que presida a sessão; depois as autoridades
que estão com o Venerável no Altar; a seguir faz o giro dextrógiro (pela direita) completo
no Oriente, sem a preocupação de hierarquia. Concluída a coleta no Oriente, o Hospitaleiro
desce ao Ocidente (ao descer saúda o Venerável, com respeitosa inflexão de cabeça).
Dirige-se ao 1º Vigilante; deste prossegue coletando toda a Coluna do Norte, lembrando
que o Ir∴ Cobridor Int∴ faz parte da Coluna do Norte e deve se recolher o seu óbulo, pois
no final ele só segura para que o Hospitaleiro contribua com a Beneficência, sem a
preocupação de hierarquia ou Grau, cumprido o trajeto normal. Concluída a Coluna do
Norte, vai ao 2º Vigilante, e faz a coleta da Coluna do Sul, também sem a preocupação de
hierarquia, ou Grau, embora seja obrigado a fazer dois giros nesta Coluna devido à
posição do Segundo Vigilante, na parte média da Coluna, e a obrigatoriedade da
circulação dextrógiro. Para concluir, o Hospitaleiro faz seu próprio depósito com o auxílio
do Irmão Cobridor. Concluído o trabalho, encaminha-se diretamente ao tesoureiro. A
Palavra é concedida a Bem Geral da Ordem e do Quadro. Simultaneamente é feita a
conferência da coleta pelo Tesoureiro e pelo Hospitaleiro. No momento oportuno, ainda no
tempo da Palavra a Bem Geral, o Tesoureiro anuncia o resultado da coleta em moeda
corrente do País.

Toda saudação, no Grau de Aprendiz, é feita pelo Sinal Gutural, exceto quando o Ir∴
estiver portando algum instrumento ou objeto de trabalho, nesse caso fará uma respeitosa
inflexão de cabeça ao Venerável Mestre.

Nas sessões do Rito Brasileiro, após o anúncio: - “Em Loja meus Irmãos!”, até a
declaração: - “Está encerrada a Sessão. Retiremo-nos em paz!”, toda movimentação será
feita obedecendo-se o sentido dextrógiro e todos os Irmãos, sem exceção, ao entrar ou
sair do Oriente, ou ao transpor o eixo norte-sul do Templo, junto a Balaustrada de frente
para o Venéravel Mestre, fará a saudação.

A postura correta que os Irmãos deverão adotar durante as sessões, quando estiverem
assentados, é a de manter as pernas dobradas em paralelo. Em nenhuma hipótese
deverão cruzar as pernas ou os braços ou assumirem outra posição menos formal.
32

DISPOSIÇÃO E DECORAÇÃO DO TEMPLO

A descrição destes itens no Ritual (pg.34-35) é de fácil compreensão, porém achamos por
bem evidenciar algumas particularidades (alterações) que ocorreram na edição vigente
(2009):

No Ritual, consta a colocação de duas cadeiras de honra, sendo uma à esquerda e a outra
à direita do Venerável Mestre. A cadeira à direita do Venerável Mestre está reservada ao
Grão-Mestre Geral, ou em sua ausência, ao Grão-Mestre Geral Adjunto, ressaltando que
em suas ausências, a cadeira não será ocupada, salvo pelo Delegado do Grão-Mestre
Geral, nas Lojas Jurisdicionadas à sua Delegacia. A cadeira à esquerda do Venerável
Mestre está reservada ao Grão-Mestre Estadual ou do Distrito Federal, ou em sua
ausência, ao Grão-Mestre Estadual Adjunto, ressaltando que em suas ausências, a cadeira
será ocupada pelo Mestre Instalado anterior mais recente da Loja.

ATENÇÃO:
33

1) A ocupação dos lugares (no lado direito e esquerdo do Venerável Mestre) tratado neste
parágrafo (em atendimento ao Ritual do Rito Brasileiro do GOB – 2009), foi alterado em 18
de setembro de 2010 pela LEI N. 114 (publicada no BOLETIM OFICIAL DO GOB – N. 18
de 07/10/2010 nas páginas 61 e 62), que inseriu o parágrafo 60 e remunera os atuais no
artigo 219 do Regulamento Geral da Federação: “A ordem de precedência prevista no
parágrafo anterior (50) será observada na ocupação dos lugares à direita e à esquerda do
Venerável Mestre, na mesa diretora dos trabalhos, ficando o de mais alta faixa à direita e o
de menor faixa à esquerda do Venerável Mestre.”

2) Em 02/03/2012, a Lei 114 foi julgada INCONSTITUCIONAL pelo Supremo Tribunal


Federal Maçônico, sendo o Acórdão publicado no Boletim Oficial do GOB (n0 20 de
08/11/2012, pgs.70-81).

3) Diante da inconstitucionalidade da Lei 114, considera-se, com finalidades de ocupação


dos lugares à direita e a esquerda do Venerável Mestre, o que está contemplado no Ritual
de Aprendiz do Rito Brasileiro do GOB (2009, pgs. 34-35)

4) Segundo a Cartilha de Orientação Ritualística do REAA do GOMG-GOB (Edição 2015 –


Pág. 08) Consulta realizada junto ao Soberano Grão-Mestre Geral, sobre o julgamento de
inconstitucionalidade e, automaticamente, deixar as cadeiras à direita e esquerda
desocupadas nas ausências das Autoridades que nelas tem o direito de ocupar, deixou
claro para esta Secretaria: TOLERA-SE, DIANTE DAS AUSÊNCIAS DESTAS
AUTORIDADES, QUE O VENERÁVEL MESTRE, SE ASSIM QUISER E ACHAR POR
34

BEM, PODERÁ DESIGNAR OUTRAS AUTORIDADES PRESENTES PARA A


OCUPAÇÃO DESTAS CADEIRAS, PORÉM SEGUINDO A ORDEM DE FAIXA, DA MAIOR
PARA A MENOR, CONFORME CONSTA NO RGF.

No Ritual vigente (pg.54), está contemplada a colocação de mais duas bandeiras, sendo
que a Bandeira do GOB-Estadual ficará à direita da Bandeira Nacional e a Bandeira do
GOB à direita do Estandarte, e que a critério da Loja poderão ser posicionadas mais duas
Bandeiras: a Bandeira do Estado ficará posicionada à esquerda da Bandeira Nacional e a
do Município à esquerda do Estandarte.

Obs: fica entendido, no que diz respeito à colocação de Bandeiras no Templo,


principalmente em Sessões Ordinárias, Magnas Privativa ou não de Maçons e
Extraordinárias, que apenas as citadas no parágrafo acima devem estar presentes.

O MAR DE BRONZE, recipiente para purificações litúrgicas pela água, localiza-se no


SUDESTE NO TEMPLO, próximo ao Oriente (pg.57).

Luzes do Altar do Venerável e Altares dos Vigilantes

Nas sessões ordinárias as Luzes (velas ou lâmpadas) dos Candelabros de três braços do
Altar do Venerável e no Altar dos Vigilantes:

No Altar do Venerável Mestre: Ao qual compete a Instruir os Mestres Maçons, um


candelabro de três braços com três focos luminosos, representando o número três alusivo
ao Terceiro Grau.

No Altar do Primeiro Vigilante: Ao qual compete a Instruir os Companheiros Maçons, um


candelabro de três braços com dois focos luminosos, representando o número dois alusivo
ao Segundo Grau.
35

No Altar do Segundo Vigilante: Ao qual compete a Instruir os Aprendizes Maçons, um


candelabro de três braços com um foco luminoso, representando o numero um alusivo ao
Primeiro Grau.

Exclusivamente nas Sessões Magnas de Iniciação deverão estar acesos apenas um foco
de luz central nos altares do Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes,
representando o número 3 que é a idade do Aprendiz Maçom.
36

SINAIS MAÇÔNICOS E USO DA PALAVRA

SINAL DE ORDEM:

É o sinal executado de acordo com o grau e da maneira prescrita no referido ritual,


quando:

• Estiver em pé e parado, pois não se anda em Loja com o sinal bem como não se faz sinal
estando sentado;

• Ao se levantar para fazer uso da palavra durante as sessões ritualísticas (fazendo a


saudação falada), passando logo após o Sinal de Obediência;

• Durante a marcha ritualística;

• Quando assim determinar o Ritual.

SINAL DE OBEDIÊNCIA:

É usado na Abertura dos Trabalhos antes da Transmissão da Palavra Sagrada, no


encerramento dos Trabalhos após o fechamento do Livro da Lei e toda vez que o Ir∴
estiver de pé e parado para fazer uso da palavra (levanta-se em Sinal de Ordem, saúda o
Venerável e Vigilantes e passa ao Sinal de Obediência automaticamente). Faz-se
colocando a mão direita aberta por cima da esquerda sobre o Avental.
37

Figura 19 – Membros Fundadores da Loja Maçônica Filadélfia Nº 2783

SINAL DO RITO:

É feito quando do encerramento da sessão, conforme previsto no Ritual. Faz-se da


seguinte forma: levantar naturalmente a mão direita ao ombro esquerdo, depois ao ombro
direito e estender o braço à frente, formando esquadria, com a palma da mão para cima.

SINAL DE APROVAÇÃO:

Empregado nos processos de votação. É feito estendendo-se o braço direito para frente,
em linha reta, com a mão aberta, os dedos unidos e a palma da mão voltada para baixo.

USO DA PALAVRA:

O Maçom, em Loja aberta, se manifesta através da palavra, solicitada no momento


adequado, conforme previsto no Ritual, diretamente aos Vigilantes, quando tiver assento
nas Colunas, e ao Venerável, quando no Oriente.

Quando concedida, ficará o Irmão em pé e com o Sinal de Ordem, saudando (saudação


falada), hierarquicamente as Dignidades, Autoridades e os Irmãos presentes, passando em
seguida ao Sinal de Obediência.
38

Não a necessidade do irmão ir na coluna ou oriente para falar, o venerável concedendo a


palavra ela volta na coluna do irmão a que a solicitou.

Ao fazer uso da palavra, o maçom deve ser objetivo, falar alto e claro, pouco e
corretamente, contando e medindo suas palavras, empregando sempre expressões
comedidas, evitando discursos intermináveis, prolixos e repletos de lirismo.

Substituição Eventual de Luzes, Dignidades ou Oficiais

Quando se for fazer uma eventual substituição de Irmão que esteja ocupando cargo em
Loja, antes da troca de colares deverá ser realizado o Tríplice Fraternal Abraço, porém
quando a troca é temporária não há necessidade da realização dos procedimentos acima
relacionados.

OBS: Deve-se evitar o uso do Tríplice Fraternal Abraço em sessões públicas usando um
abraço simples, aperto de mãos, etc.
39

ENTRADA APÓS O INÍCIO DOS TRABALHOS:

Independente do Grau em que a Loja estiver


trabalhando o Ir∴ que chegar após o início dos
trabalhos, deverá dar somente três batidas na
porta. Se não for possível seu ingresso no momento
solicitado, o Cobridor Interno responderá pelo lado
interno da porta com uma batida, para que o Ir∴
aguarde. Caso a Loja esteja trabalhando nos grau
de Aprendiz, Companheiro ou de Mestre, o
Cobridor Interno deverá se dirigir à sala dos passos
perdidos e verificar se o Ir∴ possui qualidade para
participar da sessão, através do telhamento relativo
ao grau. É incorreto o hábito que se usa hoje de
que, quando um Ir∴ bate, o Cobridor ficar fazendo
aumento do número de batidas para atingir o grau
acima subsequente.

Concedida à autorização para adentrar ao Templo,


o Ir∴procederá com toda formalidade, realizando a
marcha do grau e saudando as Luzes (Venerável e
Vigilantes).

ORDEM DOS TRABALHOS

A ‐ SESSÃO ORDINÁRIA

1. PREPARAÇÃO

Apenas os Irmãos encarregados de tarefas


preparatórias poderão permanecer no Átrio, antes da
chamada do M∴ de CCer∴. Os demais permanecem na
Sala dos PP∴PP∴ aonde, imediatamente ao chegar,
devem assinar o Livro de Presença (que se encontra na
Sala dos PP∴ PP∴, devidamente preparado e
posicionado pelo Chanceler). Não se permitirá a
circulação de qualquer Ir∴, durante a sessão, para
coleta de assinaturas. Se houver matéria destinada à
40

proposta ou informações, o depósito da mensagem será feito (também antes da sessão)


no respectivo Saco de coletas. Este, devidamente preparado e localizado pelo Mestre de
Cerimônias na sala dos PP∴ PP∴ se encontrará em lugar discreto ao alcance de todos.
Antes do início da Sessão, o Mestre de Cerimônias colocará o Saco de Coleta na
Balaustrada ao seu lado e o Chanceler levará o Livro de Presenças para sua própria mesa.

INGRESSO NO TEMPLO

À hora fixada, estando o Templo


preparado, totalmente iluminado,
inclusive o Altar do Ven∴, os
Pedestais dos Vigilantes e as
mesas dos Oficiais, e todos
revestidos de suas insígnias e
convenientemente trajados, o M∴
de CCer∴ convocará os IIr∴ a
ingressarem no Templo (menos o
Ven∴ M∴, o Ex-Ven∴ imediato, os
VVig∴, Orad∴, Secr∴, Tes∴,
Chanceler e as Autoridades com
direito a recepção regulamentar).
Os IIr∴ ingressam
silenciosamente, a porta totalmente aberta, os Cobridores postados em pé nas suas
respectivas posições, espada na vertical, cotovelo colado ao corpo, braço em esquadria
com o antebraço. Ingressando, sem formalidades, cada Irmão ocupará o respectivo lugar,
permanecendo em pé. Parados, assumem o Sinal de Obediência; ao caminhar, não há
qualquer Sinal, nem mesmo o Sinal de Obediência. Esse ingresso prévio dos Irmãos não
existe ordem hierárquica, ou seja, entram Aprendizes,
Companheiros e Mestres sem cargos, nessa ordem.

OBS: Antes de retornar a S∴ dos PP∴ PP∴, convém


ao Mestre de CCer∴ solicitar que os IIr∴ do Oriente se
voltem para o Altar e os do Ocidente para o Oriente
para dar entrada ao cortejo das Dignidades.

O Mestre de CCer∴ retorna à sala dos PP∴ PP∴,


convidando as Dignidades e as Autoridades
presentes a ingressarem no Templo. Organiza-se o
cortejo em fila dupla. À frente, do lado direito, isolado,
adiantado de todos, o M∴ de CCer∴, a seguir, sempre
41

dois a dois: o Tes∴ (à esquerda), o Chanceler (à direita). O Orad∴(à esquerda), o


Secretário à direita), o 1º Vig∴ (à esquerda), o 2º Vig∴ (à direita), A seguir, o ex-Venerável
imediato (à direita) e o Venerável Mestre, à esquerda um pouco atrás, encerrando o
cortejo. As autoridades maçônicas serão recebidas conforme o Regulamento Geral da
Federação, ou, caso dispensem as formalidades, integraram o cortejo das Dignidades,
tomando posição designada pelo é um tipo Venerável Mestre. O cortejo caminha em linha
paralela, cada um tomando o respectivo lugar em Loja, sem circular. Os VVig∴ contudo,
antecedendo ao Ven∴M∴, o acompanham até à Balaustrada. O M∴ de CCer∴ acompanha
o Ven∴ até o Trono, antecedendo-o. Após a chegada do Venerável ao Trono, VVig∴ e M∴
de CCer∴ regressam, tomando os respectivos lugares.

Durante o ingresso do cortejo das Dignidades, os Irmãos cantarão o Hino de Abertura (ou
mediante gravação), iniciado sob o comando do Mestre de Harmonia que também deverá
selecionar as músicas adequadas para serem executadas durante a sessão, (concluído o
cântico, os IIr∴ ainda permanecem em pé voltados para o Oriente e em S∴de Obediência.
Os IIr∴ do Oriente voltam-se para o Trono e só o Venerável está voltado para o Ocidente,
observando toda a Loja).

Após o ingresso no Templo – os Irmãos informalmente, e as Dignidades em cortejo por


filas paralelas – qualquer outra movimentação será feita obedecendo-se o sentido
dextrógiro, isto é, sempre virando à direita, nunca à esquerda. A ordem é: Ocidente – Norte
– Oriente – Sul – Ocidente.

ABERTURA DOS TRABALHOS

Verificações Iniciais

O Ven∴ Mestre manda certificar se o Templo está Coberto. Caso o Ir∴ Cob∴ Ext∴esteja em
posição, o Cob∴ Int∴ bate regularmente na porta pelo lado de dentro e, estando a Loja
coberta, o Cob∴Ext∴ responde pela mesma bateria regular. Se o Cob∴ Ext∴ não estiver em
posição, o próprio Cob∴Int∴ (sem bateria) vai à S∴ dos PP∴ PP∴ deixando a porta
encostada, faz a inspeção e retorna ao Templo, fechando a porta.

OBS: Não é necessária a bateria regular quando não se usa o Cob∴ Ext∴, pois a ideia da
mesma é que o Cob∴Ext∴ responda ao Cob∴ Int∴ que está tudo bem sem a necessidade
de se abrir à porta do Templo.

Em seu trabalho, quando cumprem as suas funções relativas à segurança do Templo, os


CCob∴ portam Espadas na mão direita, verticalmente, com o punho à altura da cintura.
Nas demais situações, a Espada permanece na bainha.

