Você está na página 1de 78

Governo do Distrito Federal

Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal


Subsecretaria de Vigilância à Saúde
Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Atualização do Protocolo
Clínico e Diretrizes
Terapêuticas da Sífilis e SINAN
Brasília - 2017
Objetivos

1. Atualizar sobre o diagnóstico


2. Atualizar sobre estadiamento da doença
3. Atualizar o manejo dos usuários a luz do novo PCDT de sífilis
4. Atualizar o papel de cada profissional no processo de notificação e cuidado do
usuário com sífilis

http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes
-terapeuticas-para-atencao-integral-pessoas-com-infeccoes

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Importância de monitorar a dinâmica epidemiológica da sífilis

SINTOMÁTICOS
________________________________
ASSINTOMÁTICOS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Coeficiente de detecção de sífilis em gestantes (por 1.000 nascidos vivos), segundo região de saúde e ano de
diagnóstico. Distrito Federal, 2014 a 2019.
25

Coeficiente de detecção x 1.000 nascidos vivos


20

15

10

0
2014 2015 2016 2017 2018 2019

Ano

Central Centro-Sul Leste Norte


Oeste Sudoeste Sul Distrito Federal

Fonte: Sinan Dados provisórios sujeitos à alteração.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
#Previna

1. Abordagem da saúde sexual e reprodutiva nas


consultas e salas de espera
2. Atendimento centrado na pessoa com vida
sexual ativa
3. Informação e comunicação em IST
4. Acesso fácil à camisinha e testagem rápida
5. Ações extramuros – educação entre pares
(populações-chave)
6. Saúde nas Escolas

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Pacientes
Pacientes que chegam
assintomáticos que
Sintomáticos com desejo de
chegam por outras
testagem
demandas
• Diagnosticar, • Entender a motivação • Identificar espaço
manejar e tratar do desejo de testagem; para intervenção e
corretamente; • Não perder a abordagem em saúde
• Avaliar outras IST; oportunidade de sexual.
• Induzir o processo intervenção imediata.
de autocuidado;
• Avaliar ofertas de
prevenção
combinada.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Abordagem geral

• Não faça perguntas íntimas diante do público. Nunca parta do pressuposto que você
sabe a demanda da pessoa e nem faça perguntas como: “você veio se testar?”, “veio
pegar preservativo? ”. Apenas pergunte, “o que deseja? ” ou “como posso ajudar? ”.
• Inicie o contato com perguntas abertas e permita que o paciente exponha sua
demanda livremente. Utilize frases como “em que posso lhe ajudar?" ou o que
trouxe você aqui hoje?” para iniciar a consulta.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Saúde sexual: Orientações

• Não subestimar a necessidades dos pacientes


• Estabeleçer rotina de perguntas a todos os pacientes sobre sexualidade
• diálogo sobre sexo e práticas sexuais
• Desenvolver seu próprio estilo
• Evitar julgamentos prévios
• Não assumir conceitos prontos
• A não ser que você pergunte, você não pode conhecer o desejo reprodutivo, a
orientação sexual, os comportamentos e práticas sexuais de uma pessoa

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Saúde sexual: Orientações

• Respeitar os limites da pessoa


• Linguagem não verbal
• Observar suas áreas de desconforto, monitorar e cuidar de suas reações
• Avisar que as perguntas são feitas a todas as pessoas (protocolo),
independemente da idade ou do estado civil
• Usar termos neutros e inclusivos e fazer as perguntas de forma não
julgadora.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
História sexual e avaliação de risco

• Você teve relações sexuais no último ano? Se não: Você já teve relações sexuais?
• Você teve relações sexuais com homens, mulheres ou ambos?
• Nos últimos 3 meses, você teve relações sexuais com alguém que não conhecia ou acabou de
conhecer?
• Nos últimos 3 meses, que tipos de sexo você teve? Anal? Vaginal? Oral? Receptivo (Passivo),
Insertivo (Ativo), ambos (Passivo e Ativo)?
• O que você faz para proteger-se das IST?
• Quando você usa essa proteção? Com quais parcerias?
• O que você faz para não engravidar?
• Você usa álcool ou drogas quando você fez sexo?
• Você já trocou sexo por drogas ou dinheiro?
• Você foi vacinado contra o Hepatite B? Hepatite A? HPV?

