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Índice

1.- Técnicas de animação e lazer 2


1.1. – Recursos da comunidade 2
1.2. – A actividade lúdica 6
1.3. – Técnicas de animação adequadas à especificidade de cada cliente/ 7
utilizador
1.4. - Técnicas de animação segundo o grupo etário 9
1.5. - Jogos de interior 13
1.6. - Jogos de exterior 15
1.7. – Actividade física 15
1.8. - Meios de expressão 16
1.8.1. – Arte plástica 16
1.8.2. - Arte dramática 17
1.8.3. - Música 17
1.8.4. - Literatura 18
1.8.5. - Dança 21
1.9. - Meios audiovisuais 21
1.9.1. – Televisão, Cinema e Vídeo 21
1.10. - Técnicas de observação 22
1.11. - Entrevista 23
1.12 - Trabalho de grupo 24
2. - Actividades de exterior 27
2.1. – Excursões 29
2.2. - Colónias de férias 30
2.3. - Espectáculos 30
2.4. - Exposições 30
3. - Actividades finais 31

Acção de Formação: Animação e Lazer


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1. Técnicas de animação e lazer

1.1. Recursos da comunidade:


A comunidade em redor tem sempre alguns recursos que podem ser utilizados em
animação. Devemos compreender a animação numa lógica de utilização do
inesperado para realizar processos de educação não-formal. Assim, a animação
deve partir sempre do pressuposto de que estamos a utilizar outras técnicas para
educar a criança.
A Cultura Apresenta-se como um bem social e uma realidade por isso o seu acesso
e usufruto não deve criar problemas. Ainda que este acesso deva ser adaptado ou
condicionado a NEE. A própria cultura determina um elemento importante de
criatividade, onde todos podem participar e criar, quer na sua criação cultural
individual quer colectiva do grupo em que se inserem.
Existem portanto formas de apresentar a Cultura:
«Cultura Popular»: que se baseia em relações frente a frente, responde a
especificações locais, é uma cultura por vezes desvalorizada, tem um certo nível de
organização própria, é de carácter anónimo, transmite-se oralmente, no seio da
família ou em pequenos grupos.
«Alta Cultura»: é formada pela produção literária, artística e filosófica, que teve
diversas manifestações com o passar do tempo e durante alguns períodos, centra-
se no domínio das «artes e ciências».
«Cultura de massas»: baseia-se na produção e no consumo estandardizadas,
cumpre normas fixadas internacionalmente, apoia-se em relações internacionais, é
gerada pela cultura oficial, destina-se à população que não tem acesso aos níveis
mais elevados da cultura.

Exercícios: Durante 10 a 15 minutos reflicta, em grupo, sobre qual o grupo


cultural em que pensa estarem inseridos os seus utentes.

Deste modo, estão presentes diferentes “níveis de público”, onde no nível mais
baixo se encontra a “cultura de massas, que os grandes meios tecnológicos
difundiram e puseram ao alcance do grande público. No entanto, ainda continua a
existir um sector privilegiado em rendimentos e nível cultural que acede às mais
diversas formas culturais, de programas que incluem o desfrute e o acesso a
diversos acontecimentos culturais (teatros, museus, exposições, etc.).

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Podemos considerar três níveis de público:
«Público real»: Tem o privilégio de desfrutar e possuir a maior parte dos
instrumentos para acesso e disposição das infra-estruturas culturais, desenvolve
um trabalho de nível intelectual e possui níveis médios de instrução.
«Público potencial»: Possui níveis de instrução médios altos.
«Pré-público» e «Não-público»: possuem um baixo nível de instrução ou
analfabetismo, desenvolvem habitualmente actividades de carácter manual, estão
excluídos do acesso a qualquer tipo de infra-estruturas e de instrumentos e meios
de estudo depois da infância.
A animação não se pode reduzir ao carácter lúdico mas deve considerar um amplo
conjunto de realidades sociais (saúde, economia, cultura, espiritualidade, educação,
etc.).
A animação deve ainda orientar-se, no caso do jovem, para o trabalho, o
desenvolvimento pessoal (criatividade, juízo crítico, participação na vida cultura) e
a formação, tendo em vista o exercício dos direitos e das responsabilidades cívicas
(ou para a participação social).

É objectivo da animação e do seu carácter lúdico:


• Dinamizar a vida cultural da comunidade;
• Impulsionar o associativismo dos cidadãos;
• Promover actividades alternativas para os tempos livres;
• Criar oportunidades de relacionamento e colaboração;
• Realizar programas para grupos desfavorecidos, ajudando-os na integração
social.

A ideia de cultura presente na animação sociocultural não é a correntemente


conhecida, não é a cultura dita culta ou académica. Como sabemos na animação
existe em cada pessoa uma “cultura” que se estende do particular para o geral, e
do geral para o particular. É a estrutura da pessoa que deve ser respeitada mas
trabalhada.
Considera-se que o indivíduo e a sociedade são duas componentes que se
influenciam mutuamente. Por isso mesmo devemos considerar sempre o campo da
animação sociocultural, pois, só conhecendo a cultura da pessoa se pode fazê-la da
melhor forma.

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A ideia de cultura subjacente no conceito de animação sociocultural está presente
no sentido antropológico do termo, sendo assim um conceito muito amplo.
Devemos realizar projectos consoante as culturas, mas não devemos limitar o
acesso a outras culturas, pois se o fizermos estamos a legitimar a diferença,
limitando o acesso. Com jovens com deficiência nunca devemos limitar o acesso
mas devemos sim permitir o acesso aos mesmos desafios ainda que, por vezes,
redefinindo estratégias.

O que é animar?
Animar: Dar vida, dar ânimo.
Animação: existe sempre promoção de movimento e dinâmica. Participação activa,
é a cultura em evolução, liberdade de expressão para todos, criatividade, avaliação
do grupo, abertura a todos, progressismo, libertação, etc.
O conceito de animação sociocultural, engloba projectos que abarcam vários tipos
de práticas, instituições, meios, funções etc., e o que hoje esta expressão abrange
é muito mais antigo do que a própria denominação. Percebe-se por animação,
“acção e efeito de animar ou animar-se”, e o verbo animar, “comunicar com a
alma, comunicar valor, comunicar força e actividade a coisas inanimadas”, etc.
Assim temos a percepção do conceito de animar, tendo de ter em conta muitas
atitudes implícitas que revelam o ânimo da pessoa, pois quando temos ânimo, isso
manifesta-se de múltiplas formas, por isso, devemos ter sensibilidade para
perceber todos esses sinais. A animação sociocultural é uma prática social crítica e
libertadora.

O que significa lazer?


Lazer: Tempo de que se pode dispor sem prejuízo das ocupações ordinárias.
Descanso, folga, ócio, passatempo.