No diálogo inicial de abertura dos trabalhos, além da fala do Ven∴, dos VVig∴, e do Orad∴,
ocorre a participação do Chanceler ficando os mesmos sentados quando interrogados.
42

CERIMÔNIA DAS LUZES

(No Altar do JJur∴, que tem forma triangular, devem estar preparados três círios: um
branco, no ângulo oriental do Altar, suscitando Sabedoria; outro Vermelho, no ângulo
Norte, promovendo Força; e o terceiro Azul, no ângulo Sul do altar, projetando Beleza. O
Ven∴ e os VVig∴ devem estar preparados para, cada um em sua vez, acender o círio
correspondente e depois pronunciar a invocação).

Estando todos de pé e em S∴ de Ob∴, os VVig∴, sem malhetes, dirigem-se ao


Or∴(saudando o Venerável antes de subirem os degraus do 15

Oriente); à frente o 2º Vig∴, indo postar-se, respectivamente, diante dos castiçais da


Beleza e da Força. O Ven∴, após os VVig∴tomarem posição, desce, trazendo do Altar a
Tocha acesa, para acender em seguida a vela de cor branca do Castiçal da Sabedoria.
Faz a citação, passa a Tocha ao 1º Vig∴que acende a vela de cor vermelha do Castiçal da
Força; faz a citação, após o que o 1º Vig∴ passa a Tocha ao 2º Vig∴que acende a vela de
cor azul do Castiçal da Beleza, faz a citação e entrega a Tocha ao Ven∴ M∴. que a apaga
e retorna a seu lugar diretamente, sem dar a volta em torno do Altar. Os VVig∴ também
retornam a seus lugares, após o Ven∴ ter regressado ao Altar, o 2º Vig∴, à frente (fazem a
saudação para saírem do Oriente junto a balaustrada e de frente para o Venerável).
43

TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA

Atenção: Ao comando do Venerável todos ficam à Ordem.

O 1º Diác∴ sobe os degraus do Trono e se coloca ante o Ven∴,em posição cômoda que
permita a recepção da Palavra. Ao chegar, saúda o Ven∴ com respeitosa inflexão de
cabeça. É correspondido. A seguir, procede-se a transmissão da Pal∴ Sagr∴ ao ouvido
direito, letra a letra; o Ven∴ dá a primeira letra, o 1º Diác∴, a segunda e seguem assim,
alternativamente, sem pronunciar a palavra ou suas sílabas. O 1º Diác∴, então saúda o
Ven∴, é correspondido e se desloca ao Pedestal do 1º Vig∴, onde com as mesmas
formalidades, transmite a Palavra recebida. Prossegue seu giro, indo colocar-se ao Altar
dos JJur∴, junto à Luz da Força (vermelha). O 2º Diác∴ desloca-se com formalidades
iguais, transmitindo a Pal∴ Sagr∴ do 1º ao 2º Vig∴ e posiciona-se, a seguir, ao Altar dos
JJur∴, junto à Luz da Beleza (azul). A marcha dos DDiác∴ deve ser enérgica, decidida,
sem vacilações.

3 . ABERTURA DO LIVRO DA LEI.

Após a transmissão da Palavra Sagrada o Orador,


sem convite do Ven∴ e sem a escolta do M∴ de
CCer∴, dirige-se ao Altar dos Juramentos
passando entre o Altar do Venerável e o Altar dos
Juramentos, sem fazer saudação ao Venerável. O
M∴ de CCer∴ e os dois DDiác∴ cruzam seus
bastões por sobre o Altar dos JJur∴ , formando o
pálio. O M∴ de CCer∴ ergue seu bastão, sobre o
44

qual os DDiac∴ apoiam os seus. Depois de saudar o Ven∴ , o Orador, em pé, abre o Livro
da Lei (sem retirá-lo de cima do Altar) na parte apropriada, lê o primeiro versículo do Salmo
133, (OH! COMO E BOM E SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO!) com voz
firme, e coloca sobre o Livro aberto o E∴ sobre o C∴ , na posição do Grau (E∴ sobre o
C∴ ,este com as pontas para o Ocidente) e saúda novamente o Ven∴ . Desfaz-se o pálio.
Regressam aos seus lugares. O 2º Diác∴ , de passagem para o seu lugar, abre o Painel do
Grau.

4 . LEITURA E APROVAÇÃO DE BALAÚSTRE

O Ven∴ determina que o Ir∴ Secretário dê conta do Balaústre da última sessão, o mesmo
será lido, discutido e aprovado pelos presentes. Após sua aprovação o 1º Diác∴ apresenta
o Livro já assinado pelo secretário ao Orador e ao Ven∴ e, estando o Balaustre por eles
assinado, entrega-o ao Secr∴ .

Se houver discussão (a ordem de falar obedecerá à tradição: primeiro os da Col∴ do Sul,


mediante autorização do 2º Vig∴ , depois os da Col∴ do norte, quando autorizados pelo 1º
Vig∴ , a seguir os do Oriente com autorização do Venerável Mestre), e dela resultarem
emendas ou explicações, estas serão submetidas a voto (o Orador deverá verificar a
legalidade do ato e autorizar a votação, caso contrário deverá orientar sobre o
procedimento a adotar).

A forma de aprovação da votação é pelo sinal (estendendo a m∴ d∴ p∴ p∴ b∴ ). O M∴ de


CCer∴ verifica a votação, anunciando a contagem ao Ven∴ M∴ .

5 . EXPEDIENTE

O Secretário deve ter preparado antes da sessão a exposição do expediente.


Criteriosamente, não lerá os documentos por extenso (salvo em casos especiais), mas,
sim apresentará o conteúdo sinteticamente, economizando tempo. O Venerável Mestre vai
declarando o destino do expediente.

Leis e decretos assinados pelo Sob∴ Grão-Mestre do GOB ou Pelo Eminente Grão-Mestre
Estadual, devem ser lidos pelo Orador, estando todos os Irmãos sentados.

6 . SACO DE PROPOSTA E INFORMAÇÕES


45

O M∴ de CCer∴ , que recolhera a sacola antes da abertura da sessão, cumpre o


determinado e só se retira depois que for anunciado o resultado da coleta. (não há
circulação do saco de proposta e informações).

7 . ORDEM DO DIA

A pauta da Ordem do Dia é organizada pelo Secretário. Constitui-se, fundamentalmente,


de assuntos que exijam debate e votação da Loja. Tais assuntos devem estar contidos em
Propostas Escritas, apresentadas no Saco de Proposta e Informações, levados pelo Ven∴
M∴ à discussão da Loja, ou devem estar contidos em Pareceres de comissões; O
Secretário expõe cada assunto, lendo a proposta ou parecer, um assunto de cada vez; só
passando a outro após a conclusão do anterior, depois da votação e da proclamação do
resultado. Se o Orador tiver parecer quanto à legalidade do ato, deverá usar da palavra.

8 . ENTRADA DOS VISITANTES

Qualquer Maçom, membro de Loja regular do País ou estrangeiro, goza do direito de


visitação. É um LANDMARKS da Ordem, é facultado ao Ven∴ permitir que o Ir∴ visitante,
pessoa conhecida da Oficina, ingresse no Templo em família, participando do cortejo da
abertura. Qualquer outro visitante será submetido ao procedimento discriminado no RGF
(quando o Ir∴ for do GOB, não deixar de solicitar a “Palavra Semestral”; se o visitante não
for conhecido, antes do início da Sessão, deve ser verificada sua dignidade maçônica pelo
1º Experto e gravar seu nome no Livro próprio. Seus documentos serão examinados pelo
Orador e será recebido sem levantar a Loja.

Um dos deveres da Loja é o de não admitir Maçons irregulares em seus trabalhos (Art.25
item I – Constituição do GOB e Art. 96 item XIII do RGF).

Os Irmãos visitantes regulares, poderão entrar em família quando apresentados por Irmãos
do Quadro ou a critério do Venerável Mestre, desde que não estejam previstos assuntos
internos, caso contrário deverão entrar após a Ordem do dia.

Quando o Irmão visitante, ativo e regular, for conhecido de Obreiro do Quadro, que por ele
se responsabilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Venerável Mestre conceder
permissão para sua entrada, juntamente com o cortejo, em família (Art. 96 item XX do
RGF).

Todo visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que o admite em seus trabalhos e
será recebido no momento determinado pelo Ritual respectivo (Art.217 §único do RGF).
46

As Autoridades Maçônicas, bem como portadores de Títulos e Recompensas serão


recebidos de acordo com o Protocolo do RGF, podendo o homenageado dispensar esse
privilégio.

9 . ESCRUTÍNIO SECRETO

Nos procedimentos para o escrutínio secreto é exigido que o Venerável, antes de correr a
urna, leia a proposta de admissão na integra (omitindo o nome do apresentante), as três
sindicâncias (omitindo o nome dos sindicantes) e o parecer da Comissão de Admissão e
Graus. Se o candidato for aprovado, então deve ser informado o nome do apresentante e
sindicantes.

Seu giro é idêntico ao do Tronco de Beneficência, o Ir∴ 1º Exp∴ deverá munir-se de uma
urna (estojo) coletora e o Ir∴ M∴ de CCer∴ de uma urna (estojo) com esferas brancas e
pretas. Os dois IIr∴ ficam entre Colunas, o 1º Exp∴ ao Norte e o M∴ de CCer∴ ao Sul.

Saúdam o Ven∴ M∴ e partem a cumprir a ordem. Cada Ir∴ tira do estojo do M∴ de CCer∴
a esfera com que vai votar (as brancas aprovam e as negras reprovam, é sempre bom
lembrar isto aos IIr∴ antes do giro). Após, o 1º Exp∴ recolhe a votação e fica entre
Colunas. O M∴ de CCer∴ volta a seu lugar.

O 1º Exp∴ , apresenta a urna ao Ven∴ M∴ , destampando-a, e o número de esferas é


conferido com o dos OObr∴ presentes. Se todas as esferas forem brancas, o Ven∴
anunciará que o candidato foi aprovado limpo e puro, se houver votação desfavorável,
procederá de conformidade com o RGF.

Após o anúncio do resultado, o 1º Exp∴ apresentará a urna ao Orador e aos Vigilantes,


para conferência. A seguir o Ven∴ anuncia o nome do apresentante e dos sindicantes.

10 . TEMPO DE INSTRUÇÃO

É o tempo destinado à apresentação de trabalhos por Ir∴


previamente inscrito, se não houver, o 2º Vig∴ dará instrução
aos IIr∴ sobre filosofia, simbolismo, liturgia, história ou
legislação maçônica, ou versará sobre qualquer assunto da
cultura humana.

OBS: o tempo de instrução poderá ser usado pelo Ven∴ M∴


ou por outro Ir∴ designado.
47

11 . TRONCO DE BENEFICÊNCIA

O Hospitaleiro coloca-se entre Colunas;


saúda o Ven∴ M∴ e inicia a circulação. A
sacola de coleta deve ser conduzida
lateralmente, colocada à cintura, lado
esquerdo, segura pelas duas mãos.
Começa pelo Oriente: primeiro o Ven∴
ou autoridade que presida a sessão,
depois as autoridades que estão com o
Ven∴ no Altar. A seguir, faz o giro
completo pelo Oriente sem preocupação
de hierarquia. O Hosp∴ desce ao Oc∴
(ao descer saúda o Ven∴ com respeitosa
inflexão de cabeça). Dirige-se ao 1º
Vig∴ , deste coleta toda a Coluna do
Norte, sem preocupação de hierarquia ou grau, concluída a coluna do norte, vai ao 2º
Vig∴ , e conclui a coleta da Coluna do Sul, também sem preocupação de hierarquia ou
grau; embora seja obrigado a fazer dois giros nesta Coluna, devido à posição de 2º Vig∴ ,
na parte média da Coluna, e a obrigatoriedade da circulação dextrógira. Para concluir o
Hosp∴ faz seu próprio depósito com o auxílio do Cob∴ . Concluída a coleta, encaminha-se
diretamente ao Tesoureiro, entregando-lhe a sacola e retornando ao seu lugar. O
Tesoureiro, depois de conferir, comunica o resultado ao Ven∴ .

Iniciado os trabalhos, nenhum irmão pode se retirar do Templo sem que o Venerável
Mestre dê permissão. Autorizado o irmão deixará o seu óbulo no Tronco de Beneficência,
se ainda não o tiver feito, fazendo o juramento de sigilo.

Sendo admitido um irmão depois da circulação do tronco de beneficência, o mesmo ficará


isento de nele concorrer.

12 . PALAVRA A BEM GERAL DA ORDEM E DO QUADRO

Mediante autorização dos Vigilantes a palavra é concedida a quem dela queira fazer uso
em suas Colunas, de acordo com a tradição, (em cada Coluna e no Oriente, o Ir∴ se
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levantará após autorização do Venerável, tomará o Sinal de Ordem, dirá as palavras de


saudação às Luzes e Autoridades, descarrega o Sinal e falará em sinal de Obediência).

OBS: A palavra pode voltar às Colunas desde que solicitada e autorizada pelo Ven∴ M∴ ,
conforme a tradição, o Ven∴ M∴ pode cassar a palavra do Ir∴ , se entender que o assunto
é inoportuno para o momento ou se está sendo colocado de forma inadequada.

Reinando silêncio nas CCol∴ e não havendo, também no Or∴ , quem mais peça a palavra,
o Ven∴ passa a palavra ao Orad∴ para as conclusões finais e saudação aos visitantes. A
seguir o Ven∴ M∴ tece suas próprias palavras finais. Após o Ven∴ M∴ , falam apenas os
Grão-Mestres.

Falarão assentados: o Venerável, 1º e 2º Vigilantes, Orador, Secretário, Tesoureiro e


Chanceler.

13 . RETIRADA DAS AUTORIDADES

Neste período retiram-se as autoridades que ingressaram com formalidades (de acordo
com o RGF, se as mesmas abrirem mão das formalidades poderão sair em família, no
cortejo de retirada das Dignidades).

14 . ENCERRAMENTO

Após determinação do Ven∴ , o M∴ de CCer∴ coloca-se entre CCol∴ , faz o Sinal do Rito,
voltando depois ao seu lugar.

PROCEDIMENTOS PREPARATÓRIOS

Após as leituras previstas no Ritual, o Venerável Mestre dá a Bateria do Grau, os IIr∴ do


Oriente se levantam à Ordem. Bate o 1º Vig∴ e os IIr∴ da Coluna do Norte se levantam à
Ordem. Bate o 2º Vig∴ e os IIr∴ da Coluna do Sul se levantam à Ordem. Em seguida a P∴
S∴ retorna ao Venerável Mestre. O 2º Diác∴ vai ao Pedestal do 2º Vig∴ e recebe a P∴ S∴
do mesmo modo por que a transmitiu no início dos trabalhos. Dirige-se ao 1º Vig∴ e a
transmite da mesma forma que a recebeu, indo colocar-se à direita do Altar dos
Juramentos. O 1º Diác∴ vai ao Pedestal do 1º Vigilante, recebe a P∴ S∴ com as
formalidades já descritas e a transmite ao Ven∴ , indo colocar-se à esquerda do Altar dos
juramentos.
49

FECHAMENTO DO LIVRO DA LEI

Procede-se como na Abertura; o Orad∴ fecha o Livro da Lei, (sem retira-lo de cima do
Altar) colocando o E∴ e o C∴ na posição do Grau (pontas voltadas para o Oriente) e
retorna ao seu lugar, bem como os DDiác∴ e o M∴ de CCer∴ . O 2º Diác∴ retornando ao
seu lugar, de passagem, fecha o Painel do Grau.

AMORTIZAÇÃO DAS LUZES

Os VVig∴ dirigem-se ao A∴ dos JJur∴ (sem malhetes); à frente, o 2º Vig∴ ; seguido pelo 1º
Vig∴ , colocando-se diante dos respectivos castiçais. A seguir, o Ven∴ dirige-se ao A∴ dos
∴ JJur∴

O 2º Vig∴ amortiza a vela de seu castiçal, utilizando um abafador e faz seu


pronunciamento.

O 1º Vig∴ recebe o abafador do 2º Vig∴ e amortiza a vela de seu castiçal e faz seu
pronunciamento.

O Ven∴ recebe o abafador do 1º Vig∴ e amortiza a vela de seu castiçal, faz seu
pronunciamento e retorna ao Altar, diretamente, sem dar volta em torno do Altar do
Juramentos. Após o Ven∴ ter chegado no seu lugar, os VVig∴ retornam a seus Pedestais;
o 2º Vig∴ à frente.

CONCLUSÃO

O M∴ de CCer∴ , a seguir, promove o cortejo de retirada das DDig∴ , na ordem inversa ao


do cortejo de entrada. O Ven∴ dirige-se ao A∴ dos JJur∴ , os dois VVig∴ encaminham-se,
paralelamente, até a balaustrada. Os IIr∴ , sob a direção do M∴ de Harm∴ , iniciam o
cântico (ou mediante gravação) do Hino de Encerramento. Durante o cântico saem; à
frente o Ven∴ M∴ e as Autoridades, a seguir os dois VVig∴ , cada um de um lado de sua
própria Col∴ seguidos pelas demais DDig∴ e IIr∴ do Oriente. Os IIr∴ permanecem
cantando e após o cortejo, retiram-se em ordem, cada um do lado de sua Col∴ . Os dois
CCob∴ permanecem à porta, postados como na entrada do cortejo. Ao transpor-se a porta
do Templo, o Cob∴ Int∴ apaga as luzes e fecha a porta.
50

OBS: No Rito Brasileiro existe uma “Adenda“ para Suspensão e Reabertura dos Trabalhos
após Sessão Aberta, caso os trabalhos hajam sido interrompidos e depois reencetados.

