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LITERATURA ANGOLANA: REESCREVENDO O PASSADO E

ESCREVENDO O PRESENTE

Bianca Magalhães Wolff1


(CNPq/UESC)
Inara de Oliveira Rodrigues2

Este artigo tem por objetivo apresentar algumas questões relacionadas à Literatura de
Angola enquanto espaço de afirmação identitária, no contexto dos estudos pós-
coloniais. Nesse sentido, analisa-se o romance Parábola do Cágado Velho (2005) do
escritor angolano Pepetela. O romance trata da luta pela sobrevivência das pessoas que
enfrentaram sucessivas guerras, dentre estas o velho Ulume, cuja história gira em torno
da perda dos seus dois filhos que escolheram viver para guerra, e de um conflito
amoroso com Munakazi. Para o desenvolvimento da análise, adotou-se a metodologia
de pesquisa bibliográfica de cunho analítico descritivo, verificou-se que o corpus aqui
analisado mantém estreitas relações com o campo histórico, o que também problematiza
o conceito de identidade de um país que tem buscado sua afirmação cultural.

Palavras-chave: Literatura pós-colonial; Identidade; Pepetela; História.

[...] o que tem como suporte de divulgação instrumentos midiáticos acabam por se tornar universal,
ainda que a comunidade a que a obra se reporta (mesmo se essa comunidade já não é pensada como
receptor-alvo) não se identifique com o universo representado nem partilhe os sinais pretensamente
conformadores da sua imagem, seja por mediação simbólica, alegórica ou ideológica (MATA,2012,
p.127).

INTRODUÇÃO

Os Países Africanos muitas vezes são vistos de forma generalizada e simplista,


associados à miséria, analfabetismo e exotismo. No entanto, essa visão limitada é
resultado de acusações e julgamentos sustentados durante a colonização a que esses
países estiveram sujeitos. Essa desvalorização foi construída no processo perverso de
afirmação de uma identidade desfavorável aos povos colonizados por parte dos
colonizadores (MEMMI, 2007). Aliado a isso, algumas narrativas são produzidas em

1
Aluna de Graduação do Curso de Letras, bolsista de Iniciação Científica na modalidade Cnpq/ UESC no
projeto “Literaturas Africanas de Língua Portuguesa: Identidade, Resistência e Oralidade na Literatura de
Angola”.(wolffbianca@hotmail.com)
2
Orientadora. Prof.ª Dr.ª do Curso de Letras e do Mestrado em Letras Linguagens e Representações da
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). (inarabr@uol.com.br)
nome “do povo” ou da “nação” como se fosse possível discutir a história ou cultura de
um continente de forma homogênea (BHABHA, 1998, p.199).
Nesse sentido, o presente trabalho consiste em analisar um dos muitos textos
literários produzidos pelo escritor angolano Pepetela, escritor que muito representa a
produção cultural e intelectual de Angola. A escrita de Pepetela está inserida na escrita
pós-colonial que propõe “interrogar o discurso europeu e descentralizar as estratégias
discursivas” (LEITE, 2003, p.36). Segundo Bonnici (2009, p.267), a crítica pós-colonial
não apenas relê, culpa ou vitimiza esta ou aquela cultura, mas sim “abrange a cultura e a
literatura, ocupando-se de perscrutá-las durante e após a dominação imperial europeia,
de modo a desnudar seus efeitos sobre as literaturas contemporâneas”. Assim, o autor
recusa a ideia homogeneizada da África e propõe o que Bhabha denomina
“contranarrativa da nação”.
Na atual sociedade, descrita por Bauman (2005) como “líquida”, a construção
identitária não consiste em uma busca estável, e não há como alcançar uma essência
(BAUMAN, 2005). A construção identitária constitui-se de um processo inacabado e
instável cujo mundo globalizado causa um efeito pluralizante na identidade nacional e a
torna imprevisível (HALL, 2006). Portanto, é essencial “[...] o reconhecimento dos
direitos das várias culturas à existência autônoma, sem predominâncias ou assimilações
que destruam suas especificidades, e se postula uma convivência fraterna entre as
diferenças sociais, com respeito mútuo [...]” (BORDINI, 2006, p.13).
Nesse sentido, o trabalho propõe analisar o romance A Parábola do Cágado Velho
(2005) de Pepetela, a fim de perceber as marcas identitárias presentes nessa obra
literária, tendo em vista que os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, após a
independência, tomaram a literatura como um espaço para a mobilização de seus povos
e é possível reconhecer em Angola, país cuja formação foi recente, um movimento de
construção de sua identidade, mas, atravessado por desafios resultantes de anos de
guerra, dominação e do atual mundo globalizado.
O autor Artur Carlos Maurício Pestana, ou, como é conhecido e prefere ser
chamado, Pepetela é responsável por uma obra extensa, sendo reconhecido, em 1997,
com o Prêmio Camões. Além disso, já ocupou vários cargos políticos após a
independência de Angola, os quais o escritor deixou para se dedicar a docência, sendo,
mais tarde, também, membro da União de Escritores Angolanos.
Falo de lutas e guerras que nunca existiram, porque só a sua evocação pode fazer voltar a barbárie. Por
isso, este livro deve ser lido e esquecido logo que fechado. Para que não desperte os maus espíritos da
intolerância e da loucura. Os mais velhos sabem, não devemos relembrar aquilo que nunca aconteceu.
(PEPETELA, 2005)

