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2º ANO, 1º SEMESTRE
APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
INTRODUÇÃO À BIOPSICOLOGIA
• O que é a biopsicologia?
Estudo das bases biológicas do comportamento (i.e., perspetiva biológica do
comportamento). Compreender o comportamento e a cognição (memória, perceção,
atenção, etc.) em termos dos seus substratos biológicos. Disciplina das Neurociências (o
estudo científico do sistema nervoso); os biopsicólogos são neurocientistas que
pretendem estudar como é o que cérebro produz comportamentos. Como é que o
cérebro produz fenómenos psicológicos? (memórias, perceções, pensamentos,
aprendizagens, emoções, linguagem...). Existem vários nomes alternativos para este
campo científico: Biologia do Comportamento, Neurociências do Comportamento, ou
Psicobiologia...
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BIOPSICOLOGIA
2º ANO, 1º SEMESTRE
APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
• Abordagens da biopsicologia:
Psicologia Fisiológica:
a) Estuda os mecanismos neuronais do comportamento através de manipulações
diretas do sistema nervoso em condições de laboratório controladas (e.g.,
lesões, estimulação elétrica);
b) Investigação básica;
c) Psicofarmacologia
d) Manipula o sistema nervoso farmacologicamente;
e) Estuda o efeito de drogas no comportamento e como é que estas mudanças são
mediadas por mudanças na atividade neuronal;
f) Investigação básica ou aplicada.
Neuropsicologia:
a) Estuda as alterações comportamentais que ocorrem em humanos após lesão
cerebral;
b) Recorre a estudos de caso e desenhos quase-experimentais;
c) Investigação aplicada.
Psicofisiologia:
a) Estuda a relação entre a atividade fisiológica e os processos psicológicos;
b) Mede a atividade cerebral em humanos com métodos não-invasivos (EEG);
c) Outros medidas: tensão muscular, ritmo cardíaco, dilatação das pupilas, e
condução eléctrica, etc...
Neurociências Cognitivas:
a) Divisão mais recente da Biopsicologia;
b) Estuda as bases neuronais dos processos cognitivos complexos, geralmente em
humanos;
c) Utiliza métodos não-invasivos como as recentes técnicas de imagem cerebral
funcional;
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Psicologia Comparativa:
a) Estuda factores evolutivos e genéticos no comportamento;
b) Estudos de laboratório assim como estudos com animais no seu ambiente
natural (etologia).
• Revisão histórica:
Renascimento (fins do século XIII e meados do século XVII). Em 1633, René
Descartes, propõe o conceito de reflexos e nervos. Afirma que a mente/consciência está
localizada na glândula pineal.
Dualismo – existência de dois mundo: um material (corpo) e um não material
(mente).
Franz Joseph Gall (1796). Frenologia ou Teoria das Bossas: Tentou estabelecer
uma relação entre a configuração externa do cérebro e certas dimensões ou "faculdades
psicológicas”
Paul Broca (1861) – Caso Leborgne. Estabeleceu uma correlação entre uma
dificuldade em encontrar “imagens motoras” (afasia motora ou de expressão) e lesões
no terço posterior da circunvolução frontal inferior esquerda (área de Broca).
Carl Wernicke (1874). Estabeleceu uma
correlação entre uma dificuldade em encontrar
“imagens auditivas” (afasia sensorial ou de
recepção) e lesões no terço posterior da
circunvolução temporal superior esquerda (área de
Wernicke).
Jules Déjerine (1890): Afirmou que pequenas lesões no cérebro podiam destruir
seletivamente a capacidade para ler ou para escrever, sem interferir com outros
aspectos do discurso ou outras funções cognitivas.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Cérebro e comportamento:
O estímulo chega ao cérebro (lobo temporal) através do olho. Depois temos que
reconhecer a imagem e tomar a decisão (lobo frontal). O lobo frontal aciona os
mecanismos motores que levam a informação até à medula espinal. O lobo frontal
comunica com a amígdala que produz a sensação de felicidade. Se as coisas são
correram bem, tem de voltar ao lobo frontal para descobrir o que correu mal na tomada
de decisão.
