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ANO Vii / Nº 43 / jul-ago 2014

mercado
apetitoso
Pequenos negócios lideram segmento de alimentação
fora de casa e exploram novas tendências

inovação oportunidade cenário sucesso


Atendimento e Regulamentação da Busca por praticidade Gestão e planejamento
tecnologia ajudam comida de rua inaugura expande serviços de garantem a longevidade
a fidelizar o cliente a onda dos “food trucks” entrega de comida do estabelecimento
Que tal dar um banho de loja no seu estabelecimento?
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ao máximo seu espaço, melhorar sua imagem e aumentar seu potencial de
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P palavra do presidente

O que o futuro reserva


Estrutura interna

Fachada aos pequenos?


“O
s dogmas do passado tranquilo são inade- aceleração progressiva a partir de meados de 2015. O
quados para o presente tempestuoso.” O Produto Interno Bruto (PIB) dos serviços devem dobrar
autor desta frase não é nosso contempo- até 2018, passando dos atuais 1,5% para 3,1%.
râneo; trata-se do 16 o presidente dos EUA, Nesse estudo, um dos segmentos com crescimento
Iluminação Abraham Lincoln, um visionário. mais expressivo – tanto no comércio como em servi-
No século retrasado, ele já nos convidava a olhar ços – é o de alimentos e bebidas. No varejo, o cresci-
Temperatura atentamente para o futuro, a fim de melhor preparar mento anual deve ficar em torno de 3%.
o presente. Sabemos que nesse segmento de atividade há ex-
Isso vale para todos nós, sobretudo para empreen- pressiva presença dos pequenos negócios. No Estado
dedores que pretendam ser mais competitivos. Recente de São Paulo, os serviços de alimentação somam 145
estudo encomendado pelo Sebrae-SP à LCA Consulto- mil estabelecimentos e o comércio de alimentos ou-

anúncio res, Cenários e Perspectivas para os Pequenos Negócios


2015-2018, ajuda a focar no que está por vir.
tras 100 mil empresas. É hora, portanto, dos empreen-
dimentos de pequeno porte se adequarem a essa nova
Produto A análise dos especialistas mostra que está che- realidade e começarem a escrever os próximos capítu-
gando ao fim o boom que vivemos nos últimos anos, los de sua história.
responsável pela incorporação de 50 milhões de bra- Esta edição da Conexão Sebrae-SP está recheada
sileiros à classe média e por movimentar bilhões de de informações sobre nossos programas de aperfeiçoa-
reais no mercado interno. mento da gestão de bares, restaurantes, padarias e am-
Vitrine Aprendemos lições importantes, mas chegou a hora bulantes; tendências (como os food trucks); uso de ferra-
de outras fontes de crescimento de nossa economia nos mentas de marketing inovadoras para ampliar clientela;
próximos cinco anos. É bom saber que não vamos deixar e histórias de empresários de sucesso que contam como
de crescer, só o ritmo que será diferenciado. Isso devi- se manter em alta em um setor tão competitivo.
do ao maior endividamento das pessoas, ao índice mais Sabemos que esses esforços surtirão efeitos mais
baixo de pessoal ocupado e, consequentemente, à ren- consistentes se encontrarem um ambiente menos
da familiar crescendo menos, aliado à menor confiança perverso para o crescimento. Por isso, continuaremos
dos empresários (pelo menos até meados de 2016), ao nosso esforço de convencer os gestores públicos – dos
ajuste fiscal e aos esforços para trazer a inflação para o municípios, do Estado e da Federação – a aprimorar
centro da meta (o estudo projeto IPCA de 5,6% em 2018). também o ambiente para o livre empreender, com me-
Acessibilidade
Tal mudança de cenário vai impactar fortemente nos burocracia, menos tributos, mais acesso ao crédi-
nos diversos setores do sistema produtivo. As previ- to e à inovação.
sões para a indústria é de crescimento moderado, mas Porque acreditamos que essa é uma receita que dá
sustentado no longo prazo, saindo de 1,2% em 2013, certo – empreendimentos mais competitivos e am-
para 3,2% em 2018. Para o comércio, projeta-se bom biente favorável à consolidação do setor produtivo –
ritmo de crescimento de vendas, passando de 4,3% em qualquer tempo e lugar.
em 2013 para 3,4% em 2018 (bem inferior a 7,9% em
2012), uma vez que não existe demanda reprimida tão Boa leitura!
alta e as condições de crédito para o consumo estarão
menos favoráveis. Já o setor de serviços vai ter uma Alencar Burti, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae‑SP
M
conselho deliberativo
do sebrae‑sp
Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
mensagem da diretoria
Alencar Burti - Presidente do Conselho
Associação Nacional de Pesquisa, Serviço de Apoio
Desenvolvimento e Engenharia às Micro e Pequenas
das Empresas Inovadoras (Anpei)
Empresas do Estado
Hugo Borelli Resende
Banco do Brasil - Diretoria de Distribuição de São Paulo
São Paulo - DISAP (BB)
Sérgio Peres
Federação da Agricultura e Pecuária
do Estado de São Paulo (Faesp)
Fabio de Salles Meirelles entrevista

06
Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) Rodrigo Oliveira, chef
Manuel Henrique Farias Ramos
Fundação Parque Tecnológico
do Mocotó, recomenda a
de São Carlos (Parqtec) empreendedores atenção
Sylvio Goulart Rosa Junior
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) ao plano de negócios
Altamiro Francisco da Silva
Agência de Desenvolvimento
Paulista (Desenvolve SP)
micro e pequenas
Milton Luiz de Melo Santos
Conheça iniciativas
10
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas (Sebrae)
Carlos Alberto Silva
e novidades do Sebrae‑SP
Sindicato dos Bancos do Estado
de São Paulo (Sindibancos)

12 Prato cheio
Wilson Roberto Levorato Capa
Superintendência Estadual
da Caixa Econômica Federal (CEF) Demanda por alimentação
Paulo José Galli fora de casa cria novas
para o sucesso
diretoria
Diretor técnico - Ivan Hussni tendências de mercado
Diretor de administração e finanças - Pedro Jehá
redação
Gerente do projeto

16
Eduardo Pugnali Gestão
Editor responsável

U
Roberto Capisano Filho - MTB 46.219
Editor-assistente
Sucesso de bares e de ma série de fatores leva o brasileiro a co- gestão financeira, muitas vezes relegados a segundo
Daniel Lopes restaurantes vai muito além mer cada vez mais fora de casa, a começar plano na hora de abrir um bar ou restaurante.
Produção e coordenação
Fischer2 Indústria Criativa Ltda. do sabor e do serviço pelo maior poder aquisitivo da população e Pensando na necessidade de profissionalização dos
Diretor de conteúdo André Rocha pela mudança do perfil da força de traba- empreendedores, o Sebrae-SP criou, em 2012, o progra-
Editora Marineide Marques
Reportagem André Zara, Filipe
lho, com maior participação da mão de obra feminina, ma Receita de Sucesso, formado por cinco cartilhas com
Lopes e Enzo Bertolini negócios o que tem estimulado toda a família a buscar prati- dicas e orientações sobre temas relacionados ao dia a
Fotos Olicio Pelosi e Su Stathopoulos
cidade. Isso se traduz em oportunidades de negócios dia dos estabelecimentos. A elas, somam-se palestras,
20
Revisão Flávia Marques e Virgínia
Comida de rua é regulamentada
de Baumont Romano e se espalha por São Paulo para empreendedores atentos às tendências, que são consultorias em gestão e inovação e ações de promoção
as mais variadas: comida saudável, alimentos conge- comercial – iniciativas disponíveis em todos os 33 escri-
arte
lados, delivery de pratos prontos, refeições light/diet, tórios regionais do Sebrae em São Paulo. A proposta é

24
atendimento@tutu.ee regulamentação
Editores de arte produtos certificados e comida de rua, para citar ape- melhorar a produtividade, a rentabilidade e a competiti-
Maria Clara Voegeli e Demian Russo Estabelecimentos estão nas alguns segmentos do food service, como é chamado vidade dos estabelecimentos, colaborando para o suces-
Chefe de arte Carolina Lusser
Designer Renata Lauletta e Laís Brevilheri
sujeitos a exigências legais o segmento de alimentação fora do lar, que inclui a so e para a longevidade de bares e restaurantes.
Assistente de arte Paula Seco e Carolina Coura nas três esferas de governo venda de comida associada à prestação de serviço. Além da opinião e da orientação de especialistas,
Produção gráfica Clayton Cerigatto Ainda que as oportunidades sejam muitas, a con- esta edição da Conexão está recheada de cases. São
corrência também é grande. Somente na região me- empresários que aprenderam com os próprios erros ou
Impressão cenário tropolitana de São Paulo operam aproximadamente 60 se inspiraram na experiência alheia para alcançar a
Atendimento é determinante para mil estabelecimentos. Em todo o Estado são 140 mil fórmula do sucesso. Lição das mais importantes pode
Plural Indústria Gráfica

Bimestral / 60 mil exemplares


26 a melhor experiência do cliente casas. Os números impressionam, assim como a taxa ser aprendida logo nas primeiras páginas, com a en-
de mortalidade: de cada 100 iniciativas, 35 encerram trevista do chef Rodrigo Oliveira, que brilha à frente
Cartas para: Comunicação Social
cases as atividades no primeiro ano e apenas três ultrapas- do Mocotó, restaurante que colocou a Vila Medeiros no
Rua Vergueiro, 1.117, 8º andar,
Busca por praticidade expande sam dez anos de vida, segundo números da Associa- circuito gastronômico paulistano. Ele orienta os inte-
30
Paraíso, São Paulo, SP,
CEP 01504-001 - Fax (11) 3177.4685
ascom@sebraesp.com.br
negócios baseados em delivery ção Brasileira de Bares de Restaurantes (Abrasel). ressados em ingressar na área de bares e restaurantes
www.sebraesp.com.br Os dados mostram que é preciso muito mais do que a dedicar o tempo que for preciso para desenhar um
pratos saborosos e bom atendimento para sobreviver plano de negócios consistente. Com planejamento, são
e se destacar nesse mercado. Claro que esses dois in- menores as chances de a receita desandar.
34
panorama
Setor competitivo exige capacitação gredientes são indispensáveis, mas a eles é necessá-
rio acrescentar outros aspectos, como planejamento e Ivan Hussni, diretor técnico do Sebrae‑SP
E
entrevista

Ele transformou o armazém da família do projeto. Se for para o bem co- lugar de comunhão, um momento
em um dos restaurantes mais badala‑ mum, é do nosso interesse. Já esta- em que todos sentam lado a lado.
dos de São Paulo, localizado na distan‑ mos no terceiro curso, abordando
te Vila Medeiros, zona norte da capi‑ temas variados. depois do mocotó, você
tal. A transformação veio aos poucos, já lançou o esquina. o que

Teimoso, não. quase sempre contrariando o pai, que,


a cada mudança, soltava um sonoro
a que você atribui
o sucesso do mocotó?
mais podemos esperar?
Rodrigo – Tem muitas coisas a cami-