LITERATURA ANGOLANA: REESCREVENDO O PASSADO E


ESCREVENDO O PRESENTE

O romance A Parábola do Cágado Velho nos chama a atenção pelo título.


Acontece que Ulume , todas as tardes, sobe o cume do morro e fica a espera da
passagem de um cágado mais velho que ele próprio, que sai de uma gruta para beber
água. Nesse momento é como se tudo parasse “Como se a vida ficasse em suspenso, só,
na luminosidade dum céu enxuto. Um instante apenas.” (p.9). Esse breve instante só é
visto por Ulume, pois os outros ficam distraídos de modo que o “cume do Mundo”
(p.10), como também é chamado o vale, permite que só Ulume observe o mundo.
Antes de começar a narrativa, é descrito o contexto que caracteriza as terras
onde os acontecimentos do romance ocorrem:

Os mais velhos do Kimbo contavam, ainda Ulume era pequeno. Nesta terra sempre passaram
guerras. Um soba grande queria anexar uma chana boa para a caça? Mandava tocar os ngomas,
tambores de guerra, reunia o exército de camponeses, ocupava o território. [...] Tempos depois,
o soba local cobiçava novos territórios. [...] lá ia o soba com seu exército ocupar a curva do rio
ou a colina de mel apetecida. [...] Sempre foi assim, desde os avós dos avós. Mais tarde vieram
os brancos. Exércitos de negros de outras regiões, comandados por brancos, vinham ocupar
terras e apanhar escravos em guerras de kuata-kuata. As aldeias ficavam quase desertas, só
velhos e crianças sobravam. (PEPETELA, 2005, p.12).

A história de Ulume, já casado com Muari e com dois filhos pequenos, ocorre
em meio a uma revolta, quando se pensava que as guerras haviam acabado, mas “[...]
estoirou mesmo a grande revolta. Em alguns sítios, das aldeias se levantou gente com as
armas possíveis e os brancos fugiram para a segurança de Calpe.” (p.14). A cidade de
Calpe era considerada a cidade dos sonhos “[...] todos os jovens queriam conhecer
Calpe, íman que os atraía mais que um dourado favo de mel.” (p.24). Os próprios filhos
de Ulume, Luzolo e Kanda, partiram sem muitas palavras apenas “entrou no carro,
adeus gente [...]” (p.24) e se foram. Alguns diziam que os dois eram soldados, mas
“adversários, talvez inimigos” (p.25).
A partir de então, começaram as invasões no kimbo 3 por grupos de soldados e,
numa dessas invasões, Ulume, escondido numa vala, foi surpreendido por uma granada

