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RA1.

COLECTAR INFORMAÇÃO PARA APOIAR UMA AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES


DAS COMUNIDADES OU DOS AGRICULTORES

Para colectar informações das necessidades da comunidade, usa-se vários métodos, no entanto no
processo de extensão rural, antes de disseminar qualquer tecnologia torna-se importante envolver a
comunidade na discrição dos seus problemas.

Método usado para diagnosticar as informações na comunidade rural

O Diagnóstico Rural Participativo (DRP) é um conjunto de técnicas e ferramentas que permite que as
comunidades façam o seu próprio diagnóstico e a partir daí comecem a autogerenciar o seu planeamento e
desenvolvimento. Desta maneira, os participantes poderão compartilhar experiências e analisar os seus
conhecimentos, a fim de melhorar as suas habilidades de planeamento e ação. Embora originariamente
tenham sido concebidas para zonas rurais, muitas das técnicas do DRP podem ser utilizadas igualmente
em comunidades urbanas. O DRP pretende desenvolver processos de pesquisa a partir das condições e
possibilidades dos participantes, baseando-se nos seus próprios conceitos e critérios de explicação. Em
vez de confrontar as pessoas com uma lista de perguntas previamente formuladas, a ideia é que os
próprios participantes analisem a sua situação e valorizem diferentes opções para melhorá-la. A
intervenção das pessoas que compõem a equipe que intermedia o DRP deve ser mínima; de forma ideal se
reduz a colocar à disposição as ferramentas para a auto-análise dos/as participantes. Não se pretende
unicamente colher dados dos participantes, mas, sim, que estes iniciem um processo de auto-reflexão
sobre os seus próprios problemas e as possibilidades para solucioná-los

As vantagens do Diagnóstico Rural Participativo são:

 Põe em contato direto os que planejam, os Agentes de Ater com as pessoas da comunidade e vice-
versa; todos participam durante todo o processo do diagnóstico.

 Facilita o intercâmbio de informação e a verificação desta por todos os grupos da comunidade.

 O DRP, como metodologia, aponta a multidisciplinaridade. Ideal para estabelecer nexos


 As ferramentas do DRP prestam muito bem para identificar aspectos específicos de gênero. ú
Facilita a participação tanto de homens como de mulheres e dos diferentes grupos da
comunidade.
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Diferentes níveis da participação da comunidade no processo de coleta de informações

Passividade: o projeto fixa os objetivos e decide sobre as atividades. A informação necessária é gerada
sem se consultar os beneficiários.

Fonte de informação: a equipe de pesquisa pergunta ao beneficiário, porém não o deixa decidir nem
sobre o tipo de perguntas nem sobre as atividades posteriores.

Consulta: leva-se em consideração a opinião do beneficiário; integram-se as opiniões no enfoque da


pesquisa, mas o grupo-meta não tem poder de decisão.

Participação à base de incentivos materiais: propõe-se, por exemplo, a participação em troca de


insumos de produção ou de colocar à disposição terras com fins de exibição ("unidade demonstrativa"),
mas a possibilidade de intervir nas decisões é muito limitada.

Participação funcional: o beneficiário se divide em grupos que perseguem objetivos fixados


anteriormente pelo projeto. Na fase de execução participa da tomada de decisões e se torna independente
no transcurso do projeto.

Participação Interativa: o beneficiário é incluído do ponto de vista da fase de análise e definição do


projeto. Participa plenamente do planejamento e execução.

Auto-ajuda: a comunidade toma a iniciativa e age independentemente.

Passos para colectar informações das necessidades básicas de comunidade rural

Observação participante

O objetivo central é compreender a percepção da realidade da comunidade. É crucial entender por que
agem desta ou de outra maneira, antes de opinar e de propor "a solução lógica". Muitas vezes o
comportamento das/os agricultoras/es é muito mais lógico do que parece inicialmente, só que não
sabíamos o "porquê". Este frequentemente descobrimos quando participamos das tarefas cotidianas. Por
estas razões, a convivência em algumas tarefas cotidianas pode esclarecer, muitas vezes, mais do que
dezenas de questionários. Enfim, a observação participante não propõe mais do que "andar com os olhos
abertos" e aproveitar as possibilidades de compartilhar alguns momentos do cotidiano com os
agricultores.

