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Procedimentos Essenciais em
Ortopedia
S. Terry Canale, MD
Harold B. Boyd Professor and Chairman, Department of Orthopaedic Surgery
University of Tennessee – Campbell Clinic
Memphis, Tennessee
James H. Beaty, MD
Professor, Department of Orthopaedic Surgery
University of Tennessee – Campbell Clinic
Memphis, Tennessee
Frederick M. Azar, MD
Professor, Department of Orthopaedic Surgery
University of Tennessee – Campbell Clinic
Chief of Staff, Campbell Clinic
Memphis, Tennessee
Sumário
Capa
Rosto
Créditos
Prefácio
Parte I: Geral
Cuidados pós-operatórios
Preparação da glenoide
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
A: Instabilidade patelofemoral
Cuidados pós-operatórios
Osteotomia de fulkerson
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
C: Reconstrução do ligamento cruzado posterior
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
E: Instabilidade do ombro
Cuidados pós–operatórios
Cuidados pós–operatórios
Cuidados pós–operatórios
Cuidados pós–operatórios
Cuidados pós–operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
G: Cotovelo
Técnica 52: Exame artroscópico do cotovelo
Portal anterior
Portal posterolateral
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Epicondilite medial
Cuidados pós-operatórios
Cudados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Parte X: Trauma
A: Fraturas
Cuidados pós-operatórios
Técnica 56: Uso de haste intramedular bloqueada nas fraturas da diáfise da tíbia
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Técnica 65: Redução aberta e fixação interna do úmero distal com osteotomia do
olécrano
Cuidados pós-operatórios
Técnica 66: Redução aberta e fixação interna das fraturas dos ossos do
antebraço
Cuidados pós-operatórios
B: Síndrome compartimental
Cuidados pós-operatórios
Técnica 68: Fasciotomia e exploração arterial do antebraço
Cuidados pós-operatórios
C: Fraturas em crianças
Cuidados pós-operatórios
Técnica 72: Redução aberta e fixação interna das fraturas das espinhas tibiais
Cuidados pós-operatórios
Técnica 73: Redução artroscópica das fraturas das espinhas tibiais e fixação
interna com pinos reabsorvíveis
Cuidados pós-operatórios
Zona II
Zona III
Zona IV
Zona V
Cuidados pós-operatórios
Técnica 77: Fasciotomia subcutânea e fasciectomia parcial para contratura de
dupuytren
Fasciotomia subcutânea
Cuidados pós-operatórios
Fasciectomia parcial
Cuidados pós-operatórios
Técnica 78: Redução fechada e pinagem percutânea das fraturas do rádio distal
Cuidados pós-operatórios
Técnica 79: Fixação das fraturas do rádio distal com placa volar
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
A: Anestesia local
Nervo safeno
Nervo sural
Nervo tibial
B: Hálux valgo
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Desbridamento posterior
Cuidados pós-operatórios
Cuidados pós-operatórios
Índice
Créditos
© 2018
ISBN: 978-85-352-7520-9
ISBN versão eletrônica: 978-85-352-8531-4
Capa
Luciana Mello e Monika Mayer
Editoração Eletrônica
Thomson Digital
C22c
Canale, S. Terry
Campbell procedimentos essenciais em ortopedia / S. Terry Canale, James H.
Beaty, Frederick M. Azar . - 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2018.
il. ; 28 cm.
Revisores
Adriano F. Mendes Jr
Médico Ortopedista, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e
Cotovelo (SBCOC), da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do
Esporte (SBRATE), da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS),
International Society of Arthroscopy Knee Surgery and Orthopedic Sports
Medicine (ISAKOS) e do Arbeitsgemeinschaft für Osteosynthesefragen
Trauma (AOTRAUMA)
Assistente do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário
da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF) e do Grupo de Cirurgiões
de Ombro e Cotovelo de Juiz de Fora (GCOC)
André Donato
Médico Ortopedista do Grupo de Cirurgia do Pé e Tornozelo do Instituto de
Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP
Carlos Górios
Professor Titular de Ortopedia pela Faculdade de Medicina São Camilo
Mestre em Ortopedia e Traumatologia pela USP
Guilherme Boni
Pós-graduando da Disciplina de Traumatologia do DOT-UNIFESP
Preceptor da Residência Médica do Hospital IFOR/DOR
Médico Assistente do Grupo de Traumatologia do DOT-UNIFESP
Helencar Ignácio
Doutor em Ortopedia e Traumatologia e Membro Titular da Associação
Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé (ABTPé)
Marcio Issamu
Médico Ortopedista Especialista em Cirurgia da Mão e Microcirurgia do
Hospital São Camilo
So Yeon Kim
Médica Ortopedista e Cirurgiã de Mão pelo IOT-HC/FMUSP
Edianez V. D. Chimello
Tradutora – São Paulo/SP
Agradecimentos
Nossos agradecimentos a Kay Daugherty e Linda Jones, editores médicos da
Fundação Campbell, e a Taylor Ball, Gerente de Desenvolvimento de Conteúdo; a
John Casey, Gerente de Projetos Sênior, e a Dolores Meloni, estrategista de
conteúdo executivo da Elsevier.
PA R T E I
Geral
Técnica 1: coleta de enxerto ósseo: tíbia, fíbula, crista ilíaca
TÉCNICA 1
G. Andrew Murphy
FIGURA 1-2
FIGURA 1-3
FIGURA 1-6
FIGURA 1-7
▪ Após a remoção dos enxertos, faça uma perfeita aposição das estruturas e
suturar o periósteo e as origens musculares com suturas fortes e não
contínuas.
▪ Sangramento do ílio é às vezes profuso; evite o uso de Gelfoam e cera de
osso, que são corpos estranhos, e confiar, em vez disso, em um bom
tamponamento da ferida. Está descrito na literatura que a cera de osso
retarda a consolidação óssea, e o Gelfoam em grandes quantidades está
associado a drenagem serosa estéril das feridas. Colágeno microcristalino foi
relatado como mais eficiente em reduzir a perda sanguínea pelo osso
esponjoso do que trombina em pó ou espuma de gelatina embebida em
trombina. Delicada aspiração da ferida durante 24 a 48 horas combinada
com obliteração meticulosa do espaço morto é satisfatória para o tratamento
destas feridas.
▪ Ao se coletar osso do ílio posterior, é recomendada uma incisão paralela aos
nervos cluneais superiores e perpendicular à crista ilíaca posterior.
PA R T E I I
Artroplastia do quadril
Técnica 2: Artroplastia total do quadril: abordagem posterolateral padrão
Técnica 3: Abordagem anterior direta para a artroplastia total de quadril
Técnica 4: Osteotomia trocantérica
Técnica 5: Recapeamento do quadril
TÉCNICA 2
FIGURA 2-2
FIGURA 2-3
FIGURA 2-5
FIGURA 2-6
FIGURA 2-7
Créditos
Figuras 2-1, 2-2 e 2-6 redesenhadas de Capello WN: Uncemented hip
replacement, Tech Orthop 1:11, 1986; cortesia também de Indiana University
School of Medicine.
TÉCNICA 3
Esta técnica não inclui o uso de mesa especial de tração (i.e., mesa de Hanna).
▪ Posicione o paciente em decúbito dorsal na mesa de cirurgia de modo que a
inclinação da mesa fique no nível da sínfise pubiana. Isto permitirá a
extensão da articulação do quadril e a elevação do fêmur proximal durante a
preparação do fêmur. Coloque um apoio de braço distalmente no lado
contralateral do membro operado, em paralelo à mesa, de modo que o
quadril não operado possa ser abduzido para permitir a adução do quadril
operado.
▪ Faça uma incisão oblíqua começando 2 a 3 cm laterais e 2 a 3 cm inferioes à
espina ilíaca anterossuperior em linha com o músculo tensor da fáscia lata
(TFL) (Fig. 3-1).
FIGURA 3-1
FIGURA 3-2
FIGURA 3-6
FIGURA 3-7
FIGURA 3-9
FIGURA 3-10
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes geralmente recebem alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia, mas
podem permanecer internados durante uma noite. A administração de
narcóticos intravenosos é incomum, mas a transição para medicamentos
analgésicos orais geralmente é possível em aproximadamente 2 a 3 horas após a
cirurgia. A mobilização com fisioterapia é iniciada 3 a 4 horas após a cirurgia se
o paciente estiver clinicamente estável e não apresentar náuseas ou hipotensão.
Quando o paciente conseguir deambular curtas distâncias, subir e descer um
lance de escadas, primeiro com e depois sem equipamentos de assistência,
poderá receber alta. Após a alta, inicia-se um regime multimodal de controle da
dor. A profilaxia contra a trombose venosa profunda é iniciada no primeiro dia
após a cirurgia. Os pacientes são encorajados a colocar carga e a descontinuar o
uso de equipamentos de assistência assim que possível (a critério do
fisioterapeuta). As precauções com o quadril não são necessárias e os pacientes
são encorajados a retornar a atividades recreacionais como golfe ou ciclismo
assim que possível. Dirigir automóveis geralmente é permitido após a primeira
visita pós-operatória se o uso de narcóticos foi suspenso. A fisioterapia é
continuada até que o paciente atinja os objetivos estabelecidos antes da cirurgia.
TÉCNICA 4
Osteotomia trocantérica
James W. Harkess
Deslizamento Trocantérico
▪ Faça uma incisão de pele paralela ao bordo posterior do trocanter maior.
▪ Incise a fáscia em linha com a incisão na pele.
▪ Isole os músculos glúteo médio e mínimo anterior e posteriormente.
▪ Eleve subperiostalmente o vasto lateral a partir da diáfise femoral e retraia-
o anteriormente. Preserve sua origem no tubérculo do vasto.
▪ Comece a osteotomia medialmente às inserções tendinosas dos glúteos
médio e mínimo no trocanter maior. A osteotomia deve ser distal à crista do
vasto, de modo que a origem do vasto lateral seja preservada em
continuidade com o fragmento do trocanter osteotomizado (Fig. 4-3).
FIGURA 4-3
FIGURA 4-5
FIGURA 4-7
Fixação da Osteotomia
▪ Foram descritas várias técnicas de fixação utilizando dois, três ou quatro fios
(Fig. 4-8).
FIGURA 4-8
▪ Fios de calibres 16, 18 ou 20 podem ser utilizados e, como um fio de
cerclagem é mais maleável, ele é mais fácil de tensionar e amarrar. Um
tensionador de fio ou dois suportes esternais de fios são utilizados para
tensionar o fio. Aço inoxidável, liga de cromo-cobalto ou liga de titânio
podem ser utilizados, dependendo do metal do componente femoral. Além
disso, fios de múltiplos filamentos ou cabos estão disponíveis; as
extremidades são passadas através de placa de apoio trocantérica curta, que
segura o trocanter depois que o fio é tensionado.
FIGURA 4-9
▪ Cuidado especial deve ser tomado para não dobrar ou entalhar o fio. Na
maioria dos casos, preferimos uma fixação extramedular (Fig. 40-9).
▪ Vários instrumentos com ganchos proximais e uma extensão em placa
também estão disponíveis (Fig. 4-10).
FIGURA 4-10
Cuidados pós-operatórios
A liberação da carga total do quadril deve ser adiada por 4 a 6 semanas se a
fixação não estiver rígida. Quando a fixação é menos estável (i.e., quando o
fragmento osteotomizado é pequeno, osteoporótico ou está retraído
proximalmente, ou se o leito ósseo para reinserção do fragmento trocantérico
for deficiente), o quadril pode ser mantido na posição de abdução em uma
espica gessada ou órtese durante 6 semanas.
Créditos
Figura 4-3 redesenhada de Glassman AH, Engh CA, Bobyn JD: A technique of
extensile exposure for total hip arthroplasty, J Arthroplasty 2:11, 1987.
Figura 4-8 redesenhada de Markolf KL, Hirschowitz DL, Amstutz HC:
Mechanical stability of the greater trochanter following osteotomy and
reattachment by wiring, Clin Orthop Relat Res 141:111, 1979; and from
Harris WH: Revision surgery for failed, nonseptic total hip arthroplasty: the
femoral side, Clin Orthop Relat Res 1709:8, 1982.
Figura 4-9 redesenhada de from Dall DM, Miles AW: Reattachment of the
greater trochanter: the use of the trochanter cable-grip system, J Bone Joint
Surg 65B:55, 1983.
Figura 4-10 cortesia de Smith & Nephew, Memphis, TN.
TÉCNICA 5
Recapeamento do quadril
David G. Lavelle
Abordagem e Exposição
▪ Para o recapeamento do quadril, é necessária uma ampla exposição para
permitir que o acetábulo fique visível durante o procedimento e também
para manter a cabeça femoral visível, assim como toda sua superfície.
Portanto, devem ser tomadas medidas para se obter uma exposição não
comumente utilizada na cirurgia de artroplastia total de quadril.
Obviamente, a cabeça do fêmur é removida durante uma artroplastia total
do quadril, o que ajuda muito na exposição.
▪ Faça uma incisão curva na pele sobre o trocanter maior, angulando
posteriormente a porção proximal, apontando na direção da espinha ilíaca
posterossuperior. Leve a incisão sobre o centro do trocanter maior e depois
distalmente sobre a diáfise do fêmur, terminando sobre a inserção do glúteo
máximo na linha áspera (Fig. 5-1).
FIGURA 5-1
FIGURA 5-2
FIGURA 5-8
FIGURA 5-13
▪ Visualize o pino-guia a partir da face medial do colo para assegurar que ele
não seja inserido em retroversão. A posição do pino-guia deve ser
completamente avaliada por sua orientação em relação ao colo femoral, e
não à cabeça femoral. O pino geralmente é colocado superiormente à fóvea,
mas, com o desgaste, a cabeça pode se tornar deformada (Fig. 5-14).
FIGURA 5-14
▪ Quando o pino-guia for inserido pelo meio do colo femoral nos planos
anteroposterior e lateral, use uma fresa canulada para fresar sobre o pino.
Remova o pino e coloque uma haste-guia de fresagem grande no orifício da
cabeça e no colo. Faça mensurações circunferenciais com o calibrador feeler
para assegurar que o tamanho escolhido para a cabeça femoral não criará
um sulco no colo femoral, especialmente nas regiões lateral e superior
(Fig. 5-15).
FIGURA 5-15
▪ Após esta confirmação, frese circunferencialmente a cabeça femoral
utilizando a fresa de tamanho correto. Proteja o colo femoral com a
ferramenta de mensuração (Fig. 5-16).
FIGURA 5-16
FIGURA 5-17
FIGURA 5-18
▪ Perfure orifícios de cimentação de tamanhos pequeno e médio na cabeça
femoral ao redor do chanfro e ponta da cabeça (Fig. 5-19).
FIGURA 5-19
FIGURA 5-22
▪ Feche a cápsula com um fio absorvível. Repare os glúteos máximo e o
piriforme. Drenos geralmente são utilizados e a fáscia é fechada do modo
rotineiro.
Cuidados pós-operatórios
A mobilização precoce é encorajada. A maioria dos pacientes é liberada para
deambular durante a tarde ou manhã seguintes à cirurgia. Não é utilizado um
posicionador em abdução porque a cabeça femoral é tão grande, que o risco de
luxação é pequeno. Os fisioterapeutas são informados de que o paciente foi
submetido a um recapeamento do quadril e que não necessita de precauções.
PA R T E I I I
Tratamento do impacto
femoroacetabular (IFA) e
osteonecrose da cabeça femoral
Técnica 6: Luxação cirúrgica do quadril
Técnica 7: Artroscopia de quadril e osteocondroplastia aberta limitada
Técnica 8: Artroscopia de quadril no impacto femoroacetabular
Técnica 9: Descompressão na osteonecrose da cabeça femoral — técnica
percutânea
TÉCNICA 6
A luxação cirúrgica do quadril foi descrita por Ganz et al. há mais de uma
década para o tratamento do impacto femoroacetabular (IFA) (ver também
Técnica 8). Essa cirurgia permite acesso completo ao acetábulo e à junção colo-
cabeça femoral, preservando o suprimento sanguíneo à cabeça femoral. A via de
acesso protege o ramo profundo da artéria circunflexa medial, visto que ele
supre os vasos retinaculares posterolaterais que nutrem a cabeça femoral. A
principal vantagem da via de acesso é sua natureza ampla e prolongável com
acesso completo à borda acetabular, ao labrum e à junção colo-cabeça femoral
sem as limitações apresentadas pela artroscopia e vias de acesso anteriores
convencionais. A luxação cirúrgica do quadril também tem sido usada para
tratamento aberto do deslizamento epifisário do fêmur proximal e fraturas da
cabeça femoral. A desvantagem da via de acesso também se relaciona com sua
natureza ampla e prolongável, que exige osteotomia trocantérica e,
consequentemente, uma recuperação mais prolongada em comparação com
vias de acesso mais limitadas.
▪ Com o paciente em decúbito lateral, faça uma incisão de Kocher–
Langenbeck e separe a fáscia lata de acordo com a incisão (Fig. 6-1).
Alternativamente, pode-se realizar a via de acesso descrita por Gibson,
afastando-se o glúteo máximo posteriormente.
FIGURA 6-1
FIGURA 6-4
FIGURA 6-5
Cuidados pós-operatórios
No pós-operatorio, o paciente é liberado para deambular com carga de toque ao
solo durante 6 semanas, evitando realizar abdução ativa e movimentos
extremos de flexão ou rotação do quadril. Depois de 3 semanas, dá-se início a
exercícios na piscina, e com 6 semanas são permitidos carga total e
fortalecimento progressivo da musculatura abdutora. Heparina de baixo peso
molecular é usada para profilaxia de trombose venosa profunda durante 2
semanas, seguida por aspirina diariamente durante outras 4 semanas.
TÉCNICA 7
Artroscopia de quadril e
osteocondroplastia aberta limitada
James L. Guyton
Esta via de acesso descrita por Clohisy et al., Laude et al. e outros tem sido
utilizada em pacientes com impacto do tipo CAM. Após artroscopia de quadril
para desbridamento ou reparo de lesão labral acetabular do compartimento
central ou intra-articular, a região anterior do quadril é acessada através de
uma via de acesso de Smith-Petersen limitada ou uma via de acesso de Hueter
(pela bainha do tensor da fáscia lata). A osteocondroplastia da transição cabeça-
colo femoral é executada sob visão direta. Com tração, a margem anterior do
acetábulo pode ser ressecada com destacamento e sutura do labrum através de
refixação com âncoras, embora a extensão da exposição e a ressecção da
margem sejam limitadas. A vantagem desta via de acesso é principalmente
evitar a morbidade da luxação cirúrgica com uma exposição maior, incluindo a
osteotomia trocantérica. Esta via de acesso possibilita visão direta da
deformidade do impacto tipo CAM na transição cabeça-colo femoral, a qual
pode ser difícil de visualizar e ressecar mediante artroscopia. O fator limitante
desta via de acesso é que apenas a região anterior da cabeça e colo femorais e
da margem acetabular pode ser acessada. O nervo cutâneo femoral lateral pode
ser lesado nesta via de acesso também. Realizar a incisão a alguns centímetros
lateralmente à espinha ilíaca anterossuperior e acessar a região anterior do
quadril através da bainha fascial do tensor da fáscia lata são procedimentos que
podem diminuir o risco de lesão do nervo.
▪ Com o paciente na posição supina, realize um exame artroscópico padrão do
quadril para inspeção da cartilagem articular da cabeça femoral, acetábulo e
labrum acetabular. Desbride quaisquer lesões instáveis do labrum acetabular
e lesões da cartilagem articular associadas.
▪ Depois de completado o desbridamento artroscópico, irrigue a articulação,
remova os instrumentos artroscópicos e solte a tração.
▪ Obtenha as incidências cross-table lateral e frog-leg lateral através da
fluoroscopia para assegurar excelente visualização do fêmur proximal,
especificamente da transição cabeça–colo femoral (Fig. 7-1).
FIGURA 7-1
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes são mantidos durante a noite no hospital para observação.
Fisioterapia é instituída para carga parcial, tocando com os dedos do pé e com
muletas para minimizar o risco de fratura por estresse do colo femoral. Um
travesseiro é usado embaixo da coxa para proteger o reparo do reto, e flexão
ativa é evitada durante 6 semanas. Fortalecimento dos abdutores é iniciado
imediatamente e continuado com um programa de exercício em casa. O uso de
muletas é interrompido após 6 semanas e as atividades são retomadas
gradualmente, conforme tolerado. Atividades de impacto, como corrida, não são
aconselhadas durante pelo menos 6 meses. Aspirina, 325 mg, é ministrada como
profilaxia tromboembólica, e indometacina, 75 mg, é indicada para profilaxia de
ossificação heterotópica; a terapia com ambas é de uso contínuo por 6 semanas.
TÉCNICA 8
Marc J. Mihalko
FIGURA 8-1
FIGURA 8-2
FIGURA 8-4
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes são limitados a sustentação de peso e de tocar no chão durante 2
semanas. Excessos de movimento são evitados por várias semanas. Fisioterapia
e amplitude de movimento são iniciadas nas primeiras 24 a 48 horas. Uma
bicicleta estacionária pode ser usada imediatamente. Atividades de impacto não
são recomendadas durante 2 a 3 meses. O retorno à prática de esportes pode
levar 4 a 6 meses.
Créditos
Figura 8-4 de Robertson WJ, Kelly BT: The safe zone for hip arthroscopy: a
cadaveric assessment of central, peripheral, and lateral compartment portal
placement, Arthroscopy 24:1019, 2008.
TÉCNICA 9
Descompressão na osteonecrose da
cabeça femoral — técnica percutânea
James L. Guyton
Cuidados pós-operatórios
Fisioterapia, incluindo recondicionamento da marcha com uma bengala ou
muletas, é incentivada. Sustentação protegida do peso (aproximadamente 50%)
é mantida durante 5 a 6 semanas e então evolui para sustentação completa do
peso conforme tolerado. Cargas de alto impacto como corrida ou salto não são
permitidas por 12 meses. Se não houver evidência radiográfica de colapso e o
paciente estiver assintomático após 12 meses da cirurgia, é permitido o retorno
às atividades usuais, incluindo aquelas de alto impacto, como a corrida.
PA R T E I V
Artroplastia do joelho
Técnica 10: Artroplastia total do joelho – abordagem padrão na linha média e
preparação do osso
Técnica 11: Balanceamento ligamentar: joelho varo
Técnica 12: Balanceamento ligamentar: joelho valgo
Técnica 13: Balanceamento ligamentar: técnica de pie crust
Técnica 14: Balanço ligamentar: balanço do LCP
Técnica 15: Implantação dos componentes na artroplastia total do joelho
Técnica 16: Artroplastia unicondilar do joelho
Técnica 17: Osteotomia lateral com cunha de fechamento
TÉCNICA 10
Abordagem cirúrgica
A incisão cutânea mais usada para a artroplastia total do joelho (ATJ) primária é
a incisão na linha média anterior. Variações podem ser consideradas, mas em
geral a maioria das incisões comprometerá o ramo infrapatelar do nervo safeno
e resultará em uma área de parestesia no aspecto externo do joelho. Essa
questão deverá ser discutida com o paciente antes da cirurgia. Há muitas
variações sobre a abordagem profunda ao subcutâneo do joelho.
▪ Faça uma incisão retinacular parapatelar medial com o joelho em flexão
para permitir que o tecido subcutâneo fique medial e lateral, o que melhora
a exposição (Fig. 10-1).
FIGURA 10-1
FIGURA 10-7
Artroplastia
▪ Faça a exposição inicial usando a abordagem cirúrgica de sua preferência
(parapatelar medial, intermédia, midvasto, subvasto), incluindo a liberação
do ligamento colateral medial profundo da tíbia na linha da articulação até o
canto posteromedial do joelho.
▪ Faça os cortes no osso usando a técnica de sua preferência (guia
intramedular ou extramedular, navegação por computador, blocos de corte
customizados).
▪ Remova todos os osteófitos do fêmur e da tíbia, porque eles podem tensionar
o manguito de partes moles medial e efetivamente encurtar o ligamento
colateral medial (LCM). Certifique-se de checar a região condilar posterior do
fêmur e o aspecto posteromedial da tíbia, já que estes osteófitos podem
contribuir significativamente para manter o intervalo em extensão tenso
(Fig. 11-1).
FIGURA 11-1
FIGURA 13-1
FIGURA 16-1
FIGURA 16-5
▪ Estabilize o guia perfurando até a terceira marcação (7,5 cm) com a broca de
3,2 mm e preencha o furo com um pino liso.
▪ Flexione e estenda o guia de osteotomia para coincidir com o slope posterior
do paciente e para determinar a posição correta da placa. Isso pode ser
confirmado pelo posicionando da placa sobre o pino liso no modelo (Fig. 17-
3).
FIGURA 17-3
Cuidados pós-operatórios
Um aparelho de movimentação passiva contínua (COM) é usado imediatamente
após a cirurgia na sala de recuperação, geralmente de 0 grau a 30 graus de
flexão e progredindo 10 graus a cada dia. A deambulação é iniciada no segundo
dia após a cirurgia e são permitidos 50% carga para as primeiras 6 semanas com
o uso de muletas. Fortalecimento muscular e exercícios ativos de amplitude de
movimentos também são iniciados no segundo dia de pós-operatório. Carga
total é permitida após 6 semanas.
PA R T E V
Artroplastia/artrodese do tornozelo
Técnica 18: Artroplastia total do tornozelo
Técnica 19: Artrodese do tornozelo: técnica da mini-incisão
Técnica 20: Artrodese tibiotalocalcaneana
TÉCNICA 18
Posicionamento do Paciente
▪ Posicione o paciente em posição supina na mesa de operação com o pé perto
do final da mesa. Coloque uma pequena almofada ou eleve o quadril
ipsilateral para ajudar a posicionar o tornozelo reto e evitar a tendência da
perna de rotacionar externamente.
▪ Após a indução da anestesia geral, aplique e infle um garrote na coxa para
controlar o sangramento e melhorar a visualização.
Abordagem
▪ Qualquer deformidade significativa abaixo ou acima da articulação do
tornozelo deve ser corrigida antes da colocação dos implantes da prótese de
tornozelo. A colocação de uma prótese total de tornozelo em uma articulação
com desalinhamento da tíbia ou retropé representa riscos de afrouxamento
precoce e insucesso.
▪ A maioria dos sistemas requer uma abordagem anterior ao tornozelo. Faça
uma incisão sobre o tendão flexor longo do hálux, lateral ao tendão tibial
anterior e aproximadamente 10 cm proximal à articulação do tornozelo. Esta
incisão é medial ao principal ramo mais medial do nervo fibular superficial,
o nervo cutâneo medial dorsal. Muitas vezes, um pequeno ramo medial do
nervo cruza a incisão imediatamente distal à articulação do tornozelo e deve
ser incisado para a exposição. O paciente deve ser avisado antes da cirurgia
de que uma pequena área de dormência pode estar presente medialmente à
incisão (Fig. 18-1).
FIGURA 18-1
FIGURA 18-2
Cuidados pós-operatórios
Em nossa instituição, os pacientes são normalmente mantidos durante a noite
no hospital e são vistos por um fisioterapeuta no dia seguinte para instruir
treinamento de marcha com suporte parcial de peso. O protocolo pós-operatório
normal consiste em antibioticoprofilaxia, oxigênio nasal e profilaxia para
trombose venosa profunda com heparina de baixo peso molecular, apesar de
esta não ser tipicamente continuada após a alta, a não ser que o paciente tenha
fatores de risco para trombose venosa profunda. Diferentes implantes têm
diferentes recomendações para cuidados pós-operatórios, mas o apoio total do
peso corporal é geralmente retardado por 4 a 6 semanas; o movimento ativo do
tornozelo começa uma vez que a incisão tenha cicatrizado, geralmente duas
semanas após a cirurgia. Progressão de carga, fortalecimento da panturrilha,
treinamento proprioceptivo e exercícios de amplitude de movimento são
iniciados em 4 a 6 semanas com o tornozelo protegido em uma bota pré-
fabricada. Uma tornozeleira removível é colocada em 8 a 10 semanas e a
retomada completa das atividades é permitida aos três meses ou quando os
músculos da panturrilha estiverem totalmente reabilitados. Não existem
restrições quanto às atividades dos pacientes ou a programas desportivos, mas
eles são encorajados a evitar exercícios de impacto para o condicionamento.
TÉCNICA 19
FIGURA 19-2
Cuidados pós-operatórios
Os curativos e as suturas são removidos após duas semanas e um gesso curto é
então aplicado. O paciente é instruído a voltar para trocar o gesso se o mesmo
parecer frouxo e estiver aplicando estresse ao local da artrodese. O paciente não
pode apoiar o peso na perna até que a consolidação esteja cicatrizada,
tipicamente em, no mínimo, 6 semanas. O uso de um andador com rodas, em
que o paciente descansa o joelho e impulsiona a si mesmo com o membro
oposto melhora drasticamente a qualidade de vida e aumenta a adesão ao
estado de restrição de carga no pós-operatório. Radiografias simples são em
geral suficientes para avaliar a cicatrização, porém ocasionalmente a tomografia
computadorizada é necessária. Uma bota até o joelho é aplicada quando a fusão
está sólida e o paciente pode gradualmente passar da bota para o sapato. Para
alguns pacientes, um sapato modificado com solado firme e em mata-borrão é
benéfico para a melhora do padrão de marcha.
TÉCNICA 20
Artrodese tibiotalocalcaneana
G. Andrew Murphy
FIGURA 20-2
▪ Faça uma osteotomia no plano sagital para remover os dois terços mediais
da fíbula, preservando o terço lateral com seu anexo periosteal.
▪ Use um afastador laminar para permitir a remoção de conteúdos articulares
residuais (Fig. 20-3).
FIGURA 20-3
FIGURA 20-5
FIGURA 20-14
PA R T E V I
Artroplastia do ombro
Técnica 21: Artroplastia total do ombro
Técnica 22: Artroplastia total reversa do ombro
TÉCNICA 21
Preparação do úmero
▪ Coloque o paciente na posição de cadeira de praia usando um encosto para
cabeça McConnell® (McConnell Orthopaedic Equipment Company
Greenville, TX) para permitir o posicionamento do paciente na parte
superior e na extremidade da mesa. Faça o acolchoamento de todas as
proeminências ósseas. A borda medial da escápula deve ficar livre e para
fora da mesa, permitindo adução completa para se conseguir acesso ao canal
intramedular.
▪ Fixe a cabeça do paciente no encosto de cabeça, mantendo-a em uma
posição que evite hiperextensão ou inclinação do pescoço, o que pode causar
compressão das raízes cervicais.
▪ O braço deve ser preparado com os campos cobrindo-o amplamente.
Recomendamos o uso de curativos oclusivos para cobrir todo o campo
cirúrgico devido ao risco de contaminação pela axila.
▪ Faça uma incisão anteriormente, aproximadamente a meio caminho entre o
coracoide e a região lateral do acrômio (Fig. 21-1). Continue a dissecção até o
deltoide e eleve retalhos mediais e laterais para mobilizar o deltoide.
FIGURA 21-1
FIGURA 21-4
Preparação da glenoide
▪ Aproxime-se da articulação glenoumeral. Uma vez que a fresa de prova
tenha sido colocada na posição correta, remova os afastadores do úmero.
▪ Exponha a glenoide colocando um afastador Fukuda na face posterior da
glenoide e subluxando o úmero posteriormente.
▪ Desbride a cavidade glenoide de todo o tecido labral e a cartilagem articular
restante.
▪ Caso seja necessário para a exposição, libere a cápsula anterior e coloque
um afastador Darrach plano no colo da glenoide anterior para auxiliar na
exposição.
▪ A glenoide não estará adequadamente exposta até que os aspectos anterior,
posterior, superior e inferior da glenoide possam ser vistos. Uma vez que isso
esteja feito, inspecione a glenoide em busca de defeitos ósseos e de desgaste.
▪ Se houver erosão posterior da glenoide, abaixe a borda anterior da glenoide
para restabelecer a versão correta. Isso pode ser feito com uma fresa
excêntrica ou uma broca de alta velocidade. Uma tomografia
computadorizada pré-operatória pode auxiliar no sentido de se compreender
a orientação e a morfologia da glenoide (Fig. 21-5).