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Primária

• “Cancro duro”;
• Úlcera geralmente única, indolor, com bordos
endurecidos, bem delimitados e com fundo liso e
limpo;
• Linfadenopatia inguinal;
• Pode durar entre três a oito semanas e
desaparecer de forma espontânea,
independentemente de tratamento.
• ALTAMENTE INFECTANTE
• Nas mulheres, a fase primária é de difícil
diagnóstico clínico, devido ao cancro duro não
causar sintomas e sua localização ser geralmente
em parede vaginal, cérvix ou períneo.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Primária

Exposição

Incubação 1ª.

21 dias em
média (10-90)

Sífilis
primária:
Cancro duro
Adenopatia
regional

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Secundária
• Erupções cutâneas em forma de máculas
(roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco;
• Lesões eritemato-escamosas palmo-plantares;
• Placas eritematosas branco-acinzentadas nas
mucosas;
• Lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou
pregas cutâneas (condiloma plano ou condiloma
lata);
• Alopecia em clareira e madarose (perda da
sobrancelha, em especial do terço distal),
• Febre, mal-estar, cefaleia, adinamia e
linfadenopatia generalizada;
• Há presença significativa de resposta imune, com
intensa produção de anticorpos contra o
treponema.
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Secundária

Sífilis primária

Incubação 2ª.

6 sem a 6 meses após


cicatrização do cancro

Sífilis Secundária:
Artralgia, febre,
cefaléia
Rash
Poliadenopatia
regional
Alopécia
Condiloma plano

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Lesões palmo-plantares

Alopecia

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Roséola

Lesões em mucosas

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
TODA erupção cutânea sem causa determinada
deve ser investigada com testes para sífilis
Sífilis latente (primária, secundária e latente recente)

• A maioria dos diagnósticos ocorre nesse estágio;


• Aproximadamente 25% dos pacientes não tratados intercalam lesões de
secundarismo com os períodos de latência;
• Tem fase de duração variável em que não se observam sinais e sintomas clínicos,
sendo o diagnóstico realizado exclusivamente por meio de testes sorológicos.

Recente Tardia
Até um ano de evolução Mais de um ano de evolução

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Terciária

• Ocorre aproximadamente em 15 a 25 % das infecções não tratadas;


• Período variável de latência – entre 1 a 40 anos;
• Manifesta-se na forma de inflamação e destruição tecidual;
• Comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular;
• Cutâneas: Lesões gomosas e nodulares;
• As gomas sifilíticas são tumorações com tendência a liquefação na pele, mucosas, ossos ou qualquer tecido;
• Ósseas: Periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e nódulos justa-articulares;
• Cardiovasculares: Estenose de coronárias, aortite e aneurisma da aorta;
• Neurológicas: Meningites, gomas do cérebro ou da medula, atrofia do nervo óptico, lesão do
sétimo par craniano, manifestações psiquiátricas, tabes dorsalis e demência.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Terciária

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Neurosífilis

• Acomete o sistema nervoso central (SNC), o que pode ser observado já nas fases
iniciais da infecção.
• Diagnóstico pelo conjunto: achados clínicos, alterações e VDRL do líquor.
• Envolvimento ocular (uveíte, paralisia • Psicose com alucinações visuais ou
nervos cranianos) auditivas
• Envolvimento auditivo • Dificuldades de memória
• Paresia geral • Confusão mental
• Deficiência cognitiva • Meningite sifilítica
• Mudanças de comportamento • Lesão meningovascular
• Demência • Tabes dorsalis
• Depressão • Goma sifilítica
• Mania • Epilepsia

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Manifestações clínica da sífilis adquirida, de acordo com o tempo de
infecção, evolução e estágios da doença
Estágios de sífilis adquirida Manifestações clínicas
Primária Cancro duro (úlcera genital)
Linfonodos regionais

