O documento discute por que as pessoas se tornam pacientes e analisa três modos de insalubridade com os quais os médicos lidam: disease (processo patológico físico), illness (experiência interna do paciente) e sickness (papel social da doença). O autor sugere que as pessoas buscam atenção médica nem sempre por motivos de doença, mas também para pedir amor e carinho, e tornar-se paciente envolve estabelecer uma relação de cura, não apenas ter uma condição médica.
O documento discute por que as pessoas se tornam pacientes e analisa três modos de insalubridade com os quais os médicos lidam: disease (processo patológico físico), illness (experiência interna do paciente) e sickness (papel social da doença). O autor sugere que as pessoas buscam atenção médica nem sempre por motivos de doença, mas também para pedir amor e carinho, e tornar-se paciente envolve estabelecer uma relação de cura, não apenas ter uma condição médica.
O documento discute por que as pessoas se tornam pacientes e analisa três modos de insalubridade com os quais os médicos lidam: disease (processo patológico físico), illness (experiência interna do paciente) e sickness (papel social da doença). O autor sugere que as pessoas buscam atenção médica nem sempre por motivos de doença, mas também para pedir amor e carinho, e tornar-se paciente envolve estabelecer uma relação de cura, não apenas ter uma condição médica.
Marshall Marinker, em seu artigo publicado no Journal Medical Ethics, apresenta
uma questão intrigante: Por que as pessoas se tornar pacientes?. Apesar de todos nós sermos pacientes pelo menos uma vez na vida, dificilmente paramos para pensar no por quê nos colocamos nessa situação de pacientes. Para entender um pouco mais sobre isso, Marshall propõe a análise de Ivan Illich sobre a profissão médica. Ivan Illich questiona a visão da bioengenharia sobre saúde: de que o diagnóstico é apenas uma questão de análise profunda da estrutura e função do corpo. Nesse sentindo, uma análise feita pelo psicanalista Michael Balint ressalta que a doença, além do que ela pode ou não ser, é sempre uma forma de comunicação. Para ele, um dos conflitos mais comuns do homem é a desarmonia entre sua necessidade de carinho e a quantidade e qualidade de carinho que o ambiente oferece. Assim, toda doença é também uma forma de pedir amor e atenção. Em consequência disso, o autor traz uma reflexão sobre os três diferentes modos de insalubridade (unhealth) com os quais o médico é confrontado. O primeiro modo é a “disease” que é um processo patológico, na maioria das vezes físico em que os médicos são capazes de ver, tocar, medir, cheirar. O segundo modo é a “illness”, que é uma experiência de insalubridade, interior à pessoa do paciente e pode não ser claramente revelada. O terceiro modo é a “sickness”, que é um modo externo e público de enfermidade, tendo um papel social, um status e também um grau de importância dentro da sociedade. Os três modos de doença podem trazer entendimento sobre a diferença dos sintomas e sinais do paciente. Na pesquisa realizada pelo autor, foi descoberto que em muitos casos o paciente retornava à consultas com seu clínico geral sem um motivo de doença aparente, mas com assuntos triviais e não relacionados com a apresentação da doença. Por fim, o autor afirma que é possível que uma pessoa experimente problemas de saúde, tenha doença, sinta-se doente e esteja doente, sem tornar-se um paciente pois tornar-se paciente é mais do que possuir uma doença, mas é estabelecer uma relação de cura com a pessoa que articula a capacidade da sociedade para ajuda.