Quando determinar o Ven∴ , após as leituras de praxe (conforme o Ritual) estando todos
em pé e à Ordem, o Orad∴ , imediatamente, sem necessidade de comando, fecha o L∴ da
L∴ , sem o pálio. Todos baixam ao Sinal de Obediência. O Orad∴ coloca sobre o L∴ da
L∴ o C∴ e o E∴ , na mesma posição que guardavam entre si. O 2º Diác∴ fecha o Painel do
Grau. Os IIr∴ saem do Templo.

Ao reabrir todos ocupam seus lugares no Templo, em pé e com o Sinal de Obediência. O


Ven∴ M∴ dá um golpe de malhete, repetido pelos VVig∴ . Fazem as leituras de praxe
(conforme o Ritual); o Orad∴ , imediatamente sem necessidade de comando, reabre o L∴
da L∴ no mesmo lugar, sem o pálio, recolocando o C∴ e o E∴ na posição do Grau. O 2º
Diác∴ reabre o Painel do Grau.Os trabalhos recomeçam do ponto em que foram
suspensos.Esta Adenda é usada normalmente em dia de Sessão Magna de Iniciação.

CADEIA DE UNIÃO

A Cadeia de União somente se realiza quando houver necessidade de se transmitir a


Palavra Semestral. Deve ser formada após o encerramento da sessão. Na transmissão da
palavra Semestral não se permitirá à presença de visitantes.

PROCEDIMENTO BÁSICO:
1) Os Irmãos formam lado a lado. O Ven∴ (de costas para o Oriente) terá, à direita,
sucessivamente, o 1º Vigilante e o Orador, e, à esquerda, sucessivamente, o 2º Vigilante e
51

o Secretário, seguindo-se os demais Irmãos, de cada lado, em uma ordem formal. O


Mestre de Cerimônias se postará em posição diametral a do Venerável.

2) Postados os Irmãos, lado a lado, antes de entrelaçar os braços, o Venerável abre o


envelope, lê a Palavra Semestral, memoriza e de mãos dadas, BBr∴ ccr∴ , o d∴ s∴ o e∴ ,
a palavra é transmitida sigilosamente, a partir do Venerável Mestre, ao Irmão à direita e
assim sucessivamente, circula até regressar ao Venerável que, recebendo-a na volta, dirá
de sua correção. Repetirá o procedimento até que a Palavra regresse certa.

3) A Cadeia é desfeita. O Venerável deve dizer palavras apropriadas. Exemplo: “Possa


esta Loja, formada com tanta união e concórdia, durar por muito tempo”.

4) O Venerável Mestre com o auxílio do Mestre de Cerimônias, na forma tradicional (o


papel na ponta de uma espada), procede à incineração da Palavra Semestral gravada. Em
seguida diz: sob a proteção do Supremo Arquiteto do Universo, retiremo-nos em paz!

SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA RECREAÇÃO.

Normalmente esta pratica e usada nas sessões magnas de iniciação, quando o candidato
vai se recompor.
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SESSÃO MAGNA

SÃO SESSÕES MAGNAS AS DE:

I- Iniciação, Filiação, Regularização, Passagem a Companheiro e Exaltação;

II- Sagração de Templo;

III- Posse;

IV- Adoção de Lowtons;

V- Confirmação de Casamento;

VI- Pompa Fúnebre;

VII- Conferências e Festivas;

VIII- Caráter Cívico-Cultural.

SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO

INTRODUÇÃO
53

Considerando que a Sessão Magna de Iniciação é a prática Ritualística que mais requer
esmero e dedicação de todos os participantes, solicitamos aos Irmãos sua atenção para as
Orientações abaixo relacionadas, a fim de se evitar desencontros e situações
constrangedoras durante os trabalhos Ritualísticos.

È importante ressaltar que todos os Irmãos presentes à sessão são meramente


coadjuvantes, onde o ator principal é sempre o Candidato. Ele é o centro das atenções, e
tudo deve ser feito para que os ensinamentos transmitidos durante os trabalhos sejam por
ele assimilados. Sua visão, temporariamente impedida, possibilita uma audição aguçada e
sensível.

A presença de alguém ao seu lado, deve sempre inspirar confiança e gerar tranquilidade.

Todo cuidado no desenvolvimento do trabalho ritualístico e total atenção no desenrolar do


mesmo se fazem necessário para que se atinja na sua plenitude o objetivo principal, ou
seja, o de possibilitar o inicio do processo de transformação do Homem Comum em um
Homem Maçom. Todo tipo de brincadeira, chacota, conversa paralela, insinuações, entre
outras atitudes, não condizentes com os princípios maçônicos e que possam provocar
qualquer tipo de constrangimento ou pondo às vezes em risco a integridade física da
pessoa, são inadmissíveis e inaceitáveis, quer durante a preparação do Candidato antes
do início dos trabalhos, quer durante o transcorrer destes. Iniciação não é "trote". A
Maçonaria é uma instituição séria composta de homens sérios, e, como tais, devem agir e
portar.

O Candidato após ser preparado, deve estar tranquilo e confiante. Deve ser orientado
quanto à importância da cerimônia simbólica pela qual vai passar, onde sua atenção deve
ser total em tudo que vai ser falado e perguntado, para que suas respostas sejam sinceras,
espontâneas e naturais. Durante o desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido
com moderação, sendo proibido usar de violência e excessos, principalmente nas provas
da Taça Sagrada e durante as viagens. É necessário que o candidato esteja
emocionalmente tranquilo e equilibrado, totalmente confiante e seguro em relação ao seu
guia e convicto de que estão no meio de amigos, futuros irmãos.

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO

01 - Leitura prévia e cuidadosa do Ritual por todos aqueles que terão participação direta
nas sessões. É indispensável pelo menos um ensaio com todos para se evitar falhas
imperdoáveis, que descaracterizam e quebram a ritualística dos trabalhos de Iniciação.

O cuidado com a preparação de qualquer trabalho ritualístico, principalmente em uma


Sessão Magna de Iniciação, deve ser ponto de honra para qualquer administração.
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Durante o decorrer dos trabalhos, as leituras devem ser feitas com desenvoltura, em tom
firme, voz empostada, segura e de forma audível por todos os presentes, sem titubeio e
erros, que fazem com que até de olhos vendados o Candidato perceba que os
protagonistas estão inseguros e não dominam o que estão fazendo. Existindo mais de um
Candidato, as perguntas podem ser feitas de forma alternadas entre eles.

Todos devem estar rigorosamente vestidos e paramentados (de terno), conforme


determina a legislação maçônica pertinente.

02 - O Secretário deve preparar a documentação do Candidato com antecedência, onde


deverá incluir o Testamento Moral e Filosófico e o Compromisso de aliança a serem
preenchidos, o Ritual do Grau 01, a Constituição do Grande Oriente do Brasil e do Grande
Oriente Estadual, o RGF e o Regimento Interno da Loja, o Certificado ou Carteira
Provisória bem como um Avental de Aprendiz e dois pares de Luvas Brancas.

03 - O Mestre de Harmonia deve ter o cuidado de montar a trilha sonora adequada para a
solenidade, sempre preferencialmente com clássicos orquestrados. Sua total atenção para
o desenrolar da Ritualística é imprescindível para não cometer fiascos, deixando de
colocar música nas horas apropriadas ou utilizando trilhas sonoras que não condizem com
o desenvolvimento dos trabalhos. Deixar preparada a trilha sonora do Hino a Bandeira com
a primeira e ultima estrofe (RGF Art.221-III d) mais o estribilho, que deve conter a palavra
"juvenil". Durante toda a sessão a música deve se fazer presente de forma harmônica,
cabendo ao Mestre de Harmonia manter a tonalidade e o volume do som o mais adequado
possível para cada momento.

OBS: Na Iniciação do Rito Brasileiro, a “3ª Viagem é feita não se ouvindo o menor ruído”,
porém como hoje usamos na maioria das vezes os recursos dos “CDs”, convêm prestar
atenção, pois na sua grande maioria trazem músicas para esta viagem, e nós não
devemos contrariar o ritual. Deve haver silêncio total.

04 - O Arquiteto da Loja, deve deixar preparado e nos seus devidos lugares, o Pavilhão
Nacional (fora do Templo), as Espadas, o Mar de Bronze, o Banco das Reflexões (e não
cadeira), a Chama da Purificação (utilizar velas), a Taça Sagrada e as Bebidas Amarga e
Doce.

05 - A Ritualística de Culto ao Pavilhão Nacional (entrada e saída da Bandeira) está


normatizada pelo Decreto Maçônico nº 0084 de 19.11.97 do GOB e pela legislação profana
através das Leis 5.700 de 01.09.71 e 5.812 de 13.10.73, que devem ser observadas na
íntegra, de acordo com o artigo 134 da Constituição do GOB; o Hino Nacional e o Hino à
Bandeira devem ser CANTADOS por todos os Irmãos presentes, este último só a primeira
e a última estrofes, com estribilho.

06 - Na circulação do Tronco de Beneficência é função do Orador (ou outro Irmão


designado pelo Venerável), de forma objetiva, explicar o significado desta prática ao
iniciado. Cabe ao Tesoureiro conferir junto com o Irmão Hospitaleiro o produto da coleta e
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anunciá-lo na hora certa. Nunca deixar o produto para ser conferido em outra ocasião.
Cabe ao Tesoureiro tomar as devidas providências com relação ao valor arrecadado. O
Orador deve preparar sua fala de modo que em poucas palavras sintetize a filosofia do
Grau de Aprendiz, e, na mesma oportunidade saudar o (s) Iniciado (s) em nome de todos
IIr∴ , da Loja, permitindo com isto que na "palavra relativa ao ato" ela fique integralmente
disponível aos convidados.

07 - Os efeitos da Ritualística e da Liturgia em qualquer trabalho maçônico somente podem


ser sentidos se o ritual for seguido integralmente. Não se pode suprimir parte do Ritual.
Não existe trabalho ritualístico “sem formalidades”.

08 - O emprego do Malhete por parte do Ven∴ e VVig∴ , devem ser sincronizados, nítidos
e com firmeza, caracterizando atenção e segurança quanto aos trabalhos. Os VVig∴
devem estar atentos para os momentos de repique com o Malhete que deverão ser
BATIDOS COM FORÇA E FIRMEZA, porém sem exageros.

09 - O Mestre de Cerimônias e os Expertos são peças fundamentais para o


desenvolvimento correto dos trabalhos, com toda formalidade e rigor que exigem o Ritual.
Devem conhecer todos os procedimentos ritualísticos previstos para a sessão e dominar
com segurança os textos maçônicos envolvidos na cerimônia.

10 - O traje dos Maçons no Rito Brasileiro é o Terno Escuro (preto ou azul marinho), a
camisa branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata bordô (padrão adotado pelo Rito).
Nas Sessões Magnas não se admite o uso de Balandrau. O Avental juntamente com as
luvas brancas fazem parte do vestuário maçônico.

ATIVIDADES EXERCIDAS PELO MESTRE DE CERIMÔNIAS


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O cargo de MESTRE DE CERIMÔNIAS é um dos cargos mais importantes de uma Loja


Maçônica. Além das atribuições que lhe são competentes e previstas na legislação, ele
deverá ser um “exímio” executor da Ritualística do Grau em que estiver trabalhando. É
indispensável que este Oficial tenha o mais completo domínio do Cerimonial Maçônico em
todas as Sessões, quer sejam Administrativas, Magnas ou Públicas.

01 - Após compor a Loja e distribuir as insígnias, deverá formar o cortejo e dar entrada no
Templo aos IIr∴ , respeitando a hierarquia de graus e cargos maçônicos do simbolismo.
Após conduzir o Ven∴ ao Altar, deverá, após determinação do Venerável, convidar os
MM∴ II∴ e Autoridades Maçônicas a ocuparem assentos nos lugares reservados no
Oriente.

02 - Todo cerimonial relativo a Entrada e Saída da Bandeira do Brasil (Culto ao Pavilhão


Nacional) deverão estar de acordo com o Dec. 0084 de 19.11.97 - GOB. A Guarda de
Honra, será composta pelo M∴ CCer∴ . E mais dois MM∴ MM∴ Munidos de espadas. A
Comissão de Recepção será constituída por 13 (treze) MM∴ MM∴ ; munidos de Estrela e
Espada, assim distribuídos: 07 (sete) na Coluna do Norte e 06 (seis) na do Sul (e não
cadeira). É aconselhável que todos estejam de luvas brancas.

03 - Para a realização da prova da Taça Sagrada cabe ao Experto conduzir o candidato


até o Altar, entregando-o ao Ir∴ . Sacrificador (Experto), se houver mais de um candidato,
todos deverão ser conduzidos ao Altar ao mesmo tempo.

04 - No momento do candidato prestar seu Juramento orientá-lo em relação à posição


correta de se ajoelhar (j∴ dir∴ ), mão dir∴ sobre o L∴ L∴ . Mão esq∴ segurando o
Compasso, apoiando uma das pontas sobre o coração.

.05 - Antes do Juramento o candidato é retirado para recompor suas vestes retornando ao
Templo ainda vendado, postando-se entre Colunas. Alguns Irmãos Mestres Maçons se
colocam em semi-círculo de frente para o candidato, munidos de Espada com a Espada
voltada na mão esquerda voltada (apontada) para o Candidato. Apagam-se todas as luzes
do Templo, menos as auxiliares para leitura.

06 - Após o terceiro golpe de malhete do Venerável, a venda é retirada totalmente, jogam-


se flores de acácia ou pétalas de rosas sobre o Iniciado. As luzes do Templo deverão ser
acesas por etapas, porém de forma contínua, começando do Altar do Venerável, o restante
do Oriente e na sequencia o Ocidente, para que o Neófito readquira ao poucos a plenitude
de sua visão.

07 - Acompanhar o Neófito até o Altar dos JJur∴ no Oriente e prepará-lo corretamente


quanto a postura para a cerimônia de Consagração. O Porta Estandarte, empunhando o
Estandarte da Loja, deverá se posicionar em frente a sua cadeira no momento da
Consagração. No momento da Consagração a lâmina da Espada Flamígera
simbolicamente representa uma chama.
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08 - Terminada a Consagração, posicionar o novo Irmão para passar pela Investidura.


Após é encaminhado para que fique do lado Norte do Oriente, afim de que possa receber
as primeiras instruções do Venerável ajudado ou não pelo M∴ CCer:. , ou sejam: S∴ de
O∴ , S∴ S∴ , S∴ Ob∴ , S∴ Rito.

ATENÇÃO: A Bat∴ do Gr∴ é dada mantendo-se a mão esquerda parada e com a palma
voltada para cima e sobre ela movimenta-se a mão direita, em bateria, pôr três vezes.
Bateria não é aplauso.

09 - Depois de receber as primeiras instruções, o novo Irmão é conduzido até o Pedestal


do 2º Vig∴ para que possa aprender a trabalhar na P∴ B∴ ; nesta ocasião ensina-lhe a
Bateria do Gr∴ .

ATENÇÃO: O Abraço Fraternal dado pelo Ven∴ , 1º e 2º VVig∴ é feito mantendo sempre a
mão esquerda apoiada junto as costas do novo Irmão, e a direita livre para se movimentar,
em bateria, por três vezes (0 00).

10 - Com o recém Iniciado entre Colunas, receber e retribuir a Tríplice Bateria do Grau
recebida. Conduzi-lo até a mesa do Chanceler, para assinatura no livro de presença e logo
a seguir, orientá-lo para que possa tomar assento no topo da Coluna do Sul.

11 - O M∴ de CCer∴ , com a ajuda dos DDiác∴ , distribui as flores aos IIr∴ convidados.

ATENÇÃO: A Expressão “topo da Coluna” significa qualquer assento entre os lugares


reservados aos Aprendizes, e não necessariamente na extremidade próxima a
Balaustrada. Topo não significa “ponta” ou "extremidade”, mas sim toda a extensão da
Coluna do Sul.

ATIVIDADES EXERCIDAS PELO EXPERTO


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O EXPERTO, como o nome já diz, é o perito da Loja e suas funções são múltiplas.
Hierarquicamente, é o sexto oficial da Loja, o primeiro depois das “Cinco Dignidades”. Este
cargo, por tradição, é confiado a um Maçom experimentado que conhece a fundo os
Rituais e a dinâmica do trabalho ritualístico em uma sessão, principalmente Magna de
Iniciação, pois o seu papel é essencial em todas as Cerimônias maçônicas, sendo executor
de todas as decisões tomadas.

Nas Sessões Magnas de Iniciação cabe ao Irmão Experto a tarefa e o cuidado de receber
e preparar o candidato para que passe pelo cerimonial simbólico da Iniciação, conduzindo-
o e instruindo-o com segurança. Cabe também ao Experto, coibir e proibir exageros e
brincadeiras de mau gosto com o candidato, pois ele merece todo o nosso respeito.

01 - Recepção do Candidato - o candidato, deve ser introduzido no prédio da Loja de modo


que não veja nem identifique ninguém, senão o seu introdutor; isto, pelo menos uma hora
antes do início da sessão. Em seguida vendar-lhe os olhos e conduzi-lo ao átrio.