Secundária Lesões cutaneomucosas (roséola, placas mucosas, sifilides papulosas,


sifilides palmoplantares, condiloma plano, alopecia em clareira, madarose,
rouquidão)
Micropoliadenopatia
Linfadenopatia generalizada
Sinais constitucionais
Quadros neurológicos, oculares, hepáticos

Latente recente (até um ano de evolução) Assintomática

Latente tardia (mais de um ano de evolução) Assintomática

Terciária Cutâneas: lesões gomosas e nodulares, de caráter destrutivo;


Ósseas: periostite, osteíte gomosa ou esclerosante, artrites, sinovites e
nódulos justa-articulares;
Cardiovasculares: estenose de coronárias, aortite e aneurisma da aorta,
especialmente da porção torácica;
Neurológicas: meningite, gomas do cérebro ou da medula, atrofia do
nervo óptico, lesão do sétimo par craniano, manifestações psiquiátricas,
tabes dorsalis e quadros demenciais como o da paralisia geral.

Fonte: DCCI/SVS/MS. SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Diagnóstico

Teste Rápido VDRL

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Parceria com Cofen para ampliação da testagem rápida –
auxiliares e técnicos de Enfermagem - 2016

Revoga o Parecer Normativo


do Cofen n°001/2013 que
restringia a realização dos
testes rápidos somente aos
enfermeiros.

Aprova o Parecer nº
259/2016 que amplia para
auxiliares e técnicos de
enfermagem a realização de
testes rápidos sob
supervisão do enfermeiro.
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
https://telelab.aids.gov.br

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Testes Treponêmicos

• Ensaio imunoenzimático – ELISA;


• Ensaio imunológico com revelação quimioluminescente e suas
derivações – EQL;
• Imunofluorescência indireta – FTA-Abs;
• Aglutinação (TPPA, TPHA, MHATP);
Os testes rápidos tem vantagens:
Em 85% dos casos permanecem
• Imunocromatografia – teste rápido; • Fácil execução;
reagentes por toda vida
• Resultados em, no máximo, 30
• Western blot - WB minutos;
• Podem ser realizados no
Não são indicados para
momento da consulta,
monitoramento da resposta ao
possibilitando o início do
tratamento!
tratamento imediatamente.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Testes Não Treponêmicos

• VDRL
• RPR
• USR

Importantes para diagnóstico,


monitoramento da resposta ao
tratamento e controle de cura.
Tornam-se reagente de uma a três
semanas após o aparecimento do
cancro duro.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Métodos diagnósticos de sífilis: testes imunológicos
Não treponêmicos VDRL, RPR,TRUST, USR Quantificáveis (ex.: 1:2, 1:4,
1:8).
Importantes para o
diagnostico e monitoramento
da resposta ao tratamento.

Treponêmicos FTA-Abs São os primeiros a se


ELISA/EQL/CMIA tornarem reagentes.
TPHA/TPPA/MHA-TP Na maioria das vezes,
Testes imunológicos Teste Rápido (TR) permanecem reagentes por
toda a vida, mesmo após o
tratamento.
São importantes para o
diagnóstico, mas não estão
indicados para
monitoramento da resposta
ao tratamento.

Fonte: DCCI/SVS/MS. SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Atenção!

• Há que se incorporar definitivamente a ideia títulos altos nos testes não


treponêmicos (em queda) podem ser encontrados em pacientes
adequadamente tratados.
• Títulos baixos podem ser encontrados em três situações:
• Infecção recente
• Estágios tardios da infecção (sífilis tardia e latente tardia)
• Casos de pessoas adequadamente tratadas que não tenham atingido a
negativação. Esse pode ser um fenômeno temporário ou persistente,
denominado cicatriz sorológica.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Diagnóstico

Teste Teste não


Treponêmico: treponêmico: Diagnóstico de
Sífilis Confirmado
TESTE RÁPIDO VDRL

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Fluxograma do Diagnóstico de Sífilis

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


Fonte: Manual técnico para o diagnóstico da sífilis. Ministério da Saúde, 2016. DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Diagnóstico de sífilis

Saber
Saber Saber Saber
IDENTIFICAR
SOLICITAR os EXECUTAR os interpretar os
manifestações
testes testes testes
clínica

SUSPEITAR o tempo todo !

