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APOSTILA
DE
MATERIAIS
- 2018 -
EMENTA:
Normas...............................................................................................................................
Fadiga.............................................................................................................................
Fluência..........................................................................................................................
Bibliografia........................................................................................................................
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Capítulo 1:
3
Metais Nobres ou Preciosos que têm aplicação restrita devido ao preço são:
- Ouro - Rádio
- Platina - Ósmio
- Prata - Paládio
- Irídio - Rutênio
- Ferros Puros
Podem se classificados em: - Ligas de Ferro Carbono (Aços)
- Ligas de Ferro-Carbono especiais (Aços especiais)
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Formas Alotrópicas do Ferro Puro
1.535oC
Ferro δ (ccc)
o
1.400 C
Ferro γ (cfc)
910 ºC
Ferro α (CCC)
0 ºC
5
Capítulo 2
2.0 - Normas
Percentual de carbono.
Tipo de aço.
Procedência do Aço (tipo de forno).
Sociedade Classificadora.
CLASSIFICAÇÃO SAE/AISI
Aço Carbono com baixo fósforo (P) e enxofre (S) e até 1% de Manganês.......... SAE 10XX
Aço Carbono com alto enxofre (S)[aço ressulfurado ou de corte fácil]............... SAE 11XX
Aço Carbono com alto teor de fósforo (P)........................................................... SAE 12XX
Aço Carbono com alto Manganês (1,75%) [aço manganês]................................ SAE 13XX
Aço Carbono com Nióbio (0,10%)....................................................................... SAE 14XX
Aço Carbono com alto manganês (1,0 a 1,65%).................................................. SAE 15XX
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c) Aços Níquel-Cromo.............................................................................................. SAE 3XXX
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Exemplos:
Classificar os aços:
1) SAE E 2 5 1 7
2) SAE C 1 0 4 5
1 – Normas com referência alfanumérica – são as existentes desde 1940. Esta referência
continua sendo utilizada com vista ao controle interno e à correspondência histórica.
Exemplo: MB 534/77.
3 – Normas com numeração dos Comitês Brasileiros (CB) – são aquelas a serem
remetidas ao INMETRO para receberem o número de registro (NBR).
Exemplo: 10:01-107-012 CB10 2p
Classe 2 – Normas Referendadas (NBR2) – são de uso obrigatório para o Poder Público
e serviços públicos concedidos.
Classe 4 – Normas Probatórias (NBR4) – são as que estão em fase experimental, com
vigência limitada, registrada no INMETRO.
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COMITÊS BRASILEIROS (CB)
NB - Procedimento.
EB - Especificação.
MB - Método de Ensaio.
PB - Padronização.
CB - Classificação.
SB - Simbologia.
TB - Terminologia.
CODIFICAÇÃO ABNT
Exemplo:
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Código alfanumérico ABNT / ano de aprovação.
Comitê Brasileiro Autor.
Número de páginas.
Prescreve o método pelo qual deve ser feito o ensaio de estabilidade dimensional de
tubos
Objetivo
Objetivo
5 dígitos numéricos
Letra da palavra-chave
Sistema de numeração unificado
Número de alteração no ano
Ano da emissão da norma
Número sequencial dentro da classe do material
Classe do Material
Sociedade Classificadora
10
Classe do Material
A – Metais Ferrosos.
B – Metais Não-Ferrosos.
C – Cerâmicas, Concretos e Materiais de Alvenaria.
D – Materiais Diversos (Miscelâneas): vidros, têxteis, combustíveis e lubrificantes
E – Assuntos Diversos (Miscelâneas).
F – Materiais para Aplicações Específicas (Especificações, Procedimentos).
G – Corrosão, Deterioração e Degradação de Materiais.
ES – Padrões Temporários.
Aço Inoxidável.
Letra da palavra chave: steel (aço).
Sistema de numeração unificada.
Sofreu duas alterações após emissão.
Norma emitida no ano de 1992.
Norma com unidades no sistema métrico.
Aço Inoxidável com no sequencial 351.
Classe de material: Metal ferroso.
Sociedade Classificadora: ASTM.
5 dígitos numéricos
Letra da palavra-chave
Sistema de numeração unificado
Número de alterações após emissão
Ano da emissão da norma
Número seqüencial dentro da classe do material
Classe do Material
11
Sociedade Classificadora
Classe do Material
SA – Metais Ferrosos.
SB – Metais Não-Ferrosos.
SC – Cerâmicas, Concretos e Materiais de Alvenaria.
SD – Materiais Diversos (Miscelâneas): vidros, têxteis, combustíveis e
lubrificantes.
SE – Assuntos Diversos (Miscelâneas).
SF – Materiais para Aplicações Específicas (Especificações, Procedimentos).
SG – Corrosão, Deterioração e Degradação de Materiais.
ES – Padrões Temporários.