02 - Câmara de Reflexão - trinta minutos antes do início da sessão, introduzir o candidato a


Câmara de Reflexão previamente preparada pelo Arquiteto. Retirar a venda dos olhos e
entregar-lhe o testamento a ser preenchido e assinado. Orientá-lo para observar
atentamente e refletir sobre os símbolos e dizeres presentes na câmara.

03 - Cerimonial da Iniciação: após o diálogo inicial, o questionário é entregue ao Experto


pelo Secretário, espetando-o na sua espada. Sua devolução, depois de respondido pelo
candidato, é feita ao Irmão Orador da mesma forma. Antes de subir os degraus da escada
para o Oriente o Irmão deverá saudar o Ven∴ Mestre (com uma respeitosa inflexão de
cabeça) e ter o mesmo procedimento ao sair do Oriente, antes de descer os degraus. Faz-
59

se necessário ressaltar que a espada é sempre conduzida "à ordem”, ou seja, junto ao lado
direito do corpo, na vertical, e com o punho na altura da cintura.

04 - Preparação do Candidato - os olhos devem ser vendados, descobre-se-lhe o lado


esquerdo do peito; arregaça-se a perna direita da calça acima do joelho direito, ficando
também o pé direito calçado com um chinelo. Todos os metais e pertences são retirados e
guardados.

Após a preparação do candidato, o Exp∴ o acompanha até a porta do Templo. Fazer a


leitura do Nome, Nacionalidade, Profissão e Endereço em voz alta e pausada. Todo
diálogo inicial é travado entre o Ven∴ e o experto através do Ir∴ Cobr∴ .

05 - Entrada ao Templo - assim que autorizado, o candidato é conduzido ao interior do


Templo pelo Ir∴ Exp∴ com a espada cautelosamente encostada no peito do candidato,
mas de modo que ele a sinta, ficando entre Colunas.

06 - Oração – Depois da Primeira Prédica, o Experto deve conduzir o candidato ao


pedestal do 2º Vigilante e fazê-lo ajoelhar-se sobre o joelho direito. Após este
procedimento, o candidato é colocado novamente entre colunas.

ATENÇÃO: - durante os questionamentos e perguntas, ficar atento para orientar o


candidato, repetindo a questão ou pergunta se necessário for, porém tomando o máximo
de cuidado para “não responder por ele”, ou "colocar palavras e respostas na sua boca”.
As respostas do candidato deverão ser próprias dele, sem constrangimento, com a maior
liberdade e franqueza possível.

07 - Prova da Taça Sagrada - o candidato é encaminhado ao Oriente pelo Exp∴ junto ao


Altar do Ven∴ , que fará a entrega do mesmo ao Exp∴ que desempenhará a função de
Irmão Sacrificador. Utilizar no preparo da bebida doce, água com açúcar ou adoçante diet
e boldo ou raízes naturais para a bebida amarga. Não permitir ao candidato ingerir toda
bebida doce, pois se o fizer, não poderá "esgotar o amargo dos seus restos", como
previsto no Ritual. Ao adicionar a bebida amarga, faze-lo com todo cuidado para o
candidato não perceber o que esta ocorrendo.

A retirada do candidato deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo de
exagero, violência ou brutalidade. Não existe manifestação dos Irmãos presentes do tipo,
por exemplo, bater os pés no chão ou as mãos nas pernas.

08 - Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e com as pernas de
tamanho iguais, e não uma cadeira. É proibido o uso da tábua com pregos ou similares,
bem como cruzar espadas sobre o assento. O Experto faz o Candidato sentar-se, onde
deve permanecer pôr alguns minutos em reflexão no mais profundo e absoluto silêncio.

09 - Viagens - são em número de três representando os três elementos: o Ar, a Água, e o


Fogo. O Experto conduz o Candidato pelo braço durante todo tempo, transmitindo com
este gesto segurança e tranquilidade. Ao final de cada viagem, ao chegar ao seu destino, o
60

Experto bate por três vezes, com a palma da mão direita do profano no ombro direito dos
VVig∴ e do Venerável . Ficar atento para a pergunta a ser-lhe dirigida, bem como para a
resposta a ser dada, que deverá já estar memorizada.

ATENÇÃO: 1ª Viagem - com ruídos, trovões e cheio de obstáculos simulados ou que não
comprometam a integridade física do Candidato (usar a criatividade).

Final da 1ª viagem - dirigir até ao pedestal do 2º Vigilante. Executar a bateria do grau sobre
o ombro direito do mesmo.

Após a interpelação, o candidato é colocado entre Colunas, em pé.

2ª Viagem - com ruídos que imitam o tinir de espadas (empregar ruídos previamente
gravados ou mesmo o bater real de espadas) e percorrendo um terreno mais plano, sem
obstáculos imaginários.

Obs: não bater as espadas no chão ou uma contra a outra.

Final da 2ª viagem - dirigir até ao pedestal do 1º Vigilante. Executar a bateria do grau sobre
o ombro direito do mesmo. Após a interpelação, levar o candidato para ser purificado pela
Água junto ao Mar de Bronze, que deverá estar situado a noroeste do Templo (Coluna do
Norte).

Após a purificação pela Água, o candidato fica em pé entre Colunas.

3º Viagem - sem ruídos, sem música e sem nenhum tipo de obstáculos. Final da 3ª viagem
- dirigir ao Oriente até ao Altar. Executar a bateria do grau sobre o ombro direito do
Venerável. Após a interpelação, na saída do Oriente, o candidato passa por três vezes
pelas chamas purificadoras, através de uma chama auxiliar colocada junto ao M∴ CCer∴ e
pôr ele auxiliado. Após a purificação pelo Fogo, o Candidato é colocado entre colunas, em
pé.

A partir do retorno do candidato o Mestre de Cerimônia assume a condução do Candidato,


encerrando a participação direta do Experto nos trabalhos ritualísticos na Sessão Magna
de Iniciação.

10 - ATENÇÃO: O Irmão EXPERTO deverá estar rigorosamente


paramentado.

O PORTA ESTANDARTE NA CONSAGRAÇÃO DO NEÓFITO

“Na Consagração do Neófito, a Porta Estandarte retira o


Estandarte do pedestal; desloca-se e se posta em frente a seu
próprio assento; eleva o Estandarte, assim permanecendo até o
61

Venerável efetuar as batidas cerimoniais. Em seguida coloca de volta o Estandarte no seu


devido lugar e retorna ao seu assento”.

CULTO AO PAVILHÃO NACIONAL

O Culto ao Pavilhão Nacional nos Templos maçônicos, deve obedecer o Regulamento


Geral da Federação e ao Decreto nº 0084 de 19.11.97, bem como a Lei profana de nº
5.700 de 01.09.71, modificada pela Lei nº 5.812 de 13.10.72 que trata especificamente dos
Símbolos Nacionais.

- É a maior autoridade dentro


de uma Loja Maçônica, e,
portanto devemos lhe prestar
as honras previstas em nossa
legislação.

- A Bandeira Nacional tem


presença obrigatória nos
Templos Maçônicos em todas
as Sessões Magnas. (Art. 1º -
Dec. nº 0084 de 19/11/97 -
GOB).

- Nas Sessões Litúrgicas


Ordinárias, realizadas nos
Templos, a Bandeira Nacional
poderá ser colocada em seu pedestal antes da abertura dos trabalhos. (Art. 2º - Dec. nº
0084 de 19/11/97 - GOB).

- Já nas Sessões Magnas de Iniciação, o Pavilhão Nacional dará entrada no Templo antes
de iniciar a Ordem do Dia. Sua presença é obrigatória, devendo à sua entrada ser entoado
(cantado) por inteiro o Hino Nacional Brasileiro (Art. 134 - Const. GOB) e à sua saída o
Hino á Bandeira, somente nas suas primeira e ultima estrofes (Art. 221 III d - RGF).

- O Pavilhão Nacional será introduzido no recinto do Templo, após a entrada da mais alta
autoridade Maçônica presente à Sessão. Após o ingresso da Bandeira, ninguém mais
entrará com formalidades, nem mesmo o Grão-Mestre Geral (Art. 221. II RGF e Art. 4º do
Dec. 0084 - GOB).
62

ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

- De acordo com RGF, em seu Art. 221 e Art. 3º do Dec. 0084 de 19/11/97 - GOB, a
Bandeira será recebida por uma Comissão composta de 13 (treze) IIr∴ . MM∴ . MM∴ ,
Armados de Espadas e munidos de Estrelas (NO RITO BRASILEIRO AS ESTRELAS
FORAM ABOLIDAS), e de uma Guarda de Honra (munida de Espadas), de três membros,
um dos quais o M∴ CCer∴ . (também poderá ser formada pelos DDiac∴ e o M∴ CCer∴ ou
por MM∴ . e o M∴ CCer∴ )

- Estando tudo devidamente preparado, o Mestre CCer∴ dá as pancadas regulares na


porta do Templo, e depois de receber ordens para dar entrada à Bandeira, faz com que
primeiramente entre a Comissão de treze membros, em fila dupla, ficando sete ao Norte e
seis ao Sul, parados e voltados para o eixo central do Templo, à Ordem , com espada
portada na mão direita e estrela na mão esquerda. (Art. 221. b RGF e Dec. nº 0084 de
19/11/97).

À Ordem com a Espada: faz-se,


portanto a espada com a mão direita
junto a lateral do corpo, punho à
altura da cintura, ponta voltada para
cima, verticalmente.

ATENÇÃO: durante todo o


cerimonial de entrada do Pavilhão
Nacional, a Guarda de Honra
permanece com a espada sempre à
Ordem.

- O Porta Bandeira usando luvas


brancas (assim como os demais IIr∴
da Comissão e da Guarda de Honra,
por fazer parte do traje ritualístico) aguarda no Átrio, a ordem do Mestre CCer∴ para entrar
no Templo acompanhado da Guarda de Honra.

- O Venerável colocará os IIr∴ de Pé e à Ord∴ (ou somente de Pé tratando-se de Sessão


Magna Pública), autorizando a seguir o M∴ CCer∴ a dar entrada ao Pavilhão Nacional. O
Port∴ Bandeira acompanhado da Guarda de Honra, com a Bandeira apoiada no ombro,
entra e se põem entre CCol∴ colocando a Bandeira na vertical, ao lado direito do corpo,
segura com as duas mãos pela haste, cruzando o braço esquerdo na frente do corpo,
antebraço na horizontal; a mão direita sustenta o mastro mais abaixo no alongamento do
braço. Antes do inicio da execução do Hino Nacional, o Ven∴ colocará os IIr∴ Perfilados e
63

sem cobertura, para cantarem o Hino. Ao seu final todos retomam o sinal de ordem (Dec:
nº 0084 - Art. 5º).

- Após a execução do Hino Nacional, a Comissão de recepção ao Pavilhão, deverá abater


espadas para a passagem da Bandeira.

o Abater Espadas: faz-se apontando a espada para baixo, do lado direito do corpo,
formando um angulo de 45º em prolongamento com o braço direito, voltando o olhar para a
Bandeira.

- Após o término do Hino Nacional, o Porta Bandeira sempre com a Bandeira na posição
vertical, rompe a marcha com sua guarda. A Comissão de treze membros deverá
acompanhar com o olhar, a passagem da Bandeira, e quando esta passar pelo último
membro, todos ao mesmo tempo, voltam à Ord∴ com a espada.

- Durante o deslocamento, todos presentes, devem acompanhar com o olhar até que a
Bandeira seja conduzida diretamente ao seu pedestal, em passos marciais, pelo Porta
Bandeira, acompanhado da Guarda de Honra.

- A Guarda de Honra para nos degraus ou junto à Balaustrada, entrando no Oriente,


somente o Porta Bandeira (Art. 2º, IV do Dec. nº 0084 de 19/11/97).

- Após colocar a Bandeira em seu pedestal, ao lado direito do Venerável em posição


vertical, o Porta Bandeira Retorna ao seu lugar, ficando de Pé e a ord∴ .

- O Ven∴ Mestre solicita ao Mestre cerimônias que desfaça a Comissão e a Guarda de


Honra, e autoriza os presentes a sentarem-se.

SAIDA DO PAVILHÃO NACIONAL

- A Bandeira sempre precederá a saída das autoridades presentes antes do encerramento


da Sessão.

- Após reconstituir a mesma Comissão e Guarda de Honra o Venerável coloca os


presentes de Pé e Ord∴ (ou somente de Pé em Sessão Magna Pública), autorizando o
Orad∴ ou convidando outro Ir∴ previamente designado, a fazer a saudação ao Pavilhão
Nacional, sem em nenhum momento tocá-lo ou segurá-lo.

- Durante a saudação, somente a Guarda de Honra abate espadas (Art. 8º - V, Dec. 0084).

- A Bandeira é erguida verticalmente pela Porta Bandeira no Oriente. A Guarda de Honra


se coloca no Ocidente à entrada do Oriente.
64

- A saudação poderá ser a


constante no Dec. nº 0084 - GOB,
ou pequena peça de arquit∴
alusiva a Bandeira, à Pátria e ao
amor que os MMaç∴ a ela
devotam, desde que nos mesmos
limites de honra e respeito a
Bandeira Nacional - (Art. 7º do
Dec. nº 0084).

- Após a saudação o Porta


Bandeira aguarda que a Coluna da
Harmonia execute o Hino a
Bandeira, apenas na sua primeira
e última estrofe. Terminada a
execução do Hino, a Bandeira sai do Oriente e, acompanhada da Guarda de Honra, passa
pela Comissão que estará com as espadas abatidas.

ATENÇÃO: A letra correta do Hino à Bandeira na sua origem, trás no seu estribilho a
palavra “JUVENIL” e não varonil, que foi introduzida indevidamente em algumas versões
editadas posteriormente.

- Ao passar pelo último membro da Comissão, as espadas voltam à Ord∴ ; em seguida o


Porta Bandeira e os IIr∴ da Guarda de Honra retornam aos seus lugares.

- A Comissão aguarda entre CCol∴ que o M∴ CCer∴ receba ordens para desfazê-la, após
o que voltam a seus lugares.

OBSERVAÇÕES:

1) - É recomendável que o Mest∴ de Cerimônias escolha com antecedência os irmãos que


farão parte da Comissão, certificando-se que os mesmos estejam cientes de como praticar
este ato ritualístico (se necessário, orientá-los), e de que compareçam à Sessão, em traje
apropriado, ou seja: terno preto ou azul marinho, camisa e luvas brancas, gravata bordô,
sapato e meias pretos (RGF. Art. 84).

Assim procedendo, o Mestre de cerimônias ao receber ordens para compor a Comissão


solicitará a presença dos MM∴ MM∴ previamente designados para esta função.

ATENÇÂO: Nunca é demais lembrar que este cerimonial deve ser ensaiado com
antecedência, sempre que deva ser executado, ou em períodos regulares, para que seja
desenvolvido com todo o rigor e brilho requerido.

2) - A Bandeira deverá estar no Átrio, para facilitar o trabalho da Comissão e do Porta


Bandeira. O M∴ de CCer∴ que é o responsável pelo cerimonial, deverá usar de todo o
rigor, para que o mesmo seja cumprido fielmente.
65

3) - O Mestre CCer∴ fazendo ou não parte da Guarda de Honra, será sempre o


responsável pela organização de todo o cerimonial relativo ao Culto ao Pavilhão Nacional.

4) - O Hino Nacional poderá ser de simples execução instrumental, tocando-se a música


integralmente, mas sem repetição, ou de execução vocal, onde sempre serão cantadas as
duas partes do poema fazendo-se canto em uníssono (Lei dos Símbolos Nacionais nº
5.700 de 01/ 09/ 1971 - Art. 24).

5) - Postura correta durante o Culto ao Pavilhão Nacional:

a) Sessões Maçônicas - em pé e a Ord∴ .

b) Sessões Maçônicas Públicas - em pé e perfilado

6) - Sempre que for executado o Hino Nacional, todo Maçom deve ficar descoberto.
Quando o Hino Nacional e o da Bandeira forem entoados (cantado), mesmo nas sessões
Maçônicas, o Maçom deve ficar em Pé e Perfilado (Art. 5º do DEC. 0084-GOB) e não com
o Sinal de Ordem. Também é considerada como postura incorreta à colocação da mão
sobre o peito.

7) - Importante lembrar que Aprendizes e Companheiros não tomam parte na Comissão de


Recepção e nem na Guarda de Honra ao Pavilhão Nacional, uma vez que não podem
portar espadas, pois são de uso exclusivo dos Mestres Maçons. Não existindo a presença
de 13 (treze) MM∴ MM∴ , a Comissão poderá ser formada pôr um n.º menor, porém
sempre com um total impar (11, 9, 7, 5 e 3 - Irmãos Mestres ), ou só com a guarda de
honra.

8) – O IIr∴ componentes da Comissão de recepção ao Pavilhão Nacional entram e saem


do Templo, em paralelo!

9) – É vedada a execução de quaisquer arranjos vocais do Hino Nacional, a não ser o de


Alberto Nepomuceno, bem como não é permitida a execução de arranjos artísticos -
instrumentais (Lei 5.700, Art. 34).

10) - Conforme a Lei 5.700, quando a Bandeira se apresentar em marcha ou cortejo, todos
devem tomar atitude de respeito e em silêncio, sendo vedada qualquer outra forma de
saudação. Logo não existe bateria incessante de palmas ou aplausos.

