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DO PIBIC/CNPq - UFPE
(Refere-se às atividades realizadas no período de setembro de 2020 a agosto de 2021)
1. IDENTIFICAÇÃO
2. RESUMO
O presente trabalho, tem como foco a memória e a história dos movimentos negros em
Pernambuco, bem como as relações construídas por seus militantes no âmbito político e cultural nas
décadas de 1970-1980. Buscamos analisar parte do acervo documental do Laboratório de História
Oral e Imagem da Universidade Federal de Pernambuco (Lahoi - UFPE), tomando como pontos de
observação os discursos movimentados acerca do 13 de Maio e do 20 de novembro, por meio de
matérias publicadas no Diário de Pernambuco. Entendendo estes dois momentos como pontos
privilegiados de investigação, visamos entender como o debate a respeito das relações
étnico-raciais brasileiras, do abolicionismo, do racismo, da cultura e memória negra se apresentam
nos jornais e movimentam uma série de elementos imagéticos-discursivos, apontando, ainda que de
modo indiciário, as mobilizações, contendas, negociações e as ações efetivas de personagens
ligados aos movimentos negros de Pernambuco. Vale mencionar, que as décadas de 70 e 80
tratam-se de períodos significativos de intensas lutas sociais, da consolidação de uma identidade
afrodescendente e de um modo de ser negro, consubstanciado, sobretudo, na denúncia da existência
do racismo e da ideologia da democracia racial.
3. INTRODUÇÃO
Este projeto se propõe a pensar a história do pensamento racial e dos movimentos negros do
Recife, durante as décadas de 1970 a 1980, imersos numa complexa luta política para estabelecer o
poder de significar as práticas culturais e polítcas afrodescendentes. Este é o período em que
assistimos a consolidação e legitimação de diversos movimentos negros que colocaram em pauta
não só a luta contra a discriminação racial, mas também a negritude, em que as manifestações
culturais exerceram papel central na formação de uma identidade negra. Nesse sentido, lançando
mão da documentação do jornal Diário de Pernambuco – disponível no acervo online do Lahoi –
tomamos como pontos de observação os discursos movimentados acerca do 13 de Maio e do 20 de
Novembro. Entendendo estes dois momentos como pontos privilegiados de investigação, visamos
2
1
REZENDE, A. P. M.. O Recife: Os espelhos do passado e os labirintos do presente ou as tentações da memória e as
inscrições do desejo. Projeto História Espaço e Cultura, São Paulo, v. 18, 1999, p.156.
2
GUILLEN, Isabel C. M.. Lugares de memória da cultura negra no Recife: inscrever a memória na cidade. In: XIV
Encontro Nacional de História Oral, 2018, Campinas. Anais Eletrônicos do XIV Encontro Nacional de História Oral,
2018, p.01.
3
Ibid., p.08.
4
Ibid., p. 01.
3
apresentação destes espaços como uma espécie de repositório memorial, no qual se deposita uma
certa representatividade afetiva, cultural.
Ora, mas como e por que o passado de uma sociedade escravista parece esconder-se pelas
esquinas não transitadas, pelos becos escuros e nas brechas dos muros? O passado não brota, não se
“manifesta” como que provocado por uma entidade atemporal; por não possuir sentido próprio5 o
passado se inscreve, ele mesmo, por meio dos sujeitos. As marcas do tempo, as expressões do
passado e da memória, e mesmo a identificação direta/indireta com estes, são produto das dinâmicas
das sociedades. No caso do Recife, as expressões da negritude estão diretamente ligadas – ainda que
nem sempre – à participação ativa e aos manuseios simbólicos empenhados pelos(as) militantes
negros(as), sendo, da mesma forma, produto do agenciamento das relações sociais. As identidades,
já entendidas aqui de modo fluído, transitório, devem ser examinadas como uma “invenção social”6.
Em outras palavras, há de serem vistas como fabricações sociais e históricas, despidas de sentido
temporais de originalidade (uma vez que não vêm das origens). É, então, neste complexo de
ambiguidades que desenvolvemos a pesquisa acerca do movimento negro do Recife.
4.OBJETIVOS DO PROJETO
5
ALBUQUERQUE JÚNIOR, DURVAL M.. História: a Arte de Inventar o Passado, In:______. História A Arte de
Inventar o Passado: Ensaios de teoria da história. Bauru, SP: Edusc, 2007, p.53.
6
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval. M.. Fragmentos do discurso cultural: por uma análise crítica do discurso sobre a
cultura no Brasil. In: Gisele Marchiori Nussbaumer. (Org.). Teorias & Políticas da Cultura. 1ed.Salvador: EDUFBA,
2007, v. 1, p. 18
4
profissionais liberais; enfim, gente de toda sorte (o povo! Esta entidade abstrata tantas vezes
frequente nos discursos políticos) confraternizaram sobre os grilhões despedaçados da escravidão.