Compilado por: Augusto Nenele Guilherme


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Quando utilizá-la: é, claramente, uma ferramenta para a primeira fase de pesquisa. Serve, também, para
conhecer a realidade da comunidade e criar certa confiança para compartilhar tempo com os comunitários.

Entrevistas Semi-estruturadas

As entrevistas desempenham um papel muito importante no DRP. Trata-se de uma entrevista que é guiada
por 10-15 perguntas-chave determinadas anteriormente. Esta ferramenta facilita criar um ambiente aberto
de diálogo e permite à pessoa entrevistada se expressar livremente sem as limitações criadas por um
questionário. A entrevista semi-estruturada pode ser realizada com pessoaschave ou com grupos.

Quando utilizá-la: pode ser utilizada tanto na primeira como na segunda fase de pesquisa, já que serve
tanto para conhecer as limitações da comunidade como para discutir sobre possíveis soluções.

Algumas indicações para sua aplicação

Devem ser selecionadas cuidadosamente as pessoas entrevistadas, assim como o lugar e o momento para a
entrevista, preferencialmente num ambiente familiar: em casa ou no campo, e nunca num momento do dia
em que a entrevista atrapalhe seriamente o trabalho da pessoa entrevistada.

É preferível realizar a entrevista com duas pessoas: uma para levar a entrevista e outra para se encarregar
exclusivamente das anotações e percepções. A entrevista deve começar com as formas tradicionais de
cumprimento e uma apresentação das pessoas que a realizam.

A Arte de Perguntar

Um dos pontos-chave no começo da entrevista é mostrar que não se trata de um interrogatório, e, sim, de
apreender os conhecimentos da pessoa entrevistada.

Existem certos tipos de perguntas que ajudam no processo da entrevista: Perguntas abertas: "qual é a sua
opinião sobre...?" Perguntas estimulantes: "como conseguiu ter um jardim tão bonito?"

Compilado por: Augusto Nenele Guilherme


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Perguntas dignificantes: "você que tem tanta experiência no cultivo de... o que pode me dizer em relação
a…?" Perguntas sobre eventos-chave: "como conseguiram recuperar a força depois da seca? Quais foram
as inovações na produção de . nos últimos anos?"

Além disso, é importante retroalimentar e confirmar. Retro-alimentar significa mostrar que está
escutando; pode ser com palavras ou gestos. Confirmar significa repetir algumas respostas (não todas!)
que não ficaram claras com as suas próprias palavras, para assegurar-se de que as entendeu bem.

Existem certas "regras éticas" pelas quais se guia o/a entrevistador/a:

 Explique as suas intenções e procure a aprovação da pessoa entrevistada. ú Leve em consideração


os desejos da pessoa entrevistada sem impor os seus critérios.

 Respeite o conhecimento da pessoa entrevistada sobre o assunto.


 Respeite a opinião da pessoa entrevistada sem, necessariamente, compartilhá-la.
 Escute atentamente, já que a pessoa entrevistada colocou o seu tempo à disposição.

RA2. FACILITAR A APRENDIZAGEM DE HABILIDADES TÉCNICAS E PRÁTICAS AOS


AGRICULTORES SECTOR FAMILIAR.

As tecnologias agrarias são várias, dependo do problema de vai se diagnosticar na comunidade e aquilo
que é prioridade.

Compilado por: Augusto Nenele Guilherme


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Como disseminar as tecnologias para a comunidade

Uma vez feitas as apresentações na comunidade, as instituições parceiras e outras organizações e ter sido
entregue os documentos finais, o trabalho acabou. Já acabou? É claro que não. Agora começa a fase mais
crucial para a comunidade, o trabalho para se chegar às mudanças desejadas e implementar as soluções
dos problemas identificados no DRP.

