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Certificação

Normalização
Internacional

Prof° Engº Hudson Balonecker Garcia


e-mail: professorhudson@hotmail.com
Certificação
IEC
• No final do século XIX, um grupo de cientistas, engenheiros
e líderes empresariais se reúnem para discutir sobre o uso
da eletricidade e como cada país deveria proceder
• Em 1904, em St. Louis (EUA), no Congresso Internacional de
Eletricidade, criam a International Electrotechnical
Comission (IEC), cuja sede seria em Londres.
• Dentre os países que faziam parte podemos citar: EUA,
Inglaterra, Canada, França, Bélgica entre outros. O Brasil
não fazia parte
Certificação
IEC
• Em 1914 já existiam 4 comitês em andamento:
• Nomenclatura
• Símbolos
• Especificações de máquinas elétricas
• Geradores
• Não possuíam força de lei
• Foi a base para a criação do Sistema Internacional de
medidas em 1960
Certificação
BSI
• Até o início de 1900 no Reino Unido não havia uma
padronização de materiais de construção
• Lembre-se que o Reino Unido é a união de 4 países: Escócia,
Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales
• Cada país possuía sua própria especificação de material e
um mesmo país poderia ter mais que uma especificação
• Em 1901 surge o British Standards Instituition (BSI)
• Nasceu como uma entidade privada, operando de acordo
com os princípios da autorregulação
• No primeiro ano conseguiram reduzir 62 perfis de aço que
existia no mercado e que não haviam necessidade de existir
Certificação
ANSI
• Em 1918 é criada nos EUA a American National Standards
Institute (ANSI)
• Instituição estritamente privada
• Resultou de um processo de cooperação entre várias
entidades:
• American Institute of Electrical Engineers (AIEE)
• American Society of Mechanical Engineers (ASME)
• American Institute of Minning and Metallurgical Engineers (AIME)
• American Society for Testing and Materials (ASTM)
• Sua primeira norma foi sobre conexões para tubos em 1919
• Em 1921 aprovaram a norma Americana de Segurança
para proteção de trabalhadores industriais
Certificação
DIN
• A Alemanha, para aquisição de material bélico para a I
Guerra Mundial, viu a necessidade de estabelecer uma
normalização, estabelecendo um padrão de qualidade
• Inicialmente foi criado um comitê de Normas para
engenharia mecânica e a primeira norma é de 1917
• Em 1926, com a expansão de vários setores econômicos, foi
criada a Deutsches Institut für Normung (DIN) atuando em
vários setores e sendo referência para outros países
• Devido a II Guerra Mundial e a derrota da Alemanha,
somente em 1946 houve a retomada de seus trabalhos
• O processo de produção de normas utiliza especialistas
contratados e comitês abertos à empresas privadas e
organismos de defesa do consumidor e órgãos do governo
Certificação
AFNOR
• A França e o último país a ter uma Normalização
independente do governo
• Em 1924 o governo sofre pressões do mercado interno,
principalmente do setor de energia elétrica, para permitir a
criação de entidade privada sem fins lucrativos para atuar
na Normalização
• Em 1926 é criada a Association Française de
Normalisation (AFNOR)
• Em 1930, após curto espaço de tempo, e com ajuda de
grandes empresas do setor privado, a AFNOR já havia
publicado mais de 300 normas
Certificação
ISO
• Com o fim da II Guerra Mundial, coube aos países aliados
criarem um organismo de normalização com o objetivo de
reconstruírem a ordem política e econômica internacional
visando a cooperação entre os países
• O objetivo inicial desta organização era o de criar
recomendações que representavam a consolidação, no
plano internacional, de normas elaboradas no plano
nacional (ABNT, 2011)
• Em outubro de 1946 surge a International Organization
for Standardization (ISO).
• Os países fundadores são: Reino Unido, França, EUA, Alemanha e
Suécia
• As línguas oficiais eram em o francês, o inglês e o russo.
• Sua sede é em Genebra, na Suíça
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ISO
• Faziam parte da ISO na sua inauguração 60 países
• São 5 países fundadores e os demais são países participantes
• O Brasil sempre fez parte como país participante
• Cada país participante e fundador contribui para a
sobrevivência da ISO
• A contribuição é em função da população e da importância
econômica do país
• A diretoria é composta por um presidente, dois vice-
presidentes, tesoureiro e o Secretário Geral era eleita
anualmente através da conferência anual de membros
• Somente Membros dos Países Fundadores podem assumir a
diretoria
• Apesar de ter um presidente e dois vice, quem realmente é o
gerente da organização é o Secretário Geral
Certificação
ISO
• Sua contribuição não era tão representativa até a década
de 60, quando o sueco Ollen Sturen assumiu o cargo de
Secretário Geral
• Sturen descobriu que o caixa não tinha verba para pagar os
salários
• A organização estava desacreditada
• Em 10 anos ele reativa a organização e cria 1400 documentos
técnicos
• De 1946 até 1960 haviam apenas algumas centenas de documentos
• Ele muda a sede que ficava em uma casa no campo para um
andar de um edifício no centro de Genebra
Certificação
Certificação
Certificação
ISO
• Em 1970, com o aumento do número das multinacionais e
o crescimento do comercio internacional, Sturen consegue
alterar a condição da ISO e deixa de ser Recomendações e
passa oficialmente a ser um organismo Normatizador
Internacional
• Sturen foi Secretário Geral até 1986 e é considerado figura
revolucionária da ISO, fazendo com que ela seja o que é
hoje
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Níveis de Normalização
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Níveis de Normalização

