A Sociologia da Educação é a parte das ciências humanas que estuda
os processos de ensino-aprendizagem dos indivíduos dentro sociedade, ou
seja, relaciona o processo formativo e o papel da escola no meio em que o aluno está inserido. A caricatura descrita como "Educação e Resistência" representa uma reflexão sobre a formação dos alunos a partir da prática docente, envolvendo dois caminhos distintos. O percurso mais fácil e sem aplicação do conhecimento pedagógico é a punição, pois, não requer intervenção dos professores no processo de aprendizagem, utilizando métodos arcaicos e prejudicando a formação cognitiva dos alunos.
Por outro lado, quando o docente aplica seus conhecimentos
sociológicos dentro da prática pedagógica, é evidenciado um percurso mais árduo na formação cognitiva e social dos alunos. Nesta perspectiva, a etimologia da palavra “educação” vem do latim Educare, o que expressa “nutrir, fazer crescer”, ou no sentido filosófico significa conduzir o indivíduo a realidade, compreendendo tanto o mundo exterior quanto a sua autenticidade. Sendo assim, o professor tem um papel crucial no processo formativo dos alunos, guiando este para o conhecimento de forma crítica.
Conforme Durkheim, a condição social do indivíduo afeta diretamente
no processo de construção da moralidade. Ainda nisso, o autor supracitado faz a uma crítica ao modelo educacional, destacando que as práticas docentes estão relacionadas com métodos e ferramentas que demarcaram o contexto formativo desses professores. Desta forma, podemos correlacionar que estes métodos punitivos usados desde séculos anteriores, refletem até hoje, na prática docente. Sendo assim é função das instituições e das políticas educacionais alterar o processo formativo dos professores, rompendo os paradigmas punitivos a partir de referenciais teóricos como Ausubel, Vygotsky e Paulo Freie, que visam a educação como um ato transformador do indivíduo, e metodologias ativas que auxiliam o ato de lecionar dos professores.