• A investigação em biopsicologia:
A investigação pode variar ao longo de três dimensões:
a) Sujeitos humanos vs. não-humanos;
b) Estudos experimentais vs. não-experimentais (quase- experimentais ou estudos
de caso);
c) Investigação aplicada vs. básica.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Experimentais:
a) Método usado pelos cientistas para estudar relações de causa efeito;
b) Quando um grupo de sujeitos é testado para uma determinada condição
(desenho entre-sujeitos);
c) Quando o mesmo grupo de sujeitos é testado para múltiplas condições
(desenho intra-sujeitos).
d) Variáveis: Variáveis independentes: são manipuladas pelo experimentador;
estas manipulações produzem diferentes condições de tratamento na
experiência. Variáveis dependentes: refletem o comportamento do sujeito; é o
que a experiência mede.
e) Numa experiência bem delineada, o experimentador pode concluir que qualquer
diferença na variável dependente é causada pela variável independente.
Não-experimentais:
a) Por vezes é impossível conduzir experiências onde se possa controlar a condição
que se pretende estudar; por exemplo, se estão envolvidos sujeitos humanos,
pode ser impossível, por razões éticas, atribuir um grupo a uma determinada
condição;
b) Em desenhos quase-experimentais, os investigadores examinam os sujeitos em
situações reais onde os sujeitos se auto selecionam para determinadas
condições (e.g., excessivo consumo de álcool);
c) O aspeto mais negativo dos estudos quase-experimentais é que apesar dos
investigadores poderem examinar a relação entre as variáveis de interesse (e.g.,
consumo de álcool e dano cerebral), por vezes, há variáveis parasitas;
d) Estes estudos não permitem estabelecer relações diretas de causa-efeito.
Exemplo: os investigadores não podem atribuir aleatoriamente os sujeitos a um
grupo controlo e a um grupo que consome álcool, e depois expor um grupo a 10 anos
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
de consumo alcoólico para analisar se o álcool provoca danos cerebrais; em vez disso,
têm que comparar cérebros de alcoólicos e não-alcoólicos do mundo real. Problema:
como os sujeitos podem não se distribuir por cada grupo de forma aleatória, há muitas
diferenças que podem contribuir para as diferenças encontradas na variável
dependente. (e.g., lesão cerebral causada por uma dieta empobrecida, lesão cerebral
por acidente, outros consumos de drogas, etc.)
Não-experimentais:
a) Um outro tipo de estudo não-experimental são os estudos de caso;
b) Os estudos de caso incidem apenas num sujeito;
c) O problema deste tipo de estudo é a generalização, ou seja, em que medida os
resultados nos informam sobre a população em geral.
Os estudos quase-experimentais e os estudos de caso dão-nos, no entanto,
contribuições científicas muito válidas, sobretudo quando são um complemento a outro
tipo de investigações.
• Conclusão:
Os Biopsicólogos estudam as bases biológicas do comportamento recorrendo a
diferentes métodos e perspetivas; o ponto forte da Biopsicologia é atribuído a esta
diversidade.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Sistema Nervoso Autónomo - Parte do SNP que está é responsável por regular o
ambiente interno.
a) Neurónios aferentes - Transportam informação recebida pelos órgãos internos
para o SNC.
b) Neurónios eferentes - Transportam a informação do SNC para os órgãos
internos.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
• Meninges, ventrículos:
O líquido cérebroespinal circula na
medula espinal, sendo produzido nos
ventrículos.
Meninges:
a) Duramater;
b) Aracnóide;
c) Piamater.
Anterior e posterior são relativos. Ventral – baixo. Dorsal – cima. Lateral – para fora
(mais externo). Medial – Para meio (mais interno).
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Corte Horizontal (estrutura meio). Corte Sagital (vertical). Corte Coronal (parte detrás).
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• A espinal medula:
Controla os movimentos dos membros e do tronco. Recebe e processa
informação sensorial da pele, articulações e músculos dos membros e tronco.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Mielencéfalo:
Cérebro posterior.
Medula Oblongata ou Bulbo Raquidiano - Inclui
diversos centros responsáveis por funções
autonómicas vitais como a digestão, respiração e
controlo do ritmo cardíaco.
