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RESUMO DA UNIDADE

A neurociência é um campo multidisciplinar, há muitas outras ciências que estão


integradas nela, cada uma com diferentes níveis de estudo e objetivos diferentes,
mas em diálogo e coordenação contínuos para alcançar um maior progresso no
estudo do sistema nervoso e de seus processos. Hoje em dia, os diferentes campos
e interesses estão abrindo, cada vez mais, novos caminhos a serem investigados
em áreas que, até agora, não estavam interessadas em explorar o cérebro. A
neuroanatomia é a ciência responsável pelo estudo da estrutura e organização do
sistema nervoso, tanto no nível microanatômico, com células neuronais quanto no
nível macroanatômico, com grandes estruturas. A neurofarmacologia é a disciplina
responsável por estudar como diferentes "drogas" afetam o sistema nervoso, tanto
comportamental quanto fisiologicamente. Está relacionada à neuroquímica,
responsável pelo estudo das bases químicas do funcionamento neuronal. A
neurofisiologia é a disciplina responsável pelo estudo do comportamento e
funcionamento dos neurônios, interessada na atividade elétrica do sistema nervoso.

Palavras-chave: neuroanatomia; neurofisiologia; neurofarmacologia.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3


CAPÍTULO 1 – CONCEITOS E APLICAÇÕES DE NEUROANATOMIA .....................5
1.1 Neuroanatomia e aplicações...................................................................................5
1.2 Estrutura Interna dos Hemisférios Cerebrais..................................................... 17
CAPÍTULO 2 – CONCEITOS E APLICAÇÕES DE NEUROFISIOLOGIA ................. 21
2.1 Neurofisiologia da aprendizagem ........................................................................ 21
2.2 Mecanismos moleculares de armazenamento de memória............................ 28
2.3 Neurofisiologia clínica: presente e futuro ........................................................... 32
CAPÍTULO 3 – CONCEITOS E APLICAÇÕES DE NEUROFARMACOLOGIA ....... 36
3.1 Origem e nomenclatura da farmacologia ........................................................... 36
3.2 Relações Estrutura Química-Ação-Farmacologia............................................. 41
3.3 Disciplinas de farmacologia .................................................................................. 44
REFERENCIAS..................................................................................................................... 51

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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

A Neuroanatomia é uma especialidade médica cuja finalidade é a descrição do


sistema nervoso. É interessada na anatomia do sistema nervoso central: cérebro e
medula espinal e do sistema nervoso periférico: crânio, coluna vertebral, vegetativa
e nervos autonômicos. A especificidade desta disciplina, especialmente ao nível do
sistema nervoso central, é a ausência de diferenciação visível nos tecidos. Portanto,
seu estudo precisa levar em conta elementos organizacionais complexos
(conectividade, morfometria).
O sistema nervoso central inclui as estruturas do sistema nervoso onde são
efetuadas a maioria das atividades de processamento de informação, essas são
revestidas por uma série de membranas denominadas meninges responsáveis pela
produção de fluido cerebrospin al, o que lhes permite cobrir todos os espaços
formados pelas estruturas ósseas em que estão contidos, que têm a função de
fornecer proteção. Assim, o cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral estão localizados
dentro do crânio, enquanto a medula espinhal está localizada no interior do canal
espinhal que, por sua vez, está localizado dentro da coluna vertebral.
Já a neurofisiologia é um ramo das ciências neurológicas, que é responsável
pelo estudo funcional da atividade bioelétrica, periférica e do sistema n ervoso
autonômico; usando equipamento e técnicas de análise eletroencefalográfica
avançadas, tais como, o mapeamento do cérebro, eletromiografia qualitativa e
quantitativa, a eletroneuronografia, potenciais evocados nas suas várias formas
(auditiva, visual, sinestésica, motora e cognitiva), polissonografia,
magnetoencelografia e a estimulação transcraniana magnética (que também tem
efeitos terapêuticos em alguns casos).
Na prática clínica da neuropsicologia que abrange o diagnóstico de certas
doenças que afetam o sistema nervoso central (epilepsia, mielopatia cervical,
doenças dos neurónios motores), do sistema nervoso periférico (neuropatia,
polineuropatia, distrofia simpática reflexa), em doenças do trato motor e músculo
(esclerose lateral amiotrófica, miastenias Gravis, miopatias) e durante a cirurgia
(cirurgia de epilepsia, estimulação cerebral profunda em cirurgias Parkinson
monitorização do cérebro e coluna).

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Ele também é o diagnóstico responsável pelo tratamento e acompanhamento


de pacientes com distúrbios do sono (narcolepsia, apneias obstrutivas e hipopneias
durante o sono, síndrome das pernas inquietas, dissomnias e parassonias.
Em se tratando da neurofarmacologia, esta aparece no campo científico no
início do século XX, porque, eventualmente, os cientistas foram capazes de
compreender os conceitos básicos do sistema nervoso e como os nervos se
comunicam uns com os outros. Antes dessa descoberta existiam drogas
encontradas mostrando alguma influência do seu efeito no sistema nervoso.
Em 1930, cientistas franceses começaram a trabalhar com uma ordem de
compostos chamados fenotiazinas e sintetizaram um medicamento que poderia lutar
contra a malária e que ainda esta era uma tentativa fracassada de ciência. No
entanto, demonstrou ter efeitos sedativos, porém com o que pareciam ser efeitos
benéficos para pacientes com doença de Parkinson.
No final de 1940 os cientistas foram capazes de identificar neurotransmissores
como a noradrenalina (envolvido na contração dos vasos sanguíneos e aumento da
frequência cardíaca e pressão arterial). A dopamina (substância cuja escassez está
presente na doença de Parkinson), a serotonina (conhecida pela sua vantagem
sobre depressões), foram eventos históricos em neurofarmacologia permitindo que
os cientistas estudassem como um neurônio processa informações dentro dele.
Sendo assim, esta área é muito ampla e abrange muitos aspectos do sistema
nervoso desde a manipulação de um neurônio simples até áreas inteiras do cérebro,
medula espinhal e nervos periféricos. Para uma melhor compreensão das bases do
desenvolvimento de uma droga, primeiro é preciso entender como os neurônios se
comunicam uns com os outros.

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CAPÍTULO 1 – CONCEITOS E APLICAÇÕES DE NEUROANATOMIA

1.1 Neuroanatomia e aplicações

O propósito da educação especial é detectar e ajudar a diagnosticar, sem


encontrar uma cura para essas deficiências apresentadas por indivíduos com esses
problemas. Há uma estreita relação entre a neuroanatomia com essa disciplina de
educação, uma vez que esse ramo da medicina destaca o estudo das habilidades
motoras, percepção, postura, movimentos corporais entre outros. A neuroanatomia é
a parte da anatomia que lida com o estudo das diferentes partes do sistema nervoso
e dos órgãos dos sentidos, especialmente nos aspectos descritivos e topográficos,
bem como, uma grande conversão de textos harmônicos. (BEAR, 2002)
Nos animais vertebrados, as rotas que os inumeráveis nervos descrevem do
cérebro para o resto do corpo (ou a "periferia") e a detalhada estrutura interna do
cérebro são extremamente elaboradas. Devido a essa complexidade, o estudo da
neuroanatomia tornou-se uma disciplina em si, embora também represente uma
especialização dentro das neurociências. A delimitação das diferentes estruturas e
regiões do cérebro serve, prin cipalmente, para saber como funciona. Por exemplo,
muito do que os neurologistas aprenderam vem da observação de como o dano ou
"lesão" em áreas específicas do cérebro afeta o comportamento ou outras funções
nervosas. (BEAR, 2002)
Os neuroanatomistas trabalham, principalmente, com dissecção anatômica,
exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia
computadorizada, realizados in vivo e com histologia. Em se tratando dos planos
anatômicos, existem 3 planos básicos, segundo Bear (2002):
• frontal ou coronal
• horizontal
• sagital
Quando o plano sagital atravessa a linha média, é chamado de plano mediano.
• plano médio. Plano vertical imaginário que passa longitudinalmente
através do corpo da face anterior para a posterior e divide-a em duas
metades, direita e esquerda.

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• plano sagital. Planos verticais imaginários que passam paralelamente ao


plano mediano, são nomeados pela sutura sagital do crânio com a qual
eles são paralelos. Aqueles que passam pelo meio são médios e aqueles
que não passam são conhecidos como parassagitais. Eles dividem o
corpo em direito e esquerdo.
• plano frontal ou coronal. Eles são verticais e imaginários. Eles são
nomeados para a sutura coronal ou frontal do crânio. Divida em anterior e
subseqüente. O maior eixo vertical do corpo é ch amado de eixo principal.
• plano horizontal. São planos imaginários que passam pelo corpo,
paralelos ao solo e perpendiculares aos planos frontal e sagital, dividindo
o corpo em superior e inferior.
Dentro do sistema nervoso estão os corpos dos neurônios e suas extensões.
Os corpos estão na parte interna do crânio, conhecida como cérebro e canal
medular da coluna vertebral, conhecida como medula espinhal; moldando o Sistema
Nervoso Central. A concha óssea protege o sistema na forma de armadura e "os
corpos dos neurônios são como os generais que estão na sede dentro de um
bunker". Alguns prolongamentos dos neurônios cumprem a função de mensageiros
servindo como comunicação entre os neurônios dentro desse sistema. (BEAR, 2002)

FIQUE ATENTO
Neuroanatomia é a ciência dedicada ao estudo da anatomia do sistema nervoso, ou
seja, a sua estrutura e organização.

Por sua vez, o Sistema Nervoso Central é organizado na forma de níveis,


garantindo, assim, algum poder ao nível superior nos outros níveis. Sendo o inferior
controlado pelo seu precessor, sob a forma de hierarquia. O nível em que as
funções são desempenhadas como percepção consciente, memória ou raciocínio
lógico é o córtex cerebral, considerado o superior. Outras estruturas, como o
cerebelo e os gânglios da base, são encontradas sob o córtex e são responsáveis
por ajustar inconscientemente os detalhes dos movimentos. Em seguida, o
hipotálamo é o controlador do ambiente interno do organismo. Abaixo está o tronco
do cérebro ou tronco, em que se assenta o cérebro, que controla aspectos mais

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básicos, como manter o equilíbrio na posição ereta, controle da pressão arterial e


movimentos automáticos, como respiração, deglutição ou mastigação. (BEAR, 2002)
O nível mais básico é o da medula espinhal que controla movimentos como
caminhar ou retirar a mão de uma fonte de calor ou estimulação dolorosa. Vejamos:

O Cérebro
O cérebro é o órgão do corpo que mais trabalha, pois tudo que é feito, sentido
ou pensado é devido ao cérebro. É um funcionamento multidirecional de uma
maneira muito mais complexa, pois processa a informação sintetizando e
integrando-a através de processos paralelos e simultâneos.
Sabendo disso, também é necessário lembrar que todas as informações que
você pode obter do mundo exterior, ocorre por meio dos sentidos (paladar, tato,
olfato, visão e audição) cujas sensações são recebidas pelos respectivos órgãos
(língua, pele, nariz, olhos e orelhas), que por sua vez são controlados pelo cérebro;
essas partes sensíveis estão constantemente enviando "mensagens", informando-
nos sobre tudo o que acontece ao nosso redor. No entanto, e apesar de toda essa
informação, estudiosos da área afirmaram que o ser humano usa,
aproximadamente, apenas dez por cento (10%), da capacidade desse maravilhoso
órgão. (BEAR, 2002)
Da mesma forma que foi determinado, geralmente, que cada hemisfério
interage estreitamente com o seu homólogo, mas desempenham funções diferentes,
e cada um é responsável por uma peça corporal, ou seja, que as funções realizadas
pelo lado A esquerdo do corpo são dirigidas e controladas pelo hemisfério direito,
ocorrendo de maneira semelhante com o hemisfério esquerdo, permitindo, assim,
complementar cada uma das mensagens recebidas e executar plenamente as
funções corporais competentes para esse corpo. (BEAR, 2002)

Macroestruturas: Matéria Cinzenta e Branca


O tecido chamado "substância cinzenta" presente no cérebro e na medula
espinhal é também conhecido como uma substância acinzentada e é composto de
corpos celulares. A "substância branca" ou substância alba é composta de fibras
nervosas. A matéria branca do cérebro refere-se às células nervosas que estão sob

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o córtex ou substância cinzenta, que têm muita mielina que cobre parte de cada
célula. A mielina atua como um isolante e aumenta a taxa de transmissão de todos
os sinais nervosos. (BEAR, 2002)

Substância branca
Partes interiores do cérebro (matéria cinzenta revestida na sua casca exterior)
alojando uma alta concentração de axônios brancos, devido à presença de
revestimentos de mielina (células gliais) que isolam os axônios. Em suma, a massa
cinzenta é composta de neurônios, enquanto a substância branca cobre os ramos
nervosos através dos quais as células se comunicam umas com as outras.

