Você está na página 1de 96

PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG.

MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos


Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA


DE MINAS GERAIS

Engenharia Aeronáutica e Engenharia Mecânica

Unidade 05 – Engrenagens:
Classes, Projetos e Aplicações

Disciplina: CINEMÁTICA DOS MECANISMOS


Professor: FELIPE LAGE TOLENTINO
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Referências Bibliográficas


MABIE, H. H. & REINHOLTZ, C. F. Mechanisms and dynamics of machinery. 4a.
ed. New York: John Wiley & Sons. 1987. ISBN 9780471802372.

NORTON, R. L. Cinemática e dinâmica dos mecanismos. Porto Alegre: ArtMed
2010 ISBN 9788580550122.

FLORES, P. & CLARO, J. C. P. Cinemática dos mecanismos. 1a. ed. Coimbra:
PubIndustria. 2007. ISBN 9789724031019.

WIKIPEDIA – Enciclopédia Aberta – www.wikipedia.org

GOOGLE IMAGES – Imagens, Fotos e Ilustrações – www.google.com.br


SLIDES ELABORADOS COM BASE NO MATERIAL
DIDÁTICO DO PROF. DR. CLAYSSON BRUNO
SANTOS VIMIEIRO DO DEM – PUCMINAS
2
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Conteúdo da Unidade


Introdução e Motivação.


Revisão Histórica.


Exemplos de Aplicação.

3
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Introdução à Teoria de Engrenagens



Conceito e Características

Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir
movimento e força entre dois eixos rotativos (PINHÃO/COROA) ou entre um
eixo rotativo (PINHÃO) e um eixo que translada (CREMALHEIRA).

Muitas vezes, as engrenagens são usadas para possibilitar a variação do número
de rotações e/ou o sentido de rotação de um eixo para o outro.

Para produzir movimento de rotação, as rodas devem estar engrenadas. Isto
ocorre apenas quando os dentes de uma engrenagem se encaixam nos vãos dos
dentes da outra engrenagem.

4
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Introdução à Teoria de Engrenagens



Conceito e Características

ω saída ω4
ω entrada = ω 2
ω saída ω3 ω saída ω3
ω entrada = ω 2 ω entrada = ω 2

Transmissão de movimento com razão de velocidade angular constante.

Sentido de rotação da entrada para saída invertido.

Transmite sempre a mesma potência.

Projetos e cálculos envolvidos considerados triviais quando comparados ao
desenvolvimento de Cames e Mecanismos de Barras. → Sistema
Normalizado. 5
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Introdução à Teoria de Engrenagens



Rodas de Atrito

Maneira mais simples de transferir rotação entre eixos são pares de rodas de
atrito.

Desde que o atrito seja suficientemente grande para suportar o torque máximo,
o mecanismo terá um desempenho eficaz e não ocorrerá deslizamento entre
faces, apenas rotação.

Cilindros de Contato:

Contato Externo: ●
Contato Interno:

6
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Introdução à Teoria de Engrenagens



Classificação de Rodas de Atrito

Engrenagens

Cilíndricas de Dentes Retos.

Helicoidais:

Cilíndricas;

Escansas.

Cônicas:

Dentes Retos;
Dentes Espirais.

Parafuso (Coroa – Sem-Fim).

Hipoidais.

7
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Introdução à Teoria de Engrenagens



Transmissões por Polias e Correias x Engrenagens

Análise Cinemática Comparativa

Sistema por Engrenagens ●
Sistema por Polias e Correias

8
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Conteúdo da Unidade


Introdução à Teoria de Engrenagens.


Polias e Correias.


Exemplos de Aplicação.

9
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Conceito e Características

São elementos mecânicos circulares, com ou sem canais periféricos,
acoplados a eixos motores e movidos por máquinas e equipamentos.

Para funcionar, necessitam da presença de vínculos chamados correias.

Polia que recebe movimento e força é a polia movida ou conduzida.

Os materiais empregados na confecção de uma polia são:

Ferro fundido;

Ligas leves;

Aços;

Materiais sintéticos.

10
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Classificação

Polia de Aro Plano


Polia de Aro Abaulado

11
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Classificação

Polia Escalonada de Aro Plano


Polia Escalonada de Aro Abaulado

12
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Classificação

Polia com Guia

13
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Classificação

Polia com Guia em “V” Simples


Polia com Guia em “V” Múltiplo

14
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Classificação

Polia para Correia Dentada


Polia para Correia Circular

15
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Classificação

Exemplos

16
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Polias

Cuidados e Principais Problemas

Para funcionarem adequadamente, exigem os seguintes cuidados:

Não apresentar desgastes nos canais;

Não apresentar as bordas trincadas, amassadas, oxidadas ou com
porosidade;

Apresentar os canais livres de graxa, óleo ou tinta e corretamente
dimensionados para receber as correias;

É recomendável fazer um bom alinhamento para evitar sobretensão da
correia(s) e/ou desgaste prematuro da mesma.

17
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Correias

Conceito e Características

São cintas de material flexível, normalmente feitas de camadas de lonas e
borracha vulcanizada, que servem para transmitir a força e movimento de
uma polia ou engrenagem para outras.

Correias mais usadas são
planas e as trapezoidais.

Correia em “V ou trapezoidal
é inteiriça, fabricada com
seção transversal em forma
de trapézio.


É feita de borracha revestida
de lona e é formada no seu
interior por cordonéis
vulcanizados para suportar as
forças de tração.

18
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Correias

Conceito e Características

O emprego da correia trapezoidal ou em “V” é preferível ao da correia plana
porque:

Praticamente não apresenta deslizamento;

Permite o uso de polias bem próximas;

Elimina os ruídos e os choques, típicos das correias emendadas (planas).