CAPÍTULO 3
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6 - Disponibilidade no mercado; e
7 - Vida útil esperada.
1 - Resistência mecânica;
2 - Dureza;
3 - Plasticidade: dutilidade e maleabilidade;
4 - Elasticidade;
5 - Tenacidade;
6 - Fragilidade;
7 - Resiliência;
8 - Rigidez;
9 - Resistência à abrasão; e
10 - Resistência ao impacto.
Observações:
13
Gráfico Tensão x Deformação
adm = σe
F.S.
e= F
Área
Exemplos:
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(a) Material não dútil sem transformação plástica.
Ex.: Ferro fundido, Grafite, etc.
15
3.2.1.2 - Dureza:
16
3.2.1.3.1 - Dutilidade .
3.2.1.3.2 - Maleabilidade
3.2.1.4 - Elasticidade:
δe = Deformação
Elástica
δp = Deformação
Plástica
δt = Deformação
Total
δt = δe + δp
3.2.1.5 - Tenacidade:
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Tenacidade é a capacidade do material sofrer grandes deformações e
suportar grandes tensões dentro do regime plástico.
3.2.1.6 - Fragilidade:
δ = L - Lo x 100
Lo
3.2.1.7 - Resiliência:
A
B A
1 - Limite de escoamento
de A
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2 - Limite de escoamento
de B
3.2.1.8 - Rigidez:
α = σ esc
δelástica
1 - Fluência;
2 - Fratura; e
3 - Fadiga.
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É uma deformação do material que progride lenta e continuamente
(após a acomodação do material) com o tempo até ocorrer um
estrangulamento, com a consequente redução da área da seção reta
transversal.
Mecanismo da fluência:
O mecanismo da fluência está relacionado com o movimento das
discordâncias. Em temperaturas baixas, a deformação é restringida
pelos contornos de grãos ou pelas impurezas. Com o aumento da
temperatura, os movimentos atômicos permitem que as discordâncias
vençam o plano da retenção.
3.6.2 – Fratura
3.6.3 - Fadiga
1 - Temperatura; e
2 - Calor.
3.7.1 - Temperatura
36 = x - 32
100 180
x - 32 = 36 x 180
100
logo: x = 64,8 + 32
portanto x = 96,8 o F
3.7.2 - Calor
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c) Calor específico - É o quociente entre a capacidade térmica do
material e da água.
CT material
C= CTágua
d) Calor latente de fusão - É o calor requerido para a fusão.
e) Calor latente de vaporização - É o calor requerido para a
vaporização.
f) Dilatação térmica (ou contração térmica) - Ocorre durante o
aquecimento em consequência do aumento nas vibrações térmicas
dos átomos.
ex.: montagem mecânica com interferência
∆ = α x L x ∆t
onde α = coeficiente de dilatação térmica.
g) Condutividade térmica - É a velocidade da transferência de calor através do sólido.
CAPÍTULO 4
21
Os principais elementos de adição/Impurezas são:
- Silício (Si)
- Manganês (Mn)
- Fósforo (P)
- Enxofre (S)
- Oxigênio (O)
- Nitrogênio (Ni)
- é um elemento útil;
- endurece formando carboneto (Mn3C);
- eleva as propriedades mecânicas dos aços;
- aumenta a capacidade do recozimento;
- elimina o efeito prejudicial do enxofre;
- é desoxidante; e
- aumenta a temperabilidade e a resistência ao choque.
4.1.2.3 - Enxofre (S) [permitido nos aços em teores menores ou iguais a 0,05%]
- é um elemento prejudicial;
- aumenta a fragilidade dos aços (forma sulfeto ferroso FeS);
- diminui as propriedades mecânicas; e
- aumenta a usinabilidade dos aços.
4.1.2.4 - Fósforo (P) [ permitido nos aços em teores menores ou iguais a 0,05%]
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4.1.2.6 - Nitrogênio (N) [entre os limites de 0,25 a 1%]
- forma nitretos com o aço produzindo aços mais duros e mais frágeis.
Elementos de liga são elementos adicionados intencionalmente para dar aos materiais
propriedades específicas.
- Cromo (Cr) - Cobalto (Co)
- Níquel (Ni) - Zircônio (Zn)
- Molibdênio (MO) - Lítio (Li)
- Vanádio (V) - Nióbio (Nb)
- Tungstênio (W) - Tântalo (Ta)
- Chumbo (Pb) - Alumínio (Al)
- Titânio (Ti)
4.3 - Propriedades introduzidas nos aços por influência dos elementos liga:
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a) É desoxidante;
b) Aumenta a tenacidade;
c) Forma carburetos duros;
d) Afina o grão e evita o seu crescimento;
e) Conserva a dureza dos aços mesmo à temperaturas elevadas; e
f) Aumenta a resistência à fadiga e a resistência à corrosão.
