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I. Pelo poder que lhe foi conferido por Deus, o Romano Pontífice foi designado
para administrar penas espirituais e temporais, segundo corresponda
respectivamente a cada caso. O propósito disso é a repressão dos maliciosos
desígnios de homens extraviados, que foram tão seduzidos pelo seu degradado
impulso de fins perversos que esqueceram o temor de Deus, puseram de lado
com desprezo decretos canônicos e mandamentos apostólicos, ousaram formular
novos e falsos dogmas e introduziram o mal do cisma na Santa Igreja de Deus ―
ou apoiaram, ajudaram e aderiram a tais cismáticos, os quais fazem comércio
rasgando a túnica do nosso Redentor e a unidade da verdadeira fé.
VII. No entanto, uma vez que seria difícil entregar a presente missiva, com as
suas declarações e avisos, a Martinho em pessoa e aos outros declarados
excomungados, por causa da força da sua facção, a nossa vontade é que a
afixação pública desta missiva nas portas de duas catedrais ― ambas
metropolitanas, ou uma catedral e uma metropolitana dentre as igrejas da
Alemanha ―, por meio de um mensageiro nosso naqueles lugares, tenha uma
força vinculante tal que Martinho e os demais que mencionamos devem mostrar-
se condenados em todos os pontos peremptoriamente, como se a missiva tivesse
sido levada ao seu conhecimento e apresentada a eles pessoalmente.
VIII. Também seria difícil transmitir esta missiva em cada lugar onde a sua
publicação pudesse ser necessária. Daí a nossa vontade e decreto legítimo de que
cópias suas, seladas por prelado eclesiástico ou por um dos nossos mensageiros
anteriormente referidos, e autenticadas pela mão de notário público, tenham a
mesma autoridade da proposição e exibição do próprio original.
S. S. PAPA LEÃO X