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oJO N delDLE

SNG EXPLIGADO
V Diplomas legais

VY Conteudo e movimentacao de todas as contas

VExplicacêes e comentarios sobre cada norma com


duvidas freguentes
V Exercicios resolvidos

VY Demonstracoes financeiras ilustrativas elaboradas


de acordo com o SNC

Y Principais diferencas entre o SNC e o POC

V Principais diferencas entre o SNC e as IAS/IFRS

` CODIGO DE CONTAS
DESTACAVEL

INCLUI
OFERTA DE UMA
Po rto VERSAO DEMO

Ed Editora | OE BesTko sege


SISTEMA DE
NORMALIZACAO
CONTABILISTICA
EXPLICADO
JOAO RODRIGUES

Y Diplomas legais

VY Conteudo e movimentac&o de todas as contas

VY Explicac6es e comentarios sobre cada norma com


duvidas freguentes

V Exercicios resolvidos

VY Demonstrac6es financeiras ilustrativas elaboradas


de acordo com o SNC
VY Principais diferencas entre o SNC e o POC
| VY Principais diferencas entre o SNC e as IAS/IFRS

E Porto
Editora
Joao Rodrigues nasceu a 23 de Setembro de 1954, em Espinho. Residiu
no Brasil de 1975 a 1986, onde obteve o bacharelato em Ciëncias Contabeis
pela Universidade Mackenzie de S&0 Paulo, tendo igualmente realizado o
Curso de especializacëo em Administracêo Financeira na Fundacêo Getulio
Vargas - Escola Superior de Administracêo de Empresas, em Sêo Paulo. Licen-
Ciou-se em Controle Financeiro pelo Instituto Superior de Contabilidade e Admi-
nistracêo do Porto e obteve o grau de Mestre em Contabilidade e Financas
Empresariais pela Universidade Aberta. Presentemente, é doutorando pela Uni-
versidade Aberta.
Iniciou a sua Carreira profissional em 1971 como contabilista, sendo auditor
desde 1973, sempre ligado a empresas internacionais de auditoria. É revisor
oficial de contas desde 3 de Abril de 1989, Controlador de Oualidade da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e Especialista em Normas Internacio-
nais de Contabilidade (AS). Participou no grupo gue efectuou o trabalho GAAP
Convergence. Possui larga experiëncia como docente universitêrio, sendo
igualmente formador da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e de inume-
ros cursos para profissionais relacionados com as Normas Internacionais de
Contabilidade e com o Sistema de Normalizacao Contabilistica.
Possui larga experiëncia na prestacêo de servicos a empresas de sectores
e porte diversificados, nomeadamente, certificacaêo legal das contas, auditoria
externa de acordo com padrêes internacionais, avaliacêes de empresas, inves-
tigacoes, avaliac&o dos sistemas do controlo interno, consultoria nas mais
variadas Areas de gestêo e actuacêo como perito judicial.

Apesar de todo o esforco e cuidado postos na sua elaboracëo, esta obra é sustceptivel
de conter possiveis falhas ou deficiëncias, pelo gue apslamos para a compreensio e
costumada benevolência do leitor, na certeza de gue nos empenhamos ao mêximo
para a diminuicëo desse risco. Neste sentido, os coordenadores e o editor aconse-
Iham os leitores a confrontar os textos dos diplomas legais publicados nesta obra
com as respectivas publicacées nas jornais oficiais.

d Porto
Editora MA2010
F Exert 40 grêfica Bloco Grafice, Lda. Uridade industrial
Rua vadaRestauragao,
daRestau i S65 s
da Mala. Sistema de Gestia Amblertal certtcado
098-025 Porto | Portugal pela APCER. com on" 20OS/AMB 268

wwwportoeditora rt DEP. LEGAL 289220/08. ISBNSTB-B72-0-EZ645-0


Abreviaturas

CEE - Comunidade Econémica Europeia


CMVM - Comissêo do Mercado de Valores Mobiliërios
CNC - Comissêo de Normalizacao Contabilistica

CSC - C6digo das Sociedades Comerciais

DC - Directriz Contabilistica
DGCI - Direccëo-Geral dos Impostos
ECC - Entidade conjuntamente controlada
EFE - Entidade com finalidades especiais
EFRAG -— "European Financial Reporting Advisory Group"
EUA - Estados Unidos da Amêrica
FASB - Financial Accounting Standards Board
IAS — Norma Internacional de Contabilidade
(“International Accounting Standard")
IASB —- “International Accounting Standards Board"

IASC - "International Accounting Standards Committee”

IFRIC - Interpretac6ées das Normas Internacionais de Relato Financeiro


(“International Financial Reporting interpretation Committee")
IFRS — Norma Internacional de Relato Financeiro
(“Internacional Financial Reporting Standard”)

IM — Interesses minoritêrios
IMT - Imposto Municipal sobre as Transaccées

IOSCO - Organizacao Internacional das Comissêes de Valores


(“International Organization of Securities Commissions")
IPC - indice de PreGos ao Consumidor
IRC — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
IRS — Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
IVA — Imposto sobre o Valor Acrescentado
NCRF - Norma Contabilistica e de Relato Financeiro
NCRF-PE — Norma Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas Entidades
PCGA - Principios de Contabilidade Geralmente Aceites
POC - Plano Oficial de Contabilidade
RAI —- Resultado antes de impostos

ROC - Revisor Oficial de Contas


SIC - Interpretac6es das Normas Internacionais de Contabilidade
(“Standings Interpretations Committee”)
SNC - Sistema de Normalizagêo Contabilistica
TOC - Têcnico Oficial de Contas

UE - Uniëo Europeia

US GAAP —- Principios de contabilidade geralmente aceites nos Estados Unidos da Améêrica


(“United States of America Generally Accepted Accounting Frinciples”)
INDICE

NOTE PRÊVIA. AGDY DS HAD GOBREMIES GR 9 NCRF 7-ACTIVOSFIKOSTANGIVEIS EE 156


NCRF 8—ACTIVOS NAO CORRENTES DETIDOS PARA VENDAE
ENOUADRAMENTO 11 UNIDADES OPERACIONAIS DESCONTINUADAS 163
ORIGEM E CARACTERIZAGAO DO SISTEMA DE NORMALIZACAO NOR. 9-LOCAGOES ek
BALKE OE oo 17 NCRF 10— CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
NCRF 11- PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
1.2 PARTE NCRF 12—IMPARIDADE DE ACTIVOS..... ee
NCRF 13 INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOSE
SISTEMA DE NORMALIZAGAO CONTABILISTICA INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS ee 199
1- DEGRETO-LEI N.” 1586/2009, DE 13 DE JULHO NCRF 14 — CONCENTRACOES DE ACTIVIDADESEMPRESARIAIS ie 208
(APROVA 0 SNC) — INCLUI A DECLARAGAO DE RECTIFICACAD NCRF 15—INVESTIMENTOS EM SUBSIDIARIAS E CONSOLIDACAO ie 215
N.” 67-B/2009, ne 11 DE SETEMBRO.........
ee ee 93 NCRF 16— EXPLORAGAO E AVALIAGAO DE RECURSOS MINERAIS 219
2- ANEXO AO DECRETO-LEI N.” 158/2009, DE 13 DE JULHO NCRF 17 — AGRICULTURA
— [NCLUI A DECLARAGAO DE RECTIFICACAO N.” 67-B/2009, NCRF 18 —INVENTARIOS
DE 11 DE SETEMBRO 1 NCRF 19- CONTRATOS DE CONSTRUCAO EE EE ie 231
NCRF 20—RÉDITO EE EER EE OT 236
3 -ESTRUTURA CONCEPTUAL
(Avis N.” 15 652/2009, DE 7 DE SETEMBRO).... N NCRF 21— PROVISOES, PASSINOS CONTINGENTES E ACTINOS
CONTINGENTES 240
4 - CODIGO DE CONTAS NCRF 22— CONTABILIZAGAO DOS SUBSIDIOS DO GOVERNOE
(PoRTARIA N.” 1011/2009, DE 9 DE SETEMBRO) 61 DIVULGACAO DE APOIOS DO GOVERNO.... EE 249
OUADRO-SINTESE DE CONTAS....
EE EE EE EE 63 NCRF 23— OS EFEITOS DE ALTERACOES EMTAXAS DE CAMBIO ......... 95@
n de do AE EE EeEE as ad) 64 NCRF 24— ACONTECIMENTOS APOS A DATA DO BALANCO
NOTAS DE ENOUADRAMENTO 71 NCRF 25 —IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
5 - MODELOS DE DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS NCRF 26 —MATERIAS AMBIENTAIS
(PORTARIA N.” 986/2009, DE 7 DE SETEMBRO)..... T
ANESO N. 1E BALANGO lee eie si eie ek Re ke ef 19
ANEXO N.” 2— DEMONSTRAGAO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS..... BO 8 — NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO PARA
ANEXO N.” 3—DEMONSTRAGAO DOS BESULTADOS POR FUNCOES...... 81 PEOUENAS ENTIDADES
ANEXO N.” 4 — DEMONSTRACAO DAS ALTERAGOES NO CAPITAL PROPRIO.. 82 (Avis n.” 15 654/2009, nE 7 DE SETEMBRO)......
EE DT
ANEXO N.” 5 —DEMONSTRACAO DE FLUKOS DE CAIXA 9- NORMAS INTERPRETATIVAS
ANEXO N.” 6 — ANEXO (MODELO GERAL) ....... (Aviso n.” 18 653/2009, DE 7 DE SETEMBRO)
ANEXO N.” 7- BALANCO (MODELO REDUZIDO) NI 1— CONSOLIDAGAO —ENTIDADES DE FINALIDADES ESPECIAIS.......... 34
ANEXO N.” 8— DEMONSTRAGAO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS NI2— USO DE TECNICAS DE VALOR PRESENTE PARA MENSURAR O
(MODELD REDE)... ee GE ENG 101 VALOR DE USO
ANEXO N. 9- DEMONSTRACAO DOS RESULTADOS POR FUNGOES 10 - REGULAMENTO (CE) N.* 1606/2002 DO PARLAMENTO
(MODELO REDUADO).. eie Ge ei 102 EUROPEU E DO CONSELHO, DE 19 DE JULHO,
ANEXO N.” 10 — ANEXO (MODELO REDUZIDO) RELATIVO A APLICACAO DAS NORMAS INTERNACIONAIS
6 - OBSERVAGCOES AOS MODELOS DE DEMONSTRACOES DE CONTABILIDADE 339
FINANCEIRAS E LIGACAO AS NCRF (PRosecro) 107 11 - REGULAMENTO (CE) N.” 254/2009 DA COMISSAO,
DE 25 DE MARCO
7- NORMAS CONTABILISTICAS E DE RELATO FINANCEIRO
(IFRIC 12 — AconDOs DE CONCESSAO DE SERVICGOS)............ MS
(Aviso N.” 15 655/2009, DE 7 DE SETEMBRO)......... 11
NCRF 1—ESTRUTURAE CONTEUDO DAS DEMONSTRAGOES 12 - DEGRETO-LEI N.” 159/2009, DE 13 DE JULHO
EINANGEIRAS SARIE 2 OAR BTAR ES AE DIE — InCLuI A DECLARAGAO DE RECTIFICAGAO N.” 67-A/2009,
NORF 2—DEMONSTRAGAO DE FLUXOSDE CADXA .... Oe 1 TOE BETERS GE EA HG GE er N ie Ee 353
NCRF 3-ADOPGAO PELA PRIMEIRA VEZDAS NCRF EE 13 - DECRETO-LEI N.” 160/2009, DE 13 DE JULHO
NCRF 4—POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAGOES NAS (APRovA o REGIME JuRipic0 oe ORGANIZACAO E FUNCIONAMENTO
ESTIMATIVAS CONTABILISTICASE ERROS..... ie
NCRF 5 —DIVULGAGOES DE PARTES RELACIONADAS ee 139 14 — ADAPTACAO DO SAF-T (PT) AD SNGC
NCRF 6 —AGTIVOS INTANGIVEIS 141 — Portaria n.” 1192/2009, de 8 de Oulubro am
2: PARTE 6.7—BENS RECEBIDOS POR DOAGAO ee EG
68-rea Ski EE ee
EXPLICAGOES/COMENTARIOS
CAPITULO 1- NATUREZA E MOVIMENTACAO DAS CONTAS ... 391
1 EINTRODUGAD Ee EES BODE EE DOE 392 6. " - Dis ENTREO ske EOPOC
1.2 — NATUREZAE MOVIMENTACAO DAS CONTASDOSNO ie 393 6.12 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS .
DECRETO REGULAMENTAR N.” 25/2009, DE 14 DE SETEMBRO 436 6.13 —DUMIDAS FREOUENTES
614 —EXERCICIOS
CAPITULO 2 - ESTRUTURA CONCEPTUAL DAS
DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS Ee 501
2 ENTRODUGAE. oie ne Geo GEE Ge 502 CAPITULO 7 - PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 569
22—OBJECTIVO DAS DEMONSTRAGGES FINANCEIRAS 502 7.1-INTRODUGAO .....
2.3— AS GARAGTERISTICAS OUALITATIVAS DAS 72— ANORMA DA CNC
DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS. ee 503 73— CLASSIFICAGAO DOS IMOVEIS DE UMA ENTIDADE .
2.4 -ELEMENTOS DAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS EE 505 74 —MENSURAGAO DAS PROPRBIEDADES DE INVESTIMENTO 571
2.5 — RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS DAS 75—TRANSFERENCIAS ee esse
ee 573
DEMONSTRACOES FINANCEIRAS 506 7.6 —DISPENDIOS SUBSEOUENTES EE EE EE 57a
2.6 -— MENSURACAO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAGOES HT BNULGAGOES.. eeste RE EL 574
FINANGEIRAS.. sesse ee Ri Ee eie eg ee dd 7.8- DIFERENGAS ENTRE OPOC EOSNC EE Eie 574
27-0 CONGEITO DE CAPITAL E DE MANUTENCAO DE CAPITAL 514 7.9 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS
CAPITULO 3- AS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS EXIGIDAS
Tin GAS REDES ee ee ee eN ee 575
PELO SNC TA BEROIOS.... sie se ie DE OD DE G 575
7.12 —TRATAMENTO
A NIVEL DO RO... ee ee 577
CAPITULO 8 — ACTIVOS INTANGIVEIS 581
33-——DEMONSTRACHO DOS FLUXOS DE CAPA ek 8.1-INTRODUGAO ......
34— DINULGAGOES DE PARTES RELACIONADAS 8B2-ANORMA DA CNC
8.3— CAPITALIZAGAO OU RECONHECIMENTO IMEDIATO COMO GASTO
CAPITULO 4 —- ADOPGAO PELA PRIMEIRA VEZ DAS NORMAS
DO PERIODO
CONTABILISTICAS E DE RELATO FINANCEIRO (NCRF)
41 —INTRODUCAO

86- AMORTIACRO MA AR AO EE
44 — EXCEPGOES A APLICAGAO RETROSPECTIVA DE OUTRAS NCRF
8.7 — CONTRATOS DE CONCESSAO GEKEN NESER GR Gede EE Ke Ad

45 — APRESENTAGAO E DIVULGACAO 88—DNULGAGOES..... ee ee ee


ee
4.6 — EXEMPLO DE RECONCILIAGAO ENTRE UM BALANGO DE ABERTURA 89 — DIFERENCAS ENTRE 0 SNCE 0 POC
POCE NCRF 8.10- EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS.
8.11 — DUVIDAS FREOUENTES
812— EXERCICIOS
Pr 5 — POLITICAS CONTABILISTICRS. ALTERAGOES
DE ESTIMATIVAS CONTABILISTICASEERROS 5A1
MIRODUEDe ee ei ee ee De 0 SA IA) 542
S2-ANDRMADAOND.. ee EE EE EG EE 542
SASDERINGOES EE 542
54 —POLITICAS CONTABILISTICAS. 542 93—ACTIVOS BIOLOGICOSE PRODUGAD AGRICOLA 598
55 — ALTERACOES DE ESTIMATIVAS CONTABLISTICAS.. 543 94 — RECONHECIMENTO E MENSURACAO ...... 598
d ARE SE AG oi ae eoeo Ge EE Ge N 599
3E ERROR eie EER ee Ee de AGRI oe 544
5.7 —DIFERENGAS ENTRE ALTERACAO DE ESTIMATIVASE ERROS 544 86 —SUBSIDIOSDOGUVERNA iese se ee ee 599
58 —RESUMO DO TRATAMENTO CONTABILISTICO ie DUGEGAGGES ee ie EE N es ee 599
BA—DMIGADDEE. n GR ER ER n 98 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ee 601
5.10—DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE OPOC. see ee ee 546 9.9 — DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ILUSTRATIVAS NUMA BASE SNC..... 601
5.11 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS .5A6 910 — TRATAMENTO A NIVEL DO IRC 602
s12- BEReOIOS DA EA N OE Me Gore ad Am and 546 CAPITULO 10 — PARTICIPAGOES FINANCEIRAS E
CAPITULO 6 — ACTIVOS FIXOS TANGIVEIS . CONSOLIDACAO DE CONTAS ...
61—INTRODUGAD. OE SR EES AS
EE

64 - MENSURAGAO DO ACTVOBRUTO ie BEE ERAS VE KERE RANK GER By EE AS GEE Ka RR Gee di Ke GE Ras ee be GE Ee dk es
6.5 — CAPITALIZACAO DE ENCARGOS FINANCEIROS 10.5 — CONSOLIDACAO DE CONTAS
6.6 —TRABALHOS PARA A PROPRIA EMPRESA 10.6 —TRATAMENTO A NIVEL DO IRC
CAPITULO 11- ACTIVOS NAO CORRENTES DETIDOS PARA 158—REGONHEGIMENTO sesse geestes ES De ea 683
VENDA E UNIDADES OPERACIONAIS DESCONTINUADAS ...... 647 15.6 -INCLUSAO DOS CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS NO CUSTO
id —MRODDERD.. aa BE RS SU EE ale 648 DOE BES. EES EDE GE SPOEL ED BA vas BBd
112—ANORMA DA CNC 648 1S7—DIVULGAGOESSE AS LEDE ML B8S
113— CLASSIFICACGAO DE ACTIVOS NO CORRENTES (OU GRUPOS PARA 15.8—DIFERENCAS ENTRE O SNCE O POL... 685
ALIENAGAO) COMO DETIDOS PARA VENDA. Es ME 15.9— EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS 685
11.4 — MENSURACAO DE ACTIVOS NAO CORRENTES (OU GRUPOS
CAPITULO 16 — PROVISOES,PASSIVOS CONTINGENTESE
PARA ALIENAGAO) CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA VENDA... 649
AGTIVOS CONTINGENTES......... ee ee DS EE EE, G87
11.5— APRESENTAGAO E DIVULGAGAO .. EE AR Gag
Et NIRODUEND esse sg die iss AD AO AMARDE A 688
11.6—EXTENSAO DO PERIODO REOUERIDO PARA COMPLETAR AVENDA. Re 652
162—ANORMA DA GEE EE SERE EE DEP 688
11.7— DEMONSTRACOES FINANCEIRAS ILUSTRATIVAS NUMA BASE NCRF .. 652
16.3 — CRITÊRIOS PARA A CONSTITUIGAO (RECONHECIMENTO)
11.8—EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOESFINANCEIRAS 653
DEPROVIBRES 2 ke Ee OD SE IE OS DE Sea 688
11.9—TRATAMENTO A NIVEL DO IRC God 16.4— PROVISAO PARA REESTRUTURAGAO 689
GAPITULO 12 — INVENTARIOS 657 16.5— CONTRATOS ONEROSOS 689
121-INTRODUCAO . 68 , 690
iA2—ANORMA DAME ES ee oi se ee GE 658 6 7-GANHOS CONTINGENTES EE EE EE EE 691
123— MENSURACAO DOS INVENTARIOS EER 658 16.8— MENSURAGAO DAS PREMIER OES EE SEN EN 691
124—CUSTODOSINVENTARIOS 668 169—PERDAS OPERACIONAIS FUTURAS Ee 692
12.5 —VALOR REALIZAVEL LIOUIDO ... 660 16 SUSBOEPROVERES dd Se ee ee ie ed 692
AE GEDOUEGSGOES eeste ee se ee 660 MT BNUER DER tisie ee ie dee 692
12.7—EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS 661 16.12 —DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE O EE N 698
126—DOVIDAS PREGUENTES......... Ee ER SE EE 661 16.13— EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANGEIRAS.. 693
TES —BERDIENGS..... POEM BO GR OPEN G EA 661 16 14—OUMDAS FREOUENTES.... sessie oe eise ie 693
12.10 —TRATAMENTO A NIVEL DOC... ee 662 IERE GEE oe Bak GEE Ee 693
CAPITULO 18—LOCAGOES ee ee eed 665 16.16 —TRATAMENTO A NIVEL DOC... ee 696
131—INTRODUCAO va 666 CAPITULO 17 — MATÊRIAS AMBIENTANS ee 697
132—ANORMADACNC va 666 di INTRODUGED oo DS SE AD ED ie 698
133 BEEINNGEER He ia ee ee AG de AE YE 666 17.2—ANORMADA CNC. 698
13.4 — DIFERENGA ENTRE LOCAGOES FINANCEIRAS E LOCAGOES 7a — OEPINGOES ene ee ED N ED SS DEE OE EG 699
OPERALIONRIS erae ona see ae ee Ee 667 HASAEGONHEGIMENTO MED BOAS AG AA OG OE SODET 699
13.5— CONTABILIZAGAO DAS LOCACOES FINANCEIRAS .. 669 17.5— MENSURAGAO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS EG 700
136 — CONTABILIZAGAO DAS LOCAGOES OPERACIONAIS 670 ES PIOGAGOES... sissies eens OE 701
13.7 — RESUMO DA CONTABILIZAGAO DAS LOCACOES FINANGEIRASE 17.7 —DIFERENGASENTRE O SNC EO POC.. 702
OPERACIONAIS POR PARTE DO LOCATARIO E DO LOCADOR 670 17.8 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS 702
138 — TRANSACGOES DE VENDA E LEASEBACK (SALF AND LEASEBACR) ..... GT1
CAPITULO 18 - BENEFICIOS DOS EMPREGADOS 703
139—-SITUAGOES ESPEOIFICAS 671
1 —INTRODUOAG... oes ie ee NE 704
1410 —BIVULGAGOES. SEE EA EN GGODE N ARE GEE OE 672
1A.2—A NORMA DA ONG.....oessiostisseedsnses
se AE OE EG 704
13.11 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOESFINANCEIRAS 673
1E EERDIOIDS GM UR He EE Gie Se ES 673 183—BENEFICIOS DOS EMPREGADOS 704
18.4 — BENEFICIOS A CURTO PRAZO is TOA
13:18 — TRATAMENTOA NIVEL DOIRC ee ee 676 18.5 — BENEFICIOS POS-EMPREGO das
CAPITULO 14 — EXPLORAGAO E AVALIAGAO DE RECURSOS 186 — OUTROS BENEFICIOS A LONGOPRAZO EE Ee mm
MINERAIS no Er ee Hi MP ERA Ha 677 187 —BENEFICIOS DE CESSACAO DE EMPREGD EE 712
HM1— INTRODUGRO N AE MS PAND DROL SE AGE DE DA 678 18.8 —BENEFICIOS DE REMUNERACAO EM CAPITAL PROPRIO 712
142—ANORMADACNC.. 678 189-DVUIGAGGER. GE SEG GSU 713
143—DEFINICOES ..... 6/8 1810 —DIFERENGASENTRE 0 SNC EO POC EE EE 718
144 —RECONHECIMENTO . 678 18.11—EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ie 713
145 —MENSURAOR os. Gee Ge ek ie 679 18.12 — EXEMPLO DE CONTABILIZAGAO DE UM PLANO DE BENEFICIOS
146 —APRESENTADAO oe EG RE ER DR EED EE ED 679 DERINDGE Ge ee EE EE ie 713
147 —IMPARIDADE .... 1818—TRATAMENTOA NEL DOIPE EE ie 74
CAPITULO 19 -INSTRUMENTOS FINANCEIROS 719
1941 -INTRODUCAO sesse
Ge IN AO RIA
172—ANORMA DO SNC..
Vat NIODUGD ee eds ER ies ea 682 193 —DEFINICOES
Ee AR HORA DAG ee DE Dee EO 682 194 — RECONHECIMENTO Hy
153—AGTIVOS OUE SE OUALIFICAM ee 682 195 — MENSURAGAD.. ee APA SN RIA PAARIG N DRER TEG
146 —IMPARIDADE. oase dei ie ee ee ee BE DAD EG,
197— DESRECONHECIMENTO seek ke eke es Rees 23 10— DIFERENGAS ENTRE O SNCE 0 POC
198 — GOBERTURA Vit EeGN Rees 23.11 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS
199—DIVULGAGOES ees 23.12 —DUVIDAS FREOUENTES
19.10 —DIFERENGAS ENTRE 0 POCE 0 SNC 93.13 —EXERCICIOS
1911—EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS eis 734
1912 —TRATAMENTO A NIVEL DOC... ee PM EO AA 734 CAPITULO 24 - OS EFEITOS DE ALTERACOES EM TAXAS
CAPITULO 20— RÉDITO 739 DE CAMBIO VERRE EER R EER ER ER RAN EER EER RR EER EER EER EER EE RE EER EE EER ER ER ER RE EER #ER RE 789
201 —INTRODUGAO ss ser ed MITE DE GOM 740 790
202—ANORMADACNC ... 740 24:2 —A NDRMA DA OND. rise ER EKS ER GE Se GR Ek Ke ES 790
HS BOUEED REDAOOS. eeste Os ee 740 24.3 — TRANSACGOES REALIZADAS EM MOEDA DIFERENTE DO EURO 791
204 —RECONHECIMENTO DO RÉDITO EE 740 24.4 — USO DE UMA MOEDA DE APRESENTAGAO DIFERENTE
20:5 —MENSURAGAO DO RÊDITO see EE 742 DA MOEDA FUNCIONAL 791
206 — EXEMPLOS ILUSTRATIVOS INCLUIDOS COMO APÉNDICE DA TAS 18... 743 245 —DIVULGACOES ee 792
TE BINULBAGBES es es eN SR Ee ee AE EG OE AA 745 24.6 —DIFERENCAS ENTRE 0 SNCE O POC 192
208 -DIFERENCAS ENTREO SNCE OPOC EE EG 745 24.7 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS 792
20.9 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS .. 746 24 8—TRATAMENTO A NIVEL DO RD... eesek Rede 792
2 IOSEERGIGIOS es GESE eN D ee AR DE AR Ie 746
2011 —TRATAMENTO A NIVEL DO IRC 753 CAPITULO 25 - IMPOSTOS SOBRE 0 RENDIMENTO 193
95 —INTRODUGRO Ee GEE OE AS MAS EO HE 794
CAPITULO 21 - CONTRATOS DE CONSTRUCAO 25.2 — ANORMA DA CNC 794
21YSINTRODUGAD GEMENG RS OE SMEER ERA Ee 258 —DERINIGDES.. SASSA GANS ERROR SA DIKG DA era 794
212—TIPOS E CARACTERISTICAS DOS CONTRATOS DE CONSTRUCAO 195
254— 0 MÉTODO DOEFEITO FISOAL ee
21.3 — ASPECTOS CONTABILISTICOS DOS CONTRATOS DE CONSTRUCAO .... 757 255 — RECONHECIMENTO DE ACTINOS POR IMPOSTOS
21.4 —- COMBINACAOE SEGMENTAGAO DE CONTRATOS ee 757 DIFERIDOSE DE PASSIVOS POR IMPOSTOSDIFERIDOS.. 796
1 5 REDITD BO CONTRATO EE ese 757
SE MENSURAGAD ae GE N Ge GR EE N ee 797
21.6—CUSTOSA INCLUIR NOS CONTRATOS 758
25.7 — CONTABILIZAGAO DE IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS 797
21.7 — RECONHECIMENTO DOS RESULTADOS EE ee 761 25.8 — APRESENTACAO 797
21.8 — RECONHECIMENTO DAS PERDAS ESPERADAS 763
OMIEOE ee ie eie eed voe 798
214 DIVOLGAGOES. esse ere se Ge Ee ee 763
25,10 —DIFERENGAS ENTRE DO SNC EO POC use ee ee 798
21.10 —-DIFERENGAS ENTRE O SNCE OPOC 763
25.11 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ee 799
21.11 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS 764
25.12 —DUVIDAS FREOUENTES 199
21.12—DUVIDAS FREOUENTES
25.13 — EXERCICIOS 199
21.13 — EXERCICIO
CAPITULO 26 —- ACONTECIMENTOS APOS A DATA DO
RAND DI Me RA RO ee EA ee 805
26.1—INTRODUCAO .... 806
2622 ANDRMADA ENE. es EE Ge Re ie or EE 806
26.3— DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE D POC. ese ses sasepseegssege
he eene ee seRe 808
26.4 —EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOESFINANDEIRAS ee 808
22.5 —APRESENTAGAO DE SUBSIDIOS..... 26.5 —- EXEMPLO DE DIVULGAGAO DE ACONTECIMENTOS SUBSEOUENTES .... BOB
22.6 - REEMBOLSO DOS SUBSIDIOS .....e ek T1A CAPITULO 27 - PEOUENAS ENTIDADES EG 809
O1DNULBAGOES... sae APA GEREEN, Ts
22.8—-EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS 715 CAPITULO 28 — APRECIACAO CRITICA DAS NCRF ie
22.9 —DUVIDAS FREOUENTES CAPITULO 29 — PRINCIPAIS DIFERENCAS ENTRE 0 SNC
2210 —EXERCICIOS GEK A RR NEER RR RARR ARE OER NEA RA RU ER BAR AE ESE KERR KERE RR ER SE ase 821
CAPITULO 30 — PRINCIPAIS DIFERENCAS ENTRE 0 SNCE
CAPITULO 23 — IMPARIDADE DE ACTIVOS ABIASAFRS. vo au eh DEE DENDE ED DE 829
1 BOOM oorsee AS Re EE
232—ANORMA DA CNC ANEXO —- DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ILUSTRATIVAS
ELABORADAS DE ACORDO COM 0 SNC
BALANGD GEONSDLIDADOIE EE De REDS DA ES ML OOG
DEMONSTRACAO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
DEMONSTRACAO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR FUNGOES ...... ii
23.7 —RECONHECIMENTO E MENSURAGAO DE UMA PERDA POR
MERAIDADE ie ae re N de sesse ME SEG EA DEMONSTRACAO CONSOLIDADA DAS ALTERAGOES NO CAPITAL PROPRIO..
782
23.8 —REVERSOES DE PERDAS POR IMPARIDADE Ee 764 DEMONSTRAGAO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIA... ese
239—DIVULGAGOES 785 NOTAS AS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
SNC EXPLICADO Nota prévia

NOTA PRÉÊVIA
A adopcêo das Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro (NCRF) em Portugal constitui um marco funda-
mental na contabilidade do nosso pais, interessando aos diferentes utentes das demonstracêes financeiras, par
diversas razoes:
— aos gestores, due duerem saber se os resultados e o balanco das suas empresas/projectos serêo afectados;
— aos contabilistas, gue enfrentar&o um grande desafio, uma vez gue a sua formacao académica & praêtica nêo
teve por base a globalidade das Normas Intermnacionais de Contabilidade (base das NCRF);
—aos auditores e revisores oficiais de contas, gue necessitam tambéêm de uma actualizacêo, de forma a esta-
rem preparados para examinarem as demonstrac6es financeiras elaboradas numa base NCRF;
—aos analistas financeiros, due terao de entender as principais mudancas, de forma a interpretarem adeagua-
damente as demonstrac6es financeiras;
-ês autoridades fiscais, aue passam a aceitar as NCRF como base para a tributacêo das empresas indivi-
duais, acabando com a nefasta influência —- no nosso pais - da fiscalidade na contabilidade;
—& Comissao de Normalizac&o Contabilistica, gue terê de estar atenta aos desenvolvimentos em curso no ASB;
— etc.

O ensino da Contabilidade terê também de ser significativamente alterado: os professores necessitarao actua-
liZar os seus conhecimentos, os programas terao de ser alterados e os estudantes terao de enfrentar esta fase
de transicao.
Esta obra tem por objectivo ajudar os profissionais envolvidos na implementacao e aplicacêo corrente das
NCRF, bem como na sua analise e interpretacëo, abrangendo assim um league alargado de interessados: têcni-
cos oficiais de contas, gestores, analistas financeiros, consultores fiscais, auditores e revisores oficiais de con-
tas, professores, estudantes, etc. Por isso, trata-se de uma obra essencialmente prêtica, nao devendo ser consi-
derada uma obra gue trata da teoria da contabilidade.

O lancamento desta primeira edicao guase em simultêneo com a publicac&o do Decreto-Lei gue institui o novo
Sistema de Normalizac&o Contabilistica (SNC) constitui um grande desafio. Por isso, as criticas e sugestes serêo
bem-vindas. Esperamos continuar este trabalho através de actualizacées periëdicas, como conseauëncia guer dos
desenvolvimentos esperados das NCRF, auer de melhorias a introduzir.

Esta obra est4 estruturada da seguinte forma:


Apresentam-se inicialmente as razêes para a harmonizacêo contabilistica e o papel do IASB e da UE nesse
processo. De seguida, procede-se & andlise da origem e caracterizacao do SNC.

Na primeira parte estêo incluidos os diplomas legais e na segunda parte os comentêrios/explicacées sobre o
normativo SNC. No capitulo 1, apresenta-se o conteudo e movimentaG4o das contas do SNC e, no capitulo 2,a
estrutura conceptual das demonstracêes financeiras. Nesse documento sêo apresentados os objectivos, as
caracteristicas gualitativas, os elementos das demonstrac6es financeiras, os critérios de reconhecimento e de
mensuracao desses elementos e os conceitos de capital e de manutencao de capital. A estrutura conceptual
assegura a consisténcia e a l6gica de formulacêo das normas - dai a sua enorme imporiência. O capitulo 3
trata das demonstracêes financeiras exigidas pelo SNC.

Os capitulos 4 a 26 tratam das NCRF. Ouando aplicavel, o mesmo capitulo trataré das vêrias normas ligadas
ao mesmo tema. Ê o caso do capitulo 10 - Participacêes financeiras e consolidac&o de contas, o gual abrange
as seguintes NCRF:
—NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas;
—NCRF 14 —- Concentracêes de Actividades Empresariais;
—NGRF 15 - Investimentos em Subsididrias e Consolidacêo.

Gada capitulo foi estruturado da seguinte forma:


— Introducëo;
— Norma da CNGCG;
T
Nata prévia SNG EXPLICADO

— Desenvolvimento dos principais aspectos:


es reconhecimento;
e mensuracao;
e apresentacêo;
s divulgac6es;

— Diferencas entre o SNC e o POC;


— Efeitos do SNC nas demonstracêes financeiras:
— Duvidas freguentes;

— Exercicios (guando considerado importante para a compreensêo):


— Tratamento a nivel do IRC.

O capitulo 27 trata da opcêo, permitida a peguenas entidades gue cumpram determinados reguisitos, relativa-
mente a apresentacêo de demonstrac6es financeiras e & aplicac&o de uma norma simplificada, a NCRF-PE.
No capitulo 28 apresenta-se uma apreciacêo critica as NCRF, incluindo-se as OpGêes presentemente permitidas.

No capitulo 29 resumem-se as principais diferencas entre o SNC e o POC.

Finalmente, no capitulo 30 identificam-se as principais diferengas entre o SNC e as IAS/IFRS, o gue é de parti-
Cular importência para as entidades gue possam optar entre a aplicacao do SNC ou das IAS/IFRS.
No Anexo apresenta-se um modelo de demonstrac6es financeiras elaboradas de acordo com o SNC.
AS sugestoes, comentêrios, duvidas e criticas gue, certamente, muito me ajudar&o a melhorar este trabalho
poder&o ser enviadas para: jo.rodrigues@gmail.com

Joëo Rodrigues
Setembro de 2009

10
Enguadramento
SNC EXPLICADO
Enguadramento

1-— As razfes para a harmonizacao contabilistica


No seu inicio, a contabilidade era feita ao gosto de cada um. Com a revolucêo industrial e a expansêo eco-
némica mundial, com o conseguente surgimento de grupos de empresas, bem como das sociedades de capi-
tais e do recurso ao crédito, a contabilidade passou a assumir papel de relevo para accionistas, credores, finan-
ciadores, etc. Houve, assim, necessidade de se estabelecer um conjunto de regras: os principios de
contabilidade geralmente aceites (PCGA).
Acontece due, e talvez também por forca da influência da fiscalidade, cada pais tinha os seus PCGA.
A ideia de usar a contabilidade para tributacëo fiscal remonta a 1874, na cidade de Bremen, no reino da
Saxénia, ea 1891, na Prussia. A razêo para isso era a conveniëncia de se preparar somente um balanGo para os
mercados de capitais e para as autoridades fiscais. Naauela altura, adoptava-se a contabilidade na base de
caixa para fins fiscais e na base do acréscimo para fins comerciais. No século XX, a tributacêo dos lucros das
sociedades tornou-se geralmente aceite e originou um largo numero de regras especificas sobre a contabili-
dade orientada para a tributacao fiscal em cada pais.

Na actualidade, podemos distinguir dois grupos distintos:


— os paises do chamado direito romano, onde as empresas se financiam maioritariamente através de recur-
sos externos, nos guais as leis sêo pormenorizadas e onde a fiscalidade exerce ou exercia uma forte
influência sobre a contabilidade (por exemplo: Franca, Alemanha, Portugal, Japêo e outros);
— os palses do denominado direito comum, nos aguais os recursos préprios desempenham um papel muito
importante no financiamento das empresas e onde as isencêes fiscais sêo obtidas independentemente do
sistema de contabilidade aplicado, por isso, a influência da fiscalidade na contabilidade é minima, ema-
nando esta da profissêo (sêo exemplos os Estados Unidos da América e o Reino Unido).

Sendo as autoridades fiscais apenas um dos utilizadores da informacëo financeira, e havendo a cultura em
Portugal de se elaborar contas para a Administracëo Fiscal, os demais utentes da informaéo financeira eram
prejudicados pelo facto de os seus interesses nao serem levados em conta na elaboraGëo das demonstracoes
financeiras. A este facto nê&o era alheia a peduena dimensêo do nosso mercado de capitais, bem como das nos-
sas empresas, essencialmente de peguena e média dimensêo, o ague nêo tem proporcionado um desenvolvi-
mento adeguado da contabilidade entre nos.
Infelizmente, uma parcela consider&vel dos nossos contabilistas e gestores, em particular das peguenas e
médias empresas, incorporaram essa influência, pelo aue a nossa contabilidade era, em larga medida, efec-
tuada em funcêo de critérios fiscais. Por outro lado, o ensino, muito voltado para a escrituracêo (book-keeping),
esaguece a verdadeira contabilidade (accounting).
Sendo inegêveis os importantes contributos da fiscalidade para a contabilidade, a excessiva ligacêo entre
a contabilidade e a fiscalidade tem sido um factor gue tem limitado o desenvolvimento da contabilidade em
Portugal, uma vez gue os principios contabilisticos naêo têm seguido critérios de gestêo, mas sim critêrios fis-
cals.
A nivel internacional, sêio sobejamente conhecidas as diferencas existentes guanto aos principios contabilisti-
COS e ao relato financeiro. Efectivamente, existem grandes divergências, por exemplo, entre a realidade portu-
guesa, alema ou norte-americana. Ê famoso o caso de uma multinacional gue, pretendendo cotar-se em vêrias
pracas europeias, Ie viu ser exigida pelo regulador de cada pais a aplicacéo de diferentes referenciais contabi-
listicos. Essa multinacional terê apresentado agueixa ao lOSCO, aue, por sua vez, terê obtido do IASC garantias
de se promover rapidamente a harmonizacêo contabilistica a nivel mundial. O IASC avancou entêo com um pro-
grama acelerado de revisêo das normas intermacionais de contabilidade (IASC acceleration program), aue con-
sistiu na revisao integral das normas intermacionais de contabilidade até entêao emitidas, como forma de promo-
ver a Sua aceitacao geral, incluindo os EUA.
Ora, com a economia globalizada, nao é aceitêvel a existência de diferentes contabilidades com diferentes
resultados, consoante o pais onde estamos. Para além disso, a contabilidade permite ainda vêrias alternativas
gue originam significativas diferencas nos resultados e na situacêo financeira das empresas.
Nas pressêes para a harmonizacao da contabilidade incluem-se o desejo de se eliminarem as diversas alter-
nativas possiveis a nivel da aplicacêo dos principios contabilisticos e a necessidade de aproximar os sistemas
de informaGao internos e externos. Essas pressêes indicam aue o gue estê em jogo é a credibilidade da conta-
bilidade como tal.

12
SNC EXPLIGADO Enguadramento

No ague respeita & sua utilizac&o para a tomada de decisao, a contabilidade apresenta diversas limitac6es:
ela reflecte o passado e este jé nêo nos interessa - o aue gueremos determinar como utentes das contas sêo
os fluxos de caixa futuros da empresa. No entanto, a contabilidade continua a dar #nfase ao relato e divulga-
cao de situac6es passadas, ou seja, informaGao histêrico-financeira. Na verdade, o utente das demonstracoes
financeiras gostaria de receber tambéêm informacêo prospectiva e informacao nao financeira (por exemplo,
nimero de clientes ganhos e perdidos no uitimo ano, êxito na inovacëo, reclamacoes de clientes, capital inte-
lectual, etc.). O Anexo (a nivel das demonstracêes financeiras) e o Relatêrio de Gestêo (a nivel dos demais
documentos de prestac&o de contas) desempenham um papel vital no desenvolvimento gualitativo da informa-
cêo financeira, devendo esses documentos passar a fornecer informacêo relevante para o utente dos docu-
mentos de prestacêo de contas (informacêo nao financeira, informacao financeira prospectiva e informacao
financeira historica relevante). O utente das contas estê preocupado em determinar como a empresa ir& com-
portar-se no futuro. A informacao financeira a apresentar doravante nêo poderê deixar de contemplar estes
aspectos.
A adopcao do método do custo histérico constitui outra importante limitacao da contabilidade, uma vez gue
coloca dificuldades na interpretacëo da informac&o. Imaginemos gue estamos a comparar as demonstrac6es
financeiras de duas cimenteiras constituidas no mesmo ano e com eauipamentos similares, tendo uma delas
optado pela mensuracao dos seus activos pelo custo histérico, enguanto a outra optou pelo modelo do justo
valor. O valor dos activos e, conseguentemente, dos capitais prêprios nêo é comparêvel, o mesmo sucedendo
COM os resultados do periodo, uma vez gue uma delas calcula as suas depreciac6es com base no custo histo-
rico, enguanto a outra as calcula com base nos valores reavaliados. A unica peca contabilistica aue, neste caso,
nos dé informacao comparêvel é a demonstracêo dos fluxos de caixa. H& um aspecto essencial para a andlise
de investimentos em gue o método tradicional falha: as tendências dos resultados a custos histêricos podem ser
enganadoras guanto ao desenvolvimento futuro de uma empresa, porgue, & medida ague os precos sobem,
cada transaccao representa um contributo proporcionalmente maior para o lucro, em termos de custo histêrico,
sem ague o seu impacte econémico se tenha realmente alterado.
Outra limitacao da contabilidade prende-se com os instrumentos financeiros. Trata-se de uma &rea de ele-
vada complexidade técnica e os contabilistas néo estar&o preparados para dar resposta adeguada & capaci-
dade inovadora dos agentes financeiros gue, em cada dia, surgem com diferentes variantes de instrumentos
financeiros.
A contabilidade tem, efectivamente, vêrias limitaces. Para além das jê assinaladas, e também como conse-
guência delas, a contabilidade nêo reflecte o valor das empresas, embora constitya um ponto de partida para
se poder determinar esse valor, nê&o trata o custo do capital investido pelos accionistas, nem reflecte adeaguada-
mente o valor do capital intelectual da empresa. Por exemplo, cerca de 90% do valor de capitalizacêo de mer-
cado da Microsoft refere-se a intangiveis. Por outro lado, se uma entidade perde um empregado altamente gua-
lificado, a contabilidade irê reflectir no imediato uma reducao nos gastos, mas a empresa perderê uma
importante fonte de valor.

Para alêm das limitac6es anteriormente referidas, a contabilidade pode ser afectada pela denominada “con-
tabilidade criativa", gue consiste na manipulacê&o de provisêes, depreciac6es, amortizacées, capitalizacêo de
gastos, alteracao de critérios de reconhecimento de resultados, etc. As motivacêes aue levam as mas praticas
contabilisticas sêo multiplas:
—o ambiente empresarial é hoje muito exigente: uma unidade de neg6cios gue apresente prejuizo poderê
Ser encerrada ou o seu director-geral pode ser despedido;

— uma empresa gue necessite de apoio da banca ter tendência a melhorar os seus resultados negativos, ou
até convertê-los em resultados positivos;

— OS gestores têm por vezes recompensas financeiras ligadas ao desempenho da empresa a curlo prazo
(stock options, bénus, promocdes, ete.)

— uma empresa lucrativa terê por objectivo reduzir a sua carga fiscal;
—uma empresa envolvida em projectos de investimento subsidiados, operando em ambientes fortemente
regulados, ou com financiamentos sujeitos & observência de determinados critêrios, tera tendência para
evidenciar nas suas contas o cumprimento desses critérios; etc.

13
Enguadramenta SNC EXPLICADOO

Os interesses dos gestores, em particular durante os ciclos econémicos menos bons, tém originado um
incremento assinalêvel da chamada “contabilidade criativa": guando as coisas correm bem, normalmente, pro-
Cura-se reduzir a carga fiscal, criando-se provisêes desnecessêrias (provisêo para garantias em contratos plu-
rianuais, provisêes fiscais para créditos de cobranca duvidosa, etc.) e adoptando-se uma atitude geral de maior
prudéncia (depreciacées pelos valores mêximos aceites fiscalmente, despesas de investigacao e desenvolvi-
mento levadas directamente a gastos do exercicio, nao se reconhecem trabalhos para a prêpria empresa, nêo
se diferem dispêndios, etc.). Ouando a situacêo financeira e os resultados nêo sêo os melhores, normalmente, a
empresa precisa recorrer ao crédito bancêrio e, entêo, os gestores procuram “dourar a pilula': neste caso, as
prêticas seguidas serao as opostas as descritas anteriormente. A chamada “contabilidade criativa” enfrenta, no
entanto, uma sêria limitacao: nao consegue alterar os fluxos de caixa da empresa. Por isso, a analise cuidada da
Demonstracao dos Fluxos de Caixa assume, neste contexto, uma importência acrescida. Nao serê por acaso
gue os analistas financeiros encaram a contabilidade com algum desprezo, privilegiando a previsao de fluxos
futuros de tesouraria.
Nao serd de mais realcar gue as mas praticas contabilisticas sêo também fruto da falta de integridade e valo-
res éticos e morais dos gestores. As exigências da economia global, caracteristicas dos nossos dias, nêo fazem
prever uma diminuicao dessas praticas. Somente um cédigo de #tica e conduta das organizacoes e uma moni-
torizacêo permanente, associados ao desenvolvimento de uma adeguada cultura organizacional, poderao mini-
mizar a ocorrência destas situacëes. Depois, e nêo menos importante, temos o problema cultural: se os gestores
sentirem aue actuam num pais onde vigora a impunidade, ou as conseguências dos seus actos serêo irrisorias,
sentir-se-a0o mais & vontade para agirem como Ihes aprouver. Os contabilistas e auditores té#m responsabilida-
des importantes, devendo estar em condicêes de provar due naêo actuaram com negligência e, muito menos,
ague nêo foram coniventes com os gestores. Terao também de desenvolver o seu cepticismo profissional e de
avaliar as transacc6es face & sua substência econémica, em detrimento da sua forma.

2-0 International Accounting Standards Board


O IASB foi constituido em 29 de Junho de 1973, entêo com a designacao de International Accounting Stan-
dards Committee (IASC), como conseauência do acordo entre os 6rgaos reguladores da contabilidade na Aus-
trêlia, Canadê, Franca, Alemanha, Japêo, México, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos da América. A sua
origem remonta a 1966, na seguëncia de um acordo entre o Canada, Reino Unido e Estados Unidos da Améêrica
para constituir um grupo de estudo, com o objectivo de efectuar andlises comparativas das tendências da con-
tabilidade nos três paises, o due implicou a criacêo, em 1967, do Accountants International Study Group (AISG),
Organizacêo gue antecedeu o IASC.

Os objectivos do |ASC, conforme a sua constituicêo, sao:


a) formular e publicar, tendo em conta o interesse publico, normas de contabilidade para serem observadas
na apresentacëo de demonstracêes financeiras e promover a sua aceitacao e observancia a nivel mun-
dial: e

b) trabalhar para a melhoria e harmonizacdo da regulacêo contabilistica, normas de contabilidade e procedi-


mentos relativos & apresentacao das demonstracêes financeiras.

As normas emitidas pelo IASC denominavam-se International Accounting Standards (IAS). Em Portugal, os
IAS eram comummente referidos como NIC (abreviatura de Normas Intermnacionais de Contabilidade).
Em 1997, foi formado o Standing Interpretations Committee (SIC), com o objectivo de emitir interpretacëes
das normas. Essas interpretac6es eram denominadas SIC.
Em 2001, na seauëncia de profundas alterac6es, o IASC deu lugar ao International Accounting Standards
Board (IASB) e as normas a serem emitidas passaram a denominar-se International Financial Reporting Stan-
dards (IFRS). A alteracêo de |AS para IFRS envolve uma mudanca de fundo: enaguanto a denominacêo IAS
abrange apenas a Contabilidade, a denominaGêo IFRS passa a abranger o Relato Financeiro. Esta alteracëo nêo
oCorreu por acaso: pretende-se enfatizar a importência do relato financeiro e nêo meramente o tratamento de
aspectos contabilisticos. De notar gue as IAS emitidas (a ultima foi a AS 41) nao passam a denominar-se IFRS,
permanecendo em vigor até gue venham a ser revogadas. As novas normas é gue sao denominadas IFRS. Por
exemplo, as IAS 1e lAS 2 coexistem, presentemente, com as IFRS 1 e IFRS 2, tratando assuntos completamente
diferentes.

14
SNC EXPLICADO Enguadramento

Em Dezembro de 2001, ocorreu também a alteragao da denominacëo do Standing Interpretations Committee


para International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC). As SIC emitidas permanecem em vigor,
sendo as novas Interpretacêes denominadas IFRIC. O IFRIC foi mandatado para:
a) interpretar a aplicacêo das IFRS e proporcionar orientacao, em tempo oportuno, sobre assuntos de relato
financeiro nao tratados directamente por gualauer IFRS, no contexto da estrutura conceptual do IASB, e
desenvolver outras tarefas a pedido do Board,

D) publicar minutas das InterpretaG6es para apreciacêo publica e levar em conta os comentêrios efectuados
num periodo razoëvel de tempo antes da finalizacêo da Interpretacëo; e

Cc) reportar ao Board e obter a sua aprovacaêo para emissêo das Interpretacêes na sua forma final.

Em resumo, o actual normativo IASB compreende normas e interpretacêes com diferentes nomes, consoante
tenham sido emitidas antes ou apds 2001, conforme abaixo:
Até 2001 Ap6s 2001
Normas IAS IFRS
Interpretac6es SIG IFRIC

As IAS/IFRS foram desenvolvidas tendo em conta as necessidades dos investidores em mercados de capi-
tais e, por isso, foram desenvolvidos para grandes empresas.
No entanto, o IASB emitiu j& uma norma aplicêvel &s SME - small and medium entities (entidades de
peguena e média dimens&o) - com o objectivo de estender a aplicacêo das IAS/IFRS a entidades de menor
dimensêo. A nivel europeu, essa norma devera afectar cerca de cinco milhêes de empresas, enguanto a actual
obrigatoriedade de elaboracêo de contas consolidadas pelos grupos cotados abrange cerca de 7000 empresas
europeias.

3- A Unido Europeia
O Conselho das Comunidades Europeias emitiu em 25 de Julho de 1978 a Directiva 7A/66O/CEE (4.* Direc-
tiva) relativa &s contas anuais de certas formas de sociedades. O seu objectivo é a coordenacao das disposi-
G6es nacionais dos vêrios Estados-membros respeitantes & estrutura e conteudo das contas anuais e do relato-
rio de gestao, aos critêrios de valorimetria, assim como ao exame e divulgacao desses documentos.
Pretendeu-se no sê contribuir para a proteccëo dos interesses dos associados e de terceiros, como tambêm
assegurar a comparabilidade e eguivalência da informacao financeira divulgada.
Posteriormente, a CEE emitiu, em 13 de Julho de 1983, a Directiva BA/349/CEE (7. Directiva), a gual trata da
divulgacao de informaGao sobre a preparacao de contas consolidadas.
Relativamente a bancos e outras instituicêes financeiras, a CEE emitiu, em 8 de Dezembro, a Directiva
B6/635/CEE, a aual aborda guestoes especificas dessas entidades.
A adesao de Portugal as Comunidades Europeias —- actualmente Uniëo Europeia - a partir de 1 de Janeiro de
1986 implicou alteracëes profundas na nossa legislacêo societêria, na contabilidade e na fiscalidade, uma vez
ague Portugal estava obrigado a incluir no seu normativo as disposic6es das Directivas Comunitêrias.
Na contabilidade, Portugal teve de adaptar o seu Plano Oficial de Contabilidade criado pelo Decreto-Lei
n.” 47/77, de 7 de Fevereiro & 4.” Directiva, o gue aconteceu com o Decreto-Lei n.” 410/89, de 21 de Novembro,
tendo-se aproveitado essa oportunidade para se introduzir melhorias gue a experiëncia e a evolucao técnica, a
nivel nacional e internacional, mostraram aconselhaveis, tal como se refere no preêmbulo do citado Decreto-Lel.
Mais tarde, com o Decreto-Lei n.” 238/91, de 2 de Julho, foi transposta a 7.” Directiva gue trata das contas
consolidadas.
Apesar de ter emitido as 4. e 7. Directivas, a Uniëo Europeia era um player sem intervencao activa na con-
tabilidade. Acresce ague a 4. Directiva era muita genérica e cada Estado-membro a aplicava & sua maneira,
pelo gue a pretendida comparabilidade estava em causa. Além disso, essas Directivas nao tratavam de assun-
tos complexos da contabilidade e evidenciavam um desfasamento face as necessidades das entidades, auer
em termos contabilisticos, guer de relato financeiro. O avanco da globalizacêo tornava imperiosa a harmoniza-
G&O contabilistica. Vêrias empresas e politicos efectuaram press&o junto da UE para aue esta assumisse um
papel activo na desejada harmonizagêo contabilistica.

15
Ennuadramenta SNC EXPLICADO

Em Novembro de 1995 a Comissêo Europeia apresentou o documento "Harmonizac&o Contabilistica — uma


nova estratégia relativamente & harmonizacêo internacional”.
A UE estudou a possibilidade de criar um organismo préprio para definir as regras contabilisticas mas aban-
donou essa hipotese, tendo decidido ague iria adoptar como suas as normas contabilisticas de organismos espe-
Cializados e de reconhecida gualidade. Para o efeito, a UE estudou as normas emitidas pelo IASB e pelo FASB
(US GAAP), tendo decidido aue as normas emitidas pelo ASB estavam mais préximas dos objectivos e necessi-
dades dos Estados-membros. Essas normas passariam por um filtrto da UE, de forma gue esteja assegurada a
Coerência com a politica econéêmica da UE. Para o efeito, foi criado, em Junho de 2001 o EFRAG - “European
Financial Reporting Advisory Group". O EFRAG é um 6rgao de cariz técnico, cuja principal missao consiste em
assessorar a Comissêo na apreciacao das Normas Intermnacionais de Contabilidade, através de um envolvimento
activo nos trabalhos desenvolvidos pelo |IASB. As normas emitidas pelo IASB nao sao automaticamente aceites
pela UE, devendo passar por um mecanismo de endosso através da intervencêo do Comité de Regulamentacao
Contabilistica, o gual analisa as normas do IASB, podendo surgir algumas diferencas nas normas aceites pela
UE. Por isso, devemos ter o cuidado de verificar se determinada norma ou interpretacêo do ASB estê endos-
sada ou nêo pela Uniëo Europelia e se apresenta diferencas face & Norma ou Interpretacêo emitida pelo IASB.
As normas aceites pela UE sêo publicadas no JOCE de Regulamento emitido pela Comissê0.
Em 27 de Setembro de 2001 foi publicada a Directiva 2001/65/CE gue altera a 4.* Directiva, a 7. Directiva e
a Directiva B6/635/CEE relativamente as regras de valorimetria aplicêveis as contas anuais e consolidadas, aco-
Ihendo-se o conceito de justo valor.
Na seguência da decisêo politica em Lisboa em Marco de 2000, a UE emitiu o Regulamento (CE) n. 1606/2002,
de 19 de Julho de 2002, obrigando os grupos de empresas cotados a apresentar as suas demonstracëes financeiras
de acordo com as IAS/IFRS, a partir de 1 de Janeiro de 2005, deixando aos Estados-membros a decisêo de permitir a
adopcëo das |IAS/IFRS noutros casos.

Em Portugal, o Decreto-Lei n.” 35/2005, de 17 de Fevereiro, veio permitir a adopcêo das |AS/IFRS nos
seguintes casos:
- na elaboracêo das contas consolidadas dos grupos nêo cotados; e
— na elaboracêo das contas individuais das entidades incluidas na consolidac&o dos grupos (cotados e nêo
Cotados).

No entanto, o artigo 14.” do referido Decreto-Lei estipulava aue, para efeitos fiscais, as entidades eram obri-
gadas a manter a sua contabilidade organizada de acordo com a normalizac&o contabilistica nacional (POC,),
originando assim uma incompreensivel duplicac&o, pelo aue a generalidade das entidades Optou por manter a
contabilidade numa base POC.

16
Origem e Garacterizacao do
Sistema de Normalizacio
Gontabilistica (SNG)

SNCE-D2
Origem e Caracterizatao do Sistema de Narmalizagdo Contabilistica (SNC) SNC EXPLICADO

1- Origem do SNG
Consciente da necessidade de alinhamento do normativo contabilistico portugués com as normas internacio-
nais de contabilidade, de forma a aue Portugal esteja em sintonia com as Directivas Contabilisticas e com os
Regulamentos da UE/UEM, a CNC apresentou ao Governo em 15 de Janeiro de 2003 um documento intitulado
“Projecto de Linhas de Orientacaêo para um Novo Modelo de Normalizacao Contabilistica". Nesse documento, a
CNC aponta vêrias raz6es para o desejado alinhamento do referencial contabilistico portuguës com as normas
internacionais de contabilidade, sendo de destacar as seguintes:

i) Profundas alteracêes na conjuntura econémica e financeira dos ultimos anos, devido a:


— concentracao de actividades empresariais a nivel nacional, europeu e mundial;
— desenvolvimento de grandes espagos econémicos - Uniëo Europeia, Nafta, Mercosul, Sudeste Asiëtico;
— regionalizacao e globalizac&o dos mercados financeiros;
— liberalizagao do comércio e globalizacêo da economia;
— aparecimento de uma “nova economia" baseada nos enormes avancos dos sistemas de tratamento de
informagëo e de telecomunicacêes.

ii) Continuo crescimento do movimento de internacionalizagêo das empresas sob formas diversas como,
por exemplo, a criacao de subsididrias, fus6es, aauisicoes, empreendimentos conjuntos e aliancas
estratêgicas.

2 - Gararterizatio do SNC
Na segu@ncia da proposta da Comissêo de Normalizacêo Contabilistica acima referida, o Governo decidiu
aprovar o novo Sistema de Normalizacêo Contabilistica (SNC), o gual tem por base as Normas Internacionais de
Contabilidade, é compativel com as Directivas Comunitêrias e melhora significativamente o relato financeiro em
Portugal, sem deixar de atender as especificidades das entidades de menor dimensao, as guais poderao seguir
um normativo mais simples (NCRF-PE).

O SNC é um sistema contabilistico com base em principios e na&o tanto em regras explicitas, tendo por objec-
tivos:

— aumentar a relevência da informaGëo financeira, estando assente num conceito de full disclosure, isto é,
divulgacêes alargadas, o ague proporciona informagao mais transparente, com os conseaguentes beneficios
para a entidade decorrentes de uma atitude de maior confianca dos utentes das contas (por exemplo,
reducao do spread, maior propensêo para investir, etc.);

— aumentar a comparabilidade da informacao financeira.

Conforme se referiu anteriormente, na génese do SNC estê a necessidade de alinhamento da contabilidade


portuguesa com as normas internacionais de contabilidade, o aue, entre outros, irêa proporcionar os seguintes
beneficios:

—a contabilidade passarê a ser mais util, uma vez gue estar& mais alinhada com critérios de gestêo;

— @xistirê um maior afastamento relativamente & fiscalidade, a gual deixa de determinar as regras contabilisticas;
—a contabilidade serê indutora da internacionalizacêo, eliminando barreiras na compreensêo e interpretacao
de demonstragées financeiras preparadas de acordo com critërios contabilisticos desajustados e favore-
cendo a comparabilidade.

A mudanca do POC para o SNC implica uma verdadeira revoluc&o na contabilidade em Portugal: passaremos
de um modelo com ênfase juridica para um modelo gue assenta numa abordagem econémica. Os critérios de
reconhecimento, mensuracao, apresentac&o e divulgacê&o ser&o significativamente diferentes. O recurso a juizos
de valor serê muito alargado, o gue poder& originar abusos e controvêrsias, implicando uma responsabilidade
acrescida dos TOC e ROC. Esta é uma oportunidade para a contabilidade dar um salto gualitativo, afastando-se
da influëncia da fiscalidade.

18
SNC EXPLICADO Origem e Caracterizacao da Sistema de Normalizacda Contabilistica (SNC)

O SNC compreende:
— modelos de demonstracêes financeiras;
— c6digos de contas;
— notas de enguadramento;
— Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro (NCRF);
— Normas Interpretativas (NI):
— Norma Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas Entidades (NCRF-PE).

O SNC aplica-se a entidades com um segundo nivel de exigência, tendo por base o normativo IAS/IFRS emi-
tido pelo IASB e aprovado pela UF, o aual foi adaptado pela CNC tendo em conta diversos factores, Como o
Ambito, complexidade e relevência das normas para o universo de empresas deste segundo nivel. As alteracêes
face ao normativo lAS/IFRS sao as seguintes:

j) - Normas lAS/IFRS aue nêo foram transpostas para NCRF

— AS 26 - Contabilizacao e Relato dos Planos de Beneficios de Reforma:

—IAS 29 - Relato Financeiro em Economias Hiperinflacion&rias;


—IAS 33 - Resultados por Accêo;
— IFRS 2- Pagamentos com Base em Accêes;
— IFRS 4 — Contratos de Seguros;
— IFRS 8 - Segmentos Operacionais.

De salientar gue, no normativo IAS/IFRS as normas |AS 33 e IFRS 8 sêo apenas de aplicacao obrigatêria por
entidades com titulos cotados e a norma IFRS 4 é aplicêvel a seguradoras, as guais nê&o estêao abrangidas pelo
SNC.

i) - Normas parcialmente acolhidas

—IAS 19 - Beneficios dos Empregados

— AS 32 - Instrumentos Financeiros: Divulgacao e Apresentacêo:

—l1AS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurac&o;


— IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgacêes.

iii) - Norma SNC sem correspondência em normas IAS/IFRS


— NCRF 26 - Matérias ambientais.

Neste caso, a CNC adoptou a Recomendacêo da CE de 30 de Janeiro de 2001 aue preconiza a existência
de uma norma especifica sobre matérias ambientais, tendo em conta a relevência do tema. De notar aue, ape-
Sar de naêo existir uma norma especifica no normativo |AS/IFRS, vêrias normas tratam dos assuntos contidos na
NCRF 26, nomeadamente as normas:
—- AS 36 - Imparidade de Activos;
—IAS 37 - Provis6es, Passivos Contingentes e Activos Contingentes;
—IAS 38 - Activos Intangiveis.

19
tica (SNC)
Origem e Caracterlzagtio do Sistema de Normalizac4o Contabilis
SNC EXPLICADO

Correspondéncia entre as NCRF e as IAS/IFRS


Segue-s ea correspondência entre as NCRF e as normas |AS/IFRS aue Ines serviram de base.

N.” da NCRF Designacao da NCRF IAS/IFRS base


Fstrutura e Contedido das Demonstracfes Financeiras IAS1
Demonstracao de Fluxos de Caixa AS7
OUha

Adopcdo pela primeira vez das NCRF IFRS1


Politicas Contabilisticas, Alteracées nas Estimativas Contabilisticas e Erros IAS8
Divulgacêes de Partes Relacionadas IAS 24
N

Activos Intangiveis IAS a8


OD

Activos Fixos Tangiveis IAS 16


Activos Nao Gorrentes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas IFRS5
CO

Locacdes IAS 17
ELNISGOBTYDBARRORILISD

Custos de Empréstimos Obtidos IAS 23


mk

Propriedades de Investimento IAS 40


mk

Imparidade de Activos IAS 36


mk

Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas IAS 31e


AS 28
mk

Concentracdes de Actividades Empresariais IFRS


mk

Investimentos em Subsidiërias e Consolidacao IAS 27


mk

Exploraca0 e Avaliacdo de Recursos Minerais IFRS6


mk

Agricultura IAS d1
mk

Inventêrios IAS2
mk

Gontratos de Construcdo IAS 11


mk

Rédito IAS 18
N

Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes IAS a7


PA

Gontabilizacio dos Subsidios do Governo e Divulgacio de Apoios do Governo IAS 20


MM

Os Efeitos de Alteracêes em Taxas de Cimbio IAS 21


MM

Acontecimentos Ap6s a Data do Balanco IAS 10


PA

Impostos Sobre o Rendimento AS 12


II

Matérias Ambientais WA
Pa
GAS

Instrumentos Financeiros IAS 32, IAS 39 e IFRS 7


PA

Beneficios dos Empregados IAS 19


DI

Aplicacao supletiva
Sempre gue o SNC seja omisso, deve recorrer-se pela ordem indicada:
—- as Normas Internacionais de Contabilidade adoptadas ao abrigo do Regulamento n.” 1606/2002;
- as |AS/IFRS emitidas pelo IASB e respectivas Interpretacëes.

Regime contra-ordenacional
De realcar gue o SNC institui - pela primeira vez em Portugal - um sistema punitivo. Os ilicitos previstos
incluem as seguintes situagoes:
—- sempre due as demonstracêes financeiras individuais ou consolidadas sejam distorcidas em resultado da
nao aplicaca&o de gualguer das disposic6es constantes das NCRF;
— guando a entidade efectue a supressêo de lacunas de modo diverso do previsto no SNC, distorcendo com
essa prêtica as demonstracêes financeiras individuais ou consolidadas:
— guando nêo se apresentar gualguer das demonstrag6es financeiras obrigatêria;
A coima a pagar varia entre 500 € e 15 000 €, sendo reduzida a metade em caso de negligência.
Compete & CNC o controlo da aplicac&o do normativo.

20
SNC EXPLICADO Origem e Caracterizacig do Sistema de Normalizac&n Contablilfstica (SNC)

3-0 novo referencial contabilistico português


O novo referencial contabilistico portuguêës passa a contemplar trés niveis, de aplicacêo obrigatêria ou facul-
tativa, consoante os casos, conforme abaixo indicado.

1.” nivel - IAS/IFRS tal como adoptadas na Unido Europeia


Aplicacao obrigatêria:
As contas consolidadas dos grupos de sociedades cujos valores mobiliêrios sejam admitidos & negociaGëo
em mercado regulamentado sêo obrigatoriamente apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de
Gontabilidade desde 1 de Janeiro de 2005, segundo o Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, o mesmo sucedendo com as entidades cotadas due nêo sejam grupos
de sociedades.

Aplicacéo facultativa:
1-É facultativa a adopcêo das Normas Internacionais de Contabilidade nas contas individuais da
empresa-mae de grupos cotados e das suas subsidiërias.
2—Os grupos due nêo possuam valores mobiliërios admitidos & negociacëo num mercado regulamentado
podem optar por elaborar as suas contas consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de
Contabilidade.
3-É facultativa a adopcao das Normas Intemacionais de Contabilidade nas contas individuais da empresa-
-mae e das empresas incluidas na consolidacëo de grupo due, facultativamente, elabore as suas contas
CoNsolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade.

2.” nivel - SNC (empresas dos sectores nio financeiros)


Aplicacao obrigatêria
É obrigatêria a adopcêo do SNC nas entidades gue nao facam parte de grupos econémicos, desde aue
ultrapassem dois dos três limites seguintes: total dos rendimentos de 1 000 000 €, total do activo de 500 000 €
e numero de trabalhadores empregados em média durante o exercicio: 20, ou, nêo ultrapassando, se estiverem
sujeitas a certificacêo legal das contas.

Aplicacao facultativa
Relativamente aos grupos cotados, é facultativa a aplicacëo do SNC nas contas individuais da empresa-mêe
e das subsididrias.
É facultativa a aplicacêo do SNC nas contas consolidadas de grupos n&o cotados, nas contas individuais da
empresa-mêe de grupos nêo cotados e nas contas individuais das entidades incluidas na consolidacêo de gru-
pos nao cotados, ficando as suas demonstracêes financeiras sujeitas a certificacaêo legal das contas.
É também permitida a aplicac&o do SNC as entidades gue nao facam parte de grupos econémicos e due nao
ultapassem dois dos três limites seguintes: total dos rendimentos de 1 000 000 €, total do activo de 500 000 €, e
NUmero de trabalhadores empregados em média durante o exercicio: 20, e nao estejam sujeitas a certificagëo legal
das contas,

3.” nivel - NCRF-PE (empresas dos sectores nio financeiros)


Aplicacêo facultativa
É facultativa a aplicacao das NCRF-PE as entidades aue nao facam parte de grupos econéêmicos, nao ultra-
passem dois dos três limites seguintes: total dos rendimentos de 1 000 000 €, total do activo de 500 000 € e
NUmero de trabalhadores empregados em média durante o exercicio: 20, e nao estejam sujeitas a certificacao
legal das contas.
Os valores de referência acima indicados ser&o os valores extraidos das contas do exercicio anterior, ou das
previsêes, em caso de constituicao de entidades.

21
Origem e Caracterizaciio do Sistema de Normalizagëio Contabilistica (SNC) SNC EXPLICADO

Resumindo:

Contas Aplicacao obrigatêria


consolidadas das IAS/IFRS

' Grupes ||
EE RE | EE

| Contas
| individuais da IAS/IFRS |
empresa-mie e — 0pC40 entre —
das suas SNC
subsididrias

' Sociedades Aplicacio obrigatêria


individuais ree das IAS/IFRS
cotadas

Contas
consolidadas 'IAS/IFRS |

hê RES sa Opca0 entre


ER ie | Contas j
EE ee | individuais da SNC
empresa-mae e
` suas subsididrias

Aplicacio obrigatêria
EI L Sn | do SNC
` Sociedades | Sujeitasa |
| individuais - certificago legal
` nao cotadas das contas Excedem 2 dos 3 limites abaixo:
ae] Total do balanco: 500 000 €
| Total dos rendimentos: 1 000 000 €
Nimero médio de trabalhadores durante o exercicio: 20

| Aplicagao obrigatêria
Sim das NCRF
I EE
OP gegee re r

' NGRF |
ak OPGA0
Ndo entre
-NCRE-PE | |

Oo n.” 8 do artigo 4. do Decreto-Lei n.” 1586/2009, aplicêvel a entidades cotadas (corrigido pela Declaracao
de Rectificacao n.” 67-B/2009, de 11 de Setembro), refere gue:
as ees CUjas conlas sejam consolidadas de acordo com o disposto no n.” 1 podem elaborar as
res-
peelivas contas individuais em conformidade com as normas internacionais de contabilidade...
o Ë s :
O n.” 4 do mesmo artigo aplicavel a entidades nao cotadas refere o seguinte:
as enlidades
g as obrigadas a aplicar o SNC, mas gue estejam incluidas no Ambito da consolidacêo de entidades
abrangid ' pelo n. 2 Pod
$ em optar por elaborar as respeclivas contas indi
viduais em conformidade com as
normas intermnacionais de Conl
abilidade... alviefie k

Emborara existam
exis j
diferentes : t relatvamente ao aue
interpretacëes se pretende dizer no n.” 3 do artigo 4.*,
parece poder coneluir-se
Eden
aue poder&o oplar ene gue
o SNC as& subsidiërias
as He. dos o r
Gruposupos cotados 3 abrangidas pelo referido
estêo ido nnumero, pelo

22
SNC EXPLICADO Origem e Caracterizagëo do Sistema de Normalizaciio Contabilistica (SNC)

@uando existe opcêo entre a adopcêo do SNC ou das IAS/IFRS gue normativo se deve escolher?
No capitulo 30 apresentam-se as diferencas entre o SNC e as IAS/IFRS, o aue permitira as entidades aue
podem exercer esta opcao uma andlise das vantagens e inconvenientes de cada um dos normativos. Existindo,
& partida, diferencas entre as IAS/IFRS e o SNC e havendo a possibilidade de essas diferencas se alargarem ao
longo do tempo, as empresas due possuem subsidiërias no estrangeiro poderêo ter um gasto acrescido de pro-
duc&o de informac&o caso optem pelo SNC. Por outro lado, a estratégia futura (aliancas, vendas de empresas
ou de parte do capital, etc.) deve também ser tida em conta na escolha do normativo a seguir.

4- A normalizatio contabilistica em Portugal

4.1 - Introducao
A normalizagêo contabilistica em Portugal estê dividida por cinco entidades:
1-Banco de Portugal - regula as instituicées financeiras;
2 — Instituto de Seguros de Portugal - regula as empresas seguradoras;
3 — Comissêo de Normalizaga&o Contabilistica - regula as empresas comerciais e industriais e outras entidades;
4 — Comissao de Normalizac&o Contabilistica da Administracêo Publica - regula as entidades do sector
publico administrativo.
5 — Comissêo do Mercado de Valores Mobiliërios - pode estabelecer normas contabilisticas especificas para
as entidades com valores negociados em bolsa, embora esteja sujeita a audicêo prévia das demais enti-
dades normalizadoras.
Estas cinco entidades nê&o têm actuado de modo concertado, de forma a promover a melhoria da contabili-
dade e do relato financeliro.
A existência de um unico regulador para a contabilidade em Portugal poderia ser um caminho a seguir. Esse
regulador deveria ser designado pelo Ministério das Financas e deveria incluir representantes do Banco de Por-
tugal, do Instituto de Seguros de Portugal, da Comissao do Mercado de Valores Mobiliërios, da Direccao-Geral
dos Impostos, da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, das uni-
versidades e institutos superiores de Contabilidade, bem como representantes das entidades e analistas finan-
Ceiros. No entanto, a estrutura e funcionamento desse regulador teria de ser muito diferente do due vemos hoje:
seria necess4ria uma estrutura profissional de pessoas dedicadas a tempo inteiro, muito bem remuneradas, com
abertura para o exterior (empresas, universidades e institutos superiores, auditores, técnicos oficiais de contas,
analistas, associac6es empresariais, etc.), bem como um acompanhamento permanente dos trabalhos desen-
volvidos pelos reguladores europeus e mundiais (IASB, EFRAG, FASB, etc.).

4.2 - ACNG
De acordo com o site da CNC (www.cnc.min-financas.pl), os principais marcos na vida deste 6rgao so:
1977- Criacao da CNC, através do Decreto-Lei n.” 47/77, gue aprovou também o Plano Oficial de Contabili-
dade (POC).
1980 - Publicacêo da Portaria 819/80 gue definia as atribuicées, organizaGao e funcionamento da CNC.
1987 — Inicio da divulgacêo de Normas Interpretativas destinadas a clarificar e aperfeicoar determinados
aspectos do POC.
1987 — Publicacao da Portaria 262/87 aue revogou a Portaria 819/80, redefinindo as atribuicêes, organizagao
e funcionamento da CNC.
1989 — Publicacêo do Decreto-Lei n.” 410/89, de 21 de Novembro, mantendo-se em func6es a CNC.
1991 - Inicio da emissêo de Directrizes Contabilisticas com vista a substituir as Normas Interpretativas do
anterior POC e, ao mesmo tempo, tratar de forma mais flexivel e simplificada matérias nêo contempla-
das no POG.
1999 — Através do Decreto-Lei n.” 367/99, de 18 de Setembro, é actualizada a organizacao da CNC, prevendo-
-se a Sua reorganizac&o em três anos e as Directrizes Contabilisticas passam a ter efeito obrigatêrio.
2003 — A CNC emitiu o Projecto de linhas de orientacêo para um novo modelo de normalizagêo contabilistica.
2009 — É publicado em 13 de Julho o Decreto-Lei n. 160/2009, aue revoga o Decreto-Lei n.” 367/99 e estabe-
lece o regime juridico de organizacêo e funcionamento da CNC.

23
Origem e CaracterizacAo do Sistema de Normalizagao Contabilistica (SNC) SNC EXPLICADO

4.3 — Evolucëo do referencial contabilistico portuguës


A evolucëo do referencial contabilistico português pode ser assim resumida:
1977 — Publicado em 7 de Fevereiro, o Decreto-Lei n.” 47/77 oriou o Plano Oficial de Contabilidade.
1989— Publicado em 21 de Novembro, o Decreto-Lei n.” 410/89 consiste na adaptac#o da 4.” Directiva da
CEE e revogou o Decreto-Lei n.” 47/77. A nova forma de contabilizacao das locac6es financeiras ficou
suspensa por um periodo maximo de três anos.
1991 —- Publicado em 2 de Julho, o Decreto-Lei n.” 238/91 transpês a 7.* Directiva, tornando a consolidacao de
Ccontas obrigatêria em Portugal, desde gue ultrapassados os limites referidos no citado diploma legal.
1993 — Publicado em 12 de Fevereiro, o Decreto-Lei n.” 29/93 alargou para guatro anos o prazo de SUSpen-
Sao previsto no Decreto-Lei 410/89 para a contabilizacao das locacêes financeiras.
1995 —O Decreto-Lei n.” 127/95, de 1 de Junho, transpês as Directivas SO/SO4/CEE e 9O0/6OS/CEE. A Directiva
9O0/6OS/CEE alargou o campo de aplicagêo das contas individuais e das contas consolidadas as
sociedades em nome colectivo e em comandita simples sempre gue todos os sécios de responsabili-
dade ilimitada sejam sociedades de responsabilidade limitada, enguanto a Directiva 9O/6O4/CEE per-
mite a apresentac&o das demonstracêes financeiras anuais em ecus.
1999 - Publicado em 12 de Fevereiro, o Decreto-Lei n.” 44/99 obrigava a adopcao do sistema de inventêrio
permanente e a elaborac&o da demonstracêo dos resultados por funcêes.
2002 - O Regulamento 1606/2002, de 19 de Julho, veio tormar obrigatéria a adopcao das |AS/IFRS na elabo-
ragêo das contas consolidadas das sociedades com valores mobiliërios admitidos em mercados
regulamentados.
2003 - O Decreto-Lei n.” 79/2003, de 23 de Abril, alterou o Decreto-Lei n.” 44/99, tornando também obrigato-
ria a elaboracao da demonstragao dos fluxos de caixa.
2006
— Publicado em 17 de Fevereiro, o Decreto-Lei n.” 35/2005 permitia gue (i) os grupos nao cotados
pudessem elaborar as suas contas consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Conta-
bilidade e (ii) as contas individuais das empresas incluidas na consolidacao de grupos aue, obrigat6ê-
ria ou facultativamente, elaborassem as suas contas consolidadas de acordo com as Normas Interna-
Cionais de Contabilidade.
2005 —- O Regulamento n.” 11/2005 da CMVM, de 3 de Novembro, obriga os emitentes de valores mobiliërios
admitidos & negociaGë&o em mercado regulamentado ague nêo sejam obrigados a elaborar e apresen-
tar contas consolidadas a elaborar e apresentar as suas contas individuais de acordo com as normas
internacionais de contabilidade, adoptadas nos termos do Regulamento n.” 1606/2002, do Parlamento
e do Conselho.
2009 — Publicado em 13 de Julho, o Decreto-Lei n.” 158/2009 aprova o SNC e revoga o Decreto-Lei 410/89,
o
Decreto-Lei n.” 238/91, o Decreto-Lei n.” 29/93, o Decreto-Lei n.” 127/95, o Decreto-Lei n.” 44/99 alte-
rado pelo Decreto-Lei n.” 79/2003 e os artigos 4%, 7.” e 11” a 15. do Decreto-Lei n.” 35/2005.

Em resumo, o anterior referencial contabilistico portuguës compreendia:

1.” nivel - Normas Internacionais de Contabilidade tal como adoptadas na Unido Europeia

Aplicacêo obrigatêria:
As contas consolidadas dos grupos de sociedades cujos valores mobiliërios fossem admitidos & negociac&o
em mercado regulamentado eram obrigatoriamente apresentadas de acordo com as Norma
s Internacionais de
Contabilidade desde 1 de Janeiro de 2005, segundo o Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do Parlam
ento Europeu
ë do Conselho, de 19 de Julho de 2002. De acordo com o citado Regulamento, a adopc&o das Norma
s Interna-
Cionais de Contabilidade tem por objectivo assegurar um elevado grau de transparência e de compa
rabilidade
das demonstrac6es financeiras e, deste modo, um funcionamento eficiente dos mercados de
capitais da Comu-
Nidade e do mercado interno.

A CMVM veio obrigar também as sociedades cotadas gue nêo fossem grupos econêmicos a elaborar as
Suas contas de acordo com as JAS/IFRS.

24
SNC EXPLICADO Origem e Caracterizacain da Sistema de Normalizacia Cantabilistica (SNC)

Aplicacao facultativa:
1—Os grupos sem valores mobiliërios admitidos & negociagao num mercado regulamentado podiam optar
por elaborar as suas contas consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade.
2 — Era facultativa a adopcêo das Normas Internacionais de Contabilidade nas contas individuais das empre-
sas incluidas na consolidacëo de grupos aue, obrigatêria ou facultativamente, elaborassem as suas con-
tas consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade.
Estas opcêes surgiram através do Decreto-Lei n.” 35/2005, de 17 de Fevereiro. No entanto, o referido
Decreto-Lei, no seu artigo 14.”, estipulava gue, para efeitos fiscais, as entidades eram obrigadas a manter a sua
contabilidade organizada de acordo com a normalizagêo contabilistica nacional, originando assim uma incom-
preensivel duplicacêo, o aue fez com gue a esmagadora maioria das empresas tivesse optado por manter as
suas contas individuais numa base POC.

2,” nivel - POC (entidades dos sectores nao financeiros)


Nas demais entidades (excluindo-se as entidades dos sectores financeiros) aplicava-se o POC. A Directriz
Contabilistica 18 estabelecia a seguinte hierarauia na aplicacêo dos principios contabilisticos em Portugal:
1.” — Plano Oficial de Contabilidade, Directrizes Contabilisticas e Interpretac6es Têcnicas;
2.% — Normas Internacionais de Contabilidade adoptadas ao abrigo do Regulamento n.” 1606/2002, da Uniëo
Europeia;
3.* — Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB.

O POC resultava da transposic&o da 4.2 Directiva e estava inspirado no modelo francés. Tinha jê algumas
dêcadas e era um documento “envelhecido”.
As Directrizes Contabilisticas incluiam algumas normas modernas, resultantes de adaptacoes das |AS, cons-
tituindo, em alguns casos, documentos interessantes e ricos, do ponto de vista técnico. Eram disso exemplo,
nomeadamente, as directrizes sobre beneficios dos empregados, impostos sobre lycros e rédito.
Sempre gue o POC e as Directrizes Contabilisticas eram omissos (e nêo o eram poucas vezes...), aplicavam-
-se as |AS, IFRS, SIC e IFRIC. Ouer isto dizer gue as mesmas jê faziam parte, em larga medida, do referencial
Ccontabilistico portuguës. No entanto, nêo se pode afirmar gue a aplicac&o supletiva do normativo lASB - regue-
rida pela DC 18 - era uma prêtica generalizada.

5 - Ffeitos da adopcdo do $NG


Os efeitos da adopcao do SNC e, conseguentemente, das NCRF (aue tê&m por base as |AS/IFRS) sêo, muitas
vezes, entendidos, de forma simplista, como restritos aos efeitos nas demonstracêes financeiras da adopcao de
um novo referencial contabilistico. Na verdade, esses efeitos sêo muito mais amplos e implicam:
— formacao do pessoal;
— elaboracêo de um manual de contabilidade;
— alterac6es nos sistemas informaticos;
— alterac6es no planeamento e controlo de gestao.
No plano das demonstracêes financeiras, os efeitos do novo SNC podem ser segregados em três grandes grupos:
— estrutura e conteudo das demonstracêes financeiras;
— alterac6es de politicas e estimativas contabilisticas;
— alterac6es nas divulgac6es (Notas as Contas).
Ao nivel da estrutura e conteudo das demonstracêes financeiras, os principais aspectos a ter em conta serao
OS seguintes:
—O balanco serê apresentado num modelo IFRS: os activos e os passivos sêo segregados em nao correntes
e correntes. Além disso, o balanco deveré ser resumido, indicando-se nas notas o detalhe das rubricas. Por
exemplo, os inventêrios e o activo fixo tangivel figurar&o numa Gnica linha e nas notas serê apresentado o
seu contetido. Desta forma, o balanco ser& muito mais compreensivel do gue os modelos gue estamos
habituados a ver.

25
Origem e Caracterizacao do Sistema de Normalizagdo Contabilistica (SNC) SNC EXPLICADO

— Nao serê necessêrio apresentar duas demonstracêes de resultados (por naturezas e por funcêes). A NCRF 1
apenas exige a apresentacao da Demonstracao dos Resultados por Naturezas, deixando & opcêo das enti-
dades a apresentagêo da Demonstracêo dos Resultados por Funcêes.
- Passaremos a contar com uma nova pega contabilistica: a Demonstracêo das Alteracëes no Capital Pré-
prio. Nesta demonstracao financeira ser&o apresentadas todas as alterac6es no capital prêprio, guer do
periodo corrente guer do periodo anterior.

Ao nivel das alterac6es de politicas e estimativas contabilisticas nêo deveriam existir grandes alteracoes, até
porgue as lAS (base das NCRF) eram jê aplicadas supletivamente em Portugal. No entanto, a experiëncia tem-
-nos demonstrado ague existirêo efeitos importantes em determinadas dreas, das guais destacamos:
— activos intangiveis (em Portugal, verificam-se muitas situacëes de capitalizac6es indevidas, até pelo fen6-
meno dos subsidios obtidos);
— diferente tratamento do goodwille negative goodwill
— imparidade de activos;
— valorizacêo de investimentos financeiros:
— activos fixos tangiveis. Ao nivel da valorimetria, as entidades poder&o optar entre um modelo de custo —
sem reavaliac6es - e um modelo de justo valor - com reavaliacêes regulares. Nem um nem outro modelo
correspondem ao ague se vem fazendo até hoje nesta &rea. Podemos afimar Oue nao temos, actualmente,
um verdadeiro modelo valorimétrico, uma vez gue o nosso modelo assenta num reconhecimento inicial pelo
Ccusto de aguisic&o ou producëo, adicionado de reavaliac6es legais (auando existem e, em alguns casos,
guando a entidade tem interesse em reflecti-las na sua contabilidade) e, eventualmente, de reavaliac6es
livres, gue reflectiriam o justo valor num determinado momento, mas cujo verdadeiro objectivo foi o cumpri-
mento de determinado anseio dos gestores (rêcios de autonomia, aumento dos Capitais proprios, etc.), nêo
sendo encarado em Portugal como um critério valorimêtrico. Nas depreciac6es, os efeitos poder&o ser enor-
mes. Os activos fixos tangiveis devem ser objecto de depreciacêo de acordo com a sua vida Gil, a agual
deve ser revista periodicamente. Em Portugal, adoptavam-se as taxas do Decreto Regulamentar n.” 2/90.
O@uando as coisas corriam bem, utilizavam-se as taxas do referido diploma, para se reduzir a Carga tributa-
ria. Em tempos de crise (e nao sê...) nêo eram poucos os gue utilizavam 50% dessas taxas. Algumas entida-
des alteravam com freguência as taxas aplicadas. Ao fazermos contabilidade numa base SNC, teremos de
passar a aplicar as taxas gue reflictam a vida Gtil remanescente dos bens, o gue poderd originar importantes
alterac6es nos resultados. Felizmente, em algumas empresas, os resultados futuros ser&o significativamente
beneficiados. No entanto, este processo ser conturbado, uma vez due as empresas portuguesas nê0 estêo
habituadas a definir e reapreciar regularmente a vida Gtil dos seus bens. Ser&o envolvidos especialistas para
o efeito? Serêo utilizados têcnicos da empresa? Esses técnicos actuar&o com independência? E agual ser& o
papel dos contabilistas e dos auditores? Para agravar a situacëo, a DGCI iré manter, no essencial, o regime
das depreciacoes, o gue originar4 significativas diferencas entre a contabilidade e a fiscalidade.
— reconhecimento de custos diferidos (vêrios dispêndios gue, no POC, eram diferidos terao de passar a ser
reconhecidos como gastos);
— provisées (tendo em conta os critérios restritivos impostos pela NCRF 21 para a ConNstituicêo de provisêes,
existirao em Portugal entidades com provisêes n&o aceites numa base NCRF: no entanto, existirao também
situac6es em due as entidades terao de constituir provisêes de acordo com a NCRF 21 ):
— reconhecimento de impostos diferidos (apesar da DC 28, relativamente ao Imposto sobre o Rendimento, o
reguerer, vêrias entidades ainda nêo aplicavam o conceito dos impostos diferidos nas suas Contas);
— reconhecimento e mensuracao de derivados (os derivados eram, normalmente, reconhecidos numa base
de caixa e pelo método do custo histêrico. Terao de passar a ser reconhecidos — pelo seu justo valor —
assim ague contratados):
- resultados extraordindrios (deixam de existi).

Ao nivel das alterag6es nas divulgacêes, as diferencas serëo enormes. As Notas ser&o apresentad
as numa
Seguência légica, de acordo com a numerac&o seguencial inscrita nas pecas contabilisticas.
As divulgacêes
regueridas pelas NCRF sêo extensas. No entanto, a diferenca nêo serê apenas guantitativa, mas, principal-
mente, gualitativa (ver ponto 2.3 no Capitulo 2). Assim. é nas divulgacoes aue a diferenca
para as NCRF se fara
sentir com maior ênfase.

26
SNC EXPLICADO Origem e Cararterizac#o da Sistema de Normalizacia Cantabilistica (SNC)

As mudantas no ensino da contabilidade


O ensino da contabilidade em Portugal tem-se reduzido, em larga medida, ao ensino da escrituracéo comer-
cial, assente numa vertente fiscal e burocrata. Os professores tém de passar a ensinar contabilidade, enfatizando
a estrutura conceptual, os principios contabilisticos, os conceitos de activo, passivo, gasto e rendimento, o
momento de reconhecimento de um activo, de um passivo, de um gasto e de um rendimento, os critêrios a serem
seguidos na tomada de decisêo relativamente ao reconhecimento de um gasto ou de um activo, no reconheci-
mento de um rendimento ou de um rendimento diferido, no reconhecimento de um passivo ou de um elemento do
Capital préprio (por exemplo, prestacëes acessêrias &e prestacêes suplementares) e os diferentes modelos de
mensuraGaêo aplicéveis. O ensino da contabilidade deverê contemplar assuntos como a imparidade dos activos, o
momento de reconhecimento do rédito na venda de bens, na prestagao de servicos e nos contratos plurianuais, a
Contabilizacéo dos beneficios aos empregados, a problematica dos impostos diferidos, a consolidacao de con-
tas, o tratamento dos investimentos financeiros, as concentracêes empresariais, os empreendimentos conjuntos,
a contabilizacao das concessOes, os instrumentos financeiros, a correlagêo dos gastos com os rendimentos, etc.
Certamente, serd necessêrio um esforco de actualizacêo dos senhores professores em algumas destas matérias.

As mudantas dos técnicos oficiais de contabilidade (TOC)


O largo numero de peguenas e médias empresas em Portugal, em contraste com o relativamente pedgueno
namero de grandes empresas, associado ao nosso guase insignificante mercado de capitais, faz com aue a
contabilidade em Portugal tenha sido relegada para o mero cumprimento de obrigac6es legais e fiscais. Assim,
Oo TOG é visto pelo empresêrio como o técnico gue tem como objectivo evitar-lhe problemas com as autoridades
fiscais e, se possivel, reduzir-Ine a carga fiscal. Nesta cultura, boa parte dos nossos TOC fazem contabilidade
segundo regras fiscais. A mudanca de mentalidade ser dificil. Os TOC terao de desenvolver um considerdvel
esforco de actualizacêo de conhecimentos, procurando assimilar aaguilo gue naêo Ihes foi ensinado na sua vida
académica e gue nao têm praticado. No estudo do SNC, os TOC nao dever&o apenas preocupar-se com as
alterac6es nos numeros das contas mas sim na compreensao das alteracêes a nivel do reconhecimento e men-
SuraGao de activos, passivos, gastos e rendimentos.

6 - Ligacio entre o SNC e o Cédigo do IRG


Conforme se refere no Decreto-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julho, com a aprovacëo do Sistema de Normaliza-
CaAo Contabilistica, cuja filosofia e estrutura sao muito préximas das Normas Internacionais de Contabilidade, o
Cédigo do IRC e legislacêo complementar foram alterados de forma a adaptar as regras de determinacêo do
lucro tributavel as |AS.
No entanto, continuarêo a existir diferencas entre os critérios contabilisticos definidos no SNC e os critérios
fiscais estabelecidos no Cédigo do IRC. O resultado liguido apurado na contabilidade continuar& a ser o ponto
de partida para determinacao do lucro tributêvel, sendo esse resultado contabilistico ajustado para se chegar ao
lucro tributêvel em funcaêo de:
— diferencas - para mais ou para menos - entre os critêrios contabilisticos e fiscais;
— variacëes patrimoniais positivas ou negativas ague, nos termos do Cédigo do IRC, devam contribuir para a
determinacaêo do resultado fiscal.
Mantendo-se a estreita ligacao entre contabilidade e fiscalidade, sempre aue nêo existam regras fiscais prê-
prias verifica-se o acolhimento do tratamento contabilistico decorrente do SNC.

Como forma de se aproximar a fiscalidade da contabilidade ou tendo em vista a eliminac&o de constrangi-


mentos sobre a contabilidade decorrentes da legislacêo fiscal, foram introduzidas as seguintes alterac6es no
Cédigo do IRC:
—é aceite o modelo do justo valor em instrumentos financeiros cuja contrapartida seja reconhecida em resul-
tados, mas apenas nos casos em gue a fiabilidade da determinacêo do justo valor esteja em principio
assegurada. Assim, excluem-se os instrtumentos de capital préprio gue nêo tenham um preco formado num
mercado regulamentado;
— aceita-se a aplicac&o do modelo do justo valor na valorizac&o dos activos biolêgicos consumiveis gue nêo
respeitem a explorac6es silvicolas plurianuais, bem como nos produtos agricolas colhidos de activos biolê-
gicos no momento da colheita;

21
Origem e CaracterizacAn do Sistema de Normalizacdio Contabilistica (SNC) SNC EXPLICADO

— acolhe-se o método do custo amortizado para apuramento dos rendimentos ou gastos decorrentes da apli-

EE
cagao do método da taxa de juro efectiva;
— aceita-se o valor realizêvel liauido (sujeito & definicêo dada no Cédigo do IRC) para efeitos do calculo do

E—
ajustamento dos inventêrios;
— estabelece-se um novo regime fiscal para os instrumentos financeiros derivados e operacêes de cobertura;
— altera-se o regime de apuramento dos resultados de contratos de construcao, de forma gue esse reconhe-
cimento se faca sempre pelo mêtodo da percentagem de acabamento;
— as provisêes para garantias a clientes passam a ser aceites para fins fiscais, embora sujeitas a limite deter-
minado em funcao dos gastos efectivos nos três periodos de tributacao anteriores;
— passa-se a considerar como gastos os créditos incobraveis resultantes de procedimento extrajudicial de
conciliac&o para viabilizacao de empresas em situacao de insolvência ou em situaGêo economica dificil
mediado pelo Instituto de Apoio as Peguenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI);
—0 regime especial de neutralidade fiscal aplicêvel as fusGes, cisoes e entradas de activos deixa de estar
dependente de condicêes exigidas guanto & contabilizagao dos elementos patrimoniais transferidos;
— se existirem correccëes ao valor de transmissêo de direitos reais sobre bens iméveis, deixa de ser exi-
gido ao adauirente desses direitos a respectiva contabilizaeêo pelo valor patrimonial tributêrio (VPT) defi-
nitivo para gue o mesmo seja considerado para efeitos de determinacao de gualauer resultado tributêvel
em IRC.
— aceita-se para fins fiscais a deducao das contribuicées suplementares para fundos de pensêes e eguiparê-
veis destinadas & cobertura de responsabilidades com beneficios de reforma gue resultem da aplicacao do
SNC, embora essa deducëêo seja distribuida, em parcelas iguais, por cinco periodos de tributacêo.

Diferencas gue prevalecem entre a contabilidade e a fiscalidade:

Segundo o acima referido Decreto-Lei, existem Areas em due, para preservar os interesses e perspectivas
préprias da fiscalidade se mantêm diferentes graus de separaGêo entre o tratamento contabilistico e o fiscal.
Assim:

— mantêm-se as caracteristicas essenciais do regime das depreciacêes e amortizacoes, pelo aue as diferen-
Cas entre os critérios contabilisticos e os critérios fiscais se manter&o, originando significativas diferencas.
Essas diferencas têm a ver com:
a) o conceito de valor depreciëvel;
b) a abordagem da depreciacao por componentes;
c) a escolha do método de depreciagéo a seguir;
d) a vida util;
e) as alteracëes de mêtodos, valores residuais e vidas uteis;
f) a data de inicio das depreciac6es e das amortizac6es. A DGC1 apenas permite o inicio das deprecia-
Cêes (activos tangiveis) a partir da entrada em funcionamento dos bens enguanto gue o inicio das amor-
tizacoes (aclivos intangiveis) se dé com a sua aduisicêo ou inicio da actividade, se posterior, ou ainda a
partir da sua utilizacao guando associados & obtencao de rendimentos. O SNC reguer a depreciacao ou
amortizacêo a partir do momento em gue os activos se encontram disponiveis para utilizac&o.

— os activos abrangidos pelo regime das mais-valias e menos-valias fiscais sê0: activos fixos tangiveis, acti-
vos intangiveis, propriedades de investimento, instrumentos financeiros (com excepcêo daagueles em due
os ajustamentos decorrentes da aplicacêo do justo valor concorrem para a formacao do lucro tributêvel no
periodo de tributagao) e ainda os activos biolêgicos gue nêo sejam consumiveis.
—o modelo do justo valor em instrumentos financeiros cuja contrapartida seja reconhecida em resultados
apenas é aceite para fins fiscais nos casos em ague a fiabilidade da determinacëo do justo valor esteja em
principio assegurada, excluindo-se os instrumentos de capital préprio gue n&o tenham um preco formado
num mercado regulamentado;

— nas vendas e prestac6es de servicos o valor a incluir no lucro tributêvel é sempre o valor nominal da con-
traprestacao recebida e a receber enguanto gue, para fins contabilisticos, o rédito é reconhecido pelo valor
actual (descontado) da contraprestac&o recebida e a receber:

28
SNC EXPLICADO Origem e Caracterizacao do $istema de Normalizagaa Contabilistica (SNC)

— nos pagamentos a trabalhadores e membros dos 6rgaos estatutêrios com base em acc6es, o respectivo
gasto apenas concorre para a formacao do lycro tributêvel no periodo de tributagêo em due os respectivos
direitos ou opcêes sejam exercidos, pelas guantias liguidadas ou pela diferenca entre o valor dos instru-
mentos de capital proprio atribuidos e o respectivo preco de exercicio pago;

— as perdas por imparidade somente sêo fiscalmente dedutiveis no caso de créditos e em desvalorizacoes
@XcEpeionais verificadas em activos fixos tangiveis, activos biolêgicos nêo consumiveis e propriedades de
investimento, provenientes de causas devidamente comprovadas. Nos demais casos, a aceitacêo somente
ocorre no periodo de tributacao da sua efectiva realizacao:

— as perdas por imparidade em créditos continuam a ser aceites para fins fiscais se cCumprirem determinadas
regras do Cédigo do IRC, nomeadamente, encontrar-se o crédito vencido hê mais de 6 meses. Para fins
contabilisticos, as perdas por imparidade em créditos sêo reconhecidas guando se estima uma perda, numa
atitude de prudéncia, podendo, no limite, ter de se reconhecer perdas em créditos ainda nêo vencidos;
—a depreciacêo de activos fixos tangiveis, activos intangiveis e propriedades de investimento é apenas
aceite para fins fiscais desde a data de entrada em funcionamento ou utilizacêo dos bens. Para fins conta-
bilisticos, a depreciaGëo deve iniciar-se guando o bem estê disponivel para utilizacêo;
— 0 resultado na alienacao de activos fixos tangiveis, activos intangliveis, activos biolégicos gue no sejam
cONSsUMIVeis &e propriedades de investimento estao sujeitos ao regime das mais-valias ou menos-valias para
efeitos fiscais, pelo aue esse resultado difere do resultado apurado contabilisticamente.

Alteracêes na terminologia

Os conceitos e terminologia fiscais foram alterados em conseguência da adaptagëo do Cédigo do IRC as


IAS. Segue o resumo dessas alterac6es:

Terminologia anterior Terminologia actual


Existências Inventêrios ou Activos biol6gicos
ImobilizZado incorpéreo Activo intangivel
ImobiliZado corpêreo Activo fixo tangivel
Provisêes (Activo) Ajustamentos
Reintegracao e amortizacao Depreciacao e amortizacao
Custos Gastos
Registo Reconhecimento
Proveito Rédito
Proveito e ganho Rendimento
Reposic6es de provisêes (Activo) Reversêes de ajustamentos
Valor actual Valor de mercado

O termo Depreciacoes serd usado para activos fixos tangiveis e propriedades de investimento enguanto ague
nos activos intangiveis ser usado o termo Amortizacao.

A palavra Custos deixa de estar conotada com uma despesa. Pelo contréêrio, passarê a referir-se aos ele-
mentos de um activo. Por exemplo, o custo de um activo fixo tangtivel inclui o preco pago ao fornecedor, o custo
de transporte, custos de montagem, etc.

29
Origem e Caracterizagsiio do Sistema de Normalizagia Cantabilistica (SNC) SNC EXPLICADO

Apresenta-se abaixo uma lista dos artigos relevantes do Cédigo do IRC por tema:

Tema Artigols) relevantes

Rédito 18.” e 20.” do Gédigo do IRC

Contratos de construgdo 19. do Cédiga do IRC

Inventêrios 23%, 26.%, 27.” e 28,” do Cédigo do IRC


29.”, A0.”, 31.”, 33.”, 46.” 47.”, 48.” e Decreto Regulamentar
Activos fixos tangiveis
n.” 26/2009

20% 30. 31.” 32, 3a” MS oak”, GAP: dB” AT", AAR
Activos intangiveis
Decreto Regulamentar n.” 25/2009

Activos biolégicos 18.*, 20.*, 23.”, 26”, 4.” 35”, 46.”, 47.” e 48.” do Cédigo do IRC

Propriedades de investimento 29. 30.” 31.”, ad, 35”, 38.” d6.%, 47.” e 48.” do Cédigo da IRC

Activos ndo correntes detidos para venda 30.”, d6.”, 47,” e 48.” do Cédigo do IRC
Investimentos financeiros 18.*, 20.*, 45.” 46.*, d7.”, 48.” 51.” do Cédigo do IRC
Imparidade de activos 35. e 38. do Cédigo do IRC

Imparidade em créditos 35.*, 36.” e 41.” do Cédigo do IRG

Custos de empréstimos obtidos 26.*, 45.” e 67.” e Decreto Regulamentar n.” 25/2009

Beneficios dos empregados 18.*, 23.”, 43.” e 45.” do Cédigo do IRC

Instrumentos financeiros 18.*, 20.*%, 24.” e 49.” do Cédigo do IRC

Concentracdo de actividades operacionais 73.” do Codigo do IRG


Subsidios 20.*, 22.” do Cédigo da IRC

Locacoes 25.” do Cédigo do IRC

Provisdes 39.” do Cédigo do IRC

Provisêes para a reparagdo de danos de cardcter ambiental 40.” do Cédigo do IRC

Reconstituicdo de jazidas 42.” do Cédigo do IRC

Adopcao pela primeira vez das NCRF 5.” do Decreto-Lei n.” 159/2009

30
SISTEMA DE NORMALIZAGAO CONTABILISTICA
1 Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho — Aprova o SNG
(Inclui Declaragao de Rectificacao n.” 67-B/2009)

Anexo ao Deereto-Lei gue aprova o SNG


HEES

Estrutura Conceptual

GOdigo de Contas

Modelos de Demonstracoes Financeiras


oi

Observacoes aos Modelos de Demonstracges Financeiras e Ligacao as NCRF


Om

(PROJEGTO)

Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro

Norma Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas Entidades

Normas Interpretativas

10 Regulamento (GE) n.” 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Gonselho, de


19 de Julhio, relativo a aplicagao das Normas Internacionais de Contabilidade

11 Regulamento (GE) n.” 2854/2009 da Comissao, de 25 de Marco de 2009


(Inclui IFRIG 12 — Acordos de Concessao de Servicos)

12 Decreto-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julho — Adapta o. Codigo do IRC as Normas


Internacionais de Contabilidade e ao SNG
(Inclui Declaracdo de Rectificacio n.” 67-A/2009)

13 Deoreto-Lei n.” 160/2009, de 13 de Julho — Aprova o Regime Juridico de


Organizacao e Funcionamento da Comisséo de Normalizagao Gontabilistica
1 Decreto-Lei n.” 158/2009.
de 13 de Julho
(Aprova o SNG)”

33
SNC EXPLIGADO
1 Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de dulho

e do Conselho, de 19 de Julho, com respelito & aplicacêo


DECRETO-LEI N.* 1568/2009, das normas internacionais de contabilidade.
de 13 de Julho No presente decreto-lei reafirma-se tal opcao, agora
êo contabi- no guadro do Sistema de Normalizacê&o Contabilistica.
O actual modelo nacional de normalizac
ciais e indust riais e O Regulamento (CE) n.” 1606/2002 veio estabelecer a
listica para as empresas comer
outras entidades foi instituido com a publicacao do adopGëo e a utilizac&o, na Comunidade, das normas
Decreto-Lei n.” 10/89, de 21 de Novembro, aue aprovou internacionais de contabilidade — International Accounting
o Plano Oficial de Contabilidade (POC) e criou a Comis- Standards (IAS) e International Financial Reporting Stan-
sa0 de Normalizac&o Contabilistica (CNC). dards (IFRS) e interpretacêes conexas - International
O POC toi. entretanto, objecto de sucessivas altera- Financial Reporting Interpretations Committee (SIC/IFRIC),
coes, essencialmente motivadas pela necessidade de dando, assim, resposta as crescentes necessidades em
adaptacêo do modelo contabilistico nacional a iNstru- matéria de relato financeiro no contexto das profundas
mentos juridicos comunitêrios. Assim: alteracêes ocorridas nos ultimos anos na conjuntura eco-
A adesêo de Portugal & Comunidade Econémica némica e financeira e gue se traduzem, designadamente,
Furopeia, em 1986, implicou, em relacao as matérias por:
contabilisticas, a obrigatoriedade de ajustamento dos Concentracao de actividades empresariais a nivel na-
nossos normativos & Directiva n.” 78/66O/CEE (Ouarta cional, europeu e mundial;
Directiva), pelo ague foi publicado, em 1989, o Decreto- Desenvolvimento de grandes espacos econ6micos —
-Lei n.” 410/89, de 21 de Novembro, gue procedeu a -Uniao Europeiar, -Naftar, sMercosuls, “Sudeste Asië-
diversos ajustamentos e melhorias ao Plano Oficial de ticOr;
Contabilidade de 1977. Regionalizacêao e globalizacao dos mercados financei-
Dois anos mais tarde, foi publicado o Decreto-Lei rose das bolsas de valores;
n.” 238/91, de 2 de Julho, aue transpês para a ordem Liberalizac&o do comêrcio e globalizacéo da economia;
juridica interna o tratamento contabilistico de consolida- Internacionalizacao das empresas, criagêo de subsi-
c&0 de contas, em consonência com o estabelecido na diarias, fusêes, aauisic6es, empreendimentos conjuntos
Directiva n.” B3/34A9/CEE (Sétima Directiva) e introduziu e aliancas estratégicas.
novos ajustamentos ao POC de 1989, aue consistiram Assim, e por forca da orientagêo estratégica em maté-
em algumas modificacées e no aditamento dos capitu- ria contabilistica da Uniao Europeia esbocada com a
los 13 e 14, respeitantes a normas de consolidaGêo de apresentacêo, pela Comissêo Europeia, em Novembro
contas e demonstracêes financeiras consolidadas, de 1995, do documento HarmonizaGêo contabilistica —
respectivamente. uma nova estratégia relativamente & harmonizacao inter-
Outras alterac6es relevantes ao POC de 1989 foram nacionals e do subseauente impulso politico dado no
introduzidas pelo Decreto-Lei n.” 44/99, de 12 de Feve- Conselho de Lisboa, em Marco de 2000, gue estabele-
reiro, aue acolheu o sistema de inventêrio permanente ceu a criac&o de servicos financeiros plenamente inte-
e a demonstragêo dos resultados por funcées, e pelo grados, a Uniëo Europeia (UF) decidiu adoptar as nor-
Decreto-Lei n.” 79/2003, de 23 de Abril, gue introduziu mas internacionais de contabilidade do International
a demonstrac&o dos fluxos de caixa, pelo Decreto-Lei Accounting Standards Board (IASB).
n.” B8/2004, de 20 de Abril, gue estabeleceu as condi- Tendo desempenhado durante anos um papel funda-
Gées de aplicacao do justo valor, transpondo para a mental no panorama nacional, o POC tem-se revelado,
ordem juridica nacional a Directiva n.” 2001/65/CE, do desde hê algum tempo, insuficiente para as entidades
Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Setem- com maiores exigências aualitativas de relato financeiro,
bro. para alêm de carecer de revis&o técnica no aue con-
O Decreto-Lei n.” 35/2005, de 17 de Fevereiro, transpês cerne, nomeadamente, a aspectos conceptuais, critêrios
para a ordem juridica interna a Directiva n.” 2003/51/CE, de reconhecimento e mensuraGëo, conceito de resulta-
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Junho, dos, bem como em relacêo aos modelos das demonstra-
relativa &A modernizac&o das directivas contabilisticas, due cêes financeiras individuais e consolidadas.
alterou as Directivas n.” 7B/66O/CEE, BA/A49/CEE, Entende-se, assim, facilmente, aue & luz das profun-
B6/6G3S/CEE e 91/674/CEE, do Conselho, relativas as con- das alteracêes verificadas nos ulimos 25 anos, os prin-
tas anuais e &s contas consolidadas de certas formas de Cipios contabilisticos geralmente aceites em Portugal,
sociedades, bancos e outras instituicées financeiras e aue nos dominios conceptual e instrumental transitam de
empresas de seguros visando assegurar a coerência 1977, jê& nêo respondem adeguadamente as exigências
entre a legislacêo contabilistica comunitêria e as normas contemporêneas e gue por, conseguinte, importa proce-
internacionais de contabilidade (NIC), em vigor desde der & sua modificacao.
1 de Maio de 2002. Através deste decreto-lei, o Estado Adicionalmente, o acompanhamento da dinêamica de
Português exerceu a opcao prevista no artigo 5.” do adopcëo, pela UE, das normas internacionais de conta-
Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu bilidade, tendo em vista a sua absorcêo no guadro

4
SNC EXPLICADO 1 Decreta-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julha

contabilistico nacional, gue se pretende actualizado, C) numero de trabalhadores empregados em média durante
apela a gue se adoptem procedimentos normativos Oo exercicio: 20.
suficientemente flexiveis. Conceptualmente, o SNC caracteriza-se pelas linhas mes-
Assim, a normalizacao contabilistica nacional deverd tras essenciais adiante explicitadas.
aproximar-se, tanto guanto possivel, dos novos padrêes Trata-se de um corpo de normas coerente com as nor-
Comunitêrios, por forma a proporcionar ao nosso pais o mas internacionais de contabilidade em vigor na UE e,
alinhamento com as directivas e regulamentos em maté- por outro lado, com as actuais versêes das guarta e
ria contabilistica da UE, sem ignorar, porém, as caracte- sélima directivas comunitêrias sobre contas, respectiva-
risticas e necessidades especificas do tecido empresa- mente, de entidades individuais e grupos de sociedades.
rial portuguës. Em conexao com o primeiro aspecto indicado, o SNC é
Conseguentemente, procede-se & revogacêo do POC um instrumento moderno ao servico daguelas empresas
e legislac&o complementar criando-se o Sistema de Nor- portuguesas due, nêo tendo valores mobiliërios admitidos
malizacao Contabilistica (SNC), aue vem na linha da & negociacao num mercado regulamentado, têm uma
modernizacao contabilistica ocorrida na UE gue é cons- dimensêo, uma estrutura de capitais ou uma presenca
tituido pelos elementos fundamentais ague se enunciam em determinadas actividades gue as colocam em pleno
em seguida. ambiente globalizado de negêcios, parceiros e fontes de
A eEstrutura conceptuals, gue segue de muito perto a financiamento. Com Capitais publicos ou privados, existe
sFstrutura conceptual de preparacëo e apresentacao de um significativo universo de grandes e médias empresas
demonstrac6es financeirass do IASB, assumida e publi- @ grupos nacionais gue carecem de produzir e divulgar
cada pela UE. Trata-se de um conjunto de conceitos demonstrac6es financeiras adeguadas aos vêrios merca-
contabilisticos estruturantes aue, nao constituindo uma dos onde operam ou onde se financiam.
norma propriamente dita, se assume como referencial Tendo em conta as entidades a gue se destina o SNC,
ague subjaz a todo o Sistema. no processo de adaptacëo das normas internacionais de
As sBases para a apresentacêo de demonstracêes fi- Contabilidade houve a preocupacao de, sem distorcer a
nanceirass, nas guais se enunciam as regras sobre o homogeneidade, a gualidade e a coerência globais, eli-
aue constitui e a gue principios essenciais deve obede- minar tratamentos pouco ou nada aplicéveis & realidade
cer Um conjunto completo de demonstrac6es financeiras. nacional e evitar niveis de exigência informativa porven-
Os -Modelos de demonstracëes financeirass, nos tura excessivos.
aguais se consagram a necessidade de existência de for- Por outro lado, é criada uma norma especificamente
matos padronizados, mas flexiveis, para as demonstra- destinada &s entidades de menor dimensêo due,
COes de balanco, de resultados (por funcêes e por natu- assente na mesma filosofia de conceitos e orientada
rezas), de alterac6es no capital prêprio e dos fluxos de pelos mesmos reguisitos técnicos de referência, permite
Caixa, assim Como um modelo orientador para o anexo. delimitar e simplificar num Unico documento, mais aces-
O -Cé6digo de contass, traduzido numa estrutura co- sivele de mais f&cil aplicacëo, as exigências contabilisti-
dificada e uniforme de contas, gue visa acautelar as ne- Cas mais comuns a esse universo.
Cessidades dos distintos utentes, privados e publicos, e Assegura-se, assim, inteira compatibilidade e coerên-
alimentar o desenvolvimento de plataformas e bases de Cia entre os normativos aplicêveis aos seguintes três
dados particulares e oficiais. grandes grupos de entidades gue operam em Portugal:
As eNormas contabilisticas e de relato financeiros — Empresas com valores cotados gue aplicam directa-
(NCRF), nucleo central do SNC, adaptadas a partir das mente as normas internacionais de contabilidade;
normas intermacionais de contabilidade adoptadas pela — Restantes empresas dos sectores nao financeiros,
UE, cada uma delas constituindo um instrumento de nor- due aplicardo as NCRF;
malizacêo onde, de modo desenvolvido, se prescrevem —-Empresas de menor dimensêo aue aplicarao a
OS vêrios tratamentos técnicos a adoptar em matéria de NCRF-PE.
reconhecimento, de mensuracêo, de apresentacdo e de É criada, deste modo, uma estrutura gue pretende
divulgacao das realidades econémicas e financeiras das assegurar a coerência horizontal entre as normas, e,
entidades. Guanto as entidades a gue se aplica, viabilizar uma facil
A “Norma contabilistica e de relato financeiro para Comunicabilidade vertical sempre aue alteracêes na sua
peaguenas entidadess (NCRF-PE), aue, de forma unitaria e dimensêo impliguem diferentes exigências de relato.
simplificada, contempla os tratamentos de reconheci- Com a preocupacêo de integrar no SNC a problema-
mento, de mensuracëo, de apresentacao e de divulgacao tica da consolidacêo de contas, inclui-se no presente
due, do cAmputo dos consagrados nas NCRF, sêo consi- decreto-lei a respectiva disciplina juridica e normativa,
derados como os pertinentes e minimos a ser adoptados estabelecendo os reguisitos relativos & obrigatoriedade
por entidades cuja dimensao nêo ultrapasse dois dos três de certas entidades terem de preparar e apresentar
lmites seguintes: a) total do balanco: € 500 000: b) total demonstracêes financeiras consolidadas, bem como &
de vendas liguidas e outros rendimentos: € 1 000 000: sua dispensa e exclusao.

35
1 Dacreto-Lel n.” 158/2009, de 13 de Julha SNC EXFLICADO

Foi ouvida a Comissêo de Normalizacao Contabilistica. Art.” 4.: - Aplicacêo das normas internacionais de con-
Foram ouvidos, a titulo facultativo, a Comissêo do Mer- tabilidade
cado dos Valores Mobiliërios, o Banco de Portugal e o 1- As entidades cujos valores mobiliërios estejam
Instituto de Seguros de Portugal. admitidos & negociac&o num mercado regulamentado
Assim: devem, nos termos do artigo 4.” do Regulamento (CE)
n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho,
Nos termos da alinea a) do n.” 1 do artigo 198.” da
Constituicêo, o Governo decreta o seguinte: de 19 de Julho, elaborar as suas contas consolidadas
em conformidade com as normas internacionais de con-
Art.” 1.” - Objecto tabilidade adoptadas nos termos do artigo 3.” do Regu-
É aprovado o Sistema de Normalizac&o Contabilistica, lamento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e
doravante designado por SNC, anexo ao presente do Conselho, de 19 de Julno.
decreto-leie gue dele faz parte integrante.
2— As entidades obrigadas a aplicar o SNC, aue nêo
Art.” 2% - Definicêes sejam abrangidas pelo disposto no numero anterior,
podem optar por elaborar as respectivas contas consoli-
Para efeitos do presente decreto-lei, considera-se:
dadas em conformidade com as normas internacionais
a) sControlos o poder de gerir as politicas financeiras
de contabilidade adoptadas nos termos do artigo 3.” do
e operacionais de uma entidade ou de uma activi-
Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento Euro-
dade econémica a fim de obter beneficios da
peu e do Conselho, de 19 de Julho, desde gue as suas
mesma;
demonstracêes financeiras sejam objecto de certificacêo
b) sDemonstracëes financeiras consolidadas- as de- legal das contas.
monstrac6es financeiras de um grupo apresenta-
das como as de uma tnica entidade econémica; 3- As entidades cujas contas sejam consolidadas de
acordo com o disposto no n.” 1 podem elaborar as res-
Cc) sEmpresa maes uma entidade aue detém uma ou
pectivas contas individuais em conformidade com as
mais subsidiërias;
normas internacionais de contabilidade adoptadas nos
d) sSubsidiërias uma entidade, ainda gue nêo consti-
termos do artigo 3.” do Regulamento (CE) n.” 1606/2002,
tuida sob a forma de sociedade, aue é controlada
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho,
por uma outra entidade, designada por empresa
ficando as suas demonstracêes financeiras sujeitas a
mae.
certificacëo legal das contas.
Art.” 3.2 - Ambito 4 — As entidades obrigadas a aplicar o SNC, mas aue
1- Com excepcao das entidades abrangidas pelo n.” 1 estejam incluidas no &Ambito da consolidacao de entida-
do artigo 4.” e pelo artigo 5.”, o SNC é& obrigatoriamente des abrangidas pelo n.” 2, podem optar por elaborar as
aplicavel as seguintes entidades: respectivas contas individuais em conformidade com as
a) Sociedades abrangidas pelo Cédigo das Socieda- normas internacionais de contabilidade adoptadas nos
des Comerciais; termos do artigo 3.” do Regulamento (CE) n.” 1606/2002,
b) Empresas individuais reguladas pelo Cédigo Ca- do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho,
mercial; ficando as suas demonstrac6es financeiras sujeitas a
Cc) Estabelecimentos individuais de responsabilidade certificacëo legal das contas.
limitada; 5 — As opcoes referidas nos n.” 2 a 4 devem ser glo-
d) Empresas publicas; bais, mantendo-se por um periodo minimo de três exer-
e) Cooperativas; Cicios.

f) Agrupamentos complementares de empresas e 6 —O periodo referido no nimero anterior nêo se aplica


agrupamentos europeus de interesse econdémico. as entidades gue, tendo optado pela aplicacêo de nor
2 — Até gue sejam publicadas normas para as entida- mas internacionais de contabilidade, passem a estaf
des sem fins lucrativos, sêo abrangidas pelo SNC outras incluidas no Ambito da consolidac&o de entidades due
entidades ague, por legislacêo especifica, se encontrem nao as adoptem.
Sujeitas ao Plano Oficial de Contabilidade, doravante
1-A aplicacao das normas internacionais de contabi-
designado POC, ou venham a estar sujeitas ao SNC.
lidade a aue se refere o presente artigo n&0 prejudica
3-O disposto nos artigos 6? a 8? nêo prejudica o re- ague, para além das informagëes e divulgacêes inerentes
gime constante do Decreto-Lei n.” 147/94, de 25 de a estas normas, as entidades abrangidas sejam obriga
Maio, e n&o se aplica &s entidades abrangidas pelo n.” 1 das a divulgar outras informaGêes previstas na legisla-
do artigo 2.” do Decreto-Lei n.” 36/92, de 28 de Marco. G&o nacional.

36
SNC EXPLICADO 1 Deereto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho

Art.” 5.* - Competência das entidades de supervisao precedente e até ao momento em due estas
do sector financeiro sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente
1- Sem prejuizo do disposto no n.” 1 do artigo 4”, ê designados como conseaguência do exercicio
da competência: dos seus direitos de voto;
v) Disponha, por si sê ou por forca de um acordo
a) Do Banco de Portugal e do Instituto de Seguros de
Portugal a definicê&o do &mbito subjectivo de aplica- COM outros titulares do capital desta entidade,
C&o das normas internacionais de contabilidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do
bem como a definicêo das normas contabilisticas Capital da mesma.
aplicêveis as contas consolidadas, relativamente as 2 — Para efeitos do disposto nas subalineas |), i), Me
entidades sujeitas & respectiva supervisao; v) da alinea b) do numero anterior, aos direitos de voto,
b) Da Comissêo do Mercado de Valores Mobiliërios a de designacêo e de destituic&o da empresa mêe devem
detinicao do &Ambito subjectivo de aplicacao das nor- ser adicionados os direitos de gualguer outra subsidiëria
mas internacionais de contabilidade relativamente as e os das subsidiërias desta, bem como os de aualauer
entidades sujeitas & respectiva supervisêo. pessoa agindo em seu préprio nome, mas por conta da
empresa mae ou de gualguer outra subsidiëria.
2- O disposto no presente decreto-lei nêo prejudica a
competência do Banco de Portugal e do Instituto de 3 — Para os mesmos efeitos, aos direitos indicados no
Seguros de Portugal para definir: numero anterior devem ser deduzidos os direitos relati-
a) As normas contabilisticas aplicêveis as contas indivi- VOS:
duais das entidades sujeitas & respectiva supervisêo; a) As partes de capital detidas por conta de uma enti-
b) Os reaguisitos prudenciais aplicêveis &s entidades dade aue nêo seja a empresa mae ou uma subsi-
Sujeitas & respectiva supervisêo. diëria; ou
b) As partes de capital detidas como garantia, desde
Art.” 6.” - Obrigatoriedade de elaborar contas consoli-
ague os direitos em causa sejam exercidos em con-
dadas
formidade com as instrucëes recebidas ou gue a
1- Oualaguer empresa mêe sujeita ao direito nacional ê posse destas partes seja para a entidade detentora
Obrigada a elaborar demonstracêes financeiras consoli- uma operacêo decorrente das suas actividades
dadas do grupo constituido por ela prépria e por todas normais, em matéria de empréstimos, com a condi-
as subsidiërias, sobre as dguais: Gêo de gue os direitos de voto sejam exercidos no
a) Independentemente da titularidade do capital, se interesse do prestador da garantia.
verifigue aue, em alternativa:
4 — Ainda para os efeitos do disposto nas subalineas j),
i) Possa exercer, ou exerca efectivamente, influên- iv) e v) da alinea b) do n.” 1, & totalidade dos direitos de
cia dominante ou controlo; volo dos titulares do capital da entidade subsidiëria devem
ii) Exerca a gestêo como se as duas constituissem deduzir-se os direitos de voto relativos as partes de capital
uma unica entidade; detidas por essa entidade, por uma subsididria desta ou
b) Sendo titular de capital, guando ocorra uma das por uma pessoa due actue no seu préprio nome, mas por
seguintes situacëes: Conta destas entidades.
i) Tenha a maioria dos direitos de voto, excepto se
Art.” 7.2 - Dispensa da elaborac&o de contas consoli-
for demonstrado aue esses direitos nêo confe-
dadas
rem o controlo;
ii) Tenha o direito de designar ou de destituir a 1- Uma empresa mêe fica dispensada de elaborar as
maioria dos titulares do 6rgêo de gestêo de uma demonstrac6es financeiras consolidadas auando, na data
entidade com poderes para gerir as politicas do seu balanco, o conjunto das entidades a consolidar,
financeiras e operacionais dessa entidade: com base nas suas ultimas contas anuais aprovadas, nao
iii) Exerca uma influência dominante sobre uma ultrapasse dois dos três limites a seguir indicados:
entidade, por forca de um contrato celebrado a) Total do balanco: € 7 500 000:
com esta ou de uma outra clêusula do contrato b) Total das vendas liguidas e outros rendimentos:
social desta; € 15 000 000;
iv) Detenha pelo menos 20% dos direitos de voto e
c) Nimero de trabalhadores empregados em média
a maioria dos titulares do 6rgao de gestêo de
durante o exercicio: 250.
uma entidade com poderes para gerir as politi-
cas financeiras e operacionais dessa entidade, 2-A dispensa da obrigacao de elaborar contas con-
gue tenham estado em func6es durante o exerci- solidadas sé ocorre guando dois dos limites definidos no
cCio a gue se reportam as demonstracêes finan- numero anterior se verifiguem durante dois exercicios
ceiras consolidadas, bem como, no exercicio CONSECULIVOS.
1 Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho SNC EXPLICADO

3 — Nao obstante o disposto nos nimeros anteriores, é seu conjunto, materialmente relevantes para o mesmo
ainda dispensada da obrigacao de elaborar contas con- objectivo devem ser incluidas na consolidagêo.
solidadas aualguer empresa mae gue seja também uma
d - Uma entidade pode também ser excluida da con-
subsidiëria, guando a sua prépria empresa mae esteja
solidacêo sempre aue:
subordinada & legislagëo de um Estado membro da
a) Restricêes severas e duradouras prejudiguem
Uniëo Europeia e:
substancialmente o exercicio pela empresa mae
a) Seja titular de todas as partes de capital da enti-
dos seus direitos sobre o patriménio ou a gestao
dade dispensada, nio sendo tidas em considera-
dessa entidade;
C&0 as partes de capital desta entidade detidas por
membro dos seus 6rgaos de administracëo, de
b) As partes de capital desta entidade tenham sido
direccëo, de gerência ou de fiscalizacêo, por forca adauiridas exclusivamente tendo em vista a sua
CEssa0 posterior, e enaguanto se mantenham classi-
de uma obrigacêo legal ou de cléusulas do contrato
ficadas como detidas para venda.
de sociedade; ou
b) Detenha 90%, ou mais, das partes de capital da 4 — Uma subsidiëria nêo é excluida da consolidac&o
entidade dispensada da obrigacêo e os restantes pelo simples facto de as suas actividades empresariais
titulares do capital desta entidade tenham aprovado serem dissemelhantes das actividades das outras enti-
a dispensa. dades do grupo.

4 — A dispensa referida no numero anterior depende 5 — O disposto nos numeros anteriores nao se aplica
da verificacêo das seguintes condicées: aguando as demonstrac6es financeiras consolidadas
sejam preparadas de acordo com as normas internacio-
a) A entidade dispensada, bem como todas as suas
nais de contabilidade adoptadas pela UE.
subsidiërias, serem consolidadas nas demonstra-
C6es financeiras de um conjunto mais vasto de enti- Art.” 9.” - Peguenas entidades
dades cuja empresa mêe esteja sujeita ê legislacêo
de um Estado membro da Uniëo Europeia; 1- A “Norma contabilistica e de relato financeiro para
peguenas entidades- (NCRF-PE), compreendida no
b) As demonstracêes financeiras consolidadas referidas
SNC, apenas pode ser adoptada, em alternativa ao res-
na alinea anterior, bem como o relatério consolidado
tante normativo, pelas entidades, de entre as referidas
de gestêo do conjunto mais vasto de entidades,
no artigo 3.” e excluindo as situacëes dos artigos 4” e
serem elaborados pela empresa mae deste conjunto
5.”, gue nao ultrapassem dois dos trés limites seguintes,
e Sujeitos a revisêo legal segundo a legislacêo do
salvo aguando por razées legais ou estatutêrias tenham
Estado membro a gue ela esteja sujeita, adaptada a
as suas demonstracêes financeiras sujeitas a certifica-
Directiva n.” BAAA49/CEE, de 13 de Junho;
Cêo legal de contas:
Cc) As demonstrac6es financeiras consolidadas referi-
a) Total do balanco: € 500 000:
das na alinea a) e o relatério consolidado de gestêo
referido na alinea anterior, bem como o documento D) Total de vendas liguidas e outros rendimentos:
de revisêao legal dessas contas, serem objecto de € 1 000 000;
publicidade por parte da empresa dispensada, em c) Numero de trabalhadores empregados em média
lingua portuguesa; durante o exercicio: 20.

5 — As dispensas referidas nos n.“ 1 e 3 nao se aplicam 2 — Os limites previstos no nimero anterior operam da
caso uma das entidades a consolidar seja uma sociedade seguinte forma:
cujos valores mobiliërios tenham sido admitidos ou este- a) Para as entidades constituidas em ano anterior &
jam em processo de vir a ser admitidos & negociacao data da publicacêo do presente decreto-lei, os limi-
num mercado regulamentado de agualguer Estado mem- tes reportam-se as demonstracêes financeiras do
bro da Uniëo Europeia. exerclcio anterior ao da publicacêo do mesmo, pro-
duzindo efeitos a partir do exercicio em ague este
Art.” 8.7 - Exclus6es da consolidacêo
entre em vigor;
1- Uma entidade pode ser excluida da consolidac&o D) Para as entidades aue se constituam no ano de
aguando nêo seja materialmente relevante para a realiza- publicacëo do presente decreto-lei, os limites repor-
Gêo do objectivo de as demonstrac6es financeiras tam-se as previsêes para esse ano e produzem efei-
darem uma imagem verdadeira e apropriada da posic&o tos a partir do exercicio em gue este entre em vigor;
financeira do conjunto das entidades compreendidas na
Cc) Para as entidades aue se constituam nos anos
consolidacao.
seguintes ao da publicaGêo do presente decreto-lei,
2 — Ouando duas ou mais entidades estejam nas cir- os limites reportam-se &s previsêes para o ano da
Cunstências referidas no nimero anterior, mas sejam, no CoNstituic&0 e produzem elfeitos imediatos;

d8
SNC EXPLICADO 1 ODeereta-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julha

d) Sempre aue os limites sejam ultrapassados num 2— A obrigacêo prevista no nimero anterior nêo se aplica
determinado exercicio, a opcao deixa de poder ser as entidades nele referidas gue nao ultapassem, durante
exercida a partir do segundo exercicio seguinte, dois exercicios consecutivos, dois das três limites indica-
inclusive; dos no n.” 2 do artigo 262.” do Cédigo das Sociedades
e) Sempre gue os limites deixem de ser ultrapassados Comerciais, deixando essa dispensa de produzir efeitos no
num determinado exercicio, a entidade pode exer- @xercicio seguinte ao termo daguele periodo.
cer a OpG&o a partir do segundo exercicio seguinte, 4 - Cessa a obrigacao a gue se refere o n.” 1, sempre
inclusive. ague as entidades nele referidas deixem de ultrapassar,

4 —- Nos casos em ague uma peguena entidade integre durante dois exercicios consecutivos, dois dos três limi-
o perimetro de consolidagêo de uma entidade gue apre- tes referidos no n.” 2 do artigo 262.” do Cédigo das
Sociedades Comerciais, produzindo esta cessacao efei-
sente demonstracêes financeiras consolidadas, aguela
nao pode aplicar o regime previsto na NCRF-PE. tos a partir do exercicio seguinte ao termo daauele
periodo.
Art.” 10. - Dispensa de aplicacao
4 — Ficam também dispensadas do estabelecido no
Ficam dispensadas do previsto no artigo 3” as pes- n.” 1as entidades nele referidas relativamente as
soas gue, exercendo a titulo individual gualguer activi- seguintes actividades:
dade comercial, industrial ou agricola, nêo realizem na
a) Agricultura, producëo animal, apicultura e caca;
méêdia dos ultimos três anos um volume de neg6cios
b) Silvicultura e exploracao florestal;
superior a € 150 000.
Cc) Industria piscatêria e aaguicultura;
Art.” 11.” - Demonstracêes financeiras
d) Pontos de vendas a retalho aue, no seu conjunto,
1- As entidades sujeitas aa SNC sêo obrigadas a apre- nao apresentem, no periodo de um exercicio, ven-
sentar as seguintes demonstrac6es financeiras: das superiores a € 300 000 nem a 10% das vendas
a) Balanco; globais da respectiva entidade.
b) Demonstracëo dos resultados por naturezas; 5 - Ficam ainda dispensadas do estabelecido no n.” 1
c) Demonstracêo das alteracêes no capital préprio; as entidades nele referidas cuja actividade predomi-
d) Demonstracao dos fluxos de caixa pelo método nante consista na prestacêo de servicos, considerando-
directo; -se COmo tais, para efeitos deste artigo, as gue apresen-
tem, no periodo de um exercicio, um custo das
e) Anexo.
mercadorias vendidas e das matérias consumidas aue
2 - As entidades a ague se refere o arligo 9.” sao dis- nao exceda € 300 000 nem 20% dos respectivos custos
pensadas de apresentar a demonstracao das alteracêes operacionais.
no capital prêprio e a demonstracêo dos flyuxos de caixa,
6 —- As dispensas previstas na alinea d) do n.” 4e no
podendo apresentar modelos reduzidos relativamente &s
n.” 5 mantêm-se até ao termo do exercicio seguinte
restantes demonstracëes financeiras.
&Aaguele em due, respectivamente, as actividades e as
4 —- Adicionalmente, pode ser apresentada uma entidades neles referidas tenham ultrapassado os limites
demonstracêo dos resultados por funcées. ague as originaram.

Art.” 12% - Inventêrio permanente 7 — Nêo obstante o disposto no nimero anterior, podem
voltar a beneficiar das dispensas previstas na alinea d) do
1- As entidades a gue seja aplicêvel o SNC ou as nor- n” denon”5 as aclvidades e as entidades neles releri-
mas intermnacionais de contabilidade adoptadas pela UE das em relaGëo as auais deixem de se verificar, durante
ficam obrigadas a adoptar o sistema de inventêrio per- dois exercicios consecutivos, os reguisitos estabelecidos
manente na contabilizacêo dos inventêrios, nos seguin- para a concessao da dispensa, produzindo efeitos a partir
tes termos: do exercicio seguinte ao termo daaguele periodo.
a) Proceder &s contagens fisicas dos inventêrios com
referência ao final do exercicio, ou, ao longo do Art.” 13.* - Referências ao Plano Oficial de Contabili-
exercicio, de forma rotativa, de modo a gue cada dade
bem seja contado, pelo menos, uma vez em cada Todas as referências ao Plano Oficial de Contabilidade
@xerclicio; previstas em anteriores diplomas devem passar a ser
b) ldentificar os bens auanto & sua natureza, guanti- entendidas como referências ao SNC.
dade e custos unitêrios e globais, por forma a per- Art.” 14.” - llicitos de mera ordenac&o social
mitir a verificacao, a todo o momento, da correspon-
dência entre as contagens fisicas e os respectivos 1-A entidade sujeita ao SNC aue n&o apligue aualguer
registos contabilisticos. das disposicêes constantes nas normas contabilisticas e

39
a SNC EXPLICADO
/2009, de 13 de dulh
1 Dacreto-Lel n.” 158

de relato financeiro cuja aplicacao Ihe seja exigivel e aue Art.” 15. - Norma revogatêria
distorca com tal prêtica as demonstrac6es financeiras 1- Sêo revogados:
individuais ou consolidadas aue seja, por lei, obrigada a a) O Decreto-Lei n.” 410/89, de 21 de Novembro;
a € 15 000.
apresentar, é punida com coima de € 500 D) O Decreto-Lei n.” 238/91, de 2 de Julho;
a supressao
2 A entidade sujeita ao SNC aue efectue Cc) O Decreto-Lei n.” 29/93, de 12 de Fevereiro;
e ague dis-
de lacunas de modo diverso do ai previsto
ceiras indi-
torca com tal pratica as demonstrac6es finan d) O Decreto-Lei n.” 127/95, de 1 de Junha;
obrigada a
viduais ou consolidadas due seja, por lei, e) O Decreto-Lei n.” 44/99, de 12 de Fevereiro, alte-
apresentar, é punida com coima de € 500 a € 15 000. rado pelo Decreto-Lei n.” 79/2003, de 23 de Abril;
3 A entidade sujeita ao SNC due nêo apresente agual- f) O Decreto-Lei n.” 88/2004, de 20 de Abril;
lei,
guer das demonstracoes financeiras gue seja, por
g) Os artigos 4.%, 7.* e 11.” a 15.” do Decreto-Lei
obrigada a apresentar, ê punida com coima de € 500 a
n. 35/2005, de 17 de Fevereiro.
€ 15 000.
?— Sê0 revogadas as directrizes contabilisticas n.” 1a
4 — Caso as infracg6es referidas nos numeros anterio-
as coimas 29 emitidas pela Comissêo de Normalizacêo Contabi-
res sejam praticadas a titulo de negligência,
sa0 reduzidas a metade. listica.

5 - Na graduaGao da coima sêo tidos em conta os Art.” 16.” - Producëo de efeitos


valores dos capitais préprios e do total de rendimentos O presente decreto-lei entra em vigor no primeiro exer-
das entidades, os valores associados & infraccêo e a cicio gue se inicie em ou apés 1 de Janeiro de 2010.
condic&0 econdmica dos infractores.
6 — A organizagêo do processo e a decisêo sobre apli- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de
cacêo da coima competem ao presidente da Comissao Abril de 2009. - José S6crates Carvalho Finto de Sousa -
de Normalizacêo Contabilistica, com possibilidade de Fernando Teixeira dos Santos - Alberto Bernardes Costa.
delegac&o no vice-presidente da comissêo executiva.
Promulgado em 26 de Junho de 2009.
1— O produto das coimas reverte nas seguintes pro-
porc6es: Publigue-se.
a) 60% para o Estado; O Presidente da Republica, ANIBAL CAVACO SILVA.
b) 40% para a Comissêo de Normalizacêo Contabilistica.
Referendado em 1 de Julho de 2009,
8 — Aos ilicitos de mera ordenacêo social previstos no
presente decreto-lei é subsidiariamente aplicavel o O Primeiro-Ministro, José S6crates Carvalho Pinto de
regime geral do ilicito de mera ordenacao social. Sousa.

40
2 Anexo ao Decreto-Lei
n.” 158/2009, de 13 de Julho”

1
2 Anexe an Derreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julha SNC EXPLICADO

ANEXO $ numa certa data e o desempenho para o periodo abran-


SISTEMA DE NORMALIZACAO CONTABILISTICA gido, fica desde jê& estabelecido, tendo em vista têo
somente a superacao dessa lacuna, o recurso, supleti-
1- Apresentacdo: vamente e pela ordem indicada:

1.1 — O novo modelo de normalizacao contabilistica, As normas internacionais de contabilidade (NIC), adop-
ague agora é criado, sucede ao Plano Oficial de Contabi- tadas ao abrigo do Regulamento (CE) n. 1606/2002, do
lidade (POC) e é designado por Sistema de Normaliza- Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho;
G&0 Contabilistica (SNC). Este Sistema, & semelhanca do As normas internacionais de contabilidade (AS) e nor-
POC, nao é de aplicacêo geral, conforme decorre dos mas internacionais de relato financeiro (IFRS), emitidas
artigos 4.” e 5.” do presente decreto-lei. pelo IASB, e respectivas interpretac6es SIC-IFRIC.
1.2 — Trata-se de um modelo de normalizacêo assente
mais em principios do aue em regras explicitas e gue se 2- Bases para a apresentacio de demonstracdes
pretende em sintonia com as normas internacionais de financeiras (BADF):
contabilidade emitidas pelo International Accounting
Standards Board (IASB) e adoptadas na Uniëo Europeia 2.1 — Ambito, finalidade e componentes:
(UE), bem como coerente com a Directiva n.” 7B/GGO/CEE 2.1.1- As BADF de finalidades gerais estabelecem os
do Conselho, de 25 de Julho de 1978 (Ouarta Directiva), reguisitos globais gue permitem assegurar a comparabi-
ea Directiva n.” B3/349/CEE do Conselho, de 13 de lidade guer com as demonstracêes financeiras de perio-
Junho de 1983 (Sétima Directiva), aue constituem os dos anteriores da mesma entidade, aguer com as
principais instrumentos de harmonizacêao no dominio con-
demonstracêes financeiras de outras entidades. O reco-
tabilistico na UE. Tal coerência encontra-se, aliës, garan-
nhecimento, a mensuracëo, a divulgagëo e os aspectos
tida a partida, uma vez due o processo de adopcao na
particulares de apresentacëo de transacces especifi-
UE das normas internacionais de contabilidade implica o
Cas e outros acontecimentos sao tratados nas NCRF.
respeito pelos critérios estabelecidos no n.” 2 do artigo
3. do Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento
2.1.2 - As demonstrac6es financeiras de finalidades
Europeu e do Conselho, de 19 de Julho.
gerais sêo as aue se destinam a satisfazer as necessida-
des de uientes gue nao estejam em posicêo de exigir rela-
1.4 - O SNC, aue assimila a transposicëo das directi- tOrios feitos para ir ao encontro das suas necessidades
vas contabilisticas da UE, é composto pelos seguintes particulares de informac&o. As demonstracêes financeiras
instrumentos: de finalidades gerais incluem as gue $êo apresentadas
Bases para a apresentacêo de demonstracêes finan- isoladamente ou incluidas num outro documento para o
Ceiras (BADF); publico, tal como um relatério anual ou um prospecto.
Modelos de demonstrac6es financeiras (MDF); 2.1.3 - As demonstracêes financeiras sêo uma represen-
Codigo de contas (CC); tacao estruturada da posicêo financeira e do desempenho
Normas contabilisticas e de relato financeiro (NCRF); financeiro de uma entidade. O objectivo das demonstra-
Norma contabilistica e de relato financeiro para peague- c6es financeiras de finalidades gerais é o de proporcionar
nas entidades (NCRF-PE); iNformagao acerca da posicëo financeira, do desempenho
Normas interpretativas (N). financeiro e dos fluxos de caixa de uma entidade aue seja
A estrutura conceptual, baseada no anexo 5 das -Obser- utl a uma vasta gama de utentes na tomada de decisêes
vac6es relativas a certas disposic6ées do Regulamento (CE) econNOMICas. As demonstracêes financeiras tambêm mos-
n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de tram os resultados da conducëo, por parte do érgao de
19 de Julho-, publicado pela Comissêo Europeia em gestao, dos recursos a ele confiados. Para satisfazer este
Novembro de 2003, gue enguadra aaueles instrumentos, objectivo, as demonstracêes financeiras proporcionam
Constitui um documento auténomo a publicar por aviso do informacao de uma entidade acerca do seguinte:
membro do Governo com responsabilidade prépria ou a) Activos;
delegada pela 4rea das finangas, no Didrio da Republica. b) Passivos;
Cc) Capital prêéprio;
1.4 - Sempre gue o SNC nêo responda a aspectos
d) Rendimentos (réditos e ganhos);
particulares de transacc6es ou situacëes, gue se colo-
guem a dada entidade em matéria de contabilizagêo ou
e) Gastos (gastos e perdas);
de relato financeiro, ou a lacuna em causa seja de tal f) Outras alterac6es no capital préprio: e
modo relevante ague o seu nêo preenchimento impeca o g) Fluxos de caixa.
objectivo de ser prestada informacao gue apresente", de Esta informacëo, juntamente com outra incluida nas
forma verdadeira e apropriada, a posicao financeira notas do anexo, ajuda os utentes das demonstracêes

`A palavra sublinhada e a supressiio da virgula foram corrigidas pelo editor por incoerência do original.

42
SMNC EXPLICADO 2 Anexu an DODecreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julhe

financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da enti- da capacidade da entidade de prosseguir encarando-a
dade e, em particular, a sua tempestividade e certeza. Como uma entidade em continuidade. As demonstra-
2.1.4 — Um conjunto completo de demonstrac6es cées financeiras devem ser preparadas no pressuposto
financeiras inclui: da entidade em continuidade, a menos ague o 6rgêo de
gestao pretenda liguidar a entidade ou cessar de nego-
a) Um balanco;
Ciar, ou ague nêo tenha alternativa realista a nêo ser
D) Uma demonstracêo dos resultados;
adoptar uma dessas alternativas. O 6rgao de gestao
c) Uma demonstracêo das alteracêes no capital préprio;
deve divulgar as incertezas materiais relacionadas com
d) Uma demonstracëo dos flyxos de caixa; e
acontecimentos ou condicêes gue possam lancar duvi-
e) Um anexo em aue se divulguem as bases de pre-
paracê&o e politicas contabilisticas adoptadas e
das significativas acerca da capacidade da entidade de
prosseguir como uma entidade em continuidade.
outras divulgac6es exigidas pelas NCRF.
Ouando as demonstrac6es financeiras néo sejam prepa-
2.1.5 - As demonstrac6es financeiras devem apresen-
radas no pressuposto da continuidade, esse facto deve
tar apropriadamente a posicêo financeira, o desempe-
ser divulgado, juntamente com os fundamentos pelos
nho financeiro e os fluxos de caixa de uma entidade. A
guais as demonstracêes financeiras foram preparadas e
apresentacêo apropriada exige a representacao fide-
a faza80 pela dual a entidade nêo é considerada como
digna dos efeitos das transacc6es, outros acontecimen-
estando em continuidade.
tos e condic6es de acordo com as definicêes e critérios
2.2.2 — Ao avaliar se o pressuposto da entidade em
de reconhecimento para activos, passivos, rendimentos
e gastos estabelecidos na estrutura conceptual. Pre- continuidade é apropriado, o 6rgêo de gestao toma em
Ssume-se aue a aplicacao das NCRF, com divulgacêo consideracêo toda a informacêo disponivel sobre o
adicional auando necessaria, resulta em demonstra- futuro, due é considerado, pelo menos, mas sem limita-
cêes financeiras gue alcancam uma apresentacao apro- Gêo, doze meses a partir da data do balanco. O grau de
priada. consideracdo depende dos factos de cada caso.
Ouando uma entidade tenha uma historia de operac6es
2.1.6 —- Na generalidade das circunstências, uma apre-
lucrativas e acesso pronto a recursos financeiros, pode
Sentacao apropriada é conseguida pela coniormidade
concluir-se, sem necessidade de uma analise pormeno-
com as NCRF aplicêveis. Uma apresentacao apropriada
rizada, aue a base de contabilidade de entidade em
também exige gue uma entidade:
continuidade é apropriada. Noutros casos, o 6rgêo de
a) Seleccione e& adopte politicas contabilisticas de gestao pode necessitar de considerar um vasto legue de
acordo com a NCRF aplicavel; factores relacionados com a rendibilidade corrente e
b) Apresente a informacëo, incluindo as politicas con-
esperada, com esaguemas de reembolso de dividas e
tabilisticas, de uma forma due proporcione a dispo-
potenciais fontes de financiamento de substituicdo, para
nibilizacêo de informacêo relevante, fidvel, compa- poder preencher de forma apropriada o pressuposto da
rêvel e compreensivel; entidade em continuidade.
Cc) Proporcione divulgacêes adicionais guando o cum-
primento dos reauisitos especificos contidos nas 2.3 — Regime de acréscimo (periodizaca0 econémica):
NCRF possa ser insuficiente para permitir a sua
COMPreensao pelos utentes. 2.3.1 — Uma entidade deve preparar as suas demons-
tracoes financeiras, excepto para informacao de fluxos
2.1.7 - As politicas contabilisticas inapropriadas nao
de caixa, utilizando o regime contabilistico de acréscimo
deixam de o ser pelo facto de serem divulgadas ou
(periodizacao econ6mica).
assumidas em notas ou outros materiais explicativos.
2.3.2 — Ao ser usado o regime contabilistico de acréscimo
2.1.8 — A informacao acerca dos fluxos de caixa de uma
(periodizacêo econémica), os itens sêo reconhecidos como
entidade, auando usada juntamente com as restantes
activos, passivos, capital préprio, rendimentos e gastos (os
demonstrac6es financeiras, é util se proporcionar aos uten-
elementos das demonstracêes financeiras) guando satisfa-
tes das mesmas uma base para determinar a capacidade
da entidade para gerar dinheiro e eguivalentes e para
cam as definicêes e os critérios de reconhecimento para
determinar as necessidades da entidade de utilizar esses esses elementos contidos na estrutura conceptual.
fluxos de caixa. As decisêes econémicas due sejam toma-
das pelos utentes exigem uma avaliagêo da capacidade 2.4 — Consistência de apresentacao:
de uma entidade de gerar dinheiro e seus eguivalentese a 2.4.1 - A apresentac&o e a classificagao de itens nas
tempestividade e certeza da sua geragêo. demonstracêes financeiras devem ser mantidas de um
periodo para outro, a menos gue:
2.2 — Gontinuidade:
a) Seja perceptivel, apés uma alteracëo significativa
2.2.1 - Aauando da preparacêo de demonstracêes na natureza das operacêes da entidade ou uma
financeiras, o 6rgao de gestio deve fazer uma avaliacao revisao das respectivas demonstracêes financeiras,

43
2 Anexo ao Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julha SNC EXPLICADO

gue outra apresentacao ou classificacêo é mais 2.6.2 - É importante aue os activos e passivos, e os
apropriada, tendo em consideracao os critêrios rendimentos e gastos, sejam separadamente relatados. A
para a seleccêo e aplicacêo de politicas contabilis- COMPEensacao, guer na demonstracao dos resultados,
ticas contidas na NCRF aplicêvel; ou auer no balanco, excepto guando a mesma reflicta a
b) Uma NCRF estabeleca uma alteracao na apresen- substência da transaccêo ou outro acontecimento, preju-
tacêo. dica a capacidade dos utentes em compreender as tran-
2.4.2 - Uma entidade altera a apresentacëo das suas Saccbes, outros acontecimentos e condicêes gue tenham
demonstracêes financeiras apenas se a apresentacao ocorrido e de avaliar os futuros fluxos de caixa da enti-
alterada proporcionar informacao fiavel e mais relevante dade. A mensuracao de activos liguidos de deducêes de
para os utentes das demonstracêes financeiras e se for valorizacêo, por exemplo, deducëes de obsolescëncia
provével gue a estrutura revista continue, de modo a gue nos inventêrios e deducOes de dividas duvidosas nas
a comparabilidade nêo seja prejudicada. Ao efectuar contas a receber, nêo é considerada uma Compensacêo.
tais alteracêes na apresentacêo, uma entidade reclassi- 2.6.3 - O rédito deve ser mensurado tomando em con-
fica a sua informacëo comparativa de acordo com o sideracêo a guantia de guaisguer descontos comerciais
referido no ponto 2.7 - Informacêo comparativa. e abatimentos de volume concedidos pela entidade.
Uma entidade empreende, no decurso das suas activi-
2.5 — Materialidade e agregacêo: dades ordinarias, outras transacces ague nêo geram
2.5.1 - Cada classe material de itens semelhantes rédito, mas aue sê0 inerentes as principais actividades
deve ser apresentada separadamente nas demonstra- ague o geram. Os resultados de tais transaccêes sao
c6es financeiras. Os itens de natureza ou funcêo disse- apresentados, auando esta apresentacao reflicta a
melhante devem ser apresentados separadamente, a substência da transacGëo ou outro acontecimento, com-
menos aue sejam imateriais. Considera-se gue as omis- pensando gualguer rendimento com os gastos relacio-
s6es ou declaracêes incorrectas de itens sêo materiais nados resultantes da mesma transacceëo. Por exemplo:
aguando podem, individual ou colectivamente, influenciar a) Os ganhos e perdas na alienacëo de activos nao
as decisêes econémicas dos utentes tomadas com base Correntes, incluindo investimentos e activos opera-
nas demonstracêes financeiras. A materialidade Cionais, sêo relatados, deduzindo ao produto da
depende da dimensao e da natureza da omissêo ou do alienacao a guantia escriturada do activo e os gas-
erro, ajuizados nas circunstências gue os rodeiam. A tos de venda relacionados; e
dimensao ou a natureza do item, ou uma combinacao de b) Os dispêndios relacionados com uma provisao0
ambas, pode ser o factor determinante. reconhecida de acordo com a NCRF respectiva e
2.5.2 - As demonstracGes financeiras resultam do pro- reembolsada segundo um acordo contratual com
cessamento de grandes numeros de transaccoes ou terceiros (por exemplo, um acordo de garantia de
outros acontecimentos gue sêo agregados em classes um fornecedor) podem ser compensados com o
de acordo com a sua natureza ou funcao. A fase final do reembolso relacionado.
processo de agregacao e classificacao é a apresenta- 2.6.4 —- Adicionalmente, os ganhos e perdas provenien-
Co de dados condensados e classificados ague formam tes de um grupo de transaccêes semelhantes sao relata-
linhas de itens no balanco, na demonstracao dos resul- dos numa base liguida, por exemplo, ganhos e perdas
tados, na demonstracêo de alteracêes no capital préprio de diferencas cambiais ou ganhos e perdas provenien-
e na demonstracêo de fluxos de caixa ou no anexo. Se tes de instrumentos financeiros detidos para negocia-
uma linha de item naêo for individualmente material, ela é Cao. Estes ganhos e perdas sêo, contudo, relatados
agregada a outros itens seja na face dessas demonstra- separadamente se forem materiais.
COes, seja nas notas do anexo. Um item gue nêo seja
suficientemente material para justificar a sua apresenta- 2.7 - Informacao comparativa:
Cê0 separada na face dessas demonstracêes pade,
2.1.1 - A menos aue uma NCRF o permita ou exija de
porêm, ser suficientemente material para gue seja apre-
outra forma, deve ser divulgada informacao comparativa
sentado separadamente nas notas do anexo.
com respeito ao periodo anterior para todas as guantias
2.5.3 — Aplicar o conceito de materialidade significa relatadas nas demonstracêes financeiras. A informacao
gue um reguisito de apresentacao especifico contido comparativa deve ser incluida para a informacao narra-
numa NCRF nao necessita de ser satisfeito se a informa- tva e descritiva guando seja relevante para a compreen-
CGaO nao for material. sêo das demonstrag6es financeiras do periodo corrente.
2.1.2 - Em alguns casos, a informacao narrativa propor-
2.6 - Compensac&o:
cionada nas demonstrac6es financeiras relativa(s) ao(s)
2.6.1 —- Os activos e passivos, e os rendimentos e gas- periodol(s) anterior(es) continua a ser relevante no periodo
tOS, nao devem ser compensados, excepto guando tal corrente. Por exemplo, os pormenores de uma disputa
for exigido ou permitido por uma NCRF. legal, cujo desfecho era incerto & data do uitimo balanco
SNC EXPLICADO 2 Anexo aa Decreto-Lei n.” 1538/2009, de 13 de Julha

e gue esteja ainda para ser resolvida, sao divulgados no Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu
periodo corrente. Os utentes beneficiam com a informa- e do Conselho, de 19 de Julho.
Ca0 de aue a incerteza existia & data do uitimo balanco e
3.8 — Sêo igualmente publicados através de portaria
com a informacao acerca das medidas adoptadas
do membro do Governo responsêvel pela rea das
durante o periodo corrente para resolver a incerteza.
financas, com a faculdade de delegar, os modelos redu-
2.1.8 —- Ouando a apresentacao e a classificacao de zidos de demonstracëes financeiras a utilizar pelas enti-
itens nas demonstrac6es financeiras sejam emendadas, dades oue, nos termos do artigo 9.” do presente
as aguantias comparativas devem ser reclassificadas, a decreto-lei, possam adoptar a -Norma contabilistica e
menos ague tal seja impraticavel. Considera-se gue a de relato financeiro para peauenas entidades-, a aue se
aplicacëo de um reguisito é impraticêvel guando a enti- refere o capitulo 6.
dade nao o possa aplicar depois de ter feito todos os
esforcos razoëveis para o conseguir.
4 — Gédigo de contas:
2.1.4 - Ouando as guantias comparativas sejam
reclassificadas, uma entidade deve divulgar: 4.1 - É publicado através de portaria do membro do
a) A natureza da reclassificacao; Governo responsêvel pela rea das financas, com a
b) A auantia de cada item ou classe de itens aue faculdade de delegar, o Cédigo de Contas (CC), aue se
tenha sido reclassificada; e pretende seja um documento nêo exaustivo, contendo
Cc) A razao para a reclassificacao. no essencial:
2.7.5 — Ouando for impraticavel reclassificar guantias a) O guadro sintese de contas;
comparativas, uma entidade deve divulgar: b) O cédigo de contas (lista codificada de contas) e
Cc) Notas de enauadramento.
a) A razao para nao as reclassificar; e
b) A natureza dos ajustamentos aue teriam sido feitos 4.2 -O CC deve, também, ser adoptado pelas entida-
se as guantias tivessem sido reclassificadas. des ague, nos termos do artigo 9.” do presente decreto-
2.1.6 — Aperfeicoar a comparabilidade de informacao -lei, possam aplicar a Norma contabilistica e de relato
interperiodos ajuda os utentes a tomar decisêes econé- financeiro para peguenas entidades-, a gue se refere o
micas, sobretudo porague lhes permite avaliar as tendên- capitulo 6, e pode, ainda, ser utilizado pelas entidades
cias na informacêo financeira para finalidades de previ- ague se encontrem obrigadas, ou ague tenham a opcêo
Sê0. Em algumas circunstências, torna-se impraticêvel de aplicar as normas internacionais de contabilidade
reclassificar informacao comparativa para um periodo adoptadas pela UE, nos termos do Regulamento (CE)
em particular para conseguir comparabilidade com o n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho,
periodo corrente. Por exemplo, podem nêo ter sido coli- de 19 de Julho.
Oidos dados nol(s) periodol(s) anterior(es) de modo a
permitir a reclassificacêo e, por isso, pode nao ser prati-
5 — Normas contabilisticas e de relato financeiro
Cavel recriar a informacao.
(NCRF):
5.1 - As NCRF constituem uma adaptacêo das normas
3- Modelos de demonstracêes financeiras (MDF):
internacionais de contabilidade, adoptadas pela UE,
3.1 - S&o publicados, através de portaria do membro tendo em conta o tecido empresarial portuguës e o facto
do Governo responsavel pela &rea das financas, com a de algumas entidades se encontrarem obrigadas ou
faculdade de delegar, os modelos para as seguintes terem a opcêo de aplicar as citadas normas internacio-
demonstrac6es financeiras: nais, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do
a) Balanco: Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho.
b) Demonstracêo dos resultados (por naturezas e por Assim, o conjunto das NCRF pode néo contemplar algu-
func6es); mas normas internacionais e as NCRF podem dispensar a
Cc) Demonstracao das alteracëées no capital prêéprio; aplicac&o de determinados procedimentos e divulgacoes
d) Demonstracêo dos fluxos de caixa; exigidos nas correspondentes normas internacionais,
e) Anexo (divulgacao das bases de preparacao e poli- embora garantindo, no essencial, os critérios de reconhe-
ticas contabilisticas adoptadas e divulgac6es exigi- cimento e de mensuracêo contidos nestas normas.
das pelas NCRP). 5.2 —- As NCRF sêo propostas pela CNC e publicadas
3.2 - Os referidos modelos obedecem, em particular, através de avisos no Didrio da Riepublica, depois de
ao disposto no capitulo 2, podendo, também, ser utiliza- homologadas pelo membro do Governo responsêvel
dos pelas entidades gue se encontrem obrigadas ou gue pela &rea das financas, com a faculdade de delegar,
tenham usado a opcêo de aplicar as normas internacio- sendo de aplicacêo obrigatoria a partir da data de
nais de contabilidade adoptadas pela UE, nos termos do entrada em vigor indicada em cada uma delas.

45
2 Anexo an Decreta-Lei n.” 15B/2009, da 13 de Julha SNC EXPLICADO

6 - Norma contabilistica e de relato financeiro fica desde j& estabelecido, tendo em vista to somente a
para peguenas entidades (NCRF-PE): Superacëo dessa lacuna, o recurso, supletivamente e
pela ordem indicada:
6.1 - Para as entidades aue cumpram os reguisitos do
artigo 9.” do presente decreto-lei é proposta pela CNC e As NCRF e NI:
publicada através de aviso no Didrio da Republica, As NIC, adoptadas ao abrigo do Regulamento
depois de homologada pelo membro do Governo respon- n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho,
sêvel pela drea das financas, com a faculdade de dele- de 19 de Julho;
gar, a norma contabilistica e de relato financeiro para As normas internacionais de contabilidade (IAS) e nor-
peaguenas entidades (NCRF-PE). Esta norma é de aplica- mas internacionais de relato financeiro (IFRS), emitidas
C&0 obrigatoria para as entidades ague, de entre aauelas, pelo ASB, e respectivas interpretacêes SIC-IFRIC.
nao optem pela aplicacêo do conjunto das NCRF.

6.2 - A NCRF-PE condensa os principais aspectos de


7 - Normas interpretativas (NI):
reconhecimento, mensuracao, e divulgacao extraidos
das NCRF, tidos como os reauisitos minimos aplicêveis 7.1 - Sempre ague as circunstências o justifiguem e
as referidas entidades. para esclarecimento e, ou para orientacao sobre o con-
teudo dos restantes instrumentos aue integram o SNC
6.3 - Sempre ague a NCRF-PE nêo responda a aspec-
serêo produzidas normas interpretativas (NI).
tos particulares de transaccêes ou situacëes, due se
cologuem a dada entidade em matéria de contabilizaGëo 7.2 - As NI sêo propostas pela CNC e publicadas atra-
ou de relato financeiro, ou a lacuna em causa seja de tal vés de aviso no Didrio da Fepublica, depois de homolo-
modo relevante gue o seu nê&o preenchimento impeca o gadas pelo membro do Governo responsavel pela rea
objectivo de ser prestada informacëo ague, de forma ver- das financas, com a faculdade de delegar, sendo de
dadeira e apropriada, traduza a posicëo financeira numa aplicacao obrigatêria a partir da data de entrada em
certa data e o desempenho para o periodo abrangido, vigor indicada em cada uma delas.

46
3 Estrutura Conceptual*

* Publicada pelo Aviso n.” 15 652/2008, D.R. n.” 173, Série II, de 2009-09-07

47
4 Estrutura Conceptual SNC EXPLICADO

SISTEMA DE NORMALIZAGAO CONTABILISTICA d) proporcionar aos due estejam interessados no tra-


balho da CNC informacëo acerca da sua aborda-
ESTRUTURA CONCEPTUAL (EG) gem & formulacëo das NCRF.
Este documento tem por base a Estrutura Conceptual do 3 - Esta Estrutura Conceptual nêo é uma NCRF e por
IASB, constante do Anexo 5 das “Observacbes relativas a isso naêo define normas para aualguer mensuracêo parti-
Certas disposicées do Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do Cular ou tema de divulgacao.
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho”, publi-
cado pela Comissêo Europeia em Novembro de 2003. 4- A CNC reconhece gue em alguns casos pode haver
um conflito entre esta Estrutura Conceptual e uma agualaguer
NCRF. Nos casos em aue haja um conilito, os reguisitos da
Prefdcio (pargrafo 1) NCRF prevalecem em relacaêo & Estrutura Conceptual.
1 - As demonstracoes financeiras preparadas com o
propésito de proporcionar informacao aue seja util na Ambito (parêgrafos 5a 7)
tomada de decisêes econémicas devem responder as 5 - Esta Estrutura Conceptual trata:
necessidades comuns da maior parte dos utentes. a) do objectivo das demonstrac6es financeiras;
b) das caracteristicas aualitativas ague determinam a
Com efeito, todos os utentes tomam decisbes econO-
utilidade da informacao contida nas demonstracëes
micas, nomeadamente para:
financeiras;
a) decidir guando comprar, deter ou vender um inves-
c) da definic&o, reconhecimento e mensuracêo dos ele-
timento em capital prêprio; mentos a partir dos guais se constroem as demons-
b) avaliar o zelo ou a responsabilidade do 6rgêo de
tracêes financeiras; e
gestao; d) dos conceitos de capital e de manutencêo de capital.
c) avaliar a capacidade de a entidade pagar e propor-
cionar outros beneficios aos seus empregados; 6 - Esta Estrutura Conceptual respeita as demonstracêes
d) avaliar a seguranca das guantias emprestadas a& financeiras de finalidades gerais (daagui por diante referidas
entidade; Como “demonstrac6es financeiras”) incluindo as demons-
e) determinar as politicas fiscais; tracêes financeiras consolidadas. Tais demonstrac6es
f) determinar os lucros e dividendos distribuiveis; financeiras $êo preparadas e apresentadas pelo menos
g) preparar e usar as estatisticas sobre o rendimento anualmente e dirigem-se as necessidades comuns de infor-
nacional; ou
maGao de um vasto league de utentes. Alguns destes uten-
tes podem exigir, e tém o poder de obter, informacao para
h) regular as actividades das entidades.
alêm da contida nas demonstracêes financeiras. Muitos
As demonstracêes financeiras s&o a maior parte das utentes, porém, tém de depender das demonstracêes
vezes preparadas de acordo com um modelo de conta-
financeiras como a sua principal fonte de informacao finan-
bilidade baseado no custo histérico recuperêvel e no ceira &, por isso, tais demonstracées financeiras devem ser
Conceito da manutencao do capital financeiro nominal. preparadas e apresentadas com vista &s suas necessida-
Isto no significa ague outros modelos e conceitos nao des. Os relatérios financeiros de finalidades especiais, por
pudessem ser mais apropriados, a fim de ir ao encontro exemplo, prospectos e cêlculos preparados para efeitos de
do objectivo de proporcionar informaces especificas. tributacëo, estao fora do Ambito desta Estrutura Concep-
tual. Contudo, a Estrutura Conceptual pode ser aplicada na
Introducao (paragrafos 2 a 11) preparacao de tais relatérios para finalidades especiais
auando os seus reguisitos o permitam.
Finalidade (parêgrafos 2a 4)
1 —- Esta Estrutura Conceptual aplica-se as demonstra-
2 — Esta Estrutura estabelece conceitos due estêo sub- c6es financeiras de todas as entidades comerciais,
jacentes & preparacêo e apresentacêo das demonstra- industriais e de negêcios gue relatam, sejam do sector
cées financeiras para utentes externos. O propêsito publico ou do privado. Uma entidade ague relata é uma
desta Estrutura Conceptual é o de: entidade relativamente & gual existem utentes aue con-
a) ajudar os preparadores das demonstrac6es finan- fiam nas demonstracêes financeiras como a sua princi-
ceiras na aplicacêo das Normas Contabilisticas e pal fonte de informacë&o financeira acerca da entidade.
de Relato Financeiro (NCRF) e no tratamento de
Gonjunto completo de demonstracêes financeiras
t6picos aue ainda tenham de constituir assunto de
(par&grafo 8)
uma dessas Normas;
b) ajudar a formar opiniëo sobre a aderência das 8 - As demonstracêes financeiras fazem parte do pro-
demonstrac6es financeiras as NCRF; cesso do relato financeiro. Um conjunto completo de
C) ajudar os utentes na interpretacêo da informacëo demonstrac6es financeiras inclui normalmente um
Contida nas demonstrac6es financeiras preparadas; e balanco, uma demonstragëo dos resultados, uma

48
SNC EXPLICADO 3 Estrutura Conceptual

demonstracao das alteracêes na posicêo financeira e especialmente guando com ela têm envolvimentas
uma demonstracao de fluxos de caixa, bem como as a prazo, ou dela estêo dependentes.
notas e outras demonstracêes e material explicativo aue f) Governo e seus departamentos - O Governo e os
constituam parte integrante das demonstracëes financei- seus departamentos estêo interessados na alocacao
ras. Elas podem também incluir mapas suplementares e de recursos e, por isso, nas actividades das entida-
informacëêo baseada em tais demonstracêes ou derivada des. Também exigem informacao a fim de regula-
delas, e gue se espera ague seja lida juntamente com rem as actividades das entidades, determinar as
elas. Tais mapas e informacêes suplementares podem politicas de tributacêo e como base para estatisticas
tratar, por exemplo, de informaGêo financeira de seg- do rendimento nacional e outras semelhantes.
mentos industriais e geogrêficos e de divulgacées
g) Publico — As entidades afectam o publico de diver-
acerca dos efeitos das variacêes de precos. As demons-
sos modos. Por exemplo, podem dar uma contribui-
tracoes financeiras nao incluem, porêm, elementos pre-
G&o substancial & economia local de muitas manei-
parados pelo érgêo de gestao, tais como relatêrios,
ras incluindo o numero de pessoas gue empregam
@xposic6es, debate e analise e elementos similares aue
e patrocinar comércio dos formecedores locais. As
possam ser incluidos num relatério financeiro ou anual.
demonstracêes financeiras podem ajudar o publico
ao proporcionar informacao acerca das tendências
Uientes e as suas necessidades de informaca0
e desenvolvimentos recentes na prosperidade da
(paragrafos 9a 11)
entidade e legue das suas actividades.
9 - Nos utentes das demonstracêes financeiras incluem-
10 - Se bem ague nem todas as necessidades de infor-
-se investidores actuais e potenciais, empregados,
macaêo destes utentes possam ser supridas pelas
mutuantes, formecedores & outros eredores comerciais,
demonstrac6es financeiras, hê necessidades gue sêo
clientes, Governo e seus departamentos e o publico. Eles
comuns a todos os utentes.
utilizam as demonstracêes financeiras a fim de satisfaze-
rem algumas das suas diferentes necessidades de infor- 11 —- O 6rgëo de gestao duma entidade tem a responsa-
macao. Estas necessidades incluem o seguinte: bildade primêria pela preparacao e apresentacao das suas
a) Investidores - Os fornecedores de capital de risco e demonstracêes financeiras. O 6rgao de gestao esta tam-
OS seus coNsultores estao ligados ao risco inerente bém interessado na informacao contida nas demonstra-
aoSs, & ao retorno proporcionado pelos, seus investi- cêes financeiras mesmo gue tenha acesso a informacao
mentos. Necessitam de informacêo para os ajudar a adicional de gestêo e financeira due o ajude a assumir as
determinar se devem comprar, deter ou vender. Os suas responsabilidades de planeamento, de tomada de
accionistas estao também interessados em informa- decisêes e de controlo. O érgao de gestêo tem a capaci-
cao ague Ihes facilite determinar a capacidade da dade de determinar a forma e conteudo de tal informacao
entidade pagar dividendos. adicional para satisfazer as suas préprias necessidades.
b) Empregados - Os empregados e os seus grupos Porêm, o relato de tal informacao estê para além do Ambito
representativos estêo interessados na informacao desta Estrutura Conceptual. Contudo, as demonstracêes
acerca da estabilidade e da lucratividade dos seus financeiras publicadas sêo baseadas na informaGëo usada
empregadores. Estao tambéêm interessados na pelo 6rgao de gestêo acerca da posicêo financelra, desem-
informacao ague os habilite a avaliar a capacidade penho e alterac6es na posicëo financeira da entidade.
da entidade proporcionar remuneracêo, beneficios
de reforma e oportunidades de emprego. Objectivo das demonstracdes financeiras
Cc) Mutuantes —- Os mutuantes estéo interessados em (paragrafos 12 a 21)
informaGao ague Ihes permita determinar se os seus
empréstimos, e os juros gue a eles respeitam, serêo 12 —O objectivo das demonstracêes financeiras é o de
pagos guando vencidos. proporcionar informacao acerca da posicëo financeira,
do desempenho e das alterac6es na posic&o financeira
d) Fornecedores e outros credores comerciais - Os
de uma entidade gue seja util a um vasto legue de uten-
formnecedores e outros credores est&o interessados
tes na tomada de decisêes econémicas.
em informaca&o ague Ihes permita determinar se as
guantias gue lhes sêo devidas serao pagas no ven- 13 - As demonstrac6es financeiras preparadas com esta
Cimento. Os credores comerciais estêo provavel- finalidade vê&o de encontro &s necessidades comuns da
mente interessados numa entidade durante um maior parte dos utentes. Contudo, as demonstracoes
periodo mais curto gue os mutuantes a menos ague financeiras n&o proporcionam toda a informacao de due os
estejam dependentes da continuacao da entidade utentes possam necessitar para tomarem decisêes econ6-
COMOo Um cliente importante. micas uma vez aue elas, em grande medida, retratam os
e) Clientes - Os clientes têm interesse em informa- efeitos financeiros de acontecimentos passados e néo pro-
Cê&o acerca da continuacëo de uma entidade, porcionam necessariamente informacao nêo financeira.

SNCE-D
SNC EXPLICADO
4 Estrutura Canceptual

14 — Os utentes das demonstrac6es financeiras due acerca da efic&cia com due a entidade pode empregar
desejem avaliar o zelo ou a responsabilidade do 6rgao recursos adicionais.
de gestêo pelos recursos aue Ihe foram confiados 18 — A informacao respeitante as alterac6es na posicao
fazem-no a fim de gue possam tomar decisêes econdmi- financeira de uma entidade é util a fim de avaliar as suas
Cas; estas decisêes podem incluir, por exemplo, deter aclividades de investimento, de financiamento e opera-
ou vender o seu investimento na entidade ou reconduzir cionais durante o perlodo de relato. Esta informacao é util
ou substituir o 6rgêo de gestêo. ao proporcionar ao utente uma base para determinar a
capacidade de uma entidade para gerar caixa e eguiva-
Posic3o financeira, desempenho e alteracoes na posicao lentes de caixa e as necessidades da entidade para utili-
financeira (pardgrafos 15 a 21) zar esses flyxos de caixa. Ao construir uma demonstra-
15 — As decisêes econémicas aue sejam tomadas pelos ca&o de alteracêes na posicao financeira, os fundos
utentes das demonstrac6es financeiras reguerem uma podem ser definidos de vêrias maneiras, tais como todos
avaliacao da capacidade da entidade para gerar caixa e os recursos financeiros, capital circulante, activos ligui-
eguivalentes de caixa e da tempestividade e certeza da dos ou caixa. Esta estrutura conceptual nêo assume
sua geracao. Esta capacidade determina em ultima instên- nenhuma definicêo especifica de fundos.
cia, por exemplo, a capacidade de uma entidade pagar 19 — A informacao acerca da posica&o financeira é princi-
aos seus empregados e formecedores, satisfazer paga- palmente proporcionada num balanco. A informaGêo acerca
mentos de juros, reembolsar empréstimos e fazer distribui- do desempenho é principalmente dada numa demonstra-
c6es aos seus proprietêrios. Os utentes ficam mais habili- C&0 de resultados. A informacao acerca das alterac6es na
tados para avaliar esta capacidade de gerar caixa e pOSic&o financeira é proporcionada nas demonstrac6es
eaguivalentes de caixa se Ihes for proporcionada informa- financeiras por meio de uma demonstracao separada.
CA ague foague a posicêo financeira, o desempenho e as
20 - As partes componentes das demonstracêes finan-
alterac6es na posicao financeira de uma entidade.
Ceiras inter-relacionam-se poraue reflectem aspectos
16 - A posicëo financeira de uma entidade é afectada diferentes das mesmas transacc6es ou outros aconteci-
pelos recursos econémicos ague ela controla, pela sua mentos. Se bem due cada demonstraca&o proporcione
estrutura financeira, pela sua liduidez e solvência, e pela informacao distinta das outras, é provavel ague nenhuma
sua capacidade de se adaptar as alteragêes no sê por si sirva um propésito unico ou proporcione toda a
ambiente em ague opera. A informacao acerca dos recur- informacëo ague satisfaca as necessidades particulares
SOS @conNÊMIcos controlados pela entidade e a sua dos utentes. Por exemplo, uma demonstragao de resulta-
capacidade no passado para modificar estes recursos ë dos proporciona uma imagem incompleta do desempe-
util na predicëo da capacidade da entidade para gerar nho a menos gue seja usada juntamente com o balanco
no futuro caixa e eguivalentes de caixa. A informacao ea demonstracêo das alterac6es da posicêo financeira.
acerca da estrutura financeira é util na predicao de futu-
ras necessidades de empréstimos e de como os lucros Notas as demonstracoes financeiras (paragrafo 21)
futuros e fluxos de caixa ser&o distribuidos entre os gue 21 - As demonstracêes financeiras tambéêm contêm
têm interesses na entidade; é também util ao predizer notas e guadros suplementares e outras iniormacêes.
due sucesso a entidade provavelmente terd em conse- Por exemplo, elas podem conter informacëo adicional
guir fundos adicionais. A iniormacao acerca da liguidez gue seja relevante para as necessidades dos utentes
e solvência é util na predicao da capacidade da enti- acerca dos itens do balanco e da demonstragdo dos
dade para satisfazer os seus compromissos financeiros resultados. Podem incluir divulgac6es acerca dos riscos
& medida aue se vencerem. A liguidez refere-se & dispo- e incertezas gue afectem a entidade e auaisguer recur-
nibilidade de caixa no futuro préxXimo depois de ter em sos @ obrigac6es nêo reconhecidos no balanco (tais
Conta os compromissos financeiros durante este CoOmMmo recursos minerais). A informacao acerca dos seg-
periodo. A solvência refere-se & disponibilidade de caixa mentos geograficos e industriais e os efeitos na entidade
durante prazo mais longo para satisfazer os compromis- das variac6es de precos é também muitas vezes propor-
sos financeiros &A medida gue se vengam. cionada na forma de iniormacao suplementar.
17 — A informacëéo acerca do desempenho de uma enti-
dade, em particular a sua lucratividade, é necessêria a fim Pressupostos subjacentes (paragrafos 22 e 23)
de determinar as alteraG6es potenciais nos recursos eco-
Regime de acréscimo (periodizacêo econémica)
nÊMICos ague seja provavel dgue ela controle no futuro. A
(pargrafo 22)
informaGao acerca da variabilidade do desempenho éê, a
este respeito, importante. A informac&o acerca do desem- 22 —A tim de satisfazerem os seus objectivos, as
penho é util na predicêo da capacidade da entidade demonstracëes financeiras sêo preparadas de acordo
gerar fluxos de caixa a partir dos seus recursos bêsicos com o regime contabilistico do acréscimo (ou da periodi-
existentes. É também Gil na formacao de juizos de valor Zac&o econémica). Através deste regime, os efeitos das

50
SNG EXPLIGADODO 3 Estrutura Conceptual

transaccêes e de outros acontecimentos sê0 reconheci- tem a gualidade da relevência guando influencia as
dos aguando eles ocorram (e nêo aguando caixa ou eaui- decisées economicas dos utentes ao ajuda-los a avaliar
valentes de caixa sejam recebidos ou pagos) sendo os acontecimentos passados, presentes ou futuros ou
registados contabilisticamente e relatados nas demons- confirmar, ou corrigir, as suas avaliacëes passadas.
trac6es financeiras dos periodos com os aguais se rela-
21 — As func6es preditiva e confirmatéria da informacao
cionem. As demonstracëes financeiras preparadas de
estao inter-relacionadas. Por exemplo, a informacêo
acordo com o regime de acréscimo informam os utentes
acerca do nivel corrente e da estrutura da detencëo de
nao somente das transaccêes passadas envolvendo o
activos tem valor para os utentes, guando estes se esfor-
pagamento e o recebimento de caixa mas também das
cam por predizer a capacidade da entidade para tirar van-
obrigacêes de pagamento no futuro e de recursos gue
tagem das oportunidades e a capacidade de reagir a
representem caixa a ser recebida no futuro. Deste modo,
Situacëes adversas. A mesma informacao desempenha
proporciona-se informacao acerca das transaccêes pas-
um papel confimatêrio a respeito de predicëes passadas,
sadas e outros acontecimentos due seja mais util aos
acerca, por exemplo, do caminho em ague a entidade seria
utentes na tomada de decisêes econémicas.
estruturada ou do resultado de operac6es planeadas.
Continuidade (parêgrafo 23) 28 — A informacao acerca da posicêo financeira e do
23 — As demonstracêes financeiras sê&o normalmente desempenho passado é freguentemente usada como a
preparadas no pressuposto de gue uma entidade é uma base para predizer a posicêo financeira e o desempenho
entidade em continuidade e de gue continuard a operar futuros e outros assuntos em gue os utentes estejam direc-
no futuro previsivel. Daaui gue seja assumido aue a enti- tamente interessados, tais como pagamento de dividen-
dade nêo tem nem a intencao nem a necessidade de dos e de salêrios, movimentos de precos de titulos e a
liguidar ou de reduzir drasticamente o nivel das suas capacidade da entidade de satisfazer os seus cCompromis-
operacbes; se existir tal intencao ou necessidade, as sos & medida ague se vencam. Para ter valor preditivo, a
demonstrac6es financeiras podem ter gue ser prepara- iNformacao nao necessita de estar na forma de uma previ-
das segundo um regime diferente e, se assim for, o sa0 explicita. A capacidade de fazer predic6es a partir das
regime usado deve ser divulgado. demonstracêes financeiras é porém melhorada pela
maneira como ë apresentada a informacao sobre as tran-
sacc6es e acontecimentos passados. Por exemplo, o valor
Garacteristicas gualitativas das demonsirac6es finan- preditivo da demonstracao dos resultados é aumentado se
ceiras (paragrafos 24 a 46) os itens dos rendimentos ou de gastos nêo usuais, anor-
24 — As caracteristicas aualitativas s&0 os atributos mais e nêo freguentes forem separadamente divulgados.
aue tormam a informaca&o proporcionada nas demonstra-
cêes financeiras util aos utentes. As guatro principais Materialidade (paragrafos 29 e 30)
Caracteristicas gualitativas sao a compreensibilidade, a 29 - A relevência da informacêo é afectada pela sua
relevência, a fiabilidade e a comparabilidade. natureza e materialidade. Nalguns casos, a natureza da
informacêo é por si mesma suficiente para determinar a sua
Compreensibilidade (par&grafo 25) relevancia. Por exemplo, o relato de um novo segmento
25 — Uma aualidade essencial da informaGëo propor- pode afeclar a avaliagêo dos riscos e oportunidades due
Cionada nas demonstrac6es financeiras é a de aue ela se deparam & entidade independentemente da materiali-
seja rapidamente compreensivel pelos utentes. Para dade dos resultados conseguidos pelo novo segmento no
este fim, presume-se gue os ufentes tenham um razoëvel periodo de relato. Noutros casos, guer a natureza duer a
Conhecimento das actividades empresariais e econémi- materialidade sêo importantes, como por exemplo, as
Cas e da contabilidade e vontade de estudar a informa- guantias de inventêrios detidas em cada uma das princi-
Gëo com razoavel diligéncia. Porém, a informacaêo pais categorias aue sejam apropriadas para o negécio.
acerca de matérias complexas, a incluir nas demonstra- 30 - A informacao é material se a sua OmIssêO OU iNE-
GOes financeiras dada a sua relevência para a tomada xactidao influenciarem as decisêes econémicas dos
de decisêes dos utentes, nêo deve ser excluida mera- utentes tomadas na base das demonstracêes financei-
mente com o fundamento de ague ela possa ser dema-
ras. A materialidade depende da dimensao do item ou
Siado dificil para a compreensêo de certos utentes.
do erro julgado nas circunstências particulares da sua
OMISSaO ou distorcao. Por conseguinte, a materialidade
Relevência (par&grafos 26 a 28”)
Droporciona um patamar ou ponto de corte, nao sendo
26 — Para ser util, a informacao tem de ser relevante uma caracteristica agualitativa primêria gue a informacgêo
para a tomada de decisêes dos utentes. A informacêo tenha de ter para ser uil.