FIGURA 21-5
FIGURA 21-7
▪ Depois que o cimento tiver endurecido, verifique a fresa para garantir que
ainda está firme dentro do canal do úmero. Em caso positivo, insira a fresa
de teste e a prótese umeral conforme descrito na Técnica 21. A altura da
cabeça, a amplitude de movimento e o balanceamento do tecido mole são
essenciais para um resultado ideal. A maioria dos sistemas atuais usa
cabeças modulares com uma variedade de diâmetros e espessuras.
▪ Uma vez que a cabeça adequada seja selecionada, seque o módulo
metafisário e coloque a cabeça na posição correta com uma leve batida.
Reduza a articulação glenoumeral e feche a ferida.
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes são instruídos a realizar um programa de exercícios leves em casa,
com elevação passiva anterior até 90 graus e rotação externa passiva neutra. Os
pacientes recebem alta hospitalar dentro de 1 ou 2 dias após a cirurgia e são
incentivados a usar um travesseiro atrás do cotovelo junto com a tipoia
enquanto reclinados para dar apoio à extremidade. A imobilização em tempo
integral com tipoia deve continuar por 6 semanas, seguida por 6 semanas de uso
da tipoia apenas em ambientes desprotegidos. A terapia progride para uma
amplitude total de movimento passivo por 6 a 12 semanas e para o
fortalecimento isométrico a partir da 10ª semana.
TÉCNICA 22
FIGURA 22-2
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes são instruídos a realizar um programa de exercícios leves em casa,
com a flexão passiva até 90 graus e rotação externa passiva neutra. Os pacientes
costumam receber alta hospitalar dentro de 1 ou 2 dias após a cirurgia e são
incentivados a usar um travesseiro atrás do cotovelo junto com a tipoia,
enquanto reclinados, para dar apoio à extremidade. A imobilização em tempo
integral com tipoia deve continuar por 6 semanas, seguida por 6 semanas de uso
da tipoia apenas em ambientes desprotegidos. A terapia progride para uma
amplitude total de movimento passivo por 6 a 12 semanas e para o
fortalecimento isométrico a partir da 10ª semana.
PA R T E V I I
Artroplastia do cotovelo
Técnica 23: Artroplastia total do cotovelo
TÉCNICA 23
FIGURA 23-2
▪ Use uma serra oscilante para remover o osso troclear e capitular para que
corresponda ao tamanho do bloco de corte adequado. Se o osso for
osteoporótico, marque o córtex com eletrocautério, usando o bloco de corte
como guia.
▪ Remova qualquer osso remanescente após o corte com uma pinça saca-
bocado. Evite lesões às colunas supracondilares medial e lateral para
prevenir fratura. Remova cuidadosamente o osso, pequenas quantidades de
cada vez, inserindo, repetidamente, a prótese de prova até que as suas
margens estejam exatamente niveladas com as margens da superfície
articular epicondilar nos lados capitular e troclear.
▪Esvazie as regiões planas do úmero distal para permitir um encaixe preciso
dos ombros da haste umeral por meio de curetagem do osso esponjoso das
porções alargadas epicondilar e distal do úmero. Isso deve permitir a fixação
satisfatória do cimento (Fig. 23-7).
FIGURA 23-7
FIGURA 23-8
FIGURA 23-9
FIGURA 23-10
FIGURA 23-15
▪ Verifique o enxerto ósseo para garantir que ele ainda está atrás do flange
umeral anterior e firme entre ele e o úmero.
▪ Coloque o braço em extensão máxima enquanto o cimento endurece e,
simultaneamente, remova cuidadosamente o excesso de cimento.
▪ Desinfle o torniquete e obtenha a hemostase. Coloque um dreno
profundamente na ferida.
▪ Faça furos dispostos em X através do olécrano para receber as suturas que
vão reparar o mecanismo do tríceps com uma sutura contínua ancorada.
Além disso, coloque uma sutura transversal através do olécrano e amarre-a
sobre a parte superior do tríceps para fornecer mais fixação. Feche o restante
do tríceps com uma sutura absorvível (Fig. 23-16).
FIGURA 23-16
Cuidados pós-operatórios
A extremidade é elevada durante a noite, com o cotovelo acima do ombro. Os
drenos e o curativo compressivo são removidos no dia seguinte à cirurgia. Um
curativo leve é então aplicado e permitem-se extensão e flexão passivas do
cotovelo até o ponto tolerado. Uma tipoia tipo americana é usada e um
terapeuta ocupacional fornece instruções para as atividades da vida cotidiana.
Deve-se evitar a extensão ativa do cotovelo por 3 meses até que o tríceps
cicatrize. Os exercícios de fortalecimento são evitados e o paciente é orientado a
evitar levantar mais de 2,5 kg com o braço comprometido durante os 3
primeiros meses após a cirurgia. Depois disso, o levantamento é restrito a 4,5 kg.
PA R T E V I I I
Coluna
Técnica 24: Fusão posterior C1-2
Técnica 25: Discectomia cervical anterior e fusão com placa de fixação
Técnica 26: Fusão cervical anterior de smith-robinson
Técnica 27: Fusão intersomática anterior da coluna lombar
Técnica 28: Fusão intersomática lombar transforaminal minimamente invasiva
(MITLIF)
Técnica 29: Fusão lombar posterolateral
Técnica 30: Discectomia lombar microscópica
Técnica 31: Injeções interlaminares/tranforaminais epidurais: cervical, torácica,
lombar, lombossacral, caudal
Técnica 32: Injeções de bloqueio facetário: articulações cervical, lombar e
sacroilíaca
TÉCNICA 24
Cuidados pós-operatórios
Como esta técnica proporciona excelente estabilidade rotacional, a imobilização
pós-operatória com um colete halo é geralmente desnecessária. Um colar
cervical pode ser usado durante 8 a 12 semanas. O dreno é removido no
primeiro dia pós-operatório.
Cuidados pós-operatórios
Imobilização pós-operatória com um colete halo é geralmente desnecessária.
Um colar cervical pode ser usado durante 8 a 12 semanas. O dreno é removido
no primeiro dia pós-operatório.
TÉCNICA 25
FIGURA 25-1
FIGURA 25-2
FIGURA 25-3
▪ Meça cuidadosamente a altura do espaço discal tanto com quanto sem
tração aplicada. Não ajuste o enxerto para manter o intervalo de tração se
houver diferença de mais de 1 mm entre as medições. O tamanho do enxerto
deve permitir um encaixe estável sem ficar excessivamente apertado.
▪ Colete cada enxerto do ilíaco tricortical ou selecione um aloenxerto
corticoesponjoso composto. O enxerto tem normalmente 12 a 13 mm na
dimensão anteroposterior para que possa ser escareado 2 mm e não penetrar
no canal. Pressione o enxerto no local e confirme radiograficamente ou por
visão direta que o enxerto posterior não entra no canal. Com tração, o
enxerto removido deve ser suficientemente estável para resistir a ser puxado
facilmente do espaço discal.
▪ Selecione a menor placa de bloqueio para evitar dano por impactação dos
discos adjacentes. As extremidades preparadas devem ser visíveis apenas
através dos orifícios dos parafusos da placa quando estão bem posicionadas
(Fig. 25-4).
FIGURA 25-4
Cuidados pós-operatórios
Uma órtese rígida é usada por 4 a 6 semanas até que haja evidência radiográfica
de consolidação nas interfaces de enxerto. Radiografias em flexão e extensão
são obtidas para verificar a estabilidade e determinar se a órtese pode ser
descontinuada.
TÉCNICA 26
FIGURA 26-1
FIGURA 26-2
Cuidados pós-operatórios
Aspiração nasogástrica pode ser necessária para a descompressão gástrica
durante cerca de 36 horas. Atenção deve ser dada à mobilização dos membros
inferiores para evitar a dependência e o acúmulo de sangue. Meias de
compressão 7/8, botas de compressão intermitente e heparina de baixo peso
molecular são utilizadas para profilaxia da trombose venosa profunda. Os
exercícios de elevação da perna reta são iniciados no primeiro dia pós-
operatório e mantidos indefinidamente. O paciente tem permissão para sentar-
se e andar com um colete lombar utilizado para imobilização pós-operatória,
conforme tolerado. Radiografias pós-operatórias são realizadas antes da alta
hospitalar, servindo como base para avaliar a aparência do enxerto. Três meses
depois são feitas radiografias de flexão lateral e flexão e extensão na posição em
pé para fornecer informações sobre o sucesso de artrodese. As radiografias são
então repetidas aos 6 e 12 meses pós-cirurgia, com a fusão sólida não
confirmada até um ano depois da cirurgia. Tomografias podem ser úteis na
avaliação de suspeita de pseudoartrose.
TÉCNICA 28
▪ Cada dilatador pode ser usado como uma cureta para remover tecidos moles
anexos a partir do espaço interlaminar. O retrator tubular final é então
montado em um braço imobilizado anexo à mesa. Uma imagem
fluoroscópica final confirma a localização do afastador ortogonal com o
espaço ocupado pelo disco alvo antes de colocar no microscópio e ajustar o
campo de visão. Nós preferimos afastadores tubulares com diâmetro de
18 mm, dependendo do tamanho do paciente e do nível cirúrgico.
Afastadores tubulares com diâmetros de 20 a 24 mm podem ser utilizados
quando se estiver familiarizado com esta abordagem. Se o implante
intersomático necessário tiver mais de 12 mm, um tubo com 20 mm de
diâmetro mínimo é necessário para a sua passagem. Encaixe o afastador
tubular de 18 ou 20 mm de comprimento apropriado no complexo articular
facetário e no espaço interlaminar e o anexe ao braço afastador montado na
mesa (Fig. 28-3).
FIGURA 28-3
▪ Com um microscópio cirúrgico, faça uma facetectomia total com uma broca
de alta velocidade (preferida) ou osteótomo. A osteotomia em forma de L
deve ligar o espaço interlaminar na base do processo espinhoso à pars
interarticularis acima do espaço discal, mas abaixo do pedículo. A posição
horizontal da perna na osteotomia em L é sempre confirmada por imagem
fluoroscópica lateral antes de a osteotomia ser completada para garantir a
exposição adequada do espaço discal e evitar a perfuração do pedículo
cefálico. Concluída a facetectomia, um retrator tubular ligeiramente maior
pode ser utilizado para melhor visualização, uma vez que ele pode ser
avançado profundamente no envelope de tecidos moles ao redor da
facetectomia (Fig. 28-4).
FIGURA 28-4
FIGURA 28-5
FIGURA 28-6
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes são encorajados a andar o máximo possível imediatamente após a
cirurgia. Elevação, flexão e rotação são limitadas durante 3 meses. Todas as
restrições de atividade são suspensas em 3 meses se radiografias mostrarem
progressão apropriada da fusão.
TÉCNICA 29
▪ Libere o anexo ilíaco dos músculos com um osteótomo, pegando uma fina
camada do ílio. Prossiga com a exposição da crista ilíaca posterior por
dissecção subperiosteal e remova a crista quase nivelada com a articulação
sacroilíaca, pegando osso suficiente para produzir um ou dois enxertos. A
remoção da crista ilíaca aumenta a exposição da coluna vertebral.
▪ Retraia o músculo sacroespinal em direção à linha média e exponha os
processos transversos do músculo dorsal e anexos ligamentares; exponha as
facetas articulares por excisão da cápsula articular.
▪ Retire a cartilagem das facetas com um osteótomo e nivele a área para baixo
para permitir que o enxerto caiba confortavelmente em relação às facetas,
aos istmos vertebrais e à base do processo transverso em cada nível.
▪ Fragmente as facetas com um pequeno cinzel ou osteótomo e transforme os
fragmentos ósseos acima e abaixo das áreas facetária e sacral superior e dos
processos transversos.
▪ Divida a crista ilíaca ressecada longitudinalmente em dois enxertos. Molde
um para caber na cama preparada e o golpeie firmemente no lugar com sua
superfície de corte contra a coluna vertebral. Preserve o enxerto restante
para uso no lado oposto, com ou sem osso adicional da outra crista ilíaca
(Fig. 29-3).
FIGURA 29-3
Cuidados pós-operatórios
Utilizamos rotineiramente a sucção da ferida fechada por 12 a 36 horas, com a
retirada obrigatória do dispositivo de sucção por 48 horas. Dependendo do nível
da artrodese, da idade do paciente e da presença ou ausência de fixação interna,
é permitido deambular em 24 a 48 horas quando a dor permitir. Em pacientes
obesos, todos os tipos de fixação externa ou apoio provavelmente serão
insuficientes, e a limitação da atividade pode ser a única alternativa razoável. A
adequação da órtese permanece controversa. Geralmente, para fusões com
marcada instabilidade pré-operatória (p. ex., fraturas tipo explosão), a órtese
rígida é mantida durante 12 semanas. Para fusões sem marcada instabilidade (p.
ex., espondilolistese degenerativa), o suporte, se utilizado, geralmente é menos
rígido e tem menor duração.
TÉCNICA 30
▪ Uma vez que o ligamento amarelo tenha sido removido, a parede medial do
pedículo correspondente deve ser palpada com um gancho de nervo ou
dissector angular. Caso contrário, mais osso pode ter que ser removido
lateralmente ao ângulo principal. Quando a parede medial do pedículo
correspondente tiver sido identificada, o nervo transverso poderá ser
encontrado medialmente e o disco alvo, cefalicamente a ele.
▪ Quando identificada a raiz nervosa, cuidadosamente mobilize a raiz medial.
Delicadamente disseque o nervo livre a partir do fragmento discal para
evitar tração excessiva na raiz. Cautério bipolar para hemostasia é muito útil.
Quando mobilizada, retraia a raiz medial. Se for difícil mobilizar a raiz,
considere a presença de uma raiz conjugada.
▪ Faça uma exploração extradural suave abaixo do nervo usando um gancho
rombo de 90 graus, tomando cuidado para não rasgar a dura. A pequena
abertura e a ampliação podem fazer a borda do saco dural parecer ser a raiz
de nervo.
▪ Quando utilizar cautério bipolar, assegure-se de que apenas um lado está em
contato com a raiz nervosa para evitar lesão térmica ao nervo. A gordura
epidural não é removida neste procedimento.
▪ Insira o afastador de sucção/raiz nervosa com a ponta virada medialmente
sob a raiz do nervo e segure o coletor entre os dedos polegar e indicador.
Com a raiz do nervo retraída, o disco agora é visível como uma estrutura
fibrosa, branca e avascular. Pequenas incisões podem ser visíveis no anel sob
ampliação.
▪ Aumente a incisão anular com um dissector Penfield nº 4 e retire o material
do disco com pinça pituitária de tamanho adequado. Para minimizar o risco
de perfuração anterior e lesão vascular, não insira o instrumento no espaço
discal além do ângulo das maxilas, normalmente cerca de 15 mm. Pressão
para baixo sobre o anel adjacente intacto por vezes pode ajudar a indicar o
fragmento discal solto do espaço subanular (Fig. 30-4).
FIGURA 30-4
Cuidados pós-operatórios
Os cuidados pós-operatórios são semelhantes aos dos pós-cirurgia discal padrão
aberta. Normalmente, este procedimento é feito em regime ambulatorial
(hospital-dia). Injetar bupivacaína a 0,25% com adrenalina no lado envolvido
dos músculos paravertebrais no início do procedimento e bupivacaína adicional
na conclusão auxilia a mobilização do paciente no pós-operatório imediato. Nós
preferimos usar uma cola de pele para fechamento cutâneo sem o uso de um
curativo e permitir que o paciente tome banho no dia da cirurgia. Atividade
poderá ser permitida, conforme tolerada, quando a incisão cutânea estiver
cicatrizada (normalmente em duas semanas).
TÉCNICA 31
Injeções
interlaminares/tranforaminais
epidurais: cervical, torácica, lombar,
lombossacral, caudal
Raymond J. Gardocki
Ashley L. Park
FIGURA 31-1
FIGURA 31-2
Injeção epidural lombar interlaminar
▪ Posicione o paciente em decúbito ventral na mesa de procedimentos. Faça a
assepsia da pele com álcool isopropílico e iodopovidona vários segmentos
acima e abaixo do espaço intervertebral laminar a ser infiltrado. Cubra a
área da maneira estéril.
▪ Sob orientação fluoroscópica anteroposterior identifique o espaço
intervertebral laminar alvo. Usando agulha de calibre 27, ¼ polegada,
anestesie a pele sobre o espaço intervertebral alvo do lado da dor do
paciente com 1 a 2 mL de lidocaína a 1% sem conservantes e sem epinefrina.
▪ Sob orientação fluoroscópica, insira verticalmente uma agulha espinhal de
calibre 22, e 3,5 polegadas, até que seja feito contato com a borda superior da
lâmina inferior no espaço intervertebral alvo, 1 a 2 cm lateralmente à
extremidade caudal do processo espinhoso inferior. Anestesie a lâmina com
2 mL de lidocaína a 1% sem conservantes e sem epinefrina. Anestesie o
tecido mole com 2 mL de lidocaína a 1% à medida que a agulha é retirada da
coluna vertebral.
▪ Faça uma incisão na pele com uma agulha hipodérmica de calibre 18 e
insira agulha epidural Tuohy calibre 17 e 3,5 polegadas, avançando
verticalmente dentro da faixa anestesiada de tecido mole até que o contato
com a lâmina tenha sido feito sob orintação fluoroscópica.
▪ “Progrida suavemente a lâmina com a agulha Tuohy em direção ao
ligamento amarelo do interespaço laminar, sentindo um degrau na transição
entre a lâmina e o ligamento amarelo. Remova o mandril da agulha Tuohy e
conecte uma seringa de 10 mL preenchida até a metade com ar e solução
salina estéril. Avance a agulha Tuohy no espaço epidural, utilizando a técnica
de perda de resistência. Evite a colocação lateral da agulha para reduzir a
probabilidade de encontrar uma veia epidural ou raiz nervosa adjacente.
Remova o mandril quando a perda de resistência for alcançada. Aspire para
verificar se há sangue ou LCR. Se nem sangue nem LCR estiverem presentes,
retire a seringa da agulha Tuohy e conecte uma seringa de 5 mL contendo
2 mL de meio de contraste não iônico.
▪ Confirme o posicionamento epidural realizando uma epidurografia com
agente de contraste não iônico. Uma radiografia local pode ser feita para se
certificar do posicionamento (Fig. 31-3).
FIGURA 31-3
Ashley L. Park
FIGURA 32-3
FIGURA 32-4
PA R T E I X
Medicina esportiva
Técnica 33: Artroscopia do tornozelo
Técnica 34: Tratamento artroscópico de lesões osteocondrais do côndilo
femoral
A. Instabilidade patelofemoral
B. Reconstrução artrocópica do ligamento cruzaqdo anterior
C. Reconstrução do ligamento cruzado posterior
D. Ruptura do tendão calcâneo
E. Instabilidade do ombro
F. Reparo dos tendões dos bíceps
G. Cotovelo
TÉCNICA 33
Artroscopia do tornozelo
Susan N. Ishikawa
FIGURA 33-1
FIGURA 33-3
FIGURA 33-6
▪ Distração não invasiva pode ser usada, caso necessário, para acessar os
aspectos mais profundos da articulação. Ocasionalmente um portal
posterolateral é necessário para tratar os processos patológicos no aspecto
posterior do tornozelo que não podem ser abordados mesmo depois de
aplicada a distração (Fig. 33-8).
FIGURA 33-8
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes utilizam uma bota imobilizadora (Walker boot) e podem
descarregar peso conforme tolerado, mas devem ser advertidos quanto à
atividade física excessiva, porque isso pode fazer que ocorra um processo
inflamatório na articulação do tornozelo. A fisioterapia deve ser iniciada tão
logo as feridas estejam cicatrizadas e a dor pós--operatória for mínima.
TÉCNICA 34
Marc J. Mihalko
Cuidados pós-operatórios
O manejo pós-operatório consiste na imobilização através de um brace para
restrição de movimentos com o arco de movimento controlado para evitar o
contato da superfície articular da tíbia com a lesão. Incentiva-se o uso de
muletas com apoio parcial de peso até que os primeiros sinais de cicatrização
sejam observados por via radiográfica. Um período de imobilização de 4 a 6
semanas é comum para pacientes jovens, enquanto pacientes mais velhos com
lesões maiores devem continuar a manter a imobilização e evitar o apoio do
peso até que se observem evidências radiográficas definitivas de cicatrização. Os
exercícios de amplitude de movimento devem ser realizados durante 15 a 20
minutos de duas a três vezes por dia.
FIGURA 34-3
▪ Depois de obter uma posição aceitável, utilize o martelo para inserir o tubo
de corte doador no osso subcondral ou até uma profundidade de
aproximadamente 15 mm. Evite girar o tubo de corte durante a impactação.
▪ Retire o tubo de corte e o núcleo ósseo inserindo axialmente o tubo de corte
e girando o direcionador 90 graus em sentido horário e depois 90 graus em
sentido anti-horário (Fig. 34-4).
FIGURA 34-4
Instabilidade patelofemoral
Técnica 35: Reconstrução do ligamento patelofemoral medial para
instabilidade patelofemoral
Técnica 36: Realinhamento distal de pacientes com instabilidade
patelofemoral
TÉCNICA 35
Reconstrução do ligamento
patelofemoral medial para
instabilidade patelofemoral
Barry B. Phillips
Cuidados pós-operatórios
O joelho é imobilizado em extensão com um brace por 3 dias após a cirurgia.
Iniciam-se os exercícios de amplitude de movimento e marcha com apoio do
peso com duas muletas, progredindo gradativamente. O apoio do peso é
permitido conforme tolerado imediatamente após a cirurgia. Caminhada com
apoio total do peso é possível 2 a 3 semanas após a cirurgia. A extensão durante
a marcha é mantida com o auxílio de um brace por 6 semanas. O joelho deve ser
capaz de alcançar uma flexão de, pelo menos, 90 graus até o final da terceira
semana após a cirurgia. Correr é permitido depois de três meses, e a
participação em atividade esportiva, seis meses após a cirurgia, dependendo do
paciente.
TÉCNICA 36
Cuidados pós-operatórios
O apoio do peso é permitido, quando tolerável, com o uso de um brace durante
seis semanas pós-cirurgia. Uma semana após a cirurgia, tem início o
fortalecimento em cadeia cinética fechada com o objetivo de alcançar 70% do
fortalecimento em até seis semanas. Em 8 a 12 semanas pós-cirurgia, um
programa funcional é aplicado progressivamente para permitir que o paciente
retorne ao esporte sem restrição.
Osteotomia de fulkerson
A osteotomia de Fulkerson é uma osteotomia ligeiramente oblíqua de
transferência da tuberosidade anterior e medialmente. O procedimento é
indicado na presença de condromalacia de grau 3 ou 4 associada a luxações
recidivantes da patela. Em geral, não é indicada para atletas, devendo ser
reservado a pacientes com alterações patelofemorais degenerativas severas.
▪ Faça uma incisão parapatelar lateral de 9 cm, estendendo distalmente a
partir do polo inferior da patela. A exposição é semelhante à do
procedimento de Elmslie-Trillat – a diferença está na osteotomia oblíqua da
tuberosidade.
▪ Estenda o corte distalmente cerca de 6 cm, com a ponta medial do corte,
iniciando mais superficialmente.
▪ Faça furos distalmente no córtex de modo a permitir a articulação em
dobradiça do fragmento.
▪ Com o auxílio de um osteótomo, complete a osteotomia na profundidade
desejada em sentido proximal à inserção do tendão patelar e alavanque a
tuberosidade medialmente para que o ângulo Q seja corrigido para 10 a 15
graus. Esse procedimento normalmente requer um deslocamento de 8 a
10 mm da tuberosidade anterior.
▪ Fixe a tuberosidade transferida no lugar perfurando com uma broca
proximalmente através da tuberosidade anterior e da tíbia com o joelho
flexionado 90 graus, a fim de reduzir o risco das estruturas neurovasculares.
▪ Movimente o joelho com uma determinada amplitude de movimento e
avalie a excursão da patela.
▪ Se a excursão for satisfatória, fixe a tuberosidade com dois parafusos
esponjosos de pequenos fragmentos (Fig. 36-1, A, radiografia lateral pré-
operatória. B, Radiografia lateral pós-operatória. C, Radiografia
anteroposterior).
FIGURA 36-1
Cuidados pós-operatórios
O apoio do peso é permitido conforme tolerado após a cirurgia. A imobilização
permanece por 4 a 6 semanas e exercícios de fortalecimento são instituídos. O
retorno às atividades esportivas normalmente é permitido 6 a 9 meses após
cirurgia. A nossa opinião é de que existe algum risco de fratura, em longo prazo,
após esse procedimento.
B
Reconstrução artrocópica do
ligamento cruzaqdo anterior
Técnica 37: Reconstrução do ligamento cruzado anterior: reconstrução
artroscópica anatômica de feixe único usando enxerto osso (tendão patelar)
osso
Técnica 38: Reconstrução de ligamento cruzado anterior: artroscopia com
enxerto quádruplo de isquiotibiais
Técnica 39: Reconstrução de ligamento cruzado anterior: duplo feixe
anatômico
Técnica 40: Reconstrução de ligamento cruzado anterior: transepifisária com
preservação da fise
TÉCNICA 37
Marc J. Mihalko
Coleta do Enxerto
▪ Com o joelho mantido em 90° de flexão, faça uma incisão parapatelar medial
de 4 a 6 cm começando inferior à patela e estendendo-se distalmente medial
à tuberosidade da tíbia. O comprimento desta incisão depende do tamanho
do paciente.
▪ Exponha a patela e o tendão por dissecção subcutânea.
▪ Faça uma incisão mediana reta através do peritendão e disseque o
peritendão do tendão patelar, separando os retalhos medial e lateral.
▪ Com o joelho flexionado para manter alguma tensão sobre o tendão patelar,
meça a largura do tendão.
▪ Colete um enxerto de 10 mm de largura ou um terço do tendão, o que for
menor, da parte central do tendão estendendo-se distalmente a partir da
extremidade inferior palpável da patela. Mantenha incisões retas com as
fibras em plano único enquanto fizer a coleta do tendão. O tamanho do
enxerto é individualizado. Para um atleta grande de futebol americano um
enxerto de 11 mm ou de duplo feixe pode ser indicado. Em um paciente
pequeno, um enxerto de 9 mm ou até 8 mm de enxerto e túneis podem ser
indicados.
▪ Use uma serra oscilante com uma lâmina de 1 cm de largura para fazer os
cortes ósseos. Corte com a lâmina da serra 15° oblíquos a uma linha
perpendicular à cortical anterior da patela, mantendo 2 mm da lâmina da
serra visíveis e fazendo um corte de 8 mm de profundidade. Este corte deve
ter cerca de 10 mm de largura × 20 mm de comprimento medidos desde a
extremidade óssea da patela.
▪ Faça cortes de 25 mm de comprimento distalmente e libere o enxerto tibial
com um osteótomo curvo.
▪ Vire o plugue e coloque-o de volta no local de coleta. Perfure um buraco de
2 mm a partir de 3 mm da extremidade distal do plugue e passe uma sutura
Tevdek® n° 5 (Deknatel OSP, Fall River, MA). Um assistente deve segurá-lo o
tempo todo para assegurar que o enxerto não seja contaminado.
▪ Complete o corte patelar com a serra ou um osteótomo colocado no polo
inferior da patela em 7 a 8 mm de profundidade e paralelo ao córtex
anterior.
Preparação do Enxerto
▪ Prenda o enxerto ao campo de uma mesa previamente preparada que
contenha os testes de plugues ósseos com tamanhos apropriados, saca-
bocados, uma broca de 2 mm, um bloco de adesivo selante (Silastic®), um
marcador de pele, suturas Tevdek® n° 5 em agulhas tipo Keith (agulhas de
sutura reta) e um fio de aço calibre 18.
▪ Pranchas para preparação de enxerto disponíveis no mercado tornam muito
mais fácil o tensionamento e a preparação do enxerto.
▪ Modele o enxerto com os saca-bocados de tal modo que ele encaixe através
do teste de 10 mm, assegurando que o enxerto completo passaria através do
teste.
▪ Faça um furo único no plugue patelar a cerca de 3 mm da extremidade.
▪ Arredonde as bordas do plugue ósseo para tornar mais fácil a passagem.
▪ Perfure o plugue ósseo tibial. Este plugue deve ter 20 mm.
▪ Coloque uma sutura inabsorvível n° 5 através do plugue ósseo escolhido
para ser posto no túnel femoral e um fio de aço calibre 18 através do outro
plugue, o qual é colocado dentro do túnel tibial. O uso de um fio de aço evita
o corte do fio antes que a fixação adequada seja obtida.
▪ Marque a junção osso-tendão no lado esponjoso do enxerto em ambas as
extremidades com um lápis de azul de metileno e meça o comprimento total
do enxerto. Envolva-o em uma compressa embebida em soro fisiológico
estéril e o coloque em um local seguro em aguardo.
▪ Use eletrocautério para fazer um retalho em forma de L invertido através do
periósteo tibial, começando cerca de 2,5 cm distais à linha articular e
estendendo-se distalmente 1 cm medial à tuberosidade tibial.
▪ Afaste o retalho medialmente com um elevador de periósteo, expondo a
tíbia proximal para colocação do túnel tibial posteriormente.
▪ Faça os portais artroscópicos anteromedial e anterolateral, tomando cuidado
para não danificar a o restante do tendão patelar. Se uma cânula de infusão
separada estiver sendo usada para a bomba de artroscopia, faça um portal
ligeiramente medial ao polo inferior da patela de modo que a cânula possa
ser colocada imediatamente superior à incisura condilar e o fluxo não seja
obstruído.
▪ Examine sistematicamente o joelho, avalie e trate qualquer condição
patológica intra-articular associada.
▪ Passe as suturas meniscais antes de fixar o enxerto do ligamento cruzado
anterior.
▪ Amarre as suturas meniscais após completar a reconstrução do ligamento
cruzado anterior.
▪ Com o artroscópio no portal anterolateral e uma ponteira de shaver de raio
completo (full-radius resector) de 5,5 mm no portal anteromedial, libere o
ligamentum mucosum e resseque parcialmente o coxim adiposo para
permitir exposição completa da articulação durante o procedimento.
▪ Resseque o tecido mole da incisura intercondilar e do coto tibial deslizando
o shaver entre o coto remanescente do ligamento cruzado anterior e o
ligamento cruzado posterior. A abertura da lâmina deve sempre ser
apontada superior ou lateralmente para evitar dano ao ligamento cruzado
posterior.
▪ Deixe intacto o contorno das áreas de inserção do LCA (footprint) tibial e
femoral como guia de referência (Fig. 37-2, A, área do LCA vista através do
portal parapatelar lateral; B, através do portal parapatelar medial). Visualize
a crista intercondilar lateral, a crista bifurcada lateral e a extensão da área
de inserção que cobre o terço inferior da parede da incisura. Use um
perfurador para fazer um furo ligeiramente posterior ao centro da área de
inserção do LCA, de tal modo que o túnel tenha uma parede posterior de
3 mm e fique cerca de 3 mm superior à cartilagem articular (C). Depois de
marcar apropriadamente a área enquanto visualiza pelo portal
anteromedial, o artroscópio pode ser mudado para o portal anterolateral e
uma pequena incisuroplastia interna pode ser realizada para ajudar na
colocação do enxerto.
FIGURA 37-2
À
▪ À medida que a incisuroplastia prossegue posteriormente, flexione o joelho
de 45 a 60°; quando a incisuroplastia estiver completa, o joelho deve ser
colocado em 90° de flexão. Faça movimentos controlados com a broca de
posterior a anterior. Posteriormente, abra a incisura o suficiente para
acomodar o perfurador artroscópico de 10 mm. Alise as margens do túnel
colocando a broca no reverso ou usando uma grosa artroscópica.
FIGURA 37-4
Passagem do Enxerto
▪ Use o fio-guia com orifícios para passar uma alça de sutura com caudas
através do túnel femoral e para fora da coxa lateralmente. Recupere a alça
através do túnel femoral. Use esta alça para passar o enxerto para cima
através do túnel tibial e em seguida direcione-o para dentro do túnel femoral
usando um probe. A superfície esponjosa do plugue de osso femoral é
posicionada para ficar anterior.
