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LISBOA

T I N T A­‑ D A­‑ C H I N A
MMXXII
Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond ÍNDICE
www.carlosdrummond.com.br
www.leiadrummond.com.br

© 2022, Edições tinta­‑da­‑china, Lda.


Palacete da Quinta dos Ulmeiros
Alameda das Linhas de Torres, 152, E. 10
1750­‑149 Lisboa
21 726 90 28 | info@tintadachina.pt
www.tintadachina.pt ALGUMA POESIA  7
BREJO DAS ALMAS  81

SENTIMENTO DO MUNDO  127
COLECÇÃO: JOSÉ  171
Os melhores deles todos
COORDENADORES DA COLECÇÃO:
Abel Barros Baptista e Clara Rowland Um chamado Carlos  207
— Conversa de Abel Barros Baptista e Clara Rowland
TÍTULO:
Vai, Carlos! O primeiro Drummond
AUTOR:
Carlos Drummond de Andrade
POSFÁCIO:
Abel Barros Baptista
e Clara Rowland
REVISÃO:
Tinta­‑da­‑china
CAPA:
Tinta­‑da­‑china (V. Tavares)
COMPOSIÇÃO:
Tinta­‑da­‑china

1.ª edição: Novembro de 2022

ISBN 978­‑989­‑671­‑717‑9
Depósito Legal n.º 505939/22
A presente edição reúne os quatro primeiros livros de
Carlos Drummond de Andrade: Alguma poesia (1930),
Brejo das Almas (1934), Sentimento do mundo (1940)
Alguma Poesia
e José (1942). Este último não teve então publicação
autónoma, foi incluído como inédito no volume Poe-
sias, de 1942, a primeira reunião da obra poética que
Drummond organizou e com que iniciou a sua colabo‑
ração com a Livraria José Olympio Editora.

Vai, Carlos! O primeiro Drummond coincide portanto


com essa reunião. O texto segue a lição da edição crí‑
tica Poesia 1930-62 (de Alguma poesia a Lição de coisas),
preparada por Júlio Castañon Guimarães (Cosac Naify,
2012), levando em conta as alterações introduzidas por
Edmílson Caminha no texto que fixou para as edi‑
ções recentes de Alguma poesia e Sentimento do mundo
(Record, 2022).
A Mário de Andrade, meu amigo
POEMA DE SETE FACES

Quando nasci, um anjo torto


desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens


que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:


pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode


é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste


se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo,


se eu me chamasse Raimundo

VA I, C A R L O S ! ~ 11
seria uma rima, não seria uma solução. INFÂNCIA a Abgar Renault
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Eu não devia te dizer Minha mãe ficava sentada cosendo.
mas essa lua Meu irmão pequeno dormia.
mas esse conhaque Eu sozinho menino entre mangueiras
botam a gente comovido como o diabo. lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio­‑dia branco de luz uma voz que aprendeu


a ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

Minha mãe ficava sentada cosendo


olhando para mim:
— Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!

Lá longe meu pai campeava


no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história


era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

12 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 13


CASAMENTO DO CÉU E DO INFERNO
Lá embaixo
suspiram bocas machucadas.
No azul do céu de metileno Suspiram rezas? Suspiram manso,
a lua irónica de amor.
diurética
é uma gravura de sala de jantar. E os corpos enrolados
ficam mais enrolados ainda
Anjos da guarda em expedição noturna e a carne penetra na carne.
velam sonos púberes
espantando mosquitos Que a vontade de Deus se cumpra!
de cortinados e grinaldas. Tirante Laura e talvez Beatriz,
o resto vai para o inferno.
Pela escada em espiral
diz­‑que tem virgens tresmalhadas,
incorporadas à via láctea,
vaga­lumeando…

Por uma frincha


o diabo espreita com o olho torto.

Diabo tem uma luneta


que varre léguas de sete léguas
e tem o ouvido fino
que nem violino.

São Pedro dorme


e o relógio do céu ronca mecânico.

Diabo espreita por uma frincha.

