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Deste modo verifica-se que um dado aminoácido (que não contenha um grupo adicional ácido
ou básico no seu grupo R), apresenta propriedades ácido-base, comportando-se como um
ácido diprótico. A sua titulação com uma base (p. ex. NaOH) dá origem a uma curva com dois
patamares, resultado das reações abaixo indicadas:
a
pH p𝐾a log
Á do
então o valor de pKa é o valor de pH para o qual existe uma concentração igual das formas
base e ácido em equilíbrio. No gráfico, esta condição é verificada nos pontos B e D, no centro
dos patamares (aproximadamente 2.5 e 10, neste caso).
Para o cálculo do valor de pKa, torna-se útil calcular a derivada da curva de titulação. Na figura
abaixo encontra-se representada a curva de titulação do grupo NH3+ de um aminoácido sem
o grupo R ionizável (azul) em conjunto com a função derivada desta curva (vermelho). Como
se pode observar, os máximos da derivada coincidem com o ponto de equivalência da curva
de titulação.
Fig. 2: Curva de titulação de um aminoácido ( ) com uma base forte e primeira derivada (o).
Procedimento experimental
Reagentes e material:
Solução NaOH 2M
Solução de alanina 50 mM (acertada a pH 1.8 com HCl)
Solução de ácido glutâmico 50 mM (acertada a pH 1.8 com HCl)
Medidor de pH
Fig. 3: Estrutura da enzima invertase de levedura. Vista de topo, lateral e evidenciando a posição
esperada para o substrato no centro ativo da enzima.
Soluções fornecidas:
- Solução de substrato (sacarose) a 50 g/L. Esta solução está preparada em tampão acetato 20
mM pH 4,5, contendo 1% (p/v) de cloreto de cálcio.
3. Preparar o número de tubos de ensaio requeridos para cada ensaio (4), marcando os
tubos com B e min tos de reacção e colocando em cada 0.5 ml do
reagente de DNS.
10. Adicionar 5 ml de água destilada a cada tubo arrefecido. Agitar cada tubo no vórtice.
11. Ler a absorvência de cada solução a =540 nm, contra o branco de tampão acetato pH
4.5 que sofreu o mesmo tratamento.
12. Lavar o reator.
13. Calcular a concentração de sacarose hidrolisada para cada condição.
A reta de calibração do DNS será fornecida pelo docente. Esta reta foi obtida através da
aplicação do método do DNS[1] a soluções de glucose com concentração conhecida. Este
método consiste na aplicação do protocolo acima indicado substituindo as amostras pelas
soluções de glucose. A reta de calibração pode também ser construída com soluções de
qualquer outro açúcar redutor ou com misturas destes, pois o produto que é detetado a =
540nm resulta da reação com qualquer açúcar redutor.
BIBLIOGRAFIA
[1] Miller, G.L. (1959). Use of dinitrosalic lic acid reagent for determination of red cing s gar
Analytical Chemistry, 31:426-428.
[2] Bahar, T. e Tuncel, A. (2004). Concana alin A carr ing reacti e beads for east in ertase
p rification Reactive & Functional Polymers, 61: 203-210.
TL2 – EXTRAÇÃO DE DNA PLASMÍDICO SEGUIDO DE DIGESTÃO COM ENZIMA
DE RESTRIÇÃO E VISUALIZAÇÃO POR ELETROFORESE EM GEL DE AGAROSE
O plasmídeo recombinado pLM73-2 tem como base o plasmídeo pUC19 onde foi clonado
um fragmento de 1911 pb relativo a um gene que codifica para uma adesina trimérica
autotransportada (BCAM2418) presente no cromossoma da bactéria Burkholderia
cenocepacia.
Procedimento experimental
Para visualizar os ácidos nucleicos no gel, podemos usar um composto fluorescente que
se intercala nas suas cadeias e é fluorescente quando irradiado com radiação ultravioleta,
permitindo a sua deteção. Este composto pode ser adicionado ao gel aquando da sua
preparação ou imergindo o gel numa solução do composto antes de visualização.
Procedimento experimental
1. Preparar um gel de agarose com concentração de 0,8% em tampão TAE (1x) (ver
composição em anexo): pesar 0,8 g de agarose e misturar com 100 mL de tampão TAE,
aquecer no micro-ondas até dissolver, mas sem ferver.
2. Enquanto a agarose arrefece preparar um molde com um pente de 8 dentes de modo
a formar 8 câmaras com a possibilidade de aplicação de 20 µL da solução de DNA em
cada um deles.
3. Quando a solução de agarose arrefecer para valores de temperatura próxima dos
50oC, adicionar 1 µL de Green Safe a 50 mL da solução de agarose e misturar. Este
composto permitirá a posterior visualização dos ácidos-nucleicos no gel. Deitar a
mistura líquida dentro do molde e deixar solidificar o gel durante ~15 min.
4. Remover cuidadosamente o pente e as borrachas do topo do molde do gel. Colocar o
gel (ainda sobre o molde) na tina horizontal de eletroforese e encher a unidade com
tampão TAE (1x) até que o nível do tampão cubra e ultrapasse em 1 mm a superfície
do gel.
5. A cada amostra de DNA plasmídico, adicionar 2 µL de loading buffer com elevada
densidade (40% sacarose; 0,25% azul de bromofenol; 0,25% xilenocianol). Aplicar em
cada uma das câmaras presentes no gel cada uma das amostras.
6. Como referência, aplicar 5 µL de uma amostra contendo uma mistura de fragmentos
de DNA com tamanho conhecido (entre 200 e 10000 pares de bases) ver NZYDNA
ladder III em anexo.
7. Fechar a tina e ligar os eléctrodos à fonte de alimentação, tendo atenção às cores e
não esquecendo que os ácidos nucleicos migram para o ânodo. Iniciar a eletroforese
por aplicação de um campo elétrico (100 V), durante 45 min.
8. Após separação eletroforética, retirar o molde com o gel do tampão usando luvas e
remover o líquido em excesso.
9. Visualizar o DNA pela fluorescência emitida pelo Green Safe quando irradiado com
radiação UV, utilizando um equipamento Gel Doc. Fotografar o gel.
BIBLIOGRAFIA
Birnboin, H.C., & Doly, J. 1979. A rapid alkaline extraction procedure for screening
recombunant plasmid DNA. Nucleic Acids Res. 7:1513-1523.
Sambrook J, Fritsch EF, Maniatis T. 1989. Molecular Cloning. A Laboratory Manual. 2nd
edition. Cold Spring Harbor Laboratory Press, New York.
ANEXOS
Tampão TAE (50x)
242 g TRIS base
57,1 mL ácido acético glacial
100 mL de solução de EDTA 0,5 M (pH 8.0)
H2O até 1 litro
Ajustar o pH a 8,0
Kit comercial
NZYMiniprep MB010
https://www.nzytech.com/products-services/molecular-biology/dnarna-
purification/plasmid-dna-purification/miniprep/mb010/