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Estágios Clínicos

Recente Tardia
Até 1 ano Mais de 1 ano
Quando não é possível inferir a
duração da infecção (sífilis de
duração ignorada), trata-se
Latente Recente Latente Tardia
como sífilis latente tardia.

Primária Terciária

Secundária
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Tratamento

Penicilina Benzatina

Latente recente, primária e


Latente tardia e terciária
secundária

2,4 milhões UI 7,2 milhões UI


(1,2 milhão UI em cada glúteo) (1,2 milhão UI em cada glúteo)
Dose única 1x/semana por 3 semanas
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
ATENÇÃO!
Recomenda-se tratamento imediato, com Benzilpenicilina benzatina,
após apenas um teste positivo para sífilis (teste treponêmico ou teste
não treponêmico) para as seguintes situações:

• Gestantes;
• Vítimas de violência sexual;
• Pessoas com chance de perda de seguimento (que não retornarão
ao serviço);
• Pessoas com sinais/sintomas de sífilis primária ou secundária;
• Pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis.

Não é aceitável a falha de doses; portanto, é


importante reforçar a adesão!!

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Tratamento Alternativo

Latente recente, Latente tardia e


primária e secundária terciária

Doxiciclina 100 mg 2x/dia 15 dias Doxiciclina 100 mg 2x/dia 30 dias

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Reação de Jarish-Herxheimer

• Evento que pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em
especial nas fases primária ou secundária.
• Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas – com eritema, dor ou prurido,
mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem espontaneamente após 12 a
24 horas.
• Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade,
sem ser preciso descontinuar o tratamento.
• As pessoas com prescrição de tratamento devem ser alertadas quanto à
possibilidade de ocorrência dessa reação.
• Gestantes que apresentam essa reação podem ter risco de trabalho de parto
prematuro, pela liberação de prostaglandinas em altas doses.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Uso da Penicilina na Atenção Básica
• Única opção de tratamento da sífilis na
gestação.
• A possibilidade de reação anafilática à
administração de penicilina benzatina é de
0,002%.
• Diversos medicamentos (ex.: AINES,
lidocaína), e alimentos (ex.: frutos do mar)
apresentam mais riscos de anafilaxia.
• O receio de ocorrência de reação anafilática
não deve ser impeditivo para a administração
de penicilina na prevenção da sífilis v. 8 (2); 2013
congênita.
¹Safety of Benzathine Penicillin for Preventing Congenital Syphilis: A Systematic Review
Tais F. Galvao1*, Marcus T. Silva1, Suzanne J. Serruya2, Lori M. Newman3, Jeffrey D. Klausner4, Mauricio G. Pereira1, Ricardo Fescina2

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Conselho Federal de Enfermagem publica Nota Técnica sobre
administração de penicilina na Atenção Básica – 21 de Junho/2017

1 – A Penicilina Benzatina  pode ser administrada por


profissionais de enfermagem no âmbito das Unidades
Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de
enfermagem;

2 – Os Enfermeiros podem prescrever a Penicilina


Benzatina, desde que o gestor municipal adote os
protocolos do Ministério da Saúde ou desenvolva
protocolos próprios do município, em que haja a
previsão da prescrição da penicilina pelo Enfermeiro;

3 – A ausência do médico na Unidade Básica de Saúde


não se configura motivo para a não realização da
administração da Penicilina Benzatina, desde que o
Enfermeiro esteja presente.

http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-COFEN-CTLN-N%C2%B0-03-
2017.pdf
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Parcerias sexuais de pessoas com sífilis

• Realizar testes imunológicos


• A avaliação e tratamento da parceria sexual é crucial para interromper a cadeia
de transmissão da infecção.