▪ Quando o enxerto estiver no túnel femoral, passe o fio-guia de parafuso
flexível através do portal medial e, com o fio paralelo ao enxerto, avance
ambos para dentro do túnel. Assegure que pelo menos 2 cm de plugue ósseo
permaneçam no túnel tibial para fixação posterior; se necessário, avance o
enxerto para dentro do túnel femoral e escolha um parafuso de interferência
mais longo para fixar o enxerto na abertura femoral.
Fixação do Enxerto
▪ Fixe o enxerto com um parafuso de interferência usando uma proteção
passada através do portal medial mais inferior, formando uma linha reta
com o túnel. O parafuso deve se encaixar firmemente no osso e ficar rente à
abertura femoral. A visualização é auxiliada colocando-se o artroscópio no
topo da incisura e olhando-se para baixo, em direção ao túnel (Fig. 37-7).
FIGURA 37-7
Cuidados pós-operatórios
Quadro 37-1 Programa de Reabilitação de
Estágio I: 0 a 2 Semanas
▪ Mobilizações da patela (enfatizar deslizamentos superior/inferior)
▪ OMC 0 a 90°
▪ Exercícios para quadríceps/EPR em todos os planos (enfatizar EPR sem
déficit da extensão)
▪ Flexão dos isquiotibiais em pronação/em pé
▪ Extensão passiva (enfatizar extensão completa)
▪ Pronação com pernas pendentes (prone hangs)
▪ Almofada embaixo do calcanhar
▪ ADM de flexão de joelho passiva, ativa e ativa assistida
▪ Deslizamentos na parede
▪ Deslizamentos sentados
▪ Puxadas com toalha em pronação (prone towel pulls)
▪ Controle de edema — bomba de compressão
▪ Estimulação elétrica para reeducação muscular se pouca EQ
▪ SCP 50% a 75% com muletas ou SCCT sem muletas se OMC travado em
extensão completa
▪ Dormir com órtese travada em extensão
Objetivos
▪ ADM e extensão completa de joelho
▪ ADM de flexão de joelho a 90°
▪ Boa EQ
▪ Enfatizar padrão normal de marcha
Estágio II: 2 a 4 Semanas
▪ OMC com ADM completa
▪ Progredir ADM para 120° na semana 4
▪ Progredir EPR e flexão dos isquiotibiais em pronação/em pé com pesos
▪ Bicicleta para ADM, começar com exercício de baixa resistência quando
ADM adequada
▪ Stool scoots (andar sentado em cadeira comum com rodas usando os pés)
▪ SCT com muletas; descontinuar muletas quando estiver deambulando sem
claudicação
▪ Começar BAPS com duas pernas, progredir para uma só perna
▪ Começar duplo leg-press com peso leve/altas repetições
▪ Agachamentos na parede em ângulo de 45° com tíbia vertical, progredir o
tempo
▪ Step-ups (subir degraus) laterais (10 cm) quando capaz de efetuar um
quarto de agachamento com uma só perna
▪ Exercícios em máquina para quadril e isquiotibiais quando capaz de
efetuar EPR com 4,5 kg
▪ Esteira (para frente e para trás) com ênfase em marcha normal
▪ Extensão de joelho 90 a 60° (submáxima) com resistência manual pelo
fisioterapeuta
Objetivos
▪ ADM 0 a 120°
▪ SCT sem muletas, sem claudicação
Estágio II: 4 a 6 Semanas
▪ Progredir para ADM completa pelas 6 semanas
▪ Iniciar exercícios com o Kin-Com com progressão isocinética dos
isquitibiais (isotônica/isocinética)
▪ Iniciar trabalho para quadríceps com dinamômetro Kin-Com em
exercícios isotônicos em 90 a 40° com almofada de proteção
▪ StairMaster (para frente e para trás)
▪ Progredir exercícios de cadeia fechada
▪ Com 6 semanas, começar trabalho de quadríceps com dinamômetro Kin-
Com em exercícios isocinéticos em 90 a 40° (iniciar com alta velocidade e
trabalhar a resistência)
▪ Exercícios aquáticos
Estágio V: 5 a 6 Meses
▪ Treinamento de agilidade
▪ Habilidades específicas do esporte (p. ex., carioca, cutting 45, corrida em
figura oito)
▪ Retestar quadríceps, se necessário
Estágio VI: 6 Meses
▪ Retorno ao esporte se:
▪ Amplitude de movimento > 130°
▪ Isquiotibiais > 90%
▪ Quadríceps > 85%
▪ Treinamento de agilidade específico do esporte completo
▪ Exercícios de manutenção duas a três vezes por semana
BAPS, Biomechanical Ankle Platform System; SCT, sustentação de carga total; OMC, órtese
com movimento controlado; SCP, sustentação de carga parcial; EQ, estímulo do
quadríceps; ADM, amplitude de movimento; EPR, elevações de perna reta; SCCT,
sustentação de carga conforme a tolerância.
TÉCNICA 38
Marc J. Mihalko
Coleta do enxerto
▪ Faça uma incisão de 4 cm anteromedialmente na tíbia, começando
aproximadamente 4 cm distais à linha articular e 3 cm mediais à
tuberosidade tibial (Fig. 38-1).
FIGURA 38-1
FIGURA 38-3
▪ Palpe todos os lados do tendão para assegurar que não há extensões fibrosas
antes de liberá-lo com um extrator de tendão (stripper) aberto. Se for sentida
uma forte resistência, disseque novamente em torno dos tendões com um
elevador de periósteo e tesoura de Metzenbaum. Libere o tendão
proximalmente com tensão controlada no tendão enquanto avança o
extrator proximalmente. O músculo deve deslizar para fora do tendão à
medida que o extrator é avançado proximalmente.
▪ Use o mesmo procedimento para liberar o tendão semitendíneo.
▪ Em uma mesa separada, desprenda o músculo do tendão com uma lâmina
n° 10.
▪ Coloque um ponto de sutura tipo Krackow em ambas as extremidades de
cada tendão com suturas inabsorvíveis n° 2. Dobre ambos os tendões ao meio
para formar quatro feixes de tendão.
▪ Efetue uma incisuroplastia limitada e a perfuração do túnel conforme
descrito para a técnica artroscópica de enxerto osso-tendão-osso.
▪ Perfure o túnel tibial a 50° com a superfície articular tibial. O túnel é
alargado 2 mm menor que o tamanho do enxerto e dilatado de forma seriada
para produzir um formato bem ajustado. Cain, Phillips e Azar mostraram
que de dilatar o túnel tibial aumenta significativamente a resistência ao
arrancamento. O comprimento do túnel deve ser 30 a 35 mm para permitir
fixação perto da superfície articular.
▪ Um portal anteromedial inferior é usado para perfurar o túnel femoral. Use
um EndoButton ou material semelhante para manter 20 a 25 mm de tendão
inseridos no túnel femoral. Depois de tensionar o enxerto por 3 minutos
enquanto faz movimentos cíclicos do joelho, use um parafuso biocompatível
1 mm menor que o túnel para fixação tibial e realize sutura secundária e
fixação em poste. O revestimento de parafuso, aparelho de fixação de tecido
mole, também pode ser usado para fixar a extremidade tibial do enxerto.
Cuidados pós-operatórios
Ver a Técnica 37 para reabilitação pós-operatória do ligamento cruzado anterior.
Nós geralmente prosseguimos mais lentamente com a reabilitação quando é
usado um enxerto dos isquiotibiais. O paciente geralmente tem permissão para
retornar à atividade completa por volta de 9 meses.
TÉCNICA 39
Marc J. Mihalko
Marc J. Mihalko
Falha de Fixação
▪ A carga de falha nessa técnica excede as cargas de tração normais sobre o
ligamento cruzado anterior.
▪ Na fase inicial de cicatrização, a falha na colocação pode resultar em
instabilidade.
▪ Verifique a fixação do lado femoral com o braço C para confirmar se a
arruela de fixação do EndoButton está rente ao côndilo femoral lateral.
FIGURA 40-1
FIGURA 40-2
FIGURA 40-4
FIGURA 40-5
FIGURA 40-6
Frederick M. Azar
Técnica de clancy
Qualquer um dos guias ou sistemas de perfuração disponíveis no mercado
poderá ser usado para determinar as localizações dos túneis. A fixação de
parafusos de interferência dos plugues ósseos nos túneis femoral e tibial é a
preferida pela maioria dos cirurgiões, embora essa técnica possa ser mais difícil
que as reconstruções do ligamento cruzado anterior. Em particular, a extensão
do túnel tibial para a reconstrução do ligamento cruzado posterior é maior que
aquela para a reconstrução do ligamento cruzado anterior; portanto o plugue do
osso distal pode ser mais difícil de visualizar no túnel para a fixação de
parafusos de interferência. Recomenda-se um plugue ósseo mais longo da
tuberosidade tibial, entretanto um fragmento ósseo longo na extremidade
proximal do enxerto pode dificultar sua entrada no túnel femoral. Um ponto de
início de túnel tibial anterolateral em vez de anteromedial tem sido
recomendado para evitar a curvatura aguda (killer turn) do enxerto à medida
que ele emerge da tíbia. Foi descoberto que essa posição está associada a
resultados objetivos melhorados, mas os resultados clínicos não foram
significativamente correlacionados com uma posição específica do enxerto.
Se não houver coto femoral como referência para o ponto mais isométrico, a
região mais isométrica será aquela localizada em direção ao teto da incisura
intercondilar em média 11 mm a partir da junção da incisura e do sulco da
tróclea. Essa área de fixação isométrica se estende cerca de 1 cm a partir do teto
em direção posterior e levemente distal. Uma sutura ou fio forte deverá ser
passada pelos orifícios perfurados nos côndilos tibial e femoral selecionados e
ligada a um dispositivo de isometria. A alteração de 2 mm ou menos na extensão
é aceitável; se maior, o sítio femoral deverá ser ajustado. Se a extensão
aumentar com a flexão durante a verificação isométrica, o sítio selecionado
estará distal à região mais isométrica; o oposto é verdadeiro se a extensão
diminuir com a flexão.
▪ Prepare o campo cirúrgico, isole a perna da maneira padrão e infle o
torniquete.
▪ Efetue uma incisão parapatelar medial padrão curvada para trás no aspecto
superior, alinhada com o epicôndilo femoral medial, a cerca de dois dedos
proximais. Incise o tecido subcutâneo de modo similar.
▪ Efetue uma artrotomia medial próxima ao aspecto medial do tendão patelar.
Inspecione a articulação do joelho e extirpe e repare quaisquer lacerações de
menisco ou extirpe o menisco, se necessário. Se a laceração do ligamento
cruzado posterior for aguda, coloque suturas por todo o remanescente maior.
▪ Em uma lesão isolada do ligamento cruzado posterior, o ligamento
meniscofemoral anterior (de Humphrey) geralmente está intacto e pode ser
confundido com um ligamento cruzado posterior intacto, entretanto a
dissecção cuidadosa mostra que suas fibras mais anteriores seguem um
curso lateral ao corno posterior do menisco lateral.
▪ O ligamento meniscofemoral posterior (de Wrisberg) também pode estar
presente; ele é composto de fibras que se ligam ao ligamento cruzado
posterior e também corre em direção lateral para o corno posterior do
menisco lateral.
▪ Se qualquer um desses ligamentos estiver intacto, a tíbia se movimentará só
levemente para trás quando for mantida em rotação interna acentuada e o
teste de gaveta posterior for executado. Esses ligamentos reduzem a rotação
interna excessiva e a translação posterior da tíbia esperadas e podem levar a
um diagnóstico incorreto de pura instabilidade rotatória posterolateral. Se
nenhum dos ligamentos estiver intacto, a tíbia terá excursões de rotação
posterior e interna significativas no fêmur.
▪ Agora, volte a atenção para o aspecto posteromedial do joelho.
▪ Com o joelho em flexão de 90 graus, disseque agudamente o tecido
subcutâneo e a pele de cobertura para expor o aspecto anteromedial dos
tendões mediais gastrocnêmico e semimembranoso.
▪ Efetue uma incisão posterior na cápsula, logo antes do tendão gastrocnêmico
medial. Faça a incisão pela sinóvia e cápsula posterior, mantendo-a
posteromedial a partir do menisco medial, de modo a preservar o menisco,
se ele estiver intacto.
▪ Se necessário para a exposição, libere o terço medial do tendão
gastrocnêmico medial bem distal à sua inserção no fêmur.
▪ Com o joelho flexionado a 90 graus, use um retrator curvado para retrair a
cápsula posterior e a sinóvia, expondo a inserção antiga do ligamento
cruzado posterior na tíbia.
▪ Insira um guia de perfuração ou o dedo enluvado em orientação
posterolateral ao centro anatômico da inserção do ligamento cruzado
posterior na tíbia (Fig. 41-1).
FIGURA 41-1
▪ Perfure três orifícios nesse bloco e coloque uma sutura não absorvível n° 5
em cada orifício (Fig. 41-6).
FIGURA 41-6
▪ Retire a broca, deixando o fio de Beath no lugar. Isso cria um túnel de final
cego de dentro para fora.
▪ O enxerto pode ser passado de duas maneiras, dependendo da preferência
do cirurgião.
▪ A primeira técnica começa passando o plugue ósseo menor em formato de
projétil através do túnel tibial da frente para trás.
▪ Use um passador de sutura para recuperar as suturas de tração para dentro
da ferida posteromedial (lateral).
▪ Com a tensão constante aplicada em paralelo à direção do túnel tibial,
coloque o plugue ósseo no recesso posterior. Evite empurrar em ângulo
oblíquo ao túnel, pois isso causa a inclinação do plugue ósseo na abertura
posterior do túnel (Fig. 41-12).
FIGURA 41-12
Cuidados pós-operatórios
A restauração do movimento e a redução do inchaço são as prioridades na
primeira semana. Os pacientes são incentivados a executar exercícios de
amplitude de movimento ativa, treinamento do quadríceps e suporte total de
peso em uma órtese de extensão no período imediato após a cirurgia. A
imobilização em extensão permanece por 3 semanas naqueles em que houve
reparo nas estruturas capsuloligamentosas medial ou lateral. Fortalecimento e
atividades funcionais são introduzidos em um programa gradual.
TÉCNICA 42
Marc J. Mihalko
FIGURA 42-2
Cuidados pós-operatórios
A reabilitação depende do material de enxerto selecionado, do tamanho do
paciente e de qualquer outra cirurgia executada. Após a reconstrução isolada do
ligamento cruzado posterior, o joelho poderá ser imobilizado em extensão em
um imobilizador removível de joelho durante quatro semanas. Exercícios
precoces de amplitude de movimento e de quadríceps são incentivados, mas a
flexão é limitada a 90 graus nas primeiras quatro semanas. A resistência dos
tendões começa aos três meses. Durante a terapia de movimento e resistência,
todo cuidado deve ser dedicado para evitar o estresse tibial posterior. O retorno
às atividades esportivas é permitido após nove meses.
Cuidados pós-operatórios
O protocolo de reabilitação deverá começar no primeiro dia após a cirurgia. Na
fase imediatamente pós-operatória, o paciente é incentivado a suportar 50% do
peso que ele tolerava usando duas muletas para fazer exercícios com o
tornozelo e o quadril e executar extensões do joelho de 60 a 0 grau.
O suporte total de peso é permitido 2 a 6 semanas após a cirurgia. São
executados exercícios isométricos e de multiângulos do quadríceps a 60, 40 e 20
graus. Exercícios de pressão e agachamento de 0 a 60 graus são introduzidos e
executados exercícios de bicicleta. Por volta da quarta semana, a amplitude de
movimento deverá ser de 90 graus e o ciclismo incentivado para amplitude de
movimento e resistência. Exercícios na piscina são iniciados na quinta semana.
Natação, reabilitação por cadeia cinética fechada e programa de alongamento
começam entre a sexta e a décima segunda semana para aumentar a resistência
do quadríceps. Por volta de 12 semanas, o paciente poderá iniciar exercícios
step-up (passo acima), ciclismo para resistência (30 minutos), espirais de
hamstring (tendão) de 0 a 60 graus com peso leve e programa de deambulação.
Esses exercícios deverão ser mantidos até 16 semanas. Por volta de 5 a 6 meses
após a cirurgia, o paciente deverá estar executando exercícios pliométricos e
testes de agilidade e equilíbrio. O paciente poderá voltar às atividades
esportivas quando KT-2000 e verificação isométrica e funcional apresentarem
resultados satisfatórios.
D
FIGURA 43-3
FIGURA 43-5
Cuidados pós-operatórios
Retira-se o gesso depois de 2 semanas, inspeciona-se a ferida e removem-se os
grampos ou suturas, a menos que tenham sido utilizadas suturas subcuticulares
para fechar a ferida. Eventualmente, é necessária mais uma semana para a
cicatrização adequada da ferida antes de se removerem as suturas. Deve-se usar
uma bota gessada com o pé em equino fisiológico por mais 2 semanas. Com 4
semanas, o gesso é trocado novamente e o pé é gradativamente trazido para a
posição plantígrada no decorrer das 2 semanas seguintes. A capacidade de
deambulação se restabelece gradualmente com o apoio parcial do peso sobre
muletas por um período de 2 semanas. Entre as semanas 6 e 8, aplica-se uma
bota gessada com o pé na posição plantígrada, permitindo-se o apoio total do
peso. Alternativamente, com 4 a 6 semanas após a cirurgia, pode-se utilizar uma
órtese removível que permita apenas a flexão plantar. Iniciam-se os exercícios
leves de amplitude de movimento ativa, executados por 20 minutos duas vezes
ao dia. Podem ser instituídos exercícios isométricos do tornozelo com um
programa de fortalecimento do joelho e do quadril. Os exercícios de elevação na
ponta dos dedos, exercícios de resistência progressivos e exercícios de
propriocepção, combinados com um programa de fortalecimento geral,
constituem a terceira fase da reabilitação. Em pacientes confiáveis, bem
supervisionados e com um bom reparo tecidual, esse programa pode ser
acelerado com o uso precoce de órteses de limitação da dorsiflexão e exercícios
de amplitude de movimento ativa. O retorno às atividades plenas e irrestritas
normalmente requer pelo menos 6 meses, e frequentemente mais.
TÉCNICA 44
▪ Com uma agulha reta, passe a sutura lateral pelo corpo do coto distal do
tendão. Amplie o ponto de punção da pele como antes (Fig. 44-5).
FIGURA 44-5
▪ Com uma agulha curva de ponta cortante, passe a sutura a partir desse corte
distal do lado medial, saindo no corte do meio do lado medial do tendão
rompido (Fig. 44-6).
FIGURA 44-6
Cuidados pós-operatórios
A bota gessada é mantida sem carga durante 4 semanas, quando se passa a
utilizar uma bota gessada em equino com pequeno salto, permitindo-se carga.
Com 8 semanas, retira-se o gesso e inicia-se um programa terapêutico de
exercícios de elevação na ponta dos pés e exercícios do complexo gastrocnêmio-
sóleo. O paciente gradativamente recupera a posição neutra do pé no decorrer
de um período de 4 semanas e depois inicia os exercícios de alongamento da
cadeia posterior por mais 4 semanas.
E
Instabilidade do ombro
Técnica 45: Tratamento da instabilidade do ombro — reparo de bankart,
aberto e artroscópico
Técnica 46: Tratamento da instabilidade do ombro — retensionamento
capsular, retensionamento capsular posterior, retensionamento capsular
artroscópico
Técnica 47: Reparo aberto de rupturas do manguito rotador
Técnica 48: Reparo artroscópico de rupturas do manguito rotador
Técnica 49: Fixação artroscópica de lesões SLAP tipo II
TÉCNICA 45
Tratamento da instabilidade do
ombro — Reparo de Bankart, Aberto
e Artroscópico
Barry B. Phillips
FIGURA 45-5
Cuidados pós–operatórios
A reabilitação pós-operatória é realizada como descrito no Quadro 45-1.
De Montgomery WH, Jobe FW: Functional outcomes in athletes after modified anterior capsulolabral
reconstruction, Am J Sports Med 22:352, 1994.
FIGURA 45-7
FIGURA 45-12
FIGURA 45-13
Cuidados pós–operatórios
Após a cirurgia é colocada uma tipoia imobilizadora de Velpeau que deve ser
utilizada durante 4 a 6 semanas. A fisioterapia é iniciada 2 a 3 semanas após a
cirurgia. Exercícios de amplitude de movimento ativo assistido são realizados a
partir das semanas 2 a 8 e o fortalecimento isométrico é feito a partir das
semanas 8 a 12. O atleta tem permissão para voltar para programas de
condicionamento anteriores à lesão e treinamento de peso em 12 semanas, e em
6 meses está autorizado a participar de esportes de contato com base nas
diretrizes de amplitude de movimento e força ditadas pelo ombro contralateral
(Tabela 45-1).
Tabela 45–1
Protocolo de Reabilitação após o Reparo de Bankart Artroscópico*
METAS PRÉ-OPERATÓRIAS
1. Independente com programa de exercícios pós-operatórios
2. Independente com fortalecimento pré-operatório com exercícios isométricos e isotônicos
na faixa estável livre de dor
FASE I
Semanas 1 e 2 do Pós-operatório Nenhuma FT Formal se o Paciente
1. Exercícios de pêndulo Tiver Alcançado as Metas Pré-
2. AMA de punho, antebraço, cotovelo operatórias
3. Exercícios isotônicos de punho e preensão
palmar
4. Tipoia em todos os momentos
Semanas 3 e 4 do Pós-operatório (FT 4x/sem– Metas (ao Final de 4 Semanas)
3x/sem) 1. Independente com PEC 2x/dia
1. Iniciar FT com aproximadamente 15 dias de 2. AMP 150 graus FL máxima
pós-operatório 3. AMP 150 graus escapulação máxima
2. AMP com as seguintes restrições: 4. AMP 40 graus RE máxima
FL <160 graus 5. AMP 60 graus RI máxima em
Escapulação a <150 graus escapulação de 45 graus
RE neutra a 30 graus em 3 semanas e 40 6. AMA de cotovelo, punho completa
graus em 4 semanas Precauções
RI em escapulação de 45 graus <60 graus 1. Tipoia o tempo todo, exceto na FT
3. AMAA suave com bastão 2. Nenhuma AMP com ABD
FL <160 graus verdadeira
RE neutra conforme anterior 3. Nenhuma RE com braço abduzido
4. FL em plano inclinado do corpo
5. Exercícios para mobilidade escapular
Protração/retração
Elevação/depressão
Semanas 5 e 6 no Pós-operatório (FT 4x/sem– Metas (ao Final de 6 Semanas)
3x/sem) 1. Independente com PEC 2x/dia
1. AMP com as seguintes restrições: 2. AMP 170 graus FL máxima
FL <170 graus 3. AMP 160 graus escapulação máxima
Escapulação <160 graus 4. AMP 60 graus RE máxima em
RE 45 graus, escapulação <60 graus escapulação de 45 graus
RI 45 graus, escapulação até 60 graus 5. AMP 60 graus RI máxima em
AD em casa DLN escapulação de 45 graus
2. AMAA — bastão, roldana, caminhada na 6. AD em casa DLN
parede Precauções
3. Exercícios isométricos submáximos (25%) 1. Uso de tipoia durante o sono e em
para o lado para RI e RE e ABD aglomerações
4. Protração/rotação escapular com resistência 2. Nenhuma AMP com ABD
manual submáxima e elevação/depressão verdadeira
5. AMA – EXT prona e remos, protração supina 3. Nenhuma RE com braço ABD do
e Codman reverso corpo >45 graus
AMAA, amplitude de movimento ativo-assistido; ABD, abdução; AD, adução; AMA, amplitude de
movimento ativo; 2x/dia, duas vezes por dia; 2x/sem, duas vezes por semana; 2x/mês, duas vezes por
mês; RE, rotação externa; EXT, extensão; FL, flexão; PEC, programa de exercícios em casa; RI,
rotação interna; TMM, teste muscular manual; FNP, facilitação neuromuscular proprioceptiva; FT,
fisioterapia; 4x/dia, quatro vezes por dia; 4x/sem, quatro vezes por semana; 3x/sem, três vezes por
semana; ESP, exercício para a parte superior do corpo; DLF, dentro de limites funcionais; DLN, dentro
dos limites normais.
*
O reparo de Bankart destina-se a estabilizar a parte anterior da cápsula do ombro que perdeu a
integridade devido a insulto repetitivo ou traumático. É fundamental proteger o tecido de cicatrização
da cápsula anterior durante as primeiras fases da reabilitação. A prevenção de RE/ABD extremas é
crucial durante este período. Este protocolo é uma diretriz e pode ser ajustado de acordo com a
apresentação clínica e orientação do médico.
TÉCNICA 46
Tratamento da instabilidade do
ombro — retensionamento capsular,
retensionamento capsular posterior,
retensionamento capsular
artroscópico
Barry B. Phillips
Retensionamento capsular
▪ O paciente é cuidadosamente examinado e questionado no pré-operatório
para determinar a direção provável da maior instabilidade. Após a
administração de uma anestesia geral, a instabilidade do ombro é avaliada
novamente. A instabilidade anterior é testada com o braço em rotação
externa e extensão em vários graus de abdução. A instabilidade inferior é
testada com o braço em 0 grau e 45 graus de abdução. A instabilidade
posterior é testada com o braço em rotação interna em vários graus de
elevação para frente. Se este exame e a avaliação pré-operatória estiverem
correlacionados com a instabilidade anteroinferior, utilize uma abordagem
anterior.
▪ Coloque o paciente em uma posição inclinada com a parte frontal e a parte
de trás do ombro exposta. Prepare o braço deixando-o livre. Utilize um apoio
lateral de braço na mesa.
▪ Faça uma incisão de 9 cm na pregas cutâneas da borda anterior da axila ao
processo coracoide.
▪ Disseque o intervalo deltopeitoral medial à veia cefálica e afaste o deltoide
lateralmente. Divida a fáscia clavipeitoral e afaste medialmente os músculos
ligados ao processo coracoide.
▪ Com o braço em rotação externa, divida a metade superficial da espessura
do tendão subescapular transversalmente 1 cm medial ao sulco do bíceps.
Deixe a metade profunda do tendão subescapular inserida para reforçar a
face anterior da cápsula e repare a metade superficial do tendão com fios de
É
sutura e afaste-o medialmente. É importante que esta porção superficial do
tendão subescapular esteja livre para que a ação do músculo subescapular
não seja restringida (Fig. 46-1).
FIGURA 46-1
Cuidados pós–operatórios
No pós–operatório, o membro é colocado em um imobilizador de ombro
comercial com 30 a 40 graus de abdução e ligeira rotação externa. Exercícios de
amplitude de movimento para cotovelo, punho e mão são iniciados
imediatamente com exercícios de Codman do ombro sendo acrescentados no
terceiro dia pós-operatório. A rotação externa a 10 graus, a elevação para a
frente a 90 graus e exercícios isométricos são iniciados após 10 dias. Por 2 a 4
semanas, o fortalecimento isométrico é continuado e a rotação externa é
aumentada para 30 graus e a elevação para a frente para 140 graus. Com 4 a 6
semanas, exercícios resistidos são iniciados e a rotação externa é aumentada
para 40 graus e a elevação para a frente para 160 graus. Em 6 semanas, a
rotação externa é aumentada para 50 graus e a elevação para a frente para 180
graus. Aos 3 meses, a rotação externa pode progredir. No ombro dominante de
atiradores, a rotação externa deve progredir mais rapidamente, no entanto a
progressão muito rápida pode levar à recorrência da instabilidade,
especialmente em pacientes na fase final da adolescência.
Os rotadores internos e externos restringem o deslocamento anterior e
posterior; o supraespinhal e a parte medial do deltoide restringem o
deslocamento inferior. A recuperação completa dos músculos é provavelmente
necessária para proteger o reparo porque a cápsula e os ligamentos
normalmente funcionam apenas como rédeas de contenção. O levantamento de
mais de 9 kg e a participação em esportes são proibidos por 9 meses e até que a
força muscular esteja normal em testes manuais em comparação com o lado
contralateral. A cicatrização do ligamento estará mais amadurecida em 1 ano e
os pacientes são aconselhados a não nadar de costas ou no estilo borboleta,
devido ao forte uso do braço acima da cabeça, e a não praticar esportes de
contato durante o primeiro ano após a cirurgia.
FIGURA 46-8
FIGURA 46-11
▪ Reinsira a parte profunda do supraespinhal superficialmente para preservar
a rotação externa ativa e reinsira cuidadosamente o deltoide se ele tiver sido
desinserido.
▪ Suture a incisão e imobilize o braço lateralmente em flexão-extensão neutra
e 10 graus de rotação externa por meio de uma tala gessada leve que se
estende do punho até a parte mediana do braço e em torno da cintura com o
cotovelo dobrado a 90 graus. É necessária a imobilização externa rígida para
garantir a manutenção de 10 graus de rotação externa.
Cuidados pós–operatórios
O ombro é imobilizado com o braço ao longo e ligeira abdução e rotação neutra
durante 6 semanas após a cirurgia. Uma órtese plástica mantém esta posição,
suportando o peso do braço e impedindo o estresse inferior sobre o reparo.
Exercícios de amplitude de movimento com elevação no plano escapular e
exercícios de rotação externa e isométricos são iniciados 6 semanas após a
cirurgia quando a órtese é removida. Estes exercícios progridem ao longo dos 3
meses seguintes para um programa de fortalecimento completo. A elevação de
mais de 150 graus e exercícios de rotação interna que poderiam estressar o
reparo são evitados por 3 meses. Atividades esportivas como natação e
arremesso não são permitidas durante 9 meses a 1 ano após a cirurgia.
Cuidados pós–operatórios
Uma tipoia Velpeau é colocada com o braço em rotação neutra. No pós-
operatório, o braço é mantido na tipoia durante 6 semanas.
TÉCNICA 47
Frederick M. Azar
Thomas W. Throckmorton
FIGURA 47-4
FIGURA 47-5
Cuidados pós-operatórios
Após o reparo padrão, é utilizada uma tipoia tradicional ou com coxim por um
período de 6 semanas, sendo feita a remoção para a realização de exercícios
assistidos de flexão e rotação, de modo a evitar aderências, atrofia por desuso e
ruptura dos reparos. O reparo encontra-se mais fraco após 3 semanas e a força
do tendão é menor em relação à época da cirurgia, o que persiste por 3 meses.
De modo empírico, avançamos para exercícios isométricos de rotação externa
após 6 semanas pós-cirurgia, permitindo a movimentação ativa em 12 semanas.
TÉCNICA 48
FIGURA 48-3
FIGURA 48-4
▪ Para concluir, deve-se realizar uma série de movimentos com o braço para
certificar-se de que não haja alguma falha no reparo anterior nem impacto
do manguito no acrômio.
Cuidados pós-operatórios
O período pós-operatório é crítico para a obtenção de melhores resultados. Na
maioria dos reparos, recomenda-se a utilização de tipoia durante 6 semanas. De
forma geral, não são realizados exercícios de alongamento por até 10 semanas
após a cirurgia, evitando assim o esforço excessivo do manguito durante a fase
inicial de cicatrização.
TÉCNICA 49
FIGURA 49-1
▪ Estabeleça o portal posterior 2 cm abaixo da porção posterolateral do
acrômio, assim como um portal de instrumentação anterior para artroscopia
diagnóstica de rotina. Achados como um sulco superior com mais de 5 mm
de profundidade, bíceps com a inserção deslocável, sinal de drive-throughe
peel-back positivos são indicativos de lesão SLAP.
▪ Utilize probe para testar a estabilidade do complexo bíceps-labral superior. É
possível visualizar um foramen sublabral superior normal, coberto por
cartilagem articular, a 5 mm medialmente ao labro. Caso o forame sublabral
apresente profundidade maior que 5 mm ou a inserção labral no limite
medial do sulco esteja afilada, pode haver uma lesão SLAP.
▪ Utilizando o probe, avalie se o tendão do bíceps pode ser deslocado com
facilidade. Quando instáveis, o tendão do bíceps e o labro superior podem ser
facilmente deslocados medialmente no colo da glenoide. Ocasionalmente, o
tendão do bíceps apresenta instabilidade, ainda que tênues ligações labrais
superiores estejam presentes. Tais casos representam a separação intersticial
das ligações localizadas medialmente e requerem que seja completada a
lesão, seguida do preparo do leito ósseo e do reparo.