3
KIMBO: Aldeia (Kimbundu e outras)
que quase o matou, mas o que aconteceu foi que “A explosão fez toldar o azul do céu,
mas o rosto melancólico de Munakazi ficou pregado nele.” (p.34). Esse acontecido
significava alguma mensagem sobrenatural para Ulume que já desenvolvia um
sentimento por Munakazi, uma das mulheres do kimbo. Ao contar para sua esposa,
Muari, esta aceitou, acreditando que tratava-se do destino e que “[...] algum antepassado
falou através da granada. E Munakazi vai nos dar muitos filhos.” (p.37). Para Muari, o
casamento de Ulume e Munazazi, era algo predestinado e uma forma de compensar sua
esterilidade visto que não podia mais ter filhos.
Desde o início, Munakazi resistiu, pois amava Kanda, o filho de Ulume, além
disso, apesar de viver ali no kimbo, já havia deixado, há muito tempo, de partilhar das
tradições, “[...] ela era contra a poligamia e o alembamento 4, sintomas da escravidão da
mulher que se queria livre e igual ao homem.” (p.57). Os mais velhos estavam
conscientes de que “não iam escapar a profundas mudanças [...]” e “[...] em Calpe e nas
outras cidades foram aplicadas novas leis” (p.57), e estas estavam influenciando os
jovens do kimbo.
A resistência de Munakazi acabou e esta se casou com Ulume, apesar de ser
mais jovem. O cuidado que Ulume e Muari tinham com Munazaki foi aos poucos a
conquistando. No entanto, seu sonho de ir para Calpe não foi esquecido, e, depois de
viver dois anos com eles, Munakazi ficou contrariada com uma mudança para o Vale da
Paz, devido a uma invasão de soldados no antigo kimbo e aos riscos de continuar
vivendo ali expostos a um novo ataque inesperado. A mudança significava que iria ficar
mais distante de Calpe, a cidade para onde tanto queria ir “Ela e a irmã estavam sempre
a falar nisso, antes do casamento. E depois da irmã ter ido com os soldados, com certeza
ela se decidiu a procurá-la.”, assim fugiu (p.88).
O novo kimbo do Vale da Paz desfrutou certo período de sossego, mas não por
muito tempo, pois os soldados descobriram o caminho e viram que se tratava de um vale
fértil e com água abundante, porém mais uma vez os moradores perderam suas
plantações, animais, e cubatas. Os soldados exploraram a hospitalidade dos moradores
que os recebiam de bom grado por medo, e por causa de uma explosão de uma mina os
dois grupos de soldados acusaram um ao outro iniciando um conflito sangrento e
arrasando o Vale da Paz.
Assim, como o “Vale da Paz estava cheio de fumo, das explosões e dos
incêndios, e cheirava a pólvora e a queimado.” (p.101) os moradores foram obrigados a

4
ALEMBAMENTO: Pagamento feito aos pais da noiva (em língua Kimbundu)
fugirem para o “Lago da Última Esperança” (p.101). Mais tarde, Ulume soube que “[...]
houve negociação e os combatentes descobriram não haver razão para andarem aos tiros
[...] Cada exército voltou para sua base à noite [...]” (p.101). Depois do acontecido,
Ulume e Muari são surpreendidos com o filho Luzolo que, desmobilizado do exército,
diz que está decidido a morar ali no kimbo trazendo consigo sua esposa e dois filhos
para alegria de Muari que não acreditava que “[...] era possível o vale voltar a ouvir
risos de crianças, isso tinha acabado a muito, se é que houvera alguma vez.” (p.106).
Muari e Ulume também recebem, inesperadamente, um convite de seu outro
filho, Kanda, que pede que seu pai vá ao seu encontro no quartel. No encontro, Ulume
vê o seu filho fardado e armado e com o mesmo tom de orgulho, e então faz uma
pergunta ao filho sem exigir uma resposta: “_Tu sempre foste esperto. Por isso podes
me explicar. Quem ganhou com esta guerra? Tu talvez tenhas ganho, pelo menos parece
pelo aspecto. O teu irmão não tem nada. Quem ganhou eu não sei. Quem perdeu, isso eu
sei, fomos nós todos.” (p.113).
O casal é surpreendido, principalmente, com a aparição de Munakazi que é
confundida com um cazumbi, por ter ficado dias a espreita do kimbo, onde alguns
diziam ter visto vultos, agora, está envelhecida “[...] os seios ressequidos a fugirem do
quimono em frangalhos, as pernas ossudas a furarem os restos de saia sem cor.” (p.117).
O choque é tamanho que Ulume dispara a correr com “[...] um soluço atravessado na
garganta, e a dor sempre presente, mas escondida a explodir dentro de si.” (p.117)
Assim, vai até o Cágado Velho em busca de orientações:

Eu não devia ter dado importância à cena da granada, nunca devia querer uma outra mulher e
tão nova, esses costumes já não funcionam bem, como dizem os jovens, são costumes de outro
tempo. Também tenho culpa, porque persegui um sonho irreal. Quem o não fez? Quem pode,
pois culpar só o outro? Fui arrogante porque achava porque achava que para mim os espíritos
falavam e no caso da granada falaram da maneira que interpretei. Não podia ser interpretado de
outra maneira? As crenças que eu tinha parecem hoje tão ridículas na loucura deste mundo...
Ajuda-me, cágado velho, pois não sei o que fazer. (PEPETELA, 2005, p.124).