ENTRADA E SAÍDA DO PAVILHÃO NACIONAL ‐ QUADRO RESUMO


(Conforme Dec. 0084 de 19.11.97 - GOB)

ENTRADA:
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1) Comissão de 13 mestres Maçom (sete na coluna Norte e seis na coluna Sul)

2) Guarda de Honra com 03 Mestres Maçons - (portando espadas).

3) Depois de cantado o Hino Nacional a Comissão de Recepção (13 irmãos) abatem as


espadas em continência a Bandeira. Após passar por toda comissão, todos voltam à
ordem com as espadas.

Obs: Ao iniciarem o canto do Hino Nacional, os Irmãos ficam de pé, perfilados e


descobertos. Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem.

4) A Guarda de Honra e o Mestre Cerimônias, não sobem o Oriente, somente o Ir∴ Porta
Bandeira com a Bandeira e a coloca no seu lugar (do lado direito do venerável próxima a
parede de fundo).

SAÍDA:

1) O porta Bandeira retira a Bandeira do pedestal e a sustenta na vertical, acima do corpo,


sem segurar pelo pano.

2) O Ir∴ que vai fazer a saudação se posta de frente à Bandeira.

3) A Guarda de Honra aguarda no “OCIDENTE”, na entrada do Oriente.

4) Quando iniciar a Saudação a Bandeira, a Guarda de Honra (somente ela) abate as


espadas em continência. Após a saudação voltar à Ordem com as espadas.

5) Após execução e canto do Hino a Bandeira, a Comissão de Recepção (13 irmãos) abate
as espadas em continência. Depois da passagem da Bandeira, a comissão volta com as
espadas na posição original, ou seja, à ordem.

OBS: 1- Ao iniciarem o canto do Hino a Bandeira, os Irmãos ficam de pé, perfilados,


olhando para o Pavilhão. Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem.

Quando o Porta Bandeira estiver parado, para a execução do Hino Nacional (entrada), a
Bandeira deverá estar na posição vertical, do lado direito do Ir:. Porta Bandeira segurando
o mastro (haste) com as duas mãos, cruzando o braço esquerdo na frente do corpo,
antebraço na horizontal e a mão direita sustentando o mastro mais ao alto, no
alongamento do braço.
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NORMAS GERAIS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO

Respeitando as particularidades, os procedimentos e a ritualística específica de cada Rito,


relacionamos algumas normas gerais de comportamento ritualísticos básicos a serem
observadas durante os trabalhos em Loja, principalmente para a prática do Rito Brasileiro
em particular:

1 - Não são feitos Sinais quando se circula normalmente pelo Templo, por dever de ofício
ou não.

2 - Os Sinais maçônicos, de ordem e saudação, só são feitos quando o Obreiro estiver em


pé e parado; assim é um grave erro fazer o Sinal enquanto se anda pelo Templo (a
exceção é a marcha do Grau) e enquanto se está sentado.

3 - Todos os Sinais maçônicos são feitos com a mão e jamais com instrumentos de
trabalho (malhetes, espadas, bastões, sacolas, livros etc.)

4 - Qualquer sessão maçônica deve ser aberta e fechada com todas as formalidades
ritualísticas, pois não é maçônica a sessão aberta e/ou fechada a um só golpe de malhete,
ou com eliminação das principais passagens ritualísticas, salvo nos casos previstos na
legislação maçônica.

5 - Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do Templo; isso deverá ser feito
no átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo de entrada quantos por aqueles que
chegam com atraso.

6 - Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do Templo.

7 - Qualquer Maçom retardatário, ao ter o acesso ao Templo permitido, deverá fazê-lo com
as devidas formalidades do Grau; é errado ele se dirigir ao seu lugar sem formalidades e
sem autorização do Venerável.

8 - Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o Grau simbólico do Maçom


- Aprendiz, Companheiro, ou Mestre - ou a sua qualidade de Mestre Instalado (que não é
Grau). Exceto conforme o Art. 84

9 - Conforme Art. 84 - Os Maçons presentes às Sessões Magnas estarão trajados de


acordo com o seu Rito, com gravata na cor por ele estabelecida, terno preto ou azul-
marinho, camisa branca, sapatos e meias pretos, podendo portar somente suas insígnias e
condecorações relativas ao simbolismo, excetuando-se as autoridades pertencentes às
Potências Filosóficas reconhecidas pelo Grande Oriente do Brasil.

Parágrafo único - Admite-se, eventualmente, nas demais sessões, o Balandrau, desde que
usado com calça preta ou azul-marinho, sapatos e meias pretos; o Balandrau terá a gola
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fechada, o comprimento até o tornozelo e mangas compridas, sem qualquer símbolo ou


insígnia estampados.

10 - É errada a prática de arrastar os pés no chão como sinal de desaprovação a um


pronunciamento.

11 - Também são errados os estalos feitos com os dedos polegar e médio, para
demonstrar aprovação ou aplauso, com exceção no Rito Adonhiramita.

12 - Qualquer Obreiro ao sair do Templo durante as Sessões, deve fazê-lo andando


normalmente e não de costas como muitos fazem, alegando um pretendido respeito ao
Delta.

13 - Não é permitido retirar metais do tronco de Solidariedade durante a sua circulação. O


Tronco deve ser sempre engrossado e nunca esvaziado ou diminuído por retiradas
indevidas.

14 - É errado, ao colocar a sua contribuição no Tronco, o Obreiro anunciar que o faz por
ele e por Irmãos ausentes ou Lojas, pois a contribuição é sempre pessoal e presencial.

15 - A Transmissão da palavra Semestral através da Cadeia de União exige absoluto


silêncio e postura ereta; assim, é um erro arrastar os pés e ou balançar o corpo nessa
ocasião.

16 - Independentemente do Grau em que a Loja esteja funcionando, o Obreiro que chegar


atrasado à Sessão deverá dar somente três pancadas na porta.

17 - O Cobridor, quando não puder dar ingresso, ainda, a um Irmão retardatário,


responderá com apenas uma pancada no lado interno da porta.

18 - Não pode haver acúmulo da Sessão de Iniciação com qualquer outra, a não ser a de
filiação ou Regularização.

19 - A circulação ordenada no Templo, no espaço entre as Colunas do Norte e do Sul é


feito no sentido horário, circundando o painel do Grau, já que o Pavimento Mosaico,
quando existir, pode ou não ocupar todo o piso do Templo, (circula o Pavimento de
Mosaico).

20 - No Oriente o giro é feito em torno do Altar dos Juramentos.

21 - Nos Templos que possuem degraus de acesso ao Oriente, os Obreiros devem subi-lo
andando normalmente e não com passos em esquadria.

22 - O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste (à esquerda de
quem entra), saindo, depois, pelo Sudeste (à esquerda de quem sai).
69

23 - Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente (exceto na Iniciação e


Elevação) que é o fim da escalada iniciática, só acessível aos Mestres. Da mesma
maneira, os Aprendizes não devem ter acesso à Coluna dos Companheiros.

24 - Com mais razão, os “profanos” presentes às Sessões abertas ao público (Sessão


Pública), (devem evitar o nome de sessão branca, pois os visitantes podem entender que
tem sessão negra ou preta), não devem ter acesso ao Oriente. Os homens sentam-se,
exclusivamente, na Coluna da Força (1º Vigilante), e as mulheres, exclusivamente, na
Coluna da Beleza (2º Vigilante).

25 - Nas Sessões abertas ao público (Sessão Pública) não é permitido correr o Tronco de
Beneficência entre os “profanos”.

26 - Nenhum Obreiro pode sair do Templo sem autorização do Venerável.

27- Se o Obreiro for sair definitivamente do Templo, deverá, antes, colocar a sua
contribuição no Tronco de Beneficência, e entre Colunas fazer a saudação ao Venerável e
Vigilantes, sempre acompanhado do Mestre Cerimônias (portando bastão).

28 - Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no átrio durante toda a cerimônia de
abertura da Sessão portando espada, entrando depois e ocupando o seu lugar a noroeste;
só sairá se alguém bater à porta do Templo.

29 - Sempre que um maçom desconhecido apresentar-se à porta do Templo ele deverá ser
telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma pessoa nos Toques, Sinais e Palavras,
cobrindo-se o examinador contra eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é
confundido com Trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando
irmãos em eventual litígio). O termo certo, para o exame descrito é telhamento
(trolhamento é incorreto) e é por isso que o Cobridor é, também chamado de Telhador (nos
países de língua inglesa é o Tiler; nos de língua francesa é o Tuileur; na Itália é o
Tegolatore; e assim por diante). Deve-se também durante o telhamento, solicitar a
documentação maçônica (Carteira de Identificação Maçônica com data de validade em
vigor ou documento similar) e profana (Carteira de Identidade) para se verificar a
regularidade do visitante bem como da Obediência e Loja maçônica à qual pertencer.

30 - A hora em que os Maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos, é sempre a do


meio-dia porque esse momento do dia tem um grande significado simbólico para a
Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os objetos não fazem sombra; assim, é o
momento da mais absoluta igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.

31 - A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo falecimento de um


irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três pancadas em surdina (ou surdas), dadas
com a mão direita, sobre o antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos
instrumentos para tornarem surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com
som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”.
70

32 - Os Oficiais com assento no Oriente (Orador e Secretário), as Dignidades da Loja


(Tesoureiro e Chanceler) e as Autoridades que estão com assento no Altar e Pedestais,
“têm o direito”, se assim desejarem, de falar sentados.

33 - Irmãos visitantes podem ser recebidos após a Ordem do Dia, quando não participam
das discussões de assuntos privativos da Loja visitada.

34 - Um obreiro do Quadro, se chegar atrasado à Sessão, não poderá entrar durante o


processo de votação de propostas, já que não participou da discussão. O Irmão que
ingressar depois da circulação do Tronco de Beneficência, estar isento de nele concorrer.

35 - Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não seja a de


beneficência.

36 - Em qualquer cerimônia em que sejam usadas velas, elas serão sempre apagadas com
abafador e não soprando a chama.

37 - Só o Venerável Mestre ou outro Mestre Instalado é que pode fazer a Consagração do


candidato à iniciação, à Elevação ou à Exaltação. Também só um Venerável ou outro
Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamígera, símbolo do poder de que se
acham revestidos, ao fazer a Consagração.

38 - Só o Maçom eleito para o Veneralato de uma Loja é que pode receber a dignidade de
Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de Instalação.

39 - A aclamação, nos Ritos que a possuem, deve ser feito em altos brado, O certo é
Aclamação e não exclamação, como dizem alguns Rituais.

40 - Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna ou até para o Oriente
durante as discussões de assuntos em Loja, para fazer uso da palavra, para réplicas ou
para introduzir um novo enfoque da questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte
as colunas e faça o seu giro normal, para que o assunto torne-se esgotado e fique
definitivamente esclarecido.

41 - Durante as Sessões de Iniciação não pode ser dispensada nenhuma formalidade


Ritualística em função da crença religiosa do candidato; isso, em relação principalmente à
genuflexão, que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não
permiti-la. Todavia, se o Rito exigir que o candidato ajoelhe-se ele será obrigado a fazê-lo
mesmo contrariando sua formação religiosa. O que deve ser feito antes da aceitação do
candidato, é o padrinho ou os sindicantes avisá-lo dessa exigência do Rito, para que ele
possa apresentar sua proposta a outra Oficina, cujo Rito não exija a genuflexão.

43 - A Cadeia de União deve ser formada somente para a transmissão da Palavra


Semestral.

44 - Não pode, um Aprendiz, ser impedido de falar, em Loja, já que é só simbólico o seu
impedimento de fazer uso da palavra, já que em qualquer sociedade iniciática, o recém-
71

iniciado, simbolicamente, só ouve e aprende, não possuindo, ainda, nem os meios e nem o
conhecimento para falar. Esse simbolismo é mais originado do mitraismo persa e do
pitagorismo.

45 - Não existe um tempo específico para a duração de uma Sessão maçônica, já que
dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá durar mais ou menos tempo.
Qualquer limitação do tempo de duração das Sessões é medida arbitrária, pois cerceia a
liberdade dos membros do Quadro, impõem restrições à Loja e interfere na sua soberania,
quando tal medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem ter
discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o Venerável também
tem que ter discernimento para evitar que a Sessão se estenda sem motivo justificado.
Mas isso é uma decisão da Oficina e não pode ser medida impostas pelas Obediências.

46 - Não é permitida a presença de imagens de santos, ou símbolo religiosos, no Templo,


para não interferir com a crença pessoal dos obreiros. São permitidos, apenas, nos Ritos
teístas, os símbolos alusivos ao S∴ A∴ D∴ U∴ , como o Delta Radiante. Errado é,
portanto, colocar no Templo, como fazem algumas oficinas, imagens de S. João Batista, S.
João Evangelista, S. Jorge, etc.

47 - Na circulação do Tronco, o Oficial designado (Hospitaleiro) deverá apresentar o


recipiente, alargando-lhe a boca e virando a cabeça discretamente, para o lado. O Obreiro
sentado e sem qualquer sinal, colocará a sua mão fechada na sacola, retirando-a aberta
(no caso do Tronco, principalmente, para que fique em segredo a sua contribuição).

48 - No Rito Brasileiro, na Sessão de Iniciação, há uso de incenso na hora prevista pelo


Ritual, que o coloca no Altar dos perfumes.

49 - Quando um Aprendiz tiver que apresentar algum trabalho (para aumento de salário,
geralmente) ele deverá fazê-lo de seu lugar, na Coluna, ou entre colunas, local que tem
uso específico.

50 - O uso da palavra “Entre Colunas” é específico: caso alguns Obreiros, que tenha o
Grau de Mestre Maçom, seja flagrantemente, impedido de falar - ou ignorado, em seu
pedido - pelo Vig∴ de sua Coluna, num flagrante desrespeito aos seus direitos, poderá
colocar-se entre colunas, de onde pode pedir a palavra diretamente ao Venerável e onde
não pode ser interrompido, ou ter a palavra cassada, a não ser que se comporte sem o
decoro exigido em Assembleia de Maçons.

51 - O único membro do Quadro de uma Loja a que, se chegar atrasado à sessão, tem o
direito de ser recebido com formalidades com todos os OObr∴ de pé e à ordem é o
Venerável.

52 - Em Loja simbólicas, só são consideradas autoridades maçônicas os portadores de


cargos em altos corpos simbólicos - do Executivo, do Legislativo e do Judiciário - além de
VVen∴ e Ex-VVen∴ .
72

53 - Durante os trabalhos os sinais são: o de Ordem e a Saudação. Inclinação de cabeça


não é Sinal Maçônico e sim de saudação e respeito.

54 - Na leitura do texto bíblico na abertura de Sessão, não existe uma “prece” invocativa ou
de súplica, mas sim um relato histórico-místico, ou um cântico. Logo não se admite a
expressão “Amém” ou “Assim Seja”, empregados ao final de uma oração (prece).

55 - Durante as Cerimônias de Iniciação é expressamente proibido se utilizar práticas que


possam comprometer a integridade física e psíquica do candidato, tais como: movimentos
bruscos, tábua de pregos, arame farpado, agulhas, visita a cemitérios, passeio em porta
malas, forca, gangorras, cachimbo de chamas, entre outros exageros e absurdos que se
acham, infelizmente, ainda presentes em algumas cerimônias.

56 - É permitida a prova da coragem.


73

DA ADMINISTRAÇÃO DA LOJA

Art. 19 - A administração da Loja é composta pelo Venerável Mestre, 1o Vigilante, 2o


Vigilante e demais dignidades eleitas, conforme o Estatuto e o Rito determinarem.
Parágrafo único - O Orador, nos Ritos que dispõem desse cargo, é membro do Ministério
Público.

Art. 20 - Os cargos de Loja são eletivos e de nomeação, podendo ser eleitos ou nomeados
somente Mestres Maçons que forem membros efetivos de seu Quadro e que estejam em
pleno gozo de seus direitos maçônicos.

§ 1o - A eleição na Loja será realizada no mês de maio e a posse dar-se-á no mês de


junho do mesmo ano, permitida uma reeleição.
§ 2o - Os cargos serão exercidos pelo prazo de um ou dois anos, de acordo com o que
dispuser o Estatuto da Loja.
§ 3o - Para o mandato de dois anos, as eleições realizar-se-ão nos anos ímpares.
§ 4o - O Venerável é a primeira dignidade da Loja, competindo-lhe orientar e programar
seus trabalhos e ainda exercer autoridade disciplinar sobre os membros do Quadro da
Loja.
§ 5o - Ao ser regularizada uma Loja, a administração provisória permanecerá gerindo-a até
a posse da administração eleita.

Art. 21 - A Loja que não estiver em dia com suas obrigações pecuniárias para com o
Grande Oriente do Brasil ou para com os Grandes Orientes dos Estados ou do Distrito
Federal a que estiver jurisdicionada, poderá ter, por estes, em conjunto ou isoladamente,
decretada a suspensão dos seus direitos, após sessenta dias da respectiva notificação de
débito, até final solução.

Art. 22 - A Loja que deixar de funcionar, sem justo motivo, durante seis meses
consecutivos, será declarada inativa por ato do Grão-Mestre Geral ou do Grão-Mestre do
Estado ou do Distrito Federal, conforme a quem esteja administrativamente jurisdicionada,
e o trâmite estabelecido no Regulamento Geral da Federação.