▪ Com o artroscópio, realize uma varredura entre a glenoide e a cabeça do
úmero, da parte superior à inferior, avaliando se o artroscópio pode ser
conduzido com facilidade através da articulação. Embora o sinal de drive-
through positivo seja indicativo de instabilidade, a causa desta também pode
ser o “pseudoafrouxamento” associado às lesões SLAP.
▪ O sinal de peel-back positivo é diagnóstico para lesão SLAP posterior. No
entanto, lesões SLAP anteriores isoladas apresentam o sinal de peel-back
negativo, embora outros sinais artroscópicos, como os apresentados
anteriormente, sejam geralmente positivos. Para a realização do teste de
peel-back, deve-se remover a tração do braço e observar artroscopicamente o
labro superior conforme o auxiliar traz o braço para 90 graus de abdução e
90 graus de rotação externa. A realização desta manobra dinâmica de peel-
back em um ombro com lesão SLAP posterior fará que todo o complexo
bíceps-labral superior se desloque medialmente sobre a borda da glenoide
(Fig. 49-2).
FIGURA 49-2
▪ Deve-se reparar a lesão SLAP assim que ela for diagnosticada, uma vez que
pode ocorrer edema local, suprimindo o recesso sublabral e atrapalhando a
exposição. Para o reparo da lesão SLAP, devem-se abrir três portais: um
portal de visualização padrão posterior, um portal anterior localizado logo
acima da borda lateral do tendão subescapular e um portal anterossuperior.
Este último fica tipicamente localizado a 1 cm do canto anterolateral do
acrômio (Fig. 49-3). A localização precisa deste portal pode ser realizada com
uma agulha espinhal, de modo que ele forneça um ângulo de aproximação
de 45 graus para o canto anterossuperior da glenoide, para que haja a
colocação adequada da âncora de sutura.
FIGURA 49-3
FIGURA 49-5
▪ Em alguns casos, para evitar o atrito do fio ou do nó, pode ser útil a
colocação de uma sutura vertical através do labro, ou horizontal, atrás do
bíceps. Estudos mostram que a resistência destas configurações de sutura é
similar. Âncoras de sutura sem nó também podem ser utilizadas para evitar o
atrito (Fig. 49-6).
FIGURA 49-6
FIGURA 49-7
FIGURA 49-8
Cuidados pós-operatórios
O braço operado deve ser posicionado em uma tipoia com coxim de abdução. A
rotação externa passiva do ombro com o braço evitando a abdução, assim como
a flexão e extensão do cotovelo, é iniciada imediatamente. Pacientes que
requerem a capsulotomia inferior iniciam os alongamentos capsulares
posteroinferiores (sleeper stretches) no primeiro dia de pós-operatório. A tipoia
é descontinuada após três semanas e então se inicia a elevação passiva. Da
semana 3 à 6, permite-se a movimentação passiva progressiva de acordo com a
tolerância do paciente, iniciando-se o sleeper stretches naqueles pacientes que
não foram submetidos à capsulotomia posteroinferior. Da semana 6 à 16,
continuar com os exercícios de alongamento e flexibilidade. Continua-se com o
alongamento capsular posteroanterior passivo, assim como o alongamento com
rotação externa em abdução. Exercícios de fortalecimento para o manguito
rotador, estabilizadores escapulares e deltoides são iniciados na sexta semana. O
fortalecimento do bíceps pode ser iniciado a partir da oitava semana do pós-
operatório.
Em quatro meses, os atletas iniciam um programa de lançamento
intermitente em superfície plana. Eles continuam com um programa de
alongamento e força, com ênfase no alongamento capsular posteroinferior. Em
seis meses, arremessadores de beisebol podem começar a realizar lançamentos
em velocidade máxima. Em sete meses, podem arremessar na velocidade
máxima sobre o montinho. Todos os arremessadores são instruídos a continuar
praticando o alongamento capsular posteroinferior. Uma cápsula
posteroinferior muito apertada pode provavelmente iniciar a cascata patológica
que leva à lesão SLAP. Em um atleta arremessador, é esperado que a recorrência
desta tensão possa colocar o reparo em risco (Tabela 49-1).
Tabela 49-1
Protocolo de Reparo para Lesão do Labro Superior Anteroposterior (SLAP) *
−
FASE III FORTALECIMENTO AVANÇADO PARA RETORNO
AO ESPORTE
Semanas 12-15 do Pós-operatório Objetivos (ao Término de 15
1. Avançar exercícios isotônicos, aumentando a Semanas)
resistência/repetições (exercícios, arremessos, 1. TMM da musculatura do
socos) ombro 5/5
2. Exercícios com bola pliométrica, caso apropriado • Aptidão para colocar um peso
Passe de peito maior ou igual a 4,5 kg sobre
Lançamento acima da cabeça um armário acima da altura
Lançamento de lado da cabeça
Bola na parede com uma mão
3. Avançar o fortalecimento do ombro (flexões de
braço laterais, remadas)
4. Fortalecimento isocinético, conforme necessário
Semanas 16 – 24 do Pós-operatório Objetivos (ao Término de 6
1. Iniciar programa de arremesso intervalado (a Meses)
critério do médico assistente) 1. Retornar ao esporte/atividade
2. Iniciar treinos funcionais/esporte específicos física de escolha
3. Teste isocinético, se requerido 2. Independente com progressão
dos exercícios
ABD, abdução; AD, adução; DLN, dentro dos limites normais; AMA, arco de movimento ativo; AM, arco
de movimento; AMP arco de movimento passivo; EPS, exercícios para parte superior do corpo; EXT,
extensão; FL, flexão; FNP, facilitação neuromuscular proprioceptiva; MP/AA, movimentação passiva ou
ativa assistida; PEC, programas de exercício em casa; RE, rotação externa; RI, rotação interna; TMM,
teste muscular manual.
* O protocolo foi desenvolvido para pacientes que passaram pelo reparo de leão SLAP. A cirurgia e a
reabilitação podem diferir dependendo do tipo de lesão. Os tipos I e III são geralmente tratados com
desbridamento. O tendão do bíceps está estável, de forma que a reabilitação pós-operatória
geralmente progride conforme a tolerância. Os tipos II e IV indicam que o tendão do bíceps está
instável e requer o reparo. Este protocolo aborda limitações da faixa de movimentação e do trabalho
ativo do bíceps, necessários para os reparos do tipo II/IV. Trata-se de um guia, podendo sofrer ajustes
de acordo com a apresentação clínica e a orientação do fisioterapeuta.
F
É
de proximal para distal. É importante visualizar as fibras horizontais do
músculo peitoral e fazer a dissecção abaixo desse nível.
▪ Utilize a dissecção digital romba sob a borda inferior do músculo peitoral,
palpando a face anteromedial do úmero, a fim de identificar a estrutura
longitudinal fusiforme do tendão do bíceps.
▪ Coloque um afastador de Hohmann com ponta no tendão do músculo
peitoral maior e na porção proximal do úmero para retrair o músculo para
proximal e lateral (Fig. 50-2).
FIGURA 50-2
FIGURA 50-4
FIGURA 50-6
Cuidados pós-operatórios
Deve-se usar uma tipoia para dormir durante as primeiras 4 semanas, a qual
deve ser usada quando o paciente estiver acordado somente se ele estiver tendo
dificuldade para manter a flexão passiva do cotovelo ou for transitar em áreas
públicas. O uso da tipoia deve ser totalmente abandonado depois de 4 semanas.
O nível de atividade normalmente é ditado pelos procedimentos realizados
juntamente com a tenodese do bíceps. Se for feita apenas a tenodese do bíceps,
as atividades de fortalecimento devem ser restritas até 6 semanas após a
cirurgia. Muitos pacientes conseguem retomar suas atividades, conforme
tolerado, depois de 2 semanas, mas devem ser informados dos riscos.
As rupturas distais do tendão do bíceps normalmente acometem homens de
meia-idade durante levantamento de peso com o cotovelo flexionado a 90 graus,
ou quando o bíceps se contrai sob a ação de resistência inesperada. É possível
reparar as rupturas distais do tendão do bíceps através de uma técnica de
incisão simples ou dupla (Boyd e Anderson). A técnica de incisão dupla restaura
a força de supinação e evita os perigos da dissecção profunda da fossa
antecubital.
FIGURA 50-7
Cuidados pós-operatórios
Com o cotovelo flexionado a 110 graus e o antebraço em supinação moderada,
aplica-se uma tala gessada posterior. Depois de 2 semanas, a tala e as suturas são
retiradas. Coloca-se um suporte articulado que deve ser utilizado por 4 semanas.
É permitida a flexão passiva, assim como a extensão ativa, progredindo de 15 a
20 graus por semana. Depois de 4 a 6 semanas, iniciam-se os exercícios de
amplitude de movimento de supinação/pronação. Entre 6 e 8 semanas, a
amplitude de movimento total deve ser possível, mas o retorno às atividades
normais deve ser adiado por 12 a 16 semanas.
Entre as vantagens relatadas da técnica de incisão simples estão a exposição
limitada da tuberosidade radial, o melhor resultado estético e o menor risco de
ossificação heterotópica. As desvantagens, por outro lado, incluem o custo mais
elevado (equipamento caro), a possibilidade de uma fixação menos segura e a
ausência de depressão óssea para revascularização do tendão.
Técnica de incisão simples para o reparo da
porção distal do tendão do bíceps
▪ Faça uma incisão longitudinal anterior de 3 a 4 cm. Pode ser necessário ligar
as veias antecubitais superficiais. Identifique e preserve o nervo cutâneo
antebraquial lateral.
▪ Identifique a porção proximal rompida do tendão do bíceps e coloque-a em
uma esponja úmida.
▪ Ligue os vasos radiais recorrentes.
▪ Os afastadores profundos de joelho permitem uma excelente exposição da
tuberosidade radial. Desbride o restante da tuberosidade, liberando-a do
restante do tendão, e eleve o periósteo acima do osso com uma cureta.
▪ Fixe o tendão à tuberosidade radial com suturas passadas pelos túneis
ósseos, âncoras de sutura, botões ou parafusos de tenodese ou de
interferência.
▪ Depois de aproximar o tendão, mova o antebraço com uma determinada
amplitude de movimento de pronação e supinação, a fim de garantir o trajeto
normal do tendão.
Cuidados pós-operatórios
O cotovelo permanece imobilizado a 90 graus durante 2 semanas, quando as
suturas são removidas. Aplica-se um brace articulado com extensão travada em
80 graus. É permitida a flexão total passiva com movimentos passivos de
pronação e supinação a 90 graus. Após 6 semanas, permite-se a extensão
progressiva com o brace na proporção de 20 graus por semana. Com 8 semanas,
inicia-se a flexão ativa, e com 12, os exercícios de fortalecimento. Os
movimentos totalmente irrestritos são permitidos depois de 16 semanas.
TÉCNICA 51
Cuidados pós-operatórios
Caso tenha sido feita uma tenodese artroscópica isolada do bíceps, o paciente
deve iniciar imediatamente os exercícios pendulares passivamente e de
amplitude de movimento ativa do punho e da mão. Uma semana após a
cirurgia, iniciam-se os exercícios leves de amplitude de movimento passiva do
cotovelo e do ombro em todos os planos sob a orientação de um fisioterapeuta.
Mantém-se o uso da tipoia por 4 semanas. Os movimentos ativos e os exercícios
suaves de fortalecimento do ombro e do cotovelo podem começar com 8
semanas após a cirurgia. Entre 12 e 16 semanas após a cirurgia, a fisioterapia
assistida é abandonada, iniciando-se um programa de exercícios domicilares.
Não existe restrição do membro após 4 a 6 meses da cirurgia.
FIGURA 51-1
▪ Utilize o portal lateral para visualizar e passar a chave de parafusos de
tenodese pela cânula anterolateral. Observe a ponta da chave e o tendão ao
saírem da cânula.
▪ Coloque a ponta da chave na face superior da cavidade óssea, inserindo-a
manualmente até que o tendão alcance a base do túnel. No interior da chave
de parafusos canulada, segure firmemente a ponta livre da sutura contra a
chave com o auxílio de uma pinça hemostática. Depois de assentar a chave e
o tendão no fundo da cavidade óssea, use o thumb pad para fixar o tendão e a
sutura contra a base do túnel ósseo. A inserção adequada do tendão é
confirmada quando se vê a sutura desaparecer no interior da cavidade óssea.
▪ Insira o parafuso de interferência bioabsorvível diretamente sobre a
superfície superior do tendão até que a cabeça do parafuso fique abaixo do
nível da protuberância das cristas intertuberculares medial e lateral. A
cabeça do parafuso pode ser inserida até ficar rente à base do sulco do
bíceps.
▪ Depois que o parafuso estiver corretamente assentado, retire a chave do
portal anterolateral.
▪ Utilize uma agulha de crochê para remover ambas as pontas da sutura; uma
passa pelo centro do parafuso de interferência e a outra fica presa entre o
parafuso e o túnel ósseo.
▪ Utilizando as técnicas de fixação de nós de sutura artroscópica, amarre o nó
composto por vários nós simples sobre a parte superior do parafuso de
interferência (Fig. 51-2).
FIGURA 51-2
Cuidados pós-operatórios
O manejo pós-operatório depende, em grande parte, dos tipos de procedimentos
realizados juntamente com a tenodese do bíceps. Se tiver sido feita apenas a
tenodese do bíceps, o procedimento pós-operatório é o mesmo que para a
acromioplastia artroscópica. As atividades de fortalecimento relacionadas à
flexão do cotovelo ou à elevação do braço para a frente com o cotovelo
estendido devem ser restritas a até 6 semanas após a tenodese do bíceps.
G
Cotovelo
Técnica 52: Exame artroscópico do cotovelo
Técnica 53: Liberação de epicondilite lateral e medial — técnicas abertas e
artroscópicas
Técnica 54: Reconstrução do ligamento colateral ulnar
TÉCNICA 52
Portal anterior
▪ Comece distendendo a articulação do cotovelo. Insira uma agulha espinal
calibre 18 diretamente no portal lateral e mire-a para o centro da
articulação. A agulha passa entre o olécrano, a cabeça do rádio e o úmero
distal. Evite estender demais para a face anterior e entrar nos tecidos moles
da fossa antecubital. Edema extra-articular por infiltração de líquido de
irrigação dentro dos tecidos moles anteriores pode colapsar o espaço
articular anterior. Usando uma seringa de 61 mL e tubulação de conexão,
distenda o cotovelo com líquido. Livre refluxo de líquido confirma
localização intra-articular correta da agulha. Distenda maximamente a
articulação com 20 mL de líquido para afastar as estruturas neurovasculares
anteriormente na fossa antecubital e para aumentar o espaço disponível no
aspecto anterior da articulação (Fig. 52-1).
FIGURA 52-1
▪ Deixando a primeira agulha no lugar e mantendo a distensão, insira uma
segunda agulha espinal calibre 18 pela porta medioanterolateral. Mire esta
agulha na direção do centro da articulação. Livre refluxo da solução
confirma um localização intra-articular (Fig. 52-2).
FIGURA 52-2
FIGURA 52-6
Portal posterolateral
▪ O portal posterolateral pode ser estabelecido sob direcionamento
artroscópico com o artroscópio no portal lateral direto e a lente dirigida
posteriormente. Primeiro insira uma agulha calibre 18, mirando na direção
da fossa do olécrano, e confirme posição satisfatória. Se o portal lateral direto
for para ser um portal de trabalho, como para tratar uma lesão de
osteocondrite dissecante, o portal posterolateral deve ser feito na
extremidade do olécrano ou imediatamente proximal a ela, em linha com o
recesso radial. Um artroscópio de 70° é inserido e dirigido para a articulação
radiocapitular para visualização. Isto permite a separação do artroscópio do
portal de trabalho para facilitar a triangulação (Fig. 52-9).
FIGURA 52-9
▪ Incise a pele e use uma pinça hemostática pequena para separar até a
cápsula. Use um trocarte rombo para entrar na articulação. A vista
artroscópica inclui a fossa do olécrano, a extremidade do olécrano, a tróclea
posterior (Fig. 52-10, A) e uma parte da banda posterior no ligamento
colateral ulnar (B). Com o paciente em pronação, procedimentos
artroscópicos no compartimento posterior são tecnicamente mais fáceis e a
orientação é melhorada. Corpos livres frequentemente gravitam para o
compartimento posterior e osteófitos se formam na extremidade
posteromedial do olécrano. Palpação ao longo do nervo ulnar localiza-o
imediatamente superficial a este osteófito posteromedial, separado apenas
pela cápsula articular. a proximidade deste nervo deve ser considerada
quando se estiverem usando instrumentos motorizados ou osteótomos
posteriormente.
FIGURA 52-10
Cuidados pós-operatórios
A reabilitação começa imediatamente. O paciente é encorajado a mover o
cotovelo dentro do curativo pós-operatório tão logo a dor e o edema o permitam.
Exercícios de flexibilidade e fortalecimento são iniciados quando a dor e o
edema estiverem suficientemente diminuídos.
TÉCNICA 53
Frederick M. Azar
Thomas W. Throckmorton
Barry M. Phillips
Epicondilite lateral
Epicondilite lateral (cotovelo de tenista) ocorre mais frequentemente em não
atletas do que atletas, com pico de incidência no início da quinta década. A
maioria dos pacientes com cotovelo de tenista pode ser tratada não
cirurgicamente; naqueles que não melhoram com tratamento não cirúrgico,
ressecção do tendão doente e reparo do tendão normal ao osso podem fornecer
alívio da dor e melhorar a função. Nós atualmente preferimos expor a origem
do extensor radial curto do carpo, ressecar o tecido degenerativo e reparar o
tendão ao osso.
▪ Faça uma incisão ligeiramente curva de 5 cm de comprimento centrada
sobre o epicôndilo lateral (Fig. 53-1).
FIGURA 53-1
FIGURA 53-2
FIGURA 53-3
Cuidados pós-operatórios
A tala é removida dentro da primeira semana de cirurgia e exercícios de
amplitude de movimento (ADM) são iniciados. Depois que a ferida cicatrizar (10
a 14 dias), a terapia é continuada, incluindo controle de edema e exercícios de
ADM seguidos por exercícios de fortalecimento. Atividade vigorosa pode ser
reassumida dentro dos limites da dor em 8 a 10 semanas, e força completa deve
retornar em aproximadamente 3 meses. O protocolo de reabilitação não é
dependente do tempo, mas, em vez disso, dependente dos objetivos, com os
pacientes passando de uma fase para a seguinte depois que determinados
objetivos forem alcançados.
Epicondilite medial
A epicondilite medial é semelhante à epicondilite lateral, mas é muito menos
comum e mais difícil de tratar. Se o tratamento não operatório falhar, excisão da
origem do tendão doente e reinserção usualmente alcançam sucesso. Se
estiverem presentes sintomas do nervo ulnar, este ulnar deve ser
descomprimido e transposto.
▪ Faça uma incisão de 5 cm ligeiramente curva, começando aproximadamente
1 cm proximal e imediatamente posterior ao epicôndilo medial. A realização
da incisão posteriormente evita ramos sensitivos do nervo cutâneo medial do
antebraço anteriores e distais ao epicôndilo (Fig. 53-4).
FIGURA 53-4
FIGURA 53-6
Cuidados pós-operatórios
A tala é removida 1 semana após cirurgia e exercícios de ADM do cotovelo são
iniciados. Exercícios de fortalecimento são iniciados quando for atingida
amplitude completa de movimento, tipicamente 3 semanas após a cirurgia.
Atividade vigorosa pode ser retomada quando o paciente alcançar força normal
sem dor, normalmente 3 meses após a cirurgia. Um período mais longo de
imobilização e progressão mais lenta da reabilitação são indicados a pacientes
que foram submetidos a transposição do nervo ulnar.
FIGURA 53-8
FIGURA 53-9
Cudados pós-operatórios
No pós-operatório o braço é colocado em uma tipoia com o cotovelo em 90° de
flexão. Exercícios de ADM ativa e passiva delicados são encorajados. O paciente
progride para exercícios de fortalecimento de extensão do punho e exercícios de
reabilitação global da extremidade superior.
Créditos
Figuras 53-4 a 53-7 redesenhadas de Dlabach JAA, Baker CL. Lateral and
medial epicondylitis in the overhead athlete. Oper Tech Orthop 11:46, 2001.
Figuras 53-9, 53-10 de Morrey BF, Sanchez-Sotelo J. Advanced Techniques.
Arthroscopic Management of Lateral Epicondylitis. Em Morrey BF, Sanchez-
Sotelo, eds Elbow and Its Disorders, 4th ed, Philadelphia, Elsevier, 2009, Fig. 41-
9.
TÉCNICA 54
Cuidados pós-operatórios
A tala é usada durante 1 semana. Quando ela é removida, é aplicada uma órtese
funcional ajustada em 30 a 100°. Exercícios de punho são iniciados durante a
primeira semana e exercícios isométricos de flexão e extensão de cotovelo,
durante a segunda semana. A órtese é avançada de 15 a 110° na terceira
semana. Exercícios isotônicos leves são iniciados na quarta semana e
movimento completo deve ser reobtido em 6 a 8 semanas. Em 9 a 13 semanas,
são iniciados exercícios avançados de fortalecimento com exercícios excêntricos
de cotovelo e exercícios isométricos e isotônicos. Um programa de arremesso
intervalado é iniciado durante a 14o semana e o retorno a lançamento
competitivo é permitido em 22 a 26 semanas.
FIGURA 54-4
FIGURA 54-5
Cuidados pós-operatórios
Depois da primeira semana de cirurgia as suturas são removidas e o cotovelo é
colocado em uma órtese articulada. Movimento é permitido entre 45° de
extensão e 90° de flexão. Durante as 3 semanas seguintes o movimento é
gradualmente avançado até o arco completo. Um programa formal de
fisioterapia é iniciado com 6 semanas, assim como fortalecimento gradual do
antebraço e ombro. Evitar uma carga em valgo pelo cotovelo durante esta fase
de reabilitação. Ao fim de 12 semanas, o programa de fortalecimento é mais
vigoroso e supino com pesos leves a moderados é permitido. Com 4 meses é
iniciado um programa de arremesso para atletas de lançamento.
FIGURA 54-8
FIGURA 54-9
Cuidados pós-operatórios
Com o antebraço em pronação completa, o cotovelo é colocado em 70 a 80° de
flexão e mantido nesta posição por 10 a 14 dias. Movimento protegido é
permitido em uma órtese articulada 2 a 6 semanas após a cirurgia. Depois de 6
semanas a órtese articulada pode ser removida para atividade leve. A órtese é
descontinuada completamente ao término de mais 6 semanas adicionais, mas os
pacientes são incentivados a proteger o cotovelo de atividade pesada. Atividade
plena é permitida aos 6 meses, e participação em esportes de contato, com 1
ano. O paciente é aconselhado a proteger o cotovelo de esforços durante
atividades diárias como levantar pesos. Recomendamos que os pacientes só
levantem pesos no plano de flexão e extensão do cotovelo, mantendo o ombro
aduzido e o cotovelo junto ao corpo.
PA R T E X
Trauma
A. Fraturas
B. Síndrome compartimental
C. Fraturas em crianças
A
Fraturas
Técnica 55: Fixação do maléolo lateral e medial
Técnica 56: Uso de haste intramedular bloqueada nas fraturas da diáfise da
tíbia
Técnica 57: Redução aberta e fixação de fraturas do platô da tíbia
Técnica 58: Fixação por fio em banda de tensão das fraturas patelares
Técnica 59: Uso de haste intramedular nas fraturas da diáfise femoral –
anterógrada e retrógrada
Técnica 60: Fixação das fraturas transtrocantéricas por parafuso de
compressão do quadril
Técnica 61: Fixação intramedular de fraturas subtrocantéricas
Técnica 62: Fixação intramedular de fraturas da clavícula
Técnica 63: Fixação intramedular de fraturas umerais proximais
Técnica 64: Fixação intramedular anterógrada de fraturas da diáfise umeral
Técnica 65: Redução aberta e fixação interna do úmero distal com osteotomia
do olécrano
Técnica 66: Redução aberta e fixação interna das fraturas dos ossos do
antebraço
TÉCNICA 55
FIGURA 55-2
Cuidados pós-operatórios
O tornozelo é imobilizado com tala gessada em posição neutra e elevado. Se a
qualidade do osso for boa e a fixação segura, a tala pode ser removida na
primeira consulta do pós-operatório e substituída por tala removível ou bota.
Iniciam-se exercícios para amplitude de movimento. Apoio do peso é restrito
por 6 semanas; após isso carga parcial pode ser iniciada se a fratura estiver
consolidando bem e progredindo conforme o esperado.
Se as condições de partes moles e a qualidade óssea ou outros fatores
impedirem fixação segura, a fratura deve ser protegida por mais tempo. É
colocado no paciente gesso de perna curto ou longo sem apoio de peso,
dependendo da estabilidade da fixação. Se um gesso de perna longo for
utilizado, ele pode ser convertido em curto em 4 a 6 semanas. O paciente não
tem permissão para apoiar o peso no tornozelo até que a cicatrização da fratura
esteja progredimento bem (8 a 12 semanas). Um gesso de perna curto para
caminhada é utilizado e ocorre progressão no apoio do peso. O gesso é removido
quando o osso se consolidar.
TÉCNICA 56
Mesa de Fratura
▪ Se uma mesa de fratura for utilizada, coloque um pino de tração no calcâneo
antes do posicionamento. Posicione o paciente em decúbito dorsal com o
quadril flexionado a 45 graus e o joelho a 90 graus (Fig. 56-1).
FIGURA 56-1
Mensuração da Rotação
▪ Antes da colocação da haste meça a rotação utilizando o método descrito por
Clementz. Avalie a torção da tíbia na extremidade não afetada com o joelho
totalmente estendido e com o intensificador de imagem com arco em C
colocado na posição lateral com o feixe paralelo ao chão.
▪ Rotacione a perna até que se obtenha uma vista lateral perfeita do fêmur
distal com os côndilos perfeitamente sobrepostos. Segure o joelho e o pé
nesta posição enquanto o arco em C é colocado na posição anteroposterior
com o feixe perpendicular ao chão para visualizar o tornozelo.
▪ Rotacione o arco em C até que seja visualizada uma imagem tangencial da
superfície interna do maléolo medial. Utilize essa linha como referência no
tornozelo.
▪ Incline o feixe cranialmente 5 graus para obter uma imagem melhor do
tornozelo. Centralize as estruturas a serem visualizadas no campo
radiográfico.
▪ A quantidade de torção da tíbia é igual à diferença entre a linha de
referência do tornozelo e uma linha perpendicular ao chão. Por exemplo, se
for obtida a vista tangencial do maléolo medial com o arco em C rotacionado
lateralmente em 10 graus da perpendicular, a torção da tíbia é de 10 graus.
▪ Como alternativa, obtenha alinhamento rotacional mantendo alinhados a
crista ilíaca, a patela e o segundo raio do pé.
▪ Atenção cuidadosa às técnicas de operação pode diminuir significativamente
o risco de complicações após colocação de haste na tíbia.
Coloque a haste
▪ Inicie o ponto de entrada realizando uma incisão de 3 cm pela borda medial
do tendão patelar, estendendo-se do tubérculo da tíbia em direção proximal.
Pode ser necessário estender mais a incisão proximal na pele e no tecido
subcutâneo apenas para proteger os tecidos moles ao redor do joelho
durante fresagem e inserção da haste.
▪ Insira um fio-guia de ponta rosqueada pela metáfise de anterior para
posterior para obter acesso ao canal medular. Com um protetor de tecidos
moles apropriado, avance o fio-guia no local de início correto, conforme
observado na imagem multiplanar. Este se localiza tipicamente pela
inclinação medial da eminência lateral da tíbia na vista anteroposterior e
exatamente anterior à margem articular na imagem lateral (Fig. 56-2).
FIGURA 56-2
Cuidados pós-operatórios
Uma tala removível é colocada inicialmente no paciente e são iniciados
exercícios de amplitude de movimento. Em pacientes que não colaboram ou
naqueles com fixação de fraturas instáveis é colocado suporte patelar com apoio
do tendão ou órtese até que ocorra cicatrização suficiente para permitir
estabilidade. Padrões estáveis axiais (p. ex., diafisária transversal) podem
permitir apoio de peso sem restrições. Apoio de peso é restringido até que
ocorra início de calo (4 a 6 semanas) e depois progride conforme o tolerado em
fraturas sem estabilidade axial e naquelas na junção metafisária-diafisária
proximal ou distal. Remoção da haste não é rotineiramente necessária, mas
pode ser essencial para aliviar a dor em pacientes com implantes ortopédicos
proeminentes. A remoção da haste costuma ser adiada até pelo menos 12 a 18
meses após a lesão, quando todas as linhas de fratura estão obliteradas e há
remodelamento cortical completo.
TÉCNICA 57
FIGURA 57-1
FIGURA 57-2
FIGURA 57-3
FIGURA 57-4
FIGURA 57-5
Cuidados pós-operatórios
O joelho é colocado em um imobilizador removível para joelho. Depois de 1 a 2
dias do pós-operatório a fisioterapia é iniciada com exercícios para o
quadríceps, além de exercícios delicados ativo-assistidos, ou pode ser utilizada
uma máquina de movimentação passiva. A caminhada com muletas é indicada,
mas não é permitido apoio de peso por 12 semanas. Se foi necessária sutura
excessiva da periferia do menisco, será necessária imobilização por
aproximadamente 3 semanas antes da permissão de exercícios de
movimentação.
TÉCNICA 58
Técnicas com fio são mais utilizadas para fraturas transversas, mas também
podem ser empregadas em fraturas cominutivas se os fragmentos forem
grandes o suficiente para utilizar parafusos, convertendo-as em fraturas
transversas. Muitas técnicas com fio têm sido descritas, incluindo fio de
cerclagem sozinho ou em combinação; fio em banda de tensão, sozinho ou
modificado com fios de Kirschner longitudinais ou parafusos; fio de Magnusson
e fio de banda longitudinal anterior de Lotke (Fig. 58-1). Com a colocação
adequada dos fios, as forças de distração ou cisalhamento que tendem a separar
os fragmentos são convertidas em forças compressivas pelo local da fratura,
resultando em união mais precoce e permitindo exercícios e movimento
imediatos do joelho. Geralmente, dois conjuntos de fios são utilizados. Um é
passado transversalmente pela inserção do tendão do quadríceps
imediatamente adjacente ao osso da borda superior e, então, passado de forma
anterior sobre a superfície anterior da patela e de modo semelhante pela
inserção do tendão patelar. Esse fio é apertado até que a fratura seja
discretamente hipercorrigida ou aberta na superfície articular. O segundo fio
passa por orifícios transversos feitos nas bordas superior e inferior da
superfície patelar anterior e, então, é apertado.
FIGURA 58-1
FIGURA 58-2
Cuidados pós-operatórios
O membro é colocado em extensão com tala gessada posterior ou suporte
removível de joelho. O paciente tem permissão para deambular enquanto apoia
o peso conforme tolerado no primeiro dia de pós-operatório. Exercícios
isométricos e de perna rígida são encorajados com início no primeiro dia pós-
operatório. O grau de movimentação ativa permitido no período pós-operatório
imediato é determinado durante a cirurgia com base na estabilidade do reparo
da fratura. Exercícios ativos de amplitude de movimento podem ser realizados,
após a ferida cicatrizar, por 2 a 3 semanas. Exercícios de progressão de
resistência podem ser iniciados e o suporte descontinuado em 6 a 8 semanas se
a cicatrização for evidente na radiografia. Atividade sem restrição pode ser
retomada quando a força total do quadríceps retornar, em 18 a 24 semanas. Em
pacientes com fixação menos estável ou rupturas retinaculares extensas, a
movimentação ativa deve ser adiada até que a cicatrização da fratura tenha
ocorrido. É desejável iniciar exercícios de amplitude de movimento na sexta
semana após a cirurgia, mas nem sempre isso é possível. Um suporte de joelho
de movimentação controlada pode ser utilizado, permitindo extensão e flexão
totais até o grau permitido pela fixação, conforme determinado durante a
cirurgia.
