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Mobilidade Sustentável 2022/2023

Capítulo 1 – Situação Atual do Setor de Transportes


Importância da mobilidade sustentável Problemas de Mobilidade
→ Atualmente 56,2% da população global vive em → Na Europa, ~33% da energia consumida
cidade → em 2050, estima-se que 2/3 da provem do setor dos transportes;
população global viva em cidade; → ~73% das emissões de GEE estão relacionadas
→ Instabilidade do preço dos combustíveis; com os transportes;
→ Impactos no transito, segurança rodoviária, → Poluição do ar devido às emissões dos veículos
emissões dos gases de efeito de estufa e → causa 400 000 mortes prematuras / ano;
poluentes, ruído; → Transporte rodoviário: fonte dominante de ruído
→ Importância dos combustíveis alternativos; na Europa (~90% do total de emissões de ruído);
→ Acidentes de trânsito: globalmente, mais de 1
milhão de pessoas morrem a cada ano;
→ Espera-se que combustíveis convencionais
predominem nas próximas décadas.
Estatísticas:
→ Maior aumento de alternativas aéreas e rodoviárias;
→ Há mais de 1000 milhões de veículos no mundo. Em 2050 projeta-se que haja mais de 2000 milhões;
→ Taxa de monitorização média mundial (2010) = 148 veículos / 1000 pessoas.

No sentido de diminuir estes fatores, um dos objetivos de sustentabilidade e desenvolvimento é fazer das
cidades e comunidades mais sustentáveis.

COVID-19 na Mobilidade: devido à pandemia, a mobilidade foi restrita devido ao risco de propagação do
vírus. O uso de transportes públicos foi drasticamente reduzido, houve mais carros em circulação e mais
congestionamento. Foi aumentado o nº de ciclovias e o tráfego de bicicletas nas cidades europeias aumentou
11-48%.
Energia consumida na Europa: ~33% da energia total consumida na europa provem dos transportes.
o Uso dos combustíveis fósseis é predominante, embora tenha vindo a diminuir.
o O uso de energias renováveis e biocombustíveis tem vindo a aumentar.
o Dentro dos biocombustíveis, o mais consumido é o biodiesel, seguindo-se o bio petróleo e o biogás.
o O biodiesel tem vindo a ser + usado quando misturado com outros combustíveis (ex: B7 (7% biodiesel
+ 93% gasóleo).
Mobilidade de passageiros na Europa:
→ Carro pessoal é o + usado, mas o nº km feitos diminuiu
→ Transporte aéreo cada vez mais usado
→ Uso de comboios de alta velocidade também tem
aumentado.
→ Em 2019: 6,0 Mtep: transporte (5,7 para transporte
rodoviário); 4,6 Mtep: indústria; 5,8 Mtep: agregado
familiar e serviços e agricultura e pescaria
(Mtep – Mega tonelada equivalente de petróleo)

Em Portugal, há 6 milhões de veículos ligeiros (8M no total), em que 130mil são elétricos e:
o Taxa de posse de carro > 500 e Idade média dos carros: 12,6 anos (2017)
o ~370 000 veículos entram todos os dias em Lisboa (+200 000 que circulam por lá)
o Os lisboetas utilizam mais transportes públicos: 15,8% AML vs. 11,1% AMP.
o A utilização da bicicleta ronda os 30 km – muito baixa comparada aos países nórdicos (900 km).

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Repartição Modal – percentagem de viagens feitas por um determinado meio de transporte.


Matriz origem/destino (razão da viagem) é avaliada pelos inquéritos à mobilidade. Estes inquéritos apuram
que, atualmente, as viagens são devidas não só à mobilização para o trabalho e escola, mas também para assuntos
pessoais, etc.

Desafios na Mobilidade
1. Congestionamento de trânsito
Sugestões Consequências na economia e ambiente
o Construção de novas infraestruturas o Perda de produtividade
o + uso de transportes públicos o Atrasos na distribuição de bens
o Uso de modos ativos (bicicleta, andar a pé) o + emissões, devido ao ‘pára-arranca’
o Penalização de carros privados o Ocupação ilegal e ineficiente do espaço
urbano.

