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Proteção Contra Incêndios e Explosão PDF
Proteção Contra Incêndios e Explosão PDF
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
NORMAS E REGULAMENTAÇÕES......................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
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2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Fonte: diariodepernambuco.com.br
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3 ASPECTOS GERAIS
3.1 Fogo
Fonte: maisumonline.com.br
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O comburente é o elemento que propicia vida as chamas intensificando a
combustão. O gás mais comum no desempenho deste papel é o oxigênio, porém não
é o único, existindo outros gases.
Por fim, a reação em cadeia nada mais é do que a queima autossustentável.
Da junção desses três elementos, é gerada uma reação química. Quando o
calor emitido pelas chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas
menores, que se combinam com o comburente e queimam, irradiam outra vez calor
para o combustível, produzindo um ciclo contínuo.
Portanto, pode-se dizer que os três elementos essenciais para formação do
fogo são o calor, combustível e o oxigênio, sendo chamado de “Triângulo do fogo”.
Assim, o fogo é um processo químico e não ocorrerá se: não estiver combustível
presente, ou estando sendo em pequena quantidade; não estiver presente o oxigênio,
ou em quantidade insuficiente; e se a fonte de ignição (calor) não é energética o
suficiente para iniciar o fogo (LOPES, 2007).
3.2 Explosões
Fonte: trt.net.tr
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3.2.1 Explosões de nuvens de pó
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As explosões de pó podem ser primárias e secundárias. Chamamos de
primárias aquelas explosões de pó que se iniciam dentro de um equipamento (tais
como moinhos, misturadores, telas, secadores, ciclones, funis, filtros, elevadores,
silos, dutos de aspiração, e sistemas de transporte pneumático).
As explosões secundárias são causadas (em se tratando de pós) quando pós
depositados são perturbados pela explosão primária e forma uma segunda nuvem de
pós que então entra em ignição pelo calor liberado pela explosão primária. O problema
é que pequenas quantidades de pó depositado ocupam um espaço pequeno, mas
quando perturbados podem facilmente formar nuvens perigosas (LOPES, 2007).
4 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES
No Brasil, até meados de 1970, não existia legislação específica acerca dos
incêndios que eram vistos como um problema que ficava a cargo dos Corpos de
Bombeiros. As regulamentações eram poucas e podiam ser encontradas em códigos
de obras de cada município. Regulamentações específicas só foram criadas depois
de ter sobrevindo incêndios de grandes proporções que deixaram muitas vítimas,
como ocorreu em São Paulo, no edifício Joelma, em fevereiro de 1974.
O órgão responsável pela elaboração, atualização e disseminação das normas
técnicas é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é signatária da
Organization for International Standardization (ISO), entidade responsável pela
compatibilização de normas internacionais, ou seja, que podem ser aplicadas em
diferentes países. Por isso existem no Brasil as normas NBR ISO, que podem ser
apenas traduções fieis ou conterem discretas adaptações à realidade brasileira.
Em meados de 1960, uma comissão especial de estudos ligada à ABNT,
formada por estudiosos de diferentes segmentos da segurança contra incêndio,
oferecia suporte técnico à elaboração das leis de segurança contra incêndio. Essa
comissão é responsável pela elaboração dos documentos técnicos que são
precursores das normas técnicas que conhecemos atualmente.
Em 1970, a comissão especial de estudos foi reconhecida como permanente e
recebeu o nome de CBPI – Comissão Brasileira de Prevenção de Incêndio. Em 1987,
essa instituição ocupava o 24° do Comitê da ABNT e passou a se chamar Comitê
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Brasileiro de Segurança Contra Incêndio. No mesmo ano, instalou sua sede no prédio
do Corpo de Bombeiros de Estado de São Paulo, na Praça da Sé.
A primeira especificação técnica sobre segurança contra incêndio de que se
tem registro é a EB 132:1961 – Especificação Técnica – Portas corta-fogo de madeira
revestida de metal, substituída pela norma ABNT NBR 11711, em 1992.
A cada grande incêndio, fazia-se mais notável a necessidade e urgência de se
ampliar a obrigatoriedade da adoção de medidas de segurança contra incêndio.
Entretanto, as referências nacionais não eram suficientes. Assim, foram trazidas as
normas internacionais e estrangeiras, que serviram de referência a instruções
técnicas, leis, decretos, decreto-lei, portarias, diretrizes técnicas e outros tantos
documentos regulamentadores.
O conhecimento sobre esse acervo é essencial ao profissional de segurança.
Ele deve ser capaz de discernir as diferenças e a hierarquia das normas e
regulamentações, em função da instância e do local de sua atuação. Embora nem
todas elas sejam compatíveis entre si, todas são legítimas e devem ser obedecidas.
Ressalta-se, ainda, que não há qualquer tipo de restrição ao fato das grandes
empresas, com alto nível de risco em seus processos, como a Petrobrás, por exemplo,
definirem internamente suas normas de segurança para minimizar as ocorrências e
consequências de falhas em seus sistemas. Também não há obrigatoriedade das
indústrias do álcool combustível, que têm riscos similares, compartilharem tais regras.
No caso de incêndios florestais, a regulamentação oficial é de competência dos
órgãos federais Ibama e ICMBio.
Hoje não existe qualquer regulamentação ou norma que exerça o papel de um
código nacional de segurança contra incêndio. Por essa razão, além das normas
brasileiras, algumas regulamentações específicas têm a incumbência de garantir o
atendimento às exigências de segurança contra incêndio. Por esse motivo é que as
exigências se concentram, principalmente, em instância estadual, e elas são
elaboradas pelos Corpos de Bombeiros Militares.