Formação Reticular - Regulação do sono, atenção,
movimento, respiração, circulação sanguínea e
função cardíaca.
Metencéfalo:
Protuberância - Transmite informação relacionada com
o movimento dos hemisférios cerebrais para o cerebelo.
Cerebelo - Ligado ao tronco cerebral através de umas
fibras chamadas peduncúlos. O cerebelo modula a força
e o alinhamento dos movimentos e está envolvido na
aprendizagem de competências motoras.
Mesencéfalo:
Tectum - Parte dorsal do cérebro médio, tem
duas partes: o colículo inferior (função auditiva)
e o colículo superior (função visual).
Tegmentum - Periaqueduto cinzento: matéria
cinzenta situada à volta do aqueduto cerebral, é
uma área de especial interesse porque medeia
os efeitos analgésicos. Substancia nigra e
núcleo vermelho que são ambos componentes
importantes dos sistema sensorio-motor.
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Tronco cerebral:
Medula Oblongata/Bulbo Raquidiano;
Formação Reticular; Protuberância; Cerebelo; Mesencéfalo.
Diencéfalo:
Tálamo - Processa toda a informação que vai para o córtex cerebral vinda da medula
espinal e tronco cerebral. Cada região/núcleo do tálamo vai comunicar com uma parte
específica do cérebro.
Telencéfalo:
Neo-córtex - É formado pelos hemisférios cerebrais.
Estruturas Sub-corticais:
a) Sistema Límbico - Envolvido no processamento das emoções.
b) Gânglios da base - Participam na regulação do desempenho motor e memórias
implícitas.
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• Hemisférios Cerebrais:
• Sulcos:
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• Circunvoluções:
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• Sistema Límbico:
• Gânglios da Base:
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SULCOS E CIRCUNVOLUÇÕES
• Sulcos:
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• Circunvoluções:
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• Neurónio:
Corpo celular (ou soma): centro
metabólico do neurónio. Tem no seu
interior, como qualquer outra célula do
organismo, o núcleo que contém o
material genético (cromossomas)
portador das instruções que controlam
a produção de proteínas necessárias
para o funcionamento do neurónio.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
• Células da glia:
Importantes durante o período de
desenvolvimento do SNC. Permitem um
suporte estrutural. Permitem uma melhor
condução do impulso elétrico. As células de
Schwann (SNP) e os oligodendrócitos (SNC)
produzem a bainha de mielina
Oligodendrócitos: Produzem a
bainha de mielina no Sistema
Nervoso Central.
Células de Schwann: Produzem a
bainha de mielina no Sistema
Nervoso Periférico.
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permeável aos iões de Na+, Cl- e K+, contudo a permeabilidade da membrana aos
diferentes iões é diferente:
a) K+ - alta permeabilidade;
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O potencial de ação:
Despolarização – Não existe diferença entre o interior e o exterior do neurónio.
(Na+) e aos iões de potássio (K+) ou aos iões de (Cl-). O processo que dá origem ao
potencial de ação chama-se despolarização (redução do potencial elétrico) e
corresponde à passagem, no interior do neurónio, de uma carga negativa de -70
milivolts para uma carga positiva de +50 mV. O processo de despolarização que se
repete ao longo do axónio é o chamado impulso nervoso.
Potencial excitatório
Potencial inibitório
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de -70 mV para -67 mV) – Potenciais pós-sinápticos excitatórios EPSP (entrada de Na+;
entram através dos canias de voltagem, pois a membrana é permeável ao sódio.
Hiperpolarização da membrana (o potencial de membrana torna-se ainda mais
negativo: de -70 mV para -72 mV) – Potenciais pós-sinápticos inibitórios IPSP (entrada
O potássio sai
Torna-se mais
negativa
Torna-se mais
positiva Entrada do
sódio
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
• Transmissão sináptica:
O impulso elétrico desloca-se através do axónio e chega ao terminal sináptico,
estimulando as vesículas sinápticas que aí se encontram. As vesículas, quando
estimuladas, libertam certas substâncias - Neurotransmissores
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Os neurotransmissores são
substâncias químicas responsáveis pela
transmissão do impulso elétrico entre a
célula pré-sináptica e a célula pós-sináptica
(desencadeiam alterações na célula pós-
sinátitica).