“O nimero sublinhado foi corrigido pelo editor por incoerência do original.

51
*
SNC EXPLICADO
3 Estrutura Concepmtual

Fiabilidade (par&grafos 31 e * 32%) forma legal ou idealizada. Por exemplo, uma entidade pode
alienar um activo a uma terceira entidade de tal maneira gue
31 - Para gue seja ut, a informaGêo tambeêm deve ser a documentac&o tenha por fim passar a propriedade legal a
fiëvel. A informacao tem a agualidade da fiabilidade
essa entidade; contudo, podem existir acordos gue assegu-
aguando estiver isenta de erros materiais e de preconcei- rem ague a entidade continua a fruir os beneficios econdmi-
tos, e os utentes dela possam depender ao representar
cos incorporados no activo. Em tais circunstências, o relato
fidedignamente o gue ela ou pretende representar ou de uma venda nêo representaria fidedignamente a transac-
pode razoavelmente esperar-se gue represente.
C&0 celebrada (se na verdade houve uma transaceao).
32 — A informacao pode ser relevante mas tao pouco fië-
vel por natureza ou representac&o due o seu reconheci- Neutralidade (parêgrafo 36)
mento pode ser potencialmente enganador. Por exemplo,
36 — Para aue seja fiëvel, a informagaêo contida nas
se a validade e auantia de uma reclamacao por danos demonstrac6es financeiras tem de ser neutra, isto ê, livre
SOb accëo legal estiverem em disputa, pode ser inapro-
de preconceitos. As demonstracêes financeiras nao sa0
priado para a entidade reconhecer no balanGo a guantia
neutras se, por via da seleccao ou da apresentaGëo da
inteira da reclamacao, embora possa ser apropriado
informacêo, elas influenciarem a tomada de uma deci-
divulgar a guantia e circunstências da reclamacao.
sê0 ou UM juizo de valor a fim de atingir um resultado ou
um efeito predeterminado.
Representacao fidedigna (parêgrafos 33 e 34)
33 — Para ser fiëvel, a informagao deve representar Prudência (parêgrafo 37)
fidedignamente as transaccêes e outros acontecimentos
37 —- Os preparadores das demonstrac6es financeiras
gue ela ou pretende representar ou possa razoavel-
tém, porém, de lutar com as incertezas due inevitavel-
mente esperar-se gue represente. Assim, por exemplo, o
mente rodeiam muitos acontecimentos e circunstências,
balanco deve representar fidedignamente as transac-
tais como a cobrabilidade duvidosa de dividas a receber,
cêes e outros acontecimentos de aue resultem activos,
a vida util provêvel de instalac6es e edguipamentos e o
passivos e capital préprio da entidade na data do relato
numero de reclamac6es de garantia gue possam ocorrer.
gue satisfacam os critérios de reconhecimento.
Tais incertezas sêo reconhecidas através da divulgacao
34 - A maior parte da informacëo financeira esta sujeita da sua natureza e extensêo e pela aplicagao de prudên-
a algum risco de nêo chegar a ser a representacëo fide- cia na preparacêo das demonstracêes financeiras. A pru-
digna daauilo gue ela pretende retratar. Isto nao é devido dência é a inclusêo de um grau de precauGëo no exercil-
a preconceito, mas antes a dificuldades inerentes seja na Cio dos juizos necessêrios ao fazer as estimativas
identificacao das transaccoes e outros acontecimentos a necessêrias em condic6es de incerteza, de forma gue os
serem mensurados seja na concepcao e aplicacëo de activos ou os rendimentos nêo sejam sobreavaliados e os
técnicas de mensuracêo e apresentacêo aue possam passivos ou os gastos no sejam subavaliados. Porêm, o
COMUNICar MEensagens due correspondam a essas tran- exercicio da prudência nêo permite, por exemplo, a cria-
saccBes e acontecimentos. Em certos casos, a mensura- C&o de reservas ocultas ou provisêes excessivas, a suba-
Cê&o dos efeitos financeiros dos itens podera ser tao valiac&o deliberada de activos ou de rendimentos, ou a
incerta gue as entidades geralmente nao os reconhece- deliberada sobreavaliac&o de passivos ou de gastos,
r&0o nas demonstrac6es financeiras; por exemplo, se bem porgue as demonstracêes financeiras nêo seriam neutras
ague a maior parte das entidades gerem internamente
e, por isso, nêo teriam a gualidade de fiabilidade.
trespasse (goodwill) no decorrer do tempo, é geralmente
dificil identificar ou mensurar com fiabilidade esse tres-
Plenitude (pardgrafo 38)
passe (goodwil). Noutros casos, poréêm, pode ser rele-
vante reconhecer os itens e divulgar o risco de erro gue 38 — Para gue seja fiëvel, a informacêo nas demonstra-
rodeia o seu reconhecimento e a sua mensuracao. G6es financeiras deve ser completa adentro dos limites de
materialidade e de custo. Uma omissêo pode fazer com
Substincia sobre a forma (pardgrafo 35) gue a informacëo seja falsa ou enganadora e por conse-
guinte nao fiëvel e deficiente em termos da sua relevência.
35 — Se a informacao deve representar fidedignamente as
transaccêes e outros acontecimentos aue tenha por fim
Comparabilidade (pargrafos 39 a 42)
representar, ê necessêrio due eles sejam contabilizados e
apresentados de acordo com a sua substência e realidade 39 — Os utentes têm de ser capazes de comparar as
@con6mica e naAo meramente com a sua forma legal. A demonstrac6es financeiras de uma entidade ao longo do
substência das transacc6es ou de outros acontecimentos tempo a fim de identificar tendências na sua posicêo finan-
nem sempre é consistente com a gue é mostrada pela sua ceira e no seu desempenho. Os utentes têm também de

`A palavra e o numero sublinhados foram corrigidas pelo editor por incoerência do original.

52
Fr
SNC EXPLICADO 3 Estrutura Conceptual

ser Capazes de comparar as demonstracêes financeiras de soes. Para conseguir a ponderacëo entre relevência e
diferentes entidades a fim de avaliar de forma relativa a sua fiabilidade, a consideracêo dominante é a de como
posicêo financeira, o seu desempenho e as alteracées na melhor satisfazer as necessidades dos utentes nas
posicaêo financeira. Daagui aue a mensuracëo & eXPOSIGAO tomadas de decisêes econémicas.
dos efeitos financeiros de transaccêes e outros aconteci-
mentos semelhantes devam ser levados a efeito de Balanceamento entre beneficio e custo (pargrafo 44)
maneira consistente em toda a entidade e ao longo do 44 — A ponderaGëo entre beneficio e custo é mais um
tempo nessa entidade e de maneira consistente para dife- constrangimento influente do gue uma caracteristica guali-
rentes entidades. tativa. Os beneficios derivados da informagao devem exce-
40 — Uma implicac&o importante da caracteristica aguali- der o custo de a proporcionar. A avaliac&o dos beneficios e
tativa da comparabilidade é a de due os utentes sejam Custos é, contudo, substancialmente um processo de ajui-
informados das politicas contabilisticas usadas na prepa- Zamento. Para alêm disso, os custos néo recaem necessa-
racêo das demonstracêes financeiras, de guaisaguer alte- riamente sobre os utentes gue usufruem os beneficios. Os
racées nessas politicas e dos efeitos de tais alterac6es. beneficios podem também ser usufruidos pelos utentes
Os utentes necessitam de ser capazes de identificar dife- due néo sejam aagueles para guem a informac4o é prepa-
rencas entre as politicas contabilisticas para transaccoes rada; por exemplo, o formecimento de informacao adicional
e outros acontecimentos semelhantes usados pela
a mutuantes pode reduzir os custos dos empréstimos obti-
mesma entidade de periodo para perliodo e entre diferen- dos por uma entidade. Por estas raz6es é difici aplicar um
teste custo-beneficio a gualguer caso particular. N&o obs-
tes entidades. A conformidade com as NCRF, incluindo a
divulgacêo das politicas contabilisticas usadas pela enti- tante, os normalizadores em particular, assim Como os pre-
paradores e utentes das demonstracêes financeiras,
dade, ajuda a conseguir comparabilidade.
devem estar conscientes deste constrangimento.
41 — A necessidade de comparabilidade nao deve ser
confundida com a mera uniformidade e nao deve ser Balanceamento entre caracteristicas gualitativas (parêgrafo 45)
permitido ague se tore um impedimento & introducao de
45 — Na praêtica é muitas vezes necessêrio um balancea-
normas contabilisticas melhoradas. Naêo é apropriado
mento, ou um compromisso, entre caracteristicas aualitati-
gue uma entidade continue a contabilizar da mesma
vas. Geralmente a aspiracao é conseguir um balancea-
maneira uma transaccao ou outro acontecimento se a
mento apropriado entre as caracteristicas a fim de ir ao
politica adoptada nêéo estiver de acordo com as caracte-
encontro dos objectivos das demonstrac6es financeiras.
risticas gualitativas da relevancia e da fiabilidade. É tam-
A importência relativa das caracteristicas em casos dife-
bém inapropriado gue uma entidade deixe as suas politi-
rentes é uma auestêo de juizo de valor profissional.
cas contabilisticas inalteradas auando existam
alternativas mais relevantes e fiëveis. Imagem verdadeira e apropriada/apresentacao apro-
42 — Porague os utentes desejam comparar a posicao priada (pargrafo 46)
financeira, o desempenho e as alteracêes na posicao
A6 - As demonstracêes financeiras sêo freaguente-
financeira de uma entidade ao longo do tempo, é impor- mente descritas como mostrando uma imagem verda-
tante gue as demonstragées financeiras mostrem a infor- deira e apropriada de, ou como apresentando apropria-
macao correspondente dos periodos precedentes. damente, a posicêo financeira, o desempenho e as
alterac6es na posicêo financeira de uma entidade. Se
CGonstrangimentos a informaGao relevante e fidvel bem due esta Estrutura Conceptual nêo trate directa-
(pardgrafos 43 a 45) mente tais conceitos, a aplicacao das principais caracte-
risticas agualitativas e das normas contabilisticas apro-
Tempestividade (parêgrafo 43)
priadas resulta normalmente em demonstrac6es
43 — Se houver demora indevida no relato da informa- financeiras ague transmitem o ague é geralmente enten-
Co ela pode perder a sua relevência. O 6rgao de ges- dido como uma imagem verdadeira e apropriada de, ou
t&o pode necessitar de balancear os mêritos relativos do Como apresentando razoavelmente, tal informacëo.
relato tempestivo com o fornecimento de informacao fië-
vel. Para proporcionar informacao numa base tempes-
Elementos das demonstracdes financeiras
tiva pode muitas vezes ser necessario relatar antes de
Serem conhecidos todos os aspectos de uma transac-
(pardgrafos 47 a 79)
C&0 ou outro acontecimento, diminuindo por conseguinte 41 — As demonstrac6es financeiras retratam os efeilos
a fiabilidade. Ao contrêrio, se o relato for demorado até financeiros das transaccêes e de outros acontecimentos
ague todos os aspectos sejam conhecidos, a informacaêo ao agrupê-los em grandes classes de acordo com as
pode ser altamente fiëvel mas de pouca utilidade para suas caracteristicas econédmicas. Estas grandes classes
OS utentes gue tenham tido entretanto de tomar deci- $&O constituidas pelos elementos das demonstrac6es

53
SNC EXPLICADO SN

locado para a maior parte da sua vida util em troca de en


dire etemente relacionados
30 financeira No balanco registar uma obrigacao de pagar por esse direito uma na
e os capitais préprios.
Guantia aproximada ao respectivo justo valor do activo e da
respectivo encargo financeiro. Daaui gue, a locacao de
financeira déê origem a itens ague satisfazem a definicêo “ki
de activo e passivo e sêo reconhecidos como tais no es
balanco do locatario.
GE
Activos (pardgrafos 52 a 58)
As
52 — Os beneficios econdmicos futuros incorporados pr
a roles num activo sêo0 o potencial de contribuir, directa ou indi-
rectamente, para o fluxo de caixa e eguivalentes de
Caixa para a entidade. O potencial pode ser um potencial er
produtivo gue faca parte das actividades operacionais Cr
da entidade. Pode também tomar a forma de convertibili- dt
dade em caixa ou eauivalentes de caixa ou a capaci-
dade de reduzir os exfluxos de caixa, tais como guando pt
um processo alternativo de fabricacao baixe os custos pl
de producao. di

53 - Uma entidade emprega geralmente os seus acti-


relacionados com a vos para produzir bens ou servicos capazes de satisfa-
sio os aclivos, os

oo
zZer os desejos ou as necessidades de clientes; pelo
a0 ) delinidos COMOo segue: facto de estes bens e servicos poderem satisfazer esses

D
do pela entidade como desejos ou necessidades, os clientes estêo preparados

DB
S passados e do aual para pagê-los, contribuindo assim para o fluxo de caixa
aa entidade beneficios da entidade. O préprio dinheiro presta um servico & enti-

PA
dade por causa da sua predominência sobre os outros
recursos.
en es da liauida-

BAD
54 — Os beneficios econdmicos futuros incorporados
resulte um exfluxo de num activo podem fluir para a entidade de diferentes
Orporando beneficios eco- maneiras. Por exemplo, um activo pode ser:
BRIT
a) usado isoladamente ou em combinacao com outros

%
activos na producao de bens ou servicos para

mm
serem vendidos pela entidade;
b) trocado por outros activos;

MERE
c) usado para liguidar um passivo; Ou
d) distribuido aos proprietêrios da entidade.

55 — Muitos activos, por exemplo, activos fixos tangi-


passivos no balanco veis, tém uma forma fisica. Porém, a forma fisica nêo é
mm

S de reconhecimento essencial & existência de um activo: daaui gue as paten-


mm

tes e os direitos de autor, por exemplo, sejam activos se


se espera aue deles fluam beneficios econémicos futu-


ros para a entidade e se eles forem controlados pela
entidade.

56 — Muitos activos, por exemplo, as dividas a receber e


propriedades, estêo associados a direitos legais, incluindo
o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um
JES dar atencêo activo, o direito de propriedade nao é essencial; por con-
realidade @CoNÊMiIca & seguinte, por exemplo, a propriedade detida sob locac&o
Por conseguinte, por é um activo se a entidade controlar os beneficios gue
Inanceiras, a substan- espera ague fluam da propriedade. Se bem aue a capaci-
) as de due o locatêrio dade de uma entidade de controlar beneficios seja geral-
iCOS do uso do activo mente a conseguência de direitos legais, um item pode no

54
SNC EXPLICADO 2 Estrutura Conceptual

entanto satisfazer a definic&o de activo mesmo aguando presente. Normalmente uma obrigacao surge somente
no haja controlo legal. Por exemplo, o “know-how” obtido auando o activo é entregue ou a entidade entra num
das actividades de desenvolvimento pode satisfazer a acordo irrevogével para adduirir o activo. No uitimo caso,
definicëo de activo guando, ao conservar secreto esse a natureza irrevogdavel do acordo significa gue as conse-
“know-how"”, uma entidade controle os beneficios ague aguências econémicas da falha de honrar o compromisso,
espera gue dele fluam. por exemplo, por causa da existência de uma penalidade
substancial, deixa a entidade com pouca ou nenhuma
57 - Os activos de uma entidade resultam de transac-
margem para evitar o exfluxo de recursos para uma outra
cêes passadas ou de outros acontecimentos passados.
parte.
As entidades normalmente obtêm activos pela sua com-
pra ou producëo, mas outras transaccêes ou aconteci- 61 —- A liauidacao de uma obrigacao presente envolve
mentos podem gerar activos; incluem-se como exem- geralmente ague a entidade ceda recursos incorporando
plos a propriedade recebida do Governo por uma beneficios econémicos a fim de satisfazer a reivindicacao
entidade como parte de um programa para encorajar o da outra parte, A liguidacao de uma obrigacêo presente
erescimento econémico numa rea e a descoberta de pode ocorrer de maneiras vêrias, por exemplo, por:
depêsitos minerais. As transacc6es ou acontecimentos a) pagamento a dinheiro;
ague se espera gue venham a ocorrer no futuro nao dao b) transferência de outros activos;
por si préprios origem a activos; daagui due, por exem- Cc) prestacëo de servicos;
plo, uma intencêo de comprar inventêrios nêo satisfaz a d) substituic&o dessa obrigacêo por outra ou
definicao de activos. e) conversêo da obrigacêo em capital préprio.
58 - Hê uma intima associagao entre dispêndios em Uma obrigacao pode também ser extinta por outros
gue se incorrem e activos due se geram mas ambos nao meios, tais como um credor abdicar ou perder os seus
coincidem necessariamente. Daaui due, guando uma direitos.
entidade incorre em dispêndios, isto possa proporcionar 62 — Os passivos resultam de operacëes passadas ou
prova de ague beneficios econémicos futuros foram pro- de outros acontecimentos passados. Assim, por exem-
curados mas nêo é prova concludente de gue um item plo, a aauisicêo de bens e o uso de servicos déo origem
ague satisfaca a definic&o de activo tenha sido obtido. a dividas comerciais a pagar (a menos ague pagos
Semelhantemente a ausência de um dispêndio relacio- adiantadamente ou no acto da entrega) e o recebimento
nado nao evita gue um item satisfaca a definicao de de um empréstimo bancërio resulta numa obrigacêo de
activo e por conseguinte se tore um candidato ao reco- pagar o empréstimo. Uma entidade pode tambêm reco-
nhecimento no balance; por exemplo, itens ague tenham nhecer como passivos os descontos futuros baseados
sido doados & entidade podem satisfazer a definicêo de nas compras anuais feitas por clientes; neste caso, a
activo. venda de bens no passado é a operacao aue dé origem
a0 passivO.
Passivos (parêgrafos 59 a 63)
63 - Alguns passivos s6 podem ser mensurados usando
59 — Uma caracteristica essencial de um passivo é a um grau substancial de estimativa, designando-se estes
de ague a entidade tenha uma obrigacao presente. Uma passivos como provisêes. Ouando uma provisêo envolva
Obrigacao é um dever ou responsabilidade para agir ou uma obrigacêo presente e satisfaca a definicao do pard-
executar de certa maneira. As obrigacêes podem ser grafo 49 b), ela é um passivo mesmo gue a respectiva
legalmente impostas como conseaguência de um con- auantia tenha de ser estimada. Como exemplos indicam-
trato vinculativo ou de reduisito estatutdrio. Este é geral- -se as provisêes para pagamentos a serem feitos relativa-
mente o caso, por exemplo, de aguantias a pagar por mente a garantias existentes e provisêes para cobrir as
bens e servicos recebidos. As obrigacêes tambêm sur- obrigacêes de pensêes de reforma.
gem, porém, das praticas normais dos negdcios, costu-
mes e de um desejo de manter boas relac6es negociais Capital préprio (parêgrafos 64 a 67)
ou de agir de maneira eguilibrada. Se, por exemplo, uma
64 — Se bem aue o capital préprio seja definido no para-
entidade decidir como auestao de politica rectificar defi-
grafo 49 c) como um residuo, ele pode ser subclassifi-
ciëncias nos seus produtos mesmo auando estas se tor-
cado no balanco. Por exemplo, numa sociedade, os fun-
nem evidentes apés o periodo de garantia ter expirado,
dos contribuidos pelos accionistas, os resultados
SêO passivos as guantias gue se espera due sejam gas-
transitados e as reservas aue representem ajustamentos
tas respeitantes a bens jê vendidos.
de manutenc&o do capital podem ser mostradas separa-
60 - Deve distinguir-se entre uma obrigacêo presente e damente. Tais classificacêes podem ser relevantes para
Um compromisso futuro. Por exemplo, uma decisêo do as necessidades de tomada de decisées dos utentes das
6rgëo de gestio de uma entidade para adauirir activos demonstracêes financeiras auando indiguem restricoes
no futuro nao daé, por si prépria, origem a uma obrigacêo legais ou outras sobre a capacidade da entidade distribuir

55
2 Estrutura Conceptual SNC EXPLICADO

ou, de outra maneira, aplicar o seu capital préprio. Podem influxos ou aumentos de activos ou diminuicoes de
também reflectir o facto de detentores de capital numa passivos gue resultem em aumentos no capital prê-
entidade terem direitos diferentes em relagao ao recebi- prio, gue nêo sejam os relacionados com as contri-
mento de dividendos ou ao reembolso de capital proprio buicëes dos participantes no capital proprio;
Contribuido. D) Gastos sêo diminuic6es nos beneficios econ6micos
durante o periodo contabilistico na forma de exflu-
65 — A criacao de reservas é algumas vezes exigida
XOS ou deperecimentos de activos ou na incorrência
pelos estatutos ou por outra legislacêo a fim de dar & enti-
de passivos gue resultem em diminuicêes do capital
dade e aos seus credores uma medida adicional de pro-
préprio, aue nêo sejam as relacionadas com distri-
teccêo dos efeitos de perdas. Podem ser estabelecidas
buic6es aos participantes no capital proprio.
outras reservas se a legislac&o fiscal nacional conceder
isencées de, ou reducao em, passivos fiscais guando 70 - As definicêes de rendimentos e de gastos identifi-
sejam feitas transferências para tais reservas. A existência cam as suas caracteristicas essenciais mas nio tentam
e dimensêo destas reservas legais, estatulêrias e fiscais é especificar os critérios gue necessitar&o de ser satisfei-
informacëo gue pode ser relevante para as necessidades tos antes de serem reconhecidos na demonstracêo dos
de tomada de decisêo dos utentes. As transferências resultados. Os critérios para o reconhecimento de rendi-
para tais reservas sêo apropriacêes de resultados transi- mentos e de gastos sêo tratados nos paragrafos 80 a 96.
tados, nao sendo, por conseguinte, gastos.
71 - Os rendimentos e os gastos sê0 apresentados na
66 — A guantia pela aual o capital préprio é mostrado no demonstracao dos resultados de formas diversificadas,
balanco esté dependente da mensuracao dos activos e a fim de proporcionar informatao ague seja relevante
dos passivos. Normalmente, a auantia agregada do capi- para a tomada de decisêes econémicas. Esta diversifi-
tal pr6prio somente por coincidência corresponde ao Ccacëo é feita na base de gue a origem de um item ë
valor de mercado agregado das accêes da entidade ou a relevante na avaliacêo da capacidade da entidade gerar
soma aue poderia ser obtida pela alienacëo aguer dos caixa ou eguivalentes de caixa no futuro.
activos liguidos numa base fragmentdria guer da entidade
como um todo segundo o pressuposto da continuidade. Rendimentos (parêgrafos 72 a 75)
67 — As actividades comerciais, industriais e de negé- 72 — A definic&o de rendimentos engloba auer réditos
Cios, Sé0 muitas vezes levadas a efeito por meio de enti- auer ganhos. Os réditos provêm do decurso das activi-
dades tais como entidades em nome individual, parce- dades correntes (ou ordindrias) de uma entidade sendo
rias, empreendimentos conjuntos e variados tipos de referidos por uma variedade de nomes diferentes
entidades estatais de negocios. A estrutura legal e regu-
incluindo vendas, honorêrios, juros, dividendos, royalties
ladora para tais entidades é muitas vezes diferente da
e rendas.
aplicêvel &s sociedades. Por exemplo, podem existir
algumas restricées na distribuicêo aos proprietêrios ou a 13 - Os ganhos representam outros itens gue satisfa-
outros beneficiërios de guantias incluidas no capital pré- cam a definic&o de rendimentos e podem, ou nêo, provir
prio. Contudo, a definicao de capital préprio e os outros do decurso das actvidades correntes (ou ordinêrias) de
aspectos desta Estrutura Conceptual gue tratam do uma entidade. Os ganhos representam aumentos em
capital préprio sao apropriados para tais entidades. beneficios econémicos & como tal nao so de natureza
diferente do rédito. Daagui gue nêo sao vistos como consti-
Desempenho (parêgrafos 68 a 71) tuindo um elemento separado nesta Estrutura Conceptual.

68 - O lucro é freguentemente usado como uma 74 - Os ganhos incluem, por exemplo, os gue provêm
medida de desempenho ou como a base para outras da alienacëêo de activos nêo correntes. A definicao de
mensurac6es, tais como o retorno do investimento ou os rendimentos também inclui ganhos nêo realizados; por
resultados por accêo. Os elementos directamente rela- exemplo, os gue provenham da revalorizacêo de titulos
cionados com a mensuracêo do lucro s&o rendimentos e negocidveis e os aue resultem de aumentos na aguantia
gastos. O reconhecimento e mensuracêo dos rendimen- escriturada de activos a longo prazo. Ouando os ganhos
tos e gastos, e conseguentemente do lucro, depende sejam reconhecidos na demonstracêo dos resultados,
em parte dos conceitos de capital e de manutencêo do eles sao geralmente apresentados em separado porague
capital usados pela entidade na preparacêo das suas Oo seu conhecimento é util para o propêsito de tomar
demonstrac6es financeiras. Estes conceitos sêo tratados decisêes econémicas. Os ganhos s&o muitas vezes rela-
nos parêgrafos 100 a 108. tados liguidos de gastos relacionados.
69 — Os elementos de rendimentos e de gastos sêo 75 — Vêrias espêcies de activos podem ser recebidos
definidos como se segue: ou aumentados através dos rendimentos; exemplos
a) Rendimentos sêo aumentos nos beneficios econê- incluem o dinheiro, dividas a receber e bens e servicos
micos durante o periodo contabilistico na forma de recebidos por troca de bens e servicos fornecidos. Os

56
SNC EXPLICADO 3 Estrutura Conceptual

rendimentos podem também resultar da liguidacao de satisfaca a definic&o de um elemento e satisfaGa os cri-
passivos. Por exemplo, uma entidade pode fornecer térios de reconhecimento estabelecidos no parêgrafo
bens e servicos a um mutuante em liguidacao de uma 81. Isso envolve a descricêo do item por palavras e por
obrigacêo para reembolsar um empréstimo por liguidar. uma auantia monetêria e a inclusêo dessa auantia nos
totais do balanco ou da demonstracao dos resultados.
Gastos (parégrafos 76 a 78) Os itens gue satisfacam os critérios de reconhecimento
devem ser reconhecidos no balanco ou na demonstra-
76 - A definicao de gastos engloba perdas assim
Gao dos resultados. A falha do reconhecimento de tais
como aaueles gastos gue resultem do decurso das acti- itens nêo é rectificada pela divulgacêo das politicas con-
vidades correntes (ou ordindrias) da entidade. Os gastos
tabilisticas usadas nem por notas ou material explicativo.
aue resultem do decurso das actividades ordindrias da
entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, os 81 - Um item aue satisfaca a definicêo de uma classe
saldrios e as depreciacêes. Tomam geralmente a forma deve ser reconhecido se:
de um exfluxo ou deperecimento de activos tais como a) for provêvel gue agualauer beneficio econ6mico
dinheiro e seus eguivalentes, existências e activos fixos futuro associado com o item flua para ou da enti-
tangiveis. dade; e
b) o item tiver um custo ou um valor due possa ser
71 - As perdas representam outros itens gue satisfa-
mensurado com fiabilidade.
cam a definic&o de gastos e podem, ou nêo, surgir no
decurso das actividades ordindrias da entidade. As per- 82 — Ao avaliar se um item satisfaz estes critérios e por
das representam diminuicêes em beneficios econ6micos isso se agualifica para reconhecimento nas demonstra-
e como tal néo sêo na sua natureza diferentes de outros cêes financeiras, é necessêrio ter em atengao as condi-
gastos. Daaui gue nao sejam vistas como um elemento c6es de materialidade tratadas nos parégrafos 29 e 30.
separado nesta Estrutura Conceptual. A inter-relacêo entre os elementos significa gue um item
ague satisfaca a definicao e os critêrios de reconheci-
78 - As perdas incluem, por exemplo, as gue resultam
mento de um dado elemento, por exemplo, um activo,
de desastres como os incêndios e as inundac6es bem
reguer automaticamente o reconhecimento de um outro
como as aue provêm da alienac&o de activos nêo cor-
elemento, por exemplo, rendimento ou um passivo.
rentes. A definicêo de gastos também inclui perdas nêo
realizadas como, por exemplo, as provenientes dos efei-
Probabilidade de beneficios econémicos futuros
tos do aumento da taxa de cêmbio de uma moeda
(pardgrafo 83)
estrangeira respeitante a empréstimos obtidos de uma
entidade nessa moeda. Ouando as perdas forem reco- 83 - O conceito de probabilidade é usado nos critérios
nhecidas na demonstracao dos resultados, elas sê0 de reconhecimento para referir o grau de incerteza em
geralmente mostradas separadamente poraue o conhe- ague os beneficios econdmicos futuros associados ao
cimento das mesmas é util para finalidades de tomar item fluir&o para, ou de, a entidade. O conceito estê em
decisêes econémicas. As perdas sêao muitas vezes rela- harmonia com a incerteza due caracteriza o ambiente
tadas liguidas de rendimentos relacionados. em ague uma entidade opera. As avaliac6es do grau de
incerteza ligadas ao fluxo de beneficios econémicos
Afustamentos de manutenc3o do capital (pargrafo 79) futuros sêo feitas com base nas provas disponiveis
aguando da preparagao das demonstrac6es financeiras.
19 — A revalorizacêo ou reexpressêo de activos e pas-
Por exemplo, guando for provavel gue uma divida a
sivos dé origem a aumentos ou diminuicées de capital
receber devida por uma entidade venha a ser paga, ê
pr6prio. Se bem aue estes aumentos ou diminuicoes
justific&vel entêo, na ausência de provas em contrêrio,
satisfacam a definic&o de rendimentos e de gastos, eles
reconhecer a divida a receber como um activo. Para
nao sêo incluidos na demonstragëo dos resultados
uma grande populacao de dividas a receber, porêm, ê
segundo certos conceitos de manutencëo do capital. Em
considerado provavel algum grau de nêo pagamento;
vez disso, estes itens sêo0 incluidos no capital prêéprio
daaui gue seja reconhecido um gasto gue represente a
Como ajustamentos de manutencao do capital ou reser-
reduc&o esperada de beneficios econ6micos.
vas de revalorizacêo. Estes conceitos de manutenGëo do
Capital sêo tratados nos par&grafos 100 a 108 desta
Fiabilidade da mensurac4o (pardgrafos 84 a 86)
Estrutura Conceptual.
84 — O segundo critério para o reconhecimento de um
item é ague este possua um custo ou um valor gue possa
Reconhecimento dos elementos das demonstracoes ser mensurado com fiabilidade como referido nos parê-
financeiras (pargrafos 80 a 9) grafos 31 a 38 desta Estrutura Conceptual. Em muitos
80 - Reconhecimento é o processo de incorporar no Casos, o custo ou o valor precisam de ser estimados; o
balanco e na demonstracêo dos resultados um item aue uso de estimativas razoëveis é uma parte essencial da

57
3 Estrutura Conceptual SNC EXPLICADO

preparacêo das demonstrac6es financeiras e nêo destroi tenha lugar possa ser mensurada com fiabilidade. Na
a sua fiabilidade. Ouando, porém, uma estimativa razoë- prêtica, as obrigac6es ao abrigo de contratos gue este-
vel nao possa ser feita o item nao é reconhecido no jam proporcional e igualmente nao executados (por
balanco ou na demonstracêo dos resultados. Por exem- exemplo, passivos por inventêrios encomendados mas
plo, os proventos esperados de uma acGëo judicial ainda nao recebidos) nao s&o geralmente reconhecidos
podem estar de acordo com as definicées guer de activo COMO passivos nas demonstrac6es financeiras. Porém,
guer de rendimento assim como do critério de probabili- tais obrigacêes podem satisfazer a definicao de passi-
dade para reconhecimento; porém, se nêo for possivel vos e, desde gue os critérios de reconhecimento sejam
ague a reivindicacêo seja mensurada com fiabilidade, ela satisfeitos nas circunstências particulares, podem guali-
nao deve ser reconhecida como activo ou como rendi- ficar-se para reconhecimento, Em tais circunstências, o
mento: a existência da reivindicacëo, poréêm, serd divul- reconhecimento de passivos implica o reconhecimento
gada nas notas anexas, material explicativo ou mapas dos activos ou gastos relacionados.
Ssuplementares.
85 - Um item aue, num dado momento, falhe em satis- Reconhecimento de rendimentos (pardgrafos 90 e 91)
fazer os critérios de reconhecimento do par&grafo 81 90 — Um rendimento é reconhecido na demonstrac&o
pode aualificar-se para reconhecimento numa data pos- dos resultados aguando tenha surgido um aumento de
terior como resultado de circunstências ou acontecimen- beneficios econéêmicos futuros relacionados com um
tos subseaguentes. aumento num activo ou com uma diminuicêo de um pas-
86 - Um item due possua as caracteristicas essenciais SiVO e due possa ser guantificado com fiabilidade. Isto
significa, com efeito, aue o reconhecimento dos rendi-
de um elementa mas falhe em satisfazer os critêrios de
reconhecimento pode no entanto exigir divulgacêo nas mentos ocorre simultaneamente com o reconhecimento
notas, material explicativo ou em mapas suplementares. de aumentos em activos ou com diminuic6es em passi-
Isto é apropriado auando o conhecimento do item seja vos (por exemplo, o aumento liguido em activos prove-
considerado relevante pelos utentes das demonstracoes nientes de uma venda de bens ou de servicos ou a dimi-
financeiras para a avaliacêo da posicao financeira, NUIC&o em passivos provenientes do perdao de uma
desempenho e das alteracées na posicao financeira de divida a pagar).
uma entidade pelos utentes das demonstrac6es finan- 91 - Os procedimentos geralmente adoptados na prê-
Celiras. tica para o reconhecimento de um rendimento, por
exemplo, o reauisito de aue o rédito deve ser gerado,
Reconhecimento de activos (parêgrafos 87 e 88) Sêo aplicac6es dos critérios de reconhecimento nesta
87 - Um activo é reconhecido no balanco aguando for Estrutura Conceptual. Tais procedimentos dirigem-se
provêvel aue os beneticios econéêmicos futuros fluam geralmente & restricêo do reconhecimento como rendi-
para a entidade e o activo tenha um custo ou um valor mentos agueles itens aue possam ser mensurados com
due possa ser mensurado com fiabilidade. fiabilidade e gue tenham um grau suficiente de certeza.

88 — Um activo nêo é reconhecido no balanco guando,


Reconhecimento de gastos (parêgrafos 92 a 96)
relativamente ao dispêndio incorrido, seja considerado
improvavel gue beneficios econémicos fluir&o para a 92 — Os gastos $êo reconhecidos na demonstracao
entidade para alêm do periodo contabilistico corrente. dos resultados aguando tenha surgido uma diminuic&o
Em vez disso, tal tansaccao resulta no reconhecimento dos beneficios econémicos futuros relacionados com
de um gasto na demonstracêo dos resultados. Este tra- uma diminuicê&o num activo ou com um aumento de um
tamento nao implica gue a intensao do 6rgao de gestêo, passivo e gue possam ser mensurados com fiabilidade.
ao incorrer no dispêndio, fosse outra gue nio a de gerar Isto significa, com efeito, gue o reconhecimento de gas-
beneficios econémicos futuros para a entidade, ou gue a tos ocorre simultaneamente com o reconhecimento de
gestêo dos neg6cios fosse mal arientada. A tnica impli- um aumento de passivos ou de uma diminuicêo de acti-
Cac&o é a de gue o grau de certeza de due os beneli- vos (por exemplo, o acrêscimo de direitos dos emprega-
cios econdmicos fluir&o para a entidade para além do dos ou a depreciacêo de eguipamento).
periodo contabilistico corrente é insuficiente para justifi- 93 — Os gastos sêo reconhecidos na demonstracêo
car o reconhecimento de um activo.
dos resultados com base numa associacêo directa entre
OS Custos incorridos e a obtencao de rendimentos espe-
Reconhecimento de passivos (paragrafo 89)
cificos. Este processo, geralmente referido como o
89 - Um passivo é reconhecido no balanGo guando for balanceamento de custos com réditos, envolve o reco-
provêvel gue um exfluxo de recursos incorporando nhecimento simultêneo ou combinado de réditos e de
beneficios econémicos resulte da liguidacêo de uma gastos gue resultem directa e conjuntamente das mes-
Obrigacao presente e ague a guantia pela gual a liguidaGaêo mas transaccêes ou de outros acontecimentos; por

98
SNC EXPLICADO 4 Estrutura Conceptual

exemplo, os vêrios componentes de gastos constituindo pagas para satisfazer o passivo no decurso normal
o custo dos produtos vendidos sêo reconhecidos ao dos neg6cios.
mesmo tempo gue o rendimento derivado da venda dos D) Custo corrente. Os activos sêo registados pela
produtos. Poréêm, a aplicagêo do conceito de balancea- aguantia de caixa ou de eaguivalentes de caixa aue
mento segundo esta Estrutura Conceptual nêao permite o teria de ser paga se o mesmo ou um activo eguiva-
reconhecimento de itens no balanco due nêo satisfacam lente fosse correntemente adauirido. Os passivos
a definicêo de activos ou passivos. Sao registados pela guantia nao descontada de
94 — Ouando se espere gue surjam beneficios econo- caixa, ou de eguivalentes de caixa, gue seria
necessêria para liguidar correntemente a obriga-
micos durante vêrios periodos contabilisticos e a asso-
ciac&0 com rendimentos sê possa ser determinada de CO,
uma forma geral ou indirectamente, os gastos sê0 reco- Cc) Valor realizêvel (de liguidacao). Os activos sê0
nhecidos na demonstracêo dos resultados na base de registados pela aguantia de caixa, ou eguivalentes
procedimentos de imputaGêo sistematicos e racionais. de caixa, gue possa ser correntemente obtida ao
Isto é muitas vezes necessêrio ao se reconhecerem os vender o activo numa alienacêo ordenada. Os pas-
gastos associados com o consumo de activos tais como sivos S&0 escriturados pelos seus valores de ligui-
os activos fixos tangiveis, o trespasse (goodwill), as dacëo; isto é, as guantias nêo descontadas de
patentes e as marcas; em tais casos, o gasto ë referido caixa ou eguivalentes de caixa due se espera due
como depreciaGëo ou amortizagao. Estes procedimentos sejam pagas para satisfazer os passivos no
de imputacao destinam-se a reconhecer gastos nos decurso normal dos negécios.
periodos contabilisticos em aue os beneficios econémi- d) Valor presente. Os activos sêo escriturados pelo
cos associados com estes itens se consumam ou se valor presente descontado dos futuros influxos ligui-
extingam. dos de caixa ague se espera ague o item gere no
decurso normal dos negécios. Os passivos sêo
95 - Um gasto é imediatamente reconhecido na
escriturados pelo valor presente descontado dos
demonstracêo dos resultados auando o dispêndio nao
futuros exfluxos liguidos de caixa gue Se espera
produza beneficios econémicos futuros ou auando, e
aue sejam necessêrios para liguidar os passivos no
somente se, os beneficios econdmicos futuros nao se
gualifiguem, ou cessem de agualificar-se, para reconheci- decurso normal dos neg6cios.
mento no balanco como um activo. e) Justo valor. Ouantia pela gual um activo poderia ser
trocado ou um passivo liguidado, entre partes
96 — Um gasto é também reconhecido na demonstra- conhecedoras e dispostas a isso, numa transaccêo
Ga0 dos resultados nos casos em aue seja incorrido um em due nêo exista relacionamento entre elas.
passivo sem o reconhecimento de um activo, o gue
sucede auando surge um passivo por garantia de um 99 — A base de mensuragêo geralmente adoptada
Droduto. pelas entidades ao preparar as suas demonstrac6es
financeiras é o custo histêrico. Este é geralmente combi-
nado com outras bases de mensuracëêo. Por exemplo, os
Mensuracio dos elementos das demonstragges finan- inventêrios sêo geralmente escriturados pelo mais baixo
ceiras (parégrafos 97 a 99) do custo ou do valor realizêvel liguido, os titulos nego-
97 — Mensuracêo é o processo de determinar as guan- Ciëveis podem ser escriturados pelo seu valor de mer-
tias monetêrias pelas guais os elementos das demons- cado e os passivos por pensêes de reforma sao escritu-
trac6es financeiras devam ser reconhecidos e inscritos rados pelo seu valor presente.
no balanco e na demonstragao dos resultados. Isto
envolve a seleccao da base particular de mensuracêo.
Gonceitos de capital e manutencdo de capital
98 — Sao utilizadas diferentes bases de mensuraGêo (pardgrafos 100 a 108)
em graus diferentes e em variadas combinac6es nas
demonstracëes financeiras. Elas incluem as seguintes: Conceitos de capital (parêgrafos 100 e 101)
a) Custo histérico. Os activos sêo registados pela 100 - Geralmente as entidades adoptam um conceito
guantia de caixa, ou eguivalentes de caixa paga financeiro de capital na preparacêo das suas demonstra-
ou pelo justo valor da retribuicéo dada para os coes financeiras. No conceito financeiro de capital, tal
adauirir no momento da sua aauisicê&o. Os passi- como dinheiro investido ou poder de compra investido, o
vos $êo registados pela guantia dos proventos capital é sin6nimo de activos liguidos ou de capital pro-
recebidos em troca da obrigacao, ou em algumas prio da entidade. No conceito fisico de capital, tal comoa
Circunstências (por exemplo, impostos sobre o ren- capacidade operacional, o capital é visto como a capaci-
dimento), pelas guantias de caixa, ou de eguiva- dade produtiva da entidade baseada, por exemplo, em
lentes de caixa, gue se espera gue venham a ser unidades de producao diëria.
pes

59
3 Estrutura Canceptual SNC EXPLICADO

101 - A seleccëo por uma entidade do conceito apro- capital, guando apropriados) terem sido deduzidos dos
priado de capital deve basear-se nas necessidades dos rendimentos. Se os gastos excederem os rendimentos a
utentes das suas demonstracêes financeiras. Por con- aguantia residual é um prejuizo.
seguinte, um conceito financeiro de capital deve ser
104 - O conceito de manutencêo do capital fisico
adoptado se os utentes das demonstracêes financeiras
reguer a adopcêo da base de mensuracao pelo custo
estiverem principalmente interessados na manutencao
corrente. O conceito de manutenc&o do capital finan-
do capital nominal investido ou no poder de compra do
Ceiro, porém, nao reguer o uso de uma base particular
capital investido. Se, porém, a principal preocupacao
de mensuraGêo. A seleccëo da base segundo este con-
dos utentes for a capacidade operacional da entidade,
ceito estê dependente do tipo de capital financeiro aue
deve ser usado um. conceito fisico de capital. O con-
a entidade estê a procurar manter.
ceito escolhido indica o objectivo a ser atingido na
determinacao do lucro, mesmo ague possam existir algu- 105 — A diferenca principal entre os dois conceitos de
mas dificuldades de mensuracêo para tornar o conceito manutencao do capital é o tratamento dos efeitos das
operacional. alterac6es dos precos nos activos e passivos da enti-
dade. Em termos gerais, uma entidade tem mantido o
Conceitos de manutencao do capital e a determinacao seu capital se tiver tanto capital no fim do periodo como
do lucro (parêgrafos 102 a 108) tinha no comeco do mesmo.

102 - Os conceitos de capital no parêgrafo 100 dao 106 — Pelo conceito de manutenGêo do capital finan-
origem aos seguintes conceitos de manutencëo do ceiro guando o capital seja definido em termos de unida-
capital: des monetêrias nominais, o lucro representa oa aumento
a) Manutencao do capital financeiro. Por este conceito do capital monetêrio nominal durante o periodo. Por con-
um lucro $6 é obtido se a aguantia financeira (ou seguinte, os aumentos dos precos dos activos detidos
dinheiro) dos activos liguidos no fim do periodo durante o periodo, convencionalmente referidos como
exceder a guantia financeira (ou dinheiro) dos acti- ganhos de detencêo, sao, conceptualmente, lucros.
vos liguidos do comeco do periodo, depois de Podem, porêm, nêo ser reconhecidos como tal até due
@xcluir guaisauer distribuicêées aos, e contribuicoes os activos sejam alienados numa transaccëo de troca.
dos, proprietdrios durante o periodo. A manutencao @uando o conceito de manutengêo do capital financeiro
do capital financeiro pode ser mensurada aguer em seja definido em termos de unidades de poder de com-
unidades monetêrias nominais guer em unidades pra constante, o lucro representa o aumento de poder
de poder de compra constante. de compra investido durante o periodo. Por conseguinte,
apenas aaguela parte do aumento nos precos dos activos
D) Manutencêo do capital fisico. Por este conceito um
gue exceda o aumento no nivel geral de precos é vista
lucro sê é obtido se a capacidade fisica produtiva
como lucro. O resto do aumento é tratado como ajusta-
(ou capacidade operacional) da entidade (ou os
mento da manutencao do capital e, daaui, como parte
recursos ou os fundos necessêrios para conseguir
do capital préprio.
essa capacidade) no fim do periodo exceder a
Ccapacidade fisica produtiva no comeco do 107 — Pelo conceito de manutenGëo do capital fisico
periodo, depois de excluir guaisguer distribuicées aguando o capital seja definido em termos da capaci-
aos, e contribuicêes dos, proprietêrios durante o dade produtiva fisica, o lucro representa o aumento
periodo. nesse capital durante o periodo. Todas as alterac6es de
precos gue afectem os activos e passivos da entidade
103 - O conceito de manutencêo do capital estê ligado
So vistas como alterac6es na mensuracao da capaci-
& forma como uma entidade define o capital aue procura
dade fisica produtiva da entidade; daagui aue sejam tra-
manter. Proporciona a ligacêo entre os conceitos de
tadas como ajustamentos da manuteng&o do capital,
Capital e os conceitos de lucro porague proporciona o
gue fazem parte do capital préoprio, e n&o como lucro.
ponto de referência pelo gual o lucro é mensurado; é um
pré-reguisito para distinguir entre o retormo sobre o capi- 108 —- A seleccaêo das bases de mensuracëo e do con-
tal da entidade e o retorno do seu capital; sê os influxos Ceito de manutencê&o do capital determina o modelo
de activos em excesso das guantias necessêrias para Contabilistico usado na preparacao das demonstracêes
manter o capital podem ser vistos como lucro e por con- financeiras. Modelos contabilisticos diferentes exibem
seguinte como um retorno sobre o capital. Daaui gue o diferentes graus de relevência e de fiabilidade e, como
lucro seja a guantia residual gue permanece apês os noutras dreas, tem de procurar-se um balanceamento
gastos (incluindo os ajustamentos da manutencêo do entre relevência e fiabilidade.
A Cédigo de Contas*

* Publicado pela Portaria n.” 1011/2008, D.R. n.” 175, Série |, de 2009-09-09

61
SNC EXPLICAOD

Assim:
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finan-
Gas, ao abrigo do disposto nos n.” 3.1 e 4.1 do anexo do
20 de 13 de Julho, veio apro- Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho, o seguinte:
Normalizacao Contabilistica (SNC), no Art.” 1.”
A publi AC&0 em portaria do Cédigo de
E si s '
É aprovado o Cédigo de Contas, anexo & presente
entidades sujeitas ao SNC, poderê, portaria, constituido pelas seguintes componentes:
lizado pelas entidades gue, nos termos 1) Ouadro sintese de contas;
4.” do citado decreto-lei, apliguem as normas 2) Cédigo de contas;i e
jonais de contabilidade, atentos os evidentes 3) Notas de enaguadramento.
' ue dai advir&o para a comparabilidade das Art.” 2.”
monstrag6es financeiras. A presente portaria entra em vigor na data de inicio da
vigência do Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho.
` Pretende-se gue seja um documento nêo exaustivo
contendo, no essencial, o auadro sintese de contas, o Pelo Ministro de Estado e das Financas, Carlos Manuel
Cc6digo de contas (lista codificada de contas) e notas de Baptista Lobo, Secretêrio de Estado dos Assuntos Fis-
enauadramento. cais, em 14 de Agosto de 2009.

62
SNC EXPLICADO 4 GCédiga de Contas

1- OUADRO-SINTESE DE CONTAS
1 MEIOS FINANCEIROS LIGUIDOS 2 CONTAS A RECEBERE A PAGAR

11 Caixa 21 Clientes
12 Depésitosa ordem 22 Fornecedores
13 Outros depêsitos bancarios 23 Pessoal
14 Outros instrumentos financeiros 24 Estado e outros entes piblicos
25 Financiamentos obtidos
26 Arccionistas/sêcios
27 Outras contas a receber ea pagar
28 Diferimentos
29 ProvisGes

3 INVENTARIOS E ACTIVOS BIOLOGICOS' 4 INVESTIMENTOS

31 Compras 41 |Investimentos financeiros


32 Mercadorias 42 Propriedades de investimento
33 Matérias-primas, subsidiërias e de consumo 43 Artivos fixos tangiveis
34 Praodutos acabados e intermédios 44 Activos intangiveis
35 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos 45 |[nvestimentos em cursa
36 Produtos e trabalnos em curso 46 Activos nio correntes detidos para venda
37 Activos biolêgicos
38 Reclassificacio e regularizacdo de inventrios e activos biolêgicos
39 Adiantamentos por conta de compras

5 CAPITAL, RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS 6 GASTOS

51 Capital 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas


52 AccGes (guolas) prêprias 62 Fornecimentos e servicas externos
53 Outros instrumentas de capital prêprio 63 Gastos com 9 pessoal
54 Prémios de emissao 64 Gastos de depreciacaa e de amortizaci0
55 Reservas 65 Perdas por imparidade
56 Resultados transitados 66 Perdas por reduc6es de justo valor
57 Ajustamentos em activos financeiros 67 Provisaes do perioda
58 Excedentes de revalorizacio de activos fixos tangiveis e intangiveis 68 Outros gastos e perdas
59 Outras variacêes no capital prêprio 69 Gastos e perdas de financiamento

7 RENDIMENTOS 8 RESULTADOS

71 Vendas 81 Resultado liguido do periodo


72 Prestacêes de servicos EF EE
73 Variacaes nos inventrios da producio 89 Dividendas antecipados
74 Trabalhos para a prépria entidade
75 Subsidios a exploraga0
76 Reverstes
77 Ganhos por aumentos de justo valor
78 Outros rendimentos e ganhos
79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares

63
SNC EXPLICADD
4 Cadigo de Contas

2- CODIGO DE CONTAS
1 MEIOS FINANCEIROS LIOUIDOS” 2215 Fomecedores — empreendimentos conjuntos
2216 Formecedores — outras partes relacionadas
11 Gaixa
12 Depésitos a ordem 222 Fornecedores —titulos a pagar
2221 Formecedores gerais
13 Outros dep6sitos bancarios
2222 Fomecedores — empresa-mde
14 Outros instrumentos financeiros” 2223 Forneredores — empresas subsididrias
2224 Fomecedores— empresas associadas
141 Derivados
2225 Formecedores — empreendimentos conjuntos
1411. Potencialmente favordveis
2226 Fornecedores — outras partes relacionadas
1412 Potencialmente desfavordveis

142 Instrumentos financeiros detidos para negociacao


1421 Aclivosfinanceiros
225 Facturas em recepcio e conferéncia”
1422 Passivos financeiros
228 Adiantamentos a fornecedores*
143 Outros activos e passivos financeiros (justo valor
através dos resultados) 229 Perdas por imparidade acumuladas”
1431 Outros activas financeiros
23 Pessoal
1432 Outros passivos financeiros
231 RemuneraGdes a pagar*
2 CONTAS A RECGEBER E A PAGAR” 2311 Aos 6rgaos sociais
2312 Ao pessoal
21 Clientes*
232 Adiantamentos
211 Clientes c/c
2321 Aos 6rgaos soriais
2111 Clientes gerais
2322 Ao pessoal
2112 Clientes — empresa-mae
2113 Clientes — empresas subsididrias
2114 Clientes — empresas associadas 237 Gaucoes
2115 Clientes —- empreendimentos conjuntos 2371 Dos Orgaos sociais
2116 Clientes — outras partes relarionadas 2372 Do pessoal

238 Outras operacdes


212 Clientes — titulos a receber 2381 Com os 6rgdos soriais
2121 Clientes gerais 2382 Gom 0 pessoal
2122 Clientes — empresa-mae 239 Perdas por imparidade acumuladas*
2123 Clientes — empresas subsididrias
2124 Clientes —- empresas associadas 24 Estado e outros entes piblicos*
2125 Clientes— empreendimentos conjuntos 241 Imposto sobre 9 rendimento”
2126 Clientes — outras partes relacionadas
242 Retencao de impostos sobre rendimentos*
ee wes

243 |Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)”


218 Adiantamentos de clientes”
2431 IVA— Suportado
219 Perdas por imparidade acumuladas" 2432 IVA — Dedutivel
2433 IVA- Liguidado
22 Fornecedores*
2434 IVA — Regularizacêes
221 Fornecedores c/c 2435 [VA — Apuramento
2211 Fornecedores gerais 2436 IVA- A pagar
2212. Fornecedores — Empresa-mêe 2437 IVA-A reruperar
2213 Fomecedores— empresas subsididrias
2438 IVA— Reembolsos pedidos
2214 Fornecedores — @mpresas associadas
2439 [VA — Liguidac6es oficiosas

64
SNC EXPLIGADO 4 Cédigon de Contas

244 Outros impostos 274 Impostos diferidos”


2741 Activos por impostos diteridos
245 Contribuicoes para a Seguranca Social
2742 Passivos por impostos diferidos
246 Tributos das autarguias locais
275 Gredores por subscricêes nao liberadas*
276 Adiantamentos por conta de vendas”*
248 Outras tributacoes

25 Financiamentos obtidos 278 Outros devedores e credores


251 Instituicoes de crédito e sociedades financeiras 279 Perdas por imparidade acumuladas”
2511 Empréstimos bancarios
2512 Descobertos bancdrios 28 Diferimentos”
2513 Locages financeiras 281 Gastosa reconhecer

282 Rendimentos a reconhecer


252 Mercado de valores mobilidrios
2521 Empréstimos por obrigagoes”
29 Provisoes”
291 Impostos
253 Participantes de capital 292 Garantias a clientes
2531 Empresa-mêe — Suprimentos e outros mutuos
293 Processos judiciais em curso
2532 Oulros participantes — Suprimentos e outros mutuos
294 Acidentes de trabalho e doenGas profissionais
295 Matérias ambientais
296 Contratos onerosos
258 Outros financiadores 297 Reestruturacao

26 Accionistas/sécios 298 Outras provisoes

261 Accionistas c/ subserigao”


3 INVENTARIOS E ACTIVOS BIOLOGICOS*
262 Ouotas nao liberadas”
263 Adiantamentos por conta de lucros
31 Compras
311 Mercadorias
264 Resultados atribuidos
312 Matérias-primas, subsididrias e de consumo
265 Lucras disponiveis
313 Activos biolêgicos
266 Empréstimos concedidos - empresa-mae
ETE

317 Devoluc6es de compras


268 Outras operacoes
318 Descontos e abatimentos em compras
269 Perdas por imparidade acumuladas*
32 Mercadorias
27 Outras contas a receber e a pagar

271 Fornecedores de investimentos”


325 Mercadorias em transito
2711 Formecedores de investimentos — contas gerais
2112 Facturas em recepc4o e conferência” 326 Mercadorias em poder de terceiros
2713 Adiantamentos a formecedores de investimentos”

272 Devedores e credores por aeréscimos (periodizaca0 329 Perdas por imparidade acumuladas
econémica)”
33 Matérias-primas, subsididrias e de consumo
2/21 Devedores por acréscimos de rendimentos
2722 Gredores por acréscimos de gastos 331 Matêrias-primas
273 Beneficios p6s-emprego* 332 Matérias subsididrias

SNCE-GS
SNC EXPLICADO
4 Cédign de Contas

333 Embalagens 4112 Participac6es de capital — outros métodos


4113 Empréstimos concedidos
334 Materiais diversos

335 Matérias em transito


412 Investimentos em associadas
A121 Participacëes de capital — método da eguivalência patri-
339 Perdas por imparidade acumuladas monial
A122 Participacoes de capital — outros métodos
34 Produtos acabados e intermédios
4123 Empréstimos concedidos
ses ses

346 Produtos em poder de terceiros


413 Investimentos em entidades conjuntamente controladas
4131 Participacêes de capital — método da eguivalência patri-
349 Perdas por imparidade acumuladas monial
4132 Participacoes de capital — outros métodos
35 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos 4133 Empréstimos concedidas
351 Subprodutos
352 Desperdicios, residuos e refugos 414 Investimentos noutras empresas
“ra ees A141 Participacdes de capilal
4142 Empréstimos concedidos
359 Perdas por imparidade acumuladas

36 Produtos e trabalhos em curso


415 Outros investimentos financeiros
37 Activos biol6gicos 4151 Detidos alé 3 maturidade

371 Consumiveis
4158 Oulros
3711 Animais
3712 Plantas
419 Perdas por imparidade acumuladas”
372 De producao
3721 Animais 42 Propriedades de investimento
3722 Plantas
421 Terrenos e recursos naturais
422 FEdificios e outras construGdes
38 Reclassificacao e regularizacao de inventêrios e activos
Diolêgicos
382 Mercadorias
383 Matérias-primas, subsidiërias e de consumo
428 Depreciacêes acumuladas
384 Produtos acabados e intermédios
429 Perdas por imparidade acumuladas*
385 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos
43 Activos fixos tangiveis
386 Produtos e trabalhos em curso
431 Terrenos e recursos naturais
d87 Activos biol6gicos”
432 Edificios e outras construGdes
39 Adiantamentos por conta de compras”
433 Fauipamento bêsica
434 EFaguipamento de transporte
4 INVESTIMENTOS”
435 Eaguipamento administrativo
41 Investimentos financeiros”*
436 Eguipamentos biol6gicos”
411 Investimentos em subsididrias
437 Outros activos fixos tangiveis
4111 Participag@es de capital — método da eguivalência patri-
monial 438 Depreciacëes acumuladas

66
SNC EXPLICADO 4 Cédige de Contas

439 Perdas por imparidade acumuladas” 571 Relacionados com o método da eguivalência patrimonial
5711 Ajustamentos de transicao*
AA Activos intangiveis 5712 Lucros ndo atribuidos*
441 Goodwill 5713 Decorrentes de outras variacêes nos capilais préprios
442 Projectos de desenvolvimento” das participadas"
“ER dee
443 Programas de computador
579 Outros
444 Propriedade industrial
58 Excedentes de revalorizacao de activos fixos tangiveis e
446 Outros activos intangiveis intangiveis”
581 Reavaliacoes decorrentes de diplomas legais
448 AmortizagOes acumuladas 5811 Antes de imposto sobre o rendimento
5812 Impostos diferidos
449 Perdas por imparidade acumuladas”
589 Outros excedentes
45 Investimentos em curso
5891 Antes de imposto sobre o rendimento
451 Investimentos financeiros em curso 5892 Impostos diferidos

452 Propriedades de investimento em curso 59 Outras variacées no capital proprio


453 Activos fixos tangiveis em curso
591 Diferencas de conversao de demonstraces financeiras”
454 Activos intangiveis em curso
592 Ajustamentos por impostos diferidos
455 Adiantamentos por conta de investimentos”
593 Subsidios”
594 Doacies
459 Perdas por imparidade acumuladas*

46 Activos nao correntes detidos para venda”


599 Outras

469 Perdas por imparidade acumuladas* 6 GASTOS”

61 Custo das mercadorias vendidas e das matêrias


5 CAPITAL, RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS”
Consumidas
51 Capital"
611 Mercadorias
52 Accoes (guotas) proprias” 612 Matérias-primas, subsididrias e de consumo
521 Valor nominal 613 Activos biol6gicos (compras)*
522 Descontos e prémios
62 Fornecimentos e servicos externos
621 Subcontratos
53 Outros instrumentos de capital préprio*
622 Servicos especializados
6221 Trabalhos especializados
54 Prémios de emissao 6222 Publicidade e propaganda
EE EER 6223 Vigilência e segurana
6224 Honordrios
55 Reservas
6225 Comissies
551 Reservas legais 6226 Conservacd0 e reparagao

552 Outras reservas


6228 Outros
56 Resultados transitados
623 Materiais
67 Ajustamentos em activos financeiros” 6231 Ferramentas e utensilios de desgaste rêpido
4 Cédliga de Cantas SNC EXPLICADO

6232. Livros e documenlaGdo técnica 651 Em dividas a receber


6233 Material de escritério 6511 Clientes
6234 Artigos para oferla 6512 Outros devedares

652 Em inventêrios
6238 Outros
653 Em investimentos financeiros
624 Energia e fluidos
654 Em propriedades de investimento
6241 Elertricidade
6242 Combustiveis 655 Em activos fixos tangiveis
6243 Agua
656 Em activos intangiveis
sak Eer

6248 Outros 657 Em investimentos em curso

625 DeslocacOes, estadas e transportes 658 Em activos nao correntes detidos para venda
6251 Deslocacdes e esladas 66 Perdas por reducGes de justo valor
6252 Transportes de pessoal
6253 Transportes de mercadorias 661 Em instrumentos financeiros
662 Em investimentos financeiros
6258 Outros
663 Em propriedades de investimento
626 Servicos diversos
664 Em activos biolêgicos
6261 Rendas
e alugueres
6262 Comunicagdo 67 Provisges do periodo*
6263 Seguros
671 Impostos
6264 Rioyallies
6265 Contencioso e notariado 672 Garantias a clientes
6266 Despesas de representagdo 673 Processos judiciais em curso
6267 Limpeza, higiene e conforto
6268 Outros servicos 674 Acidentes no trabalho e doencas profissionais
675 Matérias ambientais
63 Gastos com o pessoal
676 Contratos onerosos
631 Remuneragëes dos 6rgaos soriais
677 Reestruturagao
632 Remuneracëes do pessoal
678 Outras provisdes
633 Beneficios pés-emprego
6331 Prémios para pensdes” 68 Outros gastos e perdas
6332 Outros beneficios
681 Impostos
634 Indemnizagêes 6811 Impostos direclos
635 Encargos sobre remuneragdes 6812 Impostos indirectos
6613 Taxas
636 Seguros de acidentes no trabalho e doencas profis-
sionais 682 Descontos de pronto pagamento concedidos

637 Gastos de accdo social


683 Dividas incobrêveis”
684 Perdas em inventdrios*
638 Outros gastos com 0 pessaal
6841 Sinistros
64 Gastos de depreciacao e de amortizagao 6842 (uebras

641 Propriedades de investimento


6848 Outras perdas
642 Activos fixos tangiveis
685 Gastos e perdas em subsidiërias, associadas eê
643 Activos intangiveis
empreendimentos conjuntos
65 Perdas por imparidade 6851 Cobertura de prejuizos

68
SNC EXPLICADO 4 Cédige de Contas
oe di

6852 Aplicacdo do mêtodo da eguivalência patrimonial” 714 Activos biol6gicos


6853 Alienacdes Es sae

716 IVA das vendas com imposto incluido


6858 Outros gastos e perdas
717 Devoluc6es de vendas
686 Gastos e perdas nos restantes investimentos finan-
Ceiros* 718 Descontos e abatimentos em vendas
6861 Cobertura de prejufzos
72 PrestacOes de servicos*
6862. Alienacdes
721 ServicoA
6868 Outros gastos e perdas 722 Servico B
687 Gastos e perdas em investimentos nio financeiros
6871 Alienacdes 725 Servicos secundêrios
6872 Sinistros
6873 Abates 726 IVA dos servicos com imposto incluidoa
6874 Gastos em propriedades de investimento
728 Descontos e abatimentos
6878 Outros gastos e perdas
73 Variacoes nos inventarios da producdo”
688 Outros"
6881 Correccoes relativas a periodos anteriores 731 Produtos acabados e intermédios
6882 Donativos 732 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos
6883 (Ouotizacoes
733 Produtos e trabalhos em curso
6884 Ofertas e amostras de inventaris
6885. Insuficiëncia da estimativa para impostos 734 Activos biol6gicos
6886 Perdas em instrumentos financeiras*
7A Trabalhos para a prépria entidade

6888 Outros ndo especificados 741 Activos fixos tangiveis

69 Gastos e perdas de financiamento 742 Activos intangiveis

691 Juros suportados 743 Propriedades de investimento


6911 Juros de financiamentos obtidos 744 Activos por gastos diferidos
“ae RE

6918 Outros juros


75 Subsidios a exploraca0”
692 Diferencas de cimbio desfavordveis
6921 Relativas a financiamentos obtidos 751 Subsidios do Estado e outros entes pblicos
75? Subsidias de outras entidades

76 Reversêes

698 Outros gastos e perdas de financiamento 761 De depreciacoes e de amortizagées


6981 Relativos a financiamentos obtidos 7611 Propriedades de investimento
7612. Activos fixos tangiveis
6988 Oulros 7613 Activos intangiveis

762 De perdas por imparidade


7 RENDIMENTOS* 7621 Em dividas a receber
76211 Clientes
71 Vendas” 76212 Outros devedores
711 Mercadorias 7622 Afustamentos em inventdrigs
7623 Em investimentos financeiros
712 Produtos acabados e intermédios
7624 Em propriedades de investimento
713 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos 7625 Em activos fixos tangiveis

69
4 Cédiga de Cantas SNC EXPLICADO

7626 Em aclivos intangiveis 787 Rendimentos e ganhos em investimentos nao financeiros


7627 Em investimentos em curso 7871 Alienacdes
7628 Em activos na0 correntes detidos para venda 7872 Sinistros
7873 Rendas e outros rendimentos em propriedades de inves-
763 De provises
timento
7631 Impostos
7632 Garantias a clientes
Processos judiciais em curso 7878 Outros rendimentos e ganhos
Aridentes no trabalho e doenGas profissionais
788 Outros”
Matérias ambientais
7881 Correccdes relativas a perlodos anteriores
Contratos onerosos 7B82 Excesso da estimativa para impostos
Reestruiuracao
78683 Imputacdo de subsidios para investimenlos
Outras provisies
7884 Ganhos em outros instrumentos financeiros”
7885 Restituicao de impostos
71 Ganhos por aumentos de justo valor
7888 Outros no especiticados
771 Em instrumentos financeiros
772 Em investimentos financeiros 79 Juros, dividendos e outros rendimentos similares

773 Em propriedades de investimento 791 Juros obtidos


7911 De depositos
774 Em activos biol6gicos
7912 De outras aplicacdes de meios financeiros liguidos
78 Outros rendimentos e ganhos 7913 De financiamentos concedidos a associadas e empreen-
dimentos conjuntos
781 Rendimentos suplementares 7914 De financiamentos concedidos a subsididrias
7811 Servicos soriais
7915 De financiamentos obtidos
7812 Aluguer de eguipamento
7813 Estudos, projeclos e assistência tecnoldgica
De outros financiamentos concedidos
7814 Royallies
7815 Desempenho de cargos sociais noutras empresas 792 Dividendos obtidos
7816 Outros rendimentos suplementares 7921 De aplicacêes de meios financeiros liguidos
7922 De associadas e empreendimentos conjuntos
782 Descontos de pronto pagamento obtidos
7923 De subsidiërias
783 Recuperacao de dividas a receber
784 Ganhos em inventarios
7841 Sinistros
7842 Sobras
798 Outros rendimentos similares

7848 (Outros ganhos


8 RESULTADOS
785 Rendimentos e ganhos em subsididrias, associadas
81 Resultado liguido do periodo
e empreendimentos conjuntos
7851 Aplicacao do método da eguivalncia patrimonial” 811 Resultado antes de impostos”
7852 Alienagdes
812 Imposto sobre o rendimento do periodo
8121 Imposto estimado para o periodo”
7858 Outros rendimenlos e ganhos
8122 Imposto diferido
786 Rendimentos e ganhos nos restantes activos financeiros
7861 Diferencas de cimbio favordveis 818 Resultado liguido
7862 Alienagdes

7868 Outros rendimentos e ganhos 89 Dividendos antecipados

70
SNC EXPLICADO 4 Cédige de Caontas

3 - NOTAS DE ENOUADRAMENTO dos critérios de mensuracêo dos correspondentes acti-


vos incluidos na classe 2, podendo ser subdivididas a
Consideracies gerais fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentacêo
em balanco das guantias liguidas. As perdas por impari-
As presentes notas de enauadramento têm o objectivo dade anuais serao registadas nas contas 651 - Perdas
de ajudar na interpretacêo e ligac&o do cédigo de con- por imparidade - Em dividas a receber, e as suas rever-
tas com as respectivas NCRF, funcionando como mero sêes (auando deixarem de existir as situaG6es due origi-
auxiliar aos preparadores da informacao financeira. Nêo naram as perdas) sao registadas nas contas 7621 —
se trala de uma ligacao exaustiva entre o c6édigo de con- Reversêes de perdas por imparidade - Em dividas a
tas e as NCRF, mas apenas algumas referências especl- receber. Ouando se verificar o desreconhecimento dos
ficas para determinadas contas. activos a aue respeitem as imparidades, as contas em
epigrafe serêo debitadas por contrapartida das corres-
Classe 1 - Meios financeiros liguidos pondentes contas da classe 2.

Fsta classe destina-se a registar os meios financeiros 22 - Fornecedores


liduidos ague incluem auer o dinheiro e depêsitos banca- Regista os movimentos com os vendedores de bens e
rios aguer todos os activos ou passivos financeiros men-
de servicos, com excepcao dos destinados aos investi-
surados ao justo valor, cujas alterac6es sejam reconhe- mentos da entidade.
cidas na demonstracao de resultados.
225 - Fornecedores - Facturas em recepcao e confe-
14 - Instrumentos financeiros
rência
Esta conta visa reconhecer todos os instrumentos
Respeita as compras cujas facturas, recebidas ou
financeiros gue naêo sejam caixa (conta 11) ou depêsitos
nao, estao por lancar nas subcontas da conta 221 por
bancêrios gue nêo incluam derivados (contas 12 e 13)
nao terem chegado & entidade até essa data ou nao
gue sejam mensurados ao justo valor, cujas alterac6es
terem sido ainda conferidas. Serê debitada por crédito
sejam reconhecidas na demonstracëo de resultados.
da conta 221, aauando da contabilizac&o definitiva da
Conseaguentemente, excluem-se desta conta os restan-
factura.
tes instrumentos financeiros gue devam ser mensurados
ao cCusto, custo amortizado ou método da eguivalência 228 - Adiantamentos a fomecedores
patrimonial (classe 2 ou conta 41). Regista as entregas feitas pela entidade relativas a for-
necimentos (sem preco fixado) a efectuar por terceiros.
Classe 2 — Contas a receber e a pagar Pela recepcao da factura, estas verbas serao transferi-
das para as respectivas subcontas da conta 221.
Esta classe destina-se a registar as operacêes relacio-
nadas com clientes, fornecedores, pessoal, Estado & 231 - Remuneracêes a pagar
Outros entes publicos, financiadores, accionistas, bem O movimento desta conta insere-se no seguinte
COMO outras operacbes com terceiros gue nêo tenham
esauema normalizado:
Cabimento nas contas anteriores ou noutras classes
1.* fase — pelo processamento dos ordenados, sald-
especificas. Incluem-se ainda nesta classe os diferimen-
rios e outras remuneracëes, dentro do mês a due res-
tos (para permitir o registo dos gastos e dos rendimen-
peitem: débito, das respectivas subcontas de 63 - Gas-
tos nos periodos a gue respeitam) e as provisêes.
tos com o pessoal, por crédito de 231, pelas auantias
21 — Clientes liguidas apuradas no processamento e normalmente
das contas 24 — Estado e outros entes publicos (nas res-
Regista os movimentos com os compradores de mer-
Cadorias, de produtos e de servicos. pectivas subcontas), 232 - Adiantamentos e 278 —- Outros
devedores e credores, relativamente aos sindicatos, con-
218 - Adiantamentos de clientes soante as entidades credoras dos descontos efectuados
Esta conta regista as entregas feitas & entidade relati- (parte do pessoal);
vas a formnecimentos, sem preco fixado, a efectuar a ter- 2.* fase — pelo processamento dos encargos sobre
Ceiros. Pela emissêo da factura, estas verbas serêo remunerac6es (parte patronal), dentro do mês a gue res-
transferidas para as respectivas subcontas da rubrica peitem: débito da respectiva rubrica em 635 - Gastos
211 — Clientes c/c. Com o pessoal - Encargos sobre remuneracëêes, por cré-
dito das subcontas de 24 - Estado e outros entes publi-
219, 229, 239, 269 e 279 - Perdas por imparidade acu- cos a gue respeitem as contribuic6es patronais;
muladas 3.” fase — pelos pagamentos ao pessoal e as outras
Fstas contas registam as diferencas acumuladas entre entidades: debitam-se as contas 231, 24 e 278, por con-
as guantias registadas e as gue resuliem da aplicacao trapartida das contas da classe 1.

71
4 Cédigo de Contas SNC EXPLICADO

24 - Estado e outros entes publicos periodo, ainda gue nêo tenham documentacêo vincula-
tiva, Cuja receita ou despesa sê venha a ocorrer em
Nesta conta registam-se as relac6es com o Estado,
periodo ou periodos posteriores.
Autarguias Locais e outros entes publicos gue tenham
Caracteristicas de impostos e taxas. 273 - Beneficios pês-emprego
241 - Imposto sobre o rendimento Regista as responsabilidades da entidade perante os
Esta conta é debitada pelos pagamentos efectuados e seus trabalhadores ou perante a sociedade gestora de
pelas retencêes na fonte a gue alguns dos rendimentos um fundo auténomo.
da entidade estiverem sujeitos. 274 - Impostos diferidos
No fim do periodo serê calculada, com base na maté-
Sao registados nesta conta os activos por impostos
ria colectével estimada, a guantia do respectivo imposto,
diferidos gue sejam reconhecidos para as diferencas
a gual se registarê a crédito desta conta por débito de
temporêrias dedutiveis e os passivos por impostos diferi-
8121 - Imposto estimado para o perlodo.
dos gue sejam reconhecidos para as diferencas tempo-
242 - Retencêo de impostos sobre rendimentos rêrias tributêveis, nos termos estabelecidos na NCRF 25
— Impostos sobre o Rendimento.
Esta conta movimenta a crédito o imposto aue tenha
sido retido na fonte relativamente a rendimentos pagos a 275 - Credores por subscricêes nao liberadas
sujeitos passivos de IRC ou de IRS, podendo ser subdi-
Credita-se pelo valor total da subscricao de auotas,
vidida de acordo com a natureza dos rendimentos.
accêes, obrigacêes e outros titulos, por contrapartida
243 - Imposto sobre o Valor Acrescentado (VA) das respectivas contas de investimentos financeiros.
Esta conta destina-se a registar as situac6es decorren-
276 - Adiantamentos por conta de vendas
tes da aplicacêo do Cédigo do Imposto sobre o Valor
Regista as entregas feitas & entidade com relacao a
Acrescentado.
fornecimentos de bens e servicos Cujo preco esteja pre-
2521 - Empréstimos por obrigacées viamente fixado. Pela emissêo da factura, estas verbas
Regista os empréstimos por obrigacêes, sem prejuizo serao transferidas para as respectivas contas da rubrica
do referido na nota a conta 53. 211 — Clientes c/c.

261 - Accionistas c/subscricao e 262 - Ouotas nao 28 - Diferimentos


liberadas Compreende os gastos e os rendimentos gue devam
Para efeitos de elaboracëo do Balanco, os saldos des- ser reconhecidos nos periodos seguintes.
tas contas sao deduzidos ao Capital nos termos da
29 - Provisoes
NCRF 27 - Instrumentos financeiros ($ 8).
Esta conta serve para registar as responsabilidades
271 - Fornecedores de investimentos Cuja natureza esteja claramente definida e gue & data do
Regista os movimentos com vendedores de bens & balanco sejam de ocorrência provavel ou certa, mas

Servicos com destino aos investimentos da entidade. incertas guanto ao seu valor ou data de ocorrência (vide
NCRF 21 - Provisêes, passivos contingentes &e activos
2712 - Facturas em recepcao e conferência Contingentes e NCRF 26 - Matérias ambientais).
Respeita as aaguisic6êes cujas facturas, recebidas ou nêo, As suas subcontas devem ser utilizadas directamente
estao por lancar na conta 2711 - Fornecedores de investi- pelos dispêndios para gue foram reconhecidas, sem
mentos — contas gerais por nêo terem chegado & entidade prejuizo das reversêes a gue haja lugar.
alé essa data ou na&o terem sido ainda conferidas.
Serê debitada por crédito da conta 2711, aauando da Classe 3 - Inventdrios e artivos biol6gicos
Contabilizacao definitiva da factura.
Esta classe inclui os inventêrios (existências):
2713 - Adiantamentos a fornecedores de investimentos Detidos para venda no decurso da actividade empre-
Regista as entregas feitas pela entidade relativas a for- sarial;
necimentos, sem preco fixado, de investimentos a efec- No processo de producaêo para essa venda;
tuar por terceiros. Pela recepcao da factura, estas verbas
Na forma de materiais consumiveis a serem aplicados
serêo transferidas para as respectivas contas na rubrica
no processo de producë&o ou na prestacëo de servicos.
2711 —- Fornecedores de investimentos - contas gerais.
Integra, também, os activos biolégicos (animais &
272 - Devedores e credores por acréscimos plantas vivos), no Ambito da actividade agricola, guer
Estas contas registam a contrapartida dos rendimentos coNsumIVveis no decurso do ciclo normal da actividade,
e dos gastos gue devam ser reconhecidos no préprio auer de producëo ou regeneraGêo. Os produtos agricolas

72
SNC EXPLICADO 4 Cédiga de Cantas

colhidos sêo incluidos nas apropriadas contas de inven-


Participacêes Nas contas Nas contas
têrios. GE individuals consolidadas
As auantias escrituradas nas contas desta classe
ter&o em atenc&o o gue em matéria de mensuraGêo se Por regra método
Em subsididrias da eguivalência ede el inteoral
estabelece na NCRF 18 - Inventêrios, pelo gue serao patrimonial. ys sa
corrigidas de guaisauer ajustamentos a gue haja lugar, e
Por regra mêtodo i #
na NCRF 17 — Agricultura.
Em associadas da eguivalência Dee
patrimonial. i
387 - Activos biolêgicos
Serao registadas nesta conta, designadamente, as Em empreendimentos | M&todo da consolidagdo
conjuntos (entidades proporcional ou se be
reclassificac6es de activos biolégicos para inventêrios. conjuntamente méêtodo da eguivalência Re
As variacëes de justo valor sêo reconhecidas nas contas Controladas) patrimonial. Pop s
664 e 774.
Mêtodo do custo ou
: i Mêtodo do custo ou
Noutras entidades métoda do justo valor i
39 - Adiantamentos por conta de compras (conta 14). métoda do justo valor.

Regista as entregas feitas pela entidade relativas a


compras cujo preco esteja previamente fixado. Pela
recepoëo da factura, estas verbas devem ser transferi- Na aplicacêo destes mêtodos deverê, ainda, ter-se em
das para a conta 221 - Fornecedores c/c. atencao o seguinte:
O uso do método da eauivalência patrimonial nas con-
Glasse 4 - Investimentos tas individuais de uma empresa-mêe gue elabore contas
consolidadas deve ser complementado com a elimina-
Esta classe inclui os bens detidos com continuidade C€a0, por inteiro, dos saldos e transaccOes intragrupo,
Ou permanência e gue nao se destinem a ser vendidos incluindo rendimentos e ganhos, gastos e perdas e divi-
ou transformados no decurso normal das operag6es da dendos. Os resultados provenientes de transaccêes
entidade, guer sejam de sua propriedade, aguer estejam intragrupo due sejam reconhecidos nos activos, tais
em regime de locacëo financeira. Compreende os inves- Como inventarios e activos fixos, sêo eliminados por
timentos financeiros, as propriedades de investimento, inteiro. As perdas intragrupo podem indicar uma impari-
os activos fixos tangiveis, os activos intangliveis, os dade ague exija reconhecimento nas demonstrac6es
investimentos em curso e os activos nêo correntes deti- financeiras consolidadas.
dos para venda. A participacao numa entidade conjuntamente contro-
No caso de ser utilizado o modelo de revalorizacao lada poderé ser mensurada ou pelo método da consoli-
nos activos fixos tangiveis e activos intangiveis, poderêo dacêo proporcional ou pelo método da eguivalência
ser utilizadas subcontas ague evidenciem o custo de patrimonial se o empreendedor nêo tiver de elaborar con-
aauisicêdo/produGëo e as revalorizacëes (positivas ou tas consolidadas. Se o empreendedor elaborar contas
negativas). consolidadas, entêo terê de, nas suas contas individuais,
Se a revalorizacêo originar uma diminuicê&o do valor do mensurar a participacêo na entidade conjuntamente con-
activo essa diminuicêo deve ser reconhecida em conta trolada pelo método da eaguivalência patrimonial.
apropriada de gastos (subcontas da conta 65) na parte
em aue seja superior ao excedente de revalorizacêo gue
De acordo com o método da eguivalência patrimonial,
porventura exista. Se originar um aumento do valor do
Oo custo de aaguisicêo de uma participacaêo serê acres-
activo esse aumento é creditado directamente na conta cido ou reduzido:
apropriada do capital préprio (58 - Excedentes de revalo- Da auantia correspondente & proporcao nos resulta-
riZacêo de activos fixos tangiveis e intangiveis). Contudo dos liguidos da entidade participada;
esse aumento serd reconhecido em resultados (subcon- Da aguantia correspondente & proporcêo noutras varia-
tas da conta 762) até ao ponto aue compense um decrés- cOes nos capitais préprios da entidade participada;
cimo de revalorizac&o anteriormente registado em gastos. Da aguantia dos lucros distribuidos & participacao; e
Da guantia da cobertura de prejuizos aue tenha sido
41 - Investimentos financeiros deliberada.
Os investimentos financeiros gue representem partici- Aaguando da primeira aplicagao do méêtodo da eguiva-
DaG6es de capital s&o mensurados de acordo com os lência patrimonial, devem ser atribuidas as partes de
métodos indicados no auadro seguinte, conforme Capital as guantias correspondentes & fraccao dos capi-
NCRF 13 — Interesses em empreendimentos conjuntos tais préprios aue elas representavam no inicio do periodo,
e investimentos em associadas, NCRF 15 - Investimen- por contrapartida da conta 5711 - Afustamentos em acti-
tos em subsidiërias e consolidacëo e NCRF 27 - Instru- vos financeiros - Relacionados com o método da eauiva-
mentos financeiros: lência patrimonial - Ajustamentos de transicao.

78
SNC EXPLICADO
4 Cédigo de Contas

Para as entidades gue optem por aplicar, de acordo eventual saldo da conta 261 - Accionistas c/ subscrieao
com o 8 2 da NCRF 27, a AS 39, os activos financelros ou 262 - Ouotas nao liberadas.
gue sejam designados como disponiveis para venda, e 52 - Accêes (duotas) prêprias
Cujas alterac6es de valor sao imputadas a capital pré-
A conta 521 - Valor nominal é debitada pelo valor
prio, podem ser distribuidos pelas diversas contas da
nominal das acc6es ou guotas préprias adguiridas.
classe 4 criando as subcontas apropriadas.
Ainda na fase de aauisicêo, a conta 522 - Descontos e
419, 429, 439, 449, 459 e 469 - Perdas por imparidade prémios é movimentada pela diferenca entre o custo de
acumuladas aduIsiE&0 e o valor nominal.
Fstas contas registam as diferencas acumuladas entre Ouando se proceder & venda das accêes ou auotas
as guantias registadas e as aue resultem da aplicacêo proprias, para além de se efectuar o respectivo crédito
dos critérios de mensuracëo dos correspondentes acti- na conta 521, movimentar-se-ê a conta 522 pela dife-
vos incluidos na classe 4, podendo ser subdivididas a fim renca entre o preco de venda e o valor nominal.
de facilitar o controlo e possibilitar a apresentacêo em Simultaneamente, a conta 522 deverd ser regularizada por
balanco das guantias liguidas. As perdas por imparidade contrapartida da conta 599 — Outras variac6es no capital
anuais ser&o registadas nas subcontas da conta 65, e as préprio - Outras, de iorma a manter os descontos e prémios
suas revers6es (auando deixarem de existir as situagoes correspondentes as accêes (aguotas) prêprias em carteira.
gue originaram as perdas) sêo registadas nas subcontas
53 - Outros instrumentos de capital prêprio
da conta 762. Ouando se verificar o desreconhecimento
dos activos a due respeitem as imparidades, as contas Esta conta serê utilizada para reconhecer as presta-
em epligrafe serdo debitadas por contrapartida das cor- c6es suplementares ou auaisauer outros instrumentos
respondentes contas da classe 4. Estas contas poderao financeiros (ou as suas componentes) aue nêo se enaua-
ser subdivididas em func&o das contas respectivas. drem na definic&o de passivo financeiro. Nas situacêes
em aue os instrumentos financeiros (ou as suas COMPO-
436 - Eaguipamentos biolégicos nentes) se identifiguem com passivos financeiros, deve
Serêo registados nesta conta os animais e plantas vivos utilizar-se rubrica apropriada das contas 25 - Financia-
due reunam os reguisitos de reconhecimento como inves- mentos obtidos ou 26 — Accionistas/s6cios.
timento e gue néo se enauadrem na NCRF 17 - Agricul-
57 - Ajustamentos em activos financeiros
tura.
Evidencia os ajustamentos decorrentes, designada-
442 — Projectos de desenvolvimento mente, da utilizacêo do método da eguivalência patrimo-
Serao registados nesta conta os dispêndios gue, nos nial em subsididrias, associadas e entidades conjunta-
termos do $ 57 da NCRF 6 - Activos intangiveis, reu- mente controladas.
nam as condicêes para se aualificarem como activos
intangiveis. 5711 - Ajustamentos em activos financeiros - Relacio-
nados com o método da eguivalência patrimonial -
46 — Activos nao correntes detidos para venda Ajustamentos de transicao
Esta conta destina-se a registar os activos a ague se Ouando da transic&o para a aplicacêo do método da
refere a NCRF 8 - Activos nêo correntes detidos para eOuivalência patrimonial, esta conta regista a diferenca
venda e unidades operacionais descontinuadas. Os entre as guantias afribuidas as partes de capital, corres-
passivos associados a activos nêo correntes detidos pondentes a fraceëo dos capitais proprios aue represen-
para venda mantêm a sua mensuracëo e apenas deve- tavam no inicio do periodo, e as aguantias por gue se
rêo ser identificados para efeitos de divulgacao. e@ncoNtravam eXpressas.

454 - Adiantamentos por conta de investimentos 5712 - Ajustamentos em activos financeiros - Relacio-
Regista as entregas feitas pela entidade por conta de nados com o método da eguivalência patrimonial -
investimentos cujo preGo esteja previamente fixado. Pela Lucros nao atribuidos
recepoëo da factura, estas verbas devem ser transferidas Esta conta sera creditada pela diferenca entre os
para a conta 2711 - Fornecedores de investimentos — lucros imputêveis &As participacëes e os lucros due Ihes
Contas gerais. forem atribuidos (dividendos), movimentando-se em
contrapartida a conta 56 - Resultados transitados.

Glasse 5 - Gapital, reservas e resultados transitados 5713 - Ajustamentos em activos financeiros - Relacio-
nados com o método da eguivalência patrimonial -
51 —- Capital Decorrentes de outras variacêes nos capitais préprios
Esta conta evidencia o capital subscrito, devendo ser Esta conta acolhera, por contrapartida das contas 411
deduzido, para efeitos de elaborac&o do Balanco, o a 413, os valores imputêveis & participante na variaGëo

74
SNC EXPLICADO 4 Céêdign de Contas

dos capitais préprios das participadas, gue nao respel- 6331 - Préêmios para pensêes
tem a resultados. Respeita aos prémios da natureza em epigrafe desti-
nados a entidades externas, a fim de ague estas venham
58 - Excedentes de revalorizacêo de activos fixos tan- a suportar oportunamente os encargos com o paga-
giveis e intangiveis mento de pensêes ao pessoal.
Esta conta é creditada em conseaguência da revalori-
zaca0 dos activos fixos e vai sendo debitada por contra- 67 — Provis6es do periodo
partida da conta 56 - Resultados transitados, em funcao Esta conta regista os gastos no periodo decorrentes
da realizacê&o da revalorizacêo. Essa realizacëo ocorre das responsabilidades cuja natureza esteja claramente
pela depreciaêo, abate ou venda do bem. definida e gue & data do balance sejam de ocorrência
As diminuic6es de um activo por revalorizacêo serao provêvel ou certa, mas incertas guanto ao seu valor ou
debitadas na conta em epigrafe até ao montante do saldo data de ocorrência.
existente. A parcela da diminuicêo ague ultrapasse o saldo
683 - Dividas incobraveis
existente ser4 considerada gasto do periodo (subconta
apropriada da conta 65), conforme NCRF 6 e 7. Se a reva- Apenas regista, por contrapartida da correspondente
lorizacêo do bem originar a reversêo de uma perda reco- conta da classe 2, as dividas cuja incobrabilidade se
nhecida em periodos anteriores, essa reversêo serê levada verifigue no periodo e aue nao tivessem sido considera-
aos rendimentos do periodo (subcontas da conta 762). das anteriormente em situacao de imparidade.
Relativamente a reavaliac6es, ap6s o registo na conta
684 - Perdas em inventêrios
5811 do valor do aumento do imobilizado liguido, a conta
Apenas regista, por contrapartida da correspondente
5812 serê debitada por contrapartida da conta 2742 —
Passivos por impostos diferidos pelo montante do imposto
conta da classe 3, as perdas aue se verificarem no
periodo e gue nêo tivessem sido consideradas anterior-
correspondente & fraccao do excedente de reavaliacao
mente em situacëo de imparidade.
nao relevante para a tributaG&o. Aguando da realizacê&o
do excedente de reavaliacaêo, a subconta 5812 sera credi- 6852 - Gastos e perdas em subsididrias, associadas e
tada pela correspondente fraccêo do imposto sobre o empreendimentos conjuntos - Aplicacêo do método da
rendimento, por contrapartida da conta 56 - Resultados eduivalência patrimonial
transitados. Simultaneamente, a conta 2742 - Passivos
Esta conta regista os gastos e perdas relativos as par-
por impostos diferidos serê debitada por contrapartida da
ticipacées de capital, derivados da aplicacêo do método
Conta 241 — Imposto sobre o rendimento. Para efeitos de da eguivalência patrimonial, sendo considerados para o
apresentacêo em balanco, a aguantia (saldo devedor) da efeito apenas os resultados dessas entidades.
conta 5812 - Impostos diferidos, ser abatida ao saldo da
conta 5811 - Antes de impostos. 686 - Gastos e perdas nos restantes investimentos
financeiros
591 - Diferencas de conversêo de demonstraG6es
Respeita aos gastos e perdas relacionados com os
financeiras
investimentos financeiros contabilizados nas contas 414
Inclui as diferencas de cê&mbio derivadas da transposicao e 415.
de uma unidade operacional estrangeira (nos termos da
NCRF 23 — Os efeitos de alteracêes em taxas de cêAmbio). 6886 - Perdas em instrumentos financeiros
Regista as perdas relacionadas com a conta 14 - Ins-
593 — Subsidios
trumentos financeiros
Inclui os subsidios associados com activos, gue deve-
r8o ser transferidos, numa base sistematica, para a
Conta 7883 - Imputacêo de subsidios para investimen- Classe 7 - rendimentos
tos, & medida em ague forem contabilizadas as deprecia- Inclui os rendimentos e os ganhos respeitantes ao
c6eslamortizac6es do investimento a gue respeitem. periodo.

71 -Vendas
Classe 6 - Gastos As vendas, representadas pela facturacao, devem ser
Esta classe inclui os gastos e as perdas respeitantes deduzidas do IVA e de outros impostos e incidências
a0 periodo. nos casos em aue nela estejam incluidos.

613 - Activos bioléêgicos (compras) 72 - Prestacêes de servicos


Recolhe as aauisicêes de activos bioléêgicos efectua- Esta conta respeita aos trabalhos e servicos prestados
das durante o ano, transferidas da conta 313 - Activos gue sejam préprios dos objectivos ou finalidades princi-
TEEN

Diolégicos. pais da entidade. Poderê integrar os materiais aplicados,

79
4 Cidiga de Cantas SNC EXPLICADO

no Caso de estes nêo serem facturados separadamente. método da eauivalência patrimonial, sendo considera-
A contabilizacao a efectuar deve basear-se em factura- dos para o efeito apenas os resultados dessas entida-
C&0 emitida ou em documentacêo externa (caso das des.
comiIss6es obtidas), nao deixando de registar os réditos
7884 - Ganhos em outros instrumentos financeiros
relativamente aos guais nao se tenham ainda recebido os
correspondentes comprovantes extermos. Regista os ganhos relacionados com a conta 14 —- Outros
instrumentos financeiros.
73 - Variacêes nos inventêrios da producao
No caso de ser adoptado o sistema de inventêrio per-
Glasse 8 - resultadas
manente considera-se conveniente subdividir cada uma
das suas contas divisionêrias em rubricas de "Producao” Esta classe destina-se a apurar o resultado liguido do
e de “Custo das vendas"” as auais ser&o movimentadas periodo, podendo ser utilizada para auxiliar & determina-
por contrapartida das respectivas contas da classe 3. ao do resultado extensivo, tal como consta na Demons-
tracao das Alterac6es no Capital Préprio.
75 - Subsidios & exploracëo
Esta conta inclui os subsidios relacionados com o ren-
811 - Resultado antes de impostas
dimento, conforme estabelecido na NCRF 22 - Contabili- Destina-se a concentrar, no fim do periodo, os gastos
Zacêo dos Subsidios do Governo e Divulgacao de e rendimentos registados, respectivamente, nas contas
Apoios do Governo. das classes 6e 7.

7851 - Rendimentos e ganhos em subsididrias, asso- 8121 - Imposto estimado para o periodo
ciadas e empreendimentos conjuntos - Aplicacëo do Considera-se nesta conta a guantia estimada para o
meétodo da eguivalência patrimonial imposto gue incidiré sobre os resultados corrigidos para
Esta conta regista os rendimentos e ganhos relativos efeitos fiscais, por contrapartida da conta 241 - Estado e
&s participacëes de capital derivados da aplicacëo do outros entes publicos - Imposto sobre o rendimento.

76
9) Modelos de Demonstracdes
Financeiras”

d1
SNC EXPLICADO

PORTARIA N.” 986/2009, e) Anexo n.” 5: demonstracao dos fluxos de caixa —


de 7 de Setembro método directo;
f) Anexo n.” 6: anexo.
O Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho, veio apro-
var o Sistema de Normalizac&o Contabilistica (SNC), no Art 2.”
gual se previu a publicacéo em portaria dos modelos de Para as entidades ague, nos termos do artigo 9.” do '
demonstracêes financeiras. Estes instrumentos contabi- Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho, apliguem a
listicos, embora inseridos no contexto do SNC, de apli- Norma contabilistica e de relato financeiro para pegue-
Caca0 obrigatéria para as entidades sujeitas ao SNC, nas entidadess (NCRFPE), $&0o aprovados os seguintes
poderêo, também, ser utilizados pelas entidades ague, modelos reduzidos de demonstracêes financeiras, ane-
nos termos do artigo 4.” do citado decreto-lei, apliguem XOS & presente portaria:
as normas internacionais de contabilidade, atentos os a) Anexo n.” 7: balanco, modelo reduzido;
evidentes beneficios gue dai advir&o para a comparabili- b) Anexo n.” 8: demonstracao dos resultados por natu-
dade das demonstracêes financeiras. rezas, modelo reduzido;
Assim: Cc) Anexo n.” 9: demonstracëo dos resultados por fun-
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das G6es, modelo reduzido;
Financas, ao abrigo do disposto nos n.”* 3.1 e 4.1 do d) Anexo n.” 10: anexo, modelo reduzido.
anexo ao Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho, o
Art” 8
seguinte:
A Comissêao de Normalizacao Contabilistica divulga,
Art 1. no respectivo sitio electrénico, notas explicativas ou de l
Sao aprovados os modelos em anexo & presente por- aclaramento sobre os modelos aprovados pela presente
taria, para as seguintes demonstracêes financeiras: portaria.
a) Anexo n.” 1: balance;
b) Anexo n.” 2: demonstracêo dos resultados por natu-
Arte as |
A presente portaria entra em vigor na data de inicio da
(ezas;
vigéncia do Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho.
Cc) Anexo n.” 3: demonstracêo dos resultados por fun-
G6es; Pelo Ministro de Estado e das Financas, Carlos Manuel
d) Anexo n.” 4: demonstracao das alteracêes no capi- Baptista Lobo, Secretêrio de Estado dos Assuntos Fis-
tal préprio; cais, em 14 de Agosto de 2009.

78
SNC EXPLICADO 5 Muadelos de Demonstragdes Financeliras — Anexn n.” 1

ANEXO N.”1
EnidOAR ss es ERGE EEN GEE EE EE Ge
BALANCO (INDIVIDUAL OU CONSOLIDADO) EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETARIA (1)
DATAS
RUBRICAS NOTAS
B1XXX N 31 XXX N-1

ACTIVO
Activo na corrente
Activos fikos tangiveis
Propriedades de investimento
Goodwill
j Activos intangiveis
Artivos biolbgicos
Participacoes financeiras —- mêtodo da eguivalência patrimonial
ParticipacOes financeiras — outros métodos
1 Arcionistas/sécios
! Outros activas financeiros
d Activos por impostos diferidos
Arctivo corrente
i Inventdrios
Ë Activos biolêgicos
Clientes
Adiantamentos a formecedores
Fstado e outros entes piiblicos
Accionistas/sdrios
Outras contas a receber
Diferimentos
Activos financeiros detidos para negociasao
Outros activos financeiras
Activos nio correntes detidas para venda
Caixa e depésitos bancarias

Total do artivo
CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
Capital préprio
Capital realizado
Accies (guotas) prêprias
! Outros instrumentos de capital prêprio
Prémios de emissao
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitadas
Afustamentas em activos financeiros
Excedentes de revalorizacdo
Outras variaêes no capital prêprio
Resultado liguido do periodo
Interesses minoritêrios

Total da capital prêprio


Passivo
Passivo ndo corrente
Provisges
Financiamentas obtidos
Responsabilidades por beneficios pés-emprego
Passivos por impostos diferidos
Outras contas a pagar
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes publicos
Accionistas/sêrios
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Diferimentos
Passivos financeiros detidos para negociago
Outros passivos financeiros
Passivos nio correntes detidos para venda
Total do passivo
Total do capital préprio e da passivo
de euros
(1) -O euro, admitindo-se, em fungao da dimensêo e exigências de relato, a possibilidade de expressên das auantias em milhares

19
5 Modelos de Demonstrag6es Financeliras — Anexo n.” 2 SNC EXPLICADD

ANEXO N.” 2
Fitdade: NEee GEE ee
DEMONSTRAGAO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
PERIODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETARIA (1)
PERIODOS
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS T

Vendas e servicas prestados as is


Subsidios 4 exploracdo sk E
Ganhos/perdas imputados de subsididrias, associadas e empreendimentos conjuntos vy Ba
Variag&o nos inventêrios da produgao Fi TE
Trabalhos para a prêpria entidade E T
Custo das mercadorias vendidas e das matêrias consumidas 1.
Formecimentos e servigos externos a” k
Gastos com o pessoal E li
Imparidade de inventdrios (perdas/reversdes) si sl
Imparidade de dividas a receber (perdas/reversOes) op ss ft
Provisdes (aumentos/redugdes) dy ed
Imparidade de investimentos nao deprecidveis/amortizêveis (perdas/reversdes) sy ef
Aumentos/reducëes de justo valor Ed fa
Outros rendimentos e ganhos Ë
Outros gastos e perdas sé Ee

Resultado antes de depreciacdes, gastos de financiamento e impostos - -

Gastos/reversdes de depreciagdo e de amortizaco lt 1


Imparidade de activos depreciëveisjamortizêveis (perdas/reversêes) lt fi

Resultado operacional (antes de gastas de financiamento e impastas) - —

Juros e rendimentos similares obtidos * d-


Juros e gastos similares suportados '

Resultado antes de impostos E


Imposto sobre o rendimento do periodo —lt lt

Resultado liguido do perioda Es —

Resultado das actividades descontinuadas (liguido de impostas) incluido no resultado liguido da


perlodo

Resultada liguido do periado atribuivel a: (2)


Detentores do capital da empresa-mde
Interesses minaritarios

Resultado por accio bisico

(1)—-O euro, admitinda-se, em funcêo da dimensao e exigências de relato, a possibilidade de expressêo das guantias em milhares de euros
(2) - Esta informaGëo apenas ser formecida no caso de contas consolidadas
SNC EXPLICADO 5 Muadelas de Demonstractes Financeiras — Anexo n.” 3

ANEXO N.” 3
Entidade: ....... ee ee ee ee ee ee ee ee ae
DEMONSTRACAO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DOS RESULTADOS POR FUNGOES
PERIODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UMIDADE MONETARIA (1)
PER/ODOS
RUBRICAS NOTAS
N N—1

Vendas e serviGos prestadas #


Custo das vendas e dos servicos prestados — —

Resultada bruto z s

Outros rendimentos -
Gastos de distribuicao — —
Gastos administrativos — sm
Gastos de investigacao e desenvolvimenta ET
Outros gastos se E

Resultado operarional (antes de gastos de financiamento e impostos) — s


Gastos de financiamento (liguidos) s ad

Resultados antes de impostos — -


Imposto sobre o rendimento do periodo lt IT

Resultada liguido do periodo s —

Resultado das actividades descontinuadas (liguido de impostas) incluido no resultado liguido do


periodo

Resultado liguido do perioda atribuivel a: (2)


Detentores do capital da empresa-mêe
Interesses minoritrios

(1) -O euro, admitinda-se, em funcëio da dimensêo e exigéëncias de relato, a possibilidade de expressao das guantias em milhares de euros
(2) - Esta informacêo apenas serd formecida no caso de contas consolidadas

SNCE-OS 81
SNC EXPLICADO
5 Modelas de Demanstraces Financeiras — Anexo n.” 4

ANEXO N.” 4
Entidage:...
DEMONSTRAGAO (INDIVIDUAUCONSOLIDADA) DAS ALTERACOES NO CAPITAL PROPRIO NO PERIODO N—1
Mu
DESCRICAO NOTAS Capital
Accoes
(auotas)
Outros
instrumentos de
Prémios de
realizado emissao
prêprias capital prêprie

1
Posicé0 no inicio do periodo N-1

Alterac6es no periodo
Primeira adopcdo de novo referencial contabilistico
AlteracGes de politicas contabilisticas
Diferencas de conversdo de demonstragêes financeiras
Realizacio do excedente de revalorizaco de activos fixos tangiveis e intangiveis
Excedentes de revalorizacio de activos fixos tangiveis e intangiveis e respectivas variagOes
Afustamentos por impostos diferidos
Outras alterac6es reconhecidas no capital prêprio

Resultada liguido do periodo 3


Resultado integral A-948

Operacies com detentores de capital no periodo


Realizacoes de capital
Realizacées de prémios de emissao
Distribuicdes
Entradas para cobertura de perdas
Outras operacdes
5
Posic4o no fim do periodo N—1 GBs1t243t5

Fi ad oos OE belesess
DEMONSTRACAO (INDIVIDUAL/CONSO LIDADA) DAS ALTERAGOES NO CAPITAL PROPRIO NO PERODO N

Prestacêes
DESCRICAO NOTAS Capital
Accêes suplementares e
Prémios de
(auatas) outros
realizado emissêo
préprias instrumentos de
capital prêprio

Posicio no inicio do periodo N 6

Alteracaes no periodo
Primeira adopcao de novo referencial contabilistico
Alteracoes de politicas contabilisticas
Diferengas de conversëo de demonstragêes financeiras
Realizacio do excedente de revalorizagdo de activos fixos tangiveis e intangiveis
Excedentes de revalorizagdo de activos fixos tangiveis e intangiveis e respectivas variagOes
Ajustamentos por impostos diferidos
Outras alteragëes reeonhecidas no capital prêprio
[

Resultado liguido do periodo 8


Resultado integral 9-78
Operacaes com detentores de capital no periodo
Realizacoes de capital
Realizagêes de prémios de emissdo
Distribuigdes
Fntradas para cobertura de perdas
Outras operacdes
10
Posic#a no fim do periado N 64718410
(1) -O euro, admitindo-se, em funcëo da dimensêo e exigências de relato, a possibilidade de expressêo das auantias em milhares de euros

82
SNC EXPLICADO 5 Modelas de Damonstracëes Financeiras — Anexo n.” 4

UNIDADE MONETARIA (1)


CAPITAL PROPRIO ATRIBUIDO AOS DETENTORES DO CAPITAL DA EMPRESA-MAE

Outras Ee Total do
Reservas Outras Resultados Mere [Eers variagoes no Mosie minoritrios Capital
ES transitadas | “" activos de Eie liguido do Total Préprie
eg TESE financeiros | revalorizag&o ee et periodo

UNIDADE MONETARIA (1)


CAPITAL PROPRIO ATRIBUIDO AOS DETENTORES DO CAPITAL DA EMPRESA-MAE
OS Interesses | Total do
Ajustamentos| Excedentes Resultado Capital
es es ike em activos de as N? liguido do Total minoritêrios ord
ERK eise TAnSaEOS | (inanceiros revalorizagao iek periodo

83
n.” 5 SNC EXPLICADO
5 Modelos de DemonstracBes Financeiras — Anexo

“n
ANEXO N.” 5
ee
SEEDEE ee
DEMONSTRAGAO (INDIVIDUAL/CONSOLIDADA) DE FLUXOS DE CAIXA
PERIODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETARIA (1)
PERIODOS
RUBRICAS NOTAS
N—1

Flyxos de caixa das actividades operacionais — método directo


Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operacoes -l- tl-

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento —lt lt


Outras recebimentas/pagamentos T/- tI-
Fluxos de caxa das actividades operacionais (1) H- #l—

Flyxos de caixa das actividades de investimento


Pagamentos respeitantes a:
Artivos fixos tangiveis
Activos intangiveis
Investimentos financeiros
Outros aclivos
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangiveis
Activos intangiveis

edeER
TEER
Investimentas financeiros
Outros activas
Subsidios ao investimento
Juros e rendimentos similares

op
Dividendas
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2)

Ed
ra

l
Fluxos de caixa tividades de financiamento
Recebimentas provenientes de:
Financiamentas obtidos
RR

RR

Realizacoes de capital e de outros instrumentos de capital prêprio


Gobertura de prejuizos
TR

FR

Doardes
Outras operacdes de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
Juros e gastos similares
Dividendas
Reducoes de capital e de outros instrumentos de capital prêprio
Outras operacdes de financiamento
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3)

Variatao de raixa e seus eguivalentes (1 2 *3) Hi- RE;


Efeito das diferengas de cimbia Ee tl
Caixa e seus eguivalentes no inicia da periado
Caixa e seus eguivalentes no fim do periodo

(1) -O euro, admitindo-se, em funcêo da dimensêo e exigências de relato, a possibilidade de expressao das guantias em milhares de euros

84
SNC EXPLICADD 5 Modelos de Demonstracëes Financelras — Anexo n.” 6
ale ESE

ANEXO N.” 6 d) Reconhecimento ou reversao, pela primeira vez, de


ea

perdas por imparidade ao preparar o balanco de


ANEXO
aa

abertura de acordo com as NCRF (divulgacées gue


(MODELO GERAL) a NCRF 12 - Imparidade de Activos teria exigido se
o reconhecido dessas perdas por imparidade ou
O presente documento no constitui um formuldrio
reversbes tivesse ocorrido no periodo ague comeca
relativo &s notas do Anexo, mas tê0o-sê uma compilacêo
na data de transicêo para as NCRF);
das divulgacoes exigidas pelas NCRF.
Assim, cada entidade deverê criar a sua prépria e) Distincêo, nas reconciliac6es das alineas b) e c),
seduëncia numérica, em coniormidade com as divulga- entre correccëo de erros cometidos segundo os
cêes gue deva efectuar, sendo due as notas de 1a 4 PCGA anteriores (se aplic4vel) e alterac6es &s poli-
serêo sempre explicitadas e ficam reservadas para os ticas contabilisticas;
assuntos identificados no presente documento. A partir f) As primeiras demonstragées financeiras de acordo
da nota 5, inclusive, é utilizada uma numeracëo sedguen- com as NCRF sêo (nao sêo) as primeiras demons-
cial correspondente & das NCRF. Para melhor enguadra- tracoes financeiras apresentadas.
mento dos textos constantes dessas notas, deve-se
recorrer a leitura das normas respectivas. 3. Principais politicas contabilisticas:

1. ldentificac&o da entidade: 3.1 - Bases de mensuracêo usadas na preparacêo


das demonstracêes financeiras:
1 — Designac&o da entidade:
2-Sede:
3.2 - Outras politicas contabilisticas relevantes:
3 - Natureza da actividade:
4 — Designacêo da empresa-mae:
3.3 — Juizos de valor (exceptuando os aue envolvem
5 —Sede da empresa-mêe:
estimativas) gue o 6rgao de gestêo fez no processo de
2. Referencial contabilistico de preparacêo das demons- aplicacao das politicas contabilisticas e ague tiveram
tracêes financeiras: maior impacte nas guantias reconhecidas nas demons-
trac6es financeiras:
2-1-
3.4 — Principais pressupostos relativos ao futuro (envol-
2.2 — Indicacao e justificacêo das disposic6es do SNC vendo risco significativo de provocar ajustamento mate-
aue, em casos excepcionais, tenham sido derrogadas e rial nas guantias escrituradas de activos e passivos
dos respectivos efeitos nas demonstracêes financeiras, durante o ano financeiro seguinte):
tendo em vista a necessidade de estas darem uma ima-
gem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e
dos resultados da entidade. 3.5 — Principais fontes de incerteza das estimativas
(envolvendo risco significativo de provocar ajustamento
2.3 - Indicacêo e comentêrio das contas do balango e material nas guantias escrituradas de activos e passivos
da demonstracao dos resultados cujos conteudos nao durante o ano financeiro seguinte):
sejam comparêveis com os do exercicio anterior.
2.4 — Adopcëo pela primeira vez das NCRF - divulga- 4. Fluxos de caixa:
Cao transitoria: 4.1 —- Comentario da gerência sobre a guantia dos sal-
a) Forma como a transicêo dos PCGA anteriores para dos significativos de caixa e seus eguivalentes gue nêo
as NCRF afectou a posicêo financeira, o desempe- estêo disponiveis para uso:
nho financeiro e os fluxos de caixa relatados;
4.2 - Desagregacao dos valores inscritos na rubrica
D) Reconciliacëo do capital préprio relatado segundo de caixa e em depêsitos bancarios.
os PCGA anteriores com o capital préprio segundo
as NCRF, entre a data de transicao para as NCRF e 5. Politicas contabilisticas, alterac6es nas estimativas
o final do ultimo periodo apresentado nas mais contabilisticas e erros:
recentes demonstracëes financeiras anuais, elabo-
radas segundo os PCGA anteriores; 5.1 — Aplicacêo inicial da disposicê&o de uma NCRF
com efeitos no periodo corrente ou em agualguer
Cc) Reconciliacëo do lucro ou perda relatado segundo
periodo anterior, ou com possiveis efeitos em periodos
os PCGA anteriores, relativo ao ultimo periodo das
futuros:
mais recentes demonstracêes financeiras anuais,
Com o lucro ou a perda segundo as NOCRF relativo a) Titulo da NCRF:
ao mesmo periodo;

85
5 Moadelas de Demonstracëes Financelras — Anexo n.” 6 SNG EXPLICADO

b) Natureza da alteracao na politica contabilistica: a) Nome da empresa-mêe imediata:

c) Ouantia de ajustamento relacionado com periodos b) Nome da empresa-mêe controladora final (se dife-
anteriores aos apresentados, até ao ponto gue seja rente de a)):
praticêvel:
Cc) Nome da empresa-mae intermedia superior
seguinte gue produz demonstracêes financeiras
5.2 - Alteracao voluntêria em politicas contabilisticas disponiveis para uso publico (se nem a) ou b) o
com efeitos no periodo corrente ou em agualguer periodo fizerem):
anterior (sendo impraticêvel determinar a auantia de
ajustamento), ou com possiveis efeitos em periodos
6.2 - Remuneracêes do pessoal-chave da gestêo.
futuros.
a) Total de remunerac6es:
a) Natureza da alteracao na politica contabilistica:

b) Total de beneficios de curto prazo dos empregados:


b) Razêes pelas auais a aplicacê&o da nova politica
contabilistica proporciona informacao fiëvel e mais
relevante: Cc) Total de beneficios pés-emprego:

Cc) Ouantia do ajustamento (até ao ponto due seja pra- d) Total de outros beneficios de longo prazo:
tic&vel) para o periodo corrente e cada periodo
anterior apresentado: e) Total de beneficios por cessacao de emprego:

d) Ouantia de ajustamento relacionado com periodos f) Total de pagamentos com base em acGêes:
anteriores aos apresentados (até ao ponlo em aue
seja praticavel): 6.3 - Transacc6es entre partes relacionadas.
a) Natureza do relacionamento com as partes relacio-
5.3 — Alteracëes em estimativas contabilisticas com nadas:
efeito no periodo corrente ou gue se espera gue tenham
efeito em futuros periodos. b) Transaccées e saldos pendentes:
a) Respectivas naturezas e guantias: j) Ouantia das transaccêes:

b) Situac6es em due é impraticavel estimar a guantia ii) Ouantia dos saldos pendentes:
do efeito em futuros periodos:
iii) Ajustamentos de dividas de cobranca duvidosa
relacionados com a duantia dos saldos pen-
5.4 — Erros materiais de periodos anteriores.
dentes:
a) Natureza dol(s) errof(s) de periodols) anterior(es):
iv) Gastos reconhecidos durante o periodo a res-
b) Ouantia das correspondentes correcc6es para peito de dividas incobraveis ou de cobranca
Cada periodo anterior apresentado: duvidosa de partes relacionadas:

c) Ouantia das correspondentes correccées no inicio (Estas divulgacoes sêo feitas separadamente para cada
do periodo anterior mais antigo apresentado:
uma das seguintes categorias: a) empresa-mae;
b) entidades com controlo conjunto ou influência significa-
d) Impraticabilidade de reexpressêo retrospectiva tiva; c) subsidiërias; d) associadas; e) empreendimentos
para um periodo anterior em particular. Indicacao Conjuntos nos guais se seja empreendedor; f) pessoal-
das circunstências gue levaram & existência dessa -chave da gestêo da entidade ague relata ou da respectiva
condicêo e descricê&o de como e desde guando o entidade-mae; e g) outras partes relacionadas.)
erro foi corrigido:
1. Activos intangiveis:

7-1 - Divulgac6es para cada classe de activos intangi-


6. Partes relacionadas:
veis, distinguindo entre os activos intangiveis gerados
6.1 - Relacionamentos com empresas-mae: internamente e outros activos intangiveis:

86
SNC EXPLICADO 5 Madelos de Demonstrasies Financeiras — Anexo n.” 6

a) Se as vidas uteis sêo indefinidas ou finitas e, se periodo, indicando as alterac6es durante o periodo
forem finitas, as vidas uteis ou as taxas de amortiza- e guaisauer restricées na distribuicao do saldo aos
Cao usadas; accionistas;e
b) Os métodos de amortizacao usados para activos Cc) Os métodos e pressupostos significativos aplicados
intangiveis com vidas uteis finitas; na estimativa do justo valor dos activos.
c) A auantia bruta escriturada e gualguer amortizacêo 7.8 - Ouantia agregada do dispêndio de pesauisa e
acumulada (agregada com as perdas por impari- desenvolvimento reconhecido como um dasto durante o
dade acumuladas) no comeco e fim do periodo; periodo (incluindo todos os gastos por natureza ague
d) Os itens de cada linha da demonstragao dos resul- foram, face ao seu destino, classificados como gastos
tados em aue dualguer amortizacêo de activos de pesauisa e desenvolvimento, bem como os gastos de
intangiveis esteja incluida; pesaguisa e desenvolvimento gue foram capitalizados).
e) Uma reconciliacêo da guantia escriturada no
8. Activos fixos tangliveis:
comeco e im do periodo gue mostre separada-
mente as adic6es, as alienac6es, os activos classifi- 8.1 - Divulgac6es sobre activos fixos tangiveis.
cados como detidos para venda, as amortizacOes, a) Bases de mensuracêo usadas para determinar a
as perdas por imparidade e outras alteracoes. guantia escriturada bruta;
7.2 — Ouantia escriturada de cada activo intangivel b) Métodos de depreciagao usados;
avaliado como tendo uma vida util indefinida e raz6es Cc) Vidas uteis ou as taxas de depreciacao usadas;
gue apoiam a avaliac&o de uma vida util indefinida (com
d) Ouantia escriturada bruta e depreciacao acumu-
descric&o dols) factor(es) aue desempenhou(aram) um
lada (agregada com perdas por imparidade acu-
papel significativo na determinacêo de gue o activo tem
muladas) no inicio e no fim do periodo;e
uma vida util indefinida).
e) Reconciliacëo da guantia escriturada no inicio e no
1.4 - Descricëo, aguantia escriturada e periodo de fim do periodo mostrando as adicées, as revaloriza-
amortizacao restante de gualaguer activo intangivel indivi- c6es, as alienacêes, os activos classificados como
dual materialmente relevante para as demonstracêes detidos para venda, as amortizacêes, as perdas de
financeiras. imparidade e suas reversOes e outras alteracoes.
7.4 — Activos intangiveis adauiridos por meio de um 8.2 — Existência e guantias de restricoes de titulari-
subsidio do Governo e inicialmente reconhecidos pelo dade de activos fixos tangiveis dados como garantia de
justo valor. Indicacêo: passivos.
a) Do justo valor inicialmente reconhecido;
8.3 — Ouantia de dispêndios reconhecida na auantia
b) Sa sua guantia escriturada; e escriturada de cada um dos seguintes itens do activo
C) Se sao mensurados apês o reconhecimento segundo fixo tangivel no decurso da sua construcao:
o modelo de custo ou o modelo de revalorizaGêo.

1.8 — Existência e aguantias escrituradas de activos 8.4 — Ouantia de compromissos contratuais para aaui-
intangiveis cuja titularidade estê restringida e as aguan- sic&0 de activos fixos tangiveis.
tias escrituradas de activos intangiveis dados como
8.5 — Ouantia incluida nos resultados, relativa a com-
garantia de passivos.
pensacêo de terceiros por itens do activo fixo tangivel
1.6 - Guantia de compromissos contratuais para aagui- com imparidade, perdidos ou cedidos.
sicêo de activos intangiveis.
8.6 - Depreciacêo, reconhecida nos resultados ou
7.1 — Activos intangiveis contabilizados por guantias como parte de um Ccusto de outros activos, durante um
revalorizadas. Indicacêo: periodo.
a) Por classe de activos intangiveis: 8.7 - Depreciac&o acumulada no final do periodo.
i) Data de eficêcia da revalorizacao;
8.8 — Para os itens do activo fixo tangivel expressos
ii) Ouantia escriturada de activos intangiveis reva-
por guantias revalorizadas:
lorizados; e
a) Data de eficêcia da revalorizacao;
ii) Ouantia escriturada aue teria sido reconhecida
se a classe revalorizada de activos intangiveis b) Recurso a avaliador independente;
tivesse sido mensurada apês o reconhecimento Cc) Métodos e pressupostos significativos aplicados na
usando o modelo de custo. estimativa do justo valor dos itens;
b) Ouantia do excedente de revalorizacêo relacionada d) Medida em aue o justo valor dos itens foi determinado
com activos intangiveis no inicio e no final do directamente por referência a precos observaveis

87
5 Modelos de Demonstracêes Financeiras —- Anexo n.” 6 SNC EXPLICADO

num mercado activo ou em transaccêes de mercado a) Ouantia escriturada liguida a& data do balanco, para
recentes numa base de nêo relacionamento entre as cada categoria de activo;
partes ou foi estimado usando outras têcnicas de valo- b) Reconciliac&o entre o total dos futuros pagamentos
HZacao; minimos da locacao & data do balanGo e o seu
e) Excedente de revalorizacêo (indicando a alteracê&o valor presente;
do periodo e aguaisaguer restricées na distribuicao c) Total dos futuros pagamentos minimos da locacêo
do saldo aos accionistas). & data do balango e o seu valor presente, para
cada um dos seguintes periodos:
9. Activos nao correntes detidos para venda e unidades i) Nao mais de um ano;
operacionais descontinuadas: ii) Mais de um ano e nêo mais de cinco anos;
9.1 —- Operacêes descontinuadas: ii) Mais do gue cinco anos;
a) Ouantia de resultados reconhecida no periodo: d) Rendas contingentes reconhecidas no rendimento
do periodo;
b) Decomposicëo e analise da aguantia de resultados e) Total dos futuros pagamentos minimos de subloca-
reconhecida no periodo: Ca0 aue se espera receber por sublocac6es nao
cancelêveis &A data do balanco;
Cc) Fluxos de caixa liguidos atribuiveis as actividades f) Descricao geral dos acordos de locacêo significati-
de exploracêo, investimento e financiamento das vos incluindo (pelo menos) o seguinte:
unidades operacionais descontinuadas: j) Base pela gual é determinada a renda contin-
gente a pagar;
9.2 — Componente gue se deixou de classificar como i) Existência e clAusulas de renovacêo ou de
detido para venda: opcêes de compra e clausulas de escalona-
e resultados do componente, anteriormente apresenta- mento;
dos nas unidades operacionais descontinuadas, gue iii) Restricées impostas por acordos de locagës,
foram reclassificados e incluidos no rendimento das tais como as aue respeitam a dividendos, divida
unidades operacionais em continuacao para todos adicional e posterior locacao.
OS periodos apresentados:
10.2 - Locacêes financeiras - locadores:
9.3 - Desdobramento das principais classes de acti-
vos e passivos classificados como detidos para venda:
a) Reconciliagëo entre o investimento bruto na loca-
Co & data do balanco e o valor presente dos paga-
mentos minimos da locagëo a receber a data do
9.4 — Activos nêo correntes (ou grupos para alienacao)
balanco;
classificados como detidos para venda, ou vendidos, no
periodo: b) Investimento bruto na locacëo e valor presente dos
pagamentos minimos da locacao a receber na data
a) Descricêo dos activos nao correntes (ou grupos
do balanco, para cada um dos periodos seguintes:
para alienacao):
j) N&o mais de um ano;
i) Mais de um ano e nêao mais de cinco anos;
D) Descricao dos factos e circunstências da venda, ou
iii) Mais de cinco anos;
aue conduziram a& alienacaêo esperada:
c) Rendimento financeiro nêo obtido;
Cc) Forma e tempestividade esperada para a alienacêo: d) Valores residuais nêo garantidos gue acrescam ao
benetfcio do locador;
d) Perdas ou ganhos reconhecidos, relacionados com e) Deducao acumulada para créditos incobrêveis dos
imparidade ou suas reversêes (guantia e item da pagamentos minimos da locacao a receber;
demonstragëo dos resultados gue os inclui):
f) Rendas contingentes reconhecidas como rendi-
mento durante o periodo;
9.5 - Descricê&o dos factos e circunstências due, no
g) Descricao geral dos acordos significativos de loca-
periodo, levaram & decisêo de alterar o plano de vendas
de activo nêo corrente (ou grupo para alienaG&o): Cê&o do locador.

10.4 - Locac6es operacionais - locatdrios:


a) Total dos futuros pagamentos minimos da locacëo
10. Locac6es:
nas locac6es operacionais naêo cancelêveis para
10.1 - Locac6es financeiras - locatêrios: cada um dos seguintes periodos:
SNE EXPLICADO 5 Modelas de Demonstracies Financeiras — Anexa n.” 6
iedere

i) Nêo mais de um ano; classificacêo e contabilizacao como propriedades de


ii) Mais de um ano e nêo mais de cinco anos; investimento:.
iii) Mais de cinco anos; 12.3 — Critérios usados para distinguir propriedades de
BE das

b) Total dos futuros pagamentos minimos de subloca- investimento de propriedades ocupadas pelo dono e de
Mes

G&O due se espera sejam recebidos nas subloca- propriedades detidas para venda no curso ordindrio dos
in

cêes nao canceldveis & data do balanco; nego6eios.


c) Pagamentos de locacao e de sublocagao reconhe- 12.4 — Determinagëo do justo valor de propriedades de
cidos como um gasto no periodo, com guantias investimento.
separadas para pagamentos minimos de locacêo, a) Métodos e pressupostos significativos aplicados;
rendas contingentes e pagamentos de sublocacêo;
b) Indicac&o sobre se a determinacao do justo valor
d) Descricao, em termos gerais, dos acordos de loca-
foi suportada por evidências do mercado;
ca&o0 significativos, incluindo (pelo menos) o
c) Indicacêo sobre se a determinaGao do justo valor
seguinte:
foi ponderada por outros factores, discriminando-os
j) Base pela aual é determinada a renda contin-
em caso afirmativo.
gente a pagar;
i) Existência e clêausulas de renovacëo ou de 12.5 - Medida em aue o justo valor da propriedade de
opcêes de compra e clausulas de escalona- investimento (tal como mensurado ou divulgado nas
mento; demonstrac6es financeiras) se baseou numa valorizacéo
ii) Restricées impostas por acordos de locacëo, de um avaliador independente gue possui uma gualifica-
tais como as gue respeitem a dividendos, divida C&o profissional reconhecida e relevante e gue tem
adicional e posterior locacao. experiëncia recente na localizacaêo e na categoria da
propriedade de investimento aue foi valorizada. (Se nêo
10.4 — Locac6es operacionais - locadores: tiver havido tal valorizacêo, esse facto deve ser divul-
a) Futuros pagamentos minimos da locacêo sob loca- gado.)
c6es operacionais néo cancelêveis no agregado e
12.6 - Ouantias reconhecidas nos resultados para:
para cada um dos periodos seguintes:
j) Nao mais de um ano;
a) Rendimentos de rendas de propriedades de investi-
mento;
ii) Mais de um ano e nêo mais de cinco anos;
ii) Mais de cinco anos; b) Gastos operacionais directos (incluindo reparac6es
e manutencéo) provenientes de propriedades de
b) Total das rendas contingentes reconhecidas como
investimento gue geraram rendimentos de rendas
rendimento durante o periodo;
durante o periodo;
Cc) Descricëo geral dos acordos de locaGêo do loca-
Cc) Gastos operacionais directos (incluindo reparac6es
dor.
e manutencao) provenientes de propriedades de
10.5 - Transaccêes de venda seguida de locagao —- investimento gue n&o geraram rendimentos de ren-
locatêrios e locadores: das durante o periodo;
(Divulgacêes idênticas as dos pontos 10.1 a 10.4.) d) Alterac&o cumulativa no justo valor reconhecido nos
resultados com a venda de uma propriedade de
11. Custos de empréstimos obtidos: investimento de um conjunto de activos em due sê
11.1 — Politica contabilistica adoptada nos custos dos usa o modelo do custo para um conjunto em due se
empréstimos obtidos. usa o modelo do justo valor,

11.2 — Ouantia de custos de empréstimos obtidos capi- 12.7 - Existência e auantias de restricêes sobre a
talizada durante o periodo. capacidade de realizacëo de propriedades de investi-
mento ou a remessa de rendimentos e proventos de alie-
11.3 - Taxa de capitalizacê&o usada para determinar a
nacao.
guantia do custo dos empréstimos obtidos elegiveis
para capitalizacao. 12.8 — Obrigac6es contratuais para comprar, construir
ou desenvolver propriedades de investimento ou para
12. Propriedades de investimento: reparacêes, manutencêo ou aumentos.

12.1 - Modelo aplicado (justo valor ou custo): 12.9 — Aplicac&o do modelo do justo valor. Reconcilia-
Ga&O entre as guantias escrituradas da propriedade de
investimento no inicio e no fim do periodo, evidenciando:
12.2 - Interesses de propriedade detidos em locac6es
Operacionais (sendo aplicado o modelo do justo valon). a) Adic6es:
Indicacêo das circunstências aue justificaram a sua j) Por aaguisicoes;

89
5 Madelos de Demonstracies Financeiras— Anexo n.” 6 SNC EXPLICADO

i) Resultantes de dispêndio subseguente reconhe- OU

cido na guantia escriturada de um activo; f) Na impossibilidade de determinar o justo valor da


ii) Resultantes de aauisic6es por intermeédio de propriedade de investimento com fiabilidade:
concentrac6es de actividades empresariais; i) Descricêo da propriedade de investimento;
b) Activos classificados como detidos para venda ou ii) Explanacêo da razê&o pela agual o justo valor nao
incluidos num grupo para alienacëo classificado pode ser determinado com fiabilidade;
como detido para venda e outras alienaG6es; iii) Intervalo de estimativas dentro do aual é alta-
mente provaêvel gue o justo valor venha a recair.
Cc) Ganhos ou perdas liguidos provenientes de ajusta-
mentos de justo valor;
13. Imparidade de activos:
d) Diferencas cambiais liguidas resultantes da trans-
posicao das demonstragées financeiras para outra 13.1 - Para cada classe de activos:
moeda de apresentacêo; a) Ouantia de perdas por imparidade reconhecidas
e) Diferencas cambiais liguidas resultantes da trans- nos resultados durante o periodo (com indicacao
posic&o de uma unidade operacional estrangeira das linhas de itens da demonstracao dos resulta-
para a moeda de apresentacao da entidade ague dos em due essas perdas por imparidade estao
relata; incluidas);
f) Transferências para e de inventêrios e propriedade b) Ouantia de reversêes de perdas por imparidade
ocupada pelo dono; reconhecida nos resultados durante o periodo (com
g) Outras alteracoes. indicacao das linhas de itens da demonstracao dos
resultados em aue essas perdas por imparidade
12.10 - Aplicacao modelo do custo: estao revertidas);
a) Métodos de depreciacëo usados; c) Ouantia de perdas por imparidade em activos reva-
b) Vidas Gteis ou taxas de depreciac&o usadas; lorizados reconhecidas directamente no capital prê-
Cc) Ouantia escriturada bruta e depreciacêo acumu- prio durante o periodo;
lada (agregada com as perdas por imparidade acu- d) Ouantia de reversêes de perdas por imparidade em
muladas) no inicio e no fim do periodo; activos revalorizados reconhecidas directamente no
d) Reconciliacao da aguantia escriturada da proprie- Capital proprio durante o periodo.
dade de investimento no inicio e no fim do periodo
13.2 - Por cada perda material por imparidade reco-
evidenciando:
nhecida ou revertida durante o periodo para um activo
j) Adicées aue resultaram de aguisicêes;
individual (incluindo trespasse (goodwill)), ou para uma
ii) Adicées ague resultaram de dispêndio subse-
unidade geradora de caixa;
guente reconhecido como activo;
iii) Adicoes gue resultaram de aguisic6es por inter- a) Acontecimentos e circunstências gue conduziram
médio de concentracêes de actividades empre- ao reconhecimento ou reversêo de perda por impa-
sariais; ridade;
iv) Activos classificados como detidos para venda b) Ouantia de perda por imparidade reconhecida ou
ou incluidos num grupo para alienacao classifi- revertida;
Cado como detido para venda e outras aliena- C) Natureza do activo;
COes;
d) Indicacêo se a agregacao de activos relativa &
v) Depreciac6es:
identificacao da unidade geradora de caixa se alte-
vi) Ouantia de perdas por imparidade reconhecida
rou desde a estimativa anterior da auantia recupe-
e guantia de perdas por imparidade revertida
rêvel (se a houver) da unidade geradora de caixa:
durante o periodo;
i) Em caso afirmativo, descric&o da maneira cor-
vi)Diferencas cambiais liguidas resultantes da
transposicao das demonstracêes financeiras rente e anterior de agregar activos;
para outra moeda de apresentacao; ii) Raz6es de alterar a maneira como é identificada
vi)Diferencas cambiais liguidas resultantes da a unidade geradora de caixa;
transposicêo de uma unidade operacional e) Indicacao sobre se a guantia recuperêvel do activo
estrangeira para a moeda de apresentacao da (unidade geradora de caixa) é o seu justo valor
entidade ague relata; menos os custos de vender ou o seu valor de uso;
ix) Transferências para e de inventêrios e proprie- j) Base usada para determinar o justo valor menos
dade ocupada pelo dono: OS custos de vender (tal como se o justo valor foi
X) Outras alterac6es; determinado por referência a um mercado
e) Justo valor das propriedades de investimento: activo);

9
SNC EXPLIGADO 5 Modelas de Demanstraces Financeiras — Anexo n.” 6

ii) A(s) taxa(s) de desconto usadal(s) na estimativa d) Proporcëo do interesse de propriedade detido em
corrente e anterior (se houver) do valor de uso. entidades conjuntamente controladas;

13.3 — Perdas por imparidade agregadas e reversies e) Tendo sido usado o formato de relato linha a linha
agregadas de perdas por imparidade reconhecidas para a consolidacêo proporcional ou o mêtodo da
durante o periodo: eauivalência patrimonial:
j) Ouantias agregadas de cada um dos activos
a) Principais classes de activos afectadas por perdas
Correntes;
por imparidade e principais classes de activos
ii) Ouantias agregadas de cada um dos activos de
afectadas por revers6es de perdas por imparidade;
longe prazo;
b) Principais acontecimentos e circunstências gue
ii) Ouantias agregadas de cada um dos passivos
levaram ao reconhecimento destas perdas por
Correntes;
imparidade e reversoes de perdas por imparidade.
iv) Ouantias agregadas de cada um dos passivos
13.4 - Parcela do trespasse (goodwill) adauirido numa de longo prazo;
concentracao de actividades empresariais durante o v) Ouantias agregadas dos rendimentos;
periodo ague nao foi imputada a uma unidade geradora vi) Ouantias agregadas dos gastos;
de caixa (grupo de unidades) & data de relato: f) Método usado para reconhecer os seus interesses
a) Ouantia do trespasse (goodwill) nao imputado; em entidades conjuntamente controladas.
b) Raz6es pelas guais a guantia se mantém nêo impu- 14.2 — Investimentos em associadas;
tada.
a) Justo valor de investimentos em associadas para os
13.5 — Processo subjacente as estimativas usadas auais so publicadas cotacêes de precos;
para mensurar as guantias recuperdveis de unidades
b) Informacëo financeira resumida das associadas,
geradoras de caixa gue contêm trespasse (goodwill) ou
incluindo as guantias agregadas de activos, passi-
activos intangiveis com vidas uteis indefinidas.
vos, rendimentos e resultados;
14. Interesses em empreendimentos conjuntos e investi- Cc) Raz6es pelas aguais se concluiu existir influência
mentos em associadas: significativa guando o contrêrio era presumivel pelo
facto de se deter, directa ou indirectamente através
14.1 —- Empreendimentos conjuntos:
de subsidiërias, menos de 20% dos votos ou do
a) Ouantia agregada dos passivos contingentes potencial poder de voto da investida;
seguintes (excepto auando a probabilidade de
d) Raz6es pelas guais se concluiu nao existir influên-
perda é remota), separadamente da aguantia de
Cia significativa aguando o contrêrio era presumivel
Outros passivos contingentes:
pelo facto de se deter, directa ou indirectamente
i) Passivos contingentes em gue se incorreu em
através de subsididrias, 20% ou mais dos votos ou
relacao aos interesses em empreendimentos
do potencial poder de voto da investida;
conjuntos e parte em cada um dos passivos
contingentes incorridos conjuntamente com e) Data de relato das demonstrac6es financeiras de
outros empreendedores; cada associada (guando essas demonstracoes
i) Parte nos passivos contingentes dos préprios financeiras foram usadas na aplicacao do método
empreendimentos conjuntos pelos aguais se ë da eauivalência patrimonial e foram de uma data de
Contingentemente responsêvel; relato ou de um periodo diferente da data de relato
iii) Passivos contingentes gue surjam poraue se é ou periodo do investidor, e foram a razêo para 0
contingentemente responsavel pelos passivos uso de uma data de relato ou de um periodo dife-
dos outros empreendedores do empreendimento rente);
CONJUNLO; f) Natureza e extensao de guaisauer restricêes signifi-
b) Ouantia agregada dos seguintes compromissos cativas (por exemplo, resultantes de acordos de
Com respeito aos interesses em empreendimentos empréstimo ou reguisitos regulamentares) sobre a
Conjuntos separadamente de outros Compromissos: capacidade das associadas para transferir fundos
j) Compromissos de capital em relaGëo com os sob a forma de dividendos em dinheiro ou de reem-
interesses em empreendimentos conjuntos e bolsos de empréstimos ou adiantamentos;
parte nos compromissos de capital incorridos g) Parte nê&o reconhecida nas perdas de cada asso-
cConjuntamente com outros empreendedores; ciada, tanto para o periodo como cumulativamente
i) Parte dos compromissos de capital dos préprios (situaca&o do investidor descontinuar o reconheci-
empreendimentos conjuntos; mento da sua parte nas perdas da associada);
c) Listagem e descric&o de interesses em empreendi- h) IndicaGêo das associadas gue nao foram contabili-
mentos conjuntos significativos; zZadas usando o método da eguivalência patrimonial;
5 Muodelas de Demanstracëes Financeiras —- Anexo n.” 6 SNC EXPLICADO

j) Informacao financeira resumida das associadas da adouirida, e, a menos gue a divulgacêo seja impra-
(individualmente e em grupo) gue nêo foram conta- ticêvel, as guantias escrituradas de cada uma dessas
bilizadas usando o método da eaguivalência patri- classes, determinadas de acordo com as NCRF, ime-
monial (incluindo as aguantias dos activos totais, diatamente antes da concentracêo. Se essa divulga-
passivos totais, rendimentos e resultados); Gaêo for impraticêvel, esse facto deve ser divulgado,
junto com uma explicacao;
j) Parte do investidor em unidades operacionais des-
continuadas das associadas; g) Ouantia de gualauer excesso reconhecida nos
resultados, e a linha de item na demonstracêo dos
k) Passivos contingentes de associadas:
j). Parte nos passivos contingentes de uma associada resultados na gual o excesso é reconhecido;
incorridos juntamente com outros investidores; h) Descricêo dos factores gue contribuiram para um
ii) Passivos contingentes gue surjam pelo facto de Custo gue resulta no reconhecimento do goodwill -
se ser solidariamente responsêvel pela totali- uma descricêo de cada activo intangivel gue nao
dade ou parte dos passivos da associada. tenha sido reconhecido separadamente do goodwil
e uma explicacêo sobre a razêo pela aual nê0 foi
15. Concentrac6es de actividades empresariais: possivel mensurar o justo valor do activo intangivel
com fiabilidade — ou uma desericao da natureza
15.1 - Para cada concentrac&o de actividades empre-
de gualauer excesso reconhecido nos resultados;
sariais (como adduirente) efectuada durante o periodo
(as informac6es seguintes podem ser divulgada em con- i) Ouantia dos resultados da adauirida desde a data
junto no caso de concentracêes de actividades empre- da aauisic&Ao incluida nos resultados da adauirente
sariais, efectuadas durante o periodo de relato, aue do periodo, a nêo ser gue a divulgacao seja impra-
sejam individualmente imateriais): ticével. Se essa divulgac&o for impraticdvel, esse
a) Nomes e descricées das entidades ou actividades facto deve ser divulgado, junto com uma explica-
CaO.
empresariais concentradas;
b) Data da aaguisicêo; 15.2 — Contabilizacao inicial de uma concentracêo de
actividades empresariais efectuada durante o periodo e
Cc) Percentagem de instrumentos de capital proprio
determinada apenas provisoriamente: explicitar as
com direito a voto adauiridos;
raz6es.
d) Custo da concentracao e descricêo dos componen-
tes desse custo, incluindo guaisauer custos directa- 15.3 -A menos gue seja impraticavel (caso ague
mente atribuiveis & concentracëo. Auando os ins- deverê ser explicado):
trumentos de capital préprio sêo emitidos ou a) Réditao no periodo, da entidade concentrada, como
passiveis de emissêo como parte do custo, divulgar se a data de aaguisic&o para todas as concentra-
Oo seguinte: GOes de actividades empresariais efectuadas
j) Numero de instrtumentos de capital préprio emiti- durante o periodo tivesse sido o inicio desse
dos ou passiveis de emissao; e periodo;
ii) Justo valor desses instrumentos e a base para D) Resultados no periodo, da entidade concentrada,
determinar esse justo valor. Se nao existir um COMO se a data de aauisicao para todas as concen-
preco publicado para os instrumentos & data da trac6es de actividades empresariais efectuadas
troca, devem ser divulgados os pressupostos durante o periodo tivesse sido o inicio do periodo.
significativos usados para determinar o justo
valor. Se existir um preco publicado & data da 15.4 — Informacao sobre:
troca mas aue nao foi usado como base para a) Ouantia e explicacao sobre agualguer ganho ou
determinar o custo da concentracêo, esse facto perda reconhecido no periodo corrente due:
deve ser divulgado em conjunto com: as razOes j) Se relacione com os activos identificêveis adaui-
por gue o preco publicado nêo foi usado; o ridos ou os passivos ou passivos contingentes
método e os pressupostos significativos usados assumidos numa concentracao de actividades
para atribuir um valor aos instrumentos de capi- empresariais gue tenha sido efectuada no
tal préprio; e a aguantia agregada da diferenca periodo corrente ou num periodo anterior; e
entre o valor atribuido aos instrumentos de capi- ii) Seja de tal dimensêo, natureza ou incidência
tal préprio e o preco publicado dos mesmos; ague a divulgacao se torne relevante para uma
e) Detalnes de aguaisguer unidades operacionais gue compreensêo do desempenho financeiro da
se tenha decidido alienar como resultado da con- entidade concentrada;
Centracaêo: b) Se a contabilizacêo inicial de uma concentracêo de
f) Ouantias reconhecidas & data de aauisicao para cada actividades empresariais gue tenha sido efectuada
Classe de activos, passiVos e passivos contingentes no periodo imediatamente anterior foi determinada

92
SNC EXPLICADO 5 Madelas de Demonstraciies Financeiras — Anexa n.” 6

apenas provisoriamente no final desse periodo, as da empresa-mêe, e a razao para usar uma data de
guantias e explicac6es relativas aos ajustamentos relato ou periodo diferente;
nos valores provisêrios reconhecidos durante o d) Natureza e extensêo de aguaisauer restricêes signifi-
periodo corrente; cativas (por exemplo, resultante de acordos de
Cc) Correccëes de erros em relacao a agualguer dos empréstimo ou reauisitos regulamentares) sobre a
activos, passivos ou passivos contingentes identifi- Capacidade das subsididrias de transferirem fundos
cêveis da adauirida, ou alterac6es nos valores atri- para a empresa-mêe sob a forma de dividendos em
buidos a esses itens, aue a adauirente reconhece dinheiro ou de reembolsarem empréstimos ou
NEER ode. ase

durante o periodo corrente. adiantamentos.

15.5 - Reconciliacêo da guantia escriturada de 16.2 — Nas demonstracêes financeiras individuais de


ee

goodwill no inicio e no final do periodo, mostrando uma empresa-mêe gue, nos termos legais, esteja dis-
separadamente: pensada de elaborar contas consolidadas:

a) Ouantia bruta e as perdas por imparidade acumula- a) Informar gue a dispensa de consolidacêo foi usada;
dr

das no inicio do periodo; o nome e o pais de constituicao ou sede da enti-


—Ese

dade aue elabora demonstrac6es financeiras con-


b) Goodwill adicional reconhecido durante o periodo,
solidadas; e a morada onde essas demonstracêes
com a excepcëo do goodwill incluido num grupo de
financeiras consolidadas podem ser obtidas;
alienacao aue, no momento da aauisicao, satisfaz
os critérios para ser classificado como detido para b) Listagem dos investimentos significativos em subsi-
diërias, entidades conjuntamente controladas e asso-
venda;
ciadas, incluindo o nome, o pais de constituiëêo ou
Cc) Ajustamentos resultantes do reconhecimento poste-
domicllio, a proporgëo do interesse de propriedade e,
rior de activos por impostos diferidos durante o
se for diferente, a propors&o do poder de voto detido;
periodo; c) Descricëo do método usado para contabilizar os
d) Goodwill incluido num grupo de alienacao classifi- investimentos listados na alinea b).
cado como detido para venda e o goodwill desre- d) Ouando utilizado o método do custo, descricêo das
conhecido durante o periodo sem ter sido anterior- restric6es severas e duradouras aue prejudiguem
mente incluido num grupo de alienacao classificado significativamente a capacidade de transferência
como detido para venda; de fundos para a empresa detentora.
e) Perdas por imparidade reconhecidas durante o
periodo; 17. Exploracê&o e avaliagëo de recursos minerais:

f) Diferencas cambiais liguidas ocorridas durante o 17.1 — Politicas contabilisticas relativas a dispêndios
periodo; de explorac&o e avaliacêo incluindo o reconhecimento
g) Outras alterac6es na guantia escriturada durante o de activos de exploracëo e avaliaca0.
periodo; 17.2 — Ouantias de activos, passivos, rendimentos e gas-
h) Ouantia bruta e perdas por imparidade acumuladas tos e fluxos de caixa operacionais e de investimento resul-
no final do periodo. tantes da explorac&o e avaliacëo de recursos minerais.

16. Investimentos em subsidiërias e consolidacao: 18. Agricultura:

16.1 - Nas demonstracêes financeiras consolidadas 18.1 - Deseric&o de cada grupo de activos biolêgicos.
da empresa-mae: 18.2 — Medidas ou estimativas nêo financeiras usadas
a) Natureza da relacê&o entre a empresa-mêe e uma na auantificacêo fisica de cada um dos grupos de acti-
subsidiëria guando a empresa-mêe nao possuir, vos biolégicos no fim do periodo.
directa ou indirectamente através de subsidiërias,
18.3 —- Métodos e pressupostos significativos aplicados
mais de metade do poder de voto;
na determinacao do justo valor de cada um dos grupos
b) Raz6es pelas guais a propriedade, directa ou indi- do produto agricola no ponto de colheita e de cada um
rectamente através de subsididrias, de mais de dos grupos de activos biol6gicos.
metade do poder de voto de uma investida nêo
cConNstitui controlo; 18.4 — Justo valor menos os custos estimados no ponto
de venda do produto agricola colhido durante o periodo,
c) Data de relato das demonstracêes financeiras de
determinado no momento de colheita.
uma subsidiëria auando tais demonstrac6es finan-
ceiras forem usadas para preparar demonstracées 18.5 — Existência e guantias escrituradas de activos bio-
financeiras consolidadas e corresponderem a uma I6gicos cuja posse é restrita e guantias escrituradas de
data de relato ou a um periodo diferente do da data activos biolégicos penhorados como garantia de passivos.

93
Be
de DO 6 Fi i TE SNC EXPLICADO

18.6 - Ouantia de compromissos relativos ao desenvol- 19.7 — Circunstências ou acontecimentos gue conduzi-
vimento ou & aaguisicao de activos biol6gicos. ram & reversêo de um ajustamento de inventdrios.

18.7 —- Estratégias de gestêo de riscos financeiros rela- 19.8 — Ouantia escriturada de inventêrios dados como
Cionados com a actividade agricola. penhor de garantia a passivos.

18.8 - Activos biclégicos mensurados, no fim do


20. Contratos de construcao:
periodo, ao custo menos depreciacao acumulada e per-
das por imparidade acumuladas. 20.1 - Ouantia do rédito do contrato reconhecida como
rédito do periodo.
a) Descricao dos activos biolêgicos;
D) Razêo por gue nêo podem ser fiavelmente mensu- 20.2 - Métodos usados para determinar o rédito do
rados; Contrato reconhecido no periodo.

Cc) Intervalo de estimativas dentro das aguais é alta- 20.3 —- Métodos usados para determinar a fase de aca-
mente provêvel gue caia o justo valor; bamento dos contratos em curso.
d) Método de depreciacao usado; 20.4 — Para os contratos em curso & data do balanco:
e) Vidas uteis ou as taxas de depreciac&o usadas; a) Ouantia agregada de custos incorridos e lucros
f) Ouantia escriturada bruta e depreciacêo acumu- reconhecidos (menos perdas reconhecidas) até a
lada (agregada com as perdas por imparidade acu- data;
muladas) no inicio e no final do periodo. b) Ouantia de adiantamentos recebidosie
18.9 —- Activos biolêgicos previamente mensurados c) Ouantia de retencêes.
pelo seu custo (menos depreciacêo acumulada e per-
das por imparidade acumuladas) mas cujo justo valor se 21. Rédito:
tormou fiavelmente mensurdvel durante o periodo cor- 21.1 — Politicas contabilisticas adoptadas para o reco-
rente: nhecimento do rédito incluindo os métodos adoptados
a) Desericao dos activos biolêgicos; para determinar a fase de acabamento de transaccoes
D) Razao pela gual o justo valor se tornou fiavelmente ague envolvem a prestacao de servicos.
mensuravel; 21.2 — Ouantia de cada categoria significativa de rédito
Cc) Efeito da alteragao. reconhecida durante o periodo incluindo o rédito prove-
niente de:
18.10 - Natureza e extensêo dos subsidios governa-
a) Venda de bens:
mentais reconhecidos nas demonstracoes financeiras.
b) Prestacêo de servicos;
18.11 — Condicêes nêo cumpridas e outras contingén-
Cc) Juros;
cias ligadas aos subeidios governamentais.
d) Fioyalties;
18.12 — Diminuic6es significativas gue se esperam no
e) Dividendos,
nivel de subsidios governamentais.
22. Provisêes, passivos contingentes e activos contin-
19. Inventêrios:
gentes:
19.1 — Politicas contabilisticas adoptadas na mensura-
22.1 - Divulgacêes para cada classe de provisêo:
CêO dos inventêrios e férmula de custeio usada.
a) Guantia escriturada no comeco e no fim do periodo;
19.2 —- Ouantia total escriturada de inventêrios e guan-
D) Provisoes adicionais feitas no periodo, incluindo
tia escriturada em classificacOes apropriadas.
aumentos nas provis6es existentes;
19.3 — Ouantia de inventêrios escriturada pelo justo Cc) Ouantias usadas (incorridas e debitadas & provi-
valor menos os custos de vender (no caso de correto- sêo) durante o periodo;
res/negociantes).
d) Ouantias nê&o usadas revertidas durante o periodo:
19.4 — Ouantia de inventêrios reconhecida como um e) Aumento durante o periodo na auantia descontada
gasto durante o periodo. proveniente da passagem do tempo e o efeito de
19.5 - Ouantia de ajustamento de inventarios reconhe- Gualguer alteracêo na taxa de desconto.
Cida como um gasto do periodo. 22.2 — Para cada classe de passivo contingente & data
do balanco.
19.6 - Guantia de reversêo de ajustamento reconhe-
Cida como uma reducëêo na guantia de inventêrios reco- a) Descricêo da natureza do passivo contingente;
nhecida como gasto do periodo. b) Estimativa do seu efeito financeiro;

94
SNC EXPLICADO 5 Modelaos de ODemonstragëes Financeiras - Anexo n.” 6

c) Indicacao das incertezas gue se relacionam com a 25.2 — Actualizacao da divulgacao acerca de condi-
aguantia ou momento de ocorrência de aualguer GOes & data do balanco.
exfluXo; Indicacêo sobre se foram recebidas informacëes apés
d) Possibilidade de gualguer reembolso. a data do balanGo acerca de condicoes gue existiam &
(Caso seja impraticével fazer estas divulgacoes, data do balanco. Em caso afirmativo, indicagêo sobre
declarar esse facto.) se, face &s novas informac6es, foram actualizadas as
divulgacées gue se relacionam com essas condic6es.
29.3 — Provis6es e passivos contingentes provenientes
do mesmo conjunto de circunstências: evidenciacao das 25.8 — Acontecimentos apo6s a data do balanco aue
ligacées entre provisao e passivo contingente nas divul- naêo deram lugar a ajustamentos.
gacoes dos pardgrafos 22.1 e 22.2. Para cada categoria material de tais acontecimentos:
22.4 — Descricêo da natureza dos activos contingentes a) Natureza do acontecimento;
& data do balanco (probabilidade de um influxo de b) Estimativa do efeito financeiro (ou declaracao de
beneficios econ6micos) e estimativa do seu efeito finan- aue tal estimativa nao pode ser feita).
ceiro. (Caso seja impraticêvel fazer esta divulgacêo,
declarar esse facto.) 26. Impostos sobre o rendimento:

23. Subsidios do Governo e apoios do Governo: 26.1 - Divulgagêo separada dos seguintes principais
componentes de gasto (rendimento) de impostos:
23.1 — Politica contabilistica adoptada para os subsi-
a) Gasto (rendimento) por impostos correntes;
dios do Governo, incluindo os métodos de apresentacêo
adoptados nas demonstracêes financeiras. b) Ajustamentos reconhecidos no periodo de impostos
Correntes de periodos anteriores;
23.2 — Natureza e extensêo dos subsidios do Governo
c) Ouantia de gasto (rendimento) por impostos diferi-
reconhecidos nas demonstrac6es financeiras e indica-
dos relacionada com a origem e reversêo de dife-
C&o de outras formas de apoio do Governo de gue direc-
rencas temporêrias;
tamente se beneficiou.
d) Ouantia de gasto (rendimento) por impostos diferi-
23.3 — Condic6es nêo satisfeitas e outras contingências dos relacionada com alteragées nas taxas de tribu-
ligadas ao apoio do Governo gue foram reconhecidas. tacêo ou com o lancamento de novos impostos;
e) Ouantia de beneficios provenientes de uma perda
24. Efeitos de alterac6es em taxas de cAmbio:
fiscal nêo reconhecida anteriormente, de crédito
24.1 - Ouantia das diferencas de cAmbio reconheci- por impostos ou de diferenca temporêria de um
das nos resultados (com excepcêo das resultantes de periodo anterior usada para reduzir gasto de
instrumentos financeiros mensurados pelo justo valor impostos correntes;
através dos resultados).
f) Ouantia dos beneficios de uma perda fiscal nêo
24.2 — Diferencas de cê&mbio liguidas classificadas reconhecida anteriormente, de crédito por impostos
num EComponente separado de capital prêprio e reconci- ou de diferencas temporêrias de um periodo ante-
liagao da auantia de tais diferencas de cêAmbio no rior usada para reduzir gastos de impostos diferi-
comeco e no fim do periodo. dos;

24.3 - Razêo para o uso de uma moeda de apresenta- g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma
Cêo diferente da moeda funcional (guando aplicavel). reduGëo, ou reversêo de uma diminuicêo anterior,
de um activo por impostos diferidos;
24.4 — Razao para a alteracao na moeda funcional
h) Ouantia do gasto (rendimento) de imposto relativa
(auando aplicêvel e em relacao auer & entidade gue
as alterac6es nas politicas contabilisticas e nos
relata guer a uma unidade operacional estrangeira signi-
erros gue estêo incluidas nos resultados poraue
ficativa).
nao podem ser contabilizadas retrospectivamente.
25. Acontecimentos apds a data do balanco: 26.2 — Imposto diferido e corrente agregado relacionado
com itens debitados ou creditados ao capital préprio.
25.1 — Autorizacao para emissê0:
a) Data em aue as demonstracg6es financeiras foram 26.3 — Relacionamento entre gasto (rendimento) de
autorizadas para emissêo e indicacaco de auem impostos e lucro contabilistico (em uma ou em ambas
autoriZou; das seguintes formas):
b) Indicagëo sobre se os proprietêrios, ou outros, tém a) Reconciliacao numérica entre gasto (rendimento)
o poder de alterar as demonstrac6es financeiras de impostos e o produto de lucro contabilistico mul-
apos esta data. tiplicado pelals) taxa(s) de imposto aplicêvelleis) e
5 Modelas de Demonstragëes Financeiras - Anexnp n.” 6 SNC EXPLICADO

indicacao da base pela gual a(s) taxa(s) de imposto 26.10 —- Natureza das potenciais conseguências do
aplicavel(eis) é(sêo) calculada(s); ou imposto sobre rendimento aue resultariam do paga-
mento de dividendos aos accionistas.
b) Reconciliagao numêrica entre a taxa média efectiva
de imposto e a taxa de imposto aplicvel, e indica- 26.11 - Ouantias das potenciais conseaguências do
cao da base pela aual é calculada a taxa de imposto sobre rendimento praticamente determindveis e&
imposto aplicével. existência ou nao de guaisauer potenciais conseauên-
26.4 - Explicacao de alterac6es na taxa(s) de cias no imposto de rendimento nêo praticamente deter-
imposto aplicêvel comparada com o periodo contabi- minaveis.
listico anterior.
27. Matérias ambientais:
26.5 - Ouantia (e a data de extincêo, se houver) de dife-
21.1 - Descricêo dos critérios de mensuracêo adopta-
rencas temporarias dedutiveis, perdas fiscais nêo usadas,
dos, bem como dos méêtados utilizados no calculo dos
e créditos por impostos nêo usados relativamente aos
ajustamentos de valor, no ague respeita a matêrias
aguais nenhum activo por impostos diferidos foi reconhe-
ambientais.
cido no balanco.

26.6 — Ouantia agregada de diferencas tempordrias 21.2 - Incentivos publicos relacionados com a protec-
associadas com investimentos em subsidiërias, sucur- C&o ambiental, recebidos ou atribuidos:
sais e associadas e interesses em empreendimentos a) especificacêo das condicêes associadas & conces-
Conjuntos, relativamente aos guais nêo foram reconheci- Sao de cada incentivo ou uma sintese das condi-
dos passivos por impostos diferidos. CB6es, caso sejam semelhantes;
b) tratamento contabilistico adoptado.
26.7 — Por cada tipo de diferenca temporëêria e com
respeito a cada tipo de perdas por impostos nao usadas 21.3 - Informac6es sobre as provisêes de cardcter
e créditos por impostos n4o usados: ambiental.
a) Ouantia de activos e passivos por impostos diferi- 21.4 - Passivos de cardcter ambiental, materialmente
dos reconhecidos no balanco para cada periodo relevantes, incluidos em cada uma das rubricas do
apresentado; Balanco.
b) Ouantia de rendimentos ou gastos por impostos 21.5 - Para cada passivo de caracter ambiental mate-
diferidos reconhecidos na demonstracao dos resul- rialmente relevante:
tados (se tal nêo for evidente das alterac6es das a) Descricao da respectiva natureza;
aguantias reconhecidas no balanco). b) Indicacao do calendêrio e das condicêes da sua
26.8 — Operacëes descontinuadas. Gasto de impostos liaguidacêo;
relacionado com: C) Explicacao dos danos e das leis ou regulamentos
a) O ganho ou perda da descontinuacêo; Oue exigem a sua reparacao e as medidas de res-
tauro ou prevencao adoptadas ou propostas.
b) O resultado das actividades ordindrias da operacao
descontinuada do periodo, juntamente com as (Se a natureza e as condicêes subjacentes as diferen-
Gguantias correspondentes de cada periodo anterior tes rubricas forem suficientemente semelhantes, estas
apresentado; informacëes podem ser divulgadas de forma agregada.
Caso as aguantias sejam estimadas com base num inter-
C) A guantia conseguente do imposto de rendimento
valo, uma descricêo da forma como se chegou a& estima-
dos dividendos aue foram propostos ou declara-
tva, com indicacao de aguaisauer alterac6es esperadas
dos antes das demonstracêes financeiras serem
na legislacéo ou na tecnologia existente, gue estejam
autorizadas para emissêo, mas ague néo sêo reco-
reflectidas nas guantias indicadas.)
nhecidos como passivo nas demonstrac6es finan-
Ceiras. 21.6 — Politica contabilistica adoptada no caso de dis-
pêndios de longo prazo referentes ao restauro dos
26.9 — Ouantia de um activo por impostos diferidos e
locais, ao encerramento e desmantelamento. (Se foi utili-
natureza das provas gue suportam o seu reconheeci-
mento (apenas guando a utilizac&o do activo por impos-
Zado o mêétodo da constituicao gradual de uma provisêo,
indicar a guantia total da provisêo due seria necessêrla
tos diferidos for dependente de lucros tributêveis futuros
para cobrir todos esses dispêndios a longo prazo.)
em excesso dos lucros provenientes da reversêo de
diferencas temporêrias tributaveis existentes: e tenha 21.1 - Guantia nao descontada do passivo, bem como
sido sofrido um prejuizo auer no periodo corrente duer a taxa de desconto utilizada (caso tenha sido utilizado o
no periodo precedente na jurisdicao fiscal com aue se método do valor presente e o efeito do desconto seja
relaciona o activo por impostos diferidos). materialmente relevante).

9%
NC EXPLICADO S Modelos de Demonstragdes Financeiras — Anexo n.” 6
EF

27.8 - Passivos contingentes de cardcter ambiental 28. Instrumentos financeiros:


(incluindo informacêes descritivas com pormenor sufi- Politicas contabilisticas:
ciente para aue a natureza do seu caracter contingente
28.1 - Bases de mensuracao utilizadas para os instru-
seja entendida). (Se as incertezas na mensuracêo forem
mentos financeiros e outras politicas contabilisticas utili-
de tal modo significativas ague tornem impossivel estimar
Zadas para a contabilizacêo de instrumentos financeiros
a auantia de um passivo de car&cter ambiental, deve
relevantes para a compreensêo das demonstracêes
referir-se esse facto, juntamente com as raz6es gue o
financeiras.
explicam e sempre aue possivel com o intervalo de
resultados possiveis.) Cateaorias de activos e passivos financeiros:
27.9 - Ouantia capitalizada, durante o periodo de refe- 28.2 — Ouantia escriturada de cada uma das catego-
rência, dos dispêndios de car&cter ambiental (caso rias de activos financeiros e passivos financeiros, no
possa ser estimada com fiabilidade). total e para cada um dos tipos significativos de activos e
passivos financeiros de entre cada categoria.
(Sempre aue aplicêvel, deve também divulgar-se aual
a parte dessa guantia gue diz respeito a dispêndios des- a) Activos financeiros mensurados ao justo valor por
tinados & remocao de agentes poluidores apo6s a sua Contrapartida em resultados;
criac&o e aual a parte gue representa o dispêndio adi- b) Activos financeiros mensurados ao custo amorti-
cional de adaptacéo das instalacêes e/ou do processo Zado menos imparidade;
produtivo com vista a provocar menos poluic&o (ou seja, c) Instrumentos de capital préprio mensurados ao
aue se relaciona com tecnologias ou praticas de preven- CUStO;
G&0o da poluicêo). Na medida em ague seja possivel e d) Compromissos de empréstimo mensurados ao
relevante, é apropriado apresentar uma discriminagao Custo menos imparidade;
dos dispêndios capitalizados por dominio ambiental.)
e) Passivos financeiros mensurados ao justo valor por
27.10 —- Guantia dos dispêndios de car&cter ambiental contrapartida em resultados;
imputados a resultados e base em ague tais guantias f) Passivos financeiros mensurados ao custo amorti-
foram calculadas. zZado;
(Se relevante, deve ser apresentada uma subdivisêo g) Activos financeiros para os guais foi reconhecida
dos elementos gue a entidade identificou como dispên- imparidade, com indicacao, para cada uma das
dios de carêcter ambiental, de forma adeaguada & natu- classes, separadamente, i) a guantia contabilistica
reza e & dimensêo das actividades da entidade e aos aue resulta da mensuraGëo ao custo ou custo amor-
tipos de problemas ambientais relevantes para a tizado e ii) a imparidade acumulada.
mesma. Na medida em aue seja possivel e relevante, é
apropriado apresentar uma discriminacao dos dispên- 28.3 - Bases de determinacêo do justo valor (e.g.
dios por dominio ambiental.) cotacê&o de mercado, guando ele existe, ou a técnica de
avaliacao) para todos os activos financeiros e passivos
217.11 - Dispêndios significativos incorridos com multas financeiros mensurados ao justo valor.
e outras penalidades pelo nêéo cumprimento dos regula-
mentos ambientais e indemnizacêes pagas a terceiros. 28.4 — Situac6es em aue a mensuracëo fiavel do justo
valor deixou de estar disponivel para um instrumento de
26.12 - Dispêndios de carêcter ambiental extraordinê- Capital préprio mensurado ao justo valor por contrapar-
rios imputados a resultados. tida em resultados.
21.13 - Emissêo de gases com efeito de estufa: Desreconhecimento:
a) Licencas de emissêo atribuidas para o exercicio,
28.5 — Activos financeiros transteridos para uma outra
para o periodo 2005-2007 e para os aguinauënios
entidade em transaccêes aue nêo se agualificaram para
subseguentes; desreconhecimento. Divulgacêo para cada classe de
b) Emissêes de gases com efeito de estufa, em tonela- tais activos financeiros:
das de di6xido de carbono eguivalente;
a) Natureza dos activos;
Cc) Licencas de emissêo alienadas no exercicio, em
b) Natureza dos riscos e beneficios de detencéo a
toneladas de diéxido de carbono e o respectivo
aue se continua exposto;
preco;
Cc) Ouantias escrituradas dos activos e de aguaisaguer
d) Licencas de emissêo adauiridas no exercicio, em a reco-
passivos associados ague se continuam
toneladas de diéxido de carbono e o respectivo
nhecer.
preco;
e) Multas, coimas e sanc6es acessêrias relacionadas Colateral:
com a emissêo de gases com efeito de estufa; 28.6 — Activos dados em garantia ou penhor, como
f) Justo valor das licencas detidas. colateral de passivos ou passivos contingentes:

97
j
SNCE-OT
5 Modelos de Demonstratiies Financeiras — Anexo n.” 6 SNC EXPLICADG

a) Ouantia escriturada dos activos financeiros dados Cc) Natureza do risco gue esteja a ser cobert,
em garantia, em penhor ou promessa de penhor incluindo uma descricêo do item coberto.
COmMO colateral: &
28.13 - Para cobertura de risco de taxa de juro fixa ou
b) Termos e condicêes relativos & garantia, penhor ou
risco de preco de mercadorias numa cobertura de bens
promessa de penhor.
detidos:
Incumprimento em empréstimos obtidos: a) Ouantia de alteracao no justo valor do instrumento
28.7 —- Situacëes de incumprimento para empréstimos de cobertura reconhecida na demonstracêo de
contraidos reconhecidos & data do balance: resultados;
a) Detalhe do incumprimento no decurso do perioda D) Ouantia de alteracao no justo valor dos elementos
relativo a amortizacao, juro, procura de fundos ou cobertos reconhecida na demonstrac&o de resulta-
nos termos da conversdo de tais empréstimos aue dos.
permitam ao credor exigir o pagamento & data do
28.14 - Para cobertura do risco de taxa de juro varië-
balanco;
vel, risco de taxa de cêAmbio, risco de preco de merca-
b) Ouantia escriturada de empréstimos a pagar em dorias num compromisso firme ou numa transaccëo
incumprimento & data do balanco: futura de elevada probabilidade, ou num investimento
c) Em aue medida o incumprimento foi sandvel, ou os liguido numa operacao no estrangeiro:
termos do pagamento foram renegociados, antes a) Periodos em ague é expectêvel ague os fluxos de
das demonstracêes financeiras terem sido autoriza- caixa ocorram e os periodos em ague é expectavel
das para emissêo. ague afectem os resultados;
28.8 — Incumprimento, durante o periodo, dos termos b) Descricêo de transaccao futura para a gual a con-
de contratos de empréstimo além dos referidos no para- tabilizacao da cobertura foi previamente utilizada
grafo anterior (divulgar a informacêo exigida no pard- mas gue jê nado se espera mais aue a transaccao
grafo anterior, se tais incumprimentos permitem ao cre- ocorra;
dor exigir pagamento acelerado, a menos gue os Cc) Ouantia resultante da alteracëo de justo valor de
incumprimentos tenham sido sanados, ou os termos do instrumentos de cobertura gue foi reconhecida no
COMPrOMISSO renegociados, até & data do balanco). Capital proprio durante o periodo;
Elementos de rendimentos, gastos, ganhos e perdas: d) Ouantia aue foi removida do capital préprio e reco-
28.9 — Ganhos liguidos e perdas liguidas reconhecidos nhecida no resultado do periodo, evidenciando a
de: aguantia incluida em cada uma das linhas da
demonstracao de resultados.
a) Activos financeiros mensurados ao justo valor por
contrapartida em resultados; Instrumentos de capital préprio:
b) Passivos financeiros ao justo valor por contrapartida 28.15 - Indicacéo das guantias do capital social nomi-
em resultados; nal e do capital social por realizar e respectivos prazos
de realizacao.
Cc) Activos financeiros mensurados ao custo amorti-
Zado menos imparidade; 28.16 — Numero de acc6es representativas do capital
d) Passivos financeiros mensurados ao custo amorti- Social, respectivas categorias e valor nominal.
zZado.
28.17 - Reconciliagêo, para cada classe de accêes,
28.10 - Total de rendimento de juros e total de gasto entre o numero de accëes em circulagêo no inicio e no
de juros (calculado utilizando o mêtodo da taxa de juro fim do periodo. (ldentificando separadamente cada tipo
efectiva) para activos e passivos financeiros nêo mensu- de alteracêes verificadas no periodo, incluindo novas
rados ao justo valor com contrapartida em resultados. emissêes, exercicio de opcêes, direitos e warrants, con-
versOes de valores mobiliêrios convertiveis, transacc6es
28.11 - Ouantia de perda por imparidade reconhecida
com acc6es proprias, fusies ou cisêes e emissêes de
para cada uma das classes de activos financeiros.
b6NUs (aumentos de capital por incorporac&o de reser-
Contabilidade da cobertura: vas) ou splits de acc6es.)
28.12 - Em separado e por cada uma das guatro cate- 28.18 - Ouantias de aumentos de capital realizados no
gorias de cobertura: periodo e a deducao efectuada como custos de emis-
a) Descricêao da cobertura; SAO.
b) Descricao dos insttumentos financeiros designados 28.19 — Ouantias e descricao de outros instrumentos
COMO iNstrumentos de cobertura e respectivos jus- de capital préprio emitidos e a respectiva guantia acu-
tos valores & data do balanco; mulada & data do balanco.

98
SNC EXPLICADO 5 Madelas de Demonstracies Financeiras — Aneso n.” 6

Riscos relativos a instrumentos financeiros: 29.3 - Beneficios de cessacëo de emprego.