Somente no ano de 2017 foi aprovada uma legislação federal sobre incêndio,
a Lei Federal nº. 13.425, de 30 de março de 2017, que estabelece diretrizes gerais
sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e desastres em estabelecimentos,
edificações e áreas de reunião de público. Essa Lei altera as Leis nº. 8.078, de 11 de
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setembro de 1990, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e dá outras
providências (BRASIL, 2017).
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das tarefas de forma segura e ser constantemente revisados e repassados através de
treinamentos aos empregados e terceirizados.
A realização destes procedimentos sem graves desvios também submete-se
diretamente ao planejamento da inspeção e da manutenção de cada componente da
instalação, ao longo de sua vida útil até a desativação.
A NR-20 estabeleceu que os aspectos de segurança devem estar presentes
desde o projeto da instalação. A prevenção tem início na definição do layout do
processamento de uma substancia inflamável.
Cada estrutura projetada possui uma probabilidade de falha e um potencial de
dano que são característicos da sua função no processo e da quantidade de
substancia envolvida, portanto a distribuição dessas estruturas deve ser realizada
procurando evitar que a ocorrência de um evento possa atingir outras estruturas da
planta industrial e causar vários eventos.
Desse modo, é fundamental verificar quais eventos poderão ser
desencadeados com a ocorrência das falhas mais prováveis e estimar os potenciais
danos, de forma que seja possível especificar sistemas capazes e com eficácia para
prevenir e combater incêndios e explosões.
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Vale ressaltar alguns sistemas de combate ao incêndio, como os extintores
portáteis, que podem ser à base de água ou de agentes gasosos. No Brasil, o uso de
extintores é regulado pela NBR 15808 — Extintores de incêndio portáteis — e pela
NBR 15809 — Extintores de incêndio sobre rodas.
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Ainda segundo preleciona Segundo Seito et al. (2008), um projeto de
arquitetura, sob a visão de segurança contra incêndio, deve presumir a inclusão de
medidas de proteção passivas, com a finalidade de evitar que um incêndio se inicie
ou se alastre, uma vez iniciado. Entre as medidas passivas, os autores consideram
alguns elementos específicos dos projetos, como o pavimento de descargas e os
subsolos, a circulação interna, a compartimentação e as especificações de materiais
de revestimento e acabamento.
Fonte: seucondominio.com.br
Para Metzker Oliveira (2007), faz-se necessário implementar, para todo o tipo
de edificação, a segurança contra incêndio, possibilitando uma maior probabilidade
de evitar perdas humanas e econômicas. Para isso, vários aspectos devem ser
levados em conta, tais como: a criação de regulamentações e normalizações;
educação das pessoas em segurança contra incêndios; aplicação dos conceitos do
sistema global de segurança contra incêndio nos projetos arquitetônicos das
edificações, um uso e manutenção dos sistemas de combate a incêndio, fiscalização
e as práticas do uso de planos de escape da edificação, formação de brigadas,
pesquisas e estatísticas, entre outros.
Ualfrido del Carlo (2008) destaca que os conceitos na área de segurança contra
incêndio ainda não estão plenamente incorporados aos profissionais de projeto e
construção de edifícios.
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Segundo Seito et al. (2008) os incêndios apresentam, em sua evolução, três
fases características: fase inicial, a fase de inflamação generalizada e a fase de
extinção. Na fase inicial, o incêndio se restringe a um foco representado pela
combustão do primeiro objeto ignizado. A seguir vem a fase de inflamação
generalizada, com a elevação acentuada da temperatura devido ao envolvimento
simultâneo de grande quantidade de materiais combustíveis. Depois de
aproximadamente 80% dos materiais combustíveis já terem sido consumidos pelo
fogo, o incêndio chega à sua fase de extinção.
As medidas para segurança contra incêndio nas edificações podem ser
divididas em: medidas de precaução/prevenção que são aquelas que se destinam a
prevenir a ocorrência do início do incêndio, isto é, controlar o risco do início da
combustão; e medidas de proteção que são as estabelecidas para proteger a vida
humana e os bens materiais dos efeitos nocivos do incêndio que já se desenvolve.
Existem ainda, as medidas de proteção contra incêndio, que são disposições
de segurança e que podem ser divididas em ativas e passivas.
As ativas podem ser entendidas como aquelas que, em face da ocorrência do
incêndio, o sistema instalado na edificação responde aos estímulos provocados pelo
fogo de forma manual ou automática, por exemplo: sistema de proteção por hidrantes
e mangotinhos; sistema de proteção por chuveiros automáticos (ou sprinklers);
sistema de proteção por extintores de incêndio; sistema de alarme de incêndio;
sistema de sinalização de emergência; e sistema de iluminação de emergência, que
serão estudados mais adiante.
Essas medidas constituem-se, basicamente, nas instalações prediais, ou seja,
instalações hidráulicas destinadas ao combate do incêndio como os sistemas de
hidrantes e instalações elétricas destinadas à iluminação de emergência, bombas de
incêndio e geradores, entre outros. Tais medidas também devem ser consideradas no
projeto arquitetônico, pois interagem de maneira decisiva tanto na circulação interna
do edifício como na distribuição de seus ambientes.