14 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 15


TAMBÉM JÁ FUI BRASILEIRO CONSTRUÇÃO

Eu também já fui brasileiro Um grito pula no ar como foguete.


moreno como vocês. Vem da paisagem de barro úmido, caliça e andaimes hirtos.
Ponteei viola, guiei forde O sol cai sobre as coisas em placa fervendo.
e aprendi na mesa dos bares O sorveteiro corta a rua.
que o nacionalismo é uma virtude.
Mas há uma hora em que os bares se fecham E o vento brinca nos bigodes do construtor.
e todas as virtudes se negam.

Eu também já fui poeta.


Bastava olhar para mulher,
pensava logo nas estrelas
e outros substantivos celestes.
Mas eram tantas, o céu tamanho,
minha poesia perturbou­‑se.

Eu também já tive meu ritmo.


Fazia isto, dizia aquilo.
E meus amigos me queriam,
meus inimigos me odiavam.
Eu irônico deslizava
satisfeito de ter meu ritmo.
Mas acabei confundindo tudo.
Hoje não deslizo mais não,
não sou irônico mais não,
não tenho ritmo mais não.

16 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 17


TOADA DO AMOR EUROPA , FRANÇA E BAHIA

E o amor sempre nessa toada Meus olhos brasileiros sonhando exotismos.


briga perdoa perdoa briga. Paris. A torre Eiffel alastrada de antenas como um caranguejo.
Os cais bolorentos de livros judeus
Não se deve xingar a vida, e a água suja do Sena escorrendo sabedoria.
a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar, O pulo da Mancha num segundo.
para perdoar, Meus olhos espiam olhos ingleses vigilantes nas docas.
amor cachorro bandido trem. Tarifas bancos fábricas trustes craques.
Milhões de dorsos agachados em colónias longínquas formam um
Mas, se não fosse ele, também tapete para sua Graciosa Majestade Britânica pisar.
que graça que a vida tinha? E a lua de Londres como um remorso.

Mariquita, dá cá o pito, Submarinos inúteis retalham mares vencidos.


no teu pito está o infinito. O navio alemão cauteloso exporta dolicocéfalos arruinados.
Hamburgo, embigo do mundo.
Homens de cabeça rachada cismam em rachar a cabeça dos outros
dentro de alguns anos.

A Itália explora conscienciosamente vulcões apagados,


vulcões que nunca estiveram acesos
a não ser na cabeça de Mussolini.
E a Suíça cândida se oferece
numa coleção de postais de altitudes altíssimas.

Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa.

18 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 19


Não há mais Turquia. LANTERNA MÁGICA
O impossível dos serralhos esfacela erotismos prestes a declanchar.
Mas a Rússia tem as cores da vida.
A Rússia é vermelha e branca. i / belo horizonte
Sujeitos com um brilho esquisito nos olhos criam o filme
bolchevista e no túmulo de Lenin em Moscou parece que um Meus olhos têm melancolias,
coração enorme está batendo, batendo minha boca tem rugas.
mas não bate igual ao da gente… Velha cidade!
As árvores tão repetidas.
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. Debaixo de cada árvore faço minha cama,
Minha boca procura a «Canção do Exílio». em cada ramo dependuro meu paletó.
Como era mesmo a «Canção do Exílio»? Lirismo.
Eu tão esquecido de minha terra… Pelos jardins versailles
Ai terra que tem palmeiras ingenuidade de velocípedes.
onde canta o sabiá!
E o velho fraque
na casinha de alpendre com duas janelas dolorosas.

ii / sabará A Aníbal M. Machado

A dois passos da cidade importante


a cidadezinha está calada, entrevada.
(Atrás daquele morro, com vergonha do trem.)

Só as igrejas
só as torres pontudas das igrejas
não brincam de esconder.