TÉCNICA 59
Preparação do Fêmur
▪ Faça uma pequena incisão cutânea oblíqua com início 2 a 3 cm da ponta
proximal do trocanter maior e continue de forma proximal e medial. Uma
incisão maior pode ser necessária em pacientes obesos.
▪ Faça uma incisão na fáscia do glúteo máximo alinhada com suas fibras.
▪ Identifique o plano subfascial do glúteo máximo e palpe a fossa piriforme ou
o portal trocantérico.
▪ Avance o fio-guia de ponta rosqueada até o nível aproximado da fossa
piriforme. Se for utilizada uma técnica trocantérica anterógrada, o ponto de
entrada será pela inclinação medial do trocanter maior (Fig. 59-2).
FIGURA 59-2
FIGURA 59-3
FIGURA 59-4
FIGURA 59-5
FIGURA 59-7
FIGURA 59-8
Inserção da Haste
▪ Prenda o conjunto do guia de broca à haste selecionada.
▪ Remova o tubo e o canal da fresa do local de entrada, deixando o fio-guia no
local.
▪ Posicione a haste no fêmur e avance manualmente. A haste pode requerer
impactação gentil para se acomodar plenamente.
▪ Caso haja resistência significativa, remova a haste e frese o canal em mais
0,5 mm.
▪ Acomode a haste completamente de acordo com o confirmado no
intensificador de imagem multiplanar.
Bloqueio da Haste
▪ Para o bloqueio proximal e distal utilize parafusos bloqueados de 5 mm.
Dependendo da configuração do implante escolhido, as opções de bloqueio
proximal e distal podem variar. O bloqueio estático padrão com este
implante é o do trocanter maior direcionado obliquamente ao trocanter
menor.
▪ Coloque o guia de broca dourado no guia proximal e faça um orifício na
pele.
▪ Faça uma incisão perfurante neste local e divulsione o tecido até o osso.
▪ Insira o guia de broca interno prateado e utilize a broca inicial longa para
atingir a cortical interna, mas sem ultrapassá-la.
▪ Mensure o comprimento na broca milimetrada no topo do guia prateado e
então penetre na cortical interna. Remova a broca e o guia prateado.
▪ Insira o parafuso de comprimento apropriado e avance manualmente até
que esteja acomodado.
▪ Confira a posição com imagem anteroposterior.
▪ Avalie se o comprimento satisfatório e o alinhamento rotacional foram
restaurados antes de proceder ao bloqueio distal.
Avaliação Final
▪ Antes de deixar o local da cirurgia, diversos elementos-chave devem ser
avaliados.
▪ Primeiramente, se a haste foi bloqueada de forma padrão, avalie o colo
femoral com imagem fluoroscópica multiplanar para certificar-se de que não
há alguma fratura oculta do colo.
▪ Em seguida, confirme o comprimento e a redução rotacional e compare com
o membro não lesado para garantir simetria.
▪ Avalie os compartimentos da coxa e, se existirem preocupações clínicas,
obtenha mensurações compartimentais objetivas.
▪ Examine os ligamentos do joelho ipsilateral.
▪ Radiografia pós-operatória anteroposterior da pelve de ambos os quadris
rodados internamente provê o contorno ideal da imagem do colo femoral
como checagem adicional de fraturas ocultas do colo femoral, devendo ser
obtidas e revisadas antes da descontinuidade da anestesia.
Cuidados pós-operatórios
O apoio de peso depende da estabilidade da fixação da fratura. Apoio de peso de
acordo com o tolerado é permitido imediatamente, independente do tamanho
da haste e de se foi obtido contato cortical satisfatório. No raro caso em que uma
haste de adolescente foi utilizada em um adulto, apoio de peso protegido deve
ser mantido até que se note consolidação radiográfica. Apoio de peso parcial ou
contato dos dedos ou do pé com o chão sem apoio de peso (touch-down) é
permitido em lesões cominutivas. Exercícios de amplitude de movimento do
quadril e joelho são encorajados. Exercícios de reabilitação do quadríceps e
levantamento ereto da perna são iniciados antes da alta hospitalar. Exercícios de
abdução do quadril são iniciados após a cicatrização da ferida. O apoio de peso
progride conforme ocorre a formação de calo. Auxílio ambulatorial, como
muletas ou andadores, são utilizados nas primeiras 6 semanas. Durante esse
período recomendam-se exercícios de amplitude de movimento de quadril e
joelho e de fortalecimento. Deambulação não assistida é permitida conforme
recuperação da força e progresso da consolidação radiográfica.
Haste femoral retrógrada pode ser benéfica nas seguintes situações clínicas:
(1) pacientes obesos, nos quais é difícil se obter um local de entrada
anterógrado; (2) pacientes com fraturas do colo femoral ipsilateral e diáfise,
para permitir o uso de aparelhos de fixação separados para as fraturas do colo e
da diáfise; (3) pacientes com lesões de joelho flutuantes, para permitir fixação
das fraturas femorais e tibiais pela mesma incisão longitudinal anterior; (4)
pacientes politraumatizados, para diminuir o tempo de cirurgia não utilizando
uma mesa de fratura, o que permite o tratamento de múltiplas lesões mediante
o preparo e a colocação dos campos cirúrgicos simultâneos; e (5) pacientes
grávidas, para que a fluoroscopia ao redor da pelve durante a cirurgia seja
minimizada. Haste retrógrada é mais confiável no controle de fraturas
diafisárias distais, enquanto a anterógrada provê melhor controle de fraturas
diafisárias proximais.
Cuidados pós-operatórios
A reabilitação pós-operatória depende da estabilidade da fixação e do padrão da
fratura, devendo ser individualizada para cada paciente. Em todos os pacientes
é inicialmente colocado um imobilizador de joelho. Pacientes com fixação
estável podem iniciar um programa de movimentação passiva contínua nas
primeiras 24 a 48 horas após a cirurgia. Fraturas com fixação menos segura
podem requerer suporte articulado. Apoio de peso inicial depende da
estabilidade da fratura após a fixação. Pacientes com fraturas intercondilares ou
supracondilares necessitam de apoio de peso protegido até que a progressão
radiográfica permita avanço (normalmente entre 10 e 12 semanas).
TÉCNICA 60
Posicionamento do Paciente
▪ Coloque o paciente em uma mesa de tração com poste perineal.
▪ Coloque o pé do membro inferior contralateral em uma bota e a perna em
conformação de tesoura (quadril não afetado estendido em relação ao lado
da lesão) ou utilize um suporte para o membro (Fig. 60-1).
FIGURA 60-1
Redução
▪ A redução da extremidade afetada normalmente é feita com tração e rotação
interna. A deformidade típica no plano sagital, com desvio posterior, pode
requerer correção com aplicação de força na direção anterior, no fragmento
distal posterior, antes de completar a redução com tração e rotação interna.
▪ Uma vez que a fratura tenha sido temporariamente reduzida, coloque a
perna afetada na bota e obtenha imagens fluoroscópica nos planos sagital e
coronal. Realize quaisquer ajustes necessários aumentando ou diminuindo a
tração ou alterando abdução/adução e rotação interna/externa. Escrutine
cuidadosamente as imagens fluoroscópicas para evitar os desvios mais
comuns: deformidade em varo, desvio posterior e rotação interna excessiva.
▪ O mecanismo da fratura (baixa e alta energia) já deve ter sido observado,
pois manobras padrão de redução tendem a não ser bem-sucedidas em
fraturas femorais transtrocantéricas de alta energia, e a redução aberta
através da via de acesso de Watson-Jones provavelmente será necessária
(Fig. 60-2).
FIGURA 60-2
Exposição
▪ Inicie a incisão na crista do vasto lateral e continue distalmente. Prossiga a
dissecção pela banda iliotibial e divida a fáscia do vasto lateral
longitudinalmente.
▪ Eleve o vasto lateral anteriormente ao septo intermuscular lateral enquanto
cauteriza ramos da artéria femoral profunda conforme os encontrar.
▪ Complete a exposição fazendo uma incisão precisa na origem do vasto
lateral para permitir retração e subsequente colocação da placa.
Estabilização
▪ Insira um fio-guia pelo guia angulado na posição centro-central na cabeça
femoral. Um fio-guia pode ser colocado anteriormente ao longo do colo do
fêmur para aproximar a anteversão. Insira o fio-guia até cerca de 5 mm da
superfície articular e mensure (Fig. 60-3).
FIGURA 60-3
Cuidados pós-operatórios
Pacientes com fraturas femorais transtrocantéricas tratados com placa e
parafuso de compressão de quadril podem manter carga parcial conforme
tolerado na maioria dos casos, pois esta técnica é utilizada em padrões mais
estáveis de fratura.
TÉCNICA 61
FIGURA 61-1
FIGURA 61-2
▪ Se for utilizada uma haste com entrada pela fossa piriforme, o pino-guia
precisa ser posicionado aproximadamente 5 mm anteriores na imagem em
perfil para permitir colocação dos dois parafusos cefalomedulares.
▪ Corrija as deformidades típicas do fragmento proximal e as mantenha
corrigidas antes de fresar o segmento proximal. Corrija qualquer abdução e
flexão residuais com uma combinação de empurrador de ponta olivada e
alavanca (Fig. 61-3).
FIGURA 61-3
FIGURA 61-5
FIGURA 61-6
FIGURA 61-8
FIGURA 61-10
Cuidados pós-operatórios
Pacientes com fraturas femorais subtrocantéricas tratados com um implante
intramedular tipicamente têm permissão para sustentação de peso e tocar no
solo durante as primeiras 6 semanas e progridem com base na consolidação
conforme observada nas radiografias de acompanhamento.
TÉCNICA 62
FIGURA 62-2
FIGURA 62-4
FIGURA 62-5
FIGURA 62-8
FIGURA 62-9
Cuidados pós-operatórios
O braço é colocado em uma tipoia padrão para conforto e exercícios de pêndulo
delicados são permitidos. Aos 10 a 14 dias as suturas são removidas e, se
consolidação for vista nas radiografias, o uso de tipoia é descontinuado; podem
ser realizados exercícios de amplitude de movimento sem restrição, mas não
exercícios de fortalecimento, resistidos, ou atividade de esportes. Se radiografias
às 6 semanas mostrarem união, são começadas atividades resistidas e de
fortalecimento. Esportes de contato (futebol, hóquei etc.) devem ser evitados por
12 semanas após a cirurgia. Se a fratura estiver consolidada às 12 semanas, o
pino pode ser removido.
TÉCNICA 63
FIGURA 63-2
▪ Sob observação direta, incise o manguito rotador em linha com suas fibras.
Use suturas em espessura total para proteger o manguito de dano durante o
alargamento do canal umeral.
▪ Use um pino rosqueado como joystick na cabeça umeral posterior para
desrotacionar a cabeça para uma posição reduzida (Fig. 63-3).
FIGURA 63-3
FIGURA 63-4
FIGURA 63-5
FIGURA 63-6
▪ Repare o manguito rotador com suturas de espessura total sob observação
direta (Fig. 63-7).
FIGURA 63-7
▪ Sob observação direta, incise o manguito rotador em linha com suas fibras.
Use suturas de espessura total para proteger o manguito de lesão durante o
alargamento do canal umeral.
▪ Coloque o fio-guia inicial posteriormente ao tendão bíceps e o avance sob
direcionamento fluoroscópico para a posição apropriada, conforme
mostrado nas vistas anteroposterior e lateral.
▪ Cuidadosamente avance a fresa proximal, protegendo o manguito rotador.
▪ Use o aparelho de redução para reduzir a fratura e passar o fio-guia com
ponta bola (Fig. 64-3, A e B). Com fresas sequencialmente maiores, alargue o
canal úmeral ao diâmetro predeterminado, usualmente 1 a 1,5 mm maior
que o diâmetro da haste (C). Nos casos de fraturas do terço médio da diáfise,
uma pequena incisão pode ser feita no local da fratura para garantir
manualmente que o nervo radial não seja apreendido na fratura antes da
redução e do fresamanto.
FIGURA 64-3
FIGURA 64-4
FIGURA 65-3
▪ Levante o tríceps com o olécrano proximal e dirija a musculatura do tríceps
para fora do úmero, preservando o periósteo (Fig. 65-4).
FIGURA 65-4
FIGURA 65-5
Cuidados pós-operatórios
O cotovelo pode ficar provisoriamente imobilizado com uma tala em extensão.
O dreno deverá ser removido 2 dias após a cirurgia, e a movimentação é
iniciada 3 dias depois. Não é recomendado o uso de órteses.
TÉCNICA 66
FIGURA 66-1
FIGURA 66-3
FIGURA 66-4
▪ A face volar ou dorsal da ulna é escolhida para dissecção com base em qual
aspecto da ulna tem dissecção menos traumática. Sempre devemos ter o
cuidado de preservar o periósteo.
▪ Após a fixação do rádio e da ulna, confirme redução e fixação adequadas
com fluoroscopia (Fig. 66-5).
FIGURA 66-5
Cuidados pós-operatórios
Tipicamente, só um curativo é necessário. As imobilizações são usadas se a
articulação do cotovelo ou punho estiverem comprometidas ou se a fixação for
questionável. Exercícios de amplitude de movimento são iniciados 3 a 7 dias
após a cirurgia; elevação de peso em excesso é evitada até a consolidação da
fratura se tornar evidente.
B
Síndrome compartimental
Técnica 67: Fasciotomia para síndrome compartimental aguda da perna —
incisões única e dupla
Técnica 68: Fasciotomia e exploração arterial do antebraço
TÉCNICA 67
FIGURA 67-1
FIGURA 67-8
Cuidados pós-operatórios
Após 48 a 72 horas, o paciente retorna ao centro cirúrgico para desbridamento
de qualquer material necrosado. Fluoresceína intravenosa e uma lâmpada de
Wood podem ser úteis na avaliação de viabilidade muscular. Se não houver
evidência de necrose muscular, a pele será fechada frouxamente. Se o
fechamento não for realizado, o desbridamento é repetido após outro intervalo
de 48 a 72 horas, após o qual o fechamento da pele ou enxertia de pele podem
ser feitos.
TÉCNICA 68
FIGURA 68-1
FIGURA 68-2
Cuidados pós-operatórios
O braço deverá ficar elevado por 24 a 48 horas após a cirurgia. Se o fechamento
não for possível dentro de 5 dias, um enxerto parcial de pele poderá ser
utilizado. A tala é usada até que as suturas sejam retiradas ou conforme
determinado pelos cuidados da fratura.
C
Fraturas em crianças
Técnica 69: Hastes intramedulares em fraturas dos ossos do antebraço
Técnica 70: Redução fechada e fixação percutânea de fraturas
supracondilianas
Técnica 71: Hastes intramedulares para fixação de fraturas femorais
Técnica 72: Redução aberta e fixação interna das fraturas das espinhas tibiais
Técnica 73: Redução artroscópica das fraturas das espinhas tibiais e fixação
interna com pinos reabsorvíveis
Técnica 74: Redução aberta e fixação interna de fratura proximal de tíbia
Técnica 75: Fixação in situ percutânea para epifisiólise femoral proximal
TÉCNICA 69
James H. Beaty
O tratamento cirúrgico das fraturas dos ossos do antebraço é indicado para (1)
fratura exposta, (2) fratura em criança mais velha, (3) pseudoartrose, (4) fratura
irredutível por interposição de partes moles, (5) fratura instável com problemas
de alinhamento ou comprimento e (6) múltiplas refraturas. As vantagens da
haste intramedular incluem menor tempo cirúrgico, dissecção mínima de partes
moles, facilidade de remoção de material de síntese, movimentação precoce
após remoção da haste e excelentes resultados cosméticos.
▪ Coloque a criança em decúbito dorsal com o braço afetado em uma mesa
lateral e aplique um garrote pneumático se for necessária a redução aberta,
mas não se deve inflá-lo.
▪ Faça uma incisão longitudinal de 1 cm no lado lateral da metáfise distal do
osso menos deslocado.
▪ Com um perfurador, faça um furo no osso 1 cm proximal à metáfise
primeiro perpendicular e, em seguida, obliquamente para o cotovelo.
▪ Dependendo do diâmetro do osso, escolha uma haste de titânio ou de aço
inoxidável que seja de tamanho apropriado. As hastes podem variar de 2 a
4,5 mm e as extremidades proximais são dobradas 30 graus. Introduza a
haste na lateral do osso, dobrada primeiro, e a empurre com um martelo, se
necessário, até o local da fratura (Fig. 69-1).
FIGURA 69-1
Cuidados pós-operatórios
Após a fixação intramedular das hastes, a imobilização pode ser removida em
até 6 semanas. Os pinos são extraídos com 6 meses ou mais. A participação em
esportes deve ser evitada por pelo menos 2 meses.
TÉCNICA 70
James H. Beaty
FIGURA 70-1
Cuidados pós-operatórios
A tala posterior ou gesso bivalvado devem ser mantidos por pelo menos 3
semanas. A função dos nervos ulnar, radial e mediano, assim como o estado
vascular, deve ser verificada depois da anestesia. Os pinos são removidos em 3 a
4 semanas e outra tala posterior é aplicada. Em 4 semanas a tala é removida e os
exercícios intermitentes de amplitude de movimento são iniciados em casa.
Estes podem ser ensinados pelo fisioterapeuta para a criança e os pais,
explicando que a criança deverá conduzir seu próprio programa de arco de
movimento ativo. Movimento passivo e manipulação do movimento forçada
devem ser evitados em crianças.
TÉCNICA 71
James H. Beaty
Cuidados pós-operatórios
No pós-operatório, o membro deve ser repousado sobre um travesseiro. Um
imobilizador de joelho pode dar mais conforto. A mobilização usando muletas
sem suporte de peso é permitida assim que a fratura não cause mais dor. Uma
imobilização gessada pode ser usada se a rotação ou angulação for evidente
após o procedimento. No início da terceira semana, carga parcial é permitida.
Após o aparecimento de calo ósseo a carga total é permitida. As hastes são
removidas quando o cirurgião se encontrar seguro de que a cura tenha
ocorrido. Os antibióticos não são necessários depois da cirurgia, a menos que
infecção ou inflamação estejam presentes.
TÉCNICA 72
James H. Beaty
▪ Flexione e estenda o joelho para garantir que a redução esteja estável. Lave
e feche a ferida.
Cuidados pós-operatórios
Um gesso é feito com o joelho em extensão completa. Depois de 4 a 6 semanas o
gesso é removido e os exercícios para ganho de amplitude de movimento são
iniciados.
TÉCNICA 73
James H. Beaty
Técnicas de artroscopia podem ser usadas para a redução e fixação das fraturas
das espinhas tibiais. Um guia de ligamento cruzado anterior pode ser usado
para garantir a redução, fazer furos e realizar suturas. Parafusos anterógrados e
parafusos bioabsorvíveis “inteligentes” têm sido utilizados para a fixação óssea.
▪ Com um torniquete aplicado na coxa e insuflado, realize a avaliação
artroscópica padrão do joelho através dos portais anteromedial e
anterolateral.
▪ Remova o ligamento mucoso e parte da gordura infrapatelar para expor
melhor a área lesada.
▪ Remova coágulos de fibrina e fragmentos pequenos da fratura que estejam
embaixo do fragmento da espinha tibial anterior e do foco de fratura
(“cratera tibial”).
▪ Se o ligamento intermeniscal estiver preso na fratura, interferindo na
redução, libere-o com um probe.
▪ Com o joelho fletido a 45 graus, reduza o fragmento com um probe e,
provisoriamente, fixe-o com um fio AO de 1,6 mm introduzido próximo à
margem medial da patela, em seu ponto médio (Fig. 73-1).
FIGURA 73-1
Cuidados pós-operatórios
O gesso é usado durante 5 semanas, sendo permitido ao paciente deambular
com muletas dando carga total no membro operado. Após a retirada do gesso, os
pacientes devem completar um programa de fisioterapia de 2 meses. O
seguimento é mantido até que o arco de movimento satisfatório do joelho seja
recuperado.
TÉCNICA 74
James H. Beaty
FIGURA 74-2
James H. Beaty
▪ Coloque um fio-guia no aspecto anterior da coxa (Fig. 75-3, A), de modo que
a imagem anteroposterior possa mostrá-la na posição desejada de varo-valgo
(B) e marcar a posição do fio-guia na superfície anterior da coxa com uma
caneta de marcação.
FIGURA 75-3
Cuidados pós-operatórios
Os exercícios de amplitude de movimento devem começar a partir do primeiro
dia pós-operatório. A maioria dos pacientes pode deambular com muletas e
carga parcial no primeiro dia pós-operatório. Muletas são usadas até que todos
os sinais de sinovite tenham sumido e o movimento seja livre e indolor
(geralmente 2 a 3 semanas). Para deslocamentos instáveis, o suporte de peso
parcial é mantido com muletas por 6 a 8 semanas. Atividades esportivas e outras
atividades intensas são limitadas até que as fises se fechem radiograficamente.
A remoção dos parafusos não é necessária, mas eles podem ser removidos após
a epifisiodese. O método mais fácil de remoção é passar um fio-guia na cânula
do parafuso sob controle de imagem para permitir que a chave seja guiada para
a cabeça do parafuso sobre o fio-guia. Devido a complicações cirúrgicas os
parafusos não são rotineiramente removidos.
PA R T E X I
Mão e punho
Técnica 76: Reparo de tendão flexor
Técnica 77: Fasciotomia subcutânea e fasciectomia parcial para contratura de
dupuytren
Técnica 78: Redução fechada e pinagem percutânea das fraturas do rádio
distal
Técnica 79: Fixação das fraturas do rádio distal com placa volar
Técnica 80: Fraturas do escafoide – redução aberta e fixação interna e
percutânea
Técnica 81: Redução das fraturas-luxações da articulação interfalangiana
proximal com imobilizador dinÂmico externo
Técnica 82: Liberação mini-open palmar e do túnel do carpo aberta
Técnica 83: Tratamento endoscópico do túnel do carpo através de um ou dois
portais
Técnica 84: Liberação de dedo em gatilho aberta e percutânea
Técnica 85: Artrodese metacarpofalangiana do polegar
Técnica 86: Amputação da polpa digital: retalho tênar, retalho neurovascular
em ilha e retalho pediculado em ilha
TÉCNICA 76
Zona II
▪ Na zona II a ferida geralmente deve ser estendida com incisões proximais e
distais. Independente da via utilizada, rebata cuidadosamente os retalhos de
pele e evite a lesão das estruturas neurovasculares durante a dissecção.
▪ Se os nervos digitais foram transeccionados, faça uma dissecção suave e
mantenha o reparo até que os tendões estejam reparados para evitar a
ruptura destes nervos.
▪ Exponha a bainha flexora na área da lesão suficientemente proximal e distal
para permitir a localização das extremidades do tendão. Conforme indicado
previamente, a extremidade distal do tendão geralmente pode ser
identificada com a flexão passiva da articulação interfalangiana distal. Evite
a lesão da bainha, particularmente as polias A2 e A4 (Fig. 76-6).
FIGURA 76-6
Zona III
▪ Na zona III, a área entre a borda distal do ligamento carpal transverso e a
porção proximal da polia A1, faça o reparo do tendão flexor de modo similar
ao reparo na zona II. Podem ser necessárias incisões que se estendam
proximal e distalmente à ferida. Evite cruzar pregas palmares em ângulos
retos. Também evite lesar as estruturas neurovasculares e desvascularizar os
retalhos de pele.
▪ Obtenha uma orientação adequada do tendão antes do reparo. Algumas
vezes, se os tendões rseetraem para o túnel do carpo ou mais proximalmente,
a liberação parcial do ligamento carpal transverso pode ser necessária para
liberá-los distalmente até a região palmar.
▪ Apesar de a bainha flexora não estar envolvida na região palmar, tome
cuidado durante a passagem dos fios de sutura. Provavelmente é melhor
utilizar uma sutura central (core suture) intratendínea nesta região para
evitar a exposição do material de sutura para as estruturas adjacentes.
Cicatrização e resultados funcionais satisfatórios podem ser esperados após o
reparo dos tendões na região palmar.
▪ Aplique um volumoso curativo compressivo e imobilize o polegar, os dedos e
o punho. Imobilize o punho em aproximadamente 45 graus de flexão com os
dedos em aproximadamente 50 a 60 graus de flexão e as articulações
interfalangianas estendidas.
Zona IV
▪ Na zona IV, a área do túnel do carpo, uma lesão diretamente na base da
palma da mão, geralmente também envolve o nervo mediano. Se uma lesão
ocorre em uma região imediatamente proximal à prega flexora do punho,
especialmente com os dedos flexionados, uma lesão do tendão flexor na zona
IV deve ser suspeitada.
▪ Estenda distalmente a incisão na direção da região palmar e proximalmente
para o antebraço, tomando o cuidado de cruzar obliquamente as pregas
flexoras. Se a lesão ocorrer abaixo do ligamento carpal transverso, a
liberação parcial ou completa desse ligamento poderá ser necessária.
▪ Preserve, se possível, uma porção do ligamento carpal transverso para
evitar formação de arco de corda após a cirurgia.
▪ Se não puder ser preservado, libere-o em uma configuração de alongamento
em Z, de modo que possa ser reparado, e ajude a minimizar o risco de
formação de arco de corda após a cirurgia.
▪ Repare os tendões do flexor profundo e superficial no túnel do carpo;
provavelmente, a melhor configuração de sutura é a intratendíneas com uma
sutura central ancorada (core suture) para manter os tendões unidos com
mínima exposição da superfície de corte e do material de sutura.
▪ No túnel do carpo, assegure orientação e localização apropriadas dos
tendões individuais. Nesta situação, é útil lembrar a disposição usual dos
tendões do flexor superficial no túnel do carpo, com os tendões dos dedos
médio e anelar superficiais aos tendões dos dedos indicador e mínimo. A
tenossinovectomia parcial pode ser necessária para diminuir o tecido
volumoso e edemaciado que pode surgir após o reparo.
▪ Feche a pele com náilon 4-0 e aplique o curativo e a tala dorsal para manter
o punho em aproximadamente 45 graus de flexão.
▪ Se o ligamento carpal transverso foi completamente liberado e o reparo for
impossível, coloque o punho em posição quase neutra e flexione os dedos
mais fortemente para diminuir a pressão sobre a pele volar e minimizar o
fenômeno do arco de corda.
▪ Se o ligamento carpal transverso estiver parcialmente intacto, imobilize o
punho em aproximadamente 45 graus de flexão com os dedos em 50 a 60
graus de flexão nas articulações metacarpofalangianas e interfalangianas em
extensão completa.
Zona V
▪ Na zona V, a região volar do antebraço proximal ao ligamento carpal
transverso, vários tendões, nervos e vasos frequentemente são lesados por
grandes lacerações, geralmente causadas por vidros quebrados ou agressões
com facas. Nesta área é importante identificar precisamente os tendões.
▪ Devido à origem muscular comum, quando os tendões superficial e
profundo são lesados, particularmente no punho, eles podem ser levados até
a ferida como um grupo, encontrando e puxando distalmente um dos
tendões.
▪ Pareie apropriadamente as extremidades dos tendões tomando cuidado com
a localização e o nível na ferida, a relação com as estruturas vizinhas, seus
diâmetros e formato do corte transversal dos tendões, além dos ângulos de
cortes através de cada tendão. Apesar de não ser vergonhoso abrir um livro
de anatomia na sala de cirurgia para assegurar as relações anatômicas, é
imperdoável suturar o nervo mediano ao flexor longo do polegar, ao palmar
longo ou a algum outro tendão.
▪ As extremidades proximal e distal do nervo mediano geralmente podem ser
identificadas com facilidade em suas localizações anatômicas apropriadas e
também pela coloração amarelada e pela presença de um vaso volar na linha
média e dos fascículos nervosos, que geralmente podem ser identificados nas
extremidades seccionadas do nervo mediano.
▪ Apesar de fios 4-0 geralmente serem utilizados na região palmar e mais
distalmente, um fio 3-0 pode ser suficiente para a sutura dos tendões no
antebraço distal. Os reparos feitos no antebraço distal não necessitam
absolutamente de um reparo intratendinoso. Uma sutura dupla em ângulos
retos ou sutura em colchoeiro (sutura em U) pode ser satisfatória no
antebraço.
▪ Repare os nervos e vasos, se necessário, após os reparos dos tendões no
antebraço, progredindo do reparo das estruturas profundas para as
estruturas mais superficiais.
▪ Feche as feridas com náilon 4-0 e imobilize o membro com o punho em
flexão de aproximadamente 45 graus e as articulações metacarpofalangianas
em flexão de 50 a 60 graus com as articulações interfalangianas em extensão
completa.
Cuidados pós-operatórios
Excelentes resultados podem ser obtidos com o uso de uma das duas técnicas de
mobilização pós-operatória. Na técnica de Kleinert, a extensão ativa do dedo é
utilizada com flexão passiva obtida com o uso de uma banda elástica presa na
unha e no punho (Fig. 76-9). Esta é subsequentemente trocada por um rolo na
palma para alterar a linha de força da banda elástica.
FIGURA 76-9
FIGURA 76-10
TÉCNICA 77
Fasciotomia subcutânea e
fasciectomia parcial para contratura
de dupuytren
James H. Calandruccio
Fasciotomia subcutânea
▪ Utilizando um bisturi pontiagudo, faça incisões puntiformes na pele da face
ulnar da fáscia palmar acometida nos seguintes níveis: (1) imediatamente
distal ao ápice da fáscia palmar entre as eminências tênar e hipotênar, (2) no
nível da prega palmar proximal e (3) no nível da prega palmar distal. Os
nervos digitais apresentam maior probabilidade de serem cortados na região
distal da palma, onde se tornam mais superficiais e podem estar
entrelaçados com o tecido acometido (Fig. 77-1).
FIGURA 77-1
FIGURA 77-2
▪ Gire dorsalmente a borda da lâmina em direção à fáscia palmar e estenda os
dedos para tensionar o tecido envolvido. Divida cuidadosamente as cordas
pressionando a lâmina sobre as cordas tensas com pressão suave sobre a
lâmina ou, no máximo, com um suave movimento de balanço; nunca utilize
um movimento de vai e vem. Sempre que uma corda é dividida, a resistência
desaparece, indicando que a lâmina passou completamente através da fáscia
acometida (Fig. 77-3; A, fáscia palmar; B, feixe neurovascular; C, tendões
flexores; D, metacarpo).
FIGURA 77-3
FIGURA 77-4
Cuidados pós-operatórios
Um curativo compressivo é utilizado durante 24 horas; depois um curativo
menor é aplicado e exercícios de amplitude de movimento ativa da mão e dos
dedos são encorajados. Uma órtese noturna na posição de correção da
contratura é utilizado por 3 meses e uma órtese em extensão progressiva e um
programa de fisioterapia geralmente melhoram o resultado final.
Fasciectomia parcial
▪ Desenhe a incisão proposta com uma caneta dermográfica antes de insuflar
o garrote pneumático. Leve em consideração as depressões e outras áreas da
pele com vascularização reduzida, fazendo a incisão sobre ou próximo a
essas áreas, evitando sua presença na base de um retalho. Às vezes, essas
áreas podem ser excisadas no momento da rotação da pele no fechamento
(Fig. 77-5).
FIGURA 77-5
FIGURA 77-7
FIGURA 77-8
FIGURA 77-9
Cuidados pós-operatórios
Os drenos geralmente são removidos em 24 a 48 horas após a cirurgia. A mão é
mantida elevada no mínimo por 48 horas. A mobilização interfalangiana
proximal é recomendada. O ombro é movido ativamente em intervalos durante
este período para evitar câimbras. Na presença de dor na mão ou febre após 48
horas, a ferida deve ser inspecionada. Na presença de hematoma levantando a
pele, ele deve ser retirado e a área envolvida da ferida deve ser deixada aberta.
Caso contrário, a primeira troca de curativo é feita 3 a 5 dias após a cirurgia e os
exercícios para a amplitude de movimentos são iniciados. Uma órtese de
repouso é utilizado com os dedos em extensão máxima para utilização noturna.