4.3.5 - Tungstênio(W):
a) Aumenta a dureza do aço ao rubro; a estabilidade dos carburetos duros à altas
temperaturas e a profundidade de têmpera;
b) Aumenta a resistência dos aços à corrosão;
c) Forma partículas duras resistentes à abrasão nos aços ao carbono; e
d) Permite alcançar um elevado magnetismo remanescente e uma grande força
coerciva no aço especial para eletroímãs.
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Utilizado em alguns aços especiais para ferramenta, para aumentar a dureza à
elevadas temperatura.
CAPÍTULO 5
Os aços inoxidáveis são ligas ferrosas que possuem como elemento de liga básico o
cromo (Cr - que lhes confere a inoxibilidade), em teores, mínimos de 10,5% podendo
atingir valores de até 30%; e adições suplementares de outros elementos (como o
Níquel (Ni), Molibdênio (Mo), Titânio (Ti), Alumínio (Al), Nióbio (Nb)) que lhes
garantem propriedades específicas. Em alguns casos, o somatório de todos os
elementos de liga ultrapassam teores de 50%, sendo os aços inoxidáveis enquadrados
(segundo a ASM) como aços de alta liga resistentes à corrosão.
A inoxibilidade destes materiais é obtida através da formação de um filme de óxido
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rico em cromo impermeável e indissolúvel na maioria dos meios de trabalho.
Como, para qualquer material metálico, a seleção de um aço inoxidável em dada
aplicação depende basicamente de atendimento aos requisitos de serviço, fabricação
e custo. São eles:
Características de Serviço
- Meio
. resistência à corrosão no meio de serviço específico;
- Esforços atuantes.
. resistência mecânica; e
. resistência ao calor.
- Características de fabricação
. Fundibilidade;
. Conformabilidade;
. Usinabilidade; e
. Soldabilidade.
Porém os aços inoxidáveis possuem uma gama tão vasta de composições e
consequentemente propriedades que, sem dúvida, a resistência à corrosão e a
resistência mecânica são fatores decisivos para a sua seleção.
Existem basicamente quatro (4) tipos de aços inoxidáveis:
. Martensíticos;
. Ferríticos;
. Austeníticos; e
. Duplex.
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AISI 321
AISI 347
AISI 348
Aplicações Cutelaria Decoração Refrigeração Papel/celulose
Odontologia Escapament Indústria Indústria química
Disco de freio o alimentícia Ambientes com
Talheres Indústria cloro
Moedas petroquímica
Álcool
Indústria
farmacêutica
Tabela 5.1 – Classificação dos Aços Inoxidáveis
TICO (AISI)
C: 0,15 Mn: 1,0;Si: 0,5
403 Cr: 11,5 a 13 480 11,56 9,18 8,65 7,82 2,81 130
Restante de Fe
C: 0,15; Mn: 1,0; Si:1,0
Cr: 11,5 a 14,5; Ni 0,6
410 500 11,46 9,78 9,35 8,48 4,50 130
Al:0,1 a 0,3
Restante de Fe
C: 0,08; Mn: 1,0; Si: 0,5
416 Cr: 12 a 14: Mo: 0,6 480 11,56 9,18 8,65 7,82 4,50 130
Restante de Fe
27
C:0,15 Mn:1,0;Si:1,0
420 Cr: 12 a 14 480 -- -- -- -- -- 130
Restante de Fe
C: 0,6 Mn: 1,0; Si: 1,0
440 Cr: 16 a 18; Mo: 0,75 500 -- -- -- -- -- 189
Restante de Fe
* Temperado
AISI
C: 0,08; Mn: 1,0; Si:
1,0
405 Cr: 11,5 a 14,5; Ni:0,6 480 11,56 9,18 8,65 7,82 2,81 42
Al: 0,1 a 0,3
Restante de Fe
C: 0,08 Mn: 1,0; Si:
1,0
410S 480 11,56 9,18 8,65 7,82 4,50 42
Cr: 11,5 a 13,5; Ni: 0,6
Restante de Fe
C: 0,12; Mn: 1,0; Si:
1,0
430 550 12,30 11,56 10,04 -- -- 46
Cr:16 a 18; Ni: 0,75
Restante de Fe
C: 0,2
442 Cr: 18 a 23 550 12,30 11,56 10,04 -- -- 47
Restante de Fe
28
C: 0,35
446 Cr: 23 a 27 550 12,30 11,56 10,04 -- -- 49
Restante de Fe
Tabela 5.3 – Tabela dos Aços Inoxidáveis Ferríticos
São ligas de Fe-Cr-Ni , onde a ação do níquel (em teores de até 35%) é a de
estabilizar a fase austenítica à temperatura ambiente. Outros elementos
austenitizantes como o Mn (teores de até 15%) e o N também costumam ser
adicionados à estas ligas.
Não são magnéticas e somente endurecem por encruamento, muito embora algumas
ligas austeníticas possuam durezas elevadas pela adição de carbono à sua
composição química.