§ 1o - Para que a Loja possa voltar a funcionar, será necessário que a autoridade que a
declarou inativa faça a devida comunicação de sua reativação à Secretaria Geral da
Guarda dos Selos.
§ 2o - O patrimônio da Loja declarada inativa será arrecadado e administrado pelo Grande
Oriente a que estiver jurisdicionada, e a Loja o receberá de volta se reiniciar suas
atividades dentro do prazo de cinco anos a contar da data em que foi declarada inativa.
§ 3o - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, caso a Loja não reinicie suas
atividades, seu patrimônio incorporar-se-á definitivamente ao do Grande Oriente que o
estiver administrando.

Uma Loja do Rito Brasileiro tem a seguinte Administração: Venerável, 1º e 2º Vigilantes (são as três
Luzes), Orador, Secretário (com as três Luzes constituem os cinco Dignitários) e os seguintes
Oficiais: — Tesoureiro, Chanceler, Hospitaleiro, Mestre de Cerimônias, Diáconos (1º e 2º), Expertos
(1º e 2º), Porta-Bandeira, Porta- Estandarte, Cobridor, Arquiteto, Mestre de Harmonia, Mestre de
Banquetes e Cobridor Externo.
74

Só o Presidente tem o título especial de Venerável Mestre. Os demais membros da Loja, são
indistintamente tratados por RESPEITÁVEL IRMÃO. As autoridades maçônicas têm o tratamento
assegurado pelas nossas leis (CONFORME DISPÕE O REGULAMENTO GERAL DA FEDERAÇÃO –
Consultar a Pág.). O Cobridor Externo se faz necessário quando a Loja funcionar em prédio isolado e
possa um estranho alcançar a porta do Templo propriamente dito. O Mestre-Maçom, eleito Venerável
de sua Loja, só poderá empossar-se no cargo se for Mestre Instalado, isto é, tiver recebido antes a
instrução ritualística de um conselho de Mestres Instalados. Os Membros da Loja ocupam os
lugares determinados na planta do Templo. (Ritual de Aprendiz-Maçom Edição 2009, Pág. )

DOS DEVERES DA LOJA

Art. 24 - São deveres da Loja:

I - elaborar seu Estatuto, submetendo-o à apreciação do Conselho Federal,


exclusivamente, e, após sua aprovação, proceder a registro no cartório competente;

II - cumprir e fazer cumprir esta Constituição, o Regulamento Geral da Federação, as leis,


os atos administrativos, normativos e infralegais, bem como os atos jurisdicionais
definitivos;

III - dedicar todo empenho à instrução e ao aperfeiçoamento moral e intelectual dos


membros de seu Quadro, realizando sessões de instrução sobre História, Legislação,
Simbologia e Filosofia maçônicas, sem prejuízo de outros temas;

IV - prestar assistência material e moral aos membros de seu Quadro, bem como aos
dependentes de membros falecidos que pertenciam ao seu Quadro, de acordo com a
possibilidade da Loja e as necessidades do assistido;

V - recolher ao Grande Oriente do Brasil e aos Grandes Orientes dos Estados e do Distrito
Federal as taxas, emolumentos e contribuições ordinárias e extraordinárias legalmente
estabelecidos;

VI - enviar, anualmente, à Secretaria Geral da Guarda dos Selos o Quadro de seus


membros e, trimestralmente, as alterações cadastrais eventualmente ocorridas, na forma
estabelecida pelo Regulamento Geral da Federação;

VII - enviar, anualmente, ao Grande Oriente do Brasil, ao Grande Oriente do Estado e ao


do Distrito Federal a que estiver jurisdicionada o relatório de suas atividades do exercício
anterior, nos termos previstos no Regulamento Geral da Federação;

VIII - enviar cópia das propostas de admissão, filiação, regularização e das decisões de
rejeição ou desistência de candidatos à admissão, à Secretaria da Guarda dos Selos do
Grande Oriente dos Estados, do Distrito Federal, ou à Delegacia Regional a que estiver
jurisdicionada, cabendo a esta, imediatamente, informar à Secretaria Geral da Guarda dos
Selos, no prazo que o Regulamento Geral da Federação estabelecer;
75

IX - fornecer certidões aos Poderes da Ordem e aos membros do Quadro das Lojas;

X - solicitar autorização (placet) para iniciação de candidato ou regularização de Maçom à


Secretaria da Guarda dos Selos do Grande Oriente dos Estados, do Distrito Federal, ou à
Delegacia Regional a que estiver jurisdicionada;

XI - comunicar, de imediato, a iniciação, a elevação, a exaltação, a filiação, a regularização


e o desligamento, bem como a suspensão dos direitos maçônicos dos membros de seu
Quadro à Secretaria da Guarda dos Selos do Grande Oriente dos Estados, do Distrito
Federal, ou à Delegacia Regional a que estiver jurisdicionada, cabendo a esta,
imediatamente, informar à Secretaria Geral da Guarda dos Selos;

XII - assinar o Boletim Oficial do Grande Oriente do Brasil;

XIII - não imprimir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, assunto que envolva o nome do
Grande Oriente do Brasil, sem sua expressa permissão;

XIV - fornecer atestado de frequência aos membros de outras Lojas que assistirem às suas
sessões;

XV - registrar em livro próprio, ou em outro meio, as frequências dos membros de seu


Quadro em outras Lojas, devolvendo os respectivos atestados;

XVI - cumprir e observar os preceitos litúrgicos do Rito em que trabalhar;

XVII - identificar os visitantes pelo exame de praxe ou pela apresentação de suas


credenciais maçônicas, salvo se apresentados por membro de seu Quadro;

XVIII - expedir placet a membro do Quadro que o requerer.

DAS PROIBIÇÕES À LOJA

Art. 25 - A Loja não poderá:

I - admitir em seus trabalhos Maçons irregulares;

II - realizar sessões ordinárias, salvo as de pompas fúnebres, nos feriados maçônicos e em


períodos de férias maçônicas.
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DOS DIREITOS DA LOJA

Art. 26 - São direitos da Loja:

I - elaborar seu Regimento Interno, com fundamento em seu Estatuto, podendo modificá-lo
e adaptá-lo às suas necessidades;

II - admitir membros em seu Quadro por iniciação, filiação e regularização;

III - eleger Deputados e Suplentes à Soberana Assembleia Federal Legislativa e à


Assembleia Legislativa do Estado ou do Distrito Federal, a cada quadriênio, no mês de
maio dos anos ímpares, ou a qualquer tempo, para complementação de legislatura em
curso ou preenchimento de cargos. (Novo texto pela Emenda Constitucional no 2, de 15 de março de
2008, publicado no Boletim Oficial no 5, de 7/4/2008)

IV - mudar de Rito na forma que dispuser o Regulamento Geral da Federação;

V - fixar as contribuições ordinárias de seus membros e instituir outras para fins


específicos;

VI - processar e julgar membros de seu Quadro na forma que dispuser a legislação


complementar;

VII - encaminhar às Assembleias Legislativas propostas de emendas à Constituição e


Projetos de Lei;

VIII - recorrer de decisões desfavoráveis aos seus interesses;

IX - fundir-se ou incorporar-se com outra Loja de sua jurisdição;

X - conceder distinções honoríficas aos membros de seu Quadro e aos de outras Lojas da
Federação ou de Potências Maçônicas reconhecidas pelo Grande Oriente do Brasil;

XI - propor ao Grão-Mestre Geral a concessão de Título ou Condecoração maçônica para


membro de seu Quadro;

XII - conferir graus a membros de seu Quadro ou a membros de outras Lojas da


Federação, quando por elas for solicitado formalmente, desde que do mesmo Rito;

XIII - tomar sob sua proteção, pela cerimônia de adoção de Lowton, descendentes,
enteados ou tutelados de Maçons, de sete a dezessete anos, do sexo masculino;

XIV - isentar membros de seu Quadro de frequência e da contribuição pecuniária que lhe é
devida;

XV - suscitar ao Grão-Mestre, ao Delegado Regional a que estiver jurisdicionada, ou ao


Grão-Mestre Geral, questões de relevante interesse para a Ordem Maçônica;
77

XVI - realizar sessões magnas nos feriados não maçônicos e domingos;

XVII - propor ação de inconstitucionalidade de lei e de ato normativo;

XVIII - requerer para membro de seu Quadro portador de atestado de invalidez total e
permanente a condição de remido ao Grande Oriente do Brasil, ao Grande Oriente do
Estado ou do Distrito Federal.
78

DOS DEVERES DOS MAÇONS

Art. 29 - São deveres dos Maçons:

I - observar a Constituição e as leis do Grande Oriente do Brasil;

II - frequentar, assiduamente, os trabalhos da Loja a que pertencer;

III - desempenhar funções e encargos maçônicos que lhe forem cometidos;

IV - satisfazer, com pontualidade, contribuições pecuniárias ordinárias e extraordinárias


que lhe forem cometidas legalmente;

V - reconhecer como irmão todo Maçom e prestar-lhe a proteção e ajuda de que carecer,
principalmente contra as injustiças de que for alvo;

VI - não divulgar assunto que envolva o nome do Grande Oriente do Brasil, sem prévia
permissão do Grão-Mestre Geral, salvo as matérias de natureza administrativa, social,
cultural e cívica;

VII - não revelar de forma alguma assunto que implique quebra de sigilo maçônico;

VIII - haver-se sempre com probidade, praticando o bem, a tolerância e a solidariedade


humana;

IX - sustentar, quando no exercício de mandato de representação popular, os princípios


maçônicos ante os problemas sociais, econômicos ou políticos, tendo sempre presente o
bem-estar do homem e da sociedade;

X - comunicar à Loja os fatos que chegarem ao seu conhecimento sobre comportamento


irregular de Maçom;

XI - não promover polêmicas de caráter pessoal, ou delas participar, nem realizar ataques
prejudiciais à reputação de Maçom e jamais valer-se do anonimato em ato difamatório.

§ 1o - O Maçom recolherá as contribuições devidas ao Grande Oriente do Brasil apenas


por uma das Lojas da Federação, na qual exercerá o direito de voto na eleição de Grão-
Mestre Geral e Grão-Mestre Geral Adjunto.
§ 2o - O Maçom recolherá as contribuições devidas ao Grande Oriente Estadual a que
pertencer, apenas por uma das Lojas a ele jurisdicionadas, na qual exercerá o direito de
voto na eleição de Grão-Mestre Estadual e Grão-Mestre Estadual Adjunto.
§ 3o - O Maçom que pertencer a Lojas de Grandes Orientes Estaduais distintos recolherá
as contribuições devidas a cada um deles, apenas por uma das Lojas em cada um desses
Grandes Orientes Estaduais, nas quais exercerá o direito de voto na eleição de Grão-
Mestres Estaduais e Grão-Mestres Estaduais Adjuntos em cada um dos respectivos
Grandes Orientes Estaduais.
79

§ 4o - O Maçom que pertencer a mais de uma Loja participará das respectivas eleições,
em cada uma delas, podendo votar e ser votado, respeitadas as condições dispostas na
legislação.
80

DOS DIREITOS DOS MAÇONS

Art. 30 - São direitos dos Maçons:

I - a igualdade perante a lei maçônica;

II - a livre manifestação do pensamento em assuntos não vedados pelos postulados


universais da Maçonaria;

III - a inviolabilidade de sua liberdade de consciência e crença;

IV - a justa proteção moral e material para si e seus dependentes;

V - votar e ser votado para todos os cargos eletivos da Federação, na forma que a lei
estabelecer;

VI - transferir-se de uma para outra Loja da Federação;

VII - pertencer, como Mestre Maçom, a mais de uma Loja da Federação;

VIII - frequentar os trabalhos de qualquer outra Loja e dela receber atestado de frequência;

IX - ter registradas em livro próprio de sua Loja as presenças nos trabalhos de outras Lojas
do Grande Oriente do Brasil, mediante a apresentação de Atestados de Frequência;

X - ser elevado e exaltado nos termos do que dispõe o Regulamento Geral da Federação;

XI - representar aos poderes maçônicos competentes contra abusos de qualquer


autoridade maçônica que lhe prejudique direito ou atente contra a lei maçônica;

XII - ser parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de ato ilícito
ou lesivo;

XIII - solicitar apoio dos Maçons quando candidato a cargo eletivo no âmbito externo da
Federação;

XIV - obter certidões, ciência de despachos e informações proferidas em processos


administrativos ou judiciais de seu interesse;

XV - publicar artigos, livros ou periódicos que não violem o sigilo maçônico nem
prejudiquem o bom conceito do Grande Oriente do Brasil;

XVI - ter a mais ampla defesa por si, ou através de outro membro, nos processos em que
for parte no meio maçônico;

XVII - desligar-se do Quadro de Obreiros da Loja a que pertence, no momento que desejar,
mediante solicitação verbal feita em reunião da Loja ou por correspondência a ela dirigida.
81

Das Colações de Graus

Art. 35 – O Aprendiz para atingir


o Grau de Companheiro
frequentará durante doze meses
Lojas do Grande Oriente do
Brasil com assiduidade,
pontualidade e verdadeiro
espírito maçônico. O
responsável por sua instrução
maçônica pedirá que o Aprendiz
seja submetido ao exame
relativo à doutrina do Grau.

§ 1o – Será exigido, no mínimo,


que o Aprendiz elabore um
trabalho escrito, a ser
devidamente analisado pela
Comissão de Admissão e
Graus. A Loja fará também um questionário sobre os conhecimentos adquiridos pelo
Aprendiz e permitirá que se façam arguições orais. Concluído o exame, o Aprendiz cobrirá
o Templo e a Loja passará ao Grau de Companheiro. O Venerável Mestre abrirá a
discussão sobre o exame prestado. Em seguida colocará em votação o pedido de colação
ao Grau de Companheiro o qual será decidido pela manifestação da maioria dos Irmãos do
Quadro presentes à sessão.
§ 2o – Se aprovado, o Aprendiz terá acesso ao Grau de Companheiro em Sessão Magna.
§ 3o – Reprovado o Aprendiz, o pedido só poderá ser renovado depois de dois meses e
que o mesmo tenha assistido, no mínimo, mais de três sessões de instrução.
§ 4o – A cerimônia de acesso ao Grau de Companheiro não poderá ser realizada na
mesma sessão em que se aprovou o pedido. Grande Oriente do Brasil – Boletim Especial -
Regulamento Geral da Federação – Pág. 15
§ 5o – Realizada a cerimônia, a
Loja comunicará o fato ao
Grande Oriente ou à Delegacia,
conforme sua subordinação.
§ 6o – O Aprendiz alcançará o
Grau de Companheiro se tiver
frequentado, no mínimo,
cinquenta por cento das
sessões ordinárias de sua Loja.
(Novo texto pela Lei n. 123, de 14 de
dezembro de 2011, publicado no Boletim
Oficial n. 1, de 31/1/2012)

Art. 36 – O Companheiro que


tenha frequentado, em sessões
ordinárias, Lojas do Grande
Oriente do Brasil com
assiduidade, pontualidade e
82

verdadeiro espírito maçônico, durante seis meses, pelo menos, e assistido a no mínimo
quatro sessões de instrução do grau poderá, a pedido do responsável pela sua instrução
maçônica, ser submetido a exame relativo à doutrina do grau para atingir o Grau de
Mestre.

§ 1o – Será exigido, no mínimo, como instrução que o Companheiro elabore um trabalho


escrito, que será devidamente analisado pela Comissão de Admissão e Graus e que a Loja
faça um questionário sobre os conhecimentos adquiridos, sendo permitido também
arguições orais. Após análise e findo o exame, o Companheiro será convidado a cobrir o
Templo, passando a Loja a funcionar em Sessão de Mestre. O Venerável Mestre abrirá a
discussão sobre o exame prestado e, encerrada esta, colocará em votação o pedido de
colação ao Grau de Mestre, o qual será decidido pela manifestação da maioria dos Irmãos
do Quadro presentes à sessão.
§ 2o – Se aprovado, o Companheiro terá acesso ao Grau de Mestre em Sessão Magna.
§ 3o – Reprovado o Companheiro, o pedido só poderá ser renovado depois de, no mínimo,
dois meses e que tenha o mesmo assistido a mais de três sessões de instrução.
§ 4o – A cerimônia de acesso ao Grau de Mestre não poderá ser realizada na mesma
sessão em que se aprovou o pedido.
§ 5o – O Companheiro só será colado no Grau de Mestre Maçom se tiver frequentado, no
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das sessões ordinárias de sua Loja. (Novo texto pela Lei n.
130, de 25 de junho de 2012, publicado no Boletim Oficial n. 14, de 10/8/2012)
§ 6o – Realizada a cerimônia a Loja comunicará o fato ao Grande Oriente ou à Delegacia
conforme sua subordinação.

Art. 37 – As cerimônias de acesso aos Graus de Companheiro e Mestre obedecerão


estritamente ao estabelecido nos respectivos Rituais adotados pelo Grande Oriente do
Brasil, inclusive quanto à nomenclatura instituída, sob pena de responsabilidade.

Art. 38 – As Lojas realizarão, obrigatoriamente, no mínimo, duas sessões de instrução do


Grau de Mestre por ano.

