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SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

O primeiro passo seria a identificação do animal. O animal de produção intensiva,


geralmente marcado com tatuagens/brincos, são identificados desta maneira. O
animal comum, geralmente faz-se uma resenha do animal anotando características
físicas definitivas e individuais do animal. Além disso, anotar raça, aptidão, idade, sexo,
local em que o animal vive, nome do proprietário, etc.
O segundo passo é fazer a anamnese, fazendo perguntas relacionadas à saúde
reprodutiva do animal para adquirir informações importantes para chegar ao
diagnóstico.
O terceiro passo é fazer o exame geral, iniciando pela inspeção do animal, avaliando
sua postura, aprumos, estado nutricional, relação do animal com o meio ambiente,
avaliar o libido do animal, avaliar sua capacidade copulativa, constantes fisiológicas,
etc. O escore corporal e condições de postura e aprumos é de extrema importância,
tanto por questões de monta como questões hereditárias.
O quarto passo é fazer o exame físico específico do sistema genital masculino,
realizando a inspeção e palpação do testículo e pênis.
O escroto é importante porque ele capta as alterações do meio ambiente (Ex:
temperatura ambiental).
Nos testículos, é importante medi-los, pois o tamanho deles influencia na capacidade
de produzir espermatozóide.
Pela palpação avaliamos também o epidídimo que é dividido em três partes (cabeça,
corpo e cauda) – o macho com uma cauda do epididimo pequena, significa que tem
uma baixa reserva espermática.
O furnículo espermático é importante ser avaliado, pois é um enovelado de vasos e
nervos, e o sangue que chega possui uma temperatura e pressão maior e a saída com
uma temperatura e pressão menor – Um problema nessa região compromete a
termoregulação do testículo.
É necessário que o prepúcio venha a ser avaliado – já foi um problema no passado,
pois os touros zebuínos tinham a bainha prepucial muito longa, levando a traumas.
Avaliar também o pênis do animal.
Em animais em que é possível se realizar a palpação retal, como bovinos e equídeos,
fazemos a avaliação das glândulas anexas. No bode, carneiro e suíno faz-se a
ultrassonografia que é o mais comum.

Colhe-se a amostra de sêmen para ser feito o exame biológico, macroscópico,


microscópico, químico e físico para concluir o exame andrológico.
Exame andrológico: O exame andrológico tem função de tirar conclusões e/ou julgar o
reprodutor em relação à sua aptidão sexual/reprodutiva avaliando a capacidade de
fecundação dos gametas – observando seu volume e aspecto (espermograma).
Basicamente no exame do SRM faz-se uma avaliação de 5 pontos.
1. Saúde geral do animal – É feita pela inspeção (condição do score corporal e
relação daquele animal com o meio ambiente, por exemplo).
2. Saúde hereditária – Verificar se o animal está livre de doenças que possam ser
transmitidas para os seus descendentes (avaliação do genoma do animal) –
principalmente os machos, pois podem gerar inúmeros filhos. Animais com
características fenotípicas (criptorquidismo) são descartados.
3. Saúde sexual – Verificar o libido do animal -> A causa da falta de libido pode
ser exógena (Ex: clima) ou endógena.
4. Capacidade copulativa – Animal precisa ter capacidade de copular.
5. Capacidade de fecundação dos gametas – Pode ser avaliado através do
espermograma – volume e aspecto do sêmen. O sêmen dos ruminantes é mais
espesso e do equino é mais aquoso. Apesar disso, o equino tem a vantagem de
ejacular diretamente no útero da égua.

O libido do animal é importante ser avaliado (exame funcional), observando o tempo


de permanência do macho com a fêmea até a ejaculação e o seu comportamento –
reflexos da cópula – excitação, ereção, monta, abraçamento, introdução do pênis e
ejeção.

 Normospermia: Quando o ejaculado preenche todas as necessidades mínimas


no que se refere ao volume, concentração, motilidade e morfologia.

 Astenosospermia: Motilidade espermática baixa.

 Necrospermia: Espermatozóides mortos.

 Teratosospermia: Quando todas as características espermáticas estão


alteradas.

 Dispermia: Quando ocorre uma alteração discreta, moderada ou severa.

 Aspermia: Ausência de ejaculado/sêmen.

 Oligospermia: Concentração/volume baixo de sêmen.

 Asospermia: Ejaculado normal com ausência de espermatozóide.

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