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Um destes recursos disponíveis são os tiristores, que são dispositivos eletrônicos

semicondutores de potência. Os tiristores são vastamente utilizados em circuitos


eletrônicos de potência, como o que será confeccionado com este projeto e são operados
como chaves biestáveis, de maneira que o dispositivo passa do estado de não condução
para o de condução, podendo ser considerado como uma chave ideal.
Quanto as suas características, de acordo o Rashid (2014) o tiristor é um
dispositivo semicondutor de quatro camadas de estrutura PNPN com três junções pn.
Estes dispositivos eletrônicos consistem de três terminais: anodo, catodo e porta
(gatilho), conforme a Figura 1 e os mesmos são fabricados por difusão.

Figura 1: Características do Tiristor


Fonte: (RASHID, 2014)
Uma vez que a tensão de anodo é positiva em relação à do catodo, as junções J1
e J3 estão diretamente polarizadas. Nessa configuração a junção J2 está inversamente
polarizada e somente uma pequena corrente de fuga flui do anodo para o catodo. Sendo
assim o tiristor está na condição de bloqueio direto ou em estado desligado (off-state) e
a corrente de fuga é conhecida como corrente de estado desligado, ID. Se a tensão
anodo-catodo, VAK, for aumentada para um valor grande o suficiente, a junção
inversamente polarizada J2 se rompe. Isso é conhecido como ruptura por avalanche e a
tensão correspondente é chamada de tensão de ruptura direta, VBO. Como as junções J1 e
J3 permanecem diretamente polarizadas há um movimento livre de portadores pelas três
junções, o qual resulta em uma grande corrente de anodo no sentido direto. O
dispositivo está desse modo, no estado de condução ou estado ligado (on-state), a queda
de tensão se deve à queda ôhmica nas quatro camadas e tem uma pequena magnitude,
em geral de 1 V. No estado ligado, a corrente de anodo é limitada pela impedância ou
pela resistência externa RL. A corrente de anodo deve ser superior a um valor conhecido
como corrente de travamento (latching current), IL, para manter a quantidade necessária
do fluxo de portadores na junção; caso contrário, o dispositivo volta para a condição de
bloqueio à medida que a tensão anodo-catodo é reduzida. A corrente de travamento, IL,
é a mínima corrente de anodo necessária para manter o tiristor no estado de condução
imediatamente após ele ter sido ligado e o sinal de acionamento ter sido removido. A
curva característica v–i típica de um tiristor é indicada na Figura 2. (RASHID, 2014)

Figura 2: Característica v–i do tiristor.


Fonte: (RASHID, 2014)

Conforme a literatura, os tiristores são dispositivos eletrônicos formidáveis para


certos tipos de chaveamento devido á sua curva característica de tensão e corrente. E
dentre outros dispositivos que serão utilizados para se obter os resultados desejados,
estes serão fundamentais para a perfeita operação do projeto.

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