Substância cinzenta
As partes do córtex do cérebro são cinza devido à abundância de neurônios e
seus dendritos, que possuem membranas dessa cor. A matéria branca adquire a cor
da mielina. A palavra córtex é usada para uma parte do cerebelo, que também tem
uma camada dele. A massa cinzenta é composta de neurônios, enquanto a
substância branca cobre os ramos nervosos através dos quais as células se
comunicam umas com as outras. Do ponto de vista funcional, a massa cinzenta
forma centros de processamento.
As macroestruturas presentes em órgãos como:
Cerebelo
"Ele tem dobras em sua superfície na cor cinza e na parte cortical penetra no
branco de arborização, formando o chamado de" árvore da vida". Entre seus dois
hemisférios uma pequena eminência que se assemelha a um verme chamado vernix
é interposta dentro do cerebelo, os núcleos cerebelares da massa cinzenta e dentro
do cérebro os núcleos talâmicos, caudados e lenticulares da massa cinzenta.
(BEAR, 2002)
Encéfalo
Os órgãos do sistema nervoso são compostos, principalmente, por tecido
nervoso, cujos elementos constituintes são neurônios e células gliais que dão origem
à substância cinzenta formada por corpos de células nervosas, neurilo e matéria
branca, formada pelas fibras nervosas ou axônios e suas vagens. Diferentemente da

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medula espinhal, o cérebro é composto por um centro de substância branca cercado


por uma cobertura externa de massa cinzenta. No entanto, algumas massas
importantes de substância cinzenta estão localizadas no interior da substância
branca. (BEAR, 2002)

Figura 1 – Encéfalo

Substância branca

Substância cinzenta

Giros e circunvoluções

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

A substância branca localizada abaixo do córtex é formada por axônios


mielinizados que se estendem em três direções principais:
1. Fibras de associação: conectando e transmitindo impulsos nervosos entre
as convoluções do mesmo hemisfério.
2. Fibras comissurais: transmitem impulsos nervosos entre convoluções de
um hemisfério cerebral para o hemisfério cerebral oposto (corpo caloso,
comissura anterior, comissura posterior).
3. Fibras projeção (ascendente e descendente) transmitem impulsos do
cérebro para a medula espinhal e vice-versa (cápsula interna).

Medula Espinhal
É a região mais caudal do sistema nervoso central, de formato cilíndrico,
acomodado no canal da coluna vertebral, entre o bordo superior do atlas para o
bordo inferior da segunda vértebra lombar. Atua como um centro de reflexão, bem
como serve de estrutura, por onde passam aferentes que transportam informações
para os centros superiores; também fazem as informações eferentes, levando a
centros superiores do neurônio motor inferior. (BEAR, 2002)
A medula espinhal é coberta por três envoltórios; à mesma, que está
intimamente ligada é chamada piamáter, a que vem a seguir (em frente) é a

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aracnóide (entre eles não permanece um espaço preenchido com fluido


cefalorraquidiano, o espaço subaracnóide); finalmente o terceiro revestimento, du ra -
máter, é o mais forte e está cobrindo o acima, deixando um espaço entre este último
e as paredes ósseas do canal espinhal, esse espaço é chamado epidural e é
preenchido com tecido adiposo e vasos sanguíneos. (BEAR, 2002)
Essas capas, além de servirem como meio de proteção, servem como suporte
ou apoio da medula, pois apresentam aderências aos ossos que a cercam. A
medula espinhal está alojada dentro do canal espinhal e continua diretamente para
cima, com a medula oblonga. Inicia-se no primeiro nervo cervical, ao nível do buraco
occipital, e se prolonga para baixo, mais ou menos na altura da segunda vértebra
lombar, ponto em que ela continua o filo terminal, prolongamento da piamáter.
(BEAR, 2002)
A medula espinhal é achatada e o ântero-posterior mostra o corte transversal
de uma camada exterior de matéria branca e uma massa cinzenta interna disposta
como uma letra H. Existe um pequeno tubo no centro do osso, epdima que abre o
quarto ventrículo na sua extremidade superior e termina em um fundo cego na
extremidade inferior da medula espinhal. (BEAR, 2002)
Na medula existem vários sulcos longitudinais que servem como limites para os
feixes de fibras nervosas que o atravessam. Esses sulcos incluem: o sulco medial
anterior (fissura) e o sulco posterior, mais superficial; o sulco colateral posterior,
marcado pelo surgimento das raízes posteriores e do sulco colateral anterior,
marcado pelo surgimento das raízes anteriores dos nervos espinhais. (BEAR, 2002)
Esses sulcos servem como ponto de referência para localizar os cordões
anterior, lateral e posterior. Na parte inferior do sulco mediano anterior está a
comissura branca, através da qual decussa ou atravessa o trato espinotalâmico e o
feixe piramidal direto. Os cordões, por sua vez, consistem fascículos, contendo
algumas vias ascendentes para o cérebro e medula espinhal e algumas vias
descendentes provenientes do cérebro para a medula espinhal. (BEAR, 2002)
Além disso, neles estão localizados, de acordo com Bear (2002):
• O núcleo de origem do nervo oculomotor.
• O núcleo de origem do nervo patético. São centros de reflexos, como o
coordenador de alguns movimentos (mastigação).

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• Os tubérculos quadriláteros ou colículos quadríguos, localizados atrás do


aqueduto de Silvio e os pedúnculos cerebrais. Eles formam quatro can tos
arredondados ou eminências; eles estão dispostos em pares, dois
anteriores e dois posteriores ou superiores e inferiores. Em sua estrutura
eles apresentam a substância central cinza coberta pela substância
branca.

IMPORTANTE
O estudo de neuroanatomia divide o sistema nervoso em dois tipos principais: o
sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.

• Os tubérculos quadrilaterais anteriores ou superiores são chamados de


nates. Os posteriores ou inferiores são chamados testículos.

Bulbo Raquídeo
É o mais baixo dos três segmentos do tronco cerebral, localizado entre a ponte
do tronco cerebral e a medula espinhal. Seu limite anatômico em relação à ponte do
tronco cerebral se distingue muito bem, observando o sulco ponto-bulbar no lado
anterior. O nome de medula oblongata ou medula ablongada é aplicado à parte do
neuroeixo, intercalada entre o encéfalo e a medula, a qual é sua continuação. Nesse
órgão existem diferentes elementos que correspondem ao cérebro, ao cerebelo, à
medula espinhal e a uma volumosa qu antidade de nervos bulbares. (BEAR, 2002)
Embora o bulbo, no conjunto dos centros nervosos, seja relativamente
pequeno, suas funções o tornam um elemento indispensável para a vida. Sua
supressão causa morte imediata. A medula é a porção cônica do tronco ou tronco
cerebral, que se estende desde a protuberância, acima, até a medula espinhal,
abaixo. As características superficiais da medula espinhal mudam gradualmente em
direção ao bulbo. O bulbo termina ao nível do forame occipital. Além de estar
localizado na mesma área importante do motor e centros sensoriais, que regulam a
atividade do coração e da respiração, também inclui alguns núcleos cranianos tais
como VIII, IX, X, XI, XII, (BEAR, 2002)

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No bulbo, as fibras de muitas estradas principais mudam de lugar ou se


encontram; as vias descendentes adotam características da medula espinhal e as
vias ascendentes mudam para a forma do tronco encefálico. Na parte da frente da
lâmpada, algumas características observadas na medula espinal são mantidas,
continua-se a ranhura acima de cada lado dessas pirâmides, as ranhuras de
estrutura, contendo a córtico via espinal. Na extremidade inferior do bulbo, algumas
dessas fibras de projeção cruzam a linha média para o lado oposto (decussação das
pirâmides). Esse ponto marca a separação entre medula e bulbo. (BEAR, 2002)
Na superfície posterior do bulbo, a forma de diamante do quarto ventrículo
afina para baixo, de modo que na parte inferior do bulbo a parte posterior do
ventrículo estreita-se gradualmente. A partir do o ponto de fecho do quarto
ventrículo, para a parte inferior da lâmpada, há mais meia ranhura, é continuado
para baixo, do lado de trás da medula espinhal. Adjacente ao sulco, em cada lado,
há uma coluna de fibras ascendentes, o fascículo grácil. Essa coluna vertical fica ao
lado do fascículo do cuneatus, que é mais lateral. Ambos estão separados pelo
sulco intermediário posterior. Os centros de substância cinzenta encontrados nas
extremidades superiores desses pacotes, os núcleos grácil e cuneiforme, são pon tos
de revezamento nas vias do cordão posterior que transmitem aferentes de toque fino
e propriocepção consciente. Sua configuração morfológica, apresenta-se como um
pequeno membro do aparato nervoso que pesa entre 6 e 7 gramas e mede cerca de
3cm de comprimento, formando uma parte específica da medula espinhal, da qual é
a sua porção superior. A sua forma é invertida em cone truncado e a sua localização
é topográfica, na área imediata abaixo do buraco occipital, entre os dois setores da
cavidade craniana, e o canal espinhal. (BEAR, 2002)
Possui núcleos que controlam centros vitais, que regulam a freqüência
cardíaca, respiratória e o calibre dos vasos sanguíneos. Também coordena
respostas reflexas não vitais, como tosse, espirros, vômitos e soluços. Ele contém
núcleos que dão origem ao VIII nervo craniano ao XII par (auditiva ou vestibular,
glossofaríngeo, vago ou vago, espinhal, hipoglosso). Os núcleos vestibulares
participam da manutenção do equilíbrio. A formação reticular que também faz parte
da ponte, do mesencéfalo e do diencéfalo (tálamo e hipotálamo) desempenha
funções nos estados de sono e vigília. (BEAR, 2002)

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Protuberância
O tronco cerebral se alarga em uma porção chamada protuberância ou ponte.
É assim chamada porque as camadas superficiais do tron co cerebral, nesse nível,
são compostas de fibras nervosas cruzando entre os dois hemisférios do cerebelo.
Esses estão ligados à face anterior do tronco cerebral e cobrem centros regionais e
estradas longas. Essa é uma massa nervosa localizada acima do bul bo, a qual é
separada pelo sulco bulboprotuberacional. É chamada de "ponte" de Varolio porque
suas fibras superficiais parecem simplesmente unir os dois hemisférios cerebelares.
Juntar-se à medula espinhal e ao cérebro, é o tronco cerebral, com cerca de 7,5 cm.
de comprimento. (BEAR, 2002)
Essa estrutura contém centros que regulam várias funções vitais para a
sobrevivência, incluindo batimentos cardíacos, respiração, pressão sanguínea,
digestão e certas ações reflexas, como engolir e vomitar. Além disso, é responsável
pela estimulação da função reticular (olho) que mantém o cérebro acordado e alerta,
controle do sono, o reflexos normais, que se originam na medula espinal e mantém o
tónus muscular e a postura, que é a rigidez ou tensão que nos permite manter as
costas eretas, em pé ou sentada. (BEAR, 2002)
Conformação externa
• A protuberância tem a forma de um cubo.
• A face anterior é convexa e apresenta um sulco mediano. Descansa no
processo basilar do occipital. Os trigêmeos são destacados nos lados.
• A superfície posterior forma a metade superior do assoalho do quarto
ventrículo.
• Nas laterais estão os pedúnculos cerebelares médios que relacionam a
protuberância no cerebelo.