As medidas passivas podem ser entendidas como aquelas em que o sistema
instalado na edificação não reage ativamente aos estímulos do incêndio, contudo
procura manter a integridade da estrutura pelo máximo de tempo possível, evitando
seu colapso, até que os ocupantes possam ser retirados da edificação com
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segurança, obtendo as seguintes características: limitação do crescimento do
incêndio; restrição da propagação do incêndio; evitar a propagação do incêndio em
edificações adjacentes; coibir o colapso estrutural; garantir a evacuação segura da
edificação; agilizar as ações de combate a incêndio e resgate de pessoas.
Tais medidas têm, ainda, a capacidade de influenciar as definições de materiais
(principalmente de acabamento) a serem utilizados na distribuição e disposição dos
espaços, na composição da fachada, na circulação interna, vertical e horizontal, na
implantação do edifício, no lote e nos acessos imediatos. Portanto, com um
conhecimento amplo dessas definições, o projeto arquitetônico pode ser pensado, já
na sua essência, levando-se em conta os aspectos de segurança contra incêndio,
principalmente nos edifícios que assumem proporções avantajadas ou que
apresentem características que definem risco elevado.
Se considerarmos que a segurança está intimamente ligada à probabilidade de
risco de ocorrência de eventos que propiciam perigo às pessoas e aos bens, podemos
concluir então que ela pode ser alcançada através da isenção de tais riscos. Como a
exclusão total de riscos, na prática, é algo ilusório, pode-se compreender a segurança
contra incêndios como um conjunto de variados níveis de proteção.
O nível de segurança contra incêndio atingido para um edifício está ligado de
modo direto ao controle das categorias de risco, tanto no processo produtivo como em
sua utilização.
Para Berto (1991), os requisitos funcionais a serem atendidos pelo edifício para
que ele se torne seguro do ponto de vista da segurança contra incêndio estão
associados à sequência das etapas de desenvolvimento de um incêndio.
Ainda segundo preleciona Berto (1991), uma vez que sabemos sobre o
desenvolvimento de um incêndio e como os elementos do sistema global
(subsistemas) se associam a cada etapa deste, os requisitos funcionais a serem
atendidos pelo edifício consistem em resolver os tópicos abordados em cada
elemento, com as ações propostas a seguir:
• dificultar a ocorrência do princípio de incêndio;
• ocorrido o princípio do incêndio, dificultar a ocorrência da inflamação
generalizada dos materiais combustíveis presentes no ambiente;
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• possibilitar a extinção do incêndio no ambiente de origem, antes que a
inflamação generalizada ocorra;
• instalada a inflamação generalizada no ambiente de origem do incêndio,
dificultar sua propagação para os outros ambientes;
• permitir a fuga dos usuários do edifício;
• manter o edifício íntegro, sem danos, sem ruína parcial e/ou total;
• propiciar operações de combate ao fogo e de resgate de vítimas.
A segurança contra incêndio deve ser considerada desde o estudo inicial, pela
concepção do anteprojeto, pelo projeto executivo e pela construção, operação e
manutenção do local. Não sendo reconhecida em qualquer uma das etapas, o edifício
ficará passível a riscos de inconveniências funcionais, gastos excessivos e níveis de
segurança inadequados.
Tudo o que foi calculado em projeto deve ser levado em conta quando da
construção do prédio, garantindo tanto a confiabilidade como a efetividade
anteriormente prevista. Deve-se, ainda, evidenciar que boa parte dos problemas
relacionados à proteção contra incêndio ocorre durante a fase de operação do edifício
e necessita da caracterização do tipo de usuário e das regulamentações compulsórias
existentes.
Os elementos de precaução contra o início do incêndio e a limitação de sua
propagação entre edifícios compõem-se unicamente de medidas passivas de
proteção. Já o elemento evacuação segura do edifício apresenta as medidas de
proteção ativa, a fim de assegurar as rotas de fuga, sendo estas medidas de proteção
passiva.
Os elementos rapidez, eficiência e segurança das operações de combate e
resgate são prejudicados quando não são satisfatórios; a provisão de equipamentos
de combate, o acesso seguro da brigada no interior do edifício e o acesso externo ao
edifício também constituem as medidas passivas.
A ação contra o tem que atingir a três critérios: garantir a incolumidade das
pessoas; assegurar a proteção dos bens; permitir a recuperação da edificação.
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Ao nos referirmos a garantia da incolumidade da população fixa e flutuante da
edificação, é fundamental levarmos em conta uma proposta relativa ao tempo em que
essa condição deve ser mantida. Isso engloba as considerações a respeito da
edificação e da sua localização e do percurso do posto de bombeiros mais próximo
até o local, bem como das facilidades de acesso até lá.
Dessa forma, temos um condicionamento ao trânsito, as características da rua
ou de logradouro em que a edificação se situa – largura, declividade, tipo e condição
da pavimentação, redes aéreas e de postes e abastecimento de água – para que
ocorra uma operação mais correta e eficiente dos meios de combate e salvamento.
Durante esse período, deve ser afastado o risco de colapso estrutural da
edificação e de suas partes, ou seja, cada componente da edificação deve
permanecer intacto no que se refere a sua capacidade de atender às funções para as
quais foram projetadas.
A legislação urbanística também tem de ser levada em consideração no que se
refere à transmissão do calor por convecção e radiação e da propagação direta do
fogo aos edifícios vizinhos, o que acarreta necessariamente uma definição de medidas
de limitação desses efeitos, tais como recuos laterais e de fundo, larguras de ruas etc.
