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APOSTILA CORE POWER at
APOSTILA CORE POWER at
2023
USO DE PALAVRAS ESSENCIAS NA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
Estima-se que entre 30 e 50% dos indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA)
não usam a fala funcional (Lord & Paul, 1997; Lord, Risi e Pickles,2004). Aproximadamente
25% a 30% das crianças com TEA permanecem minimamente verbais, mesmo após anos
de intervenção (Kasari,2014).
No entanto, diversas pesquisas mostram que a comunicação aumentativa e alternativa
(CAA) pode melhorar a qualidade de vida, participação e autonomia de pessoas com
necessidades complexas de comunicação.
A Comunicação Aumentativa Alternativa (CAA) refere-se as várias formas de se transmitir
uma mensagem, e pode ser feita por meio de gestos, movimentos corporais, vocalizações,
expressões faciais, fotos, escrita e símbolos gráficos. É uma área de prática clínica e
educacional que tem como objetivos melhorar as habilidades de comunicação de
indivíduos com pouca ou nenhuma fala funcional. (Lloyd, LL, Fuller, DR, & Arvidson, HH
(1997).
Ainda hoje a CAA e cercada por mitos, e esses por muitas vezes acabam por limitar o
acesso a um sistema de comunicação, para pessoas com necessidades complexas de
comunicação. Alguns desses mitos são: a CAA vai impedir ou inibir o desenvolvimento da
linguagem oral, ou que é necessário que as crianças tenham um certo conjunto de
competências cognitivas ou de linguagem para serem capazes de se beneficiar da CAA,
ou ainda que precisam ter uma certa idade para conseguir se beneficiar de um sistema
de comunicação alternativa, mitos que não sustentados por pesquisas. Não há pré-
requisitos para introduzir um sistema de comunicação aumentativa alternativa.
Alguns podem usá-la o tempo todo, outros podem dizer algumas palavras, mas usam
CAA para frases mais longas ou para funções de comunicação que o usuário não
consegue expressar por meio da fala.
A Comunicação aumentativa alternativa tem como objetivo auxiliar indivíduos com
necessidades complexas de comunicação, a ter uma comunicação mais eficiente, dessa
forma o objetivo da comunicação e proporcionar ao indivíduo oportunidade e
capacidade para comunicar mensagens que possam: interagir na conversação; participar
em diferentes ambientes; aprender sua língua nativa; estabelecer manter seu papel
social; e satisfazer suas necessidades pessoais. (Beukelman; Miranda; et al 2012).
Ou seja, poder para comunicar o que quiser, e na hora que desejar.
Com o uso de palavras essências é possível comunicar variar funções de comunicação
como por exemplo: fazer pedidos, negar coisas que não queremos, fazer protestos,
interagir socialmente, e dar e trocar informações.
01
Essas palavras essenciais que compõe o vocabulário básico se referem ao pequeno
número de palavras que compõem> 70-90% do que dizemos diariamente.
Essas palavras são relevantes em todos os contextos e podem ter muitos significados.
As palavras essências podem ser ensinadas e reforçadas em uma variedade de atividades
e permitem combinações de 2 palavras de formas rápidas e fáceis. O vocabulário
essencial é poderoso porque permite que os comunicadores expressem uma ampla
variedade de conceitos com um número muito pequeno de palavras.
consiste ¾ daquilo que adultos e crianças realmente dizem e costuma ser ignorado na
introdução da comunicação alternativa, estudos mostram que cerca de 85% do que as
pessoas falantes dizem que todos os dias podem ser expressos com aproximadamente
250 a 350 palavras, palavras como abrir, pegar, parar, mais, acabou, certamente você já
falou varias vezes essas palavras hoje, e por serem palavras que todos nos usamos todos
os dias é fundamental que autistas com necessidades complexas de comunicação,
tenham acesso a essas palavras.
O vocabulário essencial é consistente em populações clínicas, atividades, lugares, tópicos
e grupos demográficos.
O Vocabulário essencial contém poucos produtores de imagens. (Baker, 2005). E aqui
entra outro mito limitador da comunicação alternativa, que em alguns casos seria
necessário fazer uma hierarquia simbólica, ou seja, que os usuários deveriam entender
representações mais concretas usando objetos reais ou fotografias, antes de lhes
ensinarmos outros tipos de símbolos gráficos, como pictogramas ou palavras escritas.
O que agora entendemos é que essa ideia de uma hierarquia de símbolos não é
sustentada por pesquisas.