Obstinado!
“Facissonão!”, ou “Não faça isso!” em Rodrigo – Se eu tivesse uma ideia nho. Estamos ampliando a cozinha
“pernambucanês”. O sucesso do Moco‑ mais clara, já teria dez restauran- experimental para acomodar uma
tó não fez com que o “Seu Zé” aceitas‑ tes (risos). Sem dúvida, o sucesso área toda dedicada ao fogo. Teremos
se com facilidade as ideias do filho, o está ligado à genuinidade do tra- grelha, forno e fogão a lenha, defu-
hoje reconhecido chef Rodrigo Oliveira. balho. Somos nordestinos apre- mador, enfim, toda uma paraferná-
Para ele, o jovem é “cabeça-dura”. A sentando comida nordestina e lia dedicada a essa técnica de cozi-
crítica não o impede de se orgulhar de contando um pouco da nossa his- mento ancestral. Neste ano, também
Rodrigo, que herdou do pai o amor pelo tória. Respeito a tradição, mas es- lançaremos um livro com a história
trabalho e a simplicidade, que se tra‑ tou sempre buscando a inovação. dos 40 anos do Mocotó e estamos
duz na releitura da cozinha nordestina
vista no cardápio do Mocotó.
Ao comemorar os 40 anos da casa,
Rodrigo alça novos voos. Inaugurou
O sucesso pode ser
em 2013 o Esquina Mocotó, ao lado do medido de muitas
restaurante original. Em um ambiente
mais moderno, ele propõe uma cozinha maneiras: os prêmios
contemporânea sem esquecer as ori‑
gens nordestinas. Sem planos de dei‑
na parede, a casa cheia
xar a Vila Medeiros, ele trabalha pela e, principalmente, o quanto
profissionalização da vizinhança, em
um projeto tocado em parceria com o estamos interferindo
Sebrae‑SP. Em entrevista à Conexão,
o chef explica a iniciativa e fala sobre
positivamente na
empreendedorismo e gestão. Ele tam‑ comunidade do entorno
bém comenta o sucesso da cozinha
brasileira e avisa quem sonha abrir
um restaurante: conheça o ramo antes O Mocotó está na periferia de uma construindo uma área de espera ao
de se aventurar, pois a vida de cozi‑ cidade extraordinária, quebran- lado do restaurante para dar mais
nheiro é dura e, em 99% do tempo, do um monte de barreiras e de conforto a quem vem nos visitar.
sem nenhum glamour. preconceitos, e fazendo isso sem
apelar a caricaturas ou a estereó- há planos para uma nova casa?
qual a participação do mocotó tipos. Tento apresentar um sertão Rodrigo – Não. É muito cedo. Nosso
neste projeto voltado a donos moderno alinhado às tendências plano de expansão é bem caden-
de bares e restaurantes? de gastronomia. Aqui você nunca ciado. O Mocotó foi aberto em 1973
Rodrigo Oliveira – As conversas vai ver um garçom vestido de can- e o Esquina Mocotó foi inaugura-
com o Sebrae‑SP começaram há gaceiro ou uma peneira pendura- do em 2013. Então, tenho mais 40
uns dois ou três anos e a ideia foi da no teto. anos para planejar um novo res-
amadurecendo. O projeto era en- taurante (risos).
rodrigo oliveira volver bares e restaurantes da zona o mocotó já extrapolou
norte, onde há tantos pequenos a zona norte... o mercado gastronômico
chef do Mocotó
empreendimentos. A participação Rodrigo – Sim, justamente porque brasileiro deu um salto
do Mocotó se dá com a oferta da in- entendemos o nosso entorno. Fize- nos últimos anos, ganhando
fraestrutura. Temos uma cozinha mos um negócio inclusivo, e não prestígio internacional. a que
experimental, o Engenho Mocotó, exclusivo, e isso demandou um es- você atribui esse movimento?
que é um espaço dedicado a treina- forço tremendo. Nosso trabalho é Rodrigo – Não dá para negar que
por marineide marques fotos su stathopoulos mentos e foi colocado à disposição mostrar que a mesa pode ser um todo esse contexto internacional
Conexão | 7
Eentrevista

favorável ao Brasil contribuiu para tes de desidratação, por exemplo, herói e o principal motivo de eu es-
isso. A economia controlada e os podem surgir mil coisas, inclusive tar aqui. Comecei a trabalhar aos
grandes eventos colocaram o Brasil um prato ou um elemento de um 13 anos. Passava as tardes lavando
no foco das atenções. Mas, interna- prato. O gatilho pode ser uma lou- louça e fazia isso para estar perto
cionalmente, o principal motivo de ça, uma receita, uma viagem, uma dele. Meu pai vem de uma realida-
toda atenção e do sucesso da cozi- lembrança, enfim, várias coisas. de muito diferente e tudo soa muito
nha brasileira tem um nome: Alex grande para ele. Creio que vem daí a
Atala. Ele foi um visionário, um como você motiva a equipe? percepção de que sou “cabeça-dura”
pioneiro e, com talento incomum, Rodrigo – O foco da empresa são por fazer novas apostas. O sucesso
apresentou um Brasil ultramoder- as pessoas. No Mocotó, abolimos a pode ser medido de muitas manei-
no, vanguardista e com nível de palavra “funcionário” porque fun- ras: os prêmios na parede, a casa
qualidade que, até então, ninguém cionário é aquele que vem só para cheia e, principalmente, o quanto
sonhava para um restaurante bra- cumprir a função. Também não estamos interferindo positivamen-
sileiro. Se, hoje, a gastronomia gosto de “colaborador” ou de outras te na comunidade do entorno.
nacional recebe atenção inter- formas politicamente corretas.
nacional é por causa do trabalho O importante são as pessoas e a como você define os
dele. Depois vieram outros, como melhor forma de motivá-las é tra- fornecedores do mocotó?
Helena Rizzo e Roberta Sudbrack, tando-as como tal, o que vai além Rodrigo – Eles são os principais
para citar só dois nomes. O nosso do profissional. Também é preciso parceiros do restaurante. A gente
mercado está se fortalecendo, sur- criar condições para que as pes- costuma dizer que o nosso mise
giram cursos de gastronomia e o soas se desenvolvam em todos os en place não começa na cozinha,
próprio público foi amadurecendo, sentidos, como ser humano, como começa no campo. Não importa o
tamanho do nosso esforço, se não
tivermos um bom produto, jamais

Não faz muito tempo faremos uma boa comida. Sem


um produto extraordinário não
que a alta gastronomia conseguimos proporcionar uma
experiência extraordinária, que é
era indissociável de uma o nosso objetivo.

grande cozinha internacional. quais as dificuldades


Hoje, isso não existe mais para empreender em uma
cidade como são paulo?

ficando mais aberto à experimen- cidadão, como profissional e como


Rodrigo – Eu poderia falar de con-
corrência, mas, assim como exis-
uma empresa 100% legal. Cada mi-
nuto de trabalho dos nossos profis-
Se você não é do ramo,
tação de coisas novas. Não faz mui- líder. Tudo isso acompanhado de tem muitos restaurantes, também sionais é registrado e está na folha antes de sonhar em
to tempo que a alta gastronomia uma remuneração justa, pois não há um público extraordinário. Par- de pagamento. Cada centavo ven-
era indissociável de uma grande adianta só boa intenção. A lideran- ticularmente, acho as legislações dido é declarado. Sei que essa não abrir um quiosque,
cozinha internacional. Hoje, isso
não existe mais.
ça pode ser exercida de muitas ma-
neiras, mas eu prefiro a liderança
trabalhista e tributária extrema-
mente desanimadoras. É tudo mui-
é uma realidade do mercado, mas
assumi que o restaurante tem de
vá trabalhar na área
pelo exemplo. A missão e a filosofia to complexo. O empreendedor já ser viável e 100% legal.
como é o seu processo criativo? da empresa estão personificadas lida com tanta coisa no dia a dia. contratar quem sabe saindo, inclusive gente importan-
Rodrigo – Funciona a partir de ga- no líder. Para liderar, você precisa Cozinhar e servir são tarefas difí- que conselho você daria fazer não basta? te e famosa. Hoje, os cozinheiros
tilhos. O principal deles, sem dú- entender do produto, de técnicas, ceis e ainda é preciso cuidar das para quem está começando? Rodrigo – Ajuda, claro, mas não estão nas capas de revistas e dão
vida, é o produto. Trabalhar com de logística; precisa saber lidar finanças e entender esse sistema Rodrigo – Pesquise muito e dedi- basta. Eu não tenho dúvidas de que entrevistas na TV. Mas, isso é a
o foco em um produto pode ter com gente e entender as pessoas; tributário maluco. Há muitas inco- que bastante tempo ao plano de boa parte dos futuros empreende- menor parte do nosso trabalho. A
tremendos desdobramentos. Mas conhecer o mercado; e ter noções erências: quanto mais você empre- negócios. É melhor trabalhar o dores desistiria no meio do cami- maior parte é trabalho duro, é ca-
também pode ser uma demanda até de psicologia. ga, mais você paga, proporcional- tempo que for preciso em um pla- nho se conhecesse melhor o ramo; lor, é pressão. Não tem glamour.
específica. Por exemplo, um jorna- mente. Isso acaba desmotivando o no de negócios consistente do que se soubesse, realmente, o que está
lista pede um trabalho sobre jaca seu pai o considera crescimento. Pagamos uma carga tapar buracos e ter surpresas no por trás de um negócio de alimen- você ainda escuta “facissonão”?
e isso pode ser o gatilho para um cabeça-dura. você concorda? tremenda de impostos, indepen- meio do caminho. Se você não é do tação. Visto pela ótica do cliente, o Rodrigo – Todo dia. E no dia em que eu
processo criativo. Outras vezes, o Rodrigo – Não, não. Sou obstinado, dentemente de ter um bom ou mau ramo, antes de sonhar em abrir um restaurante é glamoroso. Um mon- não escuto, fico preocupado achando
gatilho é uma técnica. Durante tes- é diferente. Meu pai é meu maior resultado. E temos orgulho de ser quiosque, vá trabalhar na área. te de gente sorrindo, entrando e que o meu pai não está bem.
8 | Conexão Conexão | 9
M micro e pequenas

Redesim
em São Paulo

Foto: Patrícia Cruz / A2 Fotografia


O termo de compromisso
para a implementação
da Rede Nacional para a
Simplificação do Registro e

Foto: Milton Michida / A2 Fotografia


da Legalização de Empresas
e Negócios (Redesim) no
Estado de São Paulo foi
assinado em 10 de junho,
Empreendedorismo
em evento que contou com na grade curricular
Reunião contou com a participação do
a participação do ministro
diretor técnico do Sebrae‑SP, Ivan Hussni da Secretaria da Micro e No início de junho, o Sebrae‑SP realizou o Simpósio de
Pequena Empresa (SMPE), Cultura Empreendedora, que visa disseminar a educação
Guilherme Afif Domingos; do empreendedora na grade curricular de escolas públicas
Produtores de leite Beleza é tema governador Geraldo Alckmin; e privadas. O evento, realizado na Escola de Negócios do
recebem consultoria de evento e do secretário municipal de
Finanças e Desenvolvimento
Sebrae‑SP, reuniu secretários de educação, professores, diretores
e coordenadores de colégios de diversas cidades. O encontro
Produtores de leite de Guaíra que já recebiam O Sebrae‑SP realizou em 15 de junho Econômico, Marcos Cruz. discutiu a importância de inserir o empreendedorismo desde
consultorias do Sebrae‑SP desde janeiro foram mais um evento dentro do programa Também estiveram presentes cedo na rotina dos jovens e apresentou o Programa de Educação
apresentados ao programa Do Campo ao Beleza Empreendedora, que tem o presidente do Sebrae Empreendedora, lançado em 2003 no Estado de São Paulo. “Até
Consumidor, durante uma ação realizada em junho. por objetivo tornar os pequenos Nacional, Luiz Barretto; o momento, o programa já atendeu a 421 escolas e capacitou
O encontro foi resultado da parceria do Escritório negócios mais competitivos por o presidente do Conselho aproximadamente 44,5 mil alunos e 2,3 mil professores”,
Regional do Sebrae‑SP em Guaíra com o Sindicato meio de ações de capacitação em Deliberativo do Sebrae‑SP, explicou Ana Maria de Araújo Brasilio, consultora da Unidade
Rural local e com a prefeitura da cidade, além da gestão empresarial, acesso a novas Alencar Burti; e o diretor de Cultura Empreendedora do Sebrae‑SP.
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Os tecnologias e atualizações técnica técnico da instituição, Ivan
produtores de leite recebem assistência do Sebrae‑SP e profissional. Foram abordados Hussni. A Redesim é um
na forma de reuniões semanais. Agora, com a ajuda temas relacionados ao cenário sistema integrado que permite
de um agrônomo contratado pelo Sindicato Rural de atual e tendências para o setor, abertura, fechamento,
Guaíra, serão definidas as potencialidades do município além de assuntos como gestão de alteração e legalização