Exercício: Por favor, em grupos, façam um breve levantamento das associações,


instituições públicas e privadas que pertencem à Vossa comunidade e que poderão
ser a base para desenvolver projectos de animação sociocultural e lazer.

Conceitos próximos de animação sociocultural


Educação É um conceito que se refere a todo o universo de educação.

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Permanente Reúne os melhores desejos gerados pela pedagogia. Contribuiu,
na sua abrangência para reforçar a aceitação da dimensão
educativa da animação sociocultural. Pode dizer-se então que, a
animação sociocultural, tal como qualquer outro processo
educativo, faz parte da educação permanente.
Educação social e Dentro do contexto de animação sociocultural, a pedagogia
Pedagogia social social pode ter três utilizações diferentes:
1. social é o contexto de actuação educativa, normalmente
não escolar. Acção de recuperação de jovens marginalizados
etc., por parte de educadores sociais.
2. pode ser uma dimensão da personalidade a que a acção
educativa se dirige. Disciplina que tem por objectivo a educação
social do indivíduo. Parte-se do princípio de que a personalidade
humana tem diversas facetas, podendo ser objecto de atenção
educativa específica, e que sobre ela se podem elaborar
disciplinas particulares. Aqui a relação entre pedagogia social e
ASC dá-se na medida em que a ultima salienta a atenção em
relação ao que é social.
o objecto da pedagogia social está definido em função dos
destinatários da acção educativa, que são quem se encontra em
situação de conflito social, tornando-se uma pedagogia da
necessidade. Procura-se uma animação com uma abordagem
pluri e multidisciplinar.
Educação não É comum situar a ASC no sector não formal. Actividades que se
formal e informal desenvolvem quase sempre fora dos currículos regularem.
Pretende-se dar atenção às necessidades e interesses concretos
das populações, com metodologias activas e participadas. A
própria escola inclui processos não formais e informais de
educação. É importante na ASC ter em conta, os contextos de
actuação e as actividades que se promovem, pois os programas
de ASC se concretizam em instituições de educação informal e
nos contextos de educação formal. As actividades concretas
promovidas pela ASC podem ser de carácter não formal ou
mesmo informal desde logo. A ASC pode colaborar para a
articulação da educação formal, não formal e informal.

Pedagogia do ócio e Ambos os sectores, quer a ASC que da pedagogia do ócio estão

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Educação nos em expansão. Ao falar-se de pedagogia do ócio lembramo-nos de
tempos livres actividades como ludotecas, grupos de escoteiros etc. –
instituições cujos utentes costumam ser jovem. Ao falar-se de
ASC as pessoas pesam em centros cívicos, universidades
populares etc. – instituições com uma clientela mais adulta. Esta
é a polarização existente entre os dois campos. A pedagogia já
se adequa à terceira idade sendo assim uma pedagogia/
intervenção nos tempos livres. Algo que também distingue estes
conceitos, a pedagogia centra mais o seu estudo em torno dos
tempos livres e a ASC em torno do conceito de cultura,
comunidade, participação etc.

1.2. A actividade lúdica

O que é a actividade lúdica?


Actividade lúdica: todo e qualquer movimento que tem como objectivo produzir
prazer quando de sua execução, ou seja, divertir o praticante.

Criatividade;

Actualização;

Difusão cultural;

Actividades ao ar livre;

Tradições locais.

Sumariamente teríamos as seguintes características sobre a actividade lúdica:

São brinquedos ou brincadeiras menos consistentes e mais livres de regras ou


normas;

São actividades que não visam a competição como objectivo principal, mas a
realização de uma tarefa de forma espontânea e com prazer.;

Existe sempre a presença de motivação para atingir os objectivos.

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Como caracterizações da animação sociocultural (existe um leque de formas
distintas para a caracterizar podendo a animação sociocultural ser vista como):
1. Acção, intervenção, actuação.
2. Actividade ou prática social.
3. Método, maneira de proceder, técnica.
4. Processo.
5. Programa, projecto.
6. Função social.
7. Factor, que gera, que produz etc.
Finalidades da animação sociocultural (apresentam-se algumas das finalidades
expressas nas definições de animação sociocultural):
1.Enunciados que enfatizam a dimensão cultural.
2.Enunciados que enfatizam a dimensão social.
3.Enunciados, também de carácter social, que enfatizam a
participação e o associativismo.
4.Enunciados que enfatizam os aspectos pessoais e educativos.

1.3. Técnicas de animação adequadas à especificidade de cada


cliente/ utilizador:
Algo que devemos ter presente são as características particulares da população
com que trabalhamos para implementarmos técnicas de animação que sejam
adequadas a eles.

Exercício: Sugiro que, em grupo, delineiem as etapas de um pequeno projecto de


animação para os utentes com quem trabalham para cada dia de uma semana.

As fases de um projecto:
Ao considerarem a importância de delinearem estratégias para a concretização de
um projecto de animação devem ter em conta as seguintes fases:
Introdução: Onde existe a argumentação relativa à importância do projecto, a
pergunta de partida ou problema.
Objectivos: Devem definir o objectivo geral da intervenção e os objectivos
específicos de cada actividade.
Desenvolvimento: As práticas de animação podem ser argumentadas através de
alguns estudos efectuados. Da mesma forma devem sempre colocar a
caracterização do público-alvo e todas as actividades propostas.

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Metodologias: Devem ser descritas todos os métodos e técnicas que serão
utilizados para a realização de cada actividade de animação incluindo materiais
necessários, espaços físicos e possíveis parcerias.
Avaliação: Todos os projectos necessitam de avaliação durante ou após as práticas
de animação. Podem construir-se vários tipos de instrumentos e os participantes
podem e devem contar para a avaliação do projecto. É através da avaliação que se
consegue garantir o melhoramento das práticas.
Conclusão: Devem ser expostas todas as conclusões relativas às práticas utilizadas
com o público em questão.