Suas características básicas são excelente resistência mecânica em altas temperaturas
e em temperaturas criogênicas, e resistência à corrosão dependendo do teor do
cromo, que nestes casos pode variar entre 16% e 26%. Vide características na tabela
a seguir.
AÇO TENSÕES ADMISSÍVEIS
LIMITE DE Limite de
INOXIDÁVEL COMPOSIÇÃO QUÍMICA (Kg/mm2)
TEMPERAT Resistência
AUSTENÍTICO %
URA(oC) 40oC 260oC 430 oC 540oC 650 oC (Kg/mm 2)
AISI
C: 0,08; Mn: 2,0; Si: 1,0
304 Cr: 18 a 20; Ni: 10,5 600 13,23 8,56 7,46 6,91 4,30 53
Restante de Fé
C: 0,03; Mn:2,0; Si:1,0
304L Cr: 18 a 29; Ni:10,5 430 11,05 7,25 6,41 -- -- 49
Restante de Fe
C: 0,08; Mn: 2,0; Si: 1,0
309 Cr:22 a 24; Ni: 19 a 14 650 13,23 9,94 8,92 8,78 3,09 53
Restante de Fe
C: 0,08; Mn: 2,0; Si: 1,0
310 Cr:24 a 26; Ni: 10 a 14 650 13,23 9,94 8,60 7,62 5,22 53
Restante de Fe
Tabela 5.4 (continua)
29
C: 0,08; Mn: 2,0; Si: 2,0
Cr: 17 a 19; Ni: 9 a 13
347 650 13,23 9,94 8,95 8,80 3,10 53
8X%C; Nb + Ta
Restante de Fe
C: 0,08; Mn: 2,0; Si: 1,0
Cr: 17 a 19; Ni 9 a 13
348 650 13,23 9,94 8,95 8,80 3,10 53
10X%C;Nb + Ta
Restante de Fe
Possuem uma estrutura mista de austenita e ferrita, onde a quantidade de cada fase é
função da composição e do tratamento térmico.
Além do cromo e níquel, estes aços podem levar adições de Nitrogênio (N),
Molibdênio (Mo), Cobre (Cu), Silício (Si) e Tungstênio (W) para promover um
balanço microestrutural perfeito.
Em geral estes aços possuem, características similares à do austenítico e costumam
ser utilizados em sua substituição, principalmente quando a temperatura de trabalho
se situa abaixo de 300°c. Vide características tabela a seguir.
LIMITE DE RESIS-
AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX – LIMITE DE ALONGAM
COMPOSIÇÃO QUÍMICA TÊNCIA
AUTENÍTICO-FERRÍTICO TEMPERATURA ENTO
(%) MECÂNICA
ASTM (UNS) (oC) (%)
(Kg/mm2)
S 31803 C < 0,03; Cr: 22; Ni: 5,5; Mo: 3,0 400 60 a 80 25
S 34750 C < 0,03; Cr: 25; Ni: 7; Mo: 4,0 400 80 a 100 25
S 32304 C < 0,03; Cr: 23; Ni: 4,0 400 60 a 82 25
S 31500 C < 0,03; Cr: 18,5; Ni: 4,9; Mo: 2,7 400 70 a 90 30
Tabela 5.5 – Tabela dos aços inoxidáveis duplex
A maioria dos materiais utilizados para ferramentas e matrizes pode ser agrupada em:
- Aço ferramenta
- Metal duro ou carbonetos duros sinterizados
- Ligas fundidas
- Materiais cerâmicos
30
- usinabilidade
Os Aços ferramentas, além dos requisitos acima, devem ter ainda as seguintes
características:
Elevada temperabilidade - porque uma profundidade adequada de dureza garante a
uniformidade das características mecânicas na seção desejada.
Tamanho de grão - deve ser pequeno para apresentar as características mecânicas
superiores.
Para alcançar os requisitos exigidos dois fatores são básicos:
- Composição química e tratamento térmico.
- Cobalto (Co) → Quando presente em alguns tipos de aço, contribui para a dureza a
quente.
31
- Molibdênio (Mo) → Substitui parcialmente o tungstênio (W), tendo os mesmos
efeitos deste. Na prática apenas a metade da quantidade de molibdênio (Mo) em
relação ao tungstênio (W) produz efeitos comparáveis.