Para Freyre, personagem por muito tempo empenhado em contrapor os detratores da
mistura racial11, o Brasil teria encontrado nas conjugações dos povos a sua maior e mais relevante
qualidade: a miscigenação; um movimento de catarse, produto do encontro entre mundo distintos
que acomodavam-se fraternalmente. Do encontro da cristandade com a cosmovisão indígena e
negróide, erguia-se a grande nação tropical, o Brasil: original e lustrado.
À nossa violência tão dispersa e naturalizada quanto os hábitos de "cadeirinhas de arruar”; à
dependência econômica em relação à estrutura escravocrata – identificada na relação direta entre o
enriquecimento das vilas e o enegrecimento da população12 – que movimentava não só a mão de
obra escravizada como também condicionava a vida de negros livres, o pensamento Freyriano
indicaria a amenização das complexas e ambíguas relações de desigualdade/discriminação, sob o
pretexto do Brasil ter fabricado o mais jubiloso equilíbrio racial.
Muito próximo de suas antigas teses, é ainda possível traçar um paralelo entre a coluna
citada acima e o prefácio à primeira edição de Casa-grande & Senzala – certamente a produção
mais valiosa do autor –, publicado pela primeira vez na década de 1930. Cito: "A miscigenação que
largamente se praticou aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado
enorme entre a casa-grande e a mata tropical; entre a casa-grande e a senzala." Dessa maneira, o
mito13 da três raças resgatava uma escravidão docilizada, relativizada, amena, íntima, adaptada ao
clima extrovertido dos trópicos.O referencial tornava-se a romantização das relações escravistas:
antes um pai do que um senhor; antes servos disciplinados e obedientes do que escravos.
É difícil apontar precisamente todos os caminhos trilhados por Freyre ao longo de sua obra.
O que há de permanência e de inovação na comparação do jovem professor universitário dos anos
30 e o premiado intelectual das décadas seguintes? Essa, de fato, não é a questão principal. Vale
notar, com ênfase, a complexidade dos discursos postos em movimento, tanto por Freyre quanto
através dele.
A intervenção notada no artigo não se finda com júbilos eternos à abolição. Na verdade,
apesar de tomar o 13 de maio como uma data nacionalmente simbólica de nossa expressão
harmoniosa e conciliativa, Freyre busca ainda atualizar problemas e colocar em pauta as suas
misérias e limites. Segundo ele, uma data não é um valor isolado nem marca um acontecimento que
possa ser desprendido de seus antecedentes e de suas decorrências". E continua a discorrer sobre as
deficiências da abolição, as quais só estariam atentos os abolicionistas do “porte” de Joaquim
Nabuco, observando o mérito não somente em termos jurídicos, mas também sociológicos. Afinal,
não sendo mágica, as alternativas jurídicas não estancariam os problemas sociais do Brasil. Desse
modo, se observaria o saldo do desamparado dos libertos, lançados à marginalidade sem assistência
privada ou do Estado: uma massa de ex-escravizados (migrantes do campo) inundando as ruas das
cidades, sem nenhum meio de se sustentarem e ainda mais, disputando num novo modelo de
trabalho livre do qual nunca participou ou foi preparado.
E assim podemos indicar a dificuldade em estabelecer conjuntos, mais ou menos rígidos, de
semelhanças dos discursos apresentados nas páginas do Jornal. É preferível, a priori, sublinhar a
11
Sobre a relevância de Gilberto Freyre para o redirecionamento intelectual dos debates acadêmicos sobre a racialidade
nacional, ver SCHWARCZ, Lilia Moritz. Gilberto Freyre: adaptação, mestiçagem, trópicos e privacidade em novo
mundo nos trópicos. Philia&Filia, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 85-117, 2011. Disponível em: <
http://seer.ufrgs.br/Philiaefilia/article/view/24427/14103 >.
12
CARVALHO, Marcus J. M de. Cidades Escravistas. In: SCHWARCZ, Lilia M.; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.).
Dicionário da escravidão e liberdade : 50 textos críticos. . São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
13
Para uma análise historiográfica dos conceitos correntemente utilizados por estudiosos acerca das condições raciais
no Brasil, ver: LIMA, I. M. de F. Por uma História a partir dos Conceitos: África, cultura negra e Lei 10.639/2003.
Reflexões para desconstruir certezas. A Cor das Letras, [S. l.], v. 12, n. 1, p. 125–151, 2017. DOI:
10.13102/cl.v12i1.1488. Disponível em: http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1488. Acesso em:
4 out. 2021.
6
Palmares”. Este era um ato inaugural pelo qual pretendeu não só refundar o Parque, mas que
buscava integrar toda a negritude em virtude do combate ao racismo e da discrimnação,
entronizando Zumbi e os negros dos Palmares como a efígie do movimento.16
As vibrações emitidas pelos grupos negros por todo o território do Brasil chegam até os
militantes do Recife e se fazem revelar quando estes manobram o passado em favor do presente e
(re)inventam o valor de seus líderes. O Quilombismo17, corrente nacional do pan-africanismo, foi
determinante para essa operação. É por meio de seus intelectuais que os quilombolas e, mais
precisamente, Zumbi do Palmares é alçado à posição de líder inconteste de uma pretendida nação
negra, livre e emancipada. Como um guerreiro ungido entre as armas, é produzido e reproduzido
como um herói da raça e da classe, expressando a ancestralidade negra de um líder contra a
exploração racial. É através dessa encenação da memória que os MNs irão se agrupar, não sem
dissidências18, em torno do projeto quilombista.