Algumas técnicas de animação:


 Promoção de mesas redondas para discutir/ falar de questões de interesse
das crianças (condicionado à idade e característica das pessoas). Objectivo:
promover a capacidade de argumentação, pensamento e relacionamento.
 Role-playing, onde se dá a simulação de situações, em que ao aluno é
atribuído directamente um papel que deve interpretar. Objectivos: colocar a
criança ou jovem na pele do outro o que faz com que desenvolva o
sentimento de compaixão e aceitação do diferente. Para além disto a
dramatização é extremamente importante para desenvolver capacidades
cognitivas e de comunicação.
 Philips 6x6, em que se formam grupos de 6 pessoas que devem procurar
resolver um problema que lhes é colocado. A resolução deve resultar da
autêntica aceitação da opinião de todos e não da junção das partes.
Objectivo: O objectivo principal desta técnica é desenvolver a resolução de
problemas em grupo.
 Localização geográfica: Cada integrante do grupo é de uma região diferente
e juntos formam um mapa (Importante: se os participantes forem todos do
mesmo local, determine um lugar para cada um). Peça para cada membro
ficar onde ele acha que fica a sua localidade de maneira a formar um mapa
o mais próximo possível do real. Objectivo: Contribuir para a consciência
geográfica e para a capacidade de trabalho de grupo.
 Uma palavra de encorajamento: Numa folha de papel peça para cada
elemento desenhar o contorno da sua própria mão. Com uma fita adesiva cole
esse contorno nas costas deles. Enquanto circulam pela sala cada um deve
escrever alguma coisa positiva nas costas uns dos outros. Objectivo:
Desenvolver a capacidade de empatia e fraternidade para com o outro.

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 “Eu nunca” (10 doces): Todos os participantes recebem uma saca com doces
no início da actividade. Cada um no círculo termina a frase “Eu nunca...”
Todos aqueles que fizeram aquilo que o outro nunca fez deverão dar a essa
pessoa um dos seus doces. Objectivo: Auto e Hetero-conhecimento.
 Conhecer o meu corpo: Com papel de cenário cada elemento do grupo deve
deitar-se e deixar ser contornado por outros elementos do seu grupo. Depois,
todos juntos, devem colorir e completar o corpo do colega. Objectivo: Esta
actividade contribui para que a pessoa fique a conhecer melhor a sua
estrutura física.
A utilização das diversas formas de arte deve ser uma constante em animação.
Veremos estas propostas mais à frente nesta formação.

A animação sociocultural pode actuar sobre uma comunidade ou sector da mesma.


Sobre um conjunto da população ou, um grupo de jovens etc. através da animação
podem ser desenvolvidos características da educação para o desenvolvimento,
educação ambiental, educação para a paz, interculturalidade, etc.

1.4. Técnicas de animação segundo o grupo etário:

Animar não é infantilizar:


É sempre importante salientar o trabalho de animação implica constantemente um
carácter pedagógico e lúdico que pode ser desenvolvido para elementos de
qualquer idade e com problemáticas muito diversas. Devemos adequar o trabalho
ao nosso público-alvo, contudo devemos ter o cuidado de actuar de forma real. Não
devemos portanto cair no erro de infantilizar o trabalho do adulto só porque
consideramos que animar é entreter. Esta concepção está errada. Porque é que
esta concepção está errada?

Animação para as crianças em idade pré-escolar e 1º ciclo:


Estádio sensorio-motor (0-2/3 anos)

De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce em um universo para ela
caótico, habitado por objectos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do
campo da percepção), com tempo e espaço subjectivamente sentidos, e
causalidade reduzida ao poder das acções, em uma forma de onipotência" (id ibid).
No recém-nascido, portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos

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aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo que circunda a criança é
conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento
dos olhos, por exemplo). Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais
movimentos reflexos e adquirindo habilidades e chega ao final do período sensorio-
motor já se concebendo dentro de um cosmo "com objectos, tempo, espaço,
causalidade objectivados e solidários, entre os quais situa a si mesma como um
objecto específico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem".

Crianças dos 0 aos 2/3 anos


- Brincadeiras, que promovam o desenvolvimento do jogo simbólico;
- Exploração do seu próprio corpo com fim à comunicação através de gestos,
sons, movimentos e expressões faciais.

Estádio pré-operatório (3-7 anos)


O que marca a passagem do período sensorio-motor para o pré-operatório é o
aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da
linguagem. Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma
condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um
trabalho de reorganização da acção cognitiva que não é dado pela linguagem,
conforme alerta La Taille (1992). Em uma palavra, isso implica entender que o
desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes,
ele caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe
uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e
da lógica. Para citar um exemplo pessoal relacionado à questão, lembro-me muito
bem que me chamava à atenção o fato de, nessa faixa etária, o meu filho dizer
coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo, portanto, o egocentrismo
característico desta fase do desenvolvimento.
Crianças de 3 aos 4 anos
- Brincadeiras que exploram actividades de equilíbrio do corpo como subir, correr,
transportar objectos, etc.; (cores, tacto, jogos tradicionais, etc.)
- Exploração activa do meio ambiente, descoberta da novidade e do mundo
exterior; (os animais, as plantas e representações múltiplas, etc.)
- Exploração das brincadeiras de imitação e iniciação das actividades de
socialização;
- Intensificação de actividades de grafismo e colagem;
- Jogos do "porquê", para atender à necessidade da curiosidade da criança.

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Crianças de 5 aos 6 anos
- Exploração de jogos para enriquecer o vocabulário;
- Exploração do imaginário: contar e inventar histórias; improvisação e teatro
infantil;
- Jogos de desenvolvimento da memória;
- Brincadeiras de observação de detalhes;
- Actividades de criação de hábitos de respeito às regras;
- Jogos colectivos de intensificação de atitudes e de integração, visando a
adaptação da criança à realidade.
Crianças acima dos 6 anos
- Jogos de concentração, precisão, de resistência e perseverança;
- Brincadeiras de grupo e de desafio;
- Jogos de aperfeiçoamento de habilidades;
- Jogos de classificação e organização;
- “Jogo de exercício”;
- “Jogo de regras”, onde estão inseridos os jogos tradicionais;
- “Jogo simbólico”;
- Jogos dramáticos.

O jogo dramático
É forma de expressão do real e do imaginário, ganha assim estatuto privilegiado na
formação da criança no que respeita ao desenvolvimento de parâmetros psico-
motores e sócio-afectivos. Não se sujeita a balizas comportamentais demasiado
rígidas, o que flexibiliza e facilita o mundo da fantasia sem esperar em troca
compensações, nem recear insucessos provocados por reforços positivos ou
negativos e evitando aspectos competitivos ou de mero treino de outro tipo de
jogos.
A actividade de jogo dramático descrito não resulta de regras, não resulta da
vontade de produzir uma obra nem de nenhuma expressão estética determinada.
Antes resulta da vontade da criança em exprimir os seus sentimentos, emoções e
interesses face a uma realidade que deseja viver e reviver através da acção, bem
como o desejo de compreensão de todo esse mundo.
Mas a criança, neste processo de jogo dramático, deseja comunicar com o outro o
que sente. Para sua afirmação e para exteriorização do Eu, tem necessidade que
outro jogue também.

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Importa ainda referir que esta actividade necessita de uma matriz/ um plano de
acção. Necessita igualmente de uma observação sistematizada e de intervenção.
Normalmente, o jogo dramático atinge o seu expoente máximo no Jardim de
Infância ou com crianças e jovens com défice cognitivo.