Foto: Patrícia Cruz / A2 Fotografia


e propostas ações dentro do programa Do Campo ao pessoas; liderança e motivação; de empresas em todas as
Consumidor, tais como palestras, oficinas, consultorias sustentabilidade; biossegurança; juntas comerciais do Brasil,
e missões, visando o aumento da produtividade e da e oportunidade para networking simplificando procedimentos
renda e a melhoria da qualidade dos produtos. e geração de negócios. e reduzindo a burocracia.
Com a medida, o tempo
para a abertura de empresas
será de cinco dias. “Nossa
missão é dar continuidade ao
Programa Empreender é lançado em Osasco fortalecimento das políticas
que beneficiam as micro e
Encontro com O Sebrae‑SP promoveu encontro
com cerca de 130 pipoqueiros
A Federação das Associações do Estado de Os empresários envolvidos atuam nos pequenas empresas. Esse pipoqueiros da cidade de São Paulo, com o
São Paulo, o Sebrae-SP e o Sebrae Nacional segmentos de alimentação fora do lar, oficina é o primeiro passo para objetivo de contribuir para a
lançaram em junho, na sede da Associação mecânica, vestuário e comércio de veículos. demolirmos a burocracia”, melhoria da gestão e para a profissionalização da atividade. O evento
Comercial e Empresarial de Osasco, o Programa O programa incentiva também a relação destacou Burti. O documento Pipoca e Negócio envolveu uma palestra sobre empreendedorismo
Empreender – Unir para crescer. O projeto tem entre empresário e fornecedor e a criação dos estabelece a criação de um e abordou questões financeiras, jurídicas, administrativas e de
a finalidade de aumentar a competitividade núcleos setoriais, isto é, grupos de empresários plano de trabalho conjunto marketing; e uma apresentação sobre o Microempreendedor
das empresas, fomentando programas de pertencentes ao mesmo ramo de trabalho para definição de metas e Individual (MEI), figura jurídica que possibilita benefícios como
treinamento, qualificação de mão de obra que se reúnem periodicamente para discutir prazos para a implementação a aposentadoria, além de emissão de nota fiscal e mais facilidade
e aperfeiçoamento e inovação dos serviços. os problemas do dia a dia. do sistema. para obter crédito bancário. O decreto que regulamentou a venda
de comida de rua em São Paulo integrou a pauta do encontro.
10 | Conexão Conexão | 11
C
capa

Prato
cheio A
prática do brasileiro de comer fora de casa
nunca foi tão lucrativa e ofereceu tan-
tas oportunidades para os empresários.
O mercado é impulsionado por diversos
fatores, principalmente crescimento econômico, bus-
O brasileiro não está só comendo fora de casa,
como também consumindo mais bebida alcoólica
em bares e restaurantes, apesar da Lei Seca. A Mintel
estima que o segmento deve quase dobrar em cinco
anos, passando dos R$ 46 bilhões registrados em 2013
ca por praticidade e falta de tempo. Somam-se a isso para R$ 90 bilhões em 2018. Por isso, a dica para os
O brasileiro nunca comeu tanto novos hábitos de consumo, que ampliam o leque de restaurantes é valorizar os produtos no cardápio para
possibilidades para áreas pouco exploradas pelo food melhorar as margens de lucro e ficar atentos à deman-
fora de casa, abrindo oportunidades
service, como é chamado o segmento de alimentação da dos consumidores por produtos mais sofisticados,
de negócios para empresários fora do lar, que inclui a venda de comida associada à como cervejas importadas ou artesanais.
atentos às tendências de mercado prestação de serviço. “Mais pessoas trabalham fora e
optam pela conveniência de comer fora de casa. Esse gastronomia sp
Por André Zara é um dos principais fatores que têm levado o setor a O Estado de São Paulo, pelo tamanho e pela riqueza,
uma expansão de 15% ao ano nos últimos dez anos”, é um dos mais atrativos para se investir em produtos
afirma o diretor da ECD Consultoria, Enzo Donna. Só e serviços para alimentação fora de casa. Estima-se
no ano passado, segundo a Associação Brasileira das que a região represente em torno de 30% do mercado
Indústrias de Alimentação (Abia), o setor de food service nacional. E o paulista gasta mais do que a média do
movimentou R$ 116 bilhões. brasileiro. Números do Instituto Brasileiro de Geogra-
Outros motivos têm contribuído para essa eleva- fia e Estatística (IBGE) indicam que a alimentação fora
ção, como a maior participação feminina no mercado de casa consome, em média, 31,1% do total de gastos
de trabalho – elas representam mais de 50% da força das famílias brasileiras. Para os paulistas, no entanto,
laboral – e o melhor poder aquisitivo da classe média. o porcentual é 39%, segundo pesquisas que têm como
Para o brasileiro, comer fora de casa é também uma base indicadores de 2008/2009. Projeção feita pelo di-
forma de lazer. É o que mostra um levantamento da retor da ECD Consultoria para este ano aponta para
empresa de pesquisa Mintel, que perguntou a 1,5 mil porcentuais ainda maiores, de 46% para os paulistas e
pessoas como elas planejavam gastar algum dinheiro 37% na média nacional.
extra que receberiam neste ano – 28% responderam Em São Paulo, os números do setor impressionam:
comer fora. “Com a rotina atribulada, os brasileiros va- segundo a Associação Brasileira de Bares e Restau-
lorizam cada vez mais os momentos em família. Sair rantes (Abrasel), somente na região metropolitana
para comer fora é uma oportunidade para isso”, expli- funcionam aproximadamente 60 mil estabelecimen-
ca a analista de estilo de vida da Mintel, Sheila Salina. tos, conferindo à capital paulista o título de segunda
C capa

ma a coordenadora do programa duração e ajuda os iniciantes a ad-


Receita de Sucesso do Sebrae‑SP, quirir noções básicas de como gerir Crescimento do setor no brasil
Karyna Muniz Ramalho Dantas. Por um empreendimento, assim como
causa da grande demanda desses aprimorar o plano de negócios. Ano Valor (em R$ bilhões) Crescimento anual
empreendedores por capacitação, o 2013 116,55 15,57%
programa foi criado em 2012. Ele é perspectivas
2012 100,85 14,71%
composto por cinco cartilhas com Quem nunca teve ou conheceu al-
dicas e orientações sobre os seguin- guém que tenha o sonho de abrir 2011 87,92 16,22%
tes assuntos: “atendimento”, “cozi- um bar ou restaurante? A esses 2010 75,65 16,44%
nha”, “cardápio”, “gestão de pessoas” sonhadores, a principal recomen- 2009 64,97 11,56%
e “meu negócio”. A elas, somam-se dação dos consultores é para que 2008 58,24 15,79%
um conjunto de palestras com te- busquem se profissionalizar, maior 2007 50,3 15,90%
mas específicos para o segmento e desafio para os empreendedores.
2006 43,4 12,44%
ações de promoção comercial e aces- “É preciso garantir o retorno finan-
2005 38,6 –
so a mercados, além de consultorias ceiro e muitos se equivocam no
de gestão e inovação. O material planejamento. Para sobreviver, um Fonte: ABIA
didático e as iniciativas estão dispo- restaurante precisa ter 20% de lucro
níveis em todos os 33 escritórios do líquido sobre o faturamento”, ensina
Sebrae‑SP espalhados pelo Estado. o diretor da consultoria Food Servi-
“Temos 200 técnicos habilitados ce Company, Adri Vicente Júnior. Ponto, consultoria especializada no Sucesso, ainda existe espaço para
a ajudar os empreendedores. Só Entre as competências exigidas do segmento de food service. inovação a partir da especialização
neste ano, atendemos a 16 mil em- empreendedor estão gerenciamento Por causa das incertezas eco- e do foco em um mesmo produto.
presas por meio das cartilhas e dos do estoque, relacionamento com o nômicas, de acordo com Donna, “Tivemos experiências recentes de
eventos, de janeiro a abril”, afirma cliente, habilidades para compras e da ECD, as expectativas de cresci- sucesso com variação de um mes-
Karyna. Segundo ela, o programa gestão de pessoas. “Também é pre- mento para este ano são um pouco mo tema, como mostra o exemplo
tem ainda uma ação especial para ciso ser persistente, pois o trabalho mais conservadoras, ficando em dos brigadeiros gourmet”, comenta.
950 empresas do ramo, todas com envolve fins de semana e feriados”, torno de 11%, levando em conta O estudo também indica cresci-
mais de três anos de atuação. Dis- ressalta Adriana Furquim, da No desafios como a inflação sobre os mento para negócios baseados em
tribuídos em grupos de 20, os em- preços dos serviços e dos alimen- delivery e em pedidos via web, dada
presários participam de palestras tos. Porém, no longo prazo, o seg- a busca crescente por praticidade
sobre gestão e sobre os desafios do mento só deve se fortalecer. “Have- por parte dos consumidores. Outros
Foto: Olicio Pelosi

segmento. “Selecionamos empre- Tendências rá mudanças, por exemplo, com as nichos que se abrem para micro e
endedores com o mesmo nível para para o setor pessoas comprando cada vez mais pequenos negócios estão nas feiras
fomentar a troca de experiências, de alimentação comida pronta para consumir em gastronômicas e nos food trucks [veja
pois o setor é muito competitivo, e fora de casa casa, o que abre outras oportuni- matéria sobre o tema na página 20].
“Para melhorar o atendimento, é importante firmar parcerias para
Sensorialidade e prazer:
dades de negócio”, explica. A sócia da No Ponto acredita

tentamos fazer o empresário ser mais forte”, explica.


Os treinamentos ensinam como
alimentos premium, étnicos,
gourmet
Para conhecer as tendências do
setor, a Federação das Indústrias
que os bares temáticos são outra
boa aposta, ao associarem um es-
pensar como cliente” faturar mais e gastar menos, com
Saúde e bem-estar: produtos
do Estado de São Paulo (Fiesp) en- paço a uma tendência de consu-
objetivo final de aumentar o tíque- light/diet, energéticos, comendou um estudo para avaliar mo, como esportes ou estilo mu-
Karyna Muniz Ramalho Dantas, te médio em 5%. “Nas palestras, fortificados fatores como demanda, crescimen- sical. Além de atrair um público
coordenadora do programa Receita de Sucesso do Sebrae‑SP abordamos de tudo, desde recursos to, envelhecimento da população, cativo, o modelo tende a ter opera-
Conveniência e praticidade:
humanos, tecnologia da informa- pratos prontos, produtos para aumento do poder de compra e ção mais simplificada, com menor
ção e sustentabilidade até noções micro-ondas questões relacionadas. O resulta- quantidade de itens no cardápio e
maior cidade em número de bares O setor é próspero também para sobre como fazer o cardápio. Para do aponta cinco grupos como ten- decoração minimalista, por exem-
Confiabilidade e qualidade:
e restaurantes no mundo, perden- negócios de pequeno porte. “São melhorar o atendimento, por exem- produtos com garantia de dências de negócios, explicadas no plo. “Isso diminui a complexidade
do apenas para Nova York (EUA). aproximadamente 170 mil micro plo, tentamos fazer o empresário origem e/ou selos de qualidade relatório Brasil Food Trends 2020 da execução, facilita a comunica-
Em todo o Estado, são 140 mil esta- e pequenos negócios ligados à ali- pensar como cliente”, destaca. Para Sustentabilidade e ética:
[confira ao lado]. Além das conver- ção e reduz o investimento. A ten-
belecimentos. “Por isso, quem atua mentação fora do lar, incluindo pa- os Microempreendedores Individu- embalagens recicláveis, gências mais generalistas, os es- dência é de menus enxutos, pois
na região precisa se aperfeiçoar darias, lanchonetes e rotisserias, ais (MEIs) e empresas com menos selos ambientais pecialistas ouvidos pela Conexão é muito dispendioso e trabalhoso
cada vez mais, pois enfrenta muita que concentram as despesas de 13 de três anos de existência, é reco- destacam áreas que despontam mantê-los”, avalia. Com profissio-
Fonte: Brasil Food Trends 2020
competição”, afirma o presidente milhões de famílias, que gastam, mendado o programa Aprender a como oportunidades. Para a coor- nalização e criatividade, o setor é
da associação, Percival Maricato. em média, R$ 200 por mês”, afir- Empreender, que tem 24 horas de denadora do programa Receita de um prato cheio para o sucesso.
14 | Conexão Conexão | 15
G gestão

menu, na redação e na apresenta- soais das contas empresariais. “O gem deve oscilar entre 10% e 20%
ção dos itens, uma vez que a jun- empreendedor também deve fazer da receita. O empresário deve re-
ção de todos esses elementos pode uma extensa pesquisa de mercado servar investimentos de forma a
influenciar o julgamento dos clien- para analisar a média dos preços contemplar todas as áreas do esta-
tes e ajudar a construir impressões cobrados pela concorrência, con- belecimento, para que não haja de-
sobre os pratos disponíveis. versar com empresários já estabe- sarmonia na apresentação delas. O
O cardápio é um espaço a ser va- lecidos para entender a dinâmica consultor do Sebrae‑SP sugere que
lorizado porque é nele que o cliente do setor e identificar falhas e vir- entre 25% e 35% do faturamento
vai fixar o olhar. Assim, é recomen- tudes para saber onde investir em seja destinado à compra de maté-