27.20 — Activos financeiros mensurados ao custo amor- Para cada categoria de beneficios de cessacao de
tizado menos imparidade: termos significativos e condi- emprego proporcionados:
c6es gue afectam a auantia, o momento e seguranca de a) Natureza dos beneficios;
fluxos de caixa futuros, incluindo risco de taxa de juro, b) Politica contabilistica adoptada;
risco de taxa de cêmbio e risco de crédito.
c) Guantia das obrigac6es;

29. Benelicios dos empregados: d) Nivel de cobertura das responsabilidades & data do
relato.
29.1- Beneficios p6s-emprego.
29,4 — Informacao acerca do passivo contingente
Relativamente a planos de contribuicêo definida:
resultante de incerteza sobre o numero de empregados
a) Ouantia reconhecida como gasto; gue aceitarao a oferta de beneficios de cessacao de
b) Informagëo acerca de contribuic6es para planos de emprego (salvo se a possibilidade de aualguer exfluxo
contribuicêo definida relativamente ao principal na liauidacao for remota).
pessoal de gerência.
30. Divulgacêes exigidas por diplomas legais:
29.2 - Outros beneffcios a longo prazo de empregados.
Para cada categoria de outros beneficios a longo 30.1 —
prazo proporcionados:
a) Natureza dos beneficios; 30.2 —
b) Ouantia das obrigacêes;
c) Nivel de cobertura das responsabilidades a data do
relato;
31. Outras informacêes
d) Ouantia de ganhos ou perdas actuariais no periodo
corrente e as politicas contabilisticas para tais (Divulgacêes consideradas relevantes para melhor
ganhos ou perdas actuariais. coMpreensao da posicao financeira e dos resultados.)
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5

99
id
5 Muodelos de Demanstracëes Financeiras - Anexa n.” 7 SNC EXPLICADO

ANEXO N.” 7

Ede EE ee enge ee Roe


BALANGO EM XX DE YYYYYYY DE 200N (MODELO REDUZIDO) UNIDADE MONETARIA (1)
DATAS
RUBRICAS NOTAS EG EE

ACTIVO
Activo nao corrente
Activos fixos tangiveis
Propriedades de investimento
Activos intangiveis
Investimentos financeiros
Accionistas/sêeios

Arctivo corrente
Inventêrios
Clientes
Adiantamentos a fornecedores
Estado e outros entes publicos
Accionistas/scios
Outras contas a receber
Diferimentos
Outros activas financeiros
Caixa e depêsitos bancdrios

Total do activo

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


Capital prêprio
Capital realizado
Accoes (guotas) prêprias
Outros instrumentos de capital prêprio
Prémios de emissao
Reservas legais
Outras reservas
Excedentes de revalorizacao
Outras variac6es no capital prêprio
Resultado liguido do periodo
Total do capital prêprio
Passivo
Passivo naa corrente
Provisoes
Financiamentas obtidos
Outras contas a pagar
Passivo corrente
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes piblicas
Arccionistas/s@cios
Financiamentos obtidos
Outras contas a pagar
Outros passivos financeiros

Total do passivo
Total do capital prêprio e do passivo

(1)-O euro, admitindo-se, em fung&o da dimensêo e exigéncias de relato, a possibilidade de expressao das guantias em milhares de euros

100
SNC EXPLICADO 5 Modelos de Demonstragëes Financeiras—- Anexo n.” 8

ANEXO N.” 8
ER OOAGS ese RESENSEER
DEMONSTRAGAO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS (MODELO REDUZIDO)
PERIODO FINDO EM XX DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETARIA (1)
PER
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS Dos
N N—1

Vendas e servios prestados


d *
Subsidios 4 exploracéo
ti- tl-
Variacio nos inventrios da producao
F ”
Trabalhos para a prépria entidade
i ss
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
ii B
Formecimentos e servicos externos
el
Gastos com 0 pessoal
Dit if he
Ajustamentos de inventêrios (perdas/reversGes)
Imparidade de dividas a receber (perdas/reversOes) EE sl
if ak
Provisges (aumentos/reduc@es)
sif sk
Outras imparidades (perdas/reversGes)
Aumentos/reducëes de justo valor #l- tl-
Outros rendimentos e ganhos T R
se es)
Outros gastos e perdas

Resultada antes de depreciac6es, gastas de financiamento e impostos z —

Gastos/reversges de depreciacao e de amortizagio —l4 lt

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impastas) s —

Juros e rendimentos similares obtidos * #


Juros e gastos similares suportados Es Es

Resultado antes de impostos - s

fig af
Imposto sobre 0 rendimento do periodo

Resultado liguida do periado - —

(1) -O euro, admitindo-se, em func&o da dimensêo e exigéncias de relato, a possibilidade de expressêo das auantias em milhares de euros

101
de Demonstracies Financeiras — Anexo n.” 9 SNC EXPLICADO
5 Modelas

ANEXO N.” 9
1 t
n d B; GE EBRSE SEE ERR ERA ERK EER EE RA RE EA EER EER RE RS RR ER ER AR

DEMONSTRACAO DOS RESULTADOS POR FUNGOES (MODELO REDUZIDO)


PER/ODO FINDO EM OC DE YYYYYYY DE 200N UNIDADE MONETARIA (1)
PERIODOS
RUBRICAS NOTAS
N N—1
T i
Vendas e servios prestados
H i
Custo das vendase dos servicos prestados

5 "
Resultado bruto
o T
Outros rendimentos
ia EE
Gastos de distribuico
Gastos administrativos al oi
Gastos de investigacao e desenvolvimento — 2
Ps de
Outros gastos

Resultado operacional (antes de gastas de financiamento e impostos) z -


ds d.
Gastas de financiamento (liguidos)

Resultados antes de impostos - s

Imposto sobre o rendimento do periodo lt —lt

Resultado liguido do periodo - E

(1)-O euro, admitindo-se, em funcao da dimensêo e exigências de relato, a possibilidade de expressêo das guantias em milhares de euros

102
SNC EXPLICADO 5 Muodelos de Deamonstracaes Financeiras —- Anexa n.” 10

| ANEXO N.” 10 3.2 — Outras politicas contabilisticas:

ANEXO 3.3 - Principais pressupostos relativos ao futuro:


(MODELO REDUZIDO)
O presente documento nao constitui um formulêrio
3.4 —- Principais fontes de incerteza das estimativas: —
relativo as notas do Anexo, mas to sê uma compilacao
das divulgacêes exigidas nos diversos capitulos gue
integram a NCRF-PE.
Assim, cada entidade deverê criar a sua prêépria 4. Politicas contabilisticas, alterac6es nas estimativas
seguência numérica, em conformidade com as divulga- Contabilisticas e erros:
goes gue deva efectuar, sendo due as notas de 1a 4 4.1 - Ouando a aplicacëo de uma disposicê0o desta
serao sempre explicitadas e ficam reservadas para os Norma tiver efeitos no periodo corrente ou em gualaguer
assuntos identificados no presente documento. periodo anterior, salvo se for impraticêvel determinar a
auantia do ajustamento, ou puder ter efeitos em perio-
1. Identificacao da entidade:
dos futuros, uma entidade deve divulgar apenas nas
1.1 - Designacaêo da entidade:
demonstrac6es financeiras do periodo corrente:
1.2 -Sede:
a) A natureza da alterac&o na politica contabilistica;
1.3 - Natureza da actividade:
b) A natureza do erro material de periodo anterior e
1.4 - Designacao da empresa-mae: seus impactos nas demonstrac6es financeiras des-
1.5 - Sede da empresa-mêe: ses periodos;
c) A auantia de ajustamento relacionado com o
?. Referencial contabilistico de preparac&o das demons- periodo corrente ou periodos anteriores aos apre-
tracêes financeiras: sentados, até ao ponto gue seja praticavel; e
21- d) As raz6es pelas guais a aplicagao da nova politica
contabilistica proporciona informacao fiavel e mais
2.2 —- Indicacao e justificacêo das disposicées do SNC
gue, em casos excepcionais, tenham sido derrogadas e relevante, no caso de aplicacao voluntêria.
dos respectivos efeitos nas demonstrac6es financeiras,
tendo em vista a necessidade de estas darem uma ima-
5. Activos fixos tangiveis:
gem verdadeira e apropriada do activo, do passivo e 5.1-— As demonstracêes financeiras devem divulgar:
dos resultados da entidade. a) Os critérios de mensuragao usados para determinar
2.3 - IndicaG&o e comentêrio das contas do balanco e a auantia escriturada bruta;
da demonstragêo dos resultados cujos conteudos nao b) Os métodos de depreciacêo usados;
sejam comparêveis com os do exercicio anterior. Cc) As vidas Gteis ou as taxas de depreciacëo usadas;
2.4 — Adopcëo pela primeira vez da NCRF-PE - divul- d) A guantia escriturada bruta e a depreciacêo acu-
gacao transitoria: mulada (agregada com perdas por imparidade
a) Uma explicaG&o acerca da forma como a transicao acumuladas) no inicio e no fim do periodo; e
dos anteriores principios contabilisticos geralmente e) Uma reconciliacêo da guantia escriturada no inicioe
aceites para a NCRF-PE, afectou a $ua posicao no fim do periodo gue mostre as adicêes, as revalo-
financeira e o seu desempenho financeiro relatados; rizac6es, as alienac6es, as amortizac6es, as perdas
b) Uma explicagêo acerca da natureza das diferencas de imparidade e suas reversêes e outras alterac6es.
de transic&o due foram reconhecidas como capital
5.2 - As demonstrac6es financeiras devem tambéêm
proprio.
divulgar:
2.5 — Caso uma entidade dé conta de erros cometidos a) A existência e guantias de restricoes de titularidade
segundo os PCGA anteriores, as reconciliac6es exigidas e activos fixos tangiveis gue sejam dados como
nos par&grafos anteriores, devem distinguir entre a cor- garantia de passivos;
reccao desses erros e as alteracées as politicas contabi-
b) A auantia de compromissos contratuais para aauisi-
listicas.
Cao de activos fixos tangiveis; &
3. Principais politicas contabilisticas: 5.3 — Se os itens do activo fixo tangivel forem expres-
3.1 — Bases de mensuracëo usadas na preparaGëo sos por guantias revalorizadas, deve ser divulgado o
das demonstracêes financeliras: seguinte:
a) A data de eficêcia da revalorizacao;

103
5 Muadelos de Demanstracëes Financeiras — Anexo n.” 10 SNC EXPLICADO

D) Os mêtodos e pressupostos aplicados nessa reva- b) Os incentivos publicos relacionados com a protec-
lorizacao. C&o ambiental, recebidos ou atribuidos & entidade.
Especificac&o das condic6es associadas & conces-
6. Activos intangiveis: Sao de cada incentivo ou uma sintese das condi-
G6es, caso sejam semelhantes.
6.1 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para
cada classe de activos intangiveis, distinguindo entre os Cc) Ouantia dos dispêndios de carêcter ambiental capi-
activos intangiveis gerados internamente e outros acti- talizadas durante o periodo de referência na
vos intangiveis: medida em ague possa ser estimada com fiabili-
dade.
a) Se as vidas Uteis sêo indefinidas ou finitas e, se
forem finitas, as vidas Gteis ou as taxas de amortiza- d) Ouantia dos dispêndios de caracter ambiental
G&o usadas; imputados a resultados e base em gue tais guan-
tias foram calculadas.
b) Os métodos de amortizacêao usados para activos
intangiveis com vidas uteis finitas; e) Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos
com multas e outras penalidades pelo nêo cumpri-
Cc) A auantia bruta escriturada e gualaguer amortizacao
mento dos regulamentos ambientais e indemniza-
acumulada (agregada com as perdas por impari-
cëes pagas a terceiros, por exemplo em resultado
dade acumuladas) no comeco e fim do periodo;
de perdas ou danos causados por uma poluicêo0
d) Uma reconciliacêo da guantia escriturada no
ambiental passada.
comeco e fim do periodo aue mostre separada-
mente as adicêes, as alienac6es, as amortizac6es, 7. Locac6es;:
as perdas por imparidade e outras alteracOes.
1.1 - Para locacëes financeiras, os locatêrios devem
6.2 - Uma entidade deve também divulgar: divulgar para cada categoria de activo, a auantia escri-
a) Para um activo intangivel avaliado como tendo uma turada liguida & data do balanco.
vida util indefinida, a guantia escriturada desse
7.2 - Para locacêes financeiras e operacionais, os
activo e as raz6es due apoiam a avaliacêo de uma
locatérios devem divulgar uma descricao geral dos acor-
vida util indefinida. Ao apresentar estas razOes, a
dos de locac&o significativos incluindo, pelo menos, o
entidade deve descrever o(s) factor(es) aue
seguinte;
desempenhou(aram) um papel significativo na
determinacêo de aue o activo tem uma vida util ij) A base pela aual é determinada a renda contin-
indefinida; gente a pagar;
b) Uma descricêo, a auantia escriturada e o periodo i) A existência e clêAusulas de renovacao ou de
de amortizacao restante de gualguer activo intangli- opcêes de compra e clêusulas de escalonamento;
vel individual aue seja materialmente relevante para e
as demonstracêes financeiras da entidade; iii) Restricées impostas por acordos de locacêo, tais
Cc) Para os activos intangiveis adauiridos por meio de Como as gue respeitam a dividendos, divida adicio-
um subsidio do governo e& inicialmente reconheei- nal, e posterior locacao.
dos pelo justo valor, a guantia inicialmente reconhe- 7.3 - Os locadores devem fazer as seguintes divulga-
cida ea sua guantia escriturada actualmente; G6es para as locacêes operacionais:
d) A existência e as auantias escrituradas de activos a) Os futuros pagamentos minimos da locacao sob
intangiveis cuja titularidade esteja restringida e as locac6es operacionais nao cancelaveis no agre-
guantias escrituradas de activos intangiveis dados gado e para cada um dos periodos seguintes;
COmo garantia de passivos; i) Nao mais de um ano;
e) A guantia de compromissos contratuais para aauisi- ii) Mais de um ano e n&o mais de cinco anos;
CAo de activos intangiveis. iii) Mais de cinco anos;

6.3 - Uma entidade deve divulgar a guantia agregada D) O total das rendas contingentes reconhecidas
do dispêndio de pesauisa e desenvolvimento reconhe- COmo rendimento durante o perfodo;
Cido como um gasto durante o periodo. Cc) Uma descric&o global dos acordos de locagêo do
locador.
6.4 - Relatvamente aos activos intangiveis de carêcter
ambiental, uma entidade deve divulgar:
8. Custos de empréstimos obtidos;
a) Descricëo dos critérios de mensuraGêo adoptados,
bem como dos métodos utilizados no calculo dos 8.-1- As demonstrac6es financeiras devem divulgar:
ajustamentos de valor, no ague respeita a matérias a) A politica contabilistica adoptada nos custos dos
ambientais; empréstimos obtidos;
SNC EXPLICADO 5 Muadelos de Demonstracies Financeiras —- Anaxo n.” 10

D) A auantia de custos de empréstimos obtidos capi- D) As provisêes adicionais feitas no periodo, incluindo
talizada durante o periodo; e aumentos nas provisêes existentes:
c) A taxa de capitalizacao usada para determinar a Cc) As guantias usadas (isto é, incorridas e debitadas a
iese ie ele on added
and

aguantia do custo dos empréstimos obtidos elegiveis provisao) durante o periodo;


para capitalizacao. d) Ouantias nêo usadas revertidas durante o periodo;
e) O aumento durante o periodo na aguantia descon-
9. Inventêrios:
tada proveniente da passagem do tempo e o efeito
9.1 - As demonstracêes financeiras devem divulgar: de gualguer alteracêo na taxa de desconto;
a) As politicas contabilisticas adoptadas na mensura- f) A auantia de agualguer reembolso esperado, decla-
Cêo dos inventarios, incluindo a férmula de custeio rando a aguantia de agualaguer activo gue tenha sido
GE

usada; reconhecido para esse reembolso esperado;


DE

b) A aguantia total escriturada de inventêrios e a guan- g) Informac6es pormenorizadas sobre as provisêes de


tia escriturada em classificac6es apropriadas para caracter ambiental &
a entidade; h) Passivos de caracter ambiental, materialmente rele-
Cc) A auantia de inventêrios escriturada pelo justo valor vantes, gue estejam incluidos em cada uma das
menos os custos de vender; rubricas do Balanco.
ge

d) A auantia de inventêrios reconhecida como um Naêo é exigida informacëo comparativa.


gasto durante o periodo;
We

11.2 - Para cada classe de passivo contingente & data


e) A auantia de gualguer ajustamento de inventêrios
N Dag

do balanco, uma entidade deve divulgar uma breve des-


reconhecida como um gasto do periodo de acordo
Cricao da natureza do passivo contingente.
com o par&grafo 11.20;
ad ES NEER

11.4 - Guando um influxo de beneficios econémicos


Bates arie REM

f) A guantia de gualguer reversêo de ajustamento gue


for provêvel, uma entidade deve divulgar uma breve
tenha sido reconhecida como uma reducao na
descricêo da natureza dos activos contingentes & data
aguantia de inventêrios reconhecida como gasto do
do balanco.
periodo de acordo com o parêgrafo 11.20;
g) As circunstências ou acontecimentos gue conduzi- 11.4 — A finalidade deste auadro é a de resumir os
ram & reversêao de um ajustamento de inventêrios principais reguisitos de reconhecimento deste capitulo,
de acordo com o parê&grafo 11.20; e para provisêes e passivos contingentes.
N) A aguantia escriturada de inventêrios dados como
12. Subsidios do Governo e apoios do Governo:
penhor de garantia a passivos.
12.1 - Devem ser divulgados os assuntos seguintes:
10. Rédito: a) A politica contabilistica adoptada para os subsidios
10.1 - Uma entidade deve divulgar: do Governo, incluindo os métodos de apresentacêo
a) As politicas contabilisticas adoptadas para o reco- adoptados nas demonstrac6es financeiras;
nhecimento do rédito incluindo os métodos adopta- b) A natureza e extensêo dos subsidios do Governo
dos para determinar a fase de acabamento de tran- reconhecidos nas demonstrac6es financeiras e
saccëes gue envolvam a prestac&o de servicos; indicacêo de outras formas de apoio do Governo
D) A auantia de cada categoria significativa de rédito de aue a entidade tenha directamente beneticiado;
reconhecida durante o periodo incluindo o rédito
e
proveniente de:
Cc) Condicêes nao satisfeitas e outras contingências
ligadas ao apoio do Governo aue tenham sido reco-
j) Venda de bens;
i) Prestacêo de servicos; nhecidas.
ii) Juros;
13. Efeitos de alterac6es em taxas de cAmbio:
iv) FRioyalties: e
v) Dividendos. 13.1 - Uma entidade deve divulgar a guantia das dite-
rencas de cêAmbio reconhecidas nos resultados.
11. Provisêes, passivos contingentes e activos contin-
gentes: 14. Impostos sobre o rendimento:

11.1 - Para cada classe de provisêo, uma entidade 14.1 - Devem ser divulgados separadamente:
deve divulgar: a) Gasto (rendimento) por impostos correntes;
a) A guantia escriturada no comeco e no fim do b) Ouaisaguer ajustamentos reconhecidos no periodo
periodo; de impostos correntes de periodos anteriores;
de Demonstraces Financeiras— Anexo n.” 10
SNC EXPLICADO
5 Modelos

c) A natureza e aguantia do gasto (rendimento) de a) A auantia escriturada de tais activos financeiros; e


imposto reconhecido directamente em Capitais prê- b) Os termos e condicées relativos & garantia, penhor
Drios. ou promessa de penhor.

15.5 — Para empréstimos contraidos reconhecidos a&


15. Instrumentos financeliros:
data do balanco, uma entidade deve divulgar as situa-
15.1 — Uma entidade deve divulgar as bases de men- c6es de incumprimento.
suracao, bem como as politicas contabilisticas utilizadas
15.6 - As sociedades an6nimas devem divulgar o
para a contabilizacao de instrumentos financeiros, aue
numero de acg6es representativas do capital social da
sejam relevantes para a compreensêo das demonstra- entidade, as respectivas categorias e o seu valor nominal.
coes financeiras.
15.7 - A entidade deve divulgar as guantias de aumen-
15.2 - Para todos os instrumentos financeiros mensura-
tos de capital realizados no periodo e a deducao efec-
dos ao justo valor, a entidade deve divulgar a respectiva tuada como custos de emissêo bem como, separada-
Cotac&o de mercado.
mente, as aguantias e descricao de outros instrumentos
15.3 — Se uma entidade tiver transferido activos finan- de capital préprio emitidos e a respectiva guantia acu-
Cceiros para uma outra entidade numa transaccêo aue mulada & data do balanco.
nao se agualifigue para desreconhecimento, a entidade
deve divulgar, para cada classe de tais activos financei- 16. Beneficios dos empregados:
rOS: 16.1 - As entidades devem divulgar o numero médio
a) A natureza dos activos; de empregados durante o ano.
b) A natureza dos riscos e beneficios de detencao a
17. Divulgacêes exigidas por outros diplomas legais:
gue a entidade continue exposta;
Cc) As guantias escrituradas dos activos e de aguais- 17.1-
auer passivos associados ague a entidade continue 17.2 -
a reconhecer.

15.4 - Ouando uma entidade tenha dado em garantia, 18. Outras informac6es:
penhor ou promessa de penhor activos financeiros, (Divulgacêées consideradas relevantes para melhor
deverê divulgar: compreensêo da posicêo financeira e dos resultados).

106
"

6 Observacêes aos Modelos de


Demonstracées Financeiras
e Ligacao as NCRF (PROJECTO)

Até & data de envio para producao deste livro (26 de Abril de 2010) ainda nao foi publicada a versao
final das “Observacoes aos modelos de demonstrac6es financeiras e ligacéo as NCRF” previstas no
Projecto de SNC apresentado pela Comissao de Normalizagao Contabilistica (CNC).

Face a esta situacao, o editor desta obra decidiu incluir neste Capitulo a “Verséo 080409” das “Observa-
c6es aos modelos de demonstrag6es financeiras e ligac&o &s NCRF” gue, neste dia, se encontra disponi-
vel no “PROJECTO DE NOVO MODELO CONTABILISTICO" da &rea “Histêrico SNC"” do sitio da CNC
(acesso a paginas do anterior website da ONC).

Chama-se, por isso, a especial atengao dos utilizadores desta obra gue este Capitulo contém o Pro-
jecto das “Observac6es aos modelos de demonstracoes financeiras e ligacêo as NCRF”, e nao a sua
versao “final e oficial”, a gual deverê ser oportunamente publicada em Didrio da Republica ou no sitio
electrénico da CNC, nos termos do disposto no Artigo 3” da Portaria n.” 986/2009, de 7 de Setembro.

O editor desta obra garante ao comprador da mesma o envio de um “folheto", em formato PDF,
contendo a versao final das “Observacëes aos modelos de demonstrac6es financeiras e ligacao as
NCRF" num curto espaco de tempo ap6s a sua publicagao e para o email gue este he venha a
indicar, desde gue comprove a compra desta obra através do envio do postal RSF, nela incluido,
devida e completamente preenchido.

107
SNC Sh
6 Oiservacëes aas Modelos de Demonstracêes Financelras & Ligacan as NCRF (PROJECTO)

MODELOS DE DEMONSTRAGOES FINANGEIRAS É assumido um formato Gnico, gue servirê de modelo


OBSERVAGOES E LIGAGAO AS NCRF para o relato financeiro guer para as contas individuais,
aguer para as contas consolidadas.
As rubricas do balanco sao classificadas segundo
1. Conjunto completo de demonstrac6es finan- Oo critêrio de distincao entre aclivos e passivos cor-
ceiras rentes e nao correntes, definido nos $$ 10 a 13 da
Nos termos do previsto no ponto 2.1.4. das Bases NCRF 1 - Estrutura e Conteudo das Demonstracêes
para a Apresentacëo das Demonstracées Financeliras Financeiras.
(BADF) do Sistema de Normalizagao Contabilistica As rubricas do modelo de balanco correspondem ao
(SNC), um conjunto completo de demonstrac6es finan- contetuido minimo obrigatéêrio de informacao financeira
ceiras inclui: a ser apresentado na face desta demonstracao finan-
e um balanco; ceira, sem prejuizo do disposto no par&grafo seguinte,
e uma demonstracao dos resultados; Em funcêo da composicao dos activos, passivos e&
Capitais proprios de cada entidade e atendendo aos
e uma demonstracao das alteracêes no capital proprio;
Critérios de materialidade e agregacao definidos no
e uma demonstracao dos fluxos de caixa;
ponto 2.5. das BADF, uma entidade podera excepcio-
e Um anexo em aue se divulguem as bases de pre- nalmente acrescentar outras rubricas gue sejam rele-
paracêo e politicas contabilisticas adoptadas e vantes.
outras divulgacêes exigidas pelas NCRF”.
Sempre ague, em simultêneo para todas as datas de
relato incluidas no balanco, nêo existam aguantias a
As presentes observac6es destinam-se a auxiliar a
apresentar, as correspondentes linhas deverêo ser
apresentacêo das demonstracëes de balanco, dos
removidas da demonstracao a relatar.
resultados, das alteracées no capital préprio e dos flu-
xos de caixa.
Relativamente & demonstracao dos resultados, estdo 2.2. Artivo
previstos dois modelos: um due segue uma modalidade
Rubricas do activo nao corrente:
por naturezas e outro gue adopta a modalidade por fun-
G6es. Independentemente do facto de a demonstracao — Activos fixos tangiveis
dos resultados por func6es assumir carêcter facultativo, Compreende as guantias, liduidas de depreciacêese
sao apresentadas observac6es aos modelos de cada de perdas de imparidade acumuladas, assumidas &
uma das duas modalidades em causa. data de relato, pelos activos abrangidos pela NCRF 7 -
Para as entidades due, nos termos do art.” 9. do Activos Fixos Tangiveis. Compreende também os res-
Decreto-lei n.” 158/2009, de 13 de Julho', adoptem a
pectivos adiantamentos por conta de investimentos
NCRF-PE — Norma Contabilistica e de Relato Financeiro
Cujo preco esteja previamente fixado.
para Peguenas Entidades, estao contemplados mode-
los menos desenvolvidos de balanco, de demonstra- — Propriedades de investimento
Ca&0 dos resultados e de anexo, sendo dispensadas as
Compreende as guantias liguidas assumidas, a data
demonstracoes das alteracêes no capital préprio e dos
de relato, pelos activos abrangidos pela NCRF 11 -
fluxos de caixa.
Propriedades de Investimento.

— Goodwilf”
2. Balanco Rubrica destinada a apresentar as guantias respel-
tantes ao goodwill, cujo tatamento estê previsto, desig-
2.1. Gonfiguratdo geral nadamente, na NCRF 14 — Concentracêo de Activida-
O modelo adoptado para a demonstracêo de des Empresariais, na NCRF 15 - Investimentos em
balanco assume a forma vertical, identificando o activo, Subsidiérias e Consolidacao e NCRF 12 - Imparidade
o capital proprio e o passivo. de Activos.

` Os textos sublinhados foram alterados pelo editor da acordo com os diplomas legais constantes desta obra.
SNC 6 Ohservacies aas Madelas de Demonstrac6es Finanrceiras e Ligatio As NCRF (PROJECTDO)

— Activos intangiveis Gorrente e gue nao sejam incluidas noutras rubricas do


activo n&o corrente.
Rubrica destinada a apresentar as guantias, liguidas
de amortizacées e de perdas por imparidade acumula- — Activos por impostos diferidos
das, dos activos tratados pela NCRF 6 - Activos Intan-
giveis, & data de relato. Também relevam as aguantias Compreende as auantias de activos por impostos
de activos intangiveis decorrentes da aplicagao da diferidos reconhecidos ao abrigo da NCRF 25 — Impos-
NCRF 26 — Matêrias Ambientais. tos sobre o Rendimento.

— Activos biolêgicos Rubricas do activo corrente:

Onde se apresentam as guantias dos activos biolêgi- — [nventêrios


cos de actividades agricolas, tratados pela NCRF 17 — Rubrica gue abrange as guantias dos activos classifi-
Agricultura, gue tenham caracteristica de nêo corrente. cados como tal nos termos da NCRF 18 - Inventêrios,
incluindo os produtos agricolas colhidos, conforme
— Participac6es financeiras — método da eguivalência patri-
definido na NCRF 17 - Agricultura.
monial

Compreende as guantias de investimentos e interes- — Activos biol6gicos


ses, em subsididrias, em associadas e em entidades Compreende as guantias dos activos biol6gicos de
conjuntamente controladas, para as duais, no balanco
actividades agricolas, tratados pela NCRF 17 - Agricul-
individual ou no balanco consolidado, se adopte o
tura, gue tenham caracteristica corrente.
método da eguivalência patrimonial, posteriormente ao
seu reconhecimento inicial. Este método é acolhido — Clientes
pelas NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Gon-
Nesta rubrica incluem-se as guantias de activos finan-
juntos e Investimentos em Associadas, NCRF 14 - Con-
Ceiros relativos a dividas a receber de clientes, liguidas
centracao de Actividades Empresariais, e NCRF 15 —
de perdas de imparidade acumuladas, & data de relato,
Investimentos em Subsididrias e Consolidacao.
cujo tratamento contabilistico é efectuado pelas NCRF
— Participacdes financeiras — outros métodos 20 — Rédito e NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.

Compreende as guantias de investimentos em partes — Adiantamentos a fornecedores


de capital, para as guais nêo seja de adoptar o méêétodo
da eaguivalência patrimonial, conforme previsto nas
Compreende as guantias de aclivos financeliros res-
NCRF 13 —- Interesses em Empreendimentos Conjuntos peitantes a adiantamentos a fornecedores de bens e

e Investimentos em Associadas, NCRF 14 — Concentra- servicos e de investimento cujo preco nêo esteja pre-

CAo de Actividades Empresariais, NCRF 15 - Investi- viamente fixado, cujo tratamento contabilistico se

mentos em Subsididrias e Consolidacëo, e NORF 27 — insere na NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.

Insttumentos Financeiros.
— Estado e outros entes publicos
— Accionistas/sécios Compreende os activos correntes por guantias a
Rubrica destinada &s guantias nêo correntes respeli- favor da entidade respeitantes a impostos, taxas ë COn-
tantes as posicêes financeiras activas derivadas do tribuic6es obrigatêrias derivadas do relacionamento
relacionamento da entidade com os seus detentores de das entidades com o Estado e outros entes publicos.
Capital, agindo nessa gualidade.
— Accionistas/sécios
— Outros activos financeiros Rubrica destinada as guantias correntes respeitantes
Rubrica destinada & apresentacao das aguantias de as posicêes financeiras derivadas do relacionamento
activos classificêveis como financeiros nos termos da da entidade com os seus detentores de capital, agindo
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros, com caracter nêo nessa agualidade.

109
6 Observagcëes ans Modelos de Demonstragëes Financeiras e Ligatin as NCRF (PROJECTO)

— Outras contas a receber Corresponde & diferenca entre a guantia de capital estatu-
têrio da entidade e a parte nêo realizada pelos sécios.
Compreende as guantias de activos financeiros cores-
pondentes a contas a receber gue nao estejam inseridas — Accoes (guotas) préprias
nas demais rubricas de contas a receber e cujo tratamento
Compreende a auantia de accoes ou guotas proprias
é estabelecido na NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.
adauiridas, a agual inclui a respectiva componente de
— Diferimentos prémio ou de desconto. Tendo presente as disposicêes
legais aplicêveis, esta matéria é tratada na NCRF 27 —
Rubrica ague, por forca da base de acrêscimo (perio-
Instrumentos Financeiros.
dizacêo econémica”) assumido no ponto 2.3. das
BADF, se destina especificamente a evidenciar as — Outros instrumentos de capital prêprio”
aguantias respeitantes a despesas e pagamentos due, & ompreende jas relativ ros instru-
data de relato, antecedem o momento de uso ou Ccon- mentos classificAvei jtal prépri esd
sumo de recursos. ue obedecam & definicao instrumen ital
rOprio da NCRF 27
— Instrumentos Financei
— Activos financeiros detidos para negociacdo
Nesta rubrica inserevem-se as aguantias respeitantes a — Prémios de emissio*
activos financeiros detidos para negociacao, cujo trata- ompreend Dt rémios n rm
mento é definido pela NCRF 27 - Instrumentos Financeiros. NCRFE 27 — Instrumen inanceir

— Outros activos financeiros — Reservas legais


Rubrica destinada & apresentacao das guantias de Compreende as guantias respeitantes a reservas nao
activos classificados como financeiros nos termos da distribuiveis, de génese legal, estatutaria ou outra, e
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros, com carêcter cor- Cujo tratamento é definido pela NCRF 27 - Instrumen-
rente e ague naêo sejam incluidos noutras rubricas do tos Financeiros.
aGtivo corrente.
— Outras reservas
— Activos nao correntes detidos para venda** Compreende as guantias de todas e guaisaguer reser-
Fiubrica na gual se deverdo incluir as guantias, liguli- vas distribuiveis, cuja afectacêo decorre de delibera-
das de depreciacëes e de perdas de imparidade acu- Ges dos detentores de capital. Contabilisticamente éë
muladas, dos activos classificados come nêo correntes matéria tratada na NCRF 27 — Instrumentos Financeiros.
detidos para venda, nos termos da NCRF 8 - Activos
— fiesultados transitados”*
nêo Correntes Detidos para Venda e Unidades Opera-
Riubrica gue reflecte os resultados dos periodos ante-
Cionais Descontinuadas.
riores, para os guais nêao exista uma deliberacao espe-
— Caixa e depêsitos bancarios cifica sobre a sua aplicacëo (se lucros), ou cobertura
(se prejuizos). Esta rubrica regista lambém alguns efel-
Rubrica destinada a apresentacêo das guantias de
tos decorrentes da NCRF 4 — Politicas Contabilisticas,
activos monetêrios due se enaguadram no conceito de
Alteracoes nas Fstimativas e Erros, e dos efeitos da
caixa e seus eguivalentes, tal como definido na NCRF 3
mudanca de referencial contabilistico, tal como definido
— Demonstracao dos Fluxos de Caixa.
na NCRF 3 - Adopcëo pela Primeira Vez das Normas
Contabilisticas e de Fielato Financeliro.
2.3. Capital prêprio
— Afustamentos em activos financeiros*”*
— Capital realizado
Compreende as flutuacëes de valor de activos finan-
Corresponde ao capital realizado nos termos estatutêrios Ceiros a data de relato gue, por forca das disposicêes
e gue simultaneamente satisfaca a definic&o de instrumento da NCRF 27 - Instrumentos Financeiros, devam ser
de capital prêprio da NCRF 27 - Insttumentos Financeiros. repercutidas em capital préprio.

“Os textos sublinhados foram alterados pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra.
"A ordem do texto a ilalicofai alterada pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra.
SNC 6 Ohservagdes aos Modelaos de Demanstragëes Financeiras e Ligacio As NCRF (PROJECTO)

— Excedentes de revalorizaca0 — Responsabilidades por beneficios pés-emprego


Compreende todas as guantias correspondentes as Compreende as guantias assumidas pela entidade
posicées assumidas pelos excedentes de revaloriza- para com os seus empregados, nos termos da NCRF 28
cao, & data de relato, de activos fixos tangiveis e intan- — Beneficios dos Empregados. Se, do cémputo das res-
giveis, cuja contabilizacao obedece ao definido na ponsabilidades e seu balanceamento com activos afec-
NCRF 6 - Activos Intangiveis e na NCRF 7 — Activos tos, ou por forca de actualizac6es, decorrer o apura-
Fixos Tangiveis. mento de uma guantia liguida de sinal contrêrio, podera

— Outras variacges no capital préprio ser inscrita no activo nêo corrente uma rubrica homologa.

Compreende as auantias reconhecidas directamente — Passivos por impostos diferidos


no capital préprio, por forca das NCRF. Designada-
Compreende, expressamente, as aguantias de passi-
mente, tém aagui cabimento as diferencas de conversêo
de demonstracêes financeiras expressas em moeda vos por impostos diferidos reconhecidos ao abrigo da
diferente da de relato, previstas na NCRF 23 - Efeitos NCRF 25 - Impostos sobre o Rendimento.
das Alterac6es nas Taxas de CAmbio, e ajustamentos
— Outras contas a pagar
derivados de impostos diferidos, previstos na NCRF 25
— Impostos sobre o Rendimento. Compreende as auantias de passivos financeiros
correspondentes a contas a pagar de caracter nao cor-
— Resultado liguido do perioda
rente, gue nao estejam inseridas nas demais rubricas
Regista o resultado liguido do periodo, depois de de contas a pagar, e cujo tatamento é estabelecido na
considerado o imposto sobre o rendimento do periodo, NCRF 27 - Insttumentos Financeiros. Inclui, nomeada-
apurado nos termos da NCRF 25 - Impostos sobre o mente, as guantias relativas a caucOes dos 6rgaos
Rendimento.
sociais e do pessoal.
— Interesses minoritêrios
Rubricas do passivo corrente:
Compreende as guantias afeclas aos interesses
minoritêrios, no balanco consolidado, cujo tratamento é — Fornecedores
definido na NCRF 15 - Investimentos em Subsidiërias e
Compreende as guantias de passivas financeiros por
Consolidacao.
dividas a pagar a formecedores, & data de relato, Cujo
tratamento contabilistico é abrangido pela NCRF 27 —
2.4*. Passivo Instrumentos Financeiros.

Rubricas do passivo nao corrente: — Adiantamentos de clientes

— Provisies Compreende as guantias de passivos financeiros


respeitantes a adiantamentos de clientes da entidade
Compreende as aguantias de provisêes, cujo trata-
em transaccées cujo preco nao esteja previamente
mento é definido na NCRF 21 - Provisêes, Passivos
fixado, Cujo tratamento contabilistico se insere na
Contingentes e Activos Contingentes, bem como na
NCRF 26 - Matérias Ambientais. NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.

— Financiamentos obtidos — Estado e outros entes pblicos

Compreende as aguantias referentes a passivos financei- Compreende os passivos por guantias em divida res-
ros classificados como nao correntes, tal como estabelecido peitantes a impostos, taxas e contribuicêes obrigatorias
na NCRF 27 - Instrumentos Financeiros. Abrange tam- derivadas do relacionamento das entidades com o
bém as responsabilidades de um locatério numa loca- Estado e outros entes publicos com autoridade para
Cêo financeira, nos termos da NCRF 9- Locagêes, lancar tributos.

`O numero sublinhado foi alterado pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra.

111
6 OhservatGes aas Modelos de DemonstracGes Financeiras e Ligagao as NCRF (FROJECTO) SNC

— Accionistas/s6cios formacêo do resultado liguido do periodo, a partir do


rédito gerado pelas vendas e servicos prestados,
Rubrica destinada as guantias correntes respeitantes
A forma de apresentacao das rubricas destas
as posicêes financeiras passivas derivadas do relacio-
demonstracées financeiras respeita as orientac6es
namento da entidade com os seus detentores de capi-
estabelecidas na NCRF 1 - Estrutura e Conteudo das
tal, agindo nessa gualidade.
Demonstrac6es Financeiras.
— Financiamentos obtidos
Compreende as duantias referentes a passivos finan-
3.2. Demonstracao (individual/consolidada) dos
Celiros, classificados como correntes, tal como estabe-
resultadas por naturezas
lecido na NCRF 27 - Instrumentos Financeiros. Tam-
bém abrange as guantias por responsabilidades de um — Vendas e servicos prestados
locat&rio numa locaoëo financeira, nos termos da NCRF
Compreende o rédito apurado no periodo relativa-
9 -— Locacoes.
mente a vendas de bens e os servicos prestados, nos
— Outras contas a pagar termos da NCRF 20 - Rédito e NCRF 19 - Contratos de
Compreende as guantias de passivos financeiros Construcao.
Correspondentes a contas a pagar de carêcter cor-
rente, gue nao estejam inseridas nas demais rubricas — Subsidios a exploracao
de contas a pagar, e cujo tratamento é estabelecido na Compreende as auantias atribuidas a entidade a
NCRF 27 — Instrumentos Financeiros. Inclui tambeém as
titulo de subsidios relacionados com rendimentos, nos
auantias de adiantamentos de clientes em transacc6es
termos da NCRF 22 — Contabilizacao dos Subsidios do
Cujo preco esteja previamente fixado.
Governo e Divulgagëo de Apoios do Governo.
— Diferimentos”* *
— Ganhos/perdas imputados de subsididrias, associadas e
Rubrica ague, por forca do regime de acréscimo (perio-
empreendimentos conjuntos
dizac&o econdmica*) considerado no ponto 2.3. das
BADF, se destina especificamente a evidenciar as guan- Compreende a aguantia liguida dos ganhos e perdas
tias respeitantes a receilas e recebimentos gue, a dala de relativos as entidades em epigrafe, tal como prescrito
relato, devam ser reconhecidos nos periodos seguintes. na NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjun-
tos e Investimentos em Associadas, e NCRF 15 - Inves-
— Passivos financeiros detidos para negociagao
timentos em Subsidiërias e Consolidagao.
Compreende as guantias respeitantes a passivos
financeiros detidos para negociacêo, tal como definido — Variagao nos inventdrios da” producao
pela NCRF 27 - Instrumentos Financeiros.
Esta rubrica evidencia as variacbes das guantias dos
— Outros passivos financeiros inventaêrios da producao, entre o inicio e o fim do
periodo de relato, cujos critérios de mensuragëo estao
Rubrica destinada & apresentacëo das guantias de
tratados pela NCRF 17 - Agricultura e NCRF 18 —
passivos classificados como financeiros nos termos da
Inventêrios.
NCRF 27 — Instrumentos Financeiros e gue nêo sejam
incluidos noutras rubricas do passivo corrente.
— Trabalhos para a prêpria entidade

Compreende as guantias reconhecidas como gastos


3. Demonstracao dos resultados relativos a trabalhos gue a entidade realize para si
mesma e aue devam ser capitalizados no periodo
3.1. Gonfiguracao geral como activo, nos termos das NCRF 6 - Activos Intangi-
Para as demonstrac6es dos resultados, por nature- veis, NCRF 7 — Activos Fixos Tangiveis, NCRF 11 - Pro-
zas e por funcées, adoptou-se um formato vertical de priedades de Investimento e NCRF 18 - Inventdrios.

“Os textos sublinhados foram alterados pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra,
“A ordem do texto a itlico foi alerada pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra.
SNC 6 Ohbservacdes ans Modelas de Demonstracies Finanrceiras e Ligacdo is NCRF (PROJECTO)

— Gusto das mercadorias vendidas e das matêrias consu- Suas reversêes) por imparidades gue digam respeito a
midas activos ou grupos de investimentos* nêo sujeitos a
depreciacao nem a amortizacao (incluindo investimen-
Rubrica cujo Ambito expressa o custo das mercado-
tos financeiros). Aplicam-se as NCRF 12 - Imparidade
rias saidas para venda na actividade comercial da enti-
de Activos e NCRF 27 - Instrumentos Financeliros,
dade, bem como o custo das matérias-primas, subsidië-
rias e outras matérias consumidas na actividade — Aumentos/reducoes de justo valor
produtiva de bens e servicos, tal como estabelecido na
Compreende os aumentos ou reducêes nas auantias
NCRF 18 - Inventêrios e na NCRF 19 - Contratos de
de activos ou passivos, mensurados pelo justo valor
Construcëo, sendo ainda pertinente a NCRF 20 — Rédito.
com reconhecimento nos resultados. Relevam para
— Fornecimentos e servicos externos este efeito as NCRF 11 - Propriedades de Investi-
mento, NCRF 17 — Agricultura e NCRF 27 — Instrumen-
Compreende as guantias relativas ao Consumo e& uso
tos Financeiros.
de bens e servicos destinados ao desenvolvimento da
sua actividade. Sao pertinentes para esta rubrica as — Outros rendimentos e ganhos
disposic6es da NCRF 18 - Inventêrios, NCRF 19— Con-
Compreende todos os rendimentos e ganhos nao
tratos de Construcao e NCRF 20 —- Rédito.
incluidos em aualguer outra rubrica.
— Gastos com o pessoal
— Outros gastos e perdas
Compreende as aguantias respeitantes a encargos
Compreende todos os gastos e perdas nêo incluidos
com os recursos humanos ao servico da entidade, nos
em dualguer outra rubrica.
termos da NCRF 28 - Beneficios dos Empregados.
— Gastos/reversdes de depreciacao e de amortizaco
— Imparidade” de inventdrios (perdas/reversdes)
Compreende as guantias relativas a gastos (e rever-
Oo evidenci n rubri variac6es liauidas
sêes) de depreciacêes e amortizag6es de activos, nos
ocorridas no periodo. referentes as estimativas de per- termos das NCRF 6 — Activos Intangiveis, NCRF 7 —
reversê r impari fectam
Activos Fixos Tangiveis, NCRF 9 - Locac6es e NCRF
OS invent4rios. Neste Ambito relevaa NCRF 18 - Inven- 11 — Propriedades de Investimento.
tarios.
—Imparidade de activos deprecidveis/amortizaveis
—Imparidade de dividas a receber (perdas/reversdes) (perdas/reversOes)
Compreende as variacêes liguidas ocorridas no periodo, Esta rubrica evidencia as varjac6es liguidas ocorridas
referentes as estimativas de perdas (e suas reversêes) por no periodo, referentes as estimativas de perdas (e suas
imparidades due afectam as dividas a receber. Sao rele- revers6es) por imparidades gue digam respeito a activos
vantes para este efeito a NCRF 27 - Instrumentos Financel- ou grupos de activos sujeitos a depreciac&o e a amorti-
ros e, indirectamente, a NCRF 20 -Réêdito. Zacëo. Aplica-se a NORF 12 - Imparidade de Activos.

— Provisges (aumentos/reducdes”) — Juros e rendimentos similares obtidos

Compreende as variac6es liguidas ocorridas no Compreende as guantias de rendimentos obtidos


periodo, referentes as provisoes em geral, reconhecidas relacionados com o financiamento da entidade. Sêo
e mensuradas em aplicacao da NCRF 21 - Provisêes, relevantes para este efeito as NCRF 27 - Instrumentos
Passivos Contingentes e Activos Contingentes. Financeiros e, indirectamente, a NCRF 20 - Rédito.

— Imparidade de investimentos* nao deprecidveis/amortizd- — Juros e gastos similares suportados


veis (perdas/reversOes) Compreende as guantias de gastos suportados com
Esta rubrica evidencia as variacêes liguidas ocorri- o financiamento da entidade. Relevam para este efeito
das no periodo, referentes as estimativas de perdas (e as NCRF 27 - Instrumentos Financeiros, NCRF 9 —

“Os textos sublinhados foram alterados pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra.

SNCE-O8 113

oa
G Ohservacëes aas Modelos de DemanstracBes Finanrceiras e Ligacain as NCRF (PROJECTO) SNC

Locacêes e, indirectamente, a NCRF 10 — Custos de — Alteracdes de politicas contabilisticas


Empréstimos Obtidos. Compreende as guantias derivadas de alteracêes de
politicas contabilisticas gue, nos termos da NCRF 4 —
— Imposto sobre o rendimento do periodo
Politicas Contabilisticas, Alterac6es nas Estimativas
Corresponde & soma algébrica do imposto estimado Contabilisticas e Erros, ou de outras NCRF, devam ser
para o periodo o imposto diferido, relativamente
com repercutidas directamente no capital proprio.
ao rendimento do periodo, nos termos da NCRF 25 —
Impostos sobre o Rendimento. — Diferencas de conversdo de demonstracges financeiras

Compreende as guantias geradas pelas diferencas


— Resultado liguido atribuivel a detentores do capital da
apuradas pela conversao para a moeda de relato, de
empresa-mêe e a interesses minoritêrios
demonstrac6es financeiras de subsidiërias ou de
No caso de serem preparadas demonstrac6es finan- unidades operacionais estrangeiras, por forca da
ceiras consolidadas, esta rubrica evidencia os resulta- NCRF 23 — Os Efeitos de Alterac6es em Taxas de
dos atribuiveis aos detentores do capital da empresa- Cambio.
mae e aos interesses minoritarios, tal como
estabelecido na NCRF 15 - Investimentos em Subsidië- — Realizacio do excedente de revalorizagao de activos fixOs
rias e Consolidacêo. tangiveis e intangiveis
Sê0 aaui evidenciadas as guantias relativas & realiza-
4. Demonstracdo individual/consolidada das cao (pelo uso ou pela venda) do excedente de revalori-
alterac6es no capital préprio no periodo zZacao de activos aos guais se adopta, na mensuracao
subseguente, o modelo de revalorizacêo previsto pelas
4.1. Configuracdo geral NCRF 6 — Activos Intangiveis e NCRF 7 - Activos Fixos
Esta demonstrac&o financeira é uma matriz explica- Tanglveis.
tiva das modificac6es ocorridas na expressêo monetê-
ria e na composicê&o do capital préprio e das suas — Excedentes de revalorizacdo de activos fixos tangiveis e
vêrias rubricas, em cada periodo. intangiveis e respectivas variaces
As alterac6es ocorridas sêo divididas em dois gru- Sao aaui evidenciadas as guantias relativas ao reco-
pos com caracteristicas distintas, separando-se as nhecimento do excedente inicial da revalorizacêo de
ague correspondem a operacêes com detentores de activos e as posteriores flutuacêes decorrentes da
capital das gue derivam auer do resultado liguido do mensurac&o subseauente, nos termos da aplicacao do
periodo auer de outras alterac6es no capital proprio, modelo de revalorizacêo previsto nas NCRF 6 - Activos
numa acepc&o alargada de manutencê&o ou incre- Intangiveis e NCRF 7 - Activos Fixos Tanglveis.
mento desse capital.
Esta demonstragêo serê apresentada desdobrada- — Afustamentos por impostos diferidos
mente, guer para o periodo N, auer para o perlodo N-1.
Compreende as auantias de alteracêes em rubricas
de capital préprio provocadas pelos ajustamentos
4.2. Alteracoes descritas anuais por contrapartida de activos ou passivos por
impostos diferidos, nos termos da NCRF 25 - Impostos
— Primeira adopcao de novo referencial contabilistico Sobre o Rendimento,
Compreende as guantias de ajustamentos ao capital
— Outras alterac6es reconhecidas no capital préprio
proprio derivadas da aplicacao de novo referencial
contabilistico. Releva para o efeito da aplicacêo do Compreende as alteracées no periodo ague nêo
SNC a NCRF 3 - AdopGao pela Primeira Vez das sejam derivadas do relacionamento com os detentores
NCRF. Esta rubrica deixara de surgir nas demonstra- de capital nem correspondam a nenhuma das anterior-
cêes dos subseguentes periodos de relato. mente mencionadas.

114
SNC 6 Observacëies ans Madelos de Demonstragêes Financeiras e Ligacin is NCRF (PROJECTO)

— Realizacoes de capital 5.1. Fluxos de caixa das actividades operacionais


Compreende as realizac6es ocorridas no capital da
pelo método directo
entidade anteriormente subscrito. Releva para este
— Recebimentos de clientes
efeito a NCRF 27 - Instrumentos Financeliros.
Compreende a guantia dos fluxos de caixa prove-
— Realizacêes de prémios de emissao nientes de clientes, de acordo com o definido nas ali-
Compreende as guantias de realizacêo de prémios neas a) e b), do $ 10, da NCRF 2.

de emissêo de instrumentos de capital préprio da enti-


— Pagamentos a fornecedores
dade, tratados contabilisticamente nos termos da
NCRF 27 - Instrumentos Financeiros. Compreende a aguantia dos fluxos de caixa saidos
para fornecedores, de acordo com o definido na alinea
— Distribuicoes c), $ 10, da NCRF 2.
Compreende as auantias relativas a distribuicOes aos
— Pagamentos ao pessaal
detentores de capital, de resultados ou de reservas.
Releva para este efeito a NCRF 27 - instrumentos Compreende a auantia dos fluxos de caixa salidos
Financeiros. para empregados, de acordo com o definido na alinea
d), do $ 10, da NCRF 2.
— Entradas para cobertura de perdas
Compreende as duantias referentes a entradas efec- — Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
tuadas pelos detentores de capital, em dinheiro ou em Compreende a guantia liguida dos fluxos de caixa ope-
espêcie, para cobertura de prejuizos. Releva para este racionais respeitantes ao imposto sobre o rendimento, tal
efeito a NCRF 27 - Instrumentos Financeiros. Como definido na alinea e), do $ 10, da NCRF 2.

— Outras operacdes — Outros recebimentos/pagamentos


Compreende as aguantias de outras alteracêes deri- Compreende a aguantia liguida de todos os demais flu-
vadas de relacionamento com os detentores de capital xos de caixa operacionais, néo evidenciados nas linhas
ague nao estejam incluidas nas rubricas anteriores. anteriores, aue caem no Ambito dos $$ 9a 11 da NCRF 2.

5.2. Fluxos de caixa das artividades de investimento


5. Demonstracëo (individual/consolidada) dos
fluxos de caixa — Pagamentos:
A NCRFE 2 - Demonstracê Flyxos de Caixa, dora- Compreende as guantias respeitantes a activos fixos
vante designada apenas por NCRF 2, contempla, nos tangiveis, activos intangiveis, investimentos financeiros
14 sentacë I i ra- e outros activos gualificados como actividades de
Cionais pelo mêtodo directo." investimento, mostrados pelas respectivas guantias
As flutuac6es originadas pelas alteracêes cambiais, brutas provenientes das transacc6es envolvidas, tal
nuns casos geradas por transacc6es efectivas, noutros Como decorre das alineas a), c), e) e g), do $ 12, da
Casos projectadas numa mera variacêo da expressêo NCRF 2.
moneltaria de caixa e seus eguivalentes no inicio e no fim
do periodo, levam a gue, em agualguer das modalidades — Recebimentas:
desta demonstragëo financeira, se inscrevam linhas ague Compreende as guantias provenientes de transac-
informam e reconciliam as posicêes de caixa e seus C6es com activos fixos tangiveis, activos intangiveis,
@auivalentes por forca das alterac6es cambiais. Rele- investimentos financeiros e outros activos, aualificados
vam neste dominio os parêgrafos 18* a 21* da NCRF 2. Como actividades de investimento, mostrados pelas
Todos os conceitos e definicêes subjacentes a esta respectivas guantias brutas, tal como decorre das ali-
demonstrac&o financeira constam da NCRF 2. neas b), d), f) eh), do $ 12, da NCRF 2.

“Os textos sublinhados foram alterados pelo editor de acorda com os diplomas legais constantes desta obra.

115
6 ObservacOes aas Modelos de Demonstrag6es Financeiras e Ligatiio as NCRF (PROJECTO) SNC

5.3. Fluxos de caixa das actividades de financia- e outras operac6es, classificadas como de financia-
mento mento nos termos dos $$8 13 e 22” a 24* da NCRF
2, gue nao sejam evidenciadas nas rubricas ante-
— Recebimentos: riores.

Provenientes de:
5.4. Informacdes finais
e financiamentos obtidos, tal como exemplificado
na alinea c), do $ 13, da NCRF 2; Além da indicacaêo das posicêes de caixa e seus
eaguivalentes no inicio e no fim do perliodo, correspon-
e realizac6es de capital e de outros instrumentos de
dentes &s respectivas rubricas do balanco, a linha refe-
capital préprio, tal como exemplificado na alinea a),
rente ao efeito das diferencas de cêambio reflectira a
do $ 13, da NCRF 2;
guantia do efeito cambial nos valores existentes em
e cobertura de prejuizos, de Ambito anélogo as rea-
caixa e seus eguivalentes, por forca dos procedimentos
lizacêes de instrumentos de capital préprio reieri-
definidos nos $$ 18* a 20" da NCRF 2.
das na alinea a), do $ 13, da NCRF 2;
e doacOes, cujo fluxo seja aualificado como de
financiamento, gue se enauadrem no $ 1a da 6. Modelos de demonstracGes financeiras para
NGRF 2; peguenas entidades
e outras operacêes de financiamento, alêm das
Para as entidades gue, nos termos legais, adoptem a
referidas nas rubricas precedentes, cujo fluxo seja
NCRF-PE - Norma Contabilistica e de Relato Financeiro
agualificado como de financiamento, due se
para Peaguenas Entidades, estêo contemplados mode-
enauadrem no $ 13 da NCRF 2.
los menos desenvolvidos de balanco, de demonstracao
dos resultados e de anexo, sendo dispensadas as
— Pagamentos:
demonstrag6es das alteracêes no capital préprio e dos
Respeitantes a: fluxos de caixa.
e financiamentos obtidos, correspondentes" a desem- Assim, as referências anteriores ao balanco e &
bolsos, nos termos do exemplificado na alinea d), demonstracëo dos resultados sêo aplicêveis a estas
do $ 13, da NCRF 2: entidades.

e juros e gastos similares, gualificados como afec-


tos a actividades de financiamento, no ambito do
$ 13 e cuja classificacao seja adeguada aos
ANEXO
reaguisitos do $ 24%, ambos da NCRF 2;
e dividendos, afectos a actividades de financia- Relac@es entre algumas demonstracdes finan-
mento, cuja classificacao seja adeaguada aos ceiras e as NCRF
reguisitos do $ 25" da NCRF 2; Nos guadros aue se seguem apresentam-se as rela-
e reducêes de capital e de outros instrumentos de cOes entre as linhas das demonstrag6es financeiras e
Capital préprio, gualificados como afectos a activi- as principais NCRF ague se Ines apliguem. Excluem-se
dades de financiamento, cujo Ambito é anaélogo guaisauer referências as NCRF due sejam transversais
ao exemplificado na alinea b) do $ 13, da NCRF 2; ou de mera divulgacao.

`O texto sublinhado foi alterado pelo editor de acordo com os diplomas legais constantes desta obra.

116
6 Ohservacëes aos Modelas de Demonstrac6es Financeiras e Ligacio as NCRF (FROJECTO)
SNC

BALANGO PRINCIPAIS NCRF

Activo e-leer
EEEE TRAAK SIEIS
Artivo nao corrente
Artivos tixos tlangiveis X XIX X X X

Propriedades de investimento X XI K
Goodwil X X Xx
Activos intangiveis X X X

| Aclivos biolêgicos X
Participaces financeiras
— método da eguivalêneia patrimonial AEAR

Participacdes financeiras — outros métodos AE AE: X

Accionistas/sêeios X

Outros activos financeiros X

Activos por impostos diferidos X

Artivo corrente
RAAR. Pedi. SERE

Inventérios X KIE EK

Artivos biolégicos X

Clientes X X

Adiantamentos a fornecedores X

Estado e outros entes piblicos X

Accionistas/sêcios X
T]

Outras contas a receber X

Diterimentas X
ed
mm R——s ae

Artivos financeiros detidos para negociaao X

Outros activos financeiros X


dy 'E

rtivos nao correntes delidas para venda X

Caixa e depêsitos bancdrios X

Total do artivo

117
ObservacBes aos Modelos de Demonstrag6es Financelras e Ligatio as NCRF (PROJECTO) SNC

BALANCO PRINCIPAIS NCRF


Capital préprio e passivo o-eerETEeEERERSEKRSKIS
Capital prêprio
Gapital realizado ;
Aegoes (guotas) prêprias ;
de capital prêprio
Osies instrumentos X

Prémios de emissdo X
Reservas legais X
Oulras reservas X
Resultadas transitados
Ajustamentos em activos financeiros X
Excedentes de revalorizado XI X

(Outras variagoes no capital préprio X X


Resultado liguido do perlodo
Interesses minoritarios X
Total do capital préprio
Passivo

Passivo nio corrente

Provisges X X X
Financiamentos oDtidos X X
Responsabilidades por beneficios pês-emprego X
Passivos por impostos diferidos X
(Outras contas a pagar X X

Passivo corrente

Fornecedores X
Adiantamentos de clientes X X
Fstado e outros entes pilblicos X
Accionistas/isêeios
Financiamentos obtidos X X
Outras contas a pagar X X

Diferimentos X X
Passivos financeiros detidos para negociagzo X
Outros passivos financeiros X
Passivos nan correntes detidos para venda
Total do passiva
Total do capital préprio e do passivo

118 E
SNC 6 Observacëes aas Modelos de Damonstragëes Financeiras e Ligaciio As NCRF (PROJECTO)

DEMONSTRACAO DOS RESULTADOS PRINGIPAIS NCRF


POR NATUREZAS HE
ol-olosIEFISIEISITEITIT n

28
21
24
20

22
23

25
26
21
RENDIMENTOS E GASTOS

Vendas e servicos prestados Xx X

Subsidios a exploracao
Ganhos/perdas imputados de subsididrias, associadas e
empreendimentos onjuntos

Variac30 nos inventrios da producao MIER

| Trabelhos paraa prêpria entidade x EF X


Custo das mercadorias vendidase das matërias consumidas vel

Formecimentos e servicos externos XI X

Gastos com0 pessoal X

Imparidade de inventérios (perdas/reversdes) X


Imparidade de dividas a receber (perdas/reverses) X X

Provisêes (aumentos/reducdes) X X X
Imparidade de activos nag deprecidveis/amortiziveis
(perdas/reversdes)
LEON

Aumentos/reducgies de justo valor X X X

(utras rendimentos e ganhos X

Outros gaslos e perdas X


Resultado antes de depreciacges, gastos de
TV

financiamento e impostos
Gastos/reversdes de depreciagio e de amortizaca0 XI X il IK X X
TENT

Imparidade de activos depreciëveis/amortizdveis


(perdas/reversêes)
Resultado operacional (antes de gastas de
financiamento e impostos)
ie”
heg Myl ME

Juros e rendimentos similares obtidos X X X

Juros e gastos similares suportados vs X X

Resultado antes de impostos


aap

Imposto sobre o rendimento do periodo X

Resultado liguido da periodo

Resultado das actividades descontinuadas (liguido de impastos)


incluido no resultado liguido do periodo

3 Resultado liguido do periodo atribuivel a: (2)


Detentores do capital da empresa-mae X

Interesses minoritArios X

Resultado por accao bésico

119
de Demt E Fi iras e Ligacio As NCRF (PROJECTO) SNC
6 Dhservacëes aas Modelos

PRINCIPAIS NCRF
DEMONSTRAGAO DAS ALTERAGOES NO CAPITAL PROPRIO
olslel—-IR g

2
POSICAO NO INiCI0 DO PERIODO N-1 1

ALTERAGOES NO PERIODO

Primeira adopcëo de novo relerencial contabilistico

Alteracdes de politicas contabilisticas

Diterengas de conversio de demonstracëes financeiras

Realizacio do excedente de revalorizacdo de activas fixos tangiveis e intangiveis

Excedentes de revalorizac3o de aclivos [ixos tangiveis e intangiveis e resperlivas variacdes

Afustamentos por impostos diferidos

Outras alteracdes reconhecidas no capital préprio

RESULTADO LIOUIDO DO PERIODO 3

RESULTADO INTEGRAL A-243

OPERAGOES COM DETENTORES DE CAPITAL NO PERIODO

Realizacdes de capital

Realizacies
de prémios de emissdo

Distribuicëes

Entradas para cobertura de perdas

Oulras operages

POSICAO NO FIM DO PERIODO N-1


6124345

120
7 Normas Contabilisticas e de
Relato Financeiro”

121
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro —- NCRF 1

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO Identificacao das demonstracdes financeiras


(par&grafos 6 a 8)
FINANCEIRO 1
6 - As demonstracêes financeiras devem ser identifi-
ESTRUTURAE CONTEUDO DAS DEMONSTRAGOES cadas claramente e distinguidas de outra informaGao no
FINANCEIRAS mesmo documento publicada.

1 - As NCRF aplicam-se apenas &s demonstrac6es


Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem por
financeiras e naêo a outra informacao apresentada num
base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 1- Apre-
relatorio anual ou noutro documento. Por isso, é impor-
sentac&o de Demonstrac6es Financeiras, adoptada pelo
tante gue os utentes consigam distinguir informacëo gue
texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da
seja preparada usando as NCRF de outra informacao
Comisso, de 3 de Novembro.
ague possa ser util aos utentes mas nêo seja objecto des-
Sempre ague na presente norma existam remissoes para ses reguisitos.
as normas internacionais de contabilidade, entende-se aue
estas se referem &s adoptadas pela Uniao Europeia, nos 8 —- Cada componente das demonstracêes financeiras
termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do Parlamento deve ser identificado claramente. Alêm disso, a informa-
Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em conformidade Cao seguinte deve ser mostrada de forma proeminente e
com o texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da repetida guando for necessario para a devida com-
Comissêo, de 3 de Novembro. preensêo da informatêo apresentada:
a) O nome da entidade aue relata ou outros meios de
identificaGëo, e gualauer alteragêo nessa iniorma-
Objectivo (parégrafos1 e 2)
cê&o desde a data do balanco anterior;
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato D) Se as demonstrac6es financeiras abrangem a enti-
Financeiro é o de prescrever as bases guanto & estru-
dade individual ou um grupo de entidades;
tura e contetido do balanco, da demonstracêo dos resul-
c) A data do balanto ou o periodo abrangido pelas
tados, da demonstrac&o das alterac6es no capital prê-
demonstracoes financeiras, conforme o ague for
prio e do anexo. A demonstracêo dos flyxos de caixa é
apropriado para esse componente das demonstra-
desenvolvidamente tratada na NCRF 2.
GOes financeiras;
2- Nao se encontram contempladas nesta Norma as maté- d) A moeda de apresentacao, por regra o euro; e
rias objecto dos capitulos “Ambito", “Definigëes” e "Conside-
e) O nivel de arredondamento, gue nêo pode exceder
racoes Gerais" da |AS 1 — Apresentacao de Demonstrac6es
o milhar de unidades da moeda referida em d),
Financeiras, Uuma vez ague estao vertidas no capitulo 2 (Bases usado na apresentacao de aguantias nas demons-
para a Apresentac&o de Demonstracêes Financeiras) do Sis- trag6es financeiras.
tema de Normalizacêo Contabilistica (SNC).

Periodo de relato (parigrafo 9)


Ambito (paragrafo 3)
9 - As demonstracêes financeiras devem ser apresenta-
4 - Esta Norma deve ser aplicada a todas as demons- das pelo menos anualmente. Ouando se altera a data do
tracoes financeiras de finalidades gerais preparadas e balanco de uma entidade e as demonstrac6es financeiras
apresentadas de acordo com as Normas Contabilisticas anuais sejam apresentadas para um periodo mais longo ou
e de Relato Financeiro. mais curto do gue um ano, a entidade deve divulgar, alêm
do periodo abrangido pelas demonstracoes financeiras:
Consideracies gerais (pargrafos 4 e 5) a) A razao para usar um perlodo mais longo ou mais
4 — Esta Norma exige determinadas divulgac6es na Curto;e
face do balanco, na demonstracêo dos resultados e na b) O facto de aue nao sêo inteiramente comparaveis
demonstracao das alterac6es no capital prêprio e exige cuantias comparativas da demonstracao dos resul-
divulgacêo de outras linhas de itens ou na face dessas tados, da demonstracêo das alterac6es no capital
demonstrac6es ou no anexo. préprio, da demonstracêo de fluxos de caixa e das
notas do anexo relacionadas.
5 —- Esta Norma usa por vezes o termo “divulgacao"
num sentido lato, englobando itens apresentados na
face do balanco, na demonstracêo dos resultados, na Balanco (pargrafos 10 a 30)
demonstracao das alteragées no capital préprio e na
Distincao corrente/nao corrente (paragrafos 10 a 13)
demonstracêo dos fluxos de caixa, assim como no
anexo. As divulgacêes também sêo exigidas por outras 10 - Uma entidade deve apresentar activos correntes
Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro. e nao correntes, e passivos correntes e nao correntes,
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira — NCRF 1

como classificacêes separadas na face do balanco de Todos os outros activos devem ser classificados Como
acordo com os parêgrafos 14 a 24. nao correntes.

11 - Uma entidade deve divulgar as duantias ague se 15 - Esta Norma usa a expressao “nao corrente” para
espera sejam recuperadas ou liguidadas num prazo incluir aotivos tangiveis, intangiveis e financeiros cuja
superior a doze meses para cada linha de item de activo natureza seja de longo prazo.
e de passivo aue combine aguantias due se espera 16 — O ciclo operacional de uma entidade é o tempo
sejam recuperadas ou liguidadas: entre a aauisicëo de activos para processamento e sua
a) Até doze meses ap6s a data do balanGo; e realizacéo em caixa ou seus eguivalentes. Ouando o
b) Apés doze meses da data do balanGo. ciclo operacional normal da entidade nêo for claramente
identificavel, pressupe-se gue a sua duracao seja de
12 - Ouando uma entidade fornece bens ou servicos
doze meses. Os activos correntes incluem activos (lais
dentro de um ciclo operacional claramente identificê-
cOmo inventêrios e dividas a receber comerciais) due
vel, a classificacao separada de activos e passivos
S$êD vendidos, consumidos ou realiZados como parte do
correntes e naêo correntes na face do balanco propor-
ciclo operacional normal mesmo guando nêo se espere
ciona informacao uil ao se distinguir os activos liguidos
gue sejam realizados num periodo até doze meses ap6s
aue estejam continuamente em circulacao, como capi- a data do balanco. Os activos correntes tambêm
tal circulante, dos ague sêo usados nas operaGêes de incluem activos essencialmente detidos para a finali-
longo prazo da entidade. Essa classificacêo também dade de serem negociados e a parte corrente de activos
realca os activos gue se espera ague sejam realizados financeiros nao correntes.
dentro do ciclo operacional corrente, bem como os
passivos ague devam ser liguidados dentro do mesmo Passivos correntes (pardgrafos 17 a 24)
periodo.
17 - Um passivo deve ser classificado como corrente
13 — A informacao acerca das datas previstas para a guando satisfizer gualauer um dos seguintes critêrios:
realizacêo de activos e de passivos é uil na avaliacao
a) Se espere gue seja liguidado durante o ciclo opera-
da liguidez e solvência de uma entidade. Para alguns
cional normal da entidade;
instrumentos financeiros é exigida a divulgacêo das
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de
datas de maturidade de activos financeiros e de passi-
ser negociado;
vos financeiros. Os activos financeiros incluem dividas a
receber comerciais e outras e os passivos financeiros Cc) Deva ser liguidado num periodo até doze meses
incluem dividas a pagar comerciais e outras. A informa- apês a data do balanco; ou
GAO Sobre a data prevista para a recuperagëo e liguida- d) A entidade nêo tenha um direito incondicional de
Gêo de activos e de passivos nêo monetêrios tais como diferir a liguidacao do passivo durante pelo menos
inventêrios e provisêes é também util, guer os activos e doze meses ap6s a data do balanco.
passivos sejam ou nao classificados como correntes ou
Todos os outros passivos devem ser classificados
nêo correntes. Por exemplo, uma entidade deve divul-
COMO NAO Correntes.
gar a guantia de inventêrios gue espera aue sejam
recuperados a mais de doze meses ap6s a data do 18 —- Alguns passivos correntes, tais como dividas a
balanco. pagar comerciais e alguns acréscimos de custos relati-
vos a empregados e outros custos operacionais, $ê0
Activos correntes (pargrafos 14 a 16) parte do capital circulante usado no ciclo operacional
normal da entidade. Tais itens operacionais sêo classifi-
14 - Um activo deve ser classificado como corrente
cados como passivos correntes mesmo due estejam
auando satisfizer gualguer dos seguintes critérios:
para ser liguidados mais de doze meses apés a data do
a) Espera-se ague seja realizado, ou pretende-se aue balango. O mesmo ciclo operacional normal aplica-se a&
seja vendido ou consumido, no decurso normal do classificacao dos activos e passivos de uma entidade.
Ciclo operacional da entidade; Ouando o ciclo operacional normal da entidade nêo for
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de claramente identificêvel, pressupêe-se gue a sua dura-
Ser negociado; Ga0 seja de doze meses.
Cc) Espera-se gue seja realizado num periodo até doze 19 — Outros passivos correntes nao sao liguidados
meses ap6s a data do balanco; ou como parte do ciclo operacional normal, mas estê pre-
d) É caixa ou eguivalente de caixa, a menos aue Ihe vista a sua liguidac&o para um periodo até doze meses
seja limitada a troca ou uso para liguidar um pas- apés a data do balanco ou estêo essencialmente deti-
sivo durante pelo menos doze meses apos a data dos para a finalidade de serem negociados. Exemplos
do balanco. disto sa0 os passivos financeiros classificados, como

123
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira — NCRF 1 SNC EXPLICADO

detidos para negociacêo, descobertos em bancos e a para emissêo, esses acontecimentos aualificam-se para
parte corrente de passivos financeiros n&éo correntes, divulgacao como acontecimentos ague nao dao lugar a
dividendos a pagar, impostos sobre o rendimento & ajustamentos de acordo com a NCRF 24 —- Acontecimen-
outras dividas a pagar nêo comerciais. Os passivos tos apés a Data do Balanco:
financeiros aue proporcionem financiamento numa base a) Refinanciamento numa base de longo prazo;
a longo prazo e cuja liguidacao nao esteja prevista para
b) Rectificacao de um incumprimento de um acordo
um periodo até doze meses ap6s a data do balanco sêo
de empréstimo de longo prazo; e
passivos nêo0 correntes, sujeitos aos paragrafos 22 e 23.
C) A recepcao, da parte do mutuante, de um periodo
20 - Uma entidade classifica os seus passivos finan- de graca para rectificar um incumprimento de um
Ceiros cComo correntes aguando a sua liduidacao estiver acordo de empréstimo de longo prazo aue termine
prevista para um periodo até doze meses ap6s a data pelo menos doze meses ap6s a data do balanco.
do balanco, mesmo due:
a) O prazo original tenha sido por um periodo superior Informacao a ser apresentada na face do balanco
a doze meses; e (pargrafos 25 a 28)
b) Um acordo de refinanciamento, ou de reescalona- 25 — A informagêo minima a apresentar na face do
mento de pagamentos, numa base de longo prazo balanco consta do respectivo modelo publicado em
seja completado apêés a data do balanco e antes Portaria.
das demonstracêes financeiras serem autorizadas
para emissao. 26 — Linhas de itens adicionais, titulos e subtotais
podem ser apresentados na face do balanco auando tal
21 - Se uma entidade esperar, e tiver a possibilidade apresentacê&o for relevante para uma melhor compreen-
de refinanciar ou substituir (“roll over”) uma obrigacêo
so da posicêo financeira da entidade.
durante pelo menos doze meses apos a data do
balanco, ela classifica a obrigacao como naêo corrente, 271 - Uma entidade deve divulgar, ou na face do
mesmo aue fosse devida dentro de um periodo mais balanco ou no anexo, outras subclassificac6es das
Curto. Contudo, guando o refinanciamento ou a substitui- linhas de itens apresentadas, classificadas de uma
G&o ("roll over") da obrigacêo nêo depender do critêrio forma apropriada para as operacëes da entidade.
da entidade (por exemplo, se nao houver um acordo de 28 — O pormenor proporcionado nas subclassificacêes
refinanciamento), o potencial de refinanciamento nêo ë depende dos reduisitos das NCRF e da dimensao, natu-
considerado e a obrigacao é classificada como corrente. reza e funcao das auantias envolvidas. As divulgacoes
22 — Ouando uma entidade nao cumprir um compro- variam para cada item, por exemplo:
misso segundo um acordo de empréstimo de longo prazo a) Os itens do activo fixo tangivel sêo desagregados
até & data do balanco, inclusive com o efeito de o passivo em classes de acordo com a NCRF 7 - Activos
se tormar pagêvel & ordem, o passivo é classificado como Fixos Tangliveis;
corrente, mesmo gue o mutuante tenha concordado, apos b) As contas a receber sêo desagregadas em contas
a data do balanco e antes da autorizacêo das demonstra-
a receber de clientes comerciais, contas a receber
G6es financeiras para emissêo, em nao exigir pagamento
de partes relacionadas, pré-pagamentos e outras;
COMO conseAUÊncia do incumprimento. O passivo & clas-
Cc) Os inventêrios sêo subclassificados, de acordo com
sificado como corrente porague, & data do balanco, a enti-
a NCRF 18 - Inventêrios, em classificacêes tais
dade nao tem um direito incondicional de diferir a sua lidui-
dacao durante pelo menos doze meses apês essa data. Como mercadorias, consumiveis de producêo, maté-
rias-primas, trabalnos em curso e bens acabados;
23 — Contudo, o passivo é classificado como n&o cor-
d) As provisêes sêo desagregadas em provisoes para
rente se o mutuante tiver concordado, até & data do
beneficios dos empregados e outros itens; e
balanGo, em proporcionar um periodo de graca a termi-
nar pelo menos doze meses apés a data do balanco, e) O capital social e as reservas sêo desagregados
dentro do agual a entidade pode rectificar o incumpri- em vêrias rubricas, tais como capital, reserva legal
mento e durante o agual o mutuante nêo pode exigir o e outras reservas,
reembolso imediato.
Informagao a ser apresentada no anexo
24 — Com respeito a empréstimos classificados como (pardgrafos 29 e 31”)
passivos correntes, se os acontecimentos gue se
seguem ocorrerem entre a data do balanco e a data em 29 - Uma entidade deve divulgar o seguinte no aneXo:
due as demonstrac6es financeiras forem autorizadas a) Para cada classe de capital por acc6es:

“O numero sublinhado fo corrigido pelo editor por incoerência do original.

124
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relato Financeira —- NCRF 1

i) A auantidade de acc6es emitidas e inteiramente b) Alienacêes de itens de activos fixos tangliveis;


pagas, e emitidas mas nao inteiramente pagas; Cc) Alienac6es de investimentos;
ii) Os direitos, preferências e restricées associados
d) Unidades operacionais descontinuadas;
a essa classe incluindo restricées na distribuicao
de dividendos e no reembolso de capital; e) Resolucao de litigiosie
iii) Ouantidade de acc6es da entidade detidas pela f) Outras reversoes de provisêes.
prépria entidade ou por subsididrias ou associa-
das;e
Demonstracdo das alteracies no capital préprio
b) Uma descricao da natureza e da finalidade de cada
(paragrafos 39 a 42)
reserva dentro do capital proprio.
39 - As rubricas a incluir na face da demonstracêo das
30 - Uma entidade sem capital por accêes deve divul-
alteracêes no capital préprio constam do respectivo
gar informacao eguivalente & exigida no parêgrafo 29.
modelo publicado em Portaria.
31 - Uma entidade deve divulgar a desagregacao dos
40 —- As alterac6es no capital prêprio de uma entidade
montantes inscritos em caixa e em depositos bancarios.
entre duas datas de balanco reflectem o aumento ou a
reducêo nos seus activos liguidos durante o periodo.
Demonstracio dos resultados (parêgrafos 32 a 36) Com a excepcao das alteracëes resultantes de transac-
c6es com detentores de capital préprio agindo na sua
Resultados do periodo (pardgrafo 32)
capacidade de detentores de capital préprio (tais como
42 - Todos os itens de rendimentos e de gastos reco- Contribuic6es de capital, reaauisicêes de instrumentos
nhecidos num periodo devem ser incluidos nos resulta- de capital préprio da entidade e dividendos) e dos cus-
dos a menos gue uma Norma o exija de outro modo. tos de transacc&o directamente relacionados com tais
transaccëes, a alteracêo global no capital préprio
Informacao a ser apresentada na face da demonstracao durante um periodo representa a aguantia total de rendi-
dos resultados (par&grafos 33 a 36) mentos e gastos, incluindo ganhos e perdas, gerada
33 — A informacêo minima a apresentar na face da pelas actividades da entidade durante esse periodo
demonstracëo dos resultados consta do respectivo (auer esses itens de rendimentos e de gastos sejam
modelo publicado em Portaria. reconhecidos nos resultados ou directamente como alte-
rac6es no capital préprio).
44 — Linhas de itens adicionais, titulos e subtotais
podem ser apresentados na face da demonstracao dos A1 — Esta demonstrac&o financeira introduz o conceito
resultados, auando tal apresentacëo for relevante para de resultado integral gue resulta da agregacêo directa
uma melhor compreensêo do desempenho financeiro da do resultado lidguido do periodo com todas as variacêes
entidade. ocorridas em capitais préprios nao directamente rela-
35 — Uma entidade nêo deve apresentar itens de rendi- cionadas com os detentores de capital, agindo
mento e de gasto como itens extraordindrios, guer na enauanto tal.
face da demonstracêo dos resultados guer no anexo. 42 — A NCRF 4 — Politicas Contabilisticas, Alteracëes
46 - Os itens a apresentar na demonstracao dos resul- nas Estimativas Contabilisticas e Erros exige ajustamen-
tados dever&o basear-se numa classificacêo gue atenda tos retrospectivos para efectuar alteracêes nas politicas
a sua natureza, podendo, adicionalmente, ser apresen- contabilisticas, até ao ponto gue seja praticavel, exceplo
tada uma demonstracao de resultados em ague a classifi- auando as disposic6es transitérias noutra Norma o exi-
Cagao dos itens se baseie na sua funcêo dentro da enti- jam de outra forma. A NCRF 4 também exige due as
dade. reexpressêes para corrigir erros sejam feitas retrospecti-
vamente, até ao ponto em aue seja praticêvel. Os ajusta-
Informatao a ser apresentada no anexo (paragrafos 37 a 38) mentos retrospectivos & as reexpress6es retrospeclivas
sao0 feitos no saldo dos resultados retidos, excepto
37 - Ouando os itens de rendimentos e de gastos sêo guando uma Norma exija ajustamentos retrospectivos de
materiais, a sua natureza e auantia devem ser divulga- outro cComponente do capital prêpric. A divulgacêo na
das separadamente.
demonstracao das alterac6es no capital prêprio do ajus-
38 — As circunstências gue dêo origem a divulgacao tamento total para cada componente do capital proprio
Separada de itens de rendimentos e de gastos incluem: resultante é feita separadamente das alterac6es nas
a) Reestruturacëes das actividades de uma entidade politicas contabilisticas e de correccoes de erros. Estes
e reversêes de guaisauer provisêes para os custos ajustamentos sêo divulgados para cada perlodo anterior
de reestruturacëo; e no inicio do periodo.

125
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro - NCRF 1/2 SNC EXPLICADO

Anexo (parégrafos 43 a 48) 47 — Uma entidade deve divulgar, no resumo das poli-
ticas contabilisticas significativas ou outras notas, os jui-
Estrutura (par&grafos 43 a 45) zos de valor, com a excepcêo dos due envolvam estima-
tivas, aue o 6rgao de gestao fez no processo de
43 — O anexo deve:
aplicacao das politicas contabilisticas da entidade e gue
a) Apresentar informagêo acerca das bases de prepa- tenham maior impacto nas guantias reconhecidas nas
racao das demonstrac6es financeiras e das politi- demonstrac6es financeiras.
Cas contabilisticas usadas;
b) Divulgar a informacao exigida pelas NCRF due nêo Principais fontes de incerteza das estimativas (parêgrafo 48)
seja apresentada na face do balanco, na demons- 48 — Uma entidade deve divulgar, no anexo, informa-
tracao dos resultados, na demonstracêo das altera- CA0 acerca dos principais pressupostos relativos ao
cOes No capital préprio ou na demonstracao dos
futuro, e outras principais fontes da incerteza das esti-
fluxos de caixa; mativas & data do balanco, aue tenham um risco signifi-
Cc) Proporcionar informa€aêo adicional gue nêo seja cativo de provocar um ajustamento material nas guantias
apresentada na face do balanGo, na demonstraGëo escrituradas de activos e passivos durante o periodo
dos resultados, na demonstracao das alterac6es no contabilistico seguinte.
capital préprio ou na demonstracao dos fluxos de
Caixa, mas ague seja relevante para uma melhor
Data de eficêria (paragrafo 49)
Ccompreensao de gualauer uma delas.
49 — Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
AA — As notas do anexo devem ser apresentadas de
periodos com inicio em ou apês 1 de Janeiro de 2010.
uma forma sistematica. Cada item na face do balanco,
na demonstracêo dos resultados, na demonstracêo das
alteracêes no capital préprio e na demonstracêo dos flu-
xos de caixa, due tenha merecido uma
deve ter uma referência cruzada.
nota no anexXo,
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
45 — As notas do anexo devem ser apresentadas pela
FINANCEIRO 2
seguinte ordem:
DEMONSTRAGAO DE FLUXOS DE CAIXA
a) ldentificacëo da entidade, incluindo domicilio, natu-
reza da actividade, nome e sede da empresa-mae, Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
por base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 7 —-
se aplicêvel;
Demonstrac6es de Fluxos de Caixa, adoptada pelo texto
b) Referencial contabilistico de preparacao das
original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comis-
demonstrac6es financeiras;
sêo0, de 3 de Novembro.
Cc) Resumo das principais politicas contabilisticas
Sempre aue na presente norma existam remiss6es
adoptadas;
para as normas internacionais de contabilidade, entende-
d) Informacao de suporte de itens apresentados na
-se gue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro-
face do balanco, na demonstragëo dos resultados,
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
na demonstracëo das alteracêes no capital préprio Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
e na demonstracêo dos fluxos de caixa, pela ordem conformidade com o texto original do Regulamento (CF)
em aue cada demonstracao e cada linha de item n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro.
seja apresentada;
e) Passivos contingentes e compromissos contratuais
nao reconhecidos;
Objectivo (parêgrafo 1)
f) Divulgac6es exigidas por diplomas legais; 1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
g) Iniormacëes de carêcter ambiental. Financeiro é o de exigir informacao acerca das alterac6es
historicas de caixa e seus eguivalentes de uma entidade
Divulgacao de politicas contabilisticas (paragrafos 46 e 47) por meio de uma demonstracao de fluxos de caixa ague
classifigue os fluxos de caixa durante o periodo em opera-
46 — Uma entidade deve divulgar um resumo das prin-
cionais, de investimento e de financiamento.
cipais politicas contabilisticas, designadamente:
a) bases de mensuraGëo usadas na preparacêo das
demonstracêes financeiras; Ambito (par&grato 2)
b) outras politicas contabilisticas usadas gue sejam 2 — Uma entidade deve preparar uma demonstracêo
relevantes para uma compreensao das demonstra- de fluxos de caixa de acordo com os reguisitos desta
cOes financeiras. Norma e deve apresentê-la como parte integrante das
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelra - NCRF Z

suas demonstrac6es financeiras de cada periodo em Apresentacëo de uma demonstracdo de fluxos de caixa
gue sêo apresentadas demonstracoes financeiras. (paragrafos 7 a 13)
7-A demonstracêo de fluxos de caixa deve relatar os
Definicdes (paragrafos 3a 6) fluxos de caixa durante o periodo classificados por acti-
3 —- Os termos aue se seguem sêAo usados nesta vidades operacionais, de investimento e de financia-
Norma com os significados especificados: mento, conforme modelo publicado em Portaria.

Actividades de financiamento: sao as actividades ague 8 -A classificacao por actividades proporciona infor-
têm Como conseaguëncia alterac6es na dimensêo e com- macao ague permite aos utentes determinar o impacto
posicêo do capital préprio contribuido e nos emprêsti- dessas actividades na posicêo financeira da entidade &
mos obtidos pela entidade. nas aguantias de caixa e seus eguivalentes. Esta informa-
Cêo pode ser também usada para avaliar as relac6es
Actividades de investimento: sêao a aduisicêo e aliena-
entre estas actividades.
cêo de activos a longo prazo e de outros investimentos
nao incluidos em eaguivalentes de caixa.
Actividades operacionais (parêgrafos 9a 11)
Actividades operacionais: sêo as principais activida-
des produtoras de rédito da entidade e outras activida- 9-A guantia de fluxos de caixa proveniente de activi-
des gue nêo sejam de investimento ou de financiamento. dades operacionais é um indicador-chave da medida
em aue as operac6es da entidade geraram fluxos de
Caixa: cCompreende o dinheiro em caixa e em depêsi-
caixa suficientes para pagar empréstimos, manter a
tos & ordem.
Capacidade operacional da entidade, pagar dividendos
Eauivalentes de caixa: sêo investimentos financeiros a e fazer novos investimentos, sem recurso a fontes exter-
Curto prazo, altamente liauidos gue sejam prontamente nas de financiamento. A informacaêo acerca dos compo-
convertiveis para guantias conhecidas de dinheiro e gue nentes especificos dos fluxos de caixa operacionais his-
estejam sujeitos a um risco insignificante de alteraG6es t6ricos é util, juntamente com outra informacao, na
de valor. previsao de futuros fluxos de caixa operacionais.
Fluxos de caixa: sêo influxos (recebimentos, entradas)
10 - Os fluxos de caixa das actividades operacionais
e exfluxos (pagamentos, saidas) de caixa e seus eduiva- sê0 principalmente derivados das principais actividades
lentes. geradoras de réditos da entidade. Por isso, eles sa0
geralmente conseauência das operacêes e outros acon-
Caixa e Eguivalentes de Caixa (parêgrafos 4a 6) tecimentos gue entram na determinacao dos resultados
4 — Os eguivalentes de caixa sêo detidos com a finali- da entidade. Exemplos de fluxos de caixa de activida-
dade de ir ao encontro dos compromissos de caixa a des operacionais sêo:
Curto prazo & nao para investimento ou outros propositos. a) Recebimentos de caixa provenientes da venda de
Para um investimento se aualificar como um eaguivalente bens e da prestacêo de servicos;
de caixa ele tem de ser prontamente convertivel para uma b) Recebimentos de caixa provenientes de rovalties,
Ouantia conhecida de dinheiro e estar sujeito a um risco honorêrios, comiss6es e outros réditos;
insignificante de alterac6es de valor. Por isso, um investi-
c) Pagamentos de caixa a fornecedores de bens &
mento sê se aualifica normalmente como um eauivalente
servicos;
de caixa auando tiver um vencimento a curto prazo, seja
três meses ou menos a partir da data de aauisicêo. Os d) Pagamentos de caixa a e por conta de emprega-
iNvestimentos de capital préprio sa0 excluidos dos eaui- dos;
valentes de caixa a menos aue sejam, em substência, e) Pagamentos ou recebimentos de caixa por restitui-
eguivalentes de caixa, por exemplo no caso de accêes C6es de impostos sobre rendimento, a mens aue
preferenciais adauiridas dentro de um curto periodo do estes se relacionem com as outras actividades; &
Seu vencimento e com uma data especifica de remicao. f) Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos
detidos com a finalidade de negécio.
5 - Os empréstimos bancarios obtidos sao geralmente
Considerados como actividades de financiamento. Algumas transacc6es, tal como a alienacao de um ele-
mento do activo fixo tangivel, originam ganhos ou per-
6 - Os fluxos de caixa excluem movimentos entre itens
das aue sêo incluidos na demonstracao dos resultados.
due constituam caixa e seus eguivalentes porague estes
Contudo, os fluxos de caixa relacionados com estas
COMPoNENtes s&o parte da gestêo de caixa de uma enti-
transaccêes sao classificados como pertencentes a acti-
dade e nêo parte das suas actividades operacionais, de
vidades de investimento.
investimento e de financiamento. A gestao de caixa
inclui o investimento de excessos de caixa nos eaguiva- 11 - Uma entidade pode deter titulos e empréstimos para
lentes de caixa. finalidades do negcio, situaGao em due sêo similares a

127
SNC EXPLICADO st
7 Narmas Contabilfsticas e de Relato Financeira —- NCRF 2

inventêrios adauiridos especificamente para revenda. Por Actividades de financiamento (pargrafo 13)

Ds BE
isso, os fluxos de caixa provenientes da compra e venda 13 —A divulgacê&o separada de flyxos de caixa prove-
de titulos para negociar ou comercializar so classificados nientes das actividades de financiamento é importante
como actividades operacionais. De forma semelhante, os porague é Gtil na predicao de reivindicac6es futuras de

DO
adiantamentos de caixa e emprêéstimos feitos por institui- fluxos de caixa pelos fornecedores de capitais & enti-
coes financeiras sêo geralmente classificados como activi- dade. S&o exemplos de fluxos de caixa provenientes de
dades operacionais desde due se relacionem com as prin- actividades de financiamento:
cipais actividades geradoras de rédito dessa entidade. a) Recebimentos de caixa provenientes da emissêo de
acc6es ou de outros instrtumentos de capital préprio;
Actividades de investimento (parêgrafo 12)
b) Pagamentos de caixa por aauisicêo de acc6es
12 — A divulgacêo separada dos fluxos de caixa prove- (auotas) préprias, reducêo do capital ou amortiza-
nientes das actividades de investimento é importante Cêo de acc6es (auotas);
porgue os fluxos de caixa representam a extensêo pela
Cc) Recebimentos provenientes da emissêo de certifi-
gual os dispêndios foram feitos relativamente a recursos
cados de divida, empréstimos, livrancas, obriga-
destinados a gerar rendimento e fluxos de caixa futuros.
Cêes, hipotecas e outros emprêstimos obtidos a
S&0 exemplos de fluxos de caixa provenientes de activi-
Curto ou longo prazo;
dades de investimento:
d) Desembolsos de caixa de guantias de empréstimos
a) Pagamentos de caixa para aguisigao de activos
Obtidos;e
fixos tangliveis, intangiveis e outros activos a longo
prazo. Estes pagamentos incluem os relacionados e) Pagamentos de caixa por um locatêrio para a redu-
com custos de desenvolvimento capitalizados e c&0 de uma divida em aberto relacionada com uma
activos fixos tangiveis autoconstruidos; locacêo financeira.

b) Recebimentos de caixa por vendas de activos fixos


tangiveis, intangiveis e outros activos a longo prazo; Relato de fluxos de caixa das actividades operacionais
Cc) Pagamentos de caixa para aaguisicêo de instrumen- (paragrafos 14 a 15)
tos de capital proprio ou de divida de outras entida- 14 - Uma entidade deve relatar os fluxos de caixa pro-
des e de interesses em empreendimentos conjun- venientes de actividades operacionais pelo uso do
tos (aue nêo sejam pagamentos dos instrumentos método directo, pelo agual sêo divulgadas as principais
considerados como sendo eaguivalentes de caixa Ou classes dos recebimentos e dos pagamentos brutos de
dos detidos para finalidades de negocio); caixa.
d) Recebimentos de caixa de vendas de instrumentos
15 — Este método proporciona informacao due pode
de capital préprio ou de divida de outras entidades
ser Gtil na estimativa de fluxos de caixa futuros. A infor-
e de interesses em empreendimentos conjuntos
macê&o acerca das principais classes de recebimentos
(gue naêo sejam recebimentos dos instrumentos
brutos (de caixa) e de pagamentos brutos (de caixa)
considerados como eguivalentes de caixa e dos
pode ser obtida guer:
detidos para as finalidades do neg6cio);
a) A partir dos registos contabilisticos da entidade;
e) Adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a
outras entidades; D) Pelo ajustamento de vendas, custo das vendas e
f) Recebimentos de caixa provenientes do reembolso outros itens da demonstracê&o dos resultados relati-
de adiantamentos e de empréstimos feitos a outras vamente a:
entidades; j) Alteracêes, durante o periodo, em inventêrios e
g) Pagamentos de caixa para contratos de futuros, con- em contas a receber e a pagar, relacionadas
tratos de forward, contratos de opcao e contratos de com a actividade operacional;
Swap, excepto auando os contratos sejam mantidos ii) Outros itens aue nêo sejam de caixa; &
para as finalidades do neg6cio, ou os pagamentos iii) Outros itens pelos guais os efeitos de caixa
sejam classificados como actividades de financia- sejam fluxos de caixa de investimento ou de
mento;e financiamento.
h) Recebimentos de caixa provenientes de contratos
de futuros, contratos forward, contratos de opcao e
Relato de fluxos de raixa das actividades de investi-
Contratos de swap, excepto dguando os contratos
sejam mantidos para as finalidades do neg6cio, ou
mento e de financiamento (par&grafo 16)
os recebimentos sejam classificados como activida- 16 —- Uma entidade deve relatar separadamente as
des de financiamento. principais classes dos recebimentos brutos de caixa e

128
$NC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro —- NCRF 2

dos pagamentos brutos de caixa provenientes das acti- Juros e dividendos (pardgrafos 22 a 25)
vidades de investimento e de financiamento, excepto atê
22 — Cada um dos fluxos de caixa de juros e dividen-
ao ponto em ague os fluxos de caixa deseritos no para-
dos recebidos e pagos deve ser separadamente divul-
grafo 17 sejam relatados numa base liguida.
gado. Cada um deve ser classificado de maneira consis-
tente de periodo a periodo auer como actividade
Relato de fluxos de caixa numa base liguida (parêgrafo 17) operacional, de investimento ou de financiamento.

17 —- Os fluxos de caixa provenientes das seguintes 23 —A auantia total de juros pagos durante um periodo
actividades operacionais, de investimento e de financia- deve ser divulgada na demonstracêo de fluxos de caixa
mento podem ser relatados numa base liguida: duer tenha sido reconhecida como um gasto na
demonstracao dos resultados auer tenha sido capitali-
a) Recebimentos e pagamentos (de caixa) por conta
Zada de acordo com a NCRF 10 - Custos de Emprésti-
de clientes auando o fluxo de caixa reflicta as acti-
mos Obtidos.
vidades do cliente e nêo os da entidade; e
b) Recebimentos e pagamentos (de caixa) dos itens 24 — Os juros pagos e juros e dividendos recebidos
em ague a rotacao seja rapida, as auantias sejam podem ser classificados como fluxos de caixa operacio-
grandes e os vencimentos sejam curtos. nais pordue entram na determinagaêo dos resultados.
Alternativamente os juros pagos e os juros e dividendos
recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa
Fluxos de caixa em moeda estrangeira de financiamento e fluxos de caixa de investimento res-
(paragrafos 18 a 21) pectivamente pordgue sêo custos de obtengao de recur-
sos financeiros ou retornos do investimento.
18 - Os fluxos de caixa resultantes de transaccêes em
moeda estrangeira devem ser registados na moeda fun- 25 - Os dividendos pagos podem ser classificados
cional de uma entidade mediante a aplicaGëo & auantia como fluxos de caixa de financiamento porague sê0o um
em moeda estrangeira da taxa de c&mbio entre a moeda custo da obtencao de recursos financeiros. Alternativa-
funcional e a moeda estrangeira & data do fluxo de mente, os dividendos pagos podem ser classificados
Caixa. COME Um componente de fluxo de caixa das actividades
operacionais a fim de ajudar os utentes a determinar a
19 — Os fluxos de caixa de uma subsidiëria estrangeira capacidade de uma entidade de pagar dividendos a
devem ser transpostos as taxas de cêAmbio entre a partir dos fluxos de caixa operacionais.
moeda funcional e a moeda estrangeira as datas dos flu-
Xos de caixa.
Impostos sobre 9 rendimento (parêgrafo 26)
20 - Os fluxos de caixa denominados numa moeda
estrangeira sêo relatados de maneira consistente com a 26 - Os fluxos de caixa provenientes de impostos
sobre o rendimento devem ser divulgados separada-
NCRF 23 - Os Efeitos de Alterac6es em Taxas de Cam-
mente devendo ser classificados como fluxos de caixa
bio. Esta permite o uso de uma taxa de cêmbio gue se
de actividades operacionais a menos gue possam ser
aproxime da taxa real. Por exemplo, uma taxa de c&Ambio
especificamente identificados com as actividades de
média ponderada de um periodo pode ser usada para
financiamento e de investimento.
registar transposicées de moeda estrangeira ou a trans-
poSic&o dos fluxos de caixa de uma subsidiëria estran-
geira. Porém, a NCRF 23 nêo permite o uso da taxa de Investimentos em subsididrias, em associadas e em
cAmbio a data do balanco guando sejam transpostos os empreendimentos conjuntos (parêgrafos 27 e 28)
fluxos de caixa de uma subsididria estrangeira. 27 — Ouando se contabilizar um investimento numa
21- Os ganhos e as perdas nêo realizados provenientes associada ou numa subsididria contabilizado pelo uso
de alterac6es de taxas de c&mbio de moeda estrangeira do método da eguivalência patrimonial ou pelo mêtodo
Nêo sêo fluxos de caixa. Porém, o efeito das alteracêes do custo, uma investidora restringe o seu relato na
das taxas de cAmbio sobre caixa e seus eguivalentes deti- demonstracêo de fluxo de caixa aos fluxos de caixa
dos ou devidos numa moeda estrangeira é relatado na entre ela prépria e a investida, como, por exemplo, aos
demonstracêo dos fluxos de caixa a fim de reconciliar dividendos e adiantamentos.
Caixa e seus eguivalentes no comeco e no fim do periodo. 28 — Uma entidade ague relate os seus interesses numa
Esta guantia é apresentada separadamente da dos fluxos entidade conjuntamente controlada usando a consolida-
de caixa das actividades operacionais, de investimento e 680 proporcional incluirê na sua demonstragêo consoli-
de financiamento e inclui as diferengas, se as houver, caso dada de fluxos de caixa a sua parte proporcional dos
esses fluxos de caixa tivessem sido relatados as taxas de fluxos de caixa da entidade conjuntamente controlada.
CAmbio do fim do periodo. Uma entidade aue relate tal interesse usando o meêtodo

SNCE-09
Financeiro — NCRF 2/3
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato

da eguivalência patrimonial inclui na sua demonstracêo b) A aauisic&ao de uma entidade por meio de uma
de flyxos de caixa os fluxos de caixa gue respeitem aos emissao de capital e
seus investimentos na entidade conjuntamente contro- c) A conversêo de dividas em capital.
lada, e distribuic6es e outros pagamentos ou recebimen-
tos entre ela e a entidade conjuntamente controlada. Outras divulgacées (pardgrafo 34)
34 - Uma entidade deve divulgar, juntamente com um
Aguisicëes e alienacoes de subsididrias e de outras coOmenNtério, a guantia dos saldos significativos de caixa
unidades empresariais (paragrafos 29 a 31) e seus eguivalentes detidos pela entidade, due nao
29 — Os fluxos de caixa agregados provenientes de aaui- estejam disponiveis para uso pelo grupo.
sicêes e de alienac6es de subsididrias ou de outras unida-
des empresariais devem ser apresentados separadamente Data de eficêcia (parêgrafo 35)
e classificados como actividades de investimento.
35 — Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
30 - Uma entidade deve divulgar, agregadamente, no periodos com inicio em ou apos 1 de Janeiro de 2010.
aue respeita tanto a aauisic6es como a alienagbes de
subsididrias ou de outras unidades empresariais durante
o periodo cada um dos seguintes pontos:
a) A retribuicao total da compra ou da alienaGéo; NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
b) A parte da retribuicêo da compra ou da alienagêo FINANCEIRO 3
liguidada por meio de caixa e seus eguivalentes;
c) A guantia de caixa e seus eguivalentes na subsidi- ADOPGAO PELA PRIMEIRA VEZ DAS NORMAS CONTA-
ria ou na unidade empresarial adauirida ou alie- BILISTICAS E DE RELATO FINANCEIRO (NCRF)
nada;e
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
d) A auantia dos activos e passivos ague nêo sejam por base a Norma Internacional de Relato Financeiro
caixa ou seus eguivalentes na subsidiëria ou uni- IFRS 1 - AdopGëo pela Primeira Vez das Normas Inter-
dade empresarial adauirida ou alienada, resumida nacionais de Relato Financeiro, adoptada pelo texto ori-
por cada categoria principal. ginal do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissao,
31- A guantia agregada de dinheiro pago ou recebido de a de Novembro,
como retribuicëo de compra ou de venda é relatada na Sempre ague na presente norma existam remissoes
demonstracao de fluxos de caixa, pelo liguido de caixa e para as normas intermnacionais de contabilidade, entende-
seus eguivalentes adauiridos ou alienados. -se gue estas se referem as adoptadas pela Uniao Euro-
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do

Transactdes due na0 sejam por caixa (parêgrafos 32 e 33) Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
32 — As transacc6es de investimento e de financia- n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro.
mento gue nao exijam o uso de caixa ou seus eguivalen-
tes devem ser excluidas de uma demonstracao de fluxos Objectivo (pargrafo 1)
de caixa. Tais operac6es devem ser divulgadas noutra
1— O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
parte das demonstrac6es financeiras de tal maneira gue
Financeiro é assegurar gue as primeiras demonstraG6es
proporcionem toda a informacêo relevante acerca das
financeiras de uma entidade de acordo com as Normas
actividades de investimento e de financiamento.
Contabilisticas e de Relato Financeiro (NCRF) conte-
33 — Algumas actividades de financiamento e de inves- nham informacao gue:
timento no têém um impacto directo nos fluxos correntes a) Seja transparente para os utentes e compardvel em
de caixa se bem due afectem a estrutura do capital e do todos os periodos apresentados;
activo da entidade. A exclusao das transacc6es aue nao b) Proporcione um ponto de partida conveniente para
sejam de caixa da demonstracao de flyxos de caixa é a contabilizacao segundo as NCRF; e
consistente com o objectivo dessa demonstracao por- c) Possa ser gerada a um custo gue nêo exceda os
ague esses elementos n4o envolvem fluxos de caixa no beneficios para os utentes.
periodo corrente. Exemplos de operac6es gue nao
sejam de Caixa sêO:
Ambito (parêgratos 2 e 3)
a) A aauisic&o de activos auer pela assuncao de pas-
sivos directamente relacionados ou por meio de 2 — Uma entidade deve aplicar esta Norma nas suas pri-
uma locacao financeira; meiras demonstrac6es financeiras de acordo com as NCRF..

130
SNG EXPLICADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relata Financeira —- NCRF 3
dd

3 — As primeiras demonstrag6es financeiras de uma Ou componente do capital préprio, mas gue sê0o um
entidade de acordo com as NCRF sêo as primeiras tipo diferente de activo, passivo ou componente do
demonstracêes financeiras anuais nas guais a entidade Capital préprio segundo as NCRF; e
adopta as NCRF, para o aue emite uma declaracao d) Aplicar as NCRF na mensuracao de todos os acti-
explicita dessa situacao. vos e passivos reconhecidos.

8 — As politicas contabilisticas gue uma entidade usa no


Definicdes (pargrafo 4) seu balanco de abertura de acordo com as NCRF podem
4 - Os termos due se seguem sêo usados nesta diferir daaguelas gue usou para a mesma data utilizando
Norma com os significados especificados: os PCGA anteriores. Os ajustamentos resultantes derivam
Balanco de abertura de acordo com as NCRF: é o de acontecimentos e transaccOes anteriores a& data da
transicao para as NCRF. Por conseguinte, uma entidade
balanco de uma entidade (publicado ou nêo) & data de
transicêo para as NCRF. deverê reconhecer esses ajustamentos directamente nos
resultados transitados (ou, se apropriado, noutro item do
Custo considerado: é a guantia usada como substituto
capital prêprio) & data da transicao para as NCRF.
para o custo ou para o custo depreciado numa data
determinada. Uma depreciacêo ou amorlizacao poste-
ExcepcOes (par&grafos 9a 11)
rior assume gue a entidade tinha inicialmente reconhe-
cido o activo ou o passivo numa determinada data e gue 9 — Esta Norma estabelece duas categorias de excep-
o seu custo era igual ao custo considerado. cêes ao principio de gue o balanco de abertura de acordo
Data de transicao para as NCRF: é a data de inicio do com as NCRF deve estar conforme com cada NCRF:
primeiro periodo para o dual a entidade apresenta as a) Isencêes de alguns reguisitos de outras NCRF; e
suas primeiras demonstrac6es financeiras de acordo b) Proibic6es & aplicacao retrospectiva de alguns
com as NCRF. aspectos de outras NCRF.
PCGA anteriores: correspondem & base de contabili-
dade gue um adoptante pela primeira vez utilizava ime- Isencdes (paragrafo 10)
diatamente antes de adoptar as NCRF. 10 - Em funcao das situacêes concretas gue se venham
Primeiras demonstracêes financeiras de acordo com a verificar nas operacëes de transicêo de cada entidade,
as NCRF: sêo as primeiras demonstracêes financeiras esta pode optar pelo uso de uma ou mais das isenc6es
anuais em aue uma entidade adoptou as NCRF. seguintes, nos termos estabelecidos nos parêgrafos 15 a
23, 25A alineas a) e b) e 25F da IFRS 1 - Adopcëo pela
Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Finan-
Reconhecimento e mensuracio (parégrafos 5 a 11) ceiro, em conformidade com o texto original do Regula-
Balanco de abertura de acordo com as NCRF (parêgrafo 5) mento (CE) 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro:
a) Concentracoes de actividades empresariais;
5 - Uma entidade deve preparar um balanco de aber-
tura de acordo com as NCRF na data de transicao para b) Justo valor ou revalorizacê&o como custo considerado;
as NCRF. Este é o ponto de partida da sua conlabilizacao Cc) Beneficios dos empregados;
segundo as NCRF e servirê para comparativo nas primei- d) Diferencas de transposicao cumulativas;
ras demonstracêes financeiras de acordo com as NCRF. e) Instrumentos financeiros compostos;
f) A designacao de instrumentos financeiros previa-
Politicas contabilisticas (parêgrafos 6 a 8)
mente reconhecidos; e
6 - Uma entidade deve usar as mesmas politicas Og) Locacoes.
cContabilisticas, de acordo com as NCRF, no seu
balanco de abertura e nas suas primeiras demonstra- ProibicOes (parêgrafo 11)
cOes financeiras.
11 - Esta Norma proibe a aplicacêo retrospectiva
7 - Com as excepcêes referidas nos parêgrafos 9 a das seguintes matéêrias de outras NCRF, nos termos
11, uma entidade deve, no seu balanco de abertura de estabelecidos nos parégrafos 27 a 34A e o ultimo
acordo com as NCRF: periodo do 34B da IFRS 1 —- Adopcao pela Primeira Vez
a) Reconhecer todos os activos e passivos cCujo reco- das Normas Internacionais de Relato Financeiro, em
nhecimento seja exigido pelas NCRF; conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro:
D) Nao reconhecer itens como activos ou passivos se
as NCRF nêo permitirem esse reconhecimento; a) Desreconhecimento de activos financeiros e passi-
c) Reclassificar itens ague reconheca segundo os vos financeiros;
PCGA anteriores como um tipo de activo, passivo D) Contabilidade de cobertura;

131
SNC EXPLICADO
Financelra — NCRF 3
7 Normas Gontabilisticas e de Relato

nas politicas contabilisticas gue ocorrem auando uma


c) Estimativas; e l

venda e entidade adopta as NCRF pela primeira vez. Por essa


d) Activos classificados como detidos para raza0, os reouisitos da NCRF 4 relativos &s divulgacêes
as.
unidades operacionais descontinuad de alteracêes as politicas contabilisticas nao se aplicam
as primeiras demonstrac6es financeiras de uma entidade
Apresentacdo e divulgacdo (parêgrafos 12a 18) de acordo com as NCRF.
-
12 — Esta Norma nao contempla isencoes relativa 18 — Se uma entidade nao apresentou demonstrac6es
mente aos reguisi tos de aprese ntacao e divulg acao
financeiras relativas aos periodos anteriores, as suas pri-
constantes de outras NCRF. meiras demonstrac6es financeiras de acordo com as
NCRF devem divulgar esse facto.
Informacio comparativa (paragrafo 13)
13 - As primeiras demonstrac6es financeiras de Data de eficêcia (parégrafo 19)
acordo com as NCRF de uma entidade devem incluir,
pelo menos, um ano de informacao comparativa 19 — Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
segundo as NCRF. periodos com inicio em ou ap6s 1 de Janeiro de 2010.

Explicacëo sobre a transicao para as NCRF (paragrafo 14)


Apêndice
14 — Uma entidade deve explicar de aue forma a tran-
sicêo dos PCGA anteriores para as NCRF afectou a sua
Indicac6es sobre a preparagio do balanco de abertura
posicêo financeira, o seu desempenho financeiro e os
de acordo com as NCRF
seus fluxos de caixa relatados. Para tanto, as primeiras 1- Ao preparar o balanco de abertura de acordo com
demonstracêes financeiras de acordo com as NCRF de as NCBF, uma entidade deve ter em atenGêo as seguin-
uma entidade devem incluir: tes aguatro regras, excepto nos casos em dgue esta
a) A reconciliacao do seu capital préprio relatado Norma permita excepcêes ou proiba aplicaGaêo retros-
segundo os PCGA anteriores com o seu capital pré- pectiva:
prio segundo as NCRF, entre: a) Reconhecimento de todos os activos e passivos,
j) A data de transic&o para as NCRF; e nos termos em gue tal seja reguerido pelas NCRF;
i) O final do Gltimo periodo apresentado nas mais
b) Desreconhecimento de activos ou passivos due, nos
recentes demonstracêes financeiras anuais da enti-
termos das NCRF nêo sejam de reconhecer como tal;
dade, elaboradas segundo os PCGA anteriores;
Cc) Reclassificacêo de itens gue eram reconhecidos
b) A reconciliagêo do lucro ou perda relatado segundo
como determinado tipo de activo, passivo ou capi-
os PCGA anteriores, relativo ao ultimo periodo das
tal préprio no &Ambito dos PCGA anteriores, mas
mais recentes demonstracêes financeiras anuais da
as aue devem ser reconhecidos como um tipo dife-
entidade, com o lucro ou a perda segundo
rente de acordo com as NCRF;
NGRF relativo ao mesmo periodo; e
se tenham reconhecido ou revertido aguais- d) Mensuracêo de todos os activos e passivos reco-
Cc) Caso
auer perdas por imparidade pela primeira vez ao nhecidos, de acordo com os principios estabeleci-
preparar o balanco de abertura de acordo com as dos nas NCRF.
NCRF, a entidade deve apresentar as divulgaGoes
Reconhecimento
gue a NCRF 12 - Imparidade de Activos teria exi-
gido se a entidade tivesse reconhecido essas per- 2 —-É expectdvel gue, de acordo com as NCRF, muitas
das por imparidade ou reversêes no periodo due entidades reconhecam activos e passivos due nêo eram
comeca na data de transicao para as NCRF. reconhecidos como tal segundo os PCGA anteriores.
15 — Caso uma entidade apresente uma demonstracao Algumas &reas em gue tal pode ocorrer sêo, por exemplo:
de fluxos de caixa segundo os PCGA anteriores, deve a) Activos intangiveis adauiridos;
também explicar os ajustamentos materiais na demons- b) Activos e passivos relacionados com locac6es
tracao de fluxos de caixa. financeiras;
16 - Caso uma entidade dé conta de erros cometidos c) Exploracêo e avaliacao de recursos minerais;
segundo os PCGA anteriores, as reconciliac6es exigidas d) Activos biolêgicos;
mos paragrafos 14 a) a 14 b) devem distinguir entre correc- e) Provisêes para garantias a clientes, reestruturacao
Cao0 desses erros e alteracêes &s politicas contabilisticas. e matérias ambientais;
17 -A NCRF 4 - Politicas Contabilisticas, Alteracées em f) Instrumentos financeiros; e
Fstimativas Contabilisticas e Erros, no trata de alteracêes g) Beneficios dos empregados.

132
SNC EXPLICADO 7 Normas Contablilisticas e de Relato Financeira — NCRF 3/4

Desteconhecimento Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em


conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
3 — Exemplos de activos ou passivos gue, sendo como
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
tal reconhecidos segundo os PCGA anteriores, nao o
sêo de acordo com as NCRF, podem ocorrer, por axem-
plo, nas seguintes areas: Objectivo (paragrafos1 e 2)
a) Intangiveis gerados internamente;
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
b) Despesas de investigacao; e Financeiro é o de prescrever os critérios para a seleccëo
Cc) Contratos de construcêo. e alteracêo das politicas contabilisticas, bem como o tra-
tamento contabilistico e divulgacao das alteracêes nas
Reclassificaca0 politicas contabilisticas e correccëées de erros. A Norma
4 — Activos e passivos gue podem ter de ser reclassifi- destina-se a melhorar a relevência e a fiabilidade das
cados referir-se-ao, por exemplo, a: demonstrac6es financeiras de uma entidade, e a sua
a) Activos detidos para venda; comparabilidade ao longo do tempo e com as demons-
b) Unidades operacionais descontinuadas; trac6es financeiras de outras entidades.

Cc) Investimentos em subsidiërias, associadas e 2 — Os reauisitos de divulgacëo relativos a politicas


empreendimentos conjuntos; contabilisticas, excepto agueles gue digam respeito a
d) Activos biolêgicos:e alterac6es nas politicas contabilisticas, sêo estabeleci-
e) Subsidios e apoios do Governo. dos na NCRF 1 - Estrutura e Conteudo das Demonstra-
Gêes Financeiras.
Mensuracdo
5 — Poderêo ter de ser mensurados segundo critérios Ambito (paragrafos 3 e 4)
diferentes itens relacionados, designadamente, com:
d —- Esta Norma deve ser aplicada na seleccëo e apli-
a) Goodwilf
cacao de politicas contabilisticas e na contabilizacao de
b) Activos e passivos relacionados com locacëes alterac6es nas politicas contabilisticas, alterac6es nas
financeiras; estimativas contabilisticas e correccëes de erros de
Cc) Propriedades de investimento; periodos anteriores.
d) Imparidade de activos;
4 — Os efeitos fiscais de correcc6es de erros de perio-
e) Exploragëo e avaliacêo de recursos minerais;
dos anteriores e ajustamentos retrospectivos derivados da
f) Activos biolêgicos; aplicacao de alteracêes nas politicas contabilisticas sao
g) Contratos de construcao; Contabilizados e divulgados de acordo com a NCRF 25 —
h) Provisêes para garantias a clientes, reestruturacéo Impostos Sobre o Rendimento.
e matérias ambientais;
j) Instrumentos financeirosi e
Definic6es (paragrafos 5 e 6)
j) Beneficios dos empregados.
5 — Os termos gue se seguem sêo usados nesta
Norma com os significados especificados:
Alterac&o na estimativa contabilistica: é um ajusta-
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
mento na auantia escriturada de um activo ou de um
FINANCEIRO 4 passivo, ou a guantia de consumo periëdico de um
activo, gue resulta da avaliacêo do presente estado dos
POLITICAS CONTABILISTICAS, ALTERAGOES NAS ESTI- activos e passivos, e obrigac6es e beneficios futuros
MATIVAS CONTABILISTICAS E ERROS esperados associados aos mesmos. As alteracêes nas
estimativas contabilisticas resultam de nova informacao
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
ou novos desenvolvimentos e, em conformidade, nao
Dor base a Norma Internacional de Contabilidade AS 8 —
Sao correccëes de erros.
Politicas Contabilisticas, Alterac6es nas Estimativas
Contabilisticas e FErros, adoptada pelo texto original do Aplicacëo prospectiva: de uma alterac&o numa politica
Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Contabilistica e de reconhecimento do efeito de uma alte-
Novembro. racêo numa estimativa contabilistica, respectivamente, &:
Sempre aue na presente norma existam remissêes a) A aplicac&o da nova politica contabilistica a tran-
para as normas internacionais de contabilidade, entende sacc6es, outros acontecimentos e condic6es, due
-Se gue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- ocorram ap6s a data em aue a politica seja alte-
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do rada;e

133
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro - NCRF 4

Politicas contabilisticas: sêo os principios, bases, con-


b) O reconhecimento do efeito da alteracao na estima-
tiva contabilistica nos periodos corrente e futuro vencoes, regras e prêticas especificos aplicados por
afectados pela alteracao. uma entidade na preparacao e apresentacêo de
demonstracêes financeiras.
Aplicacêo retrospectiva: é a aplicacao de uma nova
Reexpressêo retrospectiva: é a correccao do reconhe-
politica contabilistica a transacc6es, outros aconteci-
mentos e condic6es, como se essa politica tivesse sido cimento, mensuracëo e divulgacao de aguantias de ele-
sempre aplicada. mentos das demonstracêes financeiras como se um erro
de periodos anteriores nunca tivesse ocorrido.
Erros de periodos anteriores: sao omiss6es, e declara-
cOes incorrectas, nas demonstragoes financeiras da enti- 6 — Avaliar se uma omissêo ou declaracao incorrecta
dade de um ou mais periodos anteriores decorrentes da poderia influenciar as decisêes econémicas dos utentes,
falta de uso, ou uso incorrecto, de informacao fiavel aue: sendo portanto material, exige a consideracëo das
caracteristicas desses utentes. Para esse efeito, "pre-
a) Estava disponivel guando as demonstracoes finan-
sume-se ague os utentes tenham um razoëvel conheci-
ceiras desses perlodos foram autorizadas para
emissao; e mento das actividades empresariais econémicas e da
contabilidade e vontade de estudar a informaGao com
b) Poderia razoavelmente esperar-se gue tivesse sido
razoëvel diligência". Por isso, a avaliacêo deve ter em
obtida e tomada em consideracao na preparacëo e
conta a forma como se pode esperar razoavelmente gue
apresentagêo dessas demonstrag6es financeiras.
os utentes com tais atributos possam ser influenciados
Tais erros incluem os efeitos de erros matematicos, na tomada de decisêes econ6micas.
erros na aplicac&o de politicas contabilisticas, descui-
dos ou interpretacëes incorrectas de factos e fraudes.
Politicas contabilisticas (pardgrafos 7 a 26)
Impraticêvel: a aplicacêo de um reguisito é impratica-
vel guando a entidade n&o o pode aplicar depois de ter Seleccdo e aplicagao de politicas contabilisticas
feito todos os esforcos razoëveis para o conseguir. Para (parêgrafos 7 a 10)
um periodo anterior em particular, é impraticêvel aplicar
retrospectivamente uma alteracêo na politica contabilis- 7 — A politica ou politicas contabilisticas a aplicar a
tica ou fazer uma reexpressêo retrospectiva para corrigir determinado item ser a due decorrer da Norma ou
Interpretacëo aue especificamente tratar da subjacente
um erro se:
transacoao, outro acontecimento ou condicao.
a) Os efeitos da aplicacêo retrospectiva ou da reex-
pressêo retrospectiva nêo forem determinêveis; 8 — As NCRF estabelecem politicas contabilisticas aue
resultam em demonstrac6es financeiras contendo infor-
b) A aplicacêo retrospectiva ou a reexpressêo retros-
pectiva exigir pressupostos sobre aual teria sido a macao relevante e fidvel sobre as transaccêes, outros
intencê&o da entidade nesse periodo; ou acontecimentos e condicêes a aue se aplicam. Essas
politicas nê&o necessitam de ser aplicadas guando o
Cc) A aplicacê&o retrospectiva ou a reexpressao retros-
efeito da sua aplicac&o for imaterial, excepto se tiver por
pectiva exigir estimativas significativas de guantias
e se for impossivel distinguir objectivamente a infor- objectivo alcancar uma determinada apresentacao da
posicao financeira, desempenho financeiro ou fluxos de
mac&o sobre estas estimativas due:
j) Proporcione provas das circunstências due exis- Caixa.
tiam na(s) data(s) em aue essas guantias foram 9 — Na ausência de uma Norma ou Interpretacéo due
reconhecidas, mensuradas ou divulgadas; se apligue especificamente a uma transaceêo, outro
i) Teria estado disponivel guando as demonstra- acoNtecimento ou condicêo, o 6rg&0 de gestao ajuizarê
cêes financeiras desse periodo foram autoriza- auanto ao desenvolvimento e aplicacêo de uma politica
das para emissêo. contabilistica gue resulte em informacao gue seja:
Material: as omissêes ou declarac6es incorrectas de a) Relevante para a tomada de decisêes econémicas
itens sao materiais se puderem, individual ou colectiva- por parte dos utentes;
mente, influenciar as decisêes econémicas dos utentes, b) Fiëvel, de tal modo gue as demonstracêes financeiras:
tomadas com base nas demonstracêes financeiras. A j) Representem com fidedignidade a posica0
materialidade depende da dimensêo e natureza da omis- financeira, o desempenho financeiro e os fluxos
S&0 ou declaracëo incorrecta ajuizada nas circunstências de caixa da entidade;
ague a rodeiam. A dimensao e a natureza do item, ou uma ii) Reflictam a substência econémica de transac-
cComMbINacAo de ambas, podem ser o factor determinante. c6es, outros acontecimentos e condicêes e nao
Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro: s&o as meramente a forma legal;
Normas e Interpretacées emanadas da Comissêo de ii) Sejam neutras, isto é, gue estejam isentas de
Normalizacêo Contabilistica (CNC). preconceitos;

134
SNC EXPLICADO 7 Normas Cantablilisticas e de Relata Financelra - NCRF 4

iv) Sejam prudentesie Intangiveis ou a NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis é uma


v) Sejam completas em todos os aspectos materiais. alteraG&o numa politica contabilistica a ser tratada como
10 — Ao fazer os juizos de valor descritos no par&grafo uma revalorizacêo de acordo com a NCRF 6 ou NCRF 7
e nêo de acordo com esta Norma.
9, o 6rgêo de gestêo deve consultar e considerar a apli-
cabilidade das seguintes fontes, por ordem indicada: 16 - Os par&grafos 17 a 26 nao se aplicam & alteracao
a) Os reauisitos e a orientacêo das Normas e Interpre- na politica descrita no parégrafo 15.
tacoes due tratam de assuntos semelhantes e rela-
Cionados:e Aplicar alterag6es nas politicas contabilisticas (parêgrafos 17 e 18)
b) As definicoes, critérios de reconhecimento e con- 17 - Sem prejuizo do disposto no par&grafo 20:
ceitos de mensuraGao para activos, passivos, rendi- a) Uma entidade deve contabilizar uma alteracëo na
mentos e gastos na Estrutura Conceptual. politica contabilistica resultante da aplicacêo inicial
de uma Norma ou Interpretacao de acordo com as
Consistência de politicas contabilisticas (par&grafo 11) disposicoes transitorias especificas, se existirem
11 —- Uma entidade deve seleccionar e aplicar as suas nessa Norma ou Interpretacao:e
politicas consistentemente para transacc6es semelhan- b) Guando uma entidade altere uma politica contabilis-
tes, outros acontecimentos e condicées, a menos ague tica na aplicacao inicial de uma Norma ou Interpreta-
uma Norma ou Interpretacao especificamente exija ou Ca0 ague nao inclua disposic6es transitorias especifi-
permita a categorizacao de itens para os aguais possam Cas gue se apliguem a essa alteracëo, ou guando
ser apropriadas diferentes politicas. Se uma Norma ou altere uma politica contabilistica voluntariamente, ela
Interpretacao exigir ou permitir tal categorizacao, uma deve aplicar a alteracêo retrospectivamente.
politica contabilistica deve ser seleccionada e aplicada
18 - Para a finalidade desta Norma, a aplicac&o ante-
consistentemente a cada categoria.
cipada de uma Norma ou Interpretac&o nêo é uma alte-
racao voluntêria na politica contabilistica.
Alteracoes nas politicas contabilisticas (par&grafos 12 a 26)
12 - Uma entidade deve alterar uma politica contabilis- Aplicacao retrospectiva (paragrafo 19)
tica apenas se a alteracêo:
19 - Sem prejuizo do disposto no par&grafo 20, guando
a) For exigida por uma Norma ou Interpretacêo; ou uma alteracao na politica contabilistica é aplicada retros-
b) Resultar no facto de as demonstracêes financeiras pectivamente de acordo com o parégrafo 17 a) ou 17 b),
Droporcionarem informacëo fiëvel e mais relevante a entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada
sobre os efeitos das transaccêes, outros aconteci- Ccomponente do capital préprio afectado para o periodo
mentos ou condicées, na posicêo financeira, desem- anterior mais antigo apresentado e as outras guantias
penho financeiro ou flyxos de caixa da entidade. comparativas divulgadas para cada periodo anterior
apresentado como se a nova politica tivesse sido sempre
13 —- Os utentes das demonstrac6es financeiras preci-
aplicada.
sam de poder comparar as demonstracêes financeiras
de uma entidade ao longo do tempo para identificar ten-
Limitac6es a aplicacio retrospectiva (par&grafos 20 a 24)
dências na sua posicao financeira, desempenho finan-
Ceiro e fluxos de caixa. Por isso, sê0 aplicadas as mes- 20 - Ouando a aplicacêo retrospectiva for exigida pelo
mas politicas contabilisticas em cada periodo ou de um par&grafo 17 a) ou 17 b), uma alteracao na politica con-
periodo para o outro, a menos gue uma alterac&o numa tabilistica deve ser aplicada retrospectivamente excepto
politica contabilistica esteja em conformidade com um até ao ponto em gue seja impraticével determinar guer
dos critérios enunciados no par&grafo 12. os efeitos especificos de um periodo auer o efeito cumu-
lativo da alteracao.
14 - O gue se segue nao sêo alteracëes nas politicas
Contabilisticas: 21 - Guando for impraticêvel determinar os efeitos
a) A aplicacêo de uma politica contabilistica para tran- especificos num periodo da alterac&o duma politica
saccoes, outros acontecimentos, ou condicêes, aue contabilistica na informaca&o comparativa para Um ou
mais periodos anteriores apresentados, a entidade
difiram em substência daagueles gue ocorreram
anteriormente:e j deve aplicar a nova politica contabilistica as auantias
escrituradas de activos e passivos no inicio do periodo
b) A aplicacêao de uma nova politica contabilistica para
mais antigo para o agual seja praticavel a aplicaca&o
transaccGes, outros acontecimentos ou condicêes,
retrospectiva, gue pode ser o periodo corrente, e deve
gue nao ocorreram anteriormente ou eram imateriais.
fazer um ajustamento correspondente no saldo de
18 - A aplicacêo inicial de uma politica para regulari- abertura de cada componente do capital préprio afec-
Zar activos em conformidade com a NCRF 6 - Activos tado desse periodo.

135
4 SNC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeiro — NCRF

22 — Ouando for impraticêvel determinar o efeito cumu-


26 - Ouando uma alteracao voluntaria em politicas
lativo, no inicio do perlodo corrente, da aplicacao de uma
contabilisticas tiver efeitos no periodo corrente ou em
gualguer periodo anterior, mas é impraticêvel determinar
nova politica contabilistica a todos os periodos anteriores,
a entidade deve ajustar a informaGao comparativa para a guantia de ajustamento, ou puder ter efeitos em perio-
dos futuros, uma entidade deve divulgar:
aplicar a nova politica contabilistica prospectivamente a
partir da data mais antiga em due seja praticêvel fazé-lo. a) A natureza da alteracao na politica contabilistica;

23 Ouando uma entidade aplicar uma nova politica


b) As razêes pelas guais a aplicacêo da nova politica
contabilistica retrospectivamente, ela aplica a nova poli- Ccontabilistica proporciona informacao fiëvel e mais
tica contabilistica & informacao comparativa para perio- relevante;
dos anteriores téo antigos auanto for praticêvel. A apli- c) A guantia do ajustamento para o periodo corrente e
cagao retrospectiva a um periodo anterior nêo ë cada periodo anterior apresentado, atéê ao ponto
praticêvel a menos due seja praticavel determinar o aue seja praticêvel; e
efeito cumulativo nas auantias dos balancos de abertura d) A auantia de ajustamento relacionado com perio-
e de fecho desse periodo. A guantia do ajustamento dos anteriores aos apresentados, atéë ao ponto em
resultante relacionado com periodos anteriores aos ague seja praticêvel.
apresentados nas demonstracées financeiras ê feita
As demonstracêes financeiras de periodos posteriores
para o saldo de abertura de cada componente do capi-
tal préprio afectado do periodo anterior mais antigo nao precisam de repetir estas divulgacoes.
apresentado. Normalmente o ajustamento é feito nos
resultados retidos. Contudo, o ajustamento pode ser Alteraces nas estimativas contabilisticas
feito noutro componente do capital prêprio (por exemplo, (parégrafos 27 a 35)
para cumprir uma Norma ou Interpretacêo). Gualguer
outra informacao sobre periodos anteriores, tal como 21 — Como conseguência das incertezas inerentes as
resumos histêricos de dados financeiros, é tambéêm ajus- actividades empresariais, muitos itens nas demonstra-
tada para periodos têo antigos guanto praticvel. cêes financeiras nêo podem ser mensurados com preci-
sêo0, podendo apenas ser estimados. A estimativa
24 — Ouando for impraticêvel a uma entidade fazer a envolve juizos de valor baseados na ultima informacêo
aplicac&o retrospectiva de uma nova politica contabilis- disponivel. Por exemplo, podem ser exigidas estimativas
tica, porague nêo pode determinar o efeito cumulativo da de:
aplicacê&o da mesma a todos os periodos anteriores,
a) Débitos incobrêveis (de Contas a Receber);
deve, de acordo com o parêgrafo 22, fazer a aplicacêo
prospectiva dessa nova politica desde o inicio do D) Obsolescência de inventarios;
periodo mais antigo em ague tal seja praticavel. Por isso, Cc) Justo valor dos activos e passivos financeiros;
ela ignora a parte do ajustamento cumulativo nos acti- d) A vida util de, ou o modelo esperado de consumo
VOS, passivos e capital prêprio gue surja antes dessa dos beneficios econémicos futuros incorporados
data. A alterac&o numa politica contabilistica é permitida em activos deprecidveis; e
mesmo gue seja impraticêvel fazer a sua aplicac&o pros- e) Obrigacêes respeitantes a garantias.
pectiva a aualguer periodo anterior. Os parêgrafos 45 a
48 proporcionam orientacëo guando for impraticêvel 28 - O uso de estimativas razoëveis & uma parte
aplicar uma nova politica contabilistica a um ou mais essencial da preparac&o de demonstrac6es financeiras
periodos anteriores. e nêo diminui a sua fiabilidade.
29 — Uma estimativa pode necessitar de revisêo se
Divulgacao (paragrafos 25 e 26) ocorrerem alterac6es nas circunstências em gue a esti-
25 — Ouando a aplicac&o inicial de uma Norma ou de mativa se baseou ou em consedguência de nova informa-
uma Interpretacëo tiver efeitos no periodo corrente ou cao ou de mais experiëncia. Dada a sua natureza, a revi-
em gualguer periodo anterior, salvo se for impraticêvel sê0 de uma estimativa nêo se relaciona com periodos
determinar a guantia do ajustamento, ou puder ter efei- anteriores e nêo é a correccao de um erro.
tos em periodos futuros, uma entidade deve divulgar: 30 — Uma alteracao na base de mensuragêo aplicada é
a) O titulo da Norma ou da Interpretacêo; uma alterac&o numa politica contabilistica e nêo uma
b) A natureza da alteragëo na politica contabilistica; e alterac&o numa estimativa contabilistica. Ouando for difi-
C) A auantia de ajustamento relacionado com perio- cil distinguir uma alterac&o numa politica contabilistica de
dos anteriores aos apresentados, até ao ponto gue uma alteracao da estimativa contabilistica, a alterac&o é
Seja praticavel. tratada como alteracêéo numa estimativa contabilistica.

As demonstrac6es financeiras de periodos posteriores 31 - O efeito de uma alteracêo numa estimativa conta-
nao precisam de repetir estas divulgacoes. bilistica, gue nêéo seja uma alteracao & aual se apligue o

136
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira — NCRF 4

par&grafo 0, deve ser reconhecido prospectivamente potenciais do periodo corrente descobertos nesse
incluindo-o nos resultados do: perlodo s&o corrigidos antes de as demonstrac6es finan-
a) Periodo de alteraco, se a alteracëo afectar apenas ceiras serem autorizadas para emissêo. Contudo, os
erros materiais por vezes sê sê0o descobertos num
esse periodo; ou
periodo posterior, e estes erros de periodos anteriores
b) Periodo de alteracëo e futuros periodos, se a altera-
sa0 corrigidos na informagaêo comparativa apresentada
Cê0 afectar ambas as siluacoes.
nas demonstracëes financeiras desse periodo posterior
32 — Até ao ponto em ague uma alteracêo numa estima- (ver parêgrafos 37 a 42).
tiva contabilistica dé origem a alterac6es em activos & 37 — Sem prejuizo do disposto no par&grafo 38, uma
passivos, ou se relacione com um item do capital prê-
entidade deve corrigir os erros materiais de periodos
prio, ela deve ser reconhecida pelo ajustamento da
anteriores retrospectivamente ao primeiro conjunto de
guantia escriturada do item de capital prêprio, activo ou
demonstracêes financeiras aprovadas apos a sua des-
passivo, relacionado com o periodo da alteracêo.
coberta:
33 - O reconhecimento prospectivo do efeito de uma a) Reexpressando as guantias comparativas para o(s)
alterac&o numa estimativa contabilistica significa aue a periodo(s) anterior(es) apresentadol(s) em due
alterac&o é aplicada a transaccêes, outros acontecimen- tenha ocorrido o erro; ou
tos ou condicëes a partir da data de alteracëo na esti-
b) Se o erro ocorreu antes do periodo anterior mais
mativa. Uma alterac&o numa estimativa contabilistica antigo apresentado, reexpressando os saldos de
pode afectar apenas os resultados do periodo corrente
abertura dos activos, passivos e capital préprio
ou os resultados tanto do periodo corrente como de futu- para o periodo mais antigo apresentado.
ros periodos. Por exemplo, uma alteracêo na estimativa
da aguantia de débitos incobraveis afecta apenas os Limitac6es & reexpressdo retrospectiva (parêgrafos 38 a 43)
resultados do periodo corrente e, por isso, é reconhie-
cida no periodo corrente. Porém, uma alteracê&o na esti- 38 — Um erro do periodo anterior deve ser corrigido
mativa da vida util de, ou no modelo esperado de con- Dor reexpressêo retrospectiva exceplo até ao ponto em
sumo dos beneficios econémicos futuros incorporados aue seja impraticêvel determinar guer os efeitos especl-
num activo deprecidvel, afecta o gasto de depreciaGêo ficos de um periodo auer o efeito cumulativo do erro.
do perlodo corrente e de cada um dos futuros periodos 39 — Ouando for impraticével determinar o periodo em
durante a vida util remanescente do activo. Em ambos ague se comecam a sentir os efeitos de um erro na infor-
0S casos, o efeito da alteracêo relacionada com o maca&o comparativa para um ou mais periodos anteriores
periodo corrente é reconhecido como rendimento ou apresentados, a entidade deve reexpressar os saldos de
gasto no periodo corrente. O efeito, caso exista, em futu- abertura de activos, passivos e capital préprio para o
ros periodos é reconhecido como rendimento ou gasto periodo mais antigo para o gual seja praticêvel a reex-
nesses futuros periodos. pressêo retrospectiva (gue pode ser o periodo corrente).

DivulgacOes (par&grafos 34 e 35) 40 — Ouando for impraticêvel determinar o efeito cumu-


lativo, no inicio do periodo corrente, de um erro em
34 — Uma entidade deve divulgar a natureza e a guan- todos os periodos anteriores, a entidade deve reexpres-
tia de uma alterac&o numa estimativa contabilistica aue sar a informacao comparativa para corrigir o erro pros-
tenha um efeito no periodo corrente ou se espera due pectivamente a partir da data mais antiga em gue tal
tenha um efeito em futuros periodos, excepto auando for
seja praticêvel.
impraticêvel calcular esse efeito.
41 — A correccêo de um erro de um periodo anterior ê
35 - Se a guantia do efeito em futuros periodos nao for
excluida dos resultados do periodo em aue o erro é des-
divulgada poraue a estimativa do mesmo é impraticêvel,
coberto. Oualguer informacao apresentada sobre exerci-
uma entidade deve divulgar esse facto.
cios anteriores, incluindo aualauer resumo histêrico de
dados financeiros, é reexpressa para periodos to anti-
Erros (paragrafos 36 a 44) gos auanto tal seja praticêvel.

36 - Podem surgir erros no due respeita ao reconheci- 42 — Ouando for impraticêvel determinar a auantia de
mento, mensuracëo, apresentacêo ou divulgacêo de ele- um erro (por exemplo, um erro na aplicacêo de uma poli-
mentos de demonstracëes financeiras. As demonstra- tica contabilistica) para todos os periodos anteriores, a
c6es financeiras nao estao em conformidade com as entidade, de acordo com o parégrafo 40, reexpressa a
NCRF se contiverem erros materiais ou erros imateriais informaca&o comparativa prospectivamente a partir da
feitos intencionalmente para alcancar uma determinada data mais antiga em aue tal seja praticêvel. Por isso, ela
apresentacao da posic&o financeira, desempenho finan- ignora a parte da reexpressao cumulativa dos activos,
ceiro ou fluxos de caixa de uma entidade. Os erros passivos e capital préprio gue surja antes dessa data.

137
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 4
SNC EXPLICAOO

Os par&grafos 45 a 48 proporcionam orientacao sobre acontecimento ou condicao afectados. Contudo, o


guando é impraticêvel corrigir um erro para um ou mals objectivo das estimativas relacionadas com periodos
periodos anteriores. anteriores permanece o mesmo gue para as estimativas
feitas no periodo corrente, nomeadamente, para due a
43 — As correcc6es de erros distinguem-se de altera- estimativa reflicta as circunstências gue existiam guando
cOes nas estimativas contabilisticas. As estimativas con- a transacoëo, outro acontecimento ou condicê0 ocorre-
tabilisticas, pela sua natureza, sê aproxima6es aue ram,
podem necessitar de revisao &A medida aue se torne
conhecida informacao adicional. Por exemplo, o ganho
47 — Por isso, aplicar retrospectivamente uma nova
politica contabilistica ou corrigir um erro de um perioda
ou a perda reconhecido no momento do desfecho de
anterior exige gue se distinga a informacao aue:
uma contingência nêo é a correcgao de um erro.
a) Proporcione provas de circunstências aue existiam
Divulgacao de erros de periodos anteriores (parêgrafo 44) nals) data(s) em aue tiver ocorrido a transaccêo,
outro acontecimento ou condicao; e
44 — Ao aplicar o parêgrafo 37, uma entidade deve
divulgar o seguinte: b) Teria estado disponivel guando as demonstrag6es
financeiras desse periodo anterior foram autoriza-
a) A natureza de um erro de um periodo anterior;
das para emissao.
b) Até ao ponto em gue tal seja praticavel, a aguantia
Para alguns tipos de estimativas (por exemplo, uma
de correcGëo para cada periodo anterior apresen-
estimativa de justo valor nao baseada num preGo ou em
tado;
contributos observêveis) é impraticavel distinguir estes
Cc) A auantia da correccêo no inicio do periodo anterior tipos de informacëo. Ouando a aplicacao retrospectiva
mais antigo apresentado; e ou a reexpressêo retrospectiva exija gue se faca uma
d) Se a reexpressêo retrospectiva for impraticêvel estimativa significativa para a agual seja impossivel distin-
para um periodo anterior em particular, as circuns- guir estes dois tipos de informacëo, é impraticêvel apli-
tências gue levaram & existência dessa condicêo e car a nova politica contabilistica.
uma descricê&o de como e desde guando o erro foi
48 — No deve ser usada percepGëo ao aplicar uma
Corrigido.
nova politica contabilistica a, ou ao corrigir guantias
As demonstracêes financeiras de periodos posteriores para, um periodo anterior, guer ao fazer suposicées
nêo precisam de repetir estas divulgacêes. sobre guais teriam sido as intencées do 6rgao de gestao
num periodo anterior, guer ao estimar as guantias reco-
nhecidas, mensuradas ou divulgadas num periodo ante-
Impraticabilidade com respeito a aplicacaa retrospec-
rior.
tiva ea reexpressêo retrospectiva (pardgrafos 45 a 48) Por exemplo, auando uma entidade corrija um erro
45 — Em algumas circunstências, torna-se impraticavel de um periodo anterior na mensuracao de activos
ajustar informacao comparativa para um ou mais perio- financeiros previamente classificados como investimen-
dos anteriores para conseguir comparabilidade para o tos detidos até & maturidade, ela nao altera a respec-
periodo corrente. Por exemplo, podem nao ter sido coli- tiva base de mensuraG&o para esse periodo. Num outro
gidos dados no(s) periodol(s) anterior(es) de uma forma exemplo, auando uma entidade corrija um erro de um
due permita guer a aplicacêo retrospectiva de uma nova periodo anterior ao calcular o seu passivo relativo a
politica contabilistica (incluindo, para a finalidade dos baixa por doenca acumulada dos empregados, ela
parêgrafos 46 a 48, a sua aplicacêo prospectiva a perio- ignora a informacao sobre uma época de gripe invul-
dos anteriores) guer a reexpressêo retrospectiva para garmente grave no periodo seguinte gue, naturalmente,
corrigir um erro de um periodo anterior, e pode ser apenas foi conhecida depois das demonstracées finan-
impraticêvel recriar essa informacao. ceiras do periodo anterior terem sido autorizadas para
emissao.
46 - É freguentemente necessêrio fazer estimativas de
O facto de as estimativas significativas serem freguen-
aplicacao de uma politica contabilistica a elementos das temente exigidas auando se emenda informa€cao com-
demonstracêes financeiras reconhecidos ou divulgados parativa apresentada para periodos anteriores nêo
com respeito a transaccoes, outros acontecimentos ou impede o ajustamento ou correccao fiavel da informacëo
condicêes. A estimativa encerra alguma subjectividade comparativa.
e as estimativas podem ser feitas apês a data do
balanco. E mais dificil fazer estimativas guando se aplica
Data de eficdria (paragrafo 49)
retrospectivamente uma politica contabilistica ou se faz
uma reexpressêo retrospectiva para corrigir um erro de 49 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
um periodo anterior, devido ao periodo de tempo mais primeiro periodo aue se inicie em ou apês 1 de Janeiro
longo aue pode ter decorrido desde a transaccao, outro de 2010.

138
SNC EXPLICADDO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira —- NCRF 5

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO capacidade da entidade afectar as politicas financeiras e


operacionais da investida decorre da presenca de con-
FINANCEIRO 5 trolo, controlo conjunto ou influência significativa.
5 — Um relacionamento com partes relacionadas pode
DIVULGAGOES DE PARTES RELACIONADAS ter um efeito nos resultados e na posicao financeira de
uma entidade. As partes relacionadas podem efectuar
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
por base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 24 — transaccêes gue partes naêo relacionadas nao realiza-
riam. Por exemplo, uma entidade ague venda bens a sua
Divulgacées de Partes Relacionadas, adoptada pelo texto
empresa-mae pelo custo poderd nao vender nesses ter-
original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo,
mos a outro cliente. Além disso, as transaccles entre
de 3 de Novembro.
partes relacionadas podem nao ser feitas pelas mesmas
Sempre gue na presente norma existam remissées aguantias gue entre partes nao relacionadas.
para as normas intermacionais de contabilidade, entende
6 —- Os resultados e a posicëo financeira de uma enti-
-se ague estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro-
dade podem ser afectados por um relacionamento com
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
partes relacionadas mesmo aue nêo ocoram transaC-
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
cêes entre si. A mera existência do relacionamento pode
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
ser suficiente para afectar as transaccêes da entidade
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
com outras partes. Por exemplo, uma subsidiëria pode
cessar relacëêes com um parceiro comercial fora do
Objectivo (paragrafo 1) grupo aauando da aguisicêo pela empresa-mae de uma
outra subsidiëria gue se dediaue & mesma actividade
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
ague o parceiro comercial alheio ao grupo. Outro exem-
Financeiro é o de prescrever due, nas demonstrac6es
plo poderê ocorrer guando uma das partes relacionadas
financeiras de uma entidade, se incluam as divulgac6es
se abstiver de agir por causa da influência significativa
necessdrias para chamar a atencao para a possibili-
exercida pela outra parte (uma subsididria pode ser ins-
dade de gue a sua posicêo financeira e resultados pos-
truida pela sua empresa-mae a nao se dedicar a activi-
sam ter sido afectados pela existência de partes rela-
dades de pesguisa e desenvolvimento).
cionadas e por transaco6es e saldos pendentes com as
mesmas. 1 - Por estas razées, o conhecimento de transaccêes,
saldos pendentes e relacionamentos com partes relacio-
nadas pode afectar as avaliag6es das operacêes de
Ambito (paragrafos2 e 3) uma entidade por parte dos utentes de demonstrac6es
2 —- Esta Norma deve ser aplicada ao: financeiras, incluindo avaliacêes dos riscos e de oportu-
a) ldentificar relacionamentos e transacc6es com par- nidades gue se deparem ê& entidade.
tes relacionadas;
D) ldentificar saldos pendentes entre uma entidade e Definicdes (paragrafos 8 a 10)
as suas partes relacionadas; 8 — Os termos ague se seguem so usados nesta
Cc) ldentificar as circunstêancias em aue é exigida a Norma com os significados especificados:
divulgacao dos itens das alineas a) eb) e Controlo: é o poder de gerir as politicas financeiras &
d) Determinar as divulgacêes a fazer relativamente a operacionais de uma entidade ou de uma actividade
esses itens. econ6mica a fim de obter beneficios da mesma.
Controlo conjunto: é a partilha de controlo, acordada
8 — No conjunto das transaccêes e saldos pendentes
contratualmente, de uma actividade econémica, e existe
com partes relacionadas, sê nao serêo objecto de divul-
apenas aguando as decisêes estratégicas financeiras e
gacêo as transaccêes e saldos pendentes intragrupo
operacionais relacionadas com a actividade exigem o
(empresa-mêe e subsidiërias), tratando-se das demons-
Consentimento unênime das partes gue partilham o con-
trac6es financeiras consolidadas.
trolo (os empreendedores).
Influência significativa: é o poder de participar nas
Finalidade das divulgacêes de partes relacionadas decises das politicas financeira e operacional da inves-
(pardgrafos 4a 7) tida ou de uma actividade econémica mas gue nêo ë
4 — Os relacionamentos com partes relacionadas sao controlo nem controlo conjunto sobre essas politicas. A
uma caracteristica normal do coméêrcio e neg6cios. Por influência significativa pode ser obtida por posse de
exemplo, as entidades realizam freguentemente parte acc6es, estatuto ou acordo.
das suas actividades através de subsididrias, empreendi- Membros intimos da familia: de um individuo sêo aague-
mentos conjuntos e associadas. Nestas circunstências, a les membros da familia gue se espera due influenciem,

139
7 Normas Contabilisticas e de Rielata Financeiro — NCRF S SNC EXPLICADO s|

ou sejam influenciados por esse individuo nos seus nego- lucros e bonus (se pagaêveis num periodo de doze
cios com a entidade. Podem incluir: meses apês o fim do periodo) e beneficios nag
a) O cênjuge ou pessoa com analoga relacao de afec- monetêrios (tais como cuidados médicos, habita-
tividade e os filhos do individuo; Cêo, autom@veis & bens ou servicos gratuitos ou
subsidiados);
b) Filhos do cénjuge ou de pessoa com andloga rela-
cao de afectividade; e D) Beneficios pés-emprego tais como pensêes, outros
beneficios de reforma, seguro de vida pés-emprego
c) Dependentes do individuo, do cênjuge ou de pes-
e Cuidados médicos pos-emprego;
soa com analoga relacao de afectividade.
Cc) Outros beneficios de longo prazo dos empregados,
Parte relacionada: uma parte estê relacionada com
incluindo licenca por anos de servico ou licenca
uma entidade se:
sabatica, jubilacêo ou outros beneficios por anos
a) Directa ou indirectamente através de um ou mais de servico, beneficios de invalidez de longo prazo
intermediërios, a parte: e, se nêo forem pagaveis na totalidade num periodo
i) Controlar, for controlada por ou estiver sob o de doze meses ap6s o final do periodo, participa-
controlo comum da entidade (isto inclui relacio- G&o nos lucros, béNus e remuneragao diferida;
namentos entre empresas-mae e subsidiërias e d) Benelficios por cessacao de emprego:e
entre subsidiërias da mesma empresa-mêe);
e) Pagamento com base em acc6es.
ii) Tiver um interesse na entidade ague Ine confira
influência significativa sobre a mesma; ou Transaceao com partes relacionadas: é uma transfe-
iii) Tiver um controlo conjunto sobre a entidade; rência de recursos, servicos ou obrigac6es entre partes
relacionadas, independentemente de haver ou nao um
D) A parte for uma associada ou um empreendimento
débito de preco.
coNjuNto em gue a entidade seja um empreendedor
(ver NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos 9 — Ao considerar cada possivel relacionamento com
Conjuntos e Investimentos em Associadas); partes relacionadas, deve prestar-se atenc&o para a
Cc) A parte for membro do pessoal-chave da gestêo da substência do relacionamento e nêo meramente para a
entidade ou da sua empresa-mae; forma legal.

d) A parte for membro intimo da familia de aualguer 10 — No contexto desta Norma, nêo sêo necessaria-
individuo referido nas alineas a) ou c); mente partes relacionadas as seguintes:
e) A parte for uma entidade sobre a agual aualguer a) Duas entidades simplesmente por terem um admi-
individuo referido nas alineas c) ou d) exerce con- nistrador ou outro membro do pessoal-chave da
trolo, controlo conjunto ou influência significativa, ou gestao em comum, nao obstante as alineas co) e 8)
ague possui, directa ou indirectamente, um significa- da definicêo de sparte relacionadav;
tivo poder de voto; ou b) Dois empreendedores simplesmente por partilha-
f) A parte for um plano de beneficios p6s-emprego rem o controlo conjunto sobre um empreendimento
para beneficio dos empregados da entidade, ou de CONJUNLE;
agualguer entidade aue seja uma parte relacionada Cc) As seguintes entidades:
dessa entidade. i) Entidades aue proporcionam financiamentos;
Pessoal-chave de gestêo: sê0 as pessoas due têm ii) Sindicatos;
autoridade e responsabilidade pelo planeamento, direc- iii) Empresas de servicos publicos; e
iv) Departamentos e agências governamentais
Cê&0 e controlo das actividades da entidade, directa ou
indirectamente, incluindo aualguer administrador (exe- (estatais); simplesmente em virtude dos seus
Cutivo ou outro) dessa entidade. negocios normais com uma entidade (embora
possam afectar a liberdade de accao de uma
Remuneracao: inclui todos os beneficios dos emprega- entidade ou participar no seu processo de
dos. Os beneficios dos empregados so todas as formas tomada de decis6es);e
de retribuicao paga, a pagar ou proporcionada pela enti-
d) Um cliente, formecedor, franchisador, distribuidor ou
dade, ou em nome da entidade, em troca de servicos pres-
agente geral com auem uma entidade transaccione
lados & entidade. Também inclui as retribuicées pagas em
um volume significativo de negécios meramente em
nome da empresa-mêe da entidade com respeito aos servi-
virtude da dependência econémica resultante.
COS prestados & entidade. A remuneracao inclui:
a) Beneficios de curto prazo de empregados no
activo, tais como ordenados, salêrios e contribui- Divulgatëo (parêgrafos 11 a 17)
COes para a seguranca social, licenca anual pagae 11 — Os relacionamentos entre empresas-mae e subsi-
pagamento de baixa por doenca, participacao nos diërias devem ser divulgados independentemente de ter

140
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 5/8
SNC EXPLICADO

havido ou nao transacc6es entre essas partes relaciona- e) transferências de pesauisa e desenvolvimento;
das. Uma entidade deve divulgar o nome da empresa- f) Transferências segundo acordos de licencas;
mêe imediata e, se for diferente, o nome da empresa- go) Transferências segundo acordos financeiros
mae controladora final. Se nem a empresa-mêe (incluindo empréstimos e contribuic6es de capital
imediata da entidade nem a empresa-mae controladora em dinheiro ou em espêcie);
final produzirem demonstracées financeiras disponiveis h) Prestacao de aualaguer tipo de garantia; e
para uso publico, deve tambeêm ser divulgado o nome j) Liguidacêo de passivos em nome da entidade ou
da empresa-mêe intermédia superior seguinte due as pela entidade em nome de outra parte.
produza.
16 — As divulgacêes de aue as transacc6es com par-
12 — Uma entidade deve divulgar a remuneracao do tes relacionadas foram feitas em termos eguivalentes
pessoal-chave da gestao no total e para cada uma das aos gue prevalecem nas transacées em dgue néo existe
seguintes categorias: relacionamento entre as partes sêo feitas apenas se
a) Beneficios de curto prazo dos empregados; esses termos puderem ser fundamentados.
D) Beneficios pés-emprego; 17 — Os itens de natureza semelhante podem ser divul-
c) Outros beneticios de longo prazo; gados agregadamente, excepto guando divulgacoes
d) Beneficios por cessaGao de emprego; e separadas forem necessêrias para a compreensao dos
efeitos das transaccées com partes relacionadas nas
e) Pagamento com base em acG6es.
dernonstracêes financeiras da entidade.
13 — Se tiver havido transaccêes entre partes relacio-
nadas, uma entidade deve divulgar a natureza do rela- Data de eficdria (parêgrafo 18)
cionamento com as partes relacionadas, assim como
18 — Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
informacao sobre as transacc6es e saldos pendentes,
necessêria para a compreensêo do potencial efeito do periodos com inicio em ou apês 1 de Janeiro de 2010.
relacionamento nas demonstracêes financeiras. No
minimo, as divulgag6es devem incluir:
a) A guantia das transacc6es;
b) A guantia dos saldos pendentes;
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
c) Ajustamentos de dividas de cobranca duvidosa rela-
FINANCEIRO 6
cionados com a guantia dos saldos pendentes; e
ACTIVOS INTANGIVEIS
d) Os gastos reconhecidos durante o periodo a res-
peito de dividas incobrêveis ou de cobranca duvi- Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
dosa de partes relacionadas. por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 38 —
Activos Intangiveis, adoptada pelo texto original do
14 — As divulgag6es exigidas no parêgrafo 13 devem Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de
ser feitas separadamente para cada uma das seguintes Novembro.
Categorias:
Sempre gue na presente norma existam remissoes
a) A empresa-mae;
para as normas internacionais de Contabilidade, entende
b) Entidades com controlo conjunto ou influência signi- -se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro-
ficativa sobre a entidade;
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
Cc) Subsididrias; Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
d) Associadas; conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
e) Empreendimentos conjuntos nos duais a entidade n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
seja um empreendedor;
f) Pessoal-chave da gestêo da entidade ou da res- Objectivo (parêgrafo 1)
pectiva entidade-mêe; e
g) Outras partes relacionadas. 1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
Financeiro é o de prescrever o tratamento de activos
15 - Seguem-se exemplos de transaccoes due Sao intangiveis aue nao sejam especificamente tratados nou-
divulgadas se forem feitas com uma parte relacionada: tras Normas. Esta Norma exige gue uma entidade reco-
a) Compras ou vendas de bens (acabados ou nao nheca um activo intangivel se, e apenas se, Critérios
acabados); especificados forem satisfeitos. A Norma também espe-
b) Compras ou vendas de propriedades e outros activos; cifica Como mensurar a guantia escriturada de activos
Cc) Prestac&o ou recepGao de servicos; intangiveis e exige divulgacêes especificadas acerca de
d) Locacoes; activos intangiveis.

141
SNC EXPLICADD
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira — NCAF 6

maauina-ferramenta controlada por computador gue n&o


Ambito (parêgrafos 2a 7) funcione sem esse software especifico é uma parte inte-
9. Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao de grante do eauipamento respectivo e é tratado como
activos intanglveis, excepto: activo fixo tangivel. O mesmo se aplica ao sistema ope-
a) Activos intangiveis aue se encontrem no Ambito de rativo de um computador. Ouando o software nao for
outra Norma; uma parte integrante do hardware respectivo, o software
de computador é tratado como um activo intangivel.
b) Activos financeiros, tal como delfinidos na LAS 39 - Ins-
trumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuracêo; 5 — Esta Norma aplica-se, entre outras coisas, a dispên-
c) O reconhecimento e mensuracao de activos de dios com publicidade, formacao, arranague e actividades
exploracêo e avaliagêo (ver a NCRF 16 — Explora- de pesauisa e desenvolvimento. As actividades de pes-
CêO e Avaliacao de Recursos Minerais) e auisa e desenvolvimento destinam-se ao desenvolvi-
d) Dispêndios com o desenvolvimento e extraccao de mento de conhecimentos. Por isso, se bem due estas
minérios, petréleo, gas natural e recursos nao rege- actividades possam resultar num activo com substência
nerativos semelhantes. fisica (por exemplo, num prototipo), o elemento fisico do
activo é secundario em relacao ao seu componente
3 — Se uma outra Norma prescrever a contabilizacao intangivel, i.e, o conhecimento incorporado no mesmo.
de um tipo especifico de activo intanglvel, uma entidade
aplica essa Norma em vez desta. Por exemplo, esta 6 — No caso de uma locacëo financeira, o activo subja-
Norma nao se aplica a: Cente pode ser tangivel ou intangivel. Ap6s o reconheci-
mento inicial, um locatêrio contabiliza um activo intangf-
a) Activos intangiveis detidos por uma entidade para
vel, detido sob uma locacêo financeira, de acordo com
venda no decurso ordinêrio da actividade empresarial
esta Norma. Os direitos protegidos por acordos de licen-
(ver a NCRF 18 - Inventêrios e a NCRF 19 — Contratos
ciamento de itens tais como filmes, videos, pecas de
de Construcao);
teatro, manuscritos, patentes e copyrightis sêao excluidos
b) Activos por impostos diferidos (ver NCRF 25 —- Impos- do &Ambito da NCRF 9 - Locacêes e caem dentro do
tos sobre o Rendimento); Ambito desta Norma.
c) Locac6es due estejam dentro do aAmbito da NCRF 9-
1 - As exclusêes do Ambito de uma Norma podem
Locac6es;
ocorrer se as actividades ou transaccêes forem to espe-
d) Activos provenientes de beneficios de empregados; cializadas ague déêem origem a auestêes contabilisticas
e) Activos financeiros tal como definidos na lAS 39 - Ins- ague podem necessitar de ser tratadas de uma maneira
trumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensura- diferente. Tais guest6es surgem na contabilizacao dos
cê0, bem como activos financeiros cujo reconheci- dispêndios com a exploracao de, ou desenvolvimento e
mento e mensurac&o sejam tratados na NCRF 13 — extraccëo de, petréleo, gas e depêsitos minerais em
Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investi- industrias extractivas e no caso de contratos de seguros.
mentos em Associadas e na NCRF 15 - Investimen- Por isso, esta Norma nêo se aplica a dispêndios com tais
tos em Subsidiërias e Consolidacao; actividades e contratos. Porêm, esta Norma aplica-se a
f) Goodwill adauirido numa concentracao de activida- outros activos intangiveis usados (tais como software de
des empresariais (ver a NCRF 14 - Concentracées computador), e a outros dispêndios incorridos (tais como
de Actividades Empresariais); Custos de arranaue), em industrias extractivas.
g) Activos intangiveis nêo correntes classificados
COmDo detidos para venda (ou incluidos num grupo Definicdes (pardgrafos 8 a 17)
para alienac&o due esteja classificado como detido
8 — Os termos ague se seguem sao usados nesta
para venda), de acordo com a NCRF 8 — Activos
Norma com os significados especificados:
Nao Correntes Detidos para Venda e Unidades
Operacionais Descontinuadas. Activo: é um recurso:
4 — Alguns activos intangiveis podem estar contidos a) Controlado por uma entidade como resultado de
numa substência fisica tal como um disco compacto (no acontecimentos passados; e
caso de software de computadores), documentacêo b) Do aual se espera ague fluam beneffcios econdmi-
legal (no caso de uma licenca ou patente) ou filme. Ao cos futuros para a entidade.
determinar se um activo gue incorpore tanto elementos
Activo intangivel: é um activo nao monetêrio identificê-
intangiveis como tangiveis deve ser tratado segundo a
vel sem substência fisica.
NCRF 7 — Activos Fixos Tanglveis ou como um activo
intangivel segundo esta Norma, a entidade usa o seu Activos monetêrios: sao0 dinheiros detidos e activos a
juizo de valor para avaliar gual o elemento mais signifi- ser recebidos em auantias fixadas ou determindveis de
cativo. Por exemplo, o software de computador de uma dinheiro.
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 6

Amortizacao: é a imputacao sistematica da guantia Valor residual: de um activo é a guantia estimada ague
depreciével de um activo intangivel durante a sua vida uil. uma entidade obteria correntemente pela alienacao de
um activo, apês deducêo dos custos de alienacao esti-
Custo: é a auantia de caixa ou seus eguivalentes paga
mados, se o activo jê tivesse a idade e as condicêes
ou o justo valor de outra retribuicéo dada para adauirir
esperadas no final da sua vida Uil.
um activo no momento da sua aduisicao ou construcao,
ou, guando aplicêvel, a guantia atribuida a esse activo Vida util: é:
aguando do reconhecimento inicial de acordo com os a) O periodo durante o gual uma entidade espera due
reguisitos especificos de outras NCRF. um activo esteja disponivel para uSo; ou
Data de acordo: é a data em due um acordo substan- b) O nimero de unidades de producao ou similares
tivo entre as partes concentradas é alcancado e, no ague uma entidade espera obter do activo.
caso de entidades publicamente cotadas, anunciado ao
publico. No caso de uma Oferta Publica de Aguisicao Activos intangiveis (pardgrafos 9a 17)
(OPA) hostil, a data mais recente em aue um acordo 9 - As entidades gastam com freguência recursos, Ou
substantivo entre as partes concentradas é celebrado é incorrem em passivos, pela aauisicêo, desenvolvimento,
a data em ague um numero suficiente dos proprietêrios manutencao ou melhoria de recursos intangiveis tais
da adauirida aceitou a oferta do adauirente para aue COmMO conNhecimentos cientificos ou técnicos, concepoao
este obtenha o controlo sobre a adauirida, e implementacao de novos processos ou sistemas,
Desenvolvimento: é a aplicacêo das descobertas deri- licengas, propriedade intelectual, conhecimento de mer-
vadas da pesauisa ou de outros conhecimentos a um cado e marcas e objectivos comerciais (incluindo nomes
plano ou concepcao para a producao de materiais, Ccomerciais e titulos de publicac6es). Exemplos comuns
mecanismos, aparelhos, processos, sistemas ou servi- de itens englobados nestes grupos sêo o software de
GOS, NOVvoS ou substancialmente melhorados, antes do computadores, patentes, copyrights, filmes, listas de
inicio da producêo comercial ou uSo. clientes, direitos de hipotecas, licencas de pesca, duo-
tas de importagao, franchises, relacionamentos com
Justo valor: é a guantia pela gual um activo pode ser clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes, aguota
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
de mercado e direitos de comercializacao.
doras e dispostas a isso, numa transaccêo em aue nao
@xista relacionamento entre elas. 10 — Nem todos os itens descritos no par&grafo 9 satisfa-
zem a definic&o de um activo intangivel, i.e. identificabili-
Mercado activo: é um mercado no agual se verifiguem dade, controlo sobre um recurso e existência de beneli-
todas as condic6es seguintes: Cios ecoNGMICos futuros. Se um item aue esteja dentro do
a) os itens negociados no mercado sêo homogeneos; Ambito desta Norma nêo satisfizer a definicëo de um aclivo
b) podem ser encontrados em aualauer momento intangivel, o dispêndio para o adauirir ou gerar interna-
compradores e vendedores dispostos a comprar e mente é reconhecido como um gasto guando for incorrido.
vender;e Porém, se o item for adauirido numa concentraca&o de acti-
vidades empresariais, faz parte do goodwill reconhecido a
C) os precos estêo disponiveis ao publico.
data da aauisicêo (ver parêgrafo 67).
Perda por imparidade: é o excedente da guantia escri-
turada de um activo, ou de uma unidade geradora de Identificabilidade (pargrafos 11 e 12)
Caixa, em relacë&o & sua guantia recuperaêvel. 11 — A definic&o de um activo intanglivel exige aue o
Pesauisa: é a investigacêao original e planeada levada mesmo seja identificêvel para o distinguir do goodwill. O
a efeito com a perspectiva de obter novos conhecimen- goodwill adauirido numa concentracao de actividades
tos cientificos ou técnicos. empresariais representa um pagamento feito pelo
adauirente em antecipac&o de beneficios econémicos
Ouantia deprecidvel: é o custo de um activo ou outra
futuros de activos aue nêao sejam capazes de ser indivi-
aguantia substituta do custo, menos o seu valor residual. reconheci-
dualmente identificados e separadamente
Ouantia escriturada: é a guantia pela aual um activo ë dos. Os beneficios econémicos futuros podem resultar
reconhecido no Balango, ap6s a deducao de aualguer de sinergias entre os activos identificêveis adauiridos
depreciacao/Jamortizacao acumulada e de perdas por ou de activos gue, individualmente, nao se aualificam
imparidade acumuladas inerentes. para reconhecimento nas demonstrac6es financeiras
mas pelos auais o adauirente estê preparado para fazer
Valor especifico para a entidade: é o valor presente
um pagamento na concentracao de actividades empre-
dos fluxos de caixa gue uma entidade espera due resul-
sariais.
tem do uso continuado de um activo e da sua alienagêo
no final da sua vida Gtil ou em due espera incorrer ao 12 — Um activo satisfaz o critério da identificabilidade
liguidar um passivo. na definicêo de um activo intangivel guando:

143
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiroa —- NCRF 6

a) For separêvel, je. capaz de ser separado ou divi- fidelizac&o dos clientes para gue tais itens (por exemplo,
dido da entidade e vendido, transferido, licenciado, carteira de clientes, guotas de mercado, relacionamento
alugado ou trocado, seja individualmente ou em com clientes e fidelidade dos clientes) satisfacam a defi-
Conjunto com um contrato, activo ou passivo rela- nicêo de activos intangiveis. Na ausência de direitos
cionado; ou legais para proteger os relacionamentos com os clien-
tes, as transaccêes de troca dos préprios relacionamen-
b) Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos
tos com os clientes ou outros semelhantes (gue nao
legais, guer esses direitos sejam transferiveis auer
sejam como parte de uma concentracëo de actividades
sejam separêveis da entidade ou de outros direitos
empresariais) constituem prova de gue a entidade estê,
e obrigacoes.
nao obstante, capacitada para controlar os beneficios
Controlo (par&grafos 13 a 16) econémicos futuros esperados gue fluam dos relaciona-
mentos com os clientes. Dado gue essas transaccies
13 — Uma entidade controla um activo se tiver o poder de troca também constituem prova de due os relaciona-
de obter beneticios econémicos futuros aue fluam do mentos com os clientes, em si mesmos, SAO separaveis,
recurso subjacente e puder restringir o acesso de outros esses relacionamentos com os clientes satisfazem a
a esses beneficios. A capacidade de uma entidade de definicêo de activo intangivel.
controlar os beneficios econdmicos futuros de um activo
intangivel enrafza-se nos direitos legais aue sejam de Beneficios econémicos futuros (parigrafo 17)
cumprimento forcado por um tribunal. Na ausência de
direitos legais, é mais dificil demonstrar o controlo sobre 17 - Os beneficios econdmicos futuros gue fluam de
o activo. Porêm, o cumprimento legal de um direito nao ê um activo intangivel podem incluir réditos da venda de
uma condicëo necessêria para o controlo poraue uma produtos ou servicos, poupancas de custos, ou outros
entidade pode ser capaz de controlar os beneficios eco- beneficios resultantes do uso do activo pela entidade.
némicos futuros de alguma outra maneira. Por exemplo, o uso da propriedade intelectual num pro-
cesso de producëo pode reduzir os custos de producao
14 - O mercado e o conhecimento técnico podem dar futuros e nêo aumentar os réditos futuros.
origem a beneficios econémicos futuros. Uma entidade
controla esses beneficios se, por exemplo, o conheci-
mento estiver protegido por direitos legais tais como Reconhecimento e mensuracëo (pargrafos 18 a 66)
Copyrights, uma restricê&o de acordos de comêrcio 18 - O reconhecimento de um item como activo intan-
(auando permitido) ou por deveres legais dos emprega- givel exige aue uma entidade demonstre gue o item
dos de manter a confidencialidade. satisfaz:
15 —- Uma entidade pode ter uma eaguipa de pessoal a) A definic&o de um activo intangivel (ver parêgrafos
habilitado e pode ser capaz de identificar capacidades Bal7ke
incrementais do pessoal gue conduzam a beneficios @co- D) Os critérios de reconhecimento (ver paragrafos 21
nOMICos futuros derivados da formacëo. A entidade pode a 23).
também esperar aue o pessoal continue a pêr as suas
Estes reguisitos aplicam-se aos custos incorridos inicial-
Capacidades ao seu dispor. Porém, geralmente uma enti-
mente para adauirir ou gerar intermnamente um activo
dade nêo tem controlo suficiente sobre os beneficios eco-
intangivel e aaueles incorridos posteriormente para adi-
NEmiIcos futuros provenientes de uma eguipa de pessoal
Cionar a, substituir parte de, ou dar assistência ao mesmo.
habilitado e da formaGao para aue estes itens satisfacam
a definicêo de um activo intangivel. Por uma razêo seme- 19 - Os par&grafos 25 a 32 tatam da aplicacêo dos
Ihante, é improvaêvel aue uma gestêo especifica ou um critérios de reconhecimento a activos intangiveis adauiri-
talento técnico satisfaca a definic&o de activo intangivel, a dos separadamente, e os parêgrafos 33 a 42 tratam da
menos gue esteja protegido por direitos legais para usê-lo sua aplicacêo a activos intangiveis adauiridos numa con-
e obter dele os beneficios econémicos futuros esperados Centracao de actividades empresariais. O parêgrafo 43
e gue também satisfaca as outras partes da definicêo. trata da mensuraG&o inicial dos activos intangiveis adaui-
ridos por meio de subsidio governamental, os par&grafos
16 - Uma entidade pode ter uma carteira de clientes
44 a A6 das trocas de activos intangiveis e os parêgrafos
ou uma aguota de mercado e esperar gue, devido aos
47 a A9 do tratamento do goodwill gerado intermamente.
seus esforcos para criar relacionamentos e fidelizar
Os parégrafos 50 a 66 tratam do reconhecimento e men-
Clientes, estes continuar&o a negociar com a empresa.
Surac&0 iniciais dos activos intangiveis gerados interna-
Porém, na ausência de direitos legais para proteger, ou
mente.
de outras formas controlar, o relacionamento com clien-
tes ou a sua fidelidade para com a entidade, esta geral- 20 - A natureza dos activos intangiveis é tal gue, em
mente nêo tem controlo suficiente sobre os beneficios muitos casos, nêo hê adicêes a um tal activo ou substitui-
econébmicos esperados derivados do relacionamento e c6es de parte do mesmo. Em conformidade, é provdvel

144
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 6

gue a maioria dos dispêndios subseguentes mantenham com fiabilidade. Isto é particularmente assim aguando a
os futuros beneficios econbmicos esperados incorpora- retribuicëo de compra for na forma de dinheiro ou outros
dos num activo intangivel existente em vez de correspon- activos monetêrios.
der &a definicao de activo intangivel e aos critêrios de 27 — O custo de um activo intangivel adauirido separa-
reconhecimento nesta Norma. Além disso, é muitas vezes damente compreende:
diticil atribuir os dispêndios subsecuentes directamente a
a) O seu preGo de compra, incluindo os direitos de
um activo intangivel em particular em vez de & empresa
importaGêo e os impostos sobre as compras nao
como um todo. Portanto, apenas raramente os dispên-
reembolsaveis, ap6s deducêo dos descontos
dios subseaguentes - dispêndios incorridos apos o reco-
comerciais e abatimentos; e
nhecimento inicial de um activo intanglvel adauirido ou
ap6s a conclusêo de um activo intangivel gerado interna- b) Oualaguer custo directamente atribuivel de prepara-
mente — ser&o reconhecidos na aguantia escriturada de c&o do activo para o seu uso pretendido.
um activo. Consistentemente com o pardgrafo 62, os dis- 28 — Exemplos de custos directamente atribuiveis sêo:
pêndios subseguentes com marcas, cabecalhos, titulos
a) Custos de beneffcios dos empregados directa-
de publicacêes, listas de clientes e itens substancial-
mente resultantes de levar o activo & sua condicêo
mente semelhantes (sejam comprados externamente ou
de funcionamento;
gerados internamente) sêo sempre reconhecidos nos
resultados como incorridos. Tal acontece poraue um tal b) Honor4rios resultantes directamente de levar o
dispêndio nao pode ser distinguido do dispêndio para activo até & sua condic&o de funcionamento; e
desenvolver o negécio como um todo. Cc) Custos de testes para concluir se o activo funciona
correctamente.
21 - Um activo intangivel deve ser reconhecido se, e
apenas se: 29 — Exemplos de dispêndios gue nao fazem parte do
a) For provével aue os beneficios econémicos futuros Custo de um activo intangivel sêo:
esperados ague sejam atribuiveis ao activo fluam a) Custos de introducêo de um novo produto ou ser-
para a entidade; e vico (incluindo custos de publicidade ou activida-
b) O custo do activo possa ser fiavelmente mensurado. des promocionais);

22 — Uma entidade deve avaliar a probabilidade de D) Custos de conduc&o do negécio numa nova locali-
beneficios econémicos futuros esperados usando pres- zZacao ou com uma nova classe de clientes
(incluindo custos de formacao de pessoal); e
SUpostos razoëveis e sustentêveis gue representem a
melhor estimativa do conjunto de condic6es econéêmicas Cc) Custos de administracêo e outros custos gerais.
aue existir&o durante a vida util do activo.
30 - O reconhecimento de custos na guantia eseritu-
23 — Uma entidade usa o seu juizo de valor para ava- rada de um activo intangivel cessa guando o activo esti-
lier o grau de certeza ligado ao fluxo de beneficios eco- ver na condicao necessêria para ser capaz de funcionar
nÊmMICos futuros aue sejam atribuiveis ao Uso do activo da forma pretendida. Assim sendo, os custos incorridos
na base da evidência disponivel no momento do reco- na utilizacao ou reinstalac&o de um activo intangivel nao
nhecimento inicial, dando maior peso & evidência sêo incluidos na guantia escriturada desse activo. Por
externa. exemplo, os custos seguintes nêo sêo incluidos na
inicial- guantia escriturada de um activo intangivel:
24 — Um activo intangivel deve ser mensurado
mente pelo seu custo. a) Os custos incorridos enguanto um activo capaz de
funcionar da forma pretendida ainda esteja para ser
Aguisicao separada (pargrafos 25 a 32) colocado em uso; e
25 — Normalmente, o preco gue uma entidade paga b) Perdas operacionais iniciais, tais como as incorri-
das enguanto cresce a procura da producëo do
para adauirir separadamente um activo intangivel
reflecte as expectativas acerca da probabilidade de gue activo.
os beneficios econémicos futuros esperados incorpora- 31 - Algumas operac6es ocorrem em ligacao com o
dos no activo irao fluir para a entidade. Por outras pala- desenvolvimento de um activo intangivel, mas nao sêo
vras, o efeito da probabilidade é reflectido no custo do indispensaveis para colocar o activo na condicao neces-
activo. Assim, o critério de reconhecimento da probabili- sêria para gue seja capaz de funcionar da forma preten-
dade no par&grafo 21 a) é sempre considerado como dida. Estas operagêes inerentes podem ocorrer antes ou
estando satisfeito para activos intangiveis adauiridos durante as actividades desenvolvimento. Dado due as
separadamente. operacëes inerentes nêo sêo indispensêveis para colo-
26 — Alêm disso, o custo de um activo intangivel adaui- car Um activo na condicao necessêria para due seja
rido separadamente pode normalmente ser mensurado capaz de funcionar da forma pretendida, o rendimento e

SNCE-10
7 Normas Comtabilisticas e da Relato Financeiro —- NCRF 6
SNC EXPLICADO

os gastos relacionados de operacoes inerentes sêO para as estimativas usadas para mensurar o justo valor
reconhecidos imediatamente nos resultados e incluidos de um activo intangivel, existir uma sêrie de possiveis
nas respectivas classificacées de rendimento ou gasto. desfechos com diferentes probabilidades, essa incer-
teza entra na mensuracêo do justo valor do activo, em
32 — Se o pagamento de um activo intangivel for dife- vez de demonstrar uma incapacidade de mensurar fia-
rido para além do prazo normal de crédito, o seu custo Ë velmente o justo valor. Se um activo intangivel adguirido
o eguivalente ao prego a dinheiro. A diferenca entre esta numa Eoncentracëo de actividades empresariais tiver
auantia e os pagamentos totais é reconhecida como
uma vida uti finita, existe o pressuposto refutavel de gue
gasto de juros durante o periodo do crédito a nêo ser gue o seu justo valor possa ser mensurado com fiabilidade.
seja capitalizada de acordo com o tratamento de capitali-
Zacao permitido na NCRF 10 — Custos de Empréstimos 36 - Um activo intangivel adauirido numa concentra-
Obtidos. G&o de actividades empresariais pode ser separavel,
mas apenas em conjunto com um activo tangivel ou
Aguisic&0 como parte de uma concentracdo de activida- intangivel relacionado. Por exemplo, o titulo de publica-
des empresariais (par&grafos 33 a 42) C&0 de uma revista pode nao estar em condicêes de ser
vendido separadamente da respectiva base de dados
33 — De acordo com a NCRF 14 — Concentrac6es de de assinantes, ou uma marca comercial de &gua mineral
Actividades Empresariais, se um activo intangivel for pode estar relacionada com uma determinada fonte e
adauirido numa concentracêo de actividades empresa-
nao ser possivel vendé-la separadamente da fonte. Nes-
riais, o custo desse activo intangivel é o seu justo valor a
ses casos, 0 adauirente reconhece o grupo de activos
data da aguisic&o. O justo valor de um activo intangivel COmMo um Unico activo separadamente do goodwill se os
reflecte as expectativas do mercado relativas & probabi-
justos valores individuais dos activos do grupo nao
lidade de gue os beneficios econémicos futuros incorpo-
forem fiavelmente mensuraveis.
rados no activo fluam para a entidade. Por outras pala-
vras, o efeito da probabilidade é reflectido na 37 - Da mesma forma, os termos "marca” e “nome de
mensuracêo do justo valor do activo intangivel. Assim, o marca" sê&o muitas vezes usados como sinénimos para
critério de reconhecimento da probabilidade no parê- marcas comerciais & outras marcas. Contudo, os primeli-
grafo 21 a) é sempre considerado como estando satis- ros sêo termos gerais de marketing due sêo tipicamente
feito para activos intangiveis adauiridos em concentra- usados para referir um grupo de activos complementares
cOes de actividades empresariais. tais Como uma marca comercial (ou marca de servico) e
Oo seu nome comercial relacionado, f6rmulas, receitas e
34 — Portanto, de acordo com esta Norma e com a
especializacêo tecnolégica. O adauirente reconhece
NCRF 14 — Concentrac6es de Actividades Empresariais,
CoMo activo Gnico Um grupo de activos intangiveis Com-
um adauirente reconhece na data da aauisicêo, separa-
plementares gue compreenda uma marca se os justos
damente do gocdwill, um activo intangivel da adduirida
valores individuais dos activos complementares nao
se o justo valor do activo puder ser fiavelmente mensu-
forem fiavelmente mensurdveis. Se os justos valores indi-
rado, independentemente de o activo ter sido reconhe-
viduais dos activos complementares forem fiavelmente
cido pela adauirida antes da concentracêo de activida-
mensuraveis, um adauirente pode reconhecë-los como
des empresariais. Isto significa gue o adauirente
um activo unico desde aue os activos individuais tenham
reconhece como um activo, separadamente do goodwill,
vidas uteis semelhantes.
um projecto de pesauisa e desenvolvimento em Curso
da adauirida caso o projecto corresponda & definicao de 38 — As Unicas circunstências em aue pode nao ser
activo intangivel e o seu justo valor possa ser fiavel- possivel mensurar fiavelmente o justo valor de um activo
mente mensurado. Um projecto de pesauisa e desenvol- intangivel adauirido numa concentracao de actvidades
vimento em curso de uma adauirida corresponde a& defi- empresariais sêo guando o activo intangivel resultar de
nicêo de activo intangivel guando: direitos contratuais ou de outros direitos legais e ou:
a) Corresponda & definicao de activo: e a) Naêo for separêvel; ou
b) Seja identificêvel, ie. separêvel, ou decorra de b) For separével, mas nêo houver histéria ou evidência
direitos contratuais ou outros direitos legais. de transaccêes de troca para os mesmos activos
ou semelhantes, e a estimativa de outra forma do
Mensuracao do justo valor de um activo intangivel adguirido justo valor estar dependente de variëveis nêo men-
numa concentracao de actividades empresariais Surdveis.
(parêgrafos 35 a 40)
39 — Os precos de cotagêo, num mercado activo, pro-
35 - O justo valor de activos intangiveis adauiridos em porcionam a estimativa mais fidvel do justo valor de um
concentragdes de actividades empresariais pode nor- activo intangivel (ver também o par&grafo 77). O preco
malmente ser mensurado com fiabilidade suficiente para de mercado apropriado é geralmente o preGo corrente
ser reconhecido separadamente do goodwill. Ouando, de oferta. Se os precos correntes de oferta nêo estiverem

146
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 6

disponiveis, o preco da transaccao semelhante mais entidade pode escolher reconhecer inicialmente pelo
recente pode proporcionar um critêrio a partir do aual se justo valor tanto o activo intangivel como o subsidio. Se
pode estimar o justo valor, desde aue nêo tenha havido uma entidade escolher nêo reconhecer o activo inicial-
uma alteracëo significativa nas circunstências econêmi- mente pelo justo valor, a entidade reconhece inicial-
cas entre a data da transaccêo e a data & gual o justo mente o activo por uma aguantia nominal (o outro trata-
valor do activo seja estimado. mento permitido pela NCRF 22) mais gualguer dispêndio
ague seja directamente atribuivel para preparar o activo
A0 - Se nêo existir mercado activo para um activo
para o seu uso pretendido.
intangivel, o seu justo valor é a aguantia gue a entidade
teria de pagar, & data da aauisicêao, pelo activo numa Troca de activos (parêgrafos 44 a 46)
transacoëo entre partes conhecedoras nêo relacionadas
e dispostas a isso, com base na melhor informac&o dis- 44 — Um ou mais activos intangiveis podem ser adaui-
ponivel. Ao determinar esta guantia, uma entidade consi- ridos em troca de um activo ou activos nao monetarios,
dera o desfecho de transaccêes recentes de activos ou de uma combinacêc de activos monet4rios e nao
semelhantes. monetdrios. Esta aguestêo refere-se simplesmente a
uma troca de um activo nao monetêrio por outro, mas
Dispêndio subseguente num projecto de pesguisa e desen- também se aplica a todas as trocas descritas na frase
volvimento em curso adguirido (pardgrafos 41 e 42) anterior. O custo de tal activo intangivel é mensurado
pelo justo valor a nêo ser gue (a) a transacgao da troca
A1 — O dispêndio com pesauisa e desenvolvimento gue: careca de substência comercial ou (b) nem o justo
a) Se relacione com um projecto de pesauisa ou valor do activo recebido nem o justo valor do activo
desenvolvimento em curso adauirido separadamente cedido sejam fiavelmente mensurêveis. O activo adaui-
Ou Nnuma concentracêo de actividades empresariais rido é mensurado desta forma mesmo due uma enti-
e reconhecido como activo intangivel; e dade nêo possa imediatamente desreconhecer o activo
b) Seja incorrido ap6s a aguisicao desse projecto cedido. Se o activo adauirido nao for mensurado pelo
deve ser contabilizado de acordo com os parêgra- justo valor, o seu custo é mensurado pela guantia
fos 53 a 61. escriturada do activo cedido.
42 — A aplicacêo dos reguisitos dos parêgrafos 53 a 61 45 — Uma entidade determina se uma transaccao de
significa gue o dispêndio subseguente num projecto de troca tem substência comercial considerando a exten-
pesauisa ou investigacêo em curso adauirido separada- $&0 em ague espera gue os seus futuros flyuxos de caixa
mente ou numa concentracëo de actividades empresa- sejam alterados como resultado da transaccao. Uma
riais e reconhecido como activo intangivel é: transaccêo de troca tem substência comercial se:

a) Reconhecido como um gasto guando incorrido se a) A configuragëo (i.e. risco, tempestividade e auan-
for dispêndio de pesauisa; tia) dos fluxos de caixa do activo recebido diferir da
configuracao dos fluxos de caixa do activo transfe-
D) Reconhecido como um gasto guando incorrido se
rido; ou
for dispêndio de desenvolvimento due nao satisfaca
Os critërios de reconhecimento como activo intangi- b) O valor especifico para a entidade relativo a& parte
vel do parégrafo 56; e das operag6es da entidade afectada pela transac-
G&0 se altera como resultado da troca; e
c) Adicionado & aguantia escriturada do projecto de
c) A diferenca identificada na alinea a) ou na b) for
pesauisa ou desenvolvimento em curso adauirido
se for dispêndio de desenvolvimento gue satisfaca significativa em relac&o ao justo valor dos activos
os critérios de reconhecimento do par&grafo 56. trocados.
Para a finalidade de determinar se uma transaccao de
Aguisica0 por meio de um subsidio do Governo troca tem substência comercial, o valor especifico para a
(parêgrafo 43) entidade relativo & parte das operacêes da entidade afec-
tada pela transaccê&o deve reflectir os fluxos de caixa apos
43 — Em alguns casos, um activo intangivel pode ser
impostos. O resultado destas andlises pode ser claro sem
adauirido livre de encargos, ou por retribuicao nominal,
aue uma entidade tenha de efectuar calculos detalhados.
por meio de um subsidio do Governo. Isto pode aconte-
cer guando um Governo transferir ou imputar a uma enti- 46 - O par&grafo 21 b) especifica aue uma condicao
dade activos intangiveis tais como direitos de aterragem para o reconhecimento de um activo intangivel ê gue o
em aeroportos, licencas para operar estagoes de radio custo do activo possa ser fiavelmente mensurado. O
ou de televisêo, licencas de importacëo ou auotas ou justo valor de um activo intangivel para o gual nêo exis-
direitos para aceder a outros recursos restritos. De tam transacc6es de mercado comparêveis é fiavelmente
acordo com a NCRF 22 - Contabilizacao dos Subsidios mensurêvel se (a) a variabilidade no intervalo de estima-
do Governo e Divulgacéo de Apoios do Governo, uma tivas razoëveis do justo valor nao for significativa para

147
SNC EXPLICADO
Financelro - NCRF 6
7 Normas Contabilisticas 8 de Relato

das vêrias estimati- Se bem gue os termos "pesauisa”" e "desenvolvimento”


esse activo ou (b) as probabilidades estejam definidos, os termos "fase de pesduisa” e “fase
razoavelmente ava-
vas dentro do intervalo possam ser
valor. Se uma enti- de desenvolvimento" téëm um sentido mais amplo para a
ladas e usadas para estimar o juslo finalidade desta Norma.
dade for capaz de determinar com fiabilidade o justo
do activo cedido,
valor tanto do activo recebido como 52 — Se uma entidade n4o puder distinguir a fase de
usado para men-
entao o justo valor do activo cedido é pesauisa da fase de desenvolvimento num projecto
do activo rece-
surar o custo a néo ser due o justo valor interno para criar um activo intangivel, a entidade trata o
bido seja mais claramente evidente. dispêndio nesse projecto como se fosse incorrido
somente na fase da pesauisa.
Goodwill gerado internamente (paragrafos 47 a 49)
A7 — O goodwill gerado internamente nao deve ser Fase de pesguisa (paragrafos 53 a 55)
reconhecido como um activo. 53 — Nenhum activo intangivel proveniente de pes-
48 — Em alguns casos, é incorrido dispêndio para gerar auisa (ou da fase de pesauisa de um projecto interno)
beneficios econémicos futuros, mas isso nao resulta na deve ser reconhecido. O dispêndio com pesauisa (ou da
criagëo de um activo intangivel aue satisfaca os critêrios fase de pesauisa de um projecto interno) deve ser reco-
de reconhecimento desta Norma. Tal dispêndio é muitas nhecido como um gasto guando for incorrido.
vezes descrito como contribuindo para o goodwill gerado 54 — Na fase de pesauisa de um projecto interno, uma
internamente. O goodwill gerado internamente nêo ê
entidade nao pode demonstrar gue existe um activo
reconhecido como activo poraue nêo é um recurso iden-
intangivel aue irê gerar beneficios econ6micos futuros
tificavel (ie. nao é separdvel nem resulta de direitos con-
provêveis. Por isso, este dispêndio é reconhecido como
tratuais ou de outros direitos legais) controlado pela enti-
um gasto auando for incorrido.
dade aue possa ser fiavelmente mensurado pelo custo.
55 - Exemplos de actividades de pesauisa sê:
49 — As diferencas entre o valor de mercado de uma
entidade e a aguantia escriturada dos seus activos liaui- a) Actividades visando a obtencao de novos conheci-
dos identificêveis em agualauer momento podem captar mentos;
uma série de factores aue afectem o valor da entidade. b) A procura de, avaliacëo e seleccëo final de, aplica-
Contudo, tais diferencas n&o representam o custo dos cOes das descobertas de pesauisa ou de outros
activos intangiveis controlados pela entidade. conhecimentos;
c) A procura de alternativas para materiais, aparelhos,
Activos intangiveis gerados internamente produtos, processos, sistemas ou servicos; e
(paragrafos 50 a 66)
d) A formulagêo, concepcëo, avaliacao e seleccêo final
50 — Por vezes, é dificil avaliar se um activo intangivel de possiveis alternativas de materiais, aparelnos,
gerado intermnamente se aualifica para reconhecimento produtos, processos, sistemas ou servicos novoS ou
por causa de problemas em: melhorados.
a) ldentificar se e guando existe um activo identificê-
vel aue gere beneficios econ6micos futuros espera- Fase de desenvolvimento (parégrafos 56 a 63)
dosie 56 — Um activo intangivel proveniente de desenvolvi-
b) Determinar fiavelmente o custo do activo, Em mento (ou da fase de desenvolvimento de um projecto
alguns casos, o custo de gerar internamente um interno) deve ser reconhecido se, e apenas se, uma enti-
activo intangivel nao pode ser distinguido do custo dade puder demonstrar tudo o gue se segue:
de manter ou aumentar o goodwill da entidade
a) A viabilidade técnica de concluir o activo intangivel
gerado internamente ou do decorrer operacional do afim de gue o mesmo esteja disponivel para uso ou
dia-a-dia.
venda;
Por isso, além de se conformar com os reguisitos b) A sua intenc&o de concluir o activo intangivel e usê-
gerais do reconhecimento e mensuracao inicial de um -lo ou vendê-lo;
activo intangivel, uma entidade aplica os reguisitos e c) A sua capacidade de usar ou vender o activo intan-
orientacao dos parêgrafos 51 a 66 a todos os activos
givel;
intangiveis gerados internamente.
d) A forma como o activo intangivel gerarê provaveis
51 - Para avaliar se um activo intangivel gerado inter- beneficios econémicos futuros. Entre outras coisas,
namente satisfaz os critérios de reconhecimento, uma a entidade pode demonstrar a existência de um
entidade classifica a formacao do activo em: mercado para a producao do activo intangivel ou
a) uma fase de pesauisa: e para o préprio activo intangivel ou, se for para ser
b) uma fase de desenvolvimento. usado internamente, a utilidade do activo intangivel;

148
SNE EXPLICADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relata Financeira —- NCRF 6

e) A disponibilidade de adeguados recursos têcnicos, 63 - Dispêndios com marcas, cabecalhos, titulos de


financeiros e outros para concluir o desenvolvi- publicacëes, listas de clientes e itens semelhantes em
mento e usar ou vender o activo intangivel; substência gerados internamente nêo podem ser distin-
f) A sua capacidade para mensurar fiavelmente o dis- guidos do custo de desenvolver a empresa no seu todo.
pêndio atribuivel ao activo intangivel durante a sua Por isso, tais itens nêo sêo reconhecidos como activos
fase de desenvolvimento. intangiveis.