Independente do resultado dos exames:

• Tratar presumivelmente com esquema para sífilis recente, se o parceiro sexual


foi exposto nos últimos 90 dias (ele pode estar em período de janela).
• Tratar presumivelmente com esquema para sífilis latente tardia quando expostos
há mais de 90 dias ou na impossibilidade de estabelecer a data da infecção.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Monitoramento pós tratamento

• É através da dosagem do teste não treponêmico usado no diagnóstico:


VDRL
• Mensalmente nas gestantes;
• A cada três meses (3, 6, 9, 12) no restante da população (incluindo PVHIV).
• O monitoramento é fundamental para:
• Classificar a resposta ao tratamento
• Identificar possível reinfecção
• Definir a conduta mais correta para cada caso. Se o diagnóstico for realizado com
VDRL, deve-se manter
seguimento com VDRL. Em caso de
diagnóstico realizado com RPR,
manter seguimento com RPR.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Resposta ao Tratamento

• Didaticamente, é classificada em:


• Resposta imunológica adequada;
• Critérios de retratamento: reativação e/ou reinfecção.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Resposta imunológica adequada

• Atualmente, é sucesso de tratamento:


• Teste não treponêmico não reagente;
• Sífilis recente: Queda da titulação em pelo menos duas diluições do teste da
linha de base, ou sua negativação, em até 6 meses.
• ex. 1:32 para 1:8 em até 6 meses
• Sífilis tardia: Queda da titulação em pelo menos duas diluições do teste da
linha de base, ou sua negativação, em até 12 meses.
• ex. 1:32 para 1:8 em até 12 meses

Mesmo que ocorra resposta adequada ao tratamento, o seguimento clínico


deve continuar até 12 meses, com o objetivo de monitorar possível reativação
ou reinfecção.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Critérios de Retratamento

• Ausência de redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses


(sífilis recente, primária e secundária) ou 12 meses (sífilis tardia) após o tratamento
adequado (ex. de 1:32 para >1:8; ou de 1:128 para >1:32);
OU
• Aumento da titulação em duas diluições (ex. de 1:16 para 1:64; ou de 1;4 para
1:16);
OU
• Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos

Excluindo reinfecção, recomenda-se investigação de NEUROSSÍFILIS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A Gestante

• Transmissão vertical até 80% intrautero.


• Pode ocorrer transmissão no parto vaginal se presença de lesões
sifilíticas no momento do parto.
• Responsável por 30 a 50% de morte intrautero, parto pré-termo ou
morte neonatal.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Portanto...

• As gestantes devem ser testadas para sífilis na primeira consulta, no


segundo trimestre, no terceiro trimestre e na internação para o parto;
• Em caso de aborto/natimorto;
• História de exposição de risco/violência sexual.

Testes Rápidos de HIV: 1º, 3º trimestre e parto

Testes Rápidos de Sífilis: 1º, 2º, 3º trimestre e parto

Abortos : TR HIV e Sífilis

Papel Filtro: HTLV, Hepatite B e Hepatite C

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Estágios Clínicos

Recente Tardia
Até 1 ano Mais de 1 ano
Quando não é possível inferir a
duração da infecção (sífilis de
Latente Recente Latente Tardia
duração ignorada), trata-se
como sífilis latente tardia.
Primária Terciária

Secundária

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Tratamento Alternativo

Não pode ser


Latente Recente, utilizado em
Latente tardia e
primária e secundária terciária
gestantes

Doxiciclina 100 mg 2x/dia 15 dias Doxiciclina 100 mg 2x/dia 30 dias

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• A gestante com teste rápido reagente para sífilis deverá ser considerada
como portadora de sífilis até prova em contrário;
• Na ausência de tratamento adequado, recente E documentado, deverão
ser tratadas no momento da consulta;
• Existe evidência de que os benefícios suplantam o custo e o risco do
tratamento com benzilpenicilina benzatina;
• Ainda nesse momento, deve ser solicitado, ou preferencialmente
colhido, teste não treponêmico (linha de base), para seguimento
sorológico;

