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Dois fatos históricos, no século XVI, foram de grande influência nas obras dos
autores barrocos: a Reforma Protestante e a Contrarreforma. Essa última ocorreu
como uma reação diante da perda de fiéis devido ao protestantismo (luteranismo e
calvinismo).
Assim, a influência religiosa foi marcante na formação dos autores barrocos. Porém,
em oposição (ou como consequência) a essa religiosidade, havia também um forte
apelo aos prazeres sensoriais, um desejo de se entregar à mundanidade. Portanto,
essa época ficou marcada pela oposição e pelo conflito.
Características do Barroco
O Barroco é um estilo de época marcado pela oposição e pelo conflito, o que acaba
revelando uma forte angústia existencial. Dessa forma, as obras literárias dessa
época apresentam visões opostas (aproximação de opostos), tais como:
• Antropocentrismo versus teocentrismo
• Sagrado versus profano
• Luz versus sombra
• Paganismo versus cristianismo
• Racional versus irracional
• Material versus espiritual
• Fé versus razão
• Carne versus espírito
• Pecado versus perdão
• Juventude versus velhice
• Céu versus terra
• Erotismo versus espiritualidade
Barroco na Europa
Apesar de o barroco ser de origem italiana, os principais autores europeus desse
estilo são os espanhóis Luis de Góngora (1561-1627) e Francisco de Quevedo (1580-
1645). Quanto ao barroco português (1580-1756), é possível apontar os seguintes
autores:
• Francisco Rodrigues Lobo (1580-1622): A primavera (1601).
• Jerónimo Baía (1620-1688): poema Ao menino Deus em metáfora de doce.
• António Barbosa Bacelar (1610-1663): soneto A uma ausência.
• António José da Silva (1705-1739), “o Judeu”: Obras do diabinho da mão
furada.
• Gaspar Pires de Rebelo (1585-1642): Infortúnios trágicos da constante
Florinda (1625).
• Teresa Margarida da Silva e Orta (1711-1793): Aventuras de Diófanes
(1752).
• D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666): Obras métricas (1665).
• Soror Violante do Céu (1601-1693): Romance a Cristo Crucificado (1659).
• Soror Mariana Alcoforado (1640-1723): Cartas portuguesas (1669).