É necessário garantir que o edifício tenha circulação interna vertical e horizontal
para que, em caso de resgate, todas as pessoas possam aguardá-lo sem risco, pois
é preciso garantir condições mínimas de sobrevivência até a extinção do fogo.
Enfim, os acessos externos devem ser localizados em pontos ao alcance das
escadas de bombeiros, e este requisito envolve localização oportuna das escadas
internas. O heliporto no topo do edifício nem sempre é solução possível ou
conveniente, mas é válida quando for possível proporcionar o acesso desde os
pavimentos inferiores.
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6 PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO (PPCI)
Fonte: skop.com.br
6.1.1 Extintores
Fonte: workmedicina.com.br
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princípios e focos de fogo que contém um determinado agente extintor para certos
tipos de incêndios. Os extintores devem ficar em locais de fácil acesso, onde não
sejam bloqueados pelo fogo, e possuir a devida sinalização, para facilitar sua
identificação (CONTERATO, 2017).
Um incêndio pode ser causado por diversos materiais e por isso, para cada tipo
de material que virá a queimar existe um tipo de extintor.
Para saber qual tipo certo de extintor a ser utilizado, necessário se faz ter
conhecimento acerca da natureza do fogo:
Fogo classe A: envolve materiais combustíveis sólidos, como madeiras,
tecidos, borrachas, plásticos e outras fibras orgânicas que queimam em superfície e
profundidade, deixando resíduos.
Fogo classe B: aquele que envolve líquidos, gases inflamáveis, combustíveis,
plásticos e graxas que se liquefazem por ação do calor e queimam somente em
superfície.
Fogo classe C: incêndio em equipamentos elétricos energizados. A extinção
deve ser feita por agente extintor que não conduza eletricidade.
Fogo classe D: classe que tem como combustível os metais pirofóricos, como
magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio,
sódio, urânio e zircônio.
Por fim, o fogo classe K é aquele que envolve óleos, gordura animal e vegetal.
Deste modo, os extintores são classificados de acordo com o agente extintor
que ele possui. Os principais tipos de extintores são: com carga de água; com carga
de gás carbônico; com carga de pó químico B/C; com carga de pó químico A/B/C; e
com espuma mecânica.
O extintor com carga de água tem como princípio o resfriamento, agindo em
materiais como madeira, borrachas, tecidos, fibras e papeis. Sendo mais indicado
para incêndios em classe A e proibido em incêndios de classe B e C.
Já o extintor com carga de gás carbônico, é recomendado para incêndios de
classe B e C. Seu princípio de extinção é por abafamento e resfriamento, agindo em
materiais combustíveis, equipamentos elétricos e líquidos inflamáveis.
O extintor com carga de pó químico B/C, age através de reações químicas,
sendo indicado, portanto, para incêndios de classe B e C, enquanto o de pó químico
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A/B/C tem seu princípio de extinção através de reações químicas e abafamento,
podendo ser usado em incêndios dos três tipos de materiais.
Por fim, o extintor com espuma mecânica é indicado para incêndios de classe
A e B, sendo proibido seu uso em classe C.
A quantificação e a localização das Unidades Extintoras (UE) devem respeitar
as normas da ABNT NBR 12693:2013.
O extintor tem que ser instalado: de forma visível para que todos os usuários
fiquem cientes da sua localização; protegido contra intempéries e danos físicos em
potencial; em lugar onde haja menor possibilidade de que o fogo bloqueie seu acesso;
não ser instalado em escadas; de forma que sua remoção não seja impedida por
suporte, base ou etc.; de maneira que não fique bloqueado por pilhas de mercadorias,
matérias primas ou qualquer outro material; e que esteja junto ao acesso dos riscos.
Fonte: intelbras.com
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A tecnologia dos alarmes de incêndio vem crescendo no mercado de
prevenção, pois tem se revelado um grande aliado na proteção de vidas e na
diminuição de perdas materiais de uma maneira muito competente. A proteção
adequada de certa área ou equipamento só será aceitável após um estudo detalhado
de todas as particularidades, visando o emprego dos componentes e sistemas mais
eficazes para cada caso concreto.
Os três elementos básicos dentro do sistema de alarme de incêndio são: a
detecção, o processamento e o aviso.
A detecção é a parte do sistema que constata o incêndio. Aqui pode-se
considerar os detectores (fumaça, calor, temperatura, chama, gás, etc) ou
acionadores manuais ou botoeiras (tipo soco, tipo quebra de vidro, pressão, alavanca,
etc).
A escolha do tipo e local que serão instalados os detectores deve ser realizada
baseando-se nas características mais plausíveis de um princípio de incêndio e do
julgamento técnico, levando em consideração alguns parâmetros, tais como:
temperaturas típicas e máximas da região; produção de fumaça ou chama; forma e
altura do teto; aumento da temperatura; ventilação do ambiente; materiais existentes
nas áreas protegidas; entre outras especificidades de cada instalação de acordo com
os requisitos técnicos dos equipamentos (STEIN, 2019).
Os principais tipos de detectores são os de fumaça, os de temperatura, e os de
chama, podendo ser isolados ou em linha.
Os detectores de temperatura são utilizados para monitoração de ambientes
onde hajam materiais, cuja característica no início da combustão é gerar muito calor
e pouca fumaça.
Por fim, os detectores de chamas devem ser instalados em ambientes onde se
identificar detectar um surgimento de uma chama e sua instalação necessita ser feita
de modo que seu campo de visão não seja bloqueado por obstáculos, para certificar
a detecção do foco de incêndio na área por ele protegida.