Padronização

19
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Correias

Conceito e Características

Exemplos

20
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Correias

Vantagens

Transmitir potência de um eixo ao outro;

Possuem baixo custo inicial, alto coeficiente de atrito, elevada resistência
ao desgaste e funcionamento silencioso;

São flexíveis, elásticas e adequadas para grandes distâncias entre centros;

Possuem grande versatilidade e campos de aplicação;

Uso afetado por alguns fatores, dentre os principais: a falta de atrito, pois
quando em serviço, a correia pode deslizar e portanto não transmitir
integralmente a potência;

Podem transmitir grande quantidade de energia;

Possuem custos relativamente baixos, não demanda lubrificação;

Tendem a proteger a unidade motora, “boi de piranha – fusível mecânico”;

Possuem rendimento entre 96% a 98%, pois podem apresentar
escorregamentos.

21
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Correias

Principais Defeitos na Utilização de Correias

Correias com os dente cortado;

Severo dano nos dentes da correia durante o uso;

Desgaste incomum nas laterais da correia;

Excessivo desgaste e quebra da correia;

Corte longitudinal na correia;

Flange da polia torta;

Barulho excessivo na transmissão;

Desgaste incomum em uma das laterais e corte no meio da correia;

Desgaste anormal nas polias sincronizadoras;

Correia amolecida no costado da correia.

22
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Polias e Correias

Correias

Principais Causas para os Defeitos na Utilização de Correias

Superfície de contato dos dentes insuficiente;

Material da polia não recomendado;

Desgaste anormal nas polias sincronizadoras;

Correia muito larga com alta velocidade;

Sobrecarga na correia sincronizadora;

Tensão da correia muito alta;

Alinhamento incorreto dos eixos;

Presença de corpo estranho nas polias durante operação;

Pressão lateral muito grande na correia;

Corte longitudinal na correia ou defeito nos flanges das polias;

Numero de dentes que se encaixam na polia insuficientes;

Transmissão subdimensionada.
23
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Conteúdo da Unidade


Introdução à Teoria de Engrenagens.


Polias e Correias.


Engrenagens Evolventais – Lei Fundamental de Engrenamento

24
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Lei Fundamental

Enunciado
“A relação da velocidade angular entre engrenagens de uma par de
engrenagens permanece constante durante o funcionamento.”
ω saída r entrada d entrada
mV = ω =± =±
entrada r saída d saída

Características

Dentes de engrenagens não podem ser retos porque tal
geometria não permitiria suavizar a velocidade de
transmissão.

Dentes do mecanismo de acoplamento que atuam um
contra o outro para produzir movimento rotativo são
semelhantes a um Cames e um Seguidor.

Quando os perfis dos dentes são modelados de modo a
produzir uma relação de velocidade angular constante
entre os dois eixos durante o engrenamento, então, as
duas superfícies conjugadas são ditas como
conjugadas. 25
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Lei Fundamental

Características

É possível especificar um perfil arbitrário
para um dente e depois encontrar um perfil
para o dente de acoplamento, de modo que
as duas superfícies sejam conjugadas.

Uma escolha possível para essas soluções
conjugadas é o Perfil Evolvental (Involute
Profile), que, com poucas exceções, é de uso
universal para dentes de engrenagem.

Pode ser gerada desenrolando-se uma corda
(barbante) o redor de uma circunferência base
denominada geradora.

As circunferências que são usadas como base
para geração de Perfis Evolventais são
denominadas Circunferências de Base, e
estas são o coração do Sistema de
Engrenagens Evolventais.
26
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Perfil de Dente

Características

Corda SEMPRE tangente ao cilindro.

Centro de curvatura é SEMPRE o ponto tangente entre a circunferência e a
corda.

Tangente à evolvente é SEMPRE normal à corda e seu comprimento é o raio
de curvatura da evolvente neste momento.

O ângulo formado pela linha perpendicular à linha de ação que atravessa o
centro da circunferência de base e a linha de O 1 para Q (ou O2 para Q’) é
denominado Angulo de Pressão Evolvental e determina o ponto na curva
evolvental onde o contato está de fato ocorrendo.

Ponto Primitivo (Pitch Point) - (P) – Ponto de interseção da linha de ação
com a linha de centro. A razão das velocidades angulares será inversamente
proporcional à razão dos raios primitivos (R1 e R2).

À medida que as engrenagens passam pelo contorno, o ponto primitivo P
deve permanecer estacionário.

Significa que a linha de ação para cada novo ponto de contato instantâneo
deve sempre passar pelo ponto primitivo estacionário P. 27
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Perfil de Dente

Vantagens

Menor custo de fabricação.

Fabricação mais fácil.

Mantém a razão de velocidades
constante mesmo com pequenas
variações na distância entre centros.

ω1 R 2
ω2 = R
1

28
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Perfil de Dente

Geometria de Contato

29
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Perfil de Dente

Geometria de Contato – Início e Fim do Contato

30
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Lei Fundamental do Engrenamento

Enunciado Cinemático
“A normal comum a dos perfis dos dentes, em todos os pontos de contato
quando unidos, deve passar por um ponto fixo nas linhas de centro, chamado
Ponto Primitivo (Pitch Point).”


Pontos de Início e Término de Contato definem o Engrenamento do Pinhão
e da Coroa.

Distância da circunferência primitiva durante o engrenamento é o Arco de
Ação, e os ângulos formados pelos pontos e a linha de centro são o Ângulo
de Aproximação e Ângulo de Afastamento.

Arco de ação em ambas as circunferências primitivas das engrenagens deve
ser do mesmo comprimento para NÃO haver deslizamento entre as rodas de
atrito.

31
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Lei Fundamental do Engrenamento

Ângulo de Pressão – ϕ

Ângulo formado entre o eixo de transmissão ou linha de ação (normal
comum) que é tangente às duas circunferências de base e direção da
velocidade no ponto primitivo. Vide figuras dos slides anteriores.

Similar ao apresentado no sistema Came/Seguidor.

Ângulos de Pressão são normalizados pelos fabricantes de engrenagens.