Animação para crianças jovens e adolescentes:


Estádio das operações concretas (8-12 anos)

Neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no


ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da
capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista
diferentes (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente. Um
outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade
da criança de interiorizar as acções, ou seja, ela começa a realizar operações
mentalmente e não mais apenas através de acções físicas típicas da inteligência
sensorio-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre
várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a
acção mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a acção física). Contudo,
embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas
conceituais como as acções executadas mentalmente se referem, nesta fase, a
objectos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma
concreta.

Estádio das operações formais (12/13 em diante)


Nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já
consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar
esquemas conceituais abstractos e através deles executar operações mentais
dentro de princípios da lógica formal. De acordo com a tese piagetiana, ao atingir
esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue
alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Isso não quer
dizer que ocorra uma estagnação das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido
na adolescência.

Algumas técnicas de quebra-gelo:


Nomes e números:
Quando as pessoas chegarem à sala, cada uma deve receber um crachá com o seu
nome na frente e um número atrás. Faça com que elas circulem pela sala e se

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apresentem. Após alguns minutos, peça a todos que virem os crachás para o outro
lado, ou seja do lado do número. Entregue a cada um uma folha numerada e veja
quem consegue escrever mais nomes ao lado do número correspondente.
Uma palavra de encorajamento:
Numa folha de papel peça para cada elemento desenhar o contorno da sua própria
mão. Com uma fita adesiva cole esse contorno nas costas deles. Enquanto circulam
pela sala cada um deve escrever alguma coisa positiva nas costas uns dos outros.
A teia:
Quando os jovens ou crianças não se conhecem e chegam à sala é importante
darem-se a conhecer. Para tal pegamos num novelo de lã colorido e cada um vai
ficando com a ponta que lhe chega depois de ser atirado de uns para os outros. As
crianças devem apresentar-se, na medida do possível, para que todos ouçam. No
final certamente já sabem o nome de alguns colegas e sentem-se mais desinibidos
para começarem o trabalho.

1.5. Jogos de interior:

Exercício: O que entendem por jogos de interior? Quais as vossas propostas para
jogos de interior?

Dinamização do clube de leitura;


Ateliers de dança;
Ateliers de canto;
Atelier de expressão plástica,
Atelier de culinária;
Atelier de artes manuais;
Caixa aberta (expressividade da criança deficiente);
Música como terapia;
Dança como terapia;
Dramatização como terapia;
Dinamização de um grupo de teatro;
Oficina de valores;
Semana multicultural;

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Actividade de leitura: ler uma pequena história ao grupo pedindo, de seguida, que
cada elemento reescreva ou descreva a mesma sem utilizar uma letra do alfabeto.
No final, cada um irá ler a sua história para o grupo.

O espaço da animação:
Não se devem efectuar acções em espaços muito grandes, pois a dimensão elevada
dificulta a actuação. Por isso, sempre se considerou a animação como um tipo de
acção muito contextualizada e enraizada em âmbitos territoriais concretos. Não é
costume, falar-se de programas ou projectos de animação sociocultural que tenham
como âmbito de actuação, por exemplo, a Espanha, ou até uma grande cidade
como Barcelona. Em suma um programa de animação sociocultural pode ter como
âmbito de incidência próprio uma região ou um distrito e, mais geralmente, trata-
se de acções em povoações, zonas residenciais ou mesmo âmbitos mais reduzidos.
Devido a esta especificação territorial e altamente contextualizada precisamente, é
que não soaria muito bem falar, por exemplo, de animação sociocultural através
dos grandes meios de comunicação de massa.
O objectivo principal da animação sociocultural é promover nos membros
uma atitude de participação activa no processo do seu próprio desenvolvimento
quer social quer cultural. Claro que esta finalidade inclui a ideia de participação,
mas esta, constitui-se como outro dos núcleos mais essenciais da animação. E
salienta que não se trata apenas de facilitar a participação, mas de qualquer coisa
de alcance mais ambicioso: promover uma atitude participativa. Reside aí, na nossa
opinião, a dimensão mais inequivocamente educativa da animação sociocultural.
Assim, trata-se de transformar os destinatários da acção sociocultural em sujeitos
activos da comunidade a que pertencem.
Assim, é apontado também como objectivos principal da animação
sociocultural, estimular nos indivíduos e na comunidade uma atitude aberta e
decidida para se incorporarem nas dinâmicas e nos processos sociais e culturais
que os afectam e também para se responsabilizarem na medida que lhes
corresponde.

1.6. Jogos de exterior:

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Exercício: O que são jogos de exterior? Quais as vossas propostas para jogos de
exterior?

Dinamização de recreios;
Promoção e dinamização de feiras temáticas;
Horta pedagógica;
Jogos tradicionais;
Jogos de grupo;
Semana das profissões (articulação com meios locais);
Colóquios;
Semana de campo;

1.7. Actividade física:

A actividade física faz parte da promoção e educação para a saúde que qualquer
entidade tem por obrigação promover. Como sabemos a actividade física pode ser
feita das mais diversas formas e favorece, acima de tudo, as crianças e jovens que
têm problemas associados à obesidade. Custosa poderá ser a realização de uma
aula de ginástica por isso mesmo, para além das actividades comuns tais como:
ginástica, basquetebol, voleibol, futebol, natação, etc.; devem ser promovidas
actividades que motivem os jovens e crianças à participação sem que
conscientemente esteja implicada a actividade física.

Exercício: Quais as vossas propostas de actividades de animação que envolvam a


actividade física de forma inconsciente?

-Caça ao tesouro;
-Futebol sem bola;
-Jogos tradicionais;
-Apanhada;
-Labirinto;
-Esconde-esconde;
-Os animais da floresta;
-As plantas do parque;
etc., etc.