Em vez disso, a pesquisa sugere que os usuários aprendem a usar os símbolos que lhes
são ensinados. Portanto, podemos começamos com símbolos abstratos e maximizamos
as oportunidades de comunicação.
Pare para pensar, sobre o uso de fotos na comunicação alternativa, A iconicidade da foto
relaciona-se apenas a substantivos representacionais (palavras que produzem imagens)
tais como biscoito, chocolate, frutas, etc., com pouco poder comunicativo, explorando
apenas uma função de comunicação que é fazer pedidos. Isso leva a uma ênfase
exagerada no vocabulário apenas de substantivo.
E isso se torna um problema, quando você deseja usa a comunicação alternativa para
comunicar diferentes funções de comunicação pois, as palavras essencial são dificilmente
representadas por fotos é frequentemente usado em várias situações. Isso significa que
você obtém menos comunicação de cada símbolo, e menos oportunidade de aprender e
usar o mesmo símbolo, em vários ambientes e situações.
Como toda as formas de linguagem são aprendidas por modelagem, não existem
símbolos “mais difíceis” de aprender, dessa forma o uso e a funcionalidade do símbolo é
mais importante do que a iconicidade. (Namy, Campbell & Tomasello, 2004).
02
O conceito de vocabulário essencial com sua ênfase em palavras de alta
frequência utilizadas em um idioma, oferece uma maneira de fornecer a
pessoas com necessidades complexas de comunicação um vocabulário
expressivo, para diferentes funções de comunicação
03
Essas palavras são recomendadas para alunos que usam comunicação
aumentativa e alternativa (CAA) que precisam começar com um número
limitado de palavras em seus sistemas de comunicação devido a desafios
motores, sensoriais e/ou cognitivos.
Essas palavras foram selecionadas de um conjunto maior de vocabulário
essencial com base em sua utilidade na comunicação cotidiana e no
tratamento dos Elementos Essenciais do DLMT.
As "Primeiras 40" palavras destinam-se a iniciar o usuário com CAA, e
palavras adicionais do vocabulário principal devem ser adicionadas ao
longo do tempo, à medida que o aluno aprende e começa a usar essas
palavras para comunicação.
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IMPORTÂNCIA DE PARCEIROS DE COMUNICAÇÃO:
(Nevers (2015)
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A fim de desenvolver habilidades para o uso de CAA, é útil uma combinação
de ambas as abordagens.
Isso precisa ser fornecido em conjunto com oportunidades de uso funcional. É
importante lembrar que os parceiros de comunicação não estão verificando a
compreensão de um usuário de CA, mas ouvindo e apoiando o que eles
querem nos dizer.
INTERAÇÕES POSITIVAS
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•Importante monitorar que adaptamos nossos comportamentos de comunicação
para apoiar o usuário de CAA. Algumas maneiras pelas quais podemos fazer isso
são:
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As características típicas das interações CAA incluem: ritmo mais lento, menos
troca de turnos e mais perguntas fechadas de um parceiro.
Os princípios TALK conforme descrito fornecem instruções essenciais para que
você se torne um bom parceiro de comunicação:
Tempo: dê tempo para que o usuário do CAA processe as informações e gere sua
resposta.
Pergunte o que ajuda: pergunte ao usuário do CAA o que ele precisa que você
faça para ajudar na comunicação.
Ouça e veja: certifique-se de esperar e ouvir suas tentativas de comunicação.
Assista seu uso de seu sistema de comunicação.
Continue tentando: a perseverança e a consistência compensam.
Para as pessoas que usam o alfabeto para se comunicar, algumas dicas úteis:
É sempre útil descobrir o que o usuário do CAA acha que o ajuda melhor. Ter
conhecimento de seu sistema e saber se existem regras específicas pode ser muito
útil. Essas informações devem ser compartilhadas com todos os parceiros de
comunicação para facilitar as interações entre eles.
- As palavras são limitadas dentro de um sistema CAA: isso é verdade para alguns
sistemas CAA, mas com uma avaliação completa e uma boa compreensão das
necessidades do usuário CAA, um vocabulário adequado pode ser encontrado para
o usuário CAA.
- Quando o sistema não está sempre disponível: isso pode ser um problema, mas é
responsabilidade de todos os envolvidos com o usuário CAA garantir que seu
sistema esteja disponível para eles.
- Usar Sim/Não é mais rápido: esta pode ser uma maneira rápida de obter
informações, mas também é mais limitante para o usuário do CAA. Eles não
podem expressar uma gama de informações espontaneamente dessa maneira.
Essa abordagem deve ser usada em conjunto com outras estratégias.