ϕ = 14,5º (Obsoleto); ϕ = 20,0º (Mais Usado); ϕ = 25,0º (Menos Usado)

ϕ = 25,0º → Admite-se o valor pois reduz consideravelmente o tamanho.
Todavia, reduz o número de dentes em contato. → Significa aumentar o
esforço do dente.

Qualquer ângulo pode ser produzido, todavia, o custo de fabricação
customizado torna o processo inviável.

Engrenagens que funcionarão aos pares deverão ser fabricadas com o
mesmo ângulo de pressão nominal.

32
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Ângulo de Pressão – ϕ

33
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Ângulo de Pressão – ϕ

Relação entre o Ângulo de Pressão e o Raio de Base:

OBS.:
R b = R A cos ( ϕ A )
˙ ●
O ângulo de pressão do Raio
de Base é igual a zero.
R b = R B cos( ϕ B )
˙


Relação para Determinação do Ângulo de Pressão em Qualquer Posição da
Curva Evolvental:

R A cos( ϕ A ) = R B cos( ϕ B )
˙ ˙
RB
cos ( ϕ A ) = cos( ϕ B )
RA ˙
34
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Exemplo 5.1 – Considere uma engrenagem cilíndrica de dentes retos. Sabendo-
se que, o raio de base (Rb) é igual a 155mm, determine o R A quando o ângulo de
pressão for 25°.

Rb
cos ( ϕ A ) = cos( ϕb ) ; onde ϕ B = 0 °
RA ˙

cos( ϕ b )
R A = Rb
˙ cos( ϕ A )

cos(0 °) 1,0000
R A = 155 = 155
˙ cos(25 °) ˙ 0,9063

R A = 171,025 mm

35
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Exemplo 5.2 – Considere uma engrenagem cilíndrica de dentes retos. Sabendo-
se que no ponto A, o raio RA = 4,75in e o ângulo de pressão ϕA é 45°, determine
ângulo de pressão no ponto B, se o RB = 4,25in.

RA
cos ( ϕB ) = cos ( ϕ A ) ; onde ϕ A = 45°
RB ˙

4,75
cos ( ϕB ) = cos( 45°) = 0,7903
4,25 ˙

ϕ B = arccos(0,7903) → ϕB = 37,7868 °

36
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Espessura do Dente – t

37
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento


Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Espessura do Dente – t

Relação entre a Espessura do Dente e a Função Evolvental:

Na geração da curva evolvental, o comprimento do arco DG é igual
ao segmento de reta BG.

A partir desta relação, tem-se:
arc DG BG BG
∢DoG = = ; tg( ϕ B ) = → ∢ DoG = tg( ϕ B )
OG OG OG
∢DoG = ∢DoB + ϕ B → ∢ DoB = ∢DoG − ϕ B → ∢DoB = tg ( ϕB ) − ϕ B

Analogamente, determina-se a função no Ponto A.

∢DoA = tg ( ϕ A ) − ϕ A

As expressões tg( ϕ A ) − ϕ A e tg( ϕ B ) − ϕ B é denominada Função
Evolvental, e seus valores são apresentados nas tabelas a seguir.

38
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Função Evolvental – Tabela de Valores em Graus:

39
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Função Evolvental – Tabela de Valores em Graus:

40
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Função Evolvental – Tabela de Valores em Graus:

41
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Função Evolvental – Tabela de Valores em Graus:

42
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Função Evolvental – Tabela de Valores em Graus:

43
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Função Evolvental – Tabela de Valores em Graus:

44
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Espessura do Dente – t

Relação entre a Espessura do Dente e a Função Evolvental:
tA tA
2 2
∢DoE = ∢DoA + → ∢DoE = tg( ϕ A ) − ϕ A +
RA RA
tB tB
2 2
∢DoE = ∢DoB + → ∢DoE = tg ( ϕ B ) − ϕ B +
RB RB

Relação para Determinação da Espessura do Dente em Qualquer Posição da
Curva Evolvental:

tB
tA = 2 RA
{ + tg( ϕ B ) − ϕB ) − ( tg( ϕ A ) − ϕ A )
˙ ˙ 2 RB (
˙
}
45
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Exemplo 5.3 – Para uma engrenagem cilíndrica de dentes retos, adote que no
ponto A, o raio RA = 4,75in, o ângulo de pressão é 45° e a espessura do dente
tA = 0,58in, determine a espessura do dente no ponto B, se o R B = 4,25in e o
ângulo de pressão for 37,7868°.

tA
t B = 2 RB
˙ ˙ 2 RA (
˙
{ }
+ tg( ϕ A ) − ϕ A ) − ( tg ( ϕ B ) − ϕB )

0,5800
t B = 2 4,25
˙ ˙ 2 4,75
˙
{
+ ( tg (45,0000 °) − 45,0000 ° ) − ( tg(37,7868 °) − 37,7868 ) }

OBS.:

Observando as tabelas da função evolvental, encontra-se o valor do
ângulo de 45°, todavia, o ângulo de 37,7868 não existe. Para solucionar
o problema, deve-se fazer a interpolação do mesmo.
ϕ B − ϕ menor evol desejado −evol ant
ϕ maior − ϕmenor = evol pos −evol ant
46
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Lei Fundamental de Engrenamento



Engrenagens Evolventais – Evolventometria (Involutometry)

Exemplo 5.3 – Resolução. (Continuação)

[ ( ϕB − ϕmenor ) ˙ ( evol pos −evol ant ) ]


evol desejado = + evol ant
( ϕmaior −ϕ menor )
[ ( 37,7868−37,7 ) ˙ ( 0,115945−0,114899 ) ]
evol desejado = + 0,114899 = 0,115807
( 37,8−37,7 )

0,5800
t B = 2 4,25
˙ ˙ 2 4,75
˙
{
+ ( 0,214602 ) − ( 0,115807 ) }
t B = 1,36 in

47
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Conteúdo da Unidade


Introdução à Teoria de Engrenagens.


