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RESUMO EXPANDIDO - NUTRIÇÃO

DIETA NEUTROPÊNICA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

Camilla Mércia Silva Teixeira (camillamerciaaa@gmail.com)


Cássia Thais Pessoa De Albuquerque Ferreira (cassiathays2014@gmail.com)
Alliceane Vasconcelos De Aguiar (alliceane@hotmail.com)
Maryella Laryssa Matias De Araújo (maryellalaryssa@hotmail.com)

RESUMO

Introdução: Característica de pacientes oncológicos em uso de tratamento


quimioterápico, a neutropenia é tida como uma baixa na quantidade de
neutrófilos que são células do sistema imune atuantes na resposta às
infecções, e que quando em quantidades abaixo de 500 x 109/L indicam risco
de infecções nesta população. O tratamento oncológico influi na quantidade de
neutrófilos quando a localização da neoplasia afeta a medula óssea, sendo
portanto o procedimento feito nesta área, danificando assim a produção
hematopoiética. Para estes pacientes que estão mais propensos a infecções, a
dieta deve ser o máximo possível isenta de agentes infecciosos. Objetivo:
Descrever a neutropenia e salientar a dieta neutropênica, suas características e
importâncias nesta população. Metodologia: Este estudo baseia-se no método
exploratório bibliográfico, com consulta as bases de dados Scielo, Lilacs e
Bireme, com consulta a 7 artigos datados de 2009 a 2017. Foi realizada ainda
uma pesquisa complementar às diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição
Oncológica e ao Instituto Nacional de Câncer. Resultados e discussão: Tendo a
neutropenia como um alerta para possíveis infecções oportunistas, uma
questão bem trabalhada e de extrema importância nos centros de oncologia é a
dieta neutropênica, cujas características visam a diminuição do contato com
alimentos que tenham algum potencial de contaminação por um agente
infeccioso. Para os indivíduos que tenham uma neutropenia moderada, com
neutrófilos entre 1.500 e 500 células/mm3, a indicação é que a dieta seja feita
com muitos cuidados quanto à higiene do alimento, como atentar para o uso de
sanitizantes em frutas e verduras, utilizar água potável, consumir alimentos
frescos com a casca mais espessa ou preferencialmente apenas a polpa,
consumir condimentos e grãos apenas quando estes passarem pela cocção,
ingerir leites e derivados apenas pasteurizados, consumir carnes e ovos
apenas coccionados, e nestes casos moderados o uso de probióticos não é
recomendado. Quando há uma neutropenia grave, com neutrófilos <500
células/mm3 a dieta deve objetivar a minimização de qualquer forma de
contaminação destes alimentos, então preza-se por alimentos que passaram
pela cocção, dando preferência quando em casos de alimentos
industrializados, a embalagens individuais, e nestas situações o uso de
probióticos não é indicado. Diante da restrição dietética deste grupo, faz-se
necessária a ingestão adequada de carboidratos, proteínas, lipídios e
micronutrientes a fim de evitar uma depleção do estado nutricional ou carência
nutricional, o que a patologia por si só já favorece. Quando em quantidades
adequadas, os nutrientes fornecidos na alimentação propiciam ao organismo
uma melhora na resposta imune, e melhor aceitação ao tratamento que o
indivíduo está submetido. Conclusão: A restrição dietética visando a diminuição
da carga microbiana ingerida pelo paciente, sobretudo dos alimentos crus, gera
um déficit de nutrientes antioxidantes que são benéficos ao paciente
oncológico, o que está também atrelado a melhoria da qualidade de vida. A
correta manipulação, sanitização e higienização dos alimentos para este
público é uma estratégia que deve ser preconizada com afinco, a fim de
disseminar que a segurança microbiológica deve ser garantida durante todo o
processamento do alimento, sobretudo na sanitização, o que carece de
maiores estudos sobre a temática para dar uma gama maior de alimentos
permitidos na dieta neutropênica, preconizando a variabilidade alimentar,
instigando a ingestão alimentar e possibilitando o equilíbrio do estado
nutricional.

Palavras-chave: Dieta, Neutropenia. Oncologia, Quimioterapia, Segurança dos


alimentos

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