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1.8. Meios de expressão:

1.8.1. Arte plástica:


A pintura e a escultura têm um papel preponderante no desenvolvimento
salutar de qualquer jovem e criança. Todo o organismo entra em funcionamento
quando é necessário dar azos à imaginação, escolher cores, sentir os cheios, as
texturas das tintas ou do barro, etc. Da mesma forma que com a música deve ser
procurado proporcionar a convivência das crianças e jovens com artistas plásticos
em contexto de trabalho. Estas actividades serão obviamente condicionadas à idade
e às limitações das crianças. As crianças e jovens sentem prazer em desenhar,
pintar, rabiscar, cortar e criar, porque é assim que elas se expressam. As pessoas
portadoras de deficiência que, muitas vezes, possuem limitações elevadas ao nível
da comunicação, conseguem comunicar através da produção artística. Utilizam sua
imaginação para inventar ou transformar desenhos, criando sempre o inusitado, o
novo, o diferente. As crianças desvelam-se e revelam-se por meio de manifestações
expressivas, cabendo ao animador proporcionar oportunidades para momentos de
criação, compreensão e imaginação. Sendo fundamental que o animador observe
os limites da criança na arte de desenhar, e compreenda também a importância da
criança criar o seu desenho e titulá-lo livremente, sem se basear em modelos pré-
determinados, evita-se assim que esses modelos prontos interfiram no imaginário
da criança. Além disso, sabemos que é na medida em que a criança e o jovem vai
fazendo novas descobertas e tendo contacto com novos materiais, que vai
estruturando o seu vocabulário visual. É de extrema importância que o animador se
certifique da disponibilidade dos materiais diversos para o efeito, podem ser
(re)utilizáveis a argila, o papel, a tinta, a sucata. Segundo Cunha (1999, p. 10)
"para que as crianças e os jovens tenham possibilidades de desenvolverem-se na
área expressiva, é imprescindível que o adulto rompa com seus próprios
estereótipos (...)". Assim, o animador tem que fazer parte do processo de
descoberta da criança, desprezando os estereótipos e abrindo a mente para novas
ideias e novos materiais, não só entendendo, mas vivenciando as linguagens da
arte com a criança.

Exercício: Programe uma actividade de animação para o seu público onde pode
utilizar recursos diversos, espaços distintos, diferentes atores, ainda que no
contexto da arte plástica.

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1.8.2. Arte dramática:
O teatro e, por conseguinte a dramatização ou expressão dramática, desenvolve
grande parte da consciência emocional, desenvoltura verbal e autonomia das
crianças. É com certeza interessante na lógica da animação construir um “grupo de
teatro” em que cada criança será um actor, agindo no mundo imaginário, criando
alguma consciência e distinção entre a brincadeira e o mundo real, e
desenvolvendo a memória, a linguagem e a expressividade. Tal como com as
outras artes, é salutar proporcionar às crianças o contacto com atores e peças de
teatro amador e profissional adequadas à sua facha etária e às suas problemáticas.
A dramatização livre e espontânea dos contos de fadas e dos contos tradicionais
desenvolvem na criança e no jovem a criatividade, tornando-os mais
comunicativos, desenvolvendo assim a sua capacidade de socialização. É através do
imaginário, do maravilhoso, que a criança cresce afectivamente ultrapassando,
muitas vezes, traumas que uma educação repressiva, ou a doença, ajuda a criar. O
conto é um espaço de mediação entre o consciente e o inconsciente, entre o “eu”
da criança e o seu mundo. A dramatização ajuda o educador a encontrar o núcleo
gerador da interdisciplinariedade. A sua compreensão leva-o à descoberta dos
segredos da pedagogia.

1.8.3. Música:
A música deve ser uma constante no quotidiano das crianças e jovens. São
conhecidos em diversos estudos os benéficos efeitos da submissão das crianças a
certos géneros musicais. Pode utilizar-se a música enquanto música funcional, que
é a música de fundo para uma determinada actividade; ou como música de fundo,
que é a música utilizada em torno da qual se desenrola a actividade. É importante
proporcionar permanentemente um ambiente acolhedor e estimulante para que as
crianças se desenvolvam plenamente com música. Sabemos que é frequente a
utilização da música como meio de participação, comunicação e crescimento. É
importante levar a cabo ao longo do ano a intervenção de diversos agentes da
comunidade com distintos géneros musicais a serem apresentados, ao vivo, em
apresentação para as crianças. Ostetto (2007, p. 35-36) diz que "não é mesmo
novidade dizermos que é pelas diferentes experiências com/no mundo sensível que
a criança vai se apropriando de formas mais complexas de ver e ler esse mesmo
mundo." Pensando assim, reforçamos a ideia de que a criança faz sua interpretação

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em função das suas informações e dos seus interesses, tendo como fundamento as
suas vivências.

Exercício: Por favor, sugiram géneros musicais para diferentes actividades


considerando a distinção entre música funcional e a música de fundo.

1.8.4. Literatura:
A literatura é uma arte que, por si mesma se entende como um bem essencial da
humanidade. Como tal, sabemos a importância da imagética para o
desenvolvimento saudável das crianças. Assim devem procurar proporcionar às
crianças momentos de “contos de fadas” onde a literatura adequada às idades em
causa os faça criar vontade de aprender e conhecer as histórias por detrás daquele
papel. Será interessante por exemplo comemorar ao longo do ano vários dias da
leitura/ de contos e elaboração criativa dos mesmos.

Exercício: Por favor procurem interpretar em voz alta, de forma dramática, o conto
a seguir apresentado.

Era uma vez uma rainha que sonhava em ter uma filha. Um dia, enquanto
costurava perto da janela, espetou o dedo na agulha e uma gota de sangue caiu na
neve.
— Ela pensou, então: "Quem me dera ter uma filha branca como a neve,
com os cabelos negros como o ébano e os lábios vermelhos como o meu sangue!"
Algum tempo depois, seus desejos foram realizados: ela deu à luz uma
filha que tinha a pele branca como a neve, os lábios vermelhos como sangue e os
cabelos negros como ébano. A princesa foi batizada como Branca de Neve.
Meses depois, a rainha faleceu e, passado um ano, o rei se casou de novo
com uma bela e orgulhosa mulher, que não admitia que nenhuma outra fosse mais
bonita do que ela. Possuía até um espelho encantado e um dia perguntou-lhe:
— Espelho, espelho meu! Existe no mundo alguém mais bela do que eu?
— Ah, minha cara rainha, só Branca de Neve possui beleza maior que a
sua.
A rainha ficou louca de raiva e ordenou a um caçador que levasse a
princesa para passear na floresta e lá, bem longe, desse um fim em sua vida. Como