Após 2 semanas, as suturas são removidas e todos os curativos são retirados. O
paciente é orientado não colocar a mão em posição de repouso e não colocar a
mão em água quente. O exercício ativo em água morna é permissível, mas não é
aconselhável o alongamento passivo. O uso moderado da mão é permitido após
3 semanas; entretanto podem ser necessários vários meses de reabilitação. A
órtese é utilizada por 3 meses após a cirurgia. Uma massa de silicone pode ser
um componente valioso para o programa de exercícios.
As contraturas crônicas da articulação interfalangiana proximal de mais de 60
graus podem apresentar afinamento da banda central. Se o teste da tenodese for
positivo (falha na extensão total da articulação interfalangiana proximal com
uma flexão passiva total do punho e da articulação metacarpofalangiana),
ortetização da articulação interfalangiana proximal por 3 semanas após a
cirurgia pode estar indicada. Durante estas 3 semanas, exercícios para a
articulação interfalangiana distal são realizados para mobilizar dorsalmente as
bandas laterais.
TÉCNICA 78
A fixação com fios de forma percutânea após redução fechada é útil para as
fraturas do rádio distal com instabilidade metafisária ou nos desvios intra-
articulares mais simples. Uma redução anatômica deve ser obtida primeiro e,
depois, a estabilidade final é fornecida por fios de Kirschner. Geralmente os
primeiros fios são colocados a partir da estiloide radial, cruzando medial
através da metáfise e diáfise radial. Geralmente utilizamos pelo menos dois
pinos e confirmamos uma redução adequada em imagens anteroposterior e
lateral. A faceta do semilunar pode ser pinada, se necessário.
▪ Após a preparação estéril e colocação dos campos operatórios, coloque o
polegar e o indicador em aparelhos para tração longitudinal (tipicamente 4,5
quilos). Manipule e reduza a fratura (Fig. 78-1).
FIGURA 78-1
FIGURA 78-4
▪ Passe fios adicionais, se necessário, para fixar fragmentos adicionais da
fratura.
▪ Curve e corte os fios deixando-os superficiais à pele. Feche a incisão da
estiloide radial com suturas interrompidas utilizando fios absorvíveis.
Aplique uma tala gessada envolvendo o cotovelo até a região palmar e
novamente outra tala do cotovelo até axila.
Cuidados pós-operatórios
Essa imobilização final é utilizada durante 2 semanas para controle da rotação e
minimizar a irritação nos sítios dos pinos e depois trocada por uma
imobilização macia antebraquiopalmar A tala e os pinos são removidos entre 5
e 6 semanas, dependendo do padrão de fratura, da idade e qualidade óssea do
paciente e da extensão da consolidação observada nas radiografias. Quando a
consolidação é confirmada pela ausência de sensibilidade sobre a fratura e
evidência radiológica de calo ósseo unindo os fragmentos da fratura, uma
terapia ocupacional supervisionada é iniciada, incluindo cuidados da ferida e 1
a 2 semanas de imobilização. Conforme o edema e a dor diminuem, protocolos
para os tecidos moles e mobilização articular são instituídos e exercícios ativos e
ativos assistidos para o arco de movimentos são iniciados. O uso funcional e
atividades são fortemente encorajados entre 8 e 10 semanas após a cirurgia.
TÉCNICA 79
FIGURA 79-1
FIGURA 79-2
FIGURA 79-3
▪ Faça uma incisão em formato de L sobre a estiloide radial ao longo do bordo
radial do rádio para expor o pronador quadrado e utilize um elevador de
Freer para elevá-lo do rádio. Toda a linha da fratura através do rádio distal
agora está totalmente exposta (Fig. 79-4).
FIGURA 79-4
FIGURA 79-8
▪ Se a estiloide ulnar estiver fraturada e desviada, tornando a articulação
radioulnar instável, fixe a estiloide com um ou dois fios de Kirschner
percutâneos. Uma incisão volar pode ser útil para se obter a redução da
estiloide ulnar. Fragmentos se mantiver semantiver instável após a fixação
da fratura do rádio, os fragmentos do estiloide podem ser excisados e o bordo
periférico do complexo da fibrocartilagem triangular ancorado à base da
estiloide ulnar com fio não absorvível trançado através de orifícios
perfurados no osso ou uma âncora óssea.
▪ Feche a ferida em camadas e aplique um imobilizador.
Cuidados pós-operatórios
Após 1 semana, as suturas são removidas e o movimento ativo do punho é
iniciado quando há confiança na estabilidade da fratura. Um imobilizador
removível é utilizado por seis semanas. A maioria dos pacientes é orientada
para um programa de fisioterapia domiciliar, mas pacientes idosos podem
necessitar de uma terapia supervisionada duas vezes por semana.
TÉCNICA 80
FIGURA 80-3
Cuidados pós-operatórios
As suturas são removidas e o aparelho gessado ou tala é trocado após 2
semanas. Alguns autores defendem uma transição diretamente para um
imobilizador removível logo após a retirada das suturas, enquanto outros
recomendam mais 2 a 4 semanas de uso de um aparelho gessado tipo luva
incluindo o polegar. Conforme a consolidação progride de acordo com os
exames radiológicos, um imobilizador tipo luva incluindo o polegar é utilizado
até que a consolidação esteja assegurada. Se a consolidação não puder ser
determinada com precisão, imagens de TC ou RM podem ser úteis na avaliação
das trabéculas da consolidação óssea. A mobilização dos dedos, polegar e do
ombro é encorajada durante o período de convalescosia e, após a retirada do
aparelho gessado, os movimentos do punho e do cotovelo são aumentados
gradualmente, seguidos por exercícios de fortalecimento.
FIGURA 80-6
▪ Avance o fio através do polo distal até sair pela superfície palmar. Cheque a
posição do fio com o fluoroscópio.
▪ Utilizando o perfurador elétrico na posição reversa, puxe o fio distalmente o
suficiente para permitir que a sua extremidade fique fora da articulação
radiocarpal dorsalmente e para que haja uma completa extensão do punho.
▪ Com a fluoroscopia do braço em C, alinhamento confiável da fratura do
escafoide e o correto posicionamento do fio-guia (Fig. 80-7).
FIGURA 80-7
▪ Se um curso correto não puder ser criado com o fio de 0,045 polegada, utilize
um fio de 0,062 polegada (1,57 mm) para criar o caminho correto. Troque o
fio mais calibroso pelo fio de 0,045 polegada antes de perfurar o escafoide.
▪ Cheque a posição do fio e o alinhamento da fratura com o fluoroscópio. Se a
redução da fratura for insatisfatória e para as fraturas com desvio, passe um
fio de Kirschner de 0,062 polegada por cada um dos fragmentos da fratura
perpendicularmente ao eixo do escafoide para atuar como alavancas
(joysticks) de modo a manipular os fragmentos da fratura. Se necessário,
passe o fio proximal no semilunar (Fig. 80-8).
FIGURA 80-8
FIGURA 80-9
FIGURA 80-12
Cuidados pós-operatórios
Um imobilizador pós-operatório é aplicado dependendo da extensão da lesão
dos tecidos moles. Na ausência de lesão ligamentar, uma tala gessada incluindo
o polegar é aplicada. Na presença de lesão ligamentar, uma tala incluindo o
polegar é associada a um imobilizador do tipo Munster, estendendo a
imobilização acima do cotovelo. As suturas são removidas após 2 semanas e o
imobilizador trocado por uma tala tipo luva que inclua o polegar. Os pinos são
removidos após 6 a 8 semanas. Gesso ou órtese removível que inclui o polegar é
utilizado até que se observe a consolidação radiológica, com trocas mensais do
gesso. A TC e a RM podem ajudar a determinar a presença da consolidação. Após
consolidação, um programa de fisioterapia supervisionada é iniciado.
TÉCNICA 81
FIGURA 81-1
FIGURA 81-3
Cuidados pós-operatórios
São permitidos exercícios ativos para o arco de movimento, não sendo
utilizados curativos; em vez disso é aplicada pomada com antibiótico.
TÉCNICA 82
FIGURA 82-2
FIGURA 82-5
FIGURA 82-6
Cuidados pós-operatórios
Um curativo compressivo leve e uma tala volar podem ser aplicados. A mão é
utilizada ativamente assim que possível após a cirurgia, mas deve ser evitada
uma posição dependente da mão. Geralmente, o curativo pode ser removido
pelo paciente em sua casa 2 a 3 dias após a cirurgia, sendo permitida a lavagem
suave da mão e banhos. O retorno gradual do uso da mão é encorajado. As
suturas são removidas após 10 a 14 dias. O imobilizador pode ser mantido para
conforto, conforme a necessidade, durante 14 a 21 dias.
TÉCNICA 83
FIGURA 83-2
FIGURA 83-3
FIGURA 83-5
Cuidados pós-operatórios
A tala e suturas devem ser removidas logo ou dentro de 10 a 14 dias. O
movimento ativo do dedo é permitido no início do período pós-operatório. Deve-
se evitar a tração excessiva com o punho flexionado por 4 a 6 semanas para
permitir a maturação da cicatrização de tecidos moles. Atividades leves
rotineiras são permitidas progressivamente após 2 a 3 semanas e atividades
mais vigorosas são adicionadas gradualmente nas próximas 4 a 6 semanas.
FIGURA 83-7
FIGURA 83-8
FIGURA 83-10
Cuidados pós-operatórios
O movimento ativo pode ser iniciado imediatamente após a cirurgia. O curativo
é normalmente removido pelo paciente em sua casa 2 a 3 dias após o
procedimento e os pontos são retirados em 10 a 14 dias no primeiro retorno pós-
operatório. pressão direta na área palmar e levantamento de pesos devem ser
evitados por 2 a 3 semanas até que o desconforto esteja ausente.
TÉCNICA 84
FIGURA 84-3
Cuidados pós-operatórios
O curativo compressivo é removido após 48 horas. Os pontos de sutura são
removidos em 10 a 14 dias. A atividade normal do dedo deve ser retomada após
a cicatrização da ferida.
Liberação percutânea do dedo em gatilho
▪ Antes de se iniciar a liberação percutânea é útil que o paciente compreenda
que o procedimento pode falhar e que a liberação aberta subsequente pode
ser necessária.
▪ Injete anestésico local na pele palmar e mais profundamente na região
proximal ao local de liberação (entre as pregas palmares proximal e distal
para os dedos médio, anular e mínimo e proximal à prega proximal para o
indicador). Mantenha a orientação ao longo da bainha do tendão flexor na
linha média do dedo que está sendo liberado.
▪ Utilize agulha calibre 18 ou 19 para a liberação.
▪ Vire a palma para cima, repousando a mão em uma compressa dobrada
para permitir leve hiperextensão da articulação metacarpofalangiana
(Fig. 84-4).
FIGURA 84-4
▪ Insira a agulha na polia A1 e oriente seu bisel para que fique alinhado
longitudinalmente e paralelo ao tendão flexor.
▪ Mova a agulha proximal e distalmente na polia A1, pressionando
firmemente nos sentidos proximal e distal. Sinta o atrito ou uma sensação de
raspagem conforme a bainha é incisada (Fig. 84-5).
FIGURA 84-5
Cuidados pós-operatórios
O ponto de introdução da agulha é coberto com uma bandagem adesiva ou um
curativo pequeno não restritivo e a movimentação ativa da mão e do dedo é
orientada associada a exercícios de alongamento.
TÉCNICA 85
Artrodese metacarpofalangiana do
polegar
James H. Calandruccio
FIGURA 85-2
FIGURA 85-4
▪ Perfure transversalmente o terço distal do colo da falange proximal com um
fio de Kirschner de 1 mm para permitir a passagem de um fio de cerclagem
calibre 22 por dentro dessa abertura (Fig. 85-5).
FIGURA 85-5
FIGURA 85-7
▪ Suture o tendão extensor curto do polegar com fio 4-0 não absorvível,
contínuo, após fechar a cápsula sobre o local da artrodese (Fig. 85-8).
FIGURA 85-8
Cuidados pós-operatórios
Para todas as articulações do polegar, a tala e os pontos de sutura são removidos
em 10 a 14 dias. O polegar é protegido em uma tala gessada por mais 4 semanas.
Os fios de Kirschner são removidos após cerca de 6 semanas e a tala é utilizada
por 3 a 4 semanas adicionais. O uso ativo do polegar pode ser retomado
gradualmente mesmo que a fusão ainda não esteja evidente no exame
radiográfico.
TÉCNICA 86
Retalho tênar
A cobertura dos dedos médio e anular pode ser obtida por meio do retalho
tênar. Essa técnica requer um procedimento em duas fases, contudo possui a
vantagem de envolver somente um dedo. Sensibilidade no local doador e
contratura em flexão da articulação interfalangiana proximal podem ocorrer, e
os retalhos devem ser separados em um período de até 3 semanas.
Fase 1
▪ Com o polegar mantido em abdução, flexione o dedo lesionado de forma que
sua ponta toque o centro da eminência tênar. Delineie na eminência tênar
um retalho que, quando elevado, seja grande o suficiente para cobrir o
defeito e que esteja adequadamente posicionado. A pressão do coto
hemorrágico do dedo lesionado sobre a pele da região tênar delineia com
sangue o tamanho do defeito a ser recoberto (Fig. 86-1).
FIGURA 86-1
▪ Com sua base proximal, eleve o retalho tênar para incluir a maior parte do
tecido adiposo hipodérmico. Manuseie o retalho com ganchos de pele para
evitar que seja traumatizado por manipulação com pinças. Faça o retalho
suficientemente largo de forma que não seja tensionado quando suturado à
ponta convexa do dedo. Deixe seu comprimento com não mais que o dobro
de sua largura. Por meio de uma delicada divulsão das bordas do local
doador, o defeito pode ser fechado primariamente sem se recorrer a um
enxerto.
▪ Suture a extremidade distal do retalho à borda aparada da unha com pontos
realizados através da unha. As bordas laterais do retalho devem se ajustar às
margens do defeito. A fim de se evitar prejuízos na circulação do retalho,
suture somente a porção mais distal do retalho ao dedo. Evite que o retalho
se dobre sobre si mesmo, o que prejudica sua circulação (Fig. 86-2).
FIGURA 86-2
Fase 2
Após 4 dias é realizada a troca do curativo do retalho, procedimento a ser
repetido a cada 1 ou 2 dias, mantendo a ferida o mais seca possível, podendo-se
posteriormente manter o retalho parcialmente exposto. Após 2 semanas, a base
do retalho é seccionada e as bordas livres de pele são suturadas no local. Os
contornos da polpa digital e da eminência tênar melhorarão com o tempo.
▪ Nesse local, realize uma incisão volar e transversal através da pele e tecidos
subcutâneos, mas poupe cuidadosamente os feixes neurovasculares (Fig. 86-
4).
FIGURA 86-4
FIGURA 86-5
▪ Suture o retalho no local com pontos simples delicados utilizando fio não
absorvível.
▪ Recubra a área doadora proximal na superfície volar do dedo com um
enxerto livre de pele de espessura total.
▪ Cuidadosamente aplique curativo estéril sobre o contorno do retalho e
enxerto, tal como bolas de algodão embebidas em glicerina, a fim de reduzir
a possibilidade de pressão excessiva sobre os feixes neurovasculares.
▪ Faça um curativo com leve compressão até a retirada dos pontos em 10 a 14
dias.
Cuidados pós-operatórios
Inicie a fisioterapia digital tão logo a ferida cirúrgica a possibilite.
Cuidados pós-operatórios
O paciente deve ser reavaliado em 5 a 7 dias e inicia-se fisioterapia tão logo a
ferida o permita. Isso ocorre usualmente 2 a 3 semanas após a cirurgia.
PA R T E X I I
Pé e tornozelo
A. Anestesia local
B. Hálux valgo
A
Anestesia local
Técnica 87: Bloqueio do antepé
Técnica 88: Bloqueio do tornozelo
TÉCNICA 87
Bloqueio do antepé
E. Greer Richardson
FIGURA 87-4
Bloqueio do tornozelo
E. Greer Richardson
FIGURA 88-1
▪ Neste ponto, injete 5 a 7 mL de agente anestésico local no subcutâneo. Na
maioria dos pacientes, o nervo fibular superficial terá penetrado a fáscia
profunda e encontra-se no subcutâneo, neste nível. O nervo pode ter se
dividido em ramos medial e lateral, mas a proximidade entre eles garante
que ambos sejam atingidos com esse volume de anestésico.
FIGURA 88-2
▪ O agente anestésico deve fluir livremente. Caso isso não ocorra, reposicione
a agulha ligeiramente e insira de 3 a 5 mL de agente, tendo o cuidado de
aspirar antes da injeção.
Nervo safeno
▪ Palpe a ponta do maléolo medial, e de 3 a 5 cm proximal a este ponto entre
no espaço subcutâneo, orientando a agulha anteriormente. O nervo safeno
está imediatamente medial ou posterior à veia safena e em um plano um
pouco mais profundo (Fig. 88-3).
FIGURA 88-3
Nervo sural
▪ Palpe a ponta do maléolo lateral, e a 5 cm proximais a este ponto palpe o
tendão fibular longo na borda subcutânea posterior da fíbula.
Aproximadamente na metade da distância entre este tendão e a borda lateral
do tendão de Aquiles passa o nervo sural, imediatamente anterolateral à veia
safena parva. Estas duas estruturas normalmente se cruzam por trás do
maléolo lateral com o nervo em posição posterior à veia (Fig. 88-4).
FIGURA 88-4
Nervo tibial
▪ O nervo tibial, embora seja o de mais difícil manuseio, é o mais importante
nervo a ser bloqueado para garantir anestesia cirúrgica adequada.
▪ Palpe a borda posteromedial da tíbia aproximadamente 5 cm proximais à
ponta do maléolo medial. Deslize os dedos indicador e médio sobre o flexor
longo dos dedos e posterior e profundamente ao tibial posterior. Na borda
posterior desses tendões, marque um ponto com caneta como referência.
▪ Palpe a borda medial do tendão de Aquiles. Na metade da distância entre
estes dois pontos situa-se a artéria tibial, que é palpável a este nível e serve
como referência útil.
▪ Aponte a agulha inferiormente num ângulo aproximado de 60 graus em
relação à pele, penetrando 1 a 1,5 cm (Fig. 88-5).
FIGURA 88-5
▪ Aspire para garantir que a artéria ou veias tibiais posteriores não foram
penetradas e, em seguida, aplique 8 a 10 mL do agente anestésico.
B
Hálux valgo
Técnica 89: Buniectomia modificada de McBride
Técnica 90: Artroplastia de keller para hálux valgo
Técnica 91: Osteotomia metatársica em chevron distal para hálux valgo
Técnica 92: Osteotomias proximais do primeiro metatarso — crescente e
chevron
Técnica 93: Liberação endoscópica da fáscia plantar — portal duplo e portal
simples
Técnica 94: Transferência do flexor longo do hálux para tendinose não
insercional crônica do aquiles
Técnica 95: Fratura do calcâneo — redução aberta e fixação interna, fixação
percutânea
Técnica 96: Fixação por parafuso das fraturas do quinto metatarso
Técnica 97: Reparo lateral da instabilidade crônica: técnica de broström
modificada
Técnica 98: Enxerto osteocondral autógeno/transplante de aloenxerto para
lesões osteocondrais do tálus
Técnica 99: Desbridamento anterior e posterior para síndromes de impacto
Técnica 100: Alongamento do tendão de aquiles: zetaplastia e técnicas
percutâneas
TÉCNICA 89
O paciente habitual para a correção do hálux valgo por técnica de partes moles
é a mulher de 30 a 50 anos de idade com sintomas clínicos e um ângulo de
valgismo na articulação metatarsofalangiana de 15 a 25 graus, um ângulo
intermetatársico inferior a 13 graus, valgismo da articulação interfalangiana
inferior a 15 graus, sem alterações degenerativas na articulação
metatarsofalangiana e um histórico de falha de tratamento conservador. O
procedimento de McBride modificado é eficaz em pacientes adequadamente
selecionados.
FIGURA 89-1
▪ Mobilize a pele 2 a 3 mm dorsalmente e em direção plantar para assegurar
que o nervo sensitivo não seja lesionado pela incisão capsular.
▪ Coagule as veias superficiais à medida que forem encontradas para
minimizar o sangramento pós-operatório.
▪ Utilize pequenos afastadores de dois dentes e fórcipe de 1,5 mm nessa
dissecção inicial para evitar traumatismo cutâneo desnecessário.
▪ Faça uma incisão capsular longitudinal (a incisão capsular original de
McBride era transversal) 3 a 4 mm plantarmente à linha da incisão cutânea
(Fig. 89-2).
FIGURA 89-2
FIGURA 89-5
FIGURA 89-6
FIGURA 89-7
▪ Após a eminência medial ter sido removida, utilize uma pequena rugina
para arredondar as bordas dorsal e plantar da face medial da cabeça do
metatarso. A raspagem do osso bruto conclui o estágio inicial do
procedimento. Utilize cera óssea nas superfícies cruentas do osso da cabeça
do metatarso.
▪ Uma leve retração da pele expõe os ramos dorsais digitais das veias, que
devem ser cauterizados caso dificultem a dissecção mais profunda. Os ramos
terminais da primeira artéria intermetatársica dorsal podem ser
encontrados em um local adjacente aos ramos digitais próprios do nervo
fibular profundo para o primeiro espaço interdigital.
▪ A porção principal do tendão adutor se insere na base da falange proximal
em posição plantar ao eixo longitudinal da falange. Também apresenta uma
inserção menor, juntamente com a cabeça lateral do músculo flexor curto do
hálux, no sesamoide fibular. A técnica mais simples para identificar a
inserção do tendão adutor do hálux consiste na colocação de uma pequena
pinça hemostática com ponta curva na base dorsolateral da falange
proximal, deslizando firmemente na direção plantar e erguendo a pinça
dorsal e lateralmente; geralmente, a ponta do instrumento se apoia na axila
da inserção do tendão adutor. Isso é comparável a prender o tendão do
iliopsoas para tenotomia no trocanter menor (Fig. 89-9).
FIGURA 89-9
FIGURA 89-12
FIGURA 89-17
FIGURA 89-18
Cuidados pós-operatórios
Um curativo compressivo volumoso é aplicado no antepé e o pé é colocado em
posição de elevação máxima por 48 a 72 horas. Somente é permitido deambular
para usar o banheiro e o paciente deve usar um calçado de solado de madeira. O
aumento da deambulação após 72 horas é permitido conforme tolerado pelo
paciente. A necessidade de muletas ou de um andador é variável, mas a
deambulação assistida não é incentivada, a menos que o paciente esteja
inseguro.
Na terceira semana, caso as feridas estejam cicatrizadas, as suturas são
removidas e são aplicadas faixas adesivas, se necessário; deixar as suturas por
mais tempo não apresenta efeitos adversos. Algum tipo de imobilização ou
espaçador é utilizado para manter o artelho no alinhamento adequado. O
calçado com solado de madeira é usado por 3 a 4 semanas; após esse período, é
recomendado um calçado de caixa profunda com uma acomodação larga para o
artelho; um calçado de corrida é suficiente; também é permitido um calçado
ortopédico bem profundo com uma acomodação macia para o artelho. O
espaçador é utilizado por 6 semanas. Entre a 12ª e a 14ª semana, um calçado
razoavelmente atraente já pode ser utilizado. O período de edema pós-
operatório vari, entretanto ele pode permanecer por 4 a 6 meses antes que esse
tipo de calçado seja tolerado. Isso deve ser explicado ao paciente antes da
cirurgia.
TÉCNICA 90
FIGURA 90-3
FIGURA 90-4
FIGURA 90-6
▪ Quando o sesamoide estiver móvel, identifique o tendão flexor longo do
hálux por meio de tração no hálux e de flexão e extensão da articulação
interfalangiana do hálux. O tendão está visível distalmente e em
alinhamento com os sesamoides, que se estendem sobre ele.
▪ Identifique e exponha o feixe neurovascular na lateral do tendão por meio
de uma dissecção romba.
▪ Puxe medialmente a cápsula plantar-medial. Essa ação requer que a cápsula
seja firmemente segura. A tração medial melhora a visualização do
“ligamento” intersesamoide.
▪ Faça a incisão do ligamento intersesamoide longitudinalmente com uma
lâmina Beaver 67 ou Bard-Parker 15. Caso sejam utilizadas tesouras de
tenotomia, coloque um braço da tesoura sob o ligamento (esse braço se apoia
no lado dorsal do flexor longo do hálux) e o outro braço em posição dorsal ao
ligamento.
▪ Quando o ligamento intersesamoide for seccionado, segure firmemente o
sesamoide com fórcipe ou uma pinça de Kocher pequena, flexione o artelho
nas articulações interfalangiana e metatarsofalangiana para relaxar o flexor
longo do hálux e puxe o sesamoide fibular distal e medialmente.
▪ Com a liberação do ligamento intersesamoide, a superfície medial do
sesamoide fibular está livre de tecido mole. Distalmente, o sesamoide está
livre em decorrência da ressecção da base da falange proximal. Isso deixa
dois lados do sesamoide, distal e medial, livres do tecido mole.
▪ Enquanto o sesamoide é puxado distal e medialmente, utilize uma pequena
lâmina para fazer uma incisão ao longo da margem lateral do sesamoide sob
visão direta. Continue puxando a cabeça do metatarso dorsalmente e
mantenha o hálux em flexão. Isso auxilia bastante a identificação das
margens do sesamoide fibular, particularmente lateral e proximalmente.
▪ A parte mais difícil da sesamoidectomia e que deve ser realizada por último
é a liberação do canto lateral proximal do sesamoide, onde a cabeça lateral
do flexor curto do hálux se insere. Durante a incisão das inserções capsulares
laterais no sesamoide não oculte a lâmina do bisturi, pois o feixe
neurovascular lateral do hálux é imediatamente lateral à cápsula.
▪ Agora, todas as inserções para o sesamoide fibular foram removidas, com
exceção da cabeça lateral do flexor curto do hálux, que se insere na margem
lateral proximal do sesamoide. Essa é uma porção difícil de ser removida;
entretanto, essa porção pode ser liberada sob visão direta puxando-se o
sesamoide distal e medialmente e erguendo-se a cabeça do metatarso
dorsalmente com um afastador potente de dois dentes.
▪ Quando o sesamoide tiver sido removido, insira dois fios Kirschner de
1,5 mm de forma retrógrada da extremidade do artelho, 2 a 3 mm em direção
plantar ao leito ungueal, deixando cerca de 5 a 7 mm dos pinos expostos na
base da falange remanescente para ajudar no alinhamento da falange com o
metatarso antes da passagem anterógrada dos pinos para o interior do
metatarso (Fig. 90-7).
FIGURA 90-7
FIGURA 90-9
Cuidados pós-operatórios
A deambulação imediata com um calçado pós-operatório de solado firme e
carga conforme tolerada são permitidas, com ou sem a ajuda de muletas ou de
um andador. Recomenda-se a deambulação apenas para utilização do banheiro
nas primeiras 72 horas. Deve-se manter o pé elevado, exceto durante as
refeições e idas ao banheiro. Após esse período, o paciente pode ficar de pé e se
movimentar à medida que os sintomas o permitirem. Não é recomendada a
utilização de analgésicos para possibilitar o aumento precoce das atividades.
Por 7 a 10 dias após a cirurgia, o pé deve ser mantido em posição elevada
quando o paciente estiver sentado.
O curativo é trocado depois de 19 a 23 dias e os fios permanecem no local por
21 a 28 dias. Caso o hálux migre proximalmente sobre os fios e os fios
sobressaiam muito antes da época de sua remoção, as extremidades devem ser
cortadas 1 a 2 mm distalmente à borda cutânea. Os fios de Kirschner são
removidos no consultório através da colocação de um porta-agulhas de tamanho
grande ou médio longitudinalmente na extremidade do fio, girando-o para
frente e para trás cuidadosamente e puxando-o com uma leve tração. Para
evitar um sangramento excessivo, o pé é elevado por 5 minutos após a remoção
dos fios. Um bom método de elevação é a colocação do paciente em posição
supina com o joelho não operado flexionado a 90 graus, o pé em posição plana
na mesa e o tornozelo do pé operado sobre o joelho flexionado. Uma pequena
bandagem plástica é colocada sobre os orifícios quando o sangramento tiver
cessado.
Um espaçador digital de tamanho pequeno ou médio (disponível
comercialmente) é utilizado no primeiro espaço interdigital por 4 a 6 semanas
adicionais; esse espaçador deve ser removido apenas no banho. Um calçado leve
e largo é permitido após a remoção dos pinos. Calçados sociais são permitidos
apenas depois da regressão do edema, o que pode demorar 3 a 4 meses. Os
resultados esperados são um hálux satisfatoriamente alinhado com 40 a 50
graus de movimento na articulação metatarsofalangiana, alívio da dor e algum
aumento na variedade de calçados que podem ser usados.
TÉCNICA 91
FIGURA 91-2
FIGURA 91-6
FIGURA 91-7
Cuidados pós-operatórios
O curativo e as suturas são removidos entre o 19° e o 23° dia e um espaçador é
usado para manter o hálux na posição adequada Deve ser usado um sapato de
solado de madeira por 4 semanas e, a seguir, durante as próximas 6 a 8 semanas,
um calçado largo e profundo para caminhadas, com um espaçador de artelhos.
Geralmente até o terceiro ou quarto mês já é possível o uso de um calçado
razoavelmente atraente, mas isso pode variar. O uso de uma bota de gesso para
caminhar durante as 4 semanas após a cirurgia é uma alternativa, mas isso não
é rotineiramente recomendado, exceto para adolescentes. Os fios de Kirschner
podem ser removidos em 3 meses ou antes, caso causem sintomas, ou podem
permanecer, se o paciente estiver assintomático.
Cuidados pós-operatórios
O paciente tem permissão de suportar parcialmente o peso com muletas pelos
primeiros 3 a 4 dias; em seguida, o curativo é trocado e uma bota de gesso é
aplicada. O gesso, que deve se estender distalmente ao hálux para um leve
suporte, serve principalmente para conforto e mobilidade do paciente,
possibilitando a deambulação sem muletas ou andador. A bota é removida em
aproximadamente uma semana e são iniciados exercícios leves com o hálux.
Uma tala noturna para o hálux valgo é colocada para proteger o reparo da
cápsula medial e um calçado pós-operatório de solado rígido é usado por
aproximadamente 3 semanas; após esse período, um calçado profundo, largo e
macio pode ser usado.
TÉCNICA 92
FIGURA 92-7
▪ O corte inicial deve ser uma incisão mais profunda. Coloque a lâmina da
serra cuidadosamente na base do primeiro metatarso sem oscilação ou giro
manual da lâmina.
▪ Quando esse corte superficial tiver sido realizado com a lâmina em formato
de crescente, avalie cuidadosamente o ângulo da osteotomia. Ele não deve
ser perpendicular à diáfise do primeiro metatarso e à sola do pé, mas deve
dividir esse ângulo.
▪ Abaixe o cabo da serra 10 a 15 graus proximalmente para direcionar a
osteotomia corretamente.
▪ Quando o córtex dorsal tiver sido cortado, conclua a osteotomia balançando
cuidadosamente a lâmina medial e lateralmente. Mann enfatizou que a face
lateral da lâmina deve sair pelo lado da diáfise do metatarso. Não é tão
importante que a lâmina saia pelo lado medial, pois um pequeno osteótomo
pode ser usado para concluir essa parte da osteotomia.
▪ Quando a osteotomia estiver concluída, use um elevador Freer para garantir
que não existam inserções periosteais medial ou lateralmente que evitariam
o deslocamento da osteotomia (Fig. 92-8).
FIGURA 92-8
▪ De acordo com Mann, fazer a osteotomia com convexidade distal deve evitar
a correção excessiva do ângulo intermetatársico.
▪ Uma dica técnica útil é usar o escareador no orifício antes de colocar o
parafuso. Essa ação remove o osso da parte distal do orifício, permitindo que
o parafuso se apoie firmemente no metatarso (Fig. 92-10, A). Caso isso não
seja feito, quando o parafuso for apertado, a cabeça encostará no osso
distalmente e o parafuso será deslocado dorsalmente. Isso fará que a aba
dorsal do osso entre o orifício e a osteotomia quebre e perca a capacidade de
obter uma fixação estável com o parafuso. Como o parafuso é colocado
inclinado em relação ao córtex, não é feito um escareamento verdadeiro,
mas é criado um caminho para o percurso da cabeça do parafuso (B); uma
pequena broca pode ser usada para isso.
