Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2º ANO, 1º SEMESTRE
APONTAMENTOS 1ª FREQUÊNCIA
INTRODUÇÃO À BIOPSICOLOGIA
• O que é a biopsicologia?
Estudo das bases biológicas do comportamento (perspetiva biológica do
comportamento). Compreender o comportamento e a cognição (memória, perceção,
atenção, etc.) em termos dos seus substratos biológicos. Disciplina das Neurociências (o
estudo científico do sistema nervoso); os biopsicólogos são neurocientistas que
pretendem estudar como é o que cérebro produz comportamentos. Como é que
o cérebro produz fenómenos psicológicos? (memórias, perceções, pensamentos,
aprendizagens, emoções, linguagem...). Existem vários nomes alternativos para
este campo científico: Biologia do Comportamento, Neurociências do Comportamento,
ou Psicobiologia...
1
• Abordagens da biopsicologia:
1. Psicologia Fisiológica:
a) Estuda os mecanismos neuronais do comportamento através de manipulações
diretas do sistema nervoso em condições de laboratório controladas
(lesões, estimulação elétrica) (uso de animais em laboratório);
b) Investigação básica;
2. Psicofarmacologia:
d) Manipula o sistema nervoso farmacologicamente;
e) Estuda o efeito de drogas no comportamento e como é que estas mudanças são
mediadas por mudanças na atividade neuronal;
3. Neuropsicologia:
a) Estuda as alterações comportamentais que ocorrem em humanos após lesão
cerebral; ênfase na clínica;
4. Psicofisiologia:
5. Neurociências Cognitivas:
a) Divisão mais recente da Biopsicologia;
b) Estuda as bases neuronais dos processos cognitivos complexos (humanos);
2
6. Psicologia Comparativa:
• Revisão histórica:
Renascimento (fins do século XIII e meados do século XVII). Em 1633,
René Descartes, propõe o conceito de reflexos e nervos. Afirma que a
mente/consciência está localizada na glândula pineal.
Dualismo – existência de 2 mundo: um material (corpo) e um não material
(mente).
Frenologia ou Teoria das Bossas (Franz Joseph Gall, 1796) - Tentou estabelecer
uma relação entre a configuração externa do cérebro e certas dimensões ou
"faculdades psicológicas”
Caso Leborgne (Paul Broca, 1861) – Estabeleceu uma correlação entre uma
dificuldade em encontrar “imagens motoras” (afasia motora ou de expressão) e lesões
no terço posterior da circunvolução frontal inferior esquerda (área de Broca).
Carl Wernicke (1874). Estabeleceu uma
correlação entre uma dificuldade em encontrar
“imagens auditivas” (afasia sensorial ou de
recepção) e lesões no terço posterior da
circunvolução temporal superior esquerda (área de
Wernicke).
Jules Déjerine (1890): Afirmou que pequenas lesões no cérebro podiam destruir
seletivamente a capacidade para ler ou para escrever, sem interferir com outros
aspectos do discurso ou outras funções cognitivas.
3
Korbinian Broadmann (1909): Identificou 52 regiões distintas (caracterizadas por
diferentes tipos de células), através da análise da organização celular do córtex.
Cérebro e comportamento:
O estímulo chega ao cérebro (lobo temporal) através do olho. Depois temos que
reconhecer a imagem e tomar a decisão (lobo frontal). O lobo frontal aciona os
mecanismos motores que levam a informação até à medula espinal. O lobo
frontal comunica com a amígdala que produz a sensação de felicidade. Se as
coisas não correram bem, tem de voltar ao lobo frontal para descobrir o que correu
mal na tomada de decisão.
4
• A investigação em biopsicologia:
A investigação pode variar ao longo de três dimensões:
a) Sujeitos humanos vs. não-humanos;
b) Estudos experimentais vs. não-experimentais (quase- experimentais ou estudos
de caso);
c) Investigação aplicada vs. básica.
Experimentais:
Variáveis:
- Variáveis independentes: são manipuladas pelo experimentador; estas
manipulações produzem diferentes condições de tratamento na experiência.
- Variáveis dependentes: refletem o comportamento do sujeito; é o que a experiência
mede.
Numa experiência bem delineada, o experimentador pode concluir que qualquer diferença
na variável dependente é causada pela variável independente.