20 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 21


O Rio das Velhas lambe as casas velhas, a Matriz — que é toda de ouro.
casas encardidas onde há velhas nas janelas. Sabará veste com orgulho seus andrajos…
Ruas em pé Faz muito bem, cidade teimosa!
pé de moleque
PE NÇ ÃO DE J UAQUINA AGULHA Nem Siderúrgica nem Central nem roda manhosa de forde
Quem não subir direito toma vaia… sacode a modorra de Sabará­‑buçu.
Bem­‑feito!
Pernas morenas de lavadeiras,
Eu fico cá embaixo tão musculosas que parece foi o Aleijadinho que as esculpiu,
maginando na ponte moderna — moderna por quê? palpitam na água cansada.
A água que corre
já viu o Borba. O presente vem de mansinho
Não a que corre, de repente dá um salto:
mas a que não para nunca cartaz de cinema com fita americana.
de correr.
E o trem bufando na ponte preta
Ai tempo! é um bicho comendo as casas velhas.
Nem é bom pensar nessas coisas mortas, muito mortas.
Os séculos cheiram a mofo
e a história é cheia de teias de aranha. iii/caeté
Na água suja, barrenta, a canoa deixa um sulco logo apagado.
Quede os bandeirantes? A igreja de costas para o trem.
O Borba sumiu, Nuvens que são cabeças de santo.
Dona Maria Pimenta morreu. Casas torcidas.
E a longa voz que sobe que sobe do morro
Mas tudo tudo é inexoravelmente colonial: que sobe…
bancos janelas fechaduras lampiões.
O casario alastra­‑se na cacunda dos morros,
rebanho dócil pastoreado por igrejas:
a do Carmo — que é toda de pedra,

22 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 23


iv / itabira vi / nova friburgo

Cada um de nós tem seu pedaço no pico do Cauê. Esqueci um ramo de flores no sobretudo.
Na cidade toda de ferro
as ferraduras batem como sinos.
Os meninos seguem para a escola. vii / rio de janeiro
Os homens olham para o chão.
Os ingleses compram a mina. Fios nervos riscos faíscas.
As cores nascem e morrem
Só, na porta da venda, Tutu Caramujo cisma na derrota incomparável. com impudor violento.
Onde meu vermelho? Virou cinza.
Passou a boa! Peço a palavra!
v / s ã o j o ã o d e l ‑­ r e i Meus amigos todos estão satisfeitos
com a vida dos outros.
Quem foi que apitou? Fútil nas sorveterias.
Deixa dormir o Aleijadinho coitadinho. Pedante nas livrarias…
Almas antigas que nem casas. Nas praias nu nu nu nu nu nu.
Melancolia das legendas. Tu tu tu tu tu no meu coração.

As ruas cheias de mulas sem cabeça Mas tantos assassinatos, meu Deus.
correndo para o Rio das Mortes E tantos adultérios também.
e a cidade paralítica E tantos tantíssimos contos do vigário…
no sol (Este povo quer me passar a perna.)
espiando a sombra dos emboabas
no encantamento das alfaias. Meu coração vai molemente dentro do táxi.

Sinos começam a dobrar.

E todo me envolve
uma sensação fina e grossa.

24 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 25


viii / bahia A RUA DIFERENTE

É preciso fazer um poema sobre a Bahia…


Na minha rua estão cortando árvores
Mas eu nunca fui lá. botando trilhos
construindo casas.

Minha rua acordou mudada.


Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
tem dessas exigências brutas.

Só minha filha goza o espetáculo


e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas fôrmas.

26 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 27


LAGOA CANTIGA DE VIÚVO

Eu não vi o mar. A noite caiu na minh’alma,


Não sei se o mar é bonito, fiquei triste sem querer.
não sei se ele é bravo. Uma sombra veio vindo,
O mar não me importa. veio vindo, me abraçou.
Era a sombra de meu bem
Eu vi a lagoa. que morreu há tanto tempo.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande Me abraçou com tanto amor
e calma também. me apertou com tanto fogo
me beijou, me consolou.
Na chuva de cores
da tarde que explode Depois riu devagarinho,
a lagoa brilha me disse adeus com a cabeça
a lagoa se pinta e saiu. Fechou a porta.
de todas as cores. Ouvi seus passos na escada.
Eu não vi o mar. Depois mais nada…
Eu vi a lagoa… acabou.