• A Normalização pode ser apresentada em níveis.


• Ela pode ser específica de uma empresa ou pode agrupar
vários países
• Normalmente, estes níveis são representados em forma de
pirâmide.
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Níveis de Normalização. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessado em


03/2021. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-e/niveis-de-
normalizacao
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Níveis de Normalização
• Internacional:
• Normas de abrangência Mundial
• São estabelecidas por uma Organização Internacional de
Normalização
• Ex: ISO
• São aceitas pela Organização Mundial do Comércio como a
base para o comércio internacional.

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Níveis de Normalização
• Regional:
• Normas cuja abrangência é delimitada por uma
Organização Regional ou Sub-Regional
• São aplicadas em um conjunto de países
• Ex: AMN – Associação Mercosul de Normalização
• Ex: CEN – Comitê Europeu de Normalização
• São aceitas apenas pelos países que fazem parte da
Organização Regional ou Sub-Regional.
• OBS: a AMN não é uma organização regional em si, mas a união
das normalizações nacionais que fazem parte do MERCOSUL
(ABNT-Brasil, IRAM-Argentina, INTN-Paraguai e UNIT-Uruguai)
Níveis de Normalização. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessado em
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Níveis de Normalização
• Nacional:
• Normas elaboradas pelas partes interessadas de um país
• Aplicam-se somente ao mercado do país em que foi criada
• Ex: ABNT
• Normalmente são voluntárias, cabendo aos agentes
econômicos utiliza-las ou não como referência técnica para
uma transação
• Veja bem: Normalmente! Algumas tem força de Lei!

Níveis de Normalização. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessado em


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Níveis de Normalização
• Associação:
• Normas desenvolvidas no âmbito de entidades associativas
• São de uso para os associados destas entidades
• Ex: ASTM (American Society for Testing and Materials)
• Podem ser usadas por um mercado mais amplo, podendo
se tornar referências para o mercado.
• A própria ASTM possui normas que são consideradas bases para
alguns processos

Níveis de Normalização. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessado em


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Níveis de Normalização
• Empresarial:
• Normas elaboradas por uma empresa ou grupo de
empresas
• São elaboradas com a finalidade de orientar seus
funcionários nos mais diversos fins
• Ex: As Normas Petrobrás
• A Norma Petrobrás N-133 orienta os funcionários Petrobrás e prestadores
de serviços terceiros fixa as condições exigíveis e as práticas
recomendadas para a execução da soldagem por fusão, empregada em
fabricação, montagem, reparo e manutenção de equipamentos e
estruturas.

Níveis de Normalização. Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acessado em 03/2021. Disponível em: http://www.abnt.org.br/normalizacao/o-que-
e/niveis-de-normalizacao
Norma Petrobrás N-133 – Soldagem. Rio de Janeiro: Petrobrás
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