5
Não-experimentais:
● Por vezes é impossível conduzir experiências onde se possa controlar a
condição que se pretende estudar; por exemplo, se estão envolvidos sujeitos
humanos, pode ser impossível, por razões éticas, atribuir um grupo a uma
determinada condição;
● Em desenhos quase-experimentais, os investigadores examinam os sujeitos
em situações reais onde os sujeitos se auto selecionam para
determinadas condições (excessivo consumo de álcool);
● O aspeto mais negativo dos estudos quase-experimentais é que apesar
dos investigadores poderem examinar a relação entre as variáveis de
interesse (consumo de álcool e dano cerebral), por vezes, há variáveis
parasitas;
● Estes estudos não permitem estabelecer relações diretas de causa-efeito.
Exemplo: os investigadores não podem atribuir aleatoriamente os sujeitos a um grupo
controlo e a um grupo que consome álcool, e depois expor um grupo a 10 anos de consumo
alcoólico para analisar se o álcool provoca danos cerebrais; em vez disso, têm que comparar
cérebros de alcoólicos e não-alcoólicos do mundo real.
Problema: como os sujeitos podem não se distribuir por cada grupo de forma aleatória, há
muitas diferenças que podem contribuir para as diferenças encontradas na variável
dependente. (lesão cerebral causada por uma dieta empobrecida, lesão cerebral por
acidente, outros consumos de drogas, etc.)
6
resolver grandes questões.
Investigação Aplicada: recorre aos conhecimentos obtidos na investigação básica para
responder a questões específicas.
● Sistema Nervoso Autónomo - Parte do SNP que está responsável por regular o
ambiente interno.
a) Neurónios aferentes - Transportam informação recebida pelos órgãos internos
para o SNC.
b) Neurónios eferentes - Transportam a informação do SNC para os órgãos
internos.
7
O sistema nervoso autónomo subdivide-se em:
• Meninges, ventrículos:
Meninges:
a) Duramater;
b) Aracnóide;
c) Piamater.
8
• As direções e planos do sistema nervoso:
Corte Horizontal (estrutura meio). Corte Sagital (vertical). Corte Coronal (parte detrás).
9
• A espinal medula:
- Controla os movimentos dos membros e do tronco.
- Recebe e processa informação sensorial da pele, articulações e músculos dos
membros e tronco.
10
1. Mielencéfalo:
Cérebro posterior.
Medula Oblongata ou Bulbo Raquidiano - inclui
diversos centros responsáveis por funções
autonómicas vitais como a digestão, respiração e
controlo do ritmo cardíaco.
Formação Reticular - Regulação do sono, atenção,
movimento, respiração, circulação sanguínea e
função cardíaca.
2. Metencéfalo:
Protuberância - Transmite informação relacionada com o
movimento dos hemisférios cerebrais para o cerebelo.
Cerebelo - Ligado ao tronco cerebral através de umas
fibras chamadas peduncúlos. O cerebelo modula a força e o
alinhamento dos movimentos e está envolvido na
aprendizagem de competências motoras.
11
3. Mesencéfalo:
Tectum - Parte dorsal do cérebro médio, tem duas partes:
o colículo inferior (função auditiva) e o colículo superior
(função visual).
Tegmentum - Periaqueduto cinzento: matéria cinzenta
situada à volta do aqueduto cerebral, é uma área de especial
interesse porque medeia os efeitos analgésicos. Substância
nigra e núcleo vermelho que são ambos componentes
importantes do sistema sensorio-motor.
Tronco cerebral:
Medula Oblongata/Bulbo Raquidiano; Formação Reticular;
Protuberância; Cerebelo; Mesencéfalo.
4. Diencéfalo:
Tálamo - Processa toda a informação que vai para o córtex cerebral vinda da medula espinal
e tronco cerebral.
5. Telencéfalo:
Neo-córtex - É formado pelos hemisférios cerebrais.
Estruturas Sub-corticais:
a) Sistema Límbico - Envolvido no processamento das
emoções.
b) Gânglios da base - Participam na regulação do
desempenho motor e memórias implícitas.
12
• Hemisférios Cerebrais:
• Sulcos:
13
• Circunvoluções:
14
• Sistema Límbico:
• Gânglios da Base:
15
16
A CONDUÇÃO NEURONAL E A TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• Células do sistema nervoso:
Neurónios: unidade básica do sistema nervoso. São células
especializadas na receção, condução e transmissão de sinais eletroquímicos.
Células da Glia: desempenham um papel de suporte e têm um papel
importante durante o desenvolvimento do SN.
• Neurónio:
17
Axónio: prolongamento único de dimensão muito variável. O axónio representa a
unidade de condução do neurónio. Além disso, assegura a passagem das moléculas
fabricadas no núcleo até à sua terminação (transporte axónico).