57 - Na fase de desenvolvimento de um projecto Custo de um activo intangivel gerado internamente


interno, uma entidade pode, nalguns casos, identificar (paragrafos 64 a 66)
um activo intangivel e demonstrar gue o activo gerard
64 - O custo de um activo intangivel gerado interna-
provêveis beneficios econémicos futuros. Tal acontece
mente para a finalidade do par&grafo 24 é a soma dos
porgue a fase de desenvolvimento de um projecto é
dispêndios incorridos desde a data em aue o activo
mais avancada do gue a fase de pesauisa.
intangivel primeiramente satisfaz os critérios de reconhe-
58 - Exemplos das actividades de desenvolvimento cimento dos parêgrafos 21, 22 e 56. O par&grafo 70
SAO: proibe a reposic&o de dispêndio anteriormente reconhe-
a) A concepeao, construcëo e teste de prototipos e cido como um gasto.
modelos de prê-produGë&o ou de pré-uso;
Exemplo ilustrativo do paragrafo 64
b) A concepcao de ferramentas, utensilios, moldes e
Uma entidade estê a desenvolver um novo processo de
suportes envolvendo nova tecnologia;
producao. Durante 2005, os dispêndios incorridos foram
C) A concepeëo, construcëo e operacêo de uma 1000 unidades monetêrias (UM), das aguais 900 UM
f&brica-piloto gue nêo seja de uma escala econo- foram incorridas antes de 1 de Dezembro de 2005 e
mica exeauivel para producao comercial; e 100 UM entre 1 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezem-
d) A concepëo, construcêo e teste de uma alterna- bro de 2005. A entidade é capaz de demonstrar due,
tiva escolhida para materiais, aparelhos, produtos, em 1 de Dezembro de 2005, o processo de producêo
processos, sistemas ou servicos novos ou melho- satisfazia os critérios de reconhecimento como um
rados. activo intangivel. A auantia recuperêvel do know-how
incorporado no processo (incluindo os exfluxos de caixa
59 — Para demonstrar como um activo intangivel gerarê
futuros para concluir o processo antes de ele estar dis-
beneficios econémicos futuros provaveis, uma entidade
ponivel para uso) é estimada em 500 UM.
avalia os futuros beneficios econémicos a serem recebi-
No fim de 2005, o processo de producao é reconhecido
dos do activo usando os principios da NCRF 12 - Impa-
como um activo intangivel por um custo de 100 UM (dis-
ridade de Activos. Se o activo gerar beneficios econêmi-
pêndio incorrido desde a data em ague os critêrios de
COS apenas em combinacao com outros activos, a
reconhecimento foram satisfeitos, isto é, 1 de Dezembro
entidade aplica o conceito de unidades geradoras de
de 2005). O dispêndio de 900 UM incorrido antes de
caixa tal como definido na NCRF 12.
1de Dezembro de 2005 foi reconhecido como um gasto
60 - A disponibilidade de recursos para concluir, usar & poraue os critérios de reconhecimento nao foram satis-
obter os beneficios de um activo intangivel pode ser feitos até 1 de Dezembro de 2005. Este dispêndio nao
demonstrada, por exemplo, por um plano empresarial gue faz parte do processo de producao reconhecido no
mostre os recursos técnicos, financeiros e outros neces- balanco.
sêrios e a capacidade da entidade para assegurar esses Durante 2006, o dispêndio incorrido foi de 2000 UM. No
recursos. Em alguns casos, uma entidade demonstra a fim de 2006, a aguantia recuperdvel de know-how incor-
disponibilidade de financiamento externo pela obtencêo porado no processo (incluindo os exfluxos de caixa futu-
de uma indicacêo do mutuante da sua vontade de finan- ros para concluir o processo antes de estar disponivel
Ciar o plano. para uso) é estimado em 1900 UM.
No fim de 2006, o custo de processo de producao ë
61 — Os sistemas de custeio de uma entidade podem
de 2100 UM (um dispêndio de 100 UM reconhecido no
muitas vezes mensurar com fiabilidade o custo de gerar
fim de 2005 mais dispêndio de 2000 UM reconhecido
internamente um activo intangivel, tais como os ordena-
em 2006). A entidade reconhece uma perda por impa-
dos e outros dispêndios incorridos para assegurar copy-
ridade de 200 UM para ajustar a auantia escriturada
rights ou licencas ou para desenvolver software de com-
do processo antes da perda por imparidade (2100
putadores.
UM) & sua guantia recuperêvel (1900 UM). Esta perda
62 - As marcas, cabecalhos, titulos de publicacêes, por imparidade serê revertida num periodo subse-
listas de clientes e itens substancialmente semelhantes guente se os reauisitos da NCRF 12 - Imparidade de
gerados internamente nao devem ser reconhecidos Activos para a reversêo de uma perda por imparidade
cComo activos intangiveis. forem satisfeitos.

149
7 Narmas Contabilisticas e de Relata Financeiro - NCRF 6 SNC EXPLICADO

65 - O custo de um activo intangivel gerado interna- reconhecido como um gasto guando for incorrido
mente compreende todos os custos directamente atri- incluem:
bulveis necessarios para criar, produzir e preparar o a) Dispêndio com actividades de arrangue (i.@. custos
activo para ser capaz de funcionar da forma pretendida. de arrangue), a nê&o ser gue este dispêndio esteja
Exemplos de custos directamente atribuiveis so: incluido no custo de um item de activo fixo tangivel
a) Os custos dos materiais e servicos usados ou con- de acordo com a NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis.
sumidos ao gerar o activo intangivel; Os custos de arranaue podem consistir em Ccustos
b) Os custos dos beneficios dos empregados associa- de estabelecimento tais como os custos legais ou
dos & formacao do activo intangivel; de secretariado incorridos no estabelecimento de
Cc) As taxas de registo de um direito legal; e uma entidade legal, dispêndios para abrir novas
d) A amortizacê&o de patentes e licencas aue sejam instalac6es ou negbcio (i.e. custos pré-abertura) ou
usadas para gerar o activo intangivel. dispêndios para iniciar novas unidades operacio-
nais ou lancar novos produtos ou processos (je.
A NCRF 10 —- Custos de Empréstimos Obtidos especi-
Custos pré-operacionais);
fica os critérios para o reconhecimento do juro como um
elemento do custo de um activo intangivel gerado inter- D) Dispêndios com actividades de formacao;
namente. c) Dispêndios com actividades de publicidade e pro-
mocionais;
66 — Nêo sêo, porém, componentes do custo de um
activo intangivel gerado internamente: d) Dispêndios com a mudanca de local ou reorganiza-
Co de uma entidade no seu todo ou em parte.
a) Os dispêndios com vendas, gastos administrativos
& outros gastos gerais a menos ague estes dispên- 69 - O par&grafo 67 nêo exclui o reconhecimento de
dios possam ser directamente atribuidos & prepara- um pré-pagamento como um activo guando o paga-
Cê&o do activo para uso; mento pela entrega de bens ou servicos tenha sido feito
b) Ineficiëncias identificadas e perdas operacionais antes da entrega de bens ou da prestacêo de servicos.
iniciais incorridas antes de o activo atingir o desem-
penho planeado; &
Gastos passados a na0 serem reconhecidos como um
activo (pargrafo 70)
Cc) Dispêndios com a iormaGao do pessoal para utilizar
o activo. 70 - O dispêndio com um item intangivel ague tenha
sido inicialmente reconhecido como um gasto nêo deve
ser reconhecido como parte do custo de um activo
Reconhecimento de um gasto (pargrafos 67 a 70)
intangivel em data posterior.
67 - O dispêndio com um item intangivel deve ser
reconhecido como um gasto auando for incorrido a
Mensurac4o apés reconhecimento (par&grafos 71 a 86)
menos ague:
a) Faca parte do custo de um activo intangivel gue 71 - Uma entidade deve escolher ou o modelo de custo
satisfaca os critérios de reconhecimento (ver para- do par&grafo 73 ou o modelo de revalorizacêo do parê-
grafos 18 a 66); ou grafo 74 como sua politica contabilistica. Se um activo
intangivel for contabilizado usando o modelo de revalori-
b) O item seja adauirido numa concentracêo de activida-
Zacao, todos os outros activos da sua classe devem tam-
des empresariais e nêo possa ser reconhecido como
bém ser contabilizados usando o mesmo modelo, a nao
um activo intangivel. Neste caso, o dispêndio (incluido
ser gue nao haja mercado activo para esses activos.
no custo da concentracêo de actividades empresa-
riais) deve fazer parte da guantia atribuida ao goodwill 712 —- Uma classe de activos intangiveis é um agrupa-
& data da aauisicëo (ver a NCRF 14 - Concentracêes mento de activos de natureza e uso semelhantes nas ope-
de Actividades Empresariais). racëes de uma entidade. Os itens de uma classe de acti-
vos intangiveis sêo simultaneamente revalorizados para
68 - Em alguns casos, o dispêndio é incorrido para
evitar revalorizacoes selectivas de activos e o relato de
proporcionar beneficios econémicos futuros a uma enti-
aguantias nas demonstrag6es financeiras due representem
dade, mas nenhum activo intangivel ou outro activo é
uma mistura de custos e de valores em datas diferentes.
adauirido ou criado gue possa ser reconhecido. Nestes
cCasos, o dispêndio é reconhecido como um gasto
Modelo do custo (parêgrafo 73)
aguando for incorrido. Por exemplo, excepto guando
fizer parte do custo de uma concentracêo de activida- 73 — Ap6s o reconhecimento inicial, um activo intangf-
des empresariais, o dispêndio com pesauisa é reco- vel deve ser escriturado pelo seu custo menos gualauer
nhecido como um gasto aguando for incorrido (ver o amortizacêo acumulada e guaisaguer perdas por impari-
parêgrafo 53). Outros exemplos de dispêndio gue seja dade acumuladas.

150
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira - NCRF 6

Modelo de revalorizacdo (paragrafos 74 a 86) 79 - Se um activo intangivel for revalorizado, aualguer


amortizacao acumulada & data da revalorizacao é ou:
14 — Ap6s o reconhecimento inicial, um activo intangivel
deve ser escriturado por uma aguantia revalorizada, gue a) Reexpressa proporcionalmente com a alteracao na
seja o seu justo valor & data da revalorizac&o menos gual- aguantia bruta escriturada do activo de forma a due
aguer amortizacêo acumulada subseaguente e guaisguer a guantia escriturada do activo apês a revaloriza-
perdas por imparidade acumuladas subseguentes. Para a Cao iguale a sua guantia revalorizada; ou
finalidade de revalorizag6es segundo esta Norma, o justo b) Eliminada contra a aguantia bruta escriturada do
valor deve ser determinado com referência a um mercado activo e a guantia liguida reexpressa como a duan-
activo. As revalorizac6es devem ser feitas com tal regula- tia revalorizada do activo.
ridade gue na data do balanco a guantia escriturada do 80 - Se um activo intangivel numa classe de activos
activo nêo difira materialmente do seu justo valor. intangiveis revalorizados nêo puder ser revalorizado por-
N

19 -O modelo de revalorizacëo nao permite: gue néo hê gualguer mercado activo para esse activo, 0
activo deve ser escriturado pelo seu custo menos aual-
FA.

a) A revalorizagao de activos intangiveis due nêo tenham


sido previamente reconhecidos como activos; ou aguer amortizacao e perdas por imparidade acumuladas.
k

D) O reconhecimento inicial de activos intangiveis por 81 - Se o justo valor de um activo intangivel revalori-
guantias gue nao sejam o custo. zZado j& nao puder ser determinado com referência a um
mercado activo, a guantia escriturada do activo deve ser
716 — O modelo de revalorizacêo é aplicado depois de
a sua guantia revalorizada & data da uitima revalorizacêo
um activo ter sido inicialmente reconhecido pelo seu
com referência ao mercado activo menos agualguer
Custo. Porém, se apenas parte do custo de um activo
amortizacao acumulada subseaguente e guaisauer per-
intangivel for reconhecido como um activo pordgue o
das por imparidade acumuladas subseguentes.
activo sê satisfez os critérios de reconhecimento a meio
do seu processo de fabrico (ver parêgrafo 64), o modelo 82 — O facto de j& nao existir um mercado activo para um
de revalorizacêo pode ser aplicado ao total desse activo intangivel revalorizZado pode indicar gue o activo
activo. Além disso, o modelo de revalorizacao pode ser pode estar com imparidade e gue ele necessita de ser tes-
aplicado a um activo intangivel aue tenha sido recebido tado de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos.
por meio de um subsidio do Governo e reconhecido por
83 - Se o justo valor do activo puder ser determinado
uma guantia nominal (ver parêgrafo 43).
com referência a um mercado activo numa data de men-
71 - Nao é vulgar gue exista um mercado activo com as suracao subseguente, o modelo de revalorizacao e apli-
Caracteristicas descritas no parêgrafo 8 para um activo Cado a partir dessa data.
intangivel, se bem aue isto possa acontecer. Por exemplo,
84 — Se a guantia escriturada de um activo intangivel for
em algumas jurisdicêes, pode existir um mercado activo
aumentada como resultado de uma revalorizacao, 0
para licencas de taxis livremente transferiveis, licencas de
aumento deve ser creditado directamente ao capital pré-
pesca ou guotas de producao. Contudo, pode néo existir
prio com o titulo de excedente de revalorizacao. Contudo,
um mercado activo para marcas, cabecalhos de jornais,
Oo aumento deve ser reconhecido nos resultados até ao
direitos de editar musicas e filmes, patentes ou marcas
ponto em due reverla um decréscimo de revalorizagëo do
Comerciais, porague cada um de tais activos é unico. Alem
mesmo activo previamente reconhecido nos resultados.
disso, se bem ague activos intanglveis sejam comprados e
vendidos, os contratos sê0 negociados entre comprado- 85 - Se a aguantia escriturada de um activo intangivel
res e vendedores individuais, sendo as transaccoes relati- for diminuida como resultado de uma revalorizacao, a
vamente pouco freguentes. Por estas raz6es, o preco diminuicêo deve ser reconhecida nos resultados. Con-
mF

pago por um activo pode nêo proporcionar evidência sufi- tudo, a diminuicê&o deve ser debitada directamente ao
Ciente do justo valor de um outro. Além disso, os precos Capital préprio com o titulo de excedente de revaloriza-
nao0 estêo muitas vezes disponiveis publicamente. Go até ao ponto de gualauer saldo credor no excedente
de revalorizaGêo com respeito a esse activo.
78 - A freguência de revalorizac6es depende da vola-
tilidade dos justos valores dos activos intangiveis aue 86 - O excedente de revalorizac&o acumulado incluido
estao a ser revalorizados. Se o justo valor de um activo no capital préprio sê pode ser transferido directamente
revalorizado diferir materialmente da sua guantia escritu- para resultados transitados auando o excedente for rea-
rada, é necessêrio uma revalorizacêo adicional. Alguns lizado. O excedente total pode ser realizado pela reti-
activos intangiveis podem sofrer movimentos significati- rada ou pela alienacêo do activo. Porêm, algum do
vos e volateis no justo valor necessitando, por conse- excedente pode ser realizado logo ague o activo seja
guinte, de revalorizacêes anuais. Tais freguentes revalo- usado pela entidade; em tal caso, a guantia do exce-
Hizacêes sao desnecessêrias para activos intangiveis dente realizado é a diferenca entre a amortizacao
COM apenas movimentos insignificantes no justo valar. baseada na guantia escriturada valorizada do activo ea

151
SNC EXPLICADO sl
7 Normas Contabilisticas e de Rielato Financeira - NCAF 6

no depender do dispêndio futuro planeado para além do exi-


amortizagêo aue teria sido reconhecida baseada

N
custo histêrico. do activo. A transferênci a do excede nte gido para manter o activo nesse padrêo de desempenho.

AN
de revalorizag&o para resultados retidos nêo ê feita atra- 91 - Dada a histéria de rêpidas alterac6es na tecnolo-
vés da demonstracêo dos resultados. gia, o software de computadores e muitos outros activos

mm
intanglveis sê&o susceptiveis de obsolência tecnol6gica.
Vida dtil (par&grafos 87 a 95) Por isso, é provêvel gue a sua vida util seja curta.

87 — Uma entidade deve avaliar se a vida util de um 92 — A vida util de um activo intangivel pode ser muito
activo intangivel é finita ou indefinida e, se for finita, a longa ou mesmo indefinida. A incerteza justifica estimar
duracao de, ou o numero de produgao ou de unidades a vida Gtil de um activo intangivel numa base prudente,
similares constituintes, dessa vida util. Um activo intangi- mas isso nao justifica escolher uma vida gue seja irrea-
vel deve ser visto pela entidade como tendo uma vida listicamente curta.
uit indefinida guando, com base numa andlise de todos 93 — A vida util de um activo intangivel gue resulte de
os factores relevantes, n&o houver limite previsivel para direitos contratuais ou de outros direitos legais nêo deve
o. periodo durante o gual se espera gue o activo gere exceder o periodo dos direitos contratuais ou de outros
influxos de caixa liguidos para a entidade. direitos legais, mas pode ser mais curta dependendo do
98 — A contabilizac&o de um activo intangivel baseia- periodo durante o agual a entidade espera usar o activo. Se
-se na sua vida util. Um activo intangivel com uma vida os direitos contratuais ou outros direitos legais forem trans-
Gtil finita é amortizado (ver parêgrafos 96 a 105), e um mitidos por um prazo limitado due possa ser renovado, a
activo intangivel com uma vida util indefinida nao o ë vida Gtil do activo intangivel deve incluir o(s) periodo(s) de
(ver parêgrafos 106 a 109). renovaGëo apenas se existir evidência gue suporte a reno-
vac&o pela entidade sem um custo significativo.
89 — Muitos factores sê considerados na determina-
C&o da vida util de um activo intangivel, incluindo: 94 — Podem existir tanto factores legais cComo econémi-
a) O uso esperado do activo por parte da entidade & cos ague influenciem a vida util de um activo intangivel.
se Oo activo puder ser eficientemente gerido por Os factores econémicos determinam o periodo durante o
uma outra eduipa de gestao; aual os beneficios econdmicos futuros serêo recebidos
b) Os ciclos de vida tipicos para o activo e a informacëo pela entidade. Os factores legais podem restringir o
publica sobre estimativas de vida util de activos periodo durante o aual a entidade controla o acesso a
semelhantes gue sejam usados de forma semelhante; esses beneficios. A vida util é o mais curto dos periodos
c) Obsolescência técnica, tecnolbgica, comercial ou determinados por estes factores.
de outro tipo; 95 —A existência dos seguintes factores, entre outros,
d) A estabilidade do sector em due o activo opera e indica gue uma entidade deveria ser capaz de renovar
alterac6ées na procura do mercado para os produ- os direitos contratuais ou outros direitos legais sem um
tos ou servicos produzidos pelo activo; Custo significativo:
e) Acc6es esperadas dos concorrentes ou potenciais a) Hê evidência, possivelmente baseada na experiën-
CoNEOrreNtes; cia, de gue os direitos contratuais ou outros direitos
j) O nivel de dispêndio de manutencêo exigido para legais ser&o renovados. Se a renovaca&o depender
obter os beneficios econdmicos futuros esperados do consentimento de terceiros, isto inclui evidência
do activo e a capacidade e intencêo da entidade de due os terceiros darê&o o seu consentimento;
para atingir tal nivel;
D) Hê evidência de aue guaisguer condicées neces-
g) O periodo de controlo sobre o activo e limites legais sérias para obter a renovacao serao satisfeitas; e
ou semelhantes sobre o uso do activo, tais como as
Cc) O custo da renovacao para a entidade nêo é signifi-
datas de extincêo de locac6es relacionadas, e
Cativo aguando comparado com os beneficios eco-
datas do termo do periodo de concessêo estabele-
némicos futuros due se espera ague fluam para a
cido nos Acordos de Concessao de Servicos; e
entidade a partir da renovacao.
h) Se a vida uil do activo esté dependente da vida Gil
de outros activos da entidade.

90 — O termo “indefinida" nêo significa “infinita". A vida Activos intangiveis com vidas dteis finitas
util de um activo intanglvel reflecte apenas o nivel de dis- (pardarafos 96 a 105)
pêndio de manutengêo futuro exigido para manter o activo
Periodo de amortizacao e método de amortizacdo
no seu padrêo de desempenho avaliado no momento da
(parêgrafos 9% a 98)
estimativa da vida util do activo, e a capacidade e intencêo
da entidade para atingir tal nivel. Uma conclusêo de aue a 96 - A auantia depreciëvel de um activo intangivel
vida util de um activo intangivel é indefinida nao deve com uma vida util finita deve ser imputada numa base

152
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro - NCRF 6

sistematica durante a sua vida Gtil. A amortizacao deve 100 - A guantia depreciëvel de um activo com uma
comecar guando o activo estiver disponivel para uso, ie. vida util finita é determinada ap6s deducao do seu valor
guando estiver na localizagêo e condiGêo necessêrias residual. Um valor residual gue nêo seja zero implica
para gue seja capaz de operar da forma pretendida. A ague uma entidade espera alienar o activo intangivel
amortizacéëo deve cessar na data gue ocorrer mais cedo antes do fim da sua vida econémica.
entre a data em aue o activo for classificado como 101 - Uma estimativa do valor residual de um activo
detido para venda (ou incluido num grupo de alienacêo baseia-se na guantia recuperêvel resultante da alienacêo
ague seja classificado como detido para venda) de usando os precos prevalecentes a data da estimativa
acordo com a NCRF 8 — Activos n&o Correntes Detidos para a venda de um activo semelhante ague tenha atin-
para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas e gido o final da sua vida util e gue tenha funcionado em
a data em gue o activo for desreconhecido. O mêtodo condicêes semelhantes &guelas em ague o activo sera uti-
de amortizacao usado deve reflectir o modelo pelo gual lizado. O valor residual é revisto pelo menos no final de
se espera aue os futuros beneficios econémicos do cada ano financeiro. De acordo com a NCRF 4 — Politicas
activo sejam consumidos pela entidade. Se nao for pos- Contabilisticas, Alterac6es nas Estimativas Contabilisticas
sivel determinar fiavelmente esse modelo, deve usar-se e Erros, uma alteracê&o no valor residual do activo é con-
Oo método da linha recta. O custo de amortizacêo em tabilizada como alteracê&o numa estimativa contabilistica.
cada periodo deve ser reconhecido nos resultados a
102 — O valor residual de um activo intangivel pode
menos gue esta ou outra Norma permita ou exija incluf-lo
aumentar até uma auantia igual ou superior & guantia
na aguantia escriturada de um outro aclivo.
escriturada do activo. Se assim for, o débito de amortiza-
97 - Pode ser usada uma variedade de métodos de Cê&o do activo é zero a menos gue, e até ague, o seu valor
amortizacêo para imputar a guantia depreciëvel de um residual diminua posteriormente para uma auantia
activo numa base sistematica durante a sua vida util. abaixo da guantia escriturada do activo.
Estes métodos incluem o método da linha recta e o
método da unidade de producêo. O método usado ë Revisao do periodo de amortizacao e do mêtodo de
seleccionado na base do modelo de consumo esperado amortizaGao (par&grafos 103 a 105)
dos futuros beneficios econémicos incorporados no activo
103 - O periodo de amortizacêo e o método de amorti-
e é aplicado consistentemente de periodo a periodo, a
Zacêo para um activo intangivel com uma vida util finita
na&0 ser gue ocorra uma alteracao no modelo de consumo
devem ser revistos pelo menos no final de cada ano
esperado desses futuros beneficios econémicos. É muito
financeiro. Se a vida uil esperada de um activo for dife-
raro haver, se é gue hê, evidência persuasiva para apoiar
rente das estimativas anteriores, o perliodo de amortiza-
um método de amortizacao para activos intangiveis com
G&0 deve ser alterado em conformidade. Se tiver havido
vidas uteis finitas aue resulte numa auantia de amortiza-
uma alterac&o no modelo de consumo esperado dos
G&0 acumulada inferior & do método da linha recta.
futuros beneficios econémicos incorporados no activo, o
98 — A amortizacê&o é normalmente reconhecida nos método de amortizacêo deve ser modificado para reflec-
resultados. Contudo, por vezes, os futuros beneficios tir o modelo alterado. Tais alteracêes devem ser contabi-
@CONAMICOS iNcorporados num activo sêo absorvidos lizadas como alteracêes em estimativas contabilisticas
pela producao de outros activos. Neste caso, o custo de de acordo com a NCRF 4 — Politicas Contabilisticas,
amortizaGëo constitui parte do custo do outro aclivo e é Alterac6es nas Estimativas Contabilisticas e Erros.
incluido na sua auantia escriturada. Por exemplo, a
104 — Durante a vida de um activo intangivel, pode tor-
amortizacêo de activos intangiveis usados num pro-
nar-se evidente gue a estimativa da vida uil é inapro-
cesso de producao é incluida na auantia escriturada dos
priada. Por exemplo, o reconhecimento de uma perda
inventêrios (ver NCRF 18 - Inventêrios).
por imparidade pode indicar gue o periodo de amortiza-
Cê0 deve ser alterado.
Valor residual (parêgrafos 99 a 102)
105 — Com o decorrer do tempo, o modelo de beneff-
99 — O valor residual de um activo intangivel com uma aue fluam
cios econémicos futuros aue sêo esperados
vida util finita deve ser assumido como sendo zero a para uma entidade provenientes de um activo intangivel
menos aue: pode alterar-se. Por exemplo, pode tornar-se evidente
a) Haja um compromisso de um terceiro de comprar o aue um mêtodo de amortizacao de saldo decrescente
activo no final da sua vida Gtil; ou seja apropriado e nao um método de linha recta. Um
b) Haja um mercado activo para o activo e: outro exemplo é se o uso dos direitos representados por
j) O valor residual possa ser determinado com uma licenca é diferido dependendo de accêo sobre
referência a esse mercado; e outros componentes do plano de negécio. Neste caso,
i) Seja provêvel aue tal mercado exista no final da os beneficios econ6micos gue fluem do activo sê podem
sua vida util. vir a ser recebidos em periodos mais tardios.

153
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro — NCRF 6 SNC EXPLICADO

112 - O ganho ou perda decorrente do desreconheci-


Activos intangiveis com vidas dteis indelinidas
mento de um activo intangivel deve ser determinado
(paragrafos 106 a 109)
Como a diferenca entre os proventos liguidos da aliena-
106 — Um activo intangivel com uma vida Gtil indefinida C&o, se os houver, e a aguantia escriturada do activo.
nao deve ser amortizado. Deve ser reconhecido nos resultados auando o activo
107 - De acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Acti- for desreconhecido (a menos aue a NCRF 9 - Locacêes
vos, é exigido a uma entidade gue teste a imparidade de o exija de outra forma numa venda e relocacaêo). Os
um activo intangivel com uma vida Gtil indefinida compa- ganhos nao devem ser classificados como rédito.
rando a sua aguantia recuperêvel com a sua guantia 113 — A alienacêo de um activo intanglivel pode ocorrer
escriturada: numa variedade de formas, incluindo a prépria venda ou
a) Anualmente; e doacëo. Ao determinar a data da alienacêo desse activo,
b) Sempre ague haja uma indicacao de ague o activo uma entidade aplica os critérios da NCRF 20 - Rédito
intangivel pode estar com imparidade. para reconhecer o rédito da venda de bens. A NCRF 9 -
Locac6es aplica-se & alienac&o por venda e relocacao.
Revisdo da avaliac30 da vida Gtil (pargrafos 108 e 109)
114 - Se de acordo com o principio de reconhecimento
108 — A vida uil de um activo intangivel gue nêo esteja do parêgrafo 21 uma entidade reconhecer na guantia
a ser amortizado deve ser revista a cada periodo para escriturada de um activo o custo de uma substituicao de
determinar se os acontecimentos e circunstências conti- parte de um activo intangivel, entëo ela desreconhece a
nuam a apoiar uma avaliacêo de vida util indefinida para aguantia escriturada da parte substituida. Se néo for prati-
esse activo. Se nao apoiarem, a alteracao na avaliacêo cavel gue uma entidade determine a auantia escriturada
de vida util de indefinida para finita deve ser contabili- da parte substituida, ela pode usar o custo da substituic&o
zZada como alterac&o numa estimativa contabilistica de Ccomo indicac&o de aual o custo da parte substituida no
acordo com a NCRF 4 — Politicas Contabilisticas, Altera- momento em aue foi adauirida ou gerada internamente.
cOes nas Estimativas Contabilisticas e Erros.
115 —- A retribuicê&o recebivel pela alienacëo de um
109 — De acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Acti- activo intangivel é reconhecida inicialmente pelo seu
vos, a reavaliac&o da vida util de um activo intangivel justo valor. Se o pagamento do activo intangivel for dife-
como finita em vez de indefinida é um indicador de gue rido, a retribuicao recebida é reconhecida inicialmente
o activo pode estar com imparidade. Como resultado, a pelo eauivalente ao preco a dinheiro. A diferenca entre a
entidade testa a imparidade do activo comparando a aguantia nominal da retribuigëo e o eaguivalente ao preco
sua aguantia recuperêvel, determinada de acordo com a a dinheiro é reconhecida como rédito de juros de acordo
NCRF 12 - Imparidade de Activos, com a sua aguantia com NCRF 20 —- Rédito reiflectindo o rendimento efectivo
escriturada e reconhecendo gualguer excesso da guan- sobre a conta a receber,
tia escriturada, em relacao & aguantia recuperavel como
116 —- A amortizagao de um activo intangivel com uma
uma perda por imparidade.
vida util finita nao cessa duando o activo intangivel jê
naêo for usado, a nao ser gue o activo tenha sido total-
Recuperabilidade da guantia eseriturada — perdas par mente depreciado ou esteja classificado como detido
imparidade (parêgrafo 110) para venda (ou incluido num grupo de alienagêo aue
esteja classificado como detido para venda), de acordo
110 - Para determinar se um activo intanglivel estê com
com a NCRF 8 - Activos Nêo Correntes Detidos Para
imparidade, uma entidade aplica a NCRF 12 - Impari-
Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.
dade de Activos. Esta Norma explica aguando e como
uma entidade revê a auantia escriturada dos seus acti-
VOS, COMO determina a guantia recuperêvel de um activo Divulgacées (paragrafos 117 a 123)
e guando reconhece ou reverte uma perda por impari-
dade. Geral (paragrafos 117 a 119%)
117 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para
Retiradas e alienacOes (par&grafos 111 a 116) cada classe de activos intangiveis, distinguindo entre os
activos intangiveis gerados internamente e outros acti-
111 - Um activo intangivel deve ser desreconhecido: vos intangiveis:
a) No momento da alienacao; ou a) Se as vidas uteis sêo indelfinidas ou finitas e, se forem
b) Guando nao se esperam futuros beneficios econ6- finitas, as vidas uteis ou as taxas de amortizacao
micos do seu uso ou alienacao. usadas;

` numero sublinhada foi corrigido pelo editor por incoerência do original.

154
SNG EXPLICADO 7 Normas Gontabilisticas e de Relata Financeira - NCRF 6

b) Os métodos de amortizacao usados para activos d) A existência e as aguantias escrituradas de activos


intangiveis com vidas uteis finitas; intangiveis cuja titularidade esteja restringida e as
Ed

Cc) A aguantia bruta escriturada e gualguer amortizacao aguantias escrituradas de activos intangiveis dados
me

acumulada (agregada com as perdas por impari- como garantia de passivos;


dade acumuladas) no comeco e fim do periodo; e) A aguantia de compromissos contratuais para aaguisi-
d) Os itens de cada linha da demonstracêo dos resul- Cêo de activos intangiveis.
Le

tados em ague aualguer amortizacao de activos


intangiveis esteja incluida;
Activos intangiveis mensurados apés reconhecimento
usando o modelo de revalorizacao (parêgrafos 120 e 121)
elegie

e) Uma reconciliacëo da guantia escriturada no comeco


e fim do periodo due mostre as adicées, as revalori- 120 - Se os activos intangiveis forem contabilizados
dd

ZacOes, as alienac6es, os activos classificados como por guantias revalorizadas, uma entidade deve divulgar:
detidos para venda, as amortizacêes, as perdas de a) Por classe de activos intangiveis:
Di

imparidade e suas reversêes e outras alteracOes. j) A data de efic&cia da revalorizacao;


118 - Uma classe de activos intangiveis é um agrupa- ii) A auantia escriturada de activos intandiveis
FT

mento de activos de natureza e uso semelhantes nas revalorizados:ie


operac6es de uma entidade. Exemplos de classes sepa- ii) A aguantia escriturada ague teria sido reconhecida
LES

radas podem incluir: se a classe revalorizada de activos intangiveis


a) (Nome de) marcas comerciais; tivesse sido mensurada apos o reconhecimento
usando o modelo de custo referido no paragrafo
D) Cabecalhos e titulos de publicac6es;
74;
C) Software de computadores,
b) A auantia do excedente de revalorizacaêo relacio-
d) Licencas e franguias; nada com activos intangiveis no inicio e no final do
e) Copyrighis, patentes e outros direitos de proprie- periodo, indicando as alterac6es durante o periodo
dade industrial, direitos de servicos e operacionais; e aguaisauer restricoes na distribuicao do saldo aos
f) Receitas, férmulas, modelos, concepoëes e protëti- accionistas; e
pose c) Os métodos e pressupostos significativos aplicados
g) Activos intangiveis em desenvolvimento. na estimativa do justo valor dos activos.

As classes mencionadas acima sêo desagregadas 121 - Pode ser necessêrio agregar as classes de acti-
(agregadas) em classes mais pedguenas (maiores) se vos revalorizados em classes maiores para finalidades
isto resultar em informacêo mais relevante para os uien- de divulgacao. Porém, as classes nao sao agregadas se
tes das demonstrac6es financeiras. isto resultar na combinacao de uma classe de activos
intangiveis ague inclua dguantias mensuradas tanto
119 —- Uma entidade deve também divulgar: segundo o modelo de custo como o de revalorizacêo.
a) Para um activo intangivel avaliado como tendo uma
vida util indefinida, a guantia escriturada desse Dispêndios de pesguisa e desenvolvimento (pargrafos
activo e as raz6es aue apoiam a avaliacéo de uma 122 e 123)
vida uil indefinida. Ao apresentar estas raz6es, a
122 —- Uma entidade deve divulgar a guantia agregada
entidade deve descrever ol(s) factor(es) gue desem-
do dispêndio de pesguisa e desenvolvimento reconhe-
penhou(aram) um papel significativo na determina-
cido como um gasto durante o periodo.
Gao de ague o activo tem uma vida util indefinida;
D) Uma descricêo, a aguantia escriturada e o periodo 123 - A auantia a divulgar incluirê, assim, todos os
de amortizacao restante de gualaguer activo intangi- gastos por natureza gue sejam, face ao seu destino,
vel individual gue seja materialmente relevante para
classificêveis como gasto de pesauisa e desenvolvi-
as demonstracêes financeiras da entidade; mento (p. ex., gastos com pessoal afeclo & actividade
de pesauisa e desenvolvimento: bens e servicos usa-
Cc) Para os activos intangiveis adauiridos por meio de
dos, amortizac6es, aguer dos bens do imobilizado utiliza-
um subsidio do Governo e inicialmente reconheci-
dos na actividade de pesauisa e desenvolvimento, guer
dos pelo justo valor (ver paragrafo 43):
dos gastos de pesauisa e desenvolvimento aue tenham
j) O justo valor inicialmente reconhecido para Sido capitalizados).
estes activos;
ii) A sua guantia escriturada; e
Data de eficêcia (parêgrafo 124)
ii) Se sêo mensurados apés o reconhecimento
segundo o modelo de custo ou o modelo de reva- 124 — Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
lorizacao; periodos com inicio em ou ap6s 1 de Janeiro de 2010.

155
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 7 SNC EXPLICADO

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO diferente da usada nesta Norma. Por exemplo, a NCRF 9 —
Locacêes exige gue uma entidade avalie o seu reconheci-
FINANCEIRO 7 mento de um item do activo fixo tangivel locado na base da
transtferência de riscos e vantagens. Porém, em tais casos,
ACTIVOS FIXOS TANGIVEIS Ooutros aspectos do tratamento contabilistico para estes
activos, incluindo a depreciac&o, sa0 prescritos por esta
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
Norma.
por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 16 —
Activos Fixos Tangiveis, adoptada pelo texto original do 5 —- Uma entidade deve aplicar esta Norma a proprieda-
Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de des gue estejam a ser construidas ou desenvolvidas para
Novembro. futuro uso como propriedades de investimento, mas due
Sempre ague na presente norma existam remissoes nao satisfacam ainda a definicêo de “propriedade de
para as normas internacionais de contabilidade, entende- investimento" constante da NCRF 11 - Propriedades de
-se ague estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro- Investimento. Uma vez gue esteja concluida a construcao
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do ou o desenvolvimento, a propriedade tormna-se proprie-
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em dade de investimento e exige-se & entidade gue apligue a
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) NCRF 11. A NCRF 11 também se aplica a propriedades
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. de investimento aue estejam a ser novamente desenvolvi-
das para uso futuro continuado como propriedades de
investimento, Uma entidade aue use o modelo de custo
Objectivo (par&grafa 1) para propriedades de investimento em conformidade com
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato a NCRF 11 deve usar o modelo de custo desta Norma.
Financeiro é o de prescrever o tratamento contabilistico
para activos fixos tangiveis, para gue os utentes das Definicdes (parigrafo 6)
demonstrac6es financeiras possam discernir a informa-
6 - Os termos ague se seguem sêo usados nesta
G&0 acerca do investimento de uma entidade nos seus
Norma com os significados especificados:
activos fixos tangiveis, bem como as alterac6es nesse
investimento. Os principais aspectos a considerar na Activos fixos tangiveis: sa0 itens tangiveis gue:
contabilizagao dos activos fixos tangiveis $ê0 o seu a) Sejam detidos para uso na producao ou forneci-
reconhecimento e mensuracaêo. mento de bens ou servicos, para arrendamento a
Outros, ou para fins administrativos; e
Ambito (parêgratos 2 a 5) b) Se espera aue sejam usados durante mais do aue
um periodo.
2 — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao de
activos fixos tangiveis excepto guando uma outra Norma Custo: é a guantia de caixa ou seus eauivalentes paga
exija ou permita um tratamento contabilistico diferente. Ou 0 justo valor de outra retribuicêo dada para adauirir
um activo no momento da sua aduisic&o ou construcëo
4 - Esta norma nao se aplica a:
ou, guando aplicêvel, a guantia atribuida a esse activo
a) Activos fixos tangiveis classificados como detidos aAaguando do reconhecimento inicial de acordo com os
para venda de acordo com a NCRF 8 — Activos nao reguisitos especificos de outras NCRF.
Correntes Detidos para Venda e Unidades Opera-
Depreciacêo (amortizacao): é a imputacëo sistematica da
cionais Descontinuadas;
aguantia depreciëvel de um activo durante a sua vida uti.
D) Activos biolêgicos relacionados com a actividade
Justo valor: é a guantia pela gual um activo pode ser
agricola (ver NCRF 17 — Agricultura):
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
Cc) Activos relacionados com a exploracao e avaliacêo doras e dispostas a isso, numa transaccêo em ague nao
de recursos minerais (ver NCRF 16 - Exploracao e exista relacionamento entre elas.
Avaliacêo de Recursos Minerais); ou
Perda por imparidade: é o excedente da dguantia escri-
d) Direitos minerais e reservas minerais tais como turada de um activo, ou de uma unidade geradora de
petréleo, gas natural e recursos nêo regenerativos caixa, em relacë&o & sua guantia recuperdvel.
semelhantes.
Ouantia depreciëvel: é o custo de um activo, ou outra
Contudo, esta Norma aplica-se aos activos fixos tangl- guantia substituta do custo, menos o seu valor residual.
veis usados para desenvolver ou manter os activos des-
Ouantia escriturada: é a auantia pela gual um activo ê
Critos nas alineas b) a d).
reconhecido no Balanco, apds a deducao de aualguer
4 — Outras Normas podem exigir o reconhecimento de depreciacëo/amortizacao acumulada e de perdas por
um item do activo fixo tangivel com base numa abordagem imparidade acumuladas inerentes.

156
SNC EXPLICADO 7 Narmas C isticas e de Rel Fi ir — NCAF 7

Ouantia recuperdvel: é a guantia mais alta de entre o seu conjunto, satisfacam simultaneamente as seguintes
preco de venda liauido de um activo e o seu valor de uso. coNdIcOEes:
Valor especifico para a entidade: é o valor presente a) Sejam renovados freguentemente;
dos fluxos de caixa gue uma entidade espera aue resul- D) Representem, bem a bem, uma auantia imaterial
tem do uso continuado de um activo e da sua alienacao para a entidade;
no final da sua vida util ou em due espera incorrer ao c) Tenham uma vida util nao superior a três anos.
liguidar um passivo.
Valor residual: de um activo é a auantia estimada ague Custos iniciais (pargrafo 12)
uma entidade obteria correntemente pela alienacêo de 12 — Os itens do activo fixo tangivel podem ser adauiri-
um activo, ap6s deducëo dos custos de alienacao esti- dos por raz6es de seguranca ou ambientais. A aauisicêo
mados, se o activo jê tivesse a idade e as condic6es de tal activo fixo tangivel, embora néo aumentando direc-
esperadas no final da sua vida util. tamente futuros beneficios econémicos de gualguer item
Vida util é: particular existente de activo fixo tangivel, pode ser
a) O periodo durante o gual uma entidade espera ague necessêria para aue a entidade obtenha futuros benefi-
Cios econdmicos dos seus outros activos. Esses itens do
um activo esteja disponivel para uSo; ou
activo fixo tangivel aualificam-se para o reconhecimento
b) O numero de unidades de producao ou similares
COmMOo activos porague permitem a uma entidade obter futu-
due uma entidade espera obter do activo.
ros beneficios econ6micos dos activos relacionados para
além dos ague teria obtido se nao tivesse adauirido esses
Reconhecimento (parêgrafos 7 a 15) itens. Por exemplo, uma industria guimica pode instalar
novos processos guimicos de manuseamento a fim de se
7 -O custo de um item de activo fixo tangivel deve ser
Conformar com exigências ambientais para a producao e
reconhecido como activo se, e apenas se;
armazenamento de auimicos perigosos. Os melhoramen-
a) For provêvel aue futuros beneficios econéêmicos tos nas instalac6es relacionados sêo reconhecidos como
associados ao item fluam para a entidade; e um activo porague, sem eles, a entidade nao estê em con-
D) O custo do item puder ser mensurado fiavelmente. dicées de fabricar e vender tais produtos duimicos. Con-
tudo, a guantia escriturada resultante desse activo e acti-
8 — Sobressalentes e eaguipamentos de servico $aê0
vos relacionados é revista para imparidade de acordo
geralmente escriturados como inventêrios e reconheci-
com a NCRF 12 - Imparidade de Activos.
dos nos resultados guando consumidos. Poréêm, os
sobressalentes principais e eguipamento de reserva
Custos subseguentes (paragrafos 13 a 15)
classificam-se como activos fixos tangiveis guando uma
entidade espera us4-los durante mais do gue um 13 - Segundo o principio de reconhecimento do parê-
periodo. Da mesma forma, se os sobressalentes e os grafo 7, uma entidade naêo reconhece na guantia escritu-
eauipamentos de servico puderem ser utilizados em rada de um item do activo fixo tangivel os custos da
ligagëo com um item do activo fixo tangivel, eles sê0 assisténcia didria ao item. Pelo contrêrio, estes custos
contabilizados como activo fixo tangivel. $ê0 reconhecidos nos resultados como incorridos. Os
custos da assistência diéria sê0 primordialmente os cus-
9 — Esta Norma nao prescreve a unidade de medida
tos da mêo-de-obra e dos consumiveis, e podem incluir
para reconhecimento, i.e. aaguilo aue constitui um item
o custo de peaguenas pecas. A finalidade destes dispên-
do activo fixo tangivel. Assim, é necessêrio exercer jui-
dios é muitas vezes descrita como sendo para “repara-
zos de valor ao aplicar os critérios de reconhecimento as
c6es e manutencao” de um item do activo fixo tangivel.
Circunstências especificas de uma entidade. Pode ser
apropriado agregar itens individualmente insignificantes, 14 - Partes de alguns itens do activo fixo tangivel
tais como moldes, ferramentas e bases, e aplicar os cri- poder&o necessitar de substituic6es a intervalos regula-
térios ao valor agregado. res. Por exemplo, um forno pode exigir ser restaurado
(com tijolos refractêrios) ap6s uma auantidade de horas
10 - Uma entidade avalia segundo este principio de de uso ou os interiores dos aviëes tal como assentos &
reconhecimento todos os seus activos fixos tangiveis e
Cozinhas de bordo podem exigir substituicêo algumas
Custos de edguipamento no momento em aue eles sejam
vezes durante a vida da estrutura. tens do activo fixo
incorridos. Estes custos incluem custos incorridos inicial-
tangivel também podem ser adauiridos para efectuar
mente para adauirir ou construir um item do activo fixo
uma substituic&0 recorrente menos freguente, tal como a
tangivel e os custos incorridos posteriormente para adicio-
substituicao das paredes interiores de um edificio, ou
nar a, substituir parte de, ou dar assistência ao mesmo. para efectuar uma substituic&o nêo recorrente. Segundo
11 - Podem ser considerados no Activo por uma sê o principio de reconhecimento do parêgrafo 7, uma enti-
auantidade e guantia fixa os itens imobilizados gue, no dade reconhece na aguantia escriturada de um item do

167
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 7
SNC EXPLICADO

activo fixo tangivel o custo da peca de substituicêo Cc) Custos iniciais de entrega e de manuseamento;
desse item guando o custo for incorrido se os Critérios d) Custos de instalacao e montagem;
de reconhecimento forem cumpridos. A guantia escritu- e) Custos de testar se o activo funciona correcta-
rada das pecas gue sao substituidas é desreconhecida mente, apés deducëo dos proventos liguidos da
de acordo com as disposicées de desreconhecimento venda de aualguer item produzido enaguanto se
desta Norma (ver parêgrafos 66 a 71). coloca o activo nessa localizacëo e condicao (tais
15 — A condicao de continuar a operar um item do Como amostras produzidas guando se testa o eagui-
activo fixo tangivel (por exemplo, uma aeronave) pode pamentoke
ser a realizacao regular de inspeccêes importantes em f) Honorêrios.
busca de falhas, independentemente de as pecas desse 19 — Uma entidade aplica a NCRF 18 - Inventêrios aos
item serem ou nao substituidas. Ouando cada inspeccëo custos das obrigacêes de desmantelamento, remoGëo e
importante for efectuada, o seu custo é reconhecido na restauracê&o do local em due um item estê localizado
auantia escriturada do item do activo fixo tangivel como gue sejam incorridos durante um determinado periodo
substituicao se os critérios de reconhecimento forem Como conseguëncia de ter usado o item para produzir
satisfeitos. Oualaguer guantia escriturada remanescente
inventêrios durante esse periodo. As obrigaG6es por
do custo da inspeccao anterior (distinta das pecas fisi-
Custos contabilizados de acordo com a NCRF 18 ou com
cas) é desreconhecida. Isto ocorre independentemente
a presente Norma sao reconhecidas e mensuradas de
de o custo da inspecoëo anterior ter sido identificado na acordo com a NCRF 21 - Provisêes, Passivos Contin-
transaccêo em ague o item foi adauirido ou construido. gentes e Activos Contingentes.
Se necessêrio, o custo estimado de uma futura inspec-
c&0 semelhante pode ser usado como indicador de aual 20 — Exemplos de custos aue nao $ao custos de um
o custo do componente de inspeccëo existente auando item do activo fixo tangivel sêo:
o item foi adauirido ou construido. a) Custos de abertura de novas instalacêes;
b) Custos de introducao de um novo produto ou ser-
Mensurac4o no reconhecimento (pardgrafos 16 a 28) vico (incluindo custos de publicidade ou activida-
des promocionais)
16 - Um item do activo fixo tangivel gue seja classifi-
Cc) Custos de conducëo do negêcio numa nova locali-
cado para reconhecimento como um activo deve ser
ZaG&o ou com uma nova classe de clientes
mensurado pelo seu custo.
(incluindo custos de formacêo de pessoal) e

Elementos do custo (parêgrafos 17 a 23) d) Custos de administragao e outros custos gerais.

17 — O custo de um item do activo fixo tangivel com- 21 — O reconhecimento dos custos na aguantia escritu-
preende: rada de um item do activo fixo tangivel cessa auando o
item estê na localizaGao e condicao necessarias para ague
a) O seu preco de compra, incluindo os direitos de
seja Capaz de funcionar da forma pretendida. Assim
importac&o e os impostos de compra nêo reembol-
sendo, os custos incorridos na utilizacao ou reinstalacao
sêveis, ap6s deducao dos descontos e abatimentos;
de um item nao sao incluidos na guantia escriturada desse
D) Ouaisauer custos directamente atribuiveis para item. Por exemplo, os custos seguintes nêo sêo incluidos
colocar o activo na localizacëo e condicê0 necessê- na guantia escriturada de um item do activo fixo tangivel:
rias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
a) Custos incorridos enguanto um item capaz de fun-
pretendida; cionar da forma pretendida ainda nao tenha sido
C) A estimativa inicial dos custos de desmantelamento colocado em uso ou esteja a ser usado a uma
e remocaëo do item e de restaurac&o do local no capacidade inferior & sua capacidade total;
aual este estê localizado, em cuja obrigacêo uma b) Perdas operacionais iniciais, tais como as incorri-
entidade incorre seja guando o item é adauirido seja das endguanto cresce a exigéncia da producao do
COMO coONSeAUÊNCcIa de ter usado o item durante um item; e
determinado periodo para finalidades diferentes da
Cc) Custos de relocalizacëo ou reorganizacao de
producao de inventêrios durante esse periodo.
uma parte ou de todas as operac6es de uma
18 —- Exemplos de custos directamente atribuiveis sêo: entidade.
a) Custos de beneficios dos empregados (ver subsi- 22 — Algumas operacëes ocorrem em ligac&o com a
diariamente a NCRF 28 - Beneficios dos Emprega- construcao ou desenvolvimento de um item do activo
dos) decorrentes directamente da construco ou fixo tangivel, mas n4o sêo necessêrias para colocar o
aaguisicao de um item do activo fixo tangivel; item na localizacê&o e condicêao necessêrias para aue
b) Custos de preparagao do local; este seja capaz de funcionar da forma pretendida. Estas

158
$NC EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 7

operaG6es incidentais podem ocorrer antes ou durante 26 - Uma entidade determina se uma transaceëo de
as actividades de construc&o ou desenvolvimento. Por troca tem substência comercial considerando a exten-
exemplo, podem ser obtidos rendimentos através do uso $ê0 em due se espera ague os seus futuros fluxos de
de um local de construg&o como um paraue de estacio- caixa sejam alterados como resultado da transaccao.
namento até a construcao ter inicio. Dado due nêo sao Uma transacc&o de troca tem substência comercial se:
necessêrias operac6es inerentes para colocar um item a) A configuracao (risco, tempestividade e aguantia)
na localizacêo e condicêo necessêrias para gue este dos fluxos de caixa do activo recebido diferir da
seja cCapaz de funcionar da forma pretendida, o rendi- configuracao dos fluxos de caixa do activo transfe-
mento e os gastos relacionados das operaGoes ineren- rido; ou
tes sê&o0 reconhecidos nos resultados e incluidos nas
D) O valor especifico para a entidade relativo & parte
suas respectivas classificacêes de rendimento ou de
das operacêes da entidade afectada pelas altera-
gasto.
cêes na transaceao como resultado da troca; e
23 - O custo de um activo construido pela prépria enti- c) A diferenca na alinea a) ou b) for significativa relati-
dade determina-se usando os mesmos principios duanto vamente ao justo valor dos activos trocados.
a um activo adauirido. Se uma entidade produzir activos
idênticos para venda no decurso normal das operac6es Para a finalidade de determinar se uma transaccao de
empresariais, o custo do activo é geralmente o mesmo troca tem substência comercial, o valor especifico para
gue o custo de construir um activo para venda (ver a entidade relativo & parte das operac6es da entidade
NCRF 18 - Inventêrios). Por isso, guaisguer lucros inter- afectada pela transaccêo deve reflectir os fluxos de
nos sêo eliminados para chegar a tais custos. De forma caixa ap6s impostos. O resultado destas analises pode
semelhante, o custo de auantias anormais de materiais, ser claro sem aue uma entidade tenha de efectuar cal-
de mêo-de-obra ou de outros recursos desperdicados culos detalhados.
incorridos na autoconstrucë&o de um activo nêo ê 27 — Se uma entidade for capaz de determinar com
incluido no custo do activo. A NCRF 10 - Custos de fiabilidade o justo valor tanto do activo recebido como
Empréstimos Obtidos estabelece critérios para o reco- do activo cedido, ent&o o justo valor do activo cedido é
nhecimento do juro como componente da guantia eseri- usado para mensurar o custo do activo recebido a nao
turada de um item do activo fixo tangivel construido pela ser gue o justo valor do activo recebido seja mais clara-
prépria entidade.
mente evidente.

Mensuracao do custo (parêgrafos 24 a 28) 28 - O custo de um item do activo fixo tangivel detido
por um locatêrio segundo uma locacao financeira ê
24 — O custo de um item do activo fixo tangivel é eagui-
determinado de acordo com a NCRF 9 - Locac@es.
valente ao preco a dinheiro & data do reconhecimento.
Se o pagamento for diferido para aléêm das condic6es
normais de crédito, a diferenca entre o eaguivalente ao Mensuracao apds reconhecimento (paragrafos 29 a 65)
preco a dinheiro e o pagamento total é reconhecida
29 — Uma entidade deve escolher ou o modelo de custo
ComOo juro durante o periodo de crédito a nêo ser ague
do parêgrafo 30 ou o modelo de revalorizagêo do parê-
esse juro seja reconhecido na aguantia escriturada do
grafo 31 como sua politica contabilistica e deve aplicar
item de acordo com o tratamento alternativo permitido
essa politica a uma classe inteira de activos fixos tangiveis.
na NCRF 10 — Custos de Empréstimos Obtidos.

29 — Um ou mais itens do activo fixo tangivel podem Modelo do custo (pargrafo 30)
ser adauiridos em troca de um activo ou activos nêo 30 — Ap6s o reconhecimento como um activo, um item
monetêrios, ou de uma combinagêo de activos monetê- do activo fixo tangivel deve ser escriturado pelo seu
rios e n&o monetérios. O seguinte exemplo refere-se sim-
Custo menos agualauer depreciacéo acumulada e guais-
plesmente a uma troca de um activo nêo monetêrio por
auer perdas por imparidade acumuladas.
outro, mas também se aplica a todas as trocas descritas
na frase anterior. O custo de um tal item do activo fixo
Modelo de revalorizagao (par&grafos 31 a 42)
tangivel é mensurado pelo justo valor a nêo ser gue (a) a
transaccao da troca careca de substência comercial ou 31 — Ap6s o reconhecimento como um activo, um item
(b) nem o justo valor do activo recebido nem o justo do activo fixo tangivel cujo justo valor possa ser mensu-
valor do activo cedido sejam fiavelmente mensurdveis. O rado fiavelmente deve ser escriturado por uma aguantia
item adauirido é mensurado desta forma mesmo aue revalorizada, aue é o seu justo valor & data da revalori-
uma entidade nê&o possa imediatamente desreconhecer Zac&0 menos aualguer depreciacêo acumulada subse-
o activo cedido. Se o item adaguirido nêo for mensurado guente e perdas por imparidade acumuladas subse-
pelo justo valor, o seu custo é mensurado pela auantia auentes. As revalorizac6es devem ser feitas com
escriturada do activo cedido. suficiente regularidade para assegurar gue a aguantia

159
T
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilfsticas e de Relato Financeiro — NCRF 7

c) Maauinaria;
escriturada nao difira materialmente daauela aue seria
determinada pelo uso do justo valor & data do balanco. d) Navios;
e) Aviëes;
32 — O justo valor de terrenos e edificios deverê ser
determinado a partir de provas com base no mercado por f) Veiculos a motor;
avaliacAo gue deverd ser realizada por avaliadores protis- g) Mobiliërio e suportes fixosi &ë
sionalmente aualificados e independentes. O justo valor h) Eauipamento de escritêrio.
o
de itens de instalac6es e eguipamentos é geralmente
inado por avaliac êo. 38 - Os itens integrados numa classe do activo fixo
seu valor de mercado determ
tangivel sêo revalorizados simultaneamente a fim de ser
33 — Se nao houver provas com base no mercado do evitada a revalorizagëo selectiva de activos e o relato de
justo valor devido a natureza especializada do item do guantias nas demonstrac6es financeiras aue sejam uma
activo fixo tangivel ou se o item for raramente vendido, mistura de custos e valores em datas diferentes. Porêm,
excepto como parte de um negécio em continuacao, uma uma classe de activos pode ser revalorizada numa base
entidade nao pode utilizar o método de revalorizacao. rotativa desde ague a revalorizacêo da classe de activos
34 — A freguência das revalorizac6es depende das seja concluida num curto periodo e desde aue as revalo-
alterac6es nos justos valores dos activos fixos tangiveis rizag6es sejam mantidas actualizadas.
gue estao a ser revalorizados. Ouando o justo valor de 39 — Se a guantia escriturada de um activo for aumen-
um activo revalorizado diferir materialmente da sua tada como resultado de uma revalorizacéo, o aumento
guantia escriturada, é exigida uma nova revalorizagao. deve ser creditado directamente ao capital proprio numa
Alguns itens do activo fixo tangivel sofrem alterac6es conta com o titulo de excedente de revalorizacêo. Con-
significativas e volateis no justo valor, necessitando, por tudo, o aumento deve ser reconhecido nos resultados
conseguinte, de revalorizagao anual. Tais revalorizac6es até ao ponto em aue reverta um decréscimo de revalori-
freguentes sêo desnecessêrias para itens do activo fixo ZaG&0 do mesmo activo previamente reconhecido nos
tangivel apenas com alteracêes insignificantes no justo resultados.
valor. Em vez disso, pode ser necessario revalorizar o
item apenas a cada três ou cinco anos. 40 - Se a aguantia escriturada de um activo for dimi-
nuida como resultado de uma revalorizaGëo, a diminui-
35 — Ouando um item do activo fixo tangivel for revalo- cao deve ser reconhecida nos resultados. Contudo, a
rizado, agualguer depreciacao acumulada & data da diminuicao deve ser debitada directamente ao capital
revalorizac&o é tratada de uma das seguintes formas: préprio até ao ponto de gualguer saldo de crédito exis-
a) Reexpressa proporcionalmente com a alteracêo na tente no excedente de revalorizacêo com respeilo a
aguantia escriturada bruta do activo a fim de aue a esse activo.
auantia escriturada do activo apês a revalorizacao
iguale a guantia revalorizada. Este mêtodo é muitas A1 — O excedente de revalorizagao incluido no capital
vezes usado guando um activo for revalorizado por
préprio com respeito a um item do activo fixo tangivel pode
meio da aplicac&o de um indice para determinar o ser transferido directamente para resultados transitados
guando o activo for desreconhecido. Isto pode implicar a
seu custo de reposicao depreciado;
transferência da totalidade do excedente auando o activo
b) Eliminada contra a guantia escriturada bruta do
for retirado ou alienado. Contudo, uma parte do excedente
activo, sendo a auantia liguida reexpressa para a
pode ser transferida guando o activo for usado por uma
auantia revalorizada do activo. Este mêétodo é mui-
entidade. Nesse caso, a guantia do excedente transferida
tas vezes usado para edificios.
seria a diferenca entre a depreciacéo baseada na guantia
A auantia do ajustamento proveniente da reexpressêo escriturada revalorizada do activo e a depreciacêo
ou da eliminacëo da depreciac&o acumulada faz parte baseada no custo original do activo. As transferências do
do aumento ou da diminuic&o na guantia escriturada ague excedente de revalorizacao para resultados transitados
seja contabilizado de acordo com os parêgrafos 39 e 40. nao sêo feitas por via de resultados.
36 — Se um item do activo fixo tangivel for revalorizado, 42 — Os efeitos dos impostos sobre o rendimento, se
toda a classe do activo fixo tangivel 4 agual pertenca os houver, resultantes da revalorizagêo do activo fixo
esse activo deve ser revalorizada. tangivel sêo reconhecidos e divulgados de acordo com
37 —- Uma classe do activo fixo tanglvel é um agrupa- a NCRF 25 - Impostos sobre o Rendimento.
mento de activos de natureza e uso semelhantes nas
operac6es de uma entidade. O gue se segue Sêo exem- Depreciagao (paragrafos 43 a 62)
plos de classes separadas: 43 — Cada parte de um item do activo fixo tangivel com
a) Terrenos; um custo gue seja significativo em relaGao ao custo total
b) Terrenos e edificios; do item deve ser depreciada separadamente.

160
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 7

AA — Uma entidade imputa a guantia inicialmente reco- 52 — A depreciacêo é reconhecida mesmo se o justo
nhecida com respeito a um item do activo fixo tangivel valor do activo exceder a sua guantia escriturada, desde
as partes significativas deste e deprecia separadamente ague o valor residual do activo nao exceda a sua guantia
cada parte. Por exemplo, pode ser apropriado depreciar escriturada. A reparacêo e manutencao de um activo
separadamente a estrutura e os motores de uma aero- nêo evitam a necessidade de o depreciar.
nave, sejam eles propriedade da entidade ou sujeitos a
53 — A guantia deprecidvel de um activo é determi-
locacêo financeira. nada apés deducao do seu valor residual. Na pratica, o
45 —- Uma parte significativa de um item do activo fixo valor residual de um activo é muitas vezes insignificante
tangivel pode ter uma vida util e um méêtodo de depre- e por isso imaterial no calculo da guantia deprecidvel.
ciaGa&o gue sejam os mesmos ague a vida util e o método 54 - O valor residual de um activo pode aumentar até
de depreciagêo de uma outra parte significativa do
uma aguantia igual ou superior a guantia escriturada do
mesmo item. Essas partes podem ser agrupadas ao activo. Se assim for, o gasto de depreciacêo do activo é
determinar-se o gasto de depreciacëo. Zero a menos aue, e até gue, o seu valor residual dimi-
46 —- Na medida em ague uma entidade deprecie sepa- nua posteriormente para uma Auantia abaixo da guantia
radamente algumas partes de um item do activo fixo tan- escriturada do activo.
givel, também deprecia separadamente o resto do item. 55 — A depreciacêo de um activo comeca aguando este
O remanescente consiste em partes de um item due nêo esteja disponivel para uso, i.e. guando estiver na localiza-
s0 individualmente significativas. Se uma entidade tiver Cëo0 e condicé0 Necessêrias para gue seja capaz de ope-
expectativas variadas para essas partes, podem ser rar na forma pretendida. A depreciacêo de um activo
necessêrias técnicas de aproximacêo para depreciar o cessa na data aue ocorrer mais cedo entre a data em aue
remanescente de uma forma due represente fielmente o o activo for classificado como detido para venda (ou
padrao de consumo e ou a vida util dessas parles. incluido num grupo para alienacao due seja classificado
47 —- Uma entidade pode escolher depreciar separada- como detido para venda) de acordo com a NCRF 8 - Acti-
mente as partes de um item aue nêo tenham um custo vos nêao Correntes Detidos para Venda e Unidades Opera-
aue seja significativo em relac&o ao custo total do item. Cionais Descontinuadas e a data em gue o activo for des-
reconhecido. Porém, a depreciacêo nao cessa guando o
48 — O gasto de depreciac&o em cada periodo deve activo se tornar ocioso ou for retirado do uso a nao ser gue
ser reconhecido nos resultados a menos aue seja o actvo esteja totalmente depreciado. Contudo, segundo
incluido na guantia escriturada de um outro activo. os métodos de depreciacêo pelo uso, o gasto de depre-
49 - O gasto de depreciacêo de um periodo é geral- Ciac&o pode ser zero enauanto nao houver producao.
mente reconhecido nos resultados. Contudo, por vezes, 56 — Os futuros beneficios econdémicos incorporados
os futuros beneficios econémicos incorporados num num activo $&o consumidos por uma entidade principal-
activo sêo absorvidos na producao de outros activos. mente através do seu uso. Porêm, outros factores, tais
Neste caso, o gasto de depreciacêo constitui parte do Como obsolescência técnica ou comercial e desgaste
Custo do outro activo e est incluido na sua aguantia normal enauanto um activo permaneGa ocioso, dêo ori-
escriturada. Por exemplo, a depreciacêo de instalacêes gem muitas vezes & diminuicao dos beneficios econémi-
e eguipamento de fabrico é incluida nos custos de con- cos ague poderiam ter sido obtidos do activo. Conse-
versêo de inventêrios (ver NCRF 18 - Inventêrios). De aguentemente, todos os factores due se seguem sêo0
forma semelhante, a depreciagêo de activos fixos tangli- considerados na determinaGëêo da vida util de um activo:
veis usados para actividades de desenvolvimento pode
a) Uso esperado do activo. O uso é avaliado por refe-
ser incluida no custo de um activo intangivel reconhe-
rência & capacidade ou producêo fisica esperadas
cido de acordo com a NCRF 6 — Activos Intangiveis.
do activo;
Ouantia deprecidvel e periodo de depreciacao (parêgrafos 50 b) Desgaste normal esperado, gue depende de facto-
a 59)
res operacionais tais como o numero de turnos
durante os guais o activo ser usado e o programa
50 - A auantia depreciëvel de um activo deve ser de reparacêo e manutencêo, e o cuidado e manu-
imputada numa base sistematica durante a sua vida util. tencëo do activo enaguanto estiver ocioso;
51 - O valor residual e a vida util de um activo devem Cc) Obsolescência técnica ou comercial proveniente de
ser revistos pelo menos no final de cada ano financeiro alterac6es ou melhoramentos na producao, ou de
e, se as expectativas diferirem das estimativas anterio- uma alterac&o na procura de mercado para o ser-
res, als) alteracgêo(6es) deve(m) ser contabilizadal(s) vico ou produto derivado do activo; e
cComo uma alteracao numa estimativa contabilistica de d) Limites legais ou semelhantes no uso do activo, tais
acordo com a NCRF 4 —- Politicas Contabilisticas, Altera- Como as datas de extincao de locacêes com ele
GOes nas Estimativas Contabilisticas e Erros. relacionadas.

SNCE-T1
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Rielato Financeiro — NCRAF 7

consistentemente de periodo para periodo a menos aue


57— A vida Gl de um activo é definida em termos da
ocorra uma alterac&o no modelo esperado de consumo
utilidade esperada do activo para a entidade. A politica
desses futuros beneficios econémicos.
de gestao de activos da entidade pode envolver a alie-
nacao de activos apés um periodo especificado ou apos
Imparidade (parêgrafo 63)
consumo de uma proporcêo especificada dos futuros

om
beneficios econémicos incorporados no activo. Por isso, 63 — Para determinar se um item do activo fixo tangivel
a vida Gtil de um activo pode ser mais curla do ague a esté ou nêo com imparidade, uma entidade aplica a
sua vida econémica. A estimativa da vida util do activo é NCRF 12 - Imparidade de Activos. Essa Norma explica
uma guestao de juizo de valor baseado na experiëncia Como uma entidade revé a guantia escriturada dos seus
da entidade com activos semelhantes. activos, como determina a guantia recuperêvel de um
activo e guando reconhece ou reverte o reconhecimento
58 — Os terrenos e edificios sao activos separêveis e
separadamente, mesmo aguando de uma perda por imparidade
$&0 contabilizados
sejam adauiridos conjuntamente. Com algumas excep-
Compensacio por imparidade (pardgrafos 64 e 65)
cOes, CoOmo as pedreiras e os locais usados como ater-
ros. os terrenos tém uma vida util ilimitada pelo gue nêo 64 - A compensacao de terceiros por itens do activo
sa0 depreciados. Os edificios té#m vida util limitada e, por fixo tangivel aue estiverem com imparidade, perdidos ou
isso, SAO activos deprecidveis. Um aumento no valor de cedidos deve ser incluida nos resultados guando a com-
um terreno no gual um edificio esteja construido nêo pensacêo se tornar recebivel.
afecta a determinagao da auantia deprecidvel do edificio.
65 - Imparidades ou perdas de itens do activo fixo tan-
59 — Se o custo do terreno incluir os custos do des- givel, reivindicacées relacionadas ou pagamentos de
mantelamento, remocao e restaurac&o do local, essa compensacao de terceiros e gualguer aaguisicêo ou
porgêo do custo do terreno é depreciada durante o CoNstrucëo posterior de activos de substituicao consti-
periodo de beneficios obtidos ao incorrer nesses custos. tuem acontecimentos econdmicos separados dgue sao
Nalguns casos, o préprio terreno pode ter uma vida ut contabilizados separadamente como se segue:
limitada, caso em aue é depreciado de modo a reflectir a) As imparidades de itens do activo fixo tangivel sêo
os beneficios a serem dele retirados. reconhecidas de acordo com a NCRF 12 - Impari-
dade de Activos;
Mêtodo de depreciac3o (pargrafos 60 a 62)
b) O desreconhecimento de itens do activo fixo tangl-
60 - O método de depreciacao usado deve reflectir o vel retirados ou alienados é determinado de acordo
modelo por gue se espera aue os futuros beneficios com esta Norma;
econ6micos do activo sejam consumidos pela enti-
c) A compensacao de terceiros por itens do activo fixO
dade. tangivel gue estiverem com imparidade, perdidos
61-O método de depreciacêo é aplicado consistente- ou cedidos é incluida na determinacao dos resulta-
mente a um activo de periodo para periodo, a menos dos guando a compensacao se tornar recebivel; e
aue ocorra alguma alterac&o significativa no modelo d) O custo de itens do activo fixo tangivel restaurados,
esperado de consumo dos futuros beneficios econémi- comprados ou construidos como reposicêes ê
COS associados a esse activo. Nesse caso, o mêtodo determinado de acordo com esta Norma.
deve ser alterado para reflectir o novo modelo, sendo tal
modificacêo contabilizada como alterac&o numa estima-
tiva contabilistica de acordo com a NCRF 4.
Desreconhecimento (parêgrafos 66 a 71)
66 — A auantia escriturada de um item do activo fixo
62 — Pode ser usada uma variedade de métodos de
tangivel deve ser desreconhecida:
depreciac&o para imputar a guantia deprecidvel de um
activo numa base sistematica durante a sua vida util. Estes a) No momento da alienacêo; ou
métodos incluem o mêétodo da linha recta, o método do b) Ouando nao se espere futuros beneficios econ6mi-
saldo decrescente e o método das unidades de producao. cos do seu uso ou alienacao.
A depreciac&o pelo método da linha recta resulta num
67 — O ganho ou perda decorrente do desreconheci-
débito constante durante a vida util do activo se o seu
mento de um item do activo fixo tangivel deve ser
valor residual nêo se alterar. O método do saldo deeres-
incluido nos resultados auando o item for desreconhe-
Cente resulta num débito decrescente durante a vida Gil. O
cido (a menos aue a NCRF 9 - Locacêes exija diferente-
método das unidades de producëo resulta num débito
mente numa venda e relocagêo). Os ganhios nêo devem
baseado no uso ou producêo esperados. A entidade
ser classificados como rédito.
selecciona o méÊtodo aue reflicta mais aproximadamente o
modelo esperado de consumo dos futuros beneficios eco- 68 — A alienac&o de um item do activo fixo tangivel
NOMICOS iNcorporados no activo. Esse mêtodo é aplicado pode ocorrer numa variedade de formas (p. eX., por

162
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 7/8

venda, por celebracëo de uma locacêo financeira ou por c) A guantia de compromissos contratuais para aauisi-
doacêo). Aaguando da alienacao de um item do activo Ca0 de activos fixos tangiveisie
fixo tangivel uma entidade deve aplicar os critérios refe- d) Se nao for divulgada separadamente na face da
ridos na NCRF 20 —- Rédito, para reconhecimento do demonstracao dos resultados, a aguantia de com-
rédito. A NCRF 9 - Locacêes, aplica-se & alienac&o por pensacëo de terceiros por itens do activo fixo tangi-
“venda seguida de locac&o". vel gue estiverem com imparidade, perdidos ou
69 - Se, segundo o principio de reconhecimento do parê- cedidos gue seja incluida nos resultados.
gralo 18, uma entidade reconhecer na aguantia escriturada 74 — A seleccêo do método de depreciac&o e a esti-
de um item do activo fixo tangivel o custo de uma substitui- mativa da vida util dos activos sêo guestêes de juizo de
cê0 de parte do item, entêao ela desreconhece a aguantia valor. Por isso, a divulgacêo dos métodos adoptados e
escriturada da parte substituida independentemente desta da estimativa das vidas uteis ou das taxas de deprecia-
ter sido depreciada ou nao separadamente. Se nêo for pra- CAO proporciona aos utentes das demonstracêes finan-
ticêvel gue uma entidade determine a aguantia escriturada ceiras iniormacao aue lhes permite passar em revista as
da parte substituida, ela pode usar o custo da substituic&o politicas seleccionadas pelo 6rgao de gestêao e facilita
como indicacêo do custo da parte substituida reportada ao Ccomparacëes com outras entidades. Por raz6es seme-
momento em due foi adauirida ou construida. Ihantes, é necessario divulgar:
70 - O ganho ou perda decorrente do desreconheci- a) A depreciacêo, guer reconhecida nos resultados ou
mento de um item do activo fixo tangivel deve ser deter- Como parte de um custo de outros activos, durante
minado como a diferenGa entre os proventos liguidos da um periodo;e
alienacao, se os houver, e a guantia escriturada do item.
D) A depreciacao acumulada no final do periodo.
71-A retribuicao a receber pela alienacëo de um item 19 - Se os itens do activo fixo tangivel forem expressos
do activo fixo tangivel é reconhecida inicialmente pelo por guantias revalorizadas, deve ser divulgado o
seu justo valor. Se o pagamento do item for diferido, a seguinte:
retribuicao recebida é reconhecida inicialmente pelo
a) A data de eficêcia da revalorizacêo;
eguivalente ao preco a dinheiro. A diferenca entre a
guantia nominal da retribuicêo e o eguivalente ao preco D) Se esteve ou nêo envolvido um avaliador indepen-
a dinheiro é reconhecida como rédito de juros de acordo dente;
com a NCRF 20 - Rédito, reflectindo o rendimento efec- Cc) A medida em aue o justo valor dos itens foi determi-
tivo sobre a conta a receber. nado directamente por referência a precos obser-
vêveis num mercado activo ou em transaccêes de
mercado recentes numa base de nêo relaciona-
Divulgac6es (paragrafos 72 a 75)
mento entre as partes; e
72 - As demonstrac6es financeiras devem divulgar: d) O excedente de revalorizacao, indicando a altera-
a) Os critérios de mensuracêo usados para determinar Cao do periodo e guaisguer restricées na distribui-
a guantia escriturada bruta; Co do saldo aos accionistas.
b) Os mêtodos de depreciacêo usados;
Cc) As vidas uteis ou as taxas de depreciacao usadas; Data de eficêria (parêgrafo 76)
d) A auantia escriturada bruta e a depreciacêo acu-
16 — Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
mulada (agregada com perdas por imparidade
periodos com inicio em ou apês 1 de Janeiro de 2010.
acumuladas) no inicio e no fim do periodo: e
e) Uma reconciliacao da aguantia escriturada no comeGo
e fim do periodo gue mostre as adicées, as revalori-
ZacOes, as alienaGoes, os activos classificados como NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
detidos para venda, as amortizacêes, as perdas de FINANGEIRO 8
imparidade e suas reversêes e outras alteracêes.

73 - As demonstrac6es financeiras devem tambêm ACTIVOS NAO CORRENTES DETIDOS PARA VENDAE
divulgar: UNIDADES OPERACIONAIS DESCONTINUADAS
a) A existência e guantias de restricoes de titularidade Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
e activos fixos tangiveis gue sejam dados como por base a Norma Internacional de Relato Financeiro
garantia de passivos; IFRS 5 — Activos N&o Correntes Detidos para Venda e
b) A auantia de dispêndios reconhecida na auantia Unidades Operacionais Descontinuadas, adoptada pelo
escriturada de um item do activo fixo tangivel no texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da
decurso da sua construcêo; Comissêo, de 3 de Novembro.

163
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF B
SNC EXPLICADO

da venda e nêo do uso continuado, eles tormam-se


Sempre gue na presente norma existam remissêes
menos dependentes dos fluxos de caixa resultantes de
para as normas internacionais de contabilidade, entende-
-se gue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- outros activos, e um grupo para alienacêo aue fez parte
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do de uma unidade geradora de caixa torma-se uma uni-
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em dade separada geradora de caixa.) O grupo pode incluir
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) guaisauer activos e guaisauer passivos da entidade,
n.e 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. incluindo activos correntes, passivos correntes e activos
excluidos pelo par&grafo 5 dos reguisitos de mensuragao
desta Norma. Se um activo nao corrente dentro do
Objectivo (parégrafo 1) Ambito dos reguisitos desta Norma fizer parte de um
1— O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato grupo para alienaGao, os reguisitos de mensuracao desta
Financeiro é o de prescrever a contabilizacêo de activos Norma aplicam-se ao grupo como um todo, de forma aue
detidos para venda e a apresentaGêo e divulgacao de Oo grupo seja mensurado pelo menor valor entre a sua
unidades operacionais descontinuadas. Em particular, aguantia escriturada e o justo valor menos os custos de
esta Norma exige gue os activos gue satisfagam os cri- vender. Os reaguisitos para mensuracêo de activos e pas-
térios de classificacêo como detidos para venda: sivos individuais dentro do grupo para alienacao estao
a) Sejam mensurados pelo menor valor de entre a definidos nos pardgrafos 18, 19 e 23.
guantia escriturada e o justo valor menos os custos 5 — As disposic6es de mensuracêo desta Norma nêo
de vender, devendo a sua depreciacao cessar; ë se aplicam aos seguintes activos, gue estêo abrangidos
b) Sejam apresentados separadamente na face do pelas normas indicadas, seja como activos individuais
balanco, sendo os resultados das unidades opera- seja como parte de um grupo para alienacêo:
cionais descontinuadas apresentados separada- a) Activos por impostos diferidos (NCRF 25 - Impostos
mente na demonstracêo dos resultados. sobre o Rendimento);
b) Activos provenientes de beneficios de empregados
Ambito (parêgrafos 2 a 5) (ver subsidiariamente a lAS 19 - Beneficios dos
2 — Os reauisitos de classificacao e de apresentacao Empregados);
desta Norma aplicam-se a todos os activos n4o corren- Cc) Activos financeiros (ver subsidiariamente a AS a9 —
tes reconhecidos e a todos os grupos para alienacao de Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Men-
uma entidade. Os reauisitos de mensuracao desta SUrACAO);
Norma aplicam-se a todos os activos nêo correntes d) Activos nêo correntes aue sejam mensurados de
reconhecidos e aos grupos para alienaGêo (tal como acordo com o modelo do justo valor (NCRF 11 —
definido no paragrafo 4), com excepcêo dos activos Propriedades de Investimento);
enunciados no parêgrafo 5 aue devem continuar a ser
e) Activos nao correntes aue sejam mensurados pelo
mensurados de acordo com as Normas al indicadas.
justo valor menos os custos estimados do ponto de
3 — Os activos classificados como nao correntes de venda (NCRF 17 - Agricultura).
acordo com a NCRF 1 - Estrutura e Conteudo das
Demonstracêes Financeiras nao devem ser reclassifica-
Definicdes (pargrafo 6)
dos como activos Ccorrentes enduanto nao satisfizerem
os critérios de classificacêo como detidos para venda 6 — Os termos due se seguem sao usados nesta
de acordo com a presente Norma. Os activos de uma Norma com os significados especificados:
classe gue uma entidade normalmente consideraria Activo corrente: é um activo due satisfaca gualauer
COMO NO corrente, gue sejam adauiridos exclusiva-
dos seguintes critérios:
mente com vista a revenda, nao devem ser classificados
a) Se espera ague seja realizado, ou se pretende due
COMO Correntes, a nêo ser gue satisfacam os critérios de
seja vendido ou consumido, no decurso normal do
classificacao como detidos para venda de acordo com a
ciclo operacional da entidade;
presente Norma.
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de
4 — Por vezes, uma entidade aliena um grupo de acti-
ser negociado;
VOS, possivelmente com alguns passivos directamente
Cc) Se espere gue seja realizado num periodo de doze
associados, em conjunto numa tnica transaccêo. Um tal
grupo para alienac&o pode ser um grupo de unidades meses apés a data do balanco; ou
geradoras de caixa, uma tnica unidade geradora de d) Seja caixa ou um activo eauivalente de caixa a
caixa, ou parte de uma unidade geradora de caixa. (Con- menos ague Ihe seja limitada a troca ou o uso para
tudo, uma vez aue se espera gue os fluxos de caixa de liauidar um passivo pelo menos doze meses apos a
tal activo ou grupos de activos resultem principalmente data do balanco.

164
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelra - NCRF 8

ActivoS nao correntes: sêo activos gue nao satisfacam Cc) Seja uma subsidiëria adauirida exclusivamente com
a definicê&o de activo corrente. vista & revenda.
Altamente provêvel: é um acontecimento cuja possibili- Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de caixa
dade de ocorrência é significativamente mais do aue futuros estimados, gue se espere surjam do uso conti-
provêvel. nuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da
sua alienacêo no fim da sua vida util.
Componente de uma entidade: sêao unidades opera-
cionais e fluxos de caixa ague possam ser claramente
distinguidos, operacionalmente e para finalidades de Classificacao de activos no correntes (ou grupos para
relato financeiro, do resto de uma entidade. alienatao) como detidas para venda (parêgrafos 7a 14)
Compromisso fime de compra: & um acordo com uma 7 - Uma entidade deve classificar um activo nao cor-
parte nêo relacionada, vinculando ambas as partes e rente (ou um grupo para alienacao) como detido para
normalmente legalmente imponivel, gus: venda se a sua guantia escriturada é recuperada princi-
a) Especifigue todos os termos significativos, incluindo palmente através de uma transaccao de venda em lugar
O precoe a tempestividade das transaccêes; e de o ser pelo uso continuado.
b) Inclua um desincentivo por nêo desempenho aue 8 — Assim, o activo (ou grupo para alienaGao) deve
seja suficientemente grande para tornar o desem- estar disponivel para venda imediata na sua condicêo
penho altamente provêvel. presente, sujeito apenas aos termos ague sejam habituais
Custos de alienacêo: $sêo os custos incrementais e costumeiros para a venda de tais activos (ou grupos
directamente atribuiveis & alienacêo de um activo (ou para alienacëo) e a sua venda seja altamente provavel.
grupo para alienacëo), excluindo custos de financia- Para gue a venda seja altamente provêvel, a hieraraguia
mento e gastos de impostos sobre o rendimento. de gestêo apropriada deve estar empenhada num plano
para vender o activo (ou grupo para alienacêo) e deve
Grupo para alienacao: é um grupo de activos a alienar,
ter sido iniciado um programa para localizar um compra-
por venda ou de outra forma, em conjunto com um grupo
dor e concluir o plano. Além disso, o activo (ou grupo
numa sê transaceëo, e passivos directamente associa-
para alienac&o) deve ser amplamente publicitado para
dos a esses activos due serao transferidos na transac-
venda a um preco due seja razoavel em relacêo ao seu
Cêo. O grupo inclui goodwill adauirido numa concentra-
justo valor corrente. Deve, ainda, esperar-se gue a
Cao de actividades empresariais se o grupo for uma
venda se agualifigue para reconhecimento como venda
unidade geradora de caixa & aual tenha sido imputado
Concluida dentro de um ano a partir da data da classifi-
goodwill de acordo com os reguisitos constantes dos
Cac&o, excepto conforme permitido pelo parêgrafo 9, &
par&grafos 36 a 39 da NCRF 12 - Imparidade de activos.
as acc6es necessêrias para concluir o plano devem indi-
Justo valor: é a auantia pela agual um activo pode ser car a improbabilidade de alteracêes significativas no
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece- mesmo ou de o mesmo ser retirado.
doras e dispostas a isso, numa transaccêo em ague naêo
9 — Os acontecimentos ou circunstências podem pro-
exista relacionamento entre elas.
longar o periodo para concluir a venda para lê de um
Provêvel: um acontecimento é provével auando a pos- ano. Um prolongamento do periodo durante o dual se
sibilidade da sua ocorrência for superior & possibilidade exijja gue a venda seja concluida nêo exclui aue um
da nao ocorrência. activo (ou grupo para alienacao) seja classificado como
Ouantia recuperêvel: é a guantia mais alta de entre o detido para venda se o atraso for causado por aconteci-
justo valor de um activo menos os custos de vender e o mentos ou circunstências fora do controlo da entidade e
seu valor de uso. se houver prova suficiente de aue a entidade continua
comprometida com o seu plano de vender o activo (ou
Unidade geradora de caixa: é o mais peagueno grupo
grupo para alienac&o). Serê este o caso auando os crité-
identificêvel de activos gue seja gerador de influxos de
rios do Apêndice A forem satisfeitos.
caixa e ague seja em larga medida independente dos
influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos. 10 - As transacc6es de venda incluem trocas de acti-
Unidade operacional descontinuada: é um Compo- vos nêo correntes por outros activos nao correntes
nente de uma entidade gue seja alienado ou esteja clas- auando uma troca tiver substência comercial de acordo
sificado como detido para venda e: com a NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis.
a) Represente uma importante linha de neg6cios 11 - Ouando uma entidade adauire um activo nêo cor-
separada ou uma &rea geografica operacional; rente (ou grupo para alienacao) exclusivamente com
b) Seja parte integrante de um unico plano coorde- vista & sua posterior alienacêo, deve classificar o activo
nado para alienar uma importante linha de negécios nao corrente (ou grupo de disposicao) como detido para
separada ou érea geografica operacional; ou venda a& data de aguisicao somente se: (i) o reauisito de

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7 Normas Contabilisticas e de Rielato Financeiro - NCRF 8 SNC EXPLICADO

um ano do parêgrafo 8 for satisteito (excepto conforme valor menos os custos de vender. Assim, se o activo (ou
permitido pelo paragrafo 9 e (ii) se for altamente prova- grupo para alienacêo) for adauirido como parte de uma
vel gue gualguer outro critério do parégrafo 8, due nao concentracao de actividades empresariais, ele deve ser
esteja satisfeito nessa data, o serê no curto prazo apos a mensurado pelo justo valor menos os custos de vender.
aguisic&o (normalmente no prazo de três meses). 17 - Ouando se espera gue a venda ocorra para alêm
12 — Se o critério do parêgrafo 8 for satisfeilo apos a de um ano, a entidade deve mensurar os custos de ven-
data do balanco, uma entidade nao deve classificar um der pelo seu valor presente. Oualguer aumento no valor
activo nao corrente (ou grupo para alienacêo) como presente dos custos de vender gue resulte da passa-
detido para venda nessas demonstrac6es financeiras gem do tempo deve ser apresentado nos resultados
auando emitidas. Contudo, guando esses critérios forem COmo custo de financiamento.
satisfeitos ap6s a data do balanco mas antes da autori- 18 — Imediatamente antes da classificacêo inicial do
ZaG&o para emissêo das demonstrac6es financeiras, a activo (ou grupo para alienagêo) como detido para
entidade deve divulgar a informacêo especificada nas venda, as duantias escrituradas do activo (ou de todos
alineas a), b) e d) do par&grafo 38 desta Norma. os activos e passivos do grupo) devem ser mensuradas
de acordo com as NCRF aplicaveis.
Activos nao correntes a abandonar (pardgrafos 13 e 14)
19 — Na remensuracëo posterior de um grupo para
13 - Uma entidade nao deve classificar como detido
alienac&o, as guantias escrituradas de auaisguer activos
para venda um activo naêo corrente (ou grupo para aliena-
e passivos gue nêo estejam no Ambito dos reguisitos de
C&O) a abandonar poraue a sua guantia escriturada serê
mensuracëo desta Norma mas estejam incluidas” num
recuperada principalmente através do uso continuado.
grupo para alienacao classificado como detido para
Contudo, se o grupo para alienac&o a abandonar satisfizer
venda, devem ser remensuradas* de acordo com as
OS critérios do par&grafo 32 a) a 32 c) desta Norma, a enti-
NCRF aplicéveis antes de o justo valor menos os custos
dade deve apresentar os resultados e fluxos de caixa do
de vender do arupo para alienaGêo ser remensurado.
grupo para alienacao como unidades operacionais des-
continuadas de acordo com os parêgrafos a3 e 44, & data Reconhecimento de perdas por imparidade e reversies
em due ele deixe de ser usado. Os aclivos néo correntes
(paragrafos 20 a 25)
(ou grupos para alienacêo), a abandonar, incluem activos
néêo correntes (ou grupos para alienagêo) a usar alê ao 20 — Uma entidade deve reconhecer uma perda por
final da sua vida econémica e activos nêo correntes (ou imparidade relativamente a gualduer reducëêo inicial ou
grupos para alienac&o) a encerrar em vez de vender. posterior do activo (ou grupo para alienacao) para o justo
valor menos os custos de vender, até ao ponto em gue nêo
14 —- Uma entidade nêo deve contabilizar como activo
tenha sido reconhecida de acordo com o parêgrafo 19.
nao corrente um activo gue tenha sido temporariamente
retirado do servico, como se tivesse sido abandonado. 21 - Uma entidade deve reconhecer um ganho ou
agualauer aumento posterior no justo valor menos os cus-
tos de vender de um activo, mas nêo para alêm da perda
Mensuracao de activos nao correntes (ou grupos para por imparidade cumulativa aue tenha sido reconhecida
alienatio) classificados como detidos para venda seja de acordo com esta Norma seja anteriormente de
(pardgrafos 15 a 29) acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos.

Mensuracao de um activo nao0 corrente (ou grupo para 22 — Uma entidade deve reconhecer um ganho para
alienacao) (paragrafos 15 a 19) agualguer aumento posterior no justo valor menos os cus-
tos de vender de um grupo para alienacao:
15 — Uma entidade deve mensurar um activo nêo cor-
a) Até ao ponto em ague nêo tenha sido reconhecido
rente (ou grupo para alienacao) classificado como
de acordo com o parêgrafo 19; mas
detido para venda pelo menor valor entre a sua guantia
escriturada e o justo valor menos os custos de vender. b) N&o para além da perda por imparidade cumulativa
ague tenha sido reconhecida, seja de acordo com
16 - Se um activo (ou grupo para alienacao) recém-
esta Norma ou anteriormente de acordo com a NCRF
-adauirido satisfizer os critérios de classificac&o como
12 - Imparidade de Activos, relatvamente aos acti-
detido para venda (ver parê&grafo 11), a aplicacêo do para-
vos nêo correntes gue estejam dentro do ambito dos
grafo 15 resultar& em aue o activo (ou grupo para aliena-
reauisitos de mensurac&o desta uitima Norma.
C&o) seja mensurado no reconhecimento inicial pelo valor
mais baixo entre a sua guantia escriturada se nêo tivesse 23 — A perda por imparidade (ou aualguer ganho pos-
sido assim classificado (por exemplo, o custo) e o justo terior) reconhecida para um grupo para alienacëo deve

“As palavras sublinhadas foram corrigidas pelo editor por incoerência do original.

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SNC EXPLICADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financelro — NCRF 8

reduzir (ou aumentar) a guantia escriturada dos activos acordo com a NCRF 7 — Activos Fixos Tangiveis ou a
nao0 correntes do grupo ague estejam dentro do Ambito NCRF 6 — Activos Intangiveis antes da classificacao como
dos reauisitos de mensuragê&o desta Norma, pela ordem detido para venda, em Cujo caso o ajustamento deve ser
de imputacëêo definida nos pardgrafos 48 a) e b) e 58 da tratado como acréscimo ou decréscimo na revalorizacao.)
NCRF 12 - Imparidade de Activos. de unidades operacionais em continuagêo no periodo em
24 - Um ganho ou perda ague nêo tenha sido anterior- gue os critêrios dos paragrafos 8 e 9 j& nao forem satisfei-
tos. A entidade deve apresentar esse ajustamento na
mente reconhecido & data da venda de um activo nêo
mesma seccao de demonstraca&o dos resultados usada*
corrente (ou grupo para alienac&o) deve ser reconhe-
cido & data do desreconhecimento. Os reguisitos rela-
para apresentar um ganho ou perda, se houver reconhe-
cionados com o desreconhecimento estao definidos;
cido de acordo com o parégrafo 35.

a) Nos parêgrafos 67-72 da NCRF 7 - Activos Fixos 29 — Se uma entidade remover um activo ou passivo
Tangiveis relativamente aos activos fixos tangiveis; individual de um grupo para alienaGëo classificado como
b) Nos par&grafos 112-117 da NCRF 6 — Activos Intan- detido para venda, os activos e passivos restantes do
giveis relativamente aos activos intangiveis. grupo para alienagao a ser vendido devem continuar a
ser mensurados como um grupo apenas se o grupo
25 — Uma entidade na&o deve depreciar (ou amortizar) satisfizer os critêrios dos par&grafos 8 e 9. De outro
um activo nao corrente enaguanto estiver classificado modo, os activos nao correntes restantes do grupo aue
como detido para venda ou enguanto fizer parte de um satisfacam individualmente os critérios de classificaGëo
grupo para alienacao classificado como detido para Como detidos para venda devem ser mensurados indivi-
venda. Os juros e outros gastos atribuiveis aos passivos dualmente pelo menor valor entre as suas guantias escri-
de um grupo para alienacêo classificado como detido turadas e os justos valores menos os custos de vender
para venda devem continuar a ser reconhecidos. nessa data. Ouaisaguer activos nêo correntes due nêo
satisfacam os critérios deixam de ser classificados como
Alteracoes num plano de venda (parégrafos 26 a 29) detidos para venda de acordo com o pardgrafo 26.
26 - Se uma entidade classificou um activo (ou grupo
para alienac&o) como detido para venda, mas os crité- Apresentacdo e divulgacêes (parêgrafos 30 a 39)
rios dos pardgrafos 8 e 9 j& nêo estiverem satisfeitos, a
entidade deve cessar de classificar o activo (ou grupo 30 —- Uma entidade deve apresentar e divulgar informa-
para alienacao) como detido para venda. G&O aue permita aos utentes das demonstracêes finan-
ceiras avaliar os efeitos financeiros das unidades opera-
21 - A entidade deve mensurar um activo nê0 corrente Cionais descontinuadas e das alienacëes de activos nao
due deixe de ser classificado como detido para venda (ou correntes (ou grupos para alienacêo).
deixe de ser incluido num grupo para alienaGêo classifi-
Cado como detido para venda) pelo valor mais baixo entre: Apresentar unidades operacionais descontinuadas (pard-
a) A sua auantia escriturada antes de o activo (ou grafos 31 a A4)
grupo para alienacêo) ser classificado como detido
31 - Um componente de uma unidade compreende
para venda, ajustada por gualguer depreciacao,
unidades operacionais e fluxos de caixa gue possam ser
aAmortizacêo ou revalorizagao ague teria sido reco-
claramente distinguidos, operacionalmente e para finali-
nhecida se o activo (ou grupo para alienacêo) nao
dades de relato financeiro, do resto da entidade. Por
estivesse classificado como detido para venda;
outras palavras, um componente de uma entidade terd
D) A sua guantia recuperêvel & data da decisao poste- sido uma unidade geradora de caixa ou um grupo de
rior de nao vender. (Se um activo nao corrente fizer unidades geradoras de caixa enauanto detida para uso.
parte de uma unidade geradora de caixa, a sua
aguantia recuperêvel é a guantia escriturada ague 42 — Uma unidade operacional descontinuada é um
teria sido reconhecida apés a imputacêo de agual- Componente de uma entidade aue tenha sido alienada
guer perda por imparidade resultante dessa uni- ou esteja classificada para venda, e;
dade geradora de caixa de acordo com a NCRF 12 a) Represente uma importante linha de negêcios
— Imparidade de Activos.) separada ou uma &rea geogrêfica operacional;
28 — A entidade deve incluir gualguer ajustamento exi- D) Seja parte integrante de um tnico plano coorde-
gido na guantia escriturada de um activo nao corrente gue nado para alienar uma importante linha de negocios
deixe de ser classificado como detido para venda nos ren- separada ou &rea geogréfica operacional, ou
dimentos (A nêo ser gue o activo seja um activo fixo tangi- Cc) Seja uma subsidiëria adauirida exclusivamente com
vel ou um activo intangivel gue tenha sido revalorizado de vista & revenda.

`A palavra sublinhada foi corrigida pelo editor por incoerêneia do original.

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7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro —- NCAF 8 SNC EXPLICADO

33 - Uma entidade deve divulgar relativamente as a) uma descricêo do activo naêo corrente (ou grupo
operag6es descontinuadas: para alienac&o);
a) A auantia de resultados reconhecida no periodo e b) uma descricëo dos factos e circunstências da venda,
respectiva analise; e Ou due conduziram & alienacao esperada, e a forma
e tempestividade esperada para essa alienacêo;
b) Os fluxos de caixa liguidos atribuiveis as activida-
des de exploracêo, investimento e financiamento Cc) o ganho ou perda reconhecido de acordo com os
das unidades operacionais descontinuadas. parégrafos 20 a 22 e, se naêo tiver sido apresentado
separadamente na face da demonstracëo dos
34 — Se uma entidade deixar de classificar um compo- resultados, o titulo na demonstracêo dos resultados
nente de uma entidade como detido para venda, os resul-
due inclua esse ganho ou perda.
tados do componente anteriormente apresentados nas
unidades operacionais descontinuadas devem ser reclas- 39 — Caso se apligue o par&grafo 26 ou o par&grafo
sificados e incluidos no rendimento das unidades opera- 29, uma entidade deve divulgar, no periodo da decisêo
Cionais em continuaGëo para todos os periodos apresen- para alterar o plano de vender o activo nao corrente (ou
tados. As auantias relativas a exercicios anteriores devem grupo para alienacêo), uma descricêo dos factos e cir-
ser descritas como tendo sido novamente apresentadas. CuNstências gue levaram & decisêo.

Ganhos ou perdas relacionados com unidades operacio- Data de eficcia (parégrafo 40)
nais em continuacao (par&grafo 35)
AU - Uma entidade deve aplicar esta Norma para os
35 — Oualguer ganho ou perda relativo & remensura- periodos com inicio em ou ap6s 1 de Janeiro de 2010.
C&o de um activo n&o0 corrente (ou grupo para alienacao)
classificado como detido para venda ague nêo satisfaca
a definicéo de unidade operacional descontinuada deve Apêndice A - Suplemento de aplicacêo (pargrafo A1)
ser incluido nos resultados das unidades operacionais
Extensêo do periodo exigido para concluir uma venda
em Continuacao.
(parêgrafo A1)
Apresentac4o de um activo ndo corrente ou de um A1 — Tal como indicado no parêgrafo 9, uma extensêo
grupo para alienacao classificado como detido para do periodo durante o aual se exige ague a venda seja
venda (pardgrafos 36 e 37) Concluida nêo exclui due um activo (ou grupo para alie-
nacêo) seja classificado como detido para a venda se o
36 - Uma entidade deve apresentar um activo nêo cor-
atraso for causado por acontecimentos ou circunstências
rente classificado como detido para venda e os aclivos
fora do controlo da entidade e se houver prova suficiente
de um grupo para alienacao classificado como detido
de gue a entidade continua comprometida com o seu
para venda separadamente de outros activos no
plano de vender o activo (ou grupo para alienacêo). Uma
balanco. Os passivos de um grupo para alienagao clas-
@XCEPEAD ao reguisito de um ano referido no paragrafo 8
sificado como detido para venda devem ser apresenta-
deve portanto aplicar-se nas seguintes situac6es em ague
dos separadamente dos outros passivos no balanco.
esses acontecimentos ou circunstências ocorram:
Esses activos e passivos nêo devem ser compensados
nem apresentados como uma Unica guantia. As princi- a) A data em aue uma entidade se compromete a pla-
pais classes de activos e passivos classificados como near a venda de um activo nao corrente (ou grupo
detidos para venda devem ser divulgadas separada- para alienacëêo), ela espera razoavelmente due
mente ou na face do balanco ou nas notas, excepto con- Outros (n4o compradores) imponham condicées &
forme permitido pelo par&grafo 37. transferência do activo (ou grupo para alienaGêo)
aue prolonguem o periodo exigido para gue a
37 — Se o grupo para alienagêo for uma subsididria
venda seja concluida; e
recém-adauirida gue satisfaca os critérios de classifica-
G&0 como detido para venda no momento da aguisicêo i) As acc6es necessarias para responder a essas
(ver par&grafo 11), nêo é exigida a divulgacao das prin- coNdiIc6es Nao podem ser iniciadas antes de ser
Cipais classes de activos e passivos. Obtido um compromisso fiime de compra; e
ii) Um compromisso firme de compra é altamente
Divulgacoes adicionais (parêgrafos 38 e 39) provêvel dentro de um ano;

38 — Uma entidade deve divulgar a seguinte informa- b) Uma entidade obtêm um compromisso firme de
Cao nas Notas as Demonstracêes Financeiras do COMPra &, CoOmo resultado, um comprador ou outros
periodo em ague o activo nao corrente (ou grupo para impêem inesperadamente condic6es & transferência
alienacao) foi classificado como detido para venda ou de um activo nêo corrente (ou grupo para alienacao),
vendido: anteriormente classificado como detido por venda,

168
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro - NCRF 8/9

gue ir&ao prolongar o periodo exigido para gue a a) Acordos de locacao para explorar ou usar minêrios,
venda seja concluida; e petréleo, gés natural e recursos similares nao rege-
i) Foram tomadas as accêes tempestivas necessê- neraveisie
rias para responder as condicêes;e b) Acordos de licenciamentos para itens tais Como
fitas cinematograficas, registos de video, pecas de
i) Se espere uma resolucëo favordvel dos factos
teatro, manuscritos, patentes e direitos de autor.
due condicionam o atraso;
3 -A Norma nêo se aplica a acordos gue sejam con-
c) Durante o periodo inicial de um ano, ocorrem €ir-
tratos de servicos gue nêo transfiram o direito de usar
cunstências gue foram anteriormente consideradas
activos de uma parte contratante para a outra, nao
improvêveis e, como resultado, um activo nêo cor-
devendo ser aplicada, igualmente, na mensuragëo de:
rente (ou grupo para alienacêo) anteriormente clas-
sificado como detido para venda nao é vendido até a) Propriedade detida por locatêrios gue seja contabi-
ao final desse periodo;e lizada como propriedade de investimento (ver
NCRF 11 —- Propriedades de Investimento)
i) Durante o periodo inicial de um ano, a entidade
b) Propriedade de investimento proporcionada pelos
envidou as acc6es necessêrias para responder
locadores segundo locac6es operacionais (ver
a alteracao nas circunstências;
NCRF 11 - Propriedades de Investimento);
ii) O activo nêo corrente (ou grupo para alienacao)
C) Activos biol6gicos detidos por locat4rios segundo
estê a ser amplamente publicitado a um preco
locacêes financeiras (ver NCRF 17 —- Agricultura); ou
gue é razoëvel, dada a alteracêo nas circunstên-
Cias;e d) Activos biolégicos proporcionados por locadores
segundo locac6es operacionais (ver NCRF 17 - Agri-
ii) Foi satisfeito o critério do pardgrafo 8.
Cultura).

Definicdes (parêgrafos 4a 6)
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
FINANCEIRO 9 4 — Os termos aue se seguem so usados
Norma com os significados especiticados:
nesta

LOCAGOES Comeco do prazo da locacao: é a data a partir da gual


o locatêrio passa a poder exercer o seu direito de usar o
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
activo locado. É a data do reconhecimento inicial da
por base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 17 —
locacëo (i.e. o reconhecimento dos activos, passivos,
Locac6es, adoptada pelo texto original do Regulamento
rendimentos ou gastos resultantes da locacêo, conforme
(CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 4 de Novembro.
for apropriado).
Sempre gue na presente norma existam remissoes
para as normas internacionais de contabilidade, entende- Custos directos iniciais: $ê0 custos incrementais due
-se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniao Euro- Sao directamente atribuiveis & negociacao e aceitacao
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do de uma locacêo, excepto os custos incorridos pelos
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em locadores fabricantes ou negociantes.
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) Infcio da locacêo: é a mais antiga de entre a data do
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
acordo de locacê&o e a de um compromisso assumido
pelas partes guanto as principais disposicées da loca-
Objectivo (pardgrafo 1) Gêo. Nesta data:
a) Uma locacêo é classificada como uma locacao
1 - O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
financeira ou uma locacao operacional; ë
Financeiro é o de prescrever, para locatdrios e locadores,
as politicas contabilisticas e divulgac6ées apropriadas a b) No caso de uma locaGêo financeira, sêo determina-
das as guantias a reconhecer no comeco do prazo
aplicar em relac&o a locacêes financeiras e operacionais.
da locacao.
Investimento bruto na locagao: é o agregado de:
Ambito (parégratos 2 e 3)
a) Os pagamentos minimos da locagao a receber pelo
2 - Esta Norma aplica-se a acordos ague transfiram o locador segundo uma locacgao financeira; e
direito de usar activos mesmo gue servicos substanciais
b) Oualguer valor residual nao garantido aue acresca
pelo locador possam ser postos em conexêo com o fun-
ao locador.
cionamento ou manutengao de tais activos, devendo ser,
igualmente, aplicada na contabilizacao de todas as loca- Investimento liduido na locacêo: é o investimento bruto
G6es gue nêo sejam: na locac&o descontado & taxa de juro implicita na locac&o.

169
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Rielato Financelro - NCRF 9

Justo valor: é a guantia pela aual um activo pode ser a opcêo de continuar a locar o activo, Com ou sem
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece- pagamento adicional, auando no inicio da locacêo for
doras e dispostas a isso, numa transaccao em due nao razoavelmente certo gue o locatêrio irê exercer a opGëo.
exista relacionamento entre elas. Renda contingente: é a parte dos pagamentos da loca-
Locacao: é um acordo pelo gual o locador transmite Ca&0 aue nao esta fixada em guantia mas antes baseada
na futura guantia de um factor gue se altera sem ser pela
ao locatêrio, em troca de um pagamento ou sêrie de
pagamentos, o direito de usar um activo por um periodo passagem do tempo (por exemplo, percentagem de futu-
de tempo acordado. ras vendas, guantidade de futuro uso, futuros indices de
precos, futuras taxas de juro do mercado).
Locacao financeira: é uma locacao due transfere subs-
tancialmente todos os riscos e vantagens inerentes a& Rendimento financeiro nêo obtido: é a diferenca entre:
posse de um activo. O titulo de propriedade pode ou a) O investimento bruto na locacao; e
nêo0 ser eventualmente transferido. b) O investimento liauido na locaGao.
Locac&o no canceldvel: é uma locacêo gue somente Taxa de juro implicita na locacao: ê a taxa de des-
pode ser cancelêvel: Conto gue, no inicio da locacao, faz com gue o valor pre-
a) Ap6s a ocorrência de alguma contingência remota; sente agregado de:
b) Com a permissêo do locador; a) Os pagamentos minimos da locagao; e
Cc) Se o locatêrio celebrar uma nova locacao para o b) O valor residual nêo garantido seja igual & soma:
mesmo activo ou para um activo eguivalente com o
c) Do justo valor do activo locado; e
mesmo locador; ou
d) Apés o pagamento pelo locatêrio de uma auantia d) De auaisaguer custos directos iniciais do locador.
adicional tal aue, no inicio da locacao, a continua- Taxa de juro incremental de financiamento do locatdrio: ê
Cêo da mesma seja razoavelmente certa. a taxa de juro gue o locat4rio teria gue pagar numa locaGao
Locacao operacional: é uma locacêo due nao seja semelhante ou, se isso nao for determindvel, a taxa due, no
uma locacao financeira.
inicio da locacëo, o locatêrio incorreria ao pedir empresta-
dos por um prazo semelhante, e com uma seguranca
Pagamentos minimos da loca€êo: sê0 os pagamentos semelnante, os fundos necessêrios para comprar o activo.
durante o prazo da locagao aue o locatêrio vai fazer, ou
gue Ihe possam ser exigidos, excluindo a renda contin- Valor residual garantido: ë
gente, custos relativos a servicos e impostos a serem a) No caso do locatêrio, a parte do valor residual gue
pagos pelo, e reembolsados ao, locador, juntamente seja garantida pelo locatêrio ou por uma parte rela-
COM: cionada com o locatêrio (sendo a guantia da garan-
a) No caso do locatêrio, guaisguer guantias garanti- tia a guantia maxima gue possa, em agualguer caso,
das pelo locatêrio ou por uma parte relacionada tornar-se pagêvel) e
com o locatêrio; ou b) No caso do locador, a parte do valor residual due
b) No caso do locador, gualguer valor residual garan-
seja garantida pelo locatêrio ou por um terceiro nêo
relacionado com o locador ague seja financeira-
tido ao locador:
mente capaz de satisfazer as obrigacêes coberlas
j) Pelo locataêrio;
ii) Por uma parte relacionada com o locatêrio; ou pela garantia.
ii) Por um terceiro nêo relacionado com o locador, Valor residual nêo garantido: é a parte do valor resi-
ague seja financeiramente capaz de satisfazer tal dual do activo locado, cuja realizacê&o pelo locador no
garantia. esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por
Contudo, se o locatêrio tiver a opcêo de comprar o uma parte relacionada com o locador.
activo por um preGo gue se espera ague seja suficiente- Vida econémica: é
mente mais baixo do gue o justo valor na data em gue a
a) O periodo durante o gual se espera gue um activo
OPGao se torne exercivel para gue, no inicio da locacêo,
seja economicamente utilizAvel por um ou mais
seja razoavelmente certo gue ela serê exercida, os
utentes; Ou
pagamentos minimos da locacê&o compreendem os
pagamentos minimos a pagar durante o prazo da loca- b) O niamero de unidades de producëo, ou similares,
Cê&o até & data esperada do exercicio desta opcêo de aue se espera aue seja obtido a partir do activo por
cCompra e o pagamento necessario para a exercer. um ou mais utentes.

Prazo da locacao: é o periodo nêo canceldvel pelo Vida atil: é


gual o locatêrio contratou locar o activo juntamente com a) O periodo durante o gual uma entidade espera due
aguaisaguer termos adicionais pelos auais o locatério tem um activo esteja disponivel para uSo; ou

170
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabllisticas e de Relato Financeiro - NCRF 8

b) O numero de unidades de produGëo ou similares a) A locacao transiere a propriedade do activo para o


gue uma entidade espera obter do activo. locat&rio no fim do prazo da locag&o;
Aauele periodo é contado a partir do comeco do prazo b) O locatêrio tem a opcéo de comprar o activo por um
da locaGëo e nêo estê condicionado pela duragêo do Dreco gue se espera due seja suficientemente mais
Gontrato, baixo do gue o justo valor & data em ague a opcao se
tore exercivel tal gue, no inicio da locacêo, seja
5 - Um acordo ou compromisso de locacëo pode
razoavelmente certo gue a opcêo serê exercida;
incluir uma disposigéo para ajustar os pagamentos da
Cc) O prazo da locacëo abrange a maior parte da vida
locacêo devido a alteracêes na construcéo ou no custo
e@con6mica do activo ainda aue o titulo de proprie-
de aauisicêo da propriedade locada ou devido a altera-
dade nêo seja transierido;
c6es numa outra mensuracao do custo ou valor, tal
como niveis de preGo gerais, ou nos custos de financia- d) No inicio da locacao o valor presente dos paga-
mento da locacëo por parte do locador, durante o mentos minimos da locacao ascende a pelo menos,
periodo entre o inicio da locagêo e o comeco do prazo substancialmente, todo o justo valor do activo
de locacao. Se assim for, para a finalidade desta Norma, locado;e
o efeito de tais alteracêes deve ser considerado como e) Os activos locados sêo de uma tal natureza espe-
tendo ocorrido no inicio da locacao. cializada aue apenas o locatêrio os pode usar sem
aue sejam feitas grandes modificacoes.
6 - A definic&o de uma locac&o inclui contratos para o
aluguer de um activo gue contenha uma clêusula gue dé 11 - Os indicadores de situacoes aue individualmente
Aguele aue toma de aluguer uma opcêo para adauirir o ou em combinac&o podem também conduzir a gue uma
direito ao activo ap6s o cumprimento das condic6es locac&o seja classificada como financeira sao:
acordadas. a) Se o locat4rio puder cancelar a locacao, as perdas
do locador associadas ao cancelamento $êo supor-
tadas pelo locatêrio;
Glassificacao de locacoes (paragrafos 7 a 19)
b) Os ganhos ou as perdas da flutuacao no justo valor
1- A classificacao de locac6es adoptada nesta Norma do residual serem do localtêrio (por exemplo sob a
baseia-se na extensêo até & dual os riscos e vantagens forma de um abatimento na renda ague iguale a
inerentes & posse de um activo locado permanecem no maior parte dos proventos das vendas no fim da
locador ou no locatêrio. Os riscos incluem as possibilida- locacao)e
des de perdas devidas a inactividade, obsolescência
c) O locatêrio tem a capacidade de continuar a loca-
tecnolégica e variacbes no retorno devidas a alteracoes
G&0 por um segundo periodo com uma renda aue
nas condicêes econémicas. As vantagens podem ser
seja substancialmente inferior & renda do mercado.
representadas pela expectativa de funcionamento lucra-
tivo durante a vida econdémica do activo e de ganhos 12 - Os exemplos e indicadores enunciados nos pard-
derivados de aumentos de valor ou de realizacao de um grafos 10 e 11 nem sempre sêo conclusivos. Se for claro
valor residual. com base noutras caracteristicas gue a locacdo nao
transfere substancialmente todos os riscos e vantagens
8 - Uma locacëo é classificada como locaGêo finan-
inerentes & posse, a locacëo é classificada como loca-
Ceira se ela transferir substancialmente todos os riscos e
C&0 operacional. Por exemplo, pode ser o caso se a pro-
vantagens inerentes & propriedade. Uma locacëo é clas-
priedade do activo se transferir no final da locacao
sificada como locac&o operacional se ela nao transferir
mediante um pagamento variëvel igual ao seu justo valor
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes
no momento, ou se existirem rendas contingentes, Como
a propriedade.
resultado das auais o locatêrio nêo tem substancial-
9 - Uma vez gue a transaccëo entre um locador e um mente todos os riscos e vanlagens.
locatêrio se baseia num acordo de locaGêo comum a
18 - A classificacêo é feita no inicio da locacêo. Se em
ambas as partes, é apropriado usar definic6es consis-
agualguer altura o locatêrio e o locador concordarem em
tentes. A aplicacêo destas definicoes as diferentes cir-
modificar as clausulas da locacao, excepto a renovaGao
Cunstências dos dois participantes pode algumas vezes
da locacëo, de tal maneira aue resultasse numa classifi-
fazer com aue a mesma locacao seja classificada de
Cacêo diferente da locacêo segundo o critério dos para-
maneira diferente pelo locador e pelo locatêrio.
grafos 7 a 12, caso as condic6es alteradas tivessem
10 - A classificac&o de uma locacêo como financeira estado em vigor no inicio da locacëo, o acordo revisto ê
Ou operacional depende da substência da transacgao e Considerado cComo um novo acordo durante o seu prazo.
nao da forma do contrato. Exemplos de situac6es aue Contudo, as alterac6es nas estimativas (por exemplo,
podem normalmente conduzir a gue uma locacêo seja alterac6es nas estimativas da vida econémica ou do
classificada como uma locacëo financeira sê0: valor residual da propriedade locada) ou alterac6es nas

171
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 9
SNC EXPLICADO

*
circunstências (por exemplo, incumprimento pelo locatê- ou operacional de acordo com os parêgrafos 7 a 13. Em
rio), nao dao origem a uma nova classificacao de uma tal caso, a vida econémica dos edificios é considerada
locaca&o para finalidades de contabilizacao. como a vida econ6émica da totalidade do activo locado.

14 — As locacëes de terrenos e edificios sao classifica- 18 —- A gestao separada dos elementos terrenos e edi-
das como locacêes operacionais ou financeiras da ficios nao é exigida auando os juros do locatêrio tanto
mesma maneira gue as locac6es de outros activos. Con- Com os terrenos como com os edificios forem classifica-
tudo, uma caracteristica dos terrenos é a de aue têm dos como propriedade de investimento de acordo com a
normalmente uma vida econémica indefinida e se naêo NCRF 11 — Propriedades de Investimento e for adoptado
for esperado gue a propriedade passe para o locataêrio o modelo do justo valor. Apenas sêo necessêrios calcu-
no fim do prazo da locacao, o locatêrio nêo recebe los pormenorizados para esta avaliacëo se a classifica-
substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes cao de um ou ambos os elementos for incerta.
& posse, caso em aue a locagao do terreno sera uma 19 - De acordo com a NCRF 11 - Propriedades de
locac&o operacional. Um pagamento feito na celebracao Investimento, é possivel a um locatêrio classificar um
ou aguisicao de uma detencao de locagêo gue seja con- interesse de propriedade detido mediante uma locaGao
tabilizada como locagêo operacional representa paga- operacional como propriedade de investimento. Se
mentos de locacêo adiantados ague sêo amortizados assim fizer, o interesse da propriedade é contabilizado
durante o prazo da locacêo de acordo com o modelo de como se fosse uma locacao financeira e, aléêm disso, o
beneficios proporcionado. modelo do justo valor é usado para o reconhecimento do
15 — Os elementos terrenos e edificios de uma locacao activo. O locatêrio deve continuar a contabilizar a loca-
de terrenos e edificios sêao considerados separadamente Cêo como locacêo financeira, mesmo ague um evento
para a finalidade da classificacao da locacêo. Caso se posterior altere a natureza do interesse de propriedade
espere aue o titulo de ambos os elementos passe para o do locatério de forma aue jê nêo seja classificado como
locatêrio no final do prazo da locaGêo, ambos sêo classi- propriedade de investimento. É este o caso se, por
ficados como locacëo financeira, guer sejam analisados exemplo, o locatêrio:
como uma locacëo ou Como duas, a nêo ser gue seja a) Ocupar a propriedade, a agual é depois transferida
claro com base noutras caracteristicas aue a locacao para propriedade ocupada pelo proprietêrio por um
nao transfere substancialmente todos os riscos e vanta- “custo considerado” ague seja igual ao seu justo
gens inerentes & posse de um ou ambos os elementos. valor & data da alteracao no USO; ou
Ouando o terreno tem uma vida econémica indefinida, o b) Conceder uma sublocaGêo aue transfira substan-
elemento terreno é normalmente classiticado como loca- cialmente todos os riscos e vantagens inerentes a
Cao operacional a nêo ser aue se espere ague o titulo propriedade do interesse para uma parte nêo rela-
passe para o locatêrio no final do prazo da locacêo, de cionada. Uma tal sublocacao é contabilizada pelo
acordo com o par&grafo 14. O elemento edificios ë clas- locatério como locac&o financeira a um terceiro,
sificado como locac&o financeira ou operacional de embora possa ser contabilizada como locacao ope-
acordo com os parêgrafos 7 a 13. racional pelo terceiro.
16 - Sempre gue for necessario para classificar e conta-
bilizar uma locacë&o de terrenos e edificios, os pagamen- Locacdes nas demonstracdes financeiras de locatêrios
tos minimos da locacao (incluindo agualguer pagamento
(paragrafos 20 a 31)
global & cabeca) sêo imputados entre os elementos terre-
nos e edificios em proporGao aos justos valores relativos Locac6es financeiras (parêgrafos 20 a 29)
dos juros da detencao de locaGëo no elemento terrenos e
no elemento edificios da locagao no inicio da locacao. Se Reconhecimento inicial (par&grafos 20 a 22)
OS pagamentos da locagêo nêo puderem ser fiavelmente
20 — No comeco do prazo de locacêo, os locatêrios
imputados entre estes dois elementos, a totalidade da
devem reconhecer as locacëes financeiras como activos
locagao é classificada como locacëo financeira, a nêo ser
e passivos nos seus balancos por aguantias iguais ao
ague seja claro ague ambos os elementos sêo locacdes
justo valor da propriedade locada ou, se inferior, ao valor
Operacionais, caso em ague a totalidade da locaGao ë
presente dos pagamentos minimos da locacëo, cada um
Classificada como locac&o operacional.
determinado no inicio da locacao. A taxa de desconta a
17 - Para uma locacëo de terrenos e edificios na aual usar no calculo do valor presente dos pagamentos mini-
a guantia gue seria inicialmente reconhecida para o ele- mos da locaGëo é a taxa de juro implicita na locacêo, se
mento terrenos, de acordo com o parêgrafo 20, seja ima- for praticêvel determinar essa taxa: se nêo for, deve ser
terial, os terrenos e os edificios podem ser tratados usada a taxa incremental de financiamento do locatêrio.
COmo uma unica unidade para a finalidade da classifica- Ouaisguer custos directos iniciais do locatêrio sêo adi-
G&o da locagao e classificados como locacêo financeira cionados & auantia reconhecida como activo.

172
SNC EXPLIGADO 7 Normas Contabilisticas e de Relate Financeiro —- NCRF 9

21 - Sao freguentemente incorridos custos directos ini- 27 - Para determinar se um activo locado estê em
ciais em ligac&o com actividades especificas da loca- imparidade, uma entidade aplica a NCRF 12 - Impari-
G&O, COMOo Na negociac&o e garantia de acordos de dade de Activos.
locacêo. Os custos identificados directamente como atri-
buiveis a actividades executadas pelo locatêrio para Divulgacies (pargrafos 28 e 29)
uma locacao financeira sêo incluidos como parte da 28 — Os locatêrios devem fazer as seguintes divulga-
guantia reconhecida como um activo sob locagao. coes relativas a locacbes financeiras:
22 — Néo é apropriado ague os passivos por activos a) Para cada categoria de activo, a guantia escritu-
locados sejam apresentados nas demonstracêes finan- rada liguida & data do balanco;
ceiras como uma deducao dos activos locados. Se para b) Uma reconciliacêo entre o total dos futuros paga-
a apresentacao de passivos na face do balanco for feita mentos minimos da locacao & data do balanco e o
uma distingao entre passivos correntes e nêo correntes, seu valor presente. Além disso, uma entidade deve
a mesma distinc&o deve ser feita para os passivos da divulgar o total dos futuros pagamentos minimos da
locacaêo. locacao & data do balanco, e o seu valor presente,
para cada um dos seguintes periodos.
Mensuracio subseguente (pardgrafos 23 a 27)
j) Nao mais de um ano;
23 - Os pagamentos minimos da locacao devem ser ii) Mais de um ano e nao mais de cinco anos;
repartidos entre o encargo financeiro e a redugaêo do ii) Mais de cinco anos;
passivo pendente. O encargo financeiro deve ser impu- c) As rendas contingentes reconhecidas como um
tado a cada periodo durante o prazo da locaGëo de gasto do periodo;
forma a produzir uma taxa de juro periodica constante
d) O total dos futuros pagamentos minimos de sublo-
sobre o saldo remanescente do passivo. As rendas con-
cac&0 gue se espera receber por sublocac6es nao
tingentes devem ser debitadas como gastos nos perio-
canceldveis & data do balanco; ë
dos em aue foram incorridas.
e) Uma descric&o geral dos acordos de locacêo signi-
24 — Uma locacëêo financeira dé origem a um gasto de ficativos do locatario incluindo, pelo menos, o
depreciacêo relativo ao activo depreciëvel assim como a
seguinte:
um gasto financeiro em cada periodo contabilistico. A
j) A base pela gual é determinada a renda contin-
politica de depreciacêo para os activos locados depre-
gente a pagar;
ciëveis deve ser consistente com a dos activos depre-
i) A existência e clausulas de renovaGêo ou de
ciëveis gue sejam possuidos e a depreciacao reconhe-
opcêées de compra e clêausulas de escalona-
cida deve ser calculada nas bases estabelecidas na
mento; &
NCRF 6 - Activos Intangiveis e NCRF 7 —- Activos Fixos
Tangiveis. Se nê&o houver certeza razoëvel de gue o ii) Restric6ées impostas por acordos de locaGao,
locatêrio obtenha a propriedade no fim do prazo da tais Como as aue respeitam a dividendos, divida
locacëo, o activo deve ser totalmente depreciado adicional e posterior locacao.
durante o prazo da locacëo ou da sua vida util, o gue for 29 — Além disso, os reguisitos da divulgacao segundo
mais curto. a NCRF 6 —- Activos Intangiveis, NCRF 7 —- Activos Fixos
25 - A guantia depreciëvel de um activo locado é Tangiveis, NCRF 11 - Propriedades de Investimento,
imputada a cada periodo contabilistico durante o NCRF 12 - Imparidade de Activos e NCRF 17 - Agricul-
periodo do uso esperado numa base sistemdatica consis- tura, aplicam-se a locatêrios por activos locados
tente com a politica de depreciacao gue o locatêrio segundo locac6es financeiras.
adopte para activos depreciëveis de aue seja proprietê-
rio. Se houver certeza razoëvel de gue o locatêrio obterd Locagoes operacionais (parêgrafos 30 e 31)
a propriedade no fim do prazo da locaG&o, o periodo de
Reconhecimento (par&grafo 30)
uso esperado é a vida util do activo; se tal nêao for possi-
vel o activo é depreciado durante o prazo da locaGëo ou 30 — Os pagamentos de uma locagêo operacional
da sua vida util, dos dois o mais curto. devem ser reconhecidos como um gasto numa base
linear durante o prazo da locacêo salvo se uma outra
26 — A soma do gasto de depreciacao do activo e do
base sistematica for mais representativa do modelo tem-
gasto financeiro do periodo raramente é a mesma ague a
poral do beneffcio do utente.
dos pagamentos da locac&o no periodo, sendo, por
isso, inadeauado simplesmente reconhecer os paga-
Divulgacdes (par&grafo 31)
mentos da locacëo como um gasto. Por conseguinte, ê
improvêvel gue o activo e o passivo relacionados sejam 31 — Os locatêrios devem fazer as seguintes divulga-
de guantia igual apés o inicio da locacao. c6es para as locac6es operacionais:

173
7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 9 SNC EXPLICADO

a) O total dos futuros pagamentos minimos da locaGêo locacao. A taxa de juro implicita na locacëo é definida
nas locac6es operacionais nao cancelêveis para de tal forma ague os custos directos iniciais sê0 automati-
cada um dos seguintes periodos: camente incluidos na conta a receber de locacêo finan-
j) Nêo mais de um ano; Ceira e nao hê necessidade de os adicionar separada-
mente. Os custos incorridos pelos locadores fabricantes
i) Mais de um ano e nêao mais de cinco anos;
Ou negociantes em ligacêo com a negociacao e aceita-
ii) Mais de cinco anos;
Ga&o de uma locacao estao excluidos da definicao de
b) O total dos futuros pagamentos minimos de sublo- Custos directos iniciais. Como resultado, sêo excluidos
Cacao gue se espera sejam recebidos nas subloca- do investimento liguido na locacao e sêo reconhecidos
cOes nao canceldveis & data do balanco; como um gasto guando o lucro da venda for reconhe-
c) Pagamentos de locaGao e de sublocagêo reconhe- cido, o gue para uma locacêo financeira é normalmente
cidos como um gasto no periodo, com auantias no comeco do prazo da locacêo.
separadas para pagamentos minimos de locaGêo,
rendas contingentes e pagamentos de sublocacëêo; Mensuracdo subseguente (parêgrafos 35 a 40)
d) Uma descric&o geral dos acordos de locacëo signi- 35 — O reconhecimento do rendimento financeiro deve
ficativos do locat4rio incluindo, pelo menos, o ser baseado num modelo aue reflicta uma taxa de
seguinte: retorno peri6ëdica constante sobre o investimento liguido
j) A base pela gual é determinada a renda contin- do locador na locagao financeira.
gente a pagar;
36 — Sao regularmente revistos os valores residuais
ii) A existência e clausulas de renovacao ou de
estimados nao garantidos usados no cêlculo do investi-
opcêes de compra e clêusulas de escalona-
mento bruto do locador numa locaGao. Se tiver havido
mento;e
uma reduao no valor residual estimado nêo garantido, é
ii) Restric6es impostas por acordos de locacëo, revista a imputacao do rendimento durante o prazo da
tais como as ague respeitem a dividendos, divida locagao e dualguer reducao no due respeila a guantias
adicional e posterior locacao. jê acrescidas é imediatamente reconhecida.

37 - Um activo envolvido numa locacao financeira gue


Locac6es nas demonstracëes financeiras de locadores esteja classificado como detido para venda (ou incluido
(paragrafos 32 a 50) Num grupo para alienaG&o, aue esteja classificado como
detido para venda) de acordo com a NCRF 8 — Activos
Locagoes financeiras (parêgrafos 32 a 41) Nê&o Correntes Detidos para Venda e Unidades Opera-
cionais Descontinuadas, deve ser contabilizado de
Reconhecimento inicial (parigrafos 32 a 34)
acordo com essa Norma.
32 — Os locadores devem reconhecer os activos deti-
38 - Os locadores fabricantes ou negociantes devem
dos sob uma locacëo financeira nos seus balancos e
reconhecer lucro ou perda de venda no periodo, de
apresent4-los como uma conta a receber por uma guan-
acordo com a politica seguida pela entidade para ven-
tia igual ao investimento liguido na locacao.
das imediatas. Se forem fixadas taxas de juro artificial-
33 — Substancialmente, numa locacëo financeira todos mente baixas, o lucro de venda deve ser restrito ao due
OS riscos e vantagens inerentes & propriedade legal sêo se aplicaria se uma taxa de juro do mercado fosse debi-
transferidos pelo locador, & por conseguinte os paga- tada. Os custos incorridos pelos locadores fabricantes
mentos da locagêo a receber sêo tratados pelo locador Ou negociantes em ligacêo com a negociacao e aceita-
Como reembolso de capital e rendimento financeiro para cao de uma locacao devem ser reconhecidos como um
reembolsar e recompensar o locador pelo seu investi- gasto guando o lucro da venda for reconhecido.
mento e servicos.
49 — O rédito de vendas reconhecido no comeGo do
34 — Os custos directos iniciais s&0 muitas vezes incor- prazo de uma locacëo financeira por um locador fabri-
ridos por locadores e incluem aguantias como comissêes, Cante ou negociante é o justo valor do activo, ou, se
honorêrios legais e custos internos gue sejam incremen- mais baixo, o valor presente dos pagamentos minimos
tais e directamente atribuiveis & negociac&o e aceitacêo da locacêo due acresca ao locador, calculado a uma
da locagêo. Exclyem gastos gerais como aagueles gue taxa de juro do mercado. O custo de venda reconhecido
sêo incorridos por uma eguipa de vendas e marketing. no comeco do prazo da locagao é o custo, ou a guantia
Para locacêes financeiras gue nêo sejam as gue envol- escriturada se diferente, da propriedade locada menos o
vem locadores fabricantes ou negociantes, os custos valor presente do valor residual nêo garantido. A dife-
directos iniciais sê0 incluidos na mensuraG&o inicial da renca entre o rédito da venda e o custo da venda é 0
CONta a receber de locagëêo financeira e reduzem a lucro da venda, gue é reconhecido de acordo com a
aguantia de rendimento reconhecida durante o prazo da politica seguida pela entidade para as vendas.

174
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro - NCAF 9

A0 —- Os locadores fabricantes ou negociantes indicam em ague o beneficio do uso do activo locado seja dimi-
algumas vezes taxas de juro artificialmente baixas a fim nuIdo.
de atrair clientes. A utilizag&o de tal taxa resultaria numa 45 — Os custos directos iniciais incorridos pelos loca-
parte excessiva do rendimento total da transaccêo ser dores ao negociar e aceitar uma locaGao operacional
reconhecida no momento da venda. Se forem fixadas devem ser adicionados &A guantia escriturada do activo
taxas de juro artificialmente baixas, o lucro da venda locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo
seria restrito ao gue se aplicaria se uma taxa de juro do da locacëo na mesma base do rendimento da locacao.
mercado fosse debitada.
46 — A politica de depreciacao para activos locados
Divulgacdes (paragrafo 41) depreciëveis deve ser consistente com a politica de
depreciacao normal do locador para activos semelhan-
41 — Os locadores devem fazer as seguintes divulga-
tes, e a depreciacaAo deve ser calculada de acordo com
cêes para locac6es financeiras:
a NCRF 6 — Activos Intangiveis e a NCRF 7 - Activos
a) Uma reconciliac&o entre o investimento bruto na Fixos Tangiveis.
locacêo & data do balanco, e o valor presente dos
pagamentos minimos da locacao a receber & data A7 — Para determinar se um activo locado ficou em
do balanco. Além disso, uma entidade deve divul- imparidade, uma entidade aplica a NCRF 12 - Impari-
gar o investimento bruto na locacêo e o valor pre- dade de Activos.
sente dos pagamentos minimos da locacao a rece- 49 — Um locador fabricante ou negociante nêo reco-
ber na data do balanco, para cada um dos nhece agualguer lucro de venda ao celebrar uma loca-
periodos seguintes: GO operacional porague esta nao é eguivalente a uma
j) Nao mais de um ano; venda.
ii) Mais de um ano e nao mais de cinco anos;
ii) Mais de cinco anos; Divulgacêes (par&grafos 49 e 50)
b) Rendimento financeiro nao obtido; 49 — Os locadores devem fazer as seguintes divulga-
c) Os valores residuais naAo garantidos ague acrescam c6es para as locagëes operacionais:
ao beneficio do locador; a) Os futuros pagamentos minimos da locacêo sob
d) A deducëo acumulada para créditos incobraveis locacëes operacionais nao cancelêveis no agre-
dos pagamentos minimos da locaGao a receber; gado e para cada um dos periodos seguintes:
e) As rendas contingentes reconhecidas como rendi- j) Nao mais de um ano;
mento durante o periodo; e ii) Mais de um ano e nao mais de cinco anos;
f) Uma descricao geral dos acordos signiticativos de iii) Mais de cinco anos;
locag&o do locador. b) O total das rendas contingentes reconhecidas
como rendimento durante o periodo;
Locacdes operacionais (pargrafos 42 a 50) c) Uma descricao geral dos acordos de locacao do
locador.
Reconhecimento (parêgrafos 42 a 48)
50 — Alêm disso, os reauisitos de divulgacêo segundo
4? — Os locadores devem apresentar os activos sujel-
tos a locacêes operacionais nos seus balancos de a NCRF 6 — Activos Intangiveis, NCRF 7 — Activos FixOs
acordo com a natureza do activo.
Tangiveis, NCRF 11 - Propriedades de Investimento,
NCRF 12 - Imparidade de Activos e NCRF 17 — Agricul-
43 — O rendimento proveniente de locacêes operacio- tura, aplicam-se a locadores por activos segundo loca-
nais deve ser reconhecido no rendimento numa base Cées operacionais.
linear durante o prazo da locaGao, salvo se outra base
sistemdatica for mais representativa do modelo temporal
em ague o beneficio do uso do activo locado seja dimi- Transaccies de venda seguida de locago (parêgrafos
nuido por incentivo concedido pelo locador. 51a 59)
44 — Os custos, incluindo a depreciagêo, incorridos
Reconhecimento (parêgrafos 51 a 58)
para se obter o rendimento de locacêo sê0 reconheci-
dos como um gasto. O rendimento de locaGao 51 —- Numa transaccêo de venda seguida de locaGêo,
(excluindo recebimentos de servicos proporcionados o pagamento da locaGêo e o preco de venda sêo geral-
tais como seguros e manutengao) é reconhecido numa mente interdependentes por serem negociados num
base linear durante o periodo da locag&o mesmo due os pacote. O tratamento contabilistico de uma transaccao
recebimentos nao o sejam, a menos gue uma outra base de venda seguida de locac&o depende do tipo de loca-
sistematica seja mais representativa do modelo temporal Cao envolvido.

175
7 Normas Cantabilisticas e de Relata Financeira - NCRF 9/10 SNC EXPLICADO

52 - Se uma transacoao de venda seguida de locagêo NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO


resultar numa locacao financeira, aualaguer excesso do
provento da venda sobre a guantia escriturada nao deve
FINANGEIRO 10
ser imediatamente reconhecido como rendimento pelo
vendedor-locatêrio, mas sim diferido e amortizado
CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
durante o prazo da locacao. Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
por base a Norma Internacional de Contabilidade |AS 23 —
53 — Se a venda seguida de locacao resultar numa
Custos de Empréstimos Obtidos, adoptada pelo texto ori-
locacao financeira, a tansace&o é um meio pelo aual o
ginal do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo,
locador proporciona meios financeiros ao locatêrio, com
de 3 de Novembro.
o activo como garantia. Por esta razêo nêo ê apropriado
Considerar como rendimento um excesso do produto da Sempre aue na presente norma existam remissêes
venda sobre a guantia escriturada. Tal excesso é dife- para as normas internacionais de contabilidade, entende-
rido e amortizado durante o prazo da locacao. -se gue estas se referem as adoptadas pela Uniao Euro-
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
54 — Se uma transaccao de venda seguida de locac4o
Parlamento Europeu e do Conselho de i9 de Julho e, em
resultar numa locac&o operacional, e for claro gue a
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
tansaceao é estabelecida pelo justo valor, gualguer n. 1126/2008 da Comissêo, de 4 de Novembro.
lucro ou perda deve ser imediatamente reconhecido.

55 - Se o preco de venda estiver abaixo do justo valor,


Objectivo (paragrafo 1)
gualguer lucro ou perda deve ser imediatamente reco-
nhecido, a menos gue a perda esteja compensada por 1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
pagamentos futuros da locacao abaixo do preco de mer- Financeiro é o de prescrever o tratamento dos custos de
Cado. Neste caso tal lucro ou perda deve ser diferido e empréstimos obtidos. Esta Norma exige aue, de uma
amortizado na proporcêo dos pagamentos da locacëo forma geral, eles sejam imediatamente considerados
durante o periodo pelo agual se espera gue o activo seja COmo gastos do periodo, excepto guanto aos custos de
usado. empréstimos obtidos gue sejam directamente atribuiveis &
Aduisic&0, coNstrucëo ou producëo de um activo due se
56 — Se o preco de venda estiver acima do justo valor,
gualifica, caso em gue é permitida a sua capitalizacao.
Oo excesso sobre o justo valor deve ser diferido e amorti-
zZado durante o periodo pelo agual se espera gue o activo
seja usado. Ambito (paragratos 2 e 3)
97 - Se a venda seguida de locacao resultar numa 2 — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao
locagêo operacional, e os pagamentos da locacêo e o dos custos de empréstimos obtidos.
preco de venda estiverem estabelecidos pelo justo valor, 3 - Esta Norma nêo trata do custo real ou imputado do
houve com efeito uma operacêo de venda normal e capital préprio, incluindo o capital preferencial nao clas-
agualguer lucro ou perda é imediatamente reconhecido. sificado como passivo.
58 - Para as locac6es operacionais, se o justo valor na
altura de uma transaccao de venda seguida de locacêo Definic6es (paragrafos 4a 6)
for menor do gue a guantia escriturada do activo, deve
ser imediatamente reconhecida uma perda igual & dife- 4 — Os termos ague se seguem sêo usados nesta
renca entre a guantia escriturada e o justo valor. Norma com os significados especificados:
Activo gue se agualifica: é um activo gue leva necessa-
Divulgaces (par&grafo 59) riamente um periodo substancial de tempo para ficar
pronto para o seu uso pretendido ou para venda.
$9 — Os reauisitos de divulgacêo para locatêrios e loca-
dores aplicam-se igualmente a transaccêes de venda Custos de empréstimos obtidos: sê0o os custos de
seguida de locacêo. A descricêo exigida dos acordos juros e outros incorridos por uma entidade relativos aos
significativos de locaG&o conduz & divulgacêo de clêusu- pedidos de empréstimos de fundos.
las unicas ou invulgares do acordo ou das clédusulas das 5 — Os custos de empréstimos obtidos incluem:
transacc6es de venda seguida de locac&o.
a) Juros de descobertos bancarios e de empréstimos
Obtidos a curto e longo prazo;
Data de eficêcia (par&grafo 60) b) Amortizacêo de descontos ou de prémios relacio-
60 —- Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do nados com empréstimos obtidos;
primeiro periodo gue se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro Cc) Amortizacêo de custos acessêrios incorridos em
de 2010. ligacêo com a obtencéo de empréstimos;

176
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 10

d) Encargos financeiros relativos a locac6es financel- poderiam de outra maneira ser evitados. Tal dificuldade
ras reconhecidas de acordo com a Norma Contabi- Ocorre, por exemplo, auando a actividade financeira de
listica e de Relato Financeiro 9 - Locacêes; e uma entidade seja centralmente coordenada. Também
e) Diferencas de cAmbio provenientes de emprésti- surgem dificuldades guando um grupo usa uma varie-
mos obtidos em moeda estrangeira até ao ponto dade de instrumentos de divida para pedir fundos
em gue sejam vistos como um ajustamento da emprestados a taxas de juro variëveis e empresta esses
custo dos juros. fundos em bases variadas a outras entidades no grupo.
Outras complicacêes surgem através do uso de emprés-
6 - Exemplos de activos gue se dualificam sao os timos estabelecidos em ou ligados a moedas estrangei-
inventérios gue exijam um periodo substancial de tempo ras, guando o grupo opera em economias altamente
para os pêr numa condicao vendêvel, instalacêes indus-
inflaciondêrias, e de flutuac6es em taxas de cêAmbio. Como
triais, instalac6es de geracêo de energia e propriedades conseguência, a determinacao da auantia dos custos de
de investimento. Outros investimentos e inventêrios gue
empréstimos obtidos ague sejam directamente atribuiveis
sejam de forma rotineira fabricados ou de aualguer a aguisico de um activo aue se agualifica é dificil sendo
forma produzidos em grandes aguantidades numa base de exigir o exercicio de bom senso.
repetitiva durante um curto periodo de tempo nêo sêo
activos gue se aualificam. Os activos gue estejam pron- 12 - Até ao ponto em ague sejam pedidos fundos
tos para o seu uso pretendido ou venda auando adauiri- emprestados especificamente com o fim de obter um
dos também nêo sêo activos gue se gualificam. activo aue se gualifica, a guantia dos custos de emprés-
timos obtidos elegivel para capitalizacao nesse activo
deve ser determinada como os custos reais dos emprés-
Reconhecimento (parégrafos 7 a 25) timos obtidos incorridos nesse empréstimo durante o
7 - Os custos de empréstimos obtidos devem ser periodo menos aualguer rendimento de investimento
reconhecidos como um gasto no periodo em due sejam temporêrio desses empréstimos.
incorridos, excepto nos casos em due sejam capitaliza-
13 — Os acordos de financiamento de um activo due se
dos de acordo com o paragrafo 9.
agualifica podem fazer com aue uma entidade obtenha
8 — Os custos de empréstimos obtidos ague sejam fundos pedidos de emprêstimo e incorra em custos de
directamente atribuiveis & aaguisicao, construcëo ou pro- empréstimos associados antes de alguns ou todos os
ducao de um activo gue se aualifica podem ser capitali- fundos serem usados para dispêndios no activo due se
zados como parte do custo desse activo, guando seja agualifica. Em tais circunstências, os fundos sêo muitas
provavel gue deles resultar&o beneficios econémicos vezes temporariamente investidos aguardando o seu
futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavel- dispêndio no activo gue se agualifica. Ao determinar a
mente mensurados. A guantia de custos de empréstimos auantia dos custos de emprêstimos obtidos elegiveis
obtidos elegivel para capitalizacêo deve ser determi- para capitalizac&o durante um periodo, gualaguer rendi-
nada de acordo com esta Norma. mento do investimento gerado de tais fundos é deduzido
9 — Pelo tratamento preconizado permite-se gue os dos custos incorridos nos empréstimos obtidos.
Custos de empréstimos obtidos gue sejam directamente 14 — Na medida em gue os fundos sejam pedidos de
atribuiveis & aaguisic&o, construc&o ou producao de um uma forma geral e usados com o fim de obter um activo
activo sejam incluidos no custo desse activo. ague se agualifica, a guantia de custos de empréstimos
obtidos elegiveis para capitalizacêo deve ser determi-
Custos de empréstimos obtidos elegiveis para capitali- nada pela aplicac&o de uma taxa de capitalizacêo aos
ZaGa0 (parêgrafos 10 a 15) dispêndios respeitantes a esse activo. A taxa de capitali-
10 - Os custos de empréstimos obtidos gue sejam zZacao deve ser a média ponderada dos custos de
directamente atribuiveis & aguisicêo, construcéo ou pro- empréstimos obtidos aplicêvel aos empréstimos contrai-
ducêo de um activo gue se aualifica sêo os custos de dos pela entidade aue estejam em circulacêo no periodo,
empréstimos obtidos ague teriam sido evitados se o dis- ague nio sejam empréstimos contraidos especificamente
pêndio no activo ague se aualifica nao tivesse sido feito. com o fim de obter um activo gue se gualifica. A guantia
Ouando uma entidade contrai empréstimos especifica- dos custos de empréstimos obtidos capitalizados duranie
mente com o fim de obter um particular activo due se um periodo nao deve exceder a guantia dos custos de
aualifica, os custos dos empréstimos obtidos gue este- empréstimos obtidos incorridos durante o periodo.
jam relacionados directamente com esse activo gue se 15 — Em algumas circunstências, é apropriado incluir
aualifica podem ser prontamente identificados.
todos os empréstimos obtidos da empresa-mae e das
11 - Pode ser dificil identificar um relacionamento suas subsidiérias guando seja calculada uma média pon-
directo entre certos empréstimos obtidos e um activo gue derada dos custos dos empréstimos obtidos. Noutras cir-
se gualifica e determinar os empréstimos obtidos gue cunstências, é apropriado para cada subsidiëria usar

SNCE-12
SNC EXPLICADO
- NCRF 10
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira

uma média ponderada dos custos dos empréstimos


obti- Suspensio da capitalizagao (par&grafos 20 e 21)
obtidos.
dos aplicavel aos seus préprios empréstimos 20 - A capitalizacëo dos custos dos empréstimos obti-
dos deve ser suspensa durante os periodos extensos
Excesso da guantia escriturada do activo gue se guali- em aue o desenvolvimento das actividades a aue se
fica sobre a guantia recuperdvel (parégrafo 16) refere o par&grafo 17 c) seja interrompido.
16 — Ouando a auantia escriturada ou o ultimo custo 21 — Os custos de emprêstimos obtidos podem ser
esperado do activo aue se agualifica exceda a sua incorridos durante um periodo extenso em due sejam
guantia recuperdvel ou o seu valor realizével liguido, a interrompidas as actividades necessêrias para preparar
guantia escriturada é reduzida ou anulada de acordo um activo para o seu uso pretendido ou para a sua
com as exigências de outras Normas Contabilisticas e venda. Tais custos sêo custos de detencao de activos
de Relato Financeiro. Em certas circunstências, a
parcialmente concluidos e nao sêo aualificêveis para
auantia da reducao ou do abate é revertida de acordo capitalizacêo. Porém, a capitalizacêo dos custos de
com essas outras Normas Contabilisticas e de Relato
empréstimos obtidos nao é normalmente suspensa
Financeiro.
durante um periodo auando esteja sendo levado a efeito
trabalho técnico e administrativo substancial. A capitali-
Inicio da capitalizacao (pargrafos 17 a 19)
zZacao dos custos de empréstimos obtidos também nêo
17 — A capitalizac&o dos custos de empréstimos obti- é suspensa aguando uma demora temporêria seja uma
dos como parte do custo de um activo gue se agualifica parte necessêria do processo de tornar um activo pronto
deve comecar guando: para o seu uso pretendido ou para a sua venda. Por
a) Os dispêndios com o activo estejam a ser incorridos; exemplo, a capitalizacao continua durante o periodo
b) Os custos de empréstimos obtidos estejam a ser necessêrio alargado para aue alguns inventêrios atinjam
incorridos; e a maturacëo ou o periodo alargado durante o gual os
niveis altos das &guas atrasam a construcëo de uma
Cc) As actividades gue sejam necessêrias para prepa-
ponte, se tais niveis de Agua altos sêo usuais durante o
rar o activo para o seu uso pretendido ou venda
periodo da construcao na regiëo geogrêfica envolvida.
estejam em curso.
18 - Os dispêndios de um activo gue se aualifica Cessacio da capitalizacao (pargrafos 22 a 25)
incluem somente os dispêndios aue tenham resultado
22 — A capitalizac&o dos custos dos empréstimos obti-
em pagamentos de caixa, transferência de outros acti-
dos deve cessar guando substancialmente todas as
vos ou a assunc&o de passivos gue incorram em juros.
Os dispêndios sêo reduzidos por auaisaguer pagamentos actividades necessêrias para preparar o activo elegivel
progressivos recebidos. A guantia escriturada média do para o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam
concluidas.
activo durante um periodo, incluindo os custos de
empréstimos obtidos previamente capitalizados é nor- 23 — Um activo esté normalmente pronto para o seu
malmente uma aproximagêo razoëvel dos dispêndios uso pretendido ou para a sua venda auando a constru-
aos guais a taxa de capitalizacao é aplicada nesse cao fisica do activo estiver concluida mesmo se o traba-
periodo. Iho administrativo de rotina puder ainda continuar. se
19 — As actividades necessêrias para preparar o activo modificacées menores, tais como a decoracao de uma
para o seu uso pretendido ou para a sua venda englo- propriedade conforme as especificacêes do comprador
bam mais do gue a construgao fisica do activo. Elas ou do utente, sejam tudo o gue estê por completar, isto
englobam o trabalho técnico e administrativo anterior ao indica ague todas as actividades estao substancialmente
comeco da construcao fisica tais como as actividades concluidas.
associadas com a obtencêo de licencas antes do ?2A — Ouando a construcëo de um activo gue se aguali-
comeco da construcëo fisica. Porém, tais actividades fica for concluida por partes e cada parte estiver em
excluem a detencéo de um activo guando nenhuma pro-
condicêes de ser usada enaguanto a construcao continua
duGaêo ou acc&o aue altere a condicao do activo esteja a
noutras partes, a capitalizacao dos custos de emprêsti-
ter lugar. Por exemplo, os custos de empréstimos obti-
mos obtidos deve cessar guando todas as actividades
dos incorridos enguanto um projecto esteja em fase de
necessêrias para preparar essa parte para o seu preten-
desenvolvimento sao capitalizados durante o periodo em
dido uso ou venda estejam concluidas.
aue as actividades relacionadas com o desenvolvimento
estejam a decorrer. No entanto, os custos de emprésti- 25 — Um pargue empresarial compreendendo vêrios
mos obtidos incorridos enauanto terrenos adauiridos edificios em gue cada um deles pode ser usado indivi-
para fins de construcêo sejam detidos sem agualguer dualmente é um exemplo de um activo gue se gualifica
actividade associada de desenvolvimento, nêo sêo ele- relativamente ao gual cada parte estê em condic6es de
giveis para capitalizacao. ser usada embora a construcao continue noutras partes.

178
SNC EXPLIGADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relata Financelro — NCRF 10/11

Um exemplo de um activo gue se agualifica aue neces- 4 — Esta Norma aplica-se, nomeadamente, & mensura-
sita de estar concluido antes de ague cada parte possa G&o nas demonstracêes financeiras de um locatêrio de
ser usada é uma instalac&o industrial aue envolve vêrios interesses de propriedades de investimento detidos numa
processos ague sejam executados em sedguência em locagêo contabilzada como locacëo financeira e a men-
diferentes partes da f&brica dentro do mesmo local, tal SuraGëo nas demonstrac6es financeiras de um locador de
como uma laminagem de ago. propriedades de investimento disponibilizadas a um loca-
têrio numa locacao operacional. Esta Norma nêo trata de
Divulgacëo (par&grafo 26) matérias cobertas pela NCRF 9- Locacêes, incluindo:
a) Classificacao de locac6es como locacëes financei-
26 — As demonstracêes financeiras devem divulgar: ras ou locac6es operacionais;
a) A politica contabilistica adoptada nos custos dos b) Reconhecimento de rendimentos de locacëes resul-
empréstimos obtidos; tantes de propriedades de investimento (ver tam-
b) A auantia de custos de empréstimos obtidos capi- bém NCRF 20 - Rédito);
talizada durante o periodo;e c) Mensuracêo nas demonstracë6es financeiras de um
C) A taxa de capitalizacêo usada para determinar a locatêrio de interesses de propriedade detidos
aguantia do custo dos empréstimos obtidos elegiveis segundo uma locacao contabilizada como locacëêo
para capitalizacao. operacional;
d) Mensuracêo nas demonstrac6es financeiras de um
locador, do seu investimento liguido numa locac&o;
Data de eficêcia (pargrafo 27)
e) Contabilizacao de transaccêes de venda seguida
21 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do de locacao;
primeiro periodo ague se inicie em ou apêés 1 de Janeiro
f) Divulgac6es acerca de locac6es financeiras e de
de 2010. locacëes operacionais.

4 — Esta norma nêo se aplica a:


a) Activos biolégicos relacionados com a actividade
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO agricola (ver NCRF 17 - Agricultura);
FINANCEIRO 11 b) Direitos minerais e reservas minerais tais como
petréleo, gas natural e recursos nêo regenerativos
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO semelhantes (ver a NCRF 16 - Exploracao e Avalia-
Ca&o de Recursos Minerais).
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 40 —-
Propriedades de Investimento, adoptada pelo texto origi- Definicdes (pardgrafos 5 a 15)
nal do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de
5 —- Os termos gue se seguem sêo0 usados nesta
3 de Novembro.
Norma com os significados especificados:
Sempre ague na presente norma existam remissêes
para as normas intermacionais de contabilidade, entende- Custo: é a guantia de caixa ou seus eguivalentes paga
-se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro- Ou o justo valor de outra retribuicê&o dada para adauirir
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do um activo no momento da sua aguisic&o ou construcëéo
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em ou, guando aplicavel, a auantia atribuida a esse activo
Conformidade com o texto original do Regulamento (CE) aguando do reconhecimento inicial de acordo com os
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. reguisitos especificos de outras NCRF.
Justo valor: é a guantia pela gual um activo pode ser
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
Objectivo (pargrafo 1)
doras e dispostas a isso, numa transaccao em ague nao
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato exista relacionamento entre elas.
Financeiro é o de prescrever o tratamento contabilistico
Propriedade de investimento: é a propriedade (terreno
de propriedades de investimento e respectivos reguisi-
ou um edificio —- ou parte de um edificio - ou ambos)
tos de divulgacao.
detida (pelo dono ou pelo locatêrio numa locaGëo finan-
Ceira) para obter rendas ou para valorizagao do capital
Ambito (par&grafos 2 a 4) ou para ambas as finalidades, e nêo para:
2 - Esta Norma deve ser aplicada no reconhecimento, a) Uso na producao ou fornecimento de bens ou servi-
mensuragao e divulgacao de propriedades de investi- cos ou para finalidades administrativas; ou
mento. b) Venda no curso ordinario do negécio.

179
SNC EXPLICADO
7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financeira — NCRF 11

Propriedade ocupada pelo dono: é a propriedade d) Um edificio gue esteja desocupado mas detido
para ser locado segundo uma ou mais locacêes
detida (pelo dono ou pelo locatêrio numa locacêo finan-
ou operacionais.
ceira) para uso na producao ou formnecimento de bens
servicos ou para finalidades administrativas. 9 - Seguem-se exemplos de itens gue néêo sêo pro-
priedades de investimento, estando, por isso, fora do
Ouantia escriturada: é a guantia pela gual um activo é
Ambito desta Norma:
reconhecido no Balanco, apês a deducêo de aualguer
depreciacAolamortizacêo acumulada e de perdas por a) Propriedades destinadas & venda no curso ordinêrio
imparidade acumuladas inerentes. do neg6cio ou em vias de construGêo ou desenvolvi-
mento para tal venda (ver NCRF 18 — Inventêrios),
6 — Um interesse de propriedade gue seja detido por por exemplo, propriedade adauirida exclusivamente
um locatêrio numa locac&o operacional pode ser Classifi- com vista a alienacao subseauente no futuro prê-
cado e contabilizado como propriedade de investimento ximo ou para desenvolvimento e revenda;
se, e apenas se, a propriedade satisfizer de outra forma
b) Propriedade ague esteja a ser construida ou desen-
a definicao de uma propriedade de investimento e o
volvida por conta de terceiros (ver NCRF 19 — Con-
locat&rio usar o modelo do justo valor definido nos parê-
Esta classifi- tratos de Construcêo);
grafos 35 a 57 para o activo reconhecido.
CaGao alternativa estê disponivel numa base de proprie- Cc) Propriedade ocupada pelo dono (ver NCRF 7 -
dade por propriedade. Contudo, uma vez escolhida esta Activos Fixos Tangiveis), incluindo (entre outras coi-
classificacéo alternativa para um interesse de proprie- sas) propriedade detida para futuro uSo COMo pro-
dade deste género detido segundo uma locacêo opera- priedade ocupada pelo dono, propriedade detida
classificadas como pro- para futuro desenvolvimento e uso subseguente
cional, todas as propriedades
priedade de investimento devem ser contabilizadas como propriedade ocupada pelo dono, proprie-
usando o modelo do justo valor. Ouando esta classifica- dade ocupada por empregados (paguem ou nêo os
empregados rendas a taxas de mercado) e proprie-
Cao alternativa for escolhida, gualaguer interesse assim
classificado é incluido nas divulgac6es exigidas nos dade ocupada pelo dono aguardando alienacao;
parêgrafos 76 a 79. d) Propriedade ague esteja a ser construida ou desen-
volvida para futuro uso como propriedade de inves-
7 - As propriedades de investimento sêo detidas para
timento. A NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis aplica-
obter rendas ou para valorizagêo do capital ou para
se a tal propriedade até ague a construG&o ou o
ambas as finalidades. Por isso, uma propriedade de
desenvolvimento esteja concluido, momento em
investimento gera fluxos de caixa altamente independen-
gue a propriedade se torna propriedade de investi-
tes dos outros activos detidos por uma entidade. Isto
mento e em gue se aplica esta Norma. Porém, esta
distingue as propriedades de investimento de proprieda- Norma aplica-se a propriedades de investimento
des ocupadas pelos donos. A producao ou fornecimento existentes gue estejam a ser desenvolvidas de novo
de bens ou servicos (ou o uso de propriedades para para futuro uso continuado como propriedade de
finalidades administrativas) gera fluxos de caixa gue sê0 investimento (ver parégrafo 60).
atribuiveis nao apenas &s propriedades, mas tambêm a
outros activos usados no processo de producëo ou de 10 — Algumas propriedades compreendem uma parte
fornecimento. A NCRF 7 —- Activos Fixos Tangiveis aue é detida para obter rendas ou para valorizacao de
aplica-se a propriedades ocupadas pelos donos. capital e uma outra parte gue é detida para uso na pro-
ducëo ou fornecimento de bens ou servicos ou para fina-
8-O gue se segue sêo exemplos de propriedades de lidades administrativas. Se estas partes puderem ser
investimento: vendidas separadamente (ou locadas separadamente
a) Terrenos detidos para valorizacao do capital a segundo uma locaco financeira), uma entidade conta-
longo prazo e nêéo para venda a Ccurto prazo no bilizaré as partes separadamente. Se as partes nê0
Curso ordindrio de negocios; puderem ser vendidas separadamente, a propriedade
b) Terrenos detidos para uso futuro ainda nêo determi- s6 & uma propriedade de investimento se uma parte nao
nado (se uma entidade nao tiver determinado due significativa for detida para uso na producao ou forneci-
usarê o terreno como propriedade ocupada pelo mento de bens ou servicos ou para finalidades adminis-
dono ou para venda a curto prazo no curso ordina- trativas.
rio do negêcio, o terreno é considerado como 11 — Em alguns casos, uma entidade proporciona sel-
detido para valorizac&o do capital); vicos de apoio aos ocupantes de uma propriedade due
c) Um edificio gue seja propriedade da entidade (ou ela detenha. Uma entidade trata tal propriedade como
detido pela entidade numa locacêo financeira) e propriedade de investimento se os servicos forem insig-
ague seja locado segundo uma ou mais locac6es nificantes em relacê&o ao acordo como um todo. Um
Operacionais; exemplo é guando o dono de um edificio de escritérios

180
SNC EXPLICADO 7 Normas Contablilisticas e de Relato Financeira — NCRF 11

proporciona servicos de seguranca e de manutencao de investimento no momento em gue eles sejam incorri-
aos locataêrios gue ocupam o edificio. dos. Estes custos incluem custos incorridos inicialmente
para adauirir uma propriedade de investimento e custos
12 — Noutros casos, os servicos prestados sêo signifi-
incorridos subseguentemente para adicionar a, substituir
cativos. Por exemplo, se uma entidade possui e gere um
partes de, ou prestar manutencêo a uma propriedade.
hotel, os servicos proporcionados aos héspedes sêo sig-
nificativos para o acordo como um todo. Por isso, um 18 - Segundo o principio de reconhecimento do paraê-
hotel gerido pelo dono é uma propriedade ocupada pelo grafo 16, uma entidade nao reconhece na guantia escri-
dono e nao uma propriedade de investimento. turada de uma propriedade de investimento os custos
da manutencao diëria & propriedade. Pelo contrêrio,
18 — Pode ser dificil determinar se os servicos de
estes custos sê0 reconhecidos nos resultados guando
apoio $êo ou naêo tao significativos ague uma proprie-
incorridos. Os custos da manutencêo didria sêo basica-
dade nao se aualifigue como propriedade de investi-
mente os custos da maêo-de-obra e dos consumiveis, &
mento. Por exemplo, o dono de um hotel por vezes
podem incluir o custo de pecas sobresselentes meno-
transfere algumas responsabilidades a terceiros
res. A finalidade destes dispêndios é muitas vezes des-
segundo um contrato de gestêo. Os termos de tais con-
Crita como sendo para “reparac6es e manutencéo” da
tratos variam grandemente. Num extremo do espectro,
propriedade.
a posicë0o do dono pode, em substência, ser a de um
investidor passivo. No outro extremo do espectro, 0 19 — Partes de propriedades de investimento podem
dono pode simplesmente ter procurado fora func6es do ter sido adauiridas por substituicao. Por exemplo, as
dia-a-dia, embora ficando com significativa exposicao a paredes interiores podem ser substituicêes das paredes
riscos de variacêes nos fluxos de caixa gerados pelas originais. Segundo o principio do reconhecimento, uma
operac6es do hotel. entidade reconhece na guantia escriturada de uma pro-
priedade de investimento o custo da parte de substitui-
14 - É necessêrio juizo de valor para determinar se
C&o de uma propriedade de investimento existente no
uma propriedade se agualifica como uma propriedade
momento em ague o custo seja incorrido se os critérios
de investimento. Uma entidade desenvolve critêrios a
fim de gue possa exercer esse juizo de valor de forma de reconhecimento forem cumpridos. A auantia escritu-
consistente de acordo com a definicêo de propriedade rada das partes gue sejam substituidas é desreconhe-
de investimento e& com a relacionada orientaGêo nos cida de acordo com as disposicêées de desreconheci-
parégrafos 7 a 13. O pard&grafo 77 c) exige gue uma mento desta Norma.
entidade divulgue estes critérios guando a classificacêo
for dificil. Mensuragëo no reconhecimento (paragrafos 20 a 29)
18 - Em alguns casos, uma entidade possui proprie- 20 - Uma propriedade de investimento deve ser men-
dade oue esté locada a, e ocupada pela, sua empresa- surada inicialmente pelo seu custo. Os custos de tran-
-mae ou por uma outra subsidiëria. A propriedade nêo se saccao devem ser incluidos na mensuracêo inicial.
gualifica como propriedade de investimento nas demons-
21 -O custo de uma propriedade de investimento com-
trac6es financeiras consolidadas, porague a propriedade
prada compreende o seu preco de compra e agualdguer
estê ocupada pelo dono na perspectiva do grupo. Porém,
da perspectiva da entidade ague a possui, tal propriedade
dispêndio directamente atribuivel. Os dispêndios directa-
mente atribuiveis incluem, por exemplo, as remuneracêes
é propriedade de investimento se satisfizer a definicao do
profissionais por servicos legais, impostos de transferên-
par&grafo 5. Por isso, o locador trata a propriedade como
propriedade de investimento nas suas demonstrac6es cia de propriedade e outros custos de transaccao.
financeiras individuais. 22 — O custo de uma propriedade de investimento de
CONStrucëo prépria é o seu custo & data em gue a cons-
trucao ou desenvolvimento figue concluido. Até essa
Reconhecimento (parégrafos 16 a 19)
data, uma entidade aplica a NCRF 7 - Activos Fixos Tan-
16 - A propriedade de investimento deve ser reconhe- giveis. Nessa data, a propriedade torna-se propriedade
cida como um activo auando, e apenas guando: de investimento e aplica-se a presente Norma (ver parê-
a) For provavel gue os futuros benetficios economicos grafos 59 e) e 67).
gue estejam associados & propriedade de investi-
23 - O custo de uma propriedade de investimento nao
mento fluirao para a entidade;e
é aumentado por:
b) O custo da propriedade de investimento possa ser
a) Custos de arrangue (a menos gue sejam necessê-
mensurado fiavelmente. rios para trazer a propriedade & condicao necessê-
17 - Uma entidade avalia segundo este principio de ria para aue seja capaz de funcionar da forma pre-
reconhecimento todos os seus custos da propriedade tendida)

181
SNC EXPLICADO
Financeiro — NCRF 11
7 Normas Contabilfsticas e de Relata

antes de a proprie- a) A configuracao (risco, tempestividade e auantia) dos


b) Perdas operacionais incorridas fluxos de caixa do activo recebido diferir da configu-
de ocupa-
dade de investimento ter atingido o nivel
racao dos fluxos de caixa do activo transterido; ou
c&o0 previsto; Ou
bra ou
Cc) Guantidades anormais de material, mêo-de-o
b) O valor especifico para a entidade relativo & parte
constru- das operac6es da entidade afectadas pela transac-
oUtros recursos consumidos incorridos na
GA&O OU desenvolvimento da propriedade. Cao se altera em resultado da troca; e
Cc) A diferenca na alinea a) ou b) for significativa em
24 — Se o pagamento de uma propriedade de investi-
relacao ao justo valor dos activos trocados.
mento for diferido, o seu custo é o eguivalente ao preco
a dinheiro. A diferenca entre esta guantia e os pagamen- Para a finalidade de determinar se uma transaccao de
tos totais é reconhecida como gasto de juros durante o troca tem substência comercial, o valor especifico para
periodo de crédito. a entidade relativo & parte das operacoes da entidade
afectada pela transaccêo deve reflectir os fluxos de
25 — O custo inicial do interesse de propriedade detido
caixa ap6s impostos. O resultado destas analises pode
numa locacêo e classificado como uma propriedade de
ser claro sem gue uma entidade tenha de efectuar cal-
investimento deve estar de acordo com o prescrito para
uma locacao financeira no par&grafo 20 da NCRF 9 — Culos detalhados.
Locac6es, ie. o activo deve ser reconhecido pelo menor 29 — O justo valor de um activo para o gual nao exis-
do justo valor da propriedade e do valor presente dos tam transaccëes de mercado comparêveis é fiavelmente
pagamentos minimos da locagêo. Uma auantia eduiva- mensurêvel se (a) a variabilidade no intervalo de estima-
lente deve ser reconhecida como passivo de acordo tivas razoëveis do justo valor nêo for significativa para
Com o mesmo paragrafo. esse activo ou (b) as probabilidades de varias estimati-
26 — Oualauer prémio pago por uma locaGao é tratado vas dentro do intervalo puderem ser razoavelmente ava-
como parte dos pagamentos minimos da locagao para liadas e usadas ao estimar o justo valor. Se a entidade
esta finalidade, e é portanto incluido no custo do activo, for capaz de determinar com fiabilidade o justo valor
mas excluido do passivo. Se um interesse de proprie- tanto do activo recebido como do activo cedido, entêo o
dade detido segundo uma locacao for classificado como justo valor do activo cedido é usado para mensurar o
propriedade de investimento, o item contabilizado pelo Custo a nao ser gue o justo valor do activo recebido seja
justo valor é esse interesse e nao a propriedade subja- mais claramente evidente.
cente. A orientacêo para a determinacao do justo valor
de um interesse de propriedade estê desenvolvida para
Mensuracio apds reconhecimento (pargrafos 30 a 58)
o modelo do justo valor nos par&grafos 35 a 57. Essa
orientacéo também é relevante para a determinaGêo do Politica contabilistica (par&grafos 30 a 34)
justo valor guando esse valor é usado como custo para
30 —- Com as excepcêes indicadas nos par&grafos 32a
finalidades do reconhecimento inicial.
36, uma entidade deve escolher como sua politica con-
27 - Uma ou mais propriedades de investimento tabilistica ou o modelo do justo valor referido nos parê-
podem ser adauiridas em troca de um activo ou activos grafos 35 a 57 ou o modelo do custo mencionado no
nê monetarios, ou de uma combinacao de activos parêgrafo 58 e deve aplicar essa politica a todas as
monetêrios e n&o monet&rios. O seguinte exemplo refere- suas propriedades de investimento.
-se a uma troca de um activo nêo monetêrio por um
outro, mas também se aplica a todas as trocas descritas 31 -A NCRF 4 - Politicas Contabilisticas, Alteracoes
na frase anterior. O custo de tal propriedade de investi- nas Estimativas Contabilisticas e Erros afima ague uma
mento é mensurado pelo justo valor a menos gue (a) a alterac&o voluntêria na politica contabilistica deve ser feita
transaccao de troca careca de substência comercial ou apenas se a alteracêo resultar numa apresentaGao mais
(b) nem o justo valor do activo recebido nem o justo valor apropriada de transaccêes, de outros acontecimentos ou
do activo cedido sejam fiavelmente mensuraveis. O de condic6ées nas demonstracêes financeiras da enti-
activo adauirido é mensurado desta forma mesmo aue dade. É altamente improvavel gue uma alteracêo do
uma entidade nêo possa imediatamente desreconhecer o modelo do justo valor para o modelo do custo resulte
activo cedido. Se o activo adauirido naêo for mensurado numa apresentac&o mais apropriada.
pelo justo valor, o seu custo é mensurado pela aguantia 32 - Esta Norma exige aue todas as entidades deter-
escriturada do activo cedido. minem o justo valor de propriedades de investimento,
28 - Uma entidade determina se uma transaccao de para a finalidade de mensuracêo (se a entidade usar o
troca tem substência comercial considerando a exten- modelo do justo valor) ou de divulgacêo (se usar o
SaO em due espera ague os seus futuros fluxos de caixa modelo do custo). Incentiva-se uma entidade, mas nêo
sejam alterados como resultado da transaccëo. Uma se Ie exige, gue determine o justo valor das proprieda-
transacgëo de troca tem substênecia commercial se: des de investimento na base de uma valorizacëo por um

182
SNC EXPLICADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 11

avaliador independente gue tenha uma agualificac&o pro- 39 —- Uma entidade determina o justo valor sem aual-
fissional relevante e reconhecida e gue tenha experiën- aguer deducêo para custos de transaccêo em gue possa
cia recente na localizacêo e na categoria da proprie- incorrer por venda ou outra alienacao.
dade de investimento gue esteja a ser valorizada. A0 — O justo valor da propriedade de investimento
44 — Uma entidade pode: deve reflectir as condicêes de mercado & data do
a) Escolher ou o modelo do justo valor ou o modelo do balanco.
Custo para todas as propriedades de investimento 41 — O justo valor é especifico do tempo relativo a uma
ague suportem passivos ague pagam um retorno determinada data. Dado gue as condicées de mercado
directamente associado ao justo valor de, ou aos podem mudar, a auantia relatada como justo valor pode
retornos de, activos especificados incluindo essa ser incorrecta ou no ser apropriada se estimada relativa-
propriedade de investimento; e mente a outro momento. A definicao de justo valor
D) Escolher ou o modelo do justo valor ou o modelo assume também troca simultênea e conclusêo do contrato
do custo para todas as outras propriedades de de venda sem gualguer variacêo de preco due pudesse
investimento, independentemente da escolha feita ser realizado entre partes conhecedoras e dispostas a
na alinea a). isso numa transaceëo em due naêo exista relacionamento
entre elas se a troca e conclusêo nêo forem simultêneas.
34 — Se uma entidade escolher diferentes modelos
42 — O justo valor da propriedade de investimento
para as duas categorias descritas no pardgrafo 33, as
reflecte, entre outras coisas, rendimento de rendas pro-
vendas de propriedades de investimento entre conjuntos
venientes de locac6es correntes e pressupostos razoë-
de activos mensurados usando modelos diferentes
veis e suportêveis aue representem aauilo gue entidades
devem ser reconhecidas pelo justo valor e a alteracêo
conhecedoras e dispostas a isso assumiriam acerca de
cumulativa no justo valor deve ser reconhecida nos
rendimentos de rendas de futuras locac6es & luz de con-
resultados. Em conformidade, se a propriedade de
dic6es correntes. Também reflecte, numa base seme-
investimento for vendida de um conjunto em due se usa
Inante, auaisguer exfluxos de caixa (incluindo pagamen-
o modelo do justo valor para um conjunto em due se usa
tos de rendas e outros exfluxos) aue possam ser
o modelo do custo, o justo valor da propriedade a data
esperados com respeito & propriedade. Alguns desses
da venda torna-se o seu custo considerado.
exfluxos esto reflectidos no passivo enguanto outros se
relacionam com exfluxos aue nêo sê0 reconhecidos nas
Modelo do justo valor (paragrafos 35 a 57) demonstragêes financeiras até data posterior (por exem-
35 — Ap6s o reconhecimento inicial, uma entidade gue plo, pagamentos periëdicos como rendas contigentes).
escolna o modelo do justo valor deve mensurar todas as 43 - O par&grafo 25 especifica a base do reconheci-
suas propriedades de investimento pelo justo valor, mento inicial do custo de um interesse numa propriedade
exXCepto nos casos descritos no paragrafo 55. locada. O parêgrafo 35 exige gue o interesse numa pro-
36 — Ouando um interesse de propriedade detido por priedade locada seja remensurado, se necessêrio, pelo
um locatêrio numa locac&o operacional for classificado justo valor. Numa locacao negociada as taxas de mer-
Como uma propriedade de investimento segundo o parê- cado, o justo valor de um interesse numa propriedade
grafo 6, o par&grafo 30 deixa de ser opcional. O modelo locada na aguisicëo, liguido de todos os pagamentos de
do justo valor deve ser aplicado.
locagêo esperados (incluindo os relativos a passivos reco-
nhecidos), deve ser zero. Este justo valor nêo se altera
37 - Um ganho ou uma perda proveniente de uma alte- independentemente, para fins contabilisticos, de um
rac&o no justo valor de propriedades de investimento deve activo e passivo locados serem reconhecidos* pelo justo
ser reconhecido nos resultados do periodo em due ocorra. valor ou pelo valor presente dos pagamentos minimos da
38 — O justo valor da propriedade de investimento é o locacao, de acordo com o parêgrafo 20 da NCRF 9 —
preco pelo agual a propriedade poderia ser trocada entre Locacbes. Assim, remensurar um activo locado para o
partes conhecedoras e dispostas a isso numa transaG-
custo de acordo com o par&grafo 25 para o justo valor de
Ca0 em aue nao exista relacionamento entre as mesmas acordo com o par&grafo 35 nêo deveria resultar em aual-
aguer ganho ou perda inicial, a nêo ser ague o justo valor
(ver par&grafo 5). O justo valor exclui especificamente
seja mensurado em momentos diferentes. sto pode ocor-
um preGo estimado inflacionado ou deflacionado por
rer guando for feita uma escolha para aplicar o modelo do
condicées ou circunstências especiais tais como finan-
justo valor apês o reconhecimento inicial.
Ciamento atipico, acordos de venda e relocacëo, consi-
derac6es especiais ou concessêes dadas por alguém AA —A definic&o de justo valor refere-se a “parles conhece-
associado & venda. doras e dispostas a isso". Neste contexto, “conhecedoras”

“A palavra sublinhada fo corrigida pelo editor por incoerência do original.