Polias e Correias.


Lei Fundamental de Engrenamento.


Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos.

48
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)

49
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Nomenclatura:

Circunferência de Cabeça (CB) – Addedum Circle

Circunferência Primitiva (CP) – Pitch Circle

Circunferência de Base (Cb) – Base Circle

Circunferência de Pé (CPe) – Dededum Circle

Saliência ou Altura de Cabeça (a) – Addendum

Profundidade ou Altura de Pé (b) – Dedendum

Raio Primitivo (R) – Pitch Radius

Raio de Base (Rb) – Base Radius

Passo Frontal (P) – Pitch

Passo de Base (Pb) – Base

Largura de Face (F) – Face Width

Face

Flanco
50
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)


PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Definições

Circunferência Primitiva

Circunferência teórica cujo raio é distancia do centro da engrenagem até o
ponto primitivo. Ela serve de base para todos os cálculos.


Circunferência de Base

Circunferência teórica cujo raio é a distancia do centro da engrenagem até
o ponto de início da formação do perfil evolvental. Ela é a referência para
se traçar a geometria do perfil do dente evolvental.


Passo Frontal (P)

Medida do comprimento do arco compreendido entre os flancos homólogos
de dois dentes consecutivos na altura da circunferência primitiva.
π ⋅ ΦR ; Onde: Φ → Diâmetro Primitivo
P= R
N N → Número de Dentes

52
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Definições

Módulo (m)

Medida do comprimento do diâmetro primitivo dividido pelo número de
dentes da engrenagem. Parâmetro mais importante de Norma S.I.
ΦR
m= [m] = mm/dentes
N

Passo Diametral (Pd)

Medida do número de dentes da engrenagem dividido pelo comprimento do
diâmetro primitivo. Parâmetro mais importante de Norma Americana.
N
Pd = Φ [Pd ] = tooth/in
R

OBS.

Conceitualmente m = 1 / Pd → Todavia, como são unidade distintas, os
valores são diferentes.

53
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Definições

Altura do Dente (H)

Medida da soma do comprimento da Saliência com o comprimento da
Profundidade.
H =a+b

Folga do Dente (C)

Medida da distância sobre a linha de centros entre a Superfície de Pé de
uma Engrenagem e a Superfície de Cabeça da Engrenagem Conjugada.


Jogo Primitivo

Comprimento do arco medido sobre a circunferência primitiva, que
expressa a diferença entre o vão frontal dos dentes de uma engrenagem e a
espessura frontal dos dentes da engrenagem conjugada.

OBS.:

Tecnicamente deveria ser nulo, mas na prática, uma tolerância
deve ser admitida para compensar a expansão térmica e as
variações dos processos de fabricação. 54
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Definições

Largura da Face (F)

Depende do torque (força) e potencia transmitidos. Este elemento é
estudado na disciplina de Dinâmica das Máquinas.


Pinhão

Designação da menor engrenagem de um par conjugado.


Coroa

Designação da maior engrenagem de um par conjugado.

55
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Definições

Cremalheira

Configura-se em uma “Coroa” de diâmetro infinito, ou seja, régua ou barra
dentada que, usando uma engrenagem (roda) de mesmo passo, chamada de
módulo, transforma a movimentação retilínea em movimentação
rotacional, ou vice-versa, para transportar cargas.

Perfil do dente é reto.

Inclinação do dente igual
ângulo de pressão.

56
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental

57
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Ângulo de Pressão ( ϕ )

Ângulo de ação é formado pela linha de ação e a tangente comum às
circunferências primitivas do par de engrenagens. Para cada posição de um
par de dentes, deve haver apenas um ponto de contato definido pelo Ponto
Primitivo P.

Início do Contato ( Pto. A )

Interseção da linha de ação com a circunferência de cabeça da engrenagem
movida.

Fim do Contato ( Pto. B )

Interseção da linha de ação com a circunferência de cabeça da engrenagem
motora.
Arcos CC’ e DD’

{


São os arcos frontais de transmissão. CC ' ⩾ P

Para haver transmissão contínua: DD ' ⩾
‘ P

Onde P é o Passo Frontal. CC ' = DD '
58
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Ângulo de Aproximação ( α )

Ângulo que observa os Arcos CP e DP. Indica a parte do comprimento de
transmissão do início do contato entre os dentre até o ponto primitivo.

Ângulo de Afastamento ( β )

Ângulo que observa os Arcos PC’ e PD’. Indica a parte do comprimento de
transmissão do ponto primitivo até o final do contato entre os dentre.

Comprimento de Transmissão (Z)

Representa o lugar geométrico dos pontos de contato. Segmento de Reta
AB.

Onde:
Z = AB
¯ = E 1 B‘ + E 2 A − E 1 E 2 ●
R → Raio Primitivo

Rc → Raio de Cabeça
Z = √ ( Rc 1 ) ² − ( Rb1 ) ² + √ ( Rc 2 ) ² − ( Rb2 ) ² − C ⋅ sen ϕ ●
Rb → Raio de Base

C → Distância entre
C = R‘ 1 + R 2 Centros
59
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Passo de Base ( Pb )

Medida do comprimento do arco compreendido entre os flancos homólogos
de dois dentre consecutivos na altura da circunferência base.
π ⋅Φb 2⋅ π ⋅ Rb
Pb = → Pb =
N N

Razão de Contato ou Razão Frontal de Transmissão ( mp ) – Contato Ratio

Razão que indica o número médio de dentes em contato.
Z
mp =
Pb

Obs.:

Razão de contato deve SEMPRE se maior do que UM para haver uma
transmissão contínua.
mp > 1

Todavia na prática, admite-se: mp ≥ 1,4
60
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.4 – Um engrenagem de 24 dentes (pinhão) move uma engrenagem de
60 dentes (coroa) com um ângulo de pressão de 20°. O raio primitivo do pinhão
é 1.500 in, e o raio de cabeça 1.6250 in. O raio primitivo da coroa é 3.7500 in,
e o raio de cabeça 3.8750 in. Determine o comprimento de transmissão e a
razão de contato.