18
Neurónio Bipolar – Existem dois
prolongamentos a sair do núcleo.
Neurónio Interneural (medula espinal) –
Conduzem o impulso nervoso entre
neurónios.
• Células da glia:
● Importantes durante o
período de desenvolvimento do
SNC.
● Permitem um suporte
estrutural.
● Permitem uma melhor
condução do impulso elétrico.
● As células de Schwann
(SNP) e os oligodendrócitos (SNC)
produzem a bainha de mielina.
● Astrócitos e microglia:
Transportam alimentos dos vasos
sanguíneos para os neurónios.
Oligodendrócitos:
Produzem a bainha de mielina no SNCentral.
Células de Schwann:
Produzem a bainha de mielina no SNPeriférico.
19
• A condução do impulso elétrico e a transmissão sináptica:
O potencial de repouso:
- No seu estado de repouso o neurónio está polarizado (quando não está a comunicar).
- O interior do neurónio é mais negativo comparativamente ao exterior.
- A diferença de potencial/gradiente da membrana é na ordem dos -70 mV.
Porque é que o neurónio está polarizado no seu estado de repouso?
Esta diferença de concentrações é possível pela interação de 4 fatores:
a) Diferentes gradientes químicos e elétricos;
b) Bomba de sódio-potássio.
c) Permeabilidade seletiva da membrana neuronal;
O potencial de ação:
21
Condução do potencial de ação:
Período Refratário: após o potencial de
ação, o neurônio, fica temporariamente
insensível a estimulação. Este período é
responsável por manter a direção do
potencial de ação apenas num sentido.
• Transmissão sináptica:
O impulso elétrico desloca-se através do axónio e chega ao terminal sináptico,
estimulando as vesículas sinápticas que aí se encontram. As vesículas, quando
estimuladas, libertam neurotransmissores.
22
● O neurotransmissor quando não liga com o recetor volta a ser reabsorvido no botão
sináptico - recaptação, ou então é destruído na fenda sináptica por enzimas
especializadas na sua destruição – degradação enzimática.
Neurotransmissores:
23
Dopamina (catecolanima): presente nos gânglios da base e no lóbulo frontal.
24
Serotonina: presente nos circuitos neuronais relacionados com o ciclo vigília sono e
regulação da temperatura.
- Os antidepressivos aumentam a atividade deste neurotransmissor.
GABA e Glicina: são ambos neurotransmissores inibitórios, sendo o GABA o que existe em
maior quantidade no cérebro. A baixa concentração de GABA pode causar ataques
epiléticos.
*Uma droga pode atuar na atividade do neurotransmissor em qualquer fase do seu “ciclo de vida”.
26
MÉTODOS DE IMAGEM CEREBRAL
Gall – Apalpava a cabeça para realizar o estudo das mesmas 🡪 1º Método científico.
Estimulação cortical – Colocação de eletros, de cabeça aberta, durante a realização de
tarefas.
• Métodos de neuroimagem:
Estruturais:
Funcionais:
4. Eletroencefalograma (EEG):
5. Magnetoencefalografia (MEG):
● Permite ver como o cérebro funciona quando realiza uma tarefa cognitiva
e quais as áreas envolvidas.
• Estruturais:
1. Tomografia Axial Computorizada (TAC):
- Permite localizar uma lesão, ver a sua extensão, medir a atrofia cerebral, assimetrias
cerebrais e volumes cerebrais de áreas de interesse (ROI).
27
2. Ressonância Magnética (RM):
- Maior exatidão das imagens comparado com a TAC;
- Permite construir imagens tridimensionais;
- Contraindicado em indivíduos portadores de materiais metálicos.
28
APLICAÇÕES dos métodos estruturais:
● Estudos volumétricos
● Estudos de investigação.
Vantagens da aplicação dos métodos funcionais: não estão dependentes dos acidentes
naturais para se estudar a cognição; revelam quais são os sistemas cerebrais neuronais
necessários e suficientes para uma determinada tarefa; e proporcionam informações
sobre os mecanismos envolvidos na recuperação funcional de doentes.
29
Estudo sobre a morfologia do corpo caloso. Cada região do corpo caloso faz a
transferência de informação entre os vários lobos. O corpo caloso dos iletrados é mais
pequeno do que o dos sujeitos normais.