- O sistema CAA é muito pesado: os dispositivos podem ser pesados, mas isso pode
ser considerado por meio de avaliação e os dispositivos podem ser montados para
evitar suporte de peso desnecessário. Alternativamente, se o usuário do CAA for
móvel, um dispositivo mais portátil seria identificado por meio de avaliação.
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MANDAMENTOS FUNDAMENTAIS DE UMA BOA MODELAGEM
MOTIVE PLORAR
DEIXE EX
MOSTRE isas bastant
e
bolos t en ha as co suário
Aponte p
ara os sím M a n
divertid
as. Dê aos u rar seu
não o ra s e p ara explo
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aixa n d o CAA sob
alta ou b us a endo
pode s e r d e
e e st á acontec
gia q u
tecnolo
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MOSTRE
Mostrar a um usuário iniciante de CAA como ele pode usar símbolos para se comunicar é
uma das melhores coisas que você pode fazer para apoiar seu aprendizado e há muitas
pesquisas para mostrar que isso funciona!
Podemos cercar o usuário iniciante de CAA com sua linguagem apenas mostrando-lhe a
linguagem usando seu sistema de comunicação. Use o sistema de CAA do usuário ao falar
com eles, ou com outras pessoas próximas.
Isso pode ser em seu dispositivo de alta tecnologia, ou uma prancha de símbolo de baixa
tecnologia, ou uma combinação de ambos. Todos nós aprendemos a língua falada
observando e ouvindo outras pessoas falar antes de começarmos a praticar nós mesmos.
Modele palavras-chave: Você não precisa apontar para cada palavra que diz. Apenas
mostre as palavras mais importantes primeiro e diga as outras palavras. Por exemplo,
“Eu acho que VOCÊ GOSTA disso” ou “Você QUER fazer MAIS?”
Dê ideias: Além de modelar o que você está dizendo para o usuário iniciante de CAA,
tente dar-lhes algumas idéias do que eles poderiam dizer e mostre-lhes como falar
usando a CAA. Pense em aprender uma língua estrangeira estar no país onde a língua é
falada seria realmente útil, mas seria ainda melhor aprender coisas úteis a dizer
também!
• Cometer erros: Lembre-se de que não há problema em cometer erros ao fazer isso,
pois isso mostra ao usuário de CAA que ele também pode cometer erros e mostra o que
pode fazer se cometer um erro. Basta apontar ou selecionar símbolos enquanto você
fala.
• Pense em voz alta: Tente pensar em voz alta, para dizer ao usuário que está
fazendo. Por exemplo, “Hmm, estou procurando a palavra 'grande'.
• Tempo para praticar: Pode ser útil escolher um horário todos os dias em que
você realmente se concentrará em usar a CAA do usuário ao falar com ele.
Por exemplo, pode ser na hora das refeições, durante um jogo ou mesmo na hora de
dormir.
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MOTIVE
Relacione o seu ensino com as coisas favoritas do usuário de CAA. Se eles amam carros,
mas você quer ensinar palavras descritivas, tente brincar com muitos carros de brinquedo
e descreva-os enquanto joga. Este carro é rápido, mas este é lento! Grande, pequeno, igual,
diferente, novo, velho. Você pode até mesmo fazer uma lavagem de carro fingida e usar as
palavras limpo e sujo. Ou você pode assistir a vídeos de carros no YouTube e descrevê-los.
Deixe um tempo para o usuário CAA selecionar qualquer uma das palavras descritivas e
responder àquela que escolher encontrar um carro que corresponda a essa palavra
descritiva.
Relacione o seu ensino com as coisas favoritas do usuário de CAA, se a criança adora
carros, mas eu quero ensinar palavras descritivas, posso pegar muitos carros de
brinquedo e descrevê-los enquanto brincamos. Este carro é RÁPIDO, mas este é LENTO!
Vamos escolher um carro DIFERENTE. O carro PEQUENO é RÁPIDO. O carro GRANDE é
LENTO.
Você pode fazer um lava-rápido fingido para ensinar as palavras LIMPO e SUJO, ou pode
assistir a vídeos de carros no YouTube e descrevê-los. Deixe um tempo para o usuário
CAA selecionar qualquer uma das palavras descritivas e responder à que escolher,
encontrando um carro que corresponda a essa palavra descritiva. Caixas de diversão: ao
ensinar palavras essenciais (palavras como “vá”, “pare”, “grande”, “olhe”), tente juntar
muitos objetos diferentes e fazer uma caixa com coisas que possam ser usadas para
ensinar essa palavra, material coloridos, adesivos brilhantes, um espelho e bolhas. E
quando estiver usando as caixas, você pode modelar as palavras “abrir” e “fechar”.