Z = √ ( Rc 1 ) ² − ( Rb1 ) ² + √ ( Rc 2 ) ² − ( Rb2 ) ² − C ⋅ sen ϕ

Rc 1 = 1.6250 in
Rb 1 = R 1 ⋅ cos ϕ = 1.5000 ⋅cos 20° = 1.4095 in
Rc 2 = 3.8750 in
Rb 2 = R 2 ⋅cos ϕ = 3.7500⋅ cos 20 ° = 3.5238 in

C = R 1 + R 2 = 1.5000 + 3.7500 = 5.2500 in


C ⋅ sen 20° = 5.2500⋅ 0.3420=1.7956 in
61
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.4 – Resolução.

Z = √ ( 1.6250 ) ² − ( 1.4095 ) ² + √ ( 3.8750 ) ² − ( 3.5238 ) ² − 1.7956


Z = 0.8099 + 1.6115 − 1.7956
Z = 0.6258 in

2⋅ π ⋅ Rb 1 2⋅ π ⋅1.4095
Pb = = = 0.3689 in
N1 24
Z 0.6258
mp = = = 1.6964 ≥ 1.4 → Ok !
Pb 0.3689

62
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.5 – ( MABIE 4.6 – Pg. 165) Os raios primitivos de duas engrenagens
acopladas são 2.00 e 2.50 in, e os raios externos são 2.25 e 2.75 in,
respectivamente. O ângulo de pressão é 20°. Faça um esquema destas
engrenagens em escala real tal como o mostrado na Fig. 4.10, e marque o
início e o fim do contato. O pinhão é a peça motora e gira no sentido horário.
Determine e mostre os ângulos de aproximação e afastamento para ambas as
engrenagens.

Z = √ ( Rc 1 ) ² − ( Rb1 ) ² + √ ( Rc 2 ) ² − ( Rb2 ) ² − C ⋅ sen ϕ

Rc 1 = 2.2500 in
Rb 1 = R 1 ⋅ cos ϕ = 2.0000 ⋅cos 20° = 1.8794 in
Rc 2 = 2.7500 in
Rb 2 = R 2 ⋅cos ϕ = 2.5000⋅ cos 20 ° = 2.3492 in

63
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.5 – Resolução.

C = R 1 + R 2 = 2.0000 + 2.5000 = 4.5000 in


C ⋅ sen 20° = 4.5000 ⋅0.3420=1.5391 in

Z = √ ( 2.2500 ) ² − ( 1.8794 ) ² + √ ( 2.7500 ) ² − ( 2.3492 ) ² − 1.5391


Z = 1.2371 + 1.4296 − 1.5391
Z = 1.1276 in

Z arc CC '
mp = =
Pb P
2⋅ π ⋅ Rb 1
Pb = → Passo Frontal de Base
N1
2⋅ π ⋅ R 1
P= → Passo Frontal
N1 64
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.5 – Resolução.

E 1 B = √ (2.5000)² − (1.8794 )² = √ 6.2500 − 3.5321 = 1.6486 in


E 1 A = E 1 B − AB = E 1 B − Z = 1.6486 − 1.1276 = 0.5210 in
E 1 P = R P ⋅ sen ϕ = 2.0000 ⋅ sen 20 ° = 0.6840 in
AP = E 1 P − E 1 A = 0.6840 − 0.5210 = 0.1630 in
PB = AB − AP = Z − AP = 1.1276 − 0.1630 = 0.9646 in

Z ⋅N1 arc CC ' ⋅ N 1 Z arc CC '


= → =
2⋅ π ⋅ Rb 1 2⋅ π ⋅ R 1 Rb1 R1

Rb1 1.8794
arc CC ' = ⋅Z = ⋅1.1276 = 1.0596 in
R1 2.0000

65
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.5 – Resolução.

arc DD ' = arc CC ' → arc CP = arc DP e arc PC ' = arc PD '

AP
= arc CP/ arc CC '
AB
AP 0.1630
arc CP = ⋅ arc CC ' = ⋅1.0596 = 0.1532 in
AB 1.1276

PB
= arc PC ' / arc CC '
AB
PB 0.9646
arc PC ' = ⋅arc CC ' = ⋅1.0596 = 0.9064 in
AB 1.1276

66
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.5 – Resolução.

arc CP 0.1532
α1 = = = 0.0766 rd = 4.3889 °
R1 2.0000
arc PC ' 0.9064
β1 = = = 0.4532 rd = 25.9664 °
R1 2.0000

arc DP 0.1532
α2 = = = 0.0613 rd = 3.5111 °
R2 2.5000
arc PD ' 0.9064
β2 = = = 0.3626 rd = 20.7732 °
R2 2.5000

67
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Interferência em Engrenagens Evolventais

Contato da parte não evolvental do dente.

Perfil Evolvental inicia-se na Circunferência de Base e termina na Saliência
(Cabeça do Dente).

Interferência causa ADELGAMENTO (Undercut) → Diminuição da espessura do
dente por retirada por abrasão do material. Ele é literalmente arrancado.

Quando os dentes da engrenagem são produzidos mediante um processo de
geração, a interferência é automaticamente eliminada, visto que a ferramenta
de corte remove a porção interferente do flanco ( adegalmento );


Consequências:

Redução da resistência do dente.

Possibilidade de alteração do comprimento de transmissão (Z).


Forma de evitar a interferência:

Limitar a altura da Saliência (cabeça do dente) da engrenagem comandada.
68
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Interferência em Engrenagens Evolventais

69
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Interferência em Engrenagens Evolventais

Obs.:

Cremalheira é caso mais crítico pois possui o Raio Infinito.