Figura 2 – Face anterior convexa

Sulco Mediano Basilar


Fonte: Elaborado pela autora (2019)

• A face superior está em relação aos pedúnculos cerebrais e a face inferior


continua com o bulbo.

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Conformação interna
Os cortes da protuberância, são, de acordo com Cagnin (2009):
• Fibras longitudinais, que são a continuação das pirâmides anteriores, isto
é, do feixe piramidal do motor e da faixa do trilho sensível.
• Fibras bilaterais, que vão de um hemisfério para outro do cerebelo.
• Fibras unilaterais, que vão do hemisfério cerebelar até a substância
cinzenta da ponte e depois continuam pelos pedúnculos cerebrais.
A substância cinza da protrusão aparece, como no bulbo na forma de núcleos e
compreende:
• A continuação do núcleo do bulbo;
• E alguns núcleos da protuberância, disseminados na substância branca.

Funções de extrusão
• A protuberância é um órgão condutor e um centro funcional.
• Órgão motriz: através da protuberância, passa pelas vias sensíveis que
vão da medula ao cérebro e vice-versa.
• Como todas as fibras se cruzaram, seja na medula ou no bulbo, todas as
fibras da protuberância estão relacionadas com o lado oposto do corpo.
• Centro funcional: a protuberância é o centro da estação; sem esse órgão,
o animal não pode ficar em quatro patas e cai imediatamente. Além disso,
é um centro de associação que intervém nas emoções e determina os
fenômenos fisiológicos que os acompanham, como a aceleração do
pulso, respiração, etc.

Diencéfalo
O diencéfalo é uma estrutura localizada na parte central dos hemisférios
cerebrais. Está localizado entre os hemisférios e o tronco cerebral, e através dele
passa a maior parte das fibras que vão para o córtex cerebral. O diencéfalo é
composto de várias partes: tálamo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo. O tálamo é
formado por dois corpos ovóides de 3 cm. longo e aproximadamente 1,5 cm. de
espessura, que fica na profundidade de cada hemisfério cerebral. O terceiro

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ventrículo separa os dois, embora estes permaneçam unidos graças a uma ponte de
tecido talâmico chamada massa intermediária, que se estende entre ambos.
(CAGNIN, 2009)
Os tálamos são massas de massa cinzenta, portanto, contêm corpos neuronais
e numerosas conexões sinápticas. Do ponto de vista funcional, o tálamo é uma
estação de retransmissão sensível. Os impulsos nervosos formam uma escala no
nível talâmico, estabelecendo sinapses antes de continuar sua jornada até o córtex
cerebral. O tálamo também constitui um centro sensitivo primitivo que serve para
registrar um tipo de sensação generalizada e imprecisa. (CAGNIN, 2009)

Saiba mais:
Filme sobre o assunto: Nise: O Coração da Loucura (2016)
Filme sobre o assunto: Se Enlouquecer Não se Apaixone (2010)
Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=UeAUNvcM_xk e
https://www.youtube.com/watch?v=VRcvrAhZ4G0
Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do
assunto dentro do seu campo de atuação.

O hipotálamo está localizado, como o nome sugere, abaixo do tálamo.


Apresenta uma grande variedade de funções, algumas delas bastante incomuns.
Por exemplo, produz pelo menos dois hormônios (ocitocina e vasopressina) e
contém centros que regulam a atividade da glândula pituitária anterior, o sistema
nervoso autônomo, a temperatura corporal e a ingestão de água e alimentos. Além
disso, o hipotálamo está relacionado ao estado de vigília e à sensibilidade
emocional. Em animais de laboratório, como o gato, a liberação da influência
inibitória exercida sobre o hipotálamo no córtex cerebral causa o surgimento de
explosões de violência à menor provocação. (CAGNIN, 2009)
O subtálamo está na frente do tálamo e ao lado do hipotálamo, sua principal
função está relacionada ao movimento do corpo. Os caminhos neuronais que o
atravessam vão para o tálamo, o cerebelo e os gânglios da base. O epitálamo está
localizado na parte posterior do diencéfalo, próximo ao mesencéfalo. É formado pela
glândula pineal ou epífise e os núcleos da habenula. A epífise é uma glândula

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endócrina que secreta o hormônio da melatonina, essa secreção está relacionada à


quantidade de luz solar que existe, o quanto de luz segregar. A habenula tem a
função de favorecer a comunicação entre o sistema límbico e a formação reticular.
(CAGNIN, 2009)
Hemisférios Cerebrais
Os hemisférios cerebrais são separados por uma profunda fissura sagital na
linha média, a fissura cerebral longitudinal. A fissura contém a dobra em forma de
foice da dura-máter, a foice do cérebro e os vasos cerebrais anteriores. Na
profundidade da fissura, uma grande comissura, o corpo caloso, conecta os
hemisférios através da linha média. Uma segunda dobra da dura-máter separa os
hemisférios cerebrais do cerebelo e é chamada de tenda do cerebelo. (CAGNIN,
2009)
Para aumentar ao máximo a área da superfície do córtex cerebral, a superfície
de cada hemisfério cerebral é dobrada em circun voluções separadas por sulcos ou
fissuras. Para facilitar a descrição, costuma-se dividir cada hemisfério em lobos
nomeados de acordo com os ossos cranianos sob os quais eles estão localizados.
As fissuras central e parietal occipital e as fissuras laterais e a calcarina são limites
utilizados para a divisão dos hemisférios cerebrais nos lobos frontal, parietal,
temporal e occipital. (CAGNIN, 2009)
Fissuras Principais
A fissura central: tem grande importância porque a convolução localizada na
frente, contém as células motoras que iniciam os movimentos do lado oposto do
corpo; por trás dele está o córtex sensorial geral, que recebe informações sensoriais
do lado oposto do corpo. A fissura central identifica a borda medial superior do
hemisfério em aproximadamente 1 cm., atrás do ponto médio. Ele corre para baixo e
para frente através da face lateral do hemisfério e sua extremidade inferior é
separada do ramo posterior da fissura lateral por uma ponte estreita do córtex. A
fissura central é a única fissura de u m certo comprimento, nessa superfície do
hemisfério que indentifica a borda superomedial e está localizada entre duas
convoluções paralelas. (CAGNIN, 2009)
A fissura lateral: é uma fenda profunda que é encontrada principalmente nas
superfícies inferior e lateral do hemisfério cerebral. Consiste em um talo curto que é

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dividido em três ramos. O caule origina-se na superfície inferior e, ao atingir a


superfície lateral, divide-se no ramo horizontal anterior e no ramo ascendente
anterior e continua como o ramo posterior. Uma área de casca chamada ínsula está
localizada no fundo da fissura lateral profunda e não pode ser vista da superfície a
menos que os lábios da fissura se separem. (CAGNIN, 2009)
A fissura parietoccipital começa na borda superomedial do hemisfério,
aproximadamente 5 cm., à frente do porte occipital. Ele desce e avança na
superfície medial para alcançar o sulco calcarino. O sulco calcarino está na
superfície medial do hemisfério. Começa abaixo da extremidade posterior do corpo
caloso e arqueia para cima e para trás para alcançar o equilíbrio occipital, onde
pára.
No entanto, em algumas células cerebrais, continua por uma curta distância n a
superfície lateral do hemisfério. A fissura calcarina encontra-se em um ângulo agudo
com a fissura parietal e occipital, aproximadamente na metade do seu comprimento.
(CAGNIN, 2009)

1.2 Estrutura Interna dos Hemisférios Cerebrais

Os hemisférios cerebrais são cobertos por uma camada de massa cinzenta, o


córtex cerebral. Dentro dos hemisférios cerebrais estão os ventrículos laterais,
massas de massa cinzenta, núcleos basais e fibras nervosas. As fibras nervosas
estão embutidas na neuroglia e constituem a substância branca. (CAPITÃO, 2011)
Ventrículos laterais
Existem dois ventrículos laterais, um em cada hemisfério cerebral. Cada
ventrículo é uma cavidade, aproximadamente com forma de C, coberta com um
epêndima e preenchida com líquido cefalorraquidiano. O ventrículo lateral pode ser
dividido em um corpo, que ocupa o lobo parietal, e do qual os cornos anterior,
posterior e inferior se estendem aos lobos frontal, occipital e temporal,
respectivamente. O ventrículo lateral comunica-se com a terceira cavidade
ventricular através do forame interventricular. Este orifício, localizado na parte
anterior da parede medial do ventrículo lateral, é previamente limitado pelo pilar

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anterior do fórnice e, posteriormente, pela extremidade anterior do tálamo.


(CAPITÃO, 2011)
O corpo do ventrículo lateral se estende do forame interventricular,
posteriormente à extremidade posterior do tálamo. Aqui, continuamos com os chifres
posteriores e inferiores. O corpo do ventrículo lateral tem um telhado, um soalho e
uma parede medial. O teto é formado pela superfície inferior do corpo caloso. O
assoalho é formado pelo corpo do núcleo caudado e a borda lateral do tálamo. O
lado superior do tálamo está oculto em sua parte medial pelo corpo do fórnice.
O plexo coroide do ventrículo se projeta no corpo do ventrículo através do
espaço entre o corpo do fórnice e o aspecto superior do tálamo. Essa lacuna na
fissura é chamada de fissura coroidal, através da qual os vasos sanguíneos do plexo
invaginam a pia-máter do tecido coroide e o epêndima do ventrículo lateral. A parede
medial é formada pelo septo pelúcido acima; atrás do chão e do teto, junto à parede
medial. (CAPITÃO, 2011)

Figura 3 – Fissura

Hemisférios

Cerebrais Divisão

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

O corno anterior do ventrículo lateral estende-se para frente, no lobo frontal. O


corpo do ventrículo é então continuado no forame interventricular. O chifre anterior
tem um telhado, um soalho e uma parede medial. O teto é formado pela superfície
inferior da parte anterior do corpo caloso; o joelho do corpo caloso limita o corno
anterior anteriormente. O assoalho é formado pela cabeça arredondada do núcleo
caudado e, medialmente, uma pequena porção é formada pela superfície superior
do bico (rostro) do corpo caloso. A parede medial é formada pelo septo pelúcido e o