Explorar e responder: Navegue até uma página específica do vocabulário que deseja
apresentar e, em seguida, deixe o usuário CAA explorar, selecionando palavras.
Em seguida, responda para mostrar o que essas palavras significam.
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TEMPO
Aprender CAA leva tempo. É muito importante lembrar que podemos não ver os
resultados imediatamente, e alguns usuário iniciante de CAA precisarão de MESES e
MESES de modelagem antes de começarem a usar o CAA. Responda para ensinar o
significado. Podemos aproveitar isso como uma oportunidade para responder ao 'balbucio'
como uma comunicação significativa, para ajudar a apoiar o usuário a compreender os
símbolos que está selecionando. Os adultos fazem isso o tempo todo com crianças
pequenas que estão aprendendo a falar. Aprender uma língua leva tempo. Se você pensar
sobre isso, crianças com desenvolvimento típico conseguem ouvir a linguagem falada
modelada para elas por 12-18 meses antes de esperarmos que digam uma única palavra!
E antes de dizerem qualquer palavra, as crianças falantes normalmente passam um tempo
brincando e experimentando diferentes sons da fala balbuciando. Às vezes, quando os
bebês balbuciam, eles podem fazer ruídos que soam como uma palavra, como “papai”, aos
quais seus pais podem responder “Sim, papai! É o papai! ”. Mesmo que o bebê não estivesse
dizendo “papai”, a resposta dos pais os ajudará a aprender essa palavra e seu significado.
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PAUSAS
Às vezes, podemos subestimar quanto tempo um usuário iniciante de CAA precisa antes
de poder nos responder. Pessoas com necessidades complexas de comunicação podem
precisar de mais tempo para processar o que você disse a eles ou precisam de mais tempo
para pensar sobre como responder.
Ou eles podem precisar de mais tempo para iniciar fisicamente um movimento e
selecionar o que querem dizer, seja usando acesso direto, ponteiras, varredura, Isso é
especialmente verdadeiro se eles estiverem aprendendo o método de acesso e também o
idioma! Pausar é uma das coisas mais fáceis que você pode fazer para apoiar uma pessoa a
usar CAA. Você não precisa de nenhum equipamento especial ou muito tempo para se
preparar.
Revezando: pense em fazer uma pausa como uma forma de mostrar ao usuário iniciante
de CAA que é sua vez de dizer algo. Apenas certifique-se de dar a eles bastante tempo
para fazer a sua vez.
Você vai primeiro: pausar também pode ser uma boa maneira de incentivar o usuário
iniciante de CAA a ser o primeiro a se comunicar, em vez de sempre apenas responder
ao que outra pessoa disse.
Experimente contar: Às vezes, pode ser útil contar até dez ou vinte em sua cabeça, para
ter certeza de que você realmente está reservando tempo suficiente. Dez segundos
podem parecer mais longos do que você pensa!
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CORE WORS
Ao ensinar CAA, tente se lembrar de todas as diferentes razões pelas quais usamos a
linguagem. Não se trata apenas de pedir coisas! Embora isso possa ser muito motivador
para algumas pessoas. Precisamos de diferentes tipos de palavras - não apenas coisas.
Pense na diferença entre um usuário de CAA que sabe pedir massinha de modelar e um
usuário que é capaz de: PEDIR AJUDA para abrir o pote de massinha.
Apenas cerca de 20% das declarações faladas de uma criança de dois anos são
solicitações. E quanto aos outros 80%! Para sermos capazes de nos comunicarmos
totalmente, 100% do tempo, precisamos descrever palavras, palavras de ação, palavras de
posição, palavras interrogativas e muito mais. Esses diferentes tipos de palavras nos
ajudarão a nos comunicar por muitos motivos diferentes. Chamamos esses diferentes
motivos de funções de linguagem.
Escolha uma atividade: Tente pensar em cinco funções de linguagem diferentes que o
usuário iniciante de CAA pode querer usar durante essa atividade. Você pode usar o
exemplo de massinha acima para ajudá-lo. Faça uma lista de palavras que seriam úteis
para cada uma e depois modele essas palavras durante a atividade. Lembre-se de que
não importa se o usuário de CAA não o copia imediatamente, apenas dê a ele bastante
tempo.