Motivos para a não utilização dos TC: pouco confortável, longo tempo de espera, pouco pontual, pouco
seguro.

2. Segurança Rodoviária
o Estabelecer limites seguros de velocidade;
o Atuar nas infraestruturas rodoviárias;
o Veículos que ajudam os condutores a cumprir com os limites de velocidade;
o Leis mais rigorosas e educação rodoviária;
o Maior frequência de fiscalizações de transito.

3. Segurança
o Transporte aéreo (há segurança);
o Transportes públicos: como garantir a segurança sem comprometer a liberdade?

4. Emissões / Energia consumida


o Redução das emissões GHG;
o Redução das emissões de poluentes locais;
o Ciclo de vida dos veículos:
Produção Uso VE Fim de Vida

Eletricidade?

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Cidade dos 15 minutos / Cidade compacta: cidade em que é possível chegar a todos os locais essenciais
a pé ou de bicicleta em menos de 15 minutos. O consumo energético no setor dos transportes é mais reduzido
comparado com cidades mais dispersas.

O setor dos transportes enfrenta vários desafios. Por exemplo, há uma grande diversidade de situações pessoais
(pessoas com flexibilidade para comprar carros elétricos, outras não), sendo muito complicado generalizar as
medidas de mobilidade sustentável. Risco de baixa aceitação e adesão às medidas de mobilidade sustentável.

Capítulo 2 – Como quantificar o impacto dos transportes?


O impacto dos transportes pode ser quantificado pela modelação ou pela monitorização do tráfego, energia e
desempenho ambiental de veículos rodoviários.

Motor a Gasolina vs Motor a Diesel


o Emissões de CO2 por litro (kg CO2 / L
combustível): Gasolina ~ Diesel
o Emissões de CO2 por km (L/100 km): Gasolina >
Diesel
→ (Kg CO2/km) gasolina > (Kg CO2/km)
diesel  motores a diesel têm - emissões
de CO2.

Motores: Produção de Poluentes


Tipos de emissões:
o Emissões de Escape – produzidas a partir da combustão de diferentes produtos petrolíferos (~0 para os
carros elétricos);
o Emissões de abrasão – desgaste por atrito (abrasão) e corrosão das várias partes do veículos
(principalmente travões e pneus);
o Emissões evaporativas – vapores que escapam do sistema de combustível do veículo.

Emissões e eficiência:
o Apenas ~20/25 unidades de energia chegam às rodas: há perda de energia no motor, relacionadas com
o atrito, etc.
o Pequena proporção da energia produzida é usada para os acessórios elétricos do veículo (rádio, ar
condicionado)

Modelos
Escalas de modelos – ajudam a perceber como é que o tráfego flui:
o Macroscópico (nível: país) – o tráfego é considerado um fluxo contínuo e as variáveis de densidade e
velocidade refletem as condições de tráfego.
→ As características individuais dos veículos não são consideradas;
→ O impacto das interseções é insignificante;
→ Tempo de processamento reduzido;
→ Modelação de redes de grande escala.

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o Mesoscópico (nível analisado intermédio)


→ Não são considerados parâmetros de comportamento ao volante;
→ Procedimento de calibragem;
→ Flexibilidade na preparação dos dados de entrada para a simulação;
→ A análise pode ser feita para alguns trechos da rede;
→ Modelação de Redes de Grande Escala.

o Microscópico (nível analisado: ruas) – muito detalhado (veículo individual)


→ Necessita de muita informação, o que faz com que seja muito demorado
→ Diferentes tipos e características de veículos;
→ Capacidade de modelar padrões de comportamento de condução;
→ Impacto das instalações ininterruptas de tráfego;
→ Modelação de elementos geométricos específicos.

Turbo Rotundas - evita entre cruzamento. Existe separador físico. no entanto, o veículo permanece mais tempo
na rotunda, logo emite mais poluentes.