183
SNG EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeira - NCRF 11

como o Cc) Projecc6es de fluxos de caixa descontados com


significa ague tanto o comprador disposto a isso
vendedor disposto a isso estêo razoavelmente informa- base em estimativas fiëveis de futuros fluxos de
dos acerca da natureza e caracteristicas da propriedade caixa, suportadas pelos termos de agualauer loca-
de investimento, dos seus usos reais e potenciais, e das c&o e de outros contratos existentes e (guando pos-
condic6ées do mercado & data do balanco. Um compra- sivel) por evidência externa tal como rendas corren-
dor disposto a isso estê motivado, mas nao compelido, a tes de mercado de propriedades semelhantes no
comprar. Este comprador nao esta nem ansioso nem mesmo local e condicëo, e usando taxas de des-
determinado a comprar por aualduer preco. O compra- cConto aue reflictam avaliac6es correntes de mer-
dor assumido nao pagaria um preGo mais elevado do cado aguanto & incerteza na aguantia e tempestivi-
gue o exigido por um mercado composto por comprado- dade dos fluxos de caixa.
res e vendedores conhecedores e dispostos a isso.
49 — Em alguns casos, as vêrias fontes listadas no pard-
45 — Um vendedor disposto a isso nêo é nem um ven- grafo anterior podem sugerir conclusêes diferentes guanto
dedor ansioso nem um vendedor forcado, preparado ao justo valor de uma propriedade de investimento. Uma
para vender a gualguer preGo, nem um vendedor prepa- entidade considera as raz6es dessas diferencas, visando
rado para resistir a um preco néo considerado razoëvel Chegar & estimativa mais fidvel do justo valor dentro de um
de acordo com as condicêes correntes do mercado. O intervalo de estimativas razoëveis de justo valor.
vendedor disposto a isso estê motivado a vender a pro-
50 —- Em casos excepcionais, hê clara evidência guando
priedade de investimento nos termos do mercado pelo
uma entidade adauire pela primeira vez uma propriedade
melhor preco possivel. As circunstências factuais do
de investimento (ou guando uma propriedade existente se
proprietêrio efectivo da propriedade de investimento nêo
fazem parte desta consideracê&o poraue o vendedor dis- tormna pela primeira vez propriedade de investimento na
seguência da conclusêo de construcao ou desenvolvi-
posto a isso é um proprietêrio hipotético (por exemplo,
um vendedor disposto a isso nao teria em consideraGao mento, ou apdés uma alteracëo de uso) de gue a variabili-
as circunstancias fiscais particulares do propriefêrio dade no intervalo de estimativas razoëveis de justo valor
efectivo da propriedade de investimento). seria tao grande, e as probabilidades dos vêrios efeitos
to dificeis de avaliar, gue é negada a utilidade de uma
46 — A definicao de justo valor refere-se a uma transac- tnica estimativa de justo valor. Isto pode indicar aue o
G&0 entre partes sem relacionamento entre si. Uma tran- justo valor da propriedade nêo serê determinêvel com fia-
SaCC&o entre partes sem relacionamento entre si é uma bildade numa base continuada (ver paragrafo 55).
transaceëo entre partes gue nêo tenham um relaciona-
mento particular ou especial entre elas aue torne os pre- 51 — O justo valor difere do valor de uso, tal como delfi-
cos das transaccêes nao caracteristicos das condicoes nido na NCRF 12 - Imparidade de Activos. O justo valor
de mercado. A transaccao é tida como uma transacGëo reflecte o conhecimento e as estimativas de comprado-
entre entidades nêo relacionadas, cada uma delas res e vendedores conhecedores e dispostos a isso. Em
actuando independentemente. contraste, o valor de uso reflecte as estimativas da enti-
dade, incluindo os efeitos de factores gue podem ser
41 — A melhor evidência de justo valor é dada por precos
especificos da entidade e nao aplicêveis as entidades
Correntes num mercado activo de propriedades semelhan-
em geral. Por exemplo, o justo valor nêo reflecte gual-
tes no mesmo local e condicao e sujeitas a locagëes e
aguer dos seguintes factores na medida em aue nao
Outros contratos semelhantes. Uma entidade trata de iden-
estariam geralmente disponiveis para compradores e
tificar guaisguer diferencas de natureza, local ou condicêo
vendedores conhecedores e dispostos a isso:
da propriedade, ou nos termos contratuais das locac6es e
de outros contratos relacionados com a propriedade. a) Valor adicional derivado da criac&o de uma carteira
de propriedades em diferentes localizacêes;
48 - Na ausência de preGos correntes num mercado b) Sinergias entre propriedades de investimento e
activo do género descrito no par&grafo 47, uma entidade
outros activos;
Cconsidera a informacao proveniente de uma variedade
c) Direitos legais ou restricées legais gue somente
de fontes, incluindo:
sejam especilficos ao dono actual; ë
a) Precos correntes num mercado activo de proprieda-
d) Beneficios fiscais ou encargos fiscais gue sejam
des de diferente natureza, condicêo ou localizacêo
especificos ao dono actual.
(ou sujeitas a diferentes locag6es ou outros contra-
tos), ajustados para reflectir essas diferencas: 52 — Ao determinar o justo valor da propriedade de
b) Precos recentes de propriedades semelhantes em investimento, uma entidade nêo conta duplamente acti-
mercados menos activos, com ajustamentos para vos ou passivos gue estejam reconhecidos como activos
reflectir guaisguer alteracëes nas condicêes econ6- ou passivos separados. Por exemplo:
micas desde a data das transaccëes aue ocorre- a) Eauipamento, tal como elevadores ou ar condicio-
ram a esses precosie nado, é muitas vezes uma parte integrante de um
T
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro - NCRF 11

edificio e esté geralmente incluido no justo valor da caixa descontados). Nesses casos, uma entidade deve
propriedade de investimento, nao sendo reconhe- mensurar essa propriedade de investimento usando o
cido separadamente como activos fixos langiveis; modelo do custo da NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis. O
b) Se um escritêrio for locado mobilado, o justo valor valor residual da propriedade de investimento deve ser
do escritério inclui geralmente o justo valor da assumido como sendo zero. A entidade deve aplicar a
mobilia, poraue o rendimento das rendas se rela- NCRF 7 até & alienacêo da propriedade de investimento.
ciona com o escritério mobilado. Ouando a mobilia 56 —- Nos casos excepcionais em aue uma entidade
for incluida no justo valor da propriedade de investi- seja compelida, pela razêo dada no pardgrafo prece-
mento, uma entidade nao reconhece a mobilia dente, a mensurar uma propriedade de investimento
Como um activo separado; usando o modelo do custo de acordo com a NCRF 7 —
Cc) O justo valor da propriedade de investimento exclui Activos Fixos Tangiveis, ela mensura todos as suas
Oo rendimento da locaGëo operacional acrescido ou outras propriedades de investimento pelo justo valor.
pré-pago, poraue a entidade reconhece-o como um Nestes casos, embora uma entidade possa usar o
passivo ou activo separado; modelo do custo para uma propriedade de investimento,
d) O justo valor da propriedade de investimento detida a entidade deve continuar a contabilizar cada uma das
numa locacao reflecte os fluxos de caixa esperados propriedades restantes usando o modelo do justo valor.
(incluindo a renda contingente ague se espera ague 57 - Se uma entidade tiver previamente mensurado
se torne pagavel). Em conformidade, se uma valori- uma propriedade de investimento pelo justo valor, ela
Zacao obtida para uma propriedade for liguida de deve continuar a mensurar a propriedade pelo justo
todos os pagamentos gue se espera gue sejam fei- valor até & alienacêo (ou até gue a propriedade se torne
tos, sera necessêrio voltar a adicionar aualguer propriedade ocupada pelo dono ou a entidade comece
passivo de locacêo reconhecido, para atingir o a desenvolver a propriedade para subseguente venda
justo valor da propriedade de investimento para no Eurso ordinêrio do neglcio) mesmo due transaccëes
finalidades contabilisticas. de mercado compardveis se tormem menos freguentes
53 — O justo valor da propriedade de investimento nêo ou gue os precos do mercado se tornem menos pronta-
reflecte os dispêndios futuros de capital fixo gue melhorem mente disponiveis.
ou aumentem a propriedade e nêo reflecte os beneficios
futuros relacionados derivados destes dispêndios futuros. Modelo do custo (parêgrafo 58)
54 — Em alguns casos, uma entidade espera aue o valor 58 — Ap6s o reconhecimento inicial, uma entidade ague
presente dos seus pagamentos relacionados com uma escolha o modelo do custo deve mensurar todas as suas
propriedade de investimento (due nêo sejam pagamentos propriedades de investimento de acordo com os reguisitos
relacionados com passivos reconhecidos) excederê o da NCRF 7 — Activos Fixos Tangiveis para esse modelo
valor presente dos respectivos recebimentos de caixa. exceplo adguelas due satisfacam os critérios de classifica-
Uma entidade aplica a NCRF 21 - Provisêes, Passivos C&O como detidas para venda (ou due estejam incluidas
Contingentes e Activos Contingentes para determinar se num grupo para alienacëo due esteja classificado como
reconhece um passivo e, nesse caso, como mensura-lo. detido para venda) de acordo com a NCRF 8 — Activos
Nêo Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacio-
Incapacidade de determinar fiavelmente 0 justo valor (paragrafos nais Descontinuadas. As propriedades de investimento
55a 57) ague satisfacam os critêrios de classificacao como detidas
para venda (ou gue estejam incluidas num grupo para alie-
99 —- Hê uma presuncëo refutdvel de gue uma entidade
nac&o aue esteja classificado como detido para venda)
pode fiavelmente determinar o justo valor de uma pro-
devem ser mensuradas de acordo com a NCRF 8.
priedade de investimento numa base continuada. Poréêm,
em Casos excepcionais, hê clara evidência guando uma
entidade adauire pela primeira vez uma propriedade de Transferências (paragrafos 59 a 67)
investimento (ou guando uma propriedade existente se
59 — As transferências para, ou de, propriedades de
torne pela primeira vez propriedade de investimento na
investimento devem ser feitas guando, e apenas guando,
SseaguÊncia da conclusêo da construcao ou do desenvol-
houver uma alteracêo de uso, evidenciada pelo seguinte:
vimento, ou apés uma alteracao de uso) de due o justo
valor da propriedade de investimento nao é determinavel a) Comeco de ocupaG&o pelo dono, para uma transfe-
com fiabilidade numa base continuada. Isto ocorre rência de propriedade de investimento para pro-
guando, e apenas guando, $&0o pouco freaguentes tran- priedade ocupada pelo dono;
saccêes de mercado comparêveis e guando nao estêo b) Comeco de desenvolvimento com vista & venda,
disponiveis estimativas alternativas fiëveis de justo valor para uma transferência de propriedade de investi-
(por exemplo, com base em projeccées de fluxos de mento para inventêrios;

185
Financeiro - NCGRF 11
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Rielato

propriedade e reconhece aguaisauer perdas por impari-


c) Fim de ocupagêo pelo dono, para uma transferên-
pelo dono para pro- dade aue tenham ocorrido. A entidade trata aualauer
cia de propriedade ocupada
diferenca nessa data entre a auantia escriturada da pro-
priedade de investimento;
priedade de acordo com a NCRF 7 —- Activos Fixos Tan-
d) Comeco de uma locaGao operacional para uma
giveis e o seu justo valor da mesma forma aue uma reva-
outra entidade, para uma transferência de inventê-
lorizac&o de acordo com a NCRF 7. Por outras palavras:
rios para propriedade de investimento: ou
a) Oualguer diminuicêo resultante na guantia escritu-
e) Fim de construGëo ou desenvolvimento, para uma
rada da propriedade é reconhecida nos resultados.
transferência de propriedade em construgao ou
Porém, até ao ponto em ague uma auantia seja
desenvolvimento (coberto pela NCRF 7 - Activos
incluida no excedente de revalorizacêo dessa pro-
Fixos Tangiveis) para propriedade de investimento.
priedade, a diminuicao é debitada contra esse
60 —- O par&grafo 59 b) exige aue uma entidade trans- excedente de revalorizacao;
fira uma propriedade de propriedade de investimento b) Oualaguer aumento resultante na aguantia eseriturada
para inventêrios guando, e apenas guando, houver uma é tratado como se segue:
alteracao no uso, evidenciada pelo comeGo de desen- i) Afé ao ponto em due o aumento reverta uma ante-
volvimento com vista & venda. Ouando uma entidade
rior perda por imparidade dessa propriedade, o
decidir alienar uma propriedade de investimento sem
aumento é reconhecido nos resultados. A guantia
desenvolvimento, ela continua a tratar a propriedade
reconhecida nos resultados nao pode exceder a
Ccomo uma propriedade de investimento até ague seja
auantia necessêria para repor a guantia escritu-
desreconhecida (eliminada do balanco) e deixe de a tra-
rada para a auantia escriturada ague teria sido
tar como inventêrio. De forma semelhante, se uma enti-
determinada (liguida de depreciac&o) caso
dade comecar a desenvolver de novo uma propriedade
nenhuma perda por imparidade tivesse sido reco-
de investimento existente para futuro uso continuado
nhecida;
Como propriedade de investimento, a propriedade per-
i) Oualaguer parte remanescente do aumento é credi-
manece uma propriedade de investimento nao sendo
tada directamente no capital proprio no excedente
reclassificada como propriedade ocupada pelo dono
de revalorizacao. Na alienacëo subseguente da
durante o novo desenvolvimento.
propriedade de investimento, o excedente de
61 - Os par&grafos 62 a 67 aplicam-se aos aspectos revalorizagao incluido no capital préprio pode ser
de reconhecimento e mensuracêo resultantes guando transferido para resultados transitados. A transfe-
uma entidade usa o modelo do justo valor para proprie- rência do excedente de revalorizacao para resulta-
dades de investimento. Ouando uma entidade usar o dos transitados nao é feita através dos resultados.
modelo do custo, as transferências entre propriedades
65 - Para uma transferência de inventarios para pro-
de investimento, propriedades ocupadas pelo dono e
priedades de investimento due sejam escrituradas pelo
inventêrios nêo alteram a guantia escriturada da proprie-
justo valor, gualguer diferenca entre o justo valor da pro-
dade transferida e nao alteram o custo dessa proprie-
priedade nessa data e a sua guantia escriturada anterior
dade para finalidades de mensuragêo ou divulgacao.
deve ser reconhecida nos resultados.
62 —- Para uma transferência de propriedade de investi-
66 - O tratamento de transierências de inventêrios
mento escriturada pelo justo valor para propriedade ocu-
para propriedades de investimento aue serêo escritura-
pada pelo dono ou para inventêrios, o custo conside-
das pelo justo valor é consistente com o tratamento de
rado da propriedade para subseaguente contabilizacao
vendas de inventêrios.
de acordo com a NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis ou a
NCRF 18 - Inventêrios deve ser o seu justo valor & data 67 - Ouando uma entidade concluir a construcao ou 0
da alteracao de uso. desenvolvimento de uma propriedade de investimento
de construcêo prépria gue serê escriturada pelo justo
63 - Se uma propriedade ocupada pelo dono se tornar
valor, gualaguer diferenca entre o justo valor da proprie-
uma propriedade de investimento gue seja escriturada
dade nessa data e a sua guantia escriturada anterior
pelo justo valor, uma entidade deve aplicar a NCRF 7 -
deve ser reconhecida nos resultados.
Activos Fixos Tangiveis até & data da alteracêao de uso.
A entidade deve tratar gualguer diferenca nessa data
entre a guantia eseriturada de propriedade de acordo Alienacdes (paragrafos 68 a 75)
com a NCRF 7 e o seu justo valor da mesma forma aue
68 - Uma propriedade de investimento deve ser desre-
uma revalorizac&o de acordo com a NCRF 7.
conhecida (eliminada do balanco) na alienacêo ou
64 — Até & data em aue uma propriedade ocupada aguando a propriedade de investimento for permanente-
pelo dono se torne uma propriedade de investimento mente retirada de uso e nenhuns beneficios econémicos
escriturada pelo justo valor, uma entidade deprecia a forem esperados da sua alienacêo.

186
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira —- NCRF 11

69 — A alienacêo de uma propriedade de investimento 74 — A compensaGêo de terceiros para propriedades de


pode ser alcancada pela venda ou pela celebracao de investimento gue tenham sofrido imparidade, se tenham
uma locagëo financeira. Ao determinar a data de aliena- perdido ou tenham sido cedidas deve ser reconhecida nos
ca&0 da propriedade de investimento, uma entidade resultados auando a compensacëo se tornar recebivel.
aplica os critérios enunciados na NCRF 20 - Rédito para 75 - Imparidades ou perdas de propriedades de
reconhecimento do rédito da venda de bens. ANCRF 9- investimento, reivindicacées relacionadas por ou paga-
Locac6es aplica-se a uma alienacao efectuada pela mentos de compensacao de terceiros e gualauer aauisi-
celebrac&o de uma locacao financeira e a uma venda G&0 ou construcëo posterior de activos de substituicao
seguida de locacao. constituem acontecimentos econémicos separados due
70 - Se, de acordo com o principio de reconheci- SAO Contabilizados separadamente como se segue:
mento do parêgrafo 16, uma entidade reconhecer na a) As imparidades da propriedade de investimento
guantia escriturada de um activo o custo de uma substi- sêo0 reconhecidas de acordo com a NCRF 12 —
tuicêo de parte de uma propriedade de investimento, Imparidade de Activos;
entao ela desreconhece a guantia escriturada da parte b) As retiradas ou alienac6es da propriedade de
substituida. Relativamente & propriedade de investi- investimento sêo reconhecidas de acordo com os
mento contabilizada usando o modelo do custo, uma par&grafos 68 a 73 desta Norma;
parte substituida pode nao ser uma parte gue tenha
c) A compensacao de terceiros por propriedades de
sido depreciada separadamente. Se nao for praticavel
investimento aue tenham sofrido imparidade, se
ague uma entidade determine a auantia escriturada da tenham perdido ou tenham sido cedidas é reconhe-
parte substituida, ela pode usar o custo da substituiëo
cida nos resultados guando se tornar recebivel e
cComo indicac&o do custo da parte substituida aue era
d) O custo dos activos restaurados, comprados ou
no momento em aue foi adauirida ou construida.
construidos como substituicêes é determinado de
Segundo o modelo do justo valor, o justo valor da pro-
acordo com os par&grafos 20 a 29 desta Norma.
priedade de investimento pode jê reflectir o facto de
ague a parte a ser substituida perdeu o seu valor. Nou-
tros casos, pode ser dificil discernir guanto do justo Divulgacio (paragrafos 76 a 79)
valor deve ser reduzido para a parte a ser substituida.
Uma altermativa & reducao do justo valor para a parte Modelo do justo valor e modelo do custo
substituida, guando nêo for pratico realizar essa redu- (par&grafos 76 a 79)
cao, é incluir o custo da substituicao na guantia escritu- 76 - As divulgac6es indicadas adiante aplicam-se
rada do activo e reavaliar o justo valor, como seria exi- para além das enunciadas na NCRF 9 - Locac6es. De
gido para adicées nao envolvendo substituicêo. acordo com a NCRF 9, o proprietêrio de uma proprie-
71 - Os ganhos ou perdas provenientes da retirada ou dade de investimento proporciona as divulgac6es dos
alienacao de propriedades de investimento devem ser locadores acerca das locacêes ague tenham celebrado.
Uma entidade aue detenha uma propriedade de investi-
determinados como a diferenca entre os proventos liaui-
mento numa locacao financeira ou operacional propor-
dos da alienacêo e a auantia escriturada do activo e
ciona divulgacêes dos locatêrios para locag6es financeli-
devem ser reconhecidos nos resultados (a menos gue a
ras e divulgacêes dos locadores para gualduer locacao
NCRF 9 - Locac6es exija doutra maneira no caso de
operacional aue tenham celebrado.
uma venda e relocac&o) no periodo da retirada ou da
alienacao. 11 - Uma entidade deve divulgar:

12 — A retribuic&o a receber com a alienagëo de uma a) Se aplica o modelo do justo valor ou o modelo do
propriedade de investimento é inicialmente reconhecida Custo;
pelo justo valor. Em particular, se o pagamento de uma b) Caso apligue o modelo do justo valor, se, e em due
propriedade de investimento for diferido, a retribuicêo Circunstêancias, os interesses de propriedade deti-
recebida é reconhecida inicialmente pelo eauivalente ao dos em locacêes operacionais sêo classificados e
preco a dinheiro. A diferenca entre a guantia nominal da contabilizados como propriedades de investimento;
retribuicëo e o eguivalente ao preco a dinheiro é reco- Cc) Ouando a classificac&o for dificil (ver parêgrafo 14),
nhecida como rédito de juros de acordo com a NCRF 20 — OS critérios gue usa para distinguir propriedades de
Rédito usando o método do juro efectivo. investimento de propriedades ocupadas pelo dono
e de propriedades detidas para venda no curso
73 - Uma entidade aplica a NCRF 21 - Provisêes, Pas-
sivos Contingentes e Activos Contingentes, ou outras ordindrio dos neg6cios;
Normas, conforme apropriado, a guaisguer passivos due d) Os métodos e pressupostos significativos aplicados
retenha ap6s a alienac&o de uma propriedade de inves- na determinacao do justo valor de propriedades de
timento, investimento, incluindo uma declaragao a afirmar se

187
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro — NCRF 11 SNC EXPLICADO

a determinagao do justo valor foi ou nêo suportada Nêo Correntes Detidos para Venda e Unidades Ope-
por evidências do mercado ou foi mais ponderada racionais Descontinuadas e outras alienac6es;
por outros factores (gue a entidade deve divulgar) d) Ganhos ou perdas liguidos provenientes de ajusta-
por forca da natureza da propriedade e da falta de mentos de justo valor;
dados de mercado comparêveis;
e) As diferencas cambiais liguidas resultantes da
e) A extensao até & aual o justo valor da propriedade transposic&o das demonstracêes financeiras para
de investimento (tal como mensurado ou divulgado outra moeda de apresentacao, e da transposicêo
nas demonstrac6es financeiras) se baseia numa de uma unidade operacional estrangeira para a
valorizacao de um avaliador independente gue pos- moeda de apresentacêo da entidade ague relata:
Sua uma aualificacêo profissional reconhecida e
n) Transferências para e de inventêrios e propriedade
relevante e aue tenha experiëncia recente na locali-
ocupada pelo dono:e
ZaG&o e na categoria da propriedade de investi-
g) Outras alteracëes.
mento gue estê a ser valorizada. Se nêo tiver havido
tal valorizacao, esse facto deve ser divulgado;
Modelo do custo (par&grafo 79)
f As aguantias reconhecidas nos resultados para:
i) Rendimentos de rendas de propriedades de 79 — Além das divulgacêes exigidas pelo par&grafo 77,
investimento; uma entidade ague apligue o modelo do custo do parê-
grafo 58 deve divulgar:
ii) Gastos operacionais directos (incluindo repara-
c6es e manutenc&o) provenientes de proprieda- a) Os métodos de depreciacêo usados;
des de investimento gue geraram rendimentos D) As vidas uteis ou as taxas de depreciac&o usadas:
de rendas durante o periodo: e Cc) A auantia escriturada bruta e a depreciaca&o acu-
iii) Gastos operacionais directos (incluindo repara- mulada (agregada com as perdas por imparidade
G6es e manutens&o) provenientes de proprieda- acumuladas) no inicio e no fim do periodo:
des de investimento gue néo geraram rendimen-
d) Uma reconciliagêo da aguantia escriturada da pro-
tos de rendas durante o periodo;
priedade de investimento no inicio e no fim do
iv) A alteracao cumulativa no justo valor reconhe-
periodo, mostrando o seguinte:
cido nos resultados com a venda de uma pro-
j) Adic6es, divulgando separadamente as adicêes
priedade de investimento de um conjunto de
ague resultem de aguisicoes e as aue resultem
activos em aue se usa o modelo do custo para
de dispêndio subseaguente reconhecido como
um conjunto em due se usa o modelo do justo
activo;
valor (ver parêgrafo 34);
ii) Adic6es aue resultem de aauisicêes por intermédio
g) A existência e auantias de restricées sobre a capa- de concentrac6es de actividades empresariais;
cidade de realizacêo de propriedades de investi- iii) Activos classificados como detidos para venda
mento ou a remessa de rendimentos e proventos de ou incluidos num grupo para alienacao classifi-
alienacao; Cado como detido para venda de acordo com a
h) Obrigacêes contratuais para comprar, construir ou NCRF 8 — Activos Nao Correntes Detidos para
desenvolver propriedades de investimento ou para Venda e Unidades Operacionais Descontinua-
reparacêes, manutencao ou aumentos. das, e outras alienac6es;
iv) Depreciac6es;
Modelo do justo valor (par&grafo 78) v) A aguantia de perdas por imparidade reconhecida
78 — Alêm das divulgacêes exigidas pelo par&grafo 77, ea guantia de perdas por imparidade revertida
uma entidade gue apligue o modelo do justo valor dos durante o periodo de acordo com a NCRF 12 —
Imparidade de Activos;
parêgrafos 35 a 57 deve divulgar uma reconciliacêo entre
vi) As diferencas cambiais liguidas resultantes da
as guantias escrituradas da propriedade de investimento
no inicio e no fim do periodo, gue mostre o seguinte: transposicëo das demonstrac6es financeiras
para outra moeda de apresentacêo, e da trans-
a) Adicêées, divulgando separadamente as adicêes
Dosicêo de uma unidade operacional estrangeira
resultantes de aaguisicées e as resultantes de dis-
para a moeda de apresentacëo da entidade aue
pêndio subseguente reconhecido na guantia escri-
relata;
turada de um activo;
vii) Transferências para e de inventêrios e proprie-
D) Adicées ague resultem de aguisicêes por intermédio dade ocupada pelo dono;e
de concentracëes de actividades empresariais; viii) Outras alteracêes:ie
c) Activos classificados como detidos para venda ou e) O justo valor das propriedades de investimento.
incluidos num grupo para alienac&o classificado como Nos casos excepcionais descritos no par&grafo 55,
detido para venda de acordo com a NCRF 8 — Activos guando uma entidade nêo possa determinar o justo

188
T
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 11/12

valor da propriedade de investimento com fiabili- D) Activos provenientes de contratos de construcêo


dade, ela deve divulgar: (ver a NCRF 19 — Contratos de Construcao);
j) Uma descricê&o da propriedade de investimento; c) Activos por impostos diferidos (ver a NCRF 25 —
ii) Uma explanacê&o da razao pela aual o justo valor Impostos sobre o Rendimento);
nao pode ser determinado com fiabilidade; e
d) Activos por beneficios de empregados (ver a
iii) Se possivel, o intervalo de estimativas dentro do
NCRF 28 - Beneficios dos Empregados);
dual seja altamente provével gue o justo valor
e) Activos financeiros gue estejam no &Ambito da
venha a recair.
NCRF 27 — Instrumentos Financeiros;
f) Propriedades de investimento aue sejam mensura-
Data de eficêcia (paragrato 80) das pelo justo valor (ver a NCRF 11 - Propriedades
80 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do de Investimento);
primeiro periodo due se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro g) Activos biolégicos relacionados com a actividade
de 2010. agricola gue sejam mensurados pelo justo valor
menos o custo estimado no ponto de venda (ver a
NCRF 17 — Agricultura);
h) Activos nao correntes (ou grupos para alienacêo)
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO classificados como detidos para venda de acordo
FINANGEIRO 12 com a NCRF 8 —- Activos nao Correntes Detidos para
Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.
IMPARIDADE DE ACTIVOS 3 - Esta Norma aplica-se a activos aue sejam escritura-
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem dos pela guantia revalorizada (ie. justo valor) de acordo
por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS a6 — com outras Normas, tais como o modelo de revalorizacao
Imparidade de Activos, adoptada pelo texto original do da NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis. ldentificar se um
Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de activo revalorizado pode estar com imparidade depende
Novembro. dos fundamentos usados para determinar o justo valor:
Sempre gue na presente norma existam remissêes a) Se o justo valor do activo for o seu valor de mercado,
para as normas internacionais de contabilidade, entende- a Uunica diferenca entre o justo valor do activoe o seu
-se gue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- justo valor menos os custos de vender $ê0 os custos
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do directos inerementais para alienar o activo:
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julno e, em ) Se os custos com a alienacêo forem negligencië-
Conformidade com o texto original do Regulamento (CE) veis, a guantia recuperdvel do activo revalorizado
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. aproxima-se necessariamente da sua guantia reva-
lorizada (i.e. justo valor) ou é superior & mesma.
Neste caso, ap6s os reauisitos de revalorizacao
Objectivo (paragrato 1) terem sido aplicados, é improvavel gue o activo
1- O objectvo desta Norma Contabilistica e de Relato revalorizado esteja com imparidade e a guantia
Financeiro é o de prescrever os procedimentos due uma recuperével n&o necessita de ser estimada;
entidade deve aplicar para assegurar gue os seus acli- ii) Se os custos com a alienacao nêo foram negli-
VOS sejam escriturados por nêo mais do gue a sua auan- gencidveis, o justo valor menos os custos de
tia recuperêvel. Um activo é escriturado por mais do gue vender do activo revalorizado é necessariamente
a Sua aguantia recuperêvel se a sua guantia escriturada inferior ao seu justo valor. Por isso, o activo reva-
exceder a guantia a ser recuperada através do uso ou lorizado estar& com imparidade se o seu valor
venda do activo. Se este for o caso, o activo éê descrito de uso for inferior & sua aguantia revalorizada (i.e.
Como estando com imparidade & a Norma exige aue a justo valor). Neste caso, apls os reguisitos de
entidade reconheca uma perda por imparidade. A valorizagêo terem sido aplicados, uma entidade
Norma também especifica as circunstências em aue aplica esta Norma para determinar se o activo
uma entidade deve reverter uma perda por imparidade e pode estar com imparidade;
prescreve divulgacoes. b) Se o justo valor do activo for determinado numa base
aue nê&o seja o seu valor de mercado, a sua aguantia
revalorizada (i.e. justo valor) pode ser superior ou
Amhbito (paragrafos 2 e 3)
inferior & sua guantia recuperêvel. Deste modo, apos
2 — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao da os reguisitos de revalorizacêo terem sido aplicados,
imparidade de todos os activos, gue nê&o sejam: uma entidade aplica esta Norma para determinar se
a) Inventêrios (ver a NCRF 18 - Inventêrios); o aclivo pode estar com imparidade.

189
12 SNC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeiro — NCRF

cCaixa e gue seja em larga medida independente dos


Definices (paragrafo 4)
influxos de caixa de outros activos ou grupo de activos,
4 — Os termos gue se seguem sao usados nesta
Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de caixa
Norma com os significados especificados:
futuros estimados, gue se espere surjam do uSo conti-
Activos “corporate': sêo activos, exceplo goodwil, aue nuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da
contribuam para os fluxos de caixa futuros de vêrias uni- sua alienacao no fim da sua vida util.
dades geradoras de caixa.
Vida util é:
Custos com a alienacao: S&0 custos incrementais
a) O periodo durante o gual uma entidade espera gue
directamente atribulveis & alienacao de um activo ou uni-
um activo esteja disponivel para uso; ou
dade geradora de caixa, excluindo custos de financia-
mento e gastos de impostos sobre o rendimento. D) O numero de unidades de producë&o ou similares
gue uma entidade espera obter do activo.
Data de acordo para uma concentracêo de activida-
des empresariais: é a data em aue um acordo substan-
tivo entre as partes concentradas seja celebrado e, no Identificacdo de um activo gue passa estar com impa-
caso de entidades cotadas em bolsa, anunciado ao ridade (parêgrafos 5 a 8)
publico. No caso de uma Oferta Publica de Aguisicao
(OPA) hostil, a primeira data em aue tiver sido atingido 5 —- Uma entidade deve avaliar em cada data de relato
um acordo substantivo entre as partes ague Se concen-
se hê agualguer indicacêo de ague um activo possa estar
tam é a data em ague um numero suficiente dos proprie- com imparidade. Se existir gualauer indicacêo, a enti-
têrios da adauirida tenham aceite a oferta do adauirente dade deve estimar a guantia recuperavel do activo.
para aue este obtenha o controlo daauela. 6 - Independentemente de existir ou nêo aualaguer
Depreciacêo (Amortizacêo): é a imputacao sistematica indicacao de imparidade, uma entidade deve tambêm:
da aguantia depreciëvel de um activo durante a sua vida a) Testar anualmente a imparidade de um activo intan-
util. (No caso de um activo intangivel, o termo “amortiza- givel com uma vida util indefinida ou um activo
Ca&0” é geralmente usado em vez de “depreciaGêo'. intangivel ainda nao disponivel para uso compa-
Ambos os termos têm o mesmo sentido.) rando a sua aguantia escriturada com a sua guantia
Justo valor menos os custos de vender: é a guantia a recuperdvel. Este teste de imparidade pode ser
obter da venda de um activo ou unidade geradora de efectuado em gualguer momento durante o periodo
Caixa numa transacc&o entre partes conhecedoras e dis- anual, desde gue seja efectuado no mesmo
postas a isso, sem agualguer relacionamento entre elas, momento de cada ano. Activos intangiveis diferen-
menos os custos com a alienacaêo. tes podem ser testados guanto a imparidade em
momentos diferentes. Contudo, se um desses acti-
Mercado activo: é um mercado no agual se verifiauem
vos intangiveis for inicialmente reconhecido durante
todas as condicées seguintes:
Oo periodo anual corrente, esse activo deve ser tes-
a) Os itens negociados no mercado sê0o homogéneos; tado guanto a imparidade antes do final do periodo
b) Podem ser encontrados em agualguer momento corrente;
Compradores e vendedores dispostos a comprar e b) Testar anualmente a imparidade do goodwill adaui-
vender; e
rido numa concentracao de actividades empresa-
Cc) Os precos estéo disponiveis ao publico. riais de acordo com os paragrafos 40 a 50.
Perda por imparidade: é o excedente da guantia escri- 7 - Ao avaliar se existe aualaguer indicacêo de aue um
turada de um activo, ou de uma unidade geradora de activo possa estar com imparidade, uma entidade deve
Caixa, em relac&o & sua guantia recuperdvel. coNsiderar, como minimo, as seguintes indicaG6es:
Ouantia depreciëvel: é o custo de um activo ou outra
Fontes externas de informacaêo:
guantia substituta do custo, menos o seu valor residual.
a) Durante o periodo, o valor de mercado de um
Ouantia escriturada: é a guantia pela aual um actvo ë activo diminuiu significativamente mais do gue seria
reconhecido no Balango, ap6s a deducao de agualguer
esperado como resultado da passagem do tempo
depreciacêo/amortizacêo acumulada e de perdas por
ou do uso normal;
imparidade acumuladas inerentes.
D) Ocorreram, durante o periodo, ou irao ocorrer no
@uantia recuperêvel: é a guantia mais alta de entre o futuro préximo, alteracoes significativas com um
justo valor de um activo ou unidade geradora de caixa
efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente
menos os custos de vender e o seu valor de uso.
tecnolégico, de mercado, econêmico ou legal em
Unidade geradora de caixa: é o mais peagueno grupo ague a entidade opera ou no mercado ao gual o
identificêvel de activos gue seja gerador de influxos de activo esta dedicado;

190
SNC EXPLICADO 7 Normas Gontabilfsticas e de Relato Financeiro - NCRF 12

Cc) As taxas de juro de mercado ou outras taxas de medida independentes dos de outros activos ou
mercado de retorno de investimentos aumentaram grupos de activos e for portanto testado guanto a
durante o periodo, & esses aumentos provavel- imparidade como parte de uma unidade geradora
mente afectar&o a taxa de desconto usada no cal- de caixa & gual pertenca, os activos e passivos aue
culo do valor de uso de um activo e diminuirao COMPêEem essa unidade nao mudaram significativa-
materialmente a guantia recuperdvel do activo; mente desde o calculo mais recente da guantia
d) A aguantia escriturada dos activos liguidos da enti- recuperêvel;
dade é superior & sua capitalizacao de mercado. D) O mais recente calculo da aguantia recuperdvel
resultou numa dguantia gue excedeu a guantia eseri-
Fontes internas de informacao:
turada do activo por uma margem substancial e
e) Esté disponivel evidência de obsolescência ou
Cc) Com base numa analise de acontecimentos ague
dano fisico de um activo;
tenham ocorrido e das circunstências aue tenham
f) Alterac6es significativas com um efeito adverso na mudado desde o calculo mais recente da auantia
entidade ocorreram durante o periodo, ou espera- recuper&vel, é remota a probabilidade de gue uma
-se due ocorram num futuro préxXimo, alé ao ponto determinacao da auantia recuperêvel corrente seja
em aue, ou na forma em due, um activo seja usado inferior & guantia escriturada do activo.
Ou Se espera aue seja usado. Estas alteracêes
incluem um activo ague se tornou ocioso, planos Justo valor menos custos de vender (parégrafos 11 a 15)
para descontinuar ou reestruturar a unidade opera-
Cional a aue o activo pertence, planos para alienar 11 — A melhor evidência do justo valor menos os cCus-
um activo antes da data anteriormente esperada, e tos de vender de um activo é um preco num acordo de
a reavaliacëêo da vida util de um activo como finita venda vinculativo numa transaccao entre partes sem
em vez de indefinida; agualaguer relacionamento entre elas, ajustado para cus-
tos incrementais gue seriam directamente atribuiveis &
g) Existe evidência nos relatérios internos due indica
alienacao do activo.
ague o desempenho econémico de um activo é, ou
serê, pior do gue o esperado. 12 —- Se nêo houver gualguer acordo de venda vincula-
tivo mas um activo for negociado num mercado activo, o
8 — Se houver uma indicacêo de gue um activo possa
justo valor menos os custos de vender é o preco de mer-
estar com imparidade, isto pode indicar gue a vida uil
cado do activo menos os custos com a alienacëêo. O
remanescente, o método de depreciac&o (amortizacê&o)
preco de mercado apropriado é geralmente o preGo cor-
ou o valor residual do activo precisa de ser revisto e
rente de oferta de compra. Ouando os precos de oferta
ajustado de acordo com a Norma aplicével ao activo,
de compra nao estiverem disponiveis, o preco da tran-
mesmo ague nao seja reconhecida agualguer perda por
SACCAO mais recente pode proporcionar uma base a
imparidade relativa a esse activo.
partir da dual se estime o justo valor menos os custos de
vender, desde due nêo tenha havido uma alteracêo sig-
Mensuracdo da guantia recuperdvel (parêgrafos 9a 27) nificativa nas circunstências econémicas entre a data da
9 — Esta Norma define guantia recuperdvel como a transaccao ea data em aue a estimativa seja feita.
guantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou 14 — Se nêo houver acordo de venda vinculativo ou
de uma unidade geradora de caixa menos os custos de mercado activo para um activo, o justo valor menos os
vender e o seu valor de uso. custos de vender é baseado na melhor informacao dis-
ponivel para reflectir a guantia gue uma entidade podera
Mensuracao da guantia recuperdvel de um activo intan- obter, & data do balanco, da alienagao do activo numa
givel com uma vida dtil indefinida (paragrafo 10) transaccëo entre partes conhecedoras e dispostas a
10 - O par&grafo 6 exige gue um activo intangivel com isso sem agualguer relacionamento entre elas, ap6s
uma vida util indefinida seja anualmente testado auanto deducaêo dos custos com a alienacao. Ao determinar
a imparidade mediante comparaGêo da sua guantia esta guantia, uma entidade considera o desfecho de
escriturada com a sua guantia recuperdêvel, independen- transaccêes recentes de activos semelhantes feitas no
temente de existir ou nêo agualguer indicacêo de aue mesmo sector. O justo valor menos os custos de vender
possa estar com imparidade. Contudo, o calculo deta- nêo reflecte uma venda forcada, a nao ser gue a gerên-
Ihado mais recente da auantia recuperaêvel de um tal Cia seja compelida a vender imediatamente.
activo feito num periodo precedente pode ser usado no 14 — Os custos com a alienacao, gue nao tenham sido
teste de imparidade no periodo corrente, desde aue os os reconhecidos como passivos, sao deduzidos ao deter-
seguintes critérios sejam satisfeitos: minar o justo valor menos os custos de vender. Exemplos
a) Se o activo intangivel nêo gerar influxos de caixa de tais custos $êo os custos legais, imposto de selo e
resultantes do uso continuado due sejam em larga impostos sobre transacc6es semelhantes, custos de

191
7 Normas Contabilisticas e da Relata Financeiro - NCAF 12 SNC EXPLICADO

remocao do activo e custos incrementais directos para taxa de crescimento estavel ou decrescente para
colocar um activo em condicoes para a sua venda. os anos subseguentes, a menos due uma taxa
Porém, os beneficios de cessagêo de emprego (tal como crescente possa ser justificada.
definidos na NCRF 28 - Beneficios de Empregados) e
Custos associados & reducëo ou reorganizaGao de uma
Composicêo das estimativas de fluxos de caixa futuros
(parêgrafos 18 a 23)
empresa a seguir & alienac&o de um activo nao Sao cus-
tos incrementais directos de alienar o activo. 18 — As estimativas de fluxos de caixa futuros devem
incluir:
15 — Por vezes, a alienac&o de um activo exige gue o
Ccomprador assuma um passivo e apenas existe um a) Projecg6es de influxos de caixa derivados do usa
(nico justo valor menos os custos de vender tanto para o continuado do activo;
activo como para o passivo. O parêgrafo 39 explica b) Projeccêes de exfluxos de caixa due sejam neces-
como tratar de tais casos. sariamente incorridos para gerar os influxos de
caixa derivados do uso continuado do activo
Valor de uso (parêgrafos 16 a 27) (incluindo exfluxos de caixa para preparar o activo
16 - Os seguintes elementos devem ser reflectidos no para uso) e possam ser directamente atribuidos, ou
calculo do valor de uso de um activo: imputados numa base razoëvel e consistente, ao
activo;e
a) Uma estimativa dos fluxos de caixa futuros aue a
Cc) Fluxos de caixa liguidos, se os houver, a receber
entidade espera obter do activo;
(ou a pagar) pela alienac&o do activo no fim da sua
D) Expectativas acerca das possiveis variac6es na
vida util.
guantia ou na tempestividade desses fluxos de
caixa futuros; 19 — Os futuros fluxos de caixa devem ser estimados
c) O valor temporal do dinheiro, representado pela para o activo na condigêo corrente. Estimativas de futu-
ros fluxos de caixa nêo devem incluir futuros influxos ou
taxa corrente de juro sem risco de mercado;
exfluxos de caixa due se esperem como resultado de:
d) O preGo de suportar a incerteza inerente ao aclivo;
ë
a) Uma reestruturacêo fulura com a aual uma enti-
dade ainda nao esteja comprometida; ou
e) Outros factores, tais como a falta de liguidez, aue
os participantes do mercado reflectissem no apre- b) Aumentos ou melhorias no desempenho do activo.
camento dos fluxos de caixa futuros aue a entidade 20 - Ouando uma entidade ficar comprometida com
espera obter do activo. uma reestruturacao, é provavel gue alguns activos sejam
afectados por essa reestruturacëo. Logo due a entidade
Bases para estimativas de fluxos de caixa futuros esteja comprometida com a reestruturacao:
(pardgrafo 17)
a) As suas estimativas de influxos e exfluxos de caixa
17 - Ao mensurar o valor de uso, uma entidade deve: futuros para a finalidade de determinar o valor de
a) Basear as projeccêes de flyxos de caixa em pres- uso reflectirao as poupancas de custos e outros
SUDOStOS razoëveis e suportêveis gue representem beneficios da reestruturacëo (baseadas nos mais
a melhor estimativa da escala de condicêes econd- recentes orcamentos/previsêes financeiros due
micas aue existirêo durante a vida util remanes- tenham sido aprovados pelo érgao de gestao) ë
cente do activo. Deve ser dada maior ponderacëo a b) As suas estimativas de exfluxos de caixa futuros
evidências externas; para a reestruturacêo serao incluidas numa provisêo
b) Basear as projecc6es de fluxos de caixa nos orca- para reestruturacao de acordo com a NCRF 21 —
mentos/previsêes financeiros mais recentes aprova- Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contin-
dos pela gerência, mas deve excluir guaisauer gentes.
influxos ou exfluxos de caixa futuros estimados due
21 - Até aue uma entidade incorra em exfluxos de
se espera venham a resultar de reestruturac6es
caixa, gue aumentem ou melhorem o desempenho do
futuras ou de aumentos ou melhorias no desempe-
activo, as estimativas de fluxos de caixa futuros nao
nho do activo. As projeccëes baseadas nestes
incluem os influxos de caixa futuros estimados due se
orcamentos/previsêes devem abranger um periodo
espera gue resultem do aumento de beneficios econémi-
maximo de cinco anos, a menos gue um periodo
cos associados ao exfluxo de caixa.
mais longo possa ser justificado;
22 — As estimativas de fluxos de caixa futuros nao
o) Estimar projecc6es de fluxos de caixa para alêm do
periodo abrangido pelos orcamentos/previsêes devem incluir:
mais recentes extrapolando as projeccêes basea- a) Influxos ou exluxos de caixa provenientes de activi-
das nos orcamentos/previsêes pelo uso de uma dades de financiamento; ou

192
SNC EXPLICADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financeira
— NCRF 12

b) Recebimentos ou pagamentos de impostos sobre o auantia escriturada do activo deve ser reduzida para a
rendimento. sua aguantia recuperdvel. Esta reducao é uma perda por
imparidade.
23 — A estimativa de fluxos de caixa liguidos a receber
(ou a pagar) pela alienacêo de um activo no fim da sua 29 - Uma perda por imparidade deve ser imediata-
vida util deve ser a guantia gue uma entidade espera mente reconhecida nos resultados, a nêo ser gue o
obter da alienagao do activo numa transacGëo entre par- activo seja escriturado pela guantia revalorizada de uma
tes conhecedoras e dispostas a isso sem agualguer rela- outra Norma (por exemplo, de acordo com o modelo de
cionamento entre elas, apês deducao dos custos esti- revalorizacêo da NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis).
mados com a alienacao. Oualauer perda por imparidade de um activo revalori-
zado deve ser tratada como decréscimo de revaloriza-
Fluxos de caixa futuros de moeda estrangeira (par&grafo 24) G&o de acordo com essa outra Norma.
24 — Os fluxos de caixa futuros sêo estimados na 30 - Ouando a aguantia estimada de uma perda por
moeda em ague ser&o gerados e depois descontados imparidade for maior do gue a guantia escriturada do
usando uma taxa de desconto apropriada para essa activo com o gual se relaciona, uma entidade deve reco-
moeda. Uma entidade transpêe o valor presente usando nhecer um passivo, se, e apenas se, tal for exigido por
a taxa de cêmbio & vista na data do calculo do valor de outra Norma.
uso.
41 — Ap6s o reconhecimento de uma perda por impari-
Taxa de desconto (parégrafos 25 a 27) dade, o encargo com a depreciacêo (amortizacê&o) do
activo deve ser ajustado nos periodos futuros para impu-
25 — A(s) taxa(s) de desconto develm) ser a(s) taxa(s)
tar a guantia escriturada revista do activo, menos o seu
antes de impostos gue reflicta(m) as avaliacëes corren-
valor residual (se o houver) numa base sistematica,
tes de mercado sobre: durante a sua vida util remanescente.
a) O valor temporal do dinheiro:e
32 — Se uma perda por imparidade for reconhecida,
b) Os riscos especificos para o activo em relacëo aos aguaisguer activos ou passivos por impostos diferidos
auais as estimativas de fluxos de caixa futuros nao relacionados ser&o determinados de acordo com a NCRF
tenham sido ajustadas.
25 — Impostos sobre o Rendimento, ao comparar a guan-
26 - Uma taxa ague reflicta as avaliac6es correntes de tia escriturada revista do activo com a sua base fiscal.
mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos
especificos para o activo é o retorno aue os investidores
Unidades geradoras de caixa e goadwill
exigiriam se fossem eles a escolher um investimento gue
(pardgrafos 33 a 55)
gerasse fluxos de caixa de guantias, tempestividade &
perfil de risco eguivalentes as gue a entidade espera ldentificacao da unidade geradora de caixa a gue per-
obter do activo. Esta taxa é estimada a partir da taxa tence um activo (par&grafos 33 a 37)
implicita nas transaccêes correntes de mercado para
activos semelhantes ou a partir do custo médio ponde- 43 — Se houver aualguer indicacëo de gue um activo
rado do capital de uma entidade cotada em bolsa due possa estar com imparidade, a guantia recuperêvel do
tenha um unico activo (ou uma carteira de activos) activo individual deve ser estimada. Se nao for possivel
estimar a aguantia recuperavel do activo individual, uma
semelhante em termos de potencial de servico e de ris-
entidade deve determinar a auantia recuperavel da uni-
COS para o activo em causa. Contudo, a(s) taxa(s) de
dade geradora de caixa & gual o activo pertence.
desconto usadal(s) para mensurar o valor de uso de um
activo nao devefm) reflectir os riscos em relacë&o aos 34 — A auantia recuper&vel de um activo individual nao
Ouais as estimativas de fluxos de caixa futuros tenham pode ser determinada se:
Sido ajustadas. De outro modo, o efeito de alguns pres- a) O valor de uso do activo nao puder ser estimado,
Supostos serd tido em consideracêo duas vezes. CoMOo estando préximo do seu justo valor menos os
27 - Ouando uma taxa de um activo especifico nao custos de vender (por exemplo, guando os fluxos
estiver directamente disponivel no mercado, uma enti- de caixa futuros provenientes do uso continuado do
dade usa substitutos para estimar a taxa de desconto. activo nao puderem ser estimados como sendo
insignificantes) e
D) O activo nao gerar influxos de caixa gue sejam em
Reconhecimento e mensuracio de uma perda por larga medida independentes dos de outros activos.
imparidade (parêgrafos 28 a 32)
Em tais casos, o valor de uso e, por isso, a auantia
28 - Se, e apenas se, a guantia recuperêvel de um recuperêvel, sé podem ser determinados para a unidade
activo for menor do ague a sua aguantia escriturada, a geradora de caixa do activo.

SNCE-13
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Relata Financeiro - NCRF 12

b) Os exfluxos de caixa futuros usados para determi-


Exemplo
nar o valor de uso de auaisauer outros activos ou
Uma entidade mineira possui uma linha férrea privada
fér- unidades geradoras de caixa gue sejam afectados
para suportar as suas actividades mineiras. A linha
pelo valor da sucala e pelo preco de transferência interno.
rea privada sê pode ser vendida
nao gera influxos de caixa gue sejam em larga medida 37 — As unidades geradoras de caixa devem ser iden-
independentes dos influxos de caixa de outros activos tificadas consistentemente de periodo para periodo rela-
da mina. tivamente ao mesmo activo ou tipo de activos, a menos
Nao é possivel estimar a aguantia recuperêvel da linha aue se justifigue uma alteracao.
férrea privada pordgue o seu valor de uso nao pode ser
determinado e é provavelmente diferente do valor de (uantia recuperdvel e guantia escriturada de uma uni-
sucata. Por isso, a entidade estima a guantia recuperê- dade geradora de caixa (parêgrafos 38 a 51)
vel da unidade geradora de caixa &A gual a linha férrea 38 — A auantia escriturada de uma unidade geradora
privada pertence, isto ê, & mina como um todo. de caixa deve ser determinada numa base consistente
35 — Tal como definido no paragrafo 4, a unidade com a forma como a auantia recuperavel da unidade
geradora de caixa de um activo é o grupo mais geradora de caixa é determinada.
pegueno de activos aue inclui o activo e gue gera influ- 39 — Pode ser necessêrio considerar alguns passivos
vos de Caixa gue sejam em larga medida independen- reconhecidos para determinar a auantia recuperdvel
tes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de de uma unidade geradora de caixa. Isto pode ocorrer
activos. A identificacéo da unidade geradora de caixa se a alienacêo de uma unidade geradora de caixa exi-
de um activo envolve juizo de valor. Se a auantia recu- gir gue o comprador assuma o passivo. Neste caso, o
per&vel nêo puder ser determinada para um activo indi- justo valor menos os custos de vender (ou o fluxo de
vidual, uma entidade identifica o menor agregado de caixa estimado com base na ultima alienacao) da uni-
activos aue geram influxos de caixa em larga medida dade geradora de caixa é o preco de venda estimado
independentes. para os activos da unidade geradora de caixa junta-
mente com o passivo menos os custos com a aliena-
Exempla Cao. Para executar uma comparacao com sentido
Uma empresa de autocarros presta servicos sob con- entre a guantia escriturada da unidade geradora de
trato com um municipio aue exige servico minimo em Caixa e a sua aguantia recuperêvel, a guantia escritu-
cada uma das cinco carreiras separadas. Os activos rada do passivo é deduzida ao determinar tanto o
afectos a cada carreira e os fluxos de caixa de cada car- valor de uso da unidade geradora de caixa como a
reira podem ser identificados separadamente. Uma das sua guantia escriturada.
Carreiras opera com perdas significativas.
Dado gue a entidade nêo tem a opoao de encerrar aual- Exemplo
aguer carreira de autocarros, o nivel mais baixo dos influ- Uma empresa explora uma mina num pais onde a
xos de caixa identificêveis gue sejam em larga medida legislacao exige gue o proprietêrio restaure o local
independentes dos influxos de caixa provenientes de guando concluir a sua exploragêo da mina. O custo da
outros activos, ou grupos de activos, Sê0 os due corres- restauracëo inclui a reposicêo da camada de terra gue
pondem aos inflyxos de caixa gerados pelas cinco car- teve de ser removida antes do comeco da exploracêo
reiras conjuntamente. A unidade geradora de caixa, para mineira. Uma provisêo para os custos de reposic&o da
Cada carreira, é a empresa de autocarros no seu todo. camada de terra foi reconhecida logo aue a camada toi
removida. A auantia proporcionada foi reconhecida
36 — Se existir um mercado activo para o output produ- como parte do custo da mina e tem sido depreciada
Zido por um activo ou grupos de activos, esse activo ou durante a vida util da mina. A guantia escriturada da
grupo de activos deve ser identificado como uma uni- provisêo para os custos de restauracëo corresponde a
dade geradora de caixa, mesmo se uma parte ou todo o 500 UM.
output for usado internamente. Se os influxos de caixa A entidade estê a testar a imparidade da mina. A uni
gerados por gualguer activo ou unidade geradora de dade geradora de caixa da mina é a mina na sua totali-
caixa forem afectados pelo preco de transferência dade. A entidade recebeu vêrias ofertas de compra da
interno, uma entidade deve usar a melhor estimativa mina a um preco aproximado de 800 UM. Este preco
relativa ao(s) futuro(s) precols) gue possa(m) ser alcan- reflecte o facto de gue o comprador assumir a obriga-
Cadol(s) em transaccêes em ague nao exista relaciona- co de restaurar a camada de terra. Os custos de alie-
mento entre as partes ao estimar: nacao da mina sêo insignificantes. O valor de uso da
a) Os influxos de caixa futuros usados para determinar mina é aproximadamente 1200 UM, excluindo os cus-
o valor de uso do activo ou da unidade geradora de tos de restauracêo. A guantia escriturada da mina ê
Caixa;& 1000 UM.

194
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relate Financeira — NCRF 12

O justo valor da unidade geradora de caixa é BOO UM. Exempla


Esta guantia considera os custos de restauracao gue jê Uma entidade vende por 100 UM uma unidade opera-
foram providenciados. Como conseguëncia, o valor de Cional aue fazia parte de uma unidade geradora de
uso da unidade geradora de caixa é determinado apês caixa a gue foi imputado goodwil. O goodwill imputado
consideracëo dos custos de restauracêo e é estimado & unidade nêo pode ser identificado ou associado a um
em 700 UM (1200 UM menos 500 UM). A guantia escri- grupo de activos a um nivel inferior ao dessa unidade,
turada da unidade geradora é 500 UM, aue é a guantia excepto arbitrariamente. A auantia recuperêvel da por-
escriturada da mina (1000 UM) menos a guantia escritu- C&o da unidade geradora de caixa retida é de 300 UM.
rada da provisdo para custos de restauragëo (500 UM). Porague o goodwill imputado & unidade geradora de
Portanto, a guantia recuperêvel da unidade geradora de caixa nao pode ser identificado ou associado a um
caixa excede a sua guantia escriturada. grupo de activos de forma nêo arbitrêria a um nivel infe-
rior ao dessa unidade, o goodwill associado & unidade
Goodwill (parêgrafos 40 a 50) operacional alienada é mensurado na base dos valores
relativos da unidade geradora de caixa alienada e da
Imputagao de goodwilla unidades geradoras de caixa porcao da unidade geradora de caixa retida. Assim,
(paragrafos 40 a 43) 25% do goodwill imputado & unidade geradora de caixa
é incluido na guantia escriturada da unidade operacional
40 - Para a finalidade de testar a imparidade, o good-
aue é vendida.
will adauirido numa concentracêo de actividades empre-
sariais deve, a partir da data de aauisicéo, ser imputado
43 - Se uma entidade reorganizar a sua estrutura de
a cada uma das unidades geradoras de caixa, ou grupo
relato de forma ague altera a composicê&o de uma ou mais
de unidades geradoras de caixa, do adauirente, gue se unidades geradoras de caixa &s aguais tenha sido impu-
espera aue beneficiem das sinergias da concentracêo tado goodwill, o goodwill deve ser reimputado &s unida-
de actividades empresariais, independentemente de des afectadas. Esta nova imputacëo deve ser efectuada
Outros activos ou passivos da adauirida serem atribuidos usando uma abordagem pelo valor relativo semelhante &
a essas unidades ou grupos de unidades. Cada unidade utilizada auando uma entidade aliena uma unidade ope-
ou grupo de unidades ao gual o goodwill seja assim racional no seio de uma unidade geradora de caixa, a
imputado deve: nao ser gue a entidade possa demonstrar aue outro
a) Representar o nivel mais baixo no seio da entidade meêtodo reflecte melhor o goodwil associado &s unida-
ao agual o geodwill é monitorizado para finalidades des reorganizadas.
de gestao interna: e
Exemplo
b) Nêo ser maior do gue um segmento operacional,
O goodwill tinha sido anteriormente imputado & unidade
determinado de acordo com o IFRS 8 —- Segmentos
geradora de caixa A. O goodwill imputado a A nêo pode
Operacionais.
ser identificado ou associado a um grupo de activos
41 - Se a imputacêo inicial do geodwill adguirido numa inferior ao de A, excepto arbitrariamente. A vai ser divi-
concentracao de actividades empresariais nio puder dida e integrada em três outras unidades geradoras de
ser concluida antes do fim do periodo anual em aue tiver caixa B, Ce D.
sido efectuada a concentracêo de actividades empresa- Dado gue o goodwill imputado a A n&o pode ser identifi-
riais, essa imputagëêo inicial deve ser concluida antes do Cado ou associado a um grupo de activos de uma forma
fim do primeliro periodo anual com inicio apés a data da nêo arbitrêria a um nivel inferior ao de A, ele é reimpu-
aOuisicao. tado As unidades B, C e D na base dos valores relativos
das três porc6es de A antes de essas porcêes de A
42 — Se o goodwill ver sido imputado a uma unidade
serem integradas em B, C e D.
Ggeradora de caixa e a entidade alienar uma unidade
operacional dessa unidade geradora de caixa, o good- Testar a imparidade de unidades geradoras de caixa com
wil associado & unidade operacional alienada deve ser: goodwill (paragrafos 44 e 45)
8) Incluido na aguantia escriturada da unidade opera-
44 — Ouando o goodwill se relaciona com uma unidade
Cional aguando da determinacao de ganhos ou per-
geradora de caixa mas nêo tenha sido imputado a essa
das no momento da alienacêo; e
unidade, a unidade deve ser testada aguanto a impari-
b) Mensurado na base dos valores relativos de uma dade, sempre due exista uma indicacêo de due essa
unidade operacional alienada e da porc&o da uni- unidade possa estar com imparidade, comparando a
dade geradora de caixa retida, a nêo ser gue a aguantia escriturada da unidade, excluindo gualguer
entidade possa demonstrar gue algum outro goodwill, com a sua guantia recuperavel. Oualguer
método reflicta melhor o goodwill associado a& uni- perda por imparidade deve ser reconhecida de acordo
dade operacional alienada. com o parêgralo 52.

195
NCAF 12
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Finantelro —

essa unidade deve ser testada aguanto a imparidade


45 —- Uma unidade geradora de caixa & aual tenha sido
dade antes do final do periodo corrente anual.
imputado goodwilldeve ser testada guanto a impari
anualmente. e sempre gue exista uma indicacao de gue 49 — Se os activos aue constituem a unidade geradora
essa unidade possa estar com imparidade, comparando de caixa a ague tenha sido imputado goodwill forem tes-
a aguantia escriturada da unidade, incluindo o goodwill, tados aguanto a imparidade ao mesmo tempo due a uni-
com a aguantia recuperêvel da unidade. Se a auantia dade aue contém o goodwill, eles devem ser testados
recuperêvel da unidade exceder a guantia escriturada auanto a imparidade antes da unidade aue contem o
da unidade. a unidade e o goodwillimputado a essa uni goodwill. Do mesmo modo, se as unidades geradoras
dade devem ser considerados como nêo0 estando com de caixa gue constituem um grupo de unidades gerado-
imparidade. Se a guantia escriturada da unidade exce- ras de caixa a ague tenha sido imputado goodwill forem
der a guantidade recuperavel da unidade, a entidade testadas guanto a imparidade ao mesmo tempo due o
deve reconhecer a perda por imparidade de acordo grupo de unidades aue contém o goodwill, as unidades
com o parêgrafo 52. individuais devem ser testadas guanto a imparidade
antes do grupo de unidades gue contém o goodwill.
Interesses minoritêrios (parêgrafos 46 e 47)
50 - O calculo detalhado mais recente, feito num
46 - De acordo com a NCRF 14 —- Concentrac6es de periodo precedente, da guantia recuperêvel de uma uni-
Actividades Empresariais, o goodwill reconhecido dade geradora de caixa & agual tenha sido imputado
numa concentracao de actividades empresariais goodwill pode ser usado no teste de imparidade dessa
representa o goodwill adauirido por uma empresa-mae unidade no corrente periodo, desde gue os seguintes
com base no interesse de propriedade da empresa- Critérios sejam satisfeitos:
-mêe, em vez da aguantia do goodwill controlada pela
a) Os activos e passivos ague compêem a unidade nao
empresa-mêe como resultado da concentracao de foram significativamente alterados desde o mais
actividades empresariais. Assim, o goodwill atribuivel recente célculo da guantia recuperdvel;
a um interesse minoritêrio nao é reconhecido nas
b) O mais recente cêlculo da auantia recuperêvel
demonstracêes financeiras consolidadas da empresa-
resultou numa aguantia gue excedeu a guantia escri-
-mae. Em conformidade, se existir um interesse minori-
turada da unidade numa margem substancial; e
têrio numa unidade geradora de caixa & aual tenha
sido imputado goodwill, a guantia dessa unidade com- c) Com base numa andlise dos acontecimentos aue
preende: tenham ocorrido e das circunstências gue tenham
mudado desde o calculo mais recente da auantia
a) Tanto o interesse da empresa-mae como o inte-
recuperêvel, seja remota a probabilidade de aue
resse minoritêrio nos activos liguidos da unidade; e
uma determinaGêo corrente da guantia recuperdvel
b) O interesse da empresa-mêae no goodwill. seria inferior & guantia escriturada da unidade.
Contudo, parte da guantia recuperêvel da unidade
geradora de caixa determinada de acordo com esta Activos “corporate” (parêgrafo 51)
Norma é atribuivel ao interesse minoritêrio no goodwill.
51 — Ao testar a imparidade de uma unidade geradora
47 - Dado aue o goodwill é reconhecido apenas na de caixa, uma entidade deve identificar todos os activos
medida do interesse de propriedade da empresa-mêe, “corporate" gue se relacionem com a unidade geradora
agualguer perda por imparidade relacionada com o de caixa em andlise. Se uma parte da auantia escritu-
goodwill é repartida entre a parte atribuivel & empresa- rada de um "activo corporate”;
-mae e a parte atribuivel ao interesse minoritêrio, apenas a) Puder ser imputada numa base razoëvel e consis-
com a primeira a ser reconhecida como perda de goodwill tente a essa unidade, a entidade deve comparar a
por imparidade. guantia escriturada da unidade, incluindo a parte
da guantia escriturada do “activo corporate” impu-
Tempestividade dos testes de imparidade (parêgrafos 48 a 50) tada & unidade, com a sua auantidade recuperêvel.
48 — O teste de imparidade anual para uma unidade Oualauer perda por imparidade deve ser reconhe-
geradora de caixa a gue tenha sido imputado goodwill cida de acordo com o parêgralo 52;
pode ser efectuado a aualguer momento durante um D) Nêo puder ser imputada numa base razoëvel e con-
periodo anual, desde due o teste seja efectuado no sistente a essa unidade, a entidade deve:
mesmo momento todos os anos. Unidades geradoras de i) Comparar a guantia escriturada da unidade,
caixa diferentes podem ser testadas guanto a impari- excluindo o activo "corporate", com a sua auan-
dade em momentos diferentes. Contudo, se uma parte tia recuperêvel e reconhecer gualguer perda por
ou todo o goodwil imputado a uma unidade geradora de imparidade de acordo com o parêgrafo 52;
caixa tiver sido adauirido numa concentracêo de activi- i) Identificar o mais peaueno grupo de unidades
dades empresariais durante o periodo corrente anual, geradoras de caixa gue inclua a unidade geradora
SNC EXPLICADD 7 Normas Caontabilisticas e de Relata Financeiro
— NCRF 12

de caixa em aguestêo e a gue uma parte da guan- nao estiver com imparidade. Isto aplica-se mesmo se
tia eseriturada do activo “corporate” possa ser Oo justo valor menos os custos de vender do activo for
imputada numa base razoëvel e consistente; e inferior & sua duantia escriturada.
ii) Comparar a aguantia escriturada desse grupo de
unidades geradoras de caixa, incluindo a parte da Exempla
aguantia escriturada do activo “corporate” impu- Uma maêauina sofreu danos fisicos mas ainda estê a tra-
tada a esse grupo de unidades, com a aguantia balhar, se bem aue nêo to bem como antes de ficar
recuperêvel do grupo de unidades. Oualguer danificada. O justo valor da maêauina menos os custos
perda por imparidade deve ser reconhecida de de vender é inferior & sua guantia escriturada. A
acordo com o par&grafo 52. maauina nêo gera influxos de caixa independentes. O
mais peagueno grupo de activos identificavel gue inclua a
Perda por imparidade de uma unidade geradora de ma&auina e gue crie influxos de caixa gue sejam em larga
caixa (parêgrafos 52 a 55) medida independentes dos influxos de caixa de outros
activos é a linha de producêo a aual pertence a
52 —- Uma perda por imparidade deve ser reconhecida
maauina. A aguantia recuperdvel da linha de producêo
para uma unidade geradora de caixa (o grupo mais
mostra gue a linha de produe4o tomada no seu todo naêo
pedgueno de unidades geradoras de caixa ao aual tenha
estê com imparidade.
sido imputado gocdwill ou um activo “corporate”) se, e ape-
nas se, a guantia recuperavel da unidade (grupo de unida- Pressuposto 1: orcamentos/previsêes aprovados pelo
des) for inferior & guantia escriturada da unidade (grupos 6rgao de gestao nao reflectem aualdguer compromisso
de unidades). A perda por imparidade deve ser imputada da mesma para substituir a maéauina.
para reduzir a guantia escriturada dos activos da unidade A auantia recuperdvel desta mAaguina sozinha nao pode
(grupo de unidades) pela ordem gue se segue: ser estimada porgue o valor de uso da maauina:
a) Primeiro, para reduzir a guantia escriturada de a) Pode diferir do seu justo valor menos os custos de
aualguer goodwill imputado & unidade geradora de vender;e
caixa (grupo de unidades); e b) Somente pode ser determinada para a unidade gera-
D) Depois, aos outros activos da unidade (grupos de dora de caixa a gue a mAêauina pertence (linha de
unidades), numa base pro rata relativamente & producaêo).
aguantia escriturada de cada activo da unidade A linha de producao nêo0 estê com imparidade. Portanto,
(grupo de unidades). nao & reconhecida agualguer perda por imparidade em
Estas reduces nas guantias escrituradas devem ser relac&o & maauina. Contudo, a entidade pode necessitar
tratadas como perdas por imparidade nos activos indivi- de reavaliar o periodo de depreciacêo ou o método de
duais e reconhecidas de acordo com o par&grafo 29. depreciacêo da maêguina. Talvez um periodo de depre-
Ciëac&0 mais curto ou um método de depreciagao mais
53 — Ao imputar uma perda por imparidade de acordo rêApido seja exigido para reflectir a vida util remanes-
com o parêgrafo 52, uma entidade nao deve reduzir a cente esperada da maguina ou o modelo em due se
aguantia escriturada de um activo abaixo do mais alto de espera ague os beneficios econ6miIcos sejam consuUMI-
entre: dos pela unidade.
a) O seu justo valor menos os custos de vender (caso
Pressuposto 2: orcamentos/previsêes aprovados pelo
seja determindvel);
6rgao de gestao reflectem um compromisso da mesma
b) O seu valor de uso (caso seja determinavel) &e para substituir a mêauina e vendê-la no futuro préximo.
C) Zero. Estima-se gue os fluxos de caixa provenientes do uso
A aguantia da perda por imparidade gue de outra forma Continuado da maaguina até & sua alienagëo sejam insigni-
teria sido imputada ao activo deve ser imputada numa ficanies.
base pro rata aos outros activos da unidade (grupo de O valor de uso da maaguina pode ser estimado cComo
unidades). estando préximo do seu justo valor menos os custos de
vender. Por isso, a aguantia recuperêvel da maauina
54 — Se a aguantia recuper4vel de um activo individual
pode ser determinada e nao é atribuida agualauer consi-
nao puder ser determinada (ver parêgrafo 34):
deracao & unidade geradora de caixa a aue pertence a
a) É reconhecida uma perda por imparidade do activo ma&auina (i.e. a linha de producêo). Dado ague o justo
se a Sua guantia escriturada for maior gue o mais valor menos os custos de vender a maauina é inferior &
alto do seu justo valor menos os custos de vender e sua Guantia escriturada, é reconhecida uma perda por
OS resultados da imputac&o descritos nos parêgra- imparidade na maauina.
fos 52e 53: e
D) Nêo é reconhecida aualguer perda por imparidade do 55 — Ap6s os redguisitos dos par&grafos 52 e 53 terem
activo se a unidade geradora de caixa relacionada sido aplicados, deve ser reconhecido um passivo para

197
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 12

de uma perda por impa- do activo deve, excepto como descrito no parêgrafo 59,
agualguer guantia remanescente
ser aumentada até & sua guantia recuperêvel. Este
ridade de uma unidade geradora de caixa se, e apenas
aumento é uma reversêo de uma perda por imparidade.
se, isso for exigido por outra Norma.
Reverter uma perda por imparidade de um activo indivi-
Reverler uma perda por imparidade (paragrafos 56 a 64) dual (par&grafos 59 a 61)
56 — Uma entidade deve avaliar & data de cada relato 59 — Um aumento da aguantia escriturada de um
se hê gualguer indicacëo de aue uma perda por impa- activo, gue nêo o goodwill, atribuivel a uma reversêo de
ridade reconhecida em periodos anteriores relativa- uma perda por imparidade nêo deve exceder a guantia
mente a um activo, gue nêo o goodwill, possa jê nao escriturada aue teria sido determinada (liduida de
existir ou possa ter diminuido. Se tal indicacao existir, amortizacêo ou depreciagao) se nenhuma perda por
uma entidade deve estimar a guantia recuperdvel imparidade tivesse sido reconhecida no activo em anos
desse activo, anteriores.
57 — Ao avaliar se existe gualguer indicacëo de aue 60 - Uma reversêo de uma perda por imparidade de
uma perda por imparidade reconhecida em periodos um activo, gue nêo o goodwill, deve ser reconhecida
anteriores relativamente a um activo, gue nêo o goodwil, imediatamente nos resultados, a nêo ser gue o activo
possa jê nêo existir ou possa ser diminuido, uma entli- esteja escriturado pela auantia revalorizada segundo
dade deve considerar, no minimo, as seguintes indica- uma outra Norma (por exemplo, o modelo de revaloriza-
CÊes: cê0o da NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis). Oualauer
Fontes externas de informacao revers&o de uma perda por imparidade de um activo
revalorizado deve ser tratada como um acréscimo de
a) O valor de mercado do activo tenha aumentado sig-
revalorizac&o de acordo com essa outra Norma.
nificativamente durante o periodo;
b) Tenham ocorrido durante o periodo, ou irêo ocorrer 61 — Ap6s ser reconhecida uma reversêo de uma
no futuro préximo, alterac6es significativas com um perda por imparidade, o débito da depreciacêo (amorti-
efeito favordvel na entidade, referentes ao ambiente zZacao) do activo deve ser ajustado em periodos futuros
tecnolêgico, de mercado, econémico ou legal em para imputar a guantia escriturada revista do activo,
aue a entidade opera ou no mercado a gue se des- menos o seu valor residual (se o houver), numa base sis-
tina o activo; tematica durante a sua vida util remanescente.
Cc) As taxas de juro do mercado ou outras taxas de
mercado de retormo de investimentos tenham dimi-
Reverter uma perda por imparidade de uma unidade
nuido durante o periodo, e essas diminuicoes pode- geradora de caixa (par&grafos 62 e 63)
r&o afectar a taxa de desconto usada ao calcular o 62 — Uma reversêo de uma perda por imparidade de
valor de uso do activo e aumentar materialmente a uma unidade geradora de caixa deve ser imputada aos
sua aguantia recuperêvel, activos da unidade, excepto para o goodwil, numa base
Fontes internas de informacëo pro rata em relacêo as aguantias escrituradas desses
activos. Estes aumentos nas guantias escrituradas
d) Alteracêes significativas com um efeito favoravel na
devem ser tratados como reversêo de perdas por impa-
entidade ocorreram durante o periodo, ou espera-
ridade de activos individuais e reconhecidos de acordo
-se gue ocorram num futuro préximo, alé ao ponto
com o par&grafo 60.
em due, ou na forma em due, o activo seja usado
Ou se espera aue seja usado. Estas alteracoes 63 — Ao imputar uma reversêo de uma perda por impa-
inclyuem os custos incorridos durante o periodo para ridade de uma unidade geradora de caixa de acordo
melhorar ou aumentar o desempenho do activo ou com o parêgrafo 62, a guantia escriturada de um activo
reestruturar a unidade operacional & gual o activo nêo deve ser aumentada acima do mais baixo de entre:
pertence; a) A sua guantia recuperêvel (se determindvel) e
e) Exista evidência proveniente de relatérios internos b) A guantia escriturada aue teria sido determinada
ague indigue gue o desempenho econémico do (liauida de amortizacêo ou depreciacao) se
activo é, ou serê, melhor do gue o esperado. nenhuma perda por imparidade tivesse reconhe-
58 - Uma perda por imparidade de um activo, gue nêo cida no activo em periodos anteriores.
o goodwill, reconhecida em periodos anteriores deve ser A aguantia da reversêo da perda por imparidade due
revertida se, e apenas se, houver uma alteragao nas de outra forma teria sido imputada ao activo deve ser
estimativas usadas para determinar a guantia recuperê- imputada numa base pro rata em relagêao aos outroS
vel do activo desde aue a uiima perda por imparidade activos da unidade (grupo de unidades), excepto para 0
foi reconhecida. Se for este o caso, a guantia escriturada goodwill.

198
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeirn - NCRF 12/13

Reverter uma perda por imparidade de goodwill 67 - Uma entidade deve divulgar a seguinte informa-
(parêgrafo 64) Cêo para as perdas por imparidade agregadas e as
revers6es agregadas de perdas por imparidade reco-
64 — Uma perda por imparidade reconhecida para o
nhecidas durante o periodo para o aual nenhuma infor-
goodwill nê&o deve ser revertida num periodo posterior.
macao é divulgada de acordo com o parêgrafo 66:
a) As principais classes de activos afectadas por per-
Divulgacies (paragrafos 65 a 69) das por imparidade e as principais classes de acti-
65 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada vos afectadas por reversêes de perdas por impari-
classe de activos: dade;
a) A aguantia de perdas por imparidade reconhecidas b) Os principais acontecimentos e circunstências aue
nos resultados durante o periodo e as linhas de levaram ao reconhecimento destas perdas por
itens da demonstracao dos resultados em aue imparidade e reversêes de perdas por imparidade.
essas perdas por imparidade sêo incluidas;
68 - Se, de acordo com o par&grafo 41, gualguer
b) A auantia de reversêes de perdas por imparidade porcêéo do goodwill adguirido numa concentrac&o de
reconhecida nos resultados durante o periodo e
actividades empresariais durante o periodo nao tiver
as linhas de itens da demonstracëo dos resulta- sido imputada a uma unidade geradora de caixa
dos em due essas perdas por imparidade sê&o
(grupo de unidades) & data de relato, a guantia do
revertidas;
goodwill nê&o imputado deve ser divulgada em conjunto
c) A auantia de perdas por imparidade em activos com as razbes pelas auais a auantia se mantém nao
revalorizados reconhecidas directamente no capital imputada.
proprio durante o periodo;
69 - Uma entidade deve divulgar pormenorizadamente
d) A aguantia de reversêes de perdas por imparidade
O processo subjacente as estimativas usadas para men-
em activos revalorizados reconhecidas directa-
surar as guantias recuperêveis de unidades geradoras
mente no capital proprio durante o periodo.
de caixa contendo goodwill ou activos intangiveis com
66 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para cada vidas uteis indefinidas.
perda material por imparidade reconhecida ou revertida
durante o periodo para um activo individual, incluindo
goodwill, ou para uma unidade geradora de caixa:
Data de eficêria (paragrafo 70)
a) Os acontecimentos e circunstências gue conduzi- 10 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
ram ao reconhecimento ou reversao de perda por primeiro periodo gue se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro
imparidade; de 2010.
b) A aguantia de perda por imparidade reconhecida ou
revertida;
c) A natureza do activo;
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
d) Se a agregacao de activos relativa a identificacao
da unidade geradora de caixa se alterou desde a
FINANCEIRO 13
estimativa anterior da aguantia recuperêvel (se a
houver) da unidade geradora de caixa, uma descri- INTERESSES EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E
GO da maneira corrente e anterior de agregar acti- INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
VOS e as razoes de alterar a maneira como é identi- Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem por
ficada a unidade geradora de caixa: base as Normas Intermacionais de Contabilidade lAS 31 —
e) Se a guantia recuperêvel do activo (unidade gera- Interesses em Empreendimentos Conjuntos e AS 28 —
dora de caixa) é o seu justo valor menos os custos Investimentos em Associadas, adoptadas pelo texto origi-
de vender ou o seu valor de uso; mal do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de
f) Se a auantia recuperdvel for o justo valor menos os 3de Novembro.
Custos de vender, a base usada para determinar o Sempre aue na presente norma existam remiss6es
justo valor menos os custos de vender (tal como, se para as normas internacionais de contabilidade, entende-
Oo justo valor foi determinado por referência a um -se gue estas se referem as adoptadas pela Uniao Euro-
mercado activo); peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
g) Se a aguantia recuperdvel for o valor de uso, a(s) Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
taxa(s) de desconto usada(s) na estimativa corrente conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
e anterior (se houver) do valor de uso. n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.

199
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 13

Consolidacêo proporcional: é um méêtodo de contabil-


Objectivo (pargrafo 1)
Zac&0o em aue a parte de um empreendedor em cada
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato um dos activos, passivos, rendimentos e ganhos e gas-
Financeiro é o de prescrever o tratamento para os inte- tos e perdas de uma entidade conjuntamente controlada
resses em empreendimentos conjuntos, independente- é combinada linha a linha com itens semelhantes das
mente da forma juridica gue possam revestir (como, por demonstracêes financeiras do empreendedor ou rela-
exemplo: agrupamentos complementares de empresas, tada como linhas de itens separadas nas demonstra-
consércios, agrupamentos europeus de interesse econ6- c6es financeiras do empreendedor.
mico e associac6es em participagao) e para os investi-
mentos em associadas. Esta Norma proporciona orienta- Controlo: é o poder de gerir as politicas financeiras e
CAo pratica para 0 reconhecimento, mensuragao e operacionais de uma entidade ou de uma actividade
divulgacao dos interesses em empreendimentos CoNjuUN- econémica a fim de obter beneficios da mesma.
tos e dos investimentos em associadas. Também pro-
Gontrolo conjunto: é a partilha de controlo, acordada
porciona orientacêo no gue concerne as formas gue Ccontratualmente, de uma actividade econémica, e existe
podem assumir os empreendimentos conjuntos e a apenas guando as decisêes estratégicas financeiras e
determinacao da existência de influência significativa. operacionais relacionadas com a actividade exigem o
consentimento unanime das partes gue partilham o con-
Ambito (parêgrafos 2 e 3) trolo (os empreendedores).

? - Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacêo de: Demonstracêes financeiras consolidadas: sêo as
a) Interesses em empreendimentos conjuntos e no demonstrac6es financeiras de um grupo apresentadas
relato dos activos, passivos, rendimentos e gastos como as de uma tnica entidade econ6mica.
de empreendimentos conjuntos nas demonstrac6es Empreendedor: é um parceiro de um empreendimento
financeiras de empreendedores e investidores, inde- Conjunto gue tem controlo conjunto sobre esse empreen-
pendentemente das estruturas ou formas segundo
dimento.
as guais as actividades do empreendimento con-
junto se realizam; e Empreendimento conjunto: é uma actividade econ6-
mica empreendida por dois ou mais parceiros, sujeita
D) Investimentos em associadas.
a controlo conjunto destes mediante um acordo con-
8 — Contudo, esta Norma nêo se aplica a: tratual.
a) Interesses de empreendedores em entidades con-
Influência significativa: é o poder de participar nas
juntamente controladas, nem a investimentos em
decisêes das politicas financeira e operacional da inves-
associadas, detidos por organizacêes de capital
tida ou de uma actividade econémica mas aue nêo
de risco, as aguais se regem, nesta matéria, pelas
controlo nem controlo conjunto sobre essas politicas. A
disposicêes decorrentes da alinea b) do n.” 2 do
influência significativa pode ser obtida por posse de
artigo 4.” do Decreto-Lei n.” 319/2002, de 28 de
acG6es, estatuto ou acordo.
Dezembro, com a redacc#o dada pelo Decreto-Lei
n.” 151/2004, de 29 de Junho: Investidor num empreendimento conjunto: é um parti-
b) Interesses de empreendedores em entidades con- cipante de um empreendimento conjunto, due nao tem
juntamente controladas nem a investimentos em controlo conjunto sobre esse empreendimento con-
associadas gue estejam classificados como detidos junto.
para venda, os guais devem ser contabilizados de Método da eguivalência patrimonial: é um mêtodo de
acordo com a NCRF 8 - Activos Nê&o Correntes
Contabilizaca&o pelo aual o investimento ou interesse ê
Detidos para Venda e Unidades Operacionais Des-
inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente
Continuadas. apos a
ajustado em funcao das alterag6es verificadas,
aguisic&o, na guota-parte do investidor ou do empreen-
Definicdes (parêgralo 4) dedor nos activos liguidos da investida ou da entidade
conjuntamente controlada. Os resultados do investidor
A — Os termos aue se seguem sêo usados nesta
ou empreendedor incluem a parte aue Ihe corresponda
Norma com os significados especificados:
nos resultados da investida ou da entidade conjunta-
Associada: é uma entidade (aaui se incluindo as enti-
mente controlada,
dades ague nao sejam constituidas em forma de socie-
dade, como, p. ex., as parcerias) sobre a gual o investi- Subsidiëria: é uma entidade (aaui se incluindo enti-
dor tenha influência significativa e due nêo seja nem dades n&o constituidas em forma de sociedade, como,
uma subsidiëria nem um interesse num empreendimento p. ex. as parcerias) aue é controlada por uma outra
CoNjuNKO. entidade (designada por empresa-mêe).

200
SNC EXPLICADO 7 Normas Cantabilisticas e de Relate Financeiro — NCRF 13

Caracterizacao de empreendimentos conjuntos e asso- empreendimento é uma subsidiëria do operador e nao


ciadas (parégrafos 5 a 22) um empreendimento conjunto.

Acordo contratual (parêgrafos 5 a 9) Operacêes conjuntamente controladas (pardgrafos 10 e 11)


5 —A existência de um acordo contratual é um ele- 10 - Ouando se estê perante operac6es conjunta-
mento essencial para distinguir os interesses em mente controladas, nêo hê lugar a constituicao de uma
empreendimentos conjuntos dos investimentos em asso- entidade separada. Em vez disso, os empreendedores
ciadas. As actividades aue nêo tenham acordo contra- participantes coordenam as suas actividades e traba-
tual para estabelecer o controlo conjunto nêo sao lham no projecto comum, al envolvendo os seus préprios
empreendimentos conjuntos para as finalidades desta recursos e incorrendo nos seus préprios gastos e passi-
Norma. vos. O acordo de empreendimento conjunto proporciona
geralmente meios pelos guais os réditos da venda da
6 - Os empreendimentos conjuntos assumem formas e
produca&o conjunta e auaisduer gastos incorridos em
estruturas muito diferentes. Esta Norma identifica três
Comum sêo partilhados entre os empreendedores.
grandes tipos — operacêes conjuntamente controladas,
activos conjuntamente controlados e entidades conjunta- 11 - Um exemplo de uma operacëo conjuntamente
mente controladas - ague sêo geralmente descritos Controlada da-se guando dois ou mais empreendedores
Como, e satisfazem a definicê&o de, empreendimentos combinam as suas operac6es, recursos e pericia para
CoNjuNtos. As caracteristicas seguintes sê0 comuns a fabricar, comercializar e distribuir conjuntamente um
todos os empreendimentos conjuntos: produto particular, tal como uma aeronave. As diferentes
partes do processo de fabrico sê0 levadas a efeito por
a) Dois ou mais empreendedores estêo ligados por
cada um dos empreendedores. Cada empreendedor
um acordo contratual e
Suporta os seus préprios custos e obtém uma parte do
b) O acordo contratual estabelece o controlo conjunto. rédito da venda do aviëo, sendo tal partilha determinada
1-O acordo contratual pode ser evidenciado de segundo o acordo contratual.
vêrias maneiras; por exemplo, por um contrato entre os
empreendedores ou por actas de reuniëes entre os Activos conjuntamente controlados (par&grafos 12 a 14)
empreendedores. Nalguns casos, o acordo é incorpo- 12 —- Alguns empreendimentos conjuntos envolvem o
rado nos artigos ou outro clausulado do empreendi- controlo conjunto, e muitas vezes a propriedade con-
mento conjunto. Oualguer gue seja a sua forma, o junta, por parte dos empreendedores, de um ou mais
acordo contratual é geralmente escrito e trata de assun- activos aue tenham sido contribuidos ou adauiridos para
tos tais como: a finalidade do empreendimento conjunto. Os activos sê0
a) A actividade, duracêo e obrigacêes de relato do usados para a obtencëo de beneficios para os empreen-
empreendimento conjunto; dedores. Cada empreendedor pode ficar com uma parte
b) A nomeacêo do 6rgao de direccao ou 6rgao de da producëêo obtida a partir dos activos e cada um
gestao eguivalente do empreendimento conjunto e Suporta uma parte acordada dos gastos incorridos.
os direitos de voto dos empreendedores; 13 - Estes empreendimentos conjuntos nêo envolvem
C) Contribuic6es de capital pelos empreendedores; a fundacao de uma sociedade organizada, parceria ou
d) A partilha dos empreendedores na produaêo, nos outra entidade, ou uma estrutura financeira aue esteja
separada dos prêprios empreendedores. Cada
rendimentos, nos gastos ou nos resultados do
empreendimento conjunto. empreendedor tem controlo sobre a sua parte nos futu-
ros beneficios econbmicos através da sua parte nos acti-
8 -O acordo contratual estabelece o controlo conjunto VoS conjuntamente controlados.
Sobre o empreendimento conjunto. Tal redguisito asse-
gura ague nenhum empreendedor esteja por si sê em
14 — Muitas actividades nas industrias do petréleo, gés
e extraccëo de minêrios envolvem activos conjuntamente
posicêo de controlar unilateralmente a actividade.
Controlados. Por exemplo, duas ou mais empresas de
9 -O acordo contratual pode identificar um empreen- producao de petréleo podem conjuntamente controlar e
dedor como o operador ou o gestor do empreendimento explorar um pipeline. Cada um dos empreendedores uti-
ConjunNto. O operador nao controla o empreendimento liza o pipeline para o transporte do seu préprio produto
CoNjuNto, mas age de acordo com as politicas operacio- em retorno do agual suporta uma proporcêo acordada dos
nais e financeiras gue tenham sido acordadas pelos gastos de exploracëo. Um outro exemplo de um activo
empreendedores conforme o acordo contratual e dele- conjuntamente controlado é auando duas entidades con-
gadas no operador. Se o operador tiver o poder de gerir trolam conjuntamente um imêvel de rendimento, cada
as politicas operacionais e financeiras da actividade uma tomando uma parte das rendas recebidas e supor-
econémica, ele controla o empreendimento e o tando uma parte dos gastos.

201
7 Narmas Contabilisticas e de Relato Financeira - NCRF 13
SNC EXPLICADO

Entidades conjuntamente controladas (pargrafos 15 a 18) A existência de outro investidor, gue detenha uma parti-
Cipagêo maioritêria ou substancial, nêo impede necessa-
15 — Uma entidade conjuntamente controlada ê um riamente gue se exerca influência significativa.
empreendimento conjunto aue envolve o estabeleci-
de uma parceria ou de outra 20 - A existência de influência significativa por parte
mento de uma sociedade,
de um investidor é geralmente evidenciada por uma ou
entidade em gue cada empreendedor tenha um inte-
resse. A entidade opera da mesma forma gue outras mais das seguintes formas:
entidades, excepto ague um acordo contratual entre os a) Representac&o no 6rgao de direcGëo ou 6rgao de
empreendedores estabelece o controlo Conjunto sobre a gestêo eguivalente da investida;
actividade econémica da entidade. b) Participacêo em processos de decisêo de politicas,
16 — Uma entidade conjuntamente controlada controla os incluindo a participagao em decisêes sobre divi-
activos do empreendimento conjunto, incorre em passivos dendos e outras distribuicoes;
e gastos e oblém rendimentos. Pode fazer contratos em Cc) Transaccêes materiais entre o investidor e a inves-
seu préprio nome e obter fundos para os fins da actividade tida;
do empreendimento conjunto. Cada empreendedor tem d) Intercêambio de pessoal de gestê&o; ou
direito a uma parte dos lucros da entidade conjuntamente e) Fornecimento de informaGëo técnica essencial.
Controlada, sem prejuizo de algumas dessas entidades
também terem direito a partilhar da producao obtida pelo 21 — Ao avaliar se uma entidade tem influência signifi-
empreendimento conjunto. cativa, dever& ser tida em conta a existência e o efeito
17 - Um exemplo vulgar de uma entidade conjunta- de potenciais direitos de voto.
mente controlada é guando duas entidades combinam as 22 — Uma entidade perde influência significativa sobre
suas actividades numa linha particular de negêcios atra- uma investida guando perde o poder de participar nas
vés da transferência dos activos e passivos relevantes decisêes de politica financeira e operacional da inves-
para uma entidade conjuntamente controlada. Um outro tida. A perda de influência significativa pode ocorrer
exemplo é auando uma entidade comeca um negécio com ou sem alteracêo nos niveis absolutos ou relativos
num pais estrangeiro em conjunto com o Governo ou outro de propriedade. Pode ocorrer, por exemplo, guando
departamento nesse pais, por meio do estabelecimento de uma associada passa a estar sujeita ao controlo de um
uma entidade separada ague é conjuntamente controlada governo, tribunal, administrador ou regulador. Pode tam-
pela entidade e pelo Governo ou departamento. bém ocorrer como resultado de um acordo contratual.
18 - Muitas entidades conjuntamente controladas sêo
em substência semelhantes aos empreendimentos con- Reconhecimento e mensuracdo (pargrafos 23 a 53)
juntos referidos como operac6es ou como activos conjun-
tamente controlados. Por exemplo, os empreendedores Operacoes conjuntamente controladas (parêgrafos 23 e 24)
podem transferir um activo conjuntamente controlado, tal 23 — Ouando o empreendimento conjunto assumir a
COmo um pipeline de petréleo para uma entidade conjun- forma de operaG&o conjuntamente controlada, os activos,
tamente controlada, por raz6es fiscais ou outras. De passivos, rendimentos e ganhos e gastos e perdas sêo
forma semelhante, os empreendedores podem contribuir reconhecidos nas demonstrac6es financeiras do
para uma entidade conjuntamente controlada com acti- empreendedor, pelo gue nenhum ajustamento serd
vos gue ser&o operados conjuntamente. Algumas opera- necessêrio com respeito a estes itens guando o empreen-
cées conjuntamente controladas também envolvem a dedor apresentar demonstrac6es financeiras.
criacao de uma entidade conjuntamente controlada para
tratar de aspectos particulares da actividade, como por 24 — Podem ser preparados registos contabilisticos e
exemplo, a concepcao, a comercializacêo, distribuicao demonstracêes financeiras especificas para efeitos de
Ou servico p6s-venda da producao. avaliacëo do desempenho do empreendimento conjunto.

Influência significativa (pardgrafos 19 a 22) Activos conjuntamente controlados (par&grafos 25 e 26)


19 — Se o investidor detiver, directa ou indirectamente 25 — Ouando o empreendimento conjunto assumir a
(por exemplo, através de subsidiërias), 20% ou mais do forma de activos conjuntamente controlados cada
poder de voto na investida, presume-se gue tem influên- empreendedor inclui nos seus registos contabilisticos &
cia significativa, a menos aue o contrêrio possa ser cla- reconhece nas suas demonstrac6es financeiras:
ramente demonstrado. Se o investidor detiver, directa, a) A sua parte nos activos conjuntamente controlados,
ou indirectamente (por exemplo, através de subsidid- classificados de acordo com a natureza dos mes-
rias), menos de 20% do poder de voto na investida, pre- mos e nao como um investimento. Por exemplo,
Ssume-se ague naêo tem influência significativa, a menos uma parte de um pipeline conjuntamente contro-
due o contrêrio possa ser claramente demonstrado. lado é classificado como activo fixo tangivel;

202
"T
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relato Finanteiro - NCRF 13

D) Ouaisaguer passivos em due tenha incorrido, por 40 —- Ouando o empreendedor estiver sujeito & elabora-
exemplo, os incorridos no financiamento da sua Cao0 de demonstrac6es financeiras consolidadas, deverd
parte nos activos; reconhecer nestas demonstrac6es o seu interesse numa
C) A sua parte em aguaisguer passivos conjuntamente entidade conjuntamente controlada usando o método
incorridos com outros empreendedores em relacao indicado no par&grafo 29 a) e nas demonstrac6es finan-
ao empreendimento conjunto; ceiras individuais gue prepare deverê usar o método
indicado no parêgrafo 29 b).
d) Ouaisaguer rendimentos da venda ou do uso da sua
parte da producao obtida do empreendimento con- 41 - Ouando o empreendedor nao estiver sujeito & elabo-
junto, juntamente com a sua parte em aguaisaguer rac&o de demonstrac6es financeiras consolidadas, devera
gastos incorridos pelo empreendimento conjunto; e reconhecer nas suas demonstracëes financeiras o seu inte-
resse numa entidade conjuntamente controlada usando,
e) Ouaisaguer gastos em ague tenha incorrido com res-
como método recomendado, o indicado no par&grafo 29 a),
peito ao seu interesse no empreendimento con-
junto, €omo, por exemplo, os relacionados com o
Ou, Como método alternativo, o indicado no parêgrafo 29 b).
financiamento do interesse do empreendedor nos 32 — Um empreendedor deve descontinuar o uso dos
activos e com a venda da sua parte da producëo. métodos referidos no parégrafo 29 a partir da data em
ague cesse de ter controlo conjunto e influência significa-
Uma vez gue os activos, passivos, rendimentos e
tiva sobre a entidade.
ganhos e gastos e perdas sao reconhecidos nas demons-
trac6es financeiras do empreendedor, nenhum ajusta- 33 - Ouando um interesse numa entidade conjunta-
mento sera necessêrio com respeito a estes itens guando mente controlada anteriormente classificado como detido
Oo empreendedor apresentar demonstracëées financeiras, para venda deixar de satisfazer os critêrios dessa classi-
ficacao, ele deve ser contabilizado usando, consoante os
26 - O tratamento de activos conjuntamente controla-
casos aplicAveis, a consolidac&o proporcional ou o
dos reflecte a substência e a realidade econémica e, método da eaguivalência patrimonial a partir da data da
geralmente, a forma legal do empreendimento conjunto.
sua classificac&o como detido para venda. Para efeitos
Registos contabilisticos separados do prêprio empreen-
comparativos as demonstrac6es financeiras relativas aos
dimento conjunto podem ser limitados aos gastos incor- periodos desde a classificacêo do interesse como detido
ridos em comum pelos empreendedores e em ultima ins- para venda devem ser reexpressas em conformidade.
tência suportados pelos empreendedores conforme as
participacées acordadas entre si. Podem, ainda, ser pre- 34 —A partir da data na agual a entidade conjuntamente
paradas demonstrac6es financeiras especificas para controlada se torna uma subsidiëria de um empreende-
efeitos de avaliacëo do desempenho do empreendi- dor, o empreendedor deve contabilizar o seu interesse
mento conjunto. de acordo com a NCRF 15 - Investimentos em Subsidië-
rias e Consolidacêo. A partir da data em aue uma enti-
Entidades conjuntamente controladas (par&grafos 27 a 36) dade conjuntamente controlada se tormna uma associada
de um empreendedoar, o empreendedor deve contabili-
21 —- Ouando o empreendimento conjunto assumir a Zar o seu interesse de acordo com o parêgrafo 57.
forma de entidade conjuntamente controlada, esta enti-
dade tem os seus préprios registos contabilisticos, pre- 35 — Um investidor num empreendimento conjunto gue
nao disponha de controlo conjunto, mas nele possa
para e apresenta demonstracêes financeiras da mesma
exercer iniluência significativa, deve contabilizar esse
forma ague outras entidades em conformidade com as
investimento de acordo com o parêgrafo 57.
Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro.
46 — Um investidor num empreendimento conjunto gue
28 - Cada empreendedor contribui geralmente com
nao disponha de controlo conjunto, nem nele possa
dinheiro ou com outros recursos para a entidade conjun-
exercer influência significativa, deve contabilizar esse
tamente controlada. Estas contribuicées sêo incluidas
investimento nas suas demonstrac6es financeiras indivi-
nos registos contabilisticos do empreendedor e reconhe-
duais ao custo. Caso prepare demonstracêes financel-
Cidas nas demonstrac6es financeiras como um investi-
ras consolidadas pode contabilizar esse investimento ao
mento na entidade conjuntamente controlada.
Custo ou ao justo valor.
29 — Um empreendedor pode reconhecer o seu inte-
resse numa entidade conjuntamente controlada usando: Transaccêes entre um empreendedor e um empreendi-
a) Um dos dois formatos de relato para a consolida- mento conjunto (pardgrafos 37 a 39”)
Cê&o proporcional descritos no par&grafo 55; ou 37 — Ouando um empreendedor contribuir ou vender
D) A eaguivalência patrimonial descrita no par&grafo 57. activos a um empreendimento conjunto, o reconhecimento

“O numero sublinhado foi corrigido pelo editor por incoerência do original.

203
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF
13 SNC EXPLICADO

Detidos para Venda e Unidades Operacionais Desconti-


de gualguer parcela de um ganho ou de uma perda resul-
tante da transacoao deve reflectir a substêancia da transac- nuadas, deixar de satisfazer os critêrios dessa classifica-
n- G&o, ele deve ser contabilizado usando o método da
Cê0. Enauanto os activos estiverem retidos pelo empree
dimento conjunto, e desde due o empreendedor tenha eauivalência patrimonial a partir da data da sua classifi-
transferido os riscos significativos e as recompensas de CaG&o como detido para venda. Para eleitos comparati-
propriedade, o empreendedor deve reconhecer apenas vos as demonstracêes financeiras relativas aos periodos
aguela parte do ganho ou perda due ë atribuivel aos inte- desde a classificacao da associada como detida para
resses dos outros empreendedores. O empreendedor venda devem ser reexpressas em coniormidade.
deve reconhecer a totalidade da aguantia de aualauer 44 — Um investidor deve descontinuar o uso do método
perda guando a contribuicao ou venda proporcione pro- de eguivalência patrimonial a partir da data em due per-
vas de uma reducao no valor realizêvel liguido dos activos der a influência significativa sobre uma associada,
correntes ou de uma perda por imparidade. Nessa circunstência, o custo a considerar para efeitos
38 — Ouando um empreendedor comprar activos de um de mensurac&o inicial como activo financeiro deve cor-
responder ao da aguantia escriturada desse investimento
empreendimento conjunto, o empreendedor nao deve
reconhecer a sua parte nos lucros do empreendimento A data em ague deixou de ser uma associada.
Conjunto derivados da transacGao até gue revenda os acti- 45 — A parte de um grupo numa associada é o agre-
vos a um terceiro independente. Um empreendedor deve gado das partes detidas nessa associada pela empresa-
reconhecer a sua parte nas perdas resultantes destas tran- -mae e suas subsidiërias. As partes detidas por associa-
saccêes da mesma forma gue os lucros, exceplo due as das ou por empreendimentos conjuntos do grupo sêo
perdas devem ser reconhecidas imediatamente guando ignoradas para esta finalidade. Ouando uma associada
representem uma reducaêo no valor realizêvel liguido de tiver subsidiërias, associadas ou empreendimentos con-
activos correntes ou uma perda por imparidade. juntos, os resultados e activos liguidos tidos em conside-
39 - Para avaliar se uma transaccao entre um racê&o na aplicacêo do método de eaguivalência patrimo-
empreendedor e um empreendimento conjunto propor- nial sê&o os reconhecidos nas demonstracêes financeiras
ciona prova de imparidade de um activo, o empreende- (consolidadas ou individuais, consoante exista, ou nao a
dor determina a guantia recuperêvel do activo de acordo obrigacêo de preparar contas consolidadas) da asso-
com a NCRF 12 - Imparidade de Activos. Ao determinar ciada (incluindo a parte da associada nos resultados e
o valor em uso, o empreendedor estima os fluxos de activos liauidos das suas associadas e empreendimen-
Caixa futuros provenientes do activo com base no uso tos conjuntos), depois dos ajustamentos necessêrios
Continuado do activo e na sua alienacëo final por parte para garantir a uniformidade das politicas contabilisticas
do empreeridimento conjunto. (ver par&grafos 62 e 63).
46 — Os resultados provenientes de transacc6es
Operadores de empreendimentos conjuntos sascendentess e sdescendentes- entre um investidar
(pardgrafos 40 e d1) (incluindo as suas subsidiérias consolidadas) e uma
40 — Os operadores ou gestores de um empreendi- associada sêo reconhecidos nas demonstrac6es finan-
mento conjunto devem contabilizar guaisauer remunera- ceiras do investidor somente na medida em due corres-
pondam aos interesses de outros investidores na asso-
G6es de acordo com a NCRF 20 - Rêdito.
ciada, nêo relacionados com o investidor. Transaccêes
41 — Um ou mais empreendedores podem agir como o sascendentess so, por exemplo, vendas de activos de
operador ou o gestor de um empreendimento conjunto. uma associada ao investidor. Transaccêes sdescenden-
Aos operadores é geralmente paga uma remuneracao de tesm Sê0, por exemplo, vendas de activos do investidor a
gestêo por tais deveres. As remuneragées sêo contabil- uma associada. Assim, a parte do investidor nos resulta-
Zadas pelo empreendimento conjunto como um gasto. dos da associada resultantes destas transaccêes é eli-
minada.
Investimentos em associadas (pargrafos 42 a 50)
47 — Um investimento numa associada é contabilizado
42 — Um investimento numa associada deve ser conta- usando o método da eguivalência patrimonial a partir da
biliZado usando o método da eauivalência patrimonial, data em gue se torme uma associada. Na aauisicêo do
excepto se existirem restric6es severas e duradouras investimento, gualguer diferenca entre o custo do investi-
due prejudiguem significativamente a capacidade de mento e a parte do investidor no justo valor liguido dos
transferência de fundos para a empresa detentora, caso activos, passivos e passivos contingentes identificaveis
em aue deve ser usado o método do custo. da associada é contabilizada de acordo com a NCRF 14 -
43 — Ouando um investimento numa associada ante- Concentracêes de Actividades Empresariais. Portanto:
riormente classificado como detido para venda, e conta- a) O goodwill relacionado com uma associada
bilizado nos termos da NCRF 8 — Activos Nao Correntes incluido na guantia escriturada do investimento.

204
T

SNG EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relato Financelro — NCRF 13

Contudo, a amortizacao desse goodwill n&ao ë per- Se posteriormente a associada relatar lucros, o investi-
mitida e nêao é portanto incluida na determinacêo da dor retoma o reconhecimento da sua parte nesses lucros
parte do investidor nos resultados da associada; somente ap6s a sua parte nos lucros igualar a parte das
b) Oualguer excesso da parte do investidor no justo perdas nêo reconhecidas.
valor liguido dos activos, passivos @ passivos con-
tingentes identificêveis da associada acima do Perdas por imparidade (par&grafos 51 a 53)
Custo do investimento é excluido da guantia escritu- 51 — Tendo aplicado o método da eaguivalência patri-
rada do investimento e é incluido como rendimento monial e reconhecido as perdas da associada de
na determinagêo da parte do investidor nos resulta- acordo com o par&grafo 49, o investidor deve determinar
dos da associada do periodo em aue o investi- se é necessêrio reconhecer gualauer perda por impari-
mento é adauirido. dade adicional com respeito ao conjunto de interesses
Serao feitos ajustamentos apropriados na parte do na associada.
investidor nos resultados da associada, ap6s a aduisi-
52 — Dado gue o goodwill incluido na auantia eseritu-
C&0, para contabilizar, por exemplo, a depreciagêo dos
rada de um investimento numa associada nêo é reconhe-
activos deprecidveis baseada nos seus justos valores a
cido separadamente, a totalidade da aguantia escriturada
data da aauisic&o. De forma semelhante, serêo feitos
do investimento é testada guanto a imparidade segundo
ajustamentos apropriados na parte do investidor nos
a NCRF 12 - Imparidade de Activos, comparando a sua
resultados da associada, ap6s a aaguisicao, para ter em
guantia recuperêvel (o mais elevado entre valor de uso e
conta perdas por imparidade reconhecidas pela asso-
justo valor, menos os custos de vender) com a sua duan-
ciada em itens tais como o goodwill ou activos fixos tan-
tia escriturada. Ao determinar o valor de uso do investi-
glveis.
mento, uma entidade estima:
48 - Se uma associada tiver accées preferenciais a) A sua parte no valor presente dos futuros fluxos de
Ccumulativas em circulacêo, classificadas como capital caixa estimados due se espera gue venham a ser
prêprio, aue sejam detidas por outros gue nêo o investi- gerados pela associada, incluindo os fluxos de
dor, este calcula a sua parte nos resultados depois de Caixa das operacêes da associada e os proventos
OS ajustar face aos dividendos de tais accêes, indepen- da alienacao final do investimento; ou
dentemente de terem ou nêo sido declarados.
b) O valor presente dos futuros fluxos de caixa estima-
49 — Se a parte de um investidor nas perdas de uma dos gue se espera ague surjam de dividendos a
associada igualar ou exceder o seu interesse na asso- serem recebidos do investimento e da sua aliena-
ciada, o investidor descontinua o reconhecimento da Cao final.
sua parte de perdas adicionais. O interesse numa asso- Segundo pressupostos apropriados, ambos os méêto-
ciada é a auantia escriturada do investimento na asso-
dos dao o mesmo resultado.
ciada de acordo com o método da eguivalência patrimo-
nial juntamente com auaisauer interesses de longo 53 — A aguantia recuperêvel de um investimento numa
prazo ague, em substência, facam parte do investimento associada é avaliada para cada associada, a menos
liguido do investidor na associada. Por exemplo, um item gue a associada nêo gere influxos de caixa largamente
Cuja liguidaGêo nao esteja planeada nem seja provêvel independentes dos de outros activos da entidade.
aue ocorra no futuro previsivel é, em substência, uma
extensao do investimento da entidade nessa associada. Consolidac4o proporcional (parégrafos 54 a 56)
Tais itens podem incluir accêes preferenciais e contas a
receber ou empréstimos a longo prazo, mas nêo incluem 54 — A aplicacao da consolidacao proporcional signi-
cContas a receber comerciais, contas a pagar comerciais fica aue o balanco do empreendedor inclui a sua parte
Ou Guaisaguer contas a receber de longo prazo para as nos activos ague controla conjuntamente e a sua parte
guais existam garantias adeaguadas. As perdas reconhe- nos passivos pelos auais é conjuntamente responsêvel.
cidas segundo o método da eaguivalência patrimonial A demonstrac#o dos resultados do empreendedor inclui
ague excedam o investimento do investidor em accOes a sua parte nos rendimentos e ganhos e gastos e perdas
ordinérias so aplicadas a outros componentes do inte- da entidade conjuntamente controlada. Muitos dos pro-
resse do investidor numa associada pela ordem inversa cedimentos apropriados para a aplicag&o da consolida-
da sua antiguidade (i.e. prioridade na liguidacao). C&0 proporcional sêo semelhantes aos procedimentos
para a consolidacëo de investimentos em subsidiërias,
50 — Depois de o interesse do investidor ser reduzido a
ague estêo indicados na NCRF 15 - Investimentos em
zero, as perdas adicionais sêo tidas em conta mediante
Subsidiërias e Consolidacao.
o reconhecido de um passivo, sê na medida em aue o
investidor tenha incorrido em obrigagées legais ou cons- 55 — Podem ser usados formatos diferentes de relato
trutivas ou tenha feito pagamentos a favor da associada. para levar a efeito a consolidaGêo proporcional.

205
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabllfsticas e de Relato Financelro — NCRF 13

alterac6es no capital préprio da investida aue nao


O empreendedor pode combinar a sua parte em cada
um dos activos, passivos, rendimentos e ganhos e gas-
tenham sido reconhecidas nos resultados da investida,

tos e perdas da entidade conjuntamente controlada com


Tais alteracêes incluem as resultantes da revalorizacao
de activos fixos tangiveis e das diferenGas de transposi-
os itens semelhantes, linha a linha, nas suas demonstra-
G&o de moeda estrangeira. A parte do investidor nessas
cOes financeiras. Por exemplo, pode combinar a sua
alterac6es é reconhecida directamente no seu capital
parte nos inventêrios da entidade conjuntamente contro-
préprio.
lada com os seus inventêrios e a sua parte nos activos
fixos tangiveis da entidade conjuntamente controlada 59 — Ouando existirem potenciais direitos de voto, a
com os seus activos fixos tangiveis. parte do investidor nos resultados da investida e nas
Como alternativa, o empreendedor pode incluir nas alteracêes no capital préprio da investida é determinada
suas demonstracêes financeiras linhas de itens separa- na base dos interesses de propriedade entêo existentes
das relativas & sua parte nos activos, passivos, rendi- e nêo reflecte o possivel exercicio ou conversêo de
mentos e ganhos e gastos e perdas da entidade conjun- potenciais direitos de voto.
tamente controlada. Por exemplo, pode mostrar a sua
60 - As demonstrac6es financeiras disponiveis mais
parte de um activo corrente da entidade conjuntamente
recentes da investida so usadas pelo investidor na apli-
Controlada separadamente como parte dos seus activos
Cagëo do método da eguivalência patrimonial. Ouando as
correntes: pode mostrar a sua parte nos activos fixos
datas de relato do investidor e da investida forem diferen-
tangiveis da entidade conjuntamente controlada separa-
tes, esta prepara, para uso do investidor, demonstracêes
damente como parte dos seus activos fixos tangiveis.
financeiras na mesma data das demonstrac6es financei-
Ambos os formatos de relato mostrariam auantias
ras do investidor a nêo ser aue isso se torne impraticêvel.
idênticas, auer do resultado do exercicio, auer de cada
uma das principais classificacêes de activos, passivos, 61 - Ouando, de acordo com o parêgrafo 60, as
rendimentos e ganhos e gastos e perdas, motivo pelo dernonstracêes financeiras de uma investida usadas na
gual ambos os formatos sao areitêveis para as finalida- aplicacêo do método da eauivalência patrimonial forem
des desta Norma. preparadas a partir de uma data de relato diferente da
data de relato do investidor, devem ser feitos ajustamen-
56 — Oualguer gue seja o formato usado para levar a
tos para os efeitos de transacc6es ou acontecimentos
efeito a consolidag4o proporcional, é desapropriado com-
significativos ague ocorram entre essa data e a data das
pensar guaisguer activos ou passivos com a deducao de
demonstracêes financeiras do investidor. Em aualguer
outros passivos ou activos ou guaisguer rendimentos ou
caso, a diferenca entre a data de relato da investida e a
gastos com a deducëo de outros gastos ou rendimentos,
do investidor nêo deve exceder os trés meses. A exten-
a menos gue exista um direito legal de compensacao ea
Sêo dos periodos de relato e gualguer diferenca nas
COMpensacao represente a expectativa guanto & realiza-
datas de relato devem ser as mesmas de periodo para
G&o do activo ou ê liguidagao do passivo.
periodo.
62 —- As demonstracêes financeiras do investidor
Método da eguivalência patrimonial (parêgrafos 57 a 63) devem ser preparadas usando politicas contabilisticas
57 — Muitos dos procedimentos apropriados para a uniformes para transaccêes e acontecimentos idênticos
aplicac&o do método da eguivalência patrimonial sêo em circunstências semelhantes.
semelhantes aos procedimentos de consolidacao descri- 63 — Se uma investida usar politicas contabilisticas dife-
tos na NCRF 15 - Investimentos em Subsididrias e Con- rentes das do investidor para transaccêes e acontecimen-
solidacao. Além disso, os conceitos subjacentes aos pro- tos idênticos em circunstências semelhantes, devem ser
Cedimentos usados na contabilizacëo da aauisicao de feitos ajustamentos para conformar as politicas contabilis-
uma subsidiëria s&o também adoptados na contabiliza- ticas da investida as do investidor guando as demonstra-
C&o da aaguisicêo de um investimento numa associada. cêes financeiras da investida forem usadas pelo investidor
58 — Pelo método da eguivalência patrimonial, o inves- na aplicac&o do método da ecguivalência patrimonial.
timento numa entidade é inicialmente reconhecido pelo
Custo e a guantia escriturada é aumentada ou diminuida Divulgacêes (paragrafos 64 a 70)
para reconhecer a parte do investidor nos resultados da
investida depois da data da aaguisicëo. A parte do inves- 64 —- Um empreendedor deve divulgar a guantia agre-
tidor nos resultados da investida é reconhecida nos gada dos passivos contingentes seguintes, a menos due
resultados do investidor. As distribuig6es recebidas de a probabilidade de perda seja remota, separadamente
uma investida reduzem a aguantia escriturada do investi- da guantia de outros passivos contingentes:
mento. Podem também ser necessêrios ajustamentos a) Ouaisaguer passivos contingentes em gue o empreen-
na guantia escriturada, para alterac6ées no interesse dedor tenha incorrido em relagêo aos seus interesses
proporcional do investidor na investida resultantes de em empreendimentos conjuntos e a sua parte em

206
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro —- NCRF 13

cada um dos passivos contingentes gue tenham ou indirectamente através de subsididrias, 20% ou
sido incorridos conjuntamente com outros empreen- mais dos votos ou do potencial poder de voto da
dedores; investida;

b) A sua parte nos passivos contingentes dos préprios ë) A data de relato das demonstracêes financeiras de
empreendimentos conjuntos pelos aguais seja con- uma associada, guando essas demonstracëes
tingentemente responsavel; e& financeiras forem usadas na aplicacêo do método
Cc) Os passivos contingentes ague surjam poraue o da eaguivalência patrimonial e forem de uma data de
relato ou de um periodo ague seja diferente da data
empreendedor é contingentemente responsdvel
de relato ou periodo do investidor, e forem a razao
pelos passivos dos outros empreendedores de um
para o uso de uma data de relato ou de um periodo
empreendimento conjunto.
diferente;
65 - Um empreendedor deve divulgar a guantia agre- f) A natureza e a extensêo de guaisguer restrigées
gada dos seguintes compromissos com respeito aos significativas (por exemplo, resultantes de acordos
seus interesses em empreendimentos conjuntos, separa- de empréstimo ou reguisitos regulamentares) sobre
damente de outros compromissos: a capacidade das associadas para transferir fun-
a) Ouaisguer compromissos de capital do empreende- dos para o investidor sob a forma de dividendos em
dor em relac&o com os seus interesses em empreen- dinheiro ou de reembolsos de empréstimos ou
dimentos conjuntos e a sua parte nos compromissos adiantamentos;
de capital gue tenham sido incorridos conjuntamente g) A parte nêo reconhecida nas perdas de uma asso-
com outros empreendedores; e ciada, tanto para o periodo como cumulativamente,
b) A sua parte dos compromissos de capital dos prê- se um investidor descontinuou o reconhecimento
Drios empreendimentos Conjuntos. da sua parte nas perdas de uma associada;

66 - Um empreendedor deve divulgar uma listagem e h) O facto de uma associada nao ter sido contabili-
descric&o de interesses em empreendimentos conjuntos Zada usando o método da eguivalência patrimonial
significativos e a proporcêo do interesse de propriedade de acordo com o paragrafo 34b)e
detido em entidades conjuntamente controladas. Um j) Informacaêo financeira resumida das associadas,
empreendedor gue reconheca os seus interesses em auer individualmente guer em grupo, gue n4o
entidades conjuntamente controladas usando o formato tenham sido contabilizadas usando o méêtodo da
de relato linha a linha para a consolidacaêo proporcional eguivalência patrimonial, incluindo as guantias dos
ou o método da eguivalência patrimonial deve divulgar activos totais, passivos totais, rendimentos e resul-
as guantias agregadas de cada um dos activos corren- tados.
tes, dos activos de longo prazo, dos passivos correntes, 69 - Os investimentos em associadas contabilizados
dos passivos de longo prazo, dos rendimentos e dos usando o mêétodo da eguivalência patrimonial devem ser
gastos relacionados com os seus interesses em classificados como activos nêo correntes. A parte do
empreendimentos conjuntos. investidor nos resultados dessas associadas e a guantia
67 - Um empreendedor deve divulgar o metodo aue escriturada desses investimentos devem ser divulgadas
usa para reconhecer os seus interesses em entidades separadamente. A parte do investidor em guaisguer uni-
conjuntamente controladas. dades operacionais descontinuadas dessas associadas
também deve ser divulgada separadamente.
68 — Um investidor deve fazer as seguintes divulga-
COEs:
70 - De acordo com a NCRF 21 - Provis6es, Passivos
Contingentes e Activos Contingentes, o investidor divul-
a) O justo valor de investimentos em associadas para
garê:
os aguais sejam publicadas cotac6es de precos;
a) A sua parte nos passivos contingentes de uma
b) Informacao financeira resumida das associadas, associada incorridos juntamente com outros investi-
incluindo as aguantias agregadas de activos, passi-
dores; e
vos, rendimentos e resultados;
b) Os passivos contingentes gue surjam pelo facto de
Cc) As raz6es pelas guais se concluiu existir influência o investidor ser solidariamente responsêvel pela
significativa guando o contrêrio era presumivel pelo totalidade ou parte dos passivos da associada.
facto de um investidor deter, directa ou indirecta-
mente através de subsidiërias, menos de 20% dos
votos ou do potencial poder de voto da investida; Data de eficaria (pargrafo 71)
d) As razêes pelas auais se concluiu nêao existir 71 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
influência significativa guando o contrêrio era pre- primeiro periodo due se inicie em ou apês 1 de Janeiro
sumivel pelo facto de um investidor deter, directa de 2010.

207
14 SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF

NORMA CONTABILISTICAE DE RELATO concentraGêo de actividades empresariais. Ouando uma


entidade adaguire um grupo de activos ou de activos ligui-
FINANCEIRO 14 dos aue nêo constitua uma actividade empresarial, ela
deve imputar o custo do grupo entre os activos e passivos
CONCENTRAGOES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS individuais identificêveis do grupo com base nos seus jus-
tos valores & data da aaguisicao.
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem por
base a Norma Intermacional de Relato Financeiro IFRS 3 — 5 - Uma concentracao de actividades empresariais
Concentrac6es de Actividades Empresariais, adoptada pode ser estruturada numa variedade de formas por
pelo texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da raz6es legais, fiscais ou outras. Pode envolver a compra
Comissêo, de 3 de Novembro. por parte de uma entidade do capital préprio de outra
Sempre aue na presente norma existam remissoes entidade, a compra de todos os activos liguidos de outra
para as normas internacionais de contabilidade, entende- entidade, o assumir dos passivos de outra entidade. ou a
-se gue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- compra de alguns dos activos liguidos de outra entidade
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do gue em conjunto formem uma ou mais actividades empre-
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em sariais. A concentrac&o de actividades empresariais pode
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) concretizar-se pela emissêo de instrumentos de capital
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. préprio, pela transferência de caixa, eguivalentes de caixa
Ou Outros activos, ou por uma combinaGao dos mesmos.
A transacoao pode ser entre os accionistas das entidades
Objectivo (pargrafo 1)
concentradas ou entre uma entidade e os accionistas de
1 — O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato outra entidade. Pode envolver o estabelecimento de uma
Financeiro é o de prescrever o tratamento, por parte de nova entidade para controlar as entidades concentradas
uma entidade, gauando esta empreende uma concentracêo ou os activos liguidos transferidos, ou a reestruturacéo de
de actvidades empresariais. Em particular, a norma esta- uma ou mais das entidades concentradas.
belece gue todas as concentracêes de actividades empre-
6 - Uma concentracêo de actividades empresariais
sariais devem ser contabilizadas pela aplicacê&o do
pode resultar numa relacêo entre empresa-mae e subsi-
método de compra. Por isso, a adauirente reconhece os
diéria, na gual a adauirente é a empresa-mêae e a adaui-
aclivos, passivos e passivos contingentes identificêveis da
rida a subsidiëria da adauirente. Nessas circunstências,
adauirida pelos seus justos valores & data de aduisicêo, e
a adauirente aplica esta Norma nas suas demonstrac6es
reconhece também o goodwill, aue é posteriormente tes-
financeiras consolidadas. Ela inclui o seu interesse na
tado guanto & imparidade, nê&o sendo assim amortizado.
adauirida como um investimento numa subsidiëria nas
demonstracêes financeiras individuais (ver NCRF 15 —
Amhbito (paragrafos2 a 8) Investimentos em Subsidiërias e Consolidacao).
2 —- Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao de 1 - Uma concentracëo de actividades empresariais pode
concentrac6es de actividades empresariais. envolver a aaguisic&o dos activos liguidos, incluindo gual
3 — Contudo, esta Norma nao se aplica a: auer goodwill, de outra entidade em vez da compra do
capital proprio da outra entidade. Uma tal concentracêo
a) Concentrac6es de actividades empresariais em gue
nao0 resulta numa relac&o entre empresa-mêe e subsididria.
entidades ou actividades empresariais separadas se
retunem para formar um empreendimento conjunto; 8 - Incluidas na definicêo de uma concentracao de
actividades empresariais, e portanto no ambito desta
b) Concentracêes de actividades empresariais gue
envolvam entidades ou actividades empresariais Norma, estêo as concentracêes de actividades empre-
sob controlo comum; sariais em ague uma entidade obtém o controlo de outra
entidade mas cuja data de obtencëo de controlo (ie. a
Cc) Concentracëes de actividades empresariais gue
data de aouisic&o) nêo coincide com a data ou datas de
envolvam duas ou mais entidades mutuas.
aguisicêo de um interesse de propriedade (ie. a data ou
datas de troca). Esta situacëo pode acontecer, por
ldentificar uma concentracao de actividades empresariais
exemplo, guando uma investida celebra acordos de
(pargrafos da 8)
recompra de acc6es com alguns dos seus investidores
4 - O resultado de aguase todas as concentrac6es de e, como resultado, muda o controlo da investida.
actividades empresariais é ague uma entidade, a addaui-
rente, obtém o controlo de uma ou mais actividades empre-
sariais diferentes, as adauiridas. Se uma entidade obtiver o
Definicdes (parêgrafo 9)
controlo de uma ou mais entidades gue nêo sejam activida- 9 — Os termos aue se seguem $êo usados nesta
des empresariais, a juncêo dessas entidades nao é uma Norma com os significados especificados:

208
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financelra — NCRF 14

Actividade empresarial: é um conjunto integrado de a data em due um numero suficiente dos proprietêrios
actividades conduzidas e de activos geridos com a fina- da adauirida aceitou a oferta do adaguirente para ague
lidade de proporcionar: este obtenha o controlo sobre a adauirida.
a) Um retormo aos investidores; ou Data de aaguisicao: é a data em due a adduirente
D) Custos mais baixos ou outros beneficios economi- obtém efectivamente o controlo sobre a adauirida.
cos directa e proporcionalmente aos participantes.
Data de troca: é a data de aauisicêo guando uma con-
Uma actividade empresarial geralmente consiste em Centracêo de actividades empresariais é alcancada atra-
inputs, processos aplicados a esses inputs e produc6es vés de uma Unica transaccëo de troca. Ouando uma
resultantes, gue sê0, ou serëêo, usadas para gerar rédi- concentracao de actividades empresariais envolve mais
tos. Se existir goodwill num conjunto transferido de acti- de uma transaccao de troca, por exemplo, guando é
vidades e activos, deve presumir-se aue o conjunto alcancada por fases através de sucessivas compras de
transferido é uma actividade empresarial. accbes, a data de troca é a data em aue cada investi-
Activo intangivel: tem o significado aue Ihe é dado na mento individual é reconhecido nas demonstracêes
NCRF 6 — Activos Intangiveis. financeiras da adauirente.

Concentracêo de actividades empresariais: é a juncao Empreendimento conjunto: tem o significado aue Ihe éê
de entidades ou actividades empresariais separadas dado na NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos
numa unica entidade due relata. Conjuntos e Investimentos em Associadas.
Concentracëo de actividades empresariais envolvendo Empresa-mêe: é uma entidade aue detém uma ou
entidades ou actividades empresariais sob controlo mais subsididrias.
Comum: & uma concentracao de actividades empresa-
Entidade mutua: é uma entidade ague nêo seja uma
riais em gue todas as entidades ou actividades empre-
entidade detida pelo investidor, tal como uma compa-
Sariais concentradas sêo em ultima analise controladas
nhia de seguros mutuos ou uma entidade cooperativa
pela mesma parte ou partes antes e ap6s a concentra-
mutua, gue proporciona custos mais baixos ou outros
Cao, sendo due o controlo nao é transitêrio.
beneficios econdmicos directa e proporcionalmente aos
Controlo: é o poder de gerir as politicas financeiras e seus segurados ou participantes.
operacionais de uma entidade ou de uma actividade
Entidade ague relata: é uma entidade para a agual exis-
e@con6mica a fim de obter beneficios da mesma.
tem utentes gue dependem das demonstracêes finan-
Deve presumir-se gue uma entidade concentrada ceiras de Ambito geral da entidade para terem informa-
obteve o controlo de outra entidade concentrada
Cêo ague Ihes ser util na tomada de decisêes acerca da
aguando adauire mais de metade dos direitos de voto da
imputacëo de recursos. Uma entidade aue relata pode
outra entidade, a menos ague seja possivel demonstrar ser Uma tnica entidade ou um grupo compreendendo
due essa propriedade nêo constitui controlo. Mesmo aue
uma empresa-mêae e todas as suas subsididrias.
uma das entidades concentradas nao adauira mais de
metade dos direitos de voto de outra entidade concen- Interesse minoritêrio: é a parte dos resultados e dos
trada, ela pode ter obtido o controlo da outra entidade activos liguidos de uma subsidiëria atribuivel a interesses
se, como resultado da concentracëo, ela obtiver: de capital préprio aue nêo sejam detidos, directa ou indi-
a) Poder sobre mais de metade dos direitos de voto rectamente através de subsidiërias, pela empresa-mae.
da outra entidade em virtude de um acordo com Justo valor: é a guantia pela agual um activo pode ser
outros investidores; ou trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
b) Poder para gerir as politicas financeiras e operacio- doras e dispostas a isso, numa transaccao em aue nao
nais da outra entidade segundo uma clausula esta- exista relacionamento entre elas.
tutêria ou um acordo; ou Passivo contingente:
Cc) Poder para nomear ou demitir a maioria dos mem- a) E uma obrigacêo possivel aue provenha de aconte-
bros do érgêo de gestao da outra entidade; ou cimentos passados e cuja existência somente serê
d) Poder de agrupar a maioria de votos nas reuniëes confimada pela ocorrência ou nao de um ou mais
do 6rgêo de gestao da outra entidade. acontecimentos futuros incertos nêo totalmente sob
Data de acordo: é a data em aue um acordo substan- controlo da entidade: ou
tivo entre as partes concentradas é alcancado e, no b) Uma obrigacêo presente ague decorra de aconteci-
Caso de entidades publicamente cotadas, anunciado ao mentos passados mas aue nêo é reconhecida poraue:
publico. No caso de uma Oferta Publica de Aauisicao0 j) Nêo é provavel gue um exfluxo de recursos
(OPA) hostil, a data mais recente em gue um acordo incorporando beneficios economicos seja exi-
substantivo entre as partes concentradas é celebrado ê gido para liguidar a obrigagêo; ou

SNCE-T4
SNC EXPLICADO
7 Naormas Contabilisticas e de Relato Financelra - NCRF 14

concentrada, a entidade com o justo valor mais ele-


i) A aguantia da obrigacao nao pode ser mensu-
rada com suficiente fiabilidade. vado é provavelmente a adauirente;
b) Se a concentracëo de actividades empresariais for
Provêvel: um acontecimento é provavel auando a pos-
efectuada através de trocas de instrumentos de
sibilidade da sua ocorrência for superior & possibilidade
capital préprio com voto ordinêrio por caixa ou
da nêo ocorrência.
outros activos, a entidade due cede caixa ou outros
Subsidiëria: é uma entidade (aagui se incluindo entidades activos é provavelmente a adauirente; e
n&0 constituidas em forma de sociedade, como, p. ex. as c) Se numa concentracê&o de actividades empresariais
parcerias) gue é controlada por uma outra entidade existir uma entidade, de entre as entidades concen-
(designada por empresa-mae). tradas, cuja capacidade de gestao permita dominar a
Goodwill. corresponde a beneficios econémicos futuros seleccëo da eguipa de direccêo da entidade concen-
resultantes de activos aue nêo sêo capazes de ser indivi- trada resultante, essa é provavelmente a adauirente.
dualmente identificados e separadamente reconhecidos. 15 — Numa concentracêo de actividades empresariais
efectuada através da troca de interesses de capital préprio,
Método de contabilizacdo (pardgrafos 10 e 11) a entidade gue emite os interesses de capital proprio é nor-
malmente a adauirente. Contudo, todos os factos e circuns-
10 — Todas as concentrac6es de actividades empresa-
tancias pertinentes devem ser considerados para determi-
riais devem ser contabilizadas pela aplicacêo do mêtodo
nar gual das entidades concentradas tem o poder de gerir
de compra.
as politicas financeiras e operacionais da outra entidade
11 — O método de compra considera a concentracêo (ou entidades) de forma a obter benelicios das suas activi-
de actividades empresariais na perspectiva da entidade dades. Em algumas concentrac6es de actividades empre-
concentrada ague é identificada como a adauirente. A sariais, geralmente referidas como aauisicêes inversas, a
adauirente compra activos liguidos e reconhece os acti- adauirente é a entidade cujos interesses de capital préprio
vos adauiridos e os passivos e passivos contingentes foram adauiridos e a entidade emitente é a adauirida. Pode
assumidos, incluindo aagueles gue nêo tenham sido ante- ser este o caso auando, por exemplo, uma entidade, ague
riormente reconhecidos pela adauirida. A mensuracao nao seja sociedade aberta, consegue ser “adauirida” por
dos activos e passivos da adauirente nao ê afectada uma sociedade aberla mais peguena como forma de obter
pela transaco&o, nem guaisaguer activos ou passivos adi- uma cotac&o na bolsa de valores. Embora legalmente a
cionais da adauirente sêo reconhecidos como conse- sociedade aberta emitente seja vista Como a empresa-mae
aguência da transaceëêo, porgue néo sao o objecto da ea entidade “adauirida" seja considerada a subsidiëria, a
transaccêo. subsidiëria legal é a adaguirente se tiver o poder de gerir as
politicas financeiras e operacionais da empresa-mae legal
Aplicacao do método de compra (parêgrafos 12 a 40) por forma a obter beneficios das suas actividades. Normal-
mente, a adauirente é a entidade de maiores dimensoes;
12 — A aplicac&o do método de compra envolve os Contudo, os faclos e as circunstências gue rodeiam uma
seguintes passos:
conNCcENtracao iNdicam por vezes due uma entidade mais
a) ldentificar uma adauirente; peguena adauire uma entidade de maiores dimensoes. Os
b) Mensurar o custo da concentracêo de actividades par&grafos B1 a B15 do apêndice B da IFRS 3 —- Concen-
empresariais; e trac6es de Actividades Empresariais, em conformidade
Cc) Imputar, & data da aauisicao, o custo da concentra- com o texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da
C&o de actividades empresariais aos activos adauiri- Comissêo, de 3 de Novembro, proporcionam orientacëo
dos e passivos e passivos contingentes assumidos. sobre aaguisicoes inversas.

16 —- Ouando uma nova entidade é constituida para


Identificar a adguirente (par&grafos 13 a 17) emitir instrumentos de capital préprio para efectuar uma
13 - Deve ser identificada uma adauirente para todas concentragêo de actividades empresariais, uma das
as concentrac6es de actividades empresariais. A adaui- entidades concentradas due existiam antes da concen-
rente é a entidade concentrada aue obtém o controlo trac&o deve ser identificada como adauirente com base
sobre as outras entidades ou actividades empresariais nas provas disponiveis.
coNCEentradas.
17 - De forma semelhante, auando uma concentracao
14 - Apesar de por vezes ser dificil identificar uma de actividades empresariais envolve mais de duas enti-
adauirente, hê normalmente indicios da sua existência. dades concentradas, uma das entidades concentradas
Por exemplo: ague existiam antes da concentracao deve ser identifi-
a) Se o justo valor de uma das entidades concentradas cada como adauirente com base nas provas disponi-
for significativamente superior ao da outra entidade veis. A determinacêo da adauirente nestes casos deve

210
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro - NCRF 14

i) A guantia da obrigacêo nao pode ser mensu- concentrada, a entidade com o justo valor mais ele-
rada com suficiente fiabilidade. vado é provavelmente a adauirente;
b) Se a concentracêo de actividades empresariais for
Provavel: Um acontecimento é provêvel guando a pos-
efectuada através de trocas de instrumentos de
sibilidade da sua ocorrência for superior & possibilidade
capital préprio com voto ordindrio por caixa ou
da nêo ocorrência.
outros activos, a entidade due cede caixa Ou Outros
Subsidiëria: é uma entidade (aaui se incluindo entidades activos é provavelmente a adaguirente; e
nao constituidas em forma de sociedade, como, p. ex., as Cc) Se numa concentracao de actividades empresariais
parcerias) aue é controlada por uma outra entidade existir uma entidade, de entre as entidades concen-
(designada por empresa-mae). tradas, cuja capacidade de gestao permita dominar a
Goodwill: corresponde a beneticios economicos futuros seleccëo da eguipa de direccao da entidade concen-
resultantes de activos aue nêo sêo capazes de ser indivi- trada resultante, essa é provavelmente a adauirente.
dualmente identificados e separadamente reconhecidos. 15 — Numa concentracëo de actividades empresariais
efectuada através da troca de interesses de capital préprio,
Método de contabilizacio (parêgrafos 10 e 11) a entidade gue emite os interesses de capital proprio ê nor-
malmente a adauirente. Contudo, todos os factos e circuns-
10 - Todas as concentracêes de actividades empresa-
tancias pertinentes devem ser considerados para determi-
riais devem ser contabilizadas pela aplicacao do mêtodo nar gual das entidades concentradas tem o poder de gerir
de compra.
as politicas financeiras e operacionais da outra entidade
11 - O método de compra considera a concentracaêo (ou entidades) de forma a obter beneficios das suas activi-
de actividades empresariais na perspectiva da entidade dades. Em algumas concentracêes de actividades empre-
concentrada aue é identificada como a adauirente. A sariais, geralmente referidas como aauisicoes inversas, a
adauirente compra activos liguidos e reconhece os acti- adauirente é a entidade cujos interesses de capital prêprio
vos adauiridos e os passivos e passivos contingentes foram adauiridos e a entidade emitente é a adauirida. Pode
assumidos, incluindo agueles gue nao tenham sido ante- ser este o caso guando, por exemplo, uma entidade, aue
riormente reconhecidos pela adauirida. A mensuraGêo nêo seja sociedade aberta, consegue ser “adauirida” por
dos activos e passivos da adauirente nao é afectada uma sociedade aberta mais peguena como forma de obter
pela transaccëo, nem guaisaguer activos ou passivos adi- uma cotagêo na bolsa de valores. Embora legalmente a
cionais da adauirente sêo reconhecidos como conse- sociedade aberta emitente seja vista Como a empresa-mae
guência da transaccêo, porague nêo sêo o objecto da e a entidade “adouirida”" seja considerada a subsidiëria, a
transacgao. subsidiëria legal é a adauirente se tver o poder de gerir as
politicas financeiras e operacionais da empresa-mae legal
Aplicacdo do método de compra (parégrafos 12 a 40) por forma a obter beneticios das suas actividades. Normal-
mente, a adauirente é a entidade de maiores dimensêes;
12 — A aplicacê&o do método de compra envolve os contudo, os factos & as circunstências aue rodeiam uma
seguintes passos: concentrac&o iNdicam por vezes aue uma entidade mais
a) ldentificar uma adauirente; peguena adaguire uma entidade de maiores dimensoes. Os
b) Mensurar o custo da concentracao de actividades parêgrafos B1 a B15 do apêndice B da IFRS 3 - Concen-
empresariais; e tracëes de Actividades Empresariais, em conformidade
c) Imputar, & data da aaguisicêo, o custo da concentra- com o texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da
Cêo de actividades empresariais aos activos adauiri- Comissêo, de 3 de Novembro, proporcionam orientacao
dos e passivos e passivos contingentes assumidos. Sobre aauisicêes inversas.
16 — Ouando uma nova entidade é constituida para
ldentificar a adguirente (pardgrafos 13 a 17) emitir instrumentos de capital prêprio para efectuar uma
13 - Deve ser identificada uma adauirente para todas concentracêo de actividades empresariais, uma das
as concentrac6es de actividades empresariais. A adaui- entidades concentradas gue existiam antes da concen-
rente é a entidade concentrada ague obtém o controlo tracao deve ser identificada como adauirente com base
sobre as outras entidades ou actividades empresariais nas provas disponiveis.
concentradas.
17 - De forma semelhante, auando uma concentracao
14 — Apesar de por vezes ser dificil identificar uma de actividades empresariais envolve mais de duas enti-
adauirente, hê normalmente indicios da sua existência. dades concentradas, uma das entidades concentradas
Por exemplo: ague existiam antes da concentracao deve ser identifi-
a) Se o justo valor de uma das entidades concentradas cada como adauirente com base nas provas disponi-
for significativamente superior ao da outra entidade veis. A determinacêo da adauirente nestes casos deve

210
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira - NCRF 14 SNC EXPLICADO

i) A auantia da obrigacê&o nao pode ser mensu- concentrada, a entidade com o justo valor mais ele-
rada com suficiente fiabilidade. vado é provavelmente a adauirente;
b) Se a concentracëo de actividades empresariais for
Provêvel: um acontecimento é provêvel auando a pos-
efectuada através de trocas de instrumentos de
sibilidade da sua ocorrência for superior & possibilidade
capital préprio com voto ordin4rio por caixa ou
da nêo ocorrência.
Outros activos, a entidade ague cede caixa ou outros
Subsidiëria: é uma entidade (aaui se incluindo entidades activos é provavelmente a adaguirente; e
nao constituidas em forma de sociedade, como, p. ex., as Cc) Se numa concentracë&o de actividades empresariais
parcerias) aue é controlada por uma outra entidade existir uma entidade, de entre as entidades concen-
(designada por empresa-mêe). tradas, cuja capacidade de gestao permita dominar a
Goodwill corresponde a beneficios econémicos futuros selecg&o da eguipa de direccëo da entidade concen-
resultantes de activos gue nê&0 sêo capazes de ser indivi- trada resultante, essa é provavelmente a adauirente.
dualmente identificados e separadamente reconhecidos. 15 - Numa concentracêo de actividades empresariais
efectuada através da troca de interesses de capital prêprio,
Método de contabilizacdo (pargrafos 10 e 11) a entidade aue emite os interesses de capital proprio é nor-
malmente a adauirente. Contudo, todos os faclos e circuns-
10 — Todas as concentrac6es de actividades empresa-
tancias pertinentes devem ser considerados para determi-
riais devem ser contabilizadas pela aplicacao do método
nar aual das entidades concentradas tem o poder de gerir
de compra.
as politicas financeiras e operacionais da outra entidade
11 - O método de compra considera a concentraêo (ou entidades) de forma a obter benelicios das suas activi-
de actividades empresariais na perspectiva da entidade dades. Em algumas concentracêes de actividades empre-
concentrada gue é identificada como a adauirente. A sariais, geralmente referidas como aauisicêes inversas, a
adguirente compra activos liguidos e reconhece os acti- adauirente é a entidade cujos interesses de capital préprio
vos adauiridos e os passivos e passivos contingentes foram adauiridos e a entidade emitente é a adauirida. Pode
assumidos, incluindo aagueles aue néo tenham sido ante- ser este o caso guando, por exemplo, uma entidade, gue
riormente reconhecidos pela adauirida. A mensuracao nêo seja sociedade aberta, consegue ser “adauirida” por
dos activos e passivos da adauirente nao é afectada uma sociedade aberta mais peguena como forma de obter
pela transacoêo, nem guaisaguer activos ou passivos adi- uma cotac&o na bolsa de valores. Embora legalmente a
cionais da adauirente sêo reconhecidos como conse- sociedade aberta emitente seja vista cComo a empresa-mae
aguência da transaceëêo, poraue nêo sao o objecto da ea entidade “adauirida" seja considerada a subsidiëria, a
tansaccao. subsidiëria legal é a adaguirente se tiver o poder de gerir as
politicas financeiras e operacionais da empresa-mae legal
Aplicacdo do método de campra (pargrafos 12 a 40) por forma a obter beneficios das suas actividades. Normal-
mente, a adauirente é a entidade de maiores dimensoes;
12 - A aplicac4o do método de compra envolve os Contudo, os factos e as citcunstências gue rodeiam uma
seguintes passos: CoNCEnNtracëo iNdicam por vezes gue uma entidade mais
a) ldentificar uma adauirente; peguena adauire uma entidade de maiores dimensêes. Os
b) Mensurar o custo da concentracêo de actividades parêgrafos B1 a B15 do apêndice B da IFRS 3 - Concen-
empresariais;e tracoes de Actividades Empresariais, em conformidade
c) Imputar, & data da aauisicao, o custo da concentra- com o texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da
G&0 de actividades empresariais aos activos adauiri- Comissêo, de 3 de Novembro, proporcionam orientacao
dos e passivos e passivos contingentes assumidos. sobre aaguisic6es inversas.

16 — Ouando uma nova entidade é constituida para


Identificar a adduirente (par&grafos 13 a 17) emitir instrumentos de capital préprio para efectuar uma
13 - Deve ser identificada uma adauirente para todas concentracao de actividades empresariais, uma das
as concentracêes de actividades empresariais. A adaui- entidades concentradas gue existiam antes da concen-
rente é a entidade concentrada aue obtém o controlo trac&o deve ser identificada como adauirente com base
sobre as outras entidades ou actividades empresariais nas provas disponiveis.
concentradas. 17 - De forma semelhante, guando uma concentracao
14 — Apesar de por vezes ser dificil identificar uma de actividades empresariais envolve mais de duas enti-
adauirente, hê normalmente indicios da sua existência. dades concentradas, uma das entidades concentradas
Por exemplo: Oue existiam antes da concentrac&o deve ser identifi-
a) Se o justo valor de uma das entidades concentradas cada como adauirente com base nas provas disponli-
for significativamente superior ao da outra entidade veis. A determinacêo da adauirente nestes casos deve

210
SNG EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 14

considerar, entre outras coisas, gual das entidades con- de uma concentracao de actividades empresariais
centradas iniciou a concentrac&o e se os activos ou rédi- dependente de futuros acontecimentos, a adauirente
tos de uma das entidades concentradas excedem signi- deve incluir a guantia desse ajustamento no custo da
ficativamente os das outras. concentracao de actividades empresariais & data da
aguisicêo se o ajustamento for provêvel e puder ser
Custo de uma concentracao de actividades empresariais mensurado com fiabilidade (feito normalmente com base
(par&grafos 18 a 22) em estimativas, desde due as mesmas nêo afectem a
fiabilidade da informacao).
18 — A adauirente deve mensurar o custo de uma con-
Se os futuros acontecimentos nao ocorrerem ou se a
centracêo de actividades empresariais como o agregado:
estimativa tiver de ser revista, o custo da concentracêo
a) Dos justos valores, & data da troca, dos activos cedi- de actividades empresariais deve ser ajustado em con-
dos, dos passivos incorridos ou assumidos, e dos formidade.
instrumentos de capital préprio emitidos pela adaui-
rente, em troca do controlo sobre a adauirida; mais Imputar o custo de uma concentracao de actividades
b) Ouaisguer custos directamente atribuiveis & con- empresariais aos activos adguiridos e passivos e passi-
centracao de actividades empresariais. vos contingentes assumidos (parêgrafos 23 a 40)
19 -A data de aguisico é a data na gual a adguirente 23-A adauirente deve, & data da aaguisicêo, imputar o
Obtém efectivamente o controlo sobre a adauirida. Ouando Custo de uma concentracëo de actividades empresariais
isto é alcancado através de uma unica transaccëo de ao reconhecer os activos, passivos e passivos contin-
troca, a data da troca coincide com a data da aauisic&o. gentes identificaveis da adauirida gue satisfacam os cri-
Contudo, uma concentracêo de actividades empresariais térios de reconhecimento do paragrafo 24 pelos seus
pode envolver mais de uma transaceëo de troca, por justos valores nessa data, com a excepcëo de activos
exemplo, guando for alcancada por fases através de com- nêo correntes (ou grupos de alienacao) gue sejam clas-
pras sucessivas de acc6es. Ouando' tal ocorre: sificados como detidos para venda de acordo com a
a) O custo da concentracêo é o custo agregado das NCRF 8 - Activos Nao Correntes Detidos para Venda e
transaccbes individuais: e Unidades Operacionais Descontinuadas, os guais
b) A data da troca é a data de cada transacg&o de troca devem ser reconhecidos pelo justo valor menos os cus-
(ie. a data em ague cada investimento individual é tos de vender. Oualguer diferenca entre o custo da con-
reconhecido nas demonstracêes financeiras da adaui- centracao de actividades empresariais e o interesse da
rente), enaguanto gue a data de aaguisicao é a data na adauirente no justo valor liguido dos activos, passivos &
aual a adauirente obtém o controlo da adauirida. passivos contingentes identificêveis assim reconhecidos
deve ser contabilizada de acordo com os parêgrafos 32
20 —- Os activos cedidos e os passivos incorridos ou assu- a 36.
midos pela adaguirente em troca do controlo da adauirida
devem ser mensurados pelos justos valores & data da 24 - A adauirente deve reconhecer separadamente os
troca, de acordo com o exigido pelo parêgrafo 18. Portanto, activos, passivos e passivos contingentes identificAveis
guando a liguidacëo de todo ou gualguer parte do custo de da adauirida & data de aguisicao apenas se satisfizerem
uma concentracao de actividades empresariais for diferido, OS seguintes critérios nessa data:
Oo justo valor desse componente diferido deve ser determi- a) No caso de um activo gue nêo seja um activo intan-
nado ao descontar as auantias a pagar do seu valor pre- givel, se for provavel gue gualguer beneficio econd-
sente 4 data da troca, tendo em conta gualguer prémio ou mico futuro associado flua para a adaguirente, e o seu
desconto aue provavelmente serê incorrido na liguidacao. justo valor possa ser mensurado com fiabilidade;
D) No caso de um passivo gue nêo seja um passivo
21- Os paragrafos 27 a 31 da IFRS 3- Concentracées de
Contingente, se for provavel gue um exfluxo de
Actividades Empresariais, em conformidade com o texto ori-
recursos incorporando beneficios econémicos seja
ginal do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissêo, de 3
necessêrio para liguidar a obrigacgao, e o seu justo
de Novembro, proporcionam orientacêes adicionais sobre o
Custo de urmma concentracêo de actividades empresariais. valor possa ser mensurado com fiabilidade;
Cc) No caso de um activo intangivel ou de um passivo
Afustamentos no custo de uma concentragao de actividades Contingente, se o seu justo valor puder ser mensu-
empresariais dependentes de futuros acontecimentos rado com fiabilidade.
(pargrafo 22)
Nesta conformidade, aualaguer interesse minoritêrio na
22 — Ouando um acordo de concentrac&o de activida- adauirida é expresso na proporcêo da minoria no justo
des empresariais proporcionar um ajustamento no custo valor liauido desses itens. Os pardgrafos B16 e B17 do

`A palavra sublinhada foi corrigida pelo editor por incoerência do original.

211
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira - NCRF 14
SNC EXPLICADO

apêndice B da IFRS 3, em conformidade com o texto Ori- Passivos contingentes da adauirida (pargrafos 28 a 31)
ginal do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissêo, de 28 - O par&grafo 24 especifica gue a adauirente reco-
3 de Novembro, proporcionam orientagao sobre a deter- nhece separadamente um passivo contingente da adaui-
minacao dos justos valores dos activos, passivos e pas- rida como parte da imputacëo do custo de uma concen-
sivos contingentes identificêveis da adauirida para a tracêo de actividades empresariais apenas se o seu justo
finalidade de imputar o custo de uma concentracêo de valor puder ser mensurado com fiabilidade. Se o seu
actividades empresariais. justo valor néo puder ser mensurado com fiabilidade:
25 — A demonstracao dos resultados da adauirente a) Hê um efeito resultante da aguantia reconhecida
deve incorporar os resultados da adauirida apos a data como goodwill ou contabilizada de acordo com o
de aauisic&o ao incluir os rendimentos e os gastos da par&grafo 36; e
adguirida com base no custo da concentragêo de activi- b) A adauirente deve divulgar a informacao acerca do
dades empresariais para a adauirente. Por exemplo, o passivo contingente exigida pela NCRF 21 - Provi-
gasto por depreciacao incluido apês a data de aguisicêo sêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
na demonstracê&o dos resultados da adauirente due se O parêgrafo B16(I) do apêndice B da IFRS 3, em con-
relaciona com os activos depreciëveis da adauirida deve
formidade com o texto original do Regulamento (CE)
basear-se nos justos valores desses activos depreciëveis 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro, propor-
& data da aguisicëo, ie. o seu custo para a adauirente. ciona orientacëo sobre a determinacao do justo valor de
um passivo contingente.
Activos e passivos identificaveis da adguirida (parigrafo 26)
29 - Ap6s o seu reconhecimento inicial, a adauirente
26 - De acordo com o par&grafo 23, a adauirente
deve mensurar os passivos contingentes aue sêo reco-
reconhece separadamente como parte da imputagéo do
nhecidos separadamente pelo valor mais elevado entre:
custo da concentracêo apenas os activos, passivos e
passivos contingentes identificêveis da adauirida aue a) A auantia gue seria reconhecida de acordo com a
existiam & data da aauisicao e gue satisfazem os crité- NCRF 21 - Provisêes, Passivos Contingentes e Acti-
rios de reconhecimento do paragrafo 24. Portanto: vos Contingentes; e
a) A adauirente deve reconhecer os passivos por b) A auantia inicialmente reconhecida menos, auando
encerramento ou reducao das actividades da apropriado, a amortizacêo cumulativa reconhecida
adauirida como parte da imputacao do custo da de acordo com a NCRF 20 - Rédito.
ConNCENtracAO apenas auando a adauirida tiver, a 30 - O reguisito do parêgrafo 29 nêo se aplica a con-
data da aauisicëo, um passivo por reestruturacao tratos aue tenham sido contabilizados de acordo com a
existente reconhecido de acordo com a NCRF 21 - NCRF 27 - Instrumentos FinanGeliros.
Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contin- Os compromissos para fornecer empréêstimos a taxas
gentes;e de juro abaixo do mercado, due nêo possam ser liguida-
b) A adauirente, auando imputar o custo da concen- dos, ainda aue por compensacêo, em dinheiro ou outro
tracëo, nao deve reconhecer passivos por perdas instrumento financeiro, devem ser reconhecidos inicial-
futuras ou outros custos em gue se espera incorrer mente pelo seu justo valor e subseguentemente mensu-
como resultado da concentracao de actividades rados de acordo com o parégrafo 29. Outros compro-
empresariais. missos de empréstimos, aue nêo possam ser liaguidados,
ainda ague por Compensagao, em dinheiro ou outro ins-
Activos intangiveis da adauirida (par&grafo 27) trumento financeiro, $&0 contabilizados como passivos
contingentes da adauirida se, & data da aaguisicao, nao
21 - De acordo com o parêgrafo 24, a adauirente
for provêvel aue um exfluxo de recursos incorporando
reconhece separadamente um activo intangivel da
beneficios econémicos seja exigido para liguidar a obri-
adauirida & data da aguisic&o apenas se esse activo
gacao ou se a auantia da obrigac&o nao puder ser men-
satisfizer a definic&o de activo intangivel da NCRF 6 —
surada com suficiente fiabilidade. Tais compromissos de
Activos Intangiveis e se o seu justo valor puder ser men-
empréstimo sêo, de acordo com o parêgralo 24, reco-
surado com fiabilidade. Isto significa gue a adauirente
nhecidos separadamente como parte da imputaGëo do
reconhece como um activo separadamente do goodwill
custo de uma concentracêo apenas se o seu justo valor
um projecto de pesauisa e desenvolvimento em curso
puder ser mensurado com fiabilidade.
da adauirida caso o projecto corresponda & definicao de
activo intangivel e o seu justo valor possa ser fiavel- 31 — Os passivos contingentes reconhecidos separada-
mente mensurado. A NCRF 6 proporciona orientasêo mente como parte da imputaGêo do custo de uma concen-
para determinar se o justo valor de um activo intangivel tracao de actividades empresariais sêo excluidos do
adauirido numa concentragêo de actividades empresa- Ambito da NCRF 21 — Provisêes, Passivos Contingentes e
riais pode ser mensurado com fiabilidade. Activos Contingenites. Contudo, a adauirente deve divulgar,

212
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Finanreiro —- NCRF 14

relativamente a esses passivos contingentes, a iniormacao usando a informacëo do custo da transaccao e do justo
exigida por essa norma para cada classe de provisêo. valor & data de cada transaccao de troca, para determi-
nar a guantia de agualguer goodwill associado a essa
Goodwill (pargrafos 32 a 35) transaccao. Isto resulta numa comparacêo passo a
32 —A adauirente deve, & data da aguisicao: passo do custo dos investimentos individuais com o inte-
resse da adauirente nos justos valores dos activos, pas-
a) Reconhecer o goodwill adauirido numa concentra-
Sivos e passivos contingentes identificdveis da adauirida
C&0 de actividades empresariais como um activo; e
a cada passo.
D) Inicialmente mensurar esse goodwill pelo seu custo,
due é o excesso do custo da concentracdo de acti- Contabilizacao inicial determinada provisoriamente (par&grafo 38)
vidades empresariais acima do interesse da adaui-
rente no justo valor liguido dos activos, passivos e 38 - Se a contabilizacao inicial de uma concentracao
passivos contingentes identificaveis reconhecido de actividades empresariais puder ser determinada ape-
de acordo com o paragrafo 23. nas provisoriamente no final do periodo em ague a con-
Centracêo for efectuada poraue os justos valores a atri-
33 — O goodwill adauirido numa concentracëo de acti- buir aos activos, passivos e passivos contingentes
vidades empresariais representa um pagamento feito identificêveis da adauirida ou o custo da concentracêo
pela adduirente em antecipacao de beneficios econémi- apenas podem ser determinados provisoriamente, a
cos futuros de activos aue nao sejam capazes de ser adguirente deve contabilizar a concentracêo usando
individualmente identificados e separadamente reconhe- esses Valores provisêrios. A adauirente deve reconhecer
cidos. aguaisguer ajustamentos nesses valores provisérios como
34 — Ap6s o reconhecimento inicial, a adauirente deve resultado da conclusêo da contabilizacao inicial:
mensurar o goodwill adauirido numa concentracao de a) Num periodo até doze meses apês a data de aagui-
actividades empresariais pelo custo menos gualguer Sicao; e
perda por imparidade acumulada. b) Desde a data da aaguisicêo. Portanto:
35 - O goodwill adauirido numa concentracao de acti- j) A auantia escriturada de um activo, passivo e
vidades empresariais nêo deve ser amorlizado. Em vez passivo contingente identificêvel gue seja reco-
disso, a adduirente deve testé-lo auanto a imparidade nhecida ou ajustada como resultado da conclu-
anualmente, ou com mais freguência se os acontecimen- sao da contabilizacêo inicial deve ser calculada
tos ou alteracêes nas circunstências indicarem aue pode Como se o seu justo valor & data de aguisicê0
estar com imparidade, de acordo com a NCRF 12 — tivesse sido reconhecido a partir dessa data;
Imparidade de Activos. ii) O goodwill ou gualauer outro ganho reconhecido
de acordo com o parêgrafo 36 deve ser ajustado
Excesso do interesse da adguirente no justo valor lfguido dos desde a data da aauisicêo por uma auantia igual
activos, passivos e passivos contingentes identificdveis da ao ajustamento no justo valor & data de aduisi-
adguirida acima do custo (pardgrafo 36) Gao do activo, passivo e passivo contingente
identificével a ser reconhecido ou ajustado;
36 - Se o interesse da adauirente no justo valor liguido
iii) A informacao comparativa apresentada para os
dos activos, passivos e passivos contingentes identificê-
periodos anteriores & conclus&o da contabiliza-
veis reconhecidos de acordo com o parégrafo 23 exce-
GAao inicial da concentracao deve ser apresen-
der o custo da concentracêo de actividades empresa-
tada como se a contabilizacêo inicial tivesse sido
riais, a adauirente deve:
concluida na data de aauisic&o. Isto inclui guais-
a) Reavaliar a identificacëo e a mensuracao dos acti- aguer efeitos adicionais de depreciacëo, amortiza-
VOS, passivos e passivos contingentes identificêveis Gêo ou lucro ou perda reconhecidos como resul-
da adouirida e a mensurac&o do custo da concen- tado de concluir a contabilizacêo inicial.
tracao;e
D) Reconhecer imediatamente nos resultados agual- Ajustamentos ap6és a conclusio da contabilizacao inicial
duer excesso remanescente apds a reavaliacêo. (pargrafo 39)

39 — Excepto de acordo com o delineado no parêgrafo 40,


Concentragao de actividades empresariais alcancada por
os ajustamentos na contabilizacêo inicial de uma con-
fases (pardgrafo 37)
centracêo de actividades empresariais depois de con-
47 - Uma concentracao de actividades empresariais Cluida a contabilizacao inicial devem ser reconhecidos
pode envolver mais de uma transaccêo de troca, por apenas para corrigir um erro de acordo com a NCRF 4 —
exemplo, guando ocorrer por fases através de compras Politicas Contabilisticas, Alterac6es nas Estimativas Con-
sucessivas de accêes. Se assim for, cada transaccao de tabilisticas e Erros. Os ajustamentos na contabilizacao
troca deve ser tratada separadamente pela adauirente, inicial de uma concentracëo de actividades empresariais

2183
14 SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira —- NCRF

depois de concluida essa contabilizacao nao devem ser ii) O justo valor desses instrumentos e a base para
reconhecidos para o efeito de alteracoes nas estimati- determinar esse justo valor. Se nêo existir um
vas, De acordo com a NCRF 4, o efeito de uma alteracêo preco publicado para os instrumentos & data da
nas estimativas deve ser reconhecido no periodo cor- troca, devem ser divulgados os pressupostos
rente e nos periodos futuros. significativos usados para determinar o justo
valor. Se existir um preco publicado & data da
Reconhecimento de activos por impostos diferidos aps a troca mas gue nêo foi usado como base para
concluso da contabilizagao inicial (par&grafo 40) determinar o custo da concentracêo, esse facto
deve ser divulgado em conjunto com: as razes
40 — Se o potencial beneficio do reporte das perdas
por gue o preco publicado nêo foi usado; o
fiscais no rendimento da adauirida ou de outros activos
método e os pressupostos significativos usados
por impostos diferidos nêo satisfizer os critêrios do para-
para atribuir um valor aos instrumentos de capi-
grafo 24 relativamente ao reconhecimento separado
tal prêprio: e a guantia agregada da diferenca
guando uma concentracëo de actividades empresariais
entre o valor atribuido aos instrumentos de capi-
for inicialmente contabilizada mas posteriormente reali-
zada, a adauirente deve reconhecer esse beneficio tal préprio e o preco publicado dos mesmos;
como rendimento de acordo com a NCRF 25 - Impostos e) Detalhes de aguaisauer unidades operacionais gue
sobre o Rendimento. Além disso, uma adauirente deve: a entidade tenha decidido alienar cComo resultado
a) Reduzir a auantia escriturada de goodwilla auantia da concentracao;
aue teria sido reconhecida se o activo por impostos j As auantias reconhecidas a data de aguisicao para
diferidos tivesse sido reconhecido como um activo cada classe de activos, passivos e passivos contin-
identificAvel a partir da data de aauisicao; e gentes da adauirida, e, a menos gue a divulgacêo
b) Reconhecer a reducëo na auantia escriturada do seja impraticavel, as guantias escrituradas de cada
goodwill como um gasto. uma dessas classes, determinadas de acordo com
as NCRF, imediatamente antes da concentracêo.
Contudo, este procedimento nêo deve resultar na cria-
Se essa divulgacao for impraticêvel, esse facto
Ca0 de um excesso tal como descrito no par&grafo 36,
deve ser divulgado, junto com uma explicacao;
nem deve aumentar a guantia de gualguer ganho ante-
riormente reconhecido de acordo com o parégrafo 36. g) A auantia de agualguer excesso reconhecida nos
resultados de acordo com o parêgrafo 36, e a linha
de item na demonstracêo dos resultados na aual o
Divulgacao (parêgrafos 41 2 50) @XCESSO ê recoNhecido;
A1 — Uma adauirente deve divulgar informaGao due h) Uma descricéo dos factores aue contribuiram para um
permita aos utentes das demonstracêes financeiras ava- Custo due resulta no reconhecimento do goodwill —
liar a natureza e o efeito financeiro das concentrac6es de uma descricêo de cada activo intangivel gue nêo
actividades empresariais gue tenham sido efectuadas: tenha sido reconhecido separadamente do goodwille
a) Durante o periodo; uma explicac&o sobre a razao pela gual nao foi possi-
b) Ap6s a data do balanco mas antes de as demonstra- vel mensurar o justo valor do activo intangivel com fia-
cêes financeiras receberem autorizacao de emissêo. bilidade —- ou uma descric&o da natureza de aualaguer
@XCEsso reconhecido nos resultados de acordo com o
42 — Para tormar efectivo o principio do par&grafo 41 a),
paragrafo 36;
a adauirente deve divulgar a seguinte informacao para
cada concentracao de actividades empresariais gue j) A aguantia dos resultados da adauirida desde a data
tenha sido efectuada durante o perioda: da aauisicêo incluida nos resultados da adauirente
do periodo, a nêo ser gue a divulgacêo seja imprati-
a) Os nomes e as descricêes das entidades ou activi-
cavel. Se essa divulgacêo for impraticavel, esse
dades empresariais concentradas;
facto deve ser divulgado, junto com uma explicacëo.
b) A data da aaguisic&o:
43 — A informacêo exigida pelo par&grafo 42 deve ser
c) A percentagem de instrtumentos de capital préprio
divulgada em conjunto no caso de concentrag6es de
com direito a voto adauiridos;
actividades empresariais, efectuadas durante o periodo
d) O custo da concentrac&o e uma descrigëo dos
de relato, gue sejam individualmente imateriais.
componentes desse custo, incluindo guaisauer
custos directamente atribuiveis & concentragaêo. AA — Se a contabilizacêo inicial de uma concentracao
Ouando os instrumentos de capital préprio sê0o emi- de actividades empresariais gue tenha sido efectuada
tidos ou passiveis de emisséo como parte do custo, durante o periodo foi determinada apenas provisoria-
deve ser divulgado o seguinte: mente tal como descrito no parêgrafo 38, esse facto
i) o numero de instrumentos de capital préprio deve também ser divulgado em conjunto com uma expli-
emitidos ou passiveis de emissêo; e CAGAO.

214
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relatoa Financeiro — NCRF 14/15

45 — Para tornar efectivo o principio do parêgrafo 41 a), grupo de alienaGëo aue, no momento da aguisicêo,
a adauirente deve divulgar a seguinte informaGëo, a nao satisfaz os Critérios para ser classificado como
ser due essa divulgacêo seja impraticavel: detido para venda de acordo com a NCRF 8 - Acti-
a) O rédito da entidade concentrada do periodo como vos N&o Correntes Detidos para Venda e Unidades
se a data de aauisic&o para todas as concentrac6es Operacionais Descontinuadas;
de actividades empresariais efectuadas durante o Cc) Os ajustamentos resultantes do reconhecimento
periodo tivesse sido o inicio desse periodo; posterior de activos por impostos diferidos durante
b) Os resultados da entidade concentrada do periodo o periodo de acordo com o par&gralo 40;
COmo se a data de aauisic&o para todas as concen- d) O goedwill incluido num grupo de alienacao classi-
trac6es de actividades empresariais efectyadas ficado como detido para venda de acordo com a
durante o periodo tivesse sido o inicio do perlodo. NCRF 8 - Activos Nêo Correntes Detidos para
Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas &
Se a divulgacêo desta informacao for impraticavel, esse
o goodwill desreconhecido durante o periode sem
facto deve ser divulgado, junto com uma explicaeëo.
ter sido anteriormente incluido num grupo de alie-
46 —A adauirente deve ainda divulgar a seguinte infor- nacao classificado como detido para venda;
macao: e) As perdas por imparidade reconhecidas durante o
a) A guantia e uma explicacêo sobre gualauer ganho perliodo de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de
Ou perda reconhecido no periodo corrente gue: Activos;
i) Se relacione com os activos identificaveis adaui- f) As diferencas cambiais liguidas ocorridas durante o
ridos ou os passivos ou passivos contingenies periodo de acordo com a NORF 23 - Os Efeitos de
aASsumidos numa concentracêo de actividades Alteracêes em Taxas de Cêmbio;
empresariais aue tenha sido efectuada no
G) Guaisauer outras alteracëes na duantia escriturada
periodo corrente ou num periodo anterior; ë
durante o periodo; e
ii) Seja de tal dimensêo, natureza ou incidência
aue a divulgacao se torne relevante para uma h) A auantia bruta e as perdas por imparidade acumu-
compreensao do desempenho financeiro da ladas no final do periodo.
entidade concentrada; 49 — A entidade divulga informacao acerca da guantia
D) Se a contabilizacao inicial de uma concentracao de recuperêvel e da imparidade do goodwill de acordo com
actividades empresariais due tenha sido efectuada a NCRF 12 - Imparidade de Activos, além da informaGao
no periodo imediatamente anterior foi determinada aue o par&grafo 48 e) exige aue seja divulgada.
apenas provisoriamente no final desse periodo, as
50 - Se, em aualauer situacao, a informacao due esta
aguantias e explicacêes relativas aos ajustamentos
Norma exige ague seja divulgada nêo satisfizer os objec-
nos valores provisérios reconhecidos durante o
tivos definidos nos paragrafos 41 e 47, a entidade deve
periodo corrente;
divulgar essa informacao adicional conforme necessêrio
c) A informaeao sobre correccëes de erros gue a para satisfazer esses objectivos.
NCRF 4 — Politicas Contabilisticas, Alteracêes nas
Estimativas Contabilisticas e Erros exige ague seja
divulgada em relacëo a aualguer dos activos, pas- Data de eficdria (parêgrafo 51)
Sivos ou passivos contingentes identificaveis da 51 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
adauirida, ou alterac6es nos valores atribuidos a primeiro periodo aue se inicie em ou apés 1 de Janeiro
esses itens. gue a adauirente reconhece durante o de 2010.
periodo corrente de acordo com o parêgrafo 39.

41 — Uma entidade deve divulgar informacao ague per-


mita aos utentes das suas demonstracoes financeiras
avaliar as alterac6es na guantia escriturada de goodwill NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
durante o periodo. FINANCEIRO 15
48 — Para tormar eficaz o principio do par&grafo 47, a
entidade deve divulgar uma reconciliacêo da guantia INVESTIMENTOS EM SUBSIDIARIAS E CONSOLIDAGAO
escriturada de goodwill no inicio e no final do periodo, Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
mostrando separadamente: por base a Norma Internacional de Contabilidade
a) A auantia bruta e as perdas par imparidade acumu- IAS 27 - Demonstrac6es Financeiras Consolidadas e
ladas no inicio do periodo; Separadas, adoptada pelo texto original do Regula-
b)O goodwill adicional reconhecido durante o mento (CE) n." 1126/2008 da Comissêo, de 3 de
periodo, com a excepcao do goodwill incluido num Novembro,

215
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro— NCRF 15 SNC EXPLICADD

Sempre gue na presente norma existam remissoes aaguisicao, na guota-parte do investidor ou do empreen-
para as normas internacionais de contabilidade, entende- dedor nos activos liguidas da investida ou da entidade
-se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro- Gonjuntamente controlada. Os resultados do investidor
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do ou empreendedor incluem a parte aue Ihe corresponda
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em nos resultados da investida ou da entidade conjunta-
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) mente controlada.
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. Subsidiéëria: é uma entidade (aaui se incluindo entidades
nao constituidas em forma de sociedade, Como, pD. ex. as
parcerias) gue é controlada por uma outra entidade
Objectivo (par&grafo 1)
(designada por empresa-mae).
1— O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
5 - Uma empresa-mêe ou a sua subsidiëria pode ser
Financeiro é o de prescrever o tratamento para os inves-
um investidor numa associada ou um empreendedor
timentos em subsidiërias e proporcionar orientacëo pra-
numa entidade conjuntamente controlada. Em tais
tica guanta aos procedimentos de consolidacëo.
Casos, as demonstracêes financeiras consolidadas pre-
paradas e apresentadas de acordo com esla Norma
Ambito (parêgrafos 2 e 3) também sêo preparadas de modo a cumprir os reguisi-
tos da NCRF 13 — Interasses em Empreendimentos Con-
2? - Esta Norma deve ser aplicada na preparaGëo e
juntos e Investimentos em Associadas.
apresentacao de demonstracêes financeiras consolida-
das de um grupo de entidades sob o controlo de uma 6 - Para avaliar se uma entidade tem o controlo, é
empresa-mae, desde gue a empresa-mae nao esteja necessêrio avaliar se a entidade tem potenciais direitos
dispensada de apresentar contas consolidadas nos ter- de voto. Estes potenciais direitos de volto existem se uma
mos legalmente previstos. Esta norma estabelece, igual- entidade for proprietêria de warrants de accêes, opcêes
mente, as regras de valorizacêo dos investimentos finan- call de acc6es, instrumentos de divida ou de capital pré-
ceiros em subsididrias nas Demonstracêes financeiras pDrio gus sejam convertiveis em acgëes ordinêrias, ou de
individuais da empresa-mae. Outros instrumentos semelhantes due tenham a capaci-
dade, se exercidos ou convertidos, de conceder & enti-
3 — Esta Norma nêo trata de métodos de contabiliza-
dade o poder de volo ou de reduzir o poder de voto de
C&o de concentrac6es de actividades empresariais e
uma terceira entidade relativamente as politicas financel-
dos seus efeitos na consolidacëo, incluindo goodwill
ras e operacionais da entidade relativamente & aual
proveniente de uma concentracëo de actividades
podem ser exercidos ou convertidos os potenciais direi-
empresariais (ver NCRF 14 — Concentracëes de Activi-
tos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos
dades Empresariais).
de voto gue sejam correntemente exerciveis ou converti-
veis, incluindao potenciais direitos de voto detidos por ter-
Definicdes (parêgrafos 4 a 7) ceira entidade, sêo tidos em consideracëo dguando se
A — Os termos due se seguem sêo usados nesta avaliar se uma entidade tem o poder de gerir as politicas
financeiras e operacionais de uma outra entidade. OS
Norma com os significados especificados:
potenciais direitos de voto nêo sêo correntemente exerci-
Controlo: é o poder de gerir as politicas financeiras &e
veis ou convertiveis guando, por exemplo, nêo puderem
operacionais de uma entidade ou de uma actividade
ser exercidos ou convertidos até uma data futura ou até a
econémica a fim de obter beneficios da mesma.
ocorência de um acontecimento fufuro.
Demonstrac6es financeiras consolidadas: sêo as
demonstracêes financeiras de um grupo apresentadas 1- Ao avaliar se os potenciais direitos de voto contri-
Como as de uma unica entidade econémica. buem para o controlo, a entidade examina todos os
factos e circunstAncias (incluindo os termos de exercer
Empresa-mêe: é uma entidade gue detém uma ou
OS potenciais direitos de voto e guaisauer outros acor-
mais subsididrias.
dos contratuais auer sejam considerados individual-
Grupo: é constituido por uma empresa-mêe e todas as
mente ou em combinac&o) due afectem as potenciais
suas subsidiërias. direitos de voto, independentemente da intencgêo do
Interesse minoritërio: é a parte dos resultados e dos 6rgëo de gestêo e da capacidade financeira de exer-
activos liguidos de uma subsidiëria atribuivel a interesses Cer ou Converter.
de capital préprio gus nêo sejam detidos, directa ou indi-
rectamente através de subsididrias, pela empresa-mae.
Apresentarzo de demonstracdes financeiras consoli-
Método da eauivalência patrimonial: é um mêtodo de
dadas (par&grafos 8 a 9)
ConNtabilizac&o pelo aual o investimento ou interesse é
inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente 8 - Nas demonstracëes financeiras individuais de
ajustado em funcao das alteracêes verificadas, apés a uma empresa-mae, a valorizacao dos investimentos em

216
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro —- NCRF 15

subsidiërias deve ser efectuada de acordo com o 18 - Ouando existirem potenciais direitos de voto, as
método de eaguivalência patrimonial, aplicando-se, propore6es de resultados e alterac6es no capital préprio
ainda, o disposto nos parégrafos 14 e 15. Nos casos imputadas a empresa-mêe e aos interesses minoritêrios
em due se verifiguem restricêes severas e duradouras Sê&o determinadas na base dos interesses de proprie-
gue prejudiguem significativamente a capacidade de dade presentes e no reflectem o possivel exercicio ou
transferência de fundos para a empresa detentora, deve cONVversao de potenciais direitos de voto.
ser usado o mêtodo do custo.
14 — Os saldos, transaceêes, rendimentos e ganhos &
9 — A valorizac&o dos investimentos em entidades con- gastos e perdas intragrupo devem ser eliminados por
juntamente controladas e em associadas nas demons- inteiro.
trac6es financeiras individuais é efectuada nos termos
15 - Os saldos e transacc6es intragrupo, incluindo
da NCRF 13 — Interesses em Empreendimentos Conjun-
rendimentos e ganhos, gastos e perdas e dividendos,
tos e Investimentos em Associadas.
Sêo eliminados por inteiro. Os resultados provenientes
de transacoëes intragrupo due sejam reconhecidos nos
Ambito das demonstracëes financeiras consolidadas activos, tais como inventêrios e activos fixos, sao elimi-
(paragrafos 10 e 11) nados por inteiro. As perdas intragrupo podem indicar
uma imparidade due exija reconhecimento nas demons-
10 - As demonstracêes financeiras consolidadas tracêes financeiras consolidadas. A NCRF 25 - Impostos
devem incluir todas as subsidiërias da empresa-mae.
sobre o Rendimento, aplica-se as diferencas tempord-
11 — A obrigatoriedade de elaboracëo de contas con- rias gue surgem da eliminacêo dos resultados prova-
solidadas ocorre para a empresa-mae gue detenha o nientes de transaccêes intragrupo.
controlo sobre uma ou mais subsidiarias, nos termos
16 — As demonstracëes financeiras da empresa-mae e
definidos legalmente. das suas subsididrias usadas na preparacao das
demonstrac6es financeiras consolidadas devem ser pre-
Procedimentos de consolidatio (paragrafos 12 a 26) paradas a partir da mesma data de relato. Ouando as
datas de relato da empresa-mée e de uma subsidiëria
12 — Ao preparar demonstrac6es financeiras consoli-
forem diferentes, a subsidiëria prepara, para finalidades
dadas, uma entidade combina as demonstracêes finan-
de consolidacao, demonstrac6es financeiras adicionais
Celiras da empresa-mae e das suas subsidiërias linha a
a partir da mesma data gue a das demonstrac6es finan-
linha adicionando itens idênticos de activos, passivos,
ceiras da empresa-mêe a nêo ser due isso se torne
capital préprio, rendimentos e ganhos e gastos e per-
impraticavel.
das. A fim de gue as demonstragées financeiras consoli-
dadas apresentem informacëo financeira acerca do 17 - Ouando, de acordo com o parêgrafo 16, as
grupo como se fosse de uma entidade econémica unica, demonstracêes financeiras de uma subsidiëria usadas
Sêo dados os seguintes passos: na preparacêo de demonstracêes financeiras consolida-
das forem preparadas a partir de uma data de relato
a) Sêo eliminadas a aguantia escriturada do investi-
diferente da data de relato da empresa-mae, devem ser
mento da empresa-mêe em cada subsidiëria e a
feitos ajustamentos aue tenham em consideracao os
parte da empresa-mêe do capital proprio de cada
efeitos de transaccëes ou acontecimentos significativos
subsidiëria (ver a NCRF 14 - Concentrac6es de
oue ocorram entre essa data e a dala das demonstra-
Actividades Empresariais, gue descreve o trata-
cêes financeiras da empresa-mêe. Em aualguer caso, a
mento de gualaguer goodwill resultante);
diferenca entre a data de relato da subsidiëria e a data
D) S&o identificados os interesses minoritêrios nos
de relato da empresa-mêe nao deve exceder os tês
resultados das subsididrias consolidadas para o meses. A extensêo dos periodos de relato e aualauer
periodo de relato; e diferenca nas datas de relato devem ser as mesmas de
G) Os interesses minoritêrios nos activos liguidos das periodo para periodo.
subsidiërias consolidadas sêo identificados separa-
18 - As demonstracëes financeiras consolidadas
damente do capital préprio dos accionistas da
devem ser preparadas usando politicas contabilisticas
empresa-mae. Os interesses minoritêrios nos acti-
uniformes para transaccëes e outros acontecimentos
vos liguidos consistem:
idênticos em circunstências semelhantes.
j) Na auantia desses interesses minoritêrios & data
da concentracao original, calculada de acordo 19 - Se um membro do grupo usar politicas contabilis-
com a NCRF 14 - Concentracëes de Actividades ticas gue néo sejam as adoptadas nas demonstrac6es
Empresariais;e financeiras consolidadas para transacc6es & aconteci-
i) Na parte minoritêria das alterac6es no capital mentos idênticos em circunstências semelhantes, ser&o
préprio desde a data da concentracëo. feitos ajustamentos apropriados as suas demonstracëes

217
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira - NCAF 18 SNC EXPLICADO

financeiras ao preparar as demonstracêes financeiras depois de fazer ajustamentos para os dividendos de


consolidadas. tais acc6es, guer os dividendos tenham ou nao sido
declarados.
20 — Os rendimentos e ganhos e gastos e perdas de
uma subsididria sao incluidos nas demonstracoes finan-
Ceiras consolidadas a partir da data de aaguisicêo, tal Divulgacies (parêgrafos 27 e 28)
como definido na NCRF 14 — Concentrac6es de Activi-
271 - Devem ser feitas as seguintes divulgacoes nas
dades Empresariais e até & data em gue a empresa-mêe
demonstrac6es financeiras consolidadas:
deixar de controlar a subsidiëria. A diferenca entre os
proventos da alienacëo da subsidiëria e a sua guantia a) A natureza da relacëo entre a empresa-mae & uma
escriturada & data da alienacêo, incluindo a aguantia subsididria auando a empresa-mêe nao possuir,
Cumulativa de auaisguer diferencas de cêmbio due se directa ou indirectamente através de subsidiërias,
relacionem com a subsidiëria reconhecidas no capital mais de metade do poder de voto;
préprio de acordo com a NCRF 23 - Os Efeitos de Alte- D) As raz6es pelas auais a propriedade, directa ou
rac6es em Taxas de Cêmbio, é reconhecida na demons- indirectamente através de subsidiarias, de mais de
trac&o dos resultados consoelidada como o ganho ou
metade do poder de voto de uma investida nêo
perda resultante da alienac&o da subsidiëria.
Constitui controlo;
21 — Um investimento numa entidade, desdea a data em Cc) A data de relato das demonstracies financeiras de
ague deixe de ser uma subsidiëria e desde aue nêo se uma subsidiêria guando tais demonstracêes finan-
tome uma associada ou uma entidade conjuntamente ceiras forem usadas para preparar demonstracêes
controlada (nos termos da NCRF 13 - Interasses em
financeiras consolidadas e corresponderem a uma
Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Asso-
data de relato ou a um periodo diferente do da data
ciadas), deve ser contabilizado nas Demonstrac6es
da empresa-mêe, e a razêo para usar uma data de
Financeiras Consolidadas de acordo com o previsto na
relato ou periodo diferente; e
NCRF 27 — Instrumentos Financeiros.
d) A natureza e a extens4o de auaisduer restricées
22 — A aouantia escriturada do investimento & data em significativas (por exemplo, resultante de acordos
ague a entidade deixar de ser uma subsididria deve ser
de empréstimo ou reduisitos regulamentares) sobre
Considerada como o cuslo aguando da mensuracëo ini-
a capacidade das subsidiërias de transferirem fun-
cial de um activo financeiro.
dos para a empresa-maêe sob a forma de dividen-
24 — Os interesses minoritêrios devem ser apresenta- dos em dinheiro ou de reembolsarem empréstimos
dos no balanco consolidado dentro do capital préprio, ou adiantamentos.
separadamente do capital préprio dos accionistas da
28 — Ouando forem preparadas demonstracêes finan-
empresa-mae. Os interesses minoritêrios nos resulta-
Ceiras individuais por uma empresa-maêe due, nos ter-
dos do grupo também devem ser divulgadas separada-
mente. mos legais, esteja dispensada de elaborar contas con-
solidadas, essas demonstrac6es financeiras individuais
24 — Os resultados sêo atribuidos aos detentores de devem divulgar:
Capital da empresa-mae e aos interesses minoritêrios. Por-
a) Oue a dispensa de consolidacao foi usada; o nome
aue ambos constituem capital préprio, a duantia atribuida
eo pais de constituicao ou sede da entidade due
aos interesses minoritërios nao é rendimento nem gasto.
elabora demonstracëes financeiras consolidadas; e
25 —- As perdas aplicAveis & parte minoritêria numa a morada onde essas demonstracêes financeiras
subsidiëria consolidada podem exoeder o interesse consolidadas podem ser obtidas;
minoritério no capital préprio da subsidiëria. O excesso,
b) Uma listagem dos investimentos significativos em
e aguaisauer perdas adicionais aplicaveis & parte minori-
subsidiërias, entidades conjuntamente controladas
têria, sêo imputados ao interesse maioritêrio excepto at
e associadas, incluindo o nome, o pais de constitui-
ao ponto em aue a parte minoritêria tenha a obrigagao
de fazer um investimento adicional para cobrir as per- CAo ou domicilio, a proporcêo do interesse de pro-
das. Se a subsidiëria subseauentemente relatar lucros, priedade e, se for diferente, a proporcao do poder
esses lucros séo imputados ao interesse maioritêrio atê de volo detido;e
due a parte minoritêria das perdas previamente absorvi- c) Uma descricao do método usado para contabilizar
das pela parte maioritêria tenha sido recuperada. OS investimentos listados na alinea b);
26 - Se uma subsididria tiver accêes preferenciais d) Ouando utilizado o método do custo, desericê&o das
Ccumulativas em circulac&o aue sejam detidas por inte- restricées severas e duradouras due prejudiguem
resses minoritdrios e classificadas como capital préprio, significativamente a capacidade de transferência
a empresa-mêe calcula a sua parte dos resultados de fundos para a empresa detentora.
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 15/16

Data de eficêria (parêgrafo 29) 4 — A Norma n&o se aplica ao tratamento de outros


aspectos contabilisticos de entidades gue desenvolvam
29 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
operacëes de exploracao e avaliacao de recursos mine-
primeiro periodo aue se inicie em ou apds 1 de Janeiro
rais.
de 2010.
Uma entidade n4o deve aplicar esta Norma a dispên-
dics incorridos:
d a) Antes da exploracêo e avaliac&o de recursos mine-
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO rais, tais como dispêndios incorridos antes de a
FINANCEIRO 16 entidade ter obtido os direitos legais de explorar
uma area especifica;
EXPLORACAO E AVALIACAO DE RECURSOS MINERAIS b) Depois de serem demonstriveis a exeouibilidade
técnica e viabilidade comercial da extraccëo de um
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem recurso mineral.
por base a Norma Internacional de Relato Financeiro
IFRS 6 - Exploracao e Avaliacao de Recursos Minerais,
adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) Delinicoes (paragrafo 5)
n.” 1126/2008 da Comissêo, de3 de Novembro. 5 — Os termos ague se seguem sêo usados nesta
Sempre aue na presente norma existam remissoes Norma com os significados especificados:
para as normas internacionais de contabilidade, Activos de exploracëo e avaliacëo: sêo dispêndios de
entende-se ague estas se referem as adoptadas pela exploragëo e avaliac&o reconhecidos como activos de
Uniëo Europeia, nos termos do Regulamento (CE) acordo com a politica contabilistica da entidade.
n.” 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de Dispêndios de explaracëo e avaliacêo: sêo dispêndios
19 de Julho e, em conformidade com o texto original do incorridos por uma entidade em ligacêo com a explora-
Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de G&0 e avaliagêo de recursos minerais antes due a exe-
Novembro. ouibilidade técnica e viabilidade comercial da extracgao
de um recurso mineral seja demonstravel.
Objectivo (paragrafos1 e 2) Explorac&o e avaljac&o de recursos minerais: sao a
pesguisa de recursos minerais, incluindo minéêrios,
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
Financeiro é o de prescrever o tratamento da exploracao petréleo, gas natural e recursos nêo regenerativos seme-
e avaliac&0 de recursos minerais tal como definido na Ihantes depois de a entidade ter obtido os direitos legais
presente Norma. de explorar numa &rea especifica, bem como a determi-
nacao da exeauibilidade técnica e viabilidade comercial
2-— Em particular, a Norma exige: de extrair o recurso mineral.
a) Melhorias limitadas a praticas contabilisticas exis-
tentes relacionadas com dispêndios de exploracao
Reconhecimento de activos de exploracao e avaliacao
e avaliacëo;
(paragrafos 6 e 7)
D) Oue as entidades ague reconhecam activos de
exploracêo e avaliac&o apreciem esses activos Dispensa temporiria do par&grafo 10 da NCRF 4
aguanto a imparidade de acordo com esta Norma ea (parêgrafos Ge 7)
mensurem aualdguer imparidade de acordo com a
6 — Ouando desenvolver as suas politicas contabilisti-
NCBF 12 —- Imparidade de Activos;
Cas, uUma entidade ao reconhecer activos de exploracëo
Cc) Divulgacêes ague identifiguem e expliguem as auan-
e avaliacëo deve aplicar o parêgrafo 9 da NCRF 4 - Poali-
tias nas demonstrac6es financeiras da entidade
ticas Contabilisticas, Alterac6es nas Estimativas Contabi-
Oue resuliem da exploracao e avaliacao de recur-
listicas e Erros.
SOS minerais e ajudem os utentes dessas demons-
tracëes financeiras a compreender a guantia, tem- 7-E exigido gue o 6rgëo de gestêo considere o parê-
pestividade e certeza de fluxos de caixa futuros de grafo 10 da NCRF 4 aue especifica fontes de reguisitos
aguaisguer activos de exploracao e avaliacao reco- e orientac&o autorizados, ao desenvolver uma politica
nhecidos. contabilistica para um item se nenhuma NCRF se aplicar
especificamente a esse item. Sujeito aos paragrafos 9 e
; 10 adiante, esta Norma dispensa uma entidade de apli-
Ambito (paragrafos 3 e 4) Car esse parigrafo as suas politicas contabilisticas para
3 -— Uma entidade deve aplicar esta Norma aos dispên- o reconhecimento e mensuracdo de activos de explora-
dios de exploracëo e avaliacao em due incerra. Cê&c e avaliacëo.