Um dos pontos mais emblemáticos de valorização do 20 de Novembro foi a realização da
Missa dos Quilombos, no Recife. Muito esforço foi empreendido pelos movimentos negros na
elaboração um plano propositivo, efetivo, disposto a combater o racismo em suas variadas
dimensões; o que não lhes deu o monopólio de significação dos espaços, nem tampouco da agenda
política da cidade. Assim, algumas ações desenvolvidas neste sentido são exteriores aos
movimentos, ou mesmo ocorrem à contragosto de parte dos(as) militantes. Sobre isso, podemos
assinalar a criação e significação de alguns espaços ao longo da cidade, como a Praça do Carmo. A
Praça seria o local no qual, durante o século XVII, a cabeça decapitada de Zumbi teria sido exposta; é
também onde está o monumento à Zumbi dos Palmares e ainda mais importante, foi na Praça do
Carmo que foi celebrada a Missa dos Quilombos.
A Missa apresenta-se como um dos mais importantes acontecimentos em torno da negritude
recifense, pois é o ponto de congruência no qual uma série de problemáticas convergem: a
(des)valorização estética da negritude, o 20 de novembro e a “democracia racial”. A Missa dos
quilombos pôs em movimento uma série de questões que orbitavam em torno da condição do negro
numa maneira de retomar o Quilombo dos Palmares e a figura de Zumbi como partes integrantes de
um grande projeto de “emancipação” da negritude. Desse ponto de vista, a Missa era uma
celebração à luta e à resistência contra as opressões do passado e do presente.
A apropriação da narrativa em torno de Palmares retomava-o como um modo de arquétipo
político-ideológico, a manutenção do quilombo à vista no horizonte da luta recobrava uma
16
Abolição faz 100 anos: em meio a festas e críticas, Diário de Pernambuco, Recife, 13/05/1988, capa.
17
Em seu livro Quilombismo, Abdias Nascimento trabalha diversas questões ligadas a atuação organizada da negritude.
Entre outras questões muito interessantes levantou alongadas discussões acerca da legitimidade dos conhecimentos e
tecnologias do mundo ocidental, que tento indicar aqui. Abdias demarcou as fronteiras de como uma irmandade negra
internacional teria de se haver com o problema de uma ciência pretensamente universal. Trilhando nesses caminhos,
para o autor, o conjunto das ciências sociais estava carregado de um espírito colonial. Estas, assim atadas
umbilicalmente às bases do pensamento que as gestaram, serviriam tão somente às razões do colonizador. Estavam, em
fim, corroídas pelo tempo, carcomidas pela velharia do etnocentrismo europeu. Inclusive, seria a própria história, “uma
versão concebida por brancos, para os brancos e pelos brancos”. A alternativa que deveria ser adotada pelos
pan-africanistas passaria necessariamente por uma negação completa das disciplinas do Ocidente, dispondo somente
dos espólios que fossem úteis à nova sociedade pretendida. Haviam de encontrar-se, antes, com um saber ancestral
africano. NASCIMENTO, Abdias. O Quilombismo. 2ª ed. Brasília/Rio de Janeiro: Fundação Palmares, 2002.
18
É preciso atentar para o fato de ser, o próprio movimento social, repleto de fragmentações. As divergências entre os
membros dos movimentos é uma constante e, além disso, esteve sempre presente durante a articulação dos grupos
organizados. No caso do projeto quilombista não há, de certo, qualquer unanimidade. Quadro sintomático disto
revela-se no posicionamento adotado Sylvio Ferreira, professor universitário da UFPE, pesquisador da Fundação
Joaquim Nabuco e um dos militantes de maior trânsito no Diário de Pe, quando da vinda de Abdias Nascimento ao
Recife. Em entrevista a Fernanda D’Oliveira, afirma que Abdias “estimulou o radicalismo que já existia" – do qual a
criação de um Estado negro seria a expressão máxima – e o responsabiliza por ter cindido o movimento negro em duas
"facções" e conclui como “desastrosa” a passagem do militante paulista à capital pernambucana..D’OLIVEIRA,
Fernanda. Diário de Pernambuco, Recife, 16/05/1988, p. a6.
8
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
19
GOMES, Flávio. Escravidão e Liberdade no Atlântico Sul. São Paulo: Contexto, 2005, p.22.
20
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histórica. Textos para Discussão - TPD, [S. l.], 2012. Disponível em:
https://periodicos.fundaj.gov.br/TPD/article/view/926. Acesso em: 4 out. 2021.
9
ALBUQUERQUE JÚNIOR, D. M... Fragmentos do discurso cultural: por uma análise crítica do
discurso sobre a cultura no Brasil. In: Gisele Marchiori Nussbaumer. (Org.). Teorias & Políticas da
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10
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