Metodologia Copert – modelo de referência.


o Emissões vs velocidade:
No 'pára-arranca' e a velocidades
elevadas - emissões são mais altas.

Abordagem Macroscópica Para Modelagem De Emissões


Não é adequado para modelos microscópicos.

VSP (“Vehicle Specific Power”) – avalia a potência exercida no motor a cada instante e relaciona-a com a
emissão de poluentes.

→ Maior carga no motor → maior emissão de poluentes.


→ Emissões – medir diretamente os gases que saem do tubo de escape (kg, g, g/km, g/s)

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Concentração de poluentes na atmosfera


→ Meteorologia: registo horário de ventos e temperaturas, radiação solar, informações sobre nuvens. Se
não houver vento é difícil haver dispersão de poluentes.
→ Terreno e ocupação do solo: modelos 3D do terreno e da ocupação do solo, de modo a definir os
obstáculos à dispersão de poluentes.
→ Dados de emissões: taxas de emissão para o poluente estudado, informações sobre a fonte emissora
(altura, velocidade de emissão, temperatura)
→ Concentração de poluentes – µg (micrograma) CO/ 𝑚3 ar; ppm

Modelos de Ruído: as barreiras acústicas podem ser naturais (ex.: arbustos) ou artificiais (ex.: casas).

Monitorização experimental do tráfego, energia e fatores ambientais: serve para calibrar os modelos.
o Tráfego: câmaras de vídeo (comprimento da fila, nº de situações stop&go, distância e tempo); efeito
de Doppler (em situação de congestionamento, pode quantificar um pesado em vez de dois veículos,
quando estes se encontram próximos).
o Emissões – analisadores de gases:
→ Estáticos – usados no centro de inspeção para verificar se os veículos atendem aos requisitos
oficiais para emissões do tubo de escape. Não representam as condições reais de direção.
→ Portáteis – postos nos bancos traseiros do veículo. + avançados e fiáveis.
Divergências entre as emissões reais dos veículos e as emissões teste:
→ Componentes do veículo não apresentam desgaste (condição do veículo);
→ Comportamento de condução por parte do condutor e eventuais obstáculos;
→ Temperatura;
→ Carga do veículo.
o Ruído
→ 1 veículo pesado: 74dB;
→ Ruído para uma avenida com alto volume de tráfego pode chegar a 85dB.
→ As zonas sensíveis não podem ser expostas a um nível de ruído ponderado contínuo superior a
55 dB(A) no período diurno e 45 dB(A) no período noturno;
→ As zonas mistas não podem ser expostas a um nível de ruído ponderado contínuo superior a 65
dB(A) no período diurno e 55 dB(A) no período noturno.

WLTP Ciclo de teste – usado atualmente pois é o que se aproxima mais do comportamento real do veículo.

Capítulo 3: Medidas de Mobilidade Sustentável


Principais problemas na mobilidade urbana:
1. Tipo de viagem
2. Tendência a construir casas junto a caminhos de ferro
3. Necessidade de transporte multimodal (+ complexo e + difícil de assimilar e promover)
4. Carro pessoal é um símbolo de liberdade – viajar com o carro ainda é relativamente barato.
A junção destes problemas incentivam o uso do transporte privado.

Estratégias para a redução de emissões GHG:


o Avoid – a necessidade de se deslocar é reduzida (ex.: teletrabalho)
o Shift – mudança para um meio de transporte mais sustentável (andar a pé, bicicleta, transportes
públicos)
o Improve – mudar para um carro elétrico ou mudar a rota.

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Fatores que influenciam o sistema de mobilidade:


o Características socioeconómicas; localização da casa e do trabalho;
o Motivação e valores;
o Regras;
o Taxas e subsídios;
o Sistema económico e tecnológico;
o Infraestruturas e fornecimento de transportes.

Transportes públicos
Barreiras ao uso de transportes públicos:
1. Barreiras de informação – não existência e complexidade de placas de informação sobre horários,
trajetos, etc.
2. Barreiras Físicas – estações não terem escadas rolantes ou elevadores.
3. Barreiras Psicológicas – medo, traumas.
4. Barreiras Culturais – carro é um status.
5. Barreiras de ordens práticas – as paragens não terem coberto para dias de chuva.