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• O retardo do tratamento faz com que o profissional perca tempo e a
oportunidade de evitar a transmissão vertical da sífilis;
• Iniciar tratamento na gestante com teste rápido positivo sem relato de
tratamento anterior.
• O monitoramento sorológico deve ser mensal até o termo.
• Após o parto, o seguimento é trimestral até o 12º mês de
acompanhamento (3, 6, 9, 12 meses);
• A gravidez também é um assunto de homens. Estimular a participação
do pai/parceiro durante todo o processo de pré-natal é essencial para o
bem estar biopsicossocial da mãe, do bebê e dele próprio.

A penicilina benzatina é a única opção segura e eficaz


para tratamento adequado para as gestantes.
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Acompanhamento da Gestante com Sífilis

• Para fins clínicos e assistenciais, alguns fatores são considerados para o


tratamento adequado da GESTANTE com sífilis, como:
• Administração de penicilina benzatina;
A regra é que o intervalo
• Início do tratamento até 30 dias antes do parto; entre as doses seja de 7
dias para completar o
• Esquema terapêutico de acordo com o estágio clínico; tratamento. Caso esse
intervalo ultrapasse 14
• Respeito ao intervalo recomendado de doses; dias, o esquema deve ser
reiniciado (WHO,2016).
• Avaliação quanto ao risco de reinfecção;
• Documentação de queda do título do teste não treponêmico em pelo menos duas
diluições em seis meses para sífilis latente recente ou 12 meses para sífilis
latente tardia após a conclusão do tratamento – resposta imunológica adequada.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Parcerias Sexuais

• As parcerias sexuais podem estar infectadas, mesmo apresentando testes


imunológicos não reagentes; portanto, devem ser tratadas
presumivelmente com apenas uma dose de penicilina benzatina IM
(2.400.000 UI).
• No caso de teste reagente para sífilis, seguir as recomendações de
tratamento da sífilis adquirida no adulto, de acordo com o estágio
clínico da infecção, utilizando preferencialmente penicilina benzatina.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Critérios para Retratamento da Gestante com Sífilis

• Não redução da titulação em duas diluições no intervalo de seis meses (sífilis


primária, secundária e sífilis latente recente) ou 12 meses (sífilis tardia) após o
tratamento adequado (ex.: de 1:32 para 1:8, ou de 1:128 para 1:32);

OU

• Aumento da titulação em duas diluições (ex.: de 1:16 para 1:64 ou de 1:4 para
1:16) em qualquer momento do seguimento; OU > Persistência ou recorrência
de sinais e sintomas de sífilis em qualquer momento do seguimento.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O monitoramento mensal das gestantes e da população
geral a cada três meses não tem o intuito de avaliar
queda da titulação, mas principalmente descartar
aumento da titulação em duas diluições, o que
configuraria reinfecção/reativação e necessidade de
retratamento da pessoa e das parcerias sexuais.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Congênita e Criança Exposta à Sífilis

• A OMS estima um milhão de gestações por ano em todo o mundo com complicações relacionadas
à sífilis (WHO, 2014)
• Mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças.

• No Brasil, nos últimos cinco anos, foi observado um aumento constante no número de casos de
sífilis em gestantes, sífilis congênita e sífilis adquirida.
• A sífilis congênita é o resultado da transmissão do Treponema pallidum da corrente sanguínea da
gestante infectada para o concepto por via transplacentária ou, ocasionalmente, por contato direto
com a lesão no momento do parto (transmissão vertical).
• A maioria dos casos acontece porque a mãe não foi testada para sífilis durante o pré-natal ou
porque recebeu tratamento não adequado para sífilis antes ou durante a gestação (REYES et
al., 1993; CADDY et al., 2011; LAGO et al., 2013).