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prova de que havia cumprido com a sua missão, a malvada pediu ao caçador que
lhe trouxesse o coração da pequena como troféu.
O caçador contou à Branca de Neve o que sua madrasta havia ordenado,
mas ficou com pena da linda jovem e resolveu deixá-la ir embora. No lugar do seu
coração, levou para rainha o de um animal.
Enquanto isso, a pobre menina, que vagava sozinha pela floresta, viu uma
pequena cabana no meio de uma clareira e resolveu entrar lá, para descansar um
pouco. Tudo lá dentro era pequeno. Havia uma mesinha coberta por uma toalha e
sete pratinhos, sete colherzinhas, sete faquinhas, sete garfinhos e sete copinhos.
No quarto, ficavam sete caminhas.
Branca de Neve estava com tanta fome e com tanta sede, que não resistiu
e tirou um pouquinho de comida de cada prato e um pouquinho de água de cada
copo, pois não queria tomar tudo de uma só vez.
Já era noite quando os donos da cabana voltaram. Eram sete anões, que
trabalhavam numa minha. Eles acenderam sete velas e, quando o interior da
cabana ficou iluminado, notaram que alguém tinha estado ali.
Um dos anões foi até o quarto e viu Branca de Neve deitada. Chamou,
então, os outros, para que a vissem. Ao notarem a doce menina dormindo, todos
exclamaram ao mesmo tempo:
— Uau! Que linda!
Os sete anõezinhos ficaram encantados e resolveram não acordar a bela
jovem.
Quando amanheceu, Branca de Neve acordou e ficou assustada
ao ver os sete anões. Eles, porém, se mostraram muito amáveis. A menina contou
o que aconteceu e eles a convidaram para morar ali e tomar conta da casa
enquanto trabalhavam.
No castelo, a rainha voltou a perguntar ao espelho encantado se havia,
agora, no mundo, mulher mais bela do que ela.
— Você é muito bela, minha rainha, mas sua enteada vive muito feliz com
os sete anões — respondeu o espelho.
A rainha ficou estarrecida quando soube que Branca de Neve ainda estava
viva e dirigiu-se a um aposento secreto, de aspecto sinistro. Lá, a malvada
preparou uma maçã envenenada e, em seguida, pintou o rosto e se vestiu como
uma pobre camponesa. E lá foi ela em direção à cabana dos sete anões.
Quando ouviu batidas na porta, Branca de Neve foi até a janela e disse:
— Não posso deixar ninguém entrar aqui. Ordem dos sete anões.

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— Não preciso entrar — replicou a madrasta disfarçada. — Só quero um
copo d'água.
Branca de Neve atendeu ao pedido daquela pobre senhora que, como
agradecimento, tirou uma maçã da sua cestinha e ofereceu à bondosa jovem.
Branca de Neve olhou para a maçã e seu aspecto era tão apetitoso, que
realmente dava água na boca. Então, quando mordeu a maçã, caiu mortinha.
A rainha, feliz da vida, voltou para o castelo e consultou o seu espelhou
mágico:
Espelho, espelho meu! Existe no mundo alguém mais bela do que eu?
Em verdade não há, minha senhora — respondeu o espelho. A rainha deu
pulos de alegria.
Quando voltaram para casa, os sete anões encontraram Branca de Neve
estendida no chão, imóvel, sem respirar. Eles a colocaram em um caixão de cristal
e se sentaram ao redor, chorando sem parar durante três dias.
Um príncipe que passava pela floresta, viu o caixão e, dentro dele, a linda
Branca de Neve.
— Por favor, me deixem levar o caixão. Darei o que vocês quiserem em
troca — disse o príncipe.
Os anões, porém, responderam:
— Não nos separamos dela nem em troca de todo o ouro que há no
mundo!
— Velarei por ela como o meu bem mais precioso — insistiu o príncipe.
Ao ouvirem aquelas palavras, os bondosos anões acabaram concordando.
O príncipe partiu levando o caixão, que foi carregado por seus soldados. De
repente, eles tropeçaram em um toco de árvore e o caixão quase caiu. Balançou
tanto, que o pedaço de maçã envenenada saltou da boca de Branca de Neve; ele
estava atravessado na sua garganta. Logo em seguida, ela abriu os olhos e
perguntou:
— Onde estou? — gritou a bela jovem.
— Está comigo! — exclamou o príncipe, contando tudo o que aconteceu. E
ele concluiu: — Eu te amo mais do que qualquer coisa no mundo. Venha comigo ao
palácio do meu pai. Você será minha esposa.
Branca de Neve aceitou o pedido e o casamento se realizou com a maior
pompa. A madrasta também foi convidada para a festa.

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Quando chegou ao casamento e reconheceu Branca de Neve, ela ficou com
tanta raiva e tanto medo, que foi incapaz de dar um passo. Na mesma hora, teve
um troço e caiu durinha.

1.8.5. Dança:
A dança é uma arte que promove a expressividade, a emotividade e a
desenvoltura pessoal e social. A dança, por inerência, está associada à música e ao
trabalho físico. Assim, é de extrema importância proporcionar às crianças
momentos de dança, orientados pelos docentes ou por convidados (professores de
dança).

1.9. Meios audiovisuais

1.9.1. Televisão, Cinema e Vídeo:


A televisão é um meio de comunicação primordial e de excelência nos nossos dias.
Podemos desenvolver diversas actividades de animação com pressupostos diversos
através da utilização do meio televisivo. Obviamente pode ser uma forma de
transmitir conhecimentos acerca de outras realidades às crianças e jovens. Contudo
podem ser desenvolvidas actividades de raciocínio concreto.
O cinema é uma forma de animar as crianças e jovens porque se proporciona uma
actividade diferente do habitual e é mais fácil a abstracção e a incorporação na
história do filme. As visualizações devem ser adequadas à idade e às limitações das
crianças e jovens.

Exercício: Pode sugerir uma actividade que promova a cognição através da


televisão?

Exemplo: Se passarmos um vídeo onde constem perguntas e respostas ou


problemas podemos utilizar esse facto para “obrigar” a criança a apresentar
soluções ou mesmo apresentar, imaginariamente, o final da história. O animador
deve sempre conduzir esta actividade para que a criança considere todas as
características presentes no filme.

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1.10. Técnicas de observação:

Por natureza o ser humano é um observador. Assim agimos desde os primeiros


momentos da nossa vida por observação. Agimos por efeito mimético, de imitação.
O observador deve ser uma pessoa atenta por inerência. O animador deve ser
sempre um observador. Somente desta forma poderá avaliar o projecto
desenvolvido e melhorar ou manter as práticas aplicadas ao público em questão.
Observação directa: Na observação directa o investigador recolhe directamente as
informações, sem que haja intervenção dos sujeitos observados. Define os
indicadores pertinentes e constrói as grelhas de observação, realizando o conjunto
das operações através das quais o modelo de análise (constituído por hipóteses e
conceitos) é submetido ao teste dos factos e confrontado com dados observáveis.
Observação indirecta: Quando observamos um fenómeno a partir de filmes,
fotografias, esboços. Na observação de uma paisagem podemos identificar 3
planos. O primeiro plano é o que se encontra mais próximo do observador e onde é
possível destacar maior número de detalhes da paisagem. O segundo plano
constitui o plano intermédio e o terceiro plano ou plano de fundo corresponde à
área mais afastada do observador e onde se perde a riqueza do pormenor de
observação.

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Observador participante: Aquele que interage na situação que observa. O animador
por inerência é sempre um observador participante, porque tem de responder às
necessidades das crianças enquanto observa.
Observador não-participante: O observador permanece no seu papel de observador
e não interfere de forma alguma com a actividade de animação em decurso.