28 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 29


Um chamado Carlos

C ON VER SA DE
A B EL BAR R OS BAPT ISTA
e C L AR A R OWL AN D

It is as though an abyss opens between our previous understand-


ing and our dawning sense of an ideal to which we take ourselves
already to be committed. This is the strangeness of irony: we seem to
be called to an ideal that transcends our ordinary understanding,
but to which we now experience ourselves as already committed.
Jonathan Lear, A Case for Irony

De tudo quanto foi meu passo caprichoso


na vida, restará, pois o resto se esfuma,
uma pedra que havia em meio do caminho.
Carlos Drummond de Andrade

— Perguntavas­‑me se não iríamos começar pela explicação do


título, Vai, Carlos!, e pela justificação da reunião dos quatro
primeiros livros de Drummond para a colecção. Também eu
comecei por pensar que seria esse o nosso ponto de partida.
Ocorreu­‑me, entretanto, começar já no meio do caminho, com
os versos finais de um dos últimos poemas de Alguma poesia,
«Explicação»:

VA I, C A R L O S ! ~ 207
Se meu verso não deu certo, foi seu ouvido que entortou. um senhor e um ouvido que só não são alheios a esta estrutura
Eu não disse ao senhor que não sou senão poeta? porque desenham com nitidez a relação entre ser poeta e ser
torto, ou gauche. Ou não?
Lembrei­‑me de começar por estes versos porque parecem — Acho que sim… mas inclino­‑me a dividir o «Vai, Carlos…»
inscrever, no final do primeiro livro de Drummond, a ques‑ do primeiro verso entre uma injunção e um anúncio; ou, tal‑
tão central para este conjunto: a interrogação da possibilidade vez melhor, entre obrigação imposta e predestinação, que o dito
de alguém se descrever como poeta, ou de se assinar poeta. Carlos por condição não ouviria e se ouvisse nem entenderia.
O título Vai, Carlos!, aliás, procura responder a esse problema, É uma ficção, cena de origem, o começo de qualquer coisa, e o que
ou tomar as respostas a esse problema na obra do primeiro presumimos e acho que se presume há muito é o próprio poeta,
Drummond como determinantes para um entendimento da que assim a descreve, ou a poesia dele. Em todo o caso, ser gau-
sua poética. Mas já lá vamos. che, por vocação ou fatalidade, tornou­‑se inevitável — isso parece
— Não, espera, acho que já lá estamos. Ao ler estes dois ver‑ certo. Portanto, o poeta ou a poesia obedecem a uma voz que vem
sos para começo de conversa, tropeço já no modo como apre‑ da sombra ou são movidos por alguma força anunciada por essa voz
sentam dois ecos distintos da primeira estrofe do «Poema de que vem da sombra — isso também parece certo. Segundo a ideia
sete faces», em que aparece o «Vai, Carlos!» que andamos a que formulaste, ser gauche na vida é escrever versos sem saber
perseguir. Por um lado, o ouvido que entorta recorda logo de antemão se pode vir a ser poeta e implicar necessariamente
o anjo torto que abre a estreia poética de Drummond com a nessa ignorância a chamada vida: vida e poesia não se separam,
injunção «Vai, Carlos! Ser gauche na vida», e que ressoará na num sentido preciso, autobiográfico: como se, diante da pergunta
declinação sempre interessante da palavra torto ao longo de «o que fazes na vida?», a resposta devesse ser «poeta», e ao mesmo
toda a obra. Por outro lado, se no fecho cómico de «Explica‑ tempo não poder ser essa senão por simulação ou conveniência.
ção» a relação é invertida — um poeta certo para um ouvido O anjo torto estaria assim na origem da própria vida e da poesia.
torto —, a estrutura que a arma também vira do avesso a inter‑ Mas, por outro lado, o nome próprio apresenta como individual o
pelação que abre o livro e que depois se repete insistente‑ que diríamos um problema geral, o do poeta e da poesia nas con‑
mente nos livros seguintes: na primeira estrofe de «Poema dições do modernismo; como se, acolhendo o problema, procu‑
de sete faces», é a voz do anjo torto que interpela o sujeito, rasse na figura do anjo torto a resposta própria, individual. Daí
dando­‑lhe um nome — Carlos — e uma missão torta; e ao longo alguns dos traços idiossincráticos que vão permanecer na poesia
deste nosso livro, é insistente a figura de uma voz que vem de de Drummond, o que limita muito a acção das ideias de evolu‑
fora, que é vocativo e exclamação, convocando o sujeito imóvel ção, maturação, percurso, etc., a saber: a autobiografia, a ironia e
e determinando­‑lhe a acção. Aqui, porém, Drummond inverte a melancolia. O poema que referiste, «Explicação», é, aliás, um
a assimetria violenta da sua apóstrofe fundadora, convocando caso singular de conjugação de todas elas.

