grade curricular com objetivo de integrar aprovação semestral da disciplina de Clínica Integrada (CI) do 6° período, do Curso de Graduação em Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI
Prof.ª Ana Beatriz Mendes Rodrigues
TERESINA 2023 CONDUTA: Tratamento sinusite
A sinusite aguda é uma infecção que afeta os seios paranasais, em grande
parte dos casos, essa condição ocorre durante uma infecção viral no trato respiratório superior (Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites, 2008). Os seios paranasais tem microorganismo de microflora que o habitam, mas a presença de microrganismos patogênicos em seu interior, pode alterar a microflora, levando a uma sinusite (Pires, 2018). O termo rinossinusite é praticamente sinônimo de sinusite, já que a inflamação dos seios paranasais geralmente acompanha a inflamação da mucosa nasal devido à continuidade dessas membranas (Pires, 2018). Podem dividir o tratamento em formas agudas e crônicas, sendo também de etiologia viral ou bacteriana (Pires, 2018). A sinusite viral aguda é baseada principalmente no alívio dos sintomas, já que geralmente se resolve por si só em um período de 7 a 10 dias. Quando uma infecção aguda bacteriana, com o objetivo de erradicar a bactéria, podemos tratar empiricamente, indicadas principalmente em quadros moderados a grave e aqueles que não melhoram após 7 dias do diagnóstico, sendo o tratamento de suporte o preconizado para quadros leves. O tratamento antimicrobiano deve obrigatoriamente ser eficaz contra o pneumococo e Haemophilus influenzae, sendo os microorganismos mais comuns (Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites, 2008). Para a maioria dos pacientes, recomenda-se o tratamento empírico inicial com amoxicilina ou amoxicilina-clavulanato (Pastel, 2023). Para pacientes com fatores de risco para resistência, recomenda -se o uso de altas doses de amoxicilina-clavulanato 2 g/125 mg comprimidos de liberação prolongada por via oral duas vezes ao dia. Em pacientes sem fatores de risco para resistência à amoxicilina 500 mg por via oral três vezes ao dia ou 875 m g por via oral (Pastel, 2023). Para pacientes alérgicos à penicilina, a escolha do tratamento inicial depende da gravidade da alergia, podendo tolerar cefalosporinas, uma cefalosporina oral de terceira geração (cefixima 400 mg ao dia ou cefpodoxima 200 mg duas vezes ao dia) prescrita com ou sem clindamicina (300 mg a cada seis horas) é outra opção. Os pacientes que estão melhorando com o tratamento antibiótico inicial devem continuar o tratamento por um período de cinco a sete dias (Pires, 2018). Os pacientes que não respondem ao tratamento devem fazer exames de imagem para avaliar possíveis bloqueios anatômicos e, se necessário, encaminhados para avaliação cirúrgica (Pires, 2018). É importante que os pacientes também sejam submetidos a culturas do seio para determinar a presença de bactérias e orientar a terapia antibiótica (Pastel, 2023). Na RSC a terapêutica antimicrobiana é, geralmente, coadjuvante, devendo a cobertura ser eficaz contra os microrganismos aeróbios acima considerados, além das bactérias anaeróbias estritas (Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites, 2008). É essencial compreender a forma de tratamento para evitar usos errôneos de medicamentos, e manejar da melhor forma possível os casos encontrados na prática. REFERÊNCIA Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 74, n. 2 suppl, p. 6–59, 2008. PIRES, Madalena Seguro Correia. Sinusite aguda e suas complicações na criança: uma revisão da literatura. 2018. PATEL, Zara M; HW ANG, Peter H. Sinusite e rinossinusite aguda não complicada em adultos: Tratamento. UPTODATE, 2023.
Prevenção e controle de infecção hospitalar: cuidados prestados pelos profissionais da enfermagem em pacientes oncológicos com multirresistência bacteriana