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pilar anterior do fórnice. O corno posterior do ventrículo lateral se estende para trás
no lobo occipital. (CAPITÃO, 2011)
O teto e a parede lateral são formados pelas fibras do tapete do corpo caloso.
Fora do tapete estão as fibras da radiação ótica. A parede medial do corno posterior
tem duas elevações. O espessamento superior é formado pelas fibras corpo caloso,
a pinça maior, que é direcionada para trás no lobo occipital. Esse espessamento
superior é chamado de bulbo da trompa posterior. O menor espessamento é
produzido pela fissura calcarina. O corno inferior do ventrículo lateral se estende
para frente no lobo temporal. O chifre inferior tem um telhado e um chão. O teto é
formado pela superfície inferior do tapete do corpo caloso e pela cauda do núcleo
caudado. Este último é direcionado anteriormente para acabar na amígdala. Dentro
da cauda do núcleo caudado está a estria terminal, que também termina mais cedo
no corpo tonsilar. (CAPITÃO, 2011)
O assoalho é formado lateralmente pela eminência colateral, produzida pela
fissura colateral e medialmente pelo hipocampo. A extremidade anterior do
hipocampo alarga-se e enruga-se ligeiramente, formando o pé do hipocampo. O
hipocampo é composto de massa cinzenta; entretanto, a superfície ventricular do
hipocampo é coberta por uma fina camada de substância branca chamada alvéolo,
formada pelos axônios das células do hipocampo. Esses axônios convergem na
borda medial do hipocampo para formar um feixe conhecido como fímbria. A fímbria
do hipocampo é posteriormente continuada com o pilar posterior do fórnice.
(CAPITÃO, 2011)
No espaço entre a estria terminal e a fímbria está a porção temporal da fissura
coroidal. É onde a porção inferior do plexo coroide do ventrículo lateral invagina o
epêndima do lado medial e fecha a fissura. (CAPITÃO, 2011)
Núcleos basais (gânglios da base)
O termo “núcleo basal” é aplicado a um conjunto de massas de substância
cinzenta localizadas dentro de cada hemisfério cerebral. É o corpo estriado, o corpo
da amígdala e a ante-parede (claustrum).
Corpo estriado

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O estriado está localizado fora do tálamo. É quase totalmente dividido por uma
faixa de fibras nervosas, a cápsula interna, no núcleo caudado e no núcleo
lentiforme.
O núcleo caudado, uma grande massa em forma de C, de substância cinzenta,
que está intimamente relacionada com o ventrículo lateral, está localizado fora do
tálamo. A superfície lateral do núcleo está relacionada com a cápsula interna,
separando-a do núcleo lentiforme. O núcleo lentiforme é uma massa de matéria
cinzenta em forma de cunha, cuja base convexa larga é dirigida lateralmente e
medialmente. Ele está enterrado profundamente na substância branca do hemisfério
cerebral e está relacionado com o lado medial com a cápsula interna, que separa o
núcleo caudado e o tálamo. O núcleo lentiforme é relacionado lateralmente a uma
fina camada de substância branca, a cápsula externa, que a separa de uma fina
camada de substância cinzenta chamada antemuro. (CAPITÃO, 2011)
Abaixo em sua extremidade anterior, o núcleo lenticular é continuado com a
cabeça do núcleo caudado. Em resumo, pode-se dizer que o corpo estriado recebe
fibras aferentes de diferentes áreas do córtex cerebral, tálamo, subtálamo e tronco
cerebral. Então, as fibras eferentes voltam às mesmas áreas do sistema nervoso. A
função do corpo estriado está ligada ao movimento muscular, que atualmente ocorre
pelo controle do córtex cerebral, e não por vias descendentes diretas para o tronco
encefálico e para a medula espinhal. (CAPITÃO, 2011)
Desse modo, a neuropsicologia se concentra na detecção de problemas como
a saúde, crianças ou pessoas com necessidades especiais de modo que estejam
relacionados ao sistema neuroanatômico do ser humano, onde são refletidos no
indivíduo como desvantagens em relação àquelas pessoas ou indivíduos
considerados "normais" ou chamados de típicos ou atípicos(CAPITÃO, 2011)

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CAPÍTULO 2 – CONCEITOS E APLICAÇÕES DE NEUROFISIOLOGIA

2.1 Neurofisiologia da aprendizagem

A capacidade do sistema nervoso de mudar é chamada de plasticidade


neuronal, que está envolvida no desenvolvimento embriológico. No entanto, a
plasticidade adulta também tem um lugar importante para aprender novas
habilidades, estabelecer novas memórias e responder às adversidades do ambiente.
De fato, aprender é o processo pelo qual os organismos modificam seu
comportamento para adaptarem-se às condições mutáveis do ambiente que os
cerca. É o principal modo de adaptação dos seres vivos. (FERREIRA, 2008)
Portanto, o aprendizado pode ser considerado como uma mudança no sistema
nervoso que resulta da experiência e que causa mudanças duradouras no
comportamento dos organismos. A aprendizagem é o processo pelo qual adquirimos
conhecimento sobre o mundo, enquanto a memória é o processo pelo qual o
conhecimento é codificado, armazenado, consolidado e posteriormente recuperado.
Aprendizagem e memória são processos intimamente relacionados. Não é possível
separar a aprendizagem da memória, nem é possível fazer essa distinção dentro do
circuito neural. (FERREIRA, 2008)
A medição do que foi aprendido está relacionada à memória, sendo essa a
expressão da capacidade de recuperar a informação adquirida. Há grandes
mudanças que ocorrem no número de neurônios ao longo da vida, que podem
explicar os grandes volumes de informações armazenadas em uma memória, a
sinapse tem sido um bom candidato ao substrato mnemônico. A sinapse constitui o
local físico que serve como uma ponte para a passagem de informações de um
neurônio para outro, permitindo que as diferentes partes do sistema interajam
funcionalmente. As sinapses ou as conexões interneuronais foram calculadas em,
aproximadamente, cem trilhões no cérebro. Essas conexões são agrupadas em
série e em paralelo, elas estabelecem a base física de velocidade e sutileza da
operação do cérebro e tornam possíveis as diferentes funções do sistema nervoso.
A figura 1 mostra a sinapse e sua complexidade:

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Figura 1 - Sinapse

Fonte: Bear et al. 2010, p. 39

Um dos fatores tróficos que permite a estruturação de ligações interneuronais e


determina se ele está em série ou em paralelo, o comprimento das fibras que
formam o circuito, é o fator de crescimento do nervo, que foi identificado pela
primeira vez em 1971, por Rita LeviMontalcini e Viktor Hamburger. Esse subtópico
tem como objetivo revisar os diferentes tipos de memória, esclarecer os mecanismos
moleculares e celulares básicos envolvidos nos diferentes tipos de memória, bem
como seus sítios neuroanatômicos envolvidos. (FERREIRA, 2008)
A memória é um processo cognitivo relativamente complicado e,
consequentemente, assume-se que o sistema neuroanatômico subjacente deve ser
complexo. Nos últimos anos, numerosos estudos em animais de laboratório com
alterações mnemônicas após lesões cerebrais e em humanos com problemas de
memória melhoraram a compreensão de como o cérebro controla o funcionamento e
a aprendizagem mnemônica.
Fisiologicamente, as memórias são produ zidas por variações na sensibilidade
da transmissão sináptica de um neurônio para o outro. Essas variações, por sua vez,
geram novas rotas ou facilitam a transmissão de sinais através dos circuitos neurais
do cérebro. Faixas novas ou facilitadas são chamadas de faixas de memória. Elas
são importantes porque, uma vez estabelecidas, a mente pode ativá-las para
reproduzir as memórias. (FERREIRA, 2008)
Em relação à classificação de memórias, existem as memórias positivas e as
negativas. O cérebro é inundado de informações sensíveis de nossos sentidos.

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Felizmente, o cérebro pode descartar informações desinteressantes. Isso é devido à


inibição das vias sinápticas dessa informação, um processo chamado habituação.
No nível molecular, o mecanismo da habituação do terminal sensitivo é uma
consequência do fechamento progressivo dos canais de cálcio do terminal pré-
sináptico. Em contraste, o cérebro tem a capacidade de facilitar e armazenar traços
de memória com consequências importantes, como dor ou prazer. (FERREIRA,
2008)
Essa é uma memória positiva, o resultado da facilitação ou sensibilização das
vias sinápticas. O mecanismo de facilitação foi estudado no caracol do gênero
Aplysia, da Califórnia, em que um terminal facilitador atua no terminal sensorial. A
estimulação do terminal facilitador libera a serotonina no terminal de facilitação.

FIQUE LIGADO
O sistema nervoso central inclui as estruturas do sistema nervoso, onde são
efetuadas a maioria das atividades de processamento de informação, essas são
revestidas por uma série de membranas, denominadas meninges, responsáveis pela
produção de fluido cerebrospinal, o que lhes permite cobrir todos os espaços
formados pelas estruturas ósseas em que estão contidas, que têm a função de
proporcionar proteção.

A serotonina atua nos receptores de serotonina, ao nível da membrana terminal


sensitiva, que induz a formação de monofosfato de adenosina cíclica (AMPc). Isso
ativa uma proteína, a quinase dependente de AMPc (PKA), que fosforila uma outra
proteína, que faz parte dos canais de potássio (K +), bloqueando sua condutância.
Isso permite que uma quantidade maior de íons Ca2+, penetre no terminal sináptico,
prolongando o potencial de ação. (FERREIRA, 2008)
Outra classificação é a da memória de curto e longo prazo, u m conceito que
Herman Ebbinghausen já havia antecipado em 1885, com sua experiência em que
ele próprio memorizou uma lista de sílabas sem sentido. Ele conseguiu descrever as
leis básicas da memorização, a curva de aprendizado e o esquecimento. As
alterações físicas (estruturais) da sinapse ocorrem quando traços de memória de

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longo prazo são desenvolvidos. As alterações estruturais mais importantes são, de


acordo com Ferreira (2008):
1. Aumento do número de locais de liberação de vesículas para a secreção de
neurotransmissores.
2. Aumento do número de transmissor vesículas
3. Aumento do número de terminais sinápticos
4. Modificações das estruturas de espinhas dendríticas, que por sua vez,
modificam a memória de longo prazo e podem ser classificadas com base no
tipo de informação armazenada, pela forma como a informação é lembrada
em:
1. Memória explícita ou declarativa,
2. Memória implícita ou processual ou não declarativa. A memória
explícita armazena conhecimento, permite lembrar eventos,
números, fatos, em essência, a memória dos diversos detalhes de
um pensamento integrado e requer um esforço consciente. Em
contraste, a memória implícita armazena as habilidades motoras,
está mais associada às atividades motoras do corpo e é
inconsciente.
Essa diferenciação foi revelada, pela primeira vez, com as lesões das áreas de
associação límbica do lobo temporal. O caso mais famoso foi o do paciente H. M.,
estudado por Brenda Miller. Ele sofria de convulsões bilaterais do lobo temporal há
10 anos, e mostrava-se rebelde ao tratamento. A formação do hipocampo, o núcleo
amigdalóide e parte das áreas de associação límbica do lobo temporal foram
excisadas. Ele tinha uma memória normal de longo prazo, mas não conseguiu
transformar a nova memória, em memória de longo prazo. Também foi mostrado que
ele poderia aprender novas habilidades motoras em um ritmo normal. A memória
explícita é muito flexível e afeta a associação de múltiplos fragmentos e fragmentos
de informação. Pelo contrário, a memória implícita é mais rígida e está intimamente
ligada às condições dos estímulos originais sob os quais a aprendizagem ocorreu.
(FERREIRA, 2008)
Em relação à memória explícita, o psicólogo Endel Tulving foi o primeiro a
classificá-la em, segundo Ferreira (2008):

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1. Eventos episódicos ou autobiográficos e experiência pessoal

Figura 2 – Associação do neocórtex

Fonte: Franco (2013)