Se um pinhão conseguir
engrenar sem interferência
com uma cremalheira, ele
será capaz de engrenar
com qualquer outra
engrenagem de raio finito.
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Interferência em Engrenagens Evolventais

Critério de SPOTTS:

Haverá interferência se:

√ ( Rc ) ² − ( Rb ) ² > C ⋅ sen ϕ
1 1

ou

√ ( Rc ) ² − ( Rb ) ² > C ⋅ sen ϕ
2 2

71
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática dos Mecanismos
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Conteúdo da Unidade


Introdução à Teoria de Engrenagens

Polias e Correias

Lei Fundamental de Engrenamento

Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos

Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas

72
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Características

Para engrenagens serem intercambiáveis, é necessário que os pares conjugados
sejam padronizados, ou seja:

Possuam o mesmo Módulo (Métricas) ou o mesmo Passo Diametral (US)
iguais.

Possuam o mesmo Ângulo de Pressão.

Possuam as mesmas medidas de Saliência e de Profundidade.

Possuam Espessuras Frontais dos Dentes compatíveis, ou seja, com medida
igual à metade do passo frontal.

AGMA – American Gear Manufacturers Association

ANSI/AGMA 1012–G05 – Gear Nomenclature, Definition of Terms with
Symbols → Norma técnica que determinas as características métricas
de engrenagens no padrão U.S. (2005)

ISO – International Standart Organization

ISO 21771:2007 – Gears – Cylindrical Involute Gears and Gear Pairs -
Concepts and Geometry → Norma técnica que determinas as
características métricas de engrenagens no padrão S.I. (2007) 73
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



US STANDARD ( AGMA ) – Características de Proporções dos Dentes
ϕ = 14½° DN ϕ = 20° DN ϕ = 20° DR

Saliência (Addendum) – a:
1.0000 1.0000 0.8000

a= a= a=
Pd Pd Pd
Profundidade (Dedendum) – b: 1.1570 1.1570 1.0000

b= b= b=
Pd Pd Pd
Folga (Backlash) – B: 0.1570 0.1570 0.2000

B= B= B=
(Profundidade – Saliência) Pd Pd Pd

Altura do Dente (Whole Depth) – H:


2.1570 2,1570 1.8000

H= H= H=
(Saliência + Profundidade) Pd Pd Pd

Raio do Filete na Base do Dente – rf: 0.2090 0.2390 0.3040



rf= rf= rf=
Pd Pd Pd

Espessura Dente (Tooth Thickness) – t: t = 1.5708 t=
1.5708
t=
1.5708
Pd Pd Pd
DN – Dente Normal / DR – Dente Reduzido
74
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



International Standart ( ISO ) – Características de Proporções dos Dentes
ϕ = 14½° DN ϕ = 20° DN ϕ = 20° DR


Saliência (Addendum) – a: a=1.0000 ˙ m a=1.0000 ˙ m a=0.8000⋅m


Profundidade (Dedendum) – b: b=1.1570 ˙ m b=1.1570 ˙ m b=1.0000 ⋅m


Folga (Backlash) – B: B=0.1570 ˙ m B=0.1570 ˙ m B=0.2000⋅m
(Profundidade – Saliência)


Altura do Dente (Whole Depth) – H: H =2.1570 ˙ m H =2.1570 ˙ m H =1.8000⋅m
(Saliência + Profundidade)

● Raio do Filete na Base do Dente – rf: r f =0.2090 ˙ m r f =0.2390⋅m r f =0.3040⋅ m


Espessura Dente (Tooth Thickness) – t: t =1.5708 m t=1.5708⋅ m t=1.5708⋅m
˙
DN – Dente Normal / DR – Dente Reduzido
75
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Termos e Simbologia – AGMA x ISO 701

TERMO ( INGLÊS ) TERMO ( TRADUZIDO ) AGMA ISO 701

Number of Teeth Número de Dentes N z

Pitch Radius Raio Primitivo R r

Pitch Diameter Diâmetro Primitivo D d’

Outside Radius Raio de Cabeça Ro ra

Outside Diameter Diâmetro de Cabeça Do da

Base Radius Raio de Base Rb rb

Face Width Largura de Face F b

Addendum Saliência a ha

Dedendum Profundidade b hf

Circular Pitch Círculo Primitivo P P 76


PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Termos e Simbologia – AGMA x ISO 701

TERMO ( INGLÊS ) TERMO ( TRADUZIDO ) AGMA ISO 701

Base Pitch Passo Base Pb Pb

Pressure Angle Ângulo de Pressão  α


Length of Action Comprimento de Ação Z ga

Contact Ratio ( Transverse ) Razão de Contato mp ea

Center Distance Distância entre Centros C a

Working Depth Profundidade de Trabalho hk --------

Whole Depth Altura do Dente ht h

Tooth Thickness Espessura do Dente t s

Clearence Diferença entre Profundidade e Saliência c c

Backlash Jogo Primitivo B jt 77


PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Características:

Fenômeno que ocorre quando o número de dentes é insuficiente para
permitir o engrenamento contínuo.

Nesta situação, os dentes tendem a travar e impedir o movimento, e além
disso, dependendo dos esforços, pode promover a fratura dos mesmo.

Interferência evolvental e o adelgaçamento (aumento da base do dente)
resultante deve ser evitados, uma pequena quantidade pode ser tolerada se
ela não reduzir a razão frontal de transmissão (razão de contato), para um
par de engrenagens, abaixo de um valor adequado.

É possível afirmar que se não houvesse interferência entre um pinhão e
uma cremalheira (uma coroa) também não haveria interferência entre este
mesmo pinhão e uma engrenagem de dimensões iguais à sua ou maior.

