• As expressões de direita, conservadoras, se manifestam na Alemanha nazista e na Itália fascista • As manifestações de orientação comunista se expressam na União Soviética stalinista, na China e em partes do Leste Europeu. 1.1 FASCISMO E NAZISMO • O resultado da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi desastroso para a Alemanha, marcada pela crise econômica e desemprego, além da humilhação sofrida com a derrota. • Como reação, o orgulho alemão se intensifica, se manifestando num nacionalismo exagerado. • Na Itália, aumenta a insatisfação com os resultados da Guerra, o desemprego e as agitações sociais se intensificam. • A inflação e a alta do custo de vida refletem a crise econômica, quando em 1929 ocorre a “quebra” da Bolsa de valores de Nova York. • A Grande Depressão ocasiona desemprego em massa e falências, gerando críticas ao modelo econômico do liberalismo. • Os Estados Unidos e a Inglaterra reagem à depressão criando mecanismos protecionistas que caracterizam o Estado de bem-estar social • Todavia, na Itália e na Alemanha, a incapacidade da democracia liberal resolver a crise favorece a ascensão dos partidos fascista e nazista, os quais buscavam o fortalecimento do Estado. • Os partidos fascista e nazista obtém apoio da grande indústria monopolista e de banqueiros, tendo a classe média compondo seus quadros políticos. 1.2 STALINISMO • Segundo o historiador da filosofia Châtelet, o termo “totalitarismo” passa a ser aplicado também ao regime soviético de Stálin, a partir de 1929. • A Revolução Russa (1917) derruba o czarismo e implanta um novo regime inspirado no marxismo-leninismo. • O partido único torna-se onipotente e são proibidas as oposições interiores. • A liberdade de expressão e da imprensa são reduzidas • Proliferam campos de concentração e hospitais psiquiátricos onde são internados os dissidentes. • A teoria marxista degenera em dogmatismo. • Antiintelectualismo • Nacionalismo • Ideologia norteadora • Domínio da imprensa CARACTERÍSTICAS • Mecanismo de cerceamento da individualidade GERAIS DO • Partido único. TOTALITARISMO • Mistificação da figura do líder político • Perseguição de dissidentes • Interferência do Estado nos variados setores da vida social e particular AUTORITARISM O • Os regimes chamados de autoritários não devem ser confundidos com os regimes totalitários, ainda que os dois não respeitem as liberdades individuais em nome de uma segurança nacional. • Porém, nos regimes autoritários não há ideologia de base • Não há mobilização popular como suporte • Prevalece a despolitização e apatia política. • Mantém-se a aparência da democracia: os partidos políticos existem formalmente, mas na prática persegue-se os dissidentes com prisão, tortura e morte. • Pode utilizar os militares na burocracia estatal • De 1964 a 1985, o Brasil foi submetido a um governo militar autoritário. A “BANALIDADE DO MAL”, HANNAH ARENDT
• Em 1961, a filósofa Hannah Arendt
(1906-1975) esteve em Jerusalém para assistir ao julgamento de Eichmann, responsável por encaminhar os procedimentos para o extermínio dos judeus. • Para a filósofa, a ascensão do totalitarismo decorre da junção de pessoas sem esperança com o futuro, isoladas e descomprometidas com a política, indivíduos denominados “homem-de-massa”. • As principais características do “homem-de-massa” não são a brutalidade e a violência, mas o seu isolamento, falta de relações sociais normais e ausência de senso crítico. • Arendt vê em Eichmann a figura do “homem-de-massa”, um indivíduo motivado pela ascensão social, que se sentiu afetivamente integrado ao nazismo, comprometido cegamente com uma ideologia • O termo “a banalidade do mal” não pretende minimizar o horror praticado no século XX, busca antes expor que o mal cometido pode aparecer como se fosse banal, como obediência sem crítica de ordens