O processamento é quando se capta o sinal dos diversos dispositivos que
enviam o aviso de alerta até o painel/central de incêndio.
Por fim, a central de alarme de incêndio fará o aviso, e ativará o sistema através
de sinalização sonora e visual, com o propósito de advertir os ocupantes do local e
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acionar dispositivos auxiliares para operação de outros sistemas específicos (se
existirem).
Fonte: asteck.com.br
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Deve ser enrolado em “oito” ou em camadas nos carretéis e pode ser acionado por
apenas uma pessoa. Seu abrigo deve ser de chapa metálica e dispor de ventilação
(CARVALHO JÚNIOR, 2017).
No que se refere aos hidrantes, existem alguns equipamentos básicos que os
continuem, como reservatório, sistema de bombas, válvulas (principais: retenção e
gaveta), coluna de incêndio, abrigo ou caixas de incêndio e sistema de alarmes. No
caso de mangotinhos, os abrigos possuem válvula de esfera para sistemas de
mangotinhos, um carretel de mangotinho e um esguicho regulável na ponta.
Para Stein (apud Nogueira, 2019), a principal diferença entre hidrante e
mangotinho é que o sistema deste fica constantemente montado, pressurizado e
acoplado à canalização, de modo que seu uso é imediato e ele pode ser utilizado por
uma pessoa com pouca experiência. Entretanto, não é aplicável em qualquer
edificação, sendo permitido em edifícios de risco pequeno, como edifícios
residenciais, e, nesses casos, seu uso é insuperável.
Fonte: gcbrazil.com.br
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automaticamente após identificarem princípios de fumaça e fogo, e uma das suas
principais vantagens é o combate ao incêndio direto no foco de origem. Seu
acionamento é automático e simultâneo com o sistema de alarme o que aumenta sua
eficiência (CONTERATO, 2017).
Esse é um sistema hidráulico semelhante a uma instalação predial, isto é,
constituído de reservatório, colunas, ramais e sub-ramais, em cuja extremidade existe,
como obturador do líquido, uma ampola contendo um gás ou líquido altamente
expansível e sensível ao calor. Uma vez iniciado o incêndio, a elevação da
temperatura faz romper a ampola, e, como consequência, inicia-se com rapidez o
espargimento de água, como se fosse um chuveiro, ao mesmo tempo que soa um
dispositivo de alarme (CREDER, 2017).
A norma ABNT NBR 10897:2014 cobre o dimensionamento dos chuveiros
automáticos, considerando o tipo de edificação e seu grau de risco para indicar o
tempo mínimo de operação do sistema, as pressões e vazões nos chuveiros.
Acerca da localização dos chuveiros, a norma delibera o que se segue:
Para ocupações de riscos leve e ordinário, as distâncias entre ramais e
chuveiros nos ramais não devem exceder 4,60m;
Para ocupações de riscos extraordinário e pesado, as distâncias entre
ramais e entre chuveiros nos ramais não devem exceder 3,70m;
A distância das paredes até os chuveiros não deve exceder a metade da
distância entre os chuveiros nos ramais ou entre os ramais;
Em ocupações de risco leve com dependências de, no máximo, 75m² de
área, a distância entre a parede e o chuveiro pode chegar até 2,70 m, desde
que seja respeitada a área máxima de cobertura permitida por chuveiro;
A distância mínima entre chuveiros deve ser de 1,80 m, para evitar que a
atuação de um chuveiro não venha a retardar a atuação do adjacente. Caso
a redução desta distância seja necessária, devem ser utilizados anteparos
de material não combustível entre os chuveiros, com medidas de, no
mínimo, 0,20 m de largura por 0,15 m de altura, com topo entre 0,05 e 0,08
m acima do defletor do chuveiro.
Dessa forma, uma edificação segura apresenta baixa probabilidade de início
de incêndio e alta probabilidade de fuga dos ocupantes/moradores, além de
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considerar as propriedades vizinhas quanto à possibilidade de risco e a rápida
extinção do foco inicial. A instalação predial de segurança contra incêndio é um
assunto bastante complexo, visto que depende de uma classificação rigorosa quanto
aos riscos de incêndio (STEIN, 2019).
Fonte: solucoesindustriais.com.br
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6.1.6 Sinalização de emergência
Fonte: f9.com.br
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de proteção da população. Todo e qualquer projeto só é aceito pelo Corpo de
Bombeiros se estiver de acordo com as normas exigidas.
Fonte: kiper.com.br
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O plano de emergência deve ser sempre atualizado e acompanhar as
mudanças nos processos e na cultura de segurança, propiciando a realização do teste
dos procedimentos em novos cenários e o envolvimento do maior número possível de
pessoas. Este envolvimento pode considerar algum tipo de avaliação realizada pelos
empregados sobre os treinamentos recebidos e as medidas adotadas em algum
simulado, fomentando o espaço para sugestões e a detecção de eventuais falhas nos
procedimentos.
Não obstante conversas e os diálogos periódicos com os empregados acerca
dos procedimentos de emergência serem bastante úteis para integral o plano à cultura
da empresa, os treinamentos para o uso de equipamentos pelas equipes de resposta,
treinamentos de evacuação e exercícios em escala real são imprescindíveis para
lograr êxito em uma situação real de emergência. Portanto, o plano deve conter um
programa de treinamentos para o período de um ano. Sendo avaliado, revisado e
renovado no final do período. O programa deve especificar quem será treinado, quem
será treinador, os tipos de treinamento que serão desenvolvidos, quando e onde
ocorrerão, bem como a forma que será avaliada e documentada.