Ingredientes para
dável o uso de fotos atrativas, pro- inovação e em tendências de mer- ria-prima. Porcentagem semelhan-
fissionais, coloridas, bem impres- cado”, assegura o professor da Es- te deve ser aplicada em mão de obra
sas e condizentes com a realidade cola de Administração de Empre- (levando em conta 13º salário, fé-
do alimento que será servido. sas da Fundação Getulio Vargas rias, treinamento, vale-transporte,

o sucesso
A definição dos preços dos pra- (FGV/EAESP), Cesar Nazareno Ca- alimentação, entre outros gastos); e
tos e a distribuição deles no car- selani. Ele também orienta o em- outros 20% a 30% devem ser consu-
dápio também são fundamentais preendedor a não se deixar levar midos pelos gastos fixos e variáveis.
para o sucesso do negócio. Os pro- pela tentação de abrir estabeleci- O desafio é equacionar essa
prietários do Rangoo Hamburgue- mentos da “moda” sem considerar conta para conseguir uma margem
Má administração é um dos principais motivos ria, em Presidente Prudente (SP), a sustentabilidade do negócio no entre 10% e 20% de lucro. Segun-
procuraram a unidade local do longo prazo. do Lopes, algumas casas até con-
para o fracasso de bares e restaurantes. É preciso
Sebrae‑SP para entender por que os A equação financeira para o su- seguem superar isso, geralmente
planejamento e gestão financeira para identificar negócios iam mal, uma vez que as cesso de bares e restaurantes não aquelas com forte presença da fa-
custos, estabelecer preço de venda e obter lucro vendas eram boas. A sugestão foi pode ser justa demais e não pode mília e menor dependência de mão
reorganizar o menu. “Elaboramos comprometer o lucro, cuja mar- de obra de terceiros.
Por Filipe Lopes um novo cardápio, reformulamos
os preços e lançamos novos pro-

S
dutos, com lucratividade e valor
omente na região metropolitana de São Paulo tos em conjunto. “Desde o início, o empreendedor deve agregado maiores”, aponta Lopes.
(RMSP) – que reúne 39 municípios –, existem ter muito claro qual o foco do negócio, quem pretende Além do cardápio, a consultoria do
60 mil estabelecimentos de alimentação, en- atingir e quanto isso vai custar”, afirma Lopes. Sebrae‑SP atestou que havia des-
tre restaurantes, bares, padarias, pizzarias e Cada uma das definições a respeito do novo negó- perdício de alimentos e de emba-
opções de delivery, segundo a Associação Brasileira de cio merece ponderações. A escolha do ponto comer- lagens pelo fato de a maioria das
Bares e Restaurantes (Abrasel). Tudo isso faz de São cial, por exemplo, deve considerar se o público-alvo pessoas não comer todo o lanche. A
Paulo a capital latino-americana da boa mesa. Junto virá de carro ou não. Em função disso, é preciso esta- alternativa foi reduzir o tamanho.
com os números expressivos, a cidade também regis- belecer a necessidade de espaço para estacionamento “Com um lanche menor não foi ne-
tra alta taxa de mortalidade entre os estabelecimen- e até a viabilidade de se contratar manobristas. Outra cessário aumentar o preço de todos
tos de alimentação: de cada 100 empresas criadas, 35 dica do consultor é para que o ponto permita uma boa os produtos no novo cardápio e o
encerram as atividades no primeiro ano e apenas três visualização da marca, de forma que o restaurante desperdício diminuiu, assim como
ultrapassam dez anos de vida, de acordo com a mes- seja reconhecido e desejado. o uso de embalagens para viagem.

Foto: Olicio Pelosi


ma entidade. Um dos principais motivos para o fracas- Tudo isso contribuiu para reduzir
so é a má gestão do negócio. cardápio estratégico os gastos variáveis da casa”, desta-
Saber cozinhar ou ser um apreciador da noite está A orientação de Lopes é para que o planejamento do ca o consultor.
longe de ser garantia de sucesso para bares e res- negócio comece pelo cardápio, o que dará uma noção
ganhos e gastos
taurantes. Planejamento em cada etapa do negócio
ainda é a melhor receita para a longevidade dos em-
de custos, de perfil do restaurante e de público. “O car-
dápio é o núcleo do negócio e a sua elaboração é estra- A gestão financeira também é im-
“A ideia de vender marmitas
preendimentos. De acordo com o consultor Wagner tégica para o restaurante. Nele, você pode induzir o portante para a manutenção e a foi bem-aceita pelo
Moreira Lopes, do Escritório Regional do Sebrae-SP em consumo para o produto que o estabelecimento deseja evolução dos estabelecimentos.
Presidente Prudente, os empresários erram ao definir dar mais destaque”, ressalta. Afinal, os custos para manter o público, mas a grande
apenas alguns pontos estratégicos e deixar outros em
segundo plano. Uns primam pela escolha do ponto co-
Para auxiliar os empresários na elaboração dos
cardápios, o Sebrae‑SP criou a cartilha Como Melhorar
negócio devem caber no bolso do
empresário e não comprometer
procura revelou algumas
mercial, outros definem primeiro o cardápio e alguns a Atratividade do Seu Cardápio, dentro do programa Re- o lucro. Segundo especialistas, o deficiências da casa”
pensam somente na parte econômica do negócio, mas ceita de Sucesso. A publicação sugere que o empreen- primeiro passo para a gestão fi-
poucos empreendedores consideram todos os aspec- dedor tenha um cuidado especial na composição do nanceira é separar as contas pes- Ângela Maria Lucas, proprietária do Tempero da Vó
16 | Conexão Conexão | 17
G gestão

Grande parte do lucro de bares O consultor também alerta so- do cliente. Preço muito baixo, por
e restaurantes vai, literalmente, bre a importância de escolher bem exemplo, pode comprometer o re-
para o lixo em função do desper- os fornecedores, identificando sem- sultado. Foi o que descobriu o res-

Elaborando
dício, especialmente de alimen- pre a procedência e as condições taurante e delivery Tempero da Vó,
tos. Para evitar isso, é importante de transporte dos materiais. Outra em Presidente Prudente (SP). O es- Preços: quando alinhados, um embaixo do

o cardápio
um controle rígido do estoque. “Se dica é ter mais de um fornecedor tabelecimento, que já contava com outro, favorecem a comparação pelo cliente;
você trabalha com pratos basea- para cada item, o que minimiza a a tradição familiar de 31 anos na co-
dos em carne, por exemplo, pre- possibilidade de falta de ingredien- mercialização de assados, em 2013 Sazonalidade: é importante verificar a oferta
cisa criar uma rotina com os for- tes e evita que o restaurante se tor- resolveu servir pratos prontos no de determinados produtos, que, quando
necedores para compra dois dias ne refém de uma única empresa. próprio local. “A ideia foi bem-aceita fora de época, podem elevar os custos e
antes de os produtos começarem pelo público, mas a grande procu- comprometer a qualidade;
a faltar, sem uma antecedência preço certo ra revelou algumas deficiências da
que comprometa a qualidade no Preços competitivos e atrativos casa”, relata a proprietária, Ângela Oferta de mercado: ter diferenciais e pratos
caso de itens perecíveis”, conta também fazem parte da receita de Maria Lucas, que decidiu procurar que são referência do estabelecimento. Isso
Lopes. A compra deve ser sempre sucesso para bares e restaurantes. o Sebrae‑SP. “Surgiram problemas facilita a lembrança e o retorno do cliente;
baseada no estoque atual, no vo- O desafio é definir o valor adequa- com a equipe, que resultavam em
lume de venda e no prazo de en- do, de forma a contemplar os cus- erros nos pedidos e mal-estar com Informações no cardápio: é interessante
trega do fornecedor. tos, a lucratividade e a satisfação os clientes”, explica. Durante a con- constarem informações como horário
sultoria, os técnicos do Sebrae‑SP de funcionamento, cartões aceitos, telefone,
identificaram outro problema que site, entre outras.
nem passava pela cabeça de Ânge-
la: o preço de R$ 9 pelo marmitex
era muito baixo. O restaurante ven-
dia 300 marmitas por dia, mas não
apresentava retorno. lugar e o bom atendimento é deter- A satisfação plena dos clientes para menor rotatividade dos pro-
Com as reformulações propos- minante para a fidelização. “Todos é o que todo comerciante espera fissionais, que é um dos principais
tas pelo Sebrae‑SP, o estabeleci- prezam pelo acolhimento, aliado alcançar. A LC Restaurantes – es- problemas de bares e restaurantes.
mento aumentou o faturamento e, ao sorriso e à cordialidade. As pes- pecializada em refeições coletivas “É comprovado que pessoas felizes
hoje, comercializa 150 marmitas soas se tornam fiéis a uma deter- em empresas, escolas e hospitais produzem muito mais e um am-
por dia, além de receber 100 clien- minada marca (seja de produtos, – tinha o desafio de satisfazer cen- biente profissional humanizado
tes no restaurante. Para justificar o seja de serviços) se forem bem tra- tenas de funcionários de diferen- é essencial para que as pessoas
aumento nos preços, o restaurante tadas por ela. Para que isso acon- tes corporações que não tinham encontrem a satisfação que tanto
investiu em diferenciais para agra- teça, ou seja, para que os colabo- opção de escolha de restaurante. procuram. A felicidade no traba-
dar os clientes. Outra medida foi radores (garçons, maîtres, cumins, “Não é fácil lidar com centenas lho é condição sine qua non para o
cobrar R$ 1 pela entrega, que antes barmen etc.) estejam prontos para de pessoas com perfis diferentes sucesso do negócio. É preciso que
era gratuita. isso, é preciso investir em capaci- e sem opção de comer em outro todos se sintam parte de um time”,
Para o consultor do Sebrae‑SP, tação e na humanização do clima lugar”, aponta a diretora opera- afirma Tiago. Ele aponta que, para
uma forma simples de precificar os organizacional”, afirma o proprie- cional da LC Restaurantes, Lenir isso, é necessária uma mudança
produtos é avaliar o preço de custo tário da consultoria Sr. Gentileza – Nori. A saída é apresentar diferen- de comportamento por parte dos
e estipular uma margem grande Educação Corporativa, Luiz Gabriel tes opções diariamente, na tenta- empresários e gestores, que devem
Foto: Olicio Pelosi

de lucro. “Se um prato custa R$ 10 Tiago. O consultor defende o bom tiva de atender a todos os gostos, aprender a destacar as qualidades
para ser feito, o restaurante deve relacionamento interpessoal inter- incluindo um cardápio temático das pessoas e não os defeitos. “É
vendê-lo a R$ 30, ou seja, 300% em no como espelho do atendimento uma vez por semana. lógico que os problemas de relacio-
cima do valor de custo, para não dispensado ao cliente. “Não é pos- Mesmo com a difícil tarefa, a namento existirão, mas é preciso
“Desde o início, o empreendedor ter prejuízo”, aponta. sível ser gentil com os fregueses se empresa alcança uma média de serenidade para solucioná-los. Por
todos se hostilizam nos bastidores. satisfação acima de 90%. Isso só isso, a capacitação e o acompanha-
deve ter muito claro qual o retenção de talentos O cliente perceberá automatica- é possível graças a investimentos mento desses profissionais são im-
foco do negócio, quem pretende O maior bem de um estabeleci-
mento que trabalha diretamen-
mente através de sorriso sincero e
de calor humano. Os empresários
constantes na qualificação dos
funcionários. “Temos profissionais
portantes. É natural que o convívio
desgaste as relações, mas isso não
atingir e quanto isso vai custar” te com o público é o funcionário. devem estar atentos à necessidade formados em Gastronomia e todos pode impactar a clientela”, afirma.
No setor de alimentação, a mão de investir em treinamentos espe- recebem treinamento anual para Incentivar e elogiar os acertos é a
Wagner Moreira Lopes, consultor do Escritório Regional de obra qualificada é ainda mais cializados e na satisfação dos pro- reciclagem”, ressalta Lenir. A aten- melhor receita para uma equipe
do Sebrae‑SP em Presidente Prudente importante, pois ela é a “cara” do fissionais”, aponta Tiago. ção com a mão de obra contribui de sucesso.
18 | Conexão Conexão | 19
N negócios