219
SNC EXPLICADO
7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 16

alteragao tornar as demonstracoes financeiras mais rele-


Mensuracdo de activos de exploracdo e avaliago
vantes para as necessidades de tomada de decis6es
(pargrafos 8 a 14)
econémicas dos utentes e nao menos fiëveis, ou mais fië-
Mensurac&o no reconhecimento (pardgrafo 8) veis e n&io menos relevantes para essas necessidades.
Uma entidade deve ajuizar a relevência e a fiabilidade
8 — Os activos de exploraGêo e avaliacao devem ser
usando os critérios da NCRF 4 — Politicas Contabilisticas,
mensurados pelo custo.
Alterac6es nas Estimativas Contabilisticas e Erros.

Elementos do custo de activos de exploracao e avalia- 14 - Para justificar a alteragëo das suas politicas conta-
CA0 (par&grafos 9a 11) Dilisticas para dispêndios de exploracëo e avaliac&o, uma
entidade deve demonstrar aue a alteracêo leva as suas
9 — Uma entidade deve determinar uma politica gue
demonstrac6es financeiras a satisfazerem mais aproxima-
especifigue gue dispêndios sêo reconhecidos como
damente os critérios da NCRF 4, mas a alteragêo nêo pre-
activos de explorac&o e avaliacao e aplicar essa politica
cisa de alcancar total conformidade com esses critérios.
Consistentemente. Em conseguëncia, uma entidade con-
sidera até gue ponto o dispêndio pode ser associado &
descoberta de recursos minerais especlficos. O ague se Apresentacao (parêgrafos 15 a 17)
segue s&o exemplos de dispêndios gue podem ser
incluidos na mensuracëo inicial de activos de explora- Classificacao de activos de exploragao e avaliacao
CêD e avaliac&Bo (a lista nêo é exaustiva): (par&grafos 15 e 16)
a) Aauisicao de direitos de exploracëo; 15 - Uma entidade deve classificar os activos de
b) Estudos topograêficos, geclégicos, geodguimicos e exploracëo e avaliacêo como tangiveis ou intangiveis de
geofisicos; acordo com a natureza dos activos adauiridos e aplicar
a classificac&o consistentemente.
Cc) Perfuracao exploratêria;
d) Valas; 16 - Alguns activos de exploracêo e avaliacëo sêo tra-
tados como intangiveis (por exemplo, direitos de perfu-
e) Amostragem; e
rac&o), enaguanto outros so tangiveis (por exemplo, vel-
f) Actividades relacionadas com a avaliacëo da exe-
Culos e plataformas de perfuracao). Até ao ponto em
auibilidade técnica e viabilidade comercial da
due um activo tangivel seja censumido no desenvolvi-
extraccëo de um recurso mineral.
mento de um activo intangivel, a auantia due reflecte
10 - Os dispêndios relacionados com o desenvolvi- esse consumo faz parte do custo do activo intangivel.
mento de recursos minerais n&o devem ser reconheci- Contudo, o uso de um activo tangivel para desenvolver
dos como activos de exploracao e avaliacao. A Fstrutura um activo intangivel naêo transforma um activo tangivel
Conceptual e a NCRF 6 - Activos Intangiveis proporcio- num activo intangivel.
nam orientacêe sobre o reconhecimento de activos
resultantes de desenvolvimento. Reclassificacao de activos de exploragao e avaliacao
11 - De acordo com a NCRF 21 - Provis6es, Passivos
(par&grafo 17)
Contingentes e Activos Contingentes, uma entidade 17 - Um activo de exploracëo e avaliacao deve deixar
reconhece duaisauer obrigacêes de remocao e restau- de ser classificado como tal guando a exeouibilidade
racao gue sejam incorridas durante um determinado técnica e viabilidade comercial de extraccêo de um
periodo como conseauëncia de ter levado a cabo a recurso mineral for demonstrêavel. Os activos de explora-
exploracao e avaliacio de recursos minerais. CAO e avaliac&o devem ser avaliados guanto a impari-
dade, e auanto a gualguer perda por imparidade reco-
Mensuraca0 apés reconhecimento (parêgrafo 12) nhecida, antes da reclassificacëo.
12 — Ap6s o reconhecimento, uma entidade deve apli-
Car ou o modelo de custo ou o modelo de revalorizagëo Imparidade (parêgrafos 18 a 22)
aos activos de exploracëo e avaliacëo. Se o modelo de
revalorizacao for aplicado (ou o modelo da NCRF 7 - Reconhecimento e mensuraca0 (pargrafos 18 a 20)
Activos Fixos Tangiveis ou o modelo da NCRF 6 - Acti- 18 —- Os activos de exploracëo e avaliac&o devem ser
vos Intangiveis), ele deve ser consistente com a classifi-
avaliados auanto a imparidade guando os factos e €ircuns-
Cacao dos activos (ver parégrafo 15).
tAncias sugerirem aue a guantia escriturada de um actiVo
de exploragëo e avaliacë&o pode exceder a sua guantia
Alteracoes nas politicas contabilisticas (parigrafos 13e 14)
recuperêvel. Ouando os faclos e circunstências sugerirem
13 - Uma entidade pode alterar as suas politicas conta- due a auantia escriturada excede a guantia recuperavel,
bilisticas para dispêndios de explorac&o e avaliacëo se a uma entidade deve mensurar, apresentar imparidade de

220
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira - NCRF 16/17

activos e divulgar gualauer perda por imparidade resul- original do Regulamento (CE) 1126/2008 da Comissêo,
tante, de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Activos, de 3 de Novembro.).
excepto guanto ao estabelecido no paragralo 21.
22 - O nivel identificado pela entidade para a finali-
19 - Apenas para as finalidades dos activos de explo- dade de testar activos de exploracao e avaliac&o guanto
racao e avaliacëo, guando for identificado um activo de a imparidade pode compreender uma ou mais unidades
exploracao e avaliac&o gue possa estar com imparidade geradoras de caixa.
deve ser aplicado o par&grafo 20 desta Norma em vez
dos parégrafos 5 a 8 da NCRF 12 - Imparidade de Acti- Divulgacdes (paragrafos 23 e 24)
vos. O par&grafo 20 usa o termo sactivoss mas aplica-se
igualmente a activos de exploracëo e avaliacê&o separa- 23 - Uma entidade deve divulgar informacao ague iden-
dos ou a uma unidade geradora de caixa. tifigue e expligue as auantias reconhecidas nas suas
demonstrac6es financeiras resultantes da exploracao e
20 - Um ou mais dos seguintes factos e circunstências avaliacêo de recursos minerais.
indica gue uma entidade deve testar os activos de
exploracëo e avaljac&o guanto a imparidade (a lista nao 24 — Para cumprir o parêgrafo 23, uma entidade deve
divulgar:
é exaustiva):
a) O periodo em aue a entidade tem o direito de a) As suas politicas contabilisticas relativas a dispên-
explorar na area especifica expirou durante o dios de exploracao e avaliacêo incluindo o reco-
periodo ou vai expirar no futuro préximo, & nêo se nhecimento de activos de exploracêo e avaliacao;
espera due s€ja renovado; b) As duantias de activos, passivos, rendimentos &
b) Nao estao orcamentados nem planeados dispên- gastos e fluxos de caixa operacionais e de investi-
dios substanciais relativos a posterior exploragëo e mento resultantes da exploracëo e avaliagao de
recursos minerais.
avaliacëo de recursos minerais na &rea especifica;
Cc) A exploracëo e avaliacêo de recursos minerais na
êrea especifica néo levaram & descoberta de auanti- Disposicdes transitêrias (parêgrato 25)
dades comercialmente viëveis de recursos minerais e
25 — Se for impraticêvel aplicar um determinado reaui-
a entidade decidiu descontinuar essas actividades na
sito do parégrafo 18 a& informacao comparativa rela€io-
area especifica; nada com periodes anuais com inlcio antes de 1 de
d) Existem suficientes dados para indicar gue, embora Janeiro de 2010, a entidade deve divulgar esse facto. A
um desenvolvimento na area especifica seja provê- NCRF 4 explica o termo simpraticavels.
vel gue resulte, é improvavel gue a guantia eseritu-
rada do activo de exploracao e avaliacëo seja recu-
perada na totalidade como conseguência de um
Data de eficdria (parêgrafo 26)
desenvolvimento bem sucedido ou por venda. 26 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
primeiro periodo aue se inicie em ou apês 1 de Janeiro
Em Gualguer caso, ou em casos semelhantes, a enti-
de 2010.
dade deve efectuar um teste de imparidade de acordo
com a NCRF 12 - Imparidade de Activos. @Oualguer
perda por imparidade é reconhecida como um gasto de
acordo com a NCRF 12.
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
Especificar o nivel em gue os activos de exploragao e FINANCEIRO 17
avaliacao so avaliados guanto a imparidade
(parêgrafos 21 e 22) AGRICULTURA
21 —- Uma entidade deve determinar uma politica con- Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem por
tabilistica para a imputacao de activos de exploracao e base a Norma Intermacional de Contabilidade lAS 41 —- Agri-
avaljacëo a unidades geradoras de caixa ou grupos de Cultura, adoptada pelo texto original do Regulamento (CF)
unidades geradoras de caixa com a finalidade de avaliar n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
esses activos auanto a imparidade. Cada unidade gera- Sempre due na presente norma existam remissoes
dora de caixa ou grupo de unidades a due um activo de para as normas internacionais de contabilidade, entende-
exploracëo e avaliac&o seja imputado nao deve ser -se gue estas se referem as adoptadas pela Uniao Euro-
maior do gue um segmento com base ou no formato de peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
relato principal da unidade ou no formato secundario da Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
entidade determinado (ver subsidiariamente a IFRS B — conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
Segmentos operacionais, em conformidade com o texto n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro.

221
7 Normas Fantabilisticas e de Relata Financeiro - NCRF 17 SNC EXPLICADO

Objectivo (parégrato 1) Definicdes (pardgrafos 6 a 10)


1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato Definic6es relacionadas com a agricultura (parêgrafos 6 a8)
Financeiro é o de prescrever o tratamento contabilistico,
6 - Os termos aue se seguem sêo usados nesta
a apresentac&o de demonstrac6es financeiras e as
Norma com os significados especificados:
divulgac6es relativas & actividade agricola.
Actividade agricola: é a gestêo por uma entidade da
transformacao biolégica de activos biolêgicos, em pro-
Ambito (parêgratos 2 a 5) duto agricola ou em activos biolêgicos adicionais, para
? — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizac&o do venda.
due se segue guando se relacione com a actividade Activo biolêgico: é um animal ou planta vivos.
agricola: Colheita: é a separacëo de um produto de um activo
a) Activos biolêgicos; biolégico ou a cessagêo dos processos de vida de um
b) Produto agricola no ponto da colhneita; e activo biol6gico.
Cc) Subsidios governamentais incluidos nos paragra- Grupo de activos biol6gicos: é uma agregacêo de ani-
fos 35 e 36. mais ou de plantas vivos semelhantes.
4 - Esta Norma nêo se aplica a: Produto agricola: é o produto colhido dos activos bia-
a) Terrenos relacionados com a actividade agricola (ver I6oicos da entidade.
a NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis e NCRF 11 — Pro- Transformaceao biolégica: compreende os processos
priedades de Investimento) e de crescimento natural, degeneracëo, producao e pro-
b) Activos intangiveis relacionados com a actividade criacêo gue causem alteracbes dualitativas e aguantitati-
agricola (ver a NCRF 6 - Activos Intangliveig). vas num activo biolégico.

4 — Esta Norma é aplicada ao produto agricola, aue é o 7-A actividade agricola cobre uma escala diversa de
produto colhido dos activos biolêgicos da entidade, actividades. Por exemplo, criacêo de gado, silvicultura,
somente no momente da colheita. Apês isso, é aplicada a safra anual ou perene, cultivo de pomares e de planta-
NCRF 18 — Inventêrios, ou uma outra Norma Contabilis-
cêes, floricultura e aaguacultura (incluindo criacêo de pei-
tica e de Relato Financeiro aplicavel. Concordantemente, xes). Existem cerlas caracteristicas comuns dentro desta
@sta Norma nao trata do processamento do produto agri- diversidade:
cola ap6s colheita: por exemplo, a transformacëo de a) Capacidade de alteracéo: os animais vivos e as
uvas em vinho por um vitivinicultor aue tenha cultivado a plantas so capazes de transformacëo biolêgica;
vinha e colhido as uvas. Se bem due tal processamento b) Gest&o de alteracêes: a gestao facilita a transfor-
possa ser uma exlensêo l6gica e natural da actividade macac biolégica pelo aumento, ou, pelo menos,
agricola e os acontecimentos gue tenham tido lugar pos- estabilizacëo, de condic6es necessêrias para gue o
sam ter alguma similitude com a transformacëo biolégica, processo tenha lugar (por exemplo, niveis nutricio-
tal processamento nao é incluido na definicëo de activi- nais, mistura, temperatura, fertilidade e luz). Tal
dade agricola nesta Norma. gestao distingue a actividade agricola de outras
5 —O aguadro abaixo apresentado proporciona exem- actividades. Por exemplo, colher de fontes nêo geri-
plos de activos biol6gicos, produta agricola e produtos das (tais como pesca oceënica e de florestac&o)
ague sêo o resultado de processamento apés colheita: nio é uma actividade agricola; e
C) Mensuracao de alteracêes: a alteracêo de auali-
aas]
bioclégicos
prins” || PG onus
agricola soos Gomelin
dade (por exemplo, mêrito genético, densidade,
amadurecimento, cobertura de gordura, contetdo
de proteinas e resistência das fibras) ou de guanti-
Carneiros La | Fiode I&, carpetes dade (por exemplo, progénie, peso, metros cubi-
Arvores numa Troncos Madeiras COS, CoOmprimento ou diëmetro das fibras e numero
plantagao florestal
de rebentos) ocasionada por transformacëo biolê-
Plantas Algodao Fio de algodao, roupas gica é mensurada e monitorizada como uma funGêo
Cana colhida Actrar
de gestêo rotinada.
Gado produtor de Leite Ouelijo
leite 8 — A transformaoëo biol6gica origina as conseduên-
Porcos Carcagas Salsichas, presuntos Cias seguintes:
curados
a) Alteracëes de activos por intermédio de:
Arbustos Folhas Chê, tabaco curado
j) Crescimento (um aumento de aguantidade ou
Vinhas Uvas Vinho
melhoramento na aualidade de um animal ou
Arvores de fruto Frutos colhidos Frutos processados
planta)y;

222
SNEC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Ralato Financeiro - NCRF 17

ii) Degenerac&o (uma diminuicéo na guantidade ou 13 - Um activo biolégico deve ser mensurado, no
deterioracao na aualidade de um animal ou reconhecimento inicial e em cada data de balanco, pelo
planta); ou seu justo valor menos custos estimados no ponto de
iii) Procriacëo (criacao de animals ou de plantas venda, excepto no caso descrito no parêgrafo 31 em
vivos adicionais); ou due o justo valor nêo pode ser fiavelmente mensurado.
b) Producao de produto agricola tal como borracha 14 — O produto agricola colhido dos activos biolêgicos
em bruto (latex), folhas de cha, lê e leite. de uma entidade deve ser mensurado pelo seu justo valor
menos custos estimados no ponto de venda no momento
Definicëes gerais (par&grafos 9e 10) da colheita. Tal mensurac&o é o custo nessa data aauando
9 — Os termos ague se seguem sêo usados nesta da aplicacê&o da NCRF 18 - Inventêrios, ou uma outra
Norma com os significados especificados: Norma Contabilistica e de Relato Financeiro aplicêvel.

Justo valor: é a guantia pela agual um activo pode ser 15 - Os custos no ponto de venda incluem comissêes
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece- a Ccorretores e negociadores, taxas de agéncias regula-
doras e dispostas a isso, numa transaccëo em due nêo doras e de bolsas de mercadorias e taxas de transferên-
exista relacionamento entre elas. cia e direitos. Os custos no momento de venda excluem
os custos de transporte e outros necessêrios para levar
Mercado activo: é um mercado no agual se verifiguem os activos para o mercado.
todas as condic6es seguintes:
16 - A determinac&o do justo valor de um activo blolê-
a) Os itens negociados no mercado sêo homogéneos;
Gico ou produto agricola pode ser facilitada pelo agru-
D) Podem ser encontrados em gualduer momento pamento de activos biolêgicos ou de produto agricola
cCoOmpradores e vendedores dispostos a comprar e de acordo com atributos significativos, por exemplo, por
vender;e idade ou aualidade. Uma entidade selecciona os atribu-
Cc) Os precos estêo disponiveis ao publico. tos gue correspandam aos atributos usados no metcado
como base de aprecamento.
Ouantia escriturada: é a guantia pela agual um activo ê
reconhecido no Balanco, apês a deducëo de gualauer 17 — As entidades incorrem muitas vezes em contratos
depreciacao/amortizacao acumulada e de perdas por para vender os seus activos biol6gicos ou produto agricola
imparidade acumuladas inerentes. numa data futura. Os precos de contrato nêo s0 necessa-
riamente relevantes na determinacao do justo valor poraue
Subsidios governamentais: sêao os definidos na NCRF 22
O justo valor reflecte o mercado corrente em due um cCom-
— Contabilizac&o dos Subsidios do Governo e Divulgacëo
prador e um vendedor dispostos a uma transaccêo nela
de Apoios do Governo.
incorrer&o. Consedguentemente, o justo valor de um activo
10 - O justo valor de um activo é baseado na sua loca- biolégico ou produto agricola nêo é ajustado por forca da
izacêo e condicêo presentes. Conseaguentemente, por existência de um contrato. Nalguns casos, um contrato
exemplo, o justo valor do gado numa fazenda é o preco para a venda de um activo biolêgico ou produto agricola
do gado no mercado relevante menos o custo de trans- pode ser um contrato oneroso, como definido na NCRF 21 —
porte e outros para levar o gado para o mercado. Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.

18 — Se existir um mercado activo para um activo bio-


Reconhecimento e mensuracdo (parêgrafos 11 a 34) Iégico ou produto agricola, o prego cotado nesse mer-
cado é a base apropriada para determinar o justo valor
11 - Uma entidade deve reconhecer um activo biolê-
desse activo. Se uma entidade tiver acesso a diferentes
gico ou produto agricola gauando, e somente auando:
mercados activos, a entidade usarê a mais relevante.
a) A entidade controle o activo como conseaguência de Por exemplo, se uma entidade tiver acesso a dois mer-
acontecimentos passados; Cados activos, usard o preco existente no mercado em
b) Seja provêvel gue beneficios econdmIcos associa- ague espera gue seja o usado. As cotagêes oficiais de
dos ao activo fluir&o para a entidade; &e mercado disponibilizadas pelo Sistema de InformaGëo
c) O justo valor ou custo do activo possa ser fiavel- de Mercados Agricolas, sêo exemplo deste conceito.
mente mensurado. 19 — Se nêo existir um mercado activo, uma entidade
12 — Na actividade agricola, o controlo pode ser evi- usarêa um ou mais dos indicadores gue se seguem,.
denciado, por exemplo, pela posse legal do gado e pela guando disponiveis, na determinagëo do justo valor:
marcac&o a auente ou de outro moado, aauando da aaui- a) O preco mais recente de transaccëo no mercado,
sigëo, nascimento ou desmama. Os beneficios ecoNOMI- desde aue nêo tenha havido uma alteracao signifi-
cos futuros sao normalmente estimados pela mensura- cativa nas circunstências econémicas entre a data
C&0 dos atributos fisicos significativos. dessa transacoëo e a do balanco;

223
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 17

b) Os precos de mercado de activos semelhantes pés de Arvores de fruto brotados de sementes, plan-
com ajustamento para reflectir diferencas; e tados imediatamente antes da data do balanco); ou

Cc) Referências do sector tais como o valor de um b) Nêo se espera ague o impacto da transformacêo
pomar expresso por contentores de exportagao, biolégica sobre os precos seja material (por exem-
hectare ou outra unidade de medida do sector eo plo, no erescimento inicial, num ciclo de producëo
valor do gado expresso em auilo de carne. de 30 anos, de uma plantacëo de pinheiros).

20 — Em certos casos, as fontes de informacao listadas 26 — Os activos biolégicos estao muitas vezes fisica-
no parêgrafo 19 podem sugerir diferentes conclusêes mente implantados nos terrenos (por exemplo, arvores
guanto ao justo valor de um activo biolégico ou produto numa floresta plantada). Pode nêo haver mercado sepa-
agricola. Uma entidade considerarê as raz6es dessas rado para activos biolégicos gus estejam implantados
diferencas, a fim de chegar & estimativa mais fiëvel de no terreno mas pode existir um mercado activo para os
justo valor dentro de uma sêrie relativamente estreita de activos combinados, isto ê, para os aclivos biolégicos,
estimativas razodveis. terrenos em bruto e melhoramentos de terrenos, como
um conjunto. Uma entidade pode usar informacao rela-
21 — Em certas circunstências, os precos ou valores
tiva a activos combinados para determinar o justo valor
determinados pelo mercado podem no estar disponi-
de activos biclêgicas. Por exemplo, o justo valor de ter-
veis para um activo biolégico na sua condicao actual.
renos em bruto e melhoramento de terrenos pode ser
Nestas circunstêancias, na determinacao do justo valor,
deduzido do justo valor dos activos combinados para
uma entidade usara o valor presente dos fluxos de caixa
chegar ao justo valor de activos biol6gicos.
liauidos de um activo, descontados a uma taxa pré-
-imposto determinada no mercado corrente.
Ganhos e perdas (pardgrafos 27 a 30)
22 — O objectivo de um calculo do valor presente de
27 - Um ganho ou uma perda proveniente do reconhe-
fluxos de caixa liguidos esperados é o de determinar o
cimento inicial de um activo biol6gico pelo justo valor
justo valor de um activo biolégico no seu local e condi-
menos os custos estimados no ponto de venda ea de
C&0 actuais. Uma entidade considerard isto na determi-
uma alteracêo de justo valor menos os custos estimados
nacao de uma taxa de desconto apropriada a ser usada
no ponto de venda de um activo biolégica devem ser
e ao estimar os fluxos de caixa liguidos esperados. A
incluidos no resultado liguido do exercicio do periodo
ConNdicêo actual de um activo biolégico exclui guaisauer
em due surja.
aumentos de valor derivados de transformacao biologica
adicional e de actividades futuras da entidade, tais 28 — Pode surgir uma perda no reconhecimento inicial
Como os relacionados com o aumento por transformacao de um activo biolêgica, poraue os custos estimados no
biolêgica, colheita e venda futura. ponto de venda s&o deduzidos ao determinar o justo
valor menos os custos estimados no ponto de venda de
24 - Uma entidade nêo inclui auaisauer fluxos de
Caixa para financiar os activos, impostos, ou repor acti- um activo biolégico. Pode surgir um ganho no reconhe-
cimento inicial de um activo biclégico, tal como aguando
vos biolégicos ap6s colheita (por exemplo, o custo de
replantar arvores numa plantacëo apés o corte). nasce um bezerro.
29 - Um ganho ou perda gue surja no reconhecimento
24 — Ao acordar no preco de uma transaccao entre
partes nao relacionadas entre si, compradores e ven- inicial do produto agricola pelo justo valor menos custos
estimados no ponto de venda deve ser incluido no resul-
dedores conhecedores e dispostos a isso considerarêo
a possibilidade de variac6es nos fluxos de caixa. tado liguido do periodo em due surja.
Assim, esse justo valor reflecte a possibilidade de tais 30 - Pode surgir Um ganho ou uma perda no reconhe-
variac6es. Concordantemente, uma entidade incorpora cimento inicial do produto agricola como conseauência
expectativas acerca de possiveis variacêes nos fluxos de colheitas.
de caixa aguer nos fluxos de caixa esperados, duer na
taxa de desconto, guer nalguma combinaGëo das Incapacidade de mensurar fiavelmente 0 justo valor
duas. Ao determinar uma taxa de desconto, uma enti- (par&grafos 41 a 34)
dade usa pressupostos consistentes com os usados na
estimativa de flyuxos de caixa esperados, para evitar o 31 - Hê um pressuposto de dgue o justo valor pode ser
efeito da dupla contagem de pressupostos ou da sua
mensurado com fiabilidade para um activo biolêgico.
OMISSAO. Contudo, esse pressuposto pode ser refutado apenas no
reconhecimento inicial de um activo biolêgico, relativa-
29 — O custo pode aproximar-se algumas vezes do mente ao dual os precos ou valores determinados pelo
justo valor, particularmente guando: mercado nêo estejam disponiveis e relativamente ao
a) Tenha tido lugar pouca transformac&o biolêgica aual as estimativas alternativas do justo valor estejam
desde a incorrência do custo inicial (por exemplo, determinadas como sendo claramente pouco fiëveis.

224
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira— NCRF 17

Nesse caso, esse activo biolégico deve ser mensurado passado. Porém, se o subsidio do Governo permitir aue
pelo custo menos gualguer depreciac&o acumulada e parte do mesmo seja retida com base na passagem do
agualaguer perda por imparidade acumulada. Ouando o tempo, a entidade reconhecerê o subsidio do Governo
justo valor desse activo biolégico se tornar fiavelmente como rendimento numa base proporcional ao tempo.
mensuravel, uma entidade deve mensurd-lo pelo seu
38 — Se um subsidio do Governo se relacionar Com um
justo valor menos os custos estimados do ponto de
activo biolégico mensurado pelo seu custo menos gual-
venda. Ouando um activo biolégico nêo corrente satisfi-
guer depreciacao acumulada e guaisduer perdas por
zer os oritërios de classificacêo como detido para venda
imparidade acumuladas (ver pardgrafo 31), serê apli-
(ou for incluido num grupo para alienac&o aue esteja
cada a NCRF 22 — Contabilizacëo dos Subsidios do
Classificado como detido para venda) de acordo com a
Governo e Divulgagêo de Apoios do Governo.
NCRF 8 — Activos Nao Correntes Detidos para Venda e
Unidades Operacionais Descontinuadas, presume-se 39 — Esta Norma exige um tratamento diferente do da
aue o justo valor pode ser mensurado com fiabilidade. NCRF 22 se um subsidio do Governo se relacionar com
um activo biolêgico mensurado pelo seu justo valor
32 - A presungêo do par&grafo 31 somente pode ser
menos custos estimados no ponto de venda ou um sub-
refutada no reconhecimento inicial. Uma entidade aue
sidio do Governo exigir gue uma entidade nêo se ocupe
tenha previamente mensurado um activo bielêgico pelo
numa actividade agricola especificada. A NCRF 22 &
seu justo valor menos custos estimados no ponto de
somente aplicada a um subsidio do Governo relacio-
venda continuarê a mensurar o activo bicl6gico pelo seu
nado com um activo biolégico mensurado pelo seu
justo valor menos custos estimados no ponto de venda
Custo menos dgualauer depreciacê&o acumulada e auais-
alté aA sua alienacao.
duer perdas por imparidade acumuladas.
43 - Em todos os casos, uma entidade mensura o pro-
duto agricola no panto de colheita pelo seu justo valor
Divulgacées (paragrafos 40 a 50)
menos custos estimados no ponto de venda. Esta Norma
reflecte o ponto de vista de aue o justo valor do produto Gonsideracées preliminares (pardgrafos 40 a 43)
agricola no ponto de colheita pode ser sempre fiavel-
mente mensurado.
40 - Os activos biol6gicos consumiveis sê0 os aue
estejam para ser colhidos como produto agricola ou ven-
34 — Ao determinar o custo, depreciac&o acumulada e didos como activos biolégicos. Exemplos de activos bio-
perdas por imparidade acumuladas, uma entidade toma I6gicos consumiveis sao o gado destinado & produc&o
em consideracêo a NCRF 18 - Inventêrios, a NCRF 7 - Acti- de carne, gado detido para venda, peixe em aaguacul-
vos Fixos Tangiveis e a NCRF 12 - Imparidade de Activos. tura, colheitas tal como milho e trigo e Arvores aue este-
jam em desenvolvimento para obtencêo de madeiras.
Subsidios do Governo (parégrafos 35 a 39) Os activos biolêgicos de producë&o sêo os gue nao
sejam activos biolêgicos consumiveis; por exemplo,
35 — Um subsidio do Governo nêo condicional gue se gado do aual pode ser obtido leite, vinhas, arvores de
relacione com um activo biol6gico mensurado pelo seu fruto e &rvores a partir das auais se obtenha lenha per
justo valor menos custos estimados no ponto de venda desbaste enguanto essas &rvores permanecem vivas.
deve ser reconhecido como rendimento guando, e Os activos biolê6gicos de producao nao sêo produto agri-
Somente guando, o subsidio do Governo se tore recebivel. Cola mas, antes, de regeneracëo prépria.
d6 — Se um subsfdio do Governo relacionado com um 41 - Os activos biolêgicos podem ser classificados
activo biolêgico mensurado pele seu justo valor menos @uer como activos biolêgicos maduros (ou adultos) ou
Custos estimadas no ponto de venda for condicional, activos biolêgicos imaturos (ou juvenis). Os activos bio-
incluindo guando um subsidio do Governo exige aue 6gicos maduros (ou adultos) $sao os gue tenham atin-
uma entidade nao se ocupe em actividade agricola dido as especificac6es de colhiveis (relativamente aos
especifica, uma entidade deve reconhecer o subsidio do activos biol6gicos consumiveis) ou sejam susceptiveis
Governo como rendimento guando, e somente guando, de sustentar colheitas regulares (relativamente aos acti-
sejam satisfeitas as condic6es ligadas ao subsidie do vos biolégicos de producao).
Governo.
42 — O justo valor menos os custos estimados no ponto
37 - Os termos e condic6es de subsidios governamen- de venda de um activo biolégico pode alterar-se auer
tais variam. Por exemplo, um subsidio do Governo pode devido a alteracêes fisicas auer devido a alteracêes de
@xigir gue uma entidade cultive num dado local durante precos no mercado. É uil a divulgacao separada de alle-
Cinco anos e exigir gue a entidade devolva todo o subsf- rac6es fisicas e de precos, na avaliacëo do desempenha
dio se ela cultivar durante menos do due c€inco anos. do periodo corrente, e das perspectivas futuras, particu-
Neste caso, o subsfdio do Governo nêo serê reconhe- larmente guando haja um ciclo de produc&o maior do
Cido como rendimento até gue os cinco anos tenham due um ano. Em tais casos, uma entidade é encorajada a

SNOE-TS
SNC EXPLICADOO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro - NCAF 17/18

divulgar, por grupo ou de agualauer outra maneira, a b) Uma explicagêo da razao por due nêo podem ser
guantia de alterac6es no justo valor menos custos esti- fiavelmente mensurados;
mados no ponto de venda incluida nos resultados ligul- c) Se possivel, o intervalo de estimativas dentro das
dos devida a alteracoes fisicas e a alterac6es de preGos. aguais seja alamente provavel gue cala o justo valor:
Esta alterac&o é geralmente menos util guando o ciclo d) O método de depreciacao usado;
produtivo seja menor do due um ano (por exemplo,
e) As vidas tteis ou as taxas de depreciacao usadas; e
guando se criem frangos ou se cultivem Cereais).
f) A guantia escriturada bruta e a depreciagao acu-
43 — A transformacao biol6gica origina uma auantidade mulada (agregada com as perdas por imparidade
de tipos de alterac6es fisicas — erescimento, degeneracao, acumuladas) no inicio e no final do periodo.
producëo e procriac&o —- cada uma das auais ê observavel
e mensurêvel. Cada um desses tipos de alteracêes fisicas
49 — Se o justo valor dos activos biolégicos previa-
mente mensurados pelo seu custo menos dualguer
tem um relacionamento directo com beneficios econ6mt-
depreciac&o acumulada e auaisauer perdas por impari-
Gos futuros. Uma allerac&o de justo valor de um activo bio-
dade acumuladas se tornar fiavelmente mensurêvel
I6gico devido a colheita é também uma alteragao fisica.
durante o perioda corrente, uma entidade deve divulgar
Divulgacoes gerais (parêgrafos 44 a 47) em relacëo a esses activos biolêgicos:
a) Uma descric&o dos activos biol6gicos;
44 — Uma entidade deve divulgar:
a) Uma descric&o de cada grupo de activos biol6gicos; b) Uma explanagao da razao pela gual o justo valor se
tornou fiavelmente mensuravel; &e
s
b) As medidas ou estimativas nêo financeiras usadas c) O efeito da alteracao.
na guantificacao fisica de cada um dos grupos de
activos biol6gices no fim do periodo. Subsidios do Governo (pardgrafo 50)
45 — Uma entidade deve descrever os mêtodos ea os 50 — Uma ertidade deve divulgar o gue se segue, rela-
pressupostos significativos aplicados na determinacao cionado com a actividade agricola abrangida por esta
do justo valor de cada um dos grupos do produto agri- Norma:
cola no ponto de colheita e de cada um dos grupos de a) A natureza e a extensêo dos subsidios do Governo
activos biolégicos. reconhecidos nas demonsiracëes iinanceiras;

AG — Uma entidade deve divulgar o justo valor menos b) Condicées nao cumpridas e outras contingëncias
OS Custos estimados no ponto de venda do produto agri- ligadas aos subsidios do Governo: €
cola colhido durante o periodo, determinado no momento c) Diminuicêes significativas gue se esperam no nivel
de colheita. de subsidios do Governo.

A71 — Uma entidade deve divulgar:


a) A existência e auantias escrituradas de activos bio- Data de eficêria (paragrato 51)
légicos cuja posse seja restrita e as guantias escri-
51 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
turadas de activos biolêgicos penhorados como primeiro periodo due se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro
garantia de passivos;e de 2010.
b) A guantia de compromissos relativos ao desenvolvi-
mento ou & aaguisicao de activos biolêgicos; e
Cc) As estratégias de gestao de riscos financeiros rela-
cionados com a actividade agricola.
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
FINANCEIRO 18
Divulgac6es adicionais de activos biolégicos em aue o
justo valor nao possa ser mensurado fiavelmente INVENTARIOS
(parêgrafos 48 e* 49) Fsta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
48 — Se uma entidade mensura os activos biol6gicos por base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 2 -
pelo seu custo menos gualguer depreciacao acumulada Inventarios, adoptada pelo texto original do Regulamento
e guaisauer perdas por imparidade acumuladas (ver (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
par&grafo 31) no fim do periodo, a entidade deve divul- Sempre aue na presente norma existam remiss6es para
gar em relacao a tais activos biol6gicos: as normas internacionais de contabilidade, entende-se
a) Uma descriëo dos activos biol6gicos; gue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Europeië,

`A palavra sublinhada foi corrigida pelo editor por incaarência do original.


SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 17/18

divulgar, por grupo ou de gualaguer outra maneira, a b) Uma explicacao da razao por gue nê&o podem ser
fiavelmente mensurados;
guantia de alteracëes no justo valor menos custos esti-
mados no ponto de venda incluida nos resultados ligui- Cc) Se possivel, o intervalo de estimativas dentro das
dos devida a alteracêes fisicas e a alteragoes de precos. ouais seja alamente provavel aue caia o justo valor:
Fsta alteracao é geralmente menos uil aguando o ciclo d) O método de depreciacêo usado;
produtivo seja menor do aue um ano (por exemplo, e) As vidas uteis ou as taxas de depreciacao usadas; e
guando se criem frangos ou se cultvem cereais).
f) A auantia escriturada bruta e a deprecia€ao acu-
43 — A tansformacëo biolégica origina uma auantidade mulada (agregada com as perdas por imparidade
de tipos de alteragoes fisicas - crescimento, degeneracëo, acumuladas) no inicio e no final do periodo.
producao e procriacêo —- cada uma das cuais é observavel
49 — Se o justo valor dos activos biolêgicos previa-
& mensurdvel. Cada um desses tipos de alteracêes fisicas
mente mensurados pelo seu custo menos gualaguer
tem um relacionamento directo com beneficios econdmI-
depreciac&o acumulada e auaisauer perdas por impari-
cos futuros. Uma alterac&o de justo valor de um activo bio-
dade acumuladas se tornar fiavelmente mensuravel
l6gico devido a colheita é também uma alteracëo fisica.
durante o periodo corrente, uma entidade deve divulgar
Divulgacêes gerais (parégrafos 44 a 47) em relacëio a esses activos biologicos:
a) Uma descric&o dos activos biol6gicos;
AA — Uma entidade deve divulgar:
a) Uma descricêo de cada grupo de activos biol6gicos; b) Uma explanacao da raz&o pela gual o justo valor se
tornou fiavelmente mensurêvel, &
e
b) As medidas ou estimativas nan financeiras usadas C) O efeito da alteracao.
na auantificacao fisica de cada um dos grupos de
activos biolégicos no fim do periodo. Subsidios do Governo (parêgrafo 50)
45 — Uma entidade deve descrever os mêtodos e os 50 — Uma entidade deve divulgar o gue se segue, rela-
pressupostos significativos aplicados na determinacao cionado com a actividade agricola abrangida por esta
do justo valor de cada um dos grupos do produto agri- Norma:
cola no ponto de colheita e de cada um dos grupos de a) A natureza e a extensêo dos subsidios do Governo
activos biolégicos. reconhecidos nas demonstracëes financeiras;

46 — Uma entidade deve divulgar o justo valor menes b) Condicêes nao cumpridas e outras contingências
OS custos estimados no ponto de venda do produto agri- ligadas aos subsidios do Governo;e
Cola colhido durante o periodo, determinado no momento ce) Diminuicëes significativas aue se esperam no nivel
de colheila. de subsidios do Governo.

A7 - Uma entidade deve divulgar:


a) A existéncia e guantias escrituradas de activos bio- Data de eficaria (parêgrafa 51)
I6gicos cuja posse seja restrita e as dguantias es€ri- 51 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
turadas de activos biolégicos penhorados como primeiro perlodo aue se inicie em ou apês 1 de Janeiro
garantia de passivos; de 2010.
b) A guantia de compromissos relativos ao desenvolvi-
mento ou & aauisicéo de activos biol6gicos;e
c) As estratégias de gestêo de riscos financeiros rela-
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
cionados com a actividade agricola.
FINANGEIRO 18
Divulgacêes adicionais de activos biol6gicos em due 0
justo valor nao possa ser mensurado fiavelmente INVENTARIOS
(pargrafos 48 e” 49) Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
48 — Se uma entidade mensura os activos biolêgicos por base a Norma Internacional de Contabilidade AS 2—
pelo seu custo menos gualauer depreciacêo acumulada Inventêrios, adoptada pelo texto original do Regulamento
e Guaisauer perdas por imparidade acumuladas (ver (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
parégrafo 31) no fim do periodo, a entidade deve divul Sempre due na presente norma existam remissêes para
gar em relacao a tais activos biolégicos: as normas internacionais de contabilidade, entende-se
a) Uma descricëo dos activos biol6gicos; Oue estas se referem As adoptadas pela Uniëo Europeia,

“A palavra sublinhada foi corrigida pelo editor por incoerência do original.

226
SNEC EXPLICADO 7 Normas Contabllisticas e de Relata Financeira - NCRF 18

mos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do Par- activo e haja um risco negligenciëvel de fracasso de
lamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em venda. Estes inventêrios apenas s&o excluidos dos
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) reauisitos de mensuracao desta Norma.
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
9 — Os corretores/negociantes s&0 agueles gue compram
ou vendem mercadorias para outros ou por sua prépria
Objectivo (paragrafo 1) Conta. Os inventarios referidos no par&grafo 3 b) sê0 essen-
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato cialmente adauiridos com a finalidade de vender no futuro
proximo e de gerar lucro com base nas variac6es dos pre-
Financeiro é o de prescrever o tratamento para os inven-
tarios. Um aspecto primordial na contabilizacêo dos
COS ou na margem dos corretores/negociantes. Ouando
estes inventêrios forem mensurados pelo justo valor menos
inventêrios é a guantia do custo a ser reconhecida como
OS custos de vender, eles sao excluidos apenas dos regui-
um activo ea ser escriturada até due os réditos relacio-
sitos de mensuracêo desta Norma.
nados sejam reconhecidos. Esta Norma proporciona
orientacêo pratica na determinaeao do custo e no seu
Subseguente reconhecimenta como gasto, incluindo Definicies (paragrafos 6 a 8)
agualguer ajustamento para o valor realizêvel liguido.
6 - Os termos gue se seguem s&o usados nesta
Também proporciona orientacaa nas férmulas de custeio
Norma com os significados especificados:
due sejam usadas para atribuir custos aos inventêrios.
Inventarios (existências): sêo activos:
a) Detidos para venda no decurso ordinario da activi-
Ambito (paragrafos 2 a 5) dade empresarial;
2 —- Esta Norma aplica-se a todos os inventêrios gue D) No processo de producëo para tal venda: ou
nao sejam:
c) Na forma de materiais ou consumlveis a serem apli-
a) Producao em curso proveniente de contratos de Cados no processo de producao ou na prestacao
CoNstrucëo, incluindo contratos de servicos directa- de servicos.
mente relacionados (ver a NCRF 19 —- Contratos de
Gonstrucëo); Justo valor: é a guantia pela gual um activo pode ser
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
D) Instrumentos financeirosie
doras e dispostas a isso, numa transacc&o em ague nao
Cc) Activos biclêgicos relacionados com a actividade exista relacionamento entre elas.
agricola e produto agricola na altura da colneita
Valor realizével liguido: é o preco de venda estimado
(ver a NCRF 17 —- Agricultura).
no decurso ordindrio da actividade empresarial menos
3 - Esta Norma nêo se aplica & mensuracao dos inven- OS custos estimados de acabamento e os custos estima-
têrios detidos por: dos necessêrios para efectuar a venda.
a) Produtores de produtos agricolas e florestais, do 7 -O valor realizêvel liguido refere-se & guantia liguida
produto agricola ap6s a colheita, até ao ponto em gue uma entidade espera realizar com a venda do inven-
Oue sejam mensurados pelo valor realizêvel liguido têrio no decurso ordindrio da actividade empresarial. O
de acordo com praticas j&A bem estabelecidas justo valor reflecte a guantia pela gual o mesmo inventêrio
nesse sector. Ouando tais inventêrios sejam mensu- poderia ser trocado entre compradores e vendedores
rados pelo valor realizAvel liguido, as alteracëes conhecedores e dispostos a isso. O primeiro é um valor
nesse valor sêo reconhecidas nos resultados do especifico de uma entidade, ao passo gue o segundo jê
periodo em aue se tenha verificado a alteracao: nao &. O valor realizêvel liguido dos inventêrios pade néo
b) Corretores/negociantes de mercadorias gue men- ser eouivalente ao justo valor menos os custos de vender.
surem os seus inventarios pelo justo valor menos os
8 — Os inventêrios englobam bens comprados e deli-
Custos de vender. Ouando tais inventêrios sejam
dos para revenda incluindo, por exemplo, mercadorias
mensuradas pelo justo valor menos os custos de
Ccompradas por um retalhista e detidas para revenda ou
vender, as alterac6es no justo valor menos os cus-
terrenos e outras propriedades detidas para revenda. Os
tos de vender sêo reconhecidas nos resultados do
inventêrios também englobam bens acabados produzi-
periodo em gue se tenha verificado a alterac&o.
dos, ou trabalhos em curso aue estejam a ser produzidos
4 — Os inventêrios referidos no par&grafo 3 a) séo men- pela entidade e incluem materiais e& consumliveis aguar-
surados pelo valor realizêvel liauido em determinadas dando o seu uso no processo de producëo. No caso de
fases de producao. Isto ocorre, por exemplo, aguando as um prestador de servicos, os inventêrios incluem os cus-
Culturas agricolas tenham sido colhidas e a venda esteja tos do servico, tal como descrito no parêgrafo 19, relati-
assegurada sob um contrato de futuros ou de uma vamente ao agual a entidade ainda nêo tenha reconhecido
garantia govermamental ou guando exista um mercado Oo referido rédito (ver a NCRF 20 — Rédito).

221
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeiro —- NCAF 1a

14 —- Um processo de producao pode resultar na produ-


Mensuracsio de inventdrios (paragrafos 9a 33) €a0 simultênea de mais de um produto. Este é o caso, por
9 — Os inventêrios devem ser mensurados pelo custo exemplo, auando sejam produzidos produtos conjunta-
ou valor realizével lauido, dos dois o mais baixo. mente ou auando haja um prcduto principal e um subpro-
duto. Ouando os custaos de conversêo de cada produto
Custo dos inventdrios (paragrafos 10 a 22) nao sejam separadamente identificêveis, eles sêo Imputa-
10 — O custo dos inventêrios deve incluir todos os cus- dos entre os produtos por um critério racional & consis-
tos de compra, custos de conversao e outros CUustOS tente. A imputaGêo pode ser baseada, por exemplo, no
incorridos para colocar os inventêrios no seu local e na valor relativo das vendas de cada produlo, seja na fase
sua condicëo actuais. do processo de produc&o guando os produtos se tormam
separadamente identificêveis, seja no acabamento da
Custos de compra (pardgrafo 11) producêo. A maior parte dos subprodutos, pela sua natu-
reza, $a0 imateriais. Ouando seja este o caso, eles sê0
11 — Os custos de compra de invent&rios incluem o preco
muitas vezes mensurados pelo valor realizêvel liguido e
de compra, direitos de importacao e outros impostos (gue
este valor é deduzido do custo do produto principal.
n&o sejam os subseguentemente recuperéveis das entida-
Como conseauência, a guantia escriturada do produto
des fiscais pela entidade) e custos de transporte, manusea-
principal nao é materialmente diferente do seu custo.
mento e outros custos directamente atribuiveis & aauisicêo
de bens acabados, de materiais e de servicos. Descontos
Outros custos (parêgrafos 15 a 18)
comerciais, abatimentos & outros itens semelnantes dedu-
zem-se na determinac#o dos custos de compra. 15 — Outros custos somente sêo incluidos nos custos dos
inventérios até ao ponto em due sejam incorridos para os
Custos de convers4o (pardgrafos 12 a 14) colocar no seu local e na sua condicao actuais. Por exem-
plo, pode ser apropriado incluir no custo dos inventêrios
12 — Os custos de conversê&o de inventêrios incluem os
custos directamente relacionados com as unidades de pro- gastos gerais due nêo sejam industriais ou os custos de
Concepeëo de produtos para clientes especificos.
ducao, tais como mêo-de-obra directa. Também incluem
uma imputacëo sistematica de gastos gerais de producëo 16 — Exemplos de custos excluidos do custo dos
fixos e variëveis gue sejam incorridos ao converter matêrias inventêrios e reconhecidos como gastos do periodo em
em bens acabados. Os gastos gerais de producao fixos ague sejam incorridos sêo:
$aD os custos indirectos de produc#o due permanecam a) Ouantias anormais de materiais desperdicados, de
relativamente constantes independentemente do volume de mao-de-obra ou de outros custos de producao;
producëo, tais como a depreciacêo e manuteng&o de edif-
b) Custos de armazenamento, a menos due esses
Cios e de eauipamento de fAbricas e os custos de gestêo e
Custos sejam necessêrios ao processo de produ-
administracao da fAbrica. Os gastos gerais de producao
Ca0 antes de uma nova fase de producëêo;
variëveis $&0 os custos indirectos de produGêo aue variam
directamente, ou guase directamente, com o volume de Cc) Gastos gerais administrativos due nêo contribuam
producëo tais como materlais indirectos. para colocar os inventêrios no seu local e na sua
CoNdICAO actuaisie
13 — A imputac&o de gastos gerais de produgao fiXos aos
d) Custos de vender.
Custos de conversêo é baseada na capacidade normal das
instalacées de produc&o. A capacidade normal é a produ- 17 - Em circunstências limitadas, os custos de emprésti-
G&O aue se espera gue seja atingida em média durante mos obtidos $ao incluidos no custo dos inventêrios. Estas
uma guantidade de periodos ou de temporadas em cir- Circunstancias estao identificadas na NCRF 10 —- Custos de
Cunstências normais, tomando em conta a perda de capa- Empréstimos ODtidos.
Cidade resultante da manutencao planeada. O nivel real de
18 — Uma entidade pode comprar inventêrios com con-
producao pode ser usado se se aproximar da capacidade
dicêes de liguidacao diferida. Ouando o acordo conte-
normal. A guantia de gastos gerais de producëo fixos imMpu-
nha efectivamente um elemento de financiamento, esse
tada a cada unidade de producao nêo ê aumentada como
elemento, por exemplo uma diferenca entre o prego de
CcoNseguência de baixa produzao ou de instalag6es ocio-
compra para condicëes de crédito normais e a guantia
sas. Os gastos gerais no imputados s&o reconhecidos
ComMO UM gasto no perlodo em due sejam incorridos. Em paga, é reconhecido como gasto de juros durante o
periodo do financiamento.
periodos de producao anormalmente alta, a aguantia de
gastos gerais de producëo fixos imputados a cada unidade
Custos de inventérios de um prestador de servicos (parêgrafo 19)
de produgao ê diminuida a fim de due os inventêrios nao
sejam mensurados acima do custo. Os gastos gerais de 19 — Desde aue os prestadores de servicos tenham
producëo variëveis sêo imputados a cada unidade de pro- inventêrios, estes sio mensurados pelos custos da res-
duGao na base do uso real das instalac6es de producao. pectiva producëo. Esses custos consistem sobretudo nos

228
SNC EXPLICADO 7 Normas Cantahbilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 18

custos de mêo-de-obra e outros custos com o pessoal inventêrio. Este ê o tratamento apropriado para os itens gue
directamente envolvido na prestacëo do servico, incluindo sejam segregados para um projecto especlfico, indepen-
pessoal de supervisêo, e os gastos gerais atribulveis. A dentemente de eles terem sido comprados ou produzidos.
mao-de-obra e outros custos relacionados com as vendas Porém, auando haja grandes auantidades de itens de
e com o pessoal geral administrativo nao sêo incluidos, iNnventario gue sejam geralmente intermutdveis, a identifica-
mas sêp reconhecidos como gastos do periado em ague CAo especlfica de custos nêo é apropriada. Em tais €ir-
sejam incorridos. O custo dos inventêrios de um prestador Cunstências, o metodo de seleccao dos itens gue perma-
de servicos nao inclui as margens de lucro nem os gastos necem nos inventarios poderia ser usado para obter efeitos
gerais nao atribuiveis gue muitas vezes sêo incluidos nos predeterminados nos resultados.
precos cobrados pelos prestadores de servicos.
25 — O custo dos inventêrios, due nêéo sejam os tratados
no paragrafo 24, deve ser atribuido pelo uso da férmula
Custo do produto agricola colhido proveniente de activos bio-
“primeira entrada, primeira saida"” (FIFO) ou da férmula do
|6gicos (par&grafo 20)
Custeio médio ponderado. Uma entidade deve usar a
20 - Segundo a NCRF 17 — Agricultura, os inventêrios mesma férmula de custeio para todos os inventêrios gue
ague compreendam o produto agricola gue uma entidade tenham uma natureza e um uso semelhantes para a enti-
tenha colhido proveniente dos seus activos biolégicos dade. Para os inventarios gue tenham outra natureza ou
sao mensurados, no reconhecimento inicial, pelo seu uso, poderao justificar-se diferentes férmulas de custeio.
justo valor menos os custos estimados no ponto de
venda na altura da colheita. Este é o custo dos inventê-
26 — Por exemplo, os inventêrios usados num seg-
mento de negêcio podem ter um uso para a entidade
rios & data para aplicac&o desta Norma. Considera-se
diferente do mesmo tipo de inventarios usados num
uma aproximacëo razoavel do justo valor as cotacêes
Outro segmento de negécio, Porém, uma diferenca na
oficiais de mercado, designadamente as disponibiliza-
localizacao geografica dos inventarios (ou nas respecti-
das pelo Sistema de Informacëo de Mercados Agricolas.
vas normas fiscais), por si sê, nêo é suficiente para justi-
Técnicas para a mensuracdo do custo (pardgrafos 21 e 22) ficar o uso de diferentes frmulas de custeio.

21 — As técnicas para a mensuracëo do custo de 21 — A formula FIFO pressupêe gue os itens de inven-
inventarios, tais como o méêtodo do custo-padrêo ou o têrio aue foram comprados ou produzidos primeiro
mêtodo de retalho, podem ser usadas por conveniëncia sejam vendidos em primeiro lugar e conseaguentemente
se OS resultados se aproximarem do custo. Os custos- os itens gue permanecerem em inventêrio no fim do
-padréo tomam em considerac&o os niveis normais dos periodo sejam as itens mais recentemente comprados
materiais e consumiveis, da mêo-de-obra, da eficiëncia ou produzidos. Pela f6rmula do custo médio ponderado,
e da utilizZacëo da capacidade produtiva. Estes devem O ousto de cada item ë determinado a partir da méêdia
ser regularmente revistos &, se necessaêrio, devem sê-lo ponderada do custo de itens semelhantes no comeco de
ê luz das condic6es correntes. um periodo e do custo de itens semelhantes comprados
Ou produzidos durante o periodo. A média pode ser
22 - O método de retalho é muitas vezes usado no determinada numa base periëdica ou & medida due
sector de relalho para mensurar inventêrios de grande Cada entrega adicional seja recebida, o gue depende
auantidade de itens gue mudam rapidamente, aue têm das circunstências da entidade.
margens semelhantes e para os aguais nêo é praticêvel
usar outros métodos de custeio. O custo do inventêrio é Valor realizavel liguido (parêgrafos 28 a 33)
determinado pela reducao do valor de venda do inventa-
28 — O custo dos inventêrios pode nêo ser recuperdvel
rio na percentagem apropriada da margem bruta, A per-
se esses inventêrios estiverem danificados, se se torna-
centagem usada toma em consideracêo o inventêrio gue
rem total ou parcialmente obsaletos ou se os seus pre-
tenha sido marcado abaixo do seu preco de venda origi-
cos de venda tiverem diminuido. O custo dos inventdrios
nal. É usada muitas vezes uma percentagem media para
pode também nao ser recuperavel se os custos estima-
cada departamento de retalho.
dos de acabamento ou os custos estimados a serem
incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A
Formulas de custeio (pardgrafos 23 a 27)
prêtica de reduzir o custo dos inventérios (write down)
23 — O custo dos inventêrios de itens gue nêo sejam para o valor realizêvel liguido é consistente com o ponto
geralmente intermutdveis e de bens ou servicos produzi- de vista de ague os activos nêo devem ser escriturados
dos e segregados para projectos especificos deve ser por auantias superiores aguelas aue previsivelmente
atribuido pelo uso da identificacêo especifica dos seus resultariam da sua venda ou uso.
Custos individuais.
29 — Os inventêrios sêo geralmente reduzidos para o
24 - A identificacao especifica do custo significa gue sao seu valor realizéêvel liguido item a item. Nalgumas circuns-
atribuidos custos especificos a elementos identificados de tências, porém, pode ser apropriado agrupar unidades

229
SNC EXPLICADO
7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financelroa — NCRF 18

semelhantes ou relacionadas. Pode ser o caso dos itens a guantia do ajustamento é revertida (i.e. a reversêo é limi-
tada & guantia do ajustamento original) de modo due a
de inventério relacionados com a mesma linha de produtos
nova guantia escriturada seja o valor mais baixo do custoe
gue tenham finalidades ou usoS finais semelhantes, aue
sejam produzidos e comercializados na mesma &rea geo- do valor realizavel liguido revisto. Isto ocore, por exemplo,
grêfica e nao possam ser avaliados separadamente de guando um item de inventrios gue é escriturado pelo
outros itens dessa linha de produtos. Nêo é apropriado valor realizével liauido, pordue o seu preGo de venda des-
reduzir inventêrios com base numa classificacêo de inven- ceu, estê ainda detido num periodo posterior e o seu
têrios como, por exemplo, bens acabados, ou em todos os preco de venda aumentou.
inventêrios de um determinado sector ou segmento geo-
grafico. Normalmente, os prestadores de servicos acumu- Reconhecimento como gasto (pardgrafos 34 e 35)
lam Custos com respeito a cada servico para o gual sera
34 — Ouando os inventêrios forem vendidos, a guantia
cobrado um preco de venda individual. Por isso, cada um
escriturada desses inventêrios deve ser reconhecida
destes servicos é tratado como um item separado.
como um gasto do pericdo em aue o respeclivo rédito
30 —- As estimativas do valor realizAvel liauido sêo seja reconhecido. A auantia de gualguer ajustamento
baseadas nas provas mais fidveis disponiveis no dos inventérios para o valor realizêvel liguido e todas as
momento em gue sejam feitas as estimativas duanto & perdas de inventêrios devem ser reconhecidas como um
guantia gue se espera due os inventêrios venham a rea- gasto do periodo em aue o ajustamento ou perda
lizar. Estas estimativas tomam em consideracao as varia- ocorra. A auantia de agualdguer reversêo do ajustamento
GOes nos precos ou custos directamente relacionados de inventêrios, proveniente de um aumento no valor rea-
com acontecimentos gue ocorram apds o fim do lizével lauido, deve ser reconhecida como uma reducêo
periodo, na medida em aue tais acontecimentos confir-
ma auantia de inventêrios reconhecida como um gasto
mem condic6es existentes no fim do periodo. no periodo em due a reversao ocorra.
31 — As estimativas do valor realizêvel liguido também 35 — Alguns inventêrios podem ser imputados a outras
tomam em consideracao a finalidade pela agual é detido contas do activo, como, por exemplo, inventêrios usados
o inventêrio. Por exemplo, o valor realizAvel liguido da CoOmOo um Gomponente de activos fixos tangiveis de
aguantidade de inventêrio detida para satisfazer contratos Construcêo prépria. Os inventarios imputados desta
de vendas firmes ou de prestacées de servicos ê forma a um outro activo, Séo reconhecidos comoa um
baseado no preGo do contrato. Se os contratos de venda gasto durante a vida util desse activo.
disserem respeito a auantidades inferiores As guantida-
des de inventério detidas, o valor realizêvel liguido do
excesso basear-se-& em precos gerais de venda. Divulgacies (pargrafos 36 a 38)
Podem surgir provisêes resultantes de contratos de 36 - As demonstracêes financeiras devem divulgar:
venda fimes com aguantidades superiores as guantida- a) As politicas contabilisticas adoptadas na mensura-
des de inventêrios detidas ou resultantes de contratos
C&0 dos inventêrios, incluindo a férmula de custeio
de compra fimes. Tais provisêes sêo tratadas de acordo
usada;
com a NCRF 21 — Provisêes, Passivos Contingentes e
D) A auantia total escriturada de inventarios e a auan-
Activos Contingentes.
tia escriturada em classificacêes apropriadas para
32 — Os materiais e outros consumiveis detidos para o a entidade;
uso na producëo de inventêrios nêo serdo reduzidos Co) A auantia de inventêrios escriturada pelo justo valor
abaixo do custo se for previsivel gue os produtos acaba-
menos os custos de vender (corretores/negocian-
dos em aue eles ser&o incorporados sejam vendidos pelo
tes);
Custo ou acima do custo. Porém, auando uma diminuicao
d) A auantia de inventarios reconhecida como um
No Prego dos materiais constitua uma indicacêo de gue o
Custo dos produtos acabados excederê o valor realizvel gasto durante o periodo;
liauido, os materiais sê0 reduzidos (wrillen down) para o e) A auantia de aualguer ajustamento de inventêrios
valor realizêvel lfaguido. Em tais circunstências, o custo de reconhecida como um gasto do periodo de acordo
reposicao dos materiais pode ser a melhor mensuragao com o paragrafo 34;
disponivel do seu valor realizêvel liduido. f) A auantia de gualauer reversêo de ajustamento aue
43 — Em cada periodo subseaguente é feita uma nova tenha sido reconhecida como uma reducêo na
avaliacêo do valor realiz&vel lauido. Ouando as circuns- guantia de inventêrios reconhecida como gasto do
tancias gue anteriormente resultavam em ajustamento ao periodo de acordo com o paragralo a4;
valor dos inventêrios deixarem de existir ou guando houver Og) As circunstêancias ou acontecimentos gue conduzi-
uma clara evidência de um aumento no valor realizêvel ram & reversêao de um ajustamento de inventêrios
lguido devido & alterac&o nas circunstências econémicas, de acordo com o parégrafo 44; e

240
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabllisticas e de Relato Financeiro — NCRF 18/18

h) A guantia escriturada de inventêrios dados como C&o dos contratos de construcëo é a imputaGao do
penhoer de garantia a passivos. rédito do contralo e dos custos do contrato aos periodos
contabilisticos em ague o trabalho de construcêo seja
37 - A informacëa acerca das guantias escrituradas
executado. Esta Norma usa os critérios de reconheci-
detidas em diferentes classificac6es de inventêrios e a
mento estabelecidos na Estrutura Conceptual para
extensêo das alteracêes nesses activos Sao uteis para os
determinar guando os réditos do contrato e os custos do
utentes das demonstrac6es financeiras. As classificacoes
contrato devam ser reconhecidos como réditos e gastos
comuns de inventérios sao: mercadorias, matérias-primas,
na demonstracëo dos resultados. Tambêm proporciona
coNsumIveis de producao, materiais, trabalhos em curso e
iNdicacê&o pratica sobre a aplicacao destes critêrios.
bens acabados. Os inventarios de um prestador de servi-
cos podem ser descritos como trabalhos em curso.
38 — A auantia de inventêrios reconhecida como um
Ambito (paragrafo 2)
gasto durante o periodo, gue é muitas vezes relferida 2 — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao
COMO Oo Custo de venda, consiste nos custos previa- dos contratos de construcëo nas demonstrac6es finan-
mente incluidos na mensuracêo do inventêrio agora ven- Ceiras das entidades contratadas.
dido, nos gastos gerais de produca&o nêo imputados e
nas duantias anormais de custos de producëo de inven-
Definicdes (paragrafos 3a 6)
têrios. As circunstências da entidade tambéêm podem
admitir a inclusao de outras aguantias, tais como custos 3 — Os termos aue se seguem sê&0 usados nesta
de distribuicao. Norma com as significados especificados:
Contrato de construcao: é um contrato especifica-
Data de eficdria (pardgrafo 39) mente negociado para a construcëo de um activo ou de
uma combinagao de activos aue estejam intimamente
39 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
primeiro periode ague se inicie em ou apés 1 de Janeiro inter-relacionados ou interdependentes em termos da
Sua conNcEPpEaD, tecnalogia e funcao ou do seu propdsito
de 2010.
ou uso final.
Contrato de cost plus: &ê um contrato de construcëo em
ague a entidade contratada é reembolsada por custos
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO permitidos ou de outra forma definidos mais uma per-
FINANGEIRO 19 Centagem destes custos ou uma remuneracao fixada.
Contrato de preco fixado: & um contrato de construcao
CONTRATOS DE CONSTRUCAO em aue a entidade contratada concorda com um preco
fixado ou com uma taxa fixada por unidade de output
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
aue, nalguns casos, est sujeito a clêausulas de custos
por base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 11 -
escalonados.
Contratos de Construcao, adoptada pelo texto original do
Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de 4 — Um contrato de construc&o pode ser negociado para
Novembro. a construcëo de um activo unico tal como uma ponte, um
Sempre due na presente norma @xistam remissêes edificio, uma barragem, um oleoduto, uma estrada, um
para as normas internacionais de contabilidade, entende- navio ou um tunel. Um contrato de construcao pode tam-
-se ague estas se referem as adoptadas pela Uniao Euro- bém tratar da construcao de um numero de activos ague
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do estejam intimamente inter-relacionados ou interdependen-
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julno e, em tes em termos da sua concepcêo, tecnologia e funcêo ou
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) do seu propêsito ou uso final: entre os exemplos de tais
n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro. Contratos incluem-se os da construcao de refinarias e de
outras partes complexas de fabricas ou de eaguipamentos.

Ohbjectivo (parêgrafo 1) 5 — Para os fins desta Norma, os contratos de constru-


CA0 incluem:
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
Financeiro é o de preserever o tratamento contabilistico a) Contratos para a prestacao de servicos aue este-
de réditos e custos associados a contratos de constru- jam directamente relacionados com a €onstrucëo
CAo. Por forca da natureza da actividade subjacente aos do activo, por exemplo, os relativos a servicos de
contratos de canstrucëio, a data em aue a actividade do gestores de projecto e arauitectos; 8
contrato é iniciada e a data em ague a actividade ë con- b) Contratos para a destruicao ou restauracëo de acti-
cluida caem geralmente em periodos contabilisticos vos e a restaurac&o do ambiente apês a demolicao
diferentes. Por isso, o assunto primordial na contabiliza- de activos.

231
SNC EXPLICADO
NCRF 18
e de Rielato Financeiro —-
7 Normas Contabilisticas

sao formulados de Rédito do contrato (parigrafos 11 a 15)


6 — Os contratos de construcao sêo
fins desta Norma,
varias maneiras mas, para os 11 — O rédito do contrato deve compreender:
preco fixado e contra-
classificados como contratos de a) A guantia inicial de rédito acordada no contrato: e
de construc&o podem
tos de cost plus. Alguns contralos b) Variagées no trabalho, reclamacées & pagamentos
rato de preGo
conter caracteristicas guer de um cont de incentivos do contrato:
plus com um preGo
fixado aguer de um contralo de cost j) Até ao ponto gue seja provavel gus resultem em
as, uma entidade
maximo acordado. Em tais clrcunstênci
ar toda s as condicées dos rédito;e
contratada necessita consider
rmin ar auando reconhe- i) Estejam em condicêes de serem fiavelmente
paragrafos 28 e 24 a fim de dete
. mensurados.
cer réditos e gastos do contrato
12 — O rédito do contrato é mensurado pelo justo valor

Combinacdo e segmentagdo de contratos de constru-


da retribuicê&o recebida ou a receber. A mensuracêo do
rédito do contrato é afectada por uma variedade de
(ao (paragrafos 7a 10) incertezas gue dependem do desfecho de acontecimen-
7 — Os reguisitos desta Norma sao usualmente aplica- tos futuros. As estimativas necessitam muitas vezes de
dos separadamente a cada contrato de construcao. ser revistas & medida aue os acontecimentos ocoram e
Poréêm, em certas circunstências, é necessêrio aplicar a as incertezas se resolvam. Por isso, a auantia do rédito
Norma a componentes separadamente identificêveis de do contrato pode aumentar ou diminuir de um periodo
um Gnico contrato ou conjuntamente a um grupo de con- para o seguinte. Por exemplo:
tratos a fim de reflectir a substência de um contrato ou a) Uma entidade contratada e um cliente podem acor-
de um grupo de contratos. dar variac6es ou relvindicacées ague aumentem ou
8 — Guando um Gontrato cobrir vêrios activos, a cons- diminuam o rédito do contrato num periodo subse-
trucao de cada activo deve ser tratada como um Gon- guente aguele em due o contrato foi inicialmente
trato de construcao separado guando: acordado;

a) Propostas separadas tenham sido submetidas para b) A auantia de rédito acordada num contrato de
cada activo; preco fixado pode aumentar em conseaguência de
clêAusulas de custo escalonadas;
b) Cada activo tenha sido sujeito a negociacao sepa-
rada e a entidade contratada e o cliente tenham c) A auantia de rédita do contrato pode diminuir cComo
conseauência de penalidades provenientes de
estado em condigëes de aceitar ou rejeitar a parte
do contrato relacionada com cada activo; e atrasos causados pela entidade contratada na con-
Clusêo do contrato; ou
C) Os custos e réditos de cada aclivo possam ser
identificados. d) Ouando um contrato de preco fixado envolve um
preco fixado por unidade de output, o rédito do
9 — Um grupo de contratos, auer com um unico cliente contrato aumenta & medida due a guantidade de
ou com varios clientes, deve ser tratado cComo um con- unidades aumente.
trato de construc&o unico guando:
13 — Uma variacêo é uma instrucao dada pelo cliente
a) O grupo de contratos seja negociado como um
para uma alterac&o no Ambito do trabalho a ser execu-
pacote Unico;
tado segundo o contrato. Uma variacêo pode conduzir a
b) Os contratos estejam têo intimamente inter-rela€io- um aumento ou a uma diminuic&o no rédito do contrato.
nados aue sejam, com eleito, parte de um projecto Exemplos de variacées sêo as alterac6es nas especifi-
Unico com uma margem de lucro global; & cac6es ou na concepe&o do activo e alteracoes na dura-
C) Os contratos sejam executados simultaneamente c80 do contrato. Uma variagao é incluida no rédito do
ou numa seguência continua. contrato auando:

10 - Um contrato pode proporcionar a construcëo de a) Seja provêvel gue o cliente aprovarê a variagao e a
um activo adicional por opc&o do cliente ou pode ser auantia de rédito proveniente da variacao; e
alterado para incluir a construcëo de um activo adicio- b) A guantia de rédito possa ser fiavelmente mensu-
nal. A construgao do activo adicional deve ser tratada rada.
COMO UM contrato de construcao separado auando:
14 — Uma reivindicacêo é uma auantia gue a entidade
a) O activo difira significativamente na concepEeao, contratada procura cobrar do cliente ou de uma outra
tecnologia ou funcêo do activo ou activos cobertos terceira parle como reembolso de custos nêo incluidos
pelo Contrato original; ou no preco do contrato. Uma relvindicacao pode surgir de,
b) O preco do activo seja negociado sem atenc&o ao por exemplo, demoras causadas por clientes, por erros
preco original do contrato. nas especificac6es ou na concepeao e de alterac6es

232
SNC EXPLICADD 7 Normas Contabilisticas s de Relala Financelro — NCRF 18

discutidas nos trabalhos do contrato. A mensuragëo da materiais excedentêrios e da alienacao de instalacêes e


auantia de rédito proveniente de reivindicacêes estê eduipamentos no fim do contrato.
sujeita a um alto nivel de incerteza e depende muitas
18 — Compreendem-se nos custos gue podem ser atri-
vezes do desfecho das negociac6es. Por isso, as reivin-
buiveis 4 actividade do contrato em geral e gue podem
dicacêes somente sêo incluidas no rédito do contrato
ser imputados a contralos especificos:
auando:
a) Seguros;
a) As negociacêes tenham atingido um estégio avan-
Gado de tal forma due seja provêvel due o cliente b) Os custos de concepGëo e assistência técnica aue
aceitar4 a reivindicacao:e nao estejam directamente relacionados com um
Contrato especifico: e
D) A guantia aue seia provével ser aceite pelo cliente
possa ser fiavelmente mensurada. Cc) Gastos gerais de construcëo.
Tais custos sêo imputados usando mêtodos gue sejam
15 — Os pagamentos de incentivos s&0 guantias adi-
sistematicos e racionais e sejam aplicados consistente-
clonais pagas & entidade contratada se os niveis de
mente a todos os custos ague tenham caracteristicas
desempenho especificados forem atingidos ou excedi-
semelhantes. A impulacëo & baseada no nivel normal de
dos. Por exemplo, um contrato pode permitir Um paga-
aclividade de construcao. Os gastos gerais de constru-
mento de incentivos & entidade contratada pela conclu-
C&0 inclueam custos tais Como a preparacëo e processa-
sêo do contrato mais cedo. Os pagamentos de
mento de saldrios do pessoal de construcëo. Os custos
incentivos sêo incluidos no rédito do contrato guando:
gue possam ser atribuiveis & actividade do contrato em
a) O contrato esteja suficientemente adiantado aue geral e possam ser imputados a contratos especificos
Seja provavel duë os niveis de execucêo especifi- tambeém incluem os custos de empréstimos obtidas
cados ser&o atindgidos ou excedidos;e guando a entidade contratada adopte o tratamento alter-
b) A auantia dos pagamentos de incentivos possa ser nativo permitido na NCRF 10 — Custos de Empréstimos
fiavelmente mensurada. Obtidos.
19 — Os custos aue sejam especificamente debitêveis
Gustos do contrato (parêgrafos 16 a 21) ao cliente segundo os termos do contrato podem incluir
alguns custos gerais administrativos e custos de desen-
16 — Os custos do contrato devem compreender:
volvimento para os auais o reembolso esteja espeeifi-
a) Os custos gue se relacionem directamente com o
Cado nos termos do contrato.
cContrato especifico;
20 - Os custos aue néo possam ser atribuidos & activi-
b) Os custos aue sejam atribuiveis & actividade do
dade do contrato ou gue nêo he possam ser imputados
contrato em geral e possam ser imputados ao con-
$a0 excluidos dos custos de um contrato de construcëo.
tralose
Tais custos incluem:
Cc) Outros custos gue sejam especificamente debita-
a) Custos administrativos gerais cujo reembolso nêo
veis ao cliente nos termos do contrato.
esteja especificado no contrato;
17 — Os custos gue directamente se relacionem com D) Custos de vender;
um contrato especlfico incluem:
C) Custos de pesduisa e desenvolvimento cujo reem-
a) Custos de mao-de-obra, incluindo supervisao;
bolso nêo esteja especificado no contrato:e
b) Custos de materiais usados na construcëo;
d) Depreciacëo de instalacêes e eaguipamentos ocio-
Cc) depreciacêo de activos fixos tangiveis utilizados no SOS gue nêo sejam usados num contrato particular.
Contrato;
21 — Os custos do contrato incluem os custos atribui-
d) Custos de movimentar os activos fixos langiveis veis a esse contralo no periodo aue vai desde a data em
OS materiais para e do local do contrato:
ague o mesmo é assegurado até & sua conclusao final.
e) Custos de alugar instalacêes e eguipamentos; Porém, os custos ague se relacionem directamente com
f) Custos de concepëo e de assistência técnica gue um Contrato e aue sejam incorridos ao assegurar o con-
estejam directamente relacionados com o contrato: trato sêo também incluidos como parte dos custos do
G) Custos estimados de rectificar e garantir os traba- Contrato se eles puderem ser separadamente identifica-
Ihos, incluindo os custos esperados de garantia; e dos e mensurados fiavelmente e for provêvel due o con-
trato seja obtido. Ouando os custos incorridos ao asse-
n) Reivindicagêes de teroeiras partes.
gurar o contrato forem reconhecidos como um gasto do
Fstes custos devem ser reduzidos por gualguer rendi- periodo em aue sejam incorridos, nao sêo incluidos nos
mento inerente gue n&o esteja incluido no rédito do con- Custos do contrato guando o contrato for obtido num
trato, por exemplo, rendimento proveniente da venda de periodo subseguente.

233
SNEC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Helato Financeira —- NCRF 19

EI
listicos em gue o trabalho com o gual se relacionam seja
Reconhecimento do rédito e dos gastos do contratg
executado. Porém, dualaguer excesso esperado dos cus-
(paragrafos 22 a 35) tos totais do contrato sobre os réditos totais do contrato
29 — Ouando o desfecho de um contrato de constru- é reconhecido imediatamente como um gasto de acorda
GA0 puder ser fiavelmente estimado, o rédito do contrato com o par&grafo 36.
e os custos do contrato associados ao contrato de cons-
27 — Uma entidade contratada pode ter incorrido em
trucëo devem ser reconhiecidos como rédito e gastos
custos do contrato gue se relacionem com a actividade
respectivamente com referência & fase de acabamento
futura do contrato. Tais custos $ê0 reconhecidos como
da actividade do contrato & data do balanco. Uma perda
um activo desde aue seja provêvel gue sejam recupera-
esperada no contrato de construcëo deve ser reconhe-
dos. Tais custos representam uma guantia devida pelo
cida imediatamente como um gasto de acordo com o
cliente e muitas vezes sêo classificados como trabalho
parêgrafo 36.
em curso do contrato.
23 — No caso de um contrato de preco fixado, o desfe-
cho de um contrato de construcêo pode ser fiavelmente
28 — O desfecho de um contrato de construGëo sê
pode ser estimado fiavelmente guando for provêvel gue
estimado guando estiverem satisfeitas todas as condi-
c6es seguintes: os beneficios econdmicos associados ao contrato fluirao
flavel- para a entidade. Porém, auando surja uma incerteza
a) O rédito do contrato possa ser mensurado
acerca da cobrabilidade de uma auantia ja incluida no
mente;
rédito do contrato, e jê reconhecida na demonstracao
b) Seja provêvel gue os beneficios econémMIcos asso- dos resultados, a auantia nêo cobravel ou a guantia a
ciados ao contrato fluir&o para a entidade;
respeito da gual a recuperacao tenha cessado de ser
Cc) Tanto os custos do contrato para o acabar como a provavel é reconhecida como um gasto e nao como um
fase de acabamento do contrato na data do ajustamento da auantia do rédito do contrato.
balanco possam ser fiavelmente mensurados; e
29 — Uma entidade estê geralmente em condic6es de
d) Os custos de contrato atribufiveis ao contrato pos-
fazer estimativas fiëveis ap6s ter aceite um contrato due
sam ser claramente identificados e fiavelmente
estabeleca:
mensurados de forma due os custos reais do con-
trato incorridos possam ser comparados com esti- a) Os direitos a eumprir por cada parte no aue res-
mativas anteriores. peita ao activo a ser construido;
b) A retribuicêo a ser tocada; e
24 — No caso de um contrato de cost plus, o desfecho
de um contrato de construGëo pode ser fiavelmente c) A forma e o prazo de liauidacao.
mensurado aguando estiverem satisfeitas todas as condi-
É também normalmente necessêrio aue a entidade
Oes seguintes: tenha um sistema eficaz de orcamentag&o e de relato
a) Seja provêvel gue os beneficios econémicos asso- financeiro. A entidade passa em revista e, guando
ciados ao contrato fluir&o para a entidade; e necessêrio, revé as estimativas do rédito do contrato e
D) Os custos do contrato atribuiveis ao contrato, Guer dos custos do contrato & medida due o trabalho pro-
sejam ou nêo reembolsêveis, possam ser clara- gride. A necessidade de tais revisêes nao indica neces-
mente identificados e fiavelmente mensurados. sariamente aue o desfecho do contrato nêo possa ser
estimado com fiabilidade.
25 - O reconhecimento de rédito e de gastos com
referência & fase de acabamento de um contrato ê mui- 30 — A fase de acabamento de um Contrato pode ser
tas vezes referido como o método da percentagem de determinada de vêrias maneiras. A entidade usa 0
acabamento. Segundo este mêtodo, o rédito contratual ë método aue mensure com fiabilidade o trabalho execu-
balanceado com os gastos contratuais incorridos ao tado. Dependendo da natureza do contrato, os mêtodos
atingir a fase de acabamento, resultando no relato de podem incluir:
rédito, gastos e lucros aue possam ser atribuiveis & pro- a) A proporcêo em aue os custos do contrato incorri-
Dorgao de trabalho concluido. Este método proporciona
dos no trabalho executado até & data estejam para
informaGëo util sobre a extenséo de actividade e deserm-
OS custos estimados totais do contrato;
penhio do contrato durante um periodo,
b) Levantamentos do trabalho executado; e
26 — Pelo mêétodo da percentagem de acabamento, o proporcao fisica do trabalho
c) Conclusao de uma
rédito do contrato é reconhecido como rêdito na
contratado.
dernonstraG4o dos resultados nos periodos contabilisti-
COS em aue o trabalho seja executado. Os custos do Os pagamentos progressivos e os adiantamentos
contrato sao geralmente reconhecidos como um gasto recebidos dos clientes nao reflectem muitas vezes o tra-
na demonstracao dos resultados nos periodos contabi- balho executado.
SNC EXPLICADOA 7 Narmas Contabilisticas e de Ralata Financeliro - NCRF 19

d1 — Ouando a fase de acabamento seja determinada d) Em ague o cliente nao esteja em condicêes de cum-
com referência aos custos do contrato incorridos até a pDrir as suas obrigacêes;
data, somente os custos do contrato aue reflictam trabalho e) Em aue a entidade contratada seja incapaz de
executado sêo incluidos nos custos incorridos até a data. completar o contrato ou de cumprir as suas obriga-
SAO exemplos de custos de contrato gue sao excluidos: GOes segundo o contrato.
a) Custos do contrata gue se relacionem com a activi-
35 — Ouando j& nêo existirem as incertezas gue impe-
dade futura do contrato, tais como custos de mate-
diram aue fosse fiavelmente estimado o desfecho do
riais gue tenham sido entregues num local do con-
Contrato, o rédito e os gastos associados ao contrato de
trato ou postos de lado para uso num contrato mas
construcêo devem ser reconhecidos de acordo com o
nao ainda instalados, usados ou aplicados durante
par&grafo 22 e nao de acordo com o parêgrafo 32.
a BxecuCcëo do contrato, a memos due os materiais
tenham sido produzidos especificamente para o
Contrato; e Reconhecimenio de perdas esperadas (pargrafos 36 e 37)
b) Pagamentos feitos a entidades subcontratadas 36 — Ouando for provével gue os custos totais do con-
adiantadamente a trabalhio executado segundo o trato excedam o rédito total do contrato, a perda esperada
subcontrato. deve ser reconhecida imediatamente como um gasto.
42 — Ouando o desfecho de um contrato de constru- 37 — A auantia de tal perda é determinada indepen-
C&0 Nnao possa ser estimado fiavelmente: dentemente:
a) O rédito somente deve ser reconhecido até ao a) De ter ou nêo comecado o trabalho do contrato;
ponto em due seja provével aue os custos do con-
b) Da fase de acabamento da actividade do contrato; ou
trato incorridos serao recuperaveis; &
c) Da aguantia de lucros due se espere surjam noutros
b) Os custos do contrato devem ser reconhecidos contratos aue nao sejam tratados come um contrato
COMO UM gasto no periodo em due sejam incorridos. de construcao Unico de acordo com o paragrafo 8.
Uma perda esperada num contrato de construcao
deve ser reconhecida imediatamente como um gasto de
acordo com o par&grafo 36.
Alteracëes nas estimativas (parêgrafo 38)
38 — O método da percentagem de acabamento é apli-
43 - Durante as fases iniciais de um contrato da-se
Cado numa base acumulada em Cada periodo contabilis-
muitas vezes o caso de o desfecho do contrato n4o
tico as estimativas correntes de rédito do contralo e custos
poder ser fiavelmente estimado. Na&o obstante, pode ser
do contrato. Par isso, os efeitos de uma alterac&o na esti-
provêvel aue a entidade recupere os custos incorridos
mativa no rédito do contralo e nos custos do contrato, ou
do contrato. Por isso, o rédito do contrato somente ë
OS efeitos de uma alterac&o na estimativa do desfecho de
reconhecido até ac ponto dos custos incorridos aue se
um contrato, sêo contabilizados como uma alteracêo na
espera serem recuperdveis. Se o desfecho do contrato
estimativa contabilistica (ver a NCRF 4 — Politicas Contabi-
no puder ser fiavelmente estimado, nenhum lucro é
reconhecido. Porêm, mesmo guando o desfecho do con- listicas, Alteracêes nas Estimativas Contabilisticas e Erros).
trato nao possa ser fiavelmente estimado, pode ser pro-
As estimativas alteradas sêo usadas na determinacao da
vêvel gue os custos totais do contrato excedam os rédi- aguantia de rédito e de gastos reconhecidos na demonstra-
tos totais do contrato. Em tais casos, dgualduer excesso C&o dos resultados no periodo em aue a alterac&o seja
esperado dos custos totais do contrato sobre o rédito feitae em periodos subseguentes.
total do contrato é reconhecido imediatamente €omo um
gasto de acordo com o paragrafo 36. DivulgacGes (paragraios 39 a 41)
34 - Os custos do contrato cuja recuperaGëo nêo seja d9 - Uma entidade deve divulgar:
provêvel sêo reconhecidos imediatamente como um
a) A auantia do rédito do contrato reconhecida como
gasto. Exemplos das circunstências em due a recupera-
rédito do periodo;
bilidade dos custos do contrato incorridos pode nêo ser
provêvel e em ague os custos do contrato podem néo ser
b) Os métodos usados para determinar o rédito do
reconhecidos como um gasto incluem contratos: contrato reconhecido no periodo; e

a) Oue nao sejam inteiramente coagiveis, isto é, a sua Cc) Os métodos usados para determinar a fase de aca-
validade esteja seriamente em duestêo; bamento dos contratos em curso.

b) Cuja conclusêo esteja sujeita ao desfecho de litigio 40 - Uma entidade deve divulgar o Gue se segue para
ou de legislacêo pendente; OS contratos em curso & data do balanco:
c) Relacionados com propriedades ague seja provavel a) A auantia agregada de custos incorridos e lucros reco-
estarem em risco de perda ou expropriacêo; nhecidos (menos perdas reconhecidas) alê a data;
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelrp - NCRF 19/20 SNC EXPLICADO

b) A guantia de adiantamentos recebidos; e Ambito (parêgrafos 2 a 6)


C) A guantia de retencêes. 2 - Fsta Norma deve ser aplicada na contabilizacao do
41 — Retencoes sêo guantias de facturas progressi- rédito proveniente das transaccëes e acontecimentos
vas gue sê sêo pagas depois da satisfacêo das condi- seguintes:
cêes especificadas no contrato para o pagamento de a) Venda de bens;
tais guantias ou até gue os defeitos tenham sido recli- D) Prestacêo de servicosie
ficados. As facturas progressivas por autos de medi-
c) Uso por outros de activos da entidade aus produ-
€ê0 sêo guantias facturadas do trabalho executado de
Zam juros, royalties e dividendos.
um contrato aguer tenham ou nêo sido pagas pelo
cliente. Adiantamentos sêo guantias recebidas pela 38 - O termo bens inclui bens produzidos pela entidade
entidade contratada antes aue o respectivo trabalho com a finalidade de seream vendidos e bens comprados
seja executado. para revenda, tais como mercadorias compradas por um
retalhista ou terrenos e outras propriedades detidos para
revenda.
Data de eficdcia (paragrafo 42)
4 - A prestacêo de servicos envolve tipicamente o
42 —- Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
desempenho por uma entidade de uma tarefa contratual-
primeiro periodo due se inicie em ou apos 1 de Janeiro
mente acordada durante um periodo de tempo acordado.
de 2010.
Os services podem ser prestados dentro de um periodo
Unico ou durante mais do gue um periodo. Alguns contra-
tos para a prestacëo de servicos eslao direcliamente rela-
cionados com contratos de construcao, como, por exem-
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO plo, os contratos para os services de gestêo de projectos
FINANGEIRO 20 e de araguitectura. O rédito proveniente destes contratos
nao é tratado nesta Norma mas ê tratado de acordo com
RÉDITO os reguisitos para os contratos de construcêo como espe-
Cificado na NCRF 19 — Contratos de Construcdo.
Fsta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
por base a Norma Intermacional de Contabilidade lAS 18 — 5 — O uso, por outros, de activos da entidade dê ori-
Rédito, adoptada pelo texto original do Regulamento (CE) gem a rédito na forma de:
n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro. a) Juros - encargos pelo uso de dinheiro ou seus
Sempre due na presente norma existam remissbes eauivalentes ou de auantias devidas & entidade;
para as normas internacionais de contabilidade, entende-
b) Royaltlies - encargos pelo uso de activos a longo
-se aue estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro-
prazo da entidade, como, por exemplo, patentes, mar-
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
Cas, direitos de autor e soifware de computadores: e
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
Cc) Dividendos —- distribuicêes de lucros a detentores de
Conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
investimentos em capital préprio na proporcëo das
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
suas detencêes de uma classe particular de capital.
6 - Esta Norma nao tata de réditos provenientes de;
Objectivo (paragrafo 1)
a) Acordos de lpcacëco (ver a NCRF 9 - Locac6es);
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
Financeiro é o de prescrever o tratamento contabilistico
b) Dividendos provenientes de investimentos gue sejam
Contabilizados pelo método da eaguvalência patrimo-
de réditos, entendidos como os rendimentos gue sur-
nial (vera NCRF 13 - Interesses em Empreendimen-
gem no decurso das actividades ordinêrias de uma enti-
dade, como, por exemplo, vendas, honorêrios, juros,
tos Conjuntos e Investimentos em Associadas):
dividendos e royalties. Cc) Contratos de seguro de empresas seguradoras (ver
A guestao primordial na contabilizacêo do rédito êé a Subsidiariamente a IFRS 4 — Contratos de Seguros, em
de determinar auando reconhecer o mesmo. O rédito é conformidade com o texto original do Regulamento
reconhecido guando for provêvel gue beneficios econd- (CE) 1126/2008 da Comissao, de 4 de Novembro);
micos futuros fluir&o para a entidade e esses beneficios d) Alterac6es no justo valor de activos financeiros e pas-
possam ser fiavelmente mensurados. Esta Norma identi- sivos financeiros, ou da sua alienaG&o (ver subsidia-
fica as circunstências em gue estes critêrios ser&o satis- riamente a AS 39 - Instrumentos Financeiros: Reco-
feitos e, por isso, o rédito seré reconhecido. Ela tambêm nhecimento e Mensura€ao, em conformidade com o
proporciona orientacao pratica na aplicacao destes cri- texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da
térios: Comissêo, de 3 de Novembro);

236
"

SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 20

e) Alteracbes no valor de outros activos correntes; valor da retribuicao recebida ou a réceber tomando em
) Reconhecimento inicial e de alteracêes no justo CoNsideracao a auantia de guaisauer descontos comer-
valor de activos biolégicos, relacionados com a Cieis e de guantidades concedidos pela entidade:
actividade agricola (ver a NCRF 17 — Agricultura); 11 — Na maior parte dos casos, a retribuiëëo é sob a
g) Reconhecimento inicial de produtos agricolas (ver a forma de dinhneiro ou seus eduivalentes e a auantia do
NCRF 17 — Agricultura) e rédito é a auantia em dinheiro ou seus eduivalentes
h) Extraccëo de minérios. recebidos ou a receber. Porém, auando o influxo de
dinheiro ou eduivalentes de dinheiro for diferido, o justo
valor da retribuic8o pode ser menor do ague a aguantia
Definicëes (paragrafos 7 e 8) nominal de dinheiro recebido ou a receber. Por exemplo,
1 - Os termos aue se seguem sêo usados nesta uma entidade pode conceder crédito isento de juros ao
Norma com os significados especificados: comprador ou aceitar do comprador uma livranGa com
taxa de juro inferior 4 do mercado como retribuicëo pela
Justo valor: é a guantia pela aual um activo pode ser tro-
venda dos bens. @uando o acordo constitua efectiva-
cado ou um passivo liguidado, entre partes conhecedoras
mente uma transaccao de financiamenta, o justo valor
e dispostas a isso, numa transaccêo em aue n4o exista
relacionamento entre elas. da retribuicêao é determinado descontando todos os
recebimentos futuros usando uma taxa de juro imputada.
Mêtodo do juro efectivo: é um método de calcular o A taxa de juro imputada é a mais claramente determind-
custo amortizado de um activo financeiro ou de um pas-
vel de entre:
sivo financeiro (ou grupo de activos financeiros ou de
a) A taxa prevalecente de um instrumento similar de
passivos financeiros) e de imputar o rendimento dos
um emitente com uma notac&o (rating) de crédito
juros ou o gasto dos juros durante o periodo relevante. A
taxa de juro efectiva é a taxa aue desconta exactamente similar; ou
os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros esti- D) A taxa de juro gue desconte a guantia nominal do
mados durante a vida esperada do instrumento finan- instrumento para o preco de venda corrente a
celro ou, guando apropriado, um periodo mais curlo na dinheiro dos bens ou servicos.
aguantia eseriturada liguida do activo financeiro ou do A difterenca entre o justo valor e a guantia nominal da
passivo financeiro.
retribuicao é reconhecida como rédito de juros de
Rédito: é o influxo bruto de beneficios econ6micos acordo com os par&grafos 29 e 30.
durante o periodo proveniente do curso das actividades
12 — Ouando os bens ou servicos sejam trocados ou
ordinêrias de uma entidade guando esses influxos resul-
objecto de swap por bens ou servicos ague sejam de
tarem em aumentos de capital prêprio, gue nêo sejam
natureza e valor semelhante, a troca nao é vista como
aumentos relacionados com contribuicées de participan-
uma transaceao gue gera réditos. E muitas vezes o caso
tes no capital préprio.
de mercadorias como petrêleo ou leite em aue os forme-
8 — O rédito inclui somenie os influxos brutos de beneff- Cedores trocam ou entram em swap de inventdrios em
Cios econéMicos recebidos e a receber pela entidade de vêrios locais para satisfazer a procura numa base tem-
sua prépria conta. As auantias cobradas por conta de pestiva num dado local. Ouando os bens sejam vendidos
terceiros tais como impostos sobre vendas, impostos Ou OS servicos sejam prestados em troca de bens ou ser-
sobre bens e servicos e impostos sobre o valor acrescen- vicos dissemelhantes, a troca é vista coma uma transac-
tado nêo sêo beneficios econdémicos ague fluam para a CAO aue gera rédito. O rédito é mensurado pelo justo
entidade e nao resultem em aumentos de capital oréprio. valor dos bens ou servicos recebidos ajustado pela
Por isso, Sao excluidos do rédito. Semelhantemente, num auantia transferida de dinheiro ou seus eGuivalentes.
relacionamento de agência, os influxos brutos de benefi- Ouando o justo valor does bens ou servicos recebidos nêo
Cios ecONÊMICEOS AUE NAB resultem em aumentos de possa ser fiavelmente mensurado, o rédito é mensurado
capital préprio para o agente sê0 excluidos do rédito. As pelo justo valor dos bens ou servicos entregues, ajustado
aguantias cobradas por conta do capital nêo sêo0 rédito. pela guantia transtferida de dinheiro ou seus eauivalentes.
Em vez disso, o rédito é a auantia de comissêo.

Reconhecimento do rédito (pardgrafos 13 a 33)


Mensuracio do rédito (paragrafos 9 a 12)
13 — Os critërios de reconhecimento nesta Norma sao
9 - O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da geralmente aplicados separadamente a cada transac-
retribuicêo recebida ou a receber. C&0. Contudo, em certas circunstências, é necessêrio
10 - A auantia de rédito proveniente de uma transaccêo aplicar os critërios de reconhecimento aos componentes
é geralmente determinada por acordo entre a entidade e separadamente identificêveis de uma transacgëo unica a
Oo comprador ou utente do activo. E mensurado pelo justo fim de reflectir a substência da transaccëo. Por exemplo,

237
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Rielata Financeiro — NCRF ZO

aguando o preco da venda de um produto inclua uma Cc) Ouando os bens sejam expedidos sujeitos a instala-
aguantia identificêvel de servicos subseguentes, essa Ca0 e& a instalacëo seja uma parte significativa do
aguantia é diferida e reconhecida como rédito durante o contrato gue ainda nêo tenha sido concluido peala
periodo em ague o servico seja executado. Inversa- entidade; e
mente, os critérios de reconhecimento sêo aplicados a d) Ouando o comprador tenha o direito de rescindir a
duas ou mais transaccêes conjuntas, guando elas este- Compra por uma razéo especificada no contrato de
jam ligadas de tal maneira due o efeito comercial nêo venda e a entidade nao esteja segura acerca da
possa ser compreendido sem referência as sêries de probabilidade de devolucëo.
transacc6es como um todo. Por exemplo, uma entidade
17 - Se uma entidade retiver somente um insignificante
pode vender bens e, ao mesmo tempo, celebrar um
risco de propriedade, a tansaccë#o é uma venda e o rédito
acordo separado para recomprar os bens numa data
é reconhecido. Por exemplo, um vendedor pade reter o
posterior, negando assim o efeito substantivo da tran-
titulo legal dos bens unicamente para proteger a cobrabili-
sacEao: em tal caso, as duas transaccies sao tratadas
dade da auantia devida. Em tal caso, se a entidade tiver
conjuntamente.
transferido os riscos e vantagens significativos da proprie-
Venda de bens (pardgrafos 14 a 19) dade, a transaccëo é uma venda e o rédito é reconhecido.
Um outro exemplo de uma entidade due retém somenta
14 — O rédito proveniente da venda de bens deve ser um risco insignificante de propriedade pode ser a de uma
reconhecido auando tiverem sido satisfeitas todas as venda a retalhio guando for oferecido um reembolso se o
ConNdic6es seguintes: cliente naêo ficar salisfeito. O rédito em tais Gasos & reco-
a) A entidade tenha transferido para o comprador os nhecido no momento da venda desde due o vendedor
riscos e& vantagens significativos da propriedade possa fiavelmente estimar as devolucëes fuluras e reco-
dos bens; nheca um passivo por devolucées com base em experiën-
b) A entidade nao mantenha envolvimento continuado Cia anterior e noutros factores relevantes.
de gestêo com grau geralmente associado com a 18 - O rédito sê é reconhecido auando for provêvel
posse, nem o controlo efectivo dos bens vendidos; ague os beneficios econdmicos assoriados com a tran-
C) A auantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada; saccao fluam para a entidade. Nestes casos, tal so ê
d) Seja provével due os beneficios econémicos asso- verificével depois da retribuicêo ser recebida ou de uma
ciados com a transaccêo fluam para a entidade; e incerteza ser removida. Por exemplo, pode ser incerto
due uma autoridade governamental estrangeira conceda
e) Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes
permiseêo para remeler a retribuicao de uma venda num
A transaccao possam ser fiavelmente mensurados.
pais estrangeiro. Ouando a permissêo for concedida, a
15 —A avaliacêo de guando uma entidade transferiu os incerteza é retirada e o rédito ê reconhecido. Poréêm,
riscos e vantagens significativos da propriedade para o aguando surgir uma incerleza acerca da cobrabilidade de
comprador exige um exame das circunstências da tran- uma aguantia jê incluida no rédito, a auantia incobravel ou
saccao. Na maior parte dos casos, a transferência dos a guantia cuja recuperacao tenha cessado de ser provd-
riscos e vantagens da propriedade coincide com a vel é reconhecida como gasto e na0 como um ajusta-
transferência do documento legal ou da passagem da mento da auantia do rédito originalmente reconhecido.
posse para o comprador. Este é o caso da maioria das
19 - O rédito e os gastos aue se relacionem com a
vendas a retalho. Noutros casos, a transferência de ris-
mesma transaccao ou outro acontecimento sao reconhe-
COS e vantagens de propriedade ocorre num momento
Cidos simultaneamente; este processo é geralmente
diferente da transferência do documento legal ou da
referido como o balanceamento dos réditos com os gas-
passagem da posse.
tos. Os gastos incluindo garantias e outros custos a
16 - Se a entidade retiver significativos riscos de pro- serem incorridos ap6s a expedicëo dos bens podem
priedade, a transaceëo nao é uma venda e o rédito nêo normalmente ser mensurados com fiabilidade guando as
é reconhecido. Uma entidade pode reter um risco signifi- outras condicêes para o reconhecimento do rédito
cativo de propriedade de muitas maneiras. S&o exem- tenham sido satisfeitas. Porém, duando os gastos nao
plos de situacêes em due a entidade pode reter os ris- Dossam ser mensurados fiavelmente, o rédito nao pode
COS significativos e vantagens de propriedade: ser reconhecido; em tais circunstancias, gualauer retri-
a) Ouando a entidade retenha uma obrigacao por exe- buicêo jé recebida pela venda dos bens é reconhecida
CUC€aD NAao satisfatêria, nao coberta por clêusulas COME UM passivo,
normais de garantia;
b) Ouando o recebimento do rédito de uma
Prestacao de servicos (pardgrafos 20 a 28)
dada
venda esteja dependente da obtencao de rédito 20 - Ouando o desfecho de uma transaccao due
pela venda dos bens pelo comprador; emvolva a prestacêo de servicos possa ser fiavelmente

248
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Helale Financeira — NCRF ZO

estimado, o rédito associado com a transaccêo deve ser entidade usa o método ague mensure fiavelmente os ser-
reconhecido com referência & fase de acabamento da vicos executados. Dependendo da natureza da transac-
transacoëo a data do balango. O desfecho de uma tran- Co, os mêtodos podem incluir:
saccao pode ser fiavelmente estimado guando todas as a) Vistorias do trabalho executado;
conNdicbes seguintes forem satisieitas:
D) Servicos executados até a data, expressos como
a) A aguantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada; uma percentagem do total dos servicos a serem
D) Seja provêvel gue os beneficios econbmiIcos assoO- executados; ou
Ciados a& transaccao fluam para a entidade; C) A proporcao due os custos incorridos até & data
Cc) A fase de acabamento da transaccêo & data do tenham com os custos totais estimados da transac-
balango possa ser fiavelmente mensurada: e Cê0. Somente os custos due reflictam servicos exe-
d) Os custos incorridos com a transaccao e os custos Cutados até & data sêo incluidos nos custos incorri-
dos até & data. Somente os custos due reflictam
para concluir a transaccëo possam ser fiavelmente
servicos executados ou a serem executados sêo
mensurados.
incluidos nos custos totais estimados da transaccëo.
21 - O reconhecimento do rédito com referência a fase
Os pagamentos progressivos e os adiantamentos
de acabamento de uma transacGêo é muitas vezes refe-
recebidos de clientes nao reflectem muitas vezes os ser-
rido como o mêtodo da percentagem de acabamento.
Vicos executados.
Por este meéêtodo, o rédito & reconhecido nos periodos
contabilisticos em aue os servicos sejam prestados. 0 25 - Para fins praticos, guando os servicos sejam
reconhecimento do rédito nesta base proporciona infor- desempenhados por um numero indeterminado de actos
macao util sobre a extensêo da actividade de servico e durante um periodo especifico de tempo, o rédilo é reco-
desempenho durante um periodo. A NCRF 198 — Contra- nhecido numa base de linha recta durante o periodo espe-
tos de Construcëo, também exige o reconhecimento do cifico a menos aue haja evidência de gue um outro
redito nesta base. As exigências desta Norma sêo geral- método represente melhor a fase de acabamento. @uando
mente aplicdveis ao reconhecimento do rédito e aos um acto especifico seja muito mais significativo do ague
gastos associados de uma transacGê&o due envolva a cuaisaguer outros actos, o reconhecimento do rédilo é
Drestacao de servicos. adiado alê gue o aclo significativo seja executado.

22 — O rédito somente é reconhecido guando for pro- 26 — Ouando o desfecho da transaccêo due envolva a
vavel gue os beneficios econdmicos assorciados & tan- prestacao de servicos nao possa ser estimado com fiabi-
saccê&o Hluam para a entidade. Porém, guando surja uma lidade, o rédito somente deve ser reconhecido na medida
incerteza acerca da cobrabilidade de uma aguantia jê em due sejam recuperêveis os gastos reconhecidos.
incluida no rédito, a duantia incobraêvel, ou a guantia 21 - Durante as primeiras fases de uma transaccao, ê
Com respeito & aual a recuperacao tenha cessado de freguente gue o desfecho da transaceao nao possa ser
ser provavel, é reconhecida como um gasto, & nê&o como fiavelmente estimado. Contudo, pode ser provavel gue a
um ajustamento da auantia de rédito originalmente reco- entidade recupere os custos incorridos na mesma. Por
nhecido. isso, o rédito é reconhecido somente na medida em due
23 — Uma entidade é geralmente capaz de fazer esti- se espere gue sejam recuperados os custos incorridos,
mativas fiëveis apés ter concordado com os outros par- nao sendo reconhecido gualguer lycro.
Ceiros da transacGaêo o seguinte: 28 - Ouando o desfecho de uma transaccao n&o
a) Os direitos gue cada uma das partes estê obrigada possa ser fiavelmente estimado e nêo seja provavel gue
a cCumprir guanto ao servico a ser prestado e rece- OS Custos incorridos sejam recuperados, o rédito nao é
bido pelas partes; reconhecido e os custos incorridos sao reconhecidos
b) A retribuicêo a ser trocada; e
Como um gasto. Ouando deixarem de existir as incerte-
zZas gue impediram ague o desfecho do contrato pudesse
c) O modo e os termos da liguidacao. ser fiavelmente estimado, o rédito é reconhecido de
F também usualmente necessêrio gus a entidade acordo com o parêgrafo 20 (com referência a& fase de
tenha um sistema eficaz de orcamentacëo financeira acabamento) e néo de acordo com o parêgrafo 26 (crité-
interna e de relato financeliro. A entidade revé e, guando rio de recuperacëo dos custos incorridos).
necessêrio, pêe o visto nas estimativas de rédito a
medida due o servico esta a ser exerculado. A necessi- Juros, royalties e dividendos (pargrafos 29 a 33)
dade de tais revisêes nao indicia aue o desfecho da
29 — O rédito proveniente do uso por outros de activos
transaccao nao possa ser estimado com fiabilidade.
da entidade ague produzam juros, royalties e dividendos
24 — A fase de acabamento de uma transaccëo pode deve ser reconhecido nas bases estabelecidas no parê-
ser determinada por uma variedade de métodos. Uma grafo 30, auando:

249
7 Normas Contabilfsticas e de Rielato Financeira - NCRF 20/21 SNC EXPLICADO

a) Seja provêvel gue os benetficios ECONBMICOS asSO- 45 —- Uma entidade divulgarê auaisaguer aclivos e pas-
ciados com a transaccëo fluam para a entidade; e sivos contingentes de acordo com a NCRF 21 — Provi-
sêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes. Os
b) A guantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.
passivos contingentes & os activos contingentes podem
30 — O rédito deve ser reconhecido nas seguintes bases: Surgir de itens tais como custos de garantia, reclama-
a) Os juros devem ser reconhecidos utilizando o c6es, penalidades ou perdas possiveis.
método do juro efectivo;
b) Os royalties devem ser reconhecidos segundo o Data de eficaria (parigrafo 36)
regime de acréscimo de acordo com a substêancia
do acordo relevante; 36 —- Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
primeiro periodo due se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro
c) Os dividendos devem ser reconhecidos auando for
de 2010.
estabelecido o direito do accionista receber o
pagamento.
31 — Ouando juros nêo pages tenham sido acrescidos
antes da aguisic&o de um investimento gue produza NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
juros, o recebimento subseguente de juros é repartido
entre os periodos de pré e pês-aguisicêo. Somente a
FINANGEIRO 21
parte de pés-aaguisicêo é reconhecida como rédito.
Ouando os dividendos de titulos de capital préprio sejam PROVISOES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS
declarados a partir de lucros liguidos de pré-adguisicao, CONTINGENTES
esses dividendos sêo deduzidos do custo dos titulos. Se
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
for dificil fazer tal imputagëo, excepto numa base arbitrê-
por base a Norma Internacional de Contabilidade |AS 37 —
ria, os dividendos sê0 reconhecidos como rédito a menos
Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes,
Oue os mesmoas representem claramente uma recupera-
adoptada pelo texto original do Regulamento (CE)
cao de parte do custo dos titulos de capital proprio.
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 34 de Novembro.
32 — Os royalties $s&o acrescidos de acordo com os ler- Sempre ague na presente norma existam remissêes
mos do acordo relevante & sêao gradualmente reconheci- para as normas intermacionais de contabilidade, entende-
dos nessa base a menos due, tendo em atenc&o a subs- -se ague estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro-
tancia do acordo, seja mais apropriado reconhecer o peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
rédito numa outra base sistematica e racional. Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
33 — O rédito somente é reconhecido guando seja pro- conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
vavel due os beneficios econémicos inerentes & transac- n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro.
C&o fluam para a entidade. Contudo, guando surja uma
incerteza acerca da cobrabilidade de uma auantia ja Objectivo (parêgrafo 1)
incluida no rédito, a guantia incobrêvel, ou a duantia a
1 - O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
respeito da gual a recuperacêo tenha cessado de ser pro-
Financeiro é o de prescrever critérios de reconheci-
vavel, é reconhecida como um gasto e nêéo como um ajus- mento e bases de mensuracao apropriados a provisêes,
tamento da guantia do rédito originalmente reconhecido. passivos contingentes e activos contingentes e gue seja
divulgada informacê&o suficiente nas notas &s demonstra-
Divulgac6es (paragrafos 34 e 35) c6es financeiras de modo a permitir aos utentes com-
preender a sua natureza, tempestividade e guantia.
44 — Uma entidade deve divulgar:
a) As politicas contabilisticas adoptadas para o reco-
nhecimento do rédito incluindo os métodos adopta- Ambito (paragrafos 2a 7)
dos para determinar a fase de acabamento de tran- 2 - Esta Norma deve ser aplicada por todas as entida-
sacc6es gue envolvam a prestacëo de servicos; des na contabilzacêo de provisêes, passivos contingen-
b) A auantia de cada categoria significativa de rédito tes e activos contingentes, excepto:
reconhecida durante o periodo incluindo o rédito a) Os ague resultam de contratos executêrios, exceplo
proveniente de: dguando o contrato seja oneroso;
i) Venda de bens;
b) Os cobertos por uma outra Norma.
ii) Prestagëo de servicos;
iii) duros; 3 — Esta Norma ndo se aplica a instrumentos financeiros
iv) Royalties; incluindo garantias (ver subsidiariamente a lAS 39 — Ins-
v) Dividendos. trumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurac4o,

240
SNC EXPLIGADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira — NCRF 21

em conformidade com o texto original do Regulamento ser confirmada pela ocorrência ou nêo ocorrência de
(CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro). um ou mais acontecimentos futuros incertos nêo total-
mente sob o controla da entidade.
4 — N&o sêo objecto de tratamento por esta Norma os
tipos especificos de provisêes, passivos contingentes ou Contrato executêrio: é um contrato segundo o gual
activos contingentes gue sejam tratados em normas nenhuma das partes tenha cumprido gualguer das suas
especilficas, como, a titulo de exemplo, ê o caso: obrigacêes ou ambas as partes apenas tenham parcial-
a) Dos passivos contingentes assumidos numa con- mente cumprido as suas obrigacêes em igual extensêo.
centracao de actividades empresariais, due sê0 Contrato oneroso: é um contrato em aue os custos nêo
objecto de tratamento na NCRF 14 — Concentra- evitêveis de satisfazer as obrigacêes do contrato exce-
G6es de Actividades Empresariais; dem os beneficios econémicos due sê espera sejam
b) De certos tipos de provisêes relativas a contratos recebidos ao abrigo do mesmo.
de construcëo, tratadas na NCRF 19 - Contratos de
Obrigaca&o construtiva: é uma obrigacao gue decorre
Construcao;
das accées de uma entidade em due:
c) De certos tipos de provisêes relativas a impostos
a) Por via de um modelo estabelecido de praticas pas-
sobre o rendimento (ver a NCRF 25 - Impostos
sadas, de politicas publicadas ou de uma declara-
sobre o Rendimento)e
Co corrente suficientemente especifica, a entidade
d) De certos tipos de provisêes relativas a locag6es tenha indicado a outras partes gue aceitard certas
(ver a NCRF 9 - Locacëes). Porém, como a NCRF 9 responsabilidades;e
né0 contém reduisitos especificos para tratar loca-
b) Em conseguência, a entidade tenha criado uma
cÊes operacionais gue se tenham tornado onero-
expectativa valida nessas outras partes de ague
sas, a presente Norma aplica-se a tais casos.
Cumprirê com essas responsabilidades.
5 — Algumas auantias tratadas como provisêes podem
Obrigacëo legal: é uma obrigacêo aue deriva de:
relacionar-se com o reconhecimento do rédito, por
exemplo auando uma entidade dé garantias em troca de
a) Um contrato (por meio de termos explicitos ou
implicitos)
uma remuneragêo. A NCRF 20 - Rédito identifica as cir-
Cunstências em due o rédito é reconhecido e propor- b) Legislacao; ou
Ciona orientacëo pratica sobre a aplicac&o dos critêrios c) Outra operacëo da lei.
de reconhecimento. Conseguentemente, a presente
Passivo: é uma obrigacêo presente da entidade prove-
Norma nêo altera os reauisitos daaguela NCRF 20.
niente de acontecimentos passados, cuja liguidacao se
6 - Outras NCRF especificam se os dispêndios so tra- espera ague resulte num exfluxo de recursos da entidade
tados como activos ou como gastos. Dado aue esta pro- aue incorporem beneficios econdmicos.
blematica nao é tratada nesta Norma, nêo consta desta
Passivo contingente:
agualguer proibicao ou exigéncia de capitalizacao dos
Custos reconhecidos duando é constituida uma provisêo. a) E uma obrigaGao possivel gue provenha de aconte-
Cimentos passados e cuja existência somente sera
7 —- Esta Norma aplica-se também a provisêes para confirmada pela ocorência ou nao de um ou mais
reestruiuragëes (incluindo unidades operacionais des- acontecimentos futuros incertos nao totalmente sob
continuadas). Ouando uma reestruturacëo satisfizer a controlo da entidade; ou
definicê&o de uma unidade operacional descontinuada, a
b) E uma obrigacao presente gue decorra de aconteci-
NCRF 8 - Activos Nao Correntes Detidos para Venda e
mentos passados mas aue nêo é reconhecida poraue:
Unidades Operacionais Descontinuadas pode exigir
j) Nêo é provêvel gue um exfluxo de recursos
divulgac6es adicionais.
incorporando beneficios econémicos seja exi-
gido para liauidar a obrigacêo; ou
Definicëes (paragrafos 8 e 9) ii) A auantia da obrigacao nao pode ser mensu-
rada com suficiente fiabilidade.
8 - Os termos gue se seguem S$&o usados nesta
Norma com os significados especiticados: Provisêo: é um passivo de tempestvidade ou guantia
incerta,
Acontecimento gue cria obrigacêes: ê& um aconteei-
mento ague cria uma obrigac&o legal ou construtiva aue Reestruturac8o: é um programa planeado e controlado
faca com ague uma entidade nao tenha nenhuma alterna- pelo érgao de gestao e gue altera materialmente ou:
tiva realista senêo liduidar essa obrigacëo. a) O Ambito de um negécio empreendido por uma
Activo contingente: é um possivel activo proveniente entidade; ou
de acontecimentos passados e Cuja existência somente b) A maneira como o negécio é conduzido.

SNCE-IG
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelra — NCRF 21

seja pordgue nao é provêvel gue serê necessêrio


9 — A interpretac&o de sprovavelr nesta Norma, como
nao se aplica necessarla- um exfluxo de recursos ague incorporem benefi-
-mais provêvel do gue nio,
cios econémicos para lidguidar a obrigacêo, seja
mente a outras Normas Contabilisticas e de Relato
poraue nêo pode ser feita uma estimativa sufi-
Financeiro.
cientemente fiëvel da auantia da obrigacao.

Provisées e outros itens (pardgrafos 10 a 12)


Reconhecimento (paragrafos 13 a 34)
Provisêes e outros passivos (pargrafo 10)
Provisêes (pardgrafos 13 a 25)
10 — As provisêes podem ser distinguidas de outros
passivos tais Como contas a pagar e aCréseimos comer- 13 — Uma proviséo sê deve ser reconhecida guando
ciais. As primeiras caracterizam-se pela existência de CGumulativamente:
incerteza acerca da tempestividade ou da guantia dos a) Uma entidade tenha uma obrigacêo presente (legal
dispêndios futuros necessêrios para a sua liguidacao ou construtiva) como resultado de um aconteci-
enduanto due: mento passado;
a) As contas a pagar comerciais sao passivos a pagar b) Seja provêvel gue um exfluxo de recursos ague
por bens ou servicos gue tenham sido facturados incorporem beneficios econémicos serê necessêrio
ou formalmente acordados com o fornecedor; e para licuidar a obrigacëo; e
b) Os acréscimos san passivos a pagar por bens ou ser- Cc) Possa ser feita uma estimativa fiëvel da guantia da
vicos ague tenham sido recebidos ou formecidos mas Obrigacao.
ague nêo tenham sido pagos, facturados ou formal-
mente acordados com o formecedor, incluindo dguan- Obrigacdo presente (pardgrafos 14 e 15)
tias devidas a empregados (por exemplo, guantias
14 — Em casos raros nêo ê claro se existe ou nao uma
relacionadas com pagamento acrescido de férlas). se
obrigacêo presente. Nestes casos, presume-se gue um
bem aue algumas vezes seja necessêrio estimar a
acontecimento passado dé origem a uma obrigacëo pre-
guantia ou tempestividade de acréscimos, a incerteza
sente se, tendo em conta toda a evidência disponivel, for
é geralmente muito menor da gue nas provisoes.
mais provaével do ague nêo ague tal obrigacao presente
Provisêes e passivos contingentes (pardgrafos 11 e 12) @xista & data do balanco.

11 —- Num sentido geral, todas as provisêes sêo contin- 15 — Em guase todos os casos serê claro se um aconle-
gentes porague sêo incertas na sua tempestividade ou cimento passado deu origem a uma obrigaGao presente.
guantia. Porém, nesta Norma o termo scontingente- & Em casos raros, por exemplo num processo judicial, pode
usado para passivos e activos gue nêo sejam reconheci- ser discutido duer se certos eventos ocorreram duer se
dos porague a sua existência somente serê confirmada esses eventos resultaram numa obrigacêo presente. Em
pela ocorrência ou nêo ocorrência de um ou mais even- tal caso, uma entidade determina se existe uma obriga-
tos futuros incertos naêo totalmente sob o controlo da cao presente & data do balanco tendo em conta toda a
entidade. Além disso, nesta Norma, a eXpressdo “pas- evidência disponivel incluindo, por exemplo, a opiniëo de
sivoO Gontingente- é usada para passivos aue nao salis- peritos. A evidência a considerar inclui gualguer evidência
facam os criterios de reconhecimento. adicional proporcionada por acontecimentos apês a data
do balanco. Com base em tal evidência a entidade:
12 - Esta Norma distingue entre:
a) Reconhece uma provisao, se os critérios de reco-
a) Provisêes — gue, desde gue possa ser efectuada
nhecimento forem satisfeitos, auando seja mais Dro-
uma estimativa fiëvel, sa0 reconhecidas como pas-
vêvel do aue nêo gue uma obrigacéo presente
sivos poraue sêo0 obrigacêes presentes e é prova-
exista & data do balanco; e
vel gaue um exfluxo de recursos aue incorporem
beneficios econémicos serê necessario para lidui- b) Divulga um passivo cantingente, guando seja mais
provêvel aue nenhuma obrigacao presente exista ê
dar as obrigacêes;e
data do balanco, a menos aue a possibilidade de um
Passivos contingentes - due nêo sêo reconhecidos
exflyxo de recursos aue incorporem beneficios eco-
COMO passivos pordue:
nAmicos seja remota (como dispêe o par&grafo 82).
j) Sêo obrigacëes possiveis, Uuma vez due carecem
de confirmacao sobre se a entidade tem ou néêo
Acontecimento passado (par&grafos 16 a 21)
uma obrigacao presente gue possa conduzir a
um exfluxo de recursos gue incorporem benelfi- 16 — Um acontecimento passado due conduza a uma
Clos EONAMICOS: OU obrigacao presente é chamado um acontecimento due
Sao obrigacêes presentes aue n4o satisfazem cria obrigacêes. Para um e@vento ser considerado um
os critérios de reconhecimento desta Norma, acontecimento due cria obrigaroes, Ë necessêrio due a

242
SNEC EXPLICADO 7 Nurmas Contabilisticas e de Ralato Financeira — NCRF 21

enlidade nao tenha nenhuma alternativa realista senao especifica) dê origem a uma obrigacêo construtiva. Por
liguidar a obrigacao por ele criada, o gue apenas ocorre: exemplo, guando forem causados danos ambientais
a) Ouando a liguidac&o da obrigacaêo possa ser pode n&o haver nenhuma obrigacëo para remediar as
imposta legalmente; ou CONSeAUÊNCIAS. Poréêm, o facto de ter havido o dano tor-
D) No caso de uma obrigacëo construtiva, guando o nar-se-& um acontecimento gue cria obrigac6es guando
evento (aue pode ser uma accêo da prêpria enti- uma nova lei exigir gue o dano existente seja rectificado
dade) crie expectativas vêlidas em terceiros de gue ou guando a entidade publicamente aceitar a responsa-
ela cumprirê a obrigacao. bilidade pela rectificac&o de uma maneira gue crie uma
Obrigacao construtiva,
17 — As demonstracëes financeiras tratam da posigao
financeira da entidade no fim do seu periodo de relato e 21 - Ouando os pormenores de uma nova lei proposta
nao da sua possivel posigëo no futuro. Conseguente- tiverem ainda de ser ultimados, uma obrigacao sê se
mente, nenhuma provisêo ê reconhecida para os custos verifica guando se tiver virtualmente a certeza de gue a
due necessitam de ser incorridos para operar no future. Os legislacêo seré aprovada nos termos constantes da pro-
UnIcos passivos reconhecidos no balanco de uma enti- posta. Para a finalidade desta Norma, tal obrigacao é
dade sêo os gue existam & data daauela demonstracêo. tatada como uma obrigacao legal.
18 - Sao apenas reconhecidas como provis6es as
Exfluxo provavel de recursos gue incorporem beneficios eco-
obrigag6es gue surgem provenientes de acontecimentos
nêmicos (pardgrafos 22 e 23)
passados aue existem independentemente de acc6es
futuras de uma entidade (isto é. a conduta futura dos 22 - Para gue um passivo se gualifiaue para reconhe-
Seus neg6ceios). Constituem exemplos de tais obriga- cimento precisa de haver n&o somente uma obrigacêo
C6es as penalizacëes ou os custos de limpeza de danas presente mas também a probabilidade de um exfluxo de
ambientais ilegais gue, em ambos os casos, dariam ori- recursos gue incorporem beneficios econémicos para
gem na liguidac#o a um exfluxo de recursos due incor- liguidar essa obrigacaêo. Para a finalidade desta Norma,
pore beneficios econémicos sem atencéo as futuras um exfluxo de recursos ou outro acontecimento é consi-
accbes da entidade. Pelas mesmas razêes, uma enti- derado como prov4vel se o acontecimento for mais pro-
dade reconhece uma provis&o para os custos de encer- vavel do gue nêo de ocorrer, isto é, se a probabilidade
ramento de um poco de petroleo ou de uma central elêc- de aue o acontecimento ocorrerê for maior do gue a pro-
trica nuclear até ao limite das suas obrigacoes de babilidade de isso no acontecer. Ouando n&o for pro-
rectificacao dos danos j& causados. Contrariamente, vavel oue exista uma obrigacêo presente, uma entidade
devido a pressêes comerciais ou exigéncias legais, uma divulga um passivo contingente, a menos gue a possibi-
entidade pode pretender ou precisar de levar a efeito lidade de um exfluxo de recursos due incorporem bene-
dispêndios para operar de uma forma particular no ficios econémicos seja remota (ver parêgrafo 82).
futuro (por exemplo, montando filtros de fumo num certo
24 - Ouando houver vêrias obrigac6es semelhantes
tipo de fAbricas). Dado aue a entidade pode evitar os
(por ex. garantias de produtos ou contratos semelhantes)
dispêndios futuros pelas suas préprias acc6es, por
a probabilidade de aue um exfluxo serê exigido na ligui-
exemplo, alterando o seu método de operar, ela néo tem
dacao é determinada considerando-se a classe de obri-
nenhuma obrigagêo presente relativamente a esse dis-
gac6ées como um todo. Se bem aue a probabilidade de
pêndio futuro e nao é reconhecida nenhuma provisêo.
exfluxo de agualguer item possa ser pegueno, pode bem
19 - Uma obrigagêo envolve sempre uma outra parte a ser possivel gue algum exfluxo de recursos serA neces-
guem a obrigacao & devida, sendo, por isso mesmo, Sêrio para liauidar a classe de obrigacées como um todo.
necessêria a identificacao da parte a auem a obrigacëo Se esse for o caso, Ê reconhecida uma provisêo (se os
ê devida (na verdade a obrigac&o pode ser ao publico outros oritêrios de reconhecimento forem satisfeitos).
em geral). Porgue uma obrigacêo envolve sempre um
COMProMISSO COM UMA OuUtra parte, isto implica aue uma Estimativa fidvel da obrigacao (par&grafos 24 e 25)
decisêo do érg&o de gestao apenas dé origem a uma
24 — O uso de estimativas é uma parte essencial da
Obrigacao construtiva & data do balanco se a decisêo
preparacao de demonstracêes financeiras & nêo preju-
tiver sido comunicada antes daaguela data aos afectados
dica a sua fiabilidade. sto é especialmente verdade no
por ela de uma maneira suficientemente especifica para
caso de provisêes, aue pela sua natureza sêo mais
suscitar neles uma expectativa valida de gue a entidade
incertas do due a maior parte de outros elementos do
Cumprirê as suas responsabilidades.
balanco. Excepto em casos extremamente raros, uma
20 - Um acontecimento ague nao dé origem imediata- entidade seré capaz de determinar uma gama de desfe-
mente a uma obrigac&o pode dé-la numa data posterior, por Chos possiveis e pode por isso fazer uma estimativa da
forca de alterac6es na lei ou poraue um acto da entidade obrigacao ague seja suficientemente fiëvel para usar ao
(nomeadamente, uma declaracëo publica suficientemente reconhecer uma provisêo.

243
7 Normas Contabllisticas e de Relata Financeira— NCRF 21 SNC EXPLICADO

25 — Nos casos exttemamente raros em due nenhuma 34 - Um activo contingente é divulgado, como exigido
estimativa fiëvel possa ser feita, existe um passivo due pelo parêgrafo 84, guando for provavel um influxo de
nao pode ser reconhecido. Esse passivo é divulgado beneficios econbmICos.
como um passivo contingente (ver parêgrafo 82). 34 — Os activos contingentes sao avaliados continua-
damente para assegurar aue os desenvolvimentos
Passivos contingentes (pargrafos 26 a 29) sejam apropriadamente reflectidos nas demonstrac6es
926 — Uma entidade nêo deve reconhecer um passivo financeiras. Se se tornar virtualmente certo gue ocorrera
Conlingente. um influxo de beneficios econémicos, o activo e o rendi-
mento relacionado san reconhecidos nas demonstra-
27 — Um passivo contingente é divulgado, como exi- Gêes financeiras do periodo em ague a alteracêo ocorra.
gido pelo parêgrafo 82, a menos aue seja remola a pos- Se um inflyxo de beneficios econémicos se tornar prové-
sibilidade de um exfluxo de recursos ague incorporem vel, uma entidade divulga o activo contingente (ver parê-
beneficios econ6mMIEOs. grafo B4).
28 — Ouando uma entidade estiver conjunta e solidaria-
mente comprometida a uma obrigacao, a parte da obri- Mensurac4o (par&grafos 35 a 52)
gacao ague se espera due seja satisfeita por outras par-
tes é tratada como um passivo contingente. A entidade A melhor estimativa (parêgrafos 35 a 41)
reconhece uma provisêo correspondente & parte da
35 — A ouantia reconhecida como uma provisao deve
obrigacêo pela aual seja provéêvel um exfluxo de recur-
ser a melhor estimativa do dispêndio exigido para ligui-
sos gue incorporem beneficios econémIcoOs, excepto nas
dar a obrigacêo presente & data do balanGo.
circunstências extremamente raras em due nenhuma
estimativa possa ser feita. 36 —A melhor estimativa do dispêndio exigido para
liauidar a obrigaG&o presente é a guantia gue uma enti-
29 — Os passivos contingentes podem desenvolver-se
dade racionalmente pagaria para liduidar a obrigacëo a
de uma maneira nao inicialmente esperada. Por isso, Sê0 data do balanco ou para a transferir para uma terceira
continuadamente avaliados para determinar se um exfluxo parte nesse momento. Ser muitas vezes impossivel ou
de recursos gue incorporem beneficios economicos se proibitivamente dispendioso liguidar ou transferir uma
tormou provavel. Se se tornar provével gue um exdluxo de obrigacao a data do balanco. Porém, a estimativa da
beneficios econémicos futuros serê* exidido” para um aguantia aue uma entidade racionalmente pagaria para
item previamente tratado €omo um passivo conlingenle, ê liauidar ou transferir a obrigacêo produz a melhor esti-
reconhecida uma provis&o nas demonstracêes financeiras mativa do dispêndio exigido para a liguidar.
do perlicdo em aue a alterac&o da probabilidade ocorra
37 - As estimativas do desfecho e do efeito financeira
(excEepto nas circunstências exttemamente raras em due
Sao determinadas por julgamentos, complementados
nenhuma estimativa fiavel possa ser feita).
pela experiëncia de transaccoes semelhantes e, em
Activos contingentes (parégrafos 30 a 34) alguns casos, por relatos de peritos independentes. A
evidência considerada inclui aualguer evidéncia adicio-
30 - Uma entidade nêo deve reconhecer um activo nal proporcionada por acontecimentos apés a data do
Contingente. balanco.
41 — Os activos contingentes surgem normalmente de 3B — As incertezas aue rodeliam a duantia a ser reco-
acontecimentos nêo planeados ou de outros nao espera- nhecida come uma provisêo sêo tratadas por vêrios
dos ague dêo origem & possibilidade de um influxo de meios de acordo com as circunstêancias.
beneficios econémicos para a entidade. Um exemplo ë
39 — Ouando a provisêo a ser mensurada envolva uma
uma reivindicagêo aue uma entidade esteja a intentar
grande populacêo de itens, a obrigacêo é estimada porn-
por intermeédio de processos legais, guando o desfecho
derando todos os possiveis desfechos pelas suas pro-
seja incerto.
babilidades associadas. O nome para este mêtodo esta-
32 — Os activos contingentes nêo sêo reconhecidos tistico de estimativa é -o valor esperados. A provisêo
nas demonstrac6es financeiras desde due isto possa ser& por isso diferente dependendo de se a probabili-
resultar no reconhecimento de rendimentos due possam dade de uma perda de uma dada auantia seja, por
nunca ser realizados. Poréêm, auando a realizacêo de exemplo, de 60 por cento ou de 90 por cento. Ouando
rendimentos esteja virtualmente certa, entao o activo houver uma escala continua de desfechos possiveis, &
relacionado nao é um activo contingente e o seu reco- cada ponto nessa escala é t&0 provavel como gualguer
nhecimento é apropriado. outro, é usado o ponto médio da escala.

” As palavras sublinhadas ioram corrigidas pelo editor por incoerência do original.

244
SNC EXPLICADODO 7 Narmas Contabilisticas e de Relatp Financeiro —- NCRF 21

40 — Ouando uma unica obrigacêo estiver a ser men- 47 — A taxa (ou taxas) de desconto deve(m) ser uma
surada, o desfecho individual mais provêvel pode ser a taxa (ou taxas) antes dos pré-impostos gue reflicta(m) as
melhor estimativa do passivo. Porém, mesmo em tal avaliac6es correntes de mercado do valor temporal do
caso, a entidade considera outras conseaguências possi- dinheiro e dos riscos especificos do passivo. As) laxal(s)
veis. Ouando outras conseguências possiveis forem ou de desconto nêo deve(m) reflectir riscos relativamente
maioritariamente mais altas ou maioritariamente mais aos guais as estimativas dos fluxos de caixa futuros
baixas do ague a conseaguência mais provêvel, a melhor tenham sido ajustadas.
estimativa serd uma guantia mais alta ou mais baixa. Por
exemplo, se uma entidade tiver de rectificar uma avarlia Acontecimentos futuros (par&grafos 48 a 50)
grave numa fébrica importante aue tenha construido 48 — Os acontecimentos futuros gue possam afectar a
para um cliente, a conseaguência mais provavel pode ser auantia necessaria para liguidar uma obrigacao devem
a reparacao ter sucesso & primeira tentativa por um ser reflectidos na guantia de uma provisêo auanda hou-
Custo de 1000, mas é feita uma provis&o por uma aguan- ver evidência objectiva suficiente de aue eles ocorrerao.
tia maior se houver uma possibilidade significativa de
aue ser&o necessarias lentativas posteriores. 49 — Os acontecimentos futuros esperados podem ser
particularmente imporlanies ao mensurar as provisêes. Por
A1- A posic&o é mensurada antes dos impostos, por- exemplo, uma entidade pode orer aue o custa de limpar
due as conseguëncias fiscais da provisao, e alteracoes um local no fim da sua vida ut serê reduzido por altera-
na mesma, sêo tratadas pela NCRF 25 - Impostos sobre Cêes futuras de tecnologia. A guantia reconhecida reflecte
o Rendimento, uma expectativa razoëvel de observadores tecnicamente
aualificados e objectivos, tendo em conta toda a evidência
Riscos e incertezas (paragrafos 4? a 44) disponivel oguanto & tecnologia gue estarê disponivel no
42 — Os riscos e incertezas aue inevitavelmente momento da limpeza. Por conseguinte é apropriado incluir,
rodeiam muitos acontecimentos e circunstancias devem por exemplo, reducêes de custo esperados associados
ser tidos em conta para se chegar &A melhor estimativa com experiëncia acrescida na aplicac&o de tecnologia
de uma provisêo. existente ou o custo esperado de aplicacêo de tecnologia
existente a uma operaGëo de limpeza maior ou mais com-
43 — O risco descreve a variabilidade de destechos. Um
plexa da ague previamente tenha sido levada a efeito.
ajustamento do risco pode aumentar a auantia pela gual é
Porém, uma entidade nao antecipa o desenvolvimento de
mensurado um passivo. É necessêria cautela ao fazer jui-
uma tecnologia completamente nova de limpeza a menos
ZOS em condic6es de incerteza, a im de aue os rendimen-
due tal seja apoiado por evidência objectiva suficiente.
tos ou activos nêo sejam subavaliados e os gastos ou pas-
Sivos nêo sejam sobreavaliados. Porém, a incerteza nao 50 — O efeito de nova legislacêo possivel é tido em con-
justifica a criagao de provisêes excessivas ou uma sobre- siderac4&o na mensuracaêo de uma obrigacêo existente
avaliacêo deliberada de passivos. Por exemplo, se os cus- duando exista evidência objectiva suficiente de gue a pro-
tos projectados de um desiecho particularmente adverso mulgacao da lei é virtualmente cerla. Alêm disso, ê regue-
forem estimados numa base prudente, esse desfecho nêo rida evidência guer do gue a legislacao vai exigir guer de
é entao deliberadamente tratado como mais provavel do due a sua implementacëo sêo virtualmente certas.
aue for realisticamente o caso. E necessêrio cuidado para
evitar duplicar ajustamentos do risco & incerteza com a Alienacao esperada de activos (pargrafos 51 e 52)
Consedguente sobreavaliacëo de uma Provisêo. 51 - Os ganhos da alienacêo esperada de activos nao
AA — A divulgac&o das incertezas gue rodeiam a guantia devem ser tidos em consideracao ao mensurar uma pro-
do dispêndio é feita de acordo com o paragrafo 82 b). visaO.

52 - Os ganhos na alienac&o esperada de activos na0


Valor presente (pardgrafos 45 a 47) Sao tidos em conta ao mensurar uma provisêo, mesmo
45 — Ouando o efeito do valor temporal do dinheiro for gue a alienacéo esperada esteja intimamente ligada ao
material, a guantia de uma provisêo deve ser o valor pre- acontecimento gue da origem & provisêo. A entidade
Sente dos dispêndios due se espera aus sejam neces- apenas reconhece ganhos nas alienacbes esperadas de
Sêrios para liguidar a obrigacao. aclivos no momento especificado pela NCRF aue trata
dos respectivos activos,
46 — Por causa do valor tempoaral do dinheiro, as provi-
soes relacionadas com extlyxos de caixa aue surjam
logo ap6s a data do balanco sa0 mais onerosas do gue Reembalsos (parêgrafos 53 a 57)
aauelas em aue os exfluxos de caixa da mesma auantia 53 - Ouando se esperar gue algum ou todo o dispên-
surgem mais larde. As provisêes sao por isso desconta- dio necessêrio para liguidar uma provisao possa ser
das guando o efeito seja material. reembolsado por uma outra parte, o reembolso deve ser

245
7 Normas Contabilisticas e de Helata Finanreira —- NCRF 21 SNC EXPLICADO

reconhecido aguando, e somente guando, seja virtual- Aplicagio das regras de reconhecimento e de mensu-
mente certo gue o mesmo serd recebido se a entidade racao (parégrafos 62 a 80)
iguidar a obrigagao. O reembolso deve ser tratado como
um aclivo separado, nê&o devendo a auantia reconhecida
Perdas operacionais futuras (paragrafos 62 e 63)
para oreembolso exceder a guantia da Drovisêo. 62 — Nao devem ser reconhecidas provisêes para per-
54 — Na demonstracao dos resultados, o gasto relacio- das operacionais futuras, uma vez gue estas nêo satisfa-
nado com uma provisêo pode ser apresentado liguido Zem a definicao de passivo nem os critêrios gerais de
reconhecimento estabelecidos.
da guantia reconhecida do reembolso gue Ihe esteja
associado. 63 — Uma expectativa de perdas operacionais futuras
55 — Algumas vezes, uma entidade é capaz de esperar é uma indicac&o de aue certos activos da unidade ope-
gue outra parte pague parte ou lodo o dispêndio neces- racional podem estar em imparidade, pelo gue a enti-
sêrio para liguidar a provisêo (por exemplo, por intermé- dade deverê testar estes activos guanto a imparidade
dio de contratos de seguro, clêausulas de indemnizacëo segundo a NCRF 12 - Imparidade de Activos.
ou garantias de fornecedores). A outra parte pode reem-
bolsar auantias pagas pela entidade ou pagar directa- Contratos onerosos (parêgrafos 64 a 67)
mente as guantias. 64 - Se a entidade tiver um contrato gue seja oneroso,
56 - Na maioria dos casos, a entidade permanecera a obrigacêo presente segundo o contrato deve ser reco-
comprometida pela totalidade da guantia em auestêo de nhecida e mensurada como uma provisêo.
forma aue a entidade teria de liguidar a guantia inteira 65 — Muitos contratos (por exemplo, algumas ordens
se a terceira parte deixou de efectuar o pagamento por de compra de rotina) podem ser cancelados sem pagar
aualaguer razao. Nesta situacë&o, uma provisdo ê raco- ComMpensacao & outra parte e por isso nêo ha obrigacao.
nhecida para a guantia inteira do passivo e um activo Outros contratos estabelecem tanto direitos como obri-
separado é reconhecido pelo reembolso esperadao gac6es para cada uma das partes do contrato. Ouando
guando seja virtualmente certo gue o reembolso ser os eventos tornem tal contrato oneroso, o contrato ca
recebido se a entidade liguidar o passivo. dentro do Ambito desta Norma, existindo um passivo
57 —- Nalguns casos, a entidade nêo estarê comprome- gue é reconhecido. Os contratos executivos gue nêo
tida pelos custos em duestao se a terceira parte deixar sejam onerosos caem fora do &mbito desta Norma.
de efectuar o pagamento. Em tal caso a entidade nêo 66 — Esta Norma define um contrato onereso como um
tem nenhum passivo por esses custos nêo sendo assim Contrato em due os Eustos inevitêveis de satisfazer as obri-
incluidos na provisêo. gacêes segundo o contrato excedem os benelicios econd-
micos gue se espera venham a ser recebidos segundo o
Alteraces em provisêes (parigrafas 58 e 59) mesmo. Os custos inevitéveis segundo um contrato reflee-
58 — As provisêes devem ser revistas a data de cada tem o menor do custo liguido de sair do contrato, due é o
balanco e ajustadas para reflectir a melhor estimativa mais baixo do custo de o cumprir e de gualguer compensa-
Corrente. Se deixar de ser provavel gue serd necessêrio C&o ou de penalidades provenientes da falta de o cumprir.
um exfluxo de recursos ague incorporem beneficios eco- 67 - Antes de ser estabelecida uma provisêo separada
némicos futuro para liguidar a obrigacëo, a provisdo para um contrato oneroso, uma entidade reconhece
deve ser revertida. Oualauer perda de imparidade aue tenhia ocorrido nos
59 — Ouando seja usado o desconto, a duantia eseritu- activos inerentes a esse contrato (ver a NCRF 12 - Impa-
rada de uma provisêo aumenta em cada periodo para ridade de Activos).
reflectir a passagem do tempo. Este aumento é reconhe-
cido como um gasto financeiro. Reestruturacao (parêgrafos 68 a 80)
68 - A definic&o de reestruturacao por regra inclui,
Uso de provisdes (pardgrafos 60 e 61) entre outras, as seguintes situacoes:

60 - Uma provis&o deve ser usada somente para os a) Venda ou cessacao de uma linha de neg6cios;
dispêndios relativos aos aguais a provisêo foi original- b) O fecho de locais de negécio num pals ou regiëo ou
mente reconhecida. a deslocalizac&o de actividades de negécio de um
pais ou de uma regiëo para um outro ou uma outra;
61 —- Somente os dispêndios gue se relacionem com a
Provisao original sêo contrabalancados com a mesma. Cc) Alterac6es na estrutura de gestêo, como por exem-
Contrabalancar os dispêndios com uma provisao ague foi plo a eliminacao de um determinado nivel; e
originalmente reconhecida para uma outra finalidade d) Reorganizacêes fundamentais gue tenham um efeito
esconderia o impacto de dois acontecimentos diferentes. material na natureza e foco das operacëes da entidade.
SNEC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro— NCRF 21

69 - Uma provisêo para custos de reestruturacêo D) Anunciado as principais caracteristicas do plano de


somente é reconhecida guando os critérios de reconhe- reestruturacëo aagueles afectados pelo mesmo, de
cimento gerais de provisêes estabelecidos no parêgrafo 13 forma suficientemente especifica para suscitar
sejam satisfeitos. Os paragrafos 70 a BO estabelecem expectativas vêlidas nos mesmos de ague a enti-
COMO os Critërios gerais de reconhecimento se aplicam dade irê realizar a reestruturacëo.
a reestruturacOes. Se uma entidade comecar a implementar um plano de
70 - Uma obrigacao construtiva de reestruturar surge reestruturacao, ou se anunciar as suas principais caracte-
somente guando uma entidade: risticas aaueles afectados pelo plano, sê depois da data
do balanco, é exigida divulgac#o segundo a NCRF 24 —
a) Tenha um plano formal detalhado para a reestrutu-
Acontecimentos apos a Data do Balanco, se a reestrutura-
ragëo identificando pelo menos:
cao for material e se a nao divulgacao puder influenciar as
i).O negêécio ou parle de um negécio em guestao;
decisêes econémicas dos utentes tomadas com base nas
ii) As principais localizacoes afectadas;
demonstracêes financeiras.
iii) A localizacêo, funcëo e nimero aproximado de
empregados aue receberêo retribuicëes pela 14 — Se bem due uma obrigacêo construtiva nio seja
CESSAGAO doS Seuss servicos; Criada unicamente por uma decisêo do 6rgëo de gestao,
iv) Os dispênidios gue serêo levados a efeito;e uma obrigacêo pode resultar de outros eventos anterio-
v) Ouando serê implementado o plano; e res juntamente com tal decisêo. Por exemplo, negocia-
b) Tenha criado uma expectativa vélida nos afectados Oëes com representantes de empregados para paga-
de aue levara a efeito a reestruturac&o ao comecar mentos de cessagao de emprego, ou com compradores
a implementar esse plano ou ao anunciar as suas para a venda de uma unidade operacional podem ter
principais caracteristicas aos afectados por ele. sido concluidas sujeitos somente a aprovacëo do 6rgao
de gestao. Uma vez gue a aprovacao tenha sido obtida
71 -A evidência de aue uma entidade tenha come- e Comunicada a outras partes, a entidade tem uma obri-
Cado a implementar um plano de reestruturacëo sera gacao construtiva de reestruturar, se as condicêes do
proporcionada, por exemplo, ao desmantelar a fAbrica par&grafo 70 forem satisfeitas.
ou ao vender activos ou pelo antncio publico das princi-
pais caracteristicas do plano. Um anuncio publico de um 75 —- Nenhuma obrigacêo surge pela venda de uma uni-
plano detalhado para reestruturar somente constitui uma dade operacional até gue a entidade esteja comprometida
obrigacêo construfiva para reestruturar se ele for feito de com a venda, isto é, hala um acordo de venda vinculativo.
tal maneira & em pormenor suficiente (isto é, estabele- 76 - Mesmo auando uma entidade tenha tomado
Cendo as principais caracteristicas do plano) aue dé ori- uma decisao de vender uma unidade operacional &
gem a expectativas validas em outras partes, tais como anunciado publicamente essa decisêo, ela nao pode
clientes, formecedores e empregados (ou os seus repre- estar comprometida com a venda afé aue um compra-
sentantes) de gue a entidade levarê a efeito a reestrulu- dor tenha sido identificado e due haja um acordo vin-
racëo. Culativo de venda. Até gue haja um acordo vinculativo
12 — Para gue um plano seja suficiente para dar ori- de venda, a entidade estarê em condicêes de alterar a
gem a uma obrigacao construtiva ouando comunicado sua intencao e& na verdade tera de tomar uma outra
aos afectados pelo mesmo, a sua implementacao neces- orientacao se nao puder ser encontrado um compra-
sita ser planeada para comecar logo due possivel e ser dor em termos aceitêveis. Ouando a venda de uma
Ccompletada segunido um calendêrio aue torne improvê- unidade operacional for concebida como parte de uma
veis alterac6es significativas ao plano. Se se esperar reestruturacao;, os activos da unidade operacional sêo
Gue haver& uma longa demora antes da reestruturacêo revistos Gguanto & sua imparidade, segundo a NCRF 12 —
COmecar ou gue a reestruturagao levard um longo tempo Imparidade de Activos. Ouando uma venda for
nao razoavel, & improvaêvel gue o plano suscite uma somente parte de uma reestruturaGêo, uma obrigaGêo
expectativa valida da parte de outros de aue a entidade construtiva pode surgir para as outras partes da rees-
estê presentemente comprometida com a reestrutura- truturaGëo antes aue exista um acordo de venda vincu-
Go, pordue o calendario da oportunidades & entidade lativo.
de alterar os seus planos. 11 - Uma provisêo de reestruturacëo somente deve
73 - Uma decisao de reestruturacao, tomada pelo incluir os dispêndios directos provenientes da reestrutu-
6rgao de gestao, antes da data do balanco nêo conduz F&AGaO0, due Sê0 os due sejam duer:
a uma obrigac&o construtiva & data do balanco a menos a) Necessariamente conseguentes da reestruturacao;
ague a entidade tenha, antes desta data: auer
a) Iniciado a implementac&o do plano de reestrutura- b) Nao associados com as actividades continuadas
CAO; ou da entidade,

247
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCARF 21
SNC EXPLICADO

78 — Uma provisao de reestruturacêo nao inclui custos 84 — Ouando um influxo de beneficios econémicos for
tais Como: provêvel, uma entidade deve divulgar uma breve descri-
G&o da natureza dos activos contingentes & data do
a) Retreinar ou deslocalizar pessoal aue continua;
balanco e, guando praticével, uma estimativa do seu
b) Comercializacêo; ou
efeito financeiro, mensurada usando os principios esta-
Cc) Investimento em novos sistemas e redes de distri- belecidos para as provisêes nos paragrafos 35 a 52,
DUIC&O.
85 — E importante gue as divulgac6es de activos con-
Estes dispêndios relacionam-se com a conduta futura tingentes evitem dar indicacées enganosas da probabili-
da entidade e nao sao passivos de reestruturagao a data
dade de surgirem rendimentos.
do balanco. Tais dispêndios sêo reconhecidos na
mesma base como se surgissem independentemente de 86 — Ouando aualauer da informacao exigida pelas
uma reestruturacao. parégrafos 82 e 84 nao estiver divulgada pordgue nao é
praticêvel fazé-lo, esse facto deve ser declarado.
79 — Perdas operacionais futuras identificêveis alé a
data de uma reestruturag&o nao sao incluidas numa pro-
visao, a menos aue se relacionem com um contrato one- Data de eficacia (paragrafo 87)
roso como definido no par&grafo 8.
87 —- Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
80 —- Como esxigido pelo par&grafo 51, os ganhos espe- primeiro periodo due se inicie em ou apês 1 de Janeiro
rados na alienaGëo de activos nêo sêo tidos em conside- de 2010.
racëo na mensuracao de uma provisao de reestrutura-
C&0, mesmo se a venda de activos for vista como parte
Anexo A
da reestruturacao.
Arvore de decisêo
Divulgacaes (paragrafos 81 a 86) A finalidade deste anexo ê a de resumir os principais
reguisitos de reconhecimento da NCRF 21, para provi-
81 — Para cada classe de proviséo, uma entidade deve
ses e passivos Contingentes.
divulgar:
a) A guantia escriturada no comeGo e no fim do periodo;
D) As provisêes adicionais feitas no periodo, incluindo
aumentos nas provisêes existentes;
Cc) As guantias usadas (isto é, incorridas e debitadas &
Drovis&o) durante o periodo;
d) Ouantias nêéo usadas revertidas durante o periodo; e ComecD
e) O aumento durante o periodo na duantia descon-
tada proveniente da passagem do tempo e o efeito
de agualauer alteracêo na taxa de desconto. Obrigac3o presente' - A
Nao é exigida informacao comparativa. “como conseguëneia de" ha Obrigagio Nao
um acontecimenta gue.” possivel?
82 — A menos aue a possibilidade de gualguer exfluxo . cria obrigagdes
na liduidacêo seja remota, uma entidade deve divulgar j Sim
para cada classe de passivo contingente a data do | Sim
balanco uma breve desericê&o da natureza do passivo 7 No Sim
C Exdlyxg possivel? Remoto? :
contingente e, guando praticêvel:
a) Uma estimativa do seu efeito financeiro, mensurado
Sim
segundo os parêgrafos 35 a 52;
Mia (raro) s
b) Uma indicacao das incerlezas aue se relacionam ' Estimativa lidvel? |
com a duantia ou momento de ocorência de agual-
auer exfluxo:e | Sim |
Cc) A possibilidade de aualguer reembolso.
Provisionar Dinge pesvo Nêo fazer nada
83 — Ouando uma provisêo e um passivo contingente | | Contingente
surjam provenientes do mesmo conjunto de circunstên- Nota: Em casos raros, nêo estê claro se hê uma obrigacêo presente. Nestes
cias, uma entidade faz as divulgacêes exigidas pelos Casos, onsidera-se gue um acontecimento passado da origem a uma obri-
Hacëo presente se, tendo em considerasëo toda a svidência dispontvel, for
parêgrafos 81 e 82 de uma maneira aus eles mostrem a mais provêvel do aue n&o aue uma obrigasêo presente exista & data do
ligac&o entre a provisêo e o passivo contingente. balanta (paragrafo 15 dasta Norma).

248
SIC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relalo Financeira —- NCRF 22

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO Apoio do Governo: é a acgëo concebida pelo Governo


para proporcionar beneficios econémicos especificos a
FINANCEIRO 22 uma entidade ou a uma categoria de entidades gue a
eles se propêem segundo certos critérios. O apoio do
CONTABILIZACAO DOS SUBSIDIOS DO GOVERNOE Governo, para os fins desta Norma, nao inclui os beneff-
DIVULGACAO DE APOIOS DO GOVERNO Cios Unica e indirectamente proporcionados através de
accbes ague afectem as c€ondicêes comerciais gerais,
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem por
tais como o fomecimento de infra-estruturas em &reas de
base a Norma Intermacional de Contabildade AS 20 — Con-
desenvolvimento ou a imposicëo de restric6es comer-
tabilizacêo dos Subsidios do Governo e Divulgacêo de
Ciais sobre concorrentes.
Apoics do Governo, adoptada pelo texto original do Regula-
mento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. Governo: refere-se ao Governo, agências do Governo
Sempre ague na presente norma existam remissêes e organismos semelhantes, sejam eles locais, naeionais
para as normas intermacionais de contabilidade, entende- ou intemacionais.
-se ague estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- Justo valor: é a aguantia pela aual um activo pode ser
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do trocado ou um passivo liguidada, entre partes conhece-
Parlamento Furopeu e do Conselho de 19 de Julho e, em doras e dispostas a isso, numa transaccëo em gue nêo
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) @xista relacionamento entre elas.
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. Subsidios do Governo: sao auxilios do Governa na
forma de transferência de recursos para uma entidade
Objectiva (parêgrafo 1) em troca do cumprimento passado ou futuro de certas
condicées relacionadas com as actividades operacio-
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato nais da entidade. Excluem as formas de apoio do
Financeiro é o de prescrever os procedimentos gue uma Governo &s auais nêo possa razoavelmente ser-lnes
entidade deve aplicar na contabilizac&o e divulgacêo de dadc um valor e tansacceées com o Governo gue nêo se
subsidios e apoios do Governo. possam distinguir das transacce6es comerciais normais
da entidade.
Ambito (paragralos?2 e 3) Subsidios néo reembolsêveis: sê0 apoios do Governo
em aue existe um acordo individualizado da sua conces-
2 — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacëo e
sêo a favor da entidade, se tenham cumprido as condi-
na divulgacëo de subsidios do Governo e na divulgacao
cées estabelecidas para a sua concessêo e nêo existam
de outras formas de apoic do Governo.
duvidas de gue os subsidios serêo recebidos.
4 — Esta Norma n&o trata: Subsidios relacionados com activos: sê0 subsidios do
a) Os problemas especiais gus surgem da contabili- Governo cuja condic&o primordial é a de gue a entidade
Zacao dos subsidios do Governo em demonstra- gue a eles se propêe deve comprar, construir ou por
cêes financeiras aue reflictam os efeitos das altera- gualauer forma adauirir activos a longo prazo. Podem
cêes de precGos ou na informacao suplementar de também estar ligadas condicêes subsidiërias restrin-
uma natureza semelhante; gindo o tipo ou a localizacëo dos activos ou dos perio-
D) O apoio do Govermo due seja proporcionado a uma dos durante os auais devem ser adauiridos ou detidos.
entidade na forma de benetfcios aue ficam disponi- Subsidios relacionados com rendimentos: sao subsi-
veis ao determinar o rendimento colectével ou due dios do Govermo aue néo sejam os aue estao relaciona-
sejam determinados ou limitados na base de passi- dos com activos.
vos por impostos sobre o rendimento (tais como
isenc6es temporêrias do imposto sobre o rendi- 5 —O apoio do Governo assume muilas iormas
variando guer na natureza da assistência dada duer nas
mento, créditos de impostos por investimentos, per-
condic6es due est&ao geralmente ligadas a ele. O propê-
missao de depreciacêes aceleradas e taxas reduzi-
sito dos apoics pode ser o de encorajar uma entidade a
das de impostos sobre o rendimento);
seguir um certo rumo due ela normalmente no teria
Cc) A participacao do Governo na propriedade (capital)
tomado se o apoio nêo fosse proporcionado.
da entidade; e
d) Os subsidios do Governo cobertos pela NCRF 17 - 6 —A aceitac&o de apoio do Governo por uma entidade
Agricultura: pode ser significativa para a preparacêo das demonstra-
c6es financeiras por duas raz6es. Primelira, pordue se os
recursos tiverem sido transferidos, deve ser encontrado
Definicdes (paragrafos 4 a 7) um mêtodo apropriado de contabilizac&o para a transfe-
4 — Os termos gue se seguem sêo usados nesta rência. Segunda, porgue é desej&vel dar uma indicacêo
Norma com os significados especificados: da extensao pela aual a entidade beneficiou de tal apoio

249
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 22

durante o periodo de relato. Isto facilita as Comparac6es numa base sistematica e racional durante os periodos
das demonstracoes financeiras da entidade com as de Contabilisticos necessêrios para balanceë-los com as
periodos anteriores e com as de outras entidades. Custos relacionados. O reconhecimento nos rendimentos
dos subsidios do Governo na base de recebimentos nêéo
7 — Os subsidios do Governo sêo algumas vezes deno- esta de acordo com o principio contabilistico do acrés-
minados por outros nomes, como por exemplo, dota- cimo (ver NCRF 1 - Estrutura e Conteudoe das Demons-
goes, subveng6es ou prémios. tracëes Financeiras) e tal sê serd aceitêvel se nao existir
Oualguer outra base para imputar os subsidios a perio-
Subsidios do Governo (parégrafos 8 a 25) dos, due nao seja a de os imputar aos periodos em aus
Sêo recebidos.
8 — Os subsidios do Governo, incluindo subsidios nêo
monetêrios pelo justo valor, sê devem ser reconhecidos 15 - Na maior parte dos casos os periodos durante os
ap6s existir seguranca de aue: auais uma entidade reconhece os custos ou gastos rela-
a) A entidade cumprirê as condicoes a eles associa- Cionados com um subsidio do Governo sêo prontamente
dasie determindêveis e, por conseguinte, os subsidios assoria-
dos ap reconhecimento de gastos especificos $ê0 reco-
b) Os subsidios serêo recebidos,
nhecidos como rédito no mesmo perioda do gasto rela-
9 — Um subsidio do Governo nao é reconhecido, alé cionado. Semelhantemente, os subsidios relacionados
aue haja seguranca razoëvel de gue a entidade cumprirê com activos deprecidveis sêo geralmente reconhecidos
as condicëes a ele associadas, & aue o subsidio ser Como rendimento durante os periodos & na proporGêo
recebido. O recebimento de um subsidio naêo propor- em ague a depreciacao desses aclivos @ reconhecida.
ciona ele préprio prova conclusiva de gue as condicêes
associadas ao subsidio tenham sido ou serao cumpridas.
16 - Os subsidios relacionados com activos nêo
depreciëveis podem também reaguerer o Cumprimento
10 —- A maneira pela gual um subsidio é recebido nêo de certas obrigaGées e serao entao reconhecidos como
afecta o meétodo contabilistico a ser adoptado com res- rendimento durante os periodos ague suportam o custo
peito ao subsidio. Por conseguinte, um subsidio ê conta- de satisfazer as obrigacées. Como exemplo, temos due
bilizado da mesma maneira guer ele seja recebido em um subsidio de terrenos pode ser condicionado pela
dinheiro auer como reducëo de um passivo para com o ConNstrucêo de um edificio no local, podendo ser apro-
Governo. priado reconhecë-lo como rendimento durante a vida do
11 —- Uma vez gue o subsidio do Govermo seja reco- edificio.
nhecido, gualguer contingência relacionada sera tratada 17 - Os subsidios sêo algumas vezes recebidos como
de acordo com a NCRF 21 - Provisêes, Passivos Contin- um pacote de ajudas financeiras ou fiscais a gue estêo
gentes e Activos Contingentes. associadas um certo numero de condic6es. Em tais
Casos, Ê necessêrio cuidado na identificagêo das condi-
12 — Os subsidios do Governo nêo reembolsêveis rela-
c6es aue dao origem aos custos e gastos due determi-
Cionados com activos fixos tangiveis e intangiveis devem
nam os periodos durante os guais o subsidio sera
ser inicialmente reconhecidos nos Capitais Préprios e,
Obtido. Pode ser apropriado imputar parte de um subsi-
subseguentemente:
dio numa determinada base e parte numa outra,
a) Ouanto aos gue respeitam a activos fixos tangiveis
deprecidveis & intangiveis com vida util definida, 18 — Um subsidio do Governo gue se tore recebivel
imputados numa base sistematica como rendimen- COMO COMPpensacao por gastos ou perdas jê incorridos
tos durante os perlodos necessêrios para balanceë- ou para a finalidade de dar suporte financeiro imediato &
-los com os gastos relacionados gue se pretende entidade sem agualguer futuro custo relacionado deve
Oue eles compensem; ser reconhecido como rendimento do periodo em gue se
tornar recebivel.
b) Ouanto aos gue respeitem a activos fixos tangiveis
nao depreciëveis e intangiveis com vida util indefi- 19 - Em algumas circunstências, um subsidio do
nida mantidos nos Capitais Préprios, excepto se a Governo pode ser concedido para a finalidade de dar
respectiva guantia for necessêria para compeasar suporte financeiro imediato a uma entidade e nêo como
agualguer perda por imparidade. um incentivo para levar a cabo dispêndios especificos.
Tais subsidios podem ser limitados a uma entidade indi-
13 —- Os subsidios do Governo reembolsêveis so con-
vidual e podem nêo estar disponiveis para toda uma
tabilizados como Passivos. No caso de estes subsidios
classe de beneficiêrios. Estas circunstências podem
adouirirem a condic&o de nêo reembolsêveis, deverëo
garantir o reconhecimento de um subsidio como rendi-
passar a ter o tratamento referido no ponto 12.
mento no periodo em due a entidade se agualificar para o
14 - E fundamental due os subsidios da Governo receber, com a divulgacao necessêria para assegurar
sejam reconhecidos na demonstrac&o dos resultados gue 0 seu efeito seja claramente compreendido,

250
SNG EXPLICADD 7 Normas Cantabilisticas e de Relaln Financelro — NCRF 22

20 — Um subsidio do Governo pode tornar-se recebivel estas nêo existam, o reembolso deve ser reconhecido
por uma entidade como compensagao por gastos ou imediatamente como um gasto.
perdas incorridos num periodo anterior. Um tal subsidio ë
reconhecido como rendimento do periodo em gue se tor- Apoio do Governo (parigrafos 26 a 30)
nar receblivel, com a divulgaG&o necessêria para assegu-
rar gue D seu efeito seja claramente compreendido. 26 —- Certas formas de apoio do Govermo due nao possam
ter um valor razoavelmente atribuido sêo excluidas da delfini-
Subsidios do Governo nao monetdrios (parêgrafo 21) Cêo de apoio do Govermo dada no parêgrafo 4, assim como
as transaccëes com o Govermo due nao possam ser distin-
21 —- Um subsidio do Governo pode tomar a forma de
Ouidas das operac6es comerciais normais da entidade.
transferência de um activo n&o monetêrio, tal como terre-
nos ou outros recursos, para uso da entidade. Nestas 21 - S&o exemplos de apoio due nêo podem de uma
Circunstências é usual avaliar o justo valor do activo nio maneira razoëvel ter valor atribuido os conselhos técni-
monetario & contabilizar guer o subsidio duer o activo cos e de comercializacao gratuitos e a concessêo de
por esse justo valor. Caso este nêo possa ser determi- garantias. Um exemplo de apoio gue nêo pode ser dis-
nado com fiabilidade, tanto o aclivo como o subsidie tinguido das operacêes comerciais normais da entidade
serêo de registar por uma guantia nominal. é o da politica de aaguisicoes do Govermo a agual seja res-
ponsêvel por parte das vendas da entidade. A existência
Apresentacao de subsidios relacionados com activos do beneficio pode ser indiscutivel mas gualguer tentativa
(par&grafos 22 e 23) de segregar as actividades comerciais das do apoio do
Governo pode muito bem ser arbitrêria.
22 — Os subsidios do Governo nêo reembolsaveis rela-
cionados com activos fixos tangiveis & intangiveis, 28 — O significado do beneficio nos exemplos atrês
incluindo os subsidios nêo monetêrios, devem ser apre- pode ser tal gue a divulgacêo da natureza, extensêo e
sentados no balanco como componente do capital prê- duracêo do apoio seja necessêria a fim de due as
prio, e imputados como rendimentos do exercicio numa demonstrac6es financeiras nêo sejam enganosas.
base sistematica e racional durante a vida uil do activo.
29 — Os empréstimos sem juros ou a taxas de juros
23 — A compra de activos e o recebimento dos subsi- baixos sêo uma forma de apoio do Governo, mas 0
dios relacionados pode causar movimentos importantes beneficio nao é auantificado pela imputagao de juros.
no fluxo de caixa de uma entidade. Por esta razêo, e a
30 - Para efeitos da presente Norma, o apoio do
fim de mostrar o investimento bruto em activos, tais
Governo nao inclui o fornecimenta de infra-estruturas
movimentos devem ser divulgados como itens separa-
através da melhoria da rede de transportes e de comuni-
dos na demonstracêo de fluxos de caixa.
cacoes gerais e o fornecimento de meios melhorados
tais como irrigacao ou rede de 4guas gue figuem dispa-
Apresentagio de subsidios relacionados com rendimentos
niveis numa base continua e indeterminada para o bene-
(par&grafo 24)
ficio de toda uma comunidade local.
24 — Os subsidios gue s&o concedidos para assegurar
uma rentabilidade minima ou compensar deficits de Divulgacêes (paragrafo 31)
exploracao de um dado exercicio imputam-se como ren-
dimentos desse exercicio, salvo se se destinarem a
31 - Devem ser divulgados os assuntos seguintes:
financiar deficits de exploracao de exercicios futuros, a) A politica contabilistica adoptada para os subsidios
Caso em aue se impulam aos referidos exercicios. Estes do Governo, incluindo os méêtodos de apresentacao
subsidies devem ser apresentados separadamente adoptados nas demonstracëes financeiras;
COmMmo tal na demonstracao dos resultados. b) A natureza e extensêo dos subsidios do Governo
reconhecidos nas demonstracëes financeiras e indi-
Reembolso de subsidios do Governo (pardgrafo 25) Cacêo de outras formas de apoio do Governo de
25 — Um subsidio do Governo gue se torne reembolsê- aus a entidade tenha directamente beneficiado; &
vel deve ser contabilizado como uma revisdo de uma Cc) Condicêes nêo satisfeitas e outras contingências
estimativa contabilistica (ver NCRF 4 - Politicas Contabi- ligadas ao apoio do Governo aue tenham sida reco-
listicas, Alteracoes nas Estimativas Contabilisticas e nhecidas.
Erros). O reembolso de um subsidio relacionado com
rendimentos ou relacionado com activos deve ser apli-
cado em primeiro lugar em contrapartida das compa-
Data de eficêrcia (paragrafo 32)
nentes onde se encontrem reflectidas as importências 32? — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
ainda nao imputadas como rendimento. Na medida em primeiro periodo aue se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro
due o reembolso exceda tais componentes, ou guando de 2010.

251
SNE EXPLICADO
7 Normas Comtabilfsticas e de Relata Financeiro - NCRF 23

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO 5 - Esta Norma aplica-se & apresentacêo das demons-
trac6es financeiras de uma entidade numa moeda
FINANCEIRO 23 estrangeira e estabelece os reduisitos para due as
demonstracëes financeiras resultantes sejam descritas
OS EFEITOS DE ALTERACOES EM TAXAS DE CAMBIO cComo estando em conformidade com as Normas Conta-
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem bDilisticas e de Relato Financeiro. Para transposicëes de
Contabilidade AS 21 - informacao financeira para uma moeda estrangeira gue
por base a Norma Internacional de
de CAmbio, adoptada na satisfacam estes reauisitos, esta Norma especifica a
Os Efeitos de Alterac6es em Taxas
pelo texto original do Hegulamento (CE) n.” 1126/2008 da informacao a divulgar.
Comissêo, de 3 de Novembro. 6 - Esta Norma nao trata da apresentaGê&o numa
Sempre gue na presente norma existam remiss6es demonstracao de fluxos de caixa provenientes de tran-
para as normas internacionais de contabilidade, entende- saco6es numa moeda estrangeira e da transposicëo de
-se aue estas se referem &$ adoptadas pela Uniëo Euro- fluxos de caixa de uma unidade operacional estrangeira
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do (ver NCRF 2- Demonstracëo de Fluxos de Caixa).
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
1 - Esta Norma nêo se aplica & contabilidade de
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
cobertura de itens em moeda estrangeira, incluindo a
n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro:
cobertura de um investimento liauida numa unidade
operacional estrangeira, nem a transacgbes e saldos de
Objectivo (pardgrafos 1 e 2) derivados. Orientacêo adicional sobre esta matêria é
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato proporcionada pela IAS 39 - Instrumentos Financeiros:
Financeiro é o de prescrever como se devem incluir tran- Reconhecimento e Mensuracëo, em conformidade com
sacc6es em moeda estrangeira & unidades operacionais o texto original do Regulamento (CE) 1126/2008 da
estrangeiras nas demonstracëes financeiras de uma Comissêo, de 3 de Novembro.
entidade e como se devem' transpor demonstracêes
financeiras para uma moeda de apresentacëo. Definicdes (paragrafos 8 a 16)
Uma entidade pode levar a efeito actividades no
B — Os termos gue se seguem sêo usados nesta
estrangeiro de duas maneiras:
Norma com os significados especificados:
a) Pode ter transaccêes em moeda estrangeira; ou
Diferenca de cêmbio: é a diferenca resultante da trans-
b) Pode ter unidades operacionais no estrangelira.
posicëo de um determinado numero de unidades de uma
Além disso, uma entidade pode apresentar as suas moeda para outa moeda a diferentes taxas de cêmbio.
demonstracêes financeiras numa moeda estrangeira.
Grupo: é constituido por uma empresa-mêe e todas as
2 — As principais guestêes prendem-se com als) taxal(s) suas subsidirias.
de cêAmbio a usar e com o relato dos efeitos das alteras6es Investimento liauido: numa unidade operacional
nas laxas de CAmDio nas demonstracêes financeiras. estrangeira é a guantia relativa ao interesse da enti-
dade gue relata nos activos liguidos dessa unidade
Ambito (paragrafos 3a 7) operacional.
3 - Esta Norma deve ser aplicada: tens monetêrios: sêo unidades monetêrias detidas e
aclivos & passivos a receber ou a pagar num numero
a) Na contabilizacêo de transacoêes e saldos em
fixado ou determinavel de unidades monetdrias.
moedas estrangeiras;
Justo valor: é a auantia pela agual um activo pode ser
b) Na transposic&o das demonstracêes financeiras de
trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
unidades operacionais estrangeiras aue sejam
doras e dispostas a isso, numa transaceao em due nao
incluidas nas demonstrac6es financeiras da enti-
dade pela consolidacëo, pela consolidacëo propor- @xista relacionamento entre elas.
Cional ou pelo método de eauivalência patrimonial e Moeda de apresentacao: é a moeda na agual as
Cc) Na transposicêo dos resultados e da posic&o financeira demonstracoes financeiras so apresentadas.
de uma entidade para a moeda de apresentacëo. Moeda estrangeira: é uma moeda due nêo seja a
moeda funcional da entidade.
4 — Além disso, esta Norma aplica-se, tambêm,
guando uma entidade transpêe auantias relacionadas Moeda funcional: é a moeda do ambiente econémico
com derivados da sua moeda funcional para a sua principal no gual a entidade opera.
moeda de apresentac&o. Taxa de cêAmbio: é o rê&cio de troca de duas moedas.

“A palavra sublinhada foj corrigida pelo editor por incoerência do original.

252
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira — NCRF 23

Taxa de cAmbio & vista: é a taxa de cAmbio para D) As transaccëes com a entidade ague relata serem
entega imediata de moeda. uma proporcëo alta ou baixa das actividades da
Taxa de fecho: é a taxa de cêmbio a& vista & dala do unidade operacional estrangeira;
balango. G) Os fluxos de caixa das actividades da unidade ope-
Unidade operacional estrangeira: é uma subsidiëria, asso- racional estrangeira afectarem directamente os flu-
Ciada, empreendimento conjunto ou sucursal da entidade xos de caixa da entidade ague relata e se estiverem
aue relata, cujas actividades sejam baseadas ou conduzi- facilmente disponiveis para serem remetidos &
das num pais gue nêo seja o pais da entidade aue relata. mesma;
d) Os fluxos de caixa resultantes das actividades da
Flaboracao das definicées (paragrafos 9a 16) unidade operacional estrangeira serem suficientes
para servir o cumprimento da divida existente e nor-
Moeda funcional (par&grafos 9a 14) malmente esperada sem aue sejam disponibiliza-
9 - O ambiente econémico principal no aual uma enti- dos fundos pela entidade ague relata.
dade opera é normalmente aauele em due a entidade 12 - @uando os indicadores atrês forem mistos e a
gera e gasta dinheiro. Uma entidade considera os moeda funcional nao for 6bvia, o 6rgao de gestao usa o
seguintes factores ao determinar a sua moeda funcional: seu juizo de valor para determinar a moeda funcional
a) A moeda; aus mais fidedignamente representa os efeitos econémi-
j) Oue influencia principalmente os precos de venda cos das transaccoes, acontecimentas & condic6es sub-
dos bens e servicos (muitas vezes, esta ser& a jacentes. Como parte desta abordagem, o 6rgéo de aes-
moeda na agual os precos de venda dos seus bens tao da prioridade aos indicadores do paragrafo 7 antes
e servicos serao denominados e liguidados) e de considerar os indicadores dos paragrafos 10 e 11,
ii) Do pais cujas forcas competitivas e regulamen- aue foram concebidos para proporcionar evidência adi-
tos determinam principalmente os precos de cional de suporte para determinar a moeda funcional de
venda dos seus bens & servicos; uma entidade.
b) A moeda aue influencia principalmente a maêo-de- 14 — A moeda funcional de uma entidade reflecte as
-obra, o material e outros custos do formecimento de
transacoëes, acontecimentos & condic6es subjacentes
bens e servicos (esta ser muitas vezes a moeda na
aue sejam relevantes para a mesma. Em conformidade,
aual estes custos ser&o denominados e liduidados).
uma vez determinada, a moeda funcional nêo é alterada
10 - Os seguintes factores podem também proporcio- a nao ser Aue ocora uma alteracëo nessas transacrbes,
nar evidência relativamente & moeda funcional de uma acontecimentos e condicoes subjacentes.
entidade:
14 — Se a moeda funcional for a moeda de uma econo-
a) A moeda na oual sêo gerados os fundos provenien- mia hiperinflacionêria, as demonstrac6es financeiras da
tes de actividades de financiamento (ie. a emissêo entidade nao sao reexpressas em conformidade com a
de instrumentos de divida e de capital préprio); presente Norma (vide |IAS 29 —- Relato Financeiro em
b) A moeda na aual os recebimentos relativos a activi- Economias Hiperinflacion4rias, em conformidade com o
dades operacionais sêo normalmente retidos. texto original do Regulamento (CF) n.” 1126/2008 da
Comissêo, de 3 de Novembro).
11 - Os seguintes aspectos adicionais sêao considera-
dos ao determinar a moeda funcional de uma unidade Investimento liguido numa unidade operacional estrangeira
operacional estrangeira, & se a sua moeda funcional for (paragrafo 15)
a mesma oue a da entidade aue relata (a entidade ague
relata, neste contexto, Ê a entidade aue tem a unidade 15 - Uma entidade pode ter um item monet4rio due
operacional estrangeira como subsididria, sucursal, seja recebivel de ou pagavel a uma unidade operacional
associada ou empreendimento conjunto): estrangeira. Um item cuja liguidacëo nêo esteja pla-
neada nem seja provêvel gue ocorra num futuro previsf-
a) As aclividades de uma unidade operacional estran-
vel faz parte, em substência, do investimento liguido da
geira serem realizadas como extensao da entidade
oue relata, em vez de o serem com um grau signifi-
entidade nessa unidade operacional estrangeira, sendo
contabilizado em conformidade com os paragrafos 31 e
Cativo de autonomia. Um exemplo da primeira situa-
32. Tais itens monetêrios podem incluir contas a receber
C&0 & auando a unidade operacional estrangelira
ou empréstimos de longo prazo. Nao incluem contas a
apenas vende bens importados da entidade aue
receber comerciais nem contas a pagar comerciais.
relata e remete os proventos para esta. Um exemplo
da segunda situacë&o é auando a unidade operacio-
tens monetdrigs (par&arafo 16)
nal acumula caixa e outros itens monetarios, incorre
em gastos, gera rendimento e obtém empréstimos, 16 —A caracteristica essencial de um item monetêrio ë
todos substancialmente na sua moeda local; um direito de receber (ou uma obrigacëo de entregar)
7 Normas Contabilisticas e de Fielato Financeira —- NCRF 23 SNC EXPLICANO

um. nimero fixo ou determinavel de unidades monetê- apresentacëo da entidade diferir da sua moeda funcio-
rias. Os exemplos incluem: pensêes e outros beneficios nal, os seus resultados e posicêo financeira tambêm sêg
de empregados a serem pagos em numerêrio; provisoes transpostos para a moeda de apresentacêo de acordo
gue devem. ser liguidadas em numerêrio; e dividendos com os par&grafos a7 a 49.
em numerêrio gue sejam reconhecidos como um pas-
forma, um contrato para receber (ou
sivo. Da mesma Relato de transaccies em moeda estrangeira na moeda
entregar) um nimero variëvel dos instrumentos de capi- funcional (pardgrafas 20 a 36)
tal prêprio da entidade ou uma guantidade variëvel de
aclivos dos guais o justo valor a receber (ou a entregar) Reconhecimento inicial (pardgrafos 20 a 22)
eguivalha a um nimero fixo ou determinêvel de unida-
20 - Uma transacc&o em moeda estrangeira é uma
des monetêrias é um item monetêrio. Pelo contrêrio, a
caracteristica essencial de um item nêo monetario é a transacc&o due seja denominada ou exija liauidacêo
ausência de um direito de receber (ou de uma obriga- numa moeda estrangeira, incluindo transaccêes ague
resultem de guando uma entidade:
Gê0 de entregar) um numero fixo ou determindvel de uni-
dades monetêrias. Os exemplos incluem: auantias prê- a) Compra ou vende bens ou serviGos Cujo preco seja
-pagas de bens e servicos (por exemplo, a renda denominado numa moeda estrangeira;
pré-paga); goodwill; activos intangiveis; inventêrios; acti- b) Pede emprestado ou empresta fundos guando as
vos fixos tanglveis; e provisêes gue devam ser liguida- aguantias a pagar ou a receber sejam estabelecidas
das pela entrega de um activo nao monetêrio. numa moeda estrangeira; ou
Cc) Por aualguer forma adauire ou aliena activos ou
Resumo da abordagem exigida por esta norma incorre ou liguida passivos, denominados numa
(pardgrafos 17 a 19) moeda estrangeira.