Através destes treinamentos, cada empregado deverá adquirir conhecimentos
sobre o seu papel e sua responsabilidade, os perigos que estão expostos, as ações
para proteção de sua saúde, as ações que deverão tomadas quando houver sinais de
alerta e como utilizar equipamentos de proteção que poderão ser fornecidos para sua
sobrevivência.
Recomenda-se que seja feita, pelo menos, uma auditoria formal no plano de
emergência por ano.
Numa situação real de emergência é necessária a presença de uma ou mais
pessoas capazes de assumir o comando das operações e gerenciar as ações
previstas no plano. A pessoa apta a assumir a posição de Comandante do Incidente
(CI), ao ter conhecimento de um evento diferente das condições normais de operação,
deverá apresentar-se no local estipulado como Central de Operações para
Emergências (COE) e executar as seguintes ações:
Informar que está assumindo o comando e solicitar todas as informações
disponíveis;
Avaliar a situação e designar as ações que cada integrante da Equipe de
Gerenciamento da Emergência (EGE) deverá realizar;
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Estabelecer comunicação com todos que poderão auxiliar na a redução de
consequências;
Identificar a estratégia adequada e designar as primeiras ações de
combate e as respectivas equipes que irão executá-las;
Designar o local para onde serão direcionados os funcionários evacuados
e onde será realizado o primeiro atendimento aos feridos;
Analisar e avaliar a efetividade das primeiras ações de combate e, se
necessário, definir outras ações que possam ser mais eficazes conforme
a evolução do cenário;
Se a emergência for controlada, encerrar o comando e iniciar o protocolo
para retomar as atividades normais. Se a emergência se prolongar, o
comando poderá ser transferido para outras pessoas com a mesma
capacidade de dar continuidade ao gerenciamento da resposta à
emergência.
A EGE é responsável por monitorar o quadro geral da situação e manter o CI
informado para a tomada de decisões necessárias para o controle da emergência.
O COE deve ser um local previsto no plano de emergências como uma área de
fácil acesso e que provavelmente não estaria envolvida em um incidente. Contudo,
cabe a previsão de um local alternativo para o caso do primeiro local não ser utilizável.
O local ideal deverá contar com equipamento de comunicação, materiais de consulta,
diários de atividade, e todo o material necessário para responder rapidamente e
apropriadamente a uma emergência.
O isolamento da cena do incidente deverá ser iniciado logo após a descoberta
da emergência pelo próprio descobridor, desde que este se posicione em um local
que não coloque sua saúde em risco e que o viabilize evitar o acesso de pessoas que
não estão treinadas e adequadamente protegidas para as ações de combate e
controle do sinistro.
Geralmente, o comando das operações deve ser passado para a autoridade
pública presente no local junto a um relatório completo da situação, onde deve
consignar quais estruturas estão sendo utilizadas para a resposta e como as ações
estão sendo coordenadas, com o escopo de evitar confusões e otimizar a resposta
externa.
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6.4 Reserva Técnica de água para combate a incêndio
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Creder (2017) menciona que a água é o principal meio de combate a incêndios,
por ser de fácil utilização e poder ser armazenada em quantidades razoáveis nos
próprios reservatórios gerais do prédio/edificação. A água destinada ao combate a
incêndio será acumulada em reservatório elevado, preferencialmente, ou, então, em
reservatório subterrâneo, e sua localização deverá ser acessível ao Corpo de
Bombeiros (CARVALHO JÚNIOR, 2017).
Não é permitida a utilização de reserva de incêndio pelo emprego conjugado
de reservatórios subterrâneos e elevado. Se a opção escolhida for o reservatório
superior, a reserva de incêndio calculada deverá ser acrescida à destinada ao
consumo, sendo que a capacidade armazenada deve ser suficiente para garantir o
funcionamento simultâneo, por gravidade, dos dois hidrantes localizados em
condições mais desfavoráveis (CARVALHO JÚNIOR, 2017).
Stein (apud Macintyre, 2017) descreve que, ao se iniciar um projeto de
instalação contra incêndio, deve-se ter sempre em mente que a principal condição
para o êxito na extinção do fogo é a rapidez com que a instalação entra em
funcionamento. Isso pressupõe, evidentemente, que a instalação tenha sido bem
projetada e executada, permitindo um fácil e efetivo funcionamento.
A instalação de combate a incêndio com o emprego de água pode ser realizada
por sistema sob comando, hidrante ou tomada de incêndio, hidrante de passeio,
hidrante urbano ou de coluna, descritos a seguir (MACINTYRE, 2017).
O sistema sob comando é aquele em que o afluxo de água ao local do incêndio
é atingido mediante manobra de registros localizados em abrigos e caixas de incêndio.
Os registros abrem e fecham os hidrantes — também chamados de tomadas de
incêndio — e autorizam a utilização das mangueiras com seus devidos esguichos e
requintes. Em estabelecimentos fabris com armamentos e em conjuntos habitacionais,
a rede de abastecimento de água deve alimentar hidrantes de coluna nos passeios,
distanciados de 90 em 90 m, de modo a possibilitar o combate direto ao incêndio com
a adaptação de mangueiras (se a pressão for suficiente), ou ligação à bomba do carro-
pipa do Corpo de Bombeiros (CB).