FIGURA 92-10
FIGURA 92-12
▪ A tração medial do sesamoide puxa a cápsula e o tendão para longe do feixe
neurovascular do primeiro espaço interdigital.
▪ Libere longitudinalmente as fibras do tendão conjunto do ligamento fibular
sesamoide-falange e de sua inserção na falange proximal.
▪ Não seccione o ligamento transversal do metatarso.
▪ Estenda a incisão dorsalmente para liberar a cápsula lateral.
▪ Manipule o hálux para assegurar que todas as estruturas laterais
comprimidas tenham sido liberadas.
▪ Com uma agulha cortante, passe percutaneamente uma grande sutura de
poliéster trançado de Dacron em torno do colo do segundo metatarso. A
agulha emerge na ferida medial por baixo do primeiro metatarso (Fig. 92-13).
FIGURA 92-13
Cuidados pós-operatórios
O curativo volumoso compressivo que mantém o hálux na posição correta é
trocado no dia seguinte e em intervalos semanais durante 6 a 8 semanas,
mantendo o hálux na posição correta. Permitida a sustentação do peso o quanto
for tolerado no dia da cirurgia. O paciente geralmente prefere caminhar sobre
as bordas laterais dos pés ou usar muletas por alguns dias.
TÉCNICA 93
FIGURA 93-4
Cuidados pós-operatórios
Os pacientes são autorizados a apoiar o peso no pé logo após a cirurgia, mas
devem evitar a deambulação excessiva. Os curativos são removidos no terceiro
dia depois da cirurgia e são aplicadas bandagens adesivas estéreis. O paciente
pode voltar a usar calçados normais equipados com palmilhas sob molde assim
que for tolerado.
Créditos
Figuras 93-1 até a 93-4 redesenhadas por Ferkel RD, Hommen JP: Arthroscopy
of the ankle and foot. De Coughlin MJ, Manna RA, Saltzman CL, eds: Surgery of
the Foot and Ankle, ed. 8, Filadélfia, 2007, Elsevier.
TÉCNICA 94
▪ Retire o tendão flexor longo do hálux. Solte todas as conexões entre o tendão
flexor longo do hálux e o tendão flexor longo dos artelhos e recupere o flexor
longo do hálux pela incisão posterior da panturrilha (Fig. 94-4).
FIGURA 94-4
Cuidados pós-operatórios
Um gesso em ligeira posição de equino sem carga é usado por 4 semanas. Depois
de 4 semanas, é aplicada uma órtese pré-fabricada para a marcha, com
múltiplos calços de elevação com aproximadamente 6 a 7,5 cm de altura total.
Um calço de elevação é removido a cada semana à medida que o paciente
começa a sustentar o peso no pé. O tornozelo é mantido em posição neutra na
bota de caminhada pré-fabricada até aproximadamente 8 semanas. Nesse
ponto, os exercícios gerais de alongamento da panturrilha e de amplitude de
movimento são iniciados. O retorno às atividades é liberado gradualmente em
até três meses e meio.
TÉCNICA 95
FIGURA 95-4
▪ Com o osso exposto por meio dessas duas manobras de redução, volte a
atenção para a depressão da faceta posterior, reduzindo-a em relação à
porção medial intacta e fixando-a provisoriamente (Fig. 95-5).
FIGURA 95-5
Cuidados pós-operatórios
Drenagem a vácuo é mantida por 24 a 48 horas. Um protocolo rigoroso de gelo e
elevação deve ser mantido para minimizar edema e dor. Na segunda semana
após a cirurgia, são instituídos exercícios ativos de amplitude de movimento do
tornozelo e da articulação subtalar, caso o retalho apresente cicatrização sem
complicações e a ferida esteja fechada. Os pacientes aprendem a desenhar o
alfabeto com o hálux do pé lesionado ou a fazer círculos progressivamente
maiores com os pés. Não é permitida a sustentação do peso por 12 semanas. A
proteção é fornecida por meio de uma tala posterior removível. A sustentação
do peso corporal é instituída entre a 10ª e a 12ª semana, sendo iniciado um
extenso programa de fisioterapia, e o material de síntese pode ser removido
caso a lesão esteja sintomática depois de um ano.
Para minimizar complicações relacionadas à ferida, a redução fechada com
fixação percutânea de fraturas do calcâneo tornou-se popular. A desvantagem
dessa abordagem é uma redução imprecisa da faceta posterior; ela deve,
portanto, ser tentada somente por aqueles que tiverem experiência suficiente e
um conhecimento completo da anatomia para obter a redução e fixação
adequadas. Essa técnica pode não ser apropriada para pacientes com fraturas
mais graves. É importante realizar a cirurgia logo após a lesão, antes que a
fratura comece a se consolidar, tornando a redução mais difícil. O paciente deve
ser avisado quanto à possível necessidade da conversão para um procedimento
aberto, caso a fratura não possa ser reduzida por meios indiretos.
FIGURA 95-8
Créditos
Figuras 95-6 e 95-7 de DeOrio M, Easley ME: Intra-articular calcaneus
fractures. In Pfeffer G, Easley M, Frey C, et al., editores: Operative techniques:
foot and ankle surgery, Filadélfia, 2009, Saunders.
Figura 95-8 de Lawrence SJ: Open calcaneal fractures: assessment and
management, Foot Ankle Clin North Am 10:491, 2005.
TÉCNICA 96
FIGURA 96-1
FIGURA 96-2
Cuidados pós-operatórios
É aplicado gesso curto acolchoado estendendo-se aos dedos, sem carga. A
descarga de peso no gesso poderá ser iniciada 2 semanas após a cirurgia. O
retorno aos esportes de competição é desencorajado até que a fratura tenha se
consolidado clínica e radiograficamente, o que demora cerca de 10 a 12
semanas.
TÉCNICA 97
FIGURA 97-1
▪ Disseque e ligue a veia safena parva, que geralmente cruza o campo. Evite o
nervo cutâneo dorsal intermediário (ramo lateral do nervo fibular
superficial), que geralmente se apoia próximo à extremidade talar do
ligamento talofibular anterior, e o nervo sural, situado acima dos tendões
fibulares. Identifique a porção lateral do retináculo dos extensores e
mobilize-a para inserção junto à fíbula distal no final do procedimento
(Fig. 97-2).
FIGURA 97-2
Cuidados pós-operatórios
São usadas muletas pelos primeiros 4 a 7 dias até a diminuição do edema e, a
seguir, aplica-se uma bota de gesso sem carga com o tornozelo em posição
neutra. O gesso é removido após 4 semanas e uma órtese é usada por mais 2 a 4
semanas para proteção. Seis semanas após a cirurgia, são iniciados exercícios
leves de amplitude de movimento e de fortalecimento fibular isométrico. Oito a
12 semanas depois da cirurgia, o paciente é incentivado a retomar suas
atividades de dança ou esportes, caso a força fibular esteja normal. A completa
reabilitação dos tendões fibulares é essencial.
TÉCNICA 98
Enxerto osteocondral
autógeno/transplante de aloenxerto
para lesões osteocondrais do tálus
David R. Richardson
FIGURA 98-1
FIGURA 98-3
FIGURA 98-4
▪ Use a trefina extratora específica para a área doadora para obter enxertos
osteocondrais que meçam 5 a 11 mm de diâmetro e 10 a 12 mm de
profundidade (ligeiramente mais profundos do que o orifício receptor).
▪ Introduza cuidadosamente os enxertos cilíndricos no orifício receptor
usando o extrusor pré-fabricado ou o pino de fixação com colarinho através
da trefina de área doadora (Fig. 98-6).
FIGURA 98-6
Cuidados pós-operatórios
O paciente é mantido sem carga por 10 semanas. Em 2 semanas, as suturas são
removidas e um gesso curto é aplicado. Após 4 semanas, o gesso é substituído
por uma bota removível; o paciente é mantido sem carga de peso corporal e são
iniciados os exercícios de amplitude de movimento. Entre a sexta e a oitava
semana pode ser instituída terapia em piscina e em bicicleta estacionária.
TÉCNICA 99
Susan Ishikawa
Desbridamento anterior
▪ Com o paciente submetido a anestesia geral, aplique e infle um torniquete
na coxa.
▪ Introduza uma agulha em posição medial ao tendão tibial anterior e
distenda a articulação do tornozelo com 15 a 20 mL de solução salina.
▪ Faça uma pequena incisão longitudinal para permitir a inserção de um
artroscópio de 2,7 ou 4 mm de 30 graus através de um portal anteromedial
em posição medial ao tendão tibial anterior. Atenção para passar o
artroscópio através da face anterior da articulação, e não através do domo do
tálus (Fig. 99-1).
FIGURA 99-1
Cuidados pós-operatórios
A deambulação é permitida de imediato. É iniciado um programa intensivo de
reabilitação em uma semana, incluindo bolsas de gelo e exercícios ativos e
passivos de amplitude de movimento. Uma prancha inclinada é usada para
treinamento proprioceptivo e para reforçar os músculos anteriores e
posteriores da panturrilha e do pé. Depois de 6 semanas, as atividades
esportivas podem ser retomadas de forma gradual e protegida, com cuidado
para que o calçado seja adequado para a modalidade (p. ex., tênis de corrida
corretamente ajustados).
Desbridamento posterior
▪ Coloque o paciente em posição prona com o pé na extremidade da maca
cirúrgica e com um suporte sob a perna de modo que o pé fique livremente
suspenso. A posição neutra, com relação a dorsiflexão/flexão plantar e
varismo/valgismo é a mais segura para evitar danos neurovasculares
(Fig. 99-3).
FIGURA 99-3
FIGURA 99-5
FIGURA 99-7
▪ Controle a tensão ainda mais, ajustando a posição do pé: neutra para leve
espasticidade; 10 graus de dorsiflexão para comprometimento moderado; e
20 graus de dorsiflexão para deformidade grave.
▪ Realize o reparo com técnica laterolateral com suturas grossas absorvíveis.
▪ Feche a ferida com suturas absorvíveis ou subcuticulares e faixas na pele e
aplique gesso em todo o comprimento da perna.
Cuidados pós-operatórios
A deambulação sem carga é permitida assim que o paciente estiver confortável.
Quando a dor desaparece (geralmente 5 a 10 dias depois), o gesso é trocado por
uma bota com salto e a deambulação é continuada. A imobilização com gesso
perdura por um total de 6 semanas. São usadas órteses se o músculo tibial
anterior não for suficientemente forte ou não estiver sob controle volicional.
Caso não haja função no músculo tibial anterior, é necessário o uso de órtese em
tempo integral. Se o músculo tibial anterior funcionar apenas com reflexo de
retirada, é necessário o uso de órtese em tempo integral por vários meses para
evitar a recorrência de contratura do tendão de aquiles.
Quando realizado como procedimento ambulatorial, o alongamento
percutâneo do tendão de aquiles é rápido e pouco dispendioso, com um baixo
índice de complicação.
Cuidados pós-operatórios
O paciente tem permissão para apoiar com carga total na perna no período pós-
operatório. O gesso é deixado por aproximadamente 4 semanas. Durante esse
período, é incentivada a extensão do joelho para manter o alongamento do
complexo gastrocnêmio-sóleo. O gesso é removido e a órtese tornozelo-pé é
aplicada com o tornozelo em dorsiflexão máxima. Alternativamente, na ocasião
do procedimento inicial, pode ser feito um molde personalizado para uma
órtese tornozelo-pé para que esteja pronta no momento da retirada do gesso.
Isso é útil principalmente se a adesão do paciente e o acompanhamento forem
questionáveis. O paciente começa com o uso da órtese em tempo integral e essa
situação é modificada de acordo com o potencial de crescimento restante do
paciente e do progresso na fisioterapia.
Índice
Os números de página seguido de “f” indicam figuras, “t” indicam tabelas e “q”
indicam quadros.
A
Abordagem da linha média padrão, para artroplastia total do joelho, 50-55
Abordagem de Henry, na retirada do enxerto fibular, 3
Abordagem dorsal
para redução aberta e fixação interna das fraturas do escafoide, 342, 342f
para sesamoidectomia fibular (lateral), 387, 387f
Abordagem em três portas, reconstrução anatômica do ligamento cruzado
anterior com duplo feixe, 155
Abordagem plantar, para sesamoidectomia fibular (lateral), 388-390, 388f-390f
Abordagem posterior
padrão, na osteotomia trocantérica prolongada, 19-21
procedimento de Neer de mudança capsular inferior através da, 197-200, 198f-
200f
cuidados pós-operatórios para, 200
Abordagem posterolateral, padrão, na artroplastia total do quadril, 7-12, 7f-12f
acetábulo na, exposição e preparação da, 10-12, 10f-12f
Abordagem volar de Henry, 297, 297f
Abordagem volar, para a redução aberta e fixação interna de fraturas do
escafoide, 340-341
Acetábulo, exposição e preparação do, na artroplastia total do quadril, 10-12,
10f-12f
Acrômio, incisão, 287, 287f
Afastadores de Hohmann, 239
Afastador para sucção, na microexcisão do disco lombar, 117, 119f
Afastador tubular, na fusão lombar posterior minimamente invasiva, 111f
Agulha para raquianestesia, reconstrução anatômica do ligamento cruzado com
duplo feixe, 155
Alargador do chanfro, 32, 32f
Alongamento percutâneo, do tendão de aquiles, 445-446
Amputações
ponta do dedo, 371-374
aba em ilha neurovascular local, 372-373, 372f-373f
aba tênar, 371-372, 371f-372f
retalho em ilha de pedículo, 374
Amputações das pontas dos dedos, 371-374
retalho em ilha de pedículo, 374
cuidados pós-operatórios para, 374
retalho em ilha neurovascular local, 372-373, 372f-373f
cuidados pós-operatórios para, 373
retalho tênar, 371-372, 371f-372f
cuidados pós-operatórios para, 372
Antibióticos, na reconstrução do ligamento cruzado anterior, 145
Artéria dorsal do pé, palpação, 375-378, 375f
Artéria femoral circunflexa, laterais, divisões do ramo ascendente da, 14, 14f
Articulação acromioclavicular, 203
Artrodese
banda de tensão, da articulação metacarpofalangiana do polegar, 366-369,
366f-369f
técnica de mini-incisão, 75-76, 75f-76f
tibiotalocalcaneana, 77-81, 77f-81f
tornozelo, 75-81
Artrodese anterior da coluna lombar, 107-108, 107f
Artrodese do tornozelo, 75-81
cuidados pós-operatórios para, 76
técnica de mini-incisão, 75-76, 75f-76f
tibiotalocalcaneana, 77-81, 77f-81f
Artrodese metacarpofalangiana, do polegar, 366-370
banda de tensão, 366-369, 366f-369f
com fixação de parafusos intramedulares, 369, 369f
cuidados pós-operatórios para, 370
Artrodese tibiotalocalcaneana, 77f-80f
Artroplastia
joelho unicondilar, 65-67, 65f-66f
sobrevida da prótese em longo prazo na, 65
Keller, para hálux valgo, 394-400, 394f-396f
cuidados pós-operatórios para, 400
deslocamento lateral do primeiro metatarso, 399-400, 399f-400f
remoção do sesamoide fibular, 397-399, 397f-399f
quadril, osteotomias trocantéricas utilizadas na, 18
reversa total do ombro, 88-89, 89f
cuidados pós-operatórios para, 89
total do cotovelo, 90-97, 90f-96f
cuidados pós-operatórios para, 97
total do joelho, implantação do componente na, 64
total do ombro, 77-81, 77f-78f
total do quadril, abordagem posterolateral padrão para, 7-12, 7f-12f
acetábulo na, exposição e preparação da, 10-12, 10f-12f
total do tornozelo, 72-74
abordagem para, 72-74, 72f-74f
cuidados pós-operatórios para, 74
posicionamento do paciente na, 72
Artroplastia do joelho
total, 50-55
abordagem cirúrgica para, 50-52, 50f-51f
componente de implantação na, 64
preparação óssea para, 52-55, 52f-54f
técnica de gap na, 54-55
unicondilar, 65-67, 65f-66f
sobrevida em longo prazo da prótese na, 65
Artroplastia do ombro, total, 77-81, 77f-78f
Artroplastia do quadril
osteotomias trocantéricas usadas em, 18
total, abordagem posterolateral padrão para, 7-12, 7f-12f
acetábulo na, exposição e preparação da, 10-12, 10f-12f
Artroplastia do tornozelo, total, 72-74
abordagem para, 72-74, 72f-74f
cuidados pós-operatórios para, 74
posicionamento do paciente na, 72
Artroplastia inversa total do ombro, 88-89, 89f
Artroplastia total do cotovelo, 90-97, 90f-96f
cuidados pós-operatórios para, 97
Artroplastia total do joelho (ATJ), 50-55
abordagem cirúrgica para, 50-52, 50f-51f
implantação no componente na, 64
preparação óssea para, 52-55, 52f-54f
técnica do gap na, 54-55
Artroplastia total do ombro, 77-81, 77f-78f
reverso, 88-89, 89f
cuidados pós-operatórios para, 89
Artroplastia total do quadril
abordagem anterior direta para, 13-17, 13f-17f
cuidados pós-operatórios, 17
abordagem posterolateral padrão para, 7-12, 7f-12f
acetábulo na, exposição e preparação da, 10-12, 10f-12f
Artroplastia total do tornozelo, 72-74
abordagem para, 72-74, 72f-74f
cuidados pós-operatórios para, 74
posicionamento do paciente na, 72
Artroplastia unicondilar do joelho (AUJ), 65-67, 65f-66f
sobrevida da prótese em longo prazo, 65
Artroscopia
na fixação percutânea das fraturas do escafoide, 343
quadril, para o impacto femoroacetabular, 44-47
tornozelo, 129-132, 129f-132f
cuidados pós-operatórios para, 132
total do joelho, do joelho varo
estabilizado, 56-59, 57f-58f
Artroscopia do quadril
osteocondroplastia aberta e limitada, 40-43, 40f-43f
cuidados pós-operatórios para, 43
vantagem de, 40-43
para o impacto femoroacetabular, 44-47
Artroscopia do tornozelo, 129-132, 129f-132f
cuidados pós-operatórios para, 132
Artroscopia total do joelho, do joelho varo
estabilizado, 56-59, 57f-58f
Aspirina, como profilaxia tromboembólica, 43
ATJ, ver Artroplastia total de joelho (ATJ)
AUJ, ver Artroplastia unicondilar do joelho (AUJ)
Autounxerto osteocondral, 436-438, 436f-438f
cuidados pós-operatórios para, 438
transferência, 134-138, 134f-138f
B
Bainha flexora fibro-óssea, 321, 321f
Balanceamento ligamentar
do joelho valgo, 60-61
do joelho varo, 56-59
do ligamento cruzado posterior, 63, 63f
pie crusting, no, 62, 62f
vantagem do, 62
Banda de tensão para artrodese, articulação metacarpofalangiana do polegar,
366-369, 366f-369f
Bloqueio do peito do antepé (Forefoot block), 375-378, 375f-378f
Bloqueio do tornozelo, 379-381
do nervo fibular profundo, 379-380, 380f
do nervo fibular superficial, 379, 379f
do nervo safeno, 380, 380f
do nervo sural, 381, 381f
do nervo tibial, 381, 381f
Braçadeira
após fusão lombar posterolateral, 115
Broca de alta velocidade, na fusão cervical anterior de Smith-Robinson, 105
Broström modificado, para reparo lateral da instabilidade crônica, 433-435,
433f-435f
cuidados pós-operatórios para, 435
Bunionectomia de McBride modificada, 382-393
cuidados pós-operatórios para, 393
fechamento da capsulotomia em L invertido, 392, 392f
imbricação medial capsular, e fechamento da ferida, 390-391, 390f-391f
incisão capsular em forma de L, 383-384, 383f-384f
pele e incisão capsular, 382-383, 382f-383f
remoção da eminência medial, 384-385, 385f
sesamoidectomia fibular (lateral)
abordagem dorsal, 387, 387f
abordagem plantar, 388-390, 388f-390f
tendão adutor e liberação capsular lateral, 385-387, 385f-386f
Bupivacaína, na microexcisão do disco lombar, 117
Bursectomia, completa, 209
C
Cabeça enforcada, na fusão cervical anterior de Smith-Robinson, 104
Cabeça femoral
colapso da, na técnica percutânea para descompressão do núcleo, 48-49
recapeamento da, 28-34, 29f-34f
Caminhar, após a fusão lombar posterolateral, 115
Capsulectomia, 14, 14f
Capsulotomia, 14, 14f
Carregamento de alto impacto, após a descompressão do núcleo, 49
Cera óssea, 6
Cesta artroscópica, 226
Cetorolaco na reconstrução do ligamento cruzado anterior, 145
Cistos subcondrais, no acetábulo, 12
Colágeno microcristalino, 6
Coleta do enxerto ósseo, 1-6
enxerto ósseo ilíaco, 4-6, 4f-6f
enxertos fibulares, 2-4, 2f-3f
enxerto tibial, 1-2, 1f
Colocação de haste femoral
anterógrada, 263-269
retrógrada, 269-271, 270f-271f
Colocaçao de haste femoral anterógrada, 263-269
avaliação final da, 269
cuidados pós-operatórios para, 269
inserção da haste na, 267-268
intertravamento da haste na, 268
posicionamento do paciente e preparação na, 263-264, 263f
preparação do canal na, 267, 267f
preparação do fêmur na, 264-265, 264f
preparação proximal da entrada portal no, 265, 265f
redução e inserção de fio-guia na, 265-267, 265f-267f
técnica à mão livre para focalização distal na, 268-269, 268f
Colocação de haste femoral retrógrada, 269-271, 270f-271f
cuidados pós-operatórios para, 271
Colocação de talas, 299
Colocação do enxerto abaixo do ideal, na substituição transepifisária do
ligamento cruzado anterior utilizando enxertos isquiotibiais quádruplos, 157q
Coluna lombar, artrodese anterior, 107-108, 107f
Componente acetabular, inserção da, 27, 27f
Componente de rotação femoral, métodos de determinação do, 52
Componente glenoidal, inserção do, 78
Côndilo femoral, perfuração artroscópica da lesão intacta do, 133-138, 133f
cuidados pós-operatórios para, 133
transferência de autoenxerto osteocondral na, 134-138, 134f-138f
Côndilo femoral posterior, na rotação docomponente femoral, 53, 53f
Condromalacia, da articulação radiocapitelar, 231
Configuração dos pinos cruzados, 335
Contratura de Dupuytren
fasciectomia parcial para, 330-332, 330f-332f
cuidados pós-operatórios para, 332
fasciotomia subcutânea para, 328-329, 328f-329f
cuidados pós-operatórios para, 329
Contraturas proximais crônicas das articulações interfalangianas, 332
Corpectomia, e fusão cervical anterior deSmith-Robinson, 105
Curetagem, 175, 175f
D
Deambulação, após a osteotomia em cunha lateral fechada, 71
Decúbito lateral, 228
Deltoide, 145
Desbridamento, para as síndromes de impacto
anterior, 439-440, 440f
posterior, 441-443, 441f-443f
Descolador Penfield, na microexcisão dodisco lombar, 117, 119f
Descompressão do núcleo, técnica percutânea para, 48-49, 48f
Deslizamento do enxerto, na substituição transepifisária do ligamento cruzado
anterior utilizando enxertos isquiotibiais quádruplos, 157b
Deslizamento trocantérico, 19, 19f
Direcionamento distal, técnica à mão livre para, 268-269, 268f
Discectomia
cervical anterior e fusão com placa de bloqueio, 101-103, 101f-103f
cuidados pós-operatórios para, 103
microlombar, 116
Discectomia cervical anterior, e fusão com placa de fechamento, 101-103, 101f,
103f
cuidados pós-operatórios para, 103
Disco lombar, microexcisão no, 116-119, 116f-119f
cuidados pós-operatórios para, 116-117
Dispositivo Endobutton, 175
E
Eixo transepicondilar, na rotação do componente femoral, 52, 52f
Eletrocautério bipolar, na artrodese anterior da coluna lombar, 107
Elevador Cobb, na microexcisão do disco lombar, 116
Elevador periosteal, na remoção do enxerto da tíbia, 1
EndoButton com laço contínuo, na substituição transepifisária do ligamento
cruzado anterior utilizando enxertos isquiotibiais quádruplos, 159f-160f
Envoltório Esmarch, para sangria, 145
Enxerto de tendão patelar, reconstrução aberta do ligamento cruzado posterior
com, 163-170
cuidados pós-operatórios para, 170
técnica de Clancy para, 163-167, 164f-166f
técnica de Sallay e McCarroll para, 167-170, 167f-170f
Enxerto do osso ilíaco, 106f
remoção do, 4-6, 4f-6f
Enxerto endoscópico quádruplo no tendão dos músculos isquiotibiais, para
reconstrução do ligamento cruzado anterior, 153-154, 153f-154f
cuidados pós-operatórios para, 154
Enxerto ósseo, para a erosão severa, 77f, 78
Enxerto osso-tendão patelar-osso, reconstrução endoscópica do ligamento
cruzado anterior utilizando feixe único anatômico, 145-151, 145f
coleta de enxerto para, 145-146
cuidados pós-operatórios para, 151
determinação do comprimento adequado para, 147-149, 148f
fechamento, 150
passagem do enxerto para, 149, 150f
preparação do enxerto para, 146-147, 147f
preparação do túnel femoral para, 149, 149f
preparação do túnel tibial para, 147-149, 147f-148f
protocolo para, 151b-152q
Enxertos fibulares, remoção dos, 2-4, 2f-3f
Enxertos isquiotibiais
artroscopia co enxerto quádruplo, para reconstrução do ligamento cruzado
anterior, 153-154, 153f-154f
cuidados pós-operatórios para, 154
para substituição transepifisária do ligamento cruzado anterior, 157-161, 158f-
161f
armadilhas dos, 157q
Enxerto osso-tendão patelar-osso, utilizando reconstrução endoscópica
anatômica do ligamento cruzado anterior com duplo feixe, 145-151, 145f
coleta do enxerto para, 145-146
cuidados pós-operatórios para, 151
determinação do comprimento adequado para, 147-149, 148f
fechamento, 150
passagem do enxerto para, 149, 150f
preparação do enxerto para, 146-147, 147f
preparação do túnel femoral para, 149, 149f
preparação do túnel tibial para, 147-149, 147f-148f
protocolo para, 151q-152q
Enxerto tibial, remoção do, 1-2, 1f
Enxerto tricortical ilíaco, 106f
Epicondilite
liberação aberta para medial, 235-236, 235f-236f
cuidados pós-operatórios para, 236-237
liberação para medial e lateral, 234-238, 234f-235f
cuidados pós-operatórios para, 235
libertação artroscópica do cotovelo de tenista, 237-238, 237f-238f
cuidados pós-operatórios para, 238
Epifisiólise proximal do fêmur (SCFE), pinagem para, 316-319
cuidados pós-operatórios para, 319
fixação de parafusos canulados, determinação do ponto de entrada para, 316-
318, 316f-318f
pinagem percutânea in situ, 318f
Estabilização, das fraturas intertrocantéricas do fêmur, 274-276, 274f-276f
Exame artroscópico do cotovelo, 229-233
cuidados pós-operatórios, 233
portal anterior, 229-231, 229f-231f
portal lateral direto, 232, 232f
portal posterolateral, 233, 233f
Exercícios ativos de amplitude de movimento, 262
Exercícios de abdução do quadril, 269
Exercícios de ajuste do quadríceps, 269
Exercícios de amplitude de movimento
após artroplastia total do tornozelo, 74
após fixação da epifisiólise proximal do fêmur, 319
após osteotomia em cunha com fechamento lateral, 71
Exercícios de fortalecimento muscular, após a osteotomia lateral, fechamento
cunha, 71
Exercícios de levantamento de perna reta, 269
Exercícios de resistência, progressivos, 262
Exercícios na cama, após artrodese anterior da coluna lombar, 108
Exploração arterial, 304-305, 304f-305f
F
Facetectomia, fusão lombar posterior minimamente invasiva, 111
Fasciectomia parcial, para contratura deDupuytren, 330-332, 330f-332f
cuidados pós-operatórios para, 332
Fasciotomia
antebraço, 304-305, 304f
para síndrome compartimental aguda na perna, 300-303
cuidados pós-operatórios para, 303
incisão dupla, 302-303, 302f-303f
incisão única, 300-301, 300f-301f
subcutânea, para a contratura de Dupuytren, 328-329, 328f-329f
cuidados pós-operatórios para, 329
volar, 304-305, 304f
Fasciotomia de dupla incisão, para síndrome compartimental aguda, 302-303,
302f-303f
Fasciotomia de incisão única, para a síndrome compartimental aguda, 300-301,
300f-301f
Fasciotomia do antebraço, 304-305, 304f-305f
Fasciotomia volar, 304-305, 304f
Fechamento da ferida assistido a vácuo, 303
Fêmur, preparação do, na colocação de haste femoral anterógrada, 264-265, 264f
Fíbula, fraturada, 247-248
Fio de cerclagem, 278
Fio-guia de aço, na reconstrução do ligamento femoropatelar medial, 140
Fio-guia oliva, para colocação de hastes intramedulares nas fraturas da diáfise
do úmero, 291, 291f
Fio-guia, para fusão lombar posterior minimamente invasiva, 110f
Fios de Kirschner, 260-262
Fisioterapia, após a descompressão do núcleo, 49
Fixação
da osteotomia trocantérica, 21-22, 21f-22f
falha da, na substituição transepifisária do ligamento cruzado anterior
utilizando enxertos isquiotibiais quádruplos, 157q
para reconstrução anatômica do ligamento cruzado anterior com duplo feixe,
156
Fixação artroscópica, da lesão Slap do tipo II, 213-218, 213f-217f
cuidados pós-operatórios, 218
Fixação com fio em banda de tensão, dasfraturas patelares, 260-262, 260f-262f
cuidados pós-operatórios para, 262
Fixação de parafusos canulados, do deslizamento da epífise, determinação do
ponto de entrada para, 316-318, 316f-318f
Fixação de parafusos de compressão do quadril, das fraturas do fêmur
intertrocantéricas, 272-276
cuidados pós-operatórios para, 276
estabilização na, 274-276, 274f-276f
exposição na, 273
posicionamento do paciente para, 272, 272f
redução na, 272-273, 273f
Fixação de placa volar, da fratura distal do rádio, 336-339, 336f-339f
cuidados pós-operatórios para, 339
Fixação intramedular de parafuso, artrodese da articulação
metacarpofalangiana do polegar com, 369, 369f
Fixação intramedular, para as fraturas claviculares, 281-285, 281f-284f
cuidados pós-operatórios para, 285
Fixação percutânea, das fraturas do escafoide, 343f-347f
cuidados pós-operatórios para, 348
Fixação suspensiva, para a reconstrução anatômica do ligamento cruzado
anterior com duplo feixe, 156
Flexor digital espiral, 324
Fluoroscópio, minifluoroscopia, 343
Fluoroscópio, para fixação da epifisiólise proximal do fêmur, 316
Foraminotomia, e fusão cervical anterior de Smith-Robinson, 105
Fortalecimento abdutor, 43
Fortalecimento da panturrilha, após a artroplastia total do tornozelo, 74
Fratura da eminência tibial
redução aberta e fixação interna da, 312, 312f
cuidados pós-operatórios para, 312
redução artroscópica da, e fixação interna com hastes bioabsorvíveis, 313,
313f
cuidados pós-operatórios para, 313
Fratura da tuberosidade tibial, redução aberta e fixação interna da, 314-315,
314f-315f
cuidados pós-operatórios para, 315
Fratura distal do rádio
fixação de placa volar da, 336-339, 336f-339f