17 — Ao preparar demonstrac6es financeiras, cada 21 - Uma transaccëo em moeda estrangeira deve ser
entidade — seja uma entidade auténoma, uma entidade registada, no momento do reconhecimento inicial na
com unidades operacionais estrangeiras (como uma moeda funcional, pela aplicacëo & auantia de moeda
empresa-mae) ou uma unidade operacional estrangeira estrangeira da taxa de cêmbio entre a moeda funcional
(como uma subsidiëria ou uma sucursal) - determina a ea moeda estrangeira & data da transacoëo.
sua moeda funcional em conformidade com os pardgra- 22 —A data de uma transaccao é a data na aual a tan-
fos 9a 14. A entidade transpêe os itens de moeda saCGEO se aualifica inicialmente para reconhecimento de
estrangeira para a sua moeda funcional e relata os efei- acordo com as Normas Contabilisticas e de Relato Finan-
tos dessa transposic&o de acordo com os parêgrafos 20 Ceiro. Por razêes praticas, ê muitas vezes usada uma taxa
aa6e d49. due se aproxime da taxa real & data da transaccëo; por
18 — Muitas entidades oue relatam compreendem um exemplo, pode ser usada uma taxa méêédia para uma
numero de entidades individuais (por exemplo, um semana ou um mês para todas as transaccies em cada
Grupo é Composto por uma empresa-mêe e uma ou mais moeda estrangeira due ocorram durante esse periodo.
subsidiërias). Vêrios tipos de entidades, sejam membros Porém, se as taxas de cêmbio variarem significativamente,
de um grupo ou de outro, podem ter investimentos em Oo uso da taxa média de um pericdo nêo é apropriado.
associadas ou empreendimentos conjuntos. Também
podem ter sucursais. E necessério gue os resultados ea Relato em datas de balanco subseguentes
posicëo financeira de cada entidade individual incluida (pardgrafos 23 a 26)
na entidade aue relata sejam transpostos para a moeda 23—A data de cada balanco:
na agual a entidade aue relata apresenla as suas
a) Os itens monetêrios em moeda estrangeira devem
demonstracêes financeiras. Esta Norma permite gue a
ser transpostos pelo uso da taxa de fecho;
moeda de apresentacêAo de uma entidade gue relata
seja gualguer moeda (ou moedas). Os resultados e a D) Os itens nêo monetarios gue sejam mensurados em
Posicêo financeira de aualguer entidade individual da termos de custo histérico numa moeda estrangeira
entidade gue relata e cuja moeda funcional difira da devem ser transpostos pelo uso da taxa de cêmbio
moeda de apresentac&o sêo transpostos de acordo com a data da transaccëo;
os par&grafos a7 a 49. Cc) Os itens n&o monetêrios gue sejam mensurados
pelo justo valor numa moeda estrangeira devem ser
19 - Esta Norma também permite gue uma entidade
transpostos pelo uso das taxas de cêambio gue exis-
aUut6noma aue prepare demonstracêes financeiras de
tiam guando os valores foram determinados.
acordo com a NCRF 15 — Investimentos em Subsididrias
e Consolidac&o apresente as suas demonstrac6es finan- 24 — A aguantia escriturada de um item é determinada
Ceiras em gualguer moeda (ou moedas). Se a moeda de de acordo com as Normas Contabilisticas e de Relato

254
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeirp —- NCRF 23

Financeiro relevantes. Por exemplo, os activos fixos tan- da liguidacëo, o resultado é& uma diferenca de caAmbio.
giveis podem ser mensurados pelo justo valor ou pelo Ouando a transaccêo é liguidada dentro do mesmo
Custo histerico de acordo com a NCRF 7 — Activos Fixos periodo contabilistico em aue ocorreu, toda a diferenca
Tangiveis. Ouer a auantia escriturada seja determinada de cêmbio é reconhecida nesse periodo. Porém, guando
na base do custo histêrico ou na base do justo valor, se a transaceëo é liauidada num periodo contabilistico sub-
a guantia for determinada numa moeda estrangeira, ela seauente, a diferenca de cêAmbio reconhecida em cada
deve ser transposta para a moeda funcional de acordo periodo atê & data de liguidac&o é determinada pela
com esta Norma. alteracao nas taxas de c&mbio durante cada periodo.
25 — A auantia escriturada de alguns itens é determi- 29 — Ouando um ganho ou uma perda num item no
nada pela comparacëo de duas ou mais aguantias. Por monetêrio ê reconhecido directamente no capital prêé-
exemplo, a guantia escriturada de inventêrios é a menor prio, aualguer diferenca de cêmbio incluida nesse
do custo e do valor realizêvel liguido de acordo com a ganho ou perda deve ser reconhecida directamente no
NCRF 18 — Inventêrios. Da mesma forma, de acordo com capital prêprio. Ouando um ganho ou uma perda com
a NCRF 12 - Imparidade de Activos, a aguantia escritu- um item naêo monet4rio é reconhecido nos resultados,
rada de um activo para o gual exista a indicacao de agualguer diferenca de cêmbio incluida nesse ganho ou
imparidade é a menor entre a sua aguantia escriturada perda deve ser reconhecida nos resultados.
antes de considerar as possiveis perdas por imparidade
ea sua guantia recuperavel. Ouando um tal activo é nao
30 — Outras Normas exigem due alguns ganhos ou
perdas sejam reconhecidos directamente no capital prê-
monetêrio e é mensurado numa moeda estrangeira, a
prio. Por exemplo, a NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis
aguantia escriturada é determinada comparando:
exige aue alguns ganhos ou perdas resultantes de uma
a) O custo ou guantia escriturada, conforme apro-
revalorizacêo de activos fixos tangiveis sejam reconheci-
Driado, transposto & taxa de cêmbio na data em
dos directamente no capital préprio. Ouando um tal
Gue a guantia foi determinada (ie. a taxa & data da
activo é mensurado numa moeda estrangeira, o pard-
transaceao para um item mensurado em termos de
grafo 23 c) desta Norma exige aue a auantia revalori-
Custo histérico)k e
Zada seja transposta usando a taxa & data em ague o
b) O valor realizêvel liguido ou guantia recuperdvel, valor é determinado, resultando numa diterenca de cam-
conforme apropriado, tansposto & taxa de cAmbio bio aue tambéêm & reconhecida no capital préprio.
na data em due o valor foi determinado (por exem-
plo, a taxa de fecho & data do balanco). O efeito d1- As diferencas de cêmbio resultantes de um item
desta cComparacëo pode ser gue uma perda por monetêrio gue faca parte do investimento liguido numa
imparidade seja reconhecida na moeda funcional, unidade operacional estrangeira de uma entidade aue
mas nêo seja reconhecida na moeda estrangeira, relata (ver pardgrafo 15) devem ser reconhecidas nos
OU vice-versa. resultados, nas demonstrac6es financeiras da entidade
aue relata ou nas demonstragées financeiras da uni-
26 — Ouando estêo disponiveis vêrias laxas de cêmbio, dade operacional estrangeira, conforme apropriado.
a taxa usada é aduela pela agual os futuros fluxos de Nas demonstracëes financeiras ague incluam a unidade
Caixa representados pela transaccao ou saldo poderiam operacional estrangeira e a entidade gue relata (por
ter sido liguidados se esses flyxos de caixa livessem exemplo, as demonstrac6es financeiras consolidadas
Ocorrido na data da mensuracêo. Se a convertibilidade aguando a unidade operacional estrangeira for uma sub-
entre duas moedas estiver temporariamente suspensa, a sidiëria), essas diferencas de cêmbio devem ser reco-
taxa usada é a primeira taxa subseguente pela gual os nhecidas inicialmente num componente separado de
Cêmbios podem ser efectuados. Capital préprio e reconhecidas nos resultados aguando
da alienagëo do investimento liguido de acordo com o
Reconhecimento de diferencas de cêimbio pardarafo 47.
(pardgrafos 27 a 33)
32 — Ouando um item monetêrio fizer parte do investi-
27 — As diferencas de cêAmbio resultantes da liguida- mento liguido numa unidade operacional estrangeira de
Gaêo de itens monetêrios ou do relato de itens monetêrios
uma entidade gue relata e est& denominado na moeda
de uma empresa a taxas diferentes das due foram ini-
funcional da entidade aue relata, surge uma diferenca de
Cialmente registadas durante o periodo, ou relatadas em
Cêmbio nas demonstracëes financeiras individuais da uni-
demonstrac6es financeiras anteriores, devem ser reco-
dade operacional estrangeira. Da mesma forma, se esse
nhecidas nos resultados do periodo em due ocorram,
item estiver denominado na moeda funcional da unidade
Bxcepto guanto ao descrito no parêgrafo 1.
operacional estrangeira, surge uma diferenca de cAmbDio
28 — Ouando itens monetêrios resultam de uma tran- nas demonstracëes financeiras separadas da entidade
Sacoëo em moeda estrangeira e ocorre uma alteracëo aue relata. Essas diferencas de cAmbio sê0 reclassifica-
na taxa de cêmbio, entre a data da transacoao e a data das num componente separado de capital préprio nas

255
ra - NCAF 23 SNC EXPLICADG
7 Normas Contabilisticas e de Rielato Financel

unidade opera- classificada no capital préprio de acordo com os pard-


demonstracêes financelras due incluem a
as dermons- grafos 31 e 38 c) nao sêo reconhecidas nos resultados
cional estrangeira e a entidade due relata (ie.
operacional até & alienacëo da unidade operacional.
tracëes financeiras nas guais a unidade
te consoli-
estrangeira esté integral ou proporcionalmen
a
dada, ou contabilizada usando 9 método da eaguivalênci Uso de uma moeda de apresentacdo diferente da
parte
patrimonial). Contudo, um item monetêrio gue faca moeda funcional (paragrafos 37 a 48)
o numa unida de opera ciona l estran -
do investimento liguid
geira de uma entidade aue relata pode ser denom inado
Transposico para a moeda de apresentacao
numa moeda diferente da moeda funcional tanto da enti- (par&grafos 37 a d2)
dade gue relata como da unidade operacional estrangeira.
As diferencas de c&mbio aue resultam da transposicao do 87 — Uma entidade pode apresentar as suas demons-
item monetêrio para as moedas funcionais da entidade trac&es financeiras em gualguer moeda (ou moedas). Se
ague relata e da unidade operacional estrangeira nao sê0 a moeda de apresentacêa diferir da moeda funcional da
reclassificadas no componente separado de capital pro- entidade, ela transpêe os seus resultados eë posicéo
prio nas demonstracoes financeiras due incluem a unidade financeira para a moeda de apresentacëo. Por exemplo,
operacional estrangeira e a entidade oue relata (ie. man- Guando um grupo contiver entidades individuais com
têm-se reconhecidas nos resultados). diferentes moedas funcionais, os resultados e posicëo
financeira de cada entidade $ê0 expressos numa moeda
33 — Ouando uma entidade mantiver os seus livros e
Comum para Aue seja possivel apresentar demonstra-
registos numa moeda diferente da sua moeda funcional,
c6es financeiras consolidadas.
no momento em aue a entidade preparar as suas
` demonstracêes financeiras, todas as guantias sêo trans- 38 — Os resultados e posicao financeira de uma enti-
postas para a moeda funcional de acordo com os pard- dade cuja moeda funcional nê0o seja a moeda de uma
grafos 20 a 26. sto resulta nas mesmas auantias na economia hiperinflacionaria devem ser transpostos para
moeda funcional aus teriam ocorrido se os itens tives- uma moeda de apresentacao diferente usando os
sem sido registados inicialmente na moeda funcional. seguintes procedimentos:
Por exemplo, os ilens monetëêrios sêo transpostos para a a) Os activos e passivos de cada balanco apresen-
moeda funcional usando a taxa de fecho, e os itens nêo tado (ie. incluindo comparativos) devem ser trans-
monetêrios aue sêo mensurados numa base do custo postos & taxa de fecho na data desse balanco;
histêrico s&o transpostos usando a taxa de cAmbio &
b) Os rendimentos e gastos de cada demonstracêo
data da transacc&o aue resultou no seu reconhecimento.
dos resultados (ie. incluindo comparativos) devem
ser transpostos as taxas de cêmbio nas datas das
Alteracoes na moeda funcional (pargrafos 34 a 36)
transaccëes;e
34 — Ouando ocorrer uma alterac&o na moeda funcio- Cc) Todas as diferencas de cêAmbio resultantes devem
nal de uma entidade, a entidade deve aplicar os proce-
ser reconhecidas como um componente separado
dimentos de transposic&o aplic4veis & nova moeda fun-
de capital préprio.
Cional prospectivamente a partir da data da alteracëo.
39 — Por razêes pralicas, é muitas vezes usada uma
35 — Conforme referido no paragrafo 138, a moeda fun-
taxa ague se aproxime das taxas de cêmbio & data das
cional de uma entidade reflecte as tansaccoes, aconte-
tansaccëes, por exemplo, uma taxa média do periodo,
cimentos e condicêes subjacentes gue sejam relevantes
para transpor os itens de rendimentos e de gastos.
para a entidade. Em conformidade, uma vez determi-
Porém, se as taxas de cAmbio variarem significativa-
nada a moeda funcional, ela sé pode ser alterada se
mente, o uso da taxa media de um periodo nao ê apro-
Ocorrer uma alterac&o nessas transacoëes, aconteei-
priado.
mentos e condicêes subjacentes. Por exemplo, uma
alteracAo na moeda ague influencia principalmente os A0 — As diferengas de cAmbio referidas no pardgrafo
precos de venda dos bens e servicos pode levar a uma 38 c) resultam:
alteracëo na moeda funcional de uma entidade. a) Da transposicêo de rendimentos e gastos as taxas
36 - O efeito de uma alterac&o na moeda funcional ê de cêambio nas datas das transaccêes e de aclivos
contabilizado prospectivamente. Por outras palavras, e passivos & taxa de fecho. Essas diferencas de
uma entidade transpêe todos os itens para a nova cêAmbio derivam tanto dos itens de rendimentos &
moeda funcional usando a taxa de cambio & data da de gastos reconhecidos nos resultados como
alteraGëo. As auantias transpostas resultantes para itens daaueles reconhecidos directamente no capital
no moneiërios sao tratadas como o seu custo histérico. préprio;
As diferencas de cêmbio resultantes da transposicao de b) Da transposicêo dos activos liguidos de abertura a
uma unidade operacional estrangeira anteriormente uma taxa de fecho oue difira da taxa de fecho anterior.
SNG EXPLICANOD 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelra — NCRF 23

Estas diferencas de cêmbio nao sê&o reconhecidas nos Consolidacao integral ou proporcional ou pelo método
resultados porgue as alteracëes nas taxas de cAmbio téëm de eguivalência patrimonial.
poucE ou nenhum efeito sobre os fluxos de caixa presen-
44 — A incorporacêo dos resultados e da posicêo
tes e futuros das unidades operacionais. Ouando as dife-
financeira de uma unidade operacional estrangeira com
rencas de cambio se relacionam com uma unidade ope-
os da entidade ague relata segue os procedimentos nor-
racional estrangeira gue esteja consolidada mas na&o
mais de consolidacêo, tais como a eliminacao de saldos
totalmente detida, as diferencas de c&mbio acumuladas
intragrupo e de transaccêes intragrupo de uma subsidië-
resultantes da transposic&o e atribuiveis a interesses
ria (ver NCRF 15 - Investimentos em Subsidiërias e Con-
minoritêrios $&o imputadas a, e reconhecidas como parte
solidacëo e NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos
de, interesses minoritêrios no balanco consolidado.
Conjuntos e Investimentos em Associadas). Contudo, um
41 — Os resultados e posigëo financeira de uma enti- activo (ou passivo) monetêrio intragrupo, seja de curto
dade cuja moeda funcional seja a moeda de uma econo- ou longo prazo, nêo pode ser eliminado contra o corres-
mia hiperinflacionêria devem ser transpostos para uma pondente passivo (ou activo) intragrupo sem ague sejam
moeda de apresentacao diferente usando os seguintes mostrados os resultados das flutuacëes da moeda nas
procedimentos: demonstragëes financeiras consolidadas. sto resulta do
a) Todas as guantias (ie. activos, passivos, itens de facto de o item monetêrio representar um compromisso
Capital proprio, rendimento e gastos, incluindo com- para converter uma moeda noutra e expor a entidade
parativos) devem ser transpostas & taxa de fecho due relata a um ganho ou perda através das flutuacëes
na data do balanco mais recente; excepto due cambiais. Em conformidade, nas demonstracëes finan-
ceiras consolidadas da entidade aue relata, tal diferenca
b) Ouando as Guantias sêo transpostas para a moeda
de cêmbio continua a ser reconhecida nos resultados ou,
de uma economia nao hiperinflaciondria, as guan-
se derivar das circunstências descritas no parégrafo 31,
tas comparativas devem ser aguelas aue tenham
é classificada como capital prêprio alé a& alienacê&o da
Sido apresentadas como guantias do ano corrente
unidade operacional estrangeira.
nas demonstrac6es financeiras relevantes do ano
anterior (je. nao ajustadas para alterac6es subse- 43 — Ouando as demonstrac6es financeiras de uma Uni-
guantes no nivel de preco ou alterac6es subse- dade operacional estrangeira se referem a uma data dife-
Guentes nas taxas de cambio). rente da data da entidade gue relata, a unidade operacional
estrangeira prepara muitas vezes demonstrac6es adicio-
42 — Ouando a moeda funcional de uma entidade é a
nais da mesma data gue a data das demonstracoes finan-
moeda de uma economia hiperinflacionêria, a entidade
ceiras da entidade ague relata. Ouando tal n&o se verificar, a
deve reexpressar as suas demonstracêes financeiras
NCRF 15 — Investimentos em Subsidiërias e Consolidac&o
(procedendo, para o efeito, de acordo com a IAS 29 — permite o uso de uma data de relato diferente desde gue a
Relato Financeiro em Fconomias Hiperinflaciondrias, em
diferenca néo seja superior a três meses e os ajustamentos
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
sejam feitos para os efeitos de agualguer transaceao signifi-
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro) antes Cativa ou outros acontecimentos gue ocorram entre as dife-
de aplicar o método de transposicëo definido no parê-
rentes datas. Em tal caso, os activos e passivos da unidade
grafo 41, excepto no caso de guantias comparativas due operacional estrangeira sê transpostos & taxa de cêmbio
sejam transpostas para uma moeda de uma economia na data do balanco da unidade operacional estrangeira. Os
nao hiper-inflacion&ria (ver parégrafo 41 b)). Ouando a ajustamentos sêo feitos para alteracëes significativas nas
economia deixar de ser hiperinflacionêria e a entidade ja
taxas de cêambio até & data do balanco da entidade aue
nao reexpressar as suas demonstracêes financeiras de
relata de acordo com a NCRF 15. A mesma abordagem é
acordo com o procedimento antes referido, ela deve usada na aplicacao do mêtcdo de eguivalência patrimonial
Usar como custos histéricos para a transposicëo para a
a associadas e empreendimentos conjuntos e na aplicacao
moeda de apresentacao as guantias reexpressas ao
da consolidag#o proporcional a empreendimentos conjun-
nivel de preco & data em aue a entidade cessou de tos de acordo com a NCRF 13 — Interesses em Empreendi-
reexpressar as suas demonstracêes financeiras, mentos Conjuntos e Investimentos em Associadas.

Transposico de uma unidade operacional estrangeira 46 — Oualguer goodwill proveniente da aaguisic&o de


(paragrafos 43 a 46) uma unidade operacional estrangeira e guaisguer ajus-
tamentos do justo valor nas guantias escrituradas de
43 — Os par&grafos 44 a 46, além dos parégrafos 37 a activos e passivos provenientes da aguisicAo dessa uni-
42, aplicam-se aguando os resultados e a posic&o finan- dade operacional estrangeira ser&o tratados como acti-
Ceira de uma unidade operacional estrangeira s&o trans- vos @ passivos da unidade operacional estrangeira.
postos para uma moeda de apresentac&o a im de gue a Desse modo, serao expressos na moeda funcional da
unidade operacional estrangeira possa ser incluida, nas unidade operacional estrangeira e serêo transpostos a
demonstrac6es financeiras da entidade aue relata, pela taxa de fecho de acordo com os parégrafos 38 e 41.

SNEE-17
SNEC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Finaneeiro - NCRF 23/24

junto com a divulgacao da moeda funcional e a raz&o


Alienagëo de uma unidade operacional estrangeira (pard-
para o uso de uma moeda de apresentacao diferente.
grafos 47 e 48)
53 — Ouando houver uma alteracao na moeda funcional
47 — Na alienacao de uma unidade operacional estran-
tanto da entidade aue relata como de uma unidade opera-
geira, a guantia acumulada das diferencas de cAmbio
cional estrangeira significativa, esse facto e a razao para a
diferidas no componente separado de capital pr6prio
alterac&o na moeda funcional devem ser divulgados.
relativo a essa unidade operacional estrangeira deve ser
reconhecida nos resultados guando o ganho ou a perda
resultante da alienacao for reconhecido. Data de eficêcia (parigrafo 54)
48 — Uma entidade pode alienar os seus interesses 54 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
numa unidade operacional estrangeira pela venda, primeiro periodo ague se inicie em ou apês 1 de Janeiro
pela liguidacêo, pelo reembolso do Capital por acgoes de 2010.
ou pelo abandono de parte ou da totalidade dessa
entidade. O pagamento de um dividendo faz parte de
uma alienacao apenas guando constituir um retorno do
investimento, por exemplo, guando o dividendo paga NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
for originado por lucros anteriores & aguisicêo. No
caso de uma alienaGêo parcial, apenas é incluida no FINANCEIRO 24
ganho ou na perda a parte proporcional da diferenca
de cAmbio acumulada relacionada. Uma reducêo da ACONTECIMENTOS AP(S A DATA DO BALANCO
guantia escriturada de uma unidade operaciona!l Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
estrangeira nêo constitui uma alienacao parcial. Em
por base a Norma Internacional de Contabilidade AS 10 —
conformidade, nenhuma parte do ganho ou perda Acontecimentos ap6s a Data do Balanco, adoptada pelo
cambial diferido é reconhecida nos resultados no texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da
momento da reducao.
Comissêo, de 3 de Novembro.
Sempre aue na presente norma existam remissoes
Efeitos fiscais de todas as diferencas de cimbio para as normas internacionais de contabilidade, entende-
(pardgrafa 49) -se due estas se referem &s adoptadas pela Uniëao Euro-
49 - Os ganhos e perdas com transaccoes em moeda peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
estrangeira e as diferencas de cêAmbio resultantes da Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
transposicëo dos resultados e da posicëo financeira de conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
uma entidade (incluindo uma unidade operacional n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
estrangeira) para outra moeda podem ter efeitos fiscais.
A NCRF 25 — Impostos sobre o Rendimento aplica-se a Objectivo (paragrafo 1)
estes efeitos fiscais.
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
Financeiro é o de estabelecer;
Divulgacdes (paragrafos 50 a 53) a) Ouando uma entidade deve ajustar as suas
50 —- Nos par&grafos 52 e 53, as referências a -moeda demonstrac6es financeiras guanto a acontecimen-
funcionals aplicam-se, no caso de um grupo, & moeda tos apês a data do balanGo; ê
funcional da empresa-mae. b) As divulgacées aue uma entidade deve formecer:
51 - Uma entidade deve divulgar: j) Ouanto & data em aue as demonstrac6es finan-
ceiras foram autorizadas para emissêo;
a) A auantia das dilerencas de cAmbio reconhecidas
ii) Ouanto a acontecimentos ap6s a data do
nos resultados excepto as aue resultem de instru-
mentos financeiros mensurados pelo justo valor balanco,
através dos resultados (vide |AS 39, em conformi- A Norma também exige aue uma entidade nao deve
dade com o texto original do Regulamento (CE) preparar as suas demonstracêes financeiras numa base
1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro) de continuidade se os acontecimentos ap6s a data do
b) As diferencas de cê&mbio liguidas classificadas num balanco indicarem due o pressuposto da continuidade
COmMponente separado de capital prêprio, e uma nao é apropriado.
reconciliac&o da auantia de tais diferencas de cêm-
bio no comeco & no fim do periodo. Ambito (parêgrafo 2)
52 — Ouando a moeda de apresentac&o for diferente ? — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacao &
da moeda funcional, esse facto deve ser declarado, divulgacêo de acontecimentos apos a data do balanco.

258
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira - NCRF 24

Delinicdes (pardgrafos 3 e 4) Ciona provas adicionais gue seriam consideradas


de acordo com a NCRF 21;
d — Os termos due se seguem sêo usados nesta
Norma com os significados especificados:
b) A recepcao de informacao apos a data do balanco
aue indigue aue um activo estava em imparidade &
Acontecimentos apês a data do balanco: so aagueles
data do balanco, ou aue a guantia da perda por
acontecimentos, favor&veis e desfavorêveis, ague ocor-
imparidade anteriormente reconhecida para esse
ram entre a data do balanco e a data em aue as
activo necessita de ser ajustada, tal como ocorre,
demonstracêes financeiras forem autorizadas para emis-
designadamente, nas seguintes situac6es:
$ê0, pelo 6rg&o de gestêo. Podem ser identificados dois
j) A falência de um cliente aue ocorre apés a data
tipos de acontecimentos:
do balanco confirma, normalmente, ague existia
a) Aaueles ague proporcionem prova de condicëes gue
uma perda & data do balango numa conta a
existiam & data do balanco (acontecimentos apés a
receber comercial e gue a entidade necessita de
data do balanco aue dêo lugar a ajustamentos) e
ajustar a respectiva auantia escriturada; &
b) Aagueles gue sejam indicativos de condicées due
in) A venda de inventêrios ap6s a data do balanco
surgiram apés a data do balanco (acontecimentos
pode dar evidência acerca do valor realizêvel
apos a data do balanco gue nao das luygar a ajusta-
liauido a data do balanco;
mentos).
A determinacêo aps a data do balanco do custo

Et
Incluem-se adui os acontecimentos due ocorram apds de activos comprados, ou os proventos de activos
o anuneio publico de resultados ou de outra informacao vendidos, antes da data do balanco;
financeira seleccionada.
d) A determina€4o apés a data do balanco da guantia
Data de autorizacao para emissao das demonstrac6es
de participacaëo no lucro ou de pagamentos de
financeiras: é a data a partir da gual as demanstraG6es
bénus, caso a entidade tivesse uma obrigacao pre-
financeiras aprovadas pelo érgêo de gestêo se disponi- sente legal ou construtiva & data do balanco de
bilizZam para conhecimento de terceiros ou, se aplicêvel,
fazer tais pagamentos em consedguência de aconte-
dum conselho de supervis&o (constituido unicamente cimentos antes dessa dala (ver supletivamente a
por nêo-executivos).
NCRF 28 — Beneficios dos Empregados):
4-O processo de autorizacêao da emissêo de e) A descoberta de fraudes ou erros gue mostrem due
demonstrac6es financeiras variarê consoante a natu- as demonstrac6es financeiras estêo incorrectas.
reza, a organizacê&o da entidade e as exigências legais a
Oue a mesma esta submetida. Acontecimentos apés a data do balanco gue nio dao lugar
a ajustamentos (par&grafos 7 e 8)
Reconhecimento e mensuratio (parégrafos 5 a 10) 1 — Uma entidade nao deve ajustar as guantias reco-
nhecidas nas suas demonstracgêes financeiras para
Acontecimentos aps a data do balanco gue dao lugar a reflectir os acontecimentos apês a data do balanco aue
ajustamentos (paragrafos 5 e 6) nêo dêo lugar a ajustamentos.
5 — Uma entidade deve ajustar as guantias reconheci- 8 — Um exemplo de um acontecimento apêés a data do
das nas suas demonstracêes financeiras para reflectir os balanco gue nao da lugar a ajustamentos é um declinio
acontecimentos apds a data do balanco gue dao lugar a no valor de mercado de investimentos entre a data do
ajustamentos. balanco e a data em due foi autorizada a emissêo das
6 - Exemplos de acontecimentos ocorridos apos a data demonstracêes financeiras. O declinio no valor de mer-
do balanco aue dao lugar a ajustamentos e due exigem cado nêo se relaciona normalmente com as condicêes
due uma entidade ajuste as auantias reconhecidas nas dos investimentos, & data do balanco, mas reflecte cir-
Suas demonstracêes financeiras, ou gue reconheGa itens Cunstências gue surgiram posteriormente. Portanto, uma
gue nao foram anteriormente reconhecidos, sêa: entidade nao ajusta as dguantias reconhecidas nas suas
demonstracëes financeiras relativas aos investimentos.
a) A resolucëo, apds a data do balanco, de um caso
De forma semelhante, a entidade nao actualiza as guan-
judicial gue confima aue a entidade tinha uma obri-
tias divulgadas relativas aos investimentos & data do
gacao presente & data do balanco. A entidade
balanco, embora possa necessitar de dar divulgacêes
ajusta gualguer provisêo anteriormente reconhecida
adicionais de acordo com o paragrafo 16.
relacionada com este caso judicial de acordo com
a NCRF 21 —- Provisêes, Passivos Contingentes &
Dividendos (par&grafos 9e 10)
Activos Contingentes ou reconhece uma nova pro-
Visêo. A entidade naêo pode divulgar meramente um 9 — Se uma entidade declara dividendos aos detento-
passivo contingente porague a resolucëo propor- res de investimentos de capital préprio ap6s a data do

259
SNEC EXPLICADO
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeiro — NCRF 24

dividen- emissao, poraue as demonstrac6es financeiras nao


balango, a entidade nao deve reconhecer esses
reflectem acontecimentos ap6s essa data.
dos como um passivo ê data do balanco.
10 — Se os dividendos forem declarados (i.e. os divi- Actualizacdo da divulgagao acerca de condicoes a data
dendos sêo correctamente autorizados e na&o ficam ao do balanco (paragrafos 16 e 17)
antes
oritério da entidade) ap6s a data do balanco mas
16 - Se uma entidade receber informacao apos a data
das demonstrac6es financeiras serem autorizadas para
do balanco acerca de condic6es due existiam & data do
emissao, os dividendos nêo sêo reconhecidos como
balanco, ela deve actualizar as divulgacoes gue se rela-
passivo & data do balanGo pordue no correspondem
Gionem com essas condicêes, & luz da nova informacao.
aos critérios de uma obrigacêo presente definidos na
NCRF 21 — Provisêes, Passivos Contingentes e Activos 17 — Nalguns casos, uma entidade necessita de actua-
Contingentes. Tais dividendos sêo divulgados nas notas lizar as divulgac6es nas suas demonstracées financeiras
as demonstracoes financeiras de acordo com a NCRFE 1- para reflectir as informacëes recebidas apês a data do
Eetrutura e Contetido das Demonstrac6es Financeiras. balango, mesmo guando as informag6es nap afectam as
aguantias gue a entidade reconhece nas suas demonstra-
Continuidade (paragrafos 11 a 13) c6es financeiras. Um exemplo da necessidade de actua-
lizar divulgacëes é auando fica disponivel evidência
11 - Uma entidade naa deve preparar as suas apés a data do balango acerca de um passivo contin-
demonstrac6es financeiras numa base de continuidade gente gue existia & data do balanco. Além de considerar
se o 6rgao de gestêo determinar apés a data do se deve ou nêo reconhecer ou alterar uma provisao
balanco gue pretende ou liguidar a entidade ou cessar segundo a NCRF 21 - Provisêes, Passivos Contingentes
de negociar, ou gue nêo tenha alternativa realista a nêo e Activos Contingentes, uma entidade actualiza as suas
ser fazer isso. divulgacées acerca do passivo contingente & luz dessa
12 — A deteriorac&o nos resultados operacionais e da evidência.
posic&o financelra apos a data do balanGo pode indicar
a necessidade de considerar se ainda é ou nêo apro- Acontecimentos ap6s a data do balanco gue nao dao
priado o pressuposto da continuidade. Se o pressuposto lugar a ajustamentos (parêgrafos 18 e 19)
da continuidade deixar de ser apropriado, o efeito é tao 18 - Se os acontecimentos apds a data do balanco
profundo gue esta Norma exige uma alteracë&o funda- gue nao dêo lugar a ajustamentos forem materiais, a sua
mental no regime contabilistico, em vez de um ajusta- nêo divulgac&o poderia influenciar as decisêes economt-
mento nas auantias reconhecidas no &mbito do regime Cas dos uientes tomadas com base nas demonstrag6es
Gontabilistico original. financeiras. Em conformidade uma entidade deve divul-
18 -A NCRF 1— Estrutura e Conteudc das Demonstra- gar, para cada categoria material de acontecimentos
c6es Financeiras especifica as divulgacoes exigidas se: apés a data do balanco gue nao dêo lugar a ajustamen-
prepara- tos, o seguinte:
a) As demonstrac6es financeiras nêo forem
das numa base de continuidade; ou a) A natureza do acontecimento; e

b) O 6rg&o de gestio estiver ciente de incertezas mate- b) Uma estimativa do efeito financeiro, ou uma decla-
riais relacionadas com acontecimentos ou condicoes racëo de ague tal estimativa nêo pode ser feita.
due possam lancar divida significativa na capaci- 19 — Exemplos de acontecimentos apês a data do
dade da entidade para prosseguir em continuidade. balanco gue nêo dao lugar a ajustamentos e due dao
Os acontecimentos ou condicëes due exijam divul- lugar a divulgacao:
gac&o podem surgir apos a data do balanco.
a) Uma importante concentracao de actividades
empresariais ap6s a data do balanco (a NCRF 14 —
Divulgacies (paragrafos 14 a 19) Concentrac6es de Actividades Empresariais exige
divulgacoes especificas em tais casos) ou a aliena-
Data de autorizacao para emiss4o (pargrafos 14 e 15) cê&0 de uma importante subsidiaria;
14 - Uma entidade deve divulgar a data em ague as b) Anuncio de um plano para descontinuar uma uni
demonstrac6es financeiras foram autorizadas para emis- dade operacional;
Sao e guem deu essa autorizagêo. Se os proprietêrios da
c) Importantes compras de activos, classificagêo de
entidade ou outros tiverem o poder de alterar as
activos como detidos para venda de acordo com a
demonstracêes financeiras ap6s esta data, a entidade
NCRF 8 - Activos NaAo Correntes Detidos para
deve divulgar esse facto. Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas,
15 —E importante para os utentes saber guando é due outras alienacêes de activos, ou expropriacdo de
as demonstrac6es financeiras foram autorizadas para activos importantes pelo Governo;

260
SNC EXPLICADODO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira —- NCRF 24/25

d) A destruic&o por um incêndio de uma importante b) Transaccêes e outros acontecimentos do periado


instalacë&o de producao; corrente due sejam reconhecidos nas demonstra-
e) O anuncio ou inicio do processo de uma reestrutu- cêes financeiras de uma entidade.
racao importante; Esté inerente no reconhecimento de um activo ou pas-
f) Importantes transacoëes de accêes ordindrias e de sivo due a entidade gue relata espera recuperar ou ligui-
potenciais tansaccêes de acc6es ordindrias; dar a auantia escriturada do activo ou passivo. Se for
provavel gus a recuperacao ou liduidacao dessa guantia
g) Alterac6es anormalmente grandes em precos de
escriturada fizer com gue os pagamentos futuros de
activos ou taxas de cAmbia;
impostos sejam maiores (menores) do gue seriam se tals
n) Alteracêes nas taxas fiscais ou leis fiscais decreta- recuperacêes ou liguidac6es nêo tivessem conseaguên-
das ou anunciadas, gue tenham um efeito significa- cias fiscais, esta Norma exige gue uma entidade reco-
tivo nos activos e passivos por impostos correntes & nheca um passivo por impostos diferidos (activo por
diferidos; impostos diferidos), com certas excepcêes limitadas.
j) Celebrar compromissos significativos ou passivos Esta Norma exige aue uma entidade contabilize as con-
Contingentes, por exemplo, pela emissêo de garan- seauëncias fiscais de transaccêes e de outros aconteci-
tias significativas; e mentos da mesma forma aue contabiliza as préprias tran-
j) Iniciar litigios importantes aue provenham unica- sacries e outros acontecimentos. Assim, relativamente a
mente de acontecimentos due ocorreram apés a tansacc6es e& outros acontecimentos reconhecidos nos
data do balanco. resultados, gualguer efeito fiscal relacionado tambêm ë
reconhecido nos resultados. No gue diz respeito a transac-
CBes e outros acontecimentos reconhecidos directamente
Data de eficria (parêgrafo 20)
no capital proprio, dualguer efeito fiscal relacionado tam-
20 —- Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do bém é reconhecido directamente no capital préprio. Do
primeiro periodo due se inicie em ou apés 1 de Janeiro mesmo moedo, o reconhecimento de activos e passivos por
de 2010. impostos diferidos numa concentracëo de actividades
empresariais afecta a guantia de goodwill resultante dessa
concentrag&o de actividades empresariais ou a guantia de
aualauer excesso do interesse da adauirente no justo valor
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO liauido de activos, passivos e passivos contingentes identi-
ficéveis da adauirida do custo da concentrac&o.
FINANGEIRO 25
Esta Norma trata também do reconhecimento dos acti-
vos por impostos diferidos provenientes de perdas fis-
IMPOSTOS SOBRE 0 RENDIMENTO Cais nao usadas ou de créditos fiscais nêo usados, da
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem apresentacao de impostos sobre o rendimento nas
por base a Norma Internacional de Contabilidade lAS 12 - demonstracëes financeiras e da divulgacêo da informa-
IMpostos sobre o Rendimento, adoptada pelo texto origi- CAo relacionada com impostos sobre o rendimento.
nal do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissao, de
3 de Novembro. Ambito (paragrafos 2a 4)
Sempre aue na presente norma existam remissêes
2 — Esta Norma deve ser aplicada na contabilizacêo de
para as normas internacionais de contabilidade, entende
impostos sobre o rendimento.
-se ague estas se referem As adoptadas pela Uniëo Euro-
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do d — Para as finalidades desta Norma, consideram-se
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em impostos sobre o rendimento tados os impostos no pais
Conformidade com o texto original do Regulamento (CE) e impostos estrangeiros gue sejam baseados em lucros
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. tributdveis, bem como outros impostos tais como impos-
tos por retencao (de dividendas), aue sejam pagêvelis
por uma subsidiéria, associada ou empreendimento con-
Objectivo (par&grafo 1) junto em distribuic6es & entidade gue relata.
1-O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato 4 —- Fsta Norma nao tata dos mêtados de contabiliza-
Financeiro é o de prescrever o tratamento contabilistico C8o dos subsidios do Governo (NCRF 22 — Contabiliza-
dos impostos sobre o rendimento & em especial no gue C&o dos Subsidios do Governo e Divulgacao de Apoios
respeita a: do Governo) ou de créditos fiscais ao investimento.
a) Recuperacao futura (lieuidacêo) da guantia escritu- Porém, esta Norma trata da contabilizac&o das diferen-
rada de activos (passivos) aue sejam reconhecidos Gas temporêrias aue possam surgir de créditos fiscais
no balanco de uma entidade; e por lais subsidios ou investimentos.

261
7 Naormas Contabilisticas e de Relato Financeira — NCAF 25
SNC EXPLICADO

e@conémicos tributaveis gue fluirao para uma entidade


Definic6es (paragrafos 5 e 6)
aguando ela recupere a guantia escriturada do activo. Se
5 — Os termos gue se seguem sêo usados nesta esses beneficios econ6micos nao forem tributdveis, a base
Norma com os significados especificados: fiscal do activo é igual a sua guantia escriturada.
Activos por impostos diferidos: sêo as Oouantias de 8 —A base fiscal de um passivo é a sua guantia esori-
impostos sobre o rendimento recuperêveis em periodos turada, menos aualguer auantia aue serê dedutivel para
futuros respeitantes a: finalidades fiscais com respeito a esse passiVo em perio-
a) Diferencas tempordrias dedutiveis; dos futuros. No caso de réditos due sejam recebidos
adiantadamente, a base fiscal do passivo resultante é a
b) Reporte de perdas fiscais nao utllizadas; e
sua aguantia escriturada, menos agualaguer auantia dos
Cc) Reporte de créditos tributêveis nêo utilizados. réditos gue nao serêo tributêveis em periodos futuros.
Base fiscal de um activo ou de um passivo: é a guantia
9 — Alguns itens têm uma base fiscal mas nao sê
atribuida a esse activo ou passivo para fins fiscais.
reconhecidos como activos & como passivos no
Diferencas temporêrias: sêo diferencas entre a guantia balanco. Por exemplo, os custos de pesauisa Sê0 reco-
escriturada de um activo ou de um passivo no balango eë nhecidos come um gasto na determinagao da lucra con-
a sua base de tributacêo. As diferencas temporarias tabilistico no periodo em due forem incorridos mas
podem ser: podem nao ser permitidos como uma deducao na deter-
a) Diferencas tempordrias tributêveis, aue sêo diferen- minacao do lucro tributavel (perda fiscal) até um periodo
cas temporêrias de ague resultam aguantias tributê- posterior. A diferenca entre a base fiscal dos custos de
veis na determinacêo do lucro tributdvel (perda fis- pesauisa, gue é a auantia gue as autoridades fiscais
cal) de periodos futuros aguando a auantia permitir&o como deducêo em periodos futuros, e a auan-
escriturada do activo ou do passivo seja recupe- ta escriturada nula é uma diferenca temporêria dedutivel
rada ou liauidada; ou gue resulta num activo por impostos diferidos.
b) Diferencas temporêrias dedutiveis, gue sêo diferencas 10 — Ouando a base fiscal de um activo ou de um pas-
temporêrias de gue resultam guantias gue sêo deduti- sivo nao for imediatamente evidente, é de considerar o
veis na determinac&o do lucro tributêvel (perda fiscal) principio fundamental em aue esta Norma se basela:
de perlodos futuros auando a guantia escriturada do uma entidade deve, com certas excepcoes limitadas,
actvo ou do passivo seja recuperada ou licuidada. reconhecer um passivo (activo) por impostos diferidos
Gasto de impostos (rendimento de impostos): ê a guando a recuperacao ou liguidac#o da aguantia escritu-
guantia agregada incluida na determinacëo do resultado rada de um activo ou de um passivo fizer com due os
lauido do periodo respeitante a impostos correnles e a pagamentos futuros de impostos sejam maiores (meno-
res) do aue seriam se tais recuperac6es ou liguidac6es
impostos diferidos.
nao tivessem conseaguëncias tributdveis.
Imposto corrente: é a guantia a pagar (a recuperar) de
impostos sobre o rendimento respeitantes ao lucro tribu- 11 — Nas demonstracëes financeiras consolidadas, as
têvel (perda) tributêvel de um perlodo. diferencas temporêrias sêo determinadas pela comparaGao
das guantias escrituradas de activos e de passivos com a
Lucro contabilistico: é o resultado liguido de um
base fiscal apropriada. A base fiscal é determinada por
periodo antes da deducëo do gasto de impostos.
referência a uma declaracëo de impostos consolidada nas
Lucro tributêvel (perda fiscal): é o lucro (ou perda) de jurisdicées em aue tal demonstracao seja preenchida, ou,
um periodo, determinado de acordo com as regras esta- noutros casos, a base fiscal é determinada por referência
belecidas pelas autoridades fiscais, sobre o aual Sao as declarac6es de impostos de cada entidade no grupo.
pagos (ou recuperdveis) impostos sobre o rendimento.
Passivos por impostos diferidos: sao as auantias de Reconhecimento de passivos por impostos correntes e
impostos sobre o rendimento pagêveis em periodos futu-
de activos por impostos correntes (pardyrafos 12 a 14)
ros com respeito a diferencas temporérias tributdveis.
12 - Os impostos correntes para periodos correntes &
6 -O gasto de impostos (rendimento de impostos) na medida em aue nao estejam
anteriores devem,
compreende o gasto corrente de impostos (rendimento
pagos, ser reconhecidos como passivos. Se a guantia jê
corrente de impostos) & o gasto de impostos diferidos
paga com respeito a periodos correntes e anteriores
(rendimentos de impostos diferidos).
exceder a guantia devida para esses periodos, 0
excesso deve ser reconhecido como um activo.
Base fiseal (parêgrafos 7 a 11) 13 — O beneficio relacionado com uma perda fiscal aue
7-A base fiscal de um activo é a guantia gue seré dedu- possa ser reportada para recuperar impostos correntes de
tivel para finalidades fiscais contra auaisaguer beneficios um periodo anterior deve ser reconhecido como um activo.

262
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Ralato Financeira — NCRF 25

14 — Ouando uma perda fiscal for usada para recupe- a) O custo de uma concentracêo de actividades
rar impostos correntes de um periodo anterior, uma enti- empresariais é imputado ao reconhecer os activos
dade reconhece o beneficio como um activo do periodo identificaveis adauiridos e os passivos assumidos
em due a perda fiscal ocorra porgue é provavel gue o pelos seus justos valores, mas nenhum ajustamento
beneficio Hluira para a entidade e ague o beneficio pode eguivalente ê feito para finalidades fiscais (ver
ser fiavelmente mensurado. parêgrafo 19);
b) Os activos so revalorizados e nenhum ajustamento
eaguivalente é feito para finalidades fiscais (ver
Reconhecimento de passivos por impastos diferidas e
parégrafo 20);
de activos por impostos diferidos (parêgrafos 15 a 42)
c) O goodwill resulta numa concentracëo de activida-
Diferencas tempordrias tributdveis (pardgrafos 15 a 24) des empresariais (ver par&grafo 21);

15 —- Um passivo por impostos diferidos deve ser reco-


d) A base fiscal de um activo ou passivo no reconheci-
mento inicial difere da sua guantia eseriturada ini-
nhecido para todas as diferencas temporarias tributê-
Cial, por exemplo, guando uma entidade beneficia
veis, excepto até ao ponto em due esse passivo por
de subsidios do Govermo nao tributêveis relaciona-
impoSstos diferidos resultar de:
dos com actjvos (ver paragrafo 24); ou
a) O reconhecimento inicial do geodwill, ou:
e) A auantia escriturada de investimentos em subsi-
b) O reconhecimento inicial de um activo ou passivo didrias, assorciadas e interesses em empreendimen-
numa transaccao due: tos Conjuntos torma-se diferente da base fiscal do
i) Nao seja uma concentracëo de actividades investimento ou interesse (ver parêgrafos 35 a 42).
empresariais;e
ii) Nao afecte, no momento da transaccao, nem o CGoncentrac6es de actividades empresariais (par&grafo 19)
lucro contabilistico nem o lucro tributêvel (perda
19 — O custo de uma concentrac&o de actividades
fiscal).
empresariais é imputado ao reconhecer os activos identi-
Porém, para as diferencas temporêrias associadas ficêaveis adauiridos e os passivos assumidos pelos seus
Com investimentos em subsididrias, sucursais e assoclia- justos valores & data de aauisicdo. Diferencas tempord-
das e interesses em empreendimentos conjuntos, deve ras resultam guando as bases fiscais de activos identifi-
Ser reconhecido um passivo por impostos diferidos de caêveis adauiridos e de passivos assumidos nao sao afec-
acordo com o paragrafo 36. tados pela concentracêo de actividades empresariais ou
16 — Estê inerente no reconhecimento de um activo gue a sê0 afectados de forma diferente. Por exemplo, guando a
Sua guantia eseriturada serê recuperada na forma de bene- duantia escriturada de um activo é aumentada alté ao
ficios econdémicos due fluam para a entidade nos periodos justo valor, mas a base fiscal do activo mantêm-se pelo
futuros. Ouando a guantia escriturada do activo exceder a Custo para o proprietêrio anterior, resulla uma diferenca
sua base fiscal, a guantia dos beneficios econémicos tribu- temporêria tributdvel oue origina um passivo por impos-
téveis excederê a guantia gue serd permitida como dedu- tos diferidos. O passivo por impostos diferidos resultante
CG&0 para finalidades de tributacao. Esta diferenga é uma afecla o goodwill (ver parêgralo 61”).
diferenca tempordria tributavel e a obrigacao de pagar os
resultantes impostos sobre o rendimento em periodos futu-
Activos escriturados pelo justo valor (par&grafo 20)
ros é Um passivo por impostos diferidos. Como a entidade 20 - As Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro
recupera a auantia escriturada do activo, a difterenga tem- permitem aue certos activos sejam assentados pelo justo
porëria tributavel revertera e a entidade tera lucro tribulavel. valor ou sejam revalorizados (ver, por exemplo, a NCRF 7 -
Isto faz com due seja provével aue beneficios econémicos Activos Fixos Tangiveis, a NCRF 6 - Activos Intangiveis, a
fluir&o da entidade na forma de pagamento de impostos. NCRF 27 — Instrumentos Financeiros e a NCRF 11 —- Pro-
Por isso, esta Norma exige o reconhecimento de todos os priedades de Investimento). Em Portugal, a revalorizagao
passivos por impostos diferidos, excepto em certas cir- Ou reexpressêo de um activo nêo afecta o lycro tributêvel
Ccunstências descritas nos parêorafos 15 e 41. no periodo da revalorizac&o ou reexpressêo e, conseauen-
temente, a base fiscal do activo nêo é ajustada. Contudo, a
17 —- Algumas diferencas temporêrias surgem aguando os
recuperacëo futura da guantia escriturada resultarê Num
rendimentos ou gastos sejam incluidos no lycro contabilis-
fluxo tributêvel de beneficios econémicos para a entidade
tico de um periodo se bem gue sejam incluidos no lycro tri-
ea guantia gue serê dedutivel para finalidades tributêrias
butavel num periodo diferente. Tais diferencas temporêrias
diferiré da aguantia desses beneficios econémicos. A dife-
S&o muitas vezes descritas com diferencas tempestivas.
renca entre a guantia eseriturada de um activo revalori-
18 - Diferencas temporërias também resultam guando: Zado e a sua base fiscal é uma diferenca temporêria e da

“OD numero sublinhado foi corrigido pelo editor por incoerência da original.

263
SMC EXPLICADD
7 Normas Contabilisticas e de Fielato Financairo —- NCAF 28

adauirente no justo valor liguido dos activos, passi-


origem a um passivo ou activo por impostos diferidos. Isto
é verdade mesmo se: VOS e passivos contingentes identificêveis da adagui-
rida (ver paragrafo 21);
a) A entidade nêo pretender alienar o activo. Em tais
Casos, a guantia escriturada revalorizada do activo b) Se a transacoëo afectar guer o lucro contabilistico
serê recuperada pelo uso ë isto gerarê rendimento ti- ou o lucro tributêvel, uma entidade reconhecera
butével gue excede a depreciacêo gue ser permitida agualauer passivo ou activo por impostos diferidos &
para finalidades tributêveis nos periodos futuros; ou reconhecerê o resultante gasto ou rendimento por
impostos diferidos na demonstracao dos resultados
b) A tributacao sobre os ganhos de capital é diferida
(ver parêgrafo 53);
se Os proventos da alienac&o do activo forem inves-
tidos em activos semelhantes. Em tais casos, 0 Cc) Se a transacc&o nao for uma concentracao de actjvi-
imposto tornar-se-& por fim pagavel pela venda ou dades empresariais, e nêo afectar nem o lucro con-
pelo uso de activos semelhantes. tabilistico nem o lucro tributêvel, uma entidade, na
ausência da excepG&o prevista nos parêgrafos 15 e
Goodwill (parêgrafos 21 a 23) 25, reconheceria o passivo ou activo diferido resul-
tante e ajustaria a aguantia escriturada do activo ou
21 — O geodwill resultante de uma concentracëo de
passivo pela mesma aguantia. Tais ajustamentos tor-
actividades empresariais é mensurado como o exXcesso
nariam as demonstracêes financeiras menos trans-
do custo da concentracëo acima do interesse da adaui-
parentes. Por isso, esta Norma nao permite due uma
rente no justo valor liaguido dos activos, passivos e passi-
entidade reconhaca o passivo ou aclivo por impos-
vos contingentes identificêveis da adauirida. As autori-
tos diferidos resultante, duer no reconhecimento ini-
dades fiscais nêo permitem reducëes na auantia
escriturada do goodwill como um gasto dedutivel na cial ou subseaguentemente. Para alêm disso, uma
determinagêo do lucro tributavel. Além disse, o custo do entidade nê&o reconhece alteracêes subseaguentes no
goodwill é muitas vezes nao dedutivel gauando uma sub- passivo ou activo por impostos diferidos nêo reco-
sidiëria aliena a sua actividade empresarial subjacente. nheeidos endguanto o activo é depreciado.
Conseaguentemente, o goodwill tem uma base fiscal de
Zero. Oualguer diferenca entre a guantia escriturada de
Diferengas tempordrias dedutiveis (parégrafos 25 a 30)
goodwill e a sua base fiscal de zero é uma diferenca 25 — Um activo por impostos diferidos deve ser reco-
temporêria tributavel. Contudo, esta Norma nao permite nhecido para todas as diferencas temporarias dedutiveis
0 reconhecimento do passivo por impostos diferidos até ao ponto em due seja provavel gue exista um lucro
resultante porgue o goodwil é mensurado como residual tributdvel relativamente ao aual a diferenca temporaria
e o reconhecimento do passivo por impostos diferidos dedutivel possa ser usada, a nêo ser gue o activo par
ria aumentar a guantia escriturada de goodwill. impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de
22 — As reduc6es posteriores num passivo por impos- um activo ou passivo numa transaccao due:

tos diferidos gue nêo seja reconhecido por resultar do a) N&o seja uma concentracao de actividades empre-
reconhecimento inicial do goodwilltambém sê0 conside- sariais:e
radas como resultando do reconhecimento inicial do b) No momento da transaccëo, nao afecte o lucro con-
geodwill, nêéo sendo portanto reconhecidas. tabilistico nem o lucro tributavel (perda fiscal).
24 — Os passivos por impostos diferidos por diferencas Porém, para diferencas temporarias dedutiveis asso-
tempordrias tributêveis relacionadas com o goodwill sêo, ciadas a investimentos em subsidiërias, sucursais eë
porêm, reconhecidos até ao ponto em aue nao resultem associadas e a interesses em empreendimentos conjun-
do reconhecimento inicial do goodwill, tos, deve ser reconhecido um activo por impostos diferi-
dos de acordo com o pardgrafo 41.
Reconhecimento inicial de um activo ou passivo (pardgrafo 24)
26 — Est4 inerente no reconhecimento de um passivo
24 — Uma diferenca temporêria pode surgir no reconhe- ague a guantia escriturada serê liguidada em periodos
cimento inicial de um activo ou passivo, por exemplo, se futuros por meio de um exfluxo de recursos da entidade
parte ou todo o custo de um activo nao for dedutivel para incorporando beneficios econéêmicos. Ouando os recur
finalidades de impostos. O méêtodo de contabilizar tal sos fluam da entidade, parte ou todas as suas guantias
diferenca temporaria depende da natureza da transac- podem ser dedutiveis na determinacéo do lucro tributêvel
C80 Aue CoNdUZIU ao reconhecimento inicial do activo: de um periodo mais tardio do due o periodo em due a
a) Numa concentracêo de actividades empresariais, passivo seja reconhecido. Em tais cCasos, uma diferenga
uma entidade reconhece aualguer passivo ou temporêria existe entre a guantia escriturada do passivo &
activo por impostos diferidos e isso afecta a guantia a sua base fiscal. Concordantemente, um activo por
do goocdwill ou a aguantia de aualguer excesso impostos diferidos surge €om respeito a impostos sobre o
acima do custo da concentracê&o do interesse da rendimento due serëo recuperêveis em periodos futuros

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SNEC EXPLICADD 7 Normas Contahilisticas e de Relato Financeira— NCRF 25

auando seja permitido ague essa parte do passivo seja 30 - Ouando uma entidade tenha uma histéria de pre-
uma deducëo na determinacëo do lucro tributêvel. Seme- juizos recentes, a entidade considera a orientac&o dos
Inantemente, se a guantia escriturada de um activo for par&grafos d2 e 33.
menor do gue a sua base fiscal a diferenca dé origem a
um activo por impostos diferidos, com respelito a impostos Perdas fiscais n3o usadas e créditos por impostos nio
ague ser&o recuperdveis em periodos futuros. usados (paragrafos 31 a 33)
271 —- A reversao de diferencas temporêrias dedutiveis 31 — Um activo por impostos diferidos deve ser reco-
resulta em deducëes na determinacëo de lucros tributa- nhecido para o reporle de perdas fiscais nao usadas e
veis de periodos futuros. Contudo, os beneficios econG- créditos tributêveis nao usados atë ao ponto em due
micos na forma de reduc6es nos pagamentos de impos- seja provével gue lucros tributaveis futuros estardo dis-
tos fluir&ao para a entidade somente se ela obtiver lucros poniveis contra os guais possam ser usados perdas fis-
tributéveis suficientes contra os guais as deducëes pos- cais nao usadas e créditos tributêveis nao usados.
sam ser compensadas. Por isso uma entidade reco- 3? — Os critérios para reconhecer activos por impostos
nhece activos por impostos diferidos somente aguando diferidos provenientes do reporte de perdas fiscais e de
for provavel gue lucros tributdveis estarao disponiveis Créditos de impostos nêo utilizados sêo os mesmos due
contra os auais as diferencas temporarias dedutiveis os critérios para o reconhecimento de aclivos por impos-
possam ser utilizadas. tos diferidos provenientes de diferencas temporaêrias
28 — E provêvel gue lucro tributavel esteja disponivel e dedutiveis. Porém, a existência de perdas fiscais naêo
contra o gual uma diferenca temporêria dedutivel possa usadas é forte prova de ague podem nêo estar disponi-
ser utilizada guando haja diferencas tempordrias tributa- veis lucros tributêveis futuros. Por isso, guando uma enti-
veis suficientes relacionadas com a mesma autoridade dade tenha uma histêria de perdas recentes, a entidade
fiscal e com a mesma entidade tributdvel gue se espe- reconhece um activo por impostos diferidos proveniente
rem inverter:
de perdas fiscais ou de créditos tributdveis nêo utiliza-
dos somente até ao ponto aue a entidade tenha suficien-
a) No mesmo periodo gue a reversao esperada da
tes diferencas temporërias tributêveis ou gue haja outras
difterenca temporaêria dedutivel; ou
provas convincentes de gue lucros tributêveis suficien-
b) Nos periodos em aue uma perda fiscal proveniente tes estar&o disponiveis contra os guais as perdas fiscais
do activo por impostos diferidos possa ser repot- nao utilizadas ou créditos tributêveis nêo utilizados pos-
tada ou transportada. sam ser utilizados pela entidade. Em tais circunstências,
Em tais circunstências, o activo por impostos diferidos o par&grafo 75 exige a divulgacao da guantia do activo
é reconhecido no periodo em ague as diferencas tempo- por impostos diferidos e da natureza da prova aue
rêrias dedutiveis surjam. suporta o seu reconhecimento.

29 — Guando haja diferengas temporêrias tributdveis 33 — Uma entidade considera os critérios seguintes na
insuficientes relacionadas com a mesma autoridade fis- avaliacêo da probabilidade de gue o lucro tributavel
Cal e a mesma entidade tributêvel, o activo por impostos estaré disponivel contra o aual perdas fiscais nao usa-
diferidos é reconhecido até ao ponlo em due: das ou créditos tributdveis nao usados possam ser utili-
Zados:
a) Seja provével gue a entidade tenha lucros tributa-
a) Se a entidade tiver diferencas temporêrias tributê-
veis suficientes relacionados com a mesma autori-
veis relacionadas com a mesma autoridade fiscal e
dade fiscal e a mesma entidade tributavel no
com a mesma entidade tributdvel, de gue resultarao
mesmo periodo em aue a reversêo das diferencas
auantias tributdveis contra as guais as perdas Tis-
temporêrias dedutiveis (ou nos periodos em aue a
cais nê usadas ou créditos tributdveis nao usados
perda fiscal proveniente do activo por impostos dife-
possam ser utilizados antes due se extingam;
ridos possa ser reportada ou transporlada). Ao ava-
liar se ter& ou nêo lucro tributavel suficiente em b) Se for provêvel gue a entidade tenha lucros tributê-
periodos futuros, uma entidade ignora guantias tri- veis antes das perdas fiscais nao usadas ou aue
butéveis provenientes de diferenGas temporêrias Créditos tributdveis nêo usados expirem;
dedutiveis gue se esperem due se originem em Cc) Se as perdas fiscais nao usadas resultarem de
periodos futuros, poraue os activos por impostos causas identificêveis gue provavelmente nêo se
diferidos provenientes destas diferencas tempora- repetirao.
rias dedutiveis exigirao elas proprias lucros tributê- Até ao ponto em due néo seja provêvel gue lucros tri-
veis futuros a fim de serem utilizadas; ou butêveis estejam disponiveis contra os guais as perdas
b) Estejam disponiveis oportunidades de planeamento fiscais nao usadas ou créditos tributêveis nao usados
de impostos para a entidade, aue criaré lucro tribu- possam ser utilizados, o activo por impostos diferidos
têvel em periodos apropriados. nao é reconhecido.

265
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeira — NCRAF 28 SNC EXPLICADO

Reavaliacso de activos por impostos diferidos nao reco- b) Oue seja provavel gue a diferenca temporêria nêo
se revertera no futuro previsivel.
nhecidos (parêgrafo 34)
37 — Dado a empresa-mae controlar a politica de divi-
34 —A data de cada balanco, uma entidade reavalia
dendos da sua subsididria, ê capaz também de controlar
os activos por impostos diferidos nao reconhecidos. A
a tempestividade da reversao de diferencas temporêrias
entidade reconhece previamente um activo por impostos
associadas com esse investimento (incluindo as diferen-
diferidos nêo reconhecido até ao ponto em ague se torne
cas tempordrias provenientes nao sê de lucros nêo distri-
provêvel gue os lucros tributêveis futuros permitir&o gue
buidos mas tambéêm de auaisauer diferencas de tanspo-
o activo por impostos diferidos seja recuperado. Por
nas conNdicBes comerciais sicêo de moeda estrangeira). Para alêm disso, muitas
exemplo, um melhoramento
vezes seria impraticavel determinar a auantia de impostos
pode tornar mais provêvel gue a entidade seja capaz de
sobre rendimento aue devam ser pagos auando as dife-
gerar suficiente lucro tributêvel no futuro para gue o
rencas tempordrias se revertam. Por isso, auando a
activo por impostos diferidos satisfaca os critërios fixa-
empresa-mêe tenha determinado gue esses lucros nêo
dos nos par&grafos 25 ou 31. Um outro exemplo dê-se
serëo distribuidos no futuro previsivel a empresa-mae naa
guando uma entidade reavalia os activos por impostos
reconhece um passivo por impostos diferidos. As mesmas
diferidos & data da concentrac4o de actividades empre-
consideracë6es aplicam-se a investimentos em sucursais,
sariais ou subseauentemente (ver par&grafos 62 e 63).
3B — Os activos & passivos nao monet4rios de uma
Investimentos em subsididrias, associadas e interesses entidade sêo mensurados na sua moeda funcional (ver
em empreendimentos conjuntos (pargrafos 35 a 42) NCRF 23 - Os Efeitos de Alteracêes em Taxas de Cam-
bio). Se os lucros tributaveis e as perdas fiscais (e, con-
35 — As diferencas temporaêrias surgem aguando a
seguentemente, a base fiscal dos seus aclivVos e passi-
aguantia escriturada de investimentos em subsidiërias,
voS no monetdrios) forem determinados numa moeda
associadas ou interesses em empreendimentos conjun-
diferente, as alteracêes na laxa de cêAmbio originam dife-
tos (nomeadamente a parte da empresa-mae ou do
rencas temporêrias aue resultam num passivo ou
investidor nos activos liguidos da subsidiëria, associada
(dependendo do par&grafo 25) activo por impostos dife-
ou investida, incluindo a guantia escriturada de goodwill)
ridos reconhecido. O imposto diferido resultante é debi-
se torna diferente da base fiscal (gue é muitas vezes o
tado ou creditado nos resultados (ver parégrafo 52).
Custo) do investimento ou interesse. Tais diferencas
podem surgir numa auantidade de circunstências dife- 39 — Um investidor numa associada nêo controla essa
rentes, por exemplo: entidade e geralmente nêo estê numa posicêo para deter-
a) A existéncia de lucros nao distribuidos de subsidië- minar a sua politica de dividendos. Par isso, na ausência
rias, associadas e empreendimentos conjuntos; de um acordo exigindo aue os lycros da associada nêo
serao distribuidos no futuro previsivel, um investidor reco-
D) Alterac6es nas taxas de cAmbio guando uma
nhece um passivo por impostos diferidos provenientes de
empresa-mêe e a sua subsidiëria estê&o localizadas
diferencas temporarias tributdveis associadas ao investi-
em paises diferentes; e mento na associada. Em alguns casos, um inveslidor
c) Uma reducao na guantia escriturada de um investi- pode n&o ser capaz de determinar a guantia de impostos
mento numa associada para a Sua duantia recupe- Oue ser&o pagos se ele recuperar o custo do seu investi-
rêvel. mento na associada mas pode determinar gue igualarê ou
Nas demonstrac6es financeiras consolidadas, a dife- exceder4 uma guantia minima. Em tais casos, o passivo
renca temporaria pode ser diferente da diferenca tempo- por impostos diferidos é mensurado por essa guantia.
rêria associada com esse investimento nas demonstra- A0 - O acordo entre as partes de um empreendimento
Cc6es financeiras individuais da empresa-mae se a coNjunto tata geralmente da partilha dos lucros e identi-
empresa-mêe escriturar o investimento nas suas fica se as decis6es em tais assuntos exigem ou nao o
demonstracêes financeiras individuais pelo custo ou a consentimento de todos os empreendedores ou de uma
auantia revalorizada. maioria especificada dos mesmos. Ouando o empreende-
36 — Uma entidade deve reconhecer um passivo por dor puder controlar a partilha dos lycros e seja provêvel
impostos diferidos para todas as diferencas temporërias ague os lucros néo serao distribuidos no futuro previsivel,
tributêveis associadas aos investimentos em subsidiërias, naêo é reconhecido um passivo por impostos diferidos.
Sucursais e associadas e interesses em empreendimentos A1 — Uma entidade deve reconhecer um activo por
CoONJUNtOS, excepto até ao ponto em ague as seguintes impostos diferidos para todas as diferencas temporêrias
condicoes sejam ambas satisfeitas; dedutiveis provenientes de investimentos em subsidië-
a) Oue a empresa-mêae, o investidor ou o empreende- rias. associadas e interesses em empreendimentos con-
dor seja capaz de controlar a tempestividade da juntas, até ao ponto em due, e somente altéê ao ponto em
reversêo da diferenca temporêria: e due, seja provével gue:

266
SNC EXPLICADO 7 Normas Cantahilisticas e de Relato Financeira —- NCRF 25

a) A diferenca temporêria revertera no futuro previsivel e de benetficios de reforma (ver a NCRF 28 - Beneficios de
b) Estarê disponivel o lucro tributêvel contra o gual a Empregados),
diferenca temporêria possa ser utilizada. 50 — A ouantia escriturada de um activo por impostos
42? — Ao decidir se um activo por impostos diferidos ê diferidos deve ser revista & data de cada balanco. Uma
reconhecido para diferencas temporêrias dedutiveis entidade deve reduzir a guantia eseriturada de um
associadas aos seus investimentos em subsidiërias, activo por impostos diferidos até ao ponto em due deixe
assoCiadas e seus interesses em empreendimentos con- de ser provêvel gue lucros tributêveis suficientes estarao
juntos, uma entidade considera a orientagao estabele- disponiveis para permitir gue o beneficio de parte ou
cida nos paragrafos 28 a 30. todo desse activo por impostos diferidos seja utilizado.
Oualguer reducao deve ser reverlida até ao ponto due
se torne provével aue lucros tributéveis suficientes esta-
Mensuracdao (pargrafos 43 a 50) r&o disponiveis.
43 — Os activos (passivos) por impostos correntes dos
periodos correntes e anteriores devem ser mensurados Reconhecimento de imposto corrente diferido
pela guantia due se espera due seja paga (recuperada
(parégrafos 51 a 64)
de) as autoridades fiscais, usando as taxas fiscais (e leis
fiscais) aprovadas a data do balanco. 51 — A contabilizacêo dos efeitos de impostos corren-
tes e diferidos de uma transaccë#o ou de outro aconteci-
44 — Os activos e passivos por impostos diferidos
mento é consistente com a contabilizacêo da transace&o
devem ser mensurados pelas taxas fiscais due sê
ou do préprio acontecimento. Os par&grafos 52 a 64
espera aue sejam de aplicar no perliodo aguando seja
implementam este principio.
realizado o activo ou seja liguidado o passivo, com base
nas taxas fiscais (e leis fiscais) aue estejam aprovadas & Demonstracdo dos resultados (parêgrafos 52 a 54)
data do balanco.
5? - Os impostos correntes e diferidos devem ser
45 —A mensuracëo de passivos por impostos diferidos e reconhecidos como um rendimento ou como um gasto ë
de activos por impostos diferidos deve reflectir as conse- incluidos no resultado liguido do periodo, excepto afé ao
auências fiscais gue se seguem derivadas da maneira pela
ponto em aus o imposto provenha de:
aual a entidade espera, & data do balanco, recuperar ou
a) Uma transacc&o ou acontecimento due seja reco-
liouidar a guantia escriturada dos seus activos e passivos.
nhecido, no mesmo ou num diferente periodo,
AG — Em alguns casos, a maneira pela gual uma enti- direclamente no capital prêéprio (ver parêgrafos 55
dade recupera (liguida) a auantia escriturada de um a 59); ou
activo (passivo) pode afectar a base fiscal do activo b) Uma concentracêc de actividades empresariais
(passivo). Em tais casos, uma entidade mensura os pas-
(ver parêgrafos 61 a 64).
sivos por impostos diferidos e activos por impostos dife-
ridos usando a base fiscal aue seja consistente com a 53 — A maior parte dos passivos por impostos diferidos
maneira esperada de recuperaca&o ou liduidacao. e de activos por impostos diferidos surge auando os
rendimentos ou gastos sejam incluidos no luero contabi-
47 — Activos e passivos por impostos diferidos nao
listico num periodo, se bem ague sejam incluidos no lucro
devem ser descontados.
tributdvel (perda fiscal) noutro periodo diferente. O
AB — A determinacëo fiëvel de activos e passivos por imposto diferido resultante é reconhecido na demonstra-
impostos diferidos numa base descontada exige calen- Cao dos resultados.
darizac&o pormenorizada da tempestividade da rever- 54 — A auantia escriturada dos activos ë passivos por
sêo de cada diferenca temporêria. Em muitos casos tal
impostos diferidos pode alterar-se mesmo se nêo houver
calendarizac&o é impraticêvel ou altamente complexa.
alteracao na auantia das diferencas temporêrias relacio-
Por isso, é inapropriado exigir desconto de activos e
nadas. Isto pode resultar, por exemplo. de:
passivos diferidos. Permitir, mas nêo exigir o desconto,
resultaria em activos e passivos por impostos diferidos a) Uma alteracêo nas taxas de tributacê&o ou leis fiscais;
Oue nêo seriam comparaveis entre entidades. Por isso, b) Uma reavaliacêo da recuperabilidade de activos
esta Norma nêo exige nem permite o desconto de acti- por impostos diferidos; ou
VOS & passivos por impostos diferidos. c) Uma alteracao da maneira esperada de recupera-
49 — As diferengas tempordrias sêo determinadas por Cao de um activo.
referência & Guantia escriturada de um activo ou um O imposto diferido resultante é reconhecido na
passivo. Isto aplica-se mesmo guando essa auantia demonstrac&o dos resultados, axcepto até ao ponto gue
escriturada seja ela prépria determinada numa base ele se relacione com itens previamente debitados ou
descontada, como por exemplo no caso de obrigac6es Creditados ao capital prêprio (ver parêgrafo 57).

267
7 Normas Contabilisticas e de Aelato Financeiro - NCRF 25 SNC EXPLICADO

ltens creditados ou debitados directamente ao capital semelhantes aplicam-se a transferências feitas pela aliena-
préprio (pargrafos 55 a 60) Gao de um item de activo fixo tangivel.

55 — O imposto corrente ou imposto diferido deve ser 59 — Ouando um activo for revalorizado para finalida-
debitado ou creditado directamente ao capital préprio se des de tributacao e essa revalorizacao estiver relacio-
Oo imposto se relacionar com itens gue sejam creditados nada com uma revalorizacao contabilistica de um
ou debitados, no mesmo ou num diferente periodo, periodo anterior, ou Com Uuma due se espera aue seja
directamente ao capital prêprio. levada a efeito num periodo futuro, os efeitos fiscais de
ouer a revalorizacao do aclivo duer do ajustamento da
5f — As Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro base fiscal sêo creditados ou debitados ao capital prê-
exigem ou permitem aue certos itens sejam creditados prio nos periodos em gue ocorram.
ou debitados directamente ao capital préprio. S&o exem-
plos de tais itens: 60 - Ouando uma entidade pagar dividendos aos seus
accionistas, pode ser-lhe exigido gue pague uma par-
a) Uma alteracao na guantia escriturada proveniente da
cela dos dividendos as autoridadses fiscais em nome dos
revalorizagêo do activo fixo tangivel (ver a NCRF 7 —
accionistas (retencao de imposto). Tal guantia paga ou a
Activos Fixos Tangiveis);
pagar as autoridades fiscais é debitada ao capital prê-
D) Um ajustamento no saldo de abertura de resultados Drio Como parte dos dividendos.
retidos resultantes ou de uma alterac&o na politica
contabilistica aplicada retrospecltivamente ou da
Impostos diferidos provenientes de uma concentracao
Correcgao de um erro (ver NCRF 4 - Politicas Con-
de actividades empresariais (pardgrafos 61 a 64)
tabilisticas, Alteracëes nas Estimativas Contabilisti-
Cas e Erros); 61 — Tal como explicado no parêgrafo 19, podem surgir
diferencas temporêrias numa concentrag4o de activida-
Cc) As diferencas de cAmbio resultantes da transposi-
des empresatiais. De acordo com a NCRF 14 — Concen-
cCêo das demonstracêes financeiras de uma uni-
dade operacional estrangeira (ver NCRF 23 - Os
tacoes de Actividades Empresariais, uma entidade reco-
Eifeitas de Alteracêes em Taxas de Cêmbio). nhece auaisauer activos por impostos diferidos resultante
(até ao ponto em due satisfazem os critérios de reconhe-
57 - Em circunstências excepcionais pode ser dificil cimento do parêgrafo 25) ou passivos por impostos diferi-
determinar a guantia de impostos correntes e diferidos gue dos como activos e passivos identificAveis & data da
se relacione com itens creditados ou debitados ao capital aAOuisic&o. Conseduentemente, esses activos e passivos
préprio. Isto pode ser o caso, por exemplo, duando: por impostos diferidos afectam o goodwill ou a guantia
a) Uma alteracëo na taxa do imposto ou noutras de aualguer excesso do interesse da adauirente no justo
regras de impostos gue afecte um activo ou pas- valor liguido dos activos, passivos e passivos contingen-
SIvO por impostos diferidos relacionado (no todo ou tes identificaveis da adauirida acima do custo da con-
em parte) com um item gue esteja previamente Centracëo. Contudo, de acordo com o parêgrafo 15 a),
debitado ou creditado ao capital préprio; ou uma entidade nêo reconhece passivos por impostos dife-
b) Uma entidade determine aue um activo por impos- ridos resultantes do reconhecimento inicial do goodwil.
tos diferidos deva ser reconhecido, ou deixe de ser 62 — Como resultado de uma concentragao de activida-
reconhecido por inteiro, e o activo por impostos des empresariais, uma adauirente pode considerar a Dro-
diferidos se relacione (no todo ou em parte) com babilidade de recuperar o seu proprio activo por impos-
um item aue tenha sido anteriormente debitado ou tos diferidos aue nêo tenha sido reconhecido antes da
Creditado ao capital préprio. concentracao de actividades empresariais. Por exemplo,
Em tais casos, o imposto corrente e diferido relacio- a adauirente pode ser capaz de usar o beneficio das
nado com itens ague sejam creditados ou debitados ao suas perdas fiscais nêo usadas face ao futuro lucro tribu-
Capital préprio é baseado numa imputacëo pro rata tavel da adouirida. Nesses casos, a adauirente reco-
razoëvel do imposto corrente e diferido da entidade, ou nhece um activo por impostos diferidos, mas nêo o inclui
Outro mêtodo aue atinja uma imputacao mais apropriada Como parte da contabilizac&o da concentracao de activi-
nas circunstêancias. dades empresariais, e portanto nao o tem em considera-
C&o ao determinar o geodwill ou a guantia de gualaguer
58 — A NCRF 7 — Activos Fixos Tangiveis, n&0 especifica
excesso do interesse da adauirente no justo valor liguido
se uma entidade devea transferir ano a ano o excedente
dos activos, passivos e passivos contingentes identifica-
(reserva) de revalorizac&o para resultados tansitados uma
veis da adauirida acima do custo da concentragao.
guantia igual & diferenca entre a depreciac&o ou amortiza-
G&D de um actvo revalorizado ea depreciacao ou amorli- 63 - Se o potencial beneficio de transportar as perdas fis-
Zacëo baseada no custo desse activo, Se uma entidade cais no rendimento da adauirida ou de outros activos por
fizer tal tansferência, a guantia tansferida é liguida de impostos diferidos nao satisfizer os critérios da NCRF 14 —
aualauer imposto diferido relacionado. Consideracêes Concentracao de Actividades Empresariais relativamente

268
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relata Financelra — NCRF 25

ao reconhecimento separado auando se contabilizar inicial- a) A entidade tiver um direito legalmente execuldvel
mente uma concentracaêo de actividades empresariais, mas de compensar activos por impostos correntes con-
for posteriormente realizado, a adaguirente deve reconhecer tra passivos por impostos correntes;e
o rendimento por impostos diferidos resultante nos resulta- b) Os activos por impostos diferidos e os passivos por
dos. Além disso, uma adauirente deve: impostos diferidos se relacionarem com impostos
a) Reduzir a guantia escriturada de geodwila guantia sobre o rendimento lancados pela mesma autori-
gue teria sido reconhecida se o activo por impostos dade fiscal sobre a mesma entidade tributdvel.
diferidos tivesse sido reconhiecido como um activo 69 - Para evitar a necessidade de escalonamento
identific&vel a partir da data de aauisicêo; e detalhado da tempestividade da reversêo de cada dife-
b) Reconhecer a reducéo na duantia escriturada do renca tempordria, esta Norma exige gue uma entidade
goodwill como um gasto. Compense um activo por impostos diferidos contra um
passivo por impostos diferidos da mesma entidade tribu-
64 — Contudo, este procedimento nao deve resultar na
tavel se, e somente se, eles se relacionam com impostos
Criacëo de um excesso do interesse da adauirente no
sobre o rendimento lancadoas pela mesma autoridade fis-
justo valor liguido dos activos, passivos & passivos con-
Cal e a entidade tiver um direito legalmente executêvel
tingentes identificAveis da adauirida acima do custo da
de compensar activos por impostos correntes contra
concentracë&o, nem deve aumentar a guantia anterior-
passivos por impoestos correntes.
mente reconhecida para um tal excesso.

Gasto de impostos (par&grafos 70 e 71)


Apresentacdo (parêgrafas 65 a 71)
Gasto (rendimento) de imposto relacionado com resultados
Compensacao (paragrafos 65 a 69) de actividades ordinêrias (par&grafo 70)

65 —- Uma entidade deve compensar activos por impos- 70 - O gasto (rendimento) de impostos relacionado
tos correntes & passivos por impostos correntes nas suas com o resultado de actividades ordinarias deve ser
demonstrac6es financeiras se, e somente se, a entidade: apresentado na face da demonstragëo das resultados.

a) Tiver um direito legalmente executêvel para com-


Diferencas de cambio em passivos ou activos por impostos
pensar auantias reconhecidas; e
estrangeiros diferidos (par&grafa 71)
b) Pretender liguidar numa base liguida, ou realizar o
71-A NCRF 23 —- Os Efeitos de Alteracêes nas Taxas
activo e liguidar simultaneamente o passivo.
de Cêmbic, exige aue certas diferencas de cêémbio sejam
66 — Se bem aue os aclvos e passivos por impostos reconhecidas como rendimentos ou gastos mas nêo
Correntes sejam reconhecidos e mensurados separada- especificam onde tais diferencas devem ser apresenta-
mente eles sê0o compensados no balanco e sujeitos a das na demonstracao dos resultados. Concordantemente,
Critérios semelhantes aos estabelecidos para os instru- aguando diferencas de cêambio de passivos ou de activos
mentos financeiros na NCRF 27 - Instrumentos Financei- por impostos estrangeiros diferidos sejam reconhecidos
ros. Uma entidade terê normalmente um direito legal- na demonstracëo dos resultados, tais diferencas podem
mente executavel para compensar um activo por ser classificadas como gastos (rendimentos) por impostos
impostos correntes contra um passivo por impostos Cor- diferidos se essa apresentacao for considerada como a
rentes guando eles se relacionem com impostos sobre o mais uil para os utentes das demonstrag6es financeiras.
rendimento lancados pela mesma autoridade fiscal e
esta autoridade permita gue a entidade faca ou receba
Divulgacêes (paragrafos 72 a 84)
um Unico pagamento liauido.
12* — Os principais componentes de gasto (rendimento)
67 - Em demonstracëes financeiras consolidadas, um de impostos devem ser divulgados separadamente.
activo por impostos correntes de uma entidade de um
grupo é compensado contra um passivo por impostos 18* - Os componentes de gasto (rendimento) de
Correntes de uma outra entidade de um grupo se, e impostos devem incluir:
somente se, a dita entidade tiver um direito legalmente a) Gasto (rendimento) por impostos correntes;
executavel de fazer ou receber tal pagamento liguido ou b) Ouaisguer ajustamentos reconhecidos no periodo
recuperar o activo e liguidar o passivo simultaneamente. de impostos correntes de periodos anteriores;
68 — Uma entidade deve compensar os activos Dor G) A guantia de gasto (rendimento) por impostos dife-
impostos diferidos e passivos por impostos diferidos se, ridos relacionada com a origem e reversêo de dife-
e $omente se: rencas temporarias;

“Os numeros sublinhados foram corrigidos pelo editor por incoerência do original.

269
7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro — NCRF 28 SNC EXPLICADO

d) A guantia de gasto (rendimento) por impostos dife- conjuntos, relativamente aos auais passivos por
ridos relacionada com alterac6es nas taxas de tri- impostos diferidos nao tenham sido reconhecidos
butacao ou com o lancamento de novos iMpostos; (ver parêgrafo 36");

e) A auantia de beneficios provenientes de uma perda f) Com respeito a cada tipo de diferenca temporaria e
fiscal nao reconhecida anteriormente, de crédito com respeito a cada tipo de perdas por impostos
por impostos ou de diferenca temporêria de um nêo usadas e créditos por impostos nao usados:
periodo anterior gue seja usada para reduzir gasto j) A guantia de activos e passivos por impostos
de impostos correnies; diferidos reconhecidos no balanco para cada
periodo apresentado;
f) A auantia dos beneficios de uma perda fiscal nêo
ii) A auantia de rendimentos ou gastos por impos-
reconhecida anteriormente, de crédito por impostos ou
tos diferidos reconhecidos na demonstracëo dos
de diferencas temporêrias de um periodo anterior gue
resultados, se isto nêo for evidente das altera-
seja usada para reduzir gastos de impostos diferidos;
c6es das guantias reconhecidas no balanco;
g) Gasto por impostos diferidos provenientes de uma
g) Com respeito a operacëes descontinuadas, o gasto
reducao, ou reversêo de uma diminuicêo anterior,
de impostos relacionado com:
de um activo por impostos diferidos de acordo cam
j) O ganho ou perda da descontinuagao;e
o par&grafo 50*; e
ii) O resultado das actividades ordinêrias da opera-
h) A guantia do gasto (rendimento) de imposto relativa G&o descontinuada do pericdo, juntamente com
as alteracëes nas politicas contabilisticas e nos as guantias correspondentes de cada periodo
erros gue est&o incluidos” nos resultados de acordo anterior apresentado; e
com a NCRF 4 — Politicas Contabilisticas, Altera- ii) A auantia conseauente do imposto de rendi-
Cêes nas Estimativas Contabilisticas e Erros poraue mento dos dividendos da entidade aue foram
nao podem ser contabilizadas retrospectivamente. propostos ou declarados antes das demonstra-
74 - O aue se segue deve ser também divulgado c6es financeiras serem autorizadas para ermis-
separadamente:
S&0, mas aus naêo sao reconhecidos como pas-
sivo nas demonstracëes financeiras.
a) O imposto diferido e corrente agregado relacionado
com itens due sejam debitados ou creditados ao 715 - Uma entidade deve divulgar a aguantia de um
Capital propria; activo por impostos diferidos e a natureza das provas
ague suporlam o seu reconhecimento, guanda:
b) Uma explicacëo do relacionamento entre gasto
(rendimento) de impostos e lucro contabilistico em a) A utilizacê&o do activo por impostos diferidos seja
uma ou em ambas das seguintes formas: dependente de lucros tributaveis futuros em
j) Uma reconciliacëo numérica entre gasto (rendi- excesso dos lucros provenientes da reversêo de
mento) de impostos & o produto de lucro conta- diferencas temporêrias tributaveis existentes; &
bilistico. multiplicado pela(s) taxa(s) de imposto b)A entidade tenha sofrido um prejuizo auer no
aplicêvel(eis) divulgando também a base pela periodo corrente auer no periodo precedente na
agual a taxa(s) de imposto aplicével(eis) é (sêo) jurisdic&o fiscal com due se relaciona o activo por
calculadal(s); ou impostos diferidos.
ii) Uma reconciliacêo numérica entre a taxa média
16 - Uma entidade deve divulgar a natureza das
efectiva de imposto e a taxa de imposto aplicë- potenciais consedguëncias do imposto de rendimento
vel, divulgando também a base pela aual é cal-
gue resultariam do pagamento de dividendos aos seus
Culada a taxa de imposto aplicêvel; accionistas. Além disso, a entidade deve divulgar as
c) Uma explicacao de alteracëes na(s) taxa(s) de cuantias das potenciais. conseaguências do imposto de
imposto aplicêvel(eis) comparada com o periodo rendimento praticamente determindveis e se existem ou
Contabilistico anterior; nao guaisauer potenciais conseauências no imposto de
d) A guantia (e a data de extingëo, se houver) de dife- rendimento nao praticamente determindveis.
rencas tempordrias dedutiveis, perdas fiscais nêo 11 - As divulgacêes exigidas pelo parêgrafo 0 faz com
usadas, e créditos por impostos nêo usados relati- gue os utentes das demonstracêes financeiras compreen-
vamente aos duais nenhum activo por impostos dam Se o relacionamento entre o” gasto (rendimento) de
diferidos seja reconhecido no balanco; impostos e o lucro contabilistico & nao usual & compreen-
e) A guantia agregada de diferencas temporérias asso- dam os factores significativos gue podem afectar esse
ciadas com investimentos em subsidiërias, sucursais relacionamento no futuro. O relacionamento entre gasto
e associadas e interesses em empreendimentos (rendimento) de impostos e lucro contabilistico pode ser

“As palayras e 08 nimeros sublinhados faram Corrigidos pelo editor por incoerência do original.
SNC EXPLICADO 7 Narmas Cantabilisticas e de Relata Financelro — NCRF Z5/26

afectado por factores tais como rédito gue seja isento de Caso, é divulgada a guantia restituivel. Se aplicavel, a enti-
tributacao, gastos due nêo sejam dedutiveis na determina- dade divulga também due existem potenciais conseguên-
ca0 do lucro tributével (perda fiscal), o efeito de perdas fis- cias do imposto sobre o rendimento nao praticamente
cais eo efeito de taxas de tributacêo estrangeiras. determinêveis. Nas demonstracêes financelras individuais
da empresa-mêe, se existirem, a divulgaGëo das poten-
78 — Ao explicar o relacionamento entre gasto (rendi-
Ciais conseguëncias do imposto sobre o rendimento rela-
mento) de impostos e lucro contabilistico, uma entidade
ciona-se com os resultados retidos da empresa-mêe.
usa uma taxa de tributacëo aplicêvel gue proporcione a
informacao mais significativa aos utentes das suas 83 — A uma entidade due se exija gue proporcione as
demonstracêes financeiras. Muitas vezes, a taxa mais divulgacêes do parégrafo 76 pode também ser-lie pedido
significativa é a taxa domëêstica interna de impostos do ague proporcione divulgacêes relacionadas com diferenoas
pais em gue a entidade esté domiciliada, agregando a temporêrias associadas a investimentos em subsididrias,
taxa aplicada de impostos nacionais com as taxas apli- sucursais e associadas ou interesses em empreendimentos
cadas de auaisaguer impostos locais gue sejam calcula- conjuntos. Em tais casos, considera isto ao determinar a
dos num nivel substancialmente semelhante de lucro tri- informacao a ser divulgada de acordo com o paragrafo 76.
butavel (perda fiscal). Porém, para uma entidade aue Por exemplo, pode ser exigido a uma entidade aue divul-
opere em varias jurisdicées, pode ser mais significativo gue a guantia agregada de diferencas temporêrias asso-
agregar reconciliac6es separadas preparadas em due ciada a investimentos em subsidiërias relativamente aos
se use a taxa interna em cada jurisdicao individual. auais nao foram reconhecidos guaisduer passivos por
impostos diferidos (ver parêgrafo 74 e)). Se for impratica-
79 —- A laxa efectva média é o gasto (rendimento) de
vel calcular as guantias de passivos por impostos diferidos
impostos dividido pelo lucro contabilistico.
nao reconhecidos (ver paragrafo 80) podem existir guan-
BO — Seria muitas vezes impraticAvel calcular a guantia tias de potenciais conseaguências do imposto sobre o ren-
de passivos nê&o reconhecidos por impostos diferidos dimento de dividendos nêo determinêveis praticamente
provenientes de investimentos em subsidiërias, associa- relacionados com estas subsidiërias.
das e interesses em empreendimentos conjuntos (ver
84 — Uma entidade divulga aguaisauer passivos contin-
par&grafo 36). Por isso, esta Norma exige aue uma enti-
gentes e activos contingentes relacionados com impos-
dade divulgue a guantia agregada das subjacentes dife-
tos de acordo com a NCRF 21 - Provisêes, Passivos
rencas tempor4rias mas nao exige divulgacëo dos pas-
Contingentes e Activos Contingentes. Podem surgir pas-
sivos por impostos diferidos. Contudo, auando
SivoS contingentes e activos contingentes a partir, por
praticével, as entidades sêo encorajadas a divulgar as
exemplo, de desentendimentos no resolvidos com as
guantias nêo reconhecidas de passivos por impostos
autoridades fiscais. Semelhantemente, guando altera-
diferidos porague os utentes das demonstracêes financei-
c6es nas taxas de impostos ou de leis fiscais sejam
ras podem achar util tal informacao. decretadas ou anunciadas apés a data do balanco, uma
81 - O parêgrafo 76 exige due uma entidade divulgue a entidade divulgaré aguaisguer efeitos significativos des-
natureza das potenciais consedguências do imposto sobre o Sas alterac6es nos seus activos e passivos por impostos
rendimento aue resultariam do pagamento de dividendos Correntes e diferidos (ver a NCRF 24 — Acontecimentos
a0S Seus accionistas. Uma entidade divulga as caracteristi- Apdés a' Data do Balanco).
cas importantes dos sistemas do imposto de rendimento e
os factores aue afectar&o a guantia das potenciais conse-
Data de eficcia (pardgrafo 85)
aguëncias dos dividendos no imposto sobre rendimento.
85 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
82 — Nêc seria algumas vezes praticêvel calcular a guan-
primeiro periodo aue se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro
tia total das potenciais conseauências do impasto sobre o
de 2010.
rendimento gue resultariam do pagamento de dividendos
a accionistas. Pode ser o caso, por exemplo, em ague uma
entidade tenha um grande numero de subsidiërias estran-
geiras. Contudo, mesmo em tais circunstências, podem NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO
ser facilmente determindveis algumas parcelas da dguantia
total. Por exemplo, num grupo consolidado, uma empresa-
FINANCEIRO 26
-mae e algumas das suas subsidiërias podem ter pago
impostos sobre o rendimento a uma taxa mais ala sobre
MATÊRIAS AMBIENTAIS
os lueros nao distribuidos e estar ciente da guantia aue Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro adopla
seria restituida no pagamento de dividendos futuros aos a Recomendacao da Comissêo Europeia de 30 de Malo
acEionIstas a partir dos lucros retidos consolidados. Neste de 2001 respeitante ao reconhecimento, mensuragao e

*A palavra sublinhada foi corrigida pelo editor par incoerêntia do original.

271
26 SNC EXPLICADO
7 Normas Cantabilisticas e de Relato Financelro —NCRF

e sera confirmada pela ocorrência ou nao ocorência de


divulgacêo de matérias ambientais nas contas anuais
no relatério de gestêo das sociedades, publica da no Jor- um ou mais acontecimentos futuros incertos nêo total
N
nal Oficial das Comunidades Europeias, de 13 de Junho mente sob o controlo da entidade.
de 2001. Contrato oneroso: é um contrato em due os Custos nio
Sempre aue na presente norma existam remissêes evitéveis de satisfazer as obrigacêes do contrato exce-
para as normas internacionais de Contabilidade; entende- dem os beneficios econ6micos due se espera sejam
-se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro- recebidos ao abrigo do mesmo.
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
Custos com a alienacao: sêo custos incrementais
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
directamente atribuiveis & alienacêo de um activo ou uni-
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
dade geradora de caixa, excluindo custos de financia-
n.” 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro.
mento e gastos de impostos sobre o rendimento.
Obrigacao construtiva: é uma obrigacao aue decorre
Objectivo (pardgrafos1 e 2)
das accëes de uma entidade em ague:
1— O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato a) Por via de um modelo estabelecido de praticas
Financeiro é o de prescrever os Critérios para o reconhe- passadas, de politicas publicadas ou de uma
Cimento, mensuracao e divulgacêo relativos aos dispên-
declaracao corrente suficientemente especifica, a
dios de caracter ambiental, aos passivos e riscos
entidade tenha indicado a outras partes ague acei-
ambientais e aos activos com eles relacionados resultan-
tard certas responsabilidades; e
tes de transaccêes e acontecimentos aue afectem, ou
sejam susceptiveis de afectar, a posicao financeira & os b) Em conseaguëncia, a entidade tenha criado uma
resultados da entidade relatada. expectativa vélida nessas outras partes de gue
CuUmpriré com essas responsabilidades.
2 — Esta Norma identifica tambeém o tipo de informacao
ambiental aue é apropriada divulgar, relativamente & ati- Obrigacao legal: é uma obrigacao due deriva de:
tude da entidade face as matérias ambientais e ao cCom- a) Um contrato (por termos explicitos ou implicitos)
portamento ambiental da entidade, na medida em aue D) Legislacëo; ou
possam ter conseauëncias para a sua posicêo financeira.
c) Outras obrigacêes de lei.

Passivo: é uma obriga&ëo presente da entidade prove-


Amhbito (paragratos 3e 4)
niente de acontecimentos passados, cuja liguidacao se
3 — Esta Norma deve ser aplicada as informac6es a espera gue resulte num exflyxo de recursos da entidade
prestar nas demonstracêes financeiras e no relatorio de aue incorporem beneficios ECoNOMICOS.
gestao das entidades no aue diz respeito a matêrias
Passivo contingente:
ambientais, devendo os critêrios de reconhecimento &
mensuracêo ser aplicados de forma consistente a todas a) E uma obrigacêo possivel gue provenha de aconte-
as entidades gue sejam objecto de consolidacao. cimentos passados e cuja existência somente sera
Confirmada pela ocorrência ou nao de um ou mais
4 — Contudo, esta Norma nao se aplica a relatérios com
acontecimentos futuros incertos nao totalmente sob
fins especificos, como por exemplo os relatêrios ambien-
controlo da entidade; ou
tais, excepto guando se considere adeauado articular as
demonstrac6es financeiras e os relatérios de gestêo com D) Uma obrigacao presente aue decorra de aconteci-
os relatérios ambientais separados com vista a assegurar mentos passados mas due nêo é reconhecida por-
a coerência das informacêes neles contidas. ague;
j) Nêo é provêvel gue um exfluxo de recursos
incorporando beneficios econémicos seja exi-
Definicées (paragrafos 5 a 11)
gido para liauidar a obriga€ao; ou
Definicoes de caracter genérico (parêgrafo 5) ii) A aguantia da obrigacao nao pode ser mensu-
rada com suficiente fiabilidade.
5 — Os termos due se seguem sao usados nesta
Norma com os significados especificados: Perda por imparidade: é o excedente da auantia escri-
Acontecimento due cria obrigacêes: é um aconteci- turada de um activo, ou de uma unidade geradora de
mento gue cria uma obrigacao legal ou construtiva, due Caixa, em relac&o & sua guantia recuperavel.
faca com gue uma entidade naêo tenha nenhuma alterna- Preco de venda liguido: é a guantia a obter da venda
tiva realista senêo liguidar essa obrigacao.
de um activo numa transaccao entre partes conhecedo-
Activo contingente: é um possivel activo proveniente ras e interessadas, independentes entre si, menos os
de acontecimentos passados e cuja existência somente Custos com a alienacao.

212
SNE EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro — NCRF 26

Provisêo: é um passivo de tempestividade ou auantia 10 - Os dispêndios incorridos em conseauência de


incerta. multas ou outras penalidades, pelo nêo cumprimento da
Ouantia escriturada: é a duantia pela gual um actvo é regulamentacêo ambiental, bem como as indemniza-
reconhecido no balanco, apês a deducëo de agualauer C6es a terceiros em conseaguëncia de perdas ou danos
depreciac&o/amortizac&o acumulada e de perdas por provocados por poluigêo ambiental no passado, s0
imparidade acumuladas inerentes. também excluidos do conceito de dispêndios de cardc-
ter ambiental, embora sujeitos a divulgac&o conforme
@uantia recuperêvel: é a auantia mais alta de entre o estabelecido na alinea k) do parêgrafo 49 desta Norma.
preco de venda liguido de um activo e o seu valor de uso. Apesar de se relacionarem com os efeitos das activida-
Feestruturacêo: é um programa planeado e controlado des da entidade sobre o ambiente, estes dispêndios nao
Delo 6rgêo de gestêo e gue altera materialmente ou: evitam, reduzem ou reparam danos ambientais.

a) O &Ambito de um negécio empreendido por uma 11 - O Servico Estatistico da Uniëo Europeia (Eurostat)
entidade; ou elaborou uma série de definicëes pormenorizadas de
b) A maneira como o negécio é conduzido. dispêndios por dominio ambiental, gue estêo incluidas
nos documentos de aplicacêo do Regulamento (CE,
Valor de uso: é o valor presente dos fluxos de caixa Euratom) n.” 58/87 do Conselho, relativo as estatisticas
futuros estimados, due se espere surjam do uso conti- estruturais das entidades. Essas definic6es, conforme
nuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da Apêndice, gue estao sujeitas a uma actualizacéo perië-
sua alienacêo no fim da sua vida uil. dica, constituem a base para os reduisitos em matéria
de informac6es estatisticas sobre os dispêndios de pro-
Definicoes de carêcter especifico (paragrafos 6 a 11) teccao ambiental na Uniëo Europeia. Recomenda-se
6 —O termo ambiente refere-se ao meio fisico natural, aue as entidades, ao utilizar a definic&o especifica esta-
incluindo o ar, a &gua, a terra, a flora, a fauna e os recur- belecida nos par&grafos 7 a 9, tenham em conta estas
SOS NAao renovaveis como por exemplo os combustiveis definicëes pormenorizadas, para as divulgacêes sobre
[Osseis e os minerais. os dispêndios de carêcter ambiental previstas nos paré-
grafos 47 a 49, na medida em aue sejam coerentes com
7 — Os dispêndios de car&cter ambiental incluem os
OS critêrios de reconhecimento e mensuracao estabele-
Custos das medidas tomadas por uma entidade ou, em
Cidos nos parêgrafos 12 a 46.
Seu nome, por outras entidades, para evitar, reduzir ou
reparar danos de carêcter ambiental decorrentes das
suas actividades. Estes custos incluem, entre outros, a Reconhecimento (pargrafos 12 a 34)
eliminacao de resfiduos ou as iniciativas destinadas a
evitar a sua formacao, a proteceëo dos solos e das
Reconhecimento de passivos de cardcter ambiental
Aguas superficiais e sublerrêAneas, a preservacëo do ar (pardgrafos 12 a 22)
puro e das condicêes climêticas, a reducêo do ruido ea 12 — Reconhece-se um passivo de carêcter ambiental
protecgëo da biodiversidade e da paisagem. aguando seja provêvel aue uma saida de recursos incor-
Incluem-se igualmente no conceito de dispêndios de porando beneficios econ6micos resulte da liguidacao de
carêcter ambiental os custos adicionais identificaveigs uma obrigacêo presente de cardcter ambiental, gue
Cujo objectivo principal consista em evitar, reduzir ou tenha surgido em conseaguência de acontecimentos pas-
reparar danos de caracter ambiental. sados e se a auantia pela aual se farê essa liguidacao
8 — Caso nêo seja possivel separar a guantia dos cus-
puder ser mensurada de forma fiëvel.
los adicionais de carêcter ambiental relativamente a A natureza desta obrigacêo deve ser claramente defi-
Outros Custos nos auais possam estar integrados, pode nida e pode ser de dois tipos:
fazer-se uma estimativa para a sua mensuracëo, na con- a) Legal ou contratual, se a entidade tiver uma obriga-
dicëo de a guantia obtida satisfazer o reaguisito de ter C&o legal ou contratual de evitar, reduzir ou reparar
como objectivo principal a preveneëo, a reducëo ou a danos ambientais; ou
reparacao de danos ambientais,
b) Construtiva, se resultar da prépria actuacë&o da enti-
9 — Os custos incorridos susceptiveis de produzir efei- dade, auando esta se tiver comprometido a evitar,
tos benéficos para o ambiente, mas cujo objectivo prin- reduzir ou reparar danos ambientais e nao puder dei-
Cipal consista em dar resposta a outras necessidades, xar de o fazer em virtude de, em conseaguência de
COmo por exemplo um aumento da rendibilidade, a sani- declaracëes publicas sobre a sua estratégia ou as
dade ea seguranca nos locais de trabalho, a seguranca suas intencëes, ou de um padrao de comportamento
na utilizacao dos produtos da entidade ou a eficiëncia por ela estabelecido no passado, a entidade tiver
Drodutiva, devem ser excluidos do conceito de dispên- dado a entender a terceiros gue aceita a responsabi-
dios de carêcter ambiental. lidade de evitar, reduzir ou reparar danos ambientais.

SNOE-T8
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCRF 26 SNC EXPLICADO

13 — As praticas passadas ou correntes do sector ape- virtualmente certo gue serê recebido caso a entidade
nas podem dar origem a uma obrigacao construtiva para liaguide tal obrigagëo.
a entidade na medida em ague o 6rgao de gestao nao 20 - Um reembolso esperado de um terceiro nao
possa deixar de agir, ou seja, apenas oCorrerd duando a
deverê ser compensado com um passivo de carêcter
entidade tiver aceite a responsabilidade de evitar, redu- ambiental. Deverê ser evidenciado separadamente
zir ou reparar danos ambientais através de uma declara- Como um activo no balango, por uma auantia gue nag
Ca0 especifica publicada ou através de um padrêo de exceda a aguantia da correspondente provisao. Apenas
comportamento estabelecido no passado.
poderê ser utilizado como compensacëo de um passivo
14 — Os danos ambientais aue possam relacionar-se de car&cter ambiental guando existir um direito legal a
Com a entidade, ou gue possam ter sido por ela causa- @S$a COMPENsagao e a entidade tiver a intencao de o
dos, mas relativamente aos guais naêo exista gualauer usar.
obrigacao legal, contratual ou construtiva de reparacêo, Ouando com base nestas disposicées for apropriado
nêo podem ser agualificados como passivos de caracter efectuar tal compensacao deve divulgar-se no Anexo a
ambiental nas demonstrac6es financeiras da entidade, aguantia total do passivo, bem como a do reembolso
de acordo com os parêgrafos 12 e 13. Este facto nêo esperado.
prejudica a aplicacao dos critérios estabelecidos nos
21 — Os proventos esperados da alienacao de aclivos,
par&grafos 17 e 18 relativos a passivos contingentes de
ainda gue relacionados com matéêrias de natureza
caracler ambiental.
ambiental, nao deverêo ser utilizados para compensar
15 — Reconhece-se um passivo de carêcter ambiental passivos de carêcter ambiental, nem tidos em conside-
guando possa ser efectuada uma estimativa fiëvel dos raG&o ao calcular uma provisao, mesmo due essa aliena-
custos decorrentes da obrigacëo subjacente. Caso Cëo esperada esteja intimamente ligada aa aconteci-
exista, & data do balanco, uma obrigacêo cuja natureza mento gue dé origem & provisêo.
esteja claramente definida e seja susceptivel de originar
22 —- Normalmente a entidade é responsêvel pela totali-
uma saida de recursos incorporando beneticios econd-
dade do passivo de carêcter ambiental. Caso contrêrio,
micos, mas de duantia ou data incerta, deve reconhe-
apenas a parte imputêvel & entidade devera ser inscrita
Cer-se uma provisao, desde aue possa fazer-se uma
Como passivo de carêcter ambiental.
estimativa fiëvel da guantia dessa obrigacéo. Incertezas
duanto & data ou & guantia podem estar associadas, por
Reconhecimento dos dispêndios de caracter ambiental
exemplo, & evolucëo das tecnclogias de depuracao ea
(pardgrafos 23 e 24)
extensêo e& natureza da depuracëo exigida.
28 — Os dispêndios de cardcter ambiental devem ser
16 — Nos casos, raros, em aue naAo seja possivel uma
reconhecidos como gastos no perlodo em due sêo
estimaliva fiavel dos custos, nêo deverê reconhecer-se
incorridos, a menos due satisfacam os critérios necessa-
esse passivo., Deverd considerar-se due existe um pas-
rios para serem reconhecidos como um aclivo, estabele-
sivo contingente, tal como referido no paragraio 17.
Cidos no par&grafo 25.
Passivos contingentes de caracter ambiental 24 — Os dispêndios de carêcter ambiental relaciona-
(parêgrafos 17 e 18) dos com danos aue ocoreram num exercicio anterior
17 - Os passivos contingentes n&o devem ser reco- nêo podem aualificar-se como ajustamentos de exerci-
nhecidos no balanco. Se existir uma possibilidade, Cios anteriores mas devem pelo contrêrio ser registados
menos gue provêvel, de gue um dano ambiental deva COMO gastos no exercicio corente.
ser reparado no futuro, mas essa obrigacao esteja ainda
dependente da ocorrência de um acontecimento incerto, Capitalizacao dos dispêndios de caracter ambiental
deve divulgar-se um passivo contingente no Anexo. (parégrafos 25 a 31)

18 - Se for remota a possibilidade da entidade ter de 25 —- Os dispêndios de carécter ambiental podem ser
incorrer num dispêndio de cardcter ambiental ou se tal capitalizados caso tenham sido incorridos para evitar ou
dispêndio nao for materialmente relevante, nêo é neces- reduzir danos futuros ou para preservar recursos, Dro-
sêrio divulgar gualguer passivo contingente. porcionem beneficios econémicos no futuro e satisfacam
as condicées para reconhecimento como activo.
Gompensacao de passivos e reembolsos esperados (parêgra- 26 — Os dispêndios de carêcter ambiental incorridos
fos 19 a 22)
para evitar ou reduzir danos futuros, ou para preservar
19 - Caso a entidade preveja aue alguns ou todos os recursos, apenas podem ser agualificados para reconhe-
dispêndios relacionados com um passivo de car&cter cimento como activos, se se destinarem a servir de
ambiental sejam reembolsêveis por uma outra parte, maneira durdvel a actividade da entidade e se, alêm
esse reembolso apenas serê reconhecido guando seja disso, estiver satisfeita uma das seguintes condicëes:

274
SNC EXPLICAOO 7 Normas Caontabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 26

a) Os custos relacionarem-se com beneficios econ6mi- devem ser capitalizados e amortizados sistematica-
COS due se espera venham a fluir para a entidade e mente ao longo das suas vidas econémicas uteis espe-
due permitam prolongar a vida, aumentar a capa€i- radas. Caso nao satisfacam esses critérios. devem ser
dade ou melhorar a seguranca ou eficiëncia de imputados a resultados.
Outros activos detidos pela entidade (para além do
seu nivel de eficiëncia determinado originalmente) ou Imparidade de activos (parêgrafos 32 a 34)
b) Os custos permitirem reduzir ou evitar uma conta- 42 — Certos desenvolvimentos ou factores de natureza
minagëo ambiental susceptivel de ocorrer em resul- ambiental, como por exemplo o caso de contaminac&o
tado das futuras actividades da entidade. de um local, podem dar origem a imparidade de activos
21 —- Se os critérios aue permitem o reconhecimento jê existentes. Deve ser efectuado um ajustamento (perda
como activo, estabelecidos nos par&grafos 25 e 26, nêo por imparidade) caso a guantia recuperdêvel pelo uso do
estiverem satisfeitos, os dispêndios de car&clter ambien- activo se tenha tornado inferior & sua auantia eseriturada.
tal devem ser registados como gastos do periodo, Fssa situacao deve ser considerada como permanente.
aguando incorridos. Se esses critérios forem satisfeitos, A aguantia desse ajustamento deverd ser imputada a
os dispêndios de car&cter ambiental devem ser capitali- resultados do periodo.
Zados e amortizados no periodo corrente e durante um As provisêes para passivos e encargos, tal como delfi-
periodo futuro apropriado, ou seja, de forma sistematica nidas no par&grafo 15, nêo podem ser utilizadas para
ao longe da sua vida econémica util esperada. CoOmMpensar o valor das activos.

28 — Os dispêndios de car&cter ambiental nêo devem 443 — Caso, nos termos do estabelecido no pardgrafo
ser capitalizados, mas sim, imputados a resultados caso 30, os dispêndios de carêcter ambiental sejam reconhe-
nao proporcionem beneficios econdmicos futuros. Esta Cidos como parte integrante de um outro activo, esse
situacao acorre guando os dispêndios de carêcter activo conjunto deverê, em cada data de referência do
ambiental respeitarem a aclividades passadas ou corren- balanco, ser submetido ao teste de recuperabilidade e,
tes e ao restauro das condicées ambientais no estado em aguando apropriado, reduzido & sua guantia recuperdvel.
ague se encontravam antes da contaminac4o (por exem- d4 - Caso a guantia escriturada de um activo jê inclua
plo, tratamento de residuos, custos de depuraGc&o relacio- perda de beneficios econémicos por razêes de car&cter
nados com actividades operacionais, reparacêo de danos ambiental, os dispêndios subseguentes necessêrios
verificados em exercicios anteriores, dispêndics ambien- para restabelecer os beneficios econémicos futuros ao
tais de natureza administrativa ou auditorias ambientais). seu padrêo original de eficiëncia poderao ser capitaliza-
29 — Certos elementos, tais como instalacëes fabris e dos, na medida em due a auantia escriturada resultante
maguinaria, podem ser adauiridos por raz6ées ambientais, nao exceda a guantia recuperêvel do activo.
COMD por exemplo instalac6es técnicas de controlo ou pre-
vencê&o da poluicéo adauiridas para dar cumprimento as Mensura€do (paragrafos 35 a 46)
leis ou regulamentos ambientais. Caso satisfacam os critë-
rios necessêrios ao reconhecimento como activo, estabele- Mensuragao dos passivos ambientais (parêgrafos 35 a 46)
Cidos nos par&grafos 25 e 26, devem ser capitalizados.
35 — Um passivo ambiental é reconhecido auando
30 — Existem certos casos em ague do proéprio dispên- puder ser feita uma estimativa fidvel dos dispêndios para
dio de carêcter ambiental nêo resultam auaisguer bene- liguidar a obrigacao.
ficios econAmicos futuros esperados, mas sim, benefi-
46 -A auantia desse passivo deve ser a melhor estima-
Cios futuros provenientes de outro activo aue é utilizado tiva do dispêndio exigido para liguidar a obrigaGao pre-
na actividade operacional da entidade. Ouando o dis-
sente a data do balanco, com base na situacao existente
pêndio de car&cter ambiental gue seja reconhecido
e tendo em conta a evolucëo futura da técnica e da legis-
Como activo, se relaciona com outro aclivo existente,
lacëo, na medida em due seja provêvel a sua ocorrência.
deve ser considerado como parte integrante desse
aclivo, nao devendo ser reconhecido separadamente. 47 - Deve ser feita uma estimativa da auantia total do
passivo, independentemente da data em aue a activi-
31 - Podem existir direitos ou outros elementos de dacie cesse ou da data em gue esse passivo deva ser
natureza semelhante adauiridos por motivos associados
liaguidado.
ao impacto das actividades da entidade sobre o
ambiente (por exemplo, patentes, licencas, autorizacao 38 — Ao estimar a aguantia de um passivo ambiental,
de poluicê&o e direitos de emissao). Se tiverem sido devem aplicar-se as regras a seguir indicadas:
adauiridos a titulo oneroso, e, alêm disso, satisfizerem os a) Se a mensurac&o de um passivo implicar a possibili-
Critérios necessêrios ao seu reconhecimento como dade de diferentes guantias, devera ser considerada
activo, tal como estabelecido nos par&grafos 25 e ?6, a melhior estimativa, nos termos do parêgrafo 36;

215
SNC EXPLICADO
ede Relato Financoiro — NCRF26

b) Nos casos, extremamente raros, em due nao é pos-


43 — Os dispêndios due se espera sejam incorridos
sivel determinara melhor estimativa do pDassivo dever&o basear-se num plano de depuraGëo e ou repa-
com fiabilidade suficiente, esse passivo deve
ser rac&o dos danos causados pela contaminacêo, especl-
considerado como um passivo contin gente, fico para o local em causa. As guantias e o calendério
devendo por conseguinte ser divulgado no Anexo, dos pagamentos a efectuar deverêo basear -se em infor-
bem como as razoes pelas auais Nêo possa ser mac6es objectivas e verificaveis.
feita uma estimativa fiëvel. AA — Os fluxos de caixa estimados e nêo descantados
39 - Para se mensurar a guantia de um passivo deverao consistir nas duantias gue se espera pagar nas
ambiental hê aue ter ainda em considerac8o o seguinte: diferentes datas de vencimento (incluindo estimativas da
inflacao) e dever&o ser calculados utilizando os pressu-
a) Dispêndios incrementais directos do esforco de
postos explicitos decorrentes do plano de depuracëo e
reparacêo;
ou do plano de reparacgëo, de tal forma aue gualguer
b) Remuneracëes e prestac6es pagas aos trabalhado- pessoa conhecedora possa rever esses calculos e con-
res, due se espera venham a dedicar uma parte
cilid-los com os Hluxos de caixa esperados.
significativa do seu tempo de trabalho directamente
ao processo de restauracao; 45 — A aplicacao do método do valor presente deve
Cc) Obrigac6es de controlo ap6s reparagao dos danos; ser efectuada de forma consistente. Todos os activos
e relacionados com a recuperacëo de uma parte ou da
totalidade de um passivo mensurado com base no
d) Progresso tecnolêgico na medida em due seja pro-
metodo do desconto, deverêo também ser descontados.
vavel gue as autoridades publicas recomendem a
Aléêm disso, se os passivos forem mensurados com
utilizacéo de novas tecnologias.
recurso ao desconto, a auantia recuperdvel dos activos
deverê também ser mensurada com base em fluxos de
Provisêes para restauro de locais contaminados e desmante-
lamento (paragrafos 40 e 41) caixa descontados.

40 — Os dispêndios relacionados com o restauro de 46 — A mensuracëo pelo valor presente exige a deter-
locais, remocao dos desperdicios acumulados, paragem minacêo de uma taxa de desconto tal como estabelecida
ou remocao de activos, em ague a entidade seja obri- na NCRF 21, bem como informac6es sobre os factores
gada a incorrer, dever&o ser reconhecidos de acordo gue podem afectar a data e a guantia dos fluxos de caixa
Com os critêrios estabelecidos nos paragrafos 12 a 16. esperados. Alêm disso, a auantia do passivo devera ser
Caso sejam satisfeitos esses critérios, a obrigacao de revista anualmente e ajustada em func&o de agualduer
incorrer em dispêndios no futuro deverê ser contabili- alteracao dos pressupostos.
zada como um passivo de carêcter ambiental.

41 — Nos termos do estabelecido no parêagrafo 37, Apresentacio e divulgatdo (pardgrafos 47 a 49)


esse passivo ambiental associado ao restauro de locais, 47 — As matérias ambientais devem ser objecto de
& remocëo ou ao encerramento de instalacoes, devera
divulgacao na medida em aue sejam materialmente rele-
ser reconhecido na data em ague tiver inicio a actividade vantes para avaliac&o do desempenho ou da posicao
da entidade e, conseaguentemente, surgir a obrigacéo. O
financeira da entidade.
reconhecimento desse passivo n&o deverê ser retardado
até ao momento do termo da actividade ou do encerra- Divulgac6es no relatério de gestao (parêgrafo 48)
mento do local. Caso seja reconhecido este passivo, o
dispêndio estimado é incluido como parte do custo do 48 - Ouando, em conformidade com o disposto no
activo relacionado due deve ser desmantelado & remo- artigo 66,” do Cédigo das Sociedades Comerciais, cer-
vido. Este dispêndio capitalizado é entêo amortizado tas matérias ambientais forem relevantes para o desem-
Como parte da guantia depreciëvel do activo relacio- penho e& posicao financeira da entidade ou para o seu
nado. Caso surjam danos suplementares no decurso desenvolvimento, o relatêrio de gestêo incluira uma des-
das operacêes, a obrigacao de a entidade os reparar oricao dessas matêrias, bem como da resposta da entt-
surge no momento em aue esses danos ambientais dade &s mesmas matêrias. Essas informacëes devem
oCorEm. incluir uma andlise objectiva da evolucëo e situacëo das
actividades da entidade, na medida em aue sejam sus-
Desconto dos passivos ambientais de longo prazo (par&grafos ceptiveis de serem directamente afectadas por materias
42 a 46) ambientais. Para esse efeito serêo de efectuar as
42 — Ouando o efeito do valor temporal do dinheiro for seguintes divulgacoes:
material, os passivos ambientais gue nêo sejam liguida- a) A politica e os programas ague tenham sido adopta-
dos num futuro préximo sêo mensurados pelo seu valor dos pela entidade relativamente as medidas de pro-
presente. tecc&o ambiental, especialmente no aue diz respeito

216
SHNC EXPLIGADOO 7 Normas Contabilisticas e de Helato Financeira — NCAF 26

& prevencêo da poluicëo. É importante aue os uten- de verificacêo externa, tal facto deve também ser
tes do relatorio de gestêo possam verificar em aue mencionado no relatêrio de gestao. E importante
medida a proteccêo ambiental é parte integrante das informar os utentes do relatêrio de gestêo sobre se
politicas e actividades da entidade. Se for caso o relatério ambiental contém ou nê informacao
disso, pode incluir-se uma referência & adopcao do objectiva, verificêvel extermnamente.
sistema de proteceao do ambiente, bem como a O ambito e a delimitacao da entidade relatada devem
Obrigac&o de respeitar um determinado conjunto de ser, preferencialmente, os mesmos no relatério de ges-
normas ou certificag6es associadas; to e no relatorio amDbiental separado. Caso contrêrio, o
b) A extensao em aue tenham sido implementadas ou Ambito e a delimitacêo devem ser claramente explicita-
estejam em curso de implementacëo medidas de dos no relatério ambiental, por forma a gue possa identi-
proteccëo ambiental, em virtude da legislacao ficar-se em due medida corespondem & entidade ague
actual ou para antecipar uma futura alteracao legis- elabora o relatêrio de gestao. Além disso, a data a
lativa, jê proposta; periodo de referência do relatério ambiental separado
Cc) As melhorias efectuadas em Areas-chave da pro- devem também, de preferência, coincidir com os do
teceëo ambiental. Esta informacao é especialmente relat6rio de gestêo.
util na medida em aue pormenorize, de forma
objeciiva e transparente, o desempenho da enti- Divulgacées no anexo (parêgrafo 49)
dade relativamente a um determinado objectivo 49— No Anexo, sob a epigrafe “Informacêes sobre
guantificado (por exemplo, emissêes nos cinco matérias ambientais", deve ser divulgado o seguinte:
anos precedentes) e as raz6es pelas auais se verifi-
a) Descrig&o dos critérios de mensuracëo adoptados,
cam eventualmente desvios significativos;
bem come dos mêtodos utilizados no calculo dos
d) Sempre aue adeaguado e relevante, tendo em conta ajustamentos de valor, no ague respeita a matérias
a nalureza e a dimensêo das actividades da enti- ambientais;
dade e os tipos de problemas ambientais associa-
D) Os incentivos publicos relacionados com a protec-
dos a essa aclividade, informac6es sobre o seu
C&o ambiental, recebidos ou atribuidos & entidade.
desempenho ambiental, tais como consumo de
Especificac&o das condicêes associadas & conces-
Enerdia, ConNsumo de matérias-primas, consumo de sêg de cada incentivo ou uma sintese das condi-
Agua, emissêes, remocëo de residuos.
cÊes, caso sejam semelhantes.
Estas informacëes poder&c ser formecidas atravês de
Deve também divulgar-se o tratamento contabilistico
indicadores de eco-eficiëncia e, gauando relevante, diserimi-
adoptado:
madas. por segmento de neg6cio. E especialmente impor-
Cc) Informacëes sobre as provisêes de cardcter
tante fornecer dados aguantitativos, em termos absolutos,
ambiental;
para as emissies e para o consumo de energia, Agua e
matêrias, no periodo de referência, em conjunto com dados d) Passivos de cardcter ambiental, materialmente rele-
comparativos respeitantes ao periodo de referência ante- vantes, aue estejam incluidos em cada uma das
rior. Estes numeros deverao ser expressos, de preferência, rubricas do balanco;
em unidades fisicas e nêo em termos monetarios; no Para cada passivo de carécter ambiental material-
entanto, para uma melhor compreensêo do seu significado menie relevante, descricêo da respectiva nalureza
relativo e da sua evolucêc, os numeros em termos monetê- e indicacao do calendêrio e das condicoes da sua
rios podem ser relacionados com as auantias evidenciadas liduidacëo. Explicac&o dos danos e das leis ou
no balance ou na demonstrac&o dos resultados; regulamentos gus exigem a sua reparacao e as
e) Se a entidade emitir um relatério ambiental sepa- medidas de restauro ou prevencao adoptadas ou
rado, due contenha informac6es mais pormenoriza- propostas. Se a natureza e as condicêes subjacen-
das ou iniormageao ambiental adicional guantitativa tes as diferentes rubricas forem suficientemente
ou agualitativa, deve ser feita uma referência a esse semelhantes, estas informac6es podem ser divulga-
relatêrio. Se esse relatério ambiental contiver as das de forma agregada. Caso as guantias sejam
informacëes mencionadas na alinea d), pode tam- estimadas com base num intervalo, uma descricao
bém fazer-se uma descricêo resumida desse relaté- da forma como se chegou & estimativa, com indica-
rio e indicar-se ague podem ser consultadas outras cCa&o de auaisguer alteracêes esperadas na legisla-
informac6es relevantes no relatêrio ambiental. As CA&0 ou na tecnologia existente, gus estejam reflecti-
informacëes prestadas no relatério ambiental sepa- das nas auantias indicadas;
rado deverao ser consistentes com guaisauer infor- f) Ouando é utilizado o método do valar presente,
macëes conexas publicadas no relatêrio de gestêo deve lambém ser divulgada a guantia nêo descon-
e nas demonstracêes financeiras da entidade. Se o tada desse passVo, bem como a taxa de desconto
relatério ambiental tiver sido sujeito a um processo utilizada;

271
7 Normas Contabllisticas e de Relato Financeiro - NCRF 26 SNC EXPLICANO

g) Passivos contingentes de caracter ambiental, Anpéndice direitos de emissio de gases com efeitg de
incluindo informacê6es descritivas com poermenor estufa contabilizagdo das licencas de emissêo
suficiente para gue a natureza do seu carêcter con-
1- O presente apêndice, gue n&o faz parte da Norma,
tingente seja entendida.
visa aclarar a forma de contabilizagao das operacdes relati-
Se as incertezas na mensuracao forem de tal modo sig- vas aos Direitos de Emissêo de Gases com Efeito de
nificativas gue tornem impossivel estimar a guantia de um Estufa, por parte de um participante de um plano due seja
passivo de car&cter ambiental, deve referir-se esse facto, operacional. Conseaguentemente, as indicacêes constantes
juntamente com as razées aue o explicam e sempre due neste apêndice néo se aplicam aos critërios de reconheci-
possivel, com o intervalo de resultados possiveis; mento, mensurac8o & divulgacêo a adoptar por corretores
h) Ouantia dos dispêndios de car&cter ambiental capi- ou empresas intermediërias a guem nao tenham sido atri-
talizadas durante oa periodo de referência na medida buidas lcencas de emissao de gases com efeito de estufa.
em gue possa ser estimada com fiabilidade.
2 - Face & legislac&o sobre os direitos de emissêo de
Sempre aue aplicêvel, deve também divulgar-se gual a gases com efeito de estufa sêo atribuidas as entidades
parte dessa guantia gue diz respeito a dispêndios destina- licencas de emissao de gases com eleito de estufa, sob
dos & remocao de agentes poluidores apos a sua criacêo e determinados reguisitos.
agual a parte aue representa o dispêndio adicional de adap-
3-A aguest&io gue se coloca é como reconhecer, men-
tacao das instalac6es e ou do processo produtivo com
surar e divulgar as operacbes relativas aos direitos de
vista a provocar menos poluicêo (ou seja, due se relaciona
emissao de gases com efeito de estufa por parte de um
com tecnologias ou prêticas de prevencao da poluieao).
participante de um plano due seja operacional.
Na medida em aue seja possivel e relevante, ë apro-
priado apresentar uma discriminac&o dos dispêndios 4—A matéria em causa é transversal a presente norma
capitalizados por dominio ambiental, tal como referido e as NCRF 6 - Activos Intangiveis, NCRF 22 - Contabili-
no pardgrafo 11 e no Apêndice; zac&o dos Subsidios do Governo e Divulgacaêo de
j) Ouantia dos dispêndios de car&cter ambiental Apoios do Governo e NCRF 21 - Provis6es, Passivos
imputados a resultados & base em aue tais guan- Contingentes e Activos Contingentes. Assim;
tias foram calculadas. 5 —- Uma entidade deve reconhecer como activo intan-
Se relevante, deve ser apresentada uma subdivisêo givel as licencas de emissêo de gases com efeito de
dos elementos ague a entidade identificou como dispên- estufa, guer tenham sido atribuidas gratuitamente, aguer
dios de carêcter ambiental, de forma adeguada & natu- tenham sido adauiridas no mercado.
reza e & dimensêo das actividades da entidade e aos
6 — Em contrapartida do reconhecimento das licencas
tipos de problemas ambientais relevantes para a mesma.
atribuidas gratuitamente serê reconhecido um subsidio.
Na medida em due seja possivel e relevante, é apro-
priado apresentar uma diseriminagëo dos dispêndios 1-A emissêo de gases com efeito de estufa deve ser
por dominio ambiental, tal come referido no paragrafo 11 reconhecida como gasto.
e no Apêndice; 8 - Em contrapartida do reconhecimento da emissêo
j) Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos de gases com efeito estufa deve ser reconhecida a res-
com multas e outras penalidades pelo nêo cumpri- pectiva amortizacêo do activo intangivel.
mento das regulamentos ambientais e indemniza-
9 - As emissêes de gases com efeito de estufa acima
Gées pagas a terceiros, por exemplo em resultado
das licencas detidas devem ser reconhecidas como
de perdas ou danos causados por uma poluicëo
uma responsabilidade nos termos da NCRF 21 - Provi-
ambiental passada.
sies, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.
Embora estes dispêndios estejam ligados ao impacto
da actividade da entidade sobre o ambiente, nao têm 10 — No reconhecimento inicial, as licencas de emissao
por objecto prevenir, reduzir ou reparar danos causados de gases com efeito de estufa, guer atribuidas a titulo gra-
ao ambiente, pelo gue é apropriado a sua divulgacëo tuito, guer adauiridas a titulo oneroso, devem ser mensu-
Sseparada dos dispêndios de car&cter ambiental; radas ao justo valor, due se presume coincidir com o
Custo de aaguisic&o guando adauiridas a titulo oneroso, tal
k) Dispêndios de car&cter ambiental extraordinêrios
CoOmMO preconizado no parêgrafo 44 da NCRF 6 - Activos
imputados a resultados.
Intangiveis e no pardgrafo 21 da NCRF 22 - Contabiliza-
c&80 dos Subsidios do Governo e Divulgacao de Apoios
Data de eficdria (par&grafo 50) do Governo.
90 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do 11 - A emissêo de gases com efeito de estufa deve
primeiro perlodo gue se inicie em ou ap6s 1 de Janeiro Ser mensurada ao custo das licencas detidas, segundo
de 2010. a fOrmula de custeio FIFO. No caso de a entidade emitir

278
SNC EXPLICADOO 7 Nuormas Contabilisticas e de Relato Financeir
— NCRF
a 26

gases com efeito de estufa sem ser detentora das res- Crédito: Depêsitos & ordem - 180 u.m.
pectivas licencas, a mensuracao deve ser feita pela
M — Durante o exercicio, a sociedade emitiu 160 T de CO,
melhior estimativa de preco para a sua obtengëo.
a) Pelo reconhecimento dos gastos inerentes & emis-
12 — Atendendo & especificidade da emissêo de gases sao de CO:
com efeito de estufa, as divulgacées a efectuar no Débito: Gastos de depreciacëo e de amortizacëo -
Ambito das obrigac6es genéricas implicitas nas NCRF 6, Activos intangiveis - Licencas de emissê0o — 220 u.m
21, 22 e 26 devem ser compiladas em nota prêpria do Crédito: Activos intangiveis - Amortizacêes acumu-
Anexo, Conforme segue: ladas — Licencas de emissao - 220 u.m.
a) Emissêo de gases com efeito de estufa, em tonela- (FIFO: 100 T x 1 u.m. #6OT Xx 2 U.m.)
das de diéxido de carbono eduivalenie, e respeC- b) Pela imputaGgëo do subsidio:
tiva valorizacao: Débito: Outras variac6es no capital préprio - Subsi-
j) Referente ao periodo n-1 & dios e doagoes — 100 u.m.
ii) Referente ao pericdo n; Crédito: Outros rendimentos e ganhos - imputacëo
b) Licencas de emissêo de gases com efeito de de subsidios para investimentos - licencas de emis-
estufa, em toneladas de diéxido de carbono & res- Sao — 100 u.m.
pectivas guantias: A5 — Ainda durante o exercicio, a sociedade alienou
j) Referentes ao periodo n-1: licencas correspondentes a a0 T de CO., due admitia nao
atribuidas ter necessidade de utilizar, ao preco unitêrio de 2,5 u.m.:
adauiridas DêDito: Depositos a ordem - 75 u.m.
alienadas Crédito: Activos intangiveis - Licencas de emissêo —
insuficiëncialexcedente; 60 U.m.
ii) Referentes ao periodo n: Outros rendimentos e ganhos - rendimentos e ganhos
atribuidas em investimentos nao financeiros - alienacëes - 15 U.m.
adauiridas
alienadas AG — Abate das licencas (comprovac80) junto da enti-
insuficiëncia/excedente; dade supervisora:
Débito: Activos intangiveis - Amortizacêes acumula-
Cc) Penalizac6es relacionadas com a emissao de
das — Licencas de emissêo — 220 u.m.
gases com efeito de estufa:
Crédito: Activos intangiveis — Licencas de emissêo —
j) Suportadas no periodo n-ie
220 U.m.
ii) Suportadas no periodo n.
Ai - Se, ao invés de ter emitido 160 T de CO,, a enti-
dade tivesse emitido 220 T de CO.,, no pressuposto de
Anexo
nao ter existido a venda referida em AS, os registos cor-
Exemplo ilustrativo respondentes a A4 e A6 passariam a ser os seguintes:
a) Pelo reconhecimento dos gastos inerentes & emis-
A1- A entidade supervisora atribuiu licencas de emis-
Sao de CO,, correspondentes a licencas detidas:
Sêo de gases com efeito de estufa & entidade A, a titula
Débito: Gastos de depreciacao e de amortizacao —-
gratuito. Estas licencas permitem gue a entidade A emita
Activos intangiveis -Licencas de emissêo —- 280 u.m
100 toneladas de CO. e cada tonelada esta a ser tran-
Crédito: Activos intangiveis — Amortizacëes acumu-
saccionada no mercado a 1 unidade monetêria (u.m.).
ladas — Licencas de emissêo — 280 u.m.
A? - Estas licencas devem ser reconhecidas coma (100 Tx1um.#90T x?2 um)
activo intangivel por contraparlida de subsidios pelo res- b) Pela imputacao do subsidio:
pectivo justo valor; Débito: Outras variacëées no capital préprio - Subsl-
Débito: Activos intangiveis - Licencas de emissêo - dios e doacêes — 100 u.m.
100 u.m. Crédito: Outros rendimentos e ganhos - imputacao
Crédito: Outras variacëes no capital préprio - Subsi- de subsidios para investimentos -licencas de emis-
dios e doacëes — 100 u.m. sao — 100 u.m.
A3 — A entidade A, admite gue no exercicio, possa vir c) Pelo reconhecimento dos gastos inerentes & emis-
a emitir um maior volume de CO,, pelo gue decidiu so de CO,, corespondentes a licencas ainda nêo
adauirir no mercado novas licencas de emisséo, corres- detidas, cuja melhor estimativa de preco para a sua
pondentes a 90 toneladas de CO, pelo preco de 2 u.m. obtengëo é de 3,5 u.m.J/ T:
por tonelada: Débito: Provisêes do exercicio - Licencas de emis-
Débito: Activos intangiveis - Licencas de emissêo — S$&0 — 105 U.m.
180 u.m. Crédito: Provisêes -Licencas de emissêo — 105 u.m.

219

asides
N
EN
7 Normas Contabitisticas e de Relato Financeiro —- NCAF 26/27 SNC EXPLICADO

d) Pelo reconhecimento da coima por emissao de CO, Uma entidade pode nao aplicar esta Norma se optar par
a “descoberto” cuja melhor estimativa é de 25 u.m.: aplicar integralmente a lAS 32 - Instrtumentos Financei-
Débito: Provisêes do exercicio - Penalizacoes por ros: Apresentacëo, a AS 39 - Instrumentos Financeiros:
falta de licencas de emissêo - 26 um Reconhecimento e Mensuracëo e a IFRS 7 - Instrumen-
Crédito: Provis6es - Penalizacêes por falta de licen- tos Financeiros: Divulgacêo de Iniormac6es.
cas de emissêo — 25 u.m, 3 — Esta Norma aplica-se a todos os instrumentos
A8 — No exercicio seguinte a entidade adauiriu as licen- financeiros com excepcao de;
cas de emissêo de gases com efeito de estufa em falta, a) Investimentos em subsidiërias, associadas e
ao preco de 4 u.m./T, tendo entregue todas as licencas empreendimentos conjuntos;
inerentes as suas emissêes & entidade supervisora. b) Direitos e obrigac6es no Ambito de um plano de
a) Pela aaguisicëo: beneficios a empregados;
Débito: Activos intangiveis - Licencas de emissao - Cc) Direitos no Ambito de um contrato de seguro a nêo
120 u.m. ser aue o contrato de seguro resulte numa perda
Crédito: Depésitos & ordem — 120 u.m. para aualguer das partes em resultado dos termos
b) Abate das licencas (comprovacëo) junto da enti- Contratuais due se relacionem com:
dade supervisora j) Allerac6es no risco segurado;
Débito: Activos intangiveis - Amortizacêes acumu- i) Alteracëes na taxa de cAmbio;
ladas — Licencas de emissêo —- 280 u.m. jii) Entrada em incumprimento de uma das partes;
Provis6es - Licencas de emissao — 105 u.m. d) Locac6es, a nao ser gue a locacêo resulte numa
Outros gastos e perdas - Insuficiëncia de estima- perda para o locador ou locatério come resullado
tiva da provisêao —- 15 U.m. dos termos do contrato ague se relacionem com:
Crédito: Activos intangiveis — Licencas de emissêo — j) Alterac6es no preco do bem locado;
AOO U.m. ii) Alteracêes na taxa de cêmbio;
ii) Entrada em incumprimento de uma das contra-
partes.
NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO 4 — Muitos dos contratos para €omprar ou vender itens
FINANCEIRO 27 nao Financeiros tais como mercadorias (commodity),
outros inventêrios, propriedades ou eauipamentos sao
INSTRUMENTOS FINANGEIROS excluidos da presente norma pordgue nao so instrumen-
tos financeiros. Porém, alguns contratos sêo substancial-
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem por
mente idênticos a instrumentos financeiros na medida
base as Normas Internacionais de Contabilidade lAS 32 —
em gue (i) possam ser liauidados pela entrega de instru-
Instrumentos Financeiros: Apresentacao, lAS 39 - Instru-
mentos financeiros ao invés de activos nêo financeiros
mentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuracao e
ou (ii) contenham termos nêo relacionados com compra
IFRS 7 — Instumertos Financeiros - Divulgacêo de Infor-
ou venda de itens nêo financeiros no aAmbito da activi-
macG6es, adoptadas pelo texto original do Regulamento
dade normal da entidade. Assim, esta norma deve ser
(CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
aplicada a tais contratos de compra ou venda de itens
Sempre ague na presente norma axistam remissêes
nêo financeiros gue:
para as normas internacionais de contabilidade, entende-
-se Oue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- a) Possam ser liguidados, de forma compensada, em
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do dinheiro ou outro activo financeiro, ou pela troca de
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em instrumentos financeiros, como se o contrato fosse
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) instrumento financeiro, com excepeao dos contratos
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. ague tenham sido celebrados com o propêsito de
entrega ou recepcao de itens nao financeiros em
conformidade com a respectiva expectativa da enti-
Objectivo (parégrafo 1)
dade de comprar, vender ou utilizar o referido item;
1-O objectivo desta Norma é o de prescrever o trata-
b) Embora excluidos do Ambito da anterior alinea,
mento contabilistico dos instrumentos financeiros e res-
resultem numa perda para o comprador ou vende-
pectivos reduisitos de apresentac&o e divulgacëo.
dor na seguëência dos termos do contrato gue nao
esteja relacionada com (j) alterac6es no preco do
Amhbito (par&grafos 2a 4) item néo financeiro, (ii) alteracbes na taxa de caAm-
2 - Esta Norma deve ser aplicada no reconhecimento, bio ou (ii) entrada em incumprimento de uma das
mensuracao e divulgacao de instrumentos financeiros. Contrapartes.

280
"T
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilisticas e de Relata Financeira — NCRF 27

Definicdes (parêgrafo 5) financeiro, prego de mercadoria, taxa de cAmbio,


indice de precos ou de taxas, notacao de crédito
5 - Os termos gue se seguem sao usados nesta
ou indice de crédito, ou outra variëvel, desde aus,
Norma com os significados especificados:
no caso de uma variëvel nao financeira, a varidvel
Activo financeiro: é gualguer activo aue seja: nAo seja especifica de uma parte do contrato (por
a) Dinheiro; vezes denominada “subjacente”);
D) Nao reguer agualguer investimento liguido inicial ou
D) Um instrumento de capital préprio de uma outra
reguer um investimento inicial liguido inferior ao gue
entidade;
seria exigido para outros tipos de contratos gue se
Cc) Um direito contratual:
esperaria gue tivessem uma resposta semelhante
j) De receber dinheiro ou outro activo financeiro de as alteracoes nos factores de mercado;
outra entidade; ou
6) E liauidado numa data futura.
ii) De trocar activos financeiros ou passivos financel-
ros com outra entidade em condicêes due sejam Desreconhecimento: é a remocao de um activo finan-
potencialmente favoraveis para a entidade; ou ceiro ou de um passivo financeiro anteriormente feco-
d) Um contrato ague seja ou possa ser liauidado em nhecido no balango de uma entidade.
instrumentos de capital préprio da prépria entidade Instrumento de capital préprio: é gualguer contrato
e due seja: ague evidencie um interesse residual nos activos de uma
j) Um nao derivado para o gual a entidade esteja, entidade apês deducë&o de todos os seus passivos.
Ou possa estar, obrigada a receber um numero
Insttumento de cobertura: ê um derivado designado
varidvel dos instrumentos de capital proprio da
ou (apenas para a cobertura de risco de alterag6es nas
propria entidade; ou
taxas de cê&mbio de moeda estrangeira) um activo finan-
ii) Um derivado aue seja ou possa ser liguidado de
Ceiro nao derivado designado ou um passivo financeiro
forma diferente da troca de uma aguantia fixa em
nao derivado cujo justo valor ou fluxos de caixa se
dinheiro ou outro aclivo financeiro por um nuamero
Eespera aue compense as alterac6es no justo valor ou
fixo de instrtumentos de capital proprio da propria
iluxos de caixa de um item coberto designado.
entidade. Para esta finalidade, os instrumentos de
capital préprio da prépria entidade nêo incluem Instrumento financeiro: & um contrato gue da origem a
instrumentos due sejam eles préprios contratos um activo financeiro numa entidade e a um passivo finan-
para futuro recebimento ou entrega dos instru- Celro ou instrumento de capital préprio noutra entidade.
mentos de capital prêprio da prépria entidade, lem coberto: ê um activo, passivo, Compromisso
Compromisso fime: é um acordo vinculativo para a firme, transaccao prevista altamente provavel ou investi-
toca de uma guantidade especificada de recursos a um mento liduido numa unidade operacional estrangeira
preco especificado numa data ou em datas futuras due (a) expêe a entidade ao risco de allerac6es no justo
especificadas. valor ou nos fluxos de caixa futuros; (b) foi designado
cCOMOo estando coberto.
Custo amortizado de um activo financeiro ou de um
passivo financeiro: é a auantia pela agual o activo finan- Justo valor: é a guantia pela aual um activo pode ser
Ceiro ou o passivo financeiro é mensurado no reconheei- trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece-
mento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou doras e dispostas a isso, numa transaceëo em due nao
menos a amortizacao cumulativa, usando o mêtodo do exista relacionamento entre elas.
juro efectivo, de gualauer diferenca entre essa aguantia Mêétodo do juro efectivo: éê um méêtodo de calcular o
inicial e a guantia na maturidade, e menos aualaguer Custo amorlizado de um activo financeiro ou de um pas-
reducëo (directamente ou por meio do uso de uma conta sivo financeiro (ou grupo de activos financeiros ou de pas-
de abatimento) duanto & imparidade ou incobrabilidade. sivos financeiros) e de imputar o rendimento dos juros ou o
Custos de transaccao: sa0 custos incrementais gue gasto das juros durante o periodo relevante. A taxa de juro
Sejam directamente atribuiveis & aauisicëo, emissêo ou efectiva é a taxa gue desconla exactamente os pagamen-
alienacëo de um activo ou passivo financeiro. Um custo tos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a
ineremental é aaguele gue nêo seria incorrido se a enti- vida esperada do instrumento financeiro ou, guando apro-
dade nêo tivesse adauirido, emitido ou alienado o instru- priado, um periodo mais curto na aguantia eseriturada
mento financeiro. liauida do activo financeiro ou do passivo financeliro.

Derivado: é um instrumento financeiro ou outro con- Passivo financeiro: é aualauer passivo due seja:
trato com todas as trés caracteristicas seguintes: a) Uma obrigacêo contratual:
a) O seu valor altera-se em resposta & alteracëo numa j) De entregar dinheiro ou outro activo financeiro a
especificada taxa de juro, preco de instrumento uma outra entidade; ou

281
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro —NCRF 27 SNC EXPLICADO

i). De-trocar activos financeiros ou passivos finan- (“accoes préprias”) devem ser reconhecidos como
ceiros com outra entidade em condic6es due deducëo ao capital prêprio. A guantia a reconhecer
sejam potencialmente desfavor&veis para a enti- deve ser o justo valor da retribuicêo paga pelos respecti-
dade; ou vos instrumentos de capital préprio. Uma entidade n&o
deve reconhecer gualdguer ganho ou perda na demons-
b) Um contrato ague seja ou possa ser liguidado em
trac&o de resultados decorrente de agualguer compra,
instrumentos de capital préprio da prépria entidade
venda, emissêo ou cancelamento de accêes préprias.
e due seja:
j) Um nao derivado para o agual a entidade esteja 10 - No caso da entidade emitente ficar obrigada ou
ou possa estar obrigada a entregar um numero sujeita a uma obrigac&o de entregar dinheiro, ou gual-
variëvel de instrumentos de capital préprio da aguer outro activo, por €ontrapartida de instrumentos de
prépria entidade; ou capital préprio emitidos pela entidade, o valor presente
i) Um derivado gue seja ou possa ser liguidado de da aguantia a pagar deverê ser inscrito no passivo por
forma diferente da troca de uma duantia fixa em contrapartida de capital prêprio. Caso cesse tal obriga-
dinheiro ou outro activo financeiro por um Co e nê0 seja concretizado o referido pagamento, a
nimero fixo dos instrumentos de capital préprio entidade deveré reverter a guantia inscrita no passivo
da prépria entidade. Para esta finalidade, os ins- por contrapartida de capital préprio.
trumentos de capital préprio da prépria entidade
nêo incluem instrumentos due sejam eles pro-
Mensuracio (parêgrafos 11 a 22)
prios contratos para futuro recebimento ou
entrega dos instrumentos de capital prêprio da 11 — Nos termos da presente norma, todos os activos e
prépria entidade. passivos financeiros sêo mensurados, em cada data de
relato, duer:
Transaccao prevista: é uma transaccao futura nao
a) Ao custo ou custo amortizado menos agualguer
Comprometida mas antecipada.
perda por imparidade; ou
b) Ao justo valor com as alterac6es de justo valor a ser
Reconhecimento (pardgrafos 6 a 10) reconhecidas na demonstracao de resultados.
6 - Uma entidade deve reconhecer um activo finan- 12 - Uma entidade deve mensurar os seguintes instru-
Geiro, Um passivo financeiro ou um instrumento de capi- mentos financeiros ao custo ou ao custo amortizada
tal préprio apenas aguando a entidade se tore uma memes perda por imparidade:
parte das disposicées contratuais do instrumento.
a) Instrumentos aue satisfacam as condicêes defini-
1 - Uma entidade nêo deve incluir os custos de tran- das no paragrafo 13 (tais como clientes, formnecedo-
SACGAO na mensuracëo inicial do activo ou passivo finan- res, contas a receber, contas a pagar ou emprêsti-
ceiro gue seja mensurado ao justo valor com contrapar- mos bancarios) e due a entidade designe, no
tida em resultados. momento do seu reconhecimento inicial, para ser
mensurado ao custo amortizado (utilizando o
8 —- Uma entidade deve reconhecer instrumentos de
método da taxa de juro efectiva) menos agualduer
Capital préprio no capital préprio guando a entidade
perda por imparidade;
emite tais instrumentos e os subscritores figuem obriga-
dos a pagar dinheiro ou entregar aualduer outro recurso b) Contratos para conceder ou contrair empréstimos
em troca dos referidos instrumentos de capital proprio. due:
Se os instrumentos de capital préprio forem emitidos j) Nêo possam ser liguidados em base liguida;
antes dos recursos serem proporcionados a entidade i) Ouando executados, se espera Gue reunam as
deve apresentar a guantia a receber como deducëo ao condicëes para reconhecimento ao custo ou ao
capital préprio e nêo como activo. custo amortizado menos perdas por imparidade;
Se os recursos ou dinheiro forem recebidos antes da -
emissê0 de acc6es e a entidade nao poder ser obrigada ii) A entidade designe, no momento do reconheci-
a devolver tais recursos ou dinheiro, a entidade deve mento inicial, para serem mensurados ao custo
reconhecer um aumento de capital préprio até ao limite menos perdas por imparidade;
da auantia recebida.
c) Instrumentos de capital préprio gue nêo sejam
Na medida em due as accëes sejam subscritas mas
negociados publicamente e cujo justo valor nao
nenhum dinheiro ou outro recurso tenha sido recebido,
possa ser obtido de forma fiëvel, bem como contra-
nenhum aumento de capital préprio devera ser reconhe-
tos ligados a tais instrumentos aue, se executados,
Cido.
resultem na entrega de tais instrumentos, os guais
9- Se uma entidade adauirir ou readauirir os seus prê- devem ser mensurados ao custo menos perdas por
prios instrumentos de capital préprio, esses instrumentos imparidade.

282
SNG EXPLICADO 7 Nurmas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 27

138 — Um instrumento financeiro pode ser designado, nos receber ou a pagar conforme referido no par&grafo
termos do parêgrafo 12 a), para ser mensurado ao custo 14 d);
amortizado se satisfizer todas as seguintes condicées: Cc) Instrumentos de divida perpêétua ou obrigac6es
a) Seja & vista ou tenha uma maturidade definida; CoNvertlveis;
D) Os retornos para o seu detentor sejam (i) de mon- d) Activos financeiros ou passivos financeiros classifi-
tante fixo, (ii) de taxa de juro fixa durante a vida do Ccados como detidos para negociacëo. Um activo
instrumento ou de taxa variëvel oue seja um inde- financeiro ou um passivo financeiro é classificado
xante tipico de mercado para operacëes de finan- como detido para negociacao se for:
ciamento (como, por exemplo, a Euribor) ou due j) Adcauirido ou incorrido principalmente para a
inclua um spread sobre esse mesmo indexante; finalidade de venda ou de recompra num prazo
Nê&o contenha nenhuma clêusula contratual aue muito proximo;
OG

possa resultar para o seu detentor em perda do ii) Parte de uma carteira de instrumentos financei-
valor nominal e do juro acumulado (excluindo-se os ros identificados due sejam geridos em conjunto
casos tipicos de risco de crédito). e para os guais exista evidência de terem recen-
temente proporcionado lycros reais.
14 - Exemplos de instrumentos aue sêo mensurados
a0 Custo ou a0 custo amortizado: 1/7 - Uma entidade nao deve alterar a sua politica de
mensuracao subseaguente de um activo ou passivo finan-
a) Clientes e outras contas a receber ou a pagar, bem
Ceiro enauanto tal instrumento for detido, seja para pas-
COMO empréstimos bancsrios, uma vez gus satisfa-
Sar a usar o modelo do justo valor, seja para deixar de
Zem tipicamente as condicëes previstas no paraê-
usar esse método.
grafo 13;
b) Investimentos em obrigacêes nao convertiveis;
18 - Se deixar de estar disponivel uma mensuraGëo
fiëvel do justo valor para um instrumento de capital pré-
c) Um derivado (contrato ou direito a adauirir numa
prio mensurado ao justo valor, a guantia escriturada do
data futura) sobre instrumentos de capital préprio
justo valor torma-se, & data da transicêo, a guantia de
Cujo justo valor nao possa ser mensurado fiavel-
Custo para efeitos da adopcao do modelo do custo
mente;
amortizado.
d) Contas a receber ou a pagar em moeda estrangeira,
19 - Uma entidade deve mensurar os instrumentos de
uma vez due satisfacam tipicamente as condic6es
Capital préprio emitidos pelo dinheiro recebido ou pelo
previstas no parêgrafo 13. Porêm, aualauer alteracao
justo valor dos recursos recebidos ou a receber: se 0
no montante a pagar ou a recebear devido a alteracëes
pagamento for diferido e o valor temporal do dinheiro for
cambiais é reconhecida na dermonstracêo de resulta-
significativo, a mensuragëo inicial deve ser o valor pre-
dos, excepto se a taxa de cAmbio estiver garantida,
sente da auantia a receber. Todos os custos associadosa
podendo utilizar-se a referida taxa de c&mbio;
emissao de instrumentos de capital préprio devem ser
e) Empréstimos a subsidiërias ou associadas ague deduzidos & guantia inscrita no respectivo Capital préprio.
Sejam exigiveis, uma vez due satisfacam as condi-
Gêes previstas no parégrafo 13; 20 - Na emiss&o de instrumentos Compostos, como
sejam instrumentos de divida com opGëo de conversao
f) Em instrumento de divida ague seja imediatamente
Ou obrigacées com warrant ou gualaguer outro instru-
exigivel se o emitente incumprir o pagamento de
mento gue combine insttumentos de capital préprio com
juro ou de amortizacêo de divida (tais clêausulas nêo
passivos financeiros, uma entidade deve alocar a guan-
violam as condic6es definidas no parêgrafo 13).
tia recebida entre as respectivas componentes. Para tal
15 - Uma entidade deve mensurar ao justo valor todos imputaۑo, uma entidade deve primeiro determinar a
os instrtumentos financeiros gue nao sejam mensurados auantia da componente do passivo financeiro comoa
ao custo ou ao custo amortizado nos termos do parê- Sendo o justo valor do passivo financeiro similar gue néo
grafo 12 com contrapartida em resultados. tenha associado nenhuma componente de capital prê-
Drio. A entidade deve imputar a guantia residual a com-
16 - Fxemplos de instrumentos financeiros gue sejam
ponente de capital proprio.
mensurados ao justo valor através de resultados:
a) Investimentos em instrumentos de capital préprio 21 - Uma entidade nêo deve reverter tal imputacêo em
com cotacbes divulgadas publicamente, uma vez dualauer periodo subsecuente,
aue o parêgrafo 12 c) define a.mensuragao ao 22 — Em periodos subseouentes & emissac, uma enti-
Custo apenas para os restantes casos; dade deve reconhecer sistematicamente agualguer dife-
D) Derivados aue nêo sejam sobre instrumentos de renca entre a componente de passivo e a guantia nomi-
Capital préprio aue satisfacam o parêgrafo 12 c) ou nal a pagar, & data da maturidade, como gastos de juro
aue fixem uma taxa de cêAmbio de uma conta a utilizando o mêtodo da taxa de juro efectiva.

283
7 Normas Contabilfsticas e de Relata Financeira — NCRF 27 SNC EXPLICADO

Imparidade (paragrafos 23 a 29) Mensuracao (parêgrafo 27)


21 - O montante de perda por imparidade deverê ser
Reconhecimento (paragrafos 23 a 26) mensurado da seguinte forma:
23 —A data de cada periodo de relato financeiro, uma a) Para um instrumento mensurado ao custo amorti-
entidade deve avaliar a imparidade de todos os activos zado, nos termos do par&grafo 12 a), a perda por
financeiros gue nêo sejam mensurados ao justo valor imparidade é a diferenca entre a guantia esoritu-
através de resultados. Se existir uma evidência objectiva rada e o valor presente (actual) dos fluxos de oaixa
de imparidade, a entidade deve reconhecer uma perda estimados descontados a taxa de juro original efec-
por imparidade na demonstragao de resultados. tiva do activo financeiro; &
924 — Evidência objectiva de aus um activo financeiro D) Para instrumentos de capital proprio, €ompromissos
ou um grupo de activos estê em imparidade inclui dados de empréstimo e opcêes mensuradas ao custo, nos
observaveis gue cChamem a atengao ao detentor do termos dos par&grafos 12 b) e 12 c), a perda por
activo sobre os seguintes eventos de perda: imparidade é a diferenca entre a aguantia escritu-
a) Significativa dificuldade financeira do emitente ou rada e a melhor estimativa de justo valor do referido
devedor; aCIVvO.

b) Ouebra contratual, tal como nêo pagamento ou


Reversa0 (parêgrafos 28 e 29)
incumprimento no pagamento do juro ou amortiza-
C&0 da divida; 28 - Se, num periodo subseauente, a guantia de perda
ce) O credor, por razêes econémicas ou legais relacio- por imparidade diminuir e tal diminuicêo possa estar
nadas com a dificuldade financeira do devedor, objectivamente relacionada com um evento ocorrido
oferece ao devedor concessêes gue o credor de ap6s o reconhecimento da imparidade (como, por exem-
outro modo nêo consideraria;
plo, uma melhoria na notacëo de risco do devedor) a
entidade deve reverter a imparidade anteriormente reco-
d) Torne-se provêvel aue o devedor ira entrar em
nhecida. A reversao nao podera resultar numa auantia
falência ou gualduer outra reorganizacêo financeira;
escriturada do activo financeiro gue exceda aduilo due
e) O desaparecimento de um mercado activo para 6 seria o custo amortizado do referido activo, caso a perda
activo financeiro devido a dificuldades financeiras por imparidade no tivesse sido anteriormente reconhe-
do devedor; cida. A entidade deve reconhecer a guantia da revers&o
f). Informac&o observavel indicando aue existe uma na demonstrac&o de resultados.
diminuicêo na mensuracao da estimativa dos fluxos
29 — A revers&o de imparidade em instrumentos de
de caixa futuros de um grupo de activos financeiros capital préprio é proibida.
desde o seu reconhecimento inicial, embora a dimi-
NUIC8O Nao possa ser ainda identificada para um
dado activo financeiro' individual da grupo, tal Desteconhecimento de activas financeiros
Como sejam condicêes econémicas nacionais, (pardgrafas 30 a 32)
locais ou sectoriais adversas. 30 — Uma entidade deve desreconhecer um activo
25 - Outros factores poder&o igualmente evidenciar financeiro apenas guando:
imparidade, incluindo alterac6es significativas com efel- a) Os direitos contratuais aos flyxos de caixa resultan-
tos adversos aue tenham ocorrido no ambiente tecnolo- tes do activo financeliro expiram; ou
gico, de mercado, econémico ou legal em due o emi- b) A entidade transfere para outra parte todos os ris-
tente opere. Um declinio significativo ou prolongado no cos significativos e beneficios relacionados com 0
justo valor de um investimento num instrumento de capi- activo financeiro; ou
tal préprio abaixo do seu custo, também constitui prova
Cc) A entidade, apesar de reter alguns riscos significati-
objectiva de imparidade.
vos e beneficios relacionados com o activo finan-
26 — Os activos financeiros gue sejam individualmente Ceiro, tenha transferido o controlo do activo para
significativos e todos os instrumentos de capital préprio uma outra parte e esta tenha a capacidade pratica
devem ser avaliados individualmente para efeitos de de vender o activo na sua totalidade a uma terceira
imparidade. Outros activos financeiros devem ser avalia- parte nêo relacionada e a possibilidade de exercl-
dos auanto a imparidade, seja individualmente, seja cio dessa capacidade unilateralmente sem necessi-
agrupados com base em similares caracteristicas de dade de impor restricées adicionais & transferência.
risco de crédito. Se tal for o caso a entidade deve:

“A palavra sublinhada (of corrigida pelo editor por incoerênela da original.

284
SNC EXPLICADO 7 Narmas Contabilisticas e de Relato Financeiro —- NCRF 27

j) Desreconhecer o aclivo:e Cc) A entidade espera gue as alteracêes no justo valor


i) Reconhecer separadamente agualdguer direito e ou fluxos de caixa no item coberto, atribuiveis ao
obrigacao criada ou retida na transferência. rieco gue estava a ser coberto, compensar&o" prati-
camente as alterac6es de justo valor ou fluxos de
31 -A auantia escriturada do activo transferido deverd
caixa do instrumento de cobertura.
ser alocada entre os direitos e obrigacées retidos e
aagueles due foram transferidos, tendo por base 0s seus 36 — Esta Norma permite a contabilizacao da cobertura
relativos justos valores & data da transferência. Os direl- somente para:
tos e obrigacêes criados de novo devem ser mensura- a) Risco de taxa de juro de um instrumento de divida
dos ao justo valor Aaguela data. Oualguer diferenca entre mensurado ao custo amorlizado;
a retribuicêo recebida e o montante reconhecido e des-
b) Risco de cêmbio num compromisso firme ou numa
reconhecido nos termos do presente paragrafo devera
transaccëo de elevada probabilidade futura, sem
ser incluida na demonstracao de resultados do pericdo
prejuizo do disposto no parêgrafo 14 d);
da transferência.
Cc) Exposic&o a risco de preco em mercadorias gue
42 — Se a transferência nêéo resultar num desreconheci- sejam detidas ou abrangidas por um Compromisso
mento, uma vez aue a entidade reteve significativamente firme ou por uma elevada probabilidade futura de
os riscos e beneficios de posse do activo transferido, a transaccao de compra ou de venda de mercado-
entidade deve continuar a reconhecer o activo transfe- rias gue tenham precos de mercado determind4-
rido de forma integral e deveré reconhecer um passivo vels; Ou
financeiro pela retribuicao recebida. Nos periodos sub-
d) Exposic&o de risco cambial no investimento liguida
seguentes, a entidade deve reconhecer gualdguer rendi-
de uma operac&o no estrangeiro.
mento no activo transferido e aualguer gasto incorrido
no passivo financeiro. Cobertura de risco de taxa de juro fixa ou de risco de
precos de mercadorias para mercadorias detidas (parê-
Desreconhecimento de passivos financeiros grafos 37 a 40)
(paragrafo 33) 37 - Se as condicêes de aualificacëo forem satisfeitas
33 — Uma entidade deve desreconhecer um passivo ea coberlura de risco for para fazer face a uma exposi-
financeiro (ou parte de um passivo financeiro) apenas cao a taxa de juro fixa de um instrumento de divida
cuando este se extinguir, isto é, duando a obrigacëo esta- mensurado ao custo amortizado ou de risco de preGo
belecida no contrato seja liguidada, cancelada ou axpire. de mercadoria de uma mercadoria detida, a entidade
deve:
a) Reconhecer o instrumento de cobertura como um
Gontabilizagdo da cohertura (parêgrafos 34 a 43)
activo ou passivo & data do balanco e as alteracoes
44 — Uma entidade podera designar uma relacao de no justo valor na demonstracëo de resultados;
cobertura entre um instrumento de cobertura e um ins- D) Reconhecer a alteracao no justo valor do item
trumento coberto de tal forma ague se gualifigue como coberto, relacionada com o risco coberto, na
Contabilizacëo da cobertura. Se os critérios estabeleci- demonstracêo de resultados e como um ajusta-
dos forem cumpridos, a contabilizacao da cobertura per- mento & guantia escriturada do item coberto.
mite gue o ganho ou perda no instrumento de cobertura
e no instrumento coberto seja reconhecido na demons- 38 - Se op risco coberto for o risco de taxa de juro fixa
tracao de resultados simultaneamente. de um activo ou passivo mensurado ao custo amorti-
Zado, a entidade deve reconhecer as liguidac6es perio-
35 — Para a gualificacëo da contabilizac&o da cober- dicas, em base liguida, no instrumento de cobertura, na
tura, estabelecida na presente norma, uma entidade demonstracao de resultados do periodo a ague as ligui-
deve cumprir com todas as seguintes condicoes: dacoes respeitem.
a) Designe e documente a relacëo de cobertura de tal
39 —A entidade deve descontinuar a contabilizacao da
forma due o risco coberto, o item de cobertura e o
cobertura se:
item coberto estejam claramente identificados e
ague o risco do item coberto seja o risco para due a) O instrumento de cobertura expirar, for vendido ou
esteja a ser efectuada a cobertura com o instru- termine;

mento de cobertura; D) A cobertura deixe de satisfazer as condicêes para


D) O risco a cobrir seja um dos riscos estabelecidos a contabilizacdo da cobertura;
no parAgrafo seguinte; e Cc) A entidade revogue a designacao.

`A palavra sublinhada fol corrigida pelo editor por incoerência do original.

285
7 Normas Contabilisticas e de Relato Finanteira - NCRF 27 SNC EXPLICAOD

40 — Se a contabilizacao da cobertura for desconti- mensurado ao custo amortizado for desreconhecido,


nuada e o instrumento coberto for um activo ou pas- gualguer ganho ou perda no instrumento de cobertura
sivo mensurado ao custo amortizado aue nêo seja gue tenha sido previamente reconhecido no capital pré-
desreconhecido, aualguer ganho ou perda reconhe- Drio deverd ser removido do capital prêprio & reconhe-
cido como ajustamento & guantia eseriturada do activo cido na demonstracao de resultados.
coberto deveré ser amortizado na demonstracêo de
resultados durante a vida remanescente do instru- Divulgacdes (paragrafos 44 a 59)
mento coberto, utilizando o método da taxa de juro ori-
ginal efectiva. Divulgacêes de politicas contabilisticas utilizadas em
instrumentos financeiros (parêgrafo 44)
Cobertura do risco de variabilidade da taxa de juro, AA — Uma entidade deve divulgar as bases de mensu-
risco cambial, risco de preco de mercadorias no Ambito
racêo, bem como as politicas contabilisticas utilizadas
de um compromisso ou de elevada probabilidade de para a contabilizac&o de instrumentos financeiros, aue
transaceio futura ou de investimento liguido numa ope- sejam relevantes para a compreensao das demonstra-
raco estrangeira (pargrafos 41 a 43) C6es financeiras.
A1 — Se as condic6es de aualificac&o forem satisfeitas
e a cobertura de risco respelilar & exposicao & variabili- Balanco — categorias de activos e passivos financeiros
dade na taxa de juro de um instrumento de divida men- (parêgrafos 45 a 47)
surado ao custo amortizado, a entidade deve; 45 — Uma entidade deve divulgar a guantia escriturada
a) Reconhecer as alterac6es no justo valor do instru- de cada uma das categorias de activos financeiros &
mento de cobertura directamente em capital préprio; e passivos financeiros, no total e para cada um dos tipos
b) Subseguentemente, deverê reconhecer as liguida- significativos de activos e passivos financeiros de entre
c6es periëdicas em base liguida na demonstracao cada categoria, guer seja na face do balanco ou no
de resultados no periodo em aue as liduidac6es em BANEXO:
base liguida ocorram. a) Activos financeiros mensurados ao justo valor por
4? — Se as condicées para a contabilizacao da cobertura Contrapartida em resultados;
forem cumpridas & o risco coberto for guer a) a exposicêo b) Activos financeiros mensurados ao custo amorti-
a cêAmbio num compromisso firme ou elevada probabili- Zado menos imparidade;
dade de transaccao futura; b) a exposicê&o a risco de preco c) Instrumentos de capital préprio mensurados ao
NUM COmMPromisso ou elevada probabilidade de tansaccêo CUsto;
futura; ou c) o tisco de cAmbio no investimento liduido em d) Compromissos de empréstimo mensurados ao
operag6es estrangeiras; a entidade deve reconhecer as Custo menos imparidade;
alteracëes no justo valor do insttumento de cobertura direc-
e) Passivos financeiros mensurados ao justo valor por
tamente no capital préprio. A relac&o de cobertura termina
contrapartida em resultados;
para aa) e b) guando a transaceao coberta ooorrer e para
f) Passivos financeiros mensurados ao custo amorti-
ac) guando o investimento liguido numa operac&o estran-
geira for vendido. O ganhio ou perda reconhecido" no capi- Zado;
tal préprio deve ser reclassificado de capital préprio para a g) Activos financeiros para os guais tenha sido recoa-
demonstragao de resultados guando o item coberto seja nhecida imparidade, devendo ser indicada, para
reconhecido na demonstracëo de resultados. cada uma das classes, separadamente, i) a guantia
contabilistica ague resulta da mensuracëo ao custo
43 — A entidade deve descontinuar a contabilizacëo da
Ou custo amortizado e ii) a imparidade acumulada.
Cobertura se:
a) O instrumento de cobertura expirar, for vendido ou 46 - Para todos os activos financeiros e passivos finan-
termine; ceiros mensurados ao justo valor, a entidade deve divul-
gar as bases de determinacao do justo valor, e.g. cota-
b) A cobertura deixe de satisfazer as condicées para
ca&o de mercado, guando ele existe, ou a técnica de
a contabilizacao da cobertura;
avaliac&o. Ouando se utiliza a técnica de avalagêo, a
c) Na cobertura de uma transaccAo futura, a transac-
entidade deve divulgar os pressupostos aplicados na
Co deixe de ser altamente provavel;
determinacêo do justo valor para cada uma das classes
d) A entidade revogue a designacao. de activos ou passivos financeiros. Por exemplo, se apli-
Se nao for mais expectêvel aue a transaccao futura cavel, a entidade deve divulgar informacêo sobre os
venha a ocorrer ou se 0 instrumento de divida Coberto pressupostos relativos a taxas de pré-pagamento, taxas

'A palavra sublinhada foi corrigida palo editor par incoerência do original,

286
SNC EXPLICADO 7 Nuormas Contabilisticas e de Relato Financelro— NCRF 27

de estimativa de perda de crédito e taxas de juro ou tenham sido sanados, ou os termos do compromisso
taxas de desconto. renegociados, até & data do balanco).
47 - Se uma mensuracëo fiëvel do justo valor deixar de
Demonstracao de resultados e capital préprio
estar disponivel para um instrumento de capital prêéprio
mensurado ao justo valor por contrapartida em resulta-
— elementos de rendimentos, gastos, ganhos e perdas
(par&grafo 52)
dos, a entidade deve divulgar tal facto.
52 - Uma entidade deve divulgar os seguintes elemer-
Desreconhecimento (par&grafo 48) tos do rendimento, gasto, ganhios ou perdas na face das
demonstracêes financeiras ou no anexo:
48 — Se uma entidade tiver transferido activos financei-
(OS para uma outra entidade numa transaccao aue nêo a) Os ganhos liguidos e as perdas liguidas reconheci-
se agualifigue para desreconhecimento, a entidade deve dos" de:
divulgar, para cada classe de tais activos financeiros: j) Activos financeiros mensurados ao justo valar
a) A natureza dos activos; por contrapartida em resultados;
ii) Passivos financeiros ao justo valor por contrapar-
b) A natureza dos riscos e beneficios de detencëo a
tida em resultados;
due a entidade continue exposta;
iii) Activos financeiros mensurados ao custo amorti-
Cc) As guantias eserituradas dos activos e de guais-
Zado menos imparidade;e
duer passivos associados aue a entidade continue
iv) Passivos financeiros mensurados ao custo amor-
a reconhecer.
tizado;
Colateral (parégrafo 49) b) Total de rendimento de juros e total de gasto de
juros (calculado utiizado o mêtodo da taxa de juro
49 — Ouando uma entidade tenha dado em garantia ou
efectiva) para activos e passivos financeiros ague
penhor activos como colateral de passivos ou passivos
nao sejam mensurados ao justo valor com contra-
contingentes, deverê divulgar:
partida em resultados;
a) A guantia escriturada dos activos financeiros dados
Cc) A aguantia de gualguer perda por imparidade reca-
em garantia, em penhor ou promessa de penhoar
nhecida para cada uma das classes de activos
COMo Colateral &
financeiros.
b) Os termos e condic6es relativos & garantia, penhor
Ou promessa de penhor. Contabilidade da cobertura (pargrafos 53 a 55)
Incumprimentos em empréstimos obtidos 53 — Uma entidade deve divulgar o seguinte, separado
(paragrafos 50 e 51) por Cada uma das guatro categorias de cobertura defini-
das no parêgrafo a6:
50 - Para empréstimos contraidos reconhecidos & data
a) A descricêo da cobertura;
do balanco, uma entidade deve divulgar:
b) A descrigëo dos instrumentos financeiros designa-
a) Detalhe de gualguer incumprimento no decursa do
dos como instrumentos de cobertura e os respecti-
periodo relativo a amortizacao, juro, procura de fun-
vos justos valores a data do balanco;
dos ou nos termos da conversêo de tais emprésti-
mos due permitam ao credor exigir o pagamento & C) A natureza do risco aue esteja a ser coberto,
data do balanco; incluindo uma descricêo do item coberto,

b) A guantia escriturada de emprêstimos a pagar em 54 - Para cobertura de risco de taxa de juro fixa ou
incumprimento & data do balango; risco de preco de mercadorias numa cobertura de bens
Cc) Em aue medida o incumprimento tenha sido sand- detidos, a entidade deve divulgar:
vel, ou os termos do pagamento tenham sido rene- a) A cuantia de alteracêo no justo valor do insttumento de
gociados, antes das demonstracëes financeiras cobertura reconhecida na demonstracëo de resultados;
terem sido autorizadas para emissêo. b) A auantia de alterac&o no justo valor dos elementos
Cobertos reconhecida na demonstracao de resultados.
51 — Se, durante o perlodo, tiver ocorride incumpri-
mento dos termos de contratos de emprêstimo alêm dos 53 — Para cobertura do risco de taxa de juro variëvel,
referidos no paragralo anterior, a entidade deve divulgar risco de taxa de cêmbio, risco de preco de mercadorias
a mesma informacêo exigida no referido pardgrafo se Num Eompromisse firme ou numa transaesao futura de
tais incumprimentos permitirem ao credor exigir um elevada probabilidade, ou num investimento liguido
pagamento acelerado (a nao ser gue os incumprimentos numa operacëo no estrangeiro a entidade deve divulgar:

“A palavra sublinhada foi corrigida pela editor por incoerência do original,

2871
SNC EXPLICADO
7 Normas Contablilfsticas e de Relato Financelira— NCRF 27/28

a) Os periodos em seja expectdvel dgue os fluxos de NORMA CONTABILISTICA EE DE RELATO


Caixa ocorram e os periodos em dué seja expectê-
FINANCEIRO 28
vel aue afectem os resultados;
b) A descric&o de agualguer transaccêo futura para a BENEFICIOS DOS EMPREGADOS
gual a contabilizac&o da cobertura tenha sido pre-
Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro tem
viamente utilizada mas due j& nêo se espera mais
por base a Norma Internacional de Caontabilidade lAS 19—
gue a transacEao ocorra,
Beneficios dos Empregados, adoptada pelo texto origi-
c) A guantia resultante da alteragao de justo valor de nal do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissëo,
instrumentos de cobertura aue tenha sido reconhe-
de 3 de Novembro.
cida no capital proprio durante o periodo;
Sempre aue na presente norma existam remissêes
d) A auantia aue tenha sido removida do capital pré- para as normas internacionais de contabilidade, entende-
prioe reconhecida no resultado do periodo, eviden-
-se oue estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro-
ciando a guantia incluida em cada uma das linhas
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
da demonstracêo de resultados.
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
CGonformidade com o texto original do Reagulamento (CE)
Instrumentos de capital préprio (par&grafos 56 a 58)
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
56 — As sociedades anénimas devem divulgar o numero
de accëes representativas do capital social da entidade,
Ohjectivo (paragrafa 1)
as respectivas categorias e o seu valor nominal.
1- O objectivo desta Norma Contabilistica e de Relato
57 — As sociedades anénimas devem divulgar, para
Financeiro é o de prescrever a contabilizacao e a divul-
cada classe de acc6es, uma reconciliacêo entre o
gacêo dos beneficios dos empregados. A Norma reguer
numero de accëes em circulac&o no inicio e no fim do aue uma entidade reconheca:
periodo. Em tal reconciliagêo, a entidade deve identifi-
a) Um passivo guando um empregado tiver prestado
car separadamente cada tipo de alterac6es verificadas
servicos em troca de beneficios de empregados a
no perlodo, incluido novas emissêes, exercicio de
serem pagos no futuro; e
opcëes, direitos e warrants, conversêes de valores
mobiliërios convertiveis, transaccêes com acc6es prê- b) Um gasto guando a entidade consumir o beneficio
prias, fuses ou cisêes e emissées de bénus (aumentos econémico proveniente do servico proporcionado
de capital por incorporacëo de reservas) ou splits de por um empregado em troca dos beneficios do
aCEOES. empregado.

58 — A entidade deve divulgar as guantias de aumen-


tos de capital realizados no periodo & a deducêo efec- Ambito (paragratos 2a 7”)
tuada como custos de emissêao bem como, separada- 2 — Esta Norma deve ser aplicada por um empregador
mente, as guantias e descricêo de outros instrumentos na contabilizacao dos beneficios do empregado.
de capital préprio emitidos e a respectiva guantia acu-
3 - Os beneficios de empregados aos guais esta
mulada & data do balanco.
Norma se aplica incluem aagueles proporcionados:
Riscos relativos a instrumentos financeiros mensurados a) Segundo plancs formais ou outros acordos formais
a0 custo ou custo amortizado (par&grafo 59) entre uma entidade e empregados individuais, gru-
pos de empregados ou seus representantes;
59 - Para aclivos financeiros mensurados ao custo
b) Segundo reauisitos legais, ou através de acordos
amortizado menos imparidade, a entidade deve divulgar
sectoriais, pelos guais se exige as entidades para
os termos significativos e condic6es gue possam afectar
contribuirem para planos nacionais, estatais, secto-
a ouantia, o momento e seguranca de fluxos de caixa
riais ou outros multiempregador; ou
futuros, incluindo risco de taxa de juro, risco de taxa de
cêmbio e risco de crédito. G) Pelas prêticas informais aue dêem origem a uma
obrigacêo construtiva. Praticas informais dêo orl-
gem a uma obrigacao construtiva guando a enti-
Data de elicaria (pargrafo 60) dade n&o tiver alternativa realista senao pagar
60 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do beneficios aos empregados. É exemplo de uma
primeiro periodo gue se inicie em ou apés 1 de Janeiro obrigacêo construtiva auando uma alteracêo nas
de 2010. praticas informais da entidade causasse um dano

“O numero sublinhado foi corrigido pelo editer por incoerência do original.

288
SNC EXPLICADO 7. Narmas € e de Rel —NCRF 28

inaceitêvel no seu relacionamento com os empre- nao estejam disponiveis para os credores da prépria
I gados. entidade gue relata (mesmo em falência), e nao
4 — Os beneficios dos empregados incluem: possam ser devolvidos & entidade nue relata, salvo
Se OU:
a) Beneficios a curlo prazo dos empregados, tais
j) Os restantes activos do fundo sejam suficientes
COmo saldrios, ordenados e contribuicêes para a
seguranca social, licenca anual paga e licenca por para satisfazer todas as respectivas obrigag6es
doenca paga, participacê&o nos lucros e gratifica- de beneficios dos empregados do plano ou da
CÊes (se pagaêveis dentro de doze meses do final entidade ague relata: ou
do periodo) e beneficios nio monelarios (tais como i) Os activos sejam devolvidos & entidade aue
Cuidados médicos, alojamento, autom@veis e bens relata para a reembolsar relativamente a benefi-
Ou servicos gratuitos ou subsidiados) relativos aos cios de empregados jê& pagos.
e@mpregados correntes; Activos do plano: compreendem:
b) Beneficios pés-emprego tais como pensêes, outros a) Activos detidos por um fundo de beneficios a longo
beneficios de reforma, seguro de vida pés-emprego prazo de empregados;e
e Cuidados médicos pés-emprego:
b) Apolices de seguros elegiveis,
Cc) Outros beneficios a longo prazo dos empregados,
incluindo licenga de longo servico ou licenca sabê- Apolice de seguro elegivel: é uma apolice de seguro
tica, jubileu ou outros beneficios de longo service, emitida por uma seguradora ague naêo seja uma parte
beneficios de invalidez a longe prazo e, se nao relacionada da entidade aue relata, se o produto da
forem pagaveis completamente dentro de doze apdlice:
meses apês o final do periodo, a participag&o nos a) S6 puder ser usado para pagar ou financiar benefi-
lucros, gratificacêes e remuneracëes diferidas; Cios dos empregados segundo um plario de benefi-
d) Beneficios de cessagëo de emprego:e cios definidos;
e) Beneficios de remuneraGêo em capital préprio. b) Naêo estejam disponiveis para os credores da prê-
pria entidade gue relata (mesmo em falência) e n&o
| 9 — Os beneficios dos empregados incluem os beneficios
possam ser pagos & entidade aus relata, a menos
Proporcionados duer a empregadas auer aos seus depen-
dgue ou:
dentes e podem ser liguidados por pagamentos (ou o for-
j) O produto represente activos excedentarios gue
necimento de bens e& services) feitos guer directamente aos
nao sejam necessarios para a apdlice satisfazer
empregados, aos seus cénjuges, filhos ou outros depen-
todas as respectivas obrigaGées de beneficios
dentes guer a outros, tais como empresas de seguros.
dos empregados; ou
6 - Um empregado pade proporcionar servicos a uma i) O produto seja devolvido a entidade ague relata
| entidade numa base de tempo completo, de tempo par- para a reembolsar de beneficios de empregados
cial, permanente, acidental ou temporêria. Para os fins jê pagos.
| desta Norma, os empregados incluem directores e outro
pessoal de gerência. Beneficios a curto prazo dos empregados: sao os
beneficios dos empregados (gue nêo sejam benelicios
1 - Esta Norma nao trata do relato dos planos de
de cessacao de emprego e beneficios de compensacêo
beneficios do empregado. em capital préprio) gue se venGam na totalidade dentro
de doze meses apês o final do periodo em ague os
Delinic6es (paragrato 8) empregados prestem o respectivo service.
8 - Os termos gue se seguem sêo usados nesta Beneficios adguiridos pelos empregados: $&0 beneli-
Norma com os significados especificados: cios dos empregados aue nêéo estejam condicionados
ao futuro.
| Activos detidos por um fundo de beneficios a longo
| prazo de empregados: sêo activos (aus nêo sejam ins- Beneliicios de remuneracëo em capital préprio: sê0
| trumentos financeiros nao transferiveis emitidos pela beneficios dos empregados pelos guais:
entidade aue relata) gue: a) Os empregados tém direito a receber instrumentos
| a) Sejam detidos por uma entidade (o fundo) aue finanoeiros de capital prêprio emitidos pela enti-
esteja legalmente separada da entidade aue relata dade (ou pela sua empresa-mêe); ou
e exista unicamente para pagar ou financiar os D) A aguantia da obrigacêo da entidade para com os
beneficios dos empregados; e empregados depende do preco futuro de instru-
b) Estejam disponiveis para ser unicamente usados para mentos financeiros de capital préprio emitidos pela
pagar ou financiar os beneficios dos empregados, entidade.