(Menos transferência, nos disléxicos, logo menor corpo caloso)
• Funcionais:
30
Neuroimagem funcional através da tomografia de emissão de positrões – TEP (PET)
- Permite colocar em evidência a atividade metabólica do cérebro, e estudar as variações
regionais dessa atividade durante a execução de tarefas específicas.
( Quem faz um PET, tem que fazer uma RMf para depois se sobrepor as imagens das duas
térmicas.
A series of two PET scans. Uma scan foi feita quando os olhos do voluntário estavam abertos (à
esquerda) ou fechados (à direita). As áreas de alta atividade são indicadas por vermelhos e amarelos.
Por exemplo, observe o alto nível de atividade no córtex visual do lobo occipital quando os olhos do
sujeito estavam abertos. )
Questões metodológicas:
Tem que se ter sempre uma situação de
controlo e depois realizar-se a
subtração. Subtrai-se o grupo
experimental (específico) do grupo de
controle (geral/normal).
Existe variabilidade individual e, por isso,
realiza-se uma média das diferenças.
31
Principais LIMITAÇÕES do PET (TEP) na perspetiva do psicólogo:
● O uso de substâncias radioativas limita o nº de testagens do sujeito:
- Apenas uma vez e fazer apenas 12 tarefas.
● A resolução espacial é limitada (relativamente à RM)
● É preciso uma grande quantidade de repetições do mesmo estímulo, para melhor
identificar a área
● Os designs experimentais são em bloco:
- Estudar o cérebro normal: Não está dependente dos acidentes naturais para estudar a
cognição;
- Indica quais são as áreas cerebrais envolvidas numa função cognitiva;
- Permite estudar casos únicos.
32
• As bases cerebrais da leitura e a dislexia:
A compreensão dos mecanismos envolvidos na leitura têm sido fundamentais para
compreender e reabilitar a dislexia. A utilização dos métodos funcionais nos mecanismos de
reorganização neuronal e funcional.
- Por exemplo, com a FMRI é possível observar que, durante uma tarefa onde os
participantes observam fotografias com carga emocional negativa, a
circunvolução do cíngulo está ativa, no entanto não permite comprovar que é a
atividade no cíngulo que causa a reação emocional provocada pelas fotografias;
● Estudar o cérebro normal e, portanto, não está dependente dos acidentes naturais;
● Indica quais são as áreas necessárias e suficientes envolvidas em tarefas;
● Permite estudar casos únicos;
● Diagnóstico de patologias degenerativas;
● Estudo dos mecanismos de recuperação/reorganização após a lesão cerebral.
33
• Métodos funcionais que registam a atividade elétrica do cérebro – EEG e MEG
Como a atividade das células nervosas tem uma natureza eletroquímica é possível,
com instrumentos adequados e sensíveis, medir as mudanças na atividade eléctrica do
cérebro. ≠ PET e RM
Eletroencefalograma (EEG):
Técnica que recolhe os sinais elétricos emitidos pelos
neurónios. Medir as mudanças que ocorrem na
atividade elétrica do cérebro e a partir daqui formam
os potenciais evocados (PE).
VANTAGENS:
34
Magnetoencefalografia (MEG):
Técnica que recolhe campos magnéticos gerados pela atividade elétrica (tira a
vantagem do facto de as correntes elétricas dos neurónios gerarem pequenos campos
magnéticos). Superior ao EEG em termos de localização espacial da atividade.
( Permite ver o que acontece à atividade cerebral quando apresento um estímulo.
Recolhe campos magnéticos ocorridos durante a atividade neuronal. Paradigmas
semelhantes aos PE e resultados iguais ao EEG. )
Fases do desenvolvimento:
● Ovo + Esperma = zigoto.
35
Pode existir problemas na gestação quando não se desenvolvem hemisférios,
tronco cerebral, e isso é visível na ecografia.
36
2. Migração e proliferação celular:
Quando nascem as células têm logo um lugar/região específica para onde migrar.
Quando o neurónio começa a migrar para as zonas mais externas precisa das células
da Glia para essa migração, tendo estas um papel importante nesta etapa.
3. Diferenciação celular:
Cada célula vai ter características diferentes de acordo com a área que vai migrar e a função
que desempenha. Esta fase é exclusiva do desenvolvimento pré-natal.
4. Sinaptogénese:
( Começam a comunicar umas células com as outras, criando sinapses e
começando a formação de dendrites e axónios. É o córtex visual que numa fase inicial
desenvolve mais sinapses, apesar de depois do nascimento ser o córtex auditivo o mais
desenvolvido. )
A maior mudança que ocorre nas células cerebrais é a formação e o crescimento de
axónios, dendrites e sinapses - sinaptogénese.