A observação é portanto uma técnica que se caracteriza como importante fonte de


dados.

1.11. Entrevista:

A entrevista é um modo de recolher dados e pode servir para avaliação diagnóstica


ou para avaliação da aplicação da prática de animação anterior.
A técnica da entrevista poderá ser utilizada em vários momentos do trabalho de
investigação a realizar com os professores e os alunos de turmas observadas.
A finalidade das entrevistas a realizar consiste na recolha de dados de opinião que
permitam não só fornecer pistas para a caracterização do processo em estudo,
como também conhecer sob alguns aspectos os intervenientes do processo. Isto é,
se, por um lado, se procura a informação sobre o real, por outro lado, pretende-se
conhecer algo dos quadros conceptuais dos entrevistados, enquanto elementos
constituintes do processo.
As entrevistas têm, assim, finalidades de investigação, evidentes nos dois planos de
tratamentos de dados.
Tratando-se de entrevistas de investigação impõe-se proceder à definição de um
certo número de princípios, necessários à sua concretização, a sabe:
-evitar, na medida do possível, dirigir a entrevista;
-não restringir a temática abordada;
-estabelecer os quadros de referência utilizados pelo entrevistado.
De acordo com o primeiro princípio, procura-se dar a palavra “ao entrevistado”, não
cortando a sua expressão: o entrevistado poderá a bordar o tema como quiser,
durante o tempo que quiser, sem interferência do entrevistador.
Pretende-se utilizar, na condução da entrevista, uma orientação semi-directiva,
sem prejuízo de uma prévia estruturação da entrevista, estruturação desenvolvida
em termos de objectivos gerais e específicos.
A definição precisa dos objectivos é uma questão essencial que permitirá uma

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maior maleabilidade na escolha dos processos e meios utilizados na orientação da
entrevista.
Relativamente ao segundo princípio, procura salvaguardar-se a possibilidade de
alargamento, ao longo da entrevista, dos temas proposto ao entrevistado.
Em relação ao terceiro princípio, entende-se que a liberdade que se pretende dar ao
entrevistado não deverá ser incompatível com a necessidade de precisar os quadros
de referência do entrevistado, levando-o a esclarecer conceitos e situações.

Exercício: Elabore questões que podem fazer parte de uma entrevista na qual
pretende compreender as necessidades de animação de determinado público-alvo.
Não se esqueça que deve considerar desde logo as pessoas a entrevistar, sua facha
etária e grau de literacia.

1.12. Trabalho de grupo:

A importância de trabalhar em grupo.

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Exercício: Por favor observem as figuras a seguir apresentadas e procurem
escrever um diálogo entre as personagens da história:

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O trabalho em grupo promove a cooperação em busca de aprendizagem
contextualizada e significativa, tomando os conhecimentos prévios das crianças
como ponto de partida para novos conteúdos. Para isso, o animador necessita de
ser o mediador da aprendizagem, orientando as actividades de acordo com os
objectivos propostos, potencialidades, dificuldades e ritmo de aprendizagem
distintos. Para alcançar esse propósito, ele precisa de se responsabilizar pelo
planeamento detalhado do processo de animação, por meio do trabalho em grupo,
determinando as regras e as responsabilidades de cada um.

A adopção de estratégias diversificadas para potenciar a educação através da


animação em grupo possibilita o diálogo entre os conteúdos escolares, a sociedade
e o contexto social do jovem. A articulação entre os conhecimentos e a experiência
de vida do aluno na sociedade é determinante para incentivar a autonomia e
despertar o seu interesse pelos novos conhecimentos. O animador deve prever
oportunidades que promovam a participação activa da criança ou jovem na sua
aprendizagem não-formal e informal, significando isso afirmar que ele deva
instituir, na sua prática, situações pedagógicas que propiciem o trabalho colectivo,
contribuindo, efectivamente, para a construção do princípio de participação cidadã
dos jovens, estimulando o exercício de cooperação e solidariedade.

2. Actividades no exterior

Exercício: Por favor analise em grupo a notícia a seguir apresentada e faça


referência à importância das actividades no exterior para um salutar
desenvolvimento dos jovens e crianças.

Especialistas alertam sobre a importância das actividades ao ar livre


proporcionadas nas escolas

Pediatra diz que há um movimento médico sendo estabelecido, onde é


observado que as crianças estão passando por um 'transtorno de deficit de
natureza'

Carla Superti

Balneário Camboriú/SC - A cada dia que passa, a tecnologia entra mais cedo na
vida das pessoas. É comum ver crianças de sete, oito anos com celulares próprios,

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sabendo muitas vezes mais sobre internet e computadores do que os próprios pais.
Esse novo mundo da infância também é aprendido muitas vezes nas salas de aula.
Professores ensinam a teoria das matérias e não a levam para a prática, que fica
fora de uma sala de aula, um laboratório de informática. A prática do aprendizado
ao ar livre, com actividades que se relacionam à natureza, acaba não recebendo
seu devido valor. E isso vem preocupando médicos e especialistas que estudam o
crescimento dos pequenos e defendem o ensino de actividades ao ar livre
proporcionado pelas escolas.

"Sabemos hoje que os primeiros sete anos de uma criança é o momento em que
seu corpinho está crescendo, desenvolvendo e adaptando-se à vida e, portanto,
muito ligado à natureza. Isso é triste, pois num momento aonde o ser humano
deve estar mais próximo dela (natureza), nos deixamos envolver pela indústria
(poder económico) e tecnologia. Actividades extra sala de aula são fundamentais,
promovendo o convívio e movimento com a natureza mãe", afirma o pediatra
Juarez Furtado.

A não realização de actividades ao ar livre pode acabar prejudicando também o


crescimento mental das crianças. "O não conhecimento da vida ao ar livre impedirá
a formação de um ego equilibrado, podendo resultar em manifestações
incompreensíveis na vida adulta", reforça o psicanalista António Lopes.

Hoje existem escolas que promovem actividades ao ar livre para os pequenos,


como exercícios em relação a sustentabilidade, compostagem de lixo, plantação de
hortas, conhecimento das espécies da fauna e flora. Tudo isso relacionado ao
aprendizado de dentro da sala de aula, sendo uma forma de educação continuada.
Mesmo as escolas que não possuem espaço para este tipo de actividades podem
realizá-las, locando áreas verdes próprias para este tipo de aprendizado.

De acordo com a psicóloga Lidiene Fortes, hoje em dia, além da importância de


conhecer a natureza em si e realizar actividades físicas e culturais que se
relacionem com ela, é importante colocar desde cedo a ideia da necessidade de um
mundo voltado para a sustentabilidade. "Para que se consiga no futuro adultos
mais conscientes de seus actos e das consequências dos mesmos, adultos que
preservem e incentivem. Isso se inicia na escola, que é o lugar, depois da família,
que traz a maior base para o sujeito. O que se incentiva em uma infância saudável,
na maioria das vezes, reflecte no futuro", completa.