Quando considerada uma engrenagem padronizada em que as dimensões
dos dentes são as dadas nas tabelas, é possível calcular o número mínimo
de dentes em um pinhão que se engrene com um coroa sem interferência
evolvental.
78
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Número Mínimo de Dentes para Evitar Interferência

79
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Número Mínimo de Dentes para Evitar Interferência:

Pelo estudo da figura anterior, obtêm-se as Relações de sen:
PE a
sen ϕ = e sen ϕ =
R PE

Define-se:
k
k = Pd ⋅a → a=
Pd
Sistema de Dentes Normais: k = 1,000

Sistema de Dentes Reduzidos: k = 0,800


Tem-se:
k
Pd
sen ϕ =
PE
80
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Número Mínimo de Dentes para Evitar Interferência:

Multiplicando as duas Relações de sen:
k
PE Pd k
sen ² ϕ = ⋅ → sen ² ϕ =
R PE R ⋅ Pd

Todavia:

N N
Pd = Φ =
2⋅ R

Logo: ●
Colocando em Função do
k Número de Dentes:
sen ² ϕ =
N 2⋅ k
R⋅ N=
2⋅R sen ² ϕ
2k
sen ² ϕ = 2⋅ a⋅ Pd
N N=
sen ² ϕ
81
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Número Mínimo de Dentes para Evitar Interferência:

Equação que determina o MENOR número de dentes para um pinhão
engrenar sem interferência com uma cremalheira (ou uma coroa) em um
sistema normalizado.
k
sen ² ϕ =
R ⋅ Pd

14½ ° 20 ° 20 ° 25 °
Número de
Dentes do Dente
Dente Dente Dente
Pinhão Reduzido
Normal Normal Normal
(Rebaixado)

Nmin 32 18 14 12

82
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Número Mínimo de Dentes para Evitar Interferência:
● Equação para determinação do Nmin, número mínimo de dentes, da
engrenagem MAIOR (coroa) com N2 dentes que pode ser conjugada com uma
engrenagem MENOR (pinhão) com N1 dentes sem interferência:

4 ⋅ k ² − ( N 1 ) ²⋅ sen ² ϕ
N2 =
2⋅ N 1 ⋅ sen ² ϕ − 4 ⋅ k

● Equação para determinação do Nmin, número mínimo de dentes, para evitar


interferência entre duas engrenagens iguais, ou seja, com razão de
engrenamento de 1:1:

4⋅k
N= ⋅ ( 1 + √ 1 + 3 ⋅ sen ² ϕ )
6 ⋅ sen ² ϕ
83
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Determinação do Jogo Primitivo – B (Backlash):

84
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Determinação do Jogo Primitivo – B (Backlash):

Distância na qual
a espessura do
dente em uma
engrenagem
excede a
espessura do
dente na outra
engrenagem.

85
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Determinação do Jogo Primitivo – B (Backlash):

Deveria ser zero, todavia, isso não ocorre na prática.
N + N2 ( N1 + N 2)
C = R1 + R 2 ; C= 1 → U.S. e C= ⋅ m → ISO 701
2 ⋅Pd 2

Utiliza-se valores diferentes de zero para evitar o bloqueio ( Jamming ) do
dente devido a erros de fabricação e expansão térmica.
N1 N2
C ' = R1 ' + R2 ' ; R1 ' =
( N1 + N2)⋅C ' e R2 ' =
( N1 + N2
⋅C '
)

Como a distancia entre centros aumenta, o ângulo de pressão  também
aumentará.
Rb 1 + Rb 2 cos ϕ cos ϕ
C ' = R1 ' + R2 ' = = ( R1 + R2 ) ⋅ = C⋅
cos ϕ ' cos ϕ ' cos ϕ '

cos ϕ cos ϕ
ΔC = C' − C = C⋅
cos ϕ '
−C → ΔC = C⋅ ( cos ϕ '
−1 )
86
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Determinação do Jogo Primitivo – B (Backlash):

Cálculo do Jogo Primitivo:

A equação do Jogo Primitivo pode ser derivada da relação da espessura
do dente ( tf ) somada com o jogo primitivo ( B ) igual ao Passo Circular
( Pc ) medido na Circunferência Primitiva Operacional.

2⋅ π ⋅ R1 ' 2⋅ π ⋅ R 2 '
t1 ' + t2 ' + B = =
N1 N2

Onde:

t ’ → Espessura do Dente sobre a Circunferência Primitiva
Operacional;

B → Jogo Primitivo;

R ’ → Raio da Circunferência Primitiva Operacional;

N → Número de Dentes.

87
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Determinação do Jogo Primitivo – B (Backlash):

Cálculo do Jogo Primitivo:

Desenvolvendo as Espessura dos Dentes em função da Evolventometria
(Involutometry):

t1 R1 '
[
t 1 ' = 2 R1 ' ⋅
2 ⋅ R1
+ evol ϕ − evol ϕ '
] → t1 ' =
R1 1
⋅t − 2 R 1 ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ )

t2 R2 '
[
t2 ' = 2 R2 ' ⋅
2⋅ R2
+ evol ϕ − evol ϕ '
] → t2' =
R2 2
⋅t − 2 R2 ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ )

Onde:

t → Espessura do Dente na Circunferência Primitiva;
t = P / 2 = π / ( 2 Pd )

R → Raio Primitivo na Circunferência Primitiva;
R = N / ( 2 Pd )

Φ → Ângulo de Pressão ( 14,5° ; 20° ; 25° );

Φ ’→ Ângulo de Pressão Operacional. 88
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos Padronizadas



Interferência Evolvental

Determinação do Jogo Primitivo – B (Backlash):

Cálculo do Jogo Primitivo:

Além disso:

R1 R2 C 2⋅π⋅R
= = ; C ' = R1 ' + R2 ' e =P= π
R1 ' R2' C' N Pd

Substituindo nas Equações Anteriores:

C'
B= ⋅ π − ( t 1 − t 2 ) + 2 C ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ ) U.S.
C [
Pd ] →

C'
B= ⋅ [ π ⋅ m − ( t 1 − t 2 ) + 2 C ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ ) ] → ISO 701
C

Engrenagens Padronizadas → Equação Simplificada:

B = 2 C ' ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ )


89
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.6 – (a) Considere um par de engrenagens padronizadas com módulo
igual 3 e ângulo de pressão  igual a 20°, sendo que o pinhão (motora) possui
24 dentes e a coroa (movida) possui 60 dentes. Calcule o comprimento de ação
e a razão de contato se as engrenagens conjugarem com jogo primitivo igual a
zero.