Muito dependerá do objetivo institucional que tinha o DRP. Tratava-se de uma organização que
trabalhava na área e queria revisar o seu enfoque de trabalho ou de uma organização que contratou a
equipe DRP para a formulação de um projeto novo? Foi a MADER que encarregou o DRP de extrapolar
os resultados em nível regional e modificar o seu enfoque de extensão? Enfim, existem muitas
possibilidades, mas não se vai aprofundar nas implicações que teria para cada nível institucional. Mas
independentemente de para quem foi feito o DRP em nível institucional, deve servir principalmente para
as comunidades.

Se se tentou extrair unicamente informação, por mais participativo que tenha sido, não foi mais do que
uma pesquisa científica, sem repercussão nem melhorias para a comunidade. Por isso o DRP não termina
com a apresentação final dos resultados, mas, sim, com a elaboração de um plano de ação comunitário
com as atividades necessárias para se chegar às mudanças desejadas.

Para tanto pode-se recorrer a elementos de um planejamento participativo, no qual a equipe de DRP apóia
a elaboração e que deverá ser monitorado na sua implementação pelo Agente de Ater que acompanha a
comunidade. Como todas as ferramentas do DRP, este plano de ação é feito pela comunidade; a equipe
DRP o facilita e lhe dá apoio metodológico.

As tecnologias agrarias podem ser

Sementeira em linha, época de sementeira, compasso, melhoramento do solo, adubação, rega, variedade a
cultivar, semente melhorada, formas de aplicação de adubo, pesticida, época ideal de colheita,
armazenamento, processamento, entre outras.

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Abordagem das tecnologias agrarias

1. ESCOLA NA MACHAMBA DO CAMPONES

Em resposta aos desafios do Desenvolvimento Sustentável (DS), ocorrem várias intervenções envolvendo
vários actores. Entretanto, a forma como os projectos são desenhados, nem sempre assegura a
durabilidade de suas ações. Quando um projecto não deixa sinais de continuidade, junto aos grupos alvo,
designa-se não sustentável. Visando promover a sustentabilidade de programas, as reformas decorrentes
na extensão agrária priorizam o uso de abordagens participativas. Para tal, introduzem-se formas mais
apropriadas de difusão de tecnologias e de conhecimentos junto dos produtores, como a metodologia
designada Escola na Machamba do Camponês (EMC

Escola na machamba do camponês é uma técnica que permite a interação do produtor com o técnico.
Além da abordagem das capacitações, a extensão rural é ligada às abordagens participativas em que o
conhecimento é visto como sendo a chave para o empoderamento. Considera-se indispensável a
combinação do conhecimento científico e conhecimento local. De acordo com Antholt (1998: 360), a
iniciativa de política mais importante que se precisa é sair do foco primário de poder e responsabilidade
na extensão para os clientes. A necessidade de "pôr os produtores primeiro lugar" (CHAMBERS, 1997).

Para o autor, nas abordagens As "Escolas na Machamba do Camponês" – EMC um "processo" baseado
nos conceitos de educação não formal de adultos. "Esses conceitos se têm mostrado relevantes em vários
países e culturas onde se tem usado a abordagem das Escolas na Machamba do Camponês" (BRAUN &
DUVESKOG, 2008, p. 8).
Para Dzeco et al. (2010), as "Escolas na Machamba do Camponês" foram criadas em vários países
com o apoio das Nações Unidas, de acordo com o princípio maior de "envolver os camponeses na
aprendizagem e descoberta, através da experimentação e troca de conhecimentos entre eles com os
agentes de extensão e pesquisadores". Para Scarborough et al. (1997), a "Escola na Machamba do
Camponês" é um processo e não um fim (goal) e se rege por um conjunto de princípios:

 os camponeses é que escolhem o tema a ser estudado;


 os extensionistas são facilitadores e não professores;
 os problemas levantados devem ser resolvidos;
 a tomada de decisão deve ser parte do processo de aprendizagem.

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A abordagem da "Escola na Machamba do Camponês" é uma experiência encorajadora no


Desenvolvimento de Tecnologia Participativa (DTP) para resolver o problema da fome e da subnutrição
da população camponesa. Também aborda assuntos como: HIV/Aids, gênero, alfabetização, poupança e
crédito, agroprocessamento, marketing, desenvolvimento rural integrado, etc. Sendo assim, as EMC têm-
se mostrado não só um veículo para melhorar o sistema de produção, introduzindo tecnologias que
possam ser adotadas pelos camponeses nas suas machambas individuais, mas também uma metodologia
que fortalece a autoestima e a capacidade dos grupos de forma a trabalharem em coletivo de ajuda mútua
para um futuro melhor e melhorar o seu sustento (SINGH, 2007).