Concentre-se em uma função de linguagem: Pense na linguagem que seu usuário de
CAA já está usando. Por que razões eles se comunicam? Há alguma função de
linguagem que eles não estão usando em seu sistema de CAA. Talvez eles não façam
perguntas ou não solicitem ajuda. Escolha uma delas e pense em todas as
oportunidades ao longo do dia em que você poderia mostrar ao aluno o que ele
poderia dizer. Então modele, modele, modele!
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DEIXE EXPLORAR
Comece pensando sobre a grade que você gostaria de explorar com o aluno.
Isso o ajudará a pensar sobre como você pode responder.
• Cores: responda apontando para itens ao seu redor que são dessa cor, ou responda
selecionando aquele giz de cera colorido e colorindo em um pedaço de papel
Jogar está bem!
• Letras: explorar pode nem sempre estar em uma página do vocabulário, pode
significar explorar a página do teclado. Explorar a página do teclado e permitir que o
aluno “rabisque” e brinque com diferentes combinações de letras é uma parte
importante de aprender a ler e escrever para crianças falantes e não deve ser diferente
para os usuários de CAA para ajudar no desenvolvimento da alfabetização.
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SEMPRE DISPONÍVEL
O SISTEMA DE CAA DEVE ESTAR SEMPRE DISPONÍVEL. Se um usuário de CAA não tiver
acesso a CAA, como eles aprenderão a usá-lo? como uma prancha de comunicação de
símbolos ou um livro de comunicação. Pode ser uma versão impressa de seu sistema de
alta tecnologia, um quadro de vocabulário essencial ou pode ser algo específico para o
tópico que está sendo falado. Se eles só tiverem acesso ao CAA em determinados horários
do dia ou da semana, vai demorar muito, muito mais tempo para aprender a usá-lo, do
que se ele estiver lá o tempo todo. Isto parece bastante óbvio, mas, infelizmente, é muito
comum ouvir as palavras " é hora de usar o seu sistema comunicação”.
Eles devem ter acesso em todos os momentos. De qualquer forma, os indivíduos que estão
aprendendo CAA devem ter acesso ao seu sistema de CAA o tempo todo.
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EXPANSÃO
Depois que o usuário de CAA começa a usar palavras isoladas, você pode começar a
modelar, mostrando-lhe como ADICIONAR PALAVRAS ao que ele disse e ajudá-lo a
desenvolver sua linguagem. Por exemplo, se eles pedirem mais suco dizendo “mais”, você
pode usar o CAA deles para dizer “mais suco”. Se eles virem um carro e disserem “carro”,
você pode dizer “carro vermelho” ou “carro rápido”. Se o usuário de CAA está começando a
usar duas palavras juntas, você pode fazer exatamente o mesmo. Se ele dissesse “mais
suco” você poderia mostrar “quero mais suco” ou mesmo “quero mais”, sempre
adicionando apenas uma ou duas palavras a mais ao que ele disse. Basta adicionar uma ou
duas palavras O objetivo é usar uma linguagem que esteja um pouco além do nível de
linguagem atual do usuário, para apoiá-lo a desenvolver suas habilidades linguísticas. Às
vezes. Eles não precisam repetir você é importante não esperar que o usuário de CAA
repita o que você disse. O individuo deve sentir como se estivéssemos confirmando o que
ele disse é correto. Lembre-se também, você não precisa apontar para cada palavra
enquanto fala. Você pode apenas apontar para os mais importantes. Ao pedir-lhes para
repetir o que dissemos, o usuário pode pensar que o que eles disseram está errado. Se você
fizer uma pausa e o usuário de CAA repetir espontaneamente o que você disse, é claro
que isso é ótimo!
Para esta estratégia, basta escolher um momento em que você vai praticar a adição de
palavras ao que o usuário de CAA diz. Espere que eles digam uma palavra e, em
seguida, adicione uma palavra ao que disseram usando a CAA de modo que você
também mostre ao aluno onde ele pode encontrar a palavra que você adicionou. Por
exemplo, se eles disserem “bolhas”, você poderia dizer “mais bolhas” ou “bolhas de
soprar bolhas” ou “bolhas grandes”. Se o aluno disser duas palavras, como “mais bolhas”,
adicione uma terceira palavra, como “estourar mais bolhas” ou “mais bolhas grandes
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COMENTE
Quando uma criança está aprendendo a falar, você costuma ouvir adultos fazendo
perguntas como "o que é isso?" Isso também acontece com os usuários de CAA. As pessoas
ao seu redor começam a fazer essas perguntas, bem como perguntas como “onde está
essa palavra” e “você pode encontrar essa palavra”. Por que fazemos essas perguntas
quando já sabemos a resposta? Bem, podemos querer ver se o usuários de CAA sabe a
resposta, ou mesmo provar a outra pessoa que sabe.