Democratização
gastronômica Decreto que regulamenta venda de comida na rua
movimenta mercado gastronômico e abre oportunidade
para negócios sobre quatro rodas (ou duas)

Por Enzo Bertolini

A
cidade de São Paulo não tem atrativos na- da subprefeitura). A comercialização poderá ser feita lor venal do metro quadrado na área A regulamentação abre espaço e das Supervisões de Vigilância em
turais que encantem turistas como o Rio em utilitários adaptados (tipo food trucks ou Kombis), onde será instalada a operação, sen- para novos empreendedores, mas Saúde (Suvis), órgãos sob orienta-
de Janeiro (RJ) ou Florianópolis (SC), po- em carrinhos ou tabuleiros ou ainda em barracas des- do o valor mínimo de R$ 192,65. impõe a necessidade de formali- ção da Agência Nacional de Vigi-
rém, é reconhecida pela variedade de res- montáveis nas ruas, praças e parques municipais, des- A ideia da prefeitura é avaliar zação do negócio e obriga o inte- lância Sanitária (Anvisa). Para
taurantes e pela boa comida. Capital gastronômica da de que obedecidos alguns limites. essa primeira experiência e abrir ressado a fazer um curso de ma- Katrine, a nova lei deve tirar a co-
América Latina, a cidade paulistana agora se junta às As subprefeituras ficaram responsáveis pela emis- novos pontos em um segundo mo- nipulação de alimentos. As regras mida de rua da marginalidade e
grandes metrópoles mundiais que têm nos food trucks são dos termos de permissão de uso (TPUs) e definição mento. Aqueles que já vendiam co- incluem outros aspectos, como a dar mais confiança ao consumidor.
uma tradição de comida de rua, que vai muito além da dos locais para o estacionamento dos veículos. Na pri- mida na rua há mais de dois anos distância mínima de 20 metros O empresário Rolando Vanucci,
oferta de cachorro-quente ou pipoca. meira etapa, foram abertos mais de 600 espaços em terão seis meses para se adequarem de entradas de estações de metrô proprietário do Rolando Massinha
Desde o início de maio, a prefeitura regulamentou toda a cidade, e os interessados tiveram 15 dias para às regras. “Com a lei, a intenção e trem; cinco metros nos casos de e exemplo de comércio de rua para
o comércio de alimentos em unidades móveis, como apresentar os documentos e informar os alimentos que é ter comida de rua de qualidade, cruzamentos, cabines telefônicas o autor da lei, o vereador Andrea
veículos e carrinhos, e estabeleceu regras para a ven- pretendiam vender. Nos casos em que mais de uma com pessoas que atendam aos pro- e pontos de ônibus; e 25 metros de Matarazzo, diz que vai se adaptar
da dos produtos, assim como locais, horários, proce- pessoa pediu o mesmo ponto de venda, foi feito sorteio. cedimentos de higiene”, explica a estabelecimentos que comerciali- para obter o TPU. “Tenho seis ve-
dimentos para obter autorização, direitos e deveres – Para que haja mais democratização nas ruas e oportu- analista sênior do Sebrae‑SP Katri- zam comida. A fiscalização ficará ículos e não me enquadro na re-
como a proibição à venda de bebidas alcoólicas (salvo nidades para todos, cada empreendedor só pode ter um ne Ribeiro de Oliveira. “Ninguém vai sob responsabilidade da Coordena- gulamentação, que só libera uma
em eventos públicos ou privados com a autorização TPU, que tem custo anual correspondente a 10% do va- precisar correr da fiscalização”, diz. ção de Vigilância em Saúde (Covisa) licença por pessoa. Para não usar
20 | Conexão Conexão | 21
N negócios

rém, Schuartz diz que os espaços não cumprimento as pessoas para se cadastraram para vender briga- devem ser profissionais. “Tem que
estão adaptados aos parâmetros evitar contaminação”, conta. deiro gourmet, enquanto apenas ser empreendedor, saber como ar-
da lei. “Contratamos uma empresa Como qualquer outro negócio, é uma se apresentou para fazer es- mazenar, quanto cobrar e fazer o
de segurança alimentar que reco- preciso ter planejamento e alguns condidinho de macaxeira e foi um melhor. Quem não se adequar será
lhe amostras do que é servido e as itens devem ser considerados. A sucesso. “O correto é focar em um marginalizado pelo próprio consu-
mantém congeladas por 90 dias. orientação é que seja feito um estudo único alimento, pois otimiza espa- midor”, diz ele, que também é inte-
Caso haja alguma ocorrência de in- de mercado para definir que tipo de ço, facilita as compras e diminui o grante da recém-criada Associação
toxicação, as amostras podem ser comida servir e a que preço. “O preço desperdício”, diz Gonzalez. Paulistana de Comida de Rua.
analisadas”, afirma. tem de ser adequado ao público da A legislação vigente proíbe o
Para Vanucci, que está no mer- região”, diz Gonzalez, do Buzina. uso de cadeiras e mesas, justa- concorrência
cado há sete anos, a regulamen- Os alimentos escolhidos preci- mente para estimular a circulação Alguns empresários dos setores
tação vai dar mais tranquilidade sam ser práticos e, ao mesmo tem- de pessoas. Por se tratar de espaços de bares e restaurantes demons-
a quem já opera na rua – mesmo po, diferentes, a ponto de atrair o quase sempre abertos, o negócio tram preocupação com o aumen-
a empreendedores que, como ele, consumidor sem gerar estranheza. é, literalmente, sujeito a chuvas e to da concorrência. Questionados
ocupam espaços privados. Vanucci “Tem comidas mais elaboradas que trovoadas. “O clima tem grande in- sobre isso, donos de food trucks são
estaciona suas vans em áreas par- demoram para serem feitas. Como fluência sobre as vendas. Com chu- unânimes em dizer que há públi-
ticulares na região da Avenida Su- servi-las a clientes que têm pres- va ou frio, as vendas caem”, afirma co para todos. “Quem não quiser
maré, zona oeste da capital. Nessa sa?” questiona Vanucci. A analista o chef do Buzina. tomar sol, chuva ou pegar frio vai
condição, ele se isenta da exigência do Sebrae‑SP lembra o caso de uma O investimento depende da procurar um restaurante, com me-
Foto: Olicio Pelosi

de TPU, mas permanece sujeito às empreendedora que começou a categoria escolhida. “Um veículo sas, cadeiras, banheiro e conforto”,
regras sanitárias de comida de rua. vender comida persa e pouco tem- adaptado pode variar de R$ 40 mil diz Vanucci.
“Com a questão burocrática resol- po depois desistiu. “Não são todos a R$ 300 mil. Somam-se a isso ou- Para Gonzalez, dizer que há con-
vida, posso dormir tranquilo.” que estão acostumados ou que gos- tros R$ 10 mil em panelas, gela- corrência entre restaurantes e food
tam de certas comidas étnicas.” deira, insumos e identidade visual trucks é o mesmo que afirmar que
“Um veículo adaptado bonito, bom e barato Também é preciso analisar o do carro”, opina Vanucci. Para o um boteco ameaça roubar clientes
O chef Jorge Gonzalez, do Buzina custo e tomar cuidado com as mo- proprietário da Cannoleria Casa di do DOM, restaurante do badalado
pode variar de R$ 40 mil Food Truck, aponta a logística como dinhas. Na última Feira Gastronô- Dante, Alexandre Leggieri, as pes- chef Alex Atala. “O mercado é livre
a R$ 300 mil. Somam-se um complicador para o segmento mica do Anhangabaú, 100 pessoas soas precisam entender que elas e democrático. Há, inclusive, donos
e ressalta o desafio de servir algo de restaurante que querem montar
a isso outros R$ 10 mil em simples, gostoso e barato, condições um food truck, porque já têm uma

panelas, geladeira, insumos para o sucesso da comida de rua.


“Ideias podem ser as mais variadas.
marca reconhecida.”
A despeito disso, é certo que a
e identidade visual do carro” Pode-se servir qualquer coisa, desde comida de rua veio para ficar e tem
que tenha sabor e seja barato”, diz. nos food trucks os maiores aliados.
Rolando Vanucci, proprietário do Rolando Massinha A pré-preparação da comida Para Schuartz, do Butantã Food
é outro ponto importante. Anali- Park, os veículos são parte de um
subterfúgios, estou repassando mistura food trucks, barracas, trai- sar onde fazer e como funciona- movimento de democratização da
quatro veículos para que os fun- lers, bicicletas e carrinhos. “O Food rá a questão logística é essencial. o que diz a regulamentação gastronomia. “Moda entra e vai
cionários se tornem donos”, diz. O Park é uma evolução de outras O investimento em uma cozinha de comida de rua embora, movimento é para ficar”,
empresário vai manter dois veícu- plataformas, como o projeto Chefs industrial pode encarecer o custo destaca Gonzalez. Para saber onde
los para utilização em espaços pri- na Rua, que serve comida a preços final e aumentar o tempo de retor- • Podem ser vendidos alimentos e bebidas não alcoólicas. encontrar o food truck preferido
vados, além do delivery e da lan- populares”, explica o idealizador do no do projeto. “Em outros países, é no Estado de São Paulo ou experi-
• Os pontos são fixos e têm algumas restrições
chonete que já possui. projeto, Maurício Schuartz. muito comum cozinhas comparti- mentar algo novo em outras regi-
de localização quanto à distância:
Ele aponta como impacto posi- lhadas. Isso ainda não existe em ões do País, os interessados têm à
espaços privados tivo da lei o aumento da quantida- São Paulo e pode ser um nicho de 5 metros 20 metros 25 metros disposição o guia Food Truck nas
Com a publicação da lei, começam de de empreendedores dispostos a mercado”, aponta Katrine. cruzamentos, faixas entradas de estações de padarias, restaurantes Ruas, acessível pelo site (www.
a surgir espaços privados destina- entrar no mercado. “Isso faz com O cuidado com a higiene tam- de pedestres, pontos de metrô, corredores de ônibus e mercados municipais foodtrucknasruas.com.br) ou pelo
dos à comida de rua, como o Bu- que a gente tenha mais pessoas, bém é fundamental, incluindo a ônibus e táxis e portões de escola aplicativo móvel para plataforma
tantã Food Park, na zona oeste de mais restaurantes e é bom para os limpeza do espaço onde o veícu- Android. Há calendário de eventos
São Paulo, inaugurado em maio. O negócios”, diz. lo permanece estacionado. Algu- e endereços. É a democratização
• Quem já tinha um ponto fixo há mais de dois anos
local reúne cerca de 2 mil pessoas As áreas privadas foram retira- mas práticas podem contribuir da gastronomia. Que venham as
tem 180 dias para comprovação.
durante a semana, público que tri- das do texto por ocasião da sanção para isso, como ensina o veterano experiências gastronômicas sobre
plica aos fins de semana. O espaço pelo prefeito Fernando Haddad, po- Vanucci: “Lavo sempre as mãos e quatro rodas.
22 | Conexão Conexão | 23
Rregulamentação

de Alimentos, oferecido pela Prefei-


tura de São Paulo ou por entidades
privadas credenciadas. “Esse curso
Exigências do município é ideal também para o empreende-
dor, pois ele aprende a conservar
de São Paulo para e manusear os alimentos, assim
o comércio varejista como normas de higiene”, diz Erica.
É obrigatório que os estabele-
de alimentos cimentos tenham um manual de
boas práticas, documento que lis-
• Cadastro Municipal de Vigilância em Saúde (CMVS); ta, no mínimo, os requisitos sani-
tários do edifício e indica como se
• Certificado de controle de pragas emitido por empresa com
dá a manutenção da higienização
licença no Cadastro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS);
das instalações, dos equipamentos
• Registro de limpeza de caixa d’água; e dos utensílios, além de aspectos
• Planilha de controle de temperatura; como controle de qualidade da água
para consumo humano, controle de
• Auto de vistoria do Corpo de Bombeiros; vetores e pragas urbanas, controle
• Exames dos funcionários; da higiene e saúde dos manipulado-
res e controle e garantia de qualida-