2. DIA DE CAMPO
Método planejado com objetivo de mostras, durante um dia, uma série de práticas de caráter prático em
uma propriedade ou estação experimental, realizadas em condições locais, com a finalidade de despertar a
adoção de um grupo de produtores homogêneos; Método grupal composto de fases e ou estações e ou
baterias; Cada estação é praticamente uma reunião de algum assunto interligada ao Dia de Campo;
Divulgação de resultados de práticas; Motivacional, Informativo e Instrucional.
Mostrar a aplicação e resultado de uma série de equipamentos e práticas; Apresentar os efeitos de uma
prática mediante uma Demonstração de Resultados; Divulgar práticas de interesse geral ou específico;
Executar práticas; Desenvolver habilidades e destrezas.

Permite a um grande número de produtores de um ou mais municípios conhecerem uma série de práticas
que já estão sendo adotadas em seu próprio meio; Desenvolvendo-se em ambiente descontraído, dado ao
seu caráter festivo, podendo motivar a maior adoção; Eficiente em apresentar situações e vivências reais;
Combina com três princípios essenciais na aprendizagem, ver, ouvir e fazer; Permite a participação de um
grande número de pessoas; Amplia e fortalece o relacionamento entre os extensionistas; entre os
participantes. Envolvimento de lideranças e autoridades.

Procedimento para dia de campo planeamento: - Formar uma comissão que coordena e as atividades,
eleger papéis, pois exige panejamento cuidadoso, detalhado e rigoroso: o público a ser convidado,
objetivo, local, duração, etapas, bem-estar dos colaboradores e visitantes, materiais a serem distribuídos.
Horário de início e término. - De acordo com a sua finalidade, o dia de campo poderá ter uma série de
atividades, desde que sejam interligadas. - Criar oportunidades de observações a todos participantes do
grupo, especialmente quando reúne muitas pessoas. - Deve ser organizada uma comissão composta de
pessoas envolvidas no dia de campo, produtores, parceiros.

Compilado por: Augusto Nenele Guilherme


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- O local onde será realizado o dia de campo é dividido por “estação” ou “bateria”. Cada estação ou
bateria tem um instrutor que discute conteúdos referentes ao Dia de Campo, onde passam os grupos já
previamente divididos, alternando-se, tendo cada grupo um guia. Um grupo passa por todas as baterias e o
facilitador repete as mesmas orientações para cada grupo distinto. O ideal é 30 participantes por grupo. -
Caso chova é necessário estar preparado para distribuição de capas de chuva, capas para celulares, capas
para os materiais recebidos.

2.1. DIA ESPECIAL

O Dia de Campo também é chamado por alguns de “Dia Especial”. No SISATER é relatado como Dia de
Campo. O dia especial geralmente é para comemorações, inaugurações, estimular ou iniciar determinados
programas de caráter social, cívico ou de uma ação comunitária.

Compilado por: Augusto Nenele Guilherme


Também serve para promover um produto ou atividade e informar inovações ou práticas promovendo a
uniformização, conhecimentos, melhoria de práticas.

3. CAMPO DE DEMONSTRAÇÃO – CD

Método planeado em que se desenvolvem uma ou várias práticas, em uma determinada cultura, já
adotadas por um colaborador em usa propriedade, com o objetivo de que as mesmas venham a serem
observados e adotados pelos demais produtores.

Utilização

Para introduzir técnicas que aumentam os rendimentos de culturas e criações; Introduzir novas variedades
e explorações já comprovadas na área; Introduzir sistemas racionais de trabalho

Procedimento para campo de demonstração planeamento:

Este método tem sentido educativo para o proprietário e se constitui em centro de visitação, não só para os
vizinhos, como também para os agricultores de outras áreas. A propriedade deverá ter um processo de
avaliação contínuo.