Mas não é para ensinar a comunicar? As perguntas podem ser um teste, não um ensino. Se
fizermos esse tipo de pergunta aos usuários de CAA, não estamos ensinando a comunicar.
Estamos testando-os. E se eles não souberem a resposta, ou souberem, mas não souberem
dizer com seu sistema CAA? Eles se sentirão tristes, frustrados, confusos ou menos
confiantes? Ensinamos a eles como dizer "Não sei”?
Em vez de fazer perguntas, diga as respostas. Em vez de dizer "o que é?" você poderia
usar CAA para dizer “É um carro”. Em vez de dizer "de que cor é?", Use a CAA para dizer
"é VERMELHO". Em vez de dizer "você consegue encontrar a palavra vai?" apenas
mostre a
eles onde está.
Se você fizer uma pergunta, modele algumas respostas! Fazer perguntas para as quais
não sabemos as respostas é ótimo - queremos saber o que o usuário de CAA pensa!
Perguntas como "o que você quer fazer?" ou o que você acha?". Esta é uma grande
oportunidade de MOSTRAR ao usuário algumas respostas possíveis usando o sistema
CAA . Por exemplo, você pode dizer “o que você acha? É DIVERTIDO ou CHATO? ”. E está
tudo bem se o aluno escolher uma resposta diferente das que você sugeriu! Apenas
comente sobre o que está acontecendo!
Use a regra de ouro. Quando você está acostumado a fazer muitas perguntas, pode
ser difícil parar! Comece tentando dizer quatro comentários para cada pergunta - a
regra prática. O polegar é a sua pergunta, seus dedos são comentários! Gaste de 5 a
10 minutos por dia fazendo isso e ficará mais fácil quanto mais você praticar.
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COMO USAR LIVROS PARA MODELAR A LINGUAGEM:
Leia as páginas do livro exatamente ou mude as palavras para melhor atender às necessidades de seus
alunos. Por exemplo, se um livro contiver apenas uma palavra por página, adicione uma frase de transporte
a cada página, “Eu vejo…”
Use seu livro ou quadro de comunicação para desacelerar sua fala e enfatizar palavras-chave. As palavras
principais que eu mais uso ao ler são “eu, você, vejo, mais, vire, terminei”.
Use vocabulário marginal quando apropriado. Encontre um conjunto de vocabulário marginal e use-o
quando possível. Eu não recomendo virar de página em página. Se você não tiver a palavra exata do
vocabulário marginal nessa página, pule-a.
Use a saída de voz para linhas repetitivas ou para direcionar o adulto, como “virar a página”
1. Imagens e ilustrações grandes e em negrito são muito úteis para direcionar o foco da criança.
2. Linhas repetitivas são ideais para estudantes que usam um dispositivo de comunicação de saída de voz
simples de uma ou várias etapas.
3. Coisas divertidas para manipular nas páginas ajudam as crianças a se manterem engajados. Eu gosto
dos livros com texturas, peças que se movem ou algumas peças de quebra-cabeça.
4. Se o usuário inicial de CAA tiver um interesse restrito, esta é a oportunidade perfeita para usar suas
coisas favoritas para expandir seu vocabulário. Existem muitos livros simples sobre trens, animais e
outros tópicos preferidos.
Use o sistema de comunicação para modelar e enfatizar palavras-chave. Palavras-chave comuns para usar
com brinquedos incluem “olhar, mais, terminar, virar, eu, você, pegar, colocar”.
Use frases como “eu quero…”, “eu vejo…”. para direcionar a atenção da criança
Use frases repetidas com frequência, como “Minha vez, sua vez, coloque-o/dentro”.
Faça alguns comentários divertidos sobre brinquedos "uau que legal, eu gosto disso, oh não"
Ao longo do dia, temos tantas oportunidades para modelar a linguagem! Não precisamos de uma atividade
ou projeto especial para promover a comunicação.
Use o sistema de comunicação para modelar e enfatizar palavras-chave. Palavras-chave comuns para usar
com brinquedos incluem “olhar, mais, terminar, virar, eu, você, pegar, colocar”.
Use frases como “eu quero…”, “eu vejo…”. para direcionar a atenção da criança
Use frases repetidas com frequência, como “Minha vez, sua vez, coloque-o/dentro”.