Importância de Interface Multimodal – vários serviços de TP em um edifício onde as pessoas não precisem
de se deslocar muito para mudar de transporte (ex.: Estação do oriente – Lisboa). Pretende-se que este seja
confortável e tenha vários serviços onde as pessoas possam passar tempo entre os horários dos transporte.

Bike Sharing
Caso Paris:
o Desde 2007 foram postas ~25000 bicicletas em 1500 estações, sendo a distância média entre estas de
300 m
o O serviço é feito 24/7
o 1ª meia hora é grátis
o Problemas: acidentes, falta de conformidade com as regras de segurança rodoviária, vandalismo e
roubo.
o Trotinetes elétricas foram proibidas no centro da cidade.

Em certas cidades, como a Holanda, existem estacionamentos vigiados de bicicletas nas estações de
comboio/autocarro, para que possa haver multiuso dos TP.

Caso Copenhaga:
o Maior artéria da cidade está fechada a carros privados e pretende fazê-lo em mais duas ruas – apenas
circulam ciclistas e transportes públicos (33000 ciclistas por dia)
o 36% dos 500 000 habitantes vai para o emprego de bicicleta.
o ~400 km de ciclovia.

Eurovelo:
o Objetivo: desenvolver 12 ciclovias de longa distância pela europa (60000 km);
o Inclinação < 6%;
o Largura suficiente para 2 ciclistas e TMD médio < 1.000 veículos;
o Proteção em + 80% do comprimento total;
o Postos de abastecimento a cada 30 km e Hospedagem a cada 50 km;
o Disponibilidade de transporte público a cada 150 km.

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Aveiro:
o Região em Portugal onde mais pessoas pedalam regulamente 8x mais que a média nacional (3.9%);
o É nesta região que se encontra o concelho com > n.º utilizadores em termos relativos (Murtosa -
17%), e 5 concelhos com > valor em termos absolutos, Ílhavo, Aveiro, Estarreja, Ovar e Murtosa;
o Mais de metade da população tem bicicleta em casa (535 bicicletas / 1000 habitantes – em Portugal:
502 bicicletas / 1000 habitantes);
o Necessidade de expansão das ciclovias;

Outras medidas de mobilidade sustentável


o Car Sharing – sistema de aluguer de carros que funciona à hora ou ao km.
Barreira: uso de Uber.
o Car Pooling – partilha de veículos próprios e das despesas entre os vários passageiros, assemelhando-
se a uma boleia e podendo ser requisitada pelo telemóvel.
Barreira: incompatibilidade de horários, principalmente da parte da tarde.
o Ride Hailing – Uber.
o Park and ride – estacionamento gratuito em que as pessoas deixam o carro para usar transportes
públicos.
o Kiss and ride – via que permite aos condutores deixar as crianças na escola ou passageiros no aeroporto
de forma segura e rápida, aumentando a segurança na envolvente escolar. Não é permitido o
estacionamento por tempo superior a 10 minutos.
o Traffic calming – com o objetivo de baixar a velocidade de circulação dos veículos e emissões
(rotundas, semáforos de controlo de velocidade, etc.)
o Zonas de coexistência – não existe passadeiras; peão tem sempre prioridade;
o Zonas 20/30 – privilegiam a circulação de peões. São permitidos carros, mas com velocidade reduzida
(20/30 km/h).
o Faixa de elevada ocupação (HOV) - na hora de ponta, nestas vias só podem circular carros com 2 ou
+ passageiros. Ligada ao Car Pooling. (mais usada nos estados unidos, em Portugal não existe).
o Logística – horário específico para cargas e descargas.
o Micrologística - camionistas deslocam-se a centros logísticos para cargas e descargas e depois os
veículos que seguem para o centro da cidade são pequenos e elétricos.
o Medidas de estacionamento – para diminuir o número de veículos no centro das cidades:

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Caso Londres:
o As pessoas que utilizavam o sistema de bike sharing eram usuários de transportes públicos ou
mobilidade pedonal. E era necessário carrinhas de realocação das bicicletas, em Londres eram a diesel.
Por isto, as emissões de ozono aumentaram.
o “Congestion Charging” - todos os veículos que entram no centro da cidade têm de pagar uma taxa. O
dinheiro resultante vai para o melhoramento dos transportes públicos.