32
a) Aços até 0,75%C → São empregados onde se exigem grande tenacidade, elevada
resistência ao choque e adequada dureza. São utilizados em martelos, ferramentas
de ferreiro, matrizes para forjamento, etc.
b) Aços com 0,75 a 0,90%C → São empregados onde se exigem boa tenacidade,
elevada dureza superficial, boa resistência ao desgaste e ao choque, tais como
formões, punções, ferramentas pneumáticas, lâminas de tesouras, matrizes para
estampagem profunda, matrizes para forjamento rotativo, etc.
c) Aços com 0,90 a 1,10%C → São empregados onde se exigem gume cortante de
alta dureza e boa resistência ao desgaste. São utilizados como fresas, mandris,
matrizes para cortes, embutimento, estiramento, lâminas de faca, limas, etc.
d) Aços com 1,0 a 1,4%C → São empregados onde se exigem gume cortante de alta
dureza e resistência ao desgaste, tais como ferramentas de torno, de plaina, brocas,
alargadores, matrizes para estiramento, ferramentas para trabalho em madeira,
navalhas, etc.
33
Apresentam grande profundidade de envelhecimento, boa resistência ao desgaste,
usinagem regular, tenacidade regular e excelente indeformabilidade.
São temperados ao ar entre 790o e 980oC. Quanto maiores os teores de cromo,
maiores as temperaturas de têmpera.
São empregados em: matrizes de formas complexas, matrizes para laminação de
roscas e ferramentas para produzir fendas.
Nas classificações SAE e AISI são designados pelas letras “L” e “S”.
Possuem a seguinte composição química:
- Carbono (C) = 0,5%
- Manganês (Mn) = 0,25 a 0,80%
- Silício (Si) = 0,25 a 2,0%
Eventualmente possuem:
- Cromo (Cr) = 1,0 a 1,5%
34
5.2.7 - Aços para trabalho a quente
Nas classificações SAE e AISI são designados pela letra “H” (hot = quente). Estes
aços stão agrupados em:
- Aços ao Cr-Mo = Tipos H11, H12, H13, e H15
- Aços ao Cr-W = Tipos H14 e H16
- Aços ao W = Tipos H20, H21, H22, H24 e H26
- Aços ao Mo = Tipos H41, H42 e H43
São temperados ao ar, entre 980o e 1.232oC. As temperaturas mais elevadas são
aplicadas aos aços ferramentas que contêm 5,0% de molibdênio.
Apresentam boa tenacidade, regular resistência ao desgaste e à usinabilidade, boa
resistência ao amolecimento pelo calor, boa indeformalidade e grande profundidade
de endurecimento.
São os aços ferramentas para trabalho a quente mais utilizados. São usados também
para matrizes para fundição, matrizes de forjamento, matrizes para fundição sobre
pressão, matrizes de forjamento, matrizes para trabalho a quente, ferramenta para
extrusão a quente, lâminas de tesouras para corte a quente, punções, etc.
35
c) Aços Ferramentas ou Aços para trabalho a quente ao W
Possuem a seguinte composição química:
- Carbono (C) = 0,35 a 0,50%
- Silício (Si) = 0,25%
- Manganês (Mn) = 0,25%
- Cromo (Cr) = 2,0 a 4,0%
- Tungstênio (W) = 9,0 a 18,0%
Eventuamente podem ter 1,0% Vanádio (V).
São temperados entre 1090o e 1.230oC ao ar ou em óleo.
Sua tenacidade varia de regular a boa, assim como a resistência ao desgaste; a
usinabilidade é regular, a grande profundidade de endurecimento é grande, a
indeformabilidade é boa, a resistência ao amolecimento pelo calor é muito boa. Os
aços com maior teor e tungstênio apresentam maior dureza a quente.
São temperados ao ar e no óleo a elevadas temperaturas, devendo antes de serem
pré-aquecidos entre 815 e 900oC.
São usados em matrizes para extrusão de latão, bronze e aço, matrizes para prensagem e
forjamento e punções para trabalho a quente.
Estes são os aços mais utilizados como aços para ferramentas e matrizes porque
apresentam o melhor comportamento sob o ponto de vista de amolecimento pelo
calor.
Estes aços são classificados pela SAE e AISI em quatro grupos:
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Na prática existem dois grandes grupos: T, ao tungstênio e M, ao molibdênio, dos
quais se originam os grupos com Cobalto.
Em todos eles, o carbono é elevado, variando de 0,7 a 1,3%, o manganês e o silício
se mantêm respectivamente 0,30 e 0,25%. Em todos os tipos o cromo varia de 4,0 a
4,5%.
- No grupo “ao tungstênio”, este metal varia de 14 a 20% e o vanádio de 1 a 4%.
O tipo mais comum é o “18-4-1” caracterizado por apresentar em média 18% W, 4%
Cr e 1% V.
- No grupo “ao tungstênio-cobalto”, este metal varia de 5 a 12%.
- No grupo “ao molibdênio”, o tungstênio varia de 0 a 6,0%, o molibdênio de 4,5 a
8,0% e o vanádio de 1,4 4,1%.
- No grupo “ao molibdênio-cobalto”, o tungstênio varia de 2,0 a 6,0%, o molibdênio
de 5 a 8,0% e o cobalto de 5,0 a 12%.