N 1 ⋅m 24⋅3 N 2 ⋅m 60⋅3
R1 = = = 36,000 mm e R2 = = = 90,000 mm
2 2 2 2

Rb 1 = R 1 ⋅ cos ϕ = 36,000 ⋅cos 20° = 33,829 mm


Rb 2 = R 2 ⋅cos ϕ = 90,000 ⋅cos 20° = 84,572 mm

a 1 = a 2 = 3,000 mm

Rc 1 = R 1 + a 1 = 36,000 + 3,000 = 39,000 mm


Rc 2 = R 2 + a2 = 90,000 + 3,000 = 93,000 mm
90
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.6 – Resolução (Continuação)
N 1+ N 2 24+60
C= (
2
⋅m = ) 2 ( )
⋅3 = 126,000 mm

Z = √ ( Rc 1 ) ² − ( Rb1 ) ² + √ ( Rc 2 ) ² − ( Rb2 ) ² − C ⋅ sen ϕ


Z = √ ( 39,000 ) ² − ( 33,829 ) ² + √ ( 93,000 ) ² − ( 84,572 ) ² − 126,000 ⋅ sen 20 °
Z = √ 1521,000 − 1144,400 + √ 8649,000 − 7152,400 − 43,095
Z = 19,406 + 38,686 − 43,095
Z = 14,997 mm
2⋅ π ⋅ Rb1 2⋅ π ⋅33,829
Pb = = = 8,8564 mm
N1 24

Z 14,997
mp = = = 1,6934
Pb 8,8564 91
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.6 – (b) Considere o mesmo par de engrenagens e que a distância
entre centros foi aumentada de 0,500mm. Calcule os raios primitivos
operacionais R’, o ângulo de pressão operacional ϕ’ e o jogo primitivo B
introduzido.

C ' = C + Δ C = 126,000 + 0,500 = 126,500 mm

N1 24
R1 ' =
(N1 + N 2 )
⋅C ' = (
24 + 60 )
⋅126,500 = 36,143 mm

N2 60
R2 ' =
(N1 + N2 ) ⋅C ' = (
24 + 60 ) ⋅126,500 = 90,357 mm

C 126,000
cos ϕ ' = ⋅ cos ϕ = ⋅ cos 20 ° = 0,9360
C' 126,500
ϕ ' = arccos (0,9360) = 20,61 °
92
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.6 – Resolução (Continuação)

B = 2 C ' ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ )


B = 2⋅126,500 ⋅ ( evol 20,61 ° − evol 20,00 )
B = 2⋅126,500 ⋅ ( 0,016362 − 0,014904 )
B = 0,3689 mm

93
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.7 – ( MABIE 4.33m – Pg. 170) Considere um par de engrenagens de
dentes retos cujos dados do pinhão e coroa são apresentados a seguir.

Pinhão: ●
Coroa:

N1 = 25 dentes ●
N2 = 42 dentes

R1 = 37,500 mm ●
R2 = 63,000 mm

t1 = 6,477 mm ●
t2 = 5,842 mm

Considerando que ambas possuem o mesmo ângulo de pressão  igual a 20°,
determine o ângulo de pressão operacional ’, e a nova distância entre centros
C’ se o jogo primitivo B for 0.
2 π ⋅ R 1 2 π ⋅37,500
P1 = = = 9,424 mm
N1 25
2 π ⋅ R 2 2 π ⋅63,000
P2 = = = 9,424 mm
N2 42

P1 P 2 9,424
m=π =π =π = 3,000 mm
94
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.7 – ( MABIE 4.33m – Pg. 170) Resolução (Continuação)
C = R 1 + R 2 = 37,500 + 63,000 = 100,500 mm

Considerando B = 0 , tem-se:

C'
B= ⋅ [ π m − ( t 1 + t 2 ) + 2 C ' ⋅ ( evol ϕ ' − evol ϕ ) ]
C
0 = π ⋅3,000 − ( 6,477 + 5,842 ) + 2⋅100,500 ⋅ ( evol ϕ ' − evol 20 ° )
evol ϕ ' = 0,0293

( evol ϕ ' − evol ϕ ant )


ϕ' = ⋅ ( ϕ pos −ϕ ant ) − ϕant
( evol ϕ pos − evol ϕ ant )
( 0,029300 − 0,029223 )
ϕ' = ⋅ ( 24,90 °−24,80 ° ) + 24,80 °
( 0,029598 − 0,029223 )
95
PUCMINAS – ENG. AERONÁUTICA / ENG. MECÂNICA – Cinemática
Unidade 05 – Engrenagens: Classes, Projetos e Aplicações

Eng. Cilíndricas de Dentes Retos (Spurs Gears)



Características da Ação Evolvental – Definições

Exemplo 5.7 – ( MABIE 4.33m – Pg. 170) Resolução (Continuação)
( 0,029300 − 0,029223 )
ϕ' = ⋅ ( 0,43459−0,43284 ) + 0,43284 = 0,43320 rd
( 0,029598 − 0,029223 )
ϕ ' = 24,8200 °

Distância entre Centros Corrigida:

cos ϕ
C' = C⋅
cos ϕ
cos 24,8200 °
C ' = 100,500 ⋅
cos 20,0000 °
C ' = 104,030 mm

Δ = C ' − C = 104,030 − 100,500 = 3,530 mm


96

Você também pode gostar