2. Semântica dos fatos, conhecimento objetivo, o tipo de conhecimento que


adquirimos na escola e no livros. O conhecimento armazenado como
memória explícita é adquirido, primeiramente, através do processamento
nas áreas de associação pré-frontal, límbica e parietocicipitotemporal do
córtex, que sintetizam informações visuais, auditivas e somáticas. A partir
daí, a informação parahipocámpicas e córtices perirrinal é transportada,
em seguida, para o córtex entorrinal, giro dentado, hipocampo, subiculum
e córtex entorrinal. A partir daqui, a informação é retornada para os
córtices do para-hipocampo e perirrinal e, finalmente, volta para as áreas
de associação do neocórtex. (Veja a figura nº 2)

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Assim, vemos que no processamento de informação para o armazenamento da


memória explícita, o córtex entorrinal tem uma dupla função: é a principal fonte de
aferentes ao hipocampo, e é a principal rota de saída do hipocampo. É, portanto,
compreensível que as alterações na memória devido às lesões do córtex entorrinal
sejam particularmente graves, como na doença de Alzheimer, a principal doença
degenerativa que afeta o armazenamento na memória explícita. O termo hipocampo
vem do grego, que significa hipo= cavalo, e kampos= monstro marinho. A figura (2)
acima mostrou a forma do hipocampo e como a informação viaja do córtex entorrinal
de volta ao córtex entorrinal, para ir para as áreas de associação de uma maneira
mais esquemática. (FERREIRA, 2008)
Em relação às lesões do lobo temporal medial, elas interferem apenas no
armazenamento a longo prazo de novas memórias. Isso sugere que o hipocampo é
apenas uma estação transitória no caminho da memória de longo prazo. O
armazenamento a longo prazo da memória explícita ocorre nas áreas de associação
do córtex cerebral, que processam inicialmente a informação sensorial. O
conhecimento semântico (objetivo) tem uma organização notável e surpreendente.
Esse conhecimento não é armazenado em uma única região. (FERREIRA, 2008)
Em vez disso, sempre que o conhecimento sobre algo é lembrado, a memória
é construída a partir de diferentes partes de informações, cada uma delas
armazenada em locais de memória especializados. Esse tipo de memória é
armazenada e distribuída no neocórtex. Em contraste, o conhecimento episódico
(autobiográfico) sobre o tempo e o lugar é armazenado nas zonas de associação
dos lobos frontais. Memória implícita não depende diretamente de processos
conscientes, nem requer uma busca consciente por informações. É construída
lentamente, através da repetição, e é expressa, principalmente, em execu ção, não
em palavras. Exemplos de memória implícita são habilidades motoras e aprendizado
de certos procedimentos e regras. A memória implícita pode ser não associativa e
associativa. (FERREIRA, 2008)
Na aprendizagem não-associativa, o sujeito aprende sobre as propriedades de
um único estímulo. Exemplos desse tipo de memória não-associativa são a
habituação e a sensibilização, que são os tipos mais simples de aprendizado. Dois
tipos de aprendizagem associativa também foram diferenciados com base nos

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procedimentos experimentais usados para estabelecer a aprendizagem.


Tradicionalmente, os filósofos pensam que a aprendizagem é alcançada através da
associação de idéias. De acordo com Ivan Pavlov, filósofo russo, o que os animais e
os homens aprendem quando os pensamentos associados podem ser analisados,
na sua forma mais elementar, relaciona-se à associação de estímulos. (FERREIRA,
2008)

ATENÇÃO
O cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral estão localizados dentro do crânio,
enquanto a medula espinhal está localizada no interior do canal espinhal, localizado
dentro da coluna vertebral.

Foi estabelecido que o condicionamento clássico combina um estímulo não


condicionado (ENC) seguido por um estímulo condicionado (CS) repetidamente, o
que produziu uma resposta reflexa não condicionada ou até que a CE cause a
mesma resposta que reflete esse tempo condicionado. Com suficiente experiência,
um animal responderá ao CE como se antecipasse o ENC. Por exemplo, se uma luz
é repetidamente seguida pela apresentação de um pedaço de carne em um cão,
finalmente a visão da luz fará com que o animal salive. (FERREIRA, 2008)
Um segundo modelo fundamental de aprendizagem associativa, proposto por
Edgar Thorndike e, sistematicamente, estudado por B.F. Skinner é o
condicionamento operante, no qual o animal é treinado para realizar alguma ação,
para obter um reforço positivo, ou seja, uma recompensa ou para evitar a punição. O
exemplo característico é quando um pombo faminto é colocado em uma câmara de
exploração, na qual o animal é recompensado por uma ação específica. Por
exemplo, a câmera pode ter uma alavanca em uma das paredes, que
ocasionalmente pressionará por sua aprendizagem anterior e resposta inata. No
entanto, pode-se perceber que, cada vez que pressionar a alavanca, receberá um
reforçador positivo e, dessa forma, irá pressioná-lo com mais frequência.
(FERREIRA, 2008)
Assim, o condicionamento clássico aprende uma relação entre dois estímulos
e, no condicionamento operante, aprende-se a relação entre o comportamento e as

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conseqüências desse comportamento. Diferentes formas de memória implícita são


adquiridas através de diferentes formas de aprendizagem, e afetam diferentes
regiões cerebrais. A memória adquirida pelo medo, que tem um componente
emocional, envolve o núcleo da amígdala. A memória adquirida através do
condicionamento operante requer o estriado e o cerebelo. A memória adquirida
através do condicionamento clássico, sensibilização, adaptação e habituação
envolve reflexos, sistemas sensoriais e motores. (FERREIRA, 2008)

2.2 Mecanismos moleculares de armazenamento de memória

O armazenamento de memória implícita, destaca-se na experiência repetida


consolidada na memória, convertendo a forma de curto prazo na forma de longo
prazo. Como mencionado, uma única aplicação de serotonina nos neurônios
sensíveis da aplysia causa uma sensibilização de curto prazo. No entanto, cinco
aplicações produzem sensibilização de longo prazo, com duração de vários dias. O
processo pelo qual a memória de curto prazo se torna memória de longo prazo
estável é chamado de consolidação. Aqui, três processos intervêm: expressão
gênica, nova síntese protéica e crescimento de conexões sinápticas. (FRANCO,
2013)

Figura 4 – Conexões sinápticas

Responsá
v el Conexão

Neurônio e
outro Neurônio

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

É definido que a aplicação repetida de serotonina, o qual ativa a subunidade


catálica da PKA, ocorre no recrutamento do segundo mensageiro, a quinase,

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proteína quinase mitogênio (MAPK). Uma quinase está frequentemente associada


ao crescimento celular em ambas as quinases que são translocadas para o núcleo
do neurônio sensorial. Lá, a subunidade catalítica ativa um interruptor genético, o
CREB-1 (proteína de ligação do elemento de resposta cAMP). Esse fator de
transcrição, quando fosforilado, liga-se a um elemento promotor chamado CRE
(elemento de resposta cAMP). Por meio da MAPK, a subunidade catalítica da PKA
também atua indiretamente, aliviando as ações inibitórias do CREB-2, um repressor
da transcrição. (FRANCO, 2013)
A supressão da ação inibitória de CREB-2, e a ativação do CREB-1 induz a
expressão de dois genes: enzima hidrolase de ubiquitina, que ativa o proteassoma
para ativar a PKA, persistentemente, e factor de transcrição C/EBP, um dos
componentes da cascata genética necessária para o crescimento de novas unidades
sinápticas de armazenamento de memória explícita. O componente principal do
sistema temporal médio, para o armazenamento de memória, é expresso no
hipocampo ou Corno de Amon (CA), pelo modo como é representado o deus Egípcio
que foi adorado na cidade de Tebas. (FRANCO, 2013)
É caracterizada por suas grandes células piramidais. O hipocampo é
subdividido em quatro sub-regiões: CA1, CA2, CA3, CA4. Ele recebe a entrada de
três maneiras principais: 1. via perfurante, que se projeta a partir do córtex entorrinal
para as células da granulosa do giro dentado, via de fibras musgosas; 2. contém os
axônios das células de grânulos e é dirigido para as células piramidais CA3 da
região; 3. Schaffer via colateral do hipocampo, que consiste de lado excitatório nas
células piramidais da região CA3, que termina nas células piramidais da região CA1.
Em 1973, Timothy Bliss et Ali, descobriu nessas vias, que conduzem a longo
prazo (potenciação de longo prazo (LTP-potenciação de longa duração), por sua
sigla), que um aumento sustentado da eficiência é conhecido como potenciação
sináptica e a transmissão sináptica, após estimular uma via aferente com estímulos
de alta freqüência. Esse fenômeno foi estudado, principalmente, na sinapse entre a
via colateral de Schaffer e as células piramidais CA1. No entanto, tem sido visto que
LTP ocorre em outras regiões, como o córtex, amígdala e cerebelo. (FRANCO,
2013)
A LTP tem as seguintes propriedades, de acordo com Franco (2013):

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1. Estado dependente: a membrana pós-sináptica deve ser suficientemente


despolarizada para promover a LTP.
2. Cooperatividade: ativação de múltiplas entradas para a célula nervosa.

FIQUE ATENTO
O cérebro é a estrutura mais importante do sistema nervoso central. É constituído de
duas partes ou hemisférios que são unidos, em conjunto, por uma estrutura
chamada “corpo caloso”. Este, por sua vez, consiste em milhões de ligações, de um
hemisfério para o outro.

3. Especificidade: quando a LTP é induzida pela estimulação de uma


sinapse, ela não irá acontecer em sinapses inativas, que estão em
contacto com o mesmo neurônio.
4. Associatividade: uma estimulação fraca não desencadeia LTP. No
entanto, se um neurônio pré-sináptico for estimulado ao mesmo tempo
que o neurônio pós-sináptico, um LTP será administrado. Isso constitui a
lei de Hebb, na qual há uma ativação simultânea do neurônio pré-
sináptico e do neurônio pós-sináptico.
A LTP é um fenômeno dependente da atividade, com fases e é específica das
sinapses ativadas, da indução rápida, da assossiação e da duração prol ongada.
Esse fenómeno tem sido aplicado como um modelo sinaptocelular de memória de
longo prazo. Embora o fenômeno da LTP tenha sido descoberto há 37 anos, seus
mecanismos moleculares ainda não eram bem compreendidos. As sinapses entre as
colaterais de Schaffer e os dendritos das células piramidais de CA1 são
glutaminérgicas. (FRANCO, 2013)
A membrana pós-sináptica dos processos dendríticos tem três tipos de
receptores: glutaminérgicos tipo de NMDA (N-metil-D-aspartato), AMPA como não-
NMDA (amino-3-hidroxi-5-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropionato) e metabolito. O
receptor do canal NMDA é permeável ao Ca2 +, mas é bloqueado fisiologicamente
por Mg2+. Durante a transmissão sináptica de baixa elevação subsequente Ca2+ e
a espinha dendrítica desencadeia quinases dependentes de cálcio: Ca2

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+/calmodulina cinase II (CaMKII), a proteína quinase C (PKC) e tirosina-quinase de


Fyn que juntos induzem a LTP. (FRANCO, 2013)
CaMKII e PKC fosforila são canais receptores não-NMDA (AMPA) e aumentam
a sensibilidade ao glutamato, desencadeando, assim, alguns outros canais
receptores de modo silencioso. Essas alterações fazem uma contribuição pós-
sináptica na expressão e manutenção da LTP. Assim, é visto como a manutenção
da LTP é devida aos receptores AMPA, enquanto a indução é depende dos
receptores NMDA. (FRANCO, 2013)
Subsequentemente, a célula pré-sináptica deve ser informada de que a LTP foi
induzida. Postulou-se que um segundo mensageiro ativado Ca2+, como o óxido
nítrico (NO), um gás que se difunde facilmente de uma célula para outra, pode ser
mensageiro retrógrado envolvido em LTP. Como o armazenamento de memória, o
LTP tem duas fases:

1. LTP inicial, que dura de 1 a 3 horas. Não requer síntese de novas proteínas.
2. LTP tardia, que dura mais de 4 horas. Requer síntese de nova proteína e
RNA. Essa fase tardia recruta a via de sinalização de cAMP-PKAMAPK-CREB, que
ativa a expressão de um número de genes envolvidos na ativação persistente de
PKA, e o crescimento de novas áreas de sinapses.