O molibdênio é introduzido como substituto parcial do tungstênio, produzindo os
mesmos efeitos que este elemento.
O vanádio forma os carbonetos mais duros, deste modo, os aços rápidos com alto
teor de carbono e alto teor de vanádio são os que possuem melhor resistência ao
desgaste, melhor eficiência de corte e são chamados de aços “super-rápidos”.
O cobalto é introduzido para aumentar a dureza a quente, melhorando assim a
eficiência de corte.
Os aços rápidos apresentam, em geral, conforme os tipos, resistência ao
amolecimento pelo calor de muito boa a excelente, grande profundidade de
endurecimento, resistência ao desgaste muito boa, regular usinabilidade, baixa
tenacidade e boa indeformabilidade.
A têmpera desses aços exige temperaturas muito elevadas face a necessidade de
dissolver-se na austenita grande quantidade de carbonetos complexos.
A faixa de temperaturas, considerando-se os tipos de aços rápidos, vai de 1.180 a
1.315oC, o que aconselha operações de pré-aquecimento para eliminar o choque
térmico que ocorreria pela colocação de peças frias nos fornos aquecidos a
temperaturas corretas de austerização, para eliminar-se o perigo de empenamento ou
fissuração e prevenir-se, de certo modo, uma possível descarbonetação, evitando-se
excessivo crescimento do grão.
O revenido é realizado pelo aquecimento do aço temperado entre 540 e 595 oC. Nessa
operação ocorre o fenômeno, típico dos aços rápidos, de “endurecimento
secundário”.
Hhc
T(oC)
37
Os aços rápidos são aplicados para usinagem de todos os tipos, contudo, nenhum
tipo de aço satisfaz completamente a todas as exigências de uma ferramenta.
b) Aços Semi-Rápidos
São os tipos intermediários entre os aços-carbono e os aços rápidos, desenvolvidos
durante a 2a Guerra Mundial pelos alemães, contendo
- Carbono (C) = 0,75 a 1,15%
- Manganês (Mn) = 0,10 a 0,40%
- Silício (Si) = 0,10 a 0,40%
- Cromo (Cr) = 3,75 a 4,25%
AISI L3 - com 1,0% C, 1,5% Cr e 0,20% V. São usados para pistas de esferas de
rolamento, mandris, mancais de esfera, calibres de precisão, brocas, machos de tarraxas,
lâminas de facas, limas, etc.
AISI L6 - com 0,70% C, 0,25% Mo, 0,75% Cr e 1,50% Ni. São usados em árvores
de máquinas operatrizes, matrizes para cortar discos, serras de disco, cubos, fusos de
torno, lâminas de tesoura, porta-brocas, pinças, suportes para ferramentas, serras para
corte de madeira, etc.
AISI P2 - com 0,07% C, 0,20% Mo, 2,0 Cr e 0,50% Mo. São usados no estado
cementado, para matrizes empregadas na moldagem de plásticos.
AISI P20 - com 0,35% C, 0,40% Mo e 1,25% Cr. São usados para moldes para
matrizes de zinco e plásticos, blocos de retenção de matrizes de fundição sob
pressão, etc.
Os aços resistentes ao calor são também de aços refratários e podem ser divididos em
dois grupos:
- Aços-Cromo → com teor de cromo de 5 a 30%. A partir de 5 a 6% de cromo, os
aços já começam ter melhores qualidades de resistência ao calor e conservação das
propriedades mecânicas à temperaturas acima da ambiente.
38
- Aços cromo-níquel → São do tipo austenítico, apresentando cromo desde 17 até
26% e níquel desde 8 até 22%, os aços inoxidáveis austeníticos do tipo 18-8, podem
ser incluídos neste grupo.
Os seguintes conceitos precisam ser considerados, em relação aos aços resistentes ao
calor:
- A estrutura dos grãos, quando grosseira, é mais favorável do que a estrutura fina.
- As estruturas fundidas são mais resistentes ao calor do que aquelas trabalhadas.
- As falhas a alta temperatura são, geralmente, intercristalinas, ao contrário das falhas
através dos grãos que ocorrem normalmente a alta temperatura.
O teor de cromo varia de 4,0 a 27,0 % 0ara os aços de baixo cromo, até 18%, o teor
máximo admissível de é 0,20%; para os tipos contendo 23 a 27% de cromo, o teor de
carbono pode chegar a 0,35%. O teor de manganês varia de 0,6 a 1,5%; o teor de
silício máximo é de 1,0%. Alguns tipos apresentam molibdênio de 0,45 a 1,10%.
Com cromo em torno de 18%, se for permitida uma deformação de 0,1% em 1.000
horas, esses aços suportam os seguintes esforços:
- 7,0 Kgf/mm2 a 5250C
- 3,5 Kgf/mm2 a 6000C
- 1,0 Kgf/mm2 a 7000C
- 0,7 Kgf/mm2 a 7500C
O que indica que a resistência à fluência é relativamente baixa.