Sob controle
• Certificado do curso de boas práticas de do produto final. Com o manual,
de manipulação de alimentos. é possível explicar como tudo fun-
ciona para quem está chegando ao
estabelecimento a partir de um des-
critivo do que há no local e dos pro-
cedimentos operacionais padrão.
Controles Cada empresa deve ter o pró-
Boas práticas de higiene e manipulação de
alimentos garantem segurança na hora de e monitoramento prio manual, e fazê-lo não é sim-
ples. Por isso, muitas contratam
servir a refeição e atender o cliente da cozinha os serviços de um profissional da
área alimentar – como um nutri-
Por Enzo Bertolini É necessário criar controles para o monitoramento cionista, um engenheiro de ali-
da realização das boas práticas, tais como: mentos ou um biomédico espe-
cializado em alimentação – para
• Controle de temperatura dos equipamentos
montar o guia e ser o responsável
de congelamento e refrigeração;
técnico pelo espaço. Para empre-
• Controle de validade dos produtos em estoque; sas limitadas, microempresas e de

a
o iniciar um negócio que envolva venda ram”, explica a nutricionista e consultora técnica do • Checklist de higienização de ambientes pequeno porte não é exigido res-
de refeições, são muitos os cuidados e as Sebrae‑SP, Erica Branco. conforme cronograma. ponsável técnico.
preocupações que o empreendedor precisa Na esfera municipal, a cidade de São Paulo tem a Uma das cartilhas do programa
ter, especialmente com higiene e com ma- Portaria nº 2.619, de 2011, que regulamenta práticas e Receita de Sucesso, do Sebrae‑SP,
nipulação de alimentos. O Brasil possui legislação nos condições técnicas para produção de alimentos com Além disso, é importante também: orienta os empresários quanto a
âmbitos federal, estadual e municipal que rege o setor base no Código Sanitário do município. As regras são • Arquivar certificado de controle de pragas; questões técnicas de higiene e ma-
com diferentes graus de restrição. mais exigentes que as legislações estadual e federal e nipulação dos alimentos. Além dis-
A primeira orientação aos empreendedores é bus- muitas franquias a utilizam como padrão para as lojas. • A rquivar documentação dos colaboradores, so, é possível participar de cursos
car informações na prefeitura e na vigilância sanitá- Na esfera federal, a principal regulamentação é a contendo o atestado de saúde ocupacional atualizado variados, como os módulos do Pro-
ria locais para checar se o município possui legisla- Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 216/2004, emitido por médico do trabalho. grama Alimentos Seguros (PAS),
ção específica. Se não houver, vale a lei estadual. São que estabelece o Regulamento Técnico de Boas Práti- aplicados nacionalmente pelo Se-
Paulo tem a Portaria nº 5 do Centro de Vigilância Sa- cas para Serviços de Alimentação. É possível obter o nai e pelo Sebrae, ou a capacitação
nitária (CVS), de 2013, que firma as normas técnicas documento no site da Agência Nacional de Vigilância Fonte: Cartilha Como Ter uma Cozinha Eficiente, do programa em boas práticas nos serviços de
para boas práticas em estabelecimentos comerciais de Sanitária (Anvisa). Receita de Sucesso, do Sebrae‑SP alimentação, oferecida no formato
alimentos e para empresas de serviços de alimenta- Para o profissional responsável pela cozinha, a pre- de ensino a distância (EAD) pelo
ção. “A legislação é tão boa que outros Estados a copia- missa básica é ter o curso de Higiene e Manipulação Sebrae Nacional.
24 | Conexão Conexão | 25
C cenário

Muito além do
sabor
Não basta ter comida saborosa. bares
e restaurantes devem primar pelo
atendimento e usar a criatividade e a
tecnologia para atrair e fidelizar clientes
A consultora também destaca que diferenciar da concorrência. Para ca Natalia. A consultora ressalta
conquistar um novo cliente pode o diretor da Superação Treinamen- que o Sebrae‑SP tem sido procu-
Por Filipe Lopes custar muito mais do que fideli- tos e Consultoria, Marcos Sousa, o rado por empresários que querem
zar um antigo. E reconquistar um grande desafio desses estabeleci- aprofundar os conhecimentos so-
cliente pode ser ainda mais difícil. mentos é entender que não se deve bre os temas das cartilhas por meio
O encantamento e a fidelização servir ao cliente apenas uma vez, de consultorias ou cursos para a
do cliente acontecem quando ele mas de maneira contínua, pois, se implantação de inovações com pla-
tem uma experiência marcante e a experiência for positiva, ele não nejamento, acompanhamento e
prazerosa no estabelecimento, e só retornará como também indi- análise de resultados.
tudo começa com um atendimento cará a casa para outros potenciais Vale lembrar que o atendimen-
amistoso e assertivo. Para isso, de- consumidores. “O cliente precisa to dispensado pelos garçons aos
ve-se conhecer muito bem o públi- vivenciar bons momentos não so- clientes reflete o tratamento que
co-alvo da casa de forma a corres- mente com seus acompanhantes, eles próprios recebem dos gestores
ponder às expectativas dele no ato mas com tudo o que é proporcio- do estabelecimento. Então, as prá-
da prestação do serviço. De posse nado a ele no local”, ressalta. Para ticas cordiais não devem ser aplica-
dessa informação, é preciso inves- isso, os garçons devem seguir pro- das apenas pelos funcionários que
tir no treinamento dos funcioná- cedimentos muito bem definidos e estão na linha de frente, mas em
rios e até mesmo em tecnologia ensaiados, de acordo com a expec- todas as esferas do negócio. “Se há
para melhorar a dinâmica do negó- tativa dos consumidores. problemas de relacionamento entre
cio. “A satisfação do cliente vem de Dentro do programa Receita patrão e empregado, a tendência é
toda a experiência que ele viveu na de Sucesso, criado pelo Sebrae‑SP que isso se reflita no atendimento

A
casa, e não apenas do produto em em 2012, uma das cinco cartilhas ao consumidor”, afirma Sousa.
escolha de um restaurante envolve uma em Guaratinguetá. Segundo ela, em 68% dos casos de si, ou seja, do prato”, explica a con- com dicas para donos de bares e
série de variáveis que vão desde a localiza- perda de cliente, o motivo é o mau atendimento. sultora do Sebrae‑SP. Ela acrescen- restaurantes trata especialmente inovação e criatividade
ção do estabelecimento ao tipo de culiná- Natalia enumera vários motivos que levam a isso: ta que a fidelização se dá, cada vez de técnicas para melhorar o aten- Inovação, muitas vezes, significa
ria, passando pelo preço que o cliente está estabelecimentos indiferentes à presença ou à neces- mais, por motivos emocionais, em dimento e surpreender positiva- encontrar formas diferentes para
disposto a pagar. A tudo isso, soma-se outro aspecto sidade do cliente; satisfação do cliente colocada em se- vez de elementos racionais. “É im- mente os clientes. São orientações oferecer um serviço ou um pro-
determinante: a experiência que o consumidor tem gundo plano, privilegiando-se o lucro; equipe desmo- prescindível saber o que o cliente sobre como deve ser o trabalho dos duto ao cliente. A rede de culiná-
com a casa. E aí entra a questão do atendimento, fator tivada e/ou mal treinada; ausência de procedimentos considera importante para poder garçons, a organização da casa e ria saudável Seletti enxergou uma
que pode levar ao sucesso ou ao fracasso de um bar ou previamente definidos para dar curso ao atendimento, encantá-lo”, pondera Natalia. até a limpeza do salão. No capítulo oportunidade de sucesso no mer-
restaurante. Tempo de atendimento, garçom atencioso entre outros motivos. destinado ao atendimento, a carti- cado brasileiro com os novos há-
e simpatia da equipe contam tanto quanto a apresen- A falta de cuidado no trato do consumidor pode cus- treinados para acertar lha traz um passo a passo de como bitos da população e a preferência
tação e o sabor dos pratos. “Não conheço uma pessoa tar muito à imagem da casa, especialmente em tempos Investir no treinamento dos pro- o garçom deve atender os clientes. pelo consumo de alimentos mais
sequer que não tenha um mau exemplo de atendimen- de redes sociais – ambientes que disseminam informa- fissionais é fundamental para o “Foi um trabalho customizado para saudáveis. Mas era preciso diferen-
to e que não tenha deixado de ser cliente de algum lo- ções à velocidade de um clique. “É preciso ouvir a re- sucesso de bares e restaurantes, as necessidades do segmento de ciar-se da concorrência, uma vez
cal por causa disso”, aponta a consultora Natalia Liese clamação sem julgamento prévio e tentar entender a e criar uma atmosfera prazerosa alimentação fora do lar. O retorno que, em 2007, quando o conceito
Solano Sirobaba, do Escritório Regional do Sebrae‑SP situação do ponto de vista do cliente”, orienta Natalia. é de extrema importância para se tem sido bastante positivo”, desta- da marca foi idealizado, a comida
26 | Conexão Conexão | 27
C cenário

natural era pouco saborosa e mais nos itens escolhidos por eles. Para
cara do que a tradicional, na ava- quem não dispõe de investimento
liação do proprietário da Seletti, em soluções de ponta, o consultor

Os 12 passos para os garçons Luis Felipe Campos. O desafio da


marca foi criar um layout atrativo
Marcos Sousa sugere a instalação
de botões junto à mesa para que os
e um cardápio que demonstrasse, clientes possam acioná-los sempre
Abordagem: aproxime-se do cliente pela frente e sorrindo. além das propriedades nutricio- que precisarem de atendimento.
1 Dê as boas-vindas cordialmente e pergunte se ele deseja uma mesa; nais, preços e sabores convidati- “Dessa forma, o cliente elimina a
vos. “A primeira medida foi utili- experiência – por vezes desagradá-
Levando até a mesa: verifique o número de pessoas, zar cores vibrantes para destacar vel – de ter que ficar gritando, le-
2 o perfil dos clientes e escolha uma mesa compatível. a loja, diferenciando-se das cores vantando o dedo ou usando outros
Submeta a escolha à aprovação do cliente; vermelha e amarela normalmente artifícios para chamar a atenção
adotadas pelos outros estabeleci- do profissional”, afirma.
Verificando a mesa: observe atentamente se a mesa está mentos”, lembra Campos. Outra forma de explorar o uso
3 montada adequadamente e se atende às necessidades de pessoas A Seletti também inovou ao da tecnologia pelos estabelecimen-
com dificuldades de locomoção e/ou de crianças; disponibilizar a tabela de calorias tos comerciais é a utilização de
para cada um dos pratos do menu. aplicativos para o recebimento de
Provendo o cardápio: entregue os cardápios iniciando O conceito de comida natural foi pedidos de delivery. Para os esta-

