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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA – CENTRAL, DIRETORIA DE ENSINO


DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, LETRAS E CIÊNCIAS
DISCIPLINA DE FISICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL

DETERMINAÇÃO DO PONTO ISOELÉTRICO DA GLICINA

LUIS HENRIQUE DA COSTA MANO


TÂNIA MARA OLIVEIRA DOS REIS

TERESINA, 2019
RESUMO

Um aminoácido tem um grupo carboxila e um grupo amino, e cada grupo pode existir
nas formas acida ou básica, dependendo do pH da solução em que o aminoácido
estiver dissolvido. Com base em seu pKa e pKb é possível determinar seu ponto
isoelétrico (pI), que é um valor de pH em que o aminoácido não tem carga liquida. O
objetivo deste experimento foi determinar o ponto isoelétrico da glicina, um
aminoácido formado a partir da serina. Os resultados mostraram conformidade com a
literatura.

Palavras chave: aminoácido; ponto isoelétrico; glicina.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 5

3 OBJETIVOS ................................................................................................... 7

3.1 Geral ............................................................................................................... 7


3.2 Específico ....................................................................................................... 7

4 METODOLOGIA ............................................................................................. 7

4.1 Materiais ......................................................................................................... 7


4.2 Reagentes ...................................................................................................... 7
4.3 Procedimentos ................................................................................................ 7
4.4 Método I.......................................................................................................... 7
4.5 Titulação de aminoácidos ............................................................................... 8
4.6 Registro do pH inicial da solução ................................................................... 8
4.7 Método II......................................................................................................... 8

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 9

6 CONCLUSÃO ............................................................................................... 10

REFERÊNCIAS ............................................................................................ 10
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1 INTRODUÇÃO

Os aminoácidos são moléculas orgânicas as quais possuem ligadas ao mesmo


átomo de carbono (denominado de carbono α) um átomo de hidrogênio, um grupo
amina, um grupo carboxílico e uma cadeia lateral “R” característica para cada
aminoácido. Essa cadeia lateral é o que difere os aminoácidos em sua estrutura,
tamanho, cargas elétricas e solubilidade em água. Além de conferir propriedades
físico-químicas diferentes a cada aminoácido, as cadeias laterais são também
responsáveis por forças estabilizadoras, advindas de interações fracas (ligações de
hidrogênio, hidrofóbicas, eletrostáticas etc.), que mantêm as estruturas
conformacionais enoveladas das proteínas (JUNIOR, W. F; FRANCISCO, W., 2006).
Os aminoácidos presentes nas moléculas de proteínas são ligados
covalentemente uns aos outros por uma ligação denominada de ligação peptídica.
Essa ligação é formada por uma reação de condensação entre o grupo carboxílico de
um aminoácido e um grupo amina de outro aminoácido (JUNIOR, W. F; FRANCISCO,
W., 2006).
Todo aminoácido tem um grupo carboxila e um grupo amino, e cada grupo pode
existir nas formas ácida ou básica, dependendo do pH da solução em que o
aminoácido estiver dissolvido. Os grupos carboxila dos aminoácidos tem valores de
pKa de aproximadamente 2. Os grupos amino protonados tem valores de pKa
próximos de 9. Portanto, em uma solução muito ácida, os dois grupos estarão em suas
formas ácidas. Em pH = 7, o pH da solução é maior que o pKa do grupo carboxila,
porém menor que o pKa do grupo amino protonado. Portanto, o grupo carbonila,
estará em sua forma básica e o grupo amino estará em sua forma ácida. Em uma
solução fortemente básica, ambos estarão em suas formas básicas (BRUICE, P. Y,
2006).
Um aminoácido nunca pode existir como uma substancia não-carregada, a
despeito do pH da solução. Para estar sem carga, um aminoácido teria de perder um
próton de um grupo +NH3 com um pKa de aproximadamente 9, antes de perder um
próton de um grupo COOH com um pKa de aproximadamente 2 (BRUICE, P. Y, 2006).
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3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Determinar o ponto isoelétrico da glicina por titulação.

3.2 Específico

 Titular o aminoácido glicina com soluções ácida e básica, respectivamente;


 Traçar uma curva de titulação para a glicina para determinar os valores de pKa
e pKb.