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Congênita

• A transmissão vertical ocorre em qualquer fase gestacional ou estágio


da doença materna.
• A infecção congênita tem sido diagnosticada em apenas 1% a 2% das
mulheres tratadas adequadamente durante a gestação, em comparação
com 70% a 100% das gestantes não tratadas.
• 40% das gestações resultam em aborto espontâneo, se não tratadas.
• Estima-se que, na ausência de tratamento eficaz, 11% das gestações
resultarão em morte fetal a termo e 13%, em partos prematuros ou baixo
peso ao nascer, além de pelo menos 20% de recém nascidos que
apresentarão sinais sugestivos de Sífilis Congênita.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Sífilis Congênita

• Pode ser prevenida, sendo possível alcançar a eliminação!


• Implementação de estratégias efetivas de diagnóstico precoce e tratamento de
sífilis nas gestantes e suas parcerias sexuais (WHO, 2012).
• Além disso, o risco de desfechos desfavoráveis à criança será mínimo se
a gestante receber tratamento adequado e precoce durante a gestação.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Criança Exposta à Sífilis

• Criança assintomática com mãe adequadamente tratada


E
• tem titulação de teste não treponêmico não reagente, menor ou até um
título maior que o materno.
• (Ex: materno 1:2 e RN ≤ 1:4)

• Elas devem seguir o monitoramento clínico e laboratorial, mas não


devem ser notificadas

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Teste rápido na gestante que chega à maternidade ou na mulher que
sofreu abortamento

Tratamento materno
adequado:
Se teste rápido reagente → Avaliar histórico de tratamento de sífilis na Registro de tratamento
gestante
completo com penicilina
benzatina, adequado
para o estágio clínico,
com primeira dose
A mãe foi tratada de forma adequada na gestação?
realizada pelo menos 4
semanas antes do parto.

SIM NÃO

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A mãe foi tratada de forma adequada na
A presença de sinais e gestação?
sintomas ao nascimento
depende do momento da SIM
infecção intrauterina e do Teste não treponêmico do
Realizar teste não treponêmico da mãe e do recém
tratamento durante a nascido, ao mesmo tempo. recém nascido NÃO deve
gestação (WOODS, O teste não treponêmico da criança tem título ser do cordão umbilical!
MAIOR que o materno em pelo menos duas
2005). diluições? A coleta deve ser de
sangue periférico!
NÃO

O exame físico da criança é normal?

SIM

São sinais mais frequentes:


• Hepatomegalia;
• Icterícia;
• Corrimento nasal (rinite sifilítica);
• Rash cutâneo; Linfadenopatia generalizada;
Criança exposta à • Anormalidades esqueléticas.
sífilis

Sem necessidade de
tratamento imediato SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Manifestações Clínicas de Sífilis Congênita Precoce

• Prematuridade; • Rinite Sifilítica; • Periostite;


• Baixo peso ao nascer (<2500g); • Corrimento nasal. • Sinal de Wegner;
• Hidropsia fetal não imune; • Rash maculopapular; • Sinal de Wimberger;
• Alterações placentárias; • Rash vesicular; • Anormalidades no líquor;
• Pênfigo sifilítico.
• Alterações no cordão umbilical; • Leptomeningite sifilítica aguda;
• Funisite necrotizante é rara, mas
• Condiloma lata;
• Sífilis crônica meningovascular;
patognomônica quando presente. • Icterícia;
• Penumonia;
• Febre; • Anemia;
• Pneumonite;
• Hepatomegalia; • Trombocitopenia;
• Esforço respiratório;
• Esplenomegalia; • Leucopenia;
• Sindrome Nefrótica.
• Linfadenomegalia generalizada; • Leucocitose;
• Atraso do DNPM; • Pseudoparalisia de Parrot;
• Edema; • Anormalidades radiográficas;

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Conduta na Criança Exposta

• A única situação em que não é necessário tratamento é a da criança


exposta à sífilis (aquela nascida assintomática, cuja mãe foi
adequadamente tratada e cujo teste não treponêmico é não reagente ou
reagente com titulação menor, igual ou maior em pelo menos uma
diluição que o materno). Essas crianças não são notificadas na
maternidade, mas devem ser acompanhadas na Atenção Básica, com
seguimento clínico e laboratorial.
Ex: VDRL materno 1:4; VDRL recém-nascido não reagente OU 1:2
OU 1:4 OU 1:8.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
É essencial garantir o seguimento de todas as
crianças expostas à sífilis, excluída ou confirmada a
doença em uma avaliação inicial, na perspectiva de
que elas podem desenvolver sinais e sintomas mais
tardios, independentemente da primeira avaliação e/
ou tratamento na maternidade.

