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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DDE ENGENHARIA QUÍMICA
BELÉM – PA
2023
LARISSA COIMBRA ALVES
LUCAS RAFAEL CAMPOS RAMOS
BELÉM
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 4
2.1 GERAL .......................................................................................................... 4
2.2 ESPECÍFICO.................................................................................................. 4
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 5
3.1 PROTEASES.................................................................................................. 5
3.2 FONTES DE OBTENÇÃO DAS PROTEASES.............................................. 7
4 METODOLOGIA ................................................................................................ 8
4.1 MATERIAL ................................................................................................... 8
4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ........................................................... 9
4.2.1........... Procedimento experimental para ação das proteases na digestão do colágeno
9
4.2.2 Procedimento experimental para realização de ensaios de gelificação para verificar
a influência do ph e a ação inibitória do feijão cru na atividade proteolítica ................. 10
4.2.3... Procedimento experimental para a investigação de atividade enzimática em sucos
industrializados e de possíveis alterações em extratos naturais de abacaxi mantidos fora
da geladeira por três dias ............................................................................................. 10
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 11
5.1 PARTE I ....................................................................................................... 11
5.2 PARTE II...................................................................................................... 13
5.3 PARTE III .................................................................................................... 15
6 CONCLUSÃO .................................................................................................... 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19
4
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICO
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 PROTEASES
Figura 1 - Mecanismo ilustrativo da hidrólise de uma ligação peptídica e seus produtos finais.
uma ou outra região terminal (SOUZA, 2015). As exopeptidases são ainda divididas de
acordo com a região que atuam, assim são denominadas de aminopeptidases quando agem
na região N-terminal da cadeia proteica e carboxipeptidases quando atuam na região C-
terminal. Estas últimas são classificadas de acordo com os grupos químicos do centro-
ativo da enzima, dessa forma as carboxipeptidases podem ser subdivididas em serina-,
metalo- e cisteína-carboxipeptidases. As endopeptidases, por sua vez, são classificadas
em serina-, cisteína-, aspártico-, metalo- e treonina-endopeptidases conforme Quadro 1.1
(SILVA, 2013).
De acordo com Lima (2012), as espécies mais estudadas dos fungos filamentosos
pertencem ao gênero Aspergillus spp., que podem ser largamente encontrados na
natureza, principalmente em solos. Esse gênero representa uma área de interesse para
biotecnologia em virtude de sintetizarem altos níveis de proteína, possuírem boas
propriedades para fermentação o que permite a produção em larga escala. Além disso,
algumas cepas do gênero Aspergillus, como o Aspergillus tamarii, são considerados
seguros pela Food and Drug Administration (FDA), em razão da não-toxicidade da
espécie, possibilitando o seu uso aplicações em alimentos e dietas alimentares (SILVA,
2016; BAKKER, 2017).
4 METODOLOGIA
4.1 MATERIAL
➢ ½ abacaxi verde;
➢ 1 fatia de mamão;
9
➢ 2 pacotes de gelatina;
➢ 1 copo de feijão cru;
➢ 1 caixa de suco de abacaxi industrial;
➢ 1 pó para suco de abacaxi;
➢ Peneira fina;
➢ Liquidificador;
➢ Fogareiro;
➢ 10 tubos de ensaio;
➢ 6 pipetas volumétricas;
➢ 1 espátula;
➢ Bastão de vidro;
➢ Béquer 200 mL;
➢ Béquer 500 mL
parte do experimento e deixado de fora da geladeira por três dias. Na sequência os tubos
de ensaios foram numerados de 1 a 5 conforme a seguinte tabela:
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 PARTE I
sua capacidade de formar um gel. Isso significa que na presença de proteases, a gelatina
não conseguirá formar um gel adequado, e a textura gelatinosa característica não será
observada. Portanto, a presença das proteases na gelatina leva à sua degradação e,
consequentemente, à perda de sua funcionalidade de gelificação.