Hidrante ou tomada de incêndio: é o ponto de tomada d’água provido de
registro de manobra e união tipo engate rápido. No interior dos prédios, é colocado na
caixa de incêndio, juntamente com a mangueira e o esguicho. As caixas de incêndio
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são colocadas na prumada da tubulação de incêndio em quantidade e locais que
assegurem a chance de combate ao incêndio em qualquer lugar do pavimento onde
se encontram, usando mangueiras de até 30 m de comprimento.
Hidrante de passeio (também conhecido como hidrante de recalque): é um
dispositivo instalado na canalização preventiva de incêndio, que se destina à ligação
da mangueira da bomba do carro do CB, que permitirá o recalque d’água da
canalização pública para dentro do prédio, de modo que os bombeiros possam ligar
suas mangueiras nos hidrantes das caixas de incêndio.
Por fim, o hidrante urbano ou de coluna: é ligado à rede de abastecimento da
municipalidade. Permite a ligação direta das mangueiras do CB ou do mangote de
aspiração da bomba do carro do CB. Sua instalação é uma atribuição do órgão
competente do município encarregado pelo abastecimento de água.
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Em um incêndio envolvendo gás ou vapor inflamável, os dois primeiros estágios
são muito rápidos e o controle do ambiente externo dependerá da quantidade de
mistura disponível. Neste caso, um sistema automático de extinção de incêndios (com
duche ou canhão) irá dar uma resposta rápida, dando tempo à mobilização do Corpo
de Bombeiros e do Corpo de Bombeiros, aumentando as possibilidades de controlo
da situação e reduzindo as consequências.
Os alarmes de situações perigosas podem ser realizados por indicadores
sonoros e visuais. Embora seja necessário que todos os trabalhadores compreendam
facilmente o sistema, o alarme pode ser acionado em duas etapas: a etapa
intermediária é para mobilizar a atenção e indicar que algumas medidas de segurança
devem ser tomadas; em geral, para indicar que se trata de uma situação de perigo
confirmada, Evacuação e plano de emergência devem ser ativados (Araújo e Silva,
2008).
Considerando que a detecção de vazamento será monitorada pela central, esta
decidirá se deve disparar um alarme intermediário com base nos parâmetros do sinal
recebido. Em alguns casos, se o sinal indicar que a concentração de gás ou vapor
está muito próxima do limite explosivo inferior, um alarme intermediário deve ser
disparado automaticamente. Em outros casos, se o sinal indicar que a concentração
de gás ou vapor é maior do que o esperado, mas não há perigo imediato de explosão,
o alarme só pode ser acionado após análise da área do sensor para verificar a
situação real.
Deve-se ter cuidado para garantir que o alarme seja sempre acionado quando
houver um risco real, porque uma série contínua de alarmes falsos pode fazer com
que os trabalhadores ignorem o alarme caso seja necessário evacuar.
Uma vez que o vazamento seja confirmado e uma atmosfera explosiva possa
ser formada, as medidas que devem ser tomadas antes que a fonte de ignição seja
encontrada devem ser avaliadas rapidamente. Que podem ser:
a) Interromper o vazamento é uma ação muito eficaz, mas nem sempre é
possível ou fácil de ser executada, dependendo da origem do mesmo. O
controle do vazamento poderá ser dado com o fechamento de válvulas, que
deverá ser acompanhado pela interrupção segura das etapas anteriores do
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processo. Em outras situações onde há dificuldades na paralisação do
processo, o fluxo deverá ser desviado.
b) Destinar a substância vazada para um local seguro (se for um líquido) ou
diluí-la (se for um gás) são meios de controle em situações em que o
cessamento do vazamento não ocorre rapidamente. Poderá ser uma ação
que antecede a anterior, em situações em que o acesso à fonte do
vazamento somente será possível se a atmosfera oferecer condições. Em
caso de líquidos, a bacia de contenção poderá concentrar o líquido próximo
a fonte de vazamento, portanto recomenda-se que uma inclinação que
direcione o líquido para longe de tanques. Em caso de gases mais densos
que o ar, haverá mais dificuldades em efetuar a diluição, portanto
recomenda-se que a área não ofereça obstáculos físicos para a ventilação
e nem tenha cavidades.
Antes da ignição, um alarme geral só deve ser disparado quando a
concentração da substância atingir um valor que possa causar danos à saúde se
inalada, ou quando uma atmosfera explosiva tiver uma possibilidade razoável de
encontrar uma fonte de ignição na área onde está localizada. No centro de vigilância,
os recursos devem estar disponíveis para acionar automaticamente alarmes regulares
quando um princípio de incêndio é detectado em qualquer setor instalado.
Considerando que eventualmente ocorra uma falha no sistema de detecção de
vazamentos ou que um incêndio seja causado por uma situação que não envolve as
substâncias inflamáveis que estão sendo processadas no ambiente, caberá prover a
instalação de um sistema que seja capaz de indicar este cenário ou acionar
automaticamente o sistema de extinção de incêndio (Araújo e Silva, 2008).
Apesar de inúmeras sustâncias utilizadas atualmente para a extinção de
incêndios, a proporção dos eventos estudados inviabiliza a utilização de outra
substância que não seja a água, devido à relação custo-benefício. A água é um
excelente agente extintor, pois proporciona resfriamento, abafamento e emulsificação
(Gonçalves, Guimarães e Oliveira, 2008).
Para o combate a grandes incêndios com água, é necessário que a instalação
possua um sistema adequadamente projetado para esta finalidade, conforme visto
anteriormente.
