Você está na página 1de 4

EXAME ANDROLÓGICO

Fundamentos
● Avaliar a aptidão reprodutiva do macho fundamenta-se na observação da:
● Saúde geral
● Saúde hereditária (pensando em animais que vão para animais produção são melhores
avaliadas)
● Saúde genital (exame clínico específico avaliando os órgãos reprodutivos)
● Potentia coeundi – produzir o coito (identificação do cio, introdução do pênis...)
● Potentia generandi – relacionada a produção de gerar o espermatozoide (avaliação do
sêmen, quantidade, presença, força que nadam e se tem patologias)
Indicações de quando fazer
● Seleção e comercialização de reprodutores
● Avaliação pré-estação de monta
● Diagnóstico de sub ou infertilidade; mais difícil de ser identificado
● Diagnóstico da ocorrência da puberdade
● Preservação de sêmen
● Compradores querem uma prova da fertilidade do animal; essa fertilidade/laudo tem um
prazo, porque depende da espermatogênese (tem período onde ocorrem falhas); o laudo
tem garantia apenas do momento que foi feito;

Identificação detalhada
● Proprietário
● Animal
● Propriedade: avaliação também de outras informações não so perguntas tradicionais
(instalações, pasto).

Anamnese
● Pode ser de um indivíduo ou do rebanho.
1. Regime de atividade sexual (monta/doador)
2. Frequência de monta/coleta
3. Número de fêmeas cobertas
4. Número de fêmeas gestantes (retorno ao cio).
5. Condição de manejo e alimentação (pasto, ração, silagem)
6. Tempo de surgimento das alterações
7. Evolução do processo
8. Tratamento e resposta clínica
9. Situação sanitária e reprodutiva do rebanho
10. Data e condições da aquisição do produtor
Exame clínico geral
● Usar visão crítica, avaliar as características masculinas referentes a espécie e raça.
● Avaliar aparência genital do animal, aparência do pelo, se tem berne, bicheira
● ECC de 3,5 é o ideal
● Dentição: se bate com a idade do registro (cálculo de pinça), verificar desgaste
● Inspeção dos sistemas, nervoso, respiratório, circulatório, digestório, locomotor. Caso haja
alguma alteração, o exame clínico deve ser aprofundado.

Exame clínico específico - REPRODUTOR


● Presença ou ausência, órgãos pares
● Consistência
● Simetria e proporção com idade
● Mobilidade, principalmente nos testículos
● Dimensões de acordo com idade
Escroto:
Deve ser examinado com o animal em estação, lesões de ectoparasitas (carrapato), verrugas,
ferimentos, cicatrizes, abcessos., mobilidade, sensibilidade, espessura, temperatura e aderências
Testículo:
Comparar sempre os dois em relação à forma, simetria (assimetria leve é normal), consistência
(flácida, firme, elástica), mobilidade, sensibilidade. Sempre tracionar o testículo para baixo com os
dedos no momento da palpação manual.
Epidídimos:
Mesma coisa que o exame testicular, sempre respeitando o formato, tamanho e características de
cada espécie.
Cordões espermáticos:
São restritos a espécies que possuem o testículo pendular. O aumento de volume pode sugerir
inflamação, cisto, varicocele (dilatação dos vasos que atrapalha a termorregulação). Quando muito
curto sugere uma termorregulação afetada. A termografia é usada apenas em pesquisa, para
identificar problemas de subfertilidade provenientes de uma falha na regulação da temperatura.

Prepúcio:
Sempre expor e tracionar para a inspeção. Avaliar a pele, tecido subcutâneo (quanto ao aumento
de volume), temperatura, presença de ferimentos ou cicatrizes.
O óstio prepucial deve ter sua passagem livre. Os zebuínos possuem um prepúcio mais pendular,
aumentando assim as chances de lesões. Suínos tem divertículo próximo ao óstio acessível à
palpação. Em cães a secreção prepucial não tem significado, é apenas um esmegma com
contaminação bacteriana. Por ser uma forma de comunicação, pode ocorrer uma contaminação
do sêmen.
Pênis:
Deve ser avaliado em repouso e exposto com relação ao tamanho, mobilidade, mucosas,
secreções, possíveis anormalidades (tumores, frênulo persistente, saca rolha).
Genitália interna:
Avaliar as ampolas dos ductos deferentes, glândula vesicular, próstata e glândula bulbouretral,
levando em conta a espécie. Geralmente a avaliação é por palpação retal ou ultrassonografia.
Comportamento sexual:
Avaliar libido e a execução das fases de cópula quando o animal estiver frente a uma fêmea no cio.

Fases da cópula:
1. excitação
2. ereção e emissão
3. salto e abraço
4. Procura
5. introdução do pênis
6. propulsão e ejaculação
7. Descida
8. relaxamento do pênis
9. epílogo (fase refratária, que não tem mais interesse)

Libido:
Observação do macho diante da fêmea. Demora 5-10 min em gado europeu e 20 min em zebus.
Classificar de 0 a 6:
0- sem interesse, ruim
1 - interesse demonstrado 1 única vez
2 - interesse demonstrado mais de uma vez
3 - procura e tem interesse persistente
4 - monta sem serviço
5 - mais de uma monta sem serviço
6 - monta com serviço
Habilidade de monta:
É medida com fêmeas contidas, com estro ou não durante 40min., que o macho é permitido
montar.
Artrite, persistência do frênulo, pênis com desvio, fimose, hematoma, aderência do pênis,
estreitamento do óstio prepucial.
A capacidade de monta: é determinada em:
- fraco (monta sem interesse)
- bom (monta e continua com interesse)
- muito bom (mais de uma monta completa e continua com interesse).
Índole:
Temperamento do animal quando na presença de animais da mesma espécie e no seu
relacionamento com o homem. Pode ser classificado como linfático, dócil ou violento.

Você também pode gostar