Zonas de baixas emissões: áreas em que a circulação de veículos + poluentes/+ antigos é restringida.

Taxa de congestionamento: área na qual a circulação de todos os veículos é paga, mas permitida.

Digitalização na Mobilidade
o Informação em tempo real dos horários dos transportes públicos;
o V2V – comunicação entre veículos.
o V2I – comunicação entre veículos e infraestruturas de tráfego.
Desvantagem: exclusão de parte da população, principalmente dos mais idosos.

Ecodriving
Forma eficiente de condução que reduz o consumo de combustível, as emissões de poluentes e gases com efeito
de estufa e a sinistralidade rodoviária (diminuiu as acelerações e travagens bruscas).
o Em veículos novos, o consumo de combustível pode variar entre 4-15 litros/100 km. Quanto às emissões
de CO2 dos veículos novos, estas podem variar entre 115 e 280 g/km;
o Ligar o motor do carro apenas imediatamente antes de começar a viagem;
o Conduzir a velocidade constante (economiza ~15% de combustível a conduzir a 80km/h do que a 100)
o Marcha de alta velocidade resulta em rotação mais baixa → < Consumo de combustível (potencial de
economia: 10%);
o Cumprir os limites de velocidade contribui para a economia de combustível e para a segurança
rodoviária;
o Escolher a melhor rota para evitar fluxo de tráfego e evitar usar o carro para trajetos curtos;
o Evitar carregar bagagem não essencial no teto, porta-malas, etc;
o Usar o ar condicionado apenas quando necessário (aumenta o consumo ~10%);
o Manter o nível de óleo regulado (economizar ~3%);
o Verificar regularmente a pressão dos pneus (pneus desgastados aumentam consumo de combustível
~3%)

Alternativas para uma mobilidade sustentável:


o Promover a comunicação à distância (ex. teletrabalho, Videoconferência);
o Promover modos ativos (andar a pé e de bicicleta);
o Para facilitar a intermodalidade;
o Melhorar o transporte público;
o Alterar o uso e limitar o abuso do carro particular;
o Divulgar novas tecnologias (ITS);
o Adaptar a tributação, preços e uso de padrões para o desejado comportamentos;
o Para fazer cumprir as regras estabelecidas (estacionamento, limites de velocidade).

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Capítulo 4: Veículos alternativos


Importância das energias alternativas:
1. Ambiente – emissões poluentes e reduções de ruído.
2. Mudanças climáticas – reduções de emissões GHG.
3. Estratégia – redução da dependência de petróleo.
4. Desenvolvimento sustentável – promover as energias renováveis.

Fatores Determinantes para o Carro do Futuro (Problemas)


o Custo;
o Preço do petróleo tem aumentado, no entanto estamos perante uma crise económica, o que faz com que
não haja fundos para trocar de carro;
o Falta de apoio político.

Tipos de Energias Alternativas


o Biodiesel
o Etanol
o Hidrogénio
o Elétricos (em 2021, em Portugal, 1 em cada 5 carros vendidos eram elétricos)
o Gás Natural

Da energia primária à energia final:


o Combustíveis fósseis (petróleo, o Gasolina
carvão, gás natural) o Metano
o Biomassa (resíduos) o Biodiesel
o Eletricidade Primária (hidro, vento, o Hidrogénio
solar, nuclear) o Eletricidade

Importância da Análise do Ciclo de Vida Completo


Compreender os impactos ambientais de qualquer produto requer olhar para todo o ciclo:
1. Extração de matéria-prima;
2. Poluição gerada durante o seu fabrico;
3. Operação de eliminação dos resíduos.