Entretanto, como a gelatina foi misturada com água na presença de proteases, a
ação das proteases nas proteínas da gelatina continuará. A água ajudou a criar um
ambiente propício para a ação das enzimas, pois muitas reações bioquímicas ocorrem em
meio aquoso. A água também ajudou na distribuição das proteases por toda a gelatina, o
que acelerou o processo de quebra das proteínas. Portanto, quando a gelatina é misturada
com água, suas proteínas se dispersam na água. À medida que a solução esfria, as
proteínas da gelatina começam a se organizar e se ligar, formando uma estrutura
tridimensional emaranhada. Quando essa estrutura é exposta a temperaturas abaixo do
ponto de congelamento da água, ocorre a solidificação da gelatina, resultando em um
estado sólido semelhante a um gel, conhecido como gelatina congelada. Isto pode ser
observado na constatação do tubo 1, na Tabela 4.
Com base nos dados apresentados na Tabela 4 abaixo, a qual foi preenchida com
os resultados das análises do teste de gelificação conduzido em laboratório, pode-se
concluir que o experimento não atingiu plenamente os objetivos pretendidos. Essa
conclusão é respaldada pela consistência dos resultados com a literatura e por inúmeros
estudos prévios na mesma área, que antecipavam a ausência de gelificação nas amostras
submetidas à fervura. Essa expectativa é inerente à natureza do método, uma vez que seu
propósito era acompanhar o processo de gelificação, o qual é sensível à integridade das
cadeias poliméricas da proteína. Qualquer fragmentação nessas cadeias compromete a
formação do gel, resultando na impossibilidade de conclusão bem-sucedida do processo.
Tabela 4 – Resultado do teste de gelificação (primeiro experimento).
Resultado
Tubo Composição
(Gelificação)
1 10mL gelatina + 3mL água +
2 10mL gelatina + 3mL extrato mamão +
3 10mL gelatina + 3mL mamão fervido +
4 10mL gelatina + 3mL extrato abacaxi -
5 10mL gelatina + 3mL abacaxi fervido +
Fonte: Elaboração própria do autor a partir dos dados experimentais
Além disso, é importante notar que, para ambos os extratos fervidos, os resultados
estiveram de acordo com as expectativas. Isso ocorreu porque a fervura dos extratos,
submetendo-os a altas temperaturas, promoveu a agitação das moléculas e a quebra das
ligações que estabilizam as estruturas das enzimas, levando à desnaturação dessas
enzimas e, portanto, à gelificação dos extratos.
5.2 PARTE II
6 CONCLUSÃO
Desta forma, por meio destes experimentos, foi possível constatar a eficácia do
método utilizado para avaliar o impacto das enzimas presentes nas frutas na digestão das
proteínas da gelatina. Este experimento demonstrou claramente a influência das proteases
na gelatina e sua capacidade de gelificar. A presença das proteases levou à degradação
das proteínas da gelatina, prejudicando sua capacidade de formar um gel coeso. Além
disso, a adição de água desempenhou um papel crucial na aceleração desse processo. A
imaturidade da fruta de mamão afetou a eficácia da enzima, enquanto a fervura dos
extratos mostrou ser uma estratégia eficaz para inativar as enzimas. Este experimento
destacou a importância do controle das condições e dos fatores que afetam a atividade
enzimática em processos alimentares e bioquímicos.
Na verdade, podemos inferir que algumas frutas, como o abacaxi e o mamão,
demonstraram ser capazes de facilitar o processo de digestão das proteínas, o que, por
conseguinte, pode melhorar a absorção de nutrientes pelo organismo.
Este experimento enfatiza a relevância de uma alimentação equilibrada e variada,
levando em consideração a presença de fatores antinutricionais e a escolha de alimentos
que ofereçam benefícios nutricionais sem comprometer a digestibilidade e a absorção de
nutrientes essenciais. Também destaca a importância de compreender a influência das
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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peptides production. J. Basic Microbiol., v. 54, p. 1–12, 2014.
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CHAVIRA, R.; BURNETT T. J.; HAGEMAN J. H.; Assaying Proteinases with Azocoll;
Analytical Biochemistry, l36, p. 446-450; 1984.
CHEN, Q. H.; HE, G. Q.; JIAO, Y. C.; NI, H. Effects of elastase from a Bacillus strain
on the tenderization of beef meat. Food Chemistry, v. 98, p. 624–629, 2006.