Sobre a falta de incentivo às actividades na natureza para as crianças, o pediatra


Juarez Furtado ressalta que assim, infelizmente, as crianças estão caminhando para
um abismo quando deixam de realizar essas actividades e utilizam apenas dos
dedos e cérebro. "Mal sabem que este “cérebro” vai precisar ser mantido e
“carregado” pelo seu corpo, que está em franco processo de endurecimento
(esclerose - muito precocemente). Já estamos nos deparando - na área da
pediatria – com doenças que antes acometiam apenas os idosos, agora
participando da vida de jovens e até crianças", alerta.

O pediatra explica que actualmente há um grande erro na valorização do intelecto


nas crianças, por exemplo, com pais que falam apenas "como meu filho é esperto,
inteligente" e esquecem que ressaltar a importância do contacto das crianças com o
mundo externo, a natureza. "Adoecimentos são gerados quando não colocamos
nosso organismo físico para trabalhar e exercitar nesse rico período de vida", diz
Furtado.

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Ainda conforme o pediatra, existe um movimento médico sendo estabelecido, onde
é observado que as crianças estão passando por um 'transtorno de deficit de
natureza'. "Um problema sério, tratado com uma profunda falta de atenção.
Precisamos conscientizar a sociedade sobre a situação das crianças hoje em dia e
sobre como a forma com que elas estão sendo cuidadas está trazendo problemas
não somente para elas próprias, mas para toda a sociedade", argumenta.

O psicanalista António Lopes completa o pensamento do pediatra reforçando que,


"se não houver o aprendizado com a natureza, difícil será a compreensão de como
as coisas acontecem. A curiosidade infantil é despertada a cada novidade que a
criança participa e, com isto, vai se formando a sua personalidade e a construção
dos valores morais e éticos de respeito as mais variadas formas de existência".

"O fato das crianças assistirem de cinco a seis horas de TV por dia, de serem
submetidas a 20 ou 30 anúncios de junk food por dia, de verem pouco seus pais,
de só se alimentarem de industrializados, de não se exercitarem porque ficam
paradas em casa, de serem expostas ao consumismo, submetidas a estímulos
electrónicos em excesso – É UM CRIME", pontua o pediatra Furtado.

Benefícios das actividades ao ar livre:


-Apanhar ar;
-Apanhar sol;
-Sentir o vento;
-Diminui o stress;
-Diminui a tensão;
-Diminui a depressão;
-Aumento da atenção e concentração;
-Rapidez em casos de recuperação de doenças;
-Combate à obesidade;
-Diminui insónias;
-Diminui o mau humor;

2.1. Excursão:

Sabemos que toda a situação que permita a saída da rotina causa maior interesse e
motivação às crianças e jovens. Claro que, em casos diferentes, pode ainda causar
casos de ansiedade. As visitas/ passeios que se organizam no âmbito da animação
devem ter sempre como propósito, uma componente educativa implícita para além
da componente lúdica. Interessa portanto que os utentes tragam mais do que
aquilo que levaram e que essa informação possa ser relevante para a sua vida.

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Exercício: Por favor programe em grupo uma excursão que possa ser feita
considerando um projecto de animação para um público específico.

2.2. Colónias de férias:

As colónias de férias são parte integrante de projectos de animação e lazer. Assim,


numa lógica de ócio é importante proporcionar momentos de contacto com a
natureza considerando a importância de fazer praia para a saúde das crianças e
jovens.

2.3. Espectáculos:

A importância da música e da dança já ficou bem patente nesta formação. Contudo,


a animação pode proporcionar a hipótese das crianças assistirem e realizarem
espectáculos de diversas naturezas.
Espectáculos de teatro;
Espectáculos de dança;
Espectáculos musicais;
Espectáculos mistos;
etc.

Exercício: Por favor faça uma proposta da construção de um espectáculo, adequado


ao seu público-alvo, que possa ser integrado num projecto de animação que vem
desenvolvendo.

2.4. Exposições:

As exposições são fundamentais para as crianças e jovens porque permitem


percepcionarem, ainda que muitas vezes de forma estática, outras formas de
comunicação e conhecimento. Para além desta característica da animação,
organização de visitas a exposições, existe um muito mais interessante. O aspecto
de serem as crianças e jovens a organizarem as suas próprias exposições relativas
aos trabalhos por si desenvolvidos.

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3. Actividades finais

“STOP”
Descrição: Prática de um jogo que consiste em um indivíduo começar a soletrar o
alfabeto mentalmente e, quando o elemento ao seu lado esquerdo proferir a
palavra STOP, o primeiro dirá em voz alta a letra em que parou e, seguidamente
todos eles escrevem, numa tabela, que lhes é fornecida, um animal, uma cidade,
uma planta, um nome, uma profissão e um objecto, nos quais a letra inicial
correspondesse à letra eleita anteriormente. Este exercício termina quando a
pessoa responsável por mandar parar o alfabeto, manda parar o exercício
proferindo novamente a palavra STOP. Cada palavra correcta e não repetida pelos
colegas vale dez pontos, cada palavra correcta mas repetida pelos colegas vale
cinco pontos, e quem não der resposta em alguma das opções tem zero pontos.
Posteriormente a pontuação individual de cada um tem de ser somada.

Objectivos:
 Potenciar o desenvolvimento do pensamento criativo, de forma que,
rapidamente a destreza mental tenha de ser activada para responder às
exigências solicitadas.
 A importância da presença da língua portuguesa, os cuidados ortográficos e
todo o processo de desenvolvimento da escrita.
 Proporcionar aos indivíduos uma maior agilidade matemática, para que,
facilmente desenvolvam pequenos cálculos úteis e necessários.

“ROLE-PLAYING”
Descrição: Exercício de simulação com atribuição directa de papéis aos alunos.
Envolvimento dos participantes e observadores em situações ou mesmo problemas
da vida real e desejo de compreensão dessas situações ou da resolução desses
problemas Um problema é delineado, vivido e discutido. Alguns executam os
papéis, outros observam a representação. Normalmente é eleito um tema ético em

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que existem personagens que o defendem e personagens que o criticam. Por outro
lado existe um mediador. Pode simular-se o programa “Prós e contras”.
 Permite a simulação de papéis e com isso a compreensão ou pelo menos o
respeito pela diferença.
 Desenvolvimento da capacidade de comunicação.
 Desenvolvimento da capacidade de argumentação.
 Implica o estudo interessado acerca de determinado caso.

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