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The Nature

and Authority
of Precedent
Neil Duxbury
Quem é Neil
Duxbury?
Professor of English Law at the
London School of Economics
and Political Science;
Se formou na University of Hull
Law School em 1984;
PHD pela London School of
Economics em 1988;
Muitos motivos para NÃO
seguir Precedentes (Autor):
Autonomia;
“Verdadeira decisão se faz sem, ter que buscar referência”;
“Não sou um simples seguidor, mas sim um líder.”;
“O caminho é tão óbvio que torna desnecessário observar um
precedente”;
“Não preciso de direcionamento”;
Outros motivos:
Falta de atualização ou até mesmo capacitação do julgador e/ou
de quem o assessora;
Complexidade de compreender qual o entendimento dominante
(Brasil: sistemas digitais de jurisprudência);
Descrença na sistemática de precedentes e na atuação das cortes
superiores;
Falta de compromisso com a função jurisdicional.
Como explicamos o fato de que
Precedentes são seguidos?
1. Standard do bom decisor. Um bom decisor deve seguir precedentes. Internal point
of view;
2. Os precedentes, por si, fazem ser imperiosa a vinculação;
3. Os precedentes servem de justificativa, ainda que não de casos idênticos, e por isso
são “seguidos”;
4. Facilitam o trabalho de argumentação. Os decisores acreditam que o novo
problema pode ser resolvido de forma satisfatória pelas razões anteriores de outros
julgamentos;
5. Brasil: facilitam o processo decisório e diminuem os acervos;
Fim do Século XX

Consequencialismo
Jurídico
Foco na intenção X Foco no Resultado
Argumento insuficiente
Analisar todas as consequências de seguir um

Críticas ao precedente X todas as consequências de não


seguir.

argumento
Baixo poder de
Consequencialista persuasão
Crença de que seguir um precedente, produz
a melhor decisão possível, não significa que
outros se convencerão.
Argumento Consequencialista
Intuitu Personae
SANÇÕES ASPIRAÇÃO RETRIBUIÇÃO EGOCENTRIS
DE MO
Há um medo de Uma mão lava a
PROMOÇÃO
sanções outra. Ideia de A decisão do juiz é
acarretadas pelo Possibilidade de cooperação entre a melhor possível,
não seguimento os juízes quanto a não existe outra
progressão na
aplicar ou não um saída melhor
do precedente. carreira por seguir
construída ou
Má reputação os precedentes. precedente.
justificada.
Argumento Fraco

Limitação do poder
de decisão
Críticas
Risco de agravar o
erro e a injustiça

Crítica de Francois Ost e


Ronald Dworkin
Juiz Hércules, Júpiter, Hermes
Argumento Consequencialista
Sistêmico
FORMA
ACERTADA
DE DECISÃO REFORÇO PERPETUAÇÃO

Reforça a doutrina Sinaliza a formação ESTABILIDADE


Ao seguir o
precedente o da Common Law; da COISA
magistrado decide JULGADA;
de forma FORTE e
EFICIENTE;
Teoria da Escolha Racional
ou Escolha Certa
Elementos justificadores para seguir o precedente:
SEGURANÇA JURÍDICA;
CERTEZA;
PREVISIBILIDADE.
CERTEZA e PREVISIBILIDADE traz sensação de segurança e controle
sobre sistema jurídico, visto que a SEGURANÇA JURÍDICA reside no
fato de que adotar a teoria do precedente torne a lei mais certa e
previsível.
Diminuição do poder
de jurisdição

Doutrina do
precedente permite
maleabilidade
Críticas
CERTEZA gerada pelo
precedente não é um fim
em si mesma

Não há garantia de que a


resolução do conflito se dará
pelo seguimento do Precedente
São Precedentes (Dorf, Radin)
Argumentos
Deôntológicos Pacto lntergeracional (Kronman)
Justificativa Única
Críticas:
Seguir precedentes é
Não é prova conclusiva;
intrinsicamente bom.
Respeitar o passado ≠ seguir
precedentes (ex.: pais).
Igualdade / Justiça formal

Argumentos Mais convincente e óbvia;

Deôntológicos Treat like cases alike;


Salvo no caso de uma injustiça,
deixar de seguir precedente é
categoricamente errado
Reservas para seguir um precedente:
caso antigo, precedente meramente
persuasivo ou de outra jurisdição)

Não há critério mensurável para


definir se um precedente é melhor do
que outro.

Críticas Não explica o porquê nem fornece


critérios de semelhança/diferença
relevantes.

Casos devem ser tratados da mesma


forma a menos que se esteja prestes
a cometer uma injustiça.
Há uma diminuição da
exposição dos motivos
que tornam similares os Há no Brasil um
fenômeno onde a
fatos ao ponto de
magistratura se
permitir a aplicação de
entende juiz Hércules?
Questionamentos
uma mesma ratio
decidendi.

Finais Há no Brasil uma


cultura que propicie o
Art. 489, § 1, VI do seguimento de
CPC pode ser decisões de outros
considerada sanção? magistrados/ uma
cooperação entre eles?
Obrigada!
Vamos pro debate!

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