Esses dois aços são utilizados em válvulas de motores de automóveis e aviões, com
adição de 2,0% de silício e 1,5% de níquel.
Com teor de cromo de 25 a 30%, os aços podem ser empregados até a temperatura de
1.100oC em atmosfera oxidante e até 1.000oC em atmosfera carburizante ou
sulfurosa.
39
o manganês pode chegar a 1,5%. Estão ainda presentes molibdênio, titânio, alumínio,
tungstênio, vanádio, boro e nitrogênio.
Estes aços podem ser empregados até a 1500oC, em aplicações tais como tubulações
para serviço em alta temperatura, peças para turbinas a gás, etc.
CAPÍTULO 6
6.0 - FADIGA
Fadiga é um fenômeno que ocorre quando uma peça sob tensão, de uma
máquina ou estrutura começa a falhar, sob a ação de uma tensão muito menor que a
equivalente à sua natureza cíclica ou alternada.
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Em peças e conjuntos de máquinas que estão sujeitos a variações de cargas
aplicadas, ocorre comumente o aparecimento de flutuações nas tensões originadas, tais
tensões podem adquirir um valor tal que, ainda que inferior a resistência estática do
material, pode levar à sua ruptura, desde que a aplicação das tensões seja repetida
inúmeras vezes.
A falha deste modo é chamada falha por fadiga. Estas falhas se iniciam em
determinados pontos, que poderiam ser chamadas origem das tensões, tais como falhas
superficiais, falhas internas dos materiais ou mudanças bruscas de configuração
geométrica.
Cerca de 90% das rupturas das peças em serviço, na indústria mecânica, ocorre
por fadiga.
A falha por fadiga ocorre sem aviso prévio. A fratura é do tipo frágil e não
apresenta deformação perceptível.
Fig. 6.1
Aspecto esquemático de uma fratura por fadiga, iniciada num canto vivo de um
rasgo de chaveta de um eixo.
41
A ruptura por fadiga acontece quando ocorrem os seguintes fatores:
Uma tensão máxima de tração de valor suficientemente elevado;
Uma variação ou flutuação suficientemente grande de tensão aplicada;
Um número suficientemente grande de ciclos de tensões aplicadas
Fig. 6.2
Ciclo de tensões repetidas:
Figura 6.3
Este tipo corresponde ao ciclo complexo, como por exemplo: um ciclo relativo
às tensões que estão presentes em asas de aviões, sujeitas a sobrecargas periódicas e
imprevisíveis, devido às rajadas de vento.
42
Fig. 6.4
σr = σmax - σ min
σa = σr
2
σm = σmax + σ min
2
σminx
R=
σ max
Obs.:
Antes da fadiga ocorre o encruamento.
ENSAIOS DE FADIGA
43
No ensaio de fadiga, pode-se determinar dois valores:
Limite de fadiga que corresponde à tensão abaixo da qual uma carga pode ser
aplicada repetidamente por um tempo indeterminado sem que se produza ruptura;
Resistência à fadiga que corresponde à tensão para a qual o material falha após
um certo número de ciclos de aplicação da carga.
Fig. 6.5
Este tipo de máquina representa a aplicação de uma carga simples, na
extremidade do corpo de prova mantido em balanço. Neste modelo, o momento de
dobramento aumenta à medida que aumenta a distância do ponto em que a carga é
aplicada. A falha ocorre no filete que liga a seção menor a maior do corpo de prova.
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Fig. 6.6
Este tipo de máquina representa a aplicação de uma carga dupla, de modo que se
origina um momento constante na seção estreita do corpo de prova.
Fig. 6.7
Este é o caso de carga em asas de aviões em que as tensões flutuantes se
superpõem em ambas as tensões médias de tração (parte inferior da asa) e de
compressão (parte superior da asa).
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Fig. 6.8
Um motor gira o corpo de prova. As fibras superiores deste, que gira, estão
constantemente sob compressão, ao passo que suas fibras inferiores estão sempre sob
tração. Tem-se, assim, a formação de um ciclo completo de tensões reversíveis em todas
as fibras do corpo de prova, durante cada revolução.
M
F=
I M = P.L
V
M= Momento fletor.
P = Carga aplicada.
L = distância entre o eixo do peso da carga e o plano central do
corpo de
prova.
I = Momento de Inércia da seção.
V = distância da fibra externa à fibra neutra interna.
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A carga inicial aplicada não deve ser menor do que a necessária para
desenvolver uma tensão equivalente a 3/4 de resistência à tração do material.
Na figura 6.7, a curva média p = 0,50 representa o valor médio da vida por
fadiga, para cada nível de tensão. Isto significa que cada curva representa uma
probabilidade especificada de fratura.
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Fatores que influem na resistência à fadiga dos metais.