cuidados pós-operatórios para, 339
redução fechada e pinagem percutânea da, 333-335, 333f-335f
cuidados pós-operatórios para, 335
Fratura do calcâneo, 424-430
redução aberta da, 424-427, 424f-427f
redução e fixação percutânea da, 428-430, 428f-430f
Fratura do fêmur, colocação de haste intramedular flexível da, 309-311, 309f-
311f
cuidados pós-operatórios para, 311
Fratura do metatarso, quinto, fixação de parafuso da, 431-432, 431f-432f
cuidados pós-operatórios para, 432
Fratura do platô tibial, redução aberta e fixação da, 256-259, 256f-258f
cuidados pós-operatórios, 259
Fratura do úmero proximal, colocação de haste intramedular da, 286-289, 286f-
289f
Fratura supracondiliana, redução fechada e pinagem percutânea, 307-308, 308f
Fratura(s)
clavicular, fixação intramedular para, 281-285, 281f-284f
cuidados pós-operatórios para, 285
de ambos os ossos do antebraço
colocação de haste intramedular da, 306, 306f
redução aberta e fixação interna da, 297-299, 297f-299f
diáfise da tíbia, colocação de haste intramedular da, 250-255
colocação de haste, 251-254, 251f-252f, 254f
cuidados pós-operatórios para, 255
medição da rotação, 250-251
mesa cirúrgica padrão, 250
mesa de fratura, 250, 250f
diáfise do úmero, haste intramedular da, 290-292, 290f-292f
do calcâneo, 424-430
redução aberta da, 424-427, 424f-427f
redução e fixação percutânea da, 428-430, 428f-430f
eminência tibial
redução aberta e fixação interna da, 312, 312f
redução artroscópicada, e fixação interna com hastes bioabsorvíveis, 313,
313f
escafoide, ver Fraturas do escafoide
femoral, colocação de haste intramedular flexível da, 309-311, 309f-311f
cuidados pós-operatórios para, 311
intertrocantérica femoral, fixação de parafusos de compressão do quadril,
272-276
cuidados pós-operatórios para, 276
estabilização na, 274-276, 274f-276f
exposição na, 273
posicionamento do paciente para, 272, 272f
redução na, 272-273, 273f
platô tibial, redução aberta e fixação da, 256-259, 256f-258f
cuidados pós-operatórios, 259
radial distal
fixação da placa volar, 336-339, 336f-339f
redução fechada e pinagem percutânea da, 333-335, 333f-335f
subtrocantérica, colocação de haste intramedular para, 277-280, 277f-280f
cuidados pós-operatórios para, 280
supracondilar
dois pinos laterais para, 307-308, 308f
medial cruzada e pinos laterais para, 307
tuberosidade tibial, redução aberta e fixação interna da, 314-315, 314f-315f
cuidados pós-operatórios para, 315
úmero proximal, colocação de haste intramedular da, 286-289, 286f-289f
Fraturas da diáfise do fêmur, colocação de haste intramedular das, 263-271
anterógrada, 263-269
retrógrada, 269-271, 270f-271f
Fraturas da patela, fixação da banda de tensão com fiação, 260-262, 260f-262f
cuidados pós-operatórios para, 262
Fraturas do antebraço, ambos os ossos, redução aberta e fixação interna das,
297-299, 297f-299f
cuidados pós-operatórios para, 299
Fraturas do escafoide, 340-348
fixação percutânea das, 343f-347f
no pós-operatório (modificado), 348
redução aberta e fixação interna para
abordagem dorsal, 342, 342f
abordagem volar, 340-341
cuidados pós-operatórios para, 342
Fraturas dos dois ossos do antebraço
colocação da haste intramedular das, 306, 306f
cuidados pós-operatórios para, 306
redução aberta e fixação interna das, 297-299, 297f-299f
cuidados pós-operatórios para, 299
Fraturas intertrocantéricas do fêmur, fixação com parafuso de compressão do
quadril, 272-276
cuidados pós-operatórios para, 276
estabilização nas, 274-276, 274f-276f
exposição nas, 273
posicionamento do paciente para, 272, 272f
redução nas, 272-273, 273f
Fraturas subtrocantéricas, colocação de haste intramedular para, 277-280, 277f-
280f
cuidados pós-operatórios para, 280
Fresa tipo haste, 17
Furos de broca transepifisários, diâmetro incorreto dos, na substituição
transepifisária do ligamento cruzado anterior, utilizando enxertos
isquiotibiais quádruplos, 157q
Fusão cervical anterior de Smith-Robinson, 104-106, 105f-106f
cuidados pós-operatórios para, 106
Fusão lombar posterior minimamente invasiva, 109-113, 110f-113f
cuidados pós-operatórios para, 113
Fusão lombar posterolateral, 114-115, 114f
Fusão posterior C1-2, com parafusos translaminares e transarticulares, 98-100
cuidado pós-operatório para, 100
parafusos transarticulares para, 98f-99f
cuidados pós-operatórios para, 99
G
Gancho para osso, 16, 17f
Garrote pneumático, na retirada do enxerto tibial, 1-2
Gore® suave, 173, 173f
H
Hálux valgo
artroplastia de Keller para, 394-400, 394f-396f
cuidados pós-operatórios para, 400
deslocamento lateral do primeiro metatarso, 399-400, 399f-400f
remoção do sesamoide fibular, 397-399, 397f-399f
osteotomia do metatarso distal tipo Chevron modificada para, 401-406, 401f-
406f
osteotomia tipo Chevron modificada por Johnson para, 406-407
Haste intramedular
da fratura do úmero proximal, 286-289, 286f-289f
das fraturas da diáfise da tíbia, 250-255
colocação de haste, 251-254, 251f-252f, 254f
cuidados pós-operatórios para, 255
medição da rotação, 250-251
mesa de fratura, 250, 250f
mesa de operação padrão, 250
das fraturas da diáfise do fêmur, 263-271
anterógrada, 263-269
retrógrada, 269-271, 270f-271f
das fraturas da diáfise do úmero, 290-292, 290f-292f
flexível, da fratura femoral, 309-311, 309f-311f
cuidados pós-operatórios para, 311
fraturas de ambos os ossos no antebraço, 306, 306f
cuidados pós-operatórios para, 306
para fraturas subtrocantéricas, 277-280, 277f-280f
cuidados pós-operatórios para, 280
Haste piriforme, 277
Hérnia, a partir da retirada do enxerto do osso ilíaco, 4-6
I
IFA, ver Impacto femoroacetabular (IFA)
Imobilizador Sling, 192
Impacto Cam, tratamento por via artroscópica do, 47, 47f
Impacto femoroacetabular (IFA), luxação cirúrgica do quadril para, 35-39
Impacto tipo Pincer, tratamento por via artroscópica do, 44-46, 44f-46f
cuidados pós-operatórios para, 47
Impacto, tratamento artroscópico da
Cam, 47, 47f
cuidados pós-operatórios para, 47
pinça, 44-46, 44f-46f
cuidados pós-operatórios para, 47
Implantação de componentes, na artroplastia total do joelho, 64
Incisão
capsular, ver Incisão capsular de Kocher-Langenbeck; Incisão de Kocher-
Langenbeck
dupla, liberação endoscópica do túnel do carpo através, 358-362, 359f-362f
única, liberação endoscópica do túnel do carpo através, 356-358, 356f-358f
Incisão capsular em forma de L, 383-384, 383f-384f
cuidados pós-operatórios para, 393
imbricação capsular medial, e fechamento da ferida, 390-391, 390f-391f
pele e incisão capsular, 382-383, 382f-383f
remoção da eminência medial, 384-385, 385f
Incisão de Kocher-Langenbeck, na luxação cirúrgica do quadril, 35
Incisão na pele do tipo transversal, para corpectomias, 104
Indometacina, para a profilaxia da ossificação heterotópica, 43
Injeção na articulação sacroilíaca, 128, 128f
Injeção epidural caudal sacral, 125, 125f
Injeção epidural interlaminar
cervical, 120-121, 121f
lombar, 122-123, 123f
torácica, 121-122, 122f
Injeção epidural transforaminal, lombar e sacral, 123-124, 124f
Injeção lombar para bloqueio do ramo medial, 127-128, 127f
Injeção para bloqueio do ramo cervical medial, 126, 126f
Injeção lombar intra-articular, 126-127
Injeção peridural cervical, interlaminar, 120-121, 121f
Injeção peridural lombar
interlaminar, 122-123, 123f
transforaminal, 123-124, 124f
Injeção peridural sacral, transforaminal, 123-124, 124f
Injeção peridural torácica, interlaminar, 121-122, 122f
Injeções para bloqueio da faceta, 126-128
injeção articular sacro-ilíaca, 128, 128f
injeção para bloqueio de ramo medial lombar, 127-128, 127f
injeção para bloqueio do ramo medial do colo do útero, 126, 126f
injecção intra-articular lombar, 126-127
Instabilidade crônica, reparação lateral, Broström modificada, 433-435, 433f-
435f
cuidados pós-operatórios para, 435
Instabilidade do ombro, tratamento da, 185-192, 195-201
alteração capsular, 195-197, 195f-197f
cuidados pós-operatórios para, 197
alteração capsular artroscópica, 201
cuidados pós-operatórios para, 201
reparação de Bankart modificada, 185-187, 185f-187f
cuidados pós-operatórios para, 187
técnica artroscópica do reparo de Bankart, 188-192, 188f-192f
cuidados pós-operatórios, 192
Instabilidade rotatória posterolateral, reconstrução lateral do ligamento
colateral ulnar para, 244-245, 244f-245f
cuidados pós-operatórios para, 246
J
Joelheira, após reconstrução do ligamento cruzado anterior com técnica
poupadora da fise, 162
Joelho valgo, balanceamento do ligamento do, 60-61
Joelho varo, balanceamento do ligamento do, 56-59
artroscopia total do joelho varo
estabilizado, 56-59, 57f-58f
L
Labrum, excisão do, 11
Lágrimas capsulares, reparação das, 260-262
Lag screws, suplementar, 260-262
LCP, ver Ligamento cruzado posterior (LCP)
Lesão de Salter-Harris tipo III ou IV, 314, 314f
Lesão superior labral anteroposterior (SLAP), tipo II
diagnóstico da, 214
fixação artroscópica, 213-218, 213f-217f
cuidados pós-operatórios, 218
protocolo de reparo para, 218t-219t
reparação concluída, 217f
Liberação aberta do túnel do carpo, 352-355, 354f-355f
cuidados pós-operatórios para, 355
minipalma, 352-355, 352f-353f
Liberação artroscópica do cotovelo de tenista, 237-238, 237f-238f
Liberação capsular lateral, tendão adutor e, 385-387, 385f-386f
Liberação cirúrgica, do dedo em gatilho, 363-364, 363f-364f
cuidados pós-operatórios para, 364
Liberação da fáscia plantar, endoscópica, 417-420
porta dupla, 417-419, 417f-419f
porta única, 420
Liberação do cotovelo de tenista, artroscopia, 237-238, 237f-238f
cuidados pós-operatórios, 238
Liberação do dedo em gatilho, 363-365
cirúrgica, 363-364, 363f-364f
cuidados pós-operatórios para, 364
percutânea, 364-365, 365f
cuidados pós-operatórios para, 365
Liberação do túnel do carpo
aberta, 352-355, 354f-355f
cuidados pós-operatórios para, 355
minipalma aberta, 352-355, 352f-353f
endoscópica, 356-362
através de uma única incisão, 356-358, 356f-358f
por meio de duas incisões, 358-362, 359f-362f
Liberação endoscópica da fáscia plantar, 417-420
duas portas, 417-419, 417f-419f
porta única, 420
Liberação endoscópica do túnel do carpo, 356-362
por meio de uma única incisão, 356-358, 356f-358f
cuidados pós-operatórios para, 358
por meio de duas incisões, 358-362, 359f-362f
cuidados pós-operatórios para, 362
Ligamento anular, exame do, 231
Ligamento cruzado posterior (LCP), 60, 60f
balanceamento do, 63, 63f
reconstrução aberta, com enxerto do tendão patelar, 163-170
cuidados pós-operatórios para, 170
técnica de Clancy para, 163-167, 164f-166f
técnica de Sallay e McCarroll para, 167-170, 167f-170f
Ligamento cruzado anterior
reconstrução do, 171-176
túnel duplo, 174-175, 175f
túnel único, 171-174, 172f-173f
reconstrução com técnica poupadora da fise, 161-162, 161f
cuidados pós-operatórios para, 162
substituição transepifisária da, utilizando enxertos isquiotibiais quádruplos,
157-161, 158f-161f
armadilhas da, 157q
Ligamento de Wrisberg, na reconstrução do ligamento cruzado posterior, 163
Ligamento redondo, excisão do, 11
Ligamentotaxia, 338
Luxação, cirúrgica, do quadril, 35-39, 36f-39f
cuidados pós-operatórios para, 39
M
Maléolo lateral, fixação do, 247-248, 247f
cuidados pós-operatórios, 249
Maléolo medial, fixação do, 248-249, 248f-249f
Material de enxerto, para fusão lombar posterior minimamente invasiva, 112
Mesa de fratura, 250, 250f
Metatarso, primeiro, deslocamento lateral, 399-400, 399f-400f
Microexcisão do disco lombar, 116-119, 116f-119f
cuidados pós-operatórios para, 116-117
Minifluoroscopia, 343
Mobilização, depois do recapeamento do quadril, 34
Movimento passivo, após osteotomia com fechamento lateral cunha, 71
Mudança capsular, 195-197, 195f-197f
artroscópica, 201
cuidados pós-operatórios para, 201
cuidados pós-operatórios para, 197
inferior, procedimento através da abordagem posterior, 197-200, 198f-200f
cuidados pós-operatórios para, 200
Muletas, depois da colocação de pino para epifisiólise proximal do fêmur, 319
Músculo reto femoral, dissecção do, 14, 14f
N
Nervo fibular profundo, bloqueio do, 379-380, 380f
Nervo fibular superficial, bloqueio do, 379, 379f
Nervo safeno, bloqueio do, 380, 380f
Nervo sural, bloqueio do, 381, 381f
Nervo tibial, bloqueio do, 381, 381f
O
Órtese cervical, após a fusão cervical anterior de Smith-Robinson, 106
Osteocondroplastia
aberta limitada, artroscopia do quadril e, 40-43, 40f-43f
cuidados pós-operatórios para, 43
vantagem da, 40-43
luxação cirúrgica do quadril e, 38
Osteófitos hipertróficos, 11
Osteoplastia, metas da, 43, 43f
Osteotomia com fechamento lateral em cunha, 68-71, 68f-71f
cuidados pós-operatórios para, 71
Osteotomia de Chevron no metatarso, para o hálux valgo, 401-407
distal modificada, 401-406, 401f-406f
Johnson modificada, 406-407
Osteotomia de Fulkerson, para o realinhamento distal, 143-144
cuidados pós-operatórios para, 144
tubérculo, segurança do, 144, 144f
Osteotomia do metatarso distal tipo Chevron modificada, para o hálux valgo,
401-406, 401f-406f
cuidados pós-operatórios para, 406
Osteotomia do olécrano, redução aberta e fixação interna do úmero distal com,
293-296, 293f-296f
cuidados pós-operatórios para, 296
cuidados pós-operatórios para, 71
Osteotomia(s)
fechamento lateral em cunha, 68-71, 68f-71f
cuidados pós-operatórios para, 71
na fusão lombar posterior minimamente invasiva, 111
proximal, 408-416
em crescente, com procedimento de tecido mole distal, 408-415, 408f-414f
cuidads pós-operatórios para, 416
tipo Chevron do primeiro metatarso, 415-416, 415f-416f
trocantérica, 18-22, 18f
cuidados pós-operatórios para, 22
deslizante trocantérico, 19, 19f
estendida, 19-21, 20f-21f
fixação da, 21-22, 21f-22f
padrão, 18-19, 18f
Osteotomia tipo “anel de guardanapo”, 15, 15f
Osteotomia tipo Chevron modificada por Johnson, para o hálux valgo, 406-407
Osteotomia tipo Chevron proximal do primeiro metatarso, 415-416, 415f-416f
P
Parafuso C1, colocação do, na fusão posterior de C1-2, 100
Parafuso de fixação, da fratura do quinto metatarso, 431-432, 431f-432f
Parafuso de interferência
fixação, reconstrução do ligamento cruzado por feixe anatômico duplo, 156
Parafuso no istmo de C2, colocação do, na fusão posterior de C1-2, 100
Parafusos de bloqueio proximal, 288, 288f
Parafusos transarticulares, fusão posterior de C1-2 com, 98f-99f
Parafusos translaminares, para fusão posterior de C1-2, 100
Passador de pontos tipo bico de pássaro, 217, 217f
Perfuração artroscópica, da lesão intacta do côndilo femoral, 133-138, 133f
cuidados pós-operatórios para, 133
transferência de autoenxerto osteocondral na, 134-138, 134f-138f
Perna, síndrome compartimental aguda na, 300-303
cuidados pós-operatórios para, 303
fasciotomia com incisão dupla para, 302-303, 302f-303f
fasciotomia com incisão única para, 300-301, 300f-301f
Pie crusting, no balanceamento ligamentar, 62, 62f
Pinça Kerrison, na microexcisão do disco lombar, 117, 118f
Pinçamento do nó, prevenção do, na fixação artroscópica das lesões SLAP tipo II,
216, 216f
Pino cruzado medial e lateral, para fratura supracondiliana, 307
Pinos laterais, para fratura supracondiliana, 307-308, 308f
Placa de bloqueio, discectomia cervical anterior e fusão com, 101-103, 101f-103f
cuidados pós-operatórios para, 103
Placa de suporte, na osteotomia em cunha de fechamento lateral, 70, 70f
Polegar, artrodese metacarpofalangiana do, 366-370
banda de tensão, 366-369, 366f-369f
com fixação de parafusos intramedulares, 369, 369f
cuidados pós-operatórios para, 370
Ponto fisiométrico femoral, 173, 173f
Porta anteromedial, na reconstrução do ligamento cruzado, 154
Porta proximal de entrada, preparação da, na haste femoral anterógrada, 265,
265f
Porta única para liberação endoscópica da fáscia plantar, 420
Posição da “cadeira de praia”, 226
Posição lateral
na artroplastia total do quadril, 7
na inserção do componente acetabular, 12
Posição posterolateral, recapeamento do quadril na, 23-34
abordagem e exposição na, 23-27, 23f-27f
cuidados pós-operatórios para, 34
recapeamento da cabeça femoral na, 28-34, 29f-34f
taça acetabular para displasia, 27-28, 27f-28f
Preparação do túnel tibial, para reconstrução do ligamento cruzado anterior,
147-149, 147f-148f
Preparo do canal, na colocação da haste femoral anterógrada, 267, 267f
Primeiro metatarso, deslocamento lateral, 399-400, 399f-400f
cuidados pós-operatórios para, 200
Procedimento tipo Neer para mudança capsular inferior, através de uma
abordagem posterior, 197-200, 198f-200f
cuidados pós-operatórios para, 200
Profilaxia para a ossificação, heterotópica, indometacina para, 43
Profilaxia tromboembólica, aspirina como, 43
Prótese Coonrad-Morrey, na artroplastia total do cotovelo, 90-97
Prótese tibial, impactação da, 64
Q
Quadril
carga total em membros inferiores, após a osteotomia trocantérica, 22
luxação cirúrgica do, 35-39, 36f-39f
cuidados pós-operatórios para, 39
R
Radiografias
após a artrodese anterior da coluna lombar, 108
pelve anteroposterior pós-operatória, na colocação de haste femoral
anterógrada, 269
pré-operatório, na colocação de haste intramedular das fraturas da diáfise do
úmero, 290-292, 290f
RAFI, ver Redução aberta e fixação interna (RAFI)
Raiz do nervo, identificação da, na do disco lombar, 117
Realinhamento distal, 143-144, 144f
Recapeamento do quadril, na posição posterolateral, 23-34
abordagem e exposição no, 23-27, 23f-27f
cabeça femoral no recapeamento, 28-34, 29f-34f
cuidados pós-operatórios para, 34
taça acetabular para displasia na, 27-28, 27f-28f
Reconstrução aberta, do ligamento cruzado posterior, com enxerto do tendão
patelar, 163-170
cuidados pós-operatórios para, 170
técnica de Clancy para, 163-167, 164f-166f
técnica de Sallay e McCarroll para, 167-170, 167f-170f
Reconstrução capsulolabral anterior, programa de reabilitação após, 187q
Reconstrução com técnica poupadora da fise, do ligamento cruzado anterior,
161-162, 161f
Reconstrução do ligamento colateral, ulnar, 239-246
lateral, 244-245, 244f-245f
técnica de Altchek et al., 241-243, 241f-243f
técnica de Andrews et al., 239-241, 240f
Reconstrução do ligamento cruzado anterior
enxerto endoscópico quádruplo nos tendões dos músculos isquiotibiais para,
153-154, 153f-154f
cuidados pós-operatórios para, 154
feixe duplo anatômico, 155-156, 155f
feixe único anatômico endoscópico, usando o osso patelar e enxerto ósseo do
tendão, 145-151, 145f
coleta do enxerto para, 145-146
cuidados pós-operatórios para, 151
determinação do comprimento adequado para, 147-149, 148f
fechamento, 150
passagem do enxerto para, 149, 150f
preparação do enxerto para, 146-147, 147f
preparação do túnel femoral para, 149, 149f
preparação para o túnel tibial para, 147-149, 147f-148f
protocolo para, 151q-152q
Reconstrução do ligamento cruzado anterior com duplo feixe, 155-156, 155f
Reconstrução do ligamento cruzado posterior com túnel único, 171-174, 172f-
173f
cuidados pós-operatórios, 174
Reconstrução do ligamento cruzado posterior do túnel duplo, 174-175, 175f
cuidados pós-operatórios para, 176
Reconstrução do ligamento ulnar colateral, 239-246
lateral, 244-245, 244f-245f
técnica de Altchek et al., 241-243, 241f-243f
técnica de Andrews et al., 239-241, 240f
Reconstrução lateral do ligamento colateral ulnar, para a instabilidade rotatória
posterolateral, 244-245, 244f-245f
cuidados pós-operatórios para, 246
Reconstrução medial do ligamento patelofemoral, 139-142
âncoras de sutura com duplo carregamento, colocação das, 139
caudas de enxerto em, 141, 141f
cuidados pós-operatórios para, 142
depressão superficial na, 139, 139f
fio-guia agulhado na, 140
joelho, exame do, 139
músculo semitendinoso, coletado, medição do, 141, 141f
parafuso biocomposto, 141
retináculo, reparação do, 142, 142f
suturas, observação da, 140
túnel femoral
colocação do, marco radiográfico para, 140, 140f
local para, 140, 140f
Redução aberta, da fratura do calcâneo, 424-427, 424f-427f
cuidados pós-operatórios para, 428
Redução aberta e fixação interna (RAFI)
das fraturas de ambos os ossos do antebraço, 297-299, 297f-299f
cuidados pós-operatórios para, 299
do úmero distal com osteotomia do olécrano, 293-296, 293f-296f
cuidados pós-operatórios para, 296
eminência de fratura da tíbia, 312, 312f
cuidados pós-operatórios para, 312
fratura da tuberosidade da tíbia, 314-315, 314f-315f
para as fraturas do escafoide
abordagem dorsal, 342, 342f
abordagem volar, 340-341
cuidados pós-operatórios para, 342
Redução artroscópica, de fratura da tíbia eminente e fixação interna com
parafusos bioabsorvíveis, 313, 313f
Redução da tala externa dinâmica, 349-351, 349f-350f
cuidados pós-operatórios para, 351
Redução e fixação percutânea, da fratura do calcâneo, 428-430, 428f-430f
Redução fechada e pinagem percutânea
de fratura radial distal, 333-335, 333f-335f
cuidados pós-operatórios para, 335
para fratura supracondiliana, 307-308, 308f
“Referenciamento anterior,” instrumentos para, 54
Referenciamento posterior, instrumentos para, 54
Reparação artroscópica, das lesões do manguito rotador, 208-212, 208f-212f
cuidados pós-operatórios para, 212
Reparação de Bankart
artroscópica, 188-192, 188f-192f
cuidados pós-operatórios, 192
modificada, 185-187, 185f-187f
cuidados pós-operatórios para, 187
protocolo de reabilitação, 193t-194t
Reparação de Bankart modificada, 185-187, 185f-187f
cuidados pós-operatórios para, 187
Reparação do bíceps
abordagens abertas, 220-224
técnica de duas incisões para a reparação do tendão distal do bíceps, 223-
224, 223f-224f
técnica de incisão única para o reparo do tendão distal do bíceps, 224
tenodese subpeitoral do bíceps, 220-223, 220f-223f
abordagens artroscópicas, 225-228
posição de decúbito lateral, 228
tenodese do bíceps com tendão intra-articular percutâneo, 226
tenodese do bíceps, técnica artroscópica ou miniaberta, 226-228, 227f-228f
Reparação lateral da instabilidade crônica, Broström modificada, 433-435, 433f-
435f
cuidados pós-operatórios para, 435
Reparação rupturas de manguito rotador, 202-212
Reparo aberto
de ruptura do tendão do calcâneo, 177-181
cuidados pós-operatórios para, 181
Krackow et al., 177, 177f
Lindholm, 177-178, 178f
Lynn, 178-179, 179f
Teuffer, 179-180, 180f
rupturas do manguito rotador, 202-207, 202f-207f
cuidados pós-operatórios para, 207
Reparo aberto de Bankart, 185-192
Reparo do tendão, flexor, 320-327, 320f
cuidados pós-operatórios para, 326-327, 326f-327f
zona I, 321-322, 321f-322f
zona II, 322-325, 323f-324f
zona III, 325
zona IV, 325
zona V, 326
Reparo do tendão flexor, 320-327, 320f
cuidados pós-operatórios para, 326-327, 326f-327f
zona I, 321-322, 321f-322f
zona II, 322-325, 323f-324f
zona III, 325
zona IV, 325
zona V, 326
Reparo minimamente invasivo da ruptura do tendão do calcâneo, 182-184, 182f-
184f
cuidados pós-operatórios para, 184
Retalho em ilha de pedículo, para amputações da ponta de dedo, 374
Retalho em ilha local neurovascular, para amputações da ponta do dedo, 372-
373, 372f-373f
Retalho tênar, para amputações da ponta do dedo, 371-372, 371f-372f
Ruptura de manguito rotador, reparação da, 202-212
aberta, 202-207, 202f-207f
artroscópica, 208-212, 208f-211f
Ruptura do tendão de calcâneo
reparação da, minimamente invasivo, 182-184, 182f-184f
cuidados pós-operatórios, 184
reparo aberto do, 177-181
cuidados pós-operatórios para, 181
Krackow et al., 177, 177f
Lindholm, 177-178, 178f
Lynn, 178-179, 179f
Teuffer, 179-180, 180f
S
Sangramento, da remoção do enxerto ósseo ilíaco, 6
SCFE, ver Epifisiólise proximal do fêmur (SCFE)
Sesamoidectomia fibular (lateral)
abordagem dorsal, 387, 387f
abordagem plantar, 388-390, 388f-390f
Sesamoide fibular, remoção do, 397-399, 397f-399f
Síndrome compartimental aguda, na perna, fasciotomia para, 300-303
cuidados pós-operatórios para, 303
incisão dupla, 302-303, 302f-303f
incisão única, 300-301, 300f-301f
Síndromes de impacto
desbridamento anterior para, 439-440, 440f
cuidados pós-operatórios para, 440
desbridamento posterior para, 441-443, 441f-443f
Sistema de guia de perfuração Arthrex, 171
Sistema de recapeamento do quadril Birmingham, 27-28
SmartNails®, 313
bioabsorvível, redução artroscópica da fratura da eminência da tíbia e fixação
interna com, 313, 313f
cuidados pós-operatórios para, 313
em colocação de haste femoral anterógrada
inserção de, 267-268
interligação de, 268
piriforme, 27
Substituição transepifisária do ligamento cruzado anterior utilizando enxertos
isquiotibiais quádruplos, 157-161, 158f-161f
armadilhas da, 157q
Sucção nasogástrica, após artrodese anterior da coluna lombar, 108
Sulco sublabral, 213
Superfície óssea, preparação da, princípios da, 52-54
Suporte de controle dos movimento do joelho, 262
Suporte de peso, 269
após a cirurgia de Elmslie-Trillat, 143
progresso gradual, após a artroplastia total do tornozelo, 74
proteção, após a descompressão do núcleo, 49
Sutura de impacto, prevenção da, na fixação artroscópica das lesões SLAP tipo
II, 216, 216f
Sutura tipo Krackow, na reconstrução do ligamento cruzado anterior, 154, 154f
T
Tala acetabular para displasia, 27-28, 27f-28f
Tala de redução, dinâmica externa, 349-351, 349f-350f
cuidados pós-operatórios para, 351
Tala ortoplástica, removível, 339
Técnica com haste de Wissinger, 231
Técnica de Clancy, para a reconstrução aberta do ligamento cruzado posterior,
163-167, 164f-166f
Técnica de dupla incisão, para a reparação do tendão distal do bíceps, 223-224,
223f-224f
Técnica de Elmslie-Trillat, para realinhamento distal, 143
Técnica de fresar e raspar, 17
Técnica de incisão única, para a reparação do tendão distal do bíceps, 224
Técnica de mini-incisão, na artrodese do tornozelo, 75-76, 75f-76f
Técnica de reparo artroscópico de Bankart, 188-192, 188f-192f
cuidados pós-operatórios, 192
Técnica de Sallay e McCarroll, para a reconstrução aberta do ligamento cruzado
posterior, 167-170, 167f-170f
Técnica do pie crusting medial, 57f
Técnica Gap, 54-55
Técnica MAKOplastia, 65-67
Técnica miniaberta, para a tenodese do bíceps, 226-228, 227f-228f
Técnica percutânea, para a descompressão do núcleo, 48-49, 48f
Tendão calcâneo, alongamento do, 444-446
aberto
cuidados pós-operatórios para, 446
percutâneo, 445-446
técnica, 33-13, 446f
Z-plastia, 444-445, 444f-445f
cuidados pós-operatórios para, 445
Tendão do bíceps, distal
técnica de duas incisões para reparação do, 223-224, 223f
técnica de incisão única para reparação do, 224
Tendão, exposições para sutura primária do, 320, 320f
Tendão grácil, na reconstrução do ligamento cruzado anterior, 153, 153f
Tendão intra-articular percutâneo, tenodese artroscópica do bíceps com, 225
Tendão patelar, autógeno, 171
Tendão poplíteo, liberação do, 60
Tendinose aquiliana, não insercional crônica, transferência do flexor longo do
hálux para, 421-423, 421f-423f
cuidados pós-operatórios para, 423
Tendinose não insercional crônica de aquiles, transferência do flexor longo do
hálux para, 421-423, 421f-423f
cuidados pós-operatórios para, 423
Tenodese, 225-228
Tenodese do bíceps
artroscópica, intra-articular com um tendão percutâneo, 226
cuidados pós-operatórios para, 225
subpeitoral, 220-223, 220f-223f
cuidados pós-operatórios, 223
técnica miniaberta, 225-228, 227f-228f
Tenossinovectomia parcial, 325
Teste de Peel-back, 214
Testes biomecânicos, de hastes intramedulares flexíveis, 309
Titânio, para fixação intramedular, 309-311
Tomogramas, após a artrodese anterior da coluna lombar, 108
Torniquete, pneumáticos, na remoção do enxerto da tíbia, 1-2
Transferência do tendão flexor longo do hálux, para tendinose de aquiles não
insercional crônica, 421-423, 421f-423f
cuidados pós-operatórios para, 423
Translação posterior, 63
Transplante de aloenxerto, 436-438, 436f-438f
cuidados pós-operatórios para, 438
Treinamento proprioceptivo, após a artroplastia total do tornozelo, 74
TRIGEN® haste de fusão do retropé, 79, 79f
Túnel do úmero, 245
posição, 242
Túnel femoral
colocação do, marco radiográfico para, 140, 140f
local para, 149f, 140, 140f
preparação do, reconstrução do ligamento cruzado anterior para, 149
U
Úmero distal, redução aberta e fixação interna, com osteotomia do olécrano,
293-296, 293f-296f
cuidados pós-operatórios para, 296
Úmero, esvaziamento do, na artroplastia total do cotovelo, 93, 93f
Unidade fluoroscópica C-arm, 343
V
Valgo, correção do, 60-61, 60f
Z
Z-plastia para alongamento do tendão do calcâneo, 444-445, 444f-445f