208 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 209


ÍNDICE O passarinho dela 95 Convite triste 109
Poema patético 96 Não se mate 111
O voo sobre as igrejas 97 Canção para ninar mulher 113
Alguma Poesia Hino nacional 99 Segredo 115
As namoradas mineiras 101 Necrológio dos desiludidos do
Poema de sete faces 11 Jardim da Praça da Liberdade 46 Em face dos últimos amor 116
Infância 13 Cidadezinha qualquer 48 acontecimentos 102 Sombra das moças em flor 118
Casamento do céu e do inferno 14 Fuga 49 O procurador do amor 104 Oceania 120
Também já fui brasileiro 16 Sinal de apito 51 Girassol 106 Castidade 122
Construção 17 Papai Noel às avessas 52 Coisa miserável 107 Desdobramento de Adalgisa 123
Toada do amor 18 Quadrilha 54
Europa, França e Bahia 19 Família 55
Lanterna mágica 21 O sobrevivente 56 Sentimento do Mundo
A rua diferente 27 Moça e soldado 57
Lagoa 28 Anedota búlgara 58 Sentimento do mundo 129 Indecisão do méier 148
Cantiga de viúvo 29 Música 59 Confidência do itabirano 131 Bolero de Ravel 149
O que fizeram do natal 30 Cota zero 60 Poema da necessidade 132 La possession du monde 150
Política literária 31 Iniciação amorosa 61 Canção da moça­‑fantasma de belo Ode no cinquentenário do poeta
Sentimental 32 Balada do amor através das idades 62 horizonte 133 brasileiro 151
No meio do caminho 33 Cabaré mineiro 64 Tristeza do império 136 Os ombros suportam o mundo 155
Igreja 34 Quero me casar 65 O operário no mar 137 Mãos dadas 156
Poema que aconteceu 35 Epigrama para Emílio Moura 66 Menino chorando na noite 139 Dentaduras duplas 157
Esperteza 36 Sociedade 67 Morro da babilónia 140 Revelação do subúrbio 160
Política 37 Elegia do rei de Sião 69 Congresso internacional do medo 141 A noite dissolve os homens 161
Poema do jornal 39 Sesta 70 Os mortos de sobrecasaca 142 Madrigal lúgubre 163
Sweet home 40 Outubro 1930 72 Brinde no juízo final 143 Lembrança do mundo antigo 165
Nota social 41 Explicação 75 Privilégio do mar 144 Elegia 1938 166
Coração numeroso 43 Romaria 77 Inocentes do Leblon 145 Mundo grande 167
Poesia 44 Poema da purificação 79 Canção de berço 146 Noturno à janela do apartamento 169
Festa no brejo 45

José
Brejo das Almas
A bruxa 173 Rua do olhar 189
Aurora 83 Sol de vidro 88 O boi 175 Os rostos imóveis 192
Registro civil 85 Um homem e seu carnaval 89 Palavras no mar 176 José 195
Boca 86 O amor bate na aorta 91 Edifício esplendor 178 Noturno oprimido 198
Soneto da perdida esperança 87 Grande homem, pequeno soldado 93 O lutador 184 A mão suja 199
Tristeza no céu 188 Viagem na família 202

242 ~ CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE VA I, C A R L O S ! ~ 243


foi composto em caracteres Filosofia
e impresso na Eigal, Indústria Gráfica,
em papel Holmen Book de 80 g,
em Outubro de 2022.

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