7.1 - FLUÊNCIA
48
b) velocidade de fluência sob condições estáveis.
c) tempo de ruptura.
Curva de Fluência: Deformação (ε) em função do tempo (t)
49
A temperatura aumenta a velocidade da fluência porque o escorregamento torna-
se progressivamente mais fácil ou seja, a mobilidade dos átomos aumenta rapidamente,
as discordâncias adquirem igualmente maior mobilidade e novos mecanismos de
deformação intervêm.
Á temperaturas baixas, o movimento das discordâncias é interrompido pelos
contornos dos grãos ou por átomos impuros, de modo que a deformação é menor. A
maior mobilidade dos átomos, à temperaturas mais elevadas, permite que as
discordâncias se interponham umas com as outras, que desloquem umas às outras ou
que se destruam.
Essa movimentação das discordâncias é facilitada à medida que os átomos e as
lacunas se movimentam das discordâncias ou em direção a elas, permitindo assim um
escorregamento ou fluência crescente. Desse modo, o início da fratura sob fluência
ocorre no contorno do grão, pelo aparecimento de pequenas cavidades, com o tempo,
crescem e se aglutinam, formando uma fratura que leva à ruptura.
Aparentemente, as primeiras fissuras são geradas nos contornos dos grãos.
Exemplo:
Essas fissuras se originam por deslizamento ao longo dos contornos dos grãos, o
que produz uma concentração de tensão no ponto "O".
Outro modo de se originar a fratura no contorno do grão consiste no
aparecimento de cavidades ao longo desse contorno; essas cavidades crescem e se
aglutinam, levando eventualmente à ruptura. O aumento das cavidades pode ser
favorecido pela precipitação, no seu interior, de lacunas.
A fratura intergranular típica da fluência leva à conclusão que na utilização de
ligas metálicas a temperaturas elevadas em condições de fluência, essas ligas devem
apresentar preferivelmente granulação grosseira.
A temperatura em que ocorre a inversão do comportamento do contorno do grão,
no sentido de facilitar o movimento do contorno do grão, no sentido de facilitar o
movimento das discordâncias e para a qual a fratura muda de "intra" para
"intergranular" ou intercristalina é chamada "temperatura equicoesiva".
Nos casos de baixo carbono, essa temperatura é da ordem de 450oC, sendo maior
para certos aços ligas. Em ligas com 77% Cu, 22% Zn e 1% Sn, essa temperatura é de
250oC.
Abaixo da "temperatura equicoesiva", pode ocorrer um endurecimento causado
pela deformação (encruamento). Caso esse encruamento seja predominante o segundo
estágio da fluência torna-se uma linha horizontal.
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As temperaturas superiores à de equicoesiva, a velocidade de escoamento
sobrepõe o efeito do encruamento e a fluência tem continuidade, mesmo sob baixas
tensões.
Exemplo: Curvas de fluência para aços carbonos à temperatura de 500 oC.
O estudo da fluência permite a obtenção de muitos dados, todos eles de grande utilidade
para o engenheiro. No que se refere, por exemplo, à carga ou tensão, pode-se
determinar:
51
7.2 - ENSAIOS DE FLUÊNCIA
a) Resistência à fluência
b) Resistência à ruptura sob fluência.
Um dado que se obtém neste ensaio é “o tempo necessário para causar a ruptura,
sob a ação de uma determinada tensão, a uma temperatura constante”.
Este ensaio de resistência à ruptura por fluência é realizado quando se deseja
avaliar o comportamento de um material para emprego em condições de vida
relativamente curta, como por exemplo, uma lâmina de turbina de um motor de avião,
nestas condições de vida relativamente curta, o importante é saber se o material falhará
ou não, de preferência à quantidade de deformação que ele sofrerá.
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O ensaio de fluência exige três dispositivos principais:
- Forno elétrico
- Extensômetro
- Dispositivo de carga.
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Gráfico: tensão x tempo de ruptura por fluência
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No caso de fluência, a expressão recuperação significa uma certa recuperação
da deformação, quando se descarrega o corpo de prova submetido a uma tensão de
fluência.
Fig. 7.7
Observa-se que uma deformação plástica relativamente grande permanece. A
quantidade de deformação permanente depende do tempo de carga, da temperatura e do
valor da tensão.
A relaxação corresponde a uma queda gradual da tensão originariamente
produzida pela deformação, após ter sido aplicada uma quantidade de deformação do
material sujeito à fluência.
O gráfico abaixo (figura 7.8) ilustra o fenômeno de relaxação para o aço de médio
carbono, às temperaturas de 300 a 500oC.
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BIBLIOGRAFIA
VAN VLACK, Lauwrence Hall. Princípios de ciência e tecnologia dos materiais. Rio de
Janeiro: Campus, 2004.
CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia mecânica. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 1986.
CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros fundidos. 7. ed. São Paulo: ABM, 2005.
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