37
5. Morte neuronal:
6. Rearranjo sináptico:
• Desenvolvimento pós-natal:
Há medida que os meses vão aumentando, a densidade também vai sendo maior.
38
➔ O desenvolvimento pré-natal caracteriza-se por processos de proliferação, migração
e diferenciação das células, de tal forma que vão dar origem a determinadas
estruturas cerebrais.
39
Genótipo - são as informações hereditárias do individuo contidas no genoma.
Fenótipo - são as características observáveis do indivíduo como, por exemplo, o
comportamento. Resulta da expressão dos genes do organismo, da influência de fatores
ambientais e da possível interação entre os dois.
Quanto maior a mutação, maior a doença.
Gene recessivo – É preciso dois alelos para se manifestar, se existir só um, a pessoa é apenas
portadora.
Gene dominante – Basta uma cópia/um alelo para a doença ou característica se
manifestar.
A abordagem genética do comportamento e perturbações de desenvolvimento de origem
genética:
Os genes influenciam o nosso desenvolvimento (características), mas também o nosso
desenvolvimento cognitivo e de personalidade. Isto é estudado até a idade adulta para ver
se o meio influencia o desenvolvimento. Os genes homozigóticos partilham 100% do seu
material genético, apresentando uma correlação mais alta – demonstrando que a genética
influencia, visto que se isto não acontece-se a correlação era mais baixa – do que em genes
heterozigóticos (50%).
40
• Perturbações do neurodesenvolvimento:
Ocorrem devido a defeitos no programa genético, trauma e produtos tóxicos
Síndroma alcoólico fetal:
Se a mãe beber excessivamente álcool, o seu filho
pode ter um mau desenvolvimento do corpo
caloso.
1. Perturbações relacionadas com um único gene - Perturbações que são causadas pela
mutação de um único gene ou par de genes (ex.: Fenilcetonúria – PKU, X Frágil).
Fenilcetonúria – PKU:
● Mutação do gene (PAH) localizado no cromossoma 12.
● O defeito é causado pela ausência de uma enzima necessária à metabolização da
fenilalanina (aminoácido presente na comida). A fenilalanina em excesso causa
lesões cerebrais.
● Os efeitos cognitivos desta perturbação são em regiões sensíveis às alterações nos
níveis de dopamina: córtex pré-frontal. ( O gene disfuncional só causa lesão cerebral
na presença de fenilalanina: Interação entre genes e o ambiente. O teste do pezinho
já deteta esta enzima. Esta enzima pode ser diminuída na ingestão de menos
alimentos que a contenham. )
Síndrome do X-Frágil:
● A síndrome do X frágil é a causa herdada mais comum de atraso mental. É
causada pela mutação do gene FMR1 localizado no cromossoma X (envolvido
na formação das dendrites dos neurónios).
● A incidência nos homens é superior.
● Caracteriza-se por perturbações mentais (de moderadas a graves) e por
características faciais anormais (face longa, orelhas largas, etc.).
● Anatomicamente, mostram um córtex mais pequeno, núcleo caudado, hipocampo
e ventrículos maiores.
41
Síndrome de Down:
Síndroma de Williams:
Autismo:
42
Dislexia de desenvolvimento:
Dislexia: perturbação que se manifesta por uma dificuldade em aprender a ler, apesar
da instrução convencional, inteligência adequada e, oportunidade sociocultural.
➔ Corpo caloso mais pequeno nas áreas que fazem a ligação entre os lobos
parietais e temporais.
Perturbações adquiridas:
a) O desenvolvimento foi normal até a um determinado período;
b) Existe uma lesão que afeta o Sistema Nervoso Central;
c) Perda de uma ou mais capacidades previamente adquiridas.
Perturbações de desenvolvimento:
a) Emergem durante o período de desenvolvimento;
b) Não existe uma lesão neurológica “evidente”;
c) Podem estar associadas a perturbações genéticas.
43
Efeitos da experiência no neurodesenvolvimento durante a infância:
Recebo informação do olho esquerdo e mais informação do olho direito levando
à ocorrência de estimulação dando-se várias sinapses.
Através da utilização desses métodos posso ver o aumento do volume cerebral, visto que o
aumento das dendrites não é possível de se verificar (não existe um teste que mede isso). O
desenvolvimento do volume ocorre nas zonas específicas que são ativadas na realização de
determinada experiência.
44