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Essas sentenças não são proposições, pois é impossível estabelecer um valor verdade para elas.
Nos exemplos anteriores, as proposições tratam os assuntos como matemática,
geografia.
1. Princípio da Identidade:
2. Princípio da Não Contradição
3. Princípio do Terceiro Excluído
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE:
Definição:
São as proposições que não contém outra proposição como parte integrante de
si mesmas. São representadas por letras minúsculas (p, q, r). Denominadas letras
proposicionais.
Exemplo:
P: O número 5 é par.
Q: Todo quadrado é um retângulo.
Proposição Composta
Definição:
Exemplo:
P: Luiz é médico e Pedro é estudante.
Q: Se 2 é irracional, então 5 2 é irracional.
Conectivos Lógicos
Na linguagem comum, usam-se palavras explicitas ou não para interligar frases dotadas de algum sentido.
Tais palavras são substituídas, na Lógica Matemática, por símbolos denominados conectivos lógicos.
Em nosso estudo, nos restringiremos inicialmente ao chamado cálculo proposicional; por essa razão, os
conectivos utilizados são conhecidos por sentenciais ou proposicionais.
Trabalharemos com cinco conectivos que substituirão simbolicamente as expressões:
▪ E (^)
▪ OU (v)
▪ OU OU (v)
▪ SE ENTÃO (→)
▪ SE E SOMENTE SE (↔)
Somos pobres mortais e fanáticos torcedores da vida. É
uma proposição composta.
Simbolicamente, temos C ^ T
DISJUNÇÃO
É o resultado da combinação de duas proposições ligadas
pela palavra ou, que será́ substituída pelo símbolo ∨. Cada
proposição também será́ traduzida, utilizando-se a primeira
letra de sua palavra-chave.
Na linguagem coloquial, a palavra ou pode ser empregada em
dois sentidos, inclusivo ou exclusivo.
Paulo é matemático ou físico.
Não é possível que João seja paulistano e gaúcho ao mesmo tempo, trata-se do ou exclusivo.
CONDICIONAL
Duas proposições formam uma condicional quando for possível colocá-las na seguinte forma:
as proposições condicionais podem ter sentidos diferentes em sua composição, veja os exemplos a seguir
P = Alberto é poliglota.
L = (Alberto) fala várias línguas.
Simbolicamente, temos: P → L
Se todos os homens são mortais e Luiz é um homem, então Luiz é mortal.
M = Luiz é mortal.
Simbolicamente temos:
(H ^ L) → M
BICONDICIONAL
Toda proposição composta, formada por duas proposições, que pode ser colocada na forma:
A proposição bicondicional pode ser entendida como uma conjunção de dois condicionais, ou
seja, dado p ↔ q, temos p → q e q → p.
Simbolicamente,temos: ¬P ou ~P
FORMALIZAÇÃO
O processo de formalização consiste em converter um conjunto de
proposições interligadas em uma estrutura composta de letras
proposicionais, conectivos lógicos e símbolos de pontuação.
Os símbolos usados nessa operação são:
❑ Conectivos proposicionais: ¬ ou ~, ∧, ∨, →, ↔;
❑ Parênteses: ( ).
Em geral, para evitar ambiguidades nas proposições com-postas, é
necessário estabelecer uma pontuação adequada. Tal pontuação é
idêntica à utilizada em expressões algébricas, se- guindo as seguintes
regras:
T = tomarmos café;
C = comermos algo;
A = chegaremos atrasados à aula de Lógica Matemática;
P = isso é um problema;
D = é melhor despedirmo-nos agora.
TABELA-VERDADE
Uma fórmula aceitável para o cálculo proposicional é denominada fórmula bem formada, wff
(well-formed formula), abreviadamente.
Para se obter as wffs, é preciso definir as regras de formação para o cálculo proposicional,
que são a gramática do cálculo proposicional.
Portanto, qualquer fórmula construída de acordo com essas regras de formação é uma wff.
REGRAS DE FORMAÇÃO
As regras de formação para o cálculo proposicional são:
O valor lógico de uma proposição composta é determinado com base no valor lógico das
proposições simples que a compõem. Por meio do dispositivo denominado tabela-
verdade, figuram todos os possíveis valores lógicos da proposição composta,
correspondentes a todas as possíveis atribuições de valores lógicos das proposições
simples.
Tabela-Verdade: Como Montar?
Para montar a tabela-verdade de uma fórmula:
- Destrinchar todas as subfórmulas;
- Criar uma coluna para cada subfórmula, colocando as
mais simples à esquerda, e as mais complexas à direita, partindo das
fórmulas atômicas até a fórmula completa.