Para produzir um veículo elétrico é necessário de cerca 70% mais


energia primária em comparação com os veículos convencionais.

A fonte de eletricidade usada durante o seu funcionamento tem um dos


papéis mais importantes nos impactos ambientais.

Gás Natural (~CH4)


• Produção: reservas naturais
• Vantagens: baixas emissões
• Desvantagens: postos de abastecimento
• Aplicações: frotas de autocarros

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Tipos de Biocombustíveis
Biodiesel
o Derivado de fontes biológicas (animais ou plantas)
o Produção: óleo vegetal + diesel
o Vantagens:
→ baixas emissões;
→ energia renovável;
→ biodegradável;
→ não é tóxico.
o Desvantagens:
→ Eficiência motor baixa (5-10%)
→ Produção mais cara que a do diesel;
→ Degradação de alguns acessórios de plástico.

o Ciclo:

Exemplo: Biodiesel de Microalgas


o Solução ideal numa altura em que os biocombustíveis são responsáveis pela crise alimentar.
o Benefícios:
→ Consome CO2 e produz O2.
→ Utilizado em terrenos impróprios para a agricultura convencional.

Bioetanol
o Derivado da fermentação de biomassa (cana-de-açúcar, milho destilado)
o Na Europa, não é possível utilizar combustíveis com mais de 10% de etanol por causa do frio (os
veículos não arrancam).
o Vantagens:
→ baixas emissões;
→ pode ser usado misturado com gasolina.
o Desvantagens:
→ 70% de autonomia;
→ Preço.
Exemplos: Corn Ethanol, Sugar Cane Ethanol, Cellulosic Ethanol
A maioria do etanol é vendido como aditivo de gasolina: E85 (85% etanol, 15% gasolina).

Álcool
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o Derivado da produção biológica pela ação de bactérias (metanol, etanol, propanol e butanol).

Problemas Associados ao Uso de Biocombustíveis


o Concorrência dos solos com culturas alimentares;
o Emissões de NOx;
o Perigo de desflorestação e perda de biodiversidade;
o Necessidade de critérios de sustentabilidade ambiental para a produção de biocombustíveis.

Veículos Híbridos – usa 2 fatores de energia para se mover (diesel-


elétrico).
o Vantagens:
→ Travagem regenerativa (minimiza as perdas de energia
durante a travagem);
→ Diminuição do consumo de combustível.

Existem 3 tipos de carregamento:


o Plug in Charging: os veículos estão fisicamente ligados a um
ponto de carregamento através de um cabo e tomadas. Tomadas
domésticas – 8 horas a carregar.
o Troca de Bateria: substituição da bateria usada para uma totalmente carregada numa estação de troca.
o Wireless Charging: o sistema cria um campo eletromagnético, que é ativado quando um veículo elétrico
com um dispositivo correspondente é posicionado acima dele.

Autocarros Elétricos
o Os maiores números de autocarros EVs na Europa são na Áustria, Bélgica e Países Baixos.
o Os autocarros elétricos e híbridos Plug-in oferecem mais flexibilidade do que os autocarros elétricos a
bateria. Estes são mais caros do que os autocarros convencionais e também podem sofrer de consumo
de energia sensível à temperatura.

Hidrogénio como Vetor Energético (não vantajoso para carros pessoais, apenas para autocarros)
o Produção: eletrólise de água, gás natural e petróleo.
o Vantagens: Baixas emissões (H2O), compatível com células de combustível.
o Desvantagens: custo, produção, fornecimento.

Células de Combustível – célula eletroquímica que converte energia potencial


de um combustível em eletricidade através de uma reação eletroquímica.

Existem dois componentes essenciais, que não são poluentes pois têm H2O
como produto de reação:
o Hidrogénio (combustível)
o Oxigénio (oxidante)

Segurança de um veículo a H2
o H2 é mais leve que o ar e dispersa-se facilmente;
o H2 tem menor calor radiante, ou seja, menor risco de eficiência.

A energia de combustão é cerca de 1/15 da necessária para o gás natural e 1/10 para a gasolina.

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