Os neurotransmissores quando se
difundem na fenda sináptica ligam-se a
moléculas recetoras que estão na membrana
celular do neurónio pós-sináptico.
Esta ligação vai provocar uma mudança de potencial no neurónio pós-sináptico,
isto é, provocam uma resposta elétrica na célula pós-sináptica.
Exocitose: processo pelo qual o neurotransmissor é libertado. As vesículas
sinápticas fundem-se com a membrana do neurónio pré-sináptico e libertam o seu
conteúdo (neurotransmissor) para a fenda sináptica.
Um neurotransmissor a encaixar
num recetor e dá-se a libertação de
potássio (resposta).
Fenómeno de chave-fechadura:
existem recetores específicos para
neurotransmissores específicos. Existe
mais do que um tipo de recetor para um
neurotransmissor especifico.
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Neurotransmissores:
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• Métodos de neuroimagem:
Estruturais:
a) Tomografia Axial Computorizada(TAC) (década de 70);
b) Ressonância Magnética(RM) (década de 80):
a. Permite ver a estrutura do cérebro.
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Funcionais:
a) Tomografia de Emissão de Positrões (PET);
b) Ressonância Magnética Funcional (fMRI);
c) Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) à mais recente:
a. Permite criar uma lesão temporariamente através da colocação, na parte
exterior do cérebro, de um estimulador.
b. Não é preciso ter a cabeça aberta.
d) Eletroencefalograma (EEG):
a. Ritmo da atividade do cérebro e surgem potenciais evocados.
e) Magnetoencefalografia (MEG):
a. Permite ver como o cérebro funciona quando realiza uma tarefa
cognitiva e quais as áreas envolvidas.
• Estruturais:
Tomografia Axial Computorizada (TAC):
a) Permite localizar uma lesão, ver a sua extensão, medir a atrofia cerebral,
assimetrias cerebrais e volumes cerebrais de áreas de interesse (ROI).
Ressonância Magnética (RM):
a) Maior exatidão das imagens comparado com a TAC;
b) Permite construir imagens tridimensionais;
c) Contraindicado em indivíduos portadores de materiais metálicos.
Ressonância magnética:
Ressonância Magnética é uma tecnologia médica de imagem que utiliza um forte
campo magnético e ondas de radiofrequência para produzir imagens detalhadas dos
órgãos internos e tecidos.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Esta técnica pode ser usada para investigar praticamente todas as partes do
corpo, sendo frequentemente usada para examinar o cérebro, articulações e discos da
coluna vertebral. A mais avançada tecnologia para o exame de lesões cerebrais,
lombares e tumores. Produz excelentes imagens de tecidos moles e órgãos vitais.
Um exame de Ressonância Magnética não envolve radiações.
Aplicações:
a) Identificação clínica da patologia cerebral (localizar uma lesão, ver a sua
extensão, medir a atrofia e as assimetrias cerebrais).
b) Estudos volumétricos
Desvantagens:
a) Defeitos associados (co-laterais) – lesão pode afectar diferentes processos
cognitivos que não os diretamente afetados pela lesão (prejudica a correlação
lesão comportamento).
b) Quando se faz estudos de investigação.
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Estudo sobre a morfologia do corpo caloso. Cada região do corpo caloso faz a
transferência de informação entre os vários lobos. O corpo caloso dos iletrados é mais
pequeno do que o dos sujeitos normais.
Menos transferência, nos disléxicos, logo
menor corpo caloso.
• Funcionais:
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Questões metodológicas:
Tem que se ter sempre uma situação
de controlo e depois realizar-se a
subtração. Subtrai-se o grupo
experimental (específico) do grupo de
controle (geral/normal).
Existe variabilidade individual e, por
isso, realiza-se uma média das diferenças.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Functional magnetic resonance image (fMRI). This image illustrates the areas of
cortex that became more active when the volunteers observed strings of letters and
were asked to specify which strings were words; in the control condition, subjects
viewed strings of asterisks (Kiehl et
al., 1999). This fMRI illustrates
surface activity; but images of
sections through the brain can also
be displayed. (Courtesy of Kent
Kiehl and Peter Liddle, Department
of Psychiatry, University of British
Columbia.)