Faça alguns comentários divertidos sobre brinquedos "uau que legal, eu gosto disso, oh não"
Ao longo do dia, temos tantas oportunidades para modelar a linguagem! Não precisamos de uma atividade
ou projeto especial para promover a comunicação.
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Ao projetar um quadro de comunicação para uma pessoa com necessidades complexas de comunicação, é
necessário considerar uma série de questões relacionadas à habilidade da pessoa. Os principais fatores a
serem considerados ao projetar um sistema de comunicação se concentram em: mobilidade, visão, acesso,
cognição e linguagem. O uso de perguntas centradas na pessoa ajuda a determinar o melhor design para o
aluno.
Como uma única página em um dispositivo ou quadro contém uma quantidade limitada de espaço, os
Educadores Especiais e os pais devem escolher cuidadosamente o vocabulário. Um aluno pode usar
palavras do vocabulário principal para falar sobre uma variedade de tópicos para diferentes propósitos. Por
exemplo, um aluno pode ter não, você, eu, quero, ir e mais programado em seu dispositivo. Quantas
mensagens esse aluno pode fazer? O aluno pode combinar palavras para fazer pedidos, como “eu quero
mais” ou “eu quero”. O aluno também pode combinar palavras para fazer rejeições, como “Chega”.
Finalmente, um aluno pode tentar fazer diretivas, como “Você vai”.
O contexto de uma palavra do vocabulário central determina o significado da mensagem. Se um aluno diz
“eu quero ir” no contexto de um jogo de tabuleiro, ele está indicando que gostaria de uma vez para jogar. A
mesma mensagem no contexto de uma conversa sobre a mercearia indica que o aluno quer ir fisicamente à
loja. No contexto de uma atividade não preferencial, um aluno pode usar a mesma frase para indicar que
está pronto para sair. Um dispositivo/quadro de comunicação que contém principalmente vocabulário
marginal pode incluir palavras como papel, lápis, giz de cera e cola. Quantas mensagens esse aluno pode
produzir? Esse conjunto de vocabulário limita severamente a criança a fazer solicitações de uma palavra e
rotular objetos. Ao programar um dispositivo AAC ou criar uma placa de comunicação, é importante
encontrar um equilíbrio entre palavras de vocabulário centrais flexíveis e palavras de vocabulário marginais
apropriadas. Ao selecionar de forma significativa e cuidadosa as palavras centrais e marginais para um
dispositivo ou quadro, os pais e educadores especiais abrem as portas para fortes habilidades de
comunicação.
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Os prompts são uma ferramenta de ensino. Os prompts são algo que adicionamos a uma
situação para aumentar a probabilidade de nosso paciente/ aluno responder corretamente.
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ESTRATÉGIAS DE APOIO
Se você não tiver certeza do que ele/ela está tentando dizer, peça-lhe para lhe dar pistas para
ajudá-lo
• Modele , Modele , Modele ; crie um ambiente imersivo
• Modele o dia todo, todos os dias; em ambientes, atividades e pessoas
•Permita que o usuário explore e “balbucie” com seu dispositivo
• Crie oportunidades e motivações para o usuário de CAA se comunicar, mas NUNCA force a
comunicação (a comunicação é uma escolha)
• Encontre sua rede de suporte. Construir novos hábitos de comunicação é um trabalho
árduo! Ter uma rede de apoio para te incentivar e te acompanhar nesse processo pode fazer
toda a diferença.
• Celebre os pequenos sucessos ao longo do caminho – porque eles são GRANDES! A
comunicação é confusa e difícil e uma jornada de muitos pequenos passos.
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PLANEJADOR DE USO DA CAA DIÁRIO
SÍMBOLO ESTRATÉGIAS
MANHÃ
TARDE
NOITE
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SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO DOMINGO
26
VAMOS MODELAR?
A modelagem é uma das coisas mais importantes que podemos fazer como parceiros de
comunicação para nossos comunicadores usando um sistema CAA. O que é modelagem?
Isso significa que estamos demonstrando o uso da linguagem usando o mesmo sistema
que o comunicador está usando. Por exemplo, um bebê ouve a linguagem verbal por volta
do primeiro ano de vida antes de falar a primeira palavra. Nesse primeiro ano, modelamos
verbalmente a linguagem do bebê. Se quisermos ensinar a alguém a linguagem de sinais,
falamos por sinais. Nós modelamos a linguagem de sinais. Quando temos alguém usando
um sistema CAA,
precisamos modelar usando esse mesmo sistema. Precisamos tocar nos botões do
dispositivo para modelar o idioma do comunicador. Freqüentemente, esses termos são
usados alternadamente: estimulação da linguagem auxiliada, modelagem, linguagem
aumentada, entrada aumentada do parceiro.
