Guilherme Cavalcante da Silva (1190201493) Isabelle Favaro Pereira Coelho (1190201800) Lucas Botelho (1108101920) Maria Carollyne Alves da Silva (1190202004)
1. Segundo Cosenza e colaboradores (2008): “A Neuropsicologia é um campo
do conhecimento interessado em estabelecer as relações entre o funcionamento do Sistema Nervoso Central, por um lado, e as funções cognitivas e o comportamento, por outro, tanto nas condições normais quanto nas patológicas. ” Dentre as áreas de atuação da Neuropsicologia, a avaliação é uma das mais conhecidas. É importante ressaltar que o exame neuropsicológico não se restringe à aplicação de testes. Quais são os recursos que compõem o processo da avaliação? Descreva ao menos dois.
Segundo Conbach (1996) o termo "avaliação" sugere diretamente uma combinação
de informações com julgamentos de valor que vão muito além da testagem. O protocolo básico de qualquer avaliação neuropsicologia integra a utilização de testes específicos, porém esses, de maneira isolada, não abrangem todos os aspectos da cognição e do comportamento do sujeito. Tendo em vista que uma boa avaliação deve reduzir incertezas é imprescindível que o profissional em questão faça uma integração entre a psicometria, no aspecto quantitativo com os testes normatizados e sujeito, no aspecto qualitativo que incluem entrevistas, questionários, entre outros. Malloy-Diniz et al. (2018) cita que os testes psicológicos é apenas um dos quatro pilares da avaliação neuropsicológica e traz a entrevista, a observação comportamental e as escalas de avaliação de sintomas como os outros três pilares que compõem uma avaliação. Os testes são um meio de investigação mas nunca um fim em si mesmos, Mattos (2014) configura a testagem neuropsicológica como um exame clínico armado compreendendo a anamnese abrangente e observação clínica do paciente concebendo esses dois processos como imprescindíveis pois eles permitem uma boa formulação de hipóteses que serão testadas em seguida. A primeira etapa da testagem é composta pela entrevista com o paciente e seus familiares, esta, não foge as regras das restastes entrevistas utilizadas em clínica médica, psicológica e em outras áreas da saúde. A observação do comportamento do paciente no consultório deve ser cuidadosa, sempre observando e considerando o estado emocional do sujeito no momento da avaliação.
2. A neuropsicologia é um campo essencialmente interdisciplinar. A
neuroanatomia, por exemplo, é uma das áreas que tem uma contribuição fundamental para o saber neuropsicológico. Os estudos sobre a conectividade estrutural e funcional das regiões cerebrais sugerem que a especialização funcional é inegável, no entanto, é somente a partir da interação entre áreas que funções complexas podem emergir (Mesulam, 2012). Tanto em sua construção histórica quanto em suas práticas, a interdisciplinaridade é uma característica fundamental da Neuropsicologia.
Descreva pelo menos duas áreas de atuação do profissional da
Neuropsicologia.
Área acadêmica: Essa área engloba o ensino, a pesquisa e a supervisão clínica.
No ensino, o profissional de neuropsicologia pode atuar como docente em cursos sobre neuropsicologia e áreas afns. Dessa forma, a transmissão de conhecimentos e técnicas da área pode ser utilizada para a formação de novos profissionais. Na pesquisa, o neuropsicólogo pode desenvolver estudos e investigações em diferentes temas relacionados à neuropsicologia. Essas pesquisas científicas possuem o objetivo de expandir o conhecimento na área e contribuir para a prática clínica Supervisção clínica: o profissional atua como supervisor clínico de profissionais e estudantes em formação na área. Dessa forma, pode auxiliar no desenvolvimentos dos demais. Reabilitação de pacientes: O profissional de neuropsicologia tem a possibilidade de atuar no processo de reabilitação do paciente com disfunções cognitivas e emocionais causadas por doenças e/ou lesões do cérebro. Este trabalho é normalmente aplicado em clínicas especializadas em tratamentos de reabilitação neurológica e neuroplasticidade, usa técnicas como a estimulação cognitiva e treinamento de compensação. Referências:
CRONBACH, L. (1996). Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artes
Médicas. FONSECA, R. P. (2010). Neuropsicologia: Teoria e prática. Artmed. MALLOY-DINIZ, Leandro F.; FUENTES, Daniel; MATTOS, Paulo; ABREU, Neander. (2018). Avaliação Neuropsicológica (2°. Ed.). Porto Alegre: Artmed. MATTOS, P. (2014). Prefácio. In D. Fuentes, L. F. Malloy-Diniz, C. H. P. Camargo, & R. M. Cosenza (Orgs.), Neuropsicologia: Teoria e prática (2. Ed.). Porto Alegre: Artmed.