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
eléctrica do cérebro.
A localização espacial destes métodos não é boa (em comparação com outros
métodos), mas em contrapartida tem uma boa localização temporal. Não permitem
saber em que parte do cérebro ocorreu a lesão; não diz a região ao certo. Permite saber
quando ocorreu a lesão.
Eletroencefalograma (EEG):
Técnica que recolhe os sinais elétricos emitidos pelos neurónios. Medir as
mudanças que ocorrem na atividade elétrica do cérebro e a partir daqui formam os
potenciais evocados (PE).
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Vantagens:
Sensíveis aos tempos de processamento da informação. São relevantes para
determinar se uma operação cognitiva ocorre antes ou depois de outra, e qual o tempo
que demora a processar.
Sei que a N milissegundos, após a apresentação breve de um estímulo, dá-se a
mudança de um conjunto de elétricos do cérebro. Tem que se apresentar o estimulo a
um conjunto de indivíduos para verificar se a zona de elétricos estimulada é a mesma e
dá-se a mesma mudança.
Magnetoencefalografia (MEG):
Técnica que recolhe campos magnéticos gerados pela atividade elétrica (tira a
vantagem do facto de as correntes elétricas dos neurónios gerarem pequenos campos
magnéticos). Superior ao EEG em termos de localização espacial da atividade.
Permite ver o que acontece à atividade cerebral quando apresento um estímulo.
Recolhe campos magnéticos ocorridos durante a atividade neuronal. Paradigmas
semelhantes aos PE e resultados iguais ao EEG.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Fases do desenvolvimento:
Ovo + Esperma = zigoto.
O desenvolvimento dos neurónios passa por 5 fases:
a) Desenvolvimento do tubo neuronal;
b) Proliferação neuronal;
c) Migração e agregação;
d) Crescimento do axónio e formação das sinapses;
e) Morte neuronal e rearranjo sináptico.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Neurogénese:
Primeira etapa. Quando as células se começam a dividir.
Diferenciação celular:
Terceira etapa. Cada célula vai ter características
diferentes de acordo com a área que vai migrar e a função
que desempenham.
Esta fase é exclusiva do desenvolvimento pré-
natal.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Sinaptogénese:
Quarta etapa. Começam a comunicar umas células com as outras, criando as
sinapses e começando a formação de dendrites e axónios. É o córtex visual que numa
fase inicial desenvolve mais sinapses, apesar de
depois do nascimento ser o córtex auditivo o
mais desenvolvido.
A maior mudança que ocorre nas células
cerebrais é a formação e o crescimento de
axónios, dendrites e sinapses - sinaptogénese.
Morte neuronal:
Quinta etapa. Acontecimento normal do
período pós-natal.
A morte neuronal é um processo normal
durante o desenvolvimento cerebral, principalmente
durante o desenvolvimento pós-natal.
Rearranjo sináptico:
Sexta etapa. No inicio é caótico, mas
depois as sinapses começam a ser mais
sincronizadas.
The effect of neuron death and synapse
rearrangement on the selectivity of synaptic
transmission. The synaptic contacts of each
axon become focused on a smaller number of
cells.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
• Desenvolvimento pós-natal:
Há medida que os meses vão aumentando, a densidade também vai sendo
maior.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
estruturas cerebrais.
O desenvolvimento pós-natal caracteriza-se por um aumento de sinapses,
dendrites e processos de mielinização:
a) Nunca devido a um aumento de neurónios (com exceção do bolbo olfativo e do
hipocampo)
No período pós-natal, além dos fenómenos de natureza aditiva ocorrem outros
de natureza regressiva, ou seja, algumas ligações sinápticas deixam de existir -
Fenómenos progressivos e regressivos.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
• Perturbações do neurodesenvolvimento:
Ocorrem devido a defeitos no programa genético, trauma e produtos tóxicos
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Fenilcetonúria – PKU:
Mutação do gene (PAH) localizado no cromossoma 12. O defeito é causado pela
ausência de uma enzima necessária à metabolização da fenilalanina (aminoácido
presente na comida). A fenilalanina em excesso causa lesões cerebrais.