Em última análise, o objetivo é que os parceiros de comunicação sejam capazes de
modelar ou demonstrar as saídas de idioma desejadas no mesmo modo: CAA. Leva tempo
para aprender a linguagem e a comunicação. Quanto mais modelamos, mais
oportunidades de aprendizagem de uso do sistema criamos, o que abre as portas para um
mundo de comunicação.
PALAVRAS DA SEMANA
Aqui você vai encontrar atividades e dicas para modelagem. Torne a comunicação
significativa por meio de atividades envolventes em ambientes naturais. Divirta-se
modelando e aumentando a comunicação!
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Experimente trabalhar com “ABRIR” durante as
refeições como alternativa para solicitar a
comida preferida; entregue ao usuário sua
comida favorita em um recipiente difícil de abrir e
o instrua a abri-lo, modelando com simbolo.
Modele a palavra “abrir” ao abrir uma garrafa,
pote, portas, e torneira, brincar de abrir e fechar
os olhos
28
Utilize para interromper uma ação: "acabou
vamos guardar o brinquedo, "acabou o suco"
"acabou seu tempo no tablet", "eu acabei de
comer" mostre o simbolo ao longo do dia,
sempre que dizer a palavra.
29
Utilize para opinião: eu não gosto de abacate; eu
não gosto que empurre
Utilize para descrever: Isso não é para mexer
Quando a pessoa pedir algo entregue o errado e
diga: Não é esse que você quer/Esse não
30
Utilize para quantificar representações
concretas: Você colocou pouca comida; Tem
pouca água na piscina; Você tem poucas
bonecas, Utilize para intensidade, choveu
pouco; Estou um pouco cansada.
Utilize para perguntas: Você quer pouca tinta?
32
Quando o usuário está visivelmente animado
com uma atividade, você pode dizer: "Estou
vendo você sorrindo" ou "Estou ouvindo você
rindo" e, em seguida, apontar para o símbolo de
gostar enquanto diz: "Eu acho que você gosta."
34
FUNÇÕES DE COMUNICAÇÃO: ENTREVISTA E PLANILHA
DE OBSERVAÇÃO
O cliente vê algo ou
Pedir informação
alguém novo
Realiza oi ou tchau
saudações quando alguém chega ou
sai
Precisa participar de
Protesto
tarefa não quer realizar
35
FUNÇÕES DE COMUNICAÇÃO: ENTREVISTA E PLANILHA
DE OBSERVAÇÃO
O QUE
FUNÇÃO DE O QUE O CLIENTE
CONTEXTO DE AMOSTRA TRABALHAR/
COMUNICAÇÃO DIZ / FAZ AGORA
QUAL SIMBOLO
36
Baseado em Quill (1995; formulário compilado por Mary Hunt-Berg, Ph.D., CCC-SLP) tradução e adaptação Valéria Santos
PLANO DE INTERVENÇÃO EM COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
NÍVEL DE FUNÇÃO DE
OBJETIVOS SÍMBOLOS
COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO
37
Check list Organização dos
símbolos no sistema de
CAA
38
icionario de
Comportamentos Comunicativos
39
icionario de
Comportamentos Comunicativos
Nome:
Data:
como responder/
comportamento o que pode
qual simbolo
apresentado: significar:
modelar:
40
41
42
43
Referências Bibliográficas
Mary-Ann Naguib Bedwani, Susan Bruck and Debra Costley | (2015) Augmentative and
alternative communication for children with autism spectrum disorder: a evidence-
based assessment of the Language Acquisition through Motor Planning program
(LAMP), Cogent Education, 2: 1, 1045807, DOI:10.1080/ 2331186X.2015.1045807
Cannon, B., & Edmond, G. (2009, April 14). A few good words: Use basic vocabulary to
support non-verbal learners. The ASHA Leader, 14 (5), 20-22.
Normal Language Acquisition & Children using AAC Systems, Van Tatenhove, 2005,
Revised November 2016.
Johnson, J., Inglebret, E., Jones, C., & Ray, J. (2006). Perspectives of speech language
pathologists regarding success versus abandonment of AAC. Augmentative and
Alternative Communication, 22(2), 85-99.
Kent-Walsh, J., & Binger, C. (2013). Fundamentals of the ImPAACT program. Perspectives
on Augmentative and Alternative Communication, 22(1), 51-58.
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CURSO CORE POWER
POR VALERIA SANTOS
2023