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5.1. Introdução
5.2. Objetivos
A tensão “” pode ser definida como a carga “F” que um material suporta por
área “A” quando este é submetido a um esforço qualquer. Esta tensão é positiva
quando o material é submetido à tração e, negativa, quando submetido à compressão.
Seja o corpo de prova da Figura 5.1, com seção transversal “A0”, diâmetro útil
“d0” e comprimento útil “L0”, submetido a um esforço de tração axial “F”. A tensão de
tração média que este corpo de prova irá suportar será, portanto, descrita por:
𝐹
𝜎=𝐴 Equação 5.1
0
2
A deformação “e” causada pelo esforço de tração está relacionada com
alongamento “L” e o comprimento inicial “L0”, conforme a Equação abaixo:
∆𝐿 𝐿𝐹 −𝐿0
𝑒= 𝐿0
= 𝐿0
Equação 5.2
d
0
A
0
Deformação
até a fratura
Deformaçã
o uniforme
Tensão
(MPa)
Tensã
o Tens
de ão
Escoa Tens
de
mento ão
Resis
De
tênci
rupt
a
ura
0,2 Deformação (%)
𝜎 = 𝐸𝑒 Equação 5.3
4
Tensão (MPa)
Limite
superiorLimite
inferior
Deformação (%)
(a) (b)
Tensã
o
de
Tensão (MPa)
Resist
ência
estric
ção
A partir da tensão
de resistência
começa a ocorrer a
estricção no corpo
de prova. A(%)
Deformação tensão
se concentra nesta
região levando o
material à ruptura.
5
𝐿𝑓 −𝐿0
𝐴= × 100 Equação 5.4
𝐿0
𝐴0− 𝐴𝑓
𝜑= × 100 Equação 5.5
𝐴0
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Figura 5.5. Curvas tensão-deformação verdadeira e de engenharia. Os pontos
M e M’ indicam a tensão de resistência.
5.4. Metodologia
5.4.1. Materiais
Os corpos de prova que serão ensaiados são do aço SAE 1020, sendo um
inicialmente trefilado a frio e o outro trefilado a quente. Estes devem ser medidos
inicialmente quanto aos diâmetros e seus respectivos comprimentos úteis.
O corpo de prova deve ser preso, pelas cabeças, nas garras da máquina de
tração (Figura 5.6 (a)) e estas devem ser adequadas aos corpos de prova cilíndricos
ou de chapas. Para trocar as garras basta deslizá-las para frente ou para trás. Uma
vez colocadas as garras, para prender o corpo de prova deve-se posicionar o corpo
de prova na altura das garras e usar os botões à direita no painel de carga (Figura 5.6
(d)), abrindo-as ou fechando-as. Muito cuidado nesta etapa para evitar acidentes,
como prender os dedos ou a mão! Caso a altura das garras não esteja adequada,
esta deve ser regulada utilizando os pedais abaixo da máquina de tração.
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Máquina
de tração
Painel
de carga
Garr
as
Cha
ve
Chav
e
Alívio Carga
Desligar
Ligar Régua
Abre/Fecha
Chave superior
Fecha/Abre
inferior
(d) (e)
Figura 5.6. (a) Máquina de tração; (b) primeira chave de acionamento; (c)
segunda chave de acionamento; (d) painel de controle; (e) régua para acompanhar
subida e descida da parte superior.
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Para coleta dos dados do ensaio de tração, o software DINA TEST deve ser
utilizado no computador ao lado da máquina. O programa encontra-se na área de
trabalho.
Uma vez aberto o DINA TEST, deve-se: clicar em “opções”; clicar em “ensaio”;
selecionar a opção “cilíndrico”, caso o corpo de prova sejam uma barra; em “detalhes
do corpo de prova” informar o diâmetro do corpo de prova cilíndrico, geralmente 10
mm. Ainda em “opções”, selecionar “relatório”, escolher o diretório onde serão salvos
os arquivos gerados e, para finalizar clicar em “aplicar” e “ok”.
Para iniciar o ensaio, deve-se clicar nos 3 botões “conectar”, iniciando pelo
superior.
Voltando ao software, deve-se agora clicar nos 3 botões “zerar”, iniciando pelo
superior, de forma que o programa associe esta posição como sendo a inicial. Por fim,
pode-se então iniciar o ensaio clicando no botão “iniciar ensaio” e abrindo a válvula
de carga para que o carregamento comece e seja registrado simultaneamente pelo
programa. Sugere-se tentar manter a taxa de carregamento em torno de 10 a 20 kN/s,
abrindo ou fechando a válvula conforme necessário. A taxa de carregamento é
mostrada no visor na parte superior do painel de carga (Figura 5.6 (a)).
Uma vez retiradas as partes do corpo de prova, deve-se uni-las sobre uma
mesa para medir o diâmetro e o comprimento útil final, com o auxílio de um
paquímetro. Estes dados, juntamente com as dimensões iniciais, deverão ser
inseridos no software na janela se abre após o fim do ensaio. Estas informações serão
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aplicadas e em seguida será possível gerar uma planilha Excel com os dados ou um
relatório. Para a primeira opção, deve-se clicar em: “dados”; “exportar”; selecionar
arquivo “.csv”; nomear o arquivo; salvar no diretório desejado. Já para o relatório,
deve-se clicar em: “dados”; “gerar relatório”; selecionar arquivo “.doc” (Word); nomear
o arquivo; salvar no diretório desejado.
Para abrir a planilha gerada, abra o Excel e depois clique em “arquivo” e no tipo
de arquivo peça para mostrar “todos os arquivos” ou arquivos de texto. Na planilha os
valores de tensão (MPa) são fornecidos, bem como os dados do deslocamento do
cabeçote (encoder), que devem ser somados ao comprimento inicial em cada ponto
∆𝐿
para se obter o comprimento instantâneo e, assim, calcular a deformação (𝑒 = =
𝐿0
𝐿𝐹 −𝐿0
).
𝐿0
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11. Referências Bibliográficas
Norma ABNT/MB-4
Norma ASTM E8
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