Nos seres humanos, os mecanismos mais importantes através dos quais o


meio altera o comportamento são a aprendizagem e a memória. Somos o que
somos por causa do que aprendemos e do que nos lembramos. Aprendizado e
memória são dois processos intimamente relacionados, impossíveis de separar. A
memória, resultado do aprendizado, não é um processo simples tem, pelo menos,
duas formas. A memória implícita (não declarativa) é uma memória inconsciente das
habilidades motoras e perceptivas. Enquanto a memória explícita (declarativa) é a
memória de pessoas, lugares e objetos que requerem uma recuperação
consciente.(FRANCO, 2013)
A memória é constituída por uma aliança de diversos sistemas que interagem,
atendendo à diferentes funções mnésicas que operam através de diferentes circuitos
neuroanatômicos e neuronais. O armazenamento a longo prazo da memória

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implícita depende da via AMPc-PKA-MAPK-CREB, e o armazenamento da memória


explícita depende da potencialização a longo prazo no hipocampo. (FRANCO, 2013)
Estudos sobre os mecanismos celulares e moleculares da aprendizagem e da
memória têm como foco principal a plasticidade neuronal promovida pela
potenciação sináptica de longo prazo. Os mecanismos neurais envolvidos na
aprendizagem, aquisição e consolidação da memória ainda não são totalmente
compreendidos e ainda tem-se muito a descobrir. (FRANCO, 2013)

2.3 Neurofisiologia clínica: presente e futuro

Os serviços de Neurofisiologia Clínica de primeira linha, devem ter três áreas:


um ambulatório, uma área de internação e uma área cirúrgica. Os principais serviços
do mundo, com vocação acadêmica, também possuem uma quarta área formada
por laboratórios experimentais, tanto de fisiologia humana quanto de
experimentação animal. A área do ambulatório geralmente consiste em pelo menos
4 laboratórios: eletroencefalografia, eletromiografia ou sistema nervoso periférico,
potenciais evocados e controle motor. Alguns serviços possuem laboratórios
específicos do sistema nervoso vegetativo, dor ou microneurografia, dependendo do
interesse acadêmico dos especialistas do serviço. Na maioria dos centros, pelo
menos alguns desses testes estão incluídos nos laboratórios de eletromiografia ou
potenciais evocados. (HAMDAM, 2011)

Figura 5 – Neurofisiologia clínica

Ambulatório Internação Cirúrgica

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

A área de internação geralmente consiste em uma unidade de vídeo-


eletroencefalograma (vídeo-EEG) e uma unidade de sono. O número de quartos que
compõem as diferentes unidades é variável, dependendo do tamanho do hospital e
do serviço. As unidades de sono e de vídeo-EEG são aconselháveis, pois são

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versáteis e podem ser empregadas em espaço para ambos os estudos, tanto a


polissonografia como a monitorização periódica de comprimento por vídeo-EEG.
Requer pacientes epilépticos para fins de diagnóstico, cirúrgicos ou outros.
Monitores cirúrgicos são mais exigidos em neurofisiologia clínica. O seu
objetivo é o de verificar, por várias técnicas (estimulação cortical cerebral potenciais
evocados, visuais, auditivos e estimulação motora de raízes a motor, etc.), a
funcionalidade das diferentes estruturas nervosas, central e periférica, durante a
cirurgia, a fim de estabelecer seu estado pré-operatório. Com isso, tenta-se
preservar sua indenização durante o ato cirúrgico e estabelecer um prognóstico pós -
operatório. (HAMDAM, 2011)
Monitorizações são muito dif erentes em sua natureza, exemplos de
algumas são: localização do sulco por potenciais evocados somestésicos;
localização hemisf érica neurocirúrgica; área do motor primário; cápsula
interna ou área de linguagem por estimulação eléctrica; núcleo subtalâmico;
localização ou outros núcleos gânglios da base ou do tálamo; tremores de
Parkinson ou outros movimentos anormais; eletrocorticograf ia, a f im de
f azer resseções na demanda em cirurgia de epilepsia; gravação de EEG,
durante a cirurgia vascular, a f im de controlar lesões isquêmicas; a
conf irmação da colocação apropriada de implantes cocleares elétricos em
núcleos, para o tratamento de surdez; retrococlear da lesão bilateral;
monitorização do motor da vias sensoriais ou cirurgia do colo do útero,
escoliose ou outras cirurgias; monitoramento da indenização de troncos
nervosos. As unidades de monitorização intra-operatória devem trabalhar,
principalmente, em colaboração com os serviços de Traumatologia,
Neurocirurgia, Otorrinolaringologista etc, e seu sucesso depende da
compreensão adequada entre os dif erentes grupos. (HAMDAM, 2011, p. 54-
59)

O futuro da neurofisiologia é promissor e a especialidade se adapta ao mundo


da medicina, que está mudando rapidamente. Não faz sentido estar ancorado em
explorações clássicas, algumas com quase um século de idade, que mais cedo ou
mais tarde estarão ultrapassadas por outras novas tecnologias. É importante,
portanto, que a Neurofisiologia Clínica especializada tenha uma base sólida em
neurociências e uma profunda compreensão de doenças do sistema nervoso, que
permita essa adaptação. O futuro vem de mãos dadas com a abordagem
multidisciplinar dos problemas. O neurofisiologista precisa aprender a trabalhar com
engenheiros, biólogos, radiologistas ou outros especialistas médicos. (HAMDAM,
2011)
Existem abundantes técnicas que exploram a fisiologia do sistema nervoso,
onde o neurofisiologista tem que ter um papel de relevância no futuro próximo. Um

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exemplo é a ressonância magnética funcional (fMRI). FMRI é, normalmente,


localizado em serviços de radiologia, mas os centros importantes de todo o mundo,
são multidisciplinares, com uma equipe de que participam: engenheiros,
radiologistas, físicos, psicólogos, neurologistas e neurofisiologistas. A FMRI é uma
exploração funcional do sistema nervoso e, como tal, o neurofisiologista deve estar
presente. A neurofisiologia pode fornecer a resolução temporal que falta nessas
técnicas de neuroimagem com alta resolução espacial. (HAMDAM, 2011)
Hoje, é possível em neurofisiologia, fazer registros de EEG ou potenciais
evocados de alta resolução, eletrodo de varredura e, ainda, localizar no MRI do
paciente, com o direito de resolver os problemas nos algoritmos inversos, gerando
um certa atividade. O EEG também pode ser co-registrado na ressonância
magnética para desencadear a aquisição e ver a ativação cerebral em um momento
temporário, durante um evento externo ou cerebral específico. Por exemplo,
executar fMRI ao baixar uma onda de ponta no EEG. Dessa forma, podemos
conhecer as regiões ativadas durante esse grafoelemento paroxístico. (HAMDAM,
2011)

IMPORTANTE
A matéria cinzenta é localizada pelo revestimento da superfície do cérebro e
disposta na forma de agregados denominados núcleos, que são constituídos pelos
corpos dos neurônios.

Um campo muito promissor é o estudo da atividade oscilatória cerebral. As


oscilações cerebrais são um mecanismo básico da função cerebral que surge da
inter-relação dos múltiplos elementos de uma rede neural. Diferentes patologias
apresentam alterações na dinâmica das redes neurais e suas oscilações e podem
ser a causa de parte da sintomatologia. (HAMDAM, 2011)
O resultado da colaboração interdisciplinar, especialmente com engenheiros e
físicos, são o desenvolvimente de ferramentas matemáticas que permitem sua
análise e tornam compreensível seu papel fisiopatológico. Possivelmente, no futuro,
eles poderão ter um papel diagnóstico e planejar ações terapêuticas destinadas a
mudar seu comportamento. Possivelmente, o mecanismo de ação terapêutica de

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estimulação cerebral profunda, para tratar a doença de Parkinson, está interferindo


nas oscilações anormais presentes nesses gânglios basais dos pacientes.
Desse modo, dois campos que experimentaram um enorme crescimento, em
neurofisiologia, são os estudos do sono e o monitoramento neurofisiológico cirúrgico.
Espera-se que esse crescimento continue nos próximos anos, e qu e outras técnicas,
como a análise cinemática da marcha, movimentos oculares, etc, desenvolvam-se e
somem-se aos testes complementares de utilidade, contribuindo para o diagnóstico
das doenças neurológicas. (HAMDAM, 2011)

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CAPÍTULO 3 – CONCEITOS E APLICAÇÕES DE NEUROFARMACOLOGIA

3.1 Origem e nomenclatura da farmacologia

A ciência que estuda as drogas, ou seja, toda aquela substância química que
administrada em um ser humano produz alguma resposta biológica ou alterações
nas funções biológicas. Quando usada para fins benéficos, é chamada “medicação”.
Quando não cumpre nenhuma função terapêutica, é conhecida por “droga”. As áreas
cobertas pela farmacologia são, de acordo com Pinheiro (2010):
• história das drogas
• origem
• propriedades físicas e químicas
• efeitos bioquímicos
• efeitos físicos
• mecanismos de ação, absorção, distribuição e biotransformação
• efeitos terapêuticos
• efeitos tóxicos.

FARMACOLOGIA: é a ciência que se dedica ao estudo de medicamentos. Sua


etiologia deriva de: Pharmakom = droga ou veneno + Logos = tratado ou estudo.
Assim, sua definição é: ciência biológica que estuda as propriedades e ações das
drogas no organismo.
DROGA: é definida como qualquer substância química capaz de interagir com
um organismo vivo. Essa definição não é prejudicada se o medicamento é útil ou
não para o tratamento de doenças, nem esclarece sua natureza. Devemos lembrar,
também, que muitas drogas não têm efeitos terapêuticos nas doenças, embora
sejam capazes de causar ações e efeitos farmacológicos. Aqueles medicamentos
que têm efeitos terapêuticos são chamados de substâncias medicinais
(medicamentos).

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FIQUE LIGADO
A substância branca que circunda a massa cinzenta integra projeções de neurônios
que se comunicam uns com os outros. Do ponto de vista do seu funcionamento, o
cérebro é dividido em segmentos chamados lobos: os lobos frontais que regulam a
fala, comportamento, personalidade, pensamentos e atenção; os lobos parietais, que
integram a informação sensorial e sensoriais do corpo e lobos temporais, que
regulam a linguagem e memória e occipital que compõem a informação visual.