Podemos notar que Ulume já não tem tanta certeza quanto à legitimidade de
tradições de seu povo em meio às mudanças que se seguem e esta mudança e
instabilidade de valores tem a ver com o fato de que na atual sociedade as tradições,
conceitos, que eram considerados incontestáveis e únicas verdades não são mais vistos
como inegociáveis ou elementos que formam a essência da identidade. Como Bauman
discute “[...] a identidade perde as âncoras sociais que faziam parecer ‘natural’,
predeterminada e inegociável” (BAUMAN, 2005, p. 30).
Quanto a Muari, embora seja aconselhada a expulsar Munakazi por sua traição
não o faz, vai a uma cubata solitária onde passa a ouvir Munakazi:

[...] o sonho de conhecer Calpe, a cidade de sonho, mas que afinal não era nada, dizia ela
agora, sonho talvez fosse aquele vale, sonho talvez fosse viver sempre ali e longe do mundo,
onde só conhecera homens que quiseram aproveitar o corpo dela, a juventude dela, e lhe
fizeram dois filhos, um que morreu de doença e fome, e outro que perdeu num combate,
fugindo cada um para seu lado, filho até hoje órfão de pais vivos se vivo estiver, mas ela era
nova demais, não compreendia que nem sempre os sonhos correspondem à realidade que se vai
encontrar [...] (PEPETELA, 2005, p.118).

O romance A parábola do Cágado Velho (2005) possui um glosário em suas


últimas páginas o qual revela que Ulume, na língua Umbundu significa “O homem”;
Muari em Kimbundu e outras línguas significa “A primeira mulher” e Munakazi, na
língua Mbunda, significa “A Mulher”. Pode-se entender, assim, que os personagens
aqui descritos podem representar todo povo que vivenciou momentos como os narrados
no romance. Além disso, os nomes dos povoados são sugestivos “Vale da Paz” e “Vale
da Última Esperança”. Podem sugerir os vários momentos pelos quais essas pessoas
vivenciaram em meio às guerras que quando parecia terminar, voltava para destruir
novamente a aparente paz que começavam a sentir.
Segundo Mata (2012), a obra de Pepetela tem uma dimensão “extratextual”
(p.28), portanto:

A valorização do histórico - e no caso de pepeteliano, do histórico que é um passado bem


presente - pressupõe inevitavelmente uma nova forma de dizer, pressupõe outros recursos para
armar o dispositivo textual de modo a que signifique como forma do presente que ilumina as
dobras do passado. (MATA, 2012, p.31)

Desse modo, a narrativa, por meio da ficção, reflete uma maneira particular do
autor descrever os conflitos, decepções, lutas de um povo e de um país, que embora
tenha sido palco de lutas sangrentas, não perdeu as forças para se reerguer e lutar pela
vida e sempre manteve a esperança de construir uma nova história.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Literatura dos Países africanos de Língua Portuguesa, especificamente a


Literatura Angolana, embora sempre tenha existido, seu reconhecimento ainda é muito
recente, pois por muito tempo sua cultura e tudo o que provinha destes países, antes sido
colonizados pela Europa, foi desvalorizada e velada pela cultura europeia que impôs aos
demais povos sua cultura como legítima e uma condição inferiorizada às demais.
Essa construção resultante de anos de dominação durante o processo de
colonização resultou em uma construção de uma identidade cheia de mitos e
preconceitos das ex-colônias. Portanto, após sua independência percebe-se a tendência
de certos escritores em busca de sua autoafimação tendo como um dos suportes a
literatura. O texto aqui analisado, Parábola do Cágado Velho (2005) do escritor
angolano Pepetela é um exemplo desta literatura que volta-se para seu passado, suas
lutas, decepções e esperanças para tentar construir sua identidade, interrompida pela
dominação do período colonial e guerras sucessivas que marcaram o cenário de Angola
durante décadas.
Nesse sentido é que Angola tenta buscar sua afirmação identitária tendo em
vista que esta não se trata de uma construção com o propósito de encontrar uma
essência, mas sim buscar suas próprias referências e tornando conhecida sua cultura e o
quanto as demais podem aprender com estas levando em conta tanto o que há entre
comum e diferente sem comparações depreciativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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de Janeiro: Contraponto, 1997.

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BORDINI, Maria da Glória. Estudos culturais e estudos literários. Porto Alegre:


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