A implantação do Campo de Demonstração é realizada em conjunto com produtores, comunidade,


parceiros e extensionista dependendo da necessidade do público. E montado o plano em conjunto com
objetivos bem definidos. - Deve ser levado em consideração o acesso fácil a propriedade bem como sua
visualização.

O tamanho da unidade deve permitir a eficiência em termos econômicos para cada local e será em função
da técnica ou do produto que será introduzido e do tipo de atividade em foco. - Elaborar o orçamento das
despesas: materiais, equipamentos, inclusive de serviços de terceiros se necessário e verificar os recursos.
a escolha do local a ser instalado co Campo de Demonstração deverá ser de acordo com toda comunidade.
O proprietário deverá ser de confiança de todos e gostar de receber visitas, ser receptivo as orientações.

É interessante, para controle, anotar o nome, endereço de todos visitantes. - Realizar divulgação do que
está sendo demonstrado. Munir o proprietário com informações para que o mesmo tenha condições de
repassar. Elaborar o relatório final

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4. UNIDADE DE OBSERVAÇÃO – UO

Método utilizado para comprovar a conveniência de introduzir os resultados de prática ou técnicas


efetuadas em condições diferentes; Comprovar a viabilidade de aplicação de técnicas (inovações

Para contatar, através de observação, a viabilidade de uma determinada prática em uma cultura, ou
criação. Instala-se uma unidade de observação para obter informações preliminares

Permite auto treinamento para os técnicos; Verifica o desenvolvimento de novas práticas; Veículo entre
pesquisa e extensão

Procedimento para unidade de observação planeamento:

Exige preparo rigoroso com muito cuidado, atenção, interesse e capricho; Escolha adequada do
cooperador (produtor). Participação voluntária. Usar delineamento estatístico de preferência Formar
comissão, elaborar regras e divulgação. A unidade de observação poderá mostrar que a tecnologia não é
viável para a região, mas nunca poderá fracassar, exceto quando ocorrem fatores incontroláveis de tempo,
- Criar comissão para apurar resultados.

5. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO – DR

Método que vista demonstrar resultados de uma prática já comprovada experimentalmente, mediante
comparação com os resultados obtidos com uma testemunha; É motivador e Instrucional

Utilização

Para introduzir novas práticas; Fornecer, a nível local, uma prova do valor a viabilidade de uma prática
recomendada. Comprovar viabilidade e adequação de práticas às condições locais, utilizando os métodos
da pesquisa; Comparar técnicas rotineiras e tradicionais com as novas recomendações

PLANEIAMENTO: - Montar critérios para seleção da propriedade e produtor (demonstrador), levando


em consideração que a propriedade deve ser de fácil acesso e com facilidade de ser vista. - Realizar um
planejamento criterioso, mostrando o tamanho das DRs, elaboração dos planos demonstrando as
comparações pretendidas, calendário de atividades, equipamentos e materiais necessários, recursos e as
despesas, caderno de anotações do produtor. - O produtor pode demonstrar uma ou mais práticas,

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realizando comparações entre uma e outra ou mais práticas. - A prática será executada pelo próprio
produtor sob a supervisão constante do extensionista. Instruir o proprietário, - Criar sistema de controle
das atividades e divulgação mostrando a razão do estabelecimento da prática e que resultados são
esperados e conseguidos, - Realizar um cronograma de utilização com outros métodos.

6. ENSAIO

Método planejado pelo extensionistas conjuntamente com a pesquisa, visando comprovar, em condições
locais, a aplicabilidade de uma tecnologia, as pesquisas realizadas em estações experimentais. É um
método típico da pesquisa e da experimentação

PLANEIAMENTO: É um método planejado que destina comprovar, em condição local, a aplicabilidade


de uma tecnologia, cuja vantagem foi previamente estabelecida, ou comprovada em condições
semelhantes, em investigações nas estações de pesquisa. - É um método típico da pesquisa e da
experimentação, sendo algumas vezes empregado pela extensão rural.

7. TREINO E VISITA (T&V)

Método planejado.