No que tange à medicina esta define substâncias medicinais como qualquer


assunto de origem humana, vegetal, animal etc., ao qual uma atividade apropriada é
atribuída para constituir um remédio. A mesma lei, de 1990, também define o que é
droga, ou seja, qualquer substância medicinal e as suas associações ou
combinações destinada ao uso em humanos ou animais em que estão presentes
propriedades que previnem, diagnosticam, tratam, aliviam ou curam doenças ou
afetam as funções corporais e/ou o estado mental. Por isso, a droga é o princípio
ativo, isto é, para o uso. (PINHEIRO, 2010)
No entanto, não é correto usar a palavra droga como sinônimo de substância
medicinal. Seu uso inadequado é devido a um erro de tradução da palavra inglesa
drug. Quando se refere a drogas em inglês, é aquela que cria abuso ou dependência
(droga psicoativa).
DROGA: preparações, nas quais os medicamentos estão em seu estado
natural, geralmente na forma de extratos vegetais. Quando um medicamento é
admnistrado, ele deve ser apresentado em uma forma adequada, essas formas são
chamadas de forma galênica ou farmacêutica. (PINHEIRO, 2010)
FORMULÁRIO OU FORMA FARMACÊUTICA: prestação individualizada à qual
as substâncias e excipientes são adaptados para constituir um medicamento.
Excipiente: incluído nas formas de dosagem que são adicionadas às substâncias
medicinais ou das suas associações para servir de veículo, permitindo a sua
preparação e a sua estabilidade, modificam as suas propriedades organolépticas ou
determinam as propriedades físico-químicas de um fármaco e as propriedades de
biodisponibilidade. (PINHEIRO, 2010)

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MEDICAMENTOS: composição das drogas, define as informações, de certa


forma, farmacêuticas prontas para uso medicinal imediato, disposta e condicionada
para a dispensa ao público, com nome, embalagem, acondicionamento e rotulagem
uniforme, para a administração o Estado deve conceder a autorização e registro de
especialidades farmacêuticas. (PINHEIRO, 2010)
OBJETIVOS EM FARMACOLOGIA: para beneficiar o paciente de maneira
racional, um diagnóstico correto deve ser feito. Sabemos, também, que as drogas
têm grande atividade biológica. Isso carrega um risco de toxicidade e pode levar ao
aparecimento de efeitos indesejados. Toda droga tem alguma toxicidade. A
toxicidade que uma droga pode apresentar depende de:
• Dosagem
• Forma de administração
• Via de administração.
Portanto, podemos dizer que, em maior ou menor grau, são tóxicas. Isso
implica um ato de decisão, existindo uma relação entre benefício e risco. Essa
decisão deve ser tomada levando em consideração as características e condições
de cada usuário.
Já o desenvolvimento histórico da farmacologia se caracteriza porque o
empirismo era o único caminho capaz de descobrir remédios apropriados para
doenças e seus males. Os povos primitivos relacionam drogas à doenças.
Observação casual, existem plantas que podem mudar a direção da doença. Única
fonte de progresso terapêutico. (PINHEIRO, 2010)

Figura 6 – Histórico da farmacologia

Empirismo

Caminho

Doenças

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

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• Droga moderna: baseia-se na experimentação do modo e do local de


ação das drogas.
Em se tratando da história da farmacologia, o século XIX é considerado o ponto
de partida da terapia científica. Nesse século, houve um apoio paralelo da biologia
(BTO) e química (QUI). Magendie, em 1821, fez a preparação e o uso de vários
novos medicamentos. Ele iniciou a aplicação do método científico ao estudo sobre
drogas. Já, Pasteur, cria a microbiologia (luta contra doenças infecciosas).
Buchheim, por sua vez, foi fundador da farmacologia, como disciplina independente.
Em 1847, o estudo experimental sistemático, observando a maneira como as drogas
agem. Schmiederbers, dirige o primeiro departamento autônomo de farmacologia.
Isso nos permite isolar plantas de ingredientes ativos em seu estado puro.
Além disso, como fatos históricos, destacam-se, de acordo com Pinheiro
(2010):
• 1817 a morfina é isolada.
• 1819 a cafeína é isolada. Também ajuda a sintetizar compostos químicos:
nos fornece novos agentes terapêuticos.
• 1832 clorofórmio (anestésico) é sintetizado.
• 1899 aspirina é sintetizada.
• No século XX, o anestésico local, a lovocaína e o barbitúrico são
sintetizados. Entre as duas guerras mundiais, as drogas antimaláricas são
sintetizadas.
• 1935 sulfonamidas são sintetizadas. Durante a guerra mundial, eles são
descobertos:
• 1941 penicilina.
• 1942 anti-histamínicos.
• 1945 extratocina (tuberculose).
• Corticosteróides de 1949 (cortisona).
Em relação à origem de medicamentos, eles têm origem no:
• Reino animal.
• Reino vegetal.
• Reino Mineral.

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Origem sintética: origem semi-sintética (produtos naturais que foram


modificados por síntese orgânica).

ATENÇÃO
Nas estruturas cerebrais profundas chamadas “gânglios da base”, que rege o
movimento e controle motor do corpo, o tálamo é o centro onde todas as
informações processadas pelo cérebro, especialmente as vias que transmitem
informação sobre a dor, chega e está localizada e o hipotálamo, é a entidade que
integra o sistema nervoso ao sistema endócrino, de onde as informações relativas à
produção de vários hormônios, e temperatura corporal.

Origem animal
Reino vegetal: As plantas nos fornecem uma ampla variedade de
medicamentos (citostáticos). Essas substâncias são extratos ou destilados de
plantas. São obtidos por técnicas de extração, ingredientes ativos de grande
interesse e atividade farmacológica. Por exemplo: digital, digitalina cristalizada,
digoxina, tônico cardíaco.
Reino animal: soros antitetânicos, anti-raiva, extrato de fígado, derivados do
sangue (plasma), etc.
Reino Mineral: bicarbonato de sódio, óxido de Mg, serve para corrigir a acidez
gástrica.
Origem sintética
Sintéticos: são os mais comuns, a maioria dos ingredientes ativos que são
usados na preparação de especialidades farmacêuticas. Por exemplo: cortisona
(corticóide), benzodiazepina (diacepan, orfidal).
Semissintéticos: o princípio da origem natural é obtido, modifica a estrutura
química. Ex .: ampicilina.
Desse modo, em se tratando dos princípios ativos obtidos através da
biotecnologia, esses são um conjunto de técnicas industriais que baseiam a
produção na atividade de microorganismos. Eles podem ser considerados, ciência
que vem do mino industrial, admitem a incorporação de engenharia genética de
microorganismos com propriedades de interesse industrial. Por exemplo: vacinas

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(hepatite B), insulinas. Esses princípios estão se tornando cada vez mais
interessantes, mas são muito caros. (PINHEIRO, 2010)

3.2 Relações Estrutura Química-Ação-Farmacologia

Capaz de modificar funções celulares. Essas ações são produzidas por


reações que dão origem a ligações químicas entre drogas e certos componentes
celulares (receptores). Esses, geralmente, estão localizados na superf ície da célula
intersticial com a estrutura química, dos fármacos e da ação farmacológica,
substâncias de estrutura química similar possuem ácidos similares. Classes de
compostos e funções químicas, de acordo com Santana (2014):
As ações farmacológicas estão os íons R / C a que eles podem dar origem.

Ex .: K +, em geral, é depressor cardíaco.

Mg ++, depressor do SNC, SNP. Br -, depressor do SNC.

Ni +, ação vasodilatadora.

Existem cátions que formam metais pesados, esses cátions (Hg, Cu)
precipitam proteínas e são germicidas. Sua ação está relacionada a grupos químicos
funcionais que possuem esses compostos orgânicos. Hidrocarbonetos, alifáticos,
derivados halogenados, álcoois, éteres alifáticos: depressores do sistema nervoso
central usado como anestésico geral. Os fenóis são germicidas, antissépticos, mas
também irritantes locais e tóxicos para o SNC. Se unimos a um carboxila, a atividade
farmacológica é diminuída, também diminui a toxicidade dos compostos que se
ligam.
A ação germicida e tóxica do fenol diminui quando o ácido passa.

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Figura 7 – Grupo halogenados

Alcoois

Éteres

Hidrocarbonetos
Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Artihidroxibenzoico = ácido. Saliálico. Aminas, em geral, são estimulantes do


SNC, as anfetaminas. Esteroides compostos de grande importância. Hormônios
sexuais masculinos e femininos e corticosteroides.
• Isometria: pode haver compostos orgânicos que tenham os mesmos
grupos funcionais e diferentes ações farmacológicas;
• Ionização: drogas, quando ativas em sua forma não ionizada, diminuirão
sua ação farmacológica. Fenololes, ativo em sua forma ionizada, perde
atividade se não estiver ionizado.
• pH: influencia porque a ionização de um medicamento dependerá do pH
do meio. Ex.: ácido. Fraco (ácido, salicílico) quando está em meio ácido,
não ionizado (lipossolúvel), atravessa as membranas celulares, atividade
máxima. Não ionizante, lipossolúvel ionizado e solú vel em água.
Em se tratando das Nomenclatura de medicamentos, destaca-se o número de
código ou designação codificada. Será nomeado com as iniciais do laboratório
químico, equipe de pesquisa que preparou ou testou o medicamento, seguido de
seu número. Provisório, é descartado quando o nome apropriado é escolhido.
Ensaio clínico. (SANTANA, 2014)
Nome químico: Descreve a estrutura da medicação de acordo com as regras
da IUPAC. Esse nome é geralmente complicado, o nome genérico ou registrado é
usado.
N-acetilcparaminofenol = paracetamol.
Nome genérico: Nome oficial, ou nome comum internacional, refere-se ao
nome comum estabelecido pelo qual conhecemos o medicamento como uma

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substância específica e independente de seu fabricante. DCI. Simples, conciso,


significativo. É escolhido, aprovado e divulgado pela OMS.
Nome comercial ou registrado: O nome escolhido ou usado pelo fabricante.
Cada um usa um nome comercial. Por esse motivo, é conveniente usar o nome
genérico.
A especialidade farmacêutica é uma composição de droga e a forma de
dosagem definida e informação de dosagem particular preparado para uso imediato,
e dispostos pelo condicionamento do medicamento, para eliminação para o público,
nomeando, relatórios de embalagem e etiquetagem, e que a administração do
Estado dá autorização sanitária e registra no registro de especialidades
farmacêuticas. (SANTANA, 2014)
Especialidades farmacêuticas genéricas: (EFG). É a especialidade com a
mesma forma farmacêutica e composição quantitativa e qualitativa igual em uma
substância.
Medicinal: outra especialidade de referência cujo perfil de eficácia é
suficientemente estabelecido pelo seu uso clínico confirmado. Ex.: diclofenaco EFG
= voltarem. Não pode ser fabricado por ninguém, deve mostrar equivalência
terapêutica com a especialidade (estudos de bioequivalência).
O fabricante deve executar métodos de controle, em matérias-primas, produtos
intermediários, produtos finais: a lei de rotulagem, embalagem e também o processo
de fabricação, devem estar em conformidade com as diretrizes uniformes e
descritas. Devem ser ajustados de acordo com as regras de gerenciamento corretas.
O fabricante deve realizar estudos galênicos e garantir a estabilidade e as condições
de fabricação. (SANTANA, 2014)

FIQUE ATENTO
O cerebelo está localizado na parte traseira e inferior do cérebro. Essa estrutura
regula a coordenação do movimento e equilíbrio. É constituída por dois hemisférios
unidos entre si por um verme que dá origem a três lóbulos: lóbulo anterior, o lobo
médio e o lóbulo floculonodular.