Art. 39 – As Lojas poderão conferir graus a Maçons pertencentes a outras Lojas do mesmo
Rito, desde que estas o solicitem.
83

DO MESTRE INSTALADO

Art. 42 – O Mestre Maçom que passar pelo Cerimonial de


Instalação integrará a categoria especial honorífica dos Mestres
Instalados. (Novo texto pela Lei n. 118, de 23 de março de 2011, publicado no
Boletim Oficial n. 6, de 14/4/2011)

Parágrafo único – Para ser consagrado Mestre Instalado é


necessário que o Mestre Maçom tenha sido, a qualquer tempo,
eleito Grão-Mestre ou Grão-Mestre Adjunto ou Venerável da Loja.
(Texto inserido pela Lei n. 118, de 23 de março de 2011, publicado no Boletim
Oficial n. 6, de 14/4/2011)

Art. 43 – São prerrogativas do Mestre Instalado:

I – dirigir Sessões de Iniciação e de Colação de Graus de Companheiro e Mestre;

II – ter assento na parte oriental do Templo nas sessões das Lojas;

III – constituir o Conselho de Mestres Instalados, quando reunidos em mais de três numa
mesma Loja para a instalação do Venerável Mestre eleito;

IV – presidir a qualquer sessão da Loja a que pertence, na falta ou impedimento do


Venerável ou seu sucessor estabelecido no Rito.

§ 1o – No caso em que o Quadro da Loja não tiver Mestres Instalados em número mínimo
para compor o Conselho de Mestres Instalados, o Grão-Mestre da Jurisdição nomeará
membros de outras Lojas que forem necessários ao funcionamento do Conselho.
§ 2o – É vedada a criação de Conselhos de Mestres Instalados que tenham como
membros obreiros de Lojas diversas, como instituição coordenadora ou supervisora das
atividades das Lojas, vedação que não atinge a organização das Congregações Estaduais
e Distrital de Veneráveis Mestres, cujo funcionamento será disciplinado pelos Grão-
Mestres Estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.

Art. 44 – Três ou mais Mestres Instalados, nomeados conforme a jurisdição da Loja, pelo
Grão-Mestre Geral ou Grão-Mestre Estadual ou do Distrito Federal, constituem-se em
Conselho de Mestres Instalados e nele se processa a cerimônia de instalação.

Parágrafo único – O Presidente Instalador comunicará à Secretaria-Geral da Guarda dos


Selos, através do Grande Oriente Estadual ou do Distrito Federal, a realização da
cerimônia. A ata da sessão conterá o nome do Mestre Instalado, para efeito de registro e
expedição de Diploma, Medalha e Ritual por parte do Grande Oriente do Brasil.

Art. 45 – O descumprimento de qualquer formalidade do Ritual implicará responsabilidade


da Comissão Instaladora.
84

AS FUNÇÕES

Do VENERÁVEL MESTRE

Art. 115 – O Venerável Mestre da Loja será eleito


atendidos os requisitos da Constituição do Grande
Oriente do Brasil e, suplementarmente, a legislação
eleitoral maçônica.

Art. 116 – Compete ao Venerável Mestre:

I – presidir os trabalhos da Loja, encaminhando o


expediente, mantendo a ordem e não influindo nas
discussões;

II – nomear os oficiais da Loja;

III – nomear os membros das comissões da Loja;

IV – representar a Loja ativa e passivamente, em Juízo e fora dele, podendo, para tanto,
contratar procuradores;

V – convocar reuniões da Loja e das comissões instituídas;

VI – exercer fiscalização e supervisão sobre todas as atividades da Loja, podendo avocar e


examinar quaisquer livros e documentos para consulta, em qualquer ocasião;

VII – conferir os graus simbólicos, depois de deliberação da Loja e satisfeito o seu tesouro;

VIII – proceder à apuração dos votos, proclamando os resultados das deliberações;

IX – ler todas as peças recolhidas pelo saco de propostas e informações, ou pelo modo
que o rito determinar, dando-lhes o destino devido;

X – deixar sob malhete, quando julgar conveniente, pelo prazo de até um mês, os
expedientes recebidos pela Loja, exceto os originários do Grande Oriente do Brasil,
Grande Oriente Estadual ou do Distrito Federal;

XI – conceder a palavra aos Maçons ou retirá-la, segundo o Rito adotado;

XII – decidir questões de ordem, devidamente embasadas e citados os artigos da


Constituição e deste Regulamento e/ou do Estatuto ou Regimento Interno da Loja, ouvindo
o representante do Ministério Público, quando julgar necessário;

XIII – suspender ou encerrar os trabalhos sem as formalidades do Ritual quando não lhe
seja possível manter a ordem;
85

XIV – distribuir, sigilosamente, as sindicâncias a Mestres Maçons de sua Loja;

XV – exercer autoridade disciplinar sobre todos os Maçons presentes às sessões;

XVI – encerrar o livro de presença da Loja;

XVII – assinar, juntamente com o Tesoureiro, os documentos e papéis relacionados com a


administração financeira, contábil, econômica e patrimonial da Loja e os demais
documentos com o Secretário;

XVIII – autorizar despesas de caráter urgente, não consignadas no orçamento, ad


referendum da Loja, até o limite estabelecido em seu Estatuto ou Regimento Interno;

XIX – admitir, dispensar e aplicar penalidades aos empregados da Loja;

XX – encaminhar para a Secretária-Geral da Guarda dos Selos até 31 de março de cada


ano, o Quadro de Obreiros, assinado por ele, pelo Secretário e pelo Tesoureiro;

XXI – encaminhar, até 31 de março de cada ano, o relatório geral das atividades do ano
anterior, assinado por ele, pelo Secretário e pelo Tesoureiro, para a Secretária-Geral do
Gabinete;

XXII – recolher, na forma estabelecida na Lei orçamentária, as contribuições ordinárias e


extraordinárias, bem como as taxas de atividade dos Maçons da Loja que dirige;

XXIII – fiscalizar e supervisionar a movimentação financeira, zelando para que os


emolumentos e taxas devidos aos Grandes Orientes sejam arrecadados e repassados
dentro dos prazos legais.

Art. 117 – O Venerável Mestre só vota nos escrutínios secretos, sendo-lhe reservado o
voto de qualidade no caso de empate nas votações nominais.

Art. 118 – São substitutos legais do Venerável Mestre aqueles que o Estatuto ou Rito
determinarem.

O Venerável Mestre é o primeiro oficial e o Presidente de uma Loja Simbólica. Para que
possa ser eleito a este elevado cargo, o candidato precisa ter desempenhado algum dos
seguintes cargos: 1º Vigilante, 2º Vigilante, Orador ou Secretário, além de ter no mínimo 3
anos de Mestre Maçom. Estará, desta forma, habilitado a desempenhar as funções de
instrutor da Loja.

Suas atribuições são definidas pela Constituição, Regulamento Geral da Federação e


Rituais do Rito Brasileiro.

O Venerável Mestre tem assento no Oriente, e sua poltrona é também chamada, às vezes,
trono. Acha-se colocada diante de uma mesa e por baixo de um dossel. Para chegar-se ao
Trono da Sabedoria, é preciso galgar três degraus, cuja denominação, em Maçonaria, é:
86

Pureza, Luz, Verdade. Desde outros tempos, já o padre sobre por três degraus. No antigo
Egito, representavam os conceitos de corpo, alma, espírito. Simbolizam, esotericamente,
as três etapas da vida: juventude, madureza, velhice.

Como chefe tradicional da Loja, o Venerável é eleito pelos Mestres, seus pares. Sua
obrigação é procurar harmonizar as forças e qualidades de seus Irmãos e, ao mesmo
tempo, dar uma orientação aos trabalhos. Deve, contudo, permanecer um chefe
democrático, muito estritamente ligado a seus outros Irmãos.

O Venerável Mestre é o responsável pelo sucesso dos trabalhos de sua Loja, e sua
atenção deve estar sempre voltada a motivar as sessões, para que não se tornem
fastidiosas e sem interesse. Procurará, portanto, provocar pesquisas destinadas a elevar a
espiritualidade dos membros da Loja, tendo como principal objetivo o aperfeiçoamento
iniciático dos Obreiros de todos os graus. Todo seu cuidado estará voltado para que seja
estabelecida a mais sincera cordialidade entre os Irmãos da Oficina, o que permitirá o
nascimento da fraternidade. Deverá representar, entre os Irmãos da Loja, a Sabedoria.
Seu papel é o de jamais perder de vista a meta traçada, e evitar extravios na procura da
realização de seus objetivos. Deve dirigir a Loja, segundo os ditames da sua consciência,
procurando atrair os Obreiros aos trabalhos, para ministrar-lhes os mais amplos
conhecimentos e ensinamentos maçônicos.

Será o mais assíduo Obreiro da Loja, porque nada desmoraliza mais uma Oficina do que
suas frequentes ausências.

Tornou-se costume, nas questões ordinárias, o Venerável não votar, mas utilizará sua
prerrogativa de voto de Minerva sempre que houver empate na votação. Não poderá fazê-
lo, porém, nas votações secretas, para não quebrar o devido sigilo, ou seja, tem direito de
votar secretamente nos sufrágios que assim o exigirem, somente não operando como
desempatador.

A joia do Venerável Mestre é o Esquadro, e este traça o seu dever: benevolência para com
todos e rigorosa imparcialidade. Recebe assim, da Geometria, uma lição de escrupulosa
equidade. Sentado no eixo da Loja, ele é neutro, mas não indiferente.
Recomenda-se ainda como Competência do Venerável Mestre:

1. Programar para 12 (doze) meses, o que pretende realizar; (Calendário)


2. Convocar reuniões da Administração eleita, para que apresentem por escrito, Relatórios ou
Balancetes, exigidos por lei;
3. Fazer constar em sua programação no mínimo 4 (quatro) sessões por ano de Finanças - em
fevereiro, maio, agosto e novembro.
Na falta ou impedimento do Venerável Mestre, são os seus substitutos:
O 1º e 2º Vigilantes;
· O Ex-Venerável;
· Os Grandes Beneméritos da Ordem, Membros da Loja;
· Os Beneméritos da Ordem, Membros da Loja;
· O Decano dos Membros presentes.
87

Dos VIGILANTES

Art. 119 – Os Vigilantes têm a direção das Colunas


da Loja, conforme determina o respectivo Ritual.

Art. 120 – Compete ao Primeiro Vigilante:

I – substituir o Venerável Mestre de acordo com o


Estatuto ou o Ritual;

II – instruir os Maçons sob sua responsabilidade de


acordo com o Ritual.
- Anunciar as ordens do Venerável Mestre
- Autorizar os obreiros da sua coluna a falarem nos devidos momentos;
- comunicar ao venerável mestre que reina silencio em ambas as colunas;
- manter a ordem e o silêncio em sua coluna;
- instruir os obreiros da sua coluna “J” do NORTE (Companheiro), propondo o aumento
dos seus salários;
- impedir que os obreiros saiam de sua Coluna ou transitem pelo Templo, sem autorização
e sem observar as prescrições legais, auxiliar o Venerável Mestre no acendimento e
amortização das LUZES.
- pedir o retorno da palavra diretamente ao Venerável Mestre quando solicitada por
obreiros de sua Coluna.

Art. 121 – Compete ao Segundo Vigilante:

I – substituir o Primeiro Vigilante de acordo com o Estatuto ou o


Ritual;

II – instruir os Maçons sob sua responsabilidade de acordo com o


Ritual.
- Anunciar as ordens do Venerável Mestre em sua Coluna,
transmitidas por intermédio do Primeiro Vigilante, comunicando a
este o que for anunciado por outros Membros, na forma do Ritual
respectivo;
- Anunciar as ordens do Venerável Mestre
- Autorizar os obreiros da sua coluna a falarem nos devidos
momentos;
- comunicar ao Primeiro Vigilante que reina silencio em sua
coluna;
- manter a ordem e o silêncio em sua coluna;
- instruir os obreiros da sua coluna “B” do SUL (Aprendiz), propondo o aumento dos seus
salários;
88

- impedir que os obreiros saiam de sua Coluna ou transitem pelo Templo, sem autorização
e sem observar as prescrições legais, auxiliar o Venerável Mestre no acendimento e
amortização das LUZES.
- pedir o retorno da palavra diretamente ao Venerável Mestre quando solicitada por
obreiros de sua Coluna.
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Do ORADOR

Ao Orador, como Membro do Ministério Público,


compete:

Art. 122. Compete ao membro do Ministério


Público ou ao Orador:

I – observar, promover e fiscalizar o rigoroso


cumprimento das Leis Maçônicas e dos Rituais;

II – cumprir e fazer cumprir os deveres e


obrigações a que se comprometeram os Membros
da Loja, à qual comunicará qualquer infração e
promoverá a denúncia do infrator;

III – ler os textos de leis e decretos, permanecendo


todos sentados;

IV – verificar a regularidade dos documentos


maçônicos que lhe forem apresentados;

V – apresentar suas conclusões no encerramento das discussões, sob o ponto de vista


legal, qualquer que seja a matéria;

VI – opor-se, de ofício, a qualquer deliberação contrária à lei e, em caso de insistência na


matéria, formalizar denúncia ao Poder competente;

VII – manter arquivo atualizado de toda a legislação maçônica;

VIII – assinar as atas da Loja, tão logo sejam aprovadas;

IX – acatar ou rejeitar denúncias formuladas à Loja, representando aos Poderes


constituídos. Em caso de rejeição, recorrer de ofício ao Tribunal competente.
90

Do SECRETÁRIO

Art. 123. Compete ao Secretário:

I – lavrar as atas das sessões da Loja e assiná-


las tão logo sejam aprovadas;

II – manter atualizados os arquivos de:

a) atos administrativos e notícias de interesse da


Loja;
b) correspondência recebida e expedida;
c) membros do quadro da Loja, com os dados
necessários à sua perfeita e exata qualificação e
identificação;

III – receber, distribuir e expedir a


correspondência da Loja;

IV – manter atualizados os Livros Negro e


Amarelo da Loja;

V – preparar, organizar, assinar junto com o


Venerável Mestre e remeter, até trinta e um de
março de cada ano, ao Grande Oriente do Brasil
e ao Grande Oriente Estadual, do Distrito Federal ou Delegacia Regional, o Quadro de
Maçons da Loja;

VI – comunicar ao Grande Oriente ou à Delegacia Regional, conforme a subordinação, no


prazo de sete dias, as informações sobre:

a) iniciações, filiações, regularizações e colações de graus;


b) expedição de quite placet ou placet ex officio;
c) suspensão de direitos maçônicos;
d) rejeições e inscrições nos Livros Negro e Amarelo;
e) outras alterações cadastrais.

Art. 124.O Secretário terá sob sua guarda os livros de registro dos atos e eventos ocorridos
na Loja, bem como os Livros Negro e Amarelo.

a) para atas de :
1) Loja de Aprendiz;
2) Loja de Companheiro;
3) Loja de Mestre;
4) eleições;
5) Adoção de "Lowtons";
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6) sessões especiais;
b) para registro de todos os Membros iniciados, filiados e regularizados pela Loja,
contendo o nome completo, número do cadastro de identificação maçônica e as datas de
Elevação e Exaltação;
c) para registro de todos os "Lowtons" adotados pela Loja, contendo fotografia, nome
completo, filiação, local e data de nascimento, número de registro no Grande Oriente do
Brasil, data de Adoção e nome do Padrinho;
d) Amarelo, para registro dos candidatos rejeitados por motivos que não de ordem moral,
contendo fotografia, nome completo, local e data de nascimento e filiação; os candidatos
rejeitados poderão ser novamente escrutinados decorridos doze meses;
e) Negro, onde serão registrados os candidatos rejeitados por motivos de ordem moral,
contendo fotografia nome completo, local e data de nascimento e filiação; os candidatos
rejeitados por motivo de ordem moral não mais poderão ser propostos, salvo se
reabilitados pelo Grande Oriente do Brasil.

Parágrafo único. O Secretário que dispuser dos meios eletrônicos ou arquivos digitais
poderá produzir atas pelos referidos métodos, imprimindo-as para posterior encadernação
de livros específicos.

 CONSULTAR GUIA DE ORIENTAÇÕES DO REFERIDO CARGO.


92

Do TESOUREIRO

Art. 125 – Compete ao Tesoureiro:

I – arrecadar a receita e pagar as despesas;

II – assinar os papéis e documentos relacionados com


a administração financeira, contábil, econômica e
patrimonial da Loja;

III – manter a escrituração contábil da Loja sempre


atualizada;

IV – apresentar à Loja os balancetes trimestrais


conforme normas e padrões oficiais;

V – apresentar à Loja, até a última sessão do mês de


março, o balanço geral do ano financeiro anterior,
conforme normas e padrões oficiais;

VI – apresentar, no mês de outubro, o orçamento da Loja para o ano seguinte;

VII – depositar, em banco determinado pela Loja, o numerário a ela pertencente;

VIII – cobrar dos Maçons suas contribuições em atraso e remeter prancha com aviso de
recebimento, ao obreiro inadimplente há mais de três meses, comunicar a sua
irregularidade e cientificar a Loja;

IX – receber e encaminhar à Secretaria-Geral de Finanças do Grande Oriente do Brasil e à


Secretaria de Finanças do Grande Oriente, a que estiver jurisdicionada a Loja, as taxas,
emolumentos e contribuições ordinárias e extraordinárias legalmente estabelecidos;

X – responsabilizar-se pela conferência, guarda e liberação dos valores arrecadados pela


Loja.

 CONSULTAR GUIA DE ORIENTAÇÕES DO REFERIDO CARGO.