Foto: Emiliano Hagge


4 pelas mulheres e pelas pessoas mais idosas. Esse é o momento estendido para a sustentabilidade, belecimentos, a adesão a estes sof-
de explicar o tipo de serviço, os pratos e a hora da venda sugestiva, com a opção por produtos orgânicos twares implica pagamento de uma
para oferecer os itens mais rentáveis do cardápio; e até pelo controle da emissão de taxa a cada pedido recebido. Como
carbono em cada loja da franquia. vantagem, a casa ganha mais uma
Anotando os pedidos: devem ser anotados em uma ordem “vitrine” para seus produtos. Para
5 uma aliada: a tecnologia
que permita aos atendentes entregá-los sem equívoco.
Repasse os pedidos para certificar-se de que não há erros; Assim como a criatividade, a tec-
integrar o iFood, plataforma com
1,7 mil estabelecimentos cadas-
“O delivery online nos
nologia é outra grande aliada de trados, paga-se uma taxa de 12% dá mais visibilidade e
Na cozinha: os pedidos de cada mesa devem ser comandados bares e restaurantes, especial- sobre o pedido. Outro serviço do
6 de forma que saiam simultaneamente; mente quando sua aplicação torna gênero é o Hellofood – empresa do é um serviço adicional para
Durante a espera: aproveite o tempo de espera para criar
mais ágil o atendimento, um dos
pontos mais críticos do segmento.
grupo Foodpanda – que contabiliza
2 mil estabelecimentos cadastra-
os clientes, colaborando
7 um vínculo com o cliente, falando sobre a casa ou oferecendo Mas os especialistas dão um aler- dos. Para o diretor de marketing da para a fidelização”
alguma amenidade. Cuidado para não ser invasivo ou inoportuno; ta: o cliente valoriza a agilidade, Hellofood, Roberto Gandolfo, os be-
contudo, ela precisa vir acompa- nefícios do delivery online são mui- Ricardo Corrêa, proprietário da Wheat Organics
Entrega dos pratos: inicie a entrega dos pratos pelas mulheres nhada de gentileza e cordialidade. tos para os clientes: evitam espera
8 e pelas pessoas mais idosas. Finalize perguntando Caso contrário, as relações se tor- ao telefone; as linhas não ficam
se está tudo de acordo e se há necessidade de algo mais; narão cada vez mais frias, e o gar- ocupadas; o cardápio está sempre O delivery online nos dá mais vi- trais de atendimento terceirizadas.
çom será apenas um “carregador atualizado; e é possível conhecer a sibilidade e é um serviço adicional “Analisamos o mercado e percebe-
Durante a refeição: fique atento para identificar qualquer de bandejas”. Na esteira de opções avaliação de outras pessoas que já para os clientes, colaborando para mos que os restaurantes tinham
9 demanda e atendê-la de imediato. Mantenha-se discreto; inovadoras para potencializar os utilizaram os restaurantes listados. a fidelização”, afirma o proprietá- uma taxa elevada de ligações per-
serviços oferecidos por bares e res- Oferecer serviços alternativos rio, Ricardo Corrêa, que contabili- didas em razão do congestiona-
Sobremesas: antes de servir as sobremesas é importante taurantes, há cardápios interativos para os clientes, mesmo que o de- za uma média de 40 pedidos por mento das linhas. Então, oferece-
10 arrumar a mesa, provendo pratos, talheres, copos adequados disponíveis em tablets, que dispen- livery não seja o carro-chefe do es- mês via aplicativo. mos um sistema que transfere as
e eliminando qualquer sujeira; sam o velho menu em papel e dão tabelecimento, pode ser uma boa A culinária à base de alimen- ligações para a nossa central, que
ao cliente autonomia para montar estratégia para fidelizar e mostrar tos orgânicos é cada vez mais realiza o primeiro atendimento ao
Finalizando: pergunte de maneira cordial se tudo correu seu pedido e enviá-lo à cozinha que o restaurante está atento às procurada pelos paulistanos, na cliente e transfere a chamada as-
11 conforme o esperado e se os clientes estão satisfeitos. sem a intermediação do garçom. inovações. Foi isso que motivou esteira da maior preocupação com sim que possível”, afirma Alexan-
Ouça e anote possíveis reclamações; Em Recife (PE), o restaurante a biopadaria Wheat Organics, lo- saúde e bem-estar. As plataformas dre Borin Cardoso, CEO da Prestus,
Hot Spot inovou ao oferecer aos calizada na Vila Leopoldina, zona de delivery online perceberam o empresa que cobra, em média,
Saída: acompanhe os clientes até a saída, clientes duas mesas interativas oeste de São Paulo, a ingressar nicho e criaram seções especiais R$ 3,90 por chamada recebida. A
12 despedindo-se de forma cortês. que, por meio da tecnologia de te- no iFood. “Nosso foco sempre foi para o segmento. empresa oferece também pacotes
las sensíveis ao toque, mostram o a sustentabilidade e realizamos a Outra tecnologia alternativa fixos de atendimento e contabiliza
Fonte: Programa Receita de Sucesso do Sebrae‑SP cardápio completo da casa e pro- maioria das entregas na região a pé, para reduzir as esperas telefônicas mais de 300 clientes do ramo de
jetam os pratos prontos baseados de bicicleta ou de moto elétrica. e não perder clientes são as cen- bares e restaurantes.
28 | Conexão Conexão | 29
C cases

cliente final. Dependendo do valor, o entregador para que ele saiba a começando com dois veículos refri-
a ação pode ser inviável do ponto de importância do bom atendimento. gerados. “Optamos por equipe pró-
vista financeiro”, ressalta o dire- Também não se deve esquecer o pria para garantir a qualidade e trei-
tor da GR Gestão de Restaurantes, pós-venda. A recomendação é que namos o colaborador para receber
Alison Figueiredo. seja feita uma pesquisa de avalia- um feedback do cliente”, explica Ri-
Antes da tomada de decisão, ção e colhidas sugestões dos clien- beiro. Ao abrir mão da terceirização,
outros aspectos precisam ser con- tes para melhoria do serviço. A ele arcou com o ônus do recruta-
siderados, como o uso de pessoal ação pode ser feita até pelas redes mento de pessoas e com a manuten-
próprio ou terceirizado para a en- sociais, facilitando a vida do em- ção dos atuais cinco veículos, que
trega. “Ambos oferecem vantagens preendedor e do cliente. são renovados, no máximo, a cada
e desvantagens. A terceirização eli- dois anos para diminuir gastos.
mina preocupações como a falta bem servido O trânsito caótico de São Pau-
de funcionários ou a manutenção Todos esses desafios foram enfren- lo é sempre um desafio para quem
dos veículos, mas é preciso esco- tados por Carlos Ribeiro quando faz entregas diárias na cidade e
lher muito bem a empresa parcei- ele criou a Snack Frutas, em 2009, pode limitar as atividades. “Re-
ra”, diz o consultor do Sebrae‑SP. Ele com a proposta de entregar frutas cusamos demandas de outras re-
destaca a importância do entrega- frescas para empresas na cidade giões, pois o serviço ficaria muito
dor, que é quem tem contato direto de São Paulo. Por se tratar de pro- caro. Por causa dos imprevistos, os
com o consumidor, e ressalta que se dutos perecíveis, ele optou por de- entregadores saem de 30 a 60 mi-

Na sua a experiência for ruim, a fidelização limitar o raio de ação em 60 qui- nutos antes do horário combinado

Porta
pode ser prejudicada. “Esse colabo- lômetros, abrangendo a região para a entrega”, conta. Também foi
rador impacta o serviço de muitas central e a zona oeste do municí- necessário criar planos de emer-
formas. Se ele dirige sem cuidado, pio, ambos com grande concentra- gência, com carros de apoio para
por exemplo, balança a comida e es- ção de companhias. “Buscamos re- casos de quebra de veículos.
traga a apresentação do prato. Além ferências de negócios na Europa e Outra empresa que aposta no
disso, ele interage com o cliente e seguimos a tendência de alimen- delivery é a Comidaria, de São João
precisa ser gentil e atencioso como tação saudável, com a comodidade da Boa Vista. A ideia inicial da em-
um garçom”, avalia Lopes. Por isso, do delivery”, conta. preendedora Sylvia Merlin e o ma-
Serviço de delivery expande possibilidades tanto em caso de terceirização Pela especificidade, a empresa rido era abrir um bistrô na cidade,
de negócios, mas exige atenção a aspectos como de contratação, é vital treinar escolheu não terceirizar a entrega, mas dificuldades para encontrar
um imóvel e a constatação de que
como infraestrutura, apresentação do
havia espaço para um serviço di-
prato e gentileza do entregador ferenciado abriram possibilidades
para o negócio. Assim, surgiu no
Por André Zara fim do ano passado a empresa fo-
cada exclusivamente em delivery

Delivery: de pratos gastronômicos. “Os pre-

n
ços são mais altos se comparados
egócios baseados exclusivamente na en- do lar do Sebrae‑SP, Leonardo Guillardi de Paiva Lo- ter ou não ter? a alguns restaurantes, o que nos
trega direta ao consumidor se multiplicam pes. Para o especialista, o primeiro passo é avaliar a obriga, muitas vezes, a explicar o
nas grandes cidades, em sintonia com a clientela. “O importante é entender em que mercado a conceito e a qualidade dos ingre-
busca crescente da clientela por praticida- empresa está inserida. Se o consumidor é o trabalha- o investimento para que o custo dientes”, comenta Sylvia, que par-
de e comodidade. O modelo, apesar de, aparentemente, dor que almoça fora, por exemplo, as prioridades dele Calcule da entrega esteja embutido no preço final ticipou de um dos treinamentos do
envolver uma complexidade menor se comparado a um devem orientar o modelo de negócios”, explica. Sebrae‑SP como parte do programa
bar ou a um restaurante com atendimento presencial, No caso de negócios já constituídos que queiram um raio de atuação e defina rotas para Receita de Sucesso. A operação é
guarda peculiaridades que exigem atenção dos empre- inovar oferecendo o serviço de delivery, é importante Estabeleça maximizar o trabalho dos entregadores conduzida apenas pelo casal, inclu-
endedores. Assim como em qualquer área, é necessá- medir a capacidade de atendimento à nova demanda sive as entregas. “Tínhamos um en-
rio definir um plano de negócios, detalhar o perfil do e a necessidade de expandir a infraestrutura de má- terceirizar ou não a partir da análise dos custos tregador terceirizado, mas assumi a
cliente e estabelecer as linhas principais do serviço a quinas e de pessoal para dar conta do recado. Além Decida e das vantagens de manter equipe própria função para reduzir custos. A expe-
ser prestado ou do produto a ser comercializado. disso, pode ser preciso adquirir tecnologia de software riência está me dando um feedback
“O desafio para quem proporciona o serviço de en- para controlar os pedidos e contratar mais linhas tele- muito rico dos consumidores”, com-
trega é ser eficiente e superar os problemas que podem fônicas para atendimento. “Tudo isso deve entrar na Crie canais para ouvir o cliente pleta. São lições de quem decidiu se
afastar o cliente”, diz o consultor de alimentação fora conta para medir o investimento e definir o preço ao aventurar da porta para fora.
30 | Conexão Conexão | 31
ESCRITÓRIOS PAEs Postos Sebrae‑SP de Atendimento ao Empreendedor
REGIONAIS Araraquara
alto tietê Valinhos: R. Invernada, 595 Dracena: R. Brasil, 1.420 – sl. 1 são josé do rio preto