Os efeitos cognitivos desta perturbação são em regiões sensíveis às alterações
nos níveis de dopamina: córtex pré-frontal. O gene disfuncional só causa lesão cerebral
na presença de fenilalanina: Interação entre genes e o ambiente.
O teste do pezinho já deteta esta enzima. Esta enzima pode ser diminuída na
ingestão de menos alimentos que a contenham.
Síndrome do X-Frágil:
A síndrome do X frágil é a causa herdada mais comum de atraso mental. É
causada pela mutação do gene FMR1 localizado no cromossoma X (envolvido na
formação das dendrites dos neurónios). A incidência nos homens é superior.
Caracteriza-se por perturbações mentais (de moderadas a graves) e por
características faciais anormais (face longa, orelhas largas, etc.).
Anatomicamente, mostram um córtex mais pequeno, núcleo caudado,
hipocampo e ventrículos maiores.
Síndrome de Down:
Síndroma de Down (mongoloidismo): trissomia do cromossoma 21 (possui um
cromossoma extra não sexual).
As capacidades visuo-espaciais estão relativamente mantidas e a linguagem
muito alterada (sobretudo nos aspetos expressivos). A capacidade de aquisição
(aprendizagem) e retenção (memória) e recuperação estão muito comprometidas.
Sofrem de problemas cardíacos.
Um gene codifica muita informação e relativamente a vários aspetos, logo a
modificação de um gene implica mudanças em várias áreas.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Síndroma de Williams:
Linguagem, comportamento social e reconhecimento de faces mantido; outras
funções cognitivas como, por exemplo, as funções visuo-construtivas, visuo-espaciais,
motoras, processamento da aritmética e
planeamento alterados. Perturbações físicas
como problemas cardiovasculares,
perturbações nos tecidos conjuntivos e
características craniofaciais muito típicas.
Resultados anatómicos: o volume
cerebral e a substância branca mais reduzidos.
Identificado o cromossoma 7.
Autismo:
Incapacidade em estabelecer relações sociais; interesses bizarros; e alterações
profundas na linguagem, nas capacidades de comunicação (principalmente nos aspetos
pragmáticos) e um repertório de interesses e atividades muito restrito.
Causas: genéticas – provavelmente multigénicas (possivelmente uma alteração
no cromossoma 15); virais; intoxicações.
Estudos Neuropsicológicos: perfil cognitivo compatível com alterações do córtex
frontal. Falham com frequência em provas que avaliam as funções executivas.
Estudos de Imagem: atraso na maturação dos lobos frontais e reação anormal
do córtex cerebral a estimulações sensoriais.
Estudos anatómicos: diferenças
anatómicas em regiões como o sistema
límbico e lobo frontal, cerebelo, tronco
cerebral e tálamo.
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APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
Dislexia de desenvolvimento:
Dislexia: perturbação que se manifesta por uma dificuldade em aprender a ler,
apesar da instrução convencional, inteligência adequada e, oportunidade sociocultural.
a) É uma dificuldade específica na presença de uma inteligência normal;
b) É um defeito cognitivo e não de comportamento;
c) Pode ser de origem genética, ou seja, há familiares com o mesmo problema.
Pode associar-se a sinais neurológicos ligeiros (dificuldades no reconhecimento
dos dedos e confusão direito-esquerdo).
Estudos Neuropsicológicos: dificuldade em desenvolver representações
fonológicas segmentais (problemas de consciência fonológica e de memória fonológica).
Estudos de Imagem: ausência de um funcionamento coordenado entre a área de
Wernicke, circunvolução angular (necessárias à análise fonológica) e a área de Broca
(necessária à produção fonológica).
Estudos anatómicos: organização celular anómala nas áreas posteriores
cerebrais (área de Wernicke e área parietal inferior e posterior).
Corpo caloso mais pequeno nas áreas que fazem a ligação entre os lobos
parietais e temporais.
Perturbações de desenvolvimento:
a) Emergem durante o período de desenvolvimento;
b) Não existe uma lesão neurológica “evidente”;
c) Podem estar associadas a perturbações genéticas.
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BIOPSICOLOGIA
2º ANO, 1º SEMESTRE
APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
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