93

Do CHANCELER

Art. 126 – Compete ao Chanceler:

I – ter a seu cargo o controle de presenças, mantendo sempre


atualizado o índice de frequência;

II – comunicar à Loja:

a) a quantidade de Irmãos presentes à sessão;


b) os Irmãos aptos a votarem e serem votados;
c) os Irmãos cujas faltas excedam o limite permitido por lei.

III – expedir certificados de presença dos Irmãos visitantes;

IV – anunciar os aniversariantes;

V – manter atualizado os registros de controle da identificação


e qualificação dos Irmãos do quadro, cônjuges e dependentes;

VI – remeter prancha ao Maçom cujas faltas excedam o limite


permitido por lei e solicitando justificativa por escrito.
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Do HOSPITALEIRO

Ao Hospitaleiro compete:

- Fazer circular o Tronco de Beneficência;

- Exercer pleno controle sobre o produto


arrecadado pelo Tronco de Beneficência, o
qual se destina, exclusivamente, às obras
beneficentes da Loja;

- Visitar os Obreiros e seus dependentes que


estejam enfermos, dando conhecimento à Loja
de seu estado e propor, se for o caso, os
auxílios que se fizerem necessários;

- Propor a manutenção, alteração ou exclusão


de qualquer auxílio beneficente que estiver
sendo fornecido pela Loja;

- Manter sempre atualizados os registros de


controle da movimentação dos recursos do
Tronco de Beneficência;

- Apresentar à Loja, até a última sessão dos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro,
as prestações de contas alusivas aos trimestres civis imediatamente anteriores, conforme
normas próprias;
- Prestar esclarecimentos relacionados com suas atividades;

-Presidir a Comissão de Beneficência. (Regulamento Geral da Federação)

MODELO de Relatório:
95

Do MESTRE DE CERIMÔNIAS

Ao Mestre de Cerimônias compete:

- Realizar e fazer cumprir, de acordo com a liturgia do Rito


Brasileiro, todo o cerimonial das sessões da Loja;

- Fazer o Sinal do Rito no final das sessões;

- Apresentar aos Obreiros a urna com esferas brancas e


pretas nas votações secretas e, nas nominais, contar os
votos, anunciando o resultado.

- Recolher as sobras no Escrutínio Secreto conforme


preceitua o Regulamento Geral da Federação;

- Acompanhar os Membros que circulem no Templo, exceto os que o fizerem por dever de
ofício.

- O Mestre de Cerimônias portará bastão: 1) durante os Cortejos de entrada e de saída do


Templo; 2) quando acompanhar Irmão, no decorrer da Sessão; 3) nos Pálios de abertura e
de fechamento do Livro da Lei. Ao formar o Pálio nas sessões simbólicas, o Mestre de
Cerimônias ergue seu bastão, sobre o qual se apoiam os bastões dos Diáconos.

- dar entrada ao Templo aos obreiros do quadro ou visitantes (estes após averiguada sua
regularidade e dignidade pelo 1º Experto) quando forem dar entrada após iniciado os
trabalhos conforme contido no ritual.

- O Mestre de Cerimônias poderá ter adjunto que o auxiliará nas tarefas inerentes ao
cargo, bem como o substituirá quando necessário. O adjunto será indicado pelo titular e
nomeado pelo Venerável Mestre. (Regulamento Geral da Federação).
96

Do ARQUITETO

Ao Arquiteto compete:

- Ornamentar e preparar o Templo para


todas as sessões e, ao final, guardar o
material usado, que ficará sob sua guarda e
responsabilidade;

- Manter atualizado o inventário da loja;

- Providenciar o material de uso durante as


sessões;

- Verificar, constantemente, as condições de


uso dos móveis e utensílios e providenciar, se for o caso, os necessários reparos ou
substituições.

MODELO de Relatório:
97

Do PORTA‐BANDEIRA

Ao Porta-Bandeira compete:

- O Porta-Bandeira deve estar com


traje maçônico completo, e com luvas
brancas.

- Enquanto executa o Hino Nacional,


o Porta-Bandeira permanece com o
Pavilhão Nacional na vertical.

- Ao terminar o Hino inicia a marcha


lentamente até colocá-la em seu
devido lugar.

- Na retirada do Pavilhão Nacional, o


Porta-Bandeira retira a mesma de
seu lugar, segurando-a verticalmente.

- Na saída do Templo para e coloca a Bandeira no ombro direito, em seguida sai do


Templo.

- Ao retomar a Comissão, a Guarda de Honra e o Porta-Bandeira entram e aguardam


Ordens.
98

Do PORTA‐ESTANDARTE

Compete ao Porta-Estandarte:

- Manter o Estandarte da Loja em local


visível durante as sessões maçônicas
(Principalmente durante a Cerimônia de
Iniciação);

- Garantir que o estandarte da Loja seja


mantido em perfeitas condições de uso;
99

Do MESTRE DE BANQUETES

Compete ao Mestre de Banquetes:

- Cuidar dos “Ágapes”;

- Providenciar que as festivas


transcorram na melhor ordem possível
e que seja de agrado geral;

- Interagir com o V.’. M.’. e cuidar dos


preparos para os Banquetes
Ritualísticos da Loja;

- Manter sob sua responsabilidade os


utensílios de propriedade da loja,
utilizados em banquetes (Ex.: talheres,
pratos, copos, toalhas...etc);

- Indicar irmãos para apoiá-lo durantes os ágapes festivos e/ou após sessão maçônica.
100

Do BIBLIOTECÁRIO

Compete ao Bibliotecário:

- Garantir que todas as obras literárias (livros,


revistas...etc) constantes na biblioteca da loja
estejam devidamente catalogadas e registradas no
patrimônio literário da loja;

- Manter devidamente arquivado em ordem


alfabético e/ou por tema literário, os livros, revistas,
boletins do GOEB e GOB;

- Manter registro e arquivo individual, por irmão; as


peças de arquiteturas apresentadas em lojas
(pastas individuais);

- Em apoio à Comissão de Ritualística da loja,


manter catalogado e arquivado na biblioteca, os diversos rituais e manuais maçônicos;

- Implementar ficha de controle de empréstimos de livros e outras literaturas maçônicas


aos irmãos da loja;

- Ser fiel depositário do acervo literário da loja maçônica a que pertence.


101

Do MESTRE DE HARMONIA

Compete ao Mestre de Harmonia:

- Acompanhar as sessões, desde o seu


inicio, com musica orquestrada
propícia, e fazer soar, nos momentos
oportunos, os Hinos de Abertura e de
Encerramento do RITO, o Hino
Maçônico, o Hino Nacional Brasileiro e
o Hino à Bandeira, que serão cantados
pelos presentes;

- Organizar e executar a seleção


musical para os trabalhos no Templo e
em festividades;
102

Dos COBRIDORES

Ao Cobridor Interno compete:

- Guardar a entrada do Templo,


zelando pela plena segurança dos
trabalhos da Loja;

- Não consentir a entrada ou saída de


Obreiros sem a devida autorização;

- Verificar se os Obreiros que


desejarem entrar no Templo, após o
início dos trabalhos, estão trajados
regularmente e encaminhá-los
conforme determina o respectivo
Ritual.

Ao Cobridor Externo compete:

- Fazer observar o mais rigoroso


silêncio nas cercanias do Templo;

- Não permitir que sejam ouvidos,


externamente, por quem quer que seja,
os trabalhos realizados em Loja;

- Certificar-se quanto à regularidade de


visitantes. (Regulamento Geral da
Federação).
103

Dos EXPERTOS

Compete ao 1º Experto:

- Conduzir os candidatos na
cerimônia de iniciação;

- Verificar se os obreiros visitantes


conhecidos ou não, que desejarem
entrar no Templo, após o inicio dos
trabalhos, estão trajados
regularmente e com a devida
documentação (palavra semestral e
identidade maçônica);

- Fazer o devido telhamento do irmão


visitante conforme preceitua o ritual;

- Encaminhar a documentação do irmão visitante para o Orador para devida averiguação;

- Substituir o irmão 1º Vigilante em sua ausência;

Compete ao 2º Experto:

- Auxiliar o irmão 1º experto durante as cerimônias de iniciação;

- Substituir o irmão 2º Vigilante em sua ausência;

- Substituir o irmão 1º Experto em sua ausência;


104

Dos DIÁCONOS

Ao 1° Diácono compete:

- O 1° Diácono é o responsável pela


coleta das assinaturas, do Venerável,
Orador e Secretário, nos Balaústres,
após a sua aprovação. É também o
responsável para transmitir recados,
mensagens, etc., dos Irmãos que têm
assento no Oriente.
- O 1° Diácono, tem a função ritualística
de transmitir a Palavra Sagrada do
Venerável Mestre ao 1º Vigilante (No
inicio da sessão); e reconduzir a
Palavra Sagrada do 1º Vigilante ao
Venerável Mestre (No término da
sessão);

Ao 2° Diácono compete:

- O 2° Diácono, de acordo com o Ritual, é o responsável para transmitir recados,


mensagens, etc., dos Irmãos que têm assento no Ocidente, e também verificar se os
Irmãos das Colunas conservam o devido silêncio.

- O 2° Diácono, tem a função ritualística de transmitir a Palavra Sagrada do 1º Vigilante ao


2º Vigilante (No inicio da sessão); e reconduzir a Palavra Sagrada do 2º Vigilante ao 1º
Vigilante (No término da sessão);
105
106

FAIXA DE TRATAMENTO AOS VISITANTES

Art. 219. O visitante, que seja autoridade maçônica, ou portador de título de recompensa
será recebido de conformidade com o Ritual adotado pelo Grande Oriente do Brasil para o
Rito que a Loja visitada praticar e será conduzido ao Oriente:

§ 2o O Ritual não poderá alterar a ordem de precedência prevista neste Regulamento:

I – 1a Faixa – Veneráveis; Mestres Instalados; Beneméritos; Deputados Honorários das


Assembleias Federal, Estaduais e do DF;

II – 2a Faixa – Deputados Estaduais e do Distrito Federal; Juízes dos Tribunais de Justiça


Estaduais e do Distrito Federal; Juízes Eleitorais Estaduais e do Distrito Federal;
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais e do Distrito Federal; Membros dos
Conselhos Estaduais e do Distrito Federal; Subprocuradores Estaduais e do Distrito
Federal; Grandes Beneméritos da Ordem.

III – 3a Faixa – Deputados Federais, Grão-Mestres Adjuntos Estaduais e do Distrito


Federal; Secretários Estaduais e do Distrito Federal; Ministros do Superior Tribunal de
Justiça; Ministros do Superior Tribunal Eleitoral;Ministros do Tribunal de Contas;
Delegados do Grão-Mestre Geral; Presidentes dos Tribunais Eleitorais Estaduais e do
Distrito Federal; Presidentes dos Tribunais de Contas Estaduais e do Distrito
Federal;Membros do Conselho Federal; Subprocuradores Gerais; Procuradores Estaduais
e do Distrito Federal; Portadores de Condecoração da Estrela de Distinção Maçônica.

IV – 4a Faixa – Grão-Mestres Estaduais e do Distrito Federal; Secretários-Gerais;


Presidente do Superior Tribunal de Justiça; Presidente do Superior Tribunal Eleitoral;
Ministros do Supremo Tribunal de Justiça; Presidente do Tribunal de Contas; Procurador
Geral; Presidentes dos Tribunais de Justiça Estaduais e do Distrito Federal; Presidentes
das Assembleias Legislativas Estaduais e do Distrito Federal; Garantes de Amizade do
GOB perante outras instituições maçônicas; Portadores da Cruz de Perfeição Maçônica.

V – 5a Faixa – Grão-Mestre Geral Adjunto; Presidente da Assembleia Federal Legislativa;


Presidente do Supremo Tribunal de Justiça; Detentores da Condecoração da Ordem do
Mérito D. Pedro I.

VI – 6a Faixa – Grão-Mestre Geral.

Art. 220. O tratamento das autoridades de que trata o artigo anterior é o seguinte:

I – 1a Faixa – Ilustre Irmão, com exceção do Venerável, cujo tratamento é o de Venerável


Mestre;

II – 2a Faixa – Venerável Irmão;

III – 3a Faixa – Poderoso Irmão;


107

IV – 4a Faixa – Eminente Irmão;

V – 5a Faixa – Sapientíssimo Irmão;

VI – 6a Faixa – Soberano Irmão.

Parágrafo único. O Mestre Maçom tem o tratamento de Respeitável Irmão.

Tratado Maçônico de Rerratificação de Reconhecimento, Amizade e Aliança

Art. 9. Um irmão visitante, no caso de representar o SUPREMO CONCLAVE ou Alto Corpo


da Obediência Filosófica, gozará de honras e prerrogativas do protocolo inerentes ao seu
próprio grau e qualidade e nunca das prerrogativas da autoridade representada.
Analogamente proceder-se-á com as demais Dignidades de uma e de outra Potência,
considerando-se, somente para fins de recepção, que se equivalemos cargos dos Corpos
Simbólicos e dos Corpos Filosóficos, para esse efeito, sendo o cargo de Grande Primaz
equivalente ao de Grão Mestre Geral; o de Grande Regente ao de Grão Mestre Geral
Adjunto; o de Grande Secretário ao de Secretário-Geral; o de Delegado Litúrgico ao de
Grão Mestre Adjunto Estadual ou Distrital.
108

Das Comissões

Art. 128 – As Lojas terão, obrigatoriamente, as Comissões de:

I – Finanças;

II – Admissão e Graus;

III – Beneficência.

Art. 129 – O Venerável Mestre poderá nomear Comissões temporárias atribuindo-lhes


competências especificas.

Art. 130 – As Comissões poderão requisitar e examinar, a qualquer tempo, os livros,


papéis e documentos relativos às suas atribuições, bem como solicitar o fornecimento de
informações e dados adicionais e realizar as sindicâncias e diligências que entenderem
necessárias.

Art. 131 – Os mandatos dos membros das comissões coincidirão, obrigatoriamente, com o
da Administração que os tenha nomeado.

Comissão de Finanças

Art. 132 – Compete a Comissão de Finanças:

I – examinar e emitir parecer prévio sobre as contas da administração;

II – acompanhar e fiscalizar a gestão financeira da Loja;

III – opinar sobre assuntos de contabilidade, orçamento e administração financeira;

IV – examinar e dar parecer sobre os inventários patrimoniais.

Comissão de Admissão e Graus

Art. 133 – Compete a Comissão de Admissão e Graus, emitir parecer sobre os processos
de admissão e colocação de graus.

Comissão de Beneficência

Art. 134 – Compete a Comissão de Beneficência:

I – conhecer as condições dos Obreiros do Quadro visitando-os e quando algum estiver


necessitado, independentemente do seu pedido, reclamar da Loja o auxílio cabível;
109

II – emitir parecer sobre propostas relacionadas com assuntos de beneficência.


110

Dos Deputados

Art. 135 – Todas as Lojas da Federação, em pleno gozo de seus direitos, poderão eleger
um Deputado e um Suplente para representá-las perante as Assembleias Legislativas
Federal, Estadual ou do Distrito Federal.

§ 1o – As eleições para Deputados e seus Suplentes deverão coincidir com a eleição para
a Administração da Loja, sempre que possível.
§ 2o – O Deputado Federal, Estadual ou do Distrito Federal será substituído pelo seu
Suplente no caso de renúncia ou impedimento definitivo.

Figura 20 – Poderosa Assembleia Estadual Legislativa do Estado da Bahia.


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Referências

 Ritual do Grau ‐ Aprendiz Maçom – Rito Brasileiro/GOB –Edição 2009


 RGF ‐ Regimento Geral da Federação ‐ GOB – 2008 (ATUALIZADO)
 Decreto no 0084 de 19/11/1997 ‐ GOB
 Constituição do Grande Oriente do Brasil ‐ 2007 (ATUALIZADO)
 Curso básico de Liturgia e Ritualística ‐ J. Castellani
 Cargos em Loja ‐ Assis Carvalho
 ABC do Aprendiz ‐ Jaime Pusch
 Cartilha do Aprendiz ‐ J. Castellani
 Dicionário de Maçonaria e Simbologia ‐ Nicola Aslan
 Dicionário Etimológico Maçônico ‐ J. Castellani
 Lei dos Símbolos Nacionais ‐ no 5700 de 01/09/1971 modificada pela Lei no 5.812 de 13/01/1972
 Decreto no 0084 de 19/11/1997 – GOB.
 Boletim Oficial n0 18 de 07/10/2010 ‐ Lei 114 de 18/09/2010 – Poderosa Assembleia Federal
Legislativa
 Boletim Oficial no 20 de 08/11/2012
 Manual de Dinâmica Ritualística do Rito Brasileiro – Grande Oriente do Estado de Goiás

 Apostila do Curso: O Rito Brasileiro ‐ José Robson Gouveia Freire

 Fragmentos do Rito Brasileiro – José Reinaldo de Melo, reeditado por José Robson Gouveia Freire

 Cartilha de Orientação Ritualística do REAA do GOB MG – Robson Fidalgo Amui

Sites:

http://ww.ritobrasileirogob.com.br/

http://www.masonic.com.br/rito/

http://www.redempcao.org.br/material/loja/trabalhos/O%20RITO%20BRASILEIRO.pdf

http://www.altosgraus.com/sites/default/files/arquivos/LIVRO%20‐
%20FRAGMENTOS%20DO%20RITO%20BRASILEIRO.pdf

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