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Em ambientes fechados, o combate ao incêndio pode ser dado pelo
acionamento de chuveiros automáticos, enquanto em ambientes abertos, o combate
pode ser realizado através de canhões monitores.
O chuveiro automático é um dispositivo com um sensor térmico que, ao atingir
uma determinada temperatura, permite que uma válvula seja aberta e libere água em
uma área específica. De acordo com a NBR 10897, os sistemas de chuveiros
automáticos podem ser classificados como sistema de tubo molhado; sistema de tubo
seco; sistema de ação prévia; e sistema dilúvio.
No sistema de tubo molhado os chuveiros automáticos estão conectados aos
ramais de uma tubulação fixa contendo água sob pressão.
Já nos sistemas de tubo seco os chuveiros automáticos estão conectados aos
ramais de uma tubulação fixa contendo ar comprimido ou nitrogênio sob pressão.
Quando o gás é liberado, uma válvula libera a água do reservatório para a tubulação.
O sistema de ação prévia é idêntico ao de tubo seco, acrescentando somente
uma válvula especial (acionada por detector de incêndio muito sensível) que permite
a liberação da água na tubulação mesmo sem o acionamento de um chuveiro.
Por fim, no sistema dilúvio os chuveiros são abertos (que não elementos
termos-sensíveis) e estão conectados aos ramais de uma tubulação seca. Uma
válvula instalada na entrada da rede de tubulação é acionada pelo sistema de
detecção de incêndio e permite a entrada de água na rede e o seu descarregamento
através dos chuveiros abertos. Em casos especiais, o acionamento da válvula-dilúvio
pode ser feito por meio de um sistema de detecção de gases específicos.
Para o combate de incêndios com substâncias inflamáveis em áreas abertas,
utilizam-se sistemas de resfriamento com aspersores e canhões-monitores.
Aspersores são esguichos instalados no topo de tanques e, quando acionados, devem
liberar água (ou espuma) suficiente para formar uma lâmina junto à superfície das
paredes. Canhões monitores são esguicho que oferecem recursos mecânicos para
facilitar o controle da grande vazão de água que proporcionam. Normalmente, são
operados com pressões de 560 kPa (80 psi) para jatos sólidos e a 700 kPa (100psi)
para jatos de neblina, podendo variar conforme o fabricante. A vazão utilizada
geralmente está acima de 1200 lpm, podendo chegar até a 19000 lpm. A NBR 7505
recomenda que deve haver pelo menos dois canhões monitores posicionados de tal
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forma que a o lançamento seja de duas posições distintas e que estes podem ser fixos
ou portáteis. Quando utilizados para proteção de uma bacia de contenção, devem ser
instalados externamente ao dique (SEITO, 2008).
Além de equipamentos adequadamente projetados, instalados e mantidos em
condições para seu uso a qualquer instante, o combate somente será eficiente se
houver pessoal treinado para operá-los de forma rápida e eficiente. Desta forma, a
existência de brigadas é de extrema importância na redução das consequências de
grandes acidentes, pois serão os responsáveis pela organização da evacuação, do
primeiro combate às chamas e do resfriamento de estruturas (Camillo Jr. e Leite,
2008).
Embora a NBR 14276 defina os requisitos mínimos para a composição,
formação, implantação e recuperação da brigada de incêndio e considerando todos
os aspectos relacionados aos riscos de produção, ocupação, armazenamento e
instalação, o pessoal responsável pelo treinamento de cada brigada determinará o
que os brigadistas devem aceitar treinos específicos. Tal treinamento deve ser
especificado e detalhado no plano de treinamento da brigada, e quando a autoridade
competente realizar a inspeção, esta deve ser prestada para esclarecimento e
orientação.
Caso a atividade seja de alto risco, a NBR 14608 recomenda que o
empreendimento também seja equipado com bombeiros civis profissionais. Para
determinar o número necessário para cada turno, o tipo de construção, o risco a ser
protegido e a área total da construção devem ser considerados. Esses profissionais
podem ser funcionários da própria empresa ou funcionários de empresas terceirizadas
profissionais e devem ter responsabilidades especiais para fornecer proteção contra
incêndio e serviços de resposta a emergências. O curso de qualificação para
bombeiros civis profissionais deve ter 56 horas de trabalho, 40 horas de tempo teórico
e 16 horas de exercícios práticos, sendo 28 horas de recuperação por ano.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEITO, A. I. et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto, 2008.
CREDER, HÉLIO. Instalações hidráulicas e sanitárias. 16ª ed. Rio de Janeiro: LTC,
Livros técnicos e científicos Editora S.A., 2017.
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chuveiros automáticos para extinção de incêndio. 2007. Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Construção Civil e Urbana) - Escola Politécnica, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2007. doi:10.11606/D.3.2007.tde-10012008-104543. Acesso
em: 2020-08-27.
SEITO, Alexandre Itiu; GILL, Alfonso Antônio; PANNONI, Fábio Domingos; et al. A
segurança contra incêndio no Brasil. [S.l: s.n.], 2008.
LOPES, Luís Cláudio Oliveira. Proteção contra incêndios e explosões. [S.I.], 2007.
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BRASIL. Norma Regulamentadora nº 20 – NR20. Segurança e saúde no trabalho
com inflamáveis e combustíveis. Disponível em:
https://www.trt2.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/NRs/NR_20.html. Acesso em: 29
ago. 2020.
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