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Preparado (ou fórmula) Oficial: a medicação feita e garantida por um


farmacêutico ou sob a direção, dispensada em farmácias, que também deve ser
descrita no formulário nacional.
Fórmula mestra (FM): a fórmula principal é o medicamento destinado a um
paciente individualizado, preparado pelo farmacêutico para preencher
expressamente uma prescrição opcional (médica). É dispensado em farmácia.
Fórmula magistral tipificada: Recolhida na forma nacional, é de uso e utilidade
muito frequente.
Produto em fase de pesquisa clínica: é aquele que se destina apenas a ser
utilizado por especialistas qualificados para a sua formação científica e experiência
para pesquisa, em pessoas ou animais, e garantem a eficácia e segurança do
medicamento. Esses têm um tratamento legal de medicamentos. (SANTANA, 2014)
Em se tratando da expiração e conservação, seguindo as recomendações da
Vigilância Sanitária, dependerá do que será estabelecido para determinar sua
validade e modo de conservação. Se não houver pedido em espera, as
denominações de lote serão feitas por letras. (SANTANA, 2014)

3.3 Disciplinas de farmacologia

Abaixo destacaremos a respeito das disciplinas que interagem e atuam


juntamente com a farmacologia. São elas, de acordo com Straub (2014):
• Farmacocinética: O que o corpo faz com a droga.
• Farmacodinâmica: Qual o efeito bioquímico e mecanismo de ação
intrínseca, o que a droga faz no corpo.
• Farmacoterapia: Uso de drogas no tratamento e prevenção de doenças.
• Toxicologia: Os efeitos tóxicos produzidos pelas drogas.
• Farmacognosia: Estudo da origem das drogas do reino animal e vegetal.
Veremos em detalhes cada uma delas de acordo com Straub (2014):
FARMACOCINÉTICA: Movimento que a droga tem pelo corpo, uma vez
administrada. Abrange a absorção, distribuição, metabolismo, excreção, efeito
máximo e duração.

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ABSORÇÃO: Velocidade com a qual uma droga passa do ponto de


administração para o ponto de ação.
Em relação aos fatores que influenciam a absorção, são eles:
• via de administração
• comida ou fluidos
• formulação da dosagem
• superfície de absorção, irrigação
• acidez estomacal
• Motilidade gastrintestinal.
• Rotas de administração: oral, parenteral e tópica.
Oral: Ação localizada (somente efeito no trato digestivo), ação sistêmica
(queremos que o medicamento seja absorvido para que exerça sua função em outro
órgão). Esse caminho também é chamado de ROTA ENTERAL, porque, pela
anatomia, a droga, uma vez absorvida, passa através do fígado e depois para o
órgão alvo. Uma vez que o medicamento atinge o intestino, o medicamento tem que
atravessar as barreiras celulares de diferentes maneiras:
1) Filtração: neste mecanismo, as drogas atravessam as barreiras celulares por
meio de soluções de continuidade que existem nas células (canais aquosos), onde
está o fluido intersticial. Lá, a droga passa por um processo de filtração. Deve ser de
baixo peso molecular para poder passar essa barreira celular. Geralmente é usado
por substâncias que possuem carga elétrica.
Difusão passiva: é usado por drogas lipossolúveis. Dissolvem-se na membran a
celular, dependendo de sua lipossolubilidade, atravessam a dupla camada lipídica.
Características:
• ./ Droga solúvel em gordura (se não, não pode passar)
• ./ A favor do gradiente de concentração (de onde há mais, para onde há
menos)
• ./ Não consome energia
A lipossolubilidade depende do coeficiente de partição lípido-água, o estado de
ionização. São elas, segundo Straub (2014):
Difusão facilitada: A droga precisa de um transportador para atravessar a
membrana, uma vez que não é solúvel em gordura. Mas se houver um tran sportador

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(específico ou não específico), ele se une a ele e se torna solúvel em gordura para
atravessar a membrana. Uma vez lá dentro, solta a droga e sai para encontrar outra.
Tem as mesmas características da difusão passiva.

Figura 8 – Difusão facilitada

Droga

Transporta-
dor Solúvel

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

Transporte aditivo: Quando o fármaco não solúvel em gordura não tem outra
maneira de atravessar, ele se une a um transportador que ajuda a ultrapassar a
barreira celular. Ele libera na corrente sanguínea. O que o diferencia do anterior é
que ele vai contra o gradiente, ou seja, precisa de energia.
A lipossolubilidade de um fármaco é determinada pelo seu estado de ionização,
ou seja, o mais ionizado, menos solúvel em gordura. Se uma droga tem uma
natureza ácida fraca, em um meio ácido, a fração não ionizada (solúvel em gordura)
predomina. Então, uma droga ácida fraca, onde é melhor absorvida? Em pH ácido,
pela mesma regra. Uma droga base fraca em meio básico, a fração não ionizada
(solúvel em gordura) predomina, então é bem absorvida em meio básico. (STRAUB,
2014)
Parenteral: Podemos distinguir:
Sublingual: O medicamento é bem absorvido pelos vasos da língua que vão
diretamente para a veia cava e para o coração, não passam pelo fígado. Exemplos:
Cafinitrina (angina pectóris), Captopril (anti-hipertensivo), Alprazolan (crise aguda de
ansiedade e pânico). Eles também podem ser absorvidos pelas membranas
mucosas da boca (como um doce), como o fentanil.

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Via retal: A medicação é absorvida na mucosa retal. A administração é feita


pelo esfíncter anal. É um mecanismo não suicida. Algumas vezes esse caminho
pode se comportar como um entérico, pois é absorvido pelo plexo etmoidal e passa
para o fígado É um caminho de absorção muito rápido, mas não se sabe quanto de
medicamento é absorvido. Não é muito usado. Exemplos: Enema de corticosteroides
para o tratamento da colite ulcerativa, Diazepan, que apresenta absorção imediata
em crises convulsivas epilépticas e febris.
Intramuscular: A droga é administrada em um plano muscular e através dos
vasos linfáticos e capilares, é absorvido em 30 minutos. Os planos musculares
adequados são os glúteos, deltoides, quadríceps.
Desvantagens: mais de 10 ml não devem ser administrado porque podemos
produzir necrose ulcerativa por compressão. Pode produzir abscessos devido à
manobras assépticas fracas. Medicamentos muito irritantes ou muito contínuos
podem formar cistos.
Intradérmico: Sua aplicação está na derme, para uma boa administração, uma
pápula deve ser produzida na superfície da pele. Como exemplo dessa rota,
podemos mencionar o Mantoux (teste tuberculoso).
Intra-arterial: Diretamente à luz arterial. Não é muito utilizado em terapêutica,
sim em diagnóstico (contraste). Ex.: cateterismo.
Subcutânea: A medicação é injetada no espaço subcutâneo e leva de 15 a 30
minutos. Ex.: Insulina.
Intravenoso: Nós administramos a droga no sistema venoso. A velocidade de
absorção é zero.
Desvantagens:
Formação de abscesso, flebite, que pode levar à trombose, causando uma
embolia distante. Flebite é formada pelo uso repetido da estrada. Em caso de alergia
ao medicamento, se for por via oral nos dá tempo para pará-lo porque a droga é
absorvida pouco a pouco e as manifestações são mais suaves, à medida que
atingem o sangue se torna mais grave. Na via intravenosa, a reação alérgica pode
ser mais grave e causar choque anafilático em questão de minutos e é de
aparecimento súbito. (STRAUB, 2014)

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Outra desvantagem é que a droga deve ser administrada lentamente (1


ml/min.), Porque se fizermos isso mais rápido, podemos causar hipotensão súbita,
chamada de choque de velocidade. Ao perceber a medicação, o organismo acredita
que há um aumento da pressão arterial e, em seguida, de maneira defensiva, a
queda causa uma hipotensão súbita. Outra desvantagem, é se o paciente tem
insuficiência cardíaca, podemos causar sobrecarga cardíaca. Dessa forma, e
dependendo da medicação, podemos causar alterações no balanço eletrolítico.
(STRAUB, 2014)
Tópica: A administração de um fármaco através da pele ou mucosa, para
atender um efeito localizado (por exemplo, pomada anti-inflamatória). Ou pode ser
absorvida e exercer a sua função em um outro organismo, através da corrente
sanguínea (transdermicamente: pomadas, emplastros). O fentanil é um opioide da
mesma família da morfina, que, quando administrado por via intramuscular, dura
cerca de meia hora. No curativo é liberado gradualmente e dura 72 horas. É muito
bom para pacientes terminais.
O nitrato é um vasodilatador coronário. Foi administrado anteriormente como
creme, mas não pôde ser controlado. Há também sublingual, mas apenas para
crises. As pílulas aumentam o risco de câncer de estômago ao se ligar às aminas
(nitrosaminas cancerígenas). Por tudo isso, a melhor forma de administração é a
transdérmica, que é de rápida absorção e diminui os efeitos colaterais. O curativo de
nitrato deve ser trocado a cada 12 horas. Os adesivos de nitrato são transformados
em nitrito no fígado graças ao sulfidrilo, que é finalizado após 12 horas. O efeito dura
24 horas, mas deve ser removido às 12 horas para qu e o fígado tenha tempo para
substituí-lo. (STRAUB, 2014)
Por fim, destacamos a respeito da via inalatória. A árvore respiratória é usada
para administração. Com o uso da droga dessa maneira, podemos gerar um efeito
generalizado e localizado. Ela é:
Generalizado: anestesia. É absorvido pelos brônquios, capilares, corrente
sanguínea, cérebro.
Localizado: Ventolin (sulbitamol), é um broncodilatador que é usado para
ataques de asma. Teoricamente, liga-se aos receptores β2-adrenérgicos e dilata os
brônquios. Se a dose for excedida, não há ß2 suficiente e ela entra na corrente

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sanguínea, aumentando a frequência cardíaca e produzindo taquicardia.


Teoricamente, a ação é localizada, mas os efeitos indesejáveis devem ser levados
em conta, separados do efeito terapêu tico que desejamos.
Todas as estradas têm vantagens e desvantagens. A via ideal seria de acordo
com a patologia do paciente, mas a mais conveniente é a via oral (levando em conta
as características do paciente). Tem uma série de vantagens: o enfermeiro pode ser
ignorado porque o paciente é responsável pela medicação. As desvantagens são,
por exemplo, em pacientes inconscientes devido ao risco de aspiração. Também
devemos levar em conta a presença de comida. Os fármacos solúveis em água
devem ser administrados antes das refeições porque, após a ingestão, a bílis é
libertada, o que melhora a sua absorção (porque os solúveis em gordura precisam
de gorduras e sais biliares para a sua absorção). O Becozyme (vitamina B) deve ser
tomado com o estômago vazio, também o ácido fólico. Dependendo da natureza da
droga pode dar alterações da motilidade intestinal. (STRAUB, 2014)

IMPORTANTE
A árvore respiratória é usada para administração. Com o uso da droga dessa
maneira, podemos gerar um efeito generalizado e localizado.

Sendo assim, a farmacologia é a disciplina responsável pelo estudo de


substâncias capazes de causar algum tipo de efeito no corpo. É especialmente
utilizada no campo da medicina, como uma ferramenta para tratar várias doenças
que as pessoas possam vir a apresentar. A farmacologia é desenvolvida hoje por
importantes empresas globais, que desenvolvem remédios para uso em diferentes
áreas da saúde. No entanto, pode-se dizer que ela estava presente desde a
antiguidade, especialmente associada ao consumo de várias espécies de plantas
que têm algum tipo de efeito sobre o comportamento do corpo. (STRAUB, 2014)
Desde tempos imemoriais, o homem entendeu que havia substâncias na
natureza que poderiam ter algum grau de efeito se fossem consumidas. Assim,
muitos vegetais mostraram-se úteis nesse sentido, dando origem a uma grande
quantidade de conhecimento no campo. No entanto, ao contrário de hoje, as
substâncias extraídas nesses momentos da história não eram usadas apenas com o

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propósito de tratar as doenças dos indivíduos; eles também poderiam ser usados
para fins religiosos, especialmente em relação a drogas alucinógenas. (STRAUB,
2014)
Dessa forma, o conhecimento adquirido no passado foi sendo conservado e
passou a integrar uma espécie de herança, deixada para as gerações futuras.

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