4 METODOLOGIA

4.1 Materiais 4.2 Reagentes

 pHmetro;  Hidróxido de Sódio (NaOH 0,1


 Bureta; mol/L);
 Pipeta;  Ácido Clorídrico (HCl 0,1 mol/L
 Erlenmyers; padronizado);
 Béquer;  Aminoácido (glicina C2H5NO2 0,1
 Pera. mol/L);
 Fenolftateína (C5H5NO2).

4.3 Procedimentos

Preparou-se 100 ml de uma solução 0,1 M do aminoácido considerando um


peso molecular de 75,0.

4.4 Método I

Foi transferido exatamente 10 mL da solução de aminoácidos para um béquer


limpo. Em seguida foi calculado o número de mols de aminoácidos no béquer. Depois
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calculado o volume de HCl padrão necessário para fornecer este mesmo número de
mols de HCl, adicionando este volume de solução de HCl ao béquer usando uma
bureta graduada.

4.5 Titulação de aminoácidos

A bureta foi preenchida com solução padrão de NaOH. O eletrodo de pH foi


lavado e secado e mergulhado na solução contendo aminoácido protonado.

4.6 Registro do pH inicial da solução

Iniciou a titulação do pH adicionando 0,5 mL de solução de NaOH, agitando a


solução completamente e lendo o pH. Após cada leitura de pH foi registrado o volume
total adicionado de NaOH e o pH. Continuou adicionando NaOH 0,50 mL de cada vez
até que o volume total seja cerca de 80% do total necessário para titular o próton –
COOH. Foi adicionado NaOH em incrementos menores que 0,20, em seguida 0,10
mL. Foi adicionado continuamente até ultrapassar o ponto de equivalência 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶.
Continuou adicionando NaOH 0,50 mL de cada vez até ter adicionado 80% da
quantidade necessária para titular o próton –NH3+. Nesse ponto foi adicionado
incrementos menores até passar do ponto de equivalência. (pH aproximadamente 12).

4.7 Método II

Foi transferido 25 mL de uma solução de 0,1 M de aminoácidos para um béquer


limpo de 100 mL. Foi inserido o eletrodo do medidor do pH na solução e registrado o
pH inicial. Foi adicionado 0,2 mL de HCl, esperando que o medidor de pH estabilize.
O gráfico de pH versus mililitros de HCl foi feito durante o experimento. A titulação foi
feita até a solução atingir um pH de 1,5. Foi removido o eletrodo da solução, lavado e
inserido em um béquer de água destilada.
Foi transferido 25 mL de uma solução de 0,1 M de aminoácidos para um béquer
de 100 mL. Foi inserido o eletrodo enxaguado do medidor de pH na solução e registrou
o pH inicial. Foi adicionado 2 mL de HCl para que o valor do pH estabilize no medidor
de pH. Foi registrado o pH na adição de 2 mL de NaOH e assim por diante.
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As cargas opostas no zwitteríon resultante, portanto, estão estabilizadas. De


modo semelhante, o 𝑝𝑝𝐾𝐾𝑎𝑎 do grupo amino na glicina é alterado para baixo em relação
ao 𝑝𝑝𝐾𝐾𝑎𝑎 médio de um grupo amino. Esse efeito se deve parcialmente aos átomos de
oxigênio eletronegativos nos grupos carboxila, que tendem a puxar os elétrons na
direção deles, aumentando a tendência do grupo amino em abrir mão de um próton.
Assim, o grupo a-amino tem um 𝑝𝑝𝐾𝐾𝑎𝑎 menor do que o de um de uma amina alifática
(BRUICE, 2006b; NELSON; COX, 2014).

6 CONCLUSÃO

O ponto isoelétrico do aminoácido foi determinado experimentalmente com o


valor de 6,01, com base nos valores de pKa pKb, onde nessa faixa de pH as cargas
elétrica se igualam, e o aminoácido se torna insolúvel.

REFERÊNCIAS

BRUICE, P. Y. Quimica Orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006b.
v. 1

JUNIOR, W. E. F.; FRANCISCO, W. Proteínas: Hidrólise, precipitação e um tema


para o ensino de química. Química nova na escola: Disponível em:
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc24/ccd1.pdf> Acesso em: 08 de julho de 2019.

NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica de Lehninger. Porto Alegre:


Artmed, 2014.

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