Negação (~)
Seja p uma proposição. Chama-se negação de p a proposição ~p, cujo valor lógico é a verdade
quando p é falsa e a falsidade quando p é verdadeira. formada pelas proposições simples p e q,
temos:
p ~p
V F
F V
Tabela-Verdade para a Conjunção
Chama-se de conjunção de duas premissas p e q a proposição representada por p^q, cujo valor
lógico é verdade quando as proposições p e q são ambas verdadeiras e falsidade nos demais casos.
p q p^q
p: Fernando fala inglês V V V
q: Fernando fala alemão V F F
p^q: Fernando fala inglês e alemão. F V F
F F F
p q pVq
p: Fernando fala inglês V V V
q: Fernando fala alemão V F V
pVq: Fernando fala inglês ou alemão. F V V
F F F
"Minha mãe, meu pai ou meu tio me darão um
presente."
- Para que a afirmação seja VERDADEIRA, basta que apenas
um entre a mãe, pai ou tio dê o presente. A proposição só
será FALSA caso nenhum deles o dê.
Tabela-Verdade para a Disjunção Exclusiva
Chama-se de disjunção exclusiva de duas premissas p e q a proposição representada por p V q, cujo
valor lógico é a falsidade quando as proposições p e q são ambas verdadeiras ou ambas falsas e
verdade nos demais casos.
p q pVq
p: Vou para Maceió de carro V V F
q: Vou para Maceió de ônibus V F V
pVq: Ou vou para Maceió de carro ou F V V
vou de ônibus. F F F
Tabela-Verdade para a Condicional
Chama-se de proposição condicional de duas premissas p e q a proposição representada por p → q,
cujo valor lógico é a falsidade quando p é verdadeira e q é falsa e verdade nos demais casos.
p q p→q
p: Luiz nasceu em Aracaju V V V
q: Luiz é Sergipano. V F F
p→q: Se Luiz nasceu em Aracaju, então F V V
Luiz é sergipano. F F V
"Se Paulo é carioca, então ele é brasileiro."
- Para que esta proposição seja considerada VERDADEIRA, é necessário
avaliar os casos em que ela é POSSÍVEL. De acordo com a tabela verdade
acima, temos:
1. Paulo é carioca / Paulo é brasileiro = POSSÍVEL
2. Paulo é carioca / Paulo não é brasileiro = IMPOSSÍVEL
3. Paulo não é carioca / Paulo é brasileiro = POSSÍVEL
4. Paulo não é carioca / Paulo não é brasileiro = POSSÍVEL
Tabela-Verdade para a Bicondicional
Chama-se de proposição bicondicional de duas premissas p e q, uma proposição na forma “p se e
somente se q”, representada por p ↔ q, cujo valor lógico é a verdade quando p e q são ambas
verdadeiras ou ambas falsas e falsidade demais casos.
a) ¬P∨¬Q
b) P ∨ ¬Q
c) ¬P∧(Q→R)
d) ¬P∧(¬Q→¬P)
e) ((R→P)∨(R∨S))→(P→(Q∨S))
Considerando-se p,q e r proposições simples, construa as
tabelas-verdade das seguintes proposições:
a) (p∨q)→r
b) ¬(p∨q)∧p
c) (¬p→q)∨r
d) p∧q→(r↔q)
e) ¬p∧p→(r↔q)
f) (¬p→q)∨(r→¬p)
g) ¬((p↔¬q)→r∧¬q)
LÓGICA MATEMÁTICA
PROPRIEDADES DOS
CONECTIVOS
PROF. LUIZ GOMES DA CUNHA NETO
PROPRIEDADES DA CONJUNÇÃO
1. Idempotente: p ^ p é equivalente a p;
2. Comutativa: p ^ q é equivalente a q ^ p;
3. Associativa: (p ^ q) ^ r é equivalente a p ^ (q ^ r)
4. Identidade: p ^ t é equivalente p e p ^ c é equivalente a c, onde t é uma tautologia e c uma
contradição.
p t c p^t p^c
V V F V F
F V F F F
PROPRIEDADES DA DISJUNÇÃO
1. Idempotente: p v p é equivalente a p;
2. Comutativa: p v q é equivalente a q v p;
3. Associativa: (p v q) v r é equivalente a p v (q v r)
4. Identidade: p v t é equivalente t e p v c é equivalente a p, onde t é uma tautologia e c uma
contradição.
p t c pvt pvc
V V F V V
F V F V F
PROPRIEDADES DA CONJUNÇÃO E DA DISJUNÇÃO
Distributivas:
1. p ^ ( q v r ) é equivalente a (p ^ q) v (p ^ r )
2. p v ( q ^ r ) é equivalente a (p v q) ^ (p v r )
p q pvq p ^ (p v q )
V V V V
V F V V
F V V F
F F F F
REGRA DE MORGAN
Negação da conjunção:
1. ~(p ^ q) é equivalente a ~p v ~q
p: Carlos é inteligente.
q: Carlos estuda.
p^q: Carlos é inteligente e estuda
~(p^q): Carlos não é inteligente ou não estuda.
REGRA DE MORGAN
Negação da disjunção:
1. ~(p v q) é equivalente a ~p ^ ~q
p: Carlos é médico.
q: Carlos é professor.
p v q: Carlos é médico ou professor.