DO sebrae‑SP
Ferraz de Vasconcelos: R. Bruno Vera Cruz • CEP: 13271-450 Centro • CEP: 17900-000 Catanduva: R. S. Paulo, 777
São carlos Altafin, 26 • Centro Tel.: 19 3829.4019 / 19 3512.4944 Tel.: 18 3822.4493 Higienópolis • CEP: 15804-000
CEP: 08501-160 Tel.: 11 4675.4407 Martinópolis: Pça. Getúlio Vargas, Tel.: 17 3531.5313
guaratinguetá
Itaquaquecetuba: Est. Sta. Isabel, s/n.° (Pátio da Fepasa) • Centro José Bonifácio: R. 21 de Abril, 420
Campos do Jordão: Av. Januário
campinas
1.100 • CEP: 08577-010 CEP: 19500-000 • Tel.: 18 3275.4661 Centro • CEP: 15200-000
Miráglia, 1.330 • CEP: 12460-000
Tel.: 11 4642-1116 / 7307 r. 230 Presidente Epitácio: R. Paraná, 262 Tel.: 17 3245.3561
Jundiaí Tel.: 12 3664.2631 / 2579
Suzano: R. Portugal Feixo, 106 Centro • CEP: 19470-000 Mirassol: R. Sete de Setembro,
SEDE Centro • CEP: 08674-002
Cruzeiro: R. Otávio Ramos, 172
Centro • CEP: 12701-360
Tel.: 18 3281.1710 1.855 Fundos • Centro
Tel.: 11 4742.3579 Rancharia: Av. D. Pedro II, 484 CEP: 15130-041 Tel.: 17 3253.3434
Edifício MÁrio Covas Tel.: 12 3141.1107 / 3143 1613
Centro • CEP: 19600-000 Novo Horizonte: R. Jornalista Paulo
R. Vergueiro, 1.117 araçatuba Pindamonhangaba:
Tel.: 18 3265.3133 Falzetta 1 • Vila Paty
Paraíso • CEP: 01504-001 Andradina: R. Paes Leme, 1.280 R. Albuquerque Lins, 138 • Centro
GRANDE ABC CEP: 14960-000 Tel.: 17 3542.7701
Tel.: 11 3177.4500 Centro • CEP: 16901-011 CEP: 12410-030 Tel.: 12 3642.9744
R. Cel. Fernando Prestes, 47 ribeirão preto Olímpia: Pça. Rui Barbosa, 117
Centro • Santo André • CEP: 09020-110 Tel.: 18 3723.5411 guarulhos Altinópolis: R. Mj. Garcia, 376 Centro • CEP: 15400-000
CAPITAL Tel.: 11 4990.1911 • Fax: 11 4990.1911 Birigui: R. Roberto Clark, 460 Arujá: R. Adhemar de Barros, 95 Centro • CEP: 14350-000 Tel.: 17 3279.7390
Centro • CEP: 16200-014 Centro • CEP: 04401-290
Centro Tel.: 18 3641.5053 Tel.: 16 3665.9549
GUARULHOS Tel.: 11 4653.3521 são josé dos campos
R. Vergueiro, 1.071 Ilha Solteira: R. Rio Tapajós, 158 Cravinhos: R. Dr. José Eduardo
Av. Esperança, 176 Mairiporã: Av. Tabelião Caraguatatuba: R. Taubaté, 90
Paraíso • CEP: 01504-001 Zona Norte • CEP: 15385-000 Vieira Palma, 52 • Centro
Centro • CEP: 07095-005 Passarela, 375 • Centro Sumaré • CEP: 11661-060
Tel.: 11 3208.7009 • Fax: 11 3177.4672 Tel.: 18 3742.4918 CEP: 14140-000 • Tel.: 16 3951.7351
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São Carlos Penápolis: R. XV de Novembro, 305 Jaboticabal: Esplanada do Lago, 160
FRANCA Ilhabela: Pça. Vereador José
LESTE I OSASCO R. 15 de Novembro, 1.677 Centro • CEP: 16300-000 jundiaí Vl. Serra • CEP: 14871-450
Leite dos Passos, 14 • B. Velha
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GUARATINGUETÁ SÃO JOÃO DA BOA VISTA Itatiba: Prefeitura Municipal CEP: 14680-000 • Tel.: 16 3663.7906
LESTE II 153 • Centro • CEP: 12327-010
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INTERIOR DO ESTADO R. Duque de Caxias, 100 R. Presidente Franklin Roosevelt, 110 Centro • CEP: 14940-000
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Centro • CEP: 12501-030 Perpétuo Socorro • CEP: 13870540 Anexo Sl. do Empreendedor 952 Centro • CEP: 15910-000
Itaquera • CEP: 08290-000 Itápolis: R. Odilon Negrão, 570 São Sebastião: Av. Expedicionário
ARAÇATUBA Tel.: 12 3132.6777 • Fax: 12 3132.2740 Tel.: 19 3622.3166 • Fax: 19 3622.3209 Tel.: 11 3183-0630 • r. 2039 Tel.: 16 3241.3831 / 16 99799.6314
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NORTE Tel.: 18 3622.4426 • Fax: 18 3622.2116 R. Dr. Presciliano Pinto, 3.184 Paraguaçu Paulista: R. Sete Ribeirão Preto: Av. D. Pedro I, 642
R. 23 de Maio, 41 baixada santista Oliveira, 457 • Centro
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Vianelo • CEP: 13207-070 Cubatão: R. Padre Nivaldo Vicente CEP: 12030-080 Tel.: 12 3621.5223
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Oliveira, 2.903 – Vila Ferroviária MARÍLIA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Paulo, 100 • Vila Barros
OESTE Araraquara • CEP: 14802-330 Tel.: 14 3452.1288 Tel.: 12 3834.1445
Av. Brasil, 412 R. Humaitá, 227/233 barretos CEP: 14270-001 • Tel.: 16 3954.1832
R. Clélia, 336/344 Tel.: 16 3332.3590 • Fax: 16 3332.3566 Centro • CEP: 12245-810 Bebedouro: Av. Hércules Pereira Tupã: Av. Tapuias, 907 – Sl. 5 Sertãozinho:
Centro • CEP: 17509-052 sorocaba
Pompeia • CEP: 05042-000 Tel.: 12 3922.2977 • Fax: 12 3922.9165 Ortal, 1.367 • Jardim São Sebastião Centro • CEP: 17600-260
Tel.: 14 3422.5111 • Fax: 14 3413.3698 • Incubadora de Empresas de Boituva: R. João Leite, 370 • Centro
Tel.: 11 3832.5210 • Fax: 11 3832.5210 BARRETOS CEP: 14701-200 • Tel.: 17 3343.8420 Tel.: 14 3441.3887 Sertãozinho • R. Cilo Simões, 373 CEP: 18550-000 • Tel.: 15 3263.1413
R. 14, nº 735 OURINHOS SOROCABA ou 17 3343.8395 Vila Industrial • CEP: 14175-300
SUL osasco Itapetininga: R. Campo Salles, 230
Centro • CEP: 14780-040 R. dos Expedicionários, 651 Av. General Carneiro, 919 Tel.: 16 3945.3852
Av. Adolfo Pinheiro, 712 bauru Embu: R. Siqueira Campos, 100 Centro • CEP: 18200-005
Tel.: 17 3323.2899 • Fax: 17 3323.2899 Centro • CEP: 19900-041 Cerrado • CEP: 18043-003 • Av. Afonso Trigo, 1.588
Santo Amaro • CEP: 04734-001 Lençóis Paulista: R. Cel. Joaquim Centro • CEP: 06803-320 Tel.: 15 3272.9218 ou 15 3272.9210
Tel.: 14 3326.4413 • Fax: 14 3326.4413 Tel.: 15 3224.4342 • Fax: 15 3224.4435 Tel.: 11 4241.7305 Jd. Athenas • CEP: 14160-101
Tel.: 11 5522.0500 • Fax: 11 5522.0500 BAURU Gabriel, 11 • Centro Itu: Av. Itu 400 Anos, s/n • Itu Novo
Itapecerica da Serra: R. 13 de Tel.: 16 3946.1409 Centro • CEP: 3300-200
Av. Duque de Caxias, 16-82 PIRACICABA SUDOESTE PAULISTA CEP: 18680-000 Tel.: 14 3264.3955
REGIÃO Vila Cardia • CEP: 17011-066 Av. Rui Barbosa, 132 R. Ariovaldo Queiroz Marques, 100 Lins: R. 15 de Novembro, 130, Maio, 100 • Centro • CEP: 06850-840 Tel.: 11 4886.6104
Tel.: 11 4668.2455 são carlos Piedade: Pça. da Bandeira, 81
METROPOLITANA Tel.: 14 3234.1499 • Fax: 14 3234.2012 Vila Rezende • CEP: 13405218 Centro • Itapeva • CEP: 18400-560 2º andar • Centro • CEP: 16400-015
Santana de Parnaíba: Av. Tenente Araras: R. Tiradentes, 1.316 Centro • CEP: 18170-000
Tel.: 19 3434.0600 • Fax: 19 3434.0880 Tel.: 15 3522.4444 • Fax: 15 3522.4120 Tel.: 14 3523.7597
BOTUCATU Marques, 5.405 • Fazendinha Centro • CEP: 13600-071 Tel.: 15 3244.3071
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Av. Francisco Ferreira Lopes, 345 Laranjal Paulista: R. Barão do Rio
CEP: 18602-110 • Tel.: 14 3815.9020 R. Major Felício Tarabay, 408 R. José Antonio de Campos, 297 Taboão da Serra: R. Cesário Dau, Descalvado: R. José Quirino 320 Centro • CEP: 18540-000
Vila Lavínia • Mogi das Cruzes Branco, 107 • Centro
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Nas dependências da Associação
sudoeste paulista (itapeva)
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Empreendedor Brasilândia
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Jaraguá
R. Friedrich Von Voith, 142
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Tel.: 19 3834.9272
Limeira: Rua Boa Morte, 725
Centro • CEP: 13480-074
Comercial e Industrial de Mogi
Mirim • CEP: 13801-372
265 • Centro • CEP: 18320-000
Tel.: 15 3552.2765
Tel.: 11 3991.4848 Tel.: 11 3943.7703 Tel.: 11 2021.1110 Tel.: 19 3404.9838 Capão Bonito: R. Sete de Setembro,
pabrasilandia@sebraesp.com.br pajaragua@sebraesp.com.br pasapopemba@sebraesp.com.br Jaguariúna: R. Júlia Bueno, 651 Tel.: 19 3814.5760 r. 5781 e 5789
Santa Bárbara d’Oeste: 840 • Centro • CEP: 18300-240
sl. 6 e 7 • Centro • CEP: 13820-000 São José do Rio Pardo: Rua Rui
Campo Limpo Pirituba Tremembé R. Riachuelo, 739 • Centro Tel.: 15 3542.4053
R. Mario Neme, 16/22 R. Luiz José Montesanti, 214 Av. Maria Amália L. de Azevedo, 241 Tel.: 19 3867.1477 Barbosa, 460 • Centro
CEP: 13450-020 Itararé: R. Prudente de Moraes,
Tel.: 11 5842.2373 Tel.: 11 3903.8098 Tel.: 11 2267.1003 Paulínia: Av. Pres. Getúlio Vargas, CEP: 13720-000 • Tel.: 19 3682-9343
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Cidade Ademar Rio Pequeno Tel.: 19 3874.9976 presidente prudente das Águas, 100 • Jd. São Domingos
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Tel.: 11 5562.9312 Tel.: 11 3719.2311 Centro • CEP: 13170-160 Centro • CEP: 17800-000 Municipal • CEP: 13790-000 Santa Fé do Sul: R. 11, 1.198
pacidadeademar@sebraesp.com.br paeriopequeno@sebraesp.com.br Tel.: 19 3828.4003 / 19 3903.4224 r. 30 Tel.: 18 3521.1831 Tel.: 19 3646.9956 CEP: 15775-000 • Tel.: 17 3631.6145

32 | Conexão
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PlanejaFácil
FácilSEBRAE-SP
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facilitare e
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Professor do curso de Tecnologia
em Gastronomia do Centro Universitário Senac

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Pode-se entendê-lo como polí- Comparando esses cenários, vemos que o comer
tico, social, cultural, filosófico, religioso e fisiológico. fora de casa passou a ser mais do que um evento espo-
Este último é aquele que nos mantém vivos e pelo qual rádico e hoje faz parte do dia a dia de grande parte da
contamos calorias. população das mais diferentes faixas etárias e sociais.
Historicamente crescemos – pelo menos até a mi- Com isso, existe um mercado extremamente aquecido
nha geração, que hoje está na casa dos 40 anos – co- e em evolução.
mendo em casa, com refeições feitas pelas mães (ou O mercado de São Paulo é o mais maduro do País,
pelo menos supervisionadas por elas, de acordo com
suas referências de qualidade). Era o padrão de com-
e essa maturidade é percebida pela segmentação dos
diferentes produtos. Se considerarmos o segmento
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portamento social em voga. de comida japonesa (que é um excelente exemplo de
Sair para comer em um restaurante era uma oca- crescimento exponencial nos últimos dez anos), é pos-
sião especial, um momento raro e permeado de rituais sível encontrar desde sashimis em bufês por quilo até
e recomendações sobre comportamento. Era algo fora outros sofisticados, servidos em elegantes restauran-
do comum. A comida normalmente era sem grandes tes especializados, passando por rodízios de comida
novidades. Minha família gostava de ir a cantinas ou japonesa, escolhas à la carte a preços razoáveis, fast-
a churrascarias. Na época, as opções eram limitadas: -foods e food trucks, entre outros.
ou restaurantes mais rústicos e simples ou muito ca- Porém, com a maturidade, vem a responsabilida-
ros e sofisticados. de. Assim, é fundamental que os gestores estejam ca-
Com o passar dos anos, comer fora passou a ser pacitados para operar nesse mercado cada vez mais
mais comum e o almoço migrou para perto do tra- competitivo. Um dos reflexos desse amadurecimento
balho. Inicialmente, eram oferecidos os pratos feitos, é que, nos últimos 15 anos, o Brasil tem recebido uma
os populares PFs, que depois evoluíram para os bufês. série de marcas internacionais, operadas com pa-
Por vezes, algumas padarias e bares oferecem salga- râmetros e técnicas das mais avançadas. Com essas
dos, sanduíches no prato ou até mesmo os PFs. marcas, existe a necessidade de mão de obra especia-
Em um rápido pulo de anos e de gerações, chega- lizada e altamente capacitada, uma vez que deman-
mos aos meus filhos (12 e 14 anos), urbanoides pau- dam alto conhecimento técnico e de mercados. Conte
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onde encontram opções de PFs (aqueles mesmos, anti- dências dos mercados internacionais e nacional é
gos e ainda saborosos) e até refeições mais complexas. fundamental. Não somente a graduação, mas tam-
Podem até mesmo comer na escola, que conta com um bém a formação constante em cursos de pós-gra-
serviço profissional de refeições gerenciado por uma duação (nos diferentes níveis), cursos de extensão e
das maiores empresas de alimentação coletiva do intercâmbios são condições fundamentais para um
País. As facilidades incluem cardápio divulgado pela profissional que tenha preocupação em ascender e se
internet para que os pais possam acompanhar (ou manter em alto nível.
34 | Conexão
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