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Exames Complementares para Criança com Sífilis Congênita

Exame Complementar Maternidade

VDRL Sim, para todas

Teste rápido Não

Hemograma Somente para a criança com sífilis congênita

Plaquetas Somente para a criança com sífilis congênita

ALT, AST, Bilirrubinas e Albumina Somente para a criança com sífilis congênita

Eletrólitos Somente para a criança com sífilis congênita

Líquor Somente para a criança com sífilis congênita

Radiografia de ossos Somente para a criança com sífilis congênita

Radiografia de tórax Somente para a criança com sífilis congênita

Neuroimagem A critério clínico


Falha no Tratamento

• Persistência da titulação reagente (TNT) após os 6 meses de idade


E/OU
• Aumento nos títulos não treponêmicos em duas diluições ao longo do
seguimento.

Recomenda-se investigação de NEUROSÍFILIS

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Seguimento da Criança Exposta

• Monitoramento laboratorial com VDRL em 1, 3, 6, 12 e 18 meses de


idade
• Interromper o seguimento laboratorial após dois testes não reagentes
consecutivos.
• Se não houver esse declínio do teste não treponêmico, a criança deverá
ser investigada para SC, com realização de exames complementares e
tratamento conforme a classificação clínica, além de notificação do
caso.
Realizar também um teste treponêmico (teste rápido) aos 18 meses

Não é obrigatório!

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Seguimento da Criança com Sífilis Congênita
• Seguimento habitual na rotina da puericultura, com retorno para
checagem de exames complementares, se for o caso.
• 1ª semana de vida, 1º, 2º, 4º, 6º, 9º, 12º e 18º mês.
• Monitoramento laboratorial com VDRL em 1, 3, 6, 12 e 18 meses de
idade.
Realizar também um teste
treponêmico (teste rápido) aos 18 Aproveitar o momento da consulta
meses para avaliar risco de outras IST
maternas!
Voltar no formulário de
notificação e encerrar o caso Oferecer testes rápidos!
com esse resultado!!!

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Seguimento da Criança com Sífilis Congênita
• Monitoramento quanto a sinais e sintomas sugestivos de sífilis
congênita → Atenção ao Desenvolvimento neuropsicomotor!

• Consulta Oftalmológica
• Consulta audiológica Semestrais por 2 anos
• Consulta neurológica*

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Exames Complementares para Criança com Sífilis Congênita
Exame Complementar Seguimento

VDRL 1, 3 e 6 meses para as expostas


1, 3, 6, 12 e 18 meses para crianças com SC
Teste rápido Não é obrigatória. Se realizado, a partir dos 18
meses
Hemograma De acordo com as alterações clínicas

Plaquetas De acordo com as alterações clínicas

ALT, AST, Bilirrubinas e Albumina De acordo com as alterações clínicas

Eletrólitos De acordo com as alterações clínicas

Líquor Deve ser avaliado a cada 6 meses nas crianças


que apresentaram alteração inicial
(neurossífilis), até normalização
Radiografia de ossos De acordo com as alterações clínicas

Radiografia de tórax De acordo com as alterações clínicas

Neuroimagem De acordo com as alterações clínicas


REGISTRO CORRETO NO CARTÃO
Gerência de Áreas Programáticas da Atenção Primária à Saúde

SRSSO/DIRAPS/GAPAPS
E-mail: ist.sudoeste@gmail.com
Telefone: 2017-1145 ramal 3418
https://datastudio.google.com/s/vAqXOaps_Cg

SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Você também pode gostar