~(p v q): Carlos não é médico nem professor.
REGRA DE MORGAN
Negação da condicional e bicondicional:
1. ~(p → q) é equivalente a p ^ ~q.
2. ~(p ↔ q ) é equivalente a (p ^~q) v (~p ^q)
p q p→q ~(p →q) ~q p ^ ~q
V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES
1. p ∨ ¬ p
2. p ∧ ¬p
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta é tautológica ou uma
tautologia se, e somente se, seu valor lógico é sempre
verdade (V), independentemente do valor lógico das
proposições simples que a compõem.
A proposição ¬(p ∧ ¬p) é uma tautologia, conforme demonstra sua tabela-
verdade:
TAUTOLOGIA
Outro exemplo de tautologia envolve o PRINCÍPIO DO
TERCEIRO EXCLUÍDO.
IMPLICAÇÃO TAUTOLOGICA
PROF. LUIZ GOMES DA CUNHA NETO
IMPLICAÇÃO TAUTOLOGICA
Uma implicação tautológica é uma proposição condicional
tautológica.
EQUIVALÊNCIA TAUTOLOGICA
Quando uma proposição bicondicional for tautológica, será
denominada equivalência tautológica.
A proposição ¬(p ∧ q) ↔ (¬p ∨ ¬q) é uma equivalência
tautológica, denominada Lei de De Morgan.
PROPRIEDADES
Tanto a implicação como a equivalência tautológicas têm propriedades específicas, que são
fundamentais na prova de validade de um argumento.
Dados p, q e r proposições simples quaisquer, as seguintes propriedades se verificam:
a) Reflexiva
p → p é uma implicação tautológica
p ↔ p é uma equivalência tautológica
b) Simétrica
(p ↔ q) R (q → p) é uma implicação tautológica
c) Transitiva
a) Se o avião não tivesse caído, teria feito contato por rádio. O avião
não fez contato pelo rádio. Portanto, o avião caiu.
b) Alberto será despedido ou transferido para outro departamento.
Alberto não será transferido. Portanto, será despedido.
c) Se os impostos aumentarem, haverá menos circulação de
dinheiro. Se houver menos circulação de dinheiro, as vendas no
comércio cairão. Se as vendas do comércio caírem, a arrecada
ção de impostos diminuirá. Os impostos aumentaram. Portanto, a
sua arrecadação diminuirá.
VALIDADE DE UM ARGUMENTO
Um argumento é válido se, e somente se, for uma implicação tautológica, em que o
antecedente é a conjunção das premissas e o consequente, a conclusão.
Em outras palavras, um argumento é válido quando for impossível todas as
premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa.
O argumento a seguir é, para a Lógica Matemática, um argumento válido, assim como, no
contexto astronômico, possui afirmações verdadeiras.
EQUIVALÊNCIAS TAUTOLÓGICAS
1. Indepotência (IND) 4. Distribuição (DIS)
(p ∧ p) ↔ p (p ∨ p) ↔ p (p ∧ (q ∨ r)) ↔ ((p ∧ q) ∨ (p ∧ r))
(p ∨ (q ∧ r)) ↔ ((p ∨ q) ∧ (p ∨ r))
2. Comutação (COM) (p → (q ∧ r)) ↔ ((p → q) ∧ (p → r))
(p ∧ q) ↔ (q ∧ p) (p ∨ q) ↔ (q ∨ p) (p → (q ∨ r)) ↔ ((p → q) ∨ (p → r))
3. Associação (ASS)
((p ∧ q) ∧ r) ↔ (p ∧ (q ∧ r)) ((p ∨ q)
∨ r) ↔ (p ∨ (q ∨ r))
5. Leis de De Morgan (MOR) 9. Negação da Implicação Material (N.I.M.)
¬(p ∨ q) ↔ (¬p ∧ ¬q) ¬(p → q) ↔ (p ∧ ¬q)
¬(p ∧ q) ↔ (¬p ∨ ¬q)
10. Transposição (TRA)
6. Dupla Negação (D.N.) (p → q) ↔ (¬q → ¬p
¬(¬p) ↔ p
11. Importação / Exportação (I. E.)
7. Equivalência Material (E.M.) ((p ∧ q) → r) ↔ (p → (q → r))
(p ↔ q) ↔ ((p → q) ∧ (q → p))
(p ↔ q) ↔ ((p ∧ q) ∨ (¬p ∧ ¬q)) 12. Absurdo (ABD)
(p → (q ∧ ¬q)) ↔ ¬p
8. Implicação Material (I.M.)
(p → q) ↔ (¬p ∨ q)
IMPLICAÇÕES TAUTOLÓGICAS
REGRAS DE DEDUÇÃO DO CÁLCULO PROPOSICIONAL
Dada uma forma de argumento, a prova direta de validade do cálculo proposicional
utiliza as seguintes regras:
1. Introduzir premissas mediante o uso
a) de equivalências tautológicas;
b) de implicações tautológicas;
c) do Teorema da Dedução;