Consiste, basicamente, na formação de uma rede sistêmica e contínua envolvendo, de forma participativa,
a pesquisa, a assistência técnica, cooperativas e os produtores rurais; Organização do produtor e da
produção, para o enfrentamento de desafios a montante e a jusante da produção, bem como o acesso à
tecnologia e ao conhecimento;

UTILIZAÇÃO

É um modelo de organização do trabalho que compreende ações sistêmicas de todas as instituições que se
propõem a desenvolver projetos em difusão e transferência de tecnologia

PROCEDIMENTO PARA TREINO VISITA

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PAPEL DO ESPECIALISTA- (Monitor)

Manter-se atualizado dentro da cultura; através de treinamentos, auto aperfeiçoamento; Intercâmbio com
os pesquisadores sobre os problemas práticos dos produtores e técnicos de campo; Planejar e executar
testes de validação em conjunto com pesquisadores e técnicos de campo na sua micro região de atuação;
Repassar ao técnico executor as informações debatidas na reunião dos monitores; Participar de avaliações
periódicas, observando as informações colhidas pelos técnicos

PAPEL DO TÉCNICO DE CAMPO (Executor)

Participar das reuniões de repasse dos assuntos tratados entre monitores e pesquisadores; Organizar grupo
de produtores; não menos de 8 e não mais de 15; Ter reuniões periódicas com os produtores para o
repasse das informações obtidas; Retomar informações sobre a implementação das inovações difundidas;
Participar de avaliações periódicas, observando as informações colhidas no campo

PAPEL DO PESQUISADOR

Buscar interpretar e gerar informações a partir de Pesquisa básica, aplicada, acadêmica e/ou literatura e
analisar essas informações junto dos especialistas Acompanhar por amostragem os trabalhos de campo
que estão sendo executados Participar de avaliações periódicas, observando as informações colhidas pelos
técnicos de campo.

RA3. ORGANIZAR ACTIVIDADES DE DISSEMINAÇÃO DE INFORMAÇÃO E


TECNOLOGIAS COM GRUPOS DE AGRICULTORES E COMUNIDADES

Os passos necessários na disseminação de tecnologia agraria

Para fazer a pesquisa de campo, o mais participativo possível, devem ser seguidos 7 passos importantes:

Compilado por: Augusto Guilherme


 Fixar o objetivo do diagnóstico.
 Selecionar e preparar a equipe mediadora.
 Identificar participantes potenciais.
 Identificar as expectativas dos/as participantes no DRP.
 Discutir as necessidades de informação.
 Selecionar as ferramentas de diagnóstico.
 Desenhar o processo do diagnóstico.

Materiais

A seleção de materiais e documentos também é um aspecto importante na preparação do DRP. Desta


maneira, assegurar-se-á que os resultados estejam bem documentados e acessíveis, tanto para a equipe do
DRP como para os grupos de interesse da comunidade. Se os mapas forem traçados no campo, será feito
um traçado final sobre o papel ou serão usadas fotografias? Se os facilitadores tirarem os seus cadernos
durante uma caminhada ou travessia, devem compartilhar e verificar essa informação com outros

Exemplo de um programa de extensão feita em conjunta com a comunidade.

Calendário Sazonal (ciclos agrícolas)

Tema: nele se apresentam conjuntamente as relações entre os ciclos naturais sazonais, como: épocas de
chuva, seca, temperaturas, etc., e suas repercussões sobre outros ciclos, por exemplo: receitas, emprego,
créditos, etc. Desta forma se visualizam as relações entre clima, doenças frequentes de plantas, animais e
pessoas, rotação de cultivos, evolução dos preços de cultivos, carga mensal de trabalho, etc.

Objectivos

Relacionar diferentes ciclos que influem ou fazem parte da comunidade e discutir as influências de um
ciclo em relação aos outros

Como é feito: formar um grupo de homens e mulheres e explicar a ferramenta. Começar pela escala,
preferivelmente em meses. Para apoiar o processo de elaboração do calendário, a mediação pode intervir
com perguntas, como: "Qual é o mês que há mais trabalho? Quais são os trabalhos nessa época? Qual é o
outro mês de muito trabalho?

Compilado por: Augusto Guilherme

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