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ESCOLA COMUNITÁRIA SANTOS INOCENTES

Disciplina: Filosofia
Turma: A01, 11ª Classe

A Revolução Copernicana

Discente: Luís Paulino Matesso (Nº48)

Beira
2023

A Revolução Copernicana
Luís Paulino Matesso

Trabalho de investigação a ser apresentado na


disciplina filosofia, com fins avaliativo.

Beira
2023

Índice
Introdução..........................................................................................................................3

A Revolução Copernicana.................................................................................................4

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A Revolução Copernicana no Conhecimento e seu significado........................................4

Significado Da Revolução operada por Kant....................................................................5

Fundamentos da revolução copernicana............................................................................5

Conclusão..........................................................................................................................6

Referências bibliográficas.................................................................................................7

Introdução

No presente trabalho pretende-se desenvolver a questão da revolução copernica. A


revolução de Copérnico se deu ao passo que a ciência da natureza parou de entender a
terra como centro, passando a procurar os movimentos observados não nos objetos
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celestes, mas no seu espectador. Paralelamente, ao dirigir seus esforços para uma
mudança de visão e metodológica da metafísica, assim como Copérnico Kant acredita
que a metafísica deveria se ocupar de como entendemos os fenômenos e não da coisa
em si, como era feito. Constitui este o paralelo que concede título ao trabalho.

Objectivo geral

 Compreender a revolução copernica

Objectivos específicos

1. Explicar os fundamentos da revolução copernica;


2. Entender o significado da revolução copernica;

Metodologia

A pesquisa foi estruturada a partir de uma pesquisa bibliográfica e exploratória. Com


base nos objetivos, é exploratória pois, como apresenta Gil (2009, p. 41) tem como
intuito “[...] proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torna-lo
mais explícito ou construir hipóteses”. Conforme recomenda a maioria deste tipo de
pesquisa, esta se configura também como bibliográfica tendo em vista os procedimentos
técnicos para coleta de dados. A pesquisa bibliográfica é aquela “[...] desenvolvida com
base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos
(GIL, 2009, p. 44).

A Revolução Copernicana
A Revolução Copernicana constituiu um evento científico culminante na história
cultural da humanidade. Seus desdobramentos ultrapassaram em larga medida os limites
do campo de saber em que se originou e se irradiaram para as diferentes áreas do

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pensamento humano, desencadeando uma completa transformação da forma como o
homem via o Universo e a si mesmo. Esta transformação promoveu a substituição de
uma visão de mundo fundamentada no pensamento aristotélico por outra imagem da
Natureza e do Universo, característica da ciência moderna.

Diz-se “copernicana” porque tal revolução científica foi iniciada pelo trabalho do
astrônomo e cônego polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), o primeiro a propor um
modelo heliocêntrico com detalhes matemáticos bem desenvolvidos

A Revolução Copernicana no Conhecimento e seu significado


A Revolução Copernicana diz respeito a uma analogia que Kant faz com a proposta de
Copérnico na passagem do geocentrismo para o heliocentrismo, aplicando para a teoria
do conhecimento.

Kant fundamenta que, contrariamente ao que se pressupunha antes, não é o sujeito que
se adequa ao objecto no acto de conhecer, mas sim, é o objecto que se adequa às
estruturas cognitivas do sujeito.

Kant diz que o Conhecimento é resultado duma síntese dos dados da experiência
sensorial feita pela Inteligência. Pois, nem a experiência, nem a Razão, isoladamente,
seriam capazes de justificar o conhecimento.

A experiência fornece a matéria do conhecimento (conteúdo, dados da experiência:


sensações e percepções) e a Inteligência ou Intelecto fornece as formas ( ideias
categoriais) que configuram a realidade dos objectos nos esquemas de pensamento do
sujeito. Assim pois, da mesma maneira que As formas sem conteúdo são vazias, então,
igualmente, os conteúdos sem forma são cegos e vagos.

Significado Da Revolução operada por Kant


 Empirismo e o Racionalismo, cada um deles, atribui ao sujeito do conhecimento
um papel passivo, pois, tanto as ideias inatas (racionalismo) como os dados dos
sentidos, não são da iniciativa do sujeito pois, impõem-se ao sujeito,
independentemente da sua decisão;

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 Kant supera a dicotomia razão – experiência, quando sustenta que só pode
existir conhecimento com a intervenção conjunta da sensibilidade e do intelecto
 Kant dá ao sujeito do conhecimento um papel activo. Segundo ele, cabe ao
sujeito definir os objectos que quer conhecer, assim como as condições
favoráveis em que pode realizar a experiência cognitiva.

Fundamentos da revolução copernicana


A Revolução copernicana é o nome que se dá à profunda transformação na concepção
do universo, ocorrida no início da Idade Moderna, com a proposição de um sistema
planetário heliocêntrico (“centrado no Sol”, da palavra grega para Sol, helios) em lugar
do modelo geocêntrico (“centrado na Terra”, da palavra grega para Terra, geo).

É importante ressaltar que é justamente a presença de desenvolvimento matemático no


modelo proposto por Copérnico que justifica o pioneirismo a ele atribuído.

Até o século XVI, a visão de que a Terra estava posicionada no centro do universo era
predominante. O que se entendia por universo, aliás, era um conjunto de astros muito
limitado em relação ao que compreendemos hoje; como ainda não havia sido inventado
o telescópio, os astros conhecidos restringiam-se ao que podia ser observado a olho nu.

A consagração do modelo de universo proposto por Copérnico veio ao longo do século


seguinte, quando Galileu Galilei, em 1610, reuniu evidências do heliocentrismo através
de observações astronômicas realizadas com telescópios; quando Johannes Kepler, entre
1609 e 1619, obteve as leis do movimento planetário e fez cálculos precisos das
posições dos astros usando órbitas heliocêntricas; e quando Isaac Newton, em 1687,
explicou corretamente o movimento dos planetas em torno do Sol ao enunciar a lei da
gravitação universal. Ao final do século XVII, a concepção de universo inaugurada pela
revolução copernicana mostrava-se incontestável diante da observação da natureza.

Conclusão
A Revolução Copernicana constituiu um dos eventos fundantes da cultura moderna. A
substituição da Terra pelo Sol como elemento imóvel em torno do qual se organiza o
Universo promoveu uma transformação completa do visão do Homem sobre si e sobre o
Mundo. Essa transformação implicou o abandono de uma concepçãocosmológica

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milenarmente estabelecida, de amplas conotações simbólicas. Como resultado, entrou
em choque com sistemas de pensamento, valores e crenças bastante consolidados, em
uma época politicamente muitíssimo conturbada, na qual o Cristianismo se via assolado
pela mais dramática divisão cismática de sua história.

Referências bibliográficas
LAGES, L.; NUNES, R.; SCALIONE, T. O céu que nos abraça. Minas Faz Ciência,
Belo Horizonte, n. 70, p. 24-29, 2017.

PIRES, A. S. T. Evolução das ideias da Física. 2. ed. São Paulo: Editora Livraria da
Física, 2008. p. 85-93.

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