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FOLHA 07
CÁLCULO
PROPOSICIONAL
1. Inferência Lógica
Uma inferência lógica, ou, simplesmente uma inferência, é uma tautologia da forma p → q; a proposição p é
chamada antecedente, e q, consequente da implicação. As inferências lógicas, ou regras de inferência, são
representadas por p ⇒ q.
Da definição decorre imediatamente que p ⇒ q, se e somente se, o consequente q assumir o valor
lógico V, sempre que o antecedente p assumir esse valor.
De fato, para que a condicional seja verdadeira, essa condição é necessária, pois, se o consequente for falso com
o antecedente verdadeiro, a condicional não é verdadeira. Por outro lado, a condição também é suficiente, pois,
quando o antecedente é falso, a condicional é verdadeira, não importando o valor lógico do consequente.
As regras de inferência são, na verdade, formas válidas de raciocínio, isto é, são formas que nos permitem
concluir o consequente, uma vez que consideremos o antecedente verdadeiro; em termos textuais, costumamos
utilizar o termo “logo” (ou seus sinônimos: portanto, em consequência, etc) para caracterizar as Regras de
Inferência; a expressão p ⇒ q pode então ser lida: p; logo, q.
2. Argumentos
Chama-se argumento a afirmação de que de um dado conjunto de proposições P1, P2, ... Pn chamadas premissas,
decorre uma proposição Q, chamada conclusão.
Como foi visto anteriormente, existem, em Lógica, dois tipos de argumentos, dedutivos e indutivos, mas vamos
nos limitar, no presente texto, a examinar os argumentos dedutivos. Eis um exemplo de argumento:
P1: Se José pegou as jóias ou a Sra. Krasov mentiu, então ocorreu um crime.
P2: Se ocorreu um crime então o Sr. Krasov estava na cidade.
P3: O Sr. Krasov não estava na cidade.
Q: Portanto, ou José não pegou as jóias ou a Sra. Krasov não mentiu.
O que queremos dizer com a expressão “a conclusão decorre das premissas”? Basicamente, significa dizer que
a veracidade da conclusão está incluída na veracidade das premissas; isto é, significa dizer que se as premissas
forem verdadeiras, a conclusão também o será. Quando a conclusão realmente decorre das premissas, dizemos
que o argumento é válido; quando não, dizemos que o argumento é inválido. Os argumentos inválidos são
também chamados sofismas. Abaixo, dois exemplos de argumentos:
Se eu tiver dinheiro, vou ao cinema ou ao teatro; mas eu não tenho dinheiro. Logo, ou não vou ao cinema ou
não vou ao teatro.
Em termos lógicos, isso significa dizer que se um argumento é válido, então a condicional que o representa é
sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições componentes.
O primeiro argumento, “se eu tiver dinheiro, vou ao cinema ou ao teatro; mas eu não tenho dinheiro. Logo, ou
não vou ao cinema ou não vou ao teatro” pode ser representado por:
O argumento “se eu estudar, fico cansado; se eu ficar cansado, durmo. Logo, se eu estudar, durmo”, por sua
vez pode ser representado por:
onde: p: eu estudar
q: eu ficar cansado
r: eu dormir
Como a condicional é uma tautologia, o argumento é válido. Não deve ter passado despercebido ao leitor mais
atento que esse argumento é, na verdade, a regra de inferência chamada Silogismo Hipotético. Qual a diferença,
então, entre os argumentos válidos e as regras de inferência? Formalmente, nenhuma. Na prática, as
condicionais tautológicas com poucos antecedentes e cuja forma já é conhecida, são chamadas regras de
inferência, enquanto as condicionais maiores, que ainda devemos mostrar que são tautologias são chamadas
argumentos. À propósito, os argumentos com duas premissas são chamados silogismos.
Na Lógica Matemática costumamos representar os argumentos através de uma simbologia adequada; entre as
várias notações utilizadas, uma das mais simples é representar as premissas uma em cada linha (ou separadas
por vírgulas) e utilizar o símbolo para indicar a conclusão. Nessa notação, os argumentos apresentados
anteriormente assumem a forma:
Se José pegou as joias ou a Sra. Krasov mentiu, então ocorreu um crime; se ocorreu um crime então o Sr. Krasov
estava na cidade. Mas o Sr. Krasov não estava na cidade; portanto, ou José não pegou as jóias ou a Sra. Krasov
não mentiu.
2. Roberto, Sérgio e Tiago estão com bonés de cores diferentes: azul, vermelho e amarelo, não necessariamente
nessa ordem. Das afirmativas a seguir, somente uma é verdadeira.
O boné de Roberto é azul.
O boné de Sérgio não é azul.
O boné de Tiago não é vermelho.
4.
5.