SNCE-18 289
SNEC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro - NCAF 28

Planos de contribuic&o definida: sao planos de beneff-


Beneficios dos empregados: sao todas as formas de
cios pés-emprego pelos guais uma entidade paga con-
remunerac&o dadas por uma entidade em troca do ser-
vico prestado pelos empregados. tribuicoes fixadas a uma entidade separada (um fundo)
e nao teré obrigacao legal ou construtiva de pagar con-
Beneficios por cessacêo de emprego (terminus): s&o tribuicêes adicionais se o fundo nêo detiver activos sufi-
beneficios dos empregados pagêveis em Consedguência de: cientes para pagar todos os beneticios dos empregados
a) A decis&o de uma entidade cessar o emprego de um relativos ao servico dos empregados no periodo cor-
empregado antes da data normal da reforma; ou de rente e em periodos anteriores.
b) Decisao de um empregado de aceitar a salida
Planos de remuneracëo em capital préprio: $êé0 acor-
voluntêria em troca desses beneficios. dos formais ou informais pelos guais uma entidade pro-
Beneficios pés-emprego: sêo beneficios dos emprega- porciona beneficios de remuneraGêo em capital préprio
dos (gue nao sejam beneficios de cessacao de emprego para um ou mais empregados.
& beneficios de compensacêo em capital préprio) aue Planos multiempregador: s&o planos de contribuicao
sejam pagéveis apês a conclusao do emprego. definida (due nêo sejam planos estatais) ou planos de
Custo de juros: é o aumento durante um periodo no beneficios definidos (gue nêo sejam planos estatais) gue:
valor presente de uma obrigac&o de beneficios definidos a) Ponham em conjunto activos contribuidos por
gue surge poraue os beneficios estêo um ano mais pré- vêrias entidades ague nêo estejam sob Ccontrolo
ximo da liguidacao. comum; e
Custo do servico passado: é o aumento no valor pre- b) Usem esses activos para proporcionar beneficios
sente da obrigacê&o de beneficios definidos auanto ao aos empregados de mais de uma entidade, na
servico de empregados em periodos anteriores, resul- base de aue os niveis de contribuicêes e de benelf-
tantes no periodo corrente da introduco de, ou altera- cios sa0 determinados nêo olhando a identidade da
c6es a, beneficios p6s-emprego ou outros beneficios a entidade ague emprega os empregados em aues-
longo prazo dos empregados. O custo do servico pas- t&O.
sado pode ser ou positivo (guando os beneficios sejam
Retorno dos activos do plano: é o juro, dividendos e
introduzidos ou melhorados) ou negativo (guando os
outro rédito proveniente dos activos do plano, junta-
beneficios existentes sejam reduzidos).
mente com ganhos ou perdas nos activos do plano reali-
Custo do servico corrente: é o aumento no valor pre- zados e nao realizados, menos guaisaguer custos de
sente da obrigacao de beneficios definidos resultante do administrar o plano e menos agualguer imposto a pagar
servico do empregado no periodo corrente. pelo prêprio plano.
Ganhos e perdas actuariais; compreendem: Valor presente de uma obrigacêo de beneficios defini-
a) Ajustamentos de experiëncia (os efeitos de diferen- dos: é o valor presente, sem a deducao de auaisauer
Cas entre os anteriores pressupostos actuariais e activos do plano, dos pagamentos futuros esperados
aduilo aue realmente ocorreu) & necessêrios para liguidar a obrigaeëo resultante do ser-
b) Os efeitos de alterac6es nos pressupostos acluariais. vico do empregado nos perlodos corrente e anteriores.

Justo valor: é a guantia pela aual um activo pode ser


trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhece- Beneficios a curto prazo dos empregados (pargrafos $
doras e dispostas a isso, numa transaccêo em aue nêo a 23)
@xista relacionamento entre elas. 9 — Os beneficios a curto prazo de empregados
Outros beneficios a longo prazo dos empregados: sêo incluem itens lais Como:
beneffcios dos empregados (due nao sejam beneficios a) Saldrios, ordenados e contribuic6es para a segu-
pés-emprego, beneficios de cessacao de emprego & ranca social;
beneficios de remuneragëo em capital proprio) due nao b) Ausências permitidas a curto prazo (tais como
se vencam na tolalidade dentro de doze meses apos 0 licenca anual paga e licenca por doenca paga) em
final do periodo em due os empregados prestam o res- gue se espera aue as faltas ocorram dentro de
pectivo servico. doze meses apés o final do periodo em due os
Planos de beneficios definidos: sao planos de beneli- empregados prestam o respectivo servico;
CIOS pOS-emprego aue nao sejam planos de contribuicao Cc) Participacëo nos lucros e gratificacées pagêveis
delfinida. dentro de doze meses apos o final do perlodo em
Planos de beneficios pés-emprego: sêo acordos for- gue os empregados prestam o respectivo servico; ë
malis ou informais pelos guais uma entidade proporciona d) Beneficios nao monetêrios (tais como cuidados
bereficios pés-emprego a um ou mais empregados. médicos, alojamento, automêével e bens ou services

290
SNC EXPLICADO 7 Normas Contabilfsticas e de Relata Financeiro — NCRF 28

gratuitos ou subsidiados) para os empregados cor- 14 — Ausências permitidas nao gozadas acumulaveis
rentes. SAO as due sejam reportêveis & possam ser usadas em
10 — A contabilizac&o dos beneficios a curto prazo dos periodos futuros se o direito do perlodo corrente nao for
empregados é geralmente linear porague néo sêo neces- usado totalmente. As ausências permitidas n&o gozadas
Sêrios pressupostos actuariais para mensurar a obriga- acumuldveis podem ser ou adauiridas (por outras pala-
G&o ou o Custo e nêo ha possibilidade de agualguer vras, os empregados têm direito a um pagamento em

ganho ou perda actuarial. Além do mais, as obrigacêes dinheiro guanto ao direito nêo utilizado ao safrem da enti-
dos beneficios dos empregados a curto prazo $&o men- dade) ou nao adauiridas (guando os empregados nêo
suradas numa base nêo descontada. têm direito a um pagamento a dinheiro pelo direito nao uti-
lizZado ao safrem). Surge uma obrigacëo & medida aue os
Reconhecimento e mensuracdo (parégrafos 11 a 23) empregados prestam servico aue aumente o seu direitoa
ausências permitidas futuras. A obrigacao existe, e é
Todos os beneficios a curto prazo de empregados (paragrafo 11) reconhecida mesmo se as ausências permitidas nao
11 — Ouando um empregado tenha prestado servico a gozadas forem nêo adauiridas, embora a possibilidade
de os empregados poderem sair antes de utilizarem
uma entidade durante um periodo contabilistico, a enti-
direito acumulado nao adauirido afecte a mensuraGêo
dade deve reconhecer a guantia n&o descontada de
dessa obrigaGëo.
beneffcios a curto prazo de empregados due espera ser
paga em troca desse service: 15 - Uma entidade deve mensurar o custo esperado
a) Como um passivo (gasto acrescido), apês deducëo de ausências permitidas nêo gozadas acumuldveis
de agualguer guantia jê paga. Se a duantia jê paga Como a auantia adicional gue a entidade espera pagar
exceder a guantia nêéo descontada dos beneficios, em conseaguëncia do direito nêo utilizado gue tenha acu-
uma entidade deve reconhecer esse excesso Coma mulado & data do balanco.
um activo (gasto pré-pago) na extensêo de gua o 16 - O método especificado no parêgrafo anterior
pré-pagamento conduzirê, por exemplo, a uma mensura a obrigacêo como a aguantia dos pagamentos
reducêo em futuros pagamentos ou a uma restitui- adicionais gue se espera aue surjam exclusivamente do
C&o de dinheiro:e facto de o beneficio acumular. Em muitos casos pode
b) Como um gasto, salvo se outra Norma Contabilis- nêo necessitar de fazer calculos pormenorizados para
tica e de Relato Financeiro exigir ou permitir a inclu- estimar ague nêo existe obrigacao material auanto as
sêo dos beneficios no custo de um activo (ver, por ausências permitidas nao utilizadas. Por exemplo, uma
exemplo, NCRF 18 - Inventêrios e a NCRF 7 — Acli- obrigacao de licenca por doenca sê é provavel ser
vos Fixos Tangiveis). material se existir o entendimento formal ou informal de
Os pardgrafos 12, 15 e 18 explicam como uma enti- aue a licenca por doenca paga e nêo utilizada pode ser
dade deve aplicar este reguisito a beneficios a Curto tomada como férias pagas.
prazo dos empregados na forma de ausências permiti- 17 - As ausências permitidas nao acumuldveis nao se
das e de planos de participacêes nos lucros e de bénus. transportam: elas ficam perdidas se o direito do periodo
corrente nao for totalmente usado e nêo d&0o aos empre-
Ausências permitidas a curto prazo (paragrafos 12a 17)
gados o direito de um pagamento a dinheiro por direitos
12 - Uma entidade deve reconhecer o custo esperado de nêo utilizados guando sairem da entidade. Isto é nor-
beneficios a curto prazo de empregados na forma de malmente o caso dos pagamentos por doenca (na
ausências permitidas segundo o par&gralo 11 como segue: medida em ague os direitos passados nêo utilizados nêo
a) No caso de ausências permitidas acumuldveis aumentam os direitos futuros), licenca por maternidade
ou paternidade ou ausências permitidas por servico nos
guando os empregados prestam servico aue
aumente o seu direito a ausências permitidas futu- tribunais ou servico militar. Uma entidade naêo reco-
ras; e nhece passivo nem gasto até ao momento da falta, por-
gue o servico do empregado nêo aumenta a guantia do
D) No caso de ausências permitidas n&o acumuldveis,
beneficio.
aguando as faltas ocorram.

13 - Uma entidade pode remunerar empregados por Planos de participacao nos lucros e de bénus (parégrafos 18 a 23)
ausência por varliadas razêes incluindo férias, doenca e 18 - Uma entidade deve reconhecer o custo esperado
incapacidade a curto prazo, maternidade ou paterni- dos pagamentos de participac&o nos lucros e gratifica-
dade, servico dos tribunais e servico militar. O direito a c6es segundo o paragrafo 11 guando, e sê guando:
ausências permitidas subdivide-se em duas categorias:
a) A entidade tenha uma obrigacao presente legal ou
a) Acumuldveis;e coNstrutiva de fazer tais pagamentos em Cconse-
D) Nêo acumuldveis. guëncia de acontecimentos passados; ë

291
SNC EXPLIGADO
7 Normas Contablilisticas e de Relato Financelra — NCRF 28

obrigacêo. D) Outros beneficios pés-emprego, lais como seguros


b) Possa ser feita uma estimativa fiavel da
a, de vida pés-emprego e cuidados médicos pos-
Existe uma obrigacao presente guando, & sê auand -emprego.
a entidade nêo tem alternativa realista senêo a de fazer
Os acordos pelos auais uma entidade proporciona
Os pagamentos.
beneficios pés-emprego sao planos de beneficios pos-
êo nos
19 — Segundo alguns planos de participac -emprego. Uma entidade aplica esta Norma a todos os
lucros, os empregados sê recebem uma parte do lucro acordos aue envolvam o estabelecimento de uma enti-
do
se permanecerem na entidade durante um perio dade separada para receber as contribuicoes e pagar
uma obrig acêo constr u-
especificado. Tais planos Criam os beneficios.
va & medida gue os empregados prest am servic o due
aumenta a guantia a ser paga se permanecerem ao ser- 25 — Os planos de beneficio pés-emprego classificam-
vico até ao final do periodo especificado. A mensuracao -se Como planos de contribuicéo definida ou como pla-
de tais obrigac6es construtivas reflecte a possibilidade nos de beneficios definidos, dependendo da substêancia
de alguns empregados poderem sair sem receberem econ6mica do plano due resulte dos seus principais ter-
pagamentos de participacao nos lucros. mos e condicoes. Pelos planos de contribuicao definida:
a) A obrigacêo legal ou construtiva da entidade é limi-
20 — Uma entidade pode nao ter obrigacêo legal de
tada & guantia gue ela aceita contribuir para o
pagar uma gratificacao. N&o obstante, em alguns casos,
fundo. Assim, a auantia dos beneficios pos-
uma entidade tem a prêtica de pagar bénus. Em tais
-emprego recebidos pelo empregado é determinada
casos, a entidade tem uma obrigagao construtiva por-
pela guantia de contribuicêes pagas por uma enti-
gue nao tem alternativa realista senao de pagar a gratifi-
cacao. A mensuracëo da obrigacao construtiva deve dade (e, se for caso, também pelo empregado) para
reflectir a possibilidade de alguns empregados poderem
um plano de beneficios pos-emprego ou para uma
sair sem receberem a gratificacao. entidade de seguros, juntamente com os retornos
do investimento provenientes das contribuic6es; &
21 — Uma entidade pode fazer uma estimativa fiëvel da
b) Em conseaguência, o risco actuarial (aue os beneff-
sua obrigae&o legal ou construtiva segundo um plano de
cios possam vir a ser inferiores aos esperados) e o
participac&o nos lucros ou de gratificag6es guando, e sê
risco de investimento (aue os activos investidos
Guando:
possam vir a ser insuficientes para satisfazer os
a) Os termos formais do plano contenham uma fêr- beneficios esperados) recaem no empregado.
mula para determinar a guantia do beneficio;
b) A entidade determine as auantias a serem pagas
?26 — Sao exemplos de casos em aue uma obrigacêo
de uma entidade nêo é limitada & guantia due concorda
antes das demonstrac6es financeiras serem apro-
contribuir para o fundo auando a entidade tenha uma
vadas para emissêo; ou
obrigacao legal ou construtiva por meio de:
c) A prêtica passada dé evidência clara da guantia da
obrigacêo construtiva da entidade. a) Uma férmula de beneficios do plano gue nao esteja
exclusivamente ligada & guantia das contribuic6es;
2? — Uma obrigacêo segundo planos de participacêo
b) Uma garantia, sela indirectamente através de um
nos lucros e de gratificag6es resulta do servico dos plano ou directamente, de um retorno especiticado
empregados e nê&o de uma transaceêo com os proprie-
nas contribuicêes; ou
têrios da entidade. Por conseguinte, uma entidade reco-
Cc) Aauelas préticas informais gue dêo origem a uma
nhece o custo de planos de participacao nos lucros e de
gratificac6es n&o como uma distribuigëo do lucro liguido obrigacao construtiva. Por exemplo, pode surgir
uma obrigacêo construtiva guando uma entidade
mas como um gasto.
tem um passado de beneficios crescentes para
23 — Se os pagamentos de participaGêo nos lucros e antigos empregados para se manter a par com a
de gratificac6es nao se vencerem totalmente dentro de inflagao mesmo auando nao existe obrigasao legal
doze meses ap6s o final do periodo em aue os empre- de ofazer.
gados prestam o respectivo servico, esses pagamentos
S&0 beneficiosa longo prazo dos empregados. 27 — Pelos planos de beneficios definidos:
a) A obrigacao da entidade é a de proporcionar os

Beneficios pés-emprego: distincio entre planos de beneficios acordados com os empregados corren-
tese antigos;e
contribuicëo definida e planos de beneficios definidos
b) O risco actuarial e o risco de investimento recaem,
(paragrafos 24 a 37)
na Substência, na entidade. Se a experiëncia actua-
24 — Os beneficios pés-emprego incluem, por exemplo: rial ou de investimento forem piores due o esperado,
a) Beneficios de reforma, lais Como pensies;ie a obrigacao da entidade pode ser aumentada.

292
SNC EXPLIGADNO 7 Nuormas Gantabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 28

Planos multiempregador (parêgrafos 28 a 30) 33 — Os planos estatais sê0 caracterizados como de


natureza de beneficios definidos. Muitos planos estatais
28 — Uma entidade deve classificar um plano multiem-
Sao contribuidos numa base de pay as you go: as contri-
pregador como um plano de contribuicao definida ou
buicêes sêo fixadas a um nivel aue se espera ser sufi-
Como um plano de beneficios definidos segundo os termos
Ciente para pagar os beneficios regueridos gue se ven-
do plano (incluindo aualguer obrigagéo construiva gue va
cam no mesmo periodo; beneficios futuros obtidos
para além dos termos formais). Sempre gue um plano mul-
durante o periodo corrente serao pagos com contribui-
tiempregador for um plano de beneficios definidos, uma cCOes futuras. Contudo, na maioria dos planos estatais, a
entidade deve contabilizar a sua parte proporcional da
entidade nao tem obrigacëo legal ou construtiva de
obrigacao de beneficios definidos, dos activos do plano & pagar esses futuros beneficios: a sua unica obrigacêo é
do custo associado ao plano da mesma forma como dual- a de pagar as contribuic6es a medida due se venceme
auer outro plano de beneficios definidos. se a entidade deixar de empregar membros do plano
29 — Ouando nêo estiver disponivel informacëo sufi- estatal nêo terê obrigacêo de pagar os beneficios obti-
ciente para utilizar a contabilizacëo de beneficios defini- dos pelos seus proéprios empregados em anos anterio-
dos de um plano multiempregador aue seja um plano de res. Por esta razao, os planos estatais sa0 mormalmente

beneficios definidos, uma entidade deve contabilizar o planos de contribuicao definida. Porém, em cCasos raros
plano como se fosse um plano de contribuicao definida. auando um plano estatal for um plano de beneficios defi-
nidos, uma entidarde aplica o tratamento prescrito nos
d0 - Um exemplo de um plano multiempregador de par&grafos 28 e 29.
beneficios definidos é um em aue:
a) O plano é financiado numa base pay as you go tal Beneficios segurados (paragrafos 34 a 37)
due: as contribuicêes sao fixadas ao nivel gue se 34 — Uma entidade pode pagar prêmios de seguro
espera ser suficiente para pagar os beneficios due para contribuir para o fundo de um plano de beneficios
se vencam num mesmoa periodo; & beneficios futu- pOS-emprego. A entidade deve tratar tal plano como um
ros obtidos durante o periodo corrente serao pagos plano de contribuicêo definida salvo se a entidade
de futuras contribuic6es; e venha a ter (guer directamente, guer indirectamente
b) Os beneficios dos empregados sêo determinados através do plane) uma obrigacao legal ou construtiva de:
pela duracëo do seu servico e as entidades partici- a) Pagar os beneficios dos empregados directamente
pantes néo tém melio realista de se retirarem do plano guando se vencem; ou
sem pagarem uma contribuicao pelos beneficios obti-
b) Pagar contribuicêes adicionais se o segurador nêo
dos peloe empregados alé & data da retirada. pagar todos os beneficios futuros do empregado
Tal plano cria risco actuarial para a entidade: se o relativos ao servico do empregado no periodo cor-
Custo final dos beneficios jê ganhos & data do balanco rente e em anteriores.
for maior do aue o esperado, a entidade terê de ou Se a entidade retiver tal obrigacao legal ou construtiva,
aumentar as suas contribuicêes ou de persuadir os a entidade deve tratar o plane como um plano de benefi-
empregados a aceitarem uma reducao dos beneficios. cios definidos.

Planos estatais (par&grafos 31 a 33) 35 - Os beneficios segurados por um contrato de


seguro nêo precisam de ter um relacionamento directo
41 - Uma entidade deve contabilizar um plano estatal ou automatico com a obrigacao da entidade aguanto aos
da mesma maneira gue um plano multiempregador (ver beneficios dos empregados. Os planos de beneficios
par&grafos 28 e 29). DÊS-emprego aue envolvam contratos de seguro estêo
d2 — Os planos estalais sêéo estabelecidos pela legisla- Sujeitos & mesma distincêo entre contabilizac&o e contri-
Cêo para cobrir todas as entidades (ou todas as entida- buic&o para o fundo como outros planos com fundo.
des numa particular categoria, por exemplo, um sector 46 - Ouando uma entidade financia uma obrigagêo de
especifico) e $êo operados por um governo nacional ou beneficios p6s-emprego ao contribuir para uma apolice
local ou por outra organizacao (por exemplo, uma agên- de seguro pela aual a entidade (auer directamente duer
cia auténoma criada especificamente para esta finali- indirectamente através do plano, através dum meca-
dade) aue nao estê sujeita a controlo ou influência pela nismo de fixac&o de futuros prémios Gguer através de um
entidade gue relata. Alguns planos estabelecidos por relacionamento de parte relacionada com o segurador)
uma entidade proporcionam nêo sê beneficios obrigato- retém uma obrigacëo legal ou construtiva, o pagamento
rios aue sêo substitutos dos beneficios gue de outra dos prémios néo corresponde a um acordo de contribui-
forma seriam cobertos por um plano estatal bem cemo Ga&o definida. Em conseauëncia a entidade contabiliza
beneficios voluntêrios adicionais. Tais planos nao sago uma apélice de seguro elegivel como um activo de
planos estatais. Dlano.

293
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financeiro — NCRF 28

37 - Guando uma apdlice de seguro estiver no nome Beneficios pés-emprego: planos de beneficias defini-
de um especificado participante do plano ou de um dos (paragrafo 41)
grupo de participantes do plano ea entidade nao tiver A1 — A contabilizac&o dos planos de benelicios defini-
gualguer obrigacao legal ou construtva para Cobrir gual- dos é complexa poraguë $&0 necessêrios pressupostos
guer perda na apdlice, a entidade nao tem obrigacgao de actuariais para mensurar a obrigacëo e o gastlo e existe
pagar benelicios aos empregados e o segurador tem a a possibilidade de ganhos e perdas actuariais. Além
responsabilidade exclusiva de pagar os beneficios. disso, as obrigacêes so mensuradas numa base des-
Pagamento de prémios fixados segundo tais contratos ê, contada poraue elas padem ser liguidadas muitos anos
em substancia, a liguidacêo da obrigacêo de beneficios apls os empregados prestarem o respectivo servico. As
do empregado e nêo um investimento para satisfazer a entidades due necessitem de efectuar a contabilizacao
obrigacao. Conseguentemente, a entidade delxa de ter
deste tipo de planos, devem seguir o previsto na lAS 19—
um activo ou um passivo. Portanto, a entidade trata tais
Beneficios de Empregados, adoptada pelo texto original
pagamentos como contribuicées para um plano de con-
do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de
tribuicao definida.
Novembro.

Beneficios pés-emprega: planos de contribuicao deli- Outros heneficios a longo prazo dos empregadas
nida (parégrafos 38 a 41)
(pargrafos 42 a 46)
38 — A contabilizacëo dos planos de contribuicao deli-
42 — Outros beneficios a longo prazo dos empregados
nida é linear porague a obrigagao da entidade ague relata
incluem, por exemplo:
relativamente a cada periodo é determinada pelas duan-
tias a serem contribuidas relativas a esse periode. Con- a) Ausências permitidas de longo prazo tais como
seguentemente, nao sao necessêrios pressupostos
licenca por servicos duradouros ou sabatica;
actuariais para mensurar a obrigacêo ou o gasto ë nê b) Beneficios de jubileu ou por outro servico dura-
hê possibilidade de agualguer ganho ou perda actuarial. douro;
Alêm disso, as obrigacêes sê0 mensuradas numa base c) Beneficios a longo prazo de incapacidade;
nao descontada, excepto guando nêo se vencam com-
d) Participacëo nos lucros e bénus pagaveis doze
pletamente dentro de doze meses apés o final do periodo
meses ou mais ap6s o fim do periodo no agual os
em aue os empregados prestam o respectivo servico.
empregados prestam o respectivo servico; ea

Reconhecimento e mensuracao (parêgrafos 39 e 40) e) Remuneracëes diferidas pagas doze meses ou


mais apês o fim do periodo no aual seja obtida.
39 — Ouando um empregado tiver prestado servico a
uma entidade durante um periodo, a entidade deve 43 —A mensuracêo de outros beneficios a longe prazo
reconhecer a contribuicê&o a pagar para um plano de dos empregados nêo é geralmente sujeita ao mesmo
Contribuic&o definida em troca desse servico: grau de incerteza due a mensuraGao de benelicios pos-
-emprego. Além disso, a introdugao de, ou alteracoes a,
a) Como um passivo (gasto acrescido), apês deduGëo
outros beneficios a longo prazo dos empregados rara-
de aualauer contribuicëo j& paga. Se a contribuicëo
mente dé origem a uma aguantia material de custo dos
j& paga exceder a contribuicao devida relativa ao
servicos passados. Por estas razêes, esta Norma exige
Servico antes da data de balanco, uma entidade
um mêtodo simplificado de contabilizacao para outros
deve reconhecer esse excesso como um activo
beneficios a longo prazo dos empregados. Este método
(gasto pré-pago) na medida em due o pré-paga-
difere da contabilizac&o exigida para beneficios pos-
mento conduzirê, por exemplo, a uma reducëo em
-emprego como segue:
futuros pagamentos ou numa restituicêo de
dinheiro:e a) Ganhos e perdas actuariais sêo imediatamente
reconhecidos e nêo se aplica o “corridor-; ê
b) Como um gasto, salvo se outra Norma Contabilis-
tica e de Relato Financeiro exigir ou permitir a inclu- b) Todo o custo dos servicos passados é imediata-
sêo da contribuicao no custo de um activo (ver, por mente reconhecido.
exemplo, a NCRF 18 - Inventêrios, e a NCRF 7 —
Activos Fixos Tangiveis). Reconhecimento e mensuraco (pargrafos 44 a 46)
40 — Ouando as contribuicées para um plano de contri- 44 — A auantia reconhecida como um passivo relativa
buicêo definida nao se vencam completamente dentro a outros beneficios a longo prazo dos empregados deve
de doze meses ap6s o final do periodo em aue os ser o total liauido das seguintes auantias:
empregados prestam o respectivo service, elas devem a) O valor presente da obrigacao de beneficios defini-
ser descontadas, dos & data do balanco;

294
SNC EXPLICADOD 7 Normas Contabilisticas e de Relatn Financeirs — NCRF 28

b) Menos o justo valor & data do balanco dos activos retirada. O plano detalhado deve incluir, como mINImo:
do plano (se os houver) dos auais as obrigac6es a) A localizacao, a fungê0, e o numero aproximado de
devem ser liguidadas directamente. empregados cujos servigos estao para ser cessados:
48 — Para outros beneficios a longo prazo dos empre- b) O beneticio de cessacêo para cada classificacao
gados, uma entidade deve reconhecer o total liguido ou funcao de emprego;e
das seguintes guantias como gasto ou rendimento, Cc) O momente em aue o plano serê implementado. A
excepto na medida em gue outra NCRF exija ou permita implementacëo deve comecar com a maior brevi-
a Sua inclu$êo no custo de um activo:
dade possivel e o periodo de tempo para completar
a) Custo dos servicos correntes; a implementacêo deve ser tal gue nêo sejam prova-
D) Custo de juros; veis alterac6es materiais para o plano.
Cc) O retorno esperado em guaisauer activos do plano 50 - Uma entidade pode estar comprometida, pela
e sobre gualguer direito de reembolso reconhecido legislagêo, por acordos contratuais ou outros com
COMO UM activo; empregados ou oes seus representantes ou por uma obri-
d) Ganhos e perdas actuariais, gue devem ser todos gacao construtiva baseada na prêtica da entidade, cos-
imediatamente reconhecidos; tume ou um desejo de agir com eguidade, a fazer paga-
e) Custo dos servicos passados, gue deve ser todo mentos (ou proporcionar outros beneficios) aos
imediatamente reconhecido:e empregados auando dé por cessado o seu emprego.
Tais pagamentos sêo beneficios de cessacëo. Benelff-
f) O efeito de guaisguer cortes ou liguidac6es.
cios de cessacêo de emprego sêo tipicamente paga-
46 — Uma forma de outros beneficios a longo prazo do mentos de duantia unica, mas por vezes tambéêm
empregado é o beneficio de incapacidade de longo incluem:
prazo. Se o nivel do beneficio depende da duracêo do a) Um alargamento de beneficios de reforma ou de
servico, uma obrigacêo surge guando o servico é pres- outros beneficios pés-emprego, aguer indirecta-
tado. A mensurac&o dessa obrigacêo reflecte a probabi- mente através de um plano de beneficios do
lidade desse pagamento ser obrigatêrio e a duragêo do empregado ou directamente; &e
tempo durante o gual se espera gus o pagamento seja
b) Ordenados até ao final de um periodao de aviso
feito. Se o nivel do beneficio for o mesmo para gualguer
especificado se o empregado nêo prestar mais ser-
empregado invalido independentemente dos anos de
vico adicional gue proporcione beneficios econémi-
servico, o custo esperado desses beneficios é reconhe-
cos para a entidade.
Cido guando ocorre um acontecimento aue cause uma
incapacidade de longo prazo. 51 —- Alguns beneficios dos empregados sêo pagêveis
independentemente da raz&o para a saida do empre-
Beneffcios de cessag3o de emprego (parigrafos 47 a 55) gado. O pagamento de tais beneficios é certo (sujeito a
auUaisduer reguisitos de aauisicêo ou de servico minimo)
471 — Esta Norma trata de beneficios de cessac&o de mas a tempestividade do seu pagamento é incerta.
emprego em separado de outros beneificios de empre- Embora tais beneficios sejam descritos nalguns paises
gados devido a aue o acontecimento aue da origem a como indemnizacêes de cessacao de emprego, ou libe-
uma obrigacêo é a cessac&o em vez do servico do ralidades de cessacao de emprego, eles sêo beneficios
empregado.
P6s-emprego, em vez de beneficios de cessagëo de
emprego e uma entidade contabiliza-os como beneficios
Reconhecimento (parigrafos 48 a 53)
D6S-emprego. Algumas entidades proporcionam um
4B — Uma entidade deve reconhecer benelicios de nivel mais baixo de beneficios para cessacëo voluntêria
CEssaGao de empredo como um passivo e um gasto de emprego a pedido do empregado (em substência,
aguando, e somente auando, a entidade esteja compro- um beneficio pés-emprego) do gue para cessacao invo-
metida de uma forma demonstrêvel, guer a: luntêria de emprego a pedido da entidade. O beneficio
a) Cessar o emprego de um empregado ou grupo de adicional a pagar da cessacëo involuntêria é um benelf-
empregados antes da data normal de reforma; ou cio de cessaGëo de emprego.

b) Proporcionar beneficios de cessacëo como resul- 52 - Os beneficios de cessac&o de emprego nêo pro-
tado de uma oferta feita a fim de encorajar a saida porcionam a uma entidade futuros beneficios econémi-
voluntêria, COS & $&0 reconhecidos como um gasto imediatamente.

49 — Uma entidade est& demonstravelmente compro- 53 — Ouando uma entidade reconheca benelicios de
metida a uma cessaGao de emprego guando, e somente Cessacêo, a entidade pode também ter necessidade de
Auando, a entidade tem um plano formal pormenorizado Contabilizar um corte de beneficios de reforma ou outros
para a cessacêo e nao exista possibilidade realista de beneficios dos empregados.

295
SNC EXPLICADO
7 Normas Contabilisticas e de Relato Financelro - NCRF 28

Mensuragao (pardgrafos 54 e 55) Divulgaco de outros beneficios a longo prazo de


empregados (par&grafo 59)
54 — Sempre gue benelicios de cessaGéo de emprego
se vencam a mais de 12 meses apos a data do balanco, 59 — Para cada categoria de outros beneficios a longo
eles devem ser descontados. prazo due uma entidade proporcione aos seus empre-
gados, a entidade deve divulgar a natureza dos benefi-
55 — No caso de uma oferta feita para encorajar a cios, a guantia das suas obrigacêes e o nivel de cober-
saida voluntêria, a mensurac&o dos benelicios de cessa- tura das responsabilidades & data do relato, bem como
C&0 de emprego deve basear-se no nmero de empre- a guantia de guaisauer ganhos ou perdas acluariais no
gados gue se espera due aceitem a oferta.
periodo corrente e as politicas contabilisticas para tais
ganhos ou perdas actuariais.
Divulgacio (paragrafos 56 a 60)
Divulgac&o de beneffcios de cessagao de emprego
Divulgacao de beneficios a curto prazo de empregados (pardgrafo 60)
(par&grafo 56) 60 — Para cada categoria de beneficios de cessaoao
56 — Embora esta Norma nêo exija divulgacoes especl- de emprego aue uma entidade proporcione aos seus
ficas acerca dos beneficios a curto prazo dos emprega- empregados, a entidade deve divulgar a natureza dos
dos, outras Normas podem exigir divulgagoes. Por beneficios, a politica contabilistica adoptada, a guantia
exemplo, a NCRF 5 - Divulgacoes de Partes Relaciona- das suas obrigaGées e o nivel de cobertura das respon-
das exige divulgac6es acerca de beneficios dos empre- sabilidades & data do relato. Ouando existir uma incer-
gados para o pessoal-chave da gerência. A NCRF 1 - teza acerca do numero de empregados due aceitarêo
Estrutura e Contetido das Demonstracêes Financeiras, uma oferta de beneficios de cessac&o de emprego,
exige a divulgacao de gastos com os beneficios dos existe um passivo contingente. Como exigido pela NCRF
empregados, 21 — Provisêes, Passivos Contingentes & Activos Contin-
gentes, uma entidade divulga informacao acerca do
Divulgacio de beneficios pés-emprego: planos de con- passivo contingente salvo se a possibilidade de aual-
tribuicao definida (parêgrafos 57 e 58) aguer exluxo na liduidagêo for remota.
57 — Uma entidade deve divulgar a guantia reconhe-
cida como um gasto no gue respeita a planos de contri- Data de eficacia (parêgrafo 61)
buicao definida.
61 — Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir do
58 — Sempre aue exigido pela NCRF $ - Divulgacêes primeiro periodo gue se inicie em ou apês 1 de Janeiro
de Partes Relacionadas, uma entidade divulga informa-
de 2010.
CAO acerca de contribuicées para planos de contribui-
C&o definida relativamente ao principal pessoal de 27 de Agosto de 2009 — Pelo Secretêrio-Geral, em
gerênceia. substituic&o, Ana Bernardo.

296
ë Norma Contabilistica e de
Relato Financeiro para
Pedguenas Entidades”

297
Entidades SNC EXPLICADO
B Norma Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANGEIRO coerência do modelo, os conceilos em causa baseiam-


-se na Estrutura Conceptual para a Preparagëo e& Apre-
PARA PEOUENAS ENTIDADES sentac&o das Demonstracêes Financeiras.

1. Objectivo 3.2 — Reconhecimento é o processo de incorporar no


balanco e na demonstracêo dos resultados um item gue
1.1 — Esta Norma Contabilistica e de Relato Financeiro
satisfaca a definicao de um elemento e satisfaGa os cri-
tem como objectivo estabelecer os aspectos de reCco-
térios de reconhecimento abaixo descritos. Os itens due
nhecimento. mensuracao e divulgacao extraidos das
satisfacam os critêrios de reconhecimento devem ser
correspondentes NCRF, tidos como os reguisitos mini-
reconhecidos no balanco ou na demonstracao dos resul-
mos aplicêveis as pedguenas entidades tal Como sê0
tados. A falha do reconhecimento de tais itens nao éê rec-
definidas pelo decreto-lei ague instituiu o SNC, adiante
tificada pela divulgacao das politicas contabilisticas usa-
designadas por peguenas entidades.
das nem por notas ou material explicativo.

2. Ambito 3.3 - Um activo é reconhecido no balanco aguando for


provêvel aue os beneficios econémicos futuros fluam
91 — Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades
para a entidade e o activo tenha um custo ou um valor
gue cumpram os reguisitlos sobre peguenas entidades,
aue possa ser mensurado com fiabilidade.
desde cue nao optem por aplicar o conjunto completo
das Normas Contabilisticas e de Relata Financeiro 3.4 — Um passivo é reconhecido no balanGo auando
(NCRF). for provêvel aue um exfluxo de recursos incorporanido
beneficios econémicos resulte da liguidacao de uma
2.2 — Sempre gue na presente norma existam remissoes
obrigacao presente e gue a guantia pela aual a liguida-
para as Normas Internacionais de Contabilidade, entende-
c&o tenha lugar possa ser mensurada com fiabilidade.
-se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniëo Euro-
peia nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do 3.5 —- Um rendimento é reconhecido na demonstracêo
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em dos resultados guando tenha surgido um aumento de
conformidade com o texto original do Regulamento (CE) beneficios econdmicos futuros relacionados com um
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro. aumento num activo ou com uma diminuicêo de um pas-

2.3 - Sempre aue esta Norma nêo responda a aspec- sivo e aue possa ser guantificado com fiabilidade. Isto
significa, com efeito, gue o reconhecimento dos rendi-
los particulares aue se cologuem a dada entidade em
mentos ocorre simultaneamente com o reconheeimento
matéria de contabilizac&o ou relato financeiro de tran-
saccbes ou situacbes, ou a lacuna em causa seja de tal de aumentos em activos ou com diminuigées em passi-
vos (por exemplo, o aumento liguido em activos prove-
modo relevante gue o seu nêo preenchimento impeca o
objectivo de ser prestada informacao aue, de forma ver- nientes de uma venda de bens ou de servicos ou a dimi-
dadeira e apropriada, taduza a posicêo financeira numa nuicêo em passivos provenientes do perdaêo de uma
certa data e o desempenho para o periodo abrangido, a divida a pagar).
entidade devera recorrer, tendo em vista t&o-somente a 3.6 - Os gastos sêo reconhecidos na demonstracëo
superaGêo dessa lacuna, supletivamente e pela ordem dos resultados guando tenha surgido uma diminuigao
indicada: dos beneficios econémicos futuros relacionados com
a) As NCRF e Normas Interpretativas (NI); uma diminuic&o num activo ou com um aumento de um
b) As Normas Internacionais de Contabilidade, adop- passivo e gue possam ser mensurados com fiabilidade.
tadas ao abrigo do Regulamento n.” 1606/2002, do O reconhecimento de gastos ocorre simultaneamente
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julno; com o reconhecimento de um aumento de passivos ou
de uma diminuicêo de activos (por exemplo, o acrés-
c) As Normas Intermacionais de Contabilidade (AS) e
Cimo de direitos dos empregados ou a depreciacêo de
Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS),
eauipamento).
emitidas pelo IASB, e respectivas interpretac6es
(SIC e IFRIC). 4. Fstrutura e conteudo das demonstrac6es
3. Consideracëes gerais sobre reconhecimento 4.1— As demonstrac6es financeiras devem ser identifi
cadas claramente e distinguidas de outra informacao no
3.1 — Como referido no ponto 1.1, a presente norma
mesmo documento publicado.
tem como objectivo estabelecer os aspectos de reco-
nhecimento, mensuragao e divulgacêa aplicêveis as 4.2 — Cada componente das demonstracêes financel-
peaguenas entidades. Dada a estrulura da norma, consi- ras deve ser identificado claramente. Além disso, a infor-
derou-se util a inclus&o na mesma de um conjunto de macao seguinte deve ser mostrada de forma proemi-
disposic6es relativas a reconhecimento aue nela sêo nente e repetida auando for necessêrio para a devida
recorentemente utilizadas. Naturalmente, gue, a bem da compreens&o da informacêo apresentada:

298
SNC EXPLICADO & Narma Cantabllistica e de Relaln Financelra para Penguenas
Entidades

a) O nome da entidade due relata ou outros meios de ciclo operacional normal da entidade nao for claramente
identificacëo, e aualaguer alterac&o nessa informa- identificAvel, pressupêe-se gue a sua duracao seja de
Cao desde a data do balanco anterior: doze meses.
b) A data do balanco ou o periodo abrangido pelas
demonstragêes financeiras, conforme o gue for Passivos correntes
apropriado para esse componente das demonstra-
4.8 — Um passivo deve ser classificado Como corrente
C6es financeiras;
guando satisfizer gualguer um dos seguintes critérios:
C) A moeda de apresentacëo;e
a) Se espere gue seja liguidado durante o ciclo opera-
d) O nivel de arredondamento usado na apresentag&o
cional normal da entidade;
de guantias nas demonstrac6es financeiras.
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de
4.3 — As demonstracêes financeiras devem ser apre- ser negociado;
sentadas pelo menos anualmente. Ouando se altera a
c) Deva ser liaguidado num periodo até doze meses
data do balango de uma entidade e as demonstrag6es
apos a data do balanco; ou
financeiras anuais sejam apresentadas para um periodo
mais longo ou mais curto do gue um ano, uma entidade d) A entidade nêo tenha um direito incondicional de
deve divulgar: diferir a liguidacao do passivo durante pelo menos
doze meses ap6s a data do balanco,
a) O periodo abrangido pelas demonstracêes finan-
Celiras; Todos os outros passivos devem ser classificados
COMO NAO corentes,
b) A razéo para usar um periodo mais longo ou mais
Curto;e 4.9 — Alguns passivos correntes, tais como dividas a
Cc) A nao inteira comparabilidade das auantias CoOmMPpa- pagar comerciais e alguns acréscimos de custos relati-
rativas. vos a empregados e outros custos operacionais, sêo
parte do capital circulante usado no ciclo operacional
normal da entidade. Tais itens operacionais sêo classifi-
Balanco
cados como passivos correntes mesmo due estejam
Distingao corrente/nao corrente para ser liguidados mais de doze meses apês a data do
balanco. O mesmo ciclo operacional normal aplica-se &
4.4 — Uma entidade deve apresentar activos correntes
Classificacao dos activos e passivos de uma entidade.
e nêO correntes, e passivos correntes & na correntes,
Ouando o ciclo operacional normal da entidade nao for
Como classificac6es separadas na face do balanco. claramente identificêvel, pressupêe-se gue a sua dura-
Go seja de doze meses.
Activos correntes
4.10 - Uma entidade classifica os seus passivos finan-
4.5 — Um activo deve ser classificado como corrente
Celros cComo correntes guando a sua liguidacao estiver
guando satisfizer gualguer dos seguintes critérios:
prevista para um periodo até doze meses ap6s a data
a) Espera-se gue seja realizado, ou pretende-se gue do balanco, mesmo ague:
seja vendido ou consumido, no decurso normal do
a) O prazo original tenha sido por um periodo superior
ciclo operacional da entidade:
a doze meses;e
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de
ser negociado; b) Um acordo de refinanciamento, ou de reescalona-
mento de pagamentos, numa base de longo prazo
Cc) Espera-se gue seja realizado num periodo até doze
seja completado ap6s a data do balanco e antes
meses ap6s a data do balanGo; ou
das demonstracëes financeiras serem autorizadas
d) E caixa ou eguivalente de calxa, a menos due Ihe para emissao.
seja limitada a troca ou uso para liguidar um pas-
Sivo durante pelo menos doze meses apBs a data Informagao a ser apresentada na face do balanco
do balanco.
4.11 — A informaogao a apresentar na face do balanco
Todos os outros activos devem ser classificados Como
nAO correntes.
Consta do respectivo modelo publicado em Portaria.

4.6 — Esta Norma usa o termo néo corrente para incluir


activos tangiveis, intangiveis e financeiros cuja natureza Demonstracio dos resultados
seja de longo prazo. Resultados do periodo
4.7 - O ciclo operacional de uma entidade é o tempo 4.12 — Todos os itens de rendimentos e de gastos reco-
entre a aauisicëo de activos para processamento & sua nhecidos num periodo devem ser incluidos nos resultados
realizaGê&o em caixa ou seus eauivalentes. Ouando o a menos gue um outro capitulo o exija de outro modo.

299
B NarmaC hilistica
e de Relat ira nara Pea SNEC EXPLICADO

Informacao a ser apresentada na face da demonstragao b) Outras politicas contabilisticas usadas due sejam
dos resultados relevantes para uma compreensao das demonstra-
cêes financeiras.
4.13 — A informacë&o a apresentar na face da demons-
tracao dos resultados consta do respectivo modelo 5. Adopcëo pela primeira vez da NCRF-PE
publicado em Portaria.
5.1 - As alteracëes de politicas contabilisticas decor-
4.14 — Uma entidade nêo deve apresentar itens de ren- rentes da adopcao pela primeira vez da presente norma,
dimento e de gasto como itens extraordinarios, duer na devem ser aplicadas prospectivamente.
face da demonstracêo dos resultados guer no anexo.
5.2 — Conseaguentemente, no balanco de abertura rela-
A.15 — Os itens a apresentar na demonstracdo dos tivo & primeira aplicagëo a entidade deve:
resultados deverao basear-se numa classificacëo due
a) Manter reconhecidos pela duantia escriturada
atenda & sua natureza.
todos os activos e passivos cujo reconhecimento
CoONtINUE a ser exigido por esta norma;
Anexo b) Reconhecer todos os activos e passivos cujo reco-
nhecimento passe a ser exigido por esta norma,
Fstrutura
sendo a respectiva mensuracao efectyada nos ter-
4.16 -O anexo deve: mos nela previstos, nao sendo contudo permitida,
a) Apresentar informacao acerca das bases de prepa- em caso algum, a utilizagaa da base de mensura-
racêo das demonstracêes financeiras e das politi- 6ao do justo valor & data da transicêo;
Cas contabilisticas usadas; Cc) Desreconhecer itens como activos ou passivos sea
b) Divulgar a informacëo exigida pelos capitulos desta presente norma o nao permiti; e
Norma aue nêo seja apresentada na face do d) Efectuar as reclassificac6es pertinentes.
balanco, e da demonstracao dos resultados; e
5.3 — Ouaisauer guantias relativas a diferencas de
Cc) Proporcionar informacao adicional aue nao seja
transicao devem ser reconhecidas no capital proprio.
apresentada na face do balanco e da demonstra-
Cêo dos resultados, mas ague seja relevante para 5.4 — As divulgacêées no final do primeiro exercicio
uma melfhior compreensêo de gualauer uma delas. apdés transic&o, devem incluir:
4.17 — As notas do anexo devem ser apresentadas de a) Uma explicacëo acerca da forma como a transi-
Cao dos anteriores principios contabilisticos geral-
uma forma sistematica. Cada item na face do balanco e
da demonstracao dos resultados, ague tenha merecido mente aceites para a NCRF-PE, afectou a sua
uma nota no anexo, deve ter uma referência cruzada. posicêo financeira e o seu desempenho financeiro
relatados;
4.18 — As notas do anexo devem ser apresentadas
b) Uma explicacêo acerca da natureza das diferencas
pela seguinte ordem:
de transicêo aue foram reconhecidas camo capital
a) ldentificacao da entidade, incluindo domicilio, natu- préprio.
reza da actividade, nome e sede da empresa-mae,
se aplicêvel; 8.5 - Caso uma entidade dé conta de erros cometidos
segundo os PCGA anteriores, as reconciliacêes exigidas
b) Referencial contabilistico de preparacao das
nas pardgrafos anteriores, devem distinguir entre a cor-
demonstracëes financeiras;
reccBo desses erros e as alteracêes as politicas contabi-
Cc) Resumo das principais politicas contabilisticas
listicas.
adoptadas;
d) Informacao desagregada dos itens apresentados 6. Politicas contabilisticas, alteracêes nas estimativas
na face do balanco, na demonstracëo dos resulta- contabilisticas e erros
dos por natureza:
e) Passivos contingentes e compromissos contratuais Seleccao e aplicacao de politicas contabilisticas
nao reconhecidas; 6.1 - A politica ou politicas contabilisticas a aplicar a
f) Divulgac6es exigidas por diplomas legais. determinado item serê a ague decorrer do capitulo aue
especificamente tratar da subjacente transacoëo, outro
Divulgacées de politicas contabilisticas acontecimento ou condicêo.
4.19 — Uma entidade deve divulgar um resumo das 6.2 - Na ausência de uma disposic&o desta Norma
principais politicas contabilisticas, designadamente:
gue se aplidue especificamente a uma transacean, outro
a) Bases de mensurac&o usadas na preparac&o das acontecimento ou Eondicêo, e apds utilizadas as dispo-
demonstracêes financeliras: sicG6es supletivas previstas no ponto 2.3 acima, o 6rgao

d00
SNC EXPLICADO B Norma Contabilistica e da Relato Financeire para Penuenas Entidades

de gestao fard juizos de valor no desenvolvimento e apli- b) A aplicacao de uma nova politica contabilistica para
cac&o de uma politica contabilistica gue resulte em infor- transaccëes, outros acontecimentos ou ConNdIcëes,
macao gue seja: ague nêo ocorreram anteriormente ou eram imateriais.
a) Relevante para a tomada de decisêes econémicas
por parte dos ufentes; Alteracoes nas estimativas contabilisticas e erros
b) Fiëvel, de tal modo gue as demonstracêes financeiras: 6.7 -O efeito de uma alteracêo numa estimativa conta-
j) Representem com fidedignidade a posicêo bilistica, gue nao seja uma alteracao & aual se aplidue o
financeira, o desempenho financeiro e os fluxos par&grafo 6.8, deve ser reconhecido prospectivamente
de caixa da entidade; incluindo-o nos resultados do:
ii) Retflictam a substência econédmica de transac- a) Periodo de alteracao, se a alteracao afectar apenas
GOes, outros acontecimentos & condicêes e nao esse periodo; ou
meramente a forma legal;
D) Periodo de alterac&o e futuros periodos, se a altera-
ii) Sejam neutras, isto é, aue estejam isentas de
Go afectar ambas as situac6es.
preconceitas;
iv) Sejam prudentes; e 6.8 — Até ao ponto em due uma alteracao numa esti-
v)' Sejam completas em todas os aspectos materiais. mativa contabilistica dé origem a alteracêes em activos
e passivos, ou se relacione com um item do capital prê-
6.3 —- Ao fazer os juizos de valor descritos no par&grafo
prio, ela deve ser reconhecida pelo ajustamento da
6.2, o 6rgao de gestao deve consultar e considerar a
guantia escriturada do item de capital proprio, activo ou
aplicabilidade das seguintes fontes, por ordem indicada:
passivo relacionado no periodo da alteracao.
a) Os reguisitos e a orientac&o desta Norma aue tra-
tam de assuntos semelhantes e relacionados: & 6.9 — A correccëo de um erro material de um periodo
anterior é excluida dos resultados do periodo em aue o
b) As definicëes, critérios de reconhecimento e conceli-
erro é detectado, sendo efectuada directamente em
tos de mensuraGëo para activos, passivos, rendimen-
resultados transitados.
tos e gastos constantes da Fstrutura Conceptual.

CGonsistência de politicas contabilisticas Divulgacoes

6.4 — Uma entidade deve seleccionar e aplicar as suas 6.10 - Ouando a aplicacëo de uma disposicëo desta
politicas consistentemente para transacc6es semelhan- Norma tiver efeitos no periodo corrente ou em aualguer
tes, outros acontecimentos e condic6es, a menos gue periodo anterior, salvo se for impraticavel determinar a
determinado capitulo desta Norma especificamente exija duantia do alustamento, ou puder ter efeitos em perio-
Ou permita a categorizagëo de itens para os guais pos- dos futuros, uma entidade deve divulgar apenas nas
Sam ser apropriadas diferentes politicas. Se um outro demonstrac6es financeiras do periado corrente:
Capitulo exigir ou permitir tal categoerizacao, uma politica a) A natureza da alterac&o na politica contabilistica;
Contabilistica deve ser seleccionada e aplicada consis- D)A natureza do erro material de periodo anterior e
tentemente a cada categoria. seus Impactos nas demonstracêes financeiras des-
ses periodos;
Alteracoes nas politicas contabilisticas
C) A auantia de ajustamento relacionado com o
6.5 —- Uma entidade deve alterar uma politica contabi- periodo corrente ou periodos anteriores aos apre-
listica apenas se a alteracao: sentados, até ao ponto gue seja praticêvel; e
a) Passar a ser exigida por uma Norma ou Interpreta- d) As razées pelas auais a aplicacao da nova politica
C8O; OU CoNtabilistica progorciona informacao fiavel e mais
b) RPesultar no facto de as demonstracoes financeiras relevante, no caso de aplicacéo voluntaria.
proporcionarem informacêo fiëvel e mais relevante
sobre os efeitos das transaccëes, outros aconteci- 7. Activos fixos tangiveis
mentos ou coridicêes, na posicêo financeira, desem-
penho financeiro ou flyxos de caixa da entidade. Reconhecimento

6.6 —- Nêo s0 alterac6es nas politicas contabilisticas: 1.1-O custo de um item de activo fixo tangivel deve ser
reconhecido como activo se, e apenas se, Cumprir as con-
a) A aplicacêo de uma politica contabilistica para tran-
dic6es de reconhecimento definidas no capitulo 3 acima.
saccg6es, outros acontecimentos, ou condicêes, due
difiram em substência dagueles gue ocorreram 7.2 — Sobressalentes & eguipamentos de servico sêo
anteriormente: € geralmente escriturados como inventêrio e recanhecidos

`A alinea sublinhada foi corrigida pele editor por incoerência do original.

301
R Norma Cantabilistica e de Relato Financeira para Penuenas Entidades SNC EXPLICADO

nos resultados guando consumidos. Porém, os sobressa- Cc) Custos de conduGëo do neg6cio numa nova locali-
lentes principais e eguipamento de reserva classificam-se Zacao ou com uma nova classe de clientes
COMO activos fikos tangiveis auando uma entidade espera (incluindo custos de formacëo de pessoal;e
usé-los durante mais do aue um periodo. Da mesma forma, d) Custos de administragêo e outros custos gerais.
se os sobressalentes e os eguipamentos de servico pude-
7.8 - Uma entidade deve aplicar o modelo de custo do
rem ser utilizados em ligac&o com um item do activo fixo
paragrafo 7.9. Nos casos em gue existam diferencas
tangivel, eles sêo contabilizados como activo fixo tangivel.
significativas entre a guantia escriturada segundo o
1.3 — Podem ser considerados no Activo por uma sê modelo do custo e o justo valor dos activos, uma entl-
guantidade e aguantia fixa, os itens imobilizados gue, no dade poderê, alternativamente utilizar o modelo de reva-
seu conjunto, satisfacam simultaneamente as seguintes lorizacao do paragrafo 7.10 como sua politica contabilis-
CONdIGOEs: tica e deve aplicar essa politica a uma classe inteira de
a) Sejam renovados freguentemente; activos fixos tangiveis.
b) Representem, bem a bem, uma guantia imaterial 1.9 — No modelo do custo, apês o reconhiecimento como
para a entidade; um activo, um item do activo fixo tangivel deve ser escritu-
Cc) Tenham uma vida util néo superior a trés anos. rado pelo seu custo menos aualguer depreciacêo acumu-
lada e guaisauer perdas por imparidade acumuladas.
7.4 — Partes de alguns itens do activo fixo tangivel
poder&o necessitar de substituicoes a intervalos regula- 1.10 - No modelo da revalorizacêo, ap6s o reconheci-
res. Uma entidade deve reconhecer na aguantia eseritu- mento como um activo, um item do activo fixo tangivel
rada de um item do activo fixo tangivel o custo da peca Cujo justo valor possa ser mensurado fiavelmente deve
de substituic&o desse item dguando o custo for incorrido, ser escriturado por uma aguantia revalorizada, gue é o
se os critérios de reconhecimento forem cumpridos. A seu justo valor & data da revalorizag4o menos gualguer
auantia eseriturada das pecas due sêo substituidas éê depreciac&o acumulada subseauente e perdas por
desreconhecida de acordo com as disposicêes de des- imparidade acumuladas subseguentes. A utilizacao
reconhecimento deste capitulo. deste método deve seguir o previsto na NCRF 7 - Acti-
vos fixos tangiveis. Além disso, as revalorizacêes devem
Mensuracao ser feitas com suficiente regularidade para assegurar
oue a guantia escriturada nao difira materialmente
1.5 - Um item do activo fixo tangivel gue seja classifi-
daaguela gue seria determinada pelo uso do justo valor a
Cado para reconhecimento como um activo deve ser
data do balanco. A utilizacao deste método implica gue
mensurado pelo seu custo.
a entidade adopte integralmente a NCRF 25 - Impostos
7.6 - O custo de um item do activo fixo tangivel com- sobre o rendimento.
preende: 7.11 - Se a guantia escriturada de um activo for aumen-
a) O seu preco de compra, incluindo os direitos de tada como resultado de uma revalorizacëo, o aumento
importacao e os impostos de compra nêo reembol- deve ser creditado directamente ao capital préprio numa
sêveis, ap6s deduc&o dos descontos e abatimentos; Conta com o titulo de excedente de revalorizacêo. Con-
b) Ouaisguer custos directamente atribuiveis para tudo, o aumento deve ser reconhecido nos resultados até
colocar o activo na localizacêo e condic&o neces- ao ponto em aue reverta um decréscimo de revalorizacao
sêrias para o mesmo ser capaz de funcionar da do mesmo activo previamente reconhecido nos resultados.
forma pretendida; 71.12 - Se a guantia escriturada de um activo for dimi-
C) A estimativa inicial dos custos de desmantelamento nuida como resultado de uma revalorizacêo, a diminui-
e remocao do item e de restaurac4o do local no CAo deve ser reconhecida nos resultados. Contudo, a
aual este est4 localizado, em cCuja obrigacao uma diminuicêo deve ser debitada directamente ao capital
entidade incorre seja guando o item é adauirido préprio até ao ponto de aualguer saldo de crédito exis-
Seja como conseauëncia de ter usado o item tente no excedente de revalorizacêo com respeilo a
durante um determinado periodo para finalidades esse aclivo.
diferentes da produc&o de inventêrios durante esse
periodo. Depreciacao
1.1 - Exemplos de dispêndios gue nêo fazem parte do 7.13 - Cada parte de um item do activo fixo tangivel
Custo de um item do activo fixo tanglvel sêo: Com UM CuUsto gue sela significativo em relacëo ao custo
a) Custos de abertura de novas instalac6es: total do item deve ser depreciada separadamente.
D) Custos de introducao de um novo produto ou ser- 1.14 - O gasto de depreciacao em cada periodo deve
vico (incluindo custos de publicidade ou activida- ser reconhecido nos resultados a menos gue seja
des promocionais): incluido na auantia escriturada de um outro activo.

d02
SNC EXPLICADO ë Norma Cantabilistica e de Helata Financeiro para Peguanas Entidades

Ouantia depreciëvel e periodo de depreciacao deve ser alterado para reflectir o novo modelo, sendo tal
modificacao contabilizada como alteracëo numa estima-
1.19 - A guantia depreciëvel de um activo deve ser
tiva contabilistica de acordo com o capltulo 6.
imputada numa base sistematica durante a sua vida util.

7-16 -O valor residual e a vida uil de um activo devem Imparidade


ser revistos pelo menos no final de cada ano financeiro
1.22 - Para determinar se um item do activo fixo tangi-
e, Se as expectativas diferirem das estimativas anterio-
vel est& ou nêo com imparidade, uma entidade deve
res, als) alterac&o(6es) develm) ser contabilizada(s)
aplicar a NCRF 12 - Imparidade de Activos. Fssa Norma
como uma alteracéo numa estimativa contabilistica de
explica como uma entidade revé a auantia escriturada
acordo com o capitulo 6 desta Norma.
dos seus activos, como determina a guantia recuperdvel
7.171 - A depreciacao de um activo comeca auando este de um activo e guando reconhece ou reverte o reconhe-
esteja disponivel para uso, i.e. auando estiver na localiza- cimento de uma perda por imparidade.
C8&0 e coNdicëo necessêrias para due seja capaz de ope-
rar na forma pretendida. A depreciacêo de um activo Desreconhecimento
cessa na data em gue o activo for desreconhecido. Conse-
1.24 — A aguantia escriturada de um item do activo fixo
auentemente, a depreciagao néo cessa guando o aclivo
tangivel deve ser desreconhecida:
se tornar ocioso ou for retirado do uso a nao ser due o
a) No momento da alienacêo; ou
activo esteja totalmente depreciado. Cantudo, segundo os
mêtodos de uso da depreciaGëo, o gasto de depreciacao b) Ouando nêo se espere futuros beneficios econémi-
pode ser zero enaguanto néo houver producëo. cos do seu uso ou alienacao.
7-18 — Na determinacao da vida uil de um activo uma 1.24 - O ganho ou perda decorrente do desreconheci-
entidade deve considerar todos os seguintes factores: mento de um item do activo fixo tangivel deve ser
a) Uso esperado do activo. O uso é avaliado por refe- incluido nos resultados guando o item for desreconhe-
rência a capacidade ou producao fisica esperadas cido. Os ganhos nao devem ser classificados com
do activo; rédito.

b) Desgaste normal esperado, gue depende de facto- 1.25 — Anuando da data de alienacëo de um item do
res operacionais tais como o numero de turnos activo fixo tangivel uma entidade deve aplicar os crité-
durante os aguais o activo sera usado e o programa rios referidos no capitulo 12 para reconhecimento do
de reparacê&o e manutencêo, e o cuidado e manu- rédito ($ 12.5 e seguintes).
tencao do activo enaguanto estiver ocioso;
1.26 - O ganho ou perda decarrente do desreconheci-
C) Obsolescéncia técnica ou comercial proveniente de mento de um item do activo fixo tangivel deve ser deter-
alterac6es ou melhoramentos na producëo, ou de minado como a diferenca entre os proventos liguidos da
uma alteracêo na procura de mercado para o ser- alienacao, se os houver, e a auantia escriturada do item.
vico ou produto derivado do activo; e
d) Limites legais ou semelhantes no uso do activo, tais Divulgacoes
Ccomo as datas de extincêo de locacêbes com ele
1.21 - As demonstracëes financeiras devem divulgar:
relacionadas.
a) Os critêrios de mensuracao usados para determinar
a guantia eseriturada bruta;
Mêtodo de depreciacao
b) Os métodos de depreciacêo usadas;
1.19 - O método de depreciacêo usado deve reflectir o
modelo por due se espera aue os futuros beneficios Cc) As vidas uteis ou as taxas de depreciacëo usadas;
@conémiIcos do activo sejam consumidos pela entidade. d) A aguantia escriturada bruta e a depreciacao acu-
mulada (agregada com perdas por imparidade
7.20 - Pode ser usada uma variedade de métodos de
acumuladas) no inicio e no fim do periodo; e
depreciac&o para imputar a guantia depreciëvel de um
activo numa base sistematica durante a sua vida Gtil. e) Uma reconciliac8o da guantia escriturada no inicioe
Estes métodos incluem o método da linha recta, 6 no fim do periodo gue mostre as adicées, as revalo-
método do saldo decrescente &e o mêtodo das unidades rizagoes, as alenac6es, as depreciag6es, as perdas
de producëo. de imparidade e suas reversêes e outras alterac6es.

1.21 -O méêtodo de depreciacao é aplicado consisten- 7.28 — As demonstracêes financeiras devem tambeém
temente a um activo de periodo para perlodo, a menos divulgar:
gue ocorra alguma alterac&o significativa no modelo a) A existência e guantias de restric6es de titularidade
esperado de consumo dos futuros beneficios econémi- e activos fixos tangiveis gue sejam dados como
cos associados a esse activo. Nesse caso, o método garantia de passivos;
B Norma Contabilfstica e de Relato Financeiro para Penuenas Entidades
SNC EXPLICADO

b) A guantia de compromissos contratuais para aduisi- b) A sua intenc&o de concluir o activo intangivel e usê-
cao de activos fixos tangiveis; e -lo ou vendéê-lo;
Cc) A sua capacidade de usar ou vender o activo intan-
7.29 — Se os itens do activo fixo tanglivel forem expres-
givel;
sos por guantias revalorizadas, deve ser divulgado o
Seguinte: d) A forma como o activo intangivel gerarê provaêveis
beneficios econémicos futuros. Entre outras coisas,
a) A data de eficêcia da revalorizacao;
a entidade pode demonstrar a existência de um
b) Os métodos e pressupostos aplicados nessa reva- mercada para a produtëo do activo intangivel ou
lorizacao. para o préprio activo intangivel ou, se for para ser
usado internamente, a utilidade do activo intangivel;
8. Activos intangiveis
e) A disponibilidade de adeguados recursos técnicos,
8.1 — Os critérios estabelecidos no capitulo relativo a financeiros e outros para concluir o desenvolvi-
activos fixos tangiveis, aplicam-se aos activos intangi- mento e usar ou vender o activo intangivel;
veis, incluindo os de car&cter ambiental, sem prejuizo do f) A sua capacidade para mensurar fiavelmente o dis-
a seguir deserito.
pêndio atribuivel ao activo intangivel durante a sua
fase de desenvolvimento.
Reconhecimento
8.2 - Um activo intangivel deve ser reconhecido se, e Dispêndios de carêcter ambiental
apenas se, for identificêvel, e cumprir as condicées de
8.8 — Os dispêndios de caracter ambiental incorridos
reconhecimento definidas no capitulo 3 acima.
para evitar ou reduzir danos futuros, ou para preservar
8.3 —- Um activo satisfaz o critério da identificabilidade recursos, apenas podem ser agualificados para reconhe-
na definicao de um activo intangivel auando: Cimento com activos, se se destinarem a servir de
a) For separêvel, ie. capaz de ser separado ou divi- maneira durdvel a actividade da entidade e se, alêém
disso, estiver satisfeita uma das seguintes condicêes:
dido da entidade e vendido, transferido, licenciado,
alugado ou trocado, seja individualmente ou em a) Os gastos relacionarem-se com benelicios economi-
CoNjUNtO COM UM CONtrato, aclivo ou passivo rela- COS gue se espera venham a fluir para a entidade e
cionado; ou due permitam prolongar a vida, aumentar a capaci-
dade ou melhorar a seguranca ou eficiëncia de
D) Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos
outros activos detidos pela entidade (para alêm do
legais, guer esses direitos sejam transferiveis duer
seu nivel de eficiëncia determinado originalmente); ou
sejam separdveis da entidade ou de outros direitos
e obrigacêes. b) Os gastos permitirem reduzir ou evitar uma conta-
minac&o ambiental susceptivel de ocorrer em resul-
Mensuracëo inicial tado das futuras actividades da entidade.

8.4 — Um aclivo intangivel deve ser mensurado inicial- 8.9 - Podem existir direitos ou outros elementos de natu-
mente pelo seu custo, o agual deve ser determinado reza semelhante adauiridos por motivos associados ao
COME preconizado para os activos tangiveis. impacto das actividades da entidade sobre o ambiente
(por exemplo, patentes, licencas, autorizacëo de poluic&o
Activos intangiveis gerados internamente — seleccao de e direitos de emissêo). Se tverem sido adauiridos a titulo
politica contabilistica Oneroso, e, além disso, satisfizerem os critërios neressa-
rios ao seu reconhecimento como active, tal como estabe-
8.5 — A criac&o de um activo intangivel gerado interna-
lecido no parégrafo 8.8., devem ser Capitalizados e amor-
mente, aue nao seja goodwill, envolve uma fase de pes- tizados sistematicamente ao longo das suas vidas
duisa e uma fase de deservolvimento. econBMIcas Uieis esperadas. Caso nao satisfacam esses
8.6 — Nao deve ser reconhecido nenhum activo intangi- Critérios, devem ser imputados a resultados.
vel proveniente de pesauisa, ou da fase de pesauisa de
um projecto interno, sendo os correspondentes dispêndios Reconhecimento como um gasto
reconhecidos como um gasto guando forem incorridos. 8.10 — Os dispêndios com itens intangiveis, incluindo as
8.7 - Um activo intangivel proveniente de desenvolvi- dispêndios de car&cter ambiental, devem ser reconhecidos
mento (ou da fase de desenvolvimento de um projecto Como gastos auando incorridos, a menos due facam parle
interno) deve ser reconhecidos e, e apenas se, uma enti- do custo de um activo intangivel gue satisfaca os critêrios
dade puder demonstrar tudo o gue se segue: de reconhecimento referidos nos parêgrafos anteriores.
a) A viabilidade técnica de concluir o activo intangivel 8.11 - Os dispêndios de car&cter ambiental relaciona-
afim de gue esteja disponivel para uso ou venda; dos com danos due ocorreram num exercicio anteriar

304
SNC EXPLICADO BR Narma Cantabilistica e de Relata Financeira para Panuanas Entidades

nao podem aualificar-se como ajustamentos de exerci- vida util do activo intangivel deve incluir o(s) periodo(s) de
Cios anteriores mas devem pelo contrêrio ser registados renovacao apenas se existir evidência gue suporte a reno-
COmOo gastos no exercicio corrente. vac4o pela entidade sem um custo significativo.

8.12 —- Uma entidade reconhecer& como gasto os


seguintes itens, os auais nunca deverdo ser reconheei- Activos intangiveis com vidas dteis finitas
dos como activo:
Periodo de amortizagao e método de amortizacao
a) As marcas, cabecalhos, titulos de publicacëes, lis-
tas de clientes e itens substancialmente semelhan- B.18 — A aguantia depreciëvel de um activo intangivel
Com uma vida util finita deve ser imputada numa base
tes gerados intermamente;
sistematica durante a sua vida util, tal como o previsto
D) Dispêndio com actividades de arranaue, a nê0 ser
para os activos fikos tanglveis. A amortizacêo deve ces-
due E€ste dispêndio esteja incluido no custo de um sar na data em aue o activo for desreconhecido.
item de activo fixo tangivel de acordo com o capli-
tulo 7 - Activos Fixos Tangiveis. Os custos de arran- Valor residual
due podem consistir em custos de estabelecimento
tais como os custos legais ou de secretariado incor- 8.19 — O valor residual de um activo intanglivel com
ridos no estabelecimento de uma entidade legal, uma vida util finita deve ser assumido como sendo zero
dispêndios para abrir novas instalac6es ou neg6cio a menos aue:
ou dispêndios para iniciar novas unidades opera- a) Haja um compromisso de um terceiro de comprar o
cionais ou lancar novos produtos ou processos; activo no final da sua vida ti; ou
c) Dispêndios com actividades de formacao; b) Haja um mercado activo para o activo intangivel e:
d) Dispêndios com actividades de publicidade e pro- i) O valor residual possa ser determinado com
mocionais; referência a esse mercado; e
ii) Seja provêvel gue tal mercado exista no final da
e) Dispêndios com a mudanca de local ou reorganiza-
sua vida oil.
Cêo de uma entidade no seu todo ou em parte.

8.13 - O dispêndio com um item intangivel aue tenha Activos intangiveis com vidas uteis indefinidas
sido inicialmente reconhecido como um gasto nao deve 8.20 - Um activo intangivel com uma vida util indefi-
ser reconhecido como parte do custo de um activo nida nêo deve ser amortizado.
intangivel em data posterior,
Revisao da avaliacêo da vida Gtil
Mensuracao apês reconhecimento
8.21 — A vida util de um activo intangivel gue nao
8.14 - Ap6s o reconhecimento inicial, um activo intan- esteja a ser amortizado deve ser revista a cada periodo
givel deve ser contabilizado pelo modela do custo tal para determinar se os acontecimentos e Circunstências
Como definido no parégralo 7.9. Continuam a apoiar uma avaliagëo de vida util indefinida
8.15 - Nêo é permitida a adopcao do modelo de reva- para esse activo. Se nêo apoiarem, a alteracêao na ava-
lorizacao para activos intangiveis. liacêo de vida util de indefinida para finita deve ser con-
tabilizada como alteracao numa estimativa contabilistica
Vida atil de acordo com o capitulo 6.

8-16 - Uma entidade deve avaliar se a vida uil de um Recuperabilidade da guantia escriturada — perdas por
activo intangivel é finita ou indefinida e, se for finita, a imparidade
duracê&o de, ou o numero de producëo ou de unidades
similares constituintes, dessa vida util. Um activo intangli- 8.22 — Para determinar se um aclivo intangivel esta com
vel tem uma vida util indefinida guando, com base numa imparidade, uma entidade deverê aplicar a NCRF 12 —
andlise de todos os factores relevantes;, nao houver limite Imparidade de Activos.
previsivel para o periodo durante o gual se espera due o
activo gere influxos de caixa liguidos para a entidade. Retiradas e alienacées
8.23 - Um activo intangivel deve ser desreconhecido
8.17 — A vida util de um activo intangivel aue resulte de
no momento da alienacao ou aguando nao se esperam
direitos Contratuais ou de outras direitos legais nêo deve
futuros beneficios econémicos do seu uso ou alienacêo.
exceder o periodo dos direitos contratuais ou de outros
direitos legais, mas pode ser mais curta dependendo do
Divulgacoes
periodo durante o aual a entidade espera usar o activo. Se
os direitos contratuais ou outros direitos legais forem trans- 8.24 - Uma entidade deve divulgar o seguinte para
mitidos por um prazo limitado aue possa ser renovado, a cada classe de activos intangiveis, distinguindo entre os

SNCE-20
SNC EXPLICADDO
6 Norma Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas Entidades

c) Ouantia dos dispêndios de carêcter ambiental capi-


activos intangiveis gerados internamente e outros acti-
vos intangiveis:
talizados” durante o periodo de referência na
medida em ague possa ser estimada com fiabili-
a) Se as vidas uteis sêo indefinidas ou finitas e, se
dade;
forem finitas, as vidas Giteis ou as taxas de amortiza-
d) Ouantia dos dispêndios de cardcter ambiental
Co usadas;
imputados a resultados e base em due tais duan-
b) Os métodos de amortizaGêo usados para activos
tias foram calculadas;
intangiveis com vidas uteis finitas:
e) Caso sejam significativos, os dispêndios incorridos
c) A aguantia bruta escriturada e aualguer amortizagêo
com multas e outras penalidades pelo nêo €umpri-
acumulada (agregada com as perdas por impari-
mento dos regulamentos ambientais e indemniza-
dade acumuladas) no comeco e fim do periodo;
cOes pagas a terceiros, por exemplo em resultado
d) Uma reconciliacëo da aguantia escriturada no inicio de perdas ou danos causados por uma poluicëo
e no fim do periodo aue mostre as adicêes, as alie- ambiental passada.
nacoes, as amortizac6es, as perdas de imparidade
e $uas reversies e outras alteracëes. 9. Locacoes
8.25 — Uma entidade deve lambêm divulgar: 9.1 - Uma locacëo é classificada como locagëêo finan-
a) Para um activo intangivel avaliado como tendo uma ceira se ela transferir substancialmente todos os riscos e
vida Util indefinida, a auantia escritlurada desse vantagens inerentes & propriedade. Uma locacao é clas-
activo e as raz6es gue apoiam a avaliacêo de uma sificada como locac&o operacional se ela nao transferir
vida util indefinida. Ao apresentar estas razêes, a substancialmente todos os riscos & vantagens inerentes
entidade deve descrever o(s) factor(es) aue desem- & propriedade.
penhou(aram) um papel significativo na determina-
cao0 de gue o activo tem uma vida uil indefinida; Classificacao de locac6es
b) Uma descricëo, a aguantia eseriturada e o periodo 9.2 — A classificac&o de uma locacao como financeira
de amortizacéo restante de gualauer activo intangi- ou operacional depende da substência da transaccéo e
vel individual aue seja materialmente relevante para nao da forma do contrato. Exemplos de situac6es due
as demonstrac6es financeiras da entidade; podem normalmente conduzir a gue uma locacao seja
Cc) Para os activos intangiveis adauiridos por meio de classificada como uma locacëêo financeira sêo:
um subsidio do Governo e inicialmente reconheci- a) A locacao transtere a propriedade do activo para o
dos pelo justo valor, a guantia inicialmente reconhe- locatêrio no fim do prazo da locacao;
cida ea sua guantia escriturada actualmente; b) O locatério tem a opcêo de comprar o activo por um
d) A existência e as guantias escrituradas de activos preco gue se espera gue seja suficientemente mais
intangiveis ouja titularidade esteja restringida e as baixo do gue o justo valor & data em due a OpGéo se
guantias escrituradas de activos intangiveis dados torne exerclvel tal gue, no inicio da locacao, seja
Como garantia de passivos; razoavelmente certo gue a opcaêo serê exercida;
e) A auantia de compromissos contratuais para aauisi- Cc) O prazo da locazao abrange a maior parte da vida
Cao de activos intangiveis. econémica do activo mesmo due o titulo de proprie-
8.26 — Uma entidade deve divulgar a guantia agregada dade nao seja transferido;
do dispêndio de pesauisa e desenvolvimento reconhe- d) No inicio da locacao o valor presente dos paga-
cido como um gasto durante o periodo, mentos minimos da locacëo ascende a pelo menos,
substancialmente, todo o justo valor do activo
8.27 — Relativamente aos activos intangiveis de carêc-
locado; e,
ter ambiental, uma entidade deve divulgar:
e) Os activos locados sêo de uma tal natureza espe-
a) Descricêo dos critérios de mensuragêo adoptados,
cializada aue apenas o locat4rio os pode usar sem
bem Como dos métodos utilizados no calculo dos
gue sejam feitas grandes modificac6es.
ajustamentos de valor, no ague respeita a matêrias
ambientais; 9.3 — Os indicadores de situacëées gue individualmente
D) Os incentivos puiblicos relacionados com a protec- ou em combinacêo podem também conduzir a aue uma
cac ambiental, recebidos ou atribuidos & entidade. locac&o seja classificada como financeira sa0:
Especificacêo das condicêes associadas & conces- a) Se o locatêrio puder cancelar a locacao, as perdas
sêo de cada incentivo ou uma sintese das condi- do locador associadas ao cancelamento sêo supo!-
COes, Caso sejam semelhantes: tadas pelo locatdrio;

“A palavra sublinhada fof corrigida pelo editar por incoerêneia da original.

306
SNC EXPLICADO 8 Norma Caontabilistica e de Relata Finanrelro para Penuenas Entidades

D) Os ganhos ou as perdas da flutuagêo no justo valor Divulgacoes


do residual caem no locatêrio (por exemplo sob a
9.9 — Para locacëes financeiras, os locatêrios devem
forma de um abatimento na renda aue iguale a
divulgar para cada categoria de activo, a guantia escri-
maior parte dos proventos das vendas no fim da
turada liguida & data do balanco.
locacao)e
Cc) O locatêrio tem a capacidade de continuar a loca- 9.10 — Para locacëes financeiras e operacionais, os loca-
Cao por um segundo periodo com uma renda aue têrios devem divulgar uma descricëo geral dos acordos de
seja substancialmente inferior a renda do mer- locac&o significativos incluindo, pelo menos, o seguinte:
Cado. j) A base pela aual é determinada a renda contin-
gente a pagar;
9.4 — Os exemplos e indicadores enunciados nos parê- i) A existência e clêusulas de renovacëo ou de opcies
grafos 9.2 e 9.3 nem sempre sao conclusivos. Se for de compra e clausulas de escalonamento; e
claro com base noutras caracteristicas gue a locacéo ii) Restricées impostas por acordos de locacëo, tais
nao transiere substancialmente todos os riscos e vanta- COMo as ague respeitam a dividendos, divida adicio-
gens inerentes a posse, a locacëo & classificada como nal, e posterior locacëo.
locagëo operacional.

Locacdes nas demonstracies financeiras de locadores


Locacies nas demonstrac6es financeiras de locatêrios
LocaG6es operacionais
Locacëes financeiras
Reconhecimento
Reconhecimento inicial
9.11 — Os locadores devem apresentar os activos
9.5 — No comeco do prazo de locaGêo, os locatêrios Sujeitos a locagëes operacionais nos Seus balancos de
devem reconhecer as locac6es financeiras como activos acordo com a natureza do activo.
e passivos nos seus balancos por auantias iguais ao
9.12 — O rendimento proveniente de locac6es opera-
justo valor da propriedade locada ou, se inferior, ao valor
cionais deve ser reconhecida numa base linear durante
dos pagamentos minimos da loca€ao, cada um determi-
Oo prazo da locagëo, salvo se outra base sistematica for
nado no inicio da locacëo. Ouaisauer custos directos ini-
mais representativa do modelo temporal em gue o bene-
ciais do locatêrio, tais como de negociac&o e de garan-
ficio do uso do activo locado seja diminuido por incen-
tia, sao adicionados a guantia reconhecida como activo.
tivo concedido pelo locador.
Mensuracio subseguente 9.13 — Os eustos, incluindo a depreciacëo, incorridos
para se obter o rendimento de locacëo sêao reconheci-
9.6 —- Os pagamentos minimos da locacëo devem ser
dos como um gasto.
repartidos entre o encargo financeiro e a reducë&o do
passivo pendente. O encargo financeiro deve ser impu- 9.14 — Os custos directos iniciais incorridos pelos loca-
tadoa cada periodo durante o prazo da locaca0. As ren- dores ao negociar e aceitar uma locacao operacional
das contingentes devem ser debitadas como gastos nos devem Ser adicionados & auantia escriturada do activo
periodos em due foram incorridas. locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo
da locacëo na mesma base do rendimento da locacao.
9.7 - Uma loca€ao financeira dé origem a um gasto de
9.15 — A politica de depreciacëo para activos locados
depreciacêo relativo ao activo deprecidvel assim como a
depreciaveis deve ser consistente com a politica de
um gasto financeiro em cada periodo contabilistico. A
depreciaca&o normal do locador para activos semelhan-
politica de depreciagao para os activos locados depre-
tes, e a depreciacao deve ser calculada de acordo com
CiAveis deve ser consistente com a dos activos depre-
as disposic6es referentes a activos intangiveis e a acti-
ciëveis aue sejam possuidos e a depreciacêo reconhe-
vos fixos tangiveis.
cida deve ser calculada nas bases estabelecidas nos
capitulos 7 e 8. Se nao houver certeza razoëvel de gue o 9.16 - Para determinar se um activo locado ficou em
locatêrio obtenha a propriedade no fim do prazo da imparidade, uma entidade aplica a NCRF 12 - Impari-
locacao, o activo deve ser totalmente depreciadao dade de Aclivos.
durante o prazo da locacaAo ou da sua vida util, o due for 9.17 - Um locador fabricante ou negociante nêo reco-
mais curto. nhece gualguer lucro de venda ao celebrar uma locacao
operacional porgue esta nêo é eauivalente a uma venda.
Locagoes operacionais
Divulgacdes
9.8 - Os pagamentos de uma locacë&o operacional
devem ser reconhecidos como um gasto numa base 9.18 - Os locadores devem fazer as seguintes divulga-
linear durante o prazo da locacêo. c6es para as locac6es operacionais:

307
Peaguenas Entidades ENG EXPLICADO
B Norma Contabilistica e de Relata Financeira para

sob
a) Os futuros pagamentos minimos da locacao
10.6 — Na medida em aue os fundos sejam pedidos de
locac6es opera ciona is N40 cance lévei s no agre- uma forma geral e usados com o fim de obter um activo
gado e para cada um dos periodos seguintes; aue se aualifica, a guantia de custos de empréstimos
j) Nao mais de um ano; obtidos elegiveis para capitalizacao deve ser determi-
i) Mais de um ano e nao mais de cinco anos; nada pela aplicacao de uma taxa de capitalizacêo aos
iii) Mais de cinco anos; dispêndios respeitantes a esse aclivo. A taxa de capitali-
ZaC&o deve ser a mêdia ponderada dos custos de
b) O total das rendas contingentes reconhecidas
empréstimos obtidos aplicêvel acos empréstimos contral-
como rendimento durante o periodo;
dos pela entidade gue estejam em circulac&o no periodo,
c) Uma descricao global dos acordos de locacao do
aue n&o sejam empréstimos contraidos especificamente
locadoar.
com o fim de obter um activo ague se aualifica. A guantia
dos custos de empréstimas obtidos capitalizados durante
10. Custos de empréstimos obtidos
um periodo nêo deve exceder a aguantia dos custos de
10.1 — Os custos de empréstimos obtidos incluem; empréstimos obtidos incorridos durante o periodo.
a) Juros de descobertos bancaêrios e de empréstimos
obtidos a curto e longo prazo; Excesso da guantia escriturada do activo gue se guali-
b) Amorlizacao de custos acessêrios incorridos em fica sobre a guantia recuperavel
ligacao com a obtenc&o de emprêstimos; 10.7 — Ouando a guantia escriturada ou o custo final
c) Encargos financeiros com respeito a locaco6es finan- esperado do activo gue se agualifica exceda a sua auan-
Ceiras reconhecidas de acordo com o capltulo 9 — tia recuperavel ou o seu valor realizêvel liguido, a guan-
Locacg6esie tia eseriturada é reduzida ou anulada de acordo com as
d) Diferencas de cAmbio provenientes de emprésti- exigéências de outros capitulos da presente Norma. Em
mos obtidos em moeda estrangeira até ao ponto certas circunstências, a guantia da reduGëo ou do abale
em ague sejam vistos como um ajustamento do é revertida de acordo com esses outros capitulos.
Custo dos juros.
Inicio da capitalizacdo
Reconhecimento
10.8 —A capitalizac&o dos custos de empréstimos obti-
10.2 - Os custos de empréstimos obtidos devem ser dos como parte do custo de um activo due se aualifica
reconhecidos como um gasto no periodo em aue sejam deve comecar auando:
incorridos, excepto nas casos em due sejam capitaliza- a) Os dispêndios com o activo estejam a ser incorridos;
dos de acordo com o par&grafo 10.3.
D) Os custos de empréstimos obtidos estejam a ser
10.3 - Os custos de empréstimos obtidos due sejam incorridosie
directamente atribuiveis & aauisic&o, construcëo ou pro- G) As actividades ague sejam necessêrias para prepa-
ducao de um activo due se gualifica podem ser capitali- rar o activo para o seu uso pretendido ou venda
zZados como parte do custo desse activo, auando seja estejam em cCurso.
provêvel gue deles resultar&o beneficios @conémicos
futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavel- 10.9 — A auantia escriturada média do activo durante
mente mensurados. um periodo, incluindo os custos de empréstimos obtidos
previamente capitalizados é normalmente uma aproxi-
10.4 — Considera-se due um activo se aualifica guarnido
macao razo4vel dos dispêndios aos guais a taxa de
leva necessariamente um periodo substancial de tempo
Capitalizacêo é aplicada nesse periodo.
para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para
venda. Suspensao da capitalizaca0
Custos de empréstimos obtidos elegiveis para capitalizagao 10.10 - A capitalizagêo dos custos dos empréstimos
obtidos deve ser suspensa durante os periodos exten-
10.5 - Até ao ponte em due sejam pedidos fundos
SOS em aue o desenvolvimento das actividades a aue se
emprestados especificamente com o fim de obter um
refere o par&grafo 10.8 (c) seja interrompido.
activo due se agualifica, a guantia dos custos de emprés-
timos obtidos elegiveis* para capitalizacêo nesse activo
Cessacao da capitalizacao
deve ser determinada como os custos reais dos emprés-
timos obtidos incorridos nesse empréstimo durante o 10.11 - A capitalizacao dos custos dos empréstimos
periodo menos aualguer rendimento de investimento obtidos deve cessar guando substancialmente todas as
temporêrio desses empréstimos. actividades necessêrias para preparar o activo elegivel

”A palavra sublinhada fei Corrigida pelo editor por incoerência do original.

308
SNEC EXPLICADO O Norma Contabilistica ea de Relata Financeiro para Peguenas Entidades

para o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam de producêo, tais como mêo-de-obra directa. Também
concluidas. incluem uma imputacëo sistematica de gastos gerais de
producao fixos e variëveis gue sejam incorridos ao con-
10.12 - Ouando a construcao de um activo gue se
verter maltérias em bens acabados. Os gastos gerais de
gualifica for concluida por partes e cada parle estiver
producao fixos Sao os custos indirectos de producao
em condic6es de ser usada enauanto a construcëo con-
ague permanecam relativamente constantes independen-
tinua noutras partes, a capitalizacao dos custos de
temente do volume de producao, tais como a deprecia-
empréstimos obtidos deve cessar guando todas as acti-
CA0 e manutencao de ediffcios e de eguipamento de
vidades necessêrias para preparar essa parle para o
f&bricas e os custos de gestê&o e administracëo da
seu pretendido uso ou venda estejam concluidas.
f&brica. Os gastos gerais de producao variëveis Sêo os
Custos indirectos de producao gue variam directamente,
Divulgacêes
ou guase directamente, com o volume de produêo tais
10.13 —- As demonstracëes financeiras devem divulgar: Como materiais indirectos.
a) A politica contabilistica adoptada nos custos dos
emprêstimos obtidos; Imputagao dos gastos gerais de producëo fixos
b) A auantia de custos de empréstimos obtidos capl- 11.6 —- A imputacëo de gastos gerais de producao fixos
talizada durante o periodo; e aos custos de conversêo é baseada na capacidade nor-
c) A taxa de capitalizacao usada para determinar a mal das instalacêes de produGao. A capacidade normal
aguantia do custo dos empréstimos obtidos elegiveis é a producëo aue se espera gue seja atingida em média
para capitalizacao. durante uma auantidade de periodos ou de temporadas
em circunstências normais, tomando em conta a perda
11. Inventarios de capacidade resultante da manutencêo planeada. O
nivel real de producëo pode ser usado se se aproximar
Mensuragao de inventdrios da capacidade normal. A auantia de gastos gerais de
producao fixos imputada a cada unidade de produc&o
11.1 — Os inventérios devem ser mensurados pela
nio é aumentada como conseaguëncia de baixa produ-
Custo ou valor realizêvel liguido, dos dois o mais baixo.
Cê&o ou de instalag6es ociosas. Os gastos gerais nêo0
imputados sê0o reconhecidos como um gasto no periodo
Custo dos inventarios
em gue sejam incorridos. Em periodos de producao
11.2 — O custo dos inventêrios deve incluir todos os anormalmente alta, a guantia de gastos gerais de produ-
Custos de compra, custos de conversêo e outros custos Cêëo fixos imputados a cada unidade de producao ê
incorridos para colocar os inventêrios no seu local e na diminuida a fim de aue os inventarios nêo sejam mensu-
sua condic&o actuais. rados acima do custo. Os gastos gerais de producëo
variëveis sêéo imputados a cada unidade de produc&o na
Custos de compra base do uso real das instalac6es de producëo.

11.4 - Os custos de compra de inventarios incluem o


Produtos conjuntos e subprodutos
preco de compra, direitos de importacëo e outros impostos
(gue nêo sejam os subseaguentemente recuperêveis das 11.7 - Um processo de producëo pode resultar na pro-
entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte, ducëo simultênea de mais de um produto. Este é o caso,
manuseamento e outros custos directamente atribuiveis & por exemplo, guando sejam produzidos produtos con-
aauisicéo de bens acabados, materiais e de services. Des- juntamente ou guando haja um produto principal e um
Contos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes subproduto. Ouando os custos de conversao de cada
deduzem-se na determinacao dos custos de compra. produto nao sejam separadamente identificêveis, eles
saD imputados entre os produtos por um critério racional
11.4 - Uma entidade pode comprar inventêrios com e consistente. A imputacëo pode ser baseada, por
condicëes de liguidacêo diferida. Ouando o acordo con-
exemplo, no valor relativo das vendas de cada produto,
tenha efectivamente um elemento de financiamento, seja na fase do processo de producêo guando os pfo-
esse elemento, por exemplo uma diferenca entre o dutos se toram separadamente identificêvelis, seja no
preco de compra para condicêes de crédito normais e a acabamento da producëo. A maior parte dos subprodu-
guantia paga, é reconhecido como gasto de juros tos, pela sua natureza, sêo imateriais. Ouando seja este
durante o periodo do financiamento. 0 oaso, eles sêo muitas vezes mensurados pelo valor
realizêvel liauido e este valor é deduzido do custo do
Gustos de conversao produto principal. Como conseaguência, a guantia eseri-
11.5 — Os custos de conversêo de inventérios incluem turada do produto principal nêo é materialmente dife-
OS custos directamente relacionados com as unidades rente do seu custo.

309
A Norma Contabilistica e de Relalo Finantceiro para Penguonas Entidades SNC EXPLICADO

a) Os futuros pagamentos minimos da locacao SobD 10.6 —- Na medida em due os fundos sejam pedidos de
locacêes operacionais nao cancelaveis no agre- uma forma geral e usados com o fim de obter um activo
gado e para cada um dos periodos seguintes; gue se gualifica, a guantia de custos de empréstimos
i) Nao meais de um ano; Obtidos elegiveis para capitalizacéo deve ser determi-
i) Mais de um ano e nao mais de cinco anos; nada pela aplicacëo de uma taxa de capilalizacêo aos
iii) Mais de cinco anos; dispêndios respeitantes a esse activo. A taxa de capitali-
ZacG&o deve ser a méêdia ponderada dos custos de
b) O total das rendas contingentes reconhecidas
empréstimos obtidos aplicavel aos empréstimos contrai-
como rendimento durante o periodo;
dos pela entidade aue estejam em circulac&o no periode,
c) Uma desericao global dos acordos de locagao do
aue nêo sejam empréstimos contraidos especificamente
locador.
com o Him de obter um activo gue se aualifica. A auantia
dos custos de empréstimos obtidos capitalizados durante
10. Custos de empréstimos obtidos
um periodo nêo deve exceder a aguantia dos custos de
10.1 — Os custos de empréstimos obtidos incluem: empréstimos obtidos incorridos durante o periodo.
a) Juros de descobertos bancêrios e de empréstimos
obtidos a curto e longe prazo; Fxcesso da guantia escriturada do activo gue se guali-
b) Amortizagao de custos acessbrios incorridos em fica sobre a guantia recuperavel
ligacao com a obtensao de empréstimos; 10.7 — Ouando a aguantia escriturada ou o custo final
Cc) Encargos financeiros com respeito a locacoes finan- esperado do activo gue se aualifica exceda a sua guar-
ceiras reconhecidas de acordo com o capitulo 9 — ta recuperêvel ou o seu valor realizével liguido, a guan-
Locacoes;e ta escriturada é reduzida ou anulada de acordo com as
d) Diferencas de cêmbio provenientes de emprêsti- exigéncias de outros capitulos da presente Norma. Em
mos obtidos em moeda estrangeira até ao ponto Certas citcunstências, a guantia da reducëo ou do abale
em ague sejam vistos como um ajustamento do é revertida de acordo com esses outros capitulos.
CUSto dos juros.
Inicio da capitaliZagdo
Reconhecimento 10.8 —A capitalizacêo dos custos de empréstimos obli-
10.2 — Os custos de empréstimos obtidos devem ser dos como parte do custo de um aclivo gue se gualifica
reconhecidos como um gasto no perlodo em due sejam deve comecar guando:
incorridos, excepto nos casos em gue sejam capitaliza- a) Os dispêndios com o activo estejam a ser incorridos;
dos de acordo com o parêgrafo 10.3.
b) Os custos de empréstimos obtidos estejam a ser
10.3 - Os custos de empréstimos obtidos gue sejam incorridos;e
directarmente atribuiveis & aauisicao, €onstrucêo ou pro- Cc) As actividades due sejam necessêrias para prepa-
duc&o de um activo gue se gualifica podem ser capitali- rar o activo para o seu uso pretendido ou venda
Zados como parte do custo desse activo, aguando seja estejam em Curso.
provavel aus deles resultardo beneficios econ6micos
futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavel- 10.9 — A auantia escriturada média do activo durante
mente mensurados. um perlodo, incluindo os custos de emprêéstimos obtidos
previamente capitalizados é normalmente uma aproxi-
10.4 — Considera-se gue um activo se aualifica guando macëo razoëvel dos dispêndios aos guais a taxa de
leva necessariamente um periodo substancial de tempo
capitalizacëo é aplicada nesse periodo.
para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para
venda.
Suspensao da capitalizaca0
Gustos de emprêéstimos obtidos elegiveis para capitalizacao 10.10 - A capitalizacêo dos custos dos empréstimos
Obtidos deve ser suspensa durante os periodos exlen-
10.3 —- Até ao ponte em ague sejam pedidos fundos
sos em aue o desenvolvimento das aclividades a gue se
emprestados especificamente com o fim de obter um
refere o pardgrafo 10.8 (c) seja interrompido.
activo gue se aualifica, a guantia dos custos de emprés-
timos obtidos elegiveis" para capitalizag&o nesse activo
Cessacao da capitalizacao
deve ser determinada como os custos reais dos emprês-
timos obtidos incorridos nesse emprêéstimo durante o 10.11 — A capitalizacêo dos custos dos empréstimos
periodo menos aualguer rendimento de investimento Obtidos deve cessar guando substancialmente todas as
temporario desses empréstimos. actividades necessarias para preparar o activo elegivel

“A palavra sublinnada foi eorrigide'pelo editor por incoerência do original.

aa8
SNC EXPLICADO B Norma Contabilistica e de Rielat 0 para Pen Entidad

para o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam de producëo, tais como mao-de-obra directa. Tambêm
concluidas. incluem uma imputaGëo sistematica de gastos gerais de
producêo fixos e variaveis gus sejam incorridos ao con-
10.12 - Ouando a construcao de um activo gue se
verter matérias em bens acabados. Os gastos gerais de
aualifica for concluida por partes & cada parle estiver
producëêo fixos sêo os custas indirectos de producao
em condic6es de ser usada enaguanto a construcao con-
aue permanecam relativamente constantes independen-
tinua noutras partes, a capitalizacao dos custos de
temente do volume de producëo, tais como a deprecia-
empréstimos obtidos deve cessar auando todas as acti-
CAO & manutencao de edificios e de eguipamento de
vidades necessérias para preparar essa parte para o
fdbricas e os custos de gestao e administracêo da
seu pretendido uso ou venda estejam concluidas.
fdbrica. Os gastos gerais de produc&o variëvels sêa0 os
Custos indirectos de producao due variam directamente,
Divulgacoes
ou auase directamente, com o volume de producan tais
10.13 — As demonstracêes financeiras devem divulgar: Como materiais indirectos.
a) A politica contabilistica adoptada nos custos dos
emprestimos obtidos; Imputacao dos gastos gerais de produc&o fixos
D) A guantia de custos de empréstimos obtidos capi- 11.6 — A imputacëo de gastos gerais de producëo fixos
talizada durante o periodo;e aos custos de conversêo é baseada na cCapacidade nor-
c) A taxa de capitalizacao usada para determinar a mal das instalacëes de producëo. A capacidade normal
guantia do custo dos empréstimos obtidos elegiveis é a producao gue se espera gue seja atingida em média
para capitalizacao. durante uma auantidade de periodos ou de temporadas
em circunstências normais, tomando em conta a perda
11. Inventêrios de capacidade resultante da manutencëo planeada. O
nivel real de producëo pode ser usado se se aproximar
Mensuracao de inventêrios da capacidade normal. A auantia de gastos gerais de
producao fixos impulada a cada unidade de producëo
11.1 - Os inventêrios devem ser mensurados pelo
nao é aumentada como conseguëncia de baixa produ-
Custo ou valor realizêvel liguido, dos dois o mais baixo.
Cêo ou de instalac6es ociosas. Os gastos gerais nao
imputados sê0 reconhecidos como um gasto no periodo
Custo dos inventarios
em aue sejam incorridos. Em periodos de producao
11.2 — O custo dos inventêrios deve incluir todos os anormalmente alfa, a guantia de gastos gerais de produ-
Custos de compra, custos de conversao e outros custos Gaê0 fixos imputados a cada unidade de producëo ê
incorridos para colocar os inventêrios no seu local e na diminuida a fim de aue os inventêrios nêo sejam mensu-
sua condicêo actuais. rados acima do custo. Os gastos gerais de producëo
variëveis sao imputados a cada unidade de producëo na
Custos de compra base do uso real das instalacêes de producëo.

11.3 — Os custos de compra de inventarios incluem o


Produtos conjuntos e subprodutos
preco de compra, direitos de importacao e outros impostos
(aue nao sejam os subseaguentemente recuperdveis das 11,7 - Um processo de producao pode resultar na pro-
entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte, ducao simultênea de mais de um produto. Este é o caso,
manuseamento e outros custos directamente atribuiveis & Dor exemplo, auando sejam produzidos produtos con-
aouisicéo de bens acabados, materiais e de servicos. Des- juntamente ou guando haja um produto principal e um
COontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes Subproduto. Ouando os custos de conversao de cada
deduzem-se na determinacao dos custos de compra. produto nêo sejam separadamente identificaveis, eles
S&0 imputados entre os produtos por um eritério racional
11.4 — Uma entidade pode comprar inventêrios com
e consistente. A imputacao pode ser baseada, por
condicoes de liguidacëo diferida. Ouando o acordo con-
exemplo, no valor relativo das vendas de cada produto,
tenha efectivamente um elemento de financiamento, seja na fase do processo de producao auando os pro-
esse elemento, por exemplo uma diferenca entre o dutos se tormnam separadamente identificêvelis, seja no
preco de compra para condicêes de crédito normais e a acabamento da produc&o. A maior parte dos subprodu-
guantia paga, é reconhecido como gasto de juros tos, pela sua natureza, sêo imateriais. Ouando seja este
durante o periodo do financiamento. o caso, eles sê0 muitas vezes mensurados pelo valor
realizêvel liguido e este valor é deduzido do custo do
Custos de conversao
produto principal. Como conseguência, a auantia eseri-
11.5 — Os custos de conversêo de inventêricos incluem turada do produto principal nêo é materialmente dife-
DS custos directamente relacionados com as unidades rente do seu cCusto.

309
B Norma c ira para P. SNC EXPLICADO

Outros custos a incluir em inventarios mercado, designadamente as disponibilizadas pelo


Sistema de Informacao de Mercados Agricolas.
11.8 — Outros custos somente sêo incluidos nos cus-
tos dos inventêrios até ao ponto em due sejam incorri- Técnicas para a mensuracao do custo
dos para os colocar no seu local e na sua condicêo
actuais. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no 11.13 - As técnicas para a mensuraGëo do custo de
custo dos inventêrios gastos gerais gue nao sejam inventérios, tais como o método do custo padrêo ou o
industrials ou os custos de concepcao de produtos para método de retalho, podem ser usadas por Conveniëncia
Clientes especificos. se os resultados se aproximarem do custo. Os custos
padrêo tomam em considerac&o os niveis normais dos
11.9 — Em circunstências limitadas, os custos de emprés- materials e consumiveis, da mao-de-obra, da eficiëncia
timos obtidos s&o incluidos no custo dos inventêrios. Estas e da utilizacëo da capacidade produtiva. Estes deverm
circunstancias estao identificadas no capitulo 10 — Custos ser regularmente revistos e, se necessêrio, devem sê-lo
de Empréstimos Obtidos. &luz das condic6es correntes.

Custos a excluir dos inventarios 11.14 - O método de retalho é muilas vezes usado no
sector de retalho para mensurar inventêrios de grande
11.10 - Exemplos de custos excluidos do custo dos
aguantidade de itens gue mudam rapidamente, due têm
inventêrios e reconhecidos como gastos do perlodo em
margens semelhantes e para os aguais n4o é praticavel
ague sejam incorridos sêo:
usar outros métodos de custeio. O custo do inventdrio é
a) Guantias anormais de materiais desperdicados, de determinado pela reduc&o do valor de venda do inventê-
mao-de-obra ou de outros custos de producëo; rio na percentagem apropriada da margem bruta. A per-
D) Custos de armazenamento, a menos due esses Centagem usada toma em consideracëo o inventêrio gue
Custos sejam necessêrios ao processo de produ- tenha sido marcado abaixo do seu preco de venda origi-
Cêo antes de uma nova fase de producao; nal. É usada muitas vezes uma percentagem média para
Cc) Gastos gerais administrativos due nêo contribuam cada departamento de retalnio.
para colocar os inventarios no seu local e na sua
CoNdicao actuais; e Férmulas de custeio
d) Custos de vender. 11.15 — O custo dos inventêrios de itens aue nêo sejam
geralmente intermutdêveis e de bens ou servicos produzi-
Custos de inventrios de um prestador de servicos dos e segregados para projectos especificos deve ser
atribuido pelo uso da identificacëo especifica dos seus
11.11 - Desde gue os prestadores de servios tenham
Custos individuais.
inventêrios, estes sêo mensurados pelos custos da res-
pectiva produG&o. Esses custos consistem sobretudo 11.16 - O custo dos inventêrios, due nao sejam os tra-
nos custos de mao-de-obra e outros custos com o pes- tados no par&grafo anterior, deve ser atribuido pelo uso
soal directamente envolvido na prestacdo do servico, da f6rmula “primeira entrada, primeira saida" (FIFO) ou
incluindo pessoal de supervisêo, e os gastos gerais atri- da férmula do custeio médio ponderado. Uma entidade
buiveis. A mao-de-obra e outros custos relacionados deve usar a mesma férmula de custeio para todos os
com as vendas e com o pessoal geral administrativo nêo inventêrios ague tenham uma natureza e um uso seme-
S&o incluidos, mas sê&0 reconhecidos como gastos do Ihantes para a entidade. Para os inventêrios gue tenham
periodo em aue sejam incorridos. O custo dos inventa- outra natureza ou uso, poderêo justificar-se diferentes
rios de um prestador de servicos nêo inclui as margens irmulas de custeio.
de lucro nem os gastos gerais nêo atribuiveis aue muitas
vezes sêo incluidos nos precos cobrados pelos presta- Valor realizavel liguido
dores de servicos.
11.17 —- O custo dos inventêrios pode nêo ser recupe-
ravel se esses inventêrios estiverem danificados, se se
Gusto do produto agricola colhido proveniente de acti-
tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus
vos biolégicos
precos de venda tiverem diminuido. O custo dos inven-
11-12 - Os inventêrios gue compreendam o produto têrios pode também nao ser recuperavel se os custos
agricola gue uma entidade tenha colhido proveniente estimados de acabamento ou os custos estimados a
dos seus activos biol6gicos sao mensurados, no reco- serem incorridos para realizar a venda tiverem aumen-
nhecimento inicial, pelo seu justo valor menos os cus- tado. A prêtica de reduzir o custo dos inventêrios (write
tos estimados no ponto de venda na altura da down) para co valor realizêvel liguido é consistente com o
colheita. Este é o custo dos inventêrios & data para ponto de vista de due os activos n&0o devem ser eseritu-
aplicacêo desta Norma. Considera-se uma aproxima- rados por auantias superiores Aguelas due previsivel-
ao razoëvel do justo valor as cotac6es olficiais de mente resultariam da sua venda ou uso.

310
SNEC EXAPLICADO B Norma Cantabilistica e de Relato Financeira para Peguenas Entidades

11.18 - Os materiais & outros consumiveis detidos para c) A auantia de inventêrios escriturada pelo justo valor
Oo USO na producëo de inventarios n4o serêo reduzidos menos os custos de vender;
abaixo do custo se for previsivel gue os produtos acaba- d) A auantia de inventêrios reconhecida como um
dos em gue eles ser&o incorporados sejam vendidos pelo gasto durante o periodo;
Custo ou acima do custo. Porém, guando uma diminuicëo
e) A duantia de gualauer ajustamento de inventêrios
no preco dos materiais constitua uma indicacao de aus o
reconhecida como um gasto do periodo de acordo
custo dos produtos acabados exceder4 o valor realizêvel
com o pardgrafo 11.20;
Vauido, os materiais sêo reduzidas (written down) para o
valor realizével liauido. Em tais circunstências, o custo de f) A aguantia de gualguer reversêo de ajustamento gue
reposicao dos materiais pode ser a melhor mensuracëo tenha sido reconhecida coma uma redu€ao na
disponivel do seu valor realizêvel liguido. auantia de inventdrios reconhecida como gasto do
periodo de acordo com o parêgrafo 11.20;
11.19 - Em cada periodo subseauente é feita uma nova
g) As circunstências ou acontecimentos aue conduzi-
avaliacao do valor realizêvel liguido. Ouando as circuns-
ram & reversêo de um ajustamento de inventêrios
tancias ague anteriormente resullavam em ajustamento ao
de acordo com o parégrafo 11.20; e
valor dos inventêrios deixarem de existir ou guando hou-
ver uma clara evidência de um aumento no valor realizê- N) A guantia escriturada de inventêrios dados como
vel liguido devido a& alteracëo nas circunstências econ6- penhor de garantia a passivos.
micas, a guantia do ajustamento ê revertida (i.e. a
reversêo é limitada a& aguantia do ajustamento original) de
12. Rédito
modo a gue a nova aguantia escriturada seja o valor mais 12.1 - Este capitulo respeita ao tratamento contabilis-
baixo do custo e do valor realizêvel liguido revisto. Isto tico do rédito proveniente das transaccëes e aconteci-
oEorre, por exemplo, auando um item de inventêrios aue mentos seguintes:
é escriturado pelo valor realizével lauido, porgue o seu a) Venda de bens;
preco de venda desceu, estd ainda detido num periodo
b) Prestacao de servicos;e
posterior e o seu prego de venda aumentou.
Cc) Uso por outros de activos da entidade ague produ-
Reconhecimento como gasto Zam juros, royallies e dividendos.

11.20 - Ouando os inventêrics forem vendidos, a guan- MensuraGao do rédito


tia escriturada desses inventêrios deve ser reconhecida
CoOmMOo um gasto do periode em due o respectivo rédito 12.2 - O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da
seja reconhecido. A aguantia de aualguer ajustamento retribuigëo recebida ou a receber, a agual, em geral, ê
dos inventêrios para o valor realizêvel liduido e todas as determinada por acordo entre a entidade e o comprador
perdas de inventêrios devem ser reconhecidas como um ou utente do activo, tomando em consideracao a auantia
gasto do periodo em aue o ajustamento ou perda de auaisguer descontos comerciais e de duantidade
ocorra. A auantia de gualguer reversêo do ajustamento concedidos pela entidade.
de inventêrios, proveniente de um aumento no valor rea- 12.3 - O rédilo inclui somente os influxos brutos de
lizêvel liauido, deve ser reconhecida como uma reducao beneficios econ6micos recebidos e a receber pela enti-
na auantia de inventêrios reconhecida como um gasto dade de sua prépria conta. As guantias cobradas por
mo periodo em ague a reversêo ocora.
conta de terceiros tais como impostos sobre vendas,
11.21 — Alguns inventêrios podem ser imputados a impostos sobre bens e& servicos & impostos sobre o valor
outras contas do activo, como, por exemplo, inventêrios acrescentado sao excluidos do rédito. Num relaciona-
usados Como um componente de activos fixos tangiveis mento de agëncia, o rédito é a aguantia de comissêo0. AS
de construcao prépria. Os inventêrios imputados desta auantias cobradas por conta do mandante nêo sêo rédito.
forma a um outro activo, sao reconhecidos como um
gasto durante a vida util desse activo. Venda de bens
12.4 - O rédito proveniente da venda de bens deve ser
Divulgagoes reconhecido aguando tiverem sido satisfeitas todas as
11.22 - As demonstracêes financeiras devem divulgar: CondicBes seguintes:
a) As politicas contabilisticas adopladas na mensura- a) A entidade tenha transferido para o comprador os
CB&o dos inventérios, incluindo a férmula de custeio riscos e vantagens significativos da propriedade
usada; dos bens;

D) A auantia total escriturada de inventêrios e a guan- b) A entidade nê&o mantenha envolvimento continuado
ta escriturada em classificacêes apropriadas para de gest#o com grau geralmente associado com a
a entidade; posse, nem o controlo efectivo dos bens vendidos;

11
Norma Contabilistica e de Relato Financeiro para Penuenas Entidades SNC EXPLICADG

Cc) A auantia do rédito possa ser fiavelmente mensu- d) Os custos incorridos com a transacoëo e os custos
rada; para concluir a transacoëo possam ser fiavelmenite
mensurados.
d) Seja provavel aue os beneficios econémicos asso-
ciados com a transaccë&ofluam para a entidade; e 12.8 — Ouando os servicos sejam desempenhados por
e) Os custos incorridos ou a serem incorridos referen- um nimero indeterminado de aclos durante um periodo
tes & transaccao possam ser fiavelmente mensura- especifico de tempo, o rédito é reconhecido numa base
dos. de linha recta durante o periodo especifico a menos gue
haja evidência de gue um outro mêétodo represente
12.5 —'A avaliac&o de auando uma entidade transferiu
melhor a fase de acabamento. Ouando um acto especi-
os riscos e vantagens significativos da propriedade para
fico seja muito mais significativo do gue auaisguer
o comprador exige um exame das circunstências da
outros actos, o reconhecimento do rédito é adiado até
transaccao. Na maior parte dos casos, a transferência
aue o acto significativo seja executado.
dos riscos e vantagens da propriedade coincide com a
transferência do documento legal ou da passagem da 12.9 - Ouando o desfecho da transacc4o due envolva
posse para o comprador. Este ê o caso da maioria das a prestacao de servicos nêo possa ser estimado com
vendas a retalho. Noutros casos, a transferência de ris- fiabilidade, o rédito somente deve ser reconhiecido na
cos e& vantagens de propriedade ocorre num momento medida em aue sejam recuperêveis os gastos reconhe-
diferente da transferência do documento legal ou da cidos.
passagem da posse,
12.6 - Se a entidade retiver significativos riscos de pro- Juros, royalties e dividendos
priedade, a transaceëo nao é uma venda e o rédito nao 12.10 - O rédito proveniente do uso por outros de acti-
é reconhecido. Uma entidade pode reter um risco signifi- vos da entidade gue produzam juros, royaltiese dividen-
cativo de propriedade de muitas maneiras. Sê0o exem- dos deve ser reconhecido nas bases estabelecidas no
plos de situacëes em ague a entidade pode reter os ris- paragrafo 12.11, guando:
cos significativos e vantagens de propriedade:
a) Seja provavel aue os beneficios econémicos asso-
a) Ouando a entidade retenha uma obrigaeêo por exe- ciados com a transaccao fluam para a entidade; e
CUCBO naêo satisfatbria, nao coberta por clausulas
D) A guantia do rédito possa ser fiavelmente mensu-
normais de garantia;
rada.
b) Guando o recebimento do rédito de uma dada
venda esteja dependente da obtencao de rédito 12.11 - O rédito deve ser reconhecido nas seguintes
pela venda dos bens pelo comprador; bases:

Cc) Ouando os bens sejam expedidos sujeitos a instala- a) Os juros devem ser reconhecidos utilizando o
C&O e a instalac&o seja uma parte significativa do regime de acréscimo;
Ccontrato aue ainda nêo tenha sido concluido pela D) Os royalties devem ser reconhecidos segurdo o
entidade; e regime de acréscimo de acordo com a substência
d) Ouando o comprador tenha o direito de rescindir a do acordo relevante; e
COMPra por uma raz&o especificada no contrato de Cc) Os dividendos devem ser reconhiecidos guando for
venda e a entidade nao esteja segura acerca da estabelecido o direito do accionista receber 0
probabilidade de devolucêo. pagamento.

Prestagao de servicos Divulgacoes


12.7 - Ouando o desfecho de uma transaccao due 12.12 - Uma entidade deve divulgar:
envolva a prestacao de servicos possa ser fiavelmente a) As politicas contabilisticas adoptadas para o reco-
estimado, o rédito associado com a transaccëêo deve ser nhecimento do rédito incluindo os métodos adopta-
reconhecido com referência & fase de acabamento da dos para determinar a fase de acabamento de tran-
tansaceëo & data do balanco. O desfecho de uma tran- sacc6es due envolvam a prestacêo de servicos;
SacEao pode ser fiavelmente estimado auando todas as
Condic6es seguintes forem satisfeitas:
b) A guantia de cada categoria significativa de rédita
reconhecida durante o periodo incluindo o rédito
a) A auantia de rédito possa ser fiavelmente mensu-
proveniente de:
rada;
j) Venda de bens;
b) Seja provêvel gue os beneficios econémicos asso- ii) Prestacao de servicos;
ciados & transaccao fluam para a entidade;
ii) Juros;
Co) A fase de acabamento da transacc&o & data do iv) Fioyalties: e
balanGo possa ser fiavelmente mensuradai e v) Dividendos.

312
SNC EXPLICADD 3 Norma Gontabilfstica e de Relato Financeirp para Peguenas Entidades

13. Provisêes, passivos contingentes e activos contingentes acontecimento passado dé origem a uma obrigac&o pre-
sente se, tendo em conta toda a evidência disponivel, for
13.1 — Este capitulo respeita ao tratamento contabilis-
mais provavel do gue nao aue tal obrigacëo presente
tico de provisêes, passivos contingentes e activos con-
exista & data do balanco.
tingentes, excepto os due resultam de contratos execu-
térios gue nao sejam onerosos. 13.6 - Um acontecimento passado aue conduza a uma
13.2 —- Neste capitulo o termo scontingentes é usado para obrigacao presente é chamado um acontecimento gue
passiVos e activos due nêo sejam reconhiecidos pordue a Cria obrigacêes. Para um evento ser considerado um
sua existência somente serê confimada pela ocorrênciaou acontecimento aue cria obrigacêes, é necessêrio gue a
NnAao ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos nêo entidade nao tenha nenhuma altermativa realista se nao
totalmente sob o controlo da entidade. lieguidar a obrigacëo por ele criada, o due apenas ocorre:
a) Ouando a liguidac&o da obrigacêo possa ser
18.3 — Consideram-se:
imposta legalmente; ou
a) Provisêes - sêo obrigac6es sempre due se possa
b) No caso de uma obrigagao construtiva, auando 9
efectuar uma estimativa fiëvel, sêo reconhecidas
evento (aue pode ser uma accao da prépria enti-
COME passivos poraus sao obrigacies presentes a
dade) crie expectativas validas em terceiros de dgue
é provavel due um exdluxo de recursos due incorpo-
ela cumprira a obrigacao.
rem beneficios econbmicos ser necessario para
liguidar as obrigacêes;e 13.7 - Para aus um passivo se agualifigue para reconhe-
b) Passivos contingentes - ague nêo sêo reconhecidos Cimento precisa de haver nao somente uma obrigacêo
COMO Passivos poraue: presente mas também a probabilidade de um exfluxo de
j) Sao obrigacoes possiveis, Uma vez due carecem recursos ague incorporem beneficios econ6micos para
de confirmacë&o sobre se a entidade tem ou nêo liguidar essa obrigacê&o. Um exfluxo de recursos ou outro
uma obrigacêo presente aus possa conduzir a acontecimento é considerado como provavel se o acon-
um exflyuxo de recursos gue incorporem benefi- tecimenio for mais provavel do due nao de ocorrer, isto ê,
CIOS @CONÊMICOS; OU se a probabilidade de due o acontecimento ocorrerê for
ii) Sao obrigacêes presentes gue nao satisfazem maior do gue a probabilidade de isso nêo acontecer,
os critêrios de reconhecimento deste capitulo, Ouando nêo for provêvel gue exista uma obrigacëo pre-
Seja pordue nao é provavel ague serê necessêrio sente, uma entidade divulga um passivo contingente, a
um exfluxo de recursos gue incorporem beneli- menos dgue a possibilidade de um exfluxo de recursos
Cios econNAmiIcas para liguidar a obrigacao, seja aue incorporem beneficios econbmIcos seja remola.
poraue nêo pode ser feita uma estimativa sulfi-
13.8 - O uso de estimativas é uma parte essencial da
cientemente fiëvel da guantia da obrigacao;
preparacëo de demonstracëes financeiras e nao preju-
Cc) Activos contingentes - due néo sao reconhecidos dica a sua fiabilidade. lsto é especialmente verdade no
como activos pois sêo posslveis activos provenien- caso de provisêes, due pela sua natureza sêo mais incer-
tes de acontecimentos passados e cuja existência tas do aue a maior parte de outros elementos do
somente serd confimada pela ocormência ou néo balanco. Uma entidade pode, normalmente, fazer uma
ocorrÊncia de um ou mais acontecimentos futuros estimativa da obrigacêo due seja suficientemente fiavel
incertos nao totalmente sab o controlo da entidade.
para usar ao reconhecer uma provisao. Ouando tal nao
seja possivel, existe um passivo gue nan pode ser reco-
Reconhecimento nhecido, sendo divulgado como um passivo contingente.
Provisdes
Passivos contingentes
13.4 — Provis6es, incluindo as de car&cter ambiental,
13.9 - Uma entidade nêo deve reconhecer um passivo
Sê devem ser reconhecidas guando cumulativamente:
ContiNgente,
a) Uma entidade tenha uma obrigagêo presente (legal
Ou construtiva) como resultado de um aconteci- 13.10 —- Um passivo contingente é divulgado, a menos
mento passado; aue seja remola a possibilidade de um exfluxo de recur-
D) Seja provavel gue um exfluxo de recursos gue sos aue incorporem beneficios econdmicos.
incorporem beneficios econbmicos serd necessêrio
para liguidar a obrigacaêo; e Activos contingentes
Cc) Possa ser feita uma estimativa fiavel da guantia da 13.11 — Uma entidade nêo deve reconhecer um activo
Obrigacao. Contingente.

13.8 — Nos raros casos em due nêo seja claro se existe 13.12 — Um activo contingente é divulgado aguando for
Ou nao uma obrigacao presente, presume-se gue um provével um influxo de beneficios econémicos. Porém,

313
B Norma Contabilistica e de Relato Financelra para Peguenas Entidades SNC EXPLICADO

auando a realizac&o de rendimentos esteja virtualmente como um activo separado, nêo devendo a auantia reco-
certa, entêo o activo relacionado nao é um activo contin- nhecida para o reembolso exceder a auantia da provi-
gente eo seu reconhecimento ë apropriado. SAO.
13.22 —- Na demonstracao dos resultados, o gasto rela-
Mensuragio cionado com uma provisêo pode ser apresentado
18.13 — A auantia reconhecida como uma provisêo liguido da aguantia reconhecida do reembolso aue Ihe
deve ser a melhor estimativa do dispêndio exigido para esteja associado.
liouidar a obrigacëo presente & data do balanGo. 18.23 - As provisêes devem ser revistas & data de
13.14 — A melhor estimativa do dispêndio exigido para cada balanco e ajustadas para reflectir a melhor estima-

REENEN
liguidar a obrigacêo presente é a guantia gue uma enti- tva corrente. Se deixar de ser provavel aue serd neces-
dade racionalmente pagaria para liguidar a obrigacao & sêrio um exfluxo de recursos due incorporem beneficios
data do balanco ou para a transferir para uma terceira eCcONGMICos futuros para liguidar a obrigac&o, a provisag
parte nesse momento. Tal auantia pode ser apurada deve ser revertida.
Com recurso ao mêtodo estatistico do valor esperado
138.24 - Ouando seja usado o desconto, a auantia
aguando esteja envolvida uma grande populacao de
escriturada de uma provisêo aumenta em cada perlodo
itens. ou a conseaguência possivel da ocorrência guando
para reflectir a passagem do tempo. Este aumento é
esteja em causa um acontecimento Unico. reconhecido como um gasto financeiro.
18.15 — Os riscos e incertezas gue inevitavelmente
138.25 — Uma provisêo deve ser usada somente para os
rodeiam muitos acontecimentos e circunstências devem
dispêndios relativos aos aguais a provisao foi original-
ser tidos em conta para se chegar & melhor estimativa
mente reconhecida.
de uma provisao.
13.26 - Nêo devem ser reconhecidas provisêes para
13.16 - O risco descreve a variabilidade de desfechos. perdas operacionais futuras, uma vez gue estas nao
Um ajustamento do risco pode aumentar a aguantia pela
satisfazem a definic&o de passivo nem os critérios gerais
dual é mensurado um passivo. Ê necessêria caulela ao
de reconhecimento estabelecidos.
fazer juizos em condic6es de incerteza, a fim de aue os
rendimentos ou activos nao sejam subavaliados e os 13.27 - Se a entidade tiver um contrato due seja one-
gastos ou passivos néo sejam sobreavaliados. Porém, a roso, a obrigagëo presente segundo o contrato deve ser
incerteza nêo justifica a criagëo de provisêes excessivas reconhecida e mensurada como uma provisêo.
ou uma sobreavaliacêo deliberada de passivos, 13.28 - Este capitulo define um contrato oneroso como
18.17 - Ouando o efeito do valor temporal do dinheiro um contrato em aue os custos inevitêveis de satisfazer
for material, a aguantia de uma provisêo deve ser o valor as obrigacées segundo o contrato excedem os beneli-
presente dos dispêndios aue se espera gue sejam Ci0S ECONOMICOS gue se espera venham a ser recebidos
necessêrios para liguidar a obrigagëo. segundo o mesmo. Os custos inevitêveis segundo um
Contrato reflectem o menor do custo liguido de sair do
13.18 - Os acontecimentos futuros gue possam afeclar Contrato, aue é o mais baixo do custo de o cumprir e de
a guantia necessêria para liguidar uma obrigacao aualauer compensac&o ou de penalidades provenientes
devem ser reflectidos na auantia de uma provisêo da falta de o €umprir.
guando houver evidéncia objectiva suficiente de aue
eles ocorrer8o. Provisêes para restauro de locais contaminados e des-
13.19 - O efeito de legislacao a promulgar deve ser mantelamento
tido em consideracao na mensuracëo de uma obrigacao 13.29 —- Os diepêndios relacionados com o restauro de
existente, duando haja evidência objectiva suficiente de locais, remocao dos desperdicios acumulados, paragem
aue tal promulgacëo e subseauente implementacêo sa0 ou remocëo de activos, em gue a entidade seja obri-
virtualmente certas. gada a incorrer, deverao ser reconhecidas de acordo
13.20 — Os ganhos da alienacaAo esperada de activos Com os critêrios estabelecidos em 13.4, na data em aue
nao devem ser tidos em consideracêo ao mensurar uma tiver inicio a actividade da entidade e, consedguente-
Provisao. mente surgir a obrigagao.

13.21 - Guando se esperar aue algum ou todo o dis- Divulgacêes


pêndio necessêrio para liguidar uma provisêo possa ser
reembolsado por uma outra parte, o reembolso deve ser 13.30 — Para cada classe de provisêo, uma entidade
reconhecido aguando, e somente guando, seja virtual- deve divulgar:
mente certo gue o mesmo serê recebido se a entidade a) A guantia escriturada no comeco e no fim do
liguidar a obrigacêo. O reembolso deve ser tratado periodo;

14
SNC EXPLIGADO 8 Norma Contabilistica e de Relato Finanteiro para Penuenas Entidades

b) As provis6es adicionais feitas na periodo, incluindo Subsidios do Governo


aumentos nas provisêes existentes;
14.1 - Os subsidios do Governo, incluindo subsidios
Cc) As guantias usadas (isto é, incorridas e debitadas a& nao monelarios, s6 devem ser reconhecidos apds existir
Drovisêo) durante o periodo: seguranca de due:
d) Ouantias nêo usadas revertidas durante o periodo; a) A entidade cumprirê as condicêes a eles associadasie
e) O aumento durante o periodo na guantia descon- b) Os subsidios serêo recebidos.
tada proveniente da passagem do tempo e o efeito
de agualaguer alterac&o na taxa de desconto; 14.2—-A maneira pela gual um subsidio é recebido nao
afecta o mêtodo contabilistico a ser adoptado com res-
f) A auantia de gualauer reembolso esperado, decla-
peito ao subsidio. Por conseguinte, um subsidio é conta-
rando a guantia de gualguer activo gue tenha sido
bilizado da mesma maneira auer ele seja recebido em
reconhecido para esse reembalso esperado;
dinheiro guer como reducëo de um passivo para com o
g) Informacëes pormenorizadas sobre as provisêes de Governo.
caracter ambiental; e
14.3 - Um empréstimo perdoëvel do Governo
h) Passivos de caracter ambiental, materialmente rele-
(incluindo os subsidios a fundo perdido) é tratado como
vantes, ague estejam incluidos em cada uma das
um subsidio do Governo guando haja seguranca razoa-
rubricas do Balango.
vel de gue a entidade satisfarê as condicêes de perdao
Nao é exigida infiormacao comparativa.
do emprêstimo.
13.31 - Para cada classe de passivo contingente &
14.4 — Uma vez ague o subsidio do Governo seja reco-
data do balanco, uma entidade deve divulgar uma breve
nhecido, aualguer contingéncia relacionada seré tratada
descric&o da natureza do passivo contingente.
de acordo com o capitulo 13 —- Provisêes, Passivos Con-
18.32 - Ouando um influxo de beneficios econémicos tingentes e Activos Contingentes.
for provêvel, uma entidade deve divulgar uma breve
14.5 - Os subsidios do Governo naêo reembolsêveis
descric&o da natureza dos activos contingentes & data
relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis
do balanco.
devem ser inicialmente reconhecidos mos Capitais Pra-
13.33 — A finalidade deste guadro é a de resumir os prios e subseaguentemente imputados numa base siste-
principais reaguisitos de reconhecimento deste capitulo, matica como rendimentos durante os periodos necessê-
para provisêes e passivos contingentes. rios para balancea-los com os gastos relacionados due
se pretende aue eles compensem. Consideram-se sub-
Ouadro anexo ao capitulo 13 — Arvore de decis&o Sidios nêo reembolsêveis guando exista um acordo indi-
vidualizado de concessêo do subsidio a favor da enti-
Comeco dade, se tenham cumprido as condicGes estabelecidas
para a sua concessêo e naa existam duvidas de gue os
Subsidios serêo recebidos.
Obrigacao presente ' 14.6 —- Os subsidios do Governo reembolsêveis sa0
'como conseguBncia de. No it N Nag Contabilizados como Passivos. No caso de estes subsi-
s ) (Obrigacio possivel?
um acontecimento gue dios adauirirem a condic&o de nêo reembolsaveis, deve-
cria obrigagoes rao passar a ter o tratamento referido no ponto 14,5.
Sim
Sim 14.7 - Um subsidio do Govermno pode tormar-se recebl-
vel por uma entidade como compensacëo por gastos ou
SEN Na0 ' Sim
' Exdlyxo passivel? Remoto? perdas incorridos num periodo anterior. Um tal subsidio ë
reconhecido como rendimento do periodo em due se tor-
nar recebivel, com a divulgacao necessaria para assegu-
Sim
rar gue o seu efeito seja claramente compreendido.
Nap (raro) No
Fstimativa fidvel?
Subsidios do Governo nio monetarios
14.8 — Um subsidio do Governo nêo reembolsavel
Sim
pode tomar a forma de transferência de um activo nao
monetêrio, tal como terrenos ou outros recursos, para
| Divulgar j passivo con- No fazer nada
Provisionar uso da entidade. Nestas circunstências é usual avaliar o
tingente
justo valor do activo néo monetêrio e contabilizar duer o
14. Contabilizacêo dos subsidios do Governo ea divulga- subsidio auer o activo por esse justo valor. Caso este
Cao de apoios do Governo nao possa ser determinado com fiabilidade, tanto o

315
8 Norma Contabilfstica e de Relato Financelra para Feguenas Entidades SNEC EXPLICADD

aCtiVO como o subsidio ser&o de registar por uma duan- indicagêo de outras formas de apoio do Governo
tia nominal. de aue a entidade tenha directamente beneficiado:
ë
Apresentacao de subsidios relacionados com activos C) Condicëes nao satisfeitas e outras contingências
ligadas ao apoio do Governa gue tenham sido reco-
14.9 — Os subsidios do Governo nêo reembolsêveis
relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis, nheeidas.
incluindo os subsidios nêo monetêrios, devem ser
15. Os efeitos de alteracëes em taxas de cêmbio
apresentados no balanco como componente do capi-
tal préprio, e imputados como rendimentos do exerci-
efectuadas em Reconhecimento inicial
cio na proporcêo das amortizacoes
cada periodo. 15.1 - Uma transacc&o em moeda estrangeira é uma
tansacoëo aue seja denominada ou exija liguidacaa
Apresentac&o de subsidios relacionados com rendimentos numa moeda estrangeira, incluinda transaccêes gue
14.10 —- Os subsidios aue $ê0 concedidos para asse- resultem de;
gurar uma rentabilidade minima ou compensar deficits a) Ouando uma entidade compra ou vende bens ou
de exploracëo de um dado exercicio imputam-se como servicos cujo preco seja denominado numa moeda
rendimentos desse exercicio, salvo se se destinarem a estrangeira;
financiar deficits de exploracê&o de exercicios futuros, D) Ouando uma entidade pede emprestado ou
Caso em due se imputam aos referidos exercicios. Estes empresta fundos auando as auantias a pagar ou a
subsidios devem ser apresentados separadamente receber sejam estabelecidas numa moeda estran-
Como tal na demonstracao dos resultados. geira; ou
c) Ouando uma entidade por aualduer forma adauire
Reembolso de subsidios do Governo
ou aliena activos ou incorre ou liguida passivos,
14.11 — Um subsidio do Govermo gue se tore reembal- denominados numa moeda estrangeira.
sével deve ser conlabilizado como uma revisêo de uma
15.2 - Uma transaccao em moëeda estrangelra deve
estimativa contabilistica (ver capitula 6 - Politicas Contabi-
ser registada, no momento do reconhecimento inicial na
listicas, Alteracëes em Estimativas Contabilisticas e Erros).
moeda funcional, pela aplicac&o & auantia de moeda
O reembolso de um subsidio relacionado com rendimen-
estrangeira da taxa de cAmbio entre a moeda funcional
tos ou relacionado com activos deve ser aplicado em pri-
ea moeda estrangeira & data da transacoao.
meiro lugar em contrapartida de gualguer erédito diferido
nêo amortizado registado com respeito ao subsidio. Na
Relato em datas de balanco subseguentes
medida em aue o reembolso exceda tal crédito diferido,
ou guando nêo exisla crédito diferido, o reembolso deve 15.3 -A data de cada balance:
ser reconhecido imediatamente como um gasto. a) Os itens monetêrios em moeda estrangeira devem
ser transpostos pelo uso da taxa de fecho;
Apoio do Governo
D) Os itens nêo monelêrios gue sejam mensurados em
14.12 - Sao exemplos de apoio do Govermo due nao termos de custo histérico numa moeda estrangeira
podem de uma maneira razoëvel ter valor atribuido os devem ser transpostos pelo uso da taxa de cêmbio
conselhos técnicos e de comercializacëo gratuitos, a & data da transaccao;
CoNCESsêo de garantias & os empréstimos sem juros ou Cc) Os itens n&o monetarios due sejam mensurados
a taxas de juros baixos. pelo justo valor numa moeda estrangeira devem ser
14.13 — O significado do benelicio nos exemplos atrês transpostos pelo uso das taxas de cêAmbio gue exis-
pode ser tal aue a divulgacao da natureza, extensêo e tiam guando os valores foram determinados.
duracao do apoio seja necessêria a fim de aue as
demonstracées financeiras nêo sejam enganosas. Reconhecimento de diferencas de caAmbio
15.4 — As diferengas de cêambio resultantes da liguida-
Divulgacées G&o de itens monetarios ou do relato de itens monetêrios
14.14 — Devem ser divulgados os assuntos seguintes: de uma entidade a taxas diferentes das gue foram ini-
a) A politica contabilistica adoptada para os subsidies cialmente registadas durante o periodo, ou relatadas em
do Governo, incluindo os métados de apresentacao demonstracoes financeiras anteriores, devem ser reco-
adoptados nas demonstracêes financeiras; nhecidas nos resulkados do periodo em due ocorram.

b) A natureza e extensêo dos subsidios do Governo 15.5 - Ouando a transaccêo é liguidada num periodo
reconhecidos nas demonstracëes financeiras & Contabilistico subseauente Aauele em aue ocoreu, a

316
SNC EXPLICADO A Norma Cantabilistica a de Relata Financeira para Peguenas Entidades

diferenca de cAmbio reconhecida em cada periodo até & nas suas demonstrac6es financeiras se, e somente se, a
data de liguidagao é determinada pela alteracêo nas entidade:
taxas de cAmbio durante cada periodo. a) Tiver um direito legalmente executêvel para com-
pensar guantias reconhecidas;e
Divulgacies b) Pretender liguidar numa base liguida, ou realizar o
15.6 - Uma entidade deve divulgar a duantia das dife- activo e liguidar simultaneamente o passivo.
rengas de cêAmbio reconhecidas nos resultados.
Gasto de impostos
16. Impostos sobre o rendimento
16.7 - O gasto (rendimento) de impostos relacionado
16.1 - O tratamento contabilistico dos impostos sobre com o resultado de aclividades ordinarias deve ser
Oo rendimento é, salvo disposicëo especifica, o mêétodo apresentado na face da demonstracao dos resultados.
do imposto a pagar.
Divulgacoes
16.2 - Para as finalidades deste capitulo, o termo
“impostos sobre o rendimento” inclui todos os impostos 16.8 - Devem ser divulgados separadamente:
baseados em lucros tributaveis incluindo as tributac6es a) Gasto (rendimento) por impostos correntes;
autonomas, aue sejam devidos em agualguer jurisdicêo b) Ouaisouer ajustamentos reconhecidos no periodo
fiscal. de impostos correnies de periodos anteriores;
C) A natureza e guantia do gasto (rendimento) de imposto
Reconhecimento de passivos por impostos correntes e
reconhecido directamente em capitais proprios.
de activos por impostos correntes
16.4 — Os impostos correntes para periodos Correntes 17. Instrumentos financeiros
e anteriores devem, na medida em due nao estejam
17.1 - Este capitulo aplica-se a todos os instrumentos
pagos, ser reconhecidos como passivos. Se a auantia jê
financeiros com exceprao de:
paga com respeito a periodos correntes e anteriores
a) Investimentos em subsidiërias, associadas e
exceder a guantia devida para esses periodos, 9
empreendimentos conjuntos;
@xcesso deve ser reconhecido como um activo.
b) Direitos e obrigac6es no ambito de um plano de
Mensuracao beneficios a empregados;
Cc) Direitos no Ambito de um contrato de seguro a nao
16.4 — Os passivos (activos) por impostos correntes
ser due o contrato de segura resulte numa perda
dos periodos correntes e anteriores devem ser mensura-
para aualauer das partes em resultado dos termos
dos pela guantia aue se espera due seja paga (recupe-
Contratuais aue se relacionem com:
rada de) as autoridades fiscais, usando as taxas fiscais
(e leis fiscais) aprovadas & data do balanGo. d) Alterac6es no risco segurado;
e) Alterac6es na taxa de cêAmbDio;
Reconhecimento de imposto corrente f) Entrada em incumprimenio de uma das partes;
16.5 — A contabilizag&o dos efeitos de impostos cor- g) Locacëes, a nao ser gue a locacêo resulte numa
rentes de uma transaceao ou de outro acontecimento perda para o locador ou locatêrio como resultado
é consistente com a contabilizacao da transacoao ou dos termos do contrato gue se relacionem com:
do préprio acontecimento. Assim, relativamente a tran- h) Alterac6es no preco do bem locado;
Saccgëes e& outros acontecimentos reconhecidos nos
j) Alteracëes na taxa de cê&mbio;
resultados, agualguer efeito fiscal relacionado tambéêm
j). Entrada em incumprimento de uma das contrapartes.
ê reconhecido nos resultados. No aue diz respeito a
transaccëes e outros acontecimentos reconhecidos
Reconhecimento
directamente no capital prêéprio, gualguer efeito fiscal
relacionado também é reconhecido directamente no 17.2 — Uma entidade deve reconhecer um activo finan-
Capital préprio, caso em aue o imposto corrente deve Geiro, um passivo financeiro ou um instrumento de capi-
ser debitado ou creditado directamente nessa rubrica. tal préprio apenas guando se torne uma parte das dis-
posicées contratuais do instrumento.

Apresentacdo 17.3 — Uma entidade deve reconhecer instrumentos de


capital préprio no seu capital préprio guando emite tais
Gompensac&o instrumentos e os subscritores figuem obrigados a pagar
16.6 - Uma entidade deve compensar activos por dinheiro ou entregar aualauer outro recurso em troca
impostos correntes e passivos por impostos correntes dos referidos instrumentos de capital préprio.
Entidades SNC EXPLICADO
B. Norma Gontabllistica e de Relato Financeiro para Penuenas

17.4 — Na medida em ague as partes de capital sejam imparidade, a entidade deve reconhecer uma perda por
dinheiro ou outro recurso tenha imparidade na demonstragao dos resultados.
subseritas mas nenhum
sido recebido, nenhum aumento de capital préprio 17.12 - Evidência objectiva de gue um activo finan-
deverd ser reconhecido. Ceiro ou Um grupo de activos estê em imparidade inclui
17.5 — Se os recursos ou dinheiro forem recebidos dados observêveis gue chamem a atencao ao detentar
antes da emissêo de accêes e a entidade nêo puder ser do activo, designadamente sobre os seguintes eventos
obrigada a devolver tais recursos ou dinheiro, a entidade de perda:
deve reconhecer um aumento de capital proprio atê ao a) Significativa dificuldade financeira do emitente ou
limite da aguantia recebida. devedor;

17.6 — Se uma entidade adauirir ou readduirir os seus b) Ouebra contratual, tal como nêo pagamento ou
préprios instrumentos de capital préprio, esses instru- incumprimento no pagamento do juro ou amortiza-
mentos (“auotas/acc6es prêprias”) devem ser reconhe- Gao da divida;
cidos como deducëo ao capital préprio. A guantia a Cc) O credor, por azêes econémicas ou legais relacio-
reconhecer deve ser o justo valor da retribuic&o paga nadas com a dificuldade financeira do devedor,
pelos respectivos instrumentos de capital prêprio. Uma oferece ao devedor concessOes gue o credor de
entidade nêo deve reconhecer gualguer ganho ou perda outro modo nao consideraria;
na demonstraca&o de resultados decorrente de gualguer d) Seja provêvel aue o devedor irê entrar em falência
compra, venda, emissao ou cancelamento de acc6es ou Gualauer outra reorganizacao financeira;
proprias.
e) O desaparecimento de um mercado aclivo para o
activo financeiro devido a dificuldades financeiras
Mensuragao
do devedor.
17.7 - Uma entidade deve mensurar os seguintes ins-
17.18 — Outros factores poder&o igualmente evidenciar
trumentos financeiros ao custo menos perda por impari-
imparidade, incluindo alteracêes significativas com efei-
dade:
tos adversos aue tenham ocorrido no ambiente tecnold-
a) Instrumentos tais como clientes, fornecedores, con- gico, de mercado, econémico ou legal em aue o emi-
tas a receber, contas a pagar ou empréstimos ban- tente opere.
Cêrios, incluindo os em moeda estrangeira;
17.14 — Os activos financeiros aue sejam individual-
D) Contratos para conceder ou contrair empréstimos; e
mente significativos e todos os instrumentos de capital
Cc) Instrumentos de capital préprio aue néo sejam préprio devem ser avaliados individualmente para efei-
negociados publicamente. tos de imparidade. Outros activos financeiros devem ser
17.8 - Os instrumentos financeiros negociados em avaliados guanto a imparidade, seja individualmente,
mercado liguido e regulamentado devem ser mensura- seja agrupados com base em similares caracteristicas
dos ao justo valor, reconhecendo-se as variacëes deste de risco de crêdito.
Dor contrapartida de resultados do periodo. 17.15 - Se, num periodo subseaguente, a auantia de
17.9 — Se um instrumento de capital préprio aue vinha perda por imparidade diminuir, a entidade deve reverter
sendo mensurado nos termos do parêgrafo anterior dei- a imparidade anteriormente reconhecida. Da reversêo
xar de estar negociado em mercado liguido e regula- nao poder4 resultar uma auantia escriturada do activo
mentado, a auantia escriturada & data da ocorrência financeiro gue exceda aauilo aue seria o custo do reie-
desse facto torna-se a guantia de custo. rido actio, caso a perda por imparidade nao tvesse sido
anteriormente reconhecida. A entidade deve reconhecer
17-10 — Os custos de transaceëo sê podem ser inclui- a auantia da reversêo na demonstracëo de resultados.
dos na mensuracëo inicial do activo financeiro ou pas-
sivo financeiro, desde aue este seja mensurado ao custo 17.16 - A reversêo de imparidade em instrumentos de
capital préprio é proibida.
menos perda por imparidade. Todos os custos associa-
dos & emissêo de instrumentos de capital prêprio devem
Desreconhecimento de activos financeiros
ser deduzidos & aguantia inscrita no respectivo capital
proprio. 17.17 - Uma entidade deve desreconhecer um activo
financeiro apenas guando:
Imparidade a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultan-
17-11 — A data de cada periodo de relato financeiro, tes do activo financeiro expiram; ou
uma entidade deve avaliar todos os activos financeiros b)A entidade transfere para outra parte todos os ris-
due nao sejam mensurados ao justo valor por contrapar- cos significativos e beneficios relacionados com o
tida de resultados. Se existir uma evidência objectiva de activo financeliro; ou

a18
!
SNC EXPLICADO n Norma Contabilistica e da Relato Financeiro para Peguenas Enlidades

c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significati- 17.25 -A entidade deve divulgar as guantias de
vos e beneficios relacionados com o activo finan- aumentos de capital realizados no periodo e a deducëo
ceiro, tenha transferido o controlo do activo para efectuada como custos de emissao bem cComo, separa-
uma outra parte e& esta tenha a capacidade pratica damente, as aguantias e descric&o de outros instrumen-
de vender o activo na sua totalidade a uma terceira tos de capital préprio emitidos e a respectiva auantia
parte n&o relacionada e a possibilidade de exercl- acumulada & data do balanco.
Cio dessa capacidade unilateralmente sem necessi-
dade de impor restricêes adicionais a transferência. 18. Beneficios dos empregados
Se tal for o caso a entidade deve: 18.1 - Uma entidade deve reconhecer:
j) Desreconhecer o activo:e
i) Reconhecer separadamente agualauer direito e a) Um passivo guando um empregado tiver prestada
obrigacëo criada ou retida na transferência. servicos em troca de beneficios a pagar no futuro; e
b) Um gasto guando a entidade consumir o beneficio
Desreconhecimento de passivos financeiros @CONÊMICO proveniente do servico proporcionado
por um empregado em troca desses beneficios.
17.18 - Uma entidade deve desreconhecer um passivo
financeiro (ou parte de um passivo financeiro) apenas 18.2 - Os beneficios dos empregados aos duais este
auando este se extinguir, isto é, auando a obrigacao capitulo se aplica sêo os seguintes:
estabelecida no contrato seja liguidada, cancelada ou a) Benelicios de curto prazo, tais como salérios, orde-
expire. nados e contribuicées para a seguranca social,
licenca anual paga e licenca por doenca paga, par-
Divulgacoes ticipacao nos lucros e gratificac6es (se pagaveis
17.19 - Uma entidade deve divulgar as bases de men- dentro de doze meses a contar do final do periodo)
Suraca0, bem como as politicas contabilisticas utilizadas e beneficios nao monetarios (tais como cuidados
para a contabilizacao de instrumentos financeiros, due médicos, alojamento, automdveis e bens ou servi-
sejam relevantes para a compreensêo das demonstra- GoSs gratuitos ou subsidiados) relativos aos empre-
cêes financeiras. gados correnles:i e

17.20 — Para todos os instrumentos financeiros mensu- b) Beneficios de cessacêo de emprego.


rados ao justo valor, a entidade deve divulgar a respec- 18.3 — Os beneficios dos empregados incluem os
tiva cotacêo de mercado. beneficios proporcionados guer a empregados duer aos
17.21 - Se uma entidade tiver transferido activos seus dependentes & podem ser liguidados por paga-
financeiros para uma outra entidade numa transaccao mentos (ou o formecimento de bens e servicos) feitos
aue nao se gualifigue para desreconhecimento, a enti- guer directamente aos empregados, aos seus cénjuges,
dade deve divulgar, para cada classe de tais activos filhos ou outros dependentes auer a outros, tais como
financeiros: empresas de seguros.

a) A natureza dos activos; 18.4 - Um empregado pode proporcionar servicos a


b) A natureza dos risgcos e beneficios de detencao a uma entidade numa base de tempo completo, de tempo
aue a entidade continue exposta; parcial, permanente, acidental ou tempordêria. Para os
fins deste capitulo, os empregados incluem directores ë
C) As ouantias escrituradas dos activos e de guais-
outro pessoal de gerência.
Ouer passivos associados gue a entidade continue
a reconhecer.

17.22 — Ouando uma entidade tenha dado em garantia,


Reconhecimento e mensuragio
penhor ou promessa de penhor activos financeiros, Contabilizacao dos beneficios a curto prazo dos empre-
deverê divulgar:
gados
a) A auantia escriturada de tais activos financeiros; e
18.5 — A contabilizag&o dos beneficios a curto prazo é
b) Os termos e condic6es relativos & garantia, penhor geralmente linear porague nê0 sao necessarios pressu-
Ou promessa de penhor. postos actuariais para mensurar a obrigac&o ou o custo e
17.24 — Para empréstimos contraidos reconhecidos a néo hê possibilidade de aualguer ganho ou perda actua-
data do balanco, uma entidade deve divulgar as situa- riel. Alêm do mais, as obrigacêes dos beneficios a curto
C6es de incumprimento. prazo Sao mensuradas numa base nêo descontada.

17.24 — As sociedades anénimas devem divulgar o 18.6 - Ouandoum empregado tenha prestado servico
numero de acc6es representativas do capital social da a Uuma entidade durante um periodo contabilistico, a enti-
entidade, as respectivas categorias e o seu valor nominal. dade deve reconhecer a auantia no descontada de

319
H Morma Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas Entidades SNC EXPLICADO

beneficios a curto prazo aue espera ser paga em troca de participagëo nos lucros ou de gratificacées aguando,
desse servico: e so aguando:
a) Como um passivo (gasto acrescida), ap6s deduca&o a) Os termos formais do plano contenham uma fér-
de oualauer ouantia jê paga. Se a guantia jê paga mula para determinar a auantia do beneficio;
exceder a guantia nio descontada dos beneficios, b) A entidade determine as aguantias a serem pagas
uma entidade deve reconhecer esse exceSso Como antes das demonstrac6es financeiras seram apro-
um activo (gasto pré-pago) na extensêo de aus o vadas para emissê&O; ou
pré-pagamento conduzirê, por exemple, a uma
Cc) A pratica passada dé evidência clara da guantia da
reducao em futuros pagamentos ou a uma restitui-
obrigacêo construtiva da entidade.
G&o de dinheiro; e
b) Como um gasto, salvo se outro capitulo da presente 18.11 —- Uma obrigacao segundo planos de participa-
Norma exigir ou permitir a inclusao dos beneficios no Cao nos lucros e de gratificac6es resulta do servico dos
Custo de um activo (ver, por exemplo, o capitulo 11 - empregados e nêo de uma transacc&o com os proprie-
Inventêrios e o capitulo 7 - Activos Fixos Tangiveis). têrios da entidade. Por conseguinte, uma entidade reco-
nhece o custo de planos de participacao nos lucros e de
Planos de participag4o nos lucros e de gratificagOes gratificac6ées nêo como uma distribuicao do lucre liguido
mas como um gasto.
18.7 - Uma entidade deve reconhecer o custo espe-
rado dos pagamentos de participacao nos lucros e grati- Beneficios de cessaco de emprego
ficac6es segundo o pardgrafo 18.6 auando, & s6
auUanNdo: 18.12 — Os beneficios de cessacêo de emprego nao
Droporcionam a uma entidade futuros beneficios econd-
a) A entidade tenha uma obrigacëo presente legal ou
micos e& sao reconhecidos como um gasta imediata-
construtiva de fazer tais pagamentos em conse-
mente,
auência de acontecimentos passados:e
b) Possa ser feita uma estimativa fiavel da obrigagêo. Outros beneficios de empregados
18.8 —- Segundo alguns planos de participacao nos 18.13 - Para alêm dos beneficios a curlo prazo e dos
lucros, os empregados sê recebem uma parie do lucro berieficios de cessacêo de emprego, podem ser propor-
se permanecerem na entidade durante um periodo Cionados outros beneficios aos empregados, tais como:
especificado. Tais planos criam uma obrigacêo constru-
a) Beneficios pés-emprego (pensêes, seguros de
tiva & medida ague os empregados prestam servico due
vida, entre outros)e
aumenta a guantia a ser paga se permanecerem ao ser-
vico até ao final do periodo especificado. A mensuracao D) Outros benetficios a longo prazo dos empregados
de tais obrigacêes construtivas reflecte a possibilidade (licenca sabatica, jubileu, entre outros).
de alguns empregados poderem sair sem receberem 18.14 — Este capitulo nêo trata das situac6es descritas
pagamentos de participagao nos lucros, no $ 18.13 as guais, se existirem, serao reguladas pela
18.9 — Uma entidade pode néo ter obrigacao legal de NCRF 28 - Beneficios de Empregados.
pagar uma gratificacao. Nêo obstante, em alguns casos,
uma entidade tem a pratica de pagar gratificacoes. Em Divulgacoes
tais casos, a entidade tem uma obrigagêo construtiva 18.15 — As entidades devem divulgar o numero médio
porgue nêo tem alternativa realista senao de pagar a de empregados durante o ano.
gratificacao. A mensuracëo da obrigacêo construtiva
deve reflectir a possibilidade de alguns empregados 19. Data de Eficêcia
poderem sair sem receberem a gratificacêo.
19.1 - Uma entidade deve aplicar esta Norma a partir
18.10 - Uma entidade pode fazer uma estimativa fidvel do primeiro periodo gue se inicie em ou apos 1 de
da sua obrigacao legal ou construtiva segundo um plano Janeiro de 2010.

320
SNC EXPLICADO 8 Norma Contabilistica e de Relata Financeiro para Peguenas Entidades

APÊNDICE 1- DEFINICOES

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES
Acontecimento gue cria obrigac6es É um acontecimento gue cria uma obrigacao legal ou construtiva, gue faga com gue uma entidade nio tenha
nenhuma alternativa realista senzo liguidar essa obrigaco.
Acontecimentos ap6s a data do So agueles acontecimentos, favordveis e desfavordveis, gue ocorram entre a data do balanco ea data em gue as
| balanco demonstrag6es financeiras forem autorizadas para emisso, pelo 6rg4o de gestio. Podem ser identificados dois
tipos de acontecimentos:
a) Agueles gue praporcionem prova de condicées gue existiam & data do balanco (acontecimentos apés a data do
balango gue dao lugar a ajustamentos): e
b) Agueles gue sejam indicativos de condigëes gue surgiram apés a data do balanco (acontecimentos apés a data
do balanco gue ndo déo lugar a ajustamentos).
Incluem-se agui os acontecimentos gue ocorram apés o antincio piblica de resultados ou de outra informacëo
financeira seleccionada.
| Actividade agricola É a gestao por uma entidade da transformatdo biolêgica de activos biolêgicos, em produto agricola ou em artivos
biol6gicos adicionais, para venda.
Actividade empresarial É um conjunto integrado de actividades conduzidas e de aclivos geridos com a finalidade de proporcionar:
a) Um retorno aas investidores: ou
b) Custos mais baixos ou outros benefcios econémicos diracta a proporcionalmente aos participantes.
Uma actividade empresarial geralmente consiste em inputs, processos aplicados a esses inputs e producGes
resultantes, gue sa0, ou serig, usadas para gerar réditos. Se existir goodwill num conjunto transterido de activi-
dades e activos, deve presumir-se gue o conjunto transferido é uma actividade empresarial.
Artividades de financiamento Si as actividades gue têm como conseguëncia alteragdes na dimensio e composicio do capital prépri contri-
buido e nos empréstimos obtidas pela entidade.
Artividades de investimento Sao a aguisicê0 e alienago de activas a longo prazo e de outras investimentos nao incluidos em eguivalentes de caixa
Actividades operacionais S40 as principais actividades pradutoras de rédito da entidade e outras actividades gue nag sejam de investimento
ou de financiamento.
Activo É um recurso:
a) Controlado par uma entidade como resultado de acontecimentos passados;ie
b) Do gual se espera gue fluam beneficios econémicos futuros para a entidade.

Activo biolêgico Ê um animal ou planta vivos.


|.Activo contingente É um possivel activo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência somente serd confirmada pela ocor-
rência ou nio ocorrência de um ou mais acontecimentos futuros incertos nio totalmente sob o controlo da entidade.
Activos “corporate” Séo activos excepto goodwill gue contribuam para os flyxos de caixa futuros de vêrias unidades geradoras de caixa.
Activo corrente É um activo gus satisfaga gualguer dos seguintes critérios:
a) Se espera gue seja realizado, ou se pretende gue seja vendido ou consumido, no decurso normal do cicla opera-
cional da entidade;
b) Esteja detido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
c) Se espere gue seja realizado num perlodo de doze meses apés a data do balanco; ou
| d) Seja caixa ou um activo eguivalente de caixa a menos gue Ihe seja limitada a troca ou o uso para liguidar um pas-
Sivo pelg menos doze meses apês a data do balanGo.

Activo financeiro É gualguer activo gue seja:


a) Dinheiro;
b) Um instrumento de capital proprio de uma outra entidade;
c) Um direito contratual:
j) De receber dinheiro ou outro activo financeiro de outra entidade: ou
ii) De trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condicoes aus sejam potencial-
mente favordveis para a entidade; ou
d) Um contrato gue seja ou possa ser liguidado em instrumentos de capital prêprio da prêpria enlidade e gue seja:
i) Um nio derivado para o gual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a receber um nimero varidvel dos
instrumentas de capital prêprio da prépria entidade; ou
ii) Um derivadn gus seja ou possa ser liguidado de forma diferente da troca de uma guantia fixa em dinheiro ou
outro activo financeiro por um nimero fiko de instrumentos de capital préprio da prépria entidade. Para esta
finalidade, os instrumentas de capital préprio da prépria entidade nn incluem instrumentos gue sejam eles
préprios contratos para futuro recebimento ou entrega das instrumentos de capital prêprio da prépria entidade.

| SNCE-M d21
8 Norma Contabilistica e de Relata Financeiro para Peguenas Entidadas SNC EXPLICADO

(continuagao)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

Activo intangivel É um activo nag monetdrio identificêvel sem substncia fisica.

Activo gue se gualifica É um activo gue leva necessariamente um periodo substancial de tempo para ficar pronto para 0 seu uso pretendido.
ou para venda.

Activos de exploracso e avaliagdo Sip dispêndios de exploraco e avaliac#0 reconhecidos como activos de acordo com a politica contabilistica da entidade.

Activos detidos por um fundo de $i0 activos (gue nio sejam instrumentos financeiros nao transteriveis emitidos pela entidade gue relata) gue:
beneficios a lango prazo de empre- a) Sejam detidos par uma entidade (0 fundo) gue esteja legalmente separada da entidade gue relata e exista unica-
gados mente para pagar ou financiar os beneficios dos empragados: e
b) Estejam disponiveis para Ser unicamente usados para pagar ou financiar os beneficios dos empregados, nêo
estejam disponiveis para os credores da prêpria entidade gue relata (mesmo em falência), e nao possam ser
devolvidos a entidade gue relata, salvo se ou;
jy Os restantes activos do fundo sejam suficientes para satisfazer todas as respectivas obrigacêes de beneficios
dos empregados do plano ou da entidade gue relata; ou
i) Os aclivos sejam devolvidos& entidade gue relata para a reembolsar relativamente a beneficios de emprega-
dos jé pages.

Activos do plano Compreendem:


a) Activos detidos por um fundo de beneffcios a longo prazo de empregados; €
b) Apêlices de seguros elegiveis.
Activos fios tangiveis Sao itens tangiveis gue:
a) Sejam detidos para uso na produgio ou fornecimento de bens ou servios. para arrendamento a outros, ou para
fins administrativos; ê
b) Se espera gue sejam usados durante mais do gue um periodo.
Activos monetarios Sz0 dinheiros detidos e activos a ser recebidos em guantias fixadas ou determindveis de dinheiro.

Arctivos nao correntes So artivos gue nio satisfacam a definicao de activo corrente.

Artivos por impostos diferidos Sio as guantias de impostos sobre o rendimento recuperveis em periodos futuros respeitantes a:
a) Diferancas temporêrias dedutiveis;
b) 0 reparte de perdas fiscais nag utilizadas; e
e) 0 reporte de créditos tributdveis nao utilizados.
Altamente provdvel É um acontecimento cuja possibilidade de ocorrência é signiticativamente mais do gue provével.

Alterat3o na estimativa contabilistica É um ajustamento na guantia eseriturada de um activo ou de um passivo, ou a guantia de consumo periedico de um
activo, gue resulta da avaliac&o do presente estado dos activos e passivos, e obrigaties e beneficios luturos espera-
dos associados a0s mesmos. As alleraces nas estimativas contabilisticas resultam de nova informacdo ou novos
desenvolvimentos a, em conformidade, nag sa0 correcgëes de erros.

Ambiente Refera-se ao meio fisico natural, incluindo oar, a dgua, a terra, a flora, a fauna & OS recursos nio renovdveis como
por exemplo os combustiveis fésseis e os minerais.

Amortizacaa É a imputac3o sistematica da guantia depreciëvel de um actio intangivel durante a sua vida Gtil.

Aplicagao prospectiva De uma alteracdo numa politica contabilistica e de reconhecimento do efeito de uma alteragéo numa estimativa con-
tabilistica, respectivamente, #:
a) A aplicagio da nova politica contabilistica a transacgoes, outros acontecimentos e condicoes, gue ocorram aps a
data em gue a politica saja alterada; e
b) 0 reconhecimenta do efeito da politica da alteragao na estimativa contabilistica nos periodos corrente e futura
afectados pela alteragio.
Aplicaga0 retrospectiva É a aplicacio de uma nova politica contabilistica a transacies, nutros acontecimentos e condioes, como se essa
politica tivesse sido sempre aplicada.

Apoio do Governo É a acgëo concebida pelo Governo para proporcionar beneficios econémicos especificos a uma entidade ou a uma cate-
goria de entidades gue a eles se propëem segundo certos critérios. 0 apoio do Govarno ndo inclui os beneficios (inica e
indirectamente proporcionados através de acgGes gue afectem as condicêes comercialis gerais, tais como o famei-
mento de infra-estruturas em areas de desenvolvimento ou a imposicdo de restricëes comerciais sobre concorrentes.
Apêlice de seguro elegivel É uma apdlice de seguro emitida por uma seguradora due ndo seja uma parte relacionada (como definida na lAS 24,
Divulgacêes de Partes Relacionadas) da entidade gue relata, se o produto da apdlice'
a) Sé puder ser usado para pagar ou financiar beneicios dos empregados segundo um plano de beneficios definidos;
b) No esteja* disponivel" para os credores da prêpria entidade gue relata (mesmo em falência) e no possa” ser
pago" & entidade gue relata, a menos due ou;
j) O produto represente activos excedentêrios gue nio sejam necessrios para a apdlice satisfazer todas as res-
pectivas obrigag6es de beneficios dos empregados; ou
i) O produto seja devolvido & entidade gue relata para a reembolsar de benelicios de empregados ja pages.

“As palavras sublinhadas foram corrigidas pelo editor por incoerêncla do original.

322
T
SNC EXPLICADO B Norma Contabilistica e de Relata Financeirn para Peguenas Entidades

(continwatso)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES
Associada É uma entidade (aaui se incluindo as entidades gue no sejam constituidas em forma de sociedade, como, p. ex. as
parcerias) sobre a gual o investidor tenha influência significativa e gue no seja nem uma subsidiëria nem um inte-
resse num empreendimento conjunto.

Balanto de abertura de acordo com F o balanco de uma entidade (publicado ou ao) a data de transicdo para as NCRF.
as NCRF
Base fiscal de um activo ou de um É a auantia atribuida a esse activo ou passivo para fins fisrais.
passivo
Beneficias a curto prazo dos empre- Sdo os beneficios dos empregados (aue nio sejam beneficios de cessac#o de emprego e beneficios de compensa-
gados Cado em capital prêprio) gue se vencam na totalidade dentro de doze meses ap6s o final do periodo em gue os
empregados prestem 0 respeclivo servico.

Beneficios adaguiridos pelos empre- Sao benelicios dos empregados gue nio estejam condicionados ap futuro emprego,
gados
Benelicios de remuneragio em capi- 540 beneficios dos empregados pelos guais:
tal prêprio a) Os empregados tém direilo a receber instrumentos financeiros de capital prêprio emitidos pela entidade (ou pela
Sua empresa mie); ou
b) A auantia da obrigacio da entidade para com os empregados depende do preco futuro de instrumentos financei-
ros de capital prêprio emitidos pela entidade.
Beneficias dos empregados Séo todas as formas de remuneracio dadas por uma entidade em troca do servico prestado pelos empregados.
Beneficios por cessacio de emprego S4o beneficias dos empregadas pagéveis em conseguência de'
(terminus)
a) A deciso de uma entidade cessar o emprego de um empregado antes da data normal da reforma: ou de
b) Decisio de um empregado de aceitar a saida voluntria em troca desses beneficias.

Beneficios pés-emprego Sao beneicios dos ampregados (gue nio sejam beneficios de cessacao de emprego e beneficios de compensacio
em capital prêprio) gue sejam pagdveis apés a conclusio do emprego.
Caixa Compreende o dinheiro em caixa e em depésitos ê ordem.

Colheita É a separacio de um produto de um aclivo biolégico ou a cessacaa das processos de vida de um activo biolégico.

Comeco do prazo da locagëo É a data a partir da gual o locat&rio passaa poder exercer o seu direito de usar 9 activo locado. É a data do reconhe-
cimento inicial da locagëo (i.e. 0 reconhecimento dos activos, passivos, rendimentos ou gastos resultantes da loca-
£a0, conforme for apropriado).

Componente de uma entidade So unidades operacionais e fluxos de caixa gue possam ser claramente distinguidas, operacionalmente e para fina-
lidades de relato financeiro, do resto de uma entidade.
Compromisso firme É um acordo vinculativo para a troca de uma guantidade especificada de recursos a um prego especificado numa
data ou em datas futuras especificadas.
Compromisso firme de compra É um acordo com uma parte néo relaclonada, vinculando ambas as partes e normalmente legalmente imponivel, gue:
a) Especifigue todas os termas significativos, incluindo 0 preco e a tempestividade das transaceëes:e
b) Inclya um desincentivo por no desempenho aue é suficientemente grande para tormar o desempenho altamente
provavel.

Goncentrardo de actividades empre- Ê a jungëo de entidades ou aclividades empresariais separadas numa (inica entidade gue relata,
Ssariais

Goncentragao de artividades empre- É uma eoncentragio de actividades empresariais em gue todas as entidades ou actividades empresariais concentra-
sariais envolvendo entidades ou das sdo em ultima analise controladas pela mesma parte ou partes antes e ap6s a concentracëo, sendo gue o con-
actividades empresariais sob con- trolo nao é transitêria.
trolo comum
Consolidacao proporcional É um método de contabilizario em gue a parte de um empreendedor em cada um dos activos, passivos, rendimen-
tos e ganhos e gastos e perdas de uma entidade conjuntamente controlada é combinada linha a linha com itens
semelhantes das demonstragêes financeiras do empreendedor ou relatada como linhas de itens separadas nas
demonstragGes financeiras do empreendedor.
Contrato de cost pluss É um contrato de construcdo em gus a entidade cantratada é reembolsada por custos permitidos ou de outra forma
definidas mais uma percentagem destes custos ou uma remuneragëio lixada.
Contrato de construcio É um contrato especificamente negociado para a construgio de um artivo ou de uma combinagdo de activos gue
estejam intimamente inter-relacionados ou interdependentes em termos da sua concepiio, tecnolagia e fung0 ou
do sey propdsito ou uso final.

Contrato de preco fixado É um contrato de construczo em gue a entidade contratada concorda com um preco fixado ou com uma taxa fixada
por unidade de soulpuis gue, nalguns casas, estê suieito a cliusulas de custas escalonados.

d23
SNC EXPLICADO
8 Norma Contabilistica s de Rielata Financeiro para Penuenas Entidades

(continuagao)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

Contrato oneroso É um contrato em gue os custos nêo evitdveis de satisfazer as obrigac6es do contrato excedem os beneicios eeo-
némicos gue se espera sejam recebidos ao abrigo da mesmo.

Contrato executêrig É um contrato segundo o gual nenhuma das partes tenfia cumprido gualguer das suas obrigacfes ou ambas as par-
tes apenas tenham parcialmente cumprido as suas obrigacoes em igual extension.

Gontrolo f o poder de gerir as politicas financeiras e operacionais de uma entidade ou de uma arctividade econdmica a fim de
obter beneticios da mesma.

Controlo conjunto É a partilha de controlo, acordada contratyalmente, de uma actividade econdmica, ê existe apenas guando as deei-
sêes estratégicas financeiras e operacionais relacionadas com a actividade exigem 0 consentimento unanime das
partes gue partilham o controlo (os empreendedores).

Controlo de um activ0 Uma entidade controla um activo se tiver o poder da obter beneffcios econémicos futuros aus fluam do recurso
subjacente e puder restringir o acesso de outros a esses beneficios.

Custo É a guantia de caixa ou seus eguivalentes paga ou 0 justo valor de outra retribuico dada para adauirir um activa no
momento da sua aguisicdo ou construcio, ou, guando aplicêvel, a guantia atribuida a esse activo aguandoe do reco-
nhecimento inicial de acordo com os reguisitos especificos de outras NCRF.
Custo amoartizado de um activo finan- É a guantia pela gual o activo financeiro ou o passivo financeiro & mensurada no reconhecimento inicial, menas os
ceiro ou de um passivo financeiro | reembolsos de capital, mais ou menos a amortizagio cumulativa, usando o método do juro efectivo, de gualguer
diferenga entre essa guantia inicial e a guantia na maturidade, e menos gualguer reducao (directamente ou por meio
do uso de uma conta de abatimento) guanto & imparidade ou incobrabilidade.

Custos com a alienardo $30 custos incramentais directamente atribuiveis & alienag3o de um activo ou unidade geradora de caixa, excluindo
custos de financiamento e gastos de impostos sobre o rendimento.

Custo considerado É a guantia usada como substituto para o custo ou para 0 Custo depreciado numa data determinada. Uma deprecia-
€30 ou amortizag30 posterior assume due a entidade tinha inicialmente reconkecido 0 activo ou o passivo numa
determinada data e gue 0 Seu custo era igual ao custo considerado,

Custos de emprêéstimos obtidos S0 os custos de juros e outras incorridos por uma entidade relativos aos pedidos de emprêstimos de fundos.

Custo de juros É o aumento durante um periodo no valor presente de uma obrigacdo de benetfrios definidos gue surge pordue os
beneficigs estao um ano mais prêximo da liguidagao.

Custo de servicos passados É o aumento no valor presente da obrigacdo de beneficios definidos guanto ao servico de emoregados em periodos
anteriores. resultantes no periodo corrente da introducëo de, ou alteracëes a, beneficios p0s-emprego ou outros
beneficios a longo prazo dos empregados. D custo de servicos passadas pode ser ou positivo (auando os beneficios
sejam introduzidos ou meliorados) ou negativo (guando os beneficias existentes sejam reduzidos).

Custo do servico corrente Éo0 aumento no valor presente da obrigacio de beneficios deinidos resultante do servico do empregado no perlodo corente.

Custas de transaceao SE0 eustos incrementais gue sejam directamente atribuiveis & aguisieao, emissdo ou alienacao de um activo ou pas-
sivo financeiro. Um custo ineramental é aguele gue nio seria incorrido se a entidade nio tivesse adauirido, emitido
ou alienado o instrumento financeiro.

Custos de vender S%0 os custos inerementais directamente atribuiveis 3 alienag#o de um activo (ou grupo para alienagao), exeluindo
tustos de financiamento e gastos de impostas sobre o rendimento.

Custos directos iniciais S9 custos incrementais gue sa0 direetamente atribuiveis a negoeiacëp e aceltagdo de uma locacdo, excepto Ds Cus-
tos incorridos pels loradores fabricantes ou negoclantes.

Data de acordo É a data em gue um acordo substantivo entre as partes concentradas é alcangado e, no caso de entidades publica-
mente cotadas. anunciado ag piblico. No caso de uma Oferta Piblica de Aguisigdo (OPA) hostil, a data mais recente
em gue um acordo substantivo entre as partes concentradas é celebrado & a data em gue um numero suficiente dos
propriet&rios da adauirida aceitou a oferta do adauirente para gue este obtenha o controlo sobre a adauirida.

Data de acordo para uma cOncentra- É a data em gue um acordo substantivo entre as partes concentradas seja celebrado e, no caso de entidades cotadas
an de actividades empresariais em bolsa, anunciado ao piblico. No caso de uma Oferta Publica de Aguisicëo (OPA) hostil, a data mais racente em
gue tiver sido atingido um acordo substantivo entre as partes gue se concentram 6a data em gue um numero suli-
ciente dos proprietêrios da adauirida tenha aceite a oferta do adguirente para gue este obtenha o controlo daguela.

Data de aauisicêo É adata em gue a adauirente obtém efectivamente o controlo sobre a adauirida.

Data de autorizac4o para emiss0 É a data a partir da gual as demonstragëes financeiras aprovadas pelo 6rgdo de gestao se disponibilizam para confie-
das demonstracdes financeiras cimento de terceiros ou, se aplicvel, de um conselho de supervisio (constituido unicamente por nao-exerutivos).
Data de transicio para as NCRF É a data de inicio do primeiro periodo para 0 gual a entidade apresenla as suas primeiras demonstragêes financeiras
de acordo com as NCRF.
tran-
Data de troca É a data de aguisit3o guando uma concentragao de actividades empresariais ê alcantada através de uma tinica
saceio de troca. Ouanda uma concentrac30 de artividades empresariais envolve mais de uma transacgao de troca,
por exemplo, guando # alcancada por fases através de sucessivas compras de accoes, a data de troca é a data em
gue cada investimento individual ê reconhecido nas demonstracëes financeiras da adguirente.

d24
"
SNC EXPLICADO B Nnrma Cnntabilistica e de Relata Finanteira para Peguenas Entidades

(continuac&o)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES
Demonstracdes finanreiras consoli- Sao as demonstraces financeiras de um grupo apresentadas como as de uma (nica entidade eronémica.
dadas
Depreciagao (Amortizacdo) Éa imputacao sistematica da guantia deprecidvel de um activo durante a sua vida (tl,

Derivado É um instrumento financeiro ou outro contrato com todas as três caracteristicas seguintes:
a) 0 seu valor altera-se em resposta 4 alteragao numa especificada taxa de juro, prego de instrumento financeiro,
preco de mercadoria, taxa de cimbin, indice de precos ou de taxas, notacdo de crédito ou indice de crêdita, ou
outra varidvel, desde gus, no caso de uma variëvel nio financeira, a varidvel nio seja espercifica de uma parte do
contrato (por vezes denominada "subjacente”);
b) Mao reguer dualguer investimento liguido inicial ou reguer um investimento inicial liguida inferior ag due seria
exigido para outros tipos de contratos gue se esperaria gue tivessem uma resposta semelhante as alteragëes nos
factores de mercado;
c) É liguidado numa data futura.
Desenvolvimento Éa aplicagdo das descobertas derivadas da pesguisa ou de outros conhecimentos a um plano ou concepcio para a
producdo de materiais, mecanismos, aparelhos, pracessos, sistemas ou servicos, novos ou substancialmente
melhorados, antes do inicio da producio comercial ou uso.

Desreconhecimento É a remocao de um activo financeiro ou de um passivo financeiro anteriormente reconherido no balanco de uma
entidade.
s Diterenca de cêmbio É a diferenca resultante da transposic&o de um determinado nimero de unidades de uma moeda para outra moedaa
diferentes taxas de cêAmbio.
Diferencas tempararias Sao diferengas entre a guantia eseriturada de um artivo ou de um passivo no balango ea sua base de tributaczo. As
diferencas temporêrias podem ser:
a) Diferengas temporarias tributaveis, gue so diferencas tempordrias de gue resultam guantias tributêveis na deter-
minaga9 do luero tribuldvel (perda fiscal) de periodos futuros guando a guantia eseriturada do activo ou do pas-
Sivo seja recuperada ou liguidada; ou
b) Diferencas temporarias dedutiveis, gue sao diferencas tempordrias de gue resultam guantias due sio dedutiveis
na determinagao do lucro tributdvel (perda fiscal) de periodos futuros guandao a guantia escriturada do activo ou
do passivo seja recuperada ou liguidada.
Dispêndios de carêcter ambiental Incluem os custas das medidas tomadas por uma entidade ou, em seu nome, por outras entidades, para evitar,
reduzir ou reparar danos de cardcter ambiental decorrentes das suas actividades.
Dispêndios de exploracio e avaliagio Sin dispêndios incorridos por uma entidade em ligacio com a exploracio e avaliagio de recursos minerais antes
due a exeguibilidade t#cnica e viabilidade comercial da extracg3o de um recurso mineral seja demonstrêvel.
Empreendedor É um parceiro de um empreendimento conjunto gue tem controlo conjunto sobre esse empreendimento.

Empreendimento conjunto É uma artividade econémica empreendida por dois ou mais parceiros, sujeita a controlo conjunto destes mediante
um acordo contratual.
Empresa-me É uma entidade gue tem uma ou mais subsididrias.

Empréstimos perdodveis S&o empréstimos em gue o emprestador se compromete a renunciar ao seu reembolso sob certas condicGes acordadas.

Entidade mitua É uma entidade gue n#o seja uma entidade detida pelo investidor, tal como uma companhia de seguros mutuas ou
uma entidade cooperativa mitua, gue proporciona custos mais baixos ou outros beneficios econdmicos directa &
proporcionalmente ans seus segurados ou participantes.

Entidade gue relata É uma entidade para a gual existem utentes gue dependem das demanstragdes financeiras de 4mbito geral da enti-
dade para teram informacin gus Ihes serd Gtil na tomada de decises arerca da imputag3o de recursos. Uma enti-
dade gue relata pode ser uma tinica entidade ou um grupo compreendendo uma empresa-mae e todas as Suas Sub-
sididrias.
Eaguivalentes de caixa Sao investimentas financeiros a curig prazo, altamente liguidos gue sejam prontamente convertiveis para guantias
Conhecidas de dinheiro e gue estejam sujeitos a um risco insignificante de alteragges de valor.
Erros de periodos anteriores Séo omissêes, & declaragëes incorrectas, nas demonstragées financeiras da entidade de um ou mais periodos ante-
riores decorrentes da falta de us0, ou uso incorrecto, de informacio fiavel gue:
a) Estava disponivel guando as demonstracges financeiras desses periodos foram autorizadas para emissaD; e
b) Paderia razaavelmente esperar-se gue tivesse sido obtida e tomada em consideracêo na preparagdo e apresenta-
Cap dessas demanstracëes financeiras.
Tais erros incluam os efeitos de erros matematicos, erros na aplicacio de politicas contabilfsticas, fraudes e descui-
dos ou interpretacëes incorrectas de factos.

Exploragao e avaliagao de recursos Sap a pesauisa de recursos minerais, incluindo minérios, petroleg, gs natural e rêcursos nao regenerativos seme-
minerais Ihantes depois de a entidade ter obtido os direitos legais de explorar numa drea especifica, bem com a determina-
(40 da exeguibilidade têcnica e viabilidade comercial de extrair o recurso mineral.

825
SNC EXPLICADO
t Norma Contabilistica e de Relata Financeiro para Penuenas Entidades

(continwagao)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

Fluxos de caixa €ip influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos, saldas) de caixa € seus eguivalentes,

ETES
me |

Ganhos e perdas actuariais Compreendem:

OE
a) Afustamentos de experiëncia (os efeitos de diferencas entre os anteriores pressupostos actuariais e aguilo gus
realmente ocorreu); €
b) Os efeitos de alteracées nas pressupostos actuariais.

Gasto de impostos (rendimento de É a guantia agregada incluida na determinagdo do resultado liguido do periodo respeitante a impostos correntes ea
impostos) impostos diferidos.

Goodwill Corresponde a benelfcios econémicos futuros resultantes de activos aue né0 sdo capazes de ser individualmente
identificados e separadamente reconhecidos.

Governo | Refere-se ao Governo, agëneias do Governo € organismos semelhantes sejam eles locais, nacionais ou intermaciorais. d

Grupo É constituido por uma empresa-mae e todas as suas subsidiërias.

Grupo de activos biolêgicos É uma agregacdo de animais ou de plantas vivos semelhantes.

Grupo para alienagaa É um grupo de activos a alienar, por venda ou de outra forma, em conjunto com um grupo numa sê transacedo, e
passivos direclamente associados a esses aclivos gue serao transferidos na transac€ao,
0 grupo inclui goodwill adauirido numa concentragso de actividades empresariais se o grupo for uma unidade gera-
dora de caixa & gual tenha sido imputado gaadwill.

Identificabilidade Um activo satisfaz o critêrio da identificabilidade na definicao de um artivo intanglvel guando:


a) For separavel, i.e. capaz de ser separado ou dividido da entidade e vendido, transferido, licenciado, alygado ou
trocado, seja individualmente ou em conjunto com um contrato, activa ou passivo relacionado; ou
b) Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais, guer esses direitos sejam transferiveis guer sejam
separaveis da entidade ou de outros direitas e obrigagêes.

Imposto corrente É a guantia a pagar (a recuperar) de impostos sobre o rendimento respeitantes ao lycro (perda) tributvel de um
periodo.

Impraticêvel A aplicacso de um reguisito é impraticével guando a entidade nao o pode aplicar depois de ter feito todos os estfor-
COS razoëveis para 0 conseguir. Para um periodo anterior em particular, é impraticavel aplicar retrospertivamente
uma alteracio na polftica contabilistica ou fazer uma reexpressdo retrospectiva para corrigir um erro se:
a) Os efeitos da aplicacëo retrospectiva ouda reexpressao retrospectiva no forem determinêveis:
b) A aplicacëo retrospecliva ou a reexpressao retrospectiva exigir pressupostos sobre aual teria sido a intencag da
entidade nesse periodo; ou
c) A aplicagio retrospectiva ou a reexpressio retrospectiva exigir estimativas significativas de guantias e se for
impossivel distinguir objectivamente a informagio sobre estas estimativas gue:
j) Proporcione provas de circunstancias gue existiam na(s) data(s) em gue essas guantias foram reconhecidas,
mensuradas ou divulgadas;
i) Teria estado disponivel guando as demonstragëes financeiras desse periodo foram autorizadas para emissê0.

Influëncia signiticativa É o poder de participar nas decisGes das politicas financeira e operacional da investida ou de uma actividade gcond-
mica mas gue nag & controlo nem controlo conjunto sobre essas politicas. A intluência significativa pode ser obtida
por posse de actdes, estatuto ou acordo.

Inicio da locagdo É a mais antiga de entre a data do acordo de locacio ea de um compromisso assumido pelas partes guanto as prin-
cipais disposicdes da locac#0. Nesta data:
a) Uma locac&o 6 classificada como uma locagio financeira ou uma locagéo operacional; e
b) No caso de uma locagëo financeira, sio determinadas as guantias a reconhecer no comeco do prazo da laragdo.
Interesse minoritario É a parte dos resultados e dos activos liguidos de uma subsididria atribufvel a interesses de capital prêprio gue Tao
sejam detidos, direrta ou indirectamente através de subsididrias, pela empresa-mêe.
Instrumento de capital préprio f aualauer contrato gue evidencie um interesee residual nos activos da uma entidade apés deducëo de todos os
SPUS passivos.
Instrumento de cobertura É um derivado designado ou (apenas para a cobertura de risco de alteragdes nas taxas de cAmbio de moeda estran-
geira) um activo financeiro n3o derivado designado ou um passivo financeiro nag derivado cujo justo valor ou fluxos
de caixa Se espera gue compense as alteragëes no justo valor ou flyxos de caixa de um item coberto designado.

Instrumento financeiro É um contrato gue dé origem a um activo financeiro numa entidade e a um passivo financeiro ou instrumento de
capital préprio noutra entidade.
Inventêrios Sao artivos:
a) Detidos para venda no decurso ordinêrio da actividade empresarial;
b) No processo de produgao para tal venda; ou
c) Na forma de materiais ou consumiveis a serem aplicados no processo de produgdo ou na prestagio de services.

326
r | SNC EXPLICADO % Norma Contabilistica a de Relato Financelro para Peguenas Entidades

(Fontinuago)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

Investidor num empreendimento É um participante de um empreendimento Conjunto & gue néo tem controla conjunto sobre esse empreendimento
Conjunto conjunto.
Investimento bruto na locac&o É oagregado de:
a) Os pagamentos minimos da locagag a receber pelo locador segundo uma locac$o financeira:e
b) Oualguer valor residual nio garantido gue acresta ap locador.

Investimento liguido Numa unidade operacional estrangeira é a guantia relativa ao interesse da entidade gue relata nos activos liguidos
dessa unidade operacional.
Investimento liguido na locagdo É o investimento bruto na locacëo descontado 3 taxa de juro implicita na loraoëo,
Item coherto E um activo, passivo, compromisso firme, transacgo prevista altamente prov4vel ou investimento liguido numa
unidade operacional estrangeira gue (a) expêe a entidade ao risco de alteragëes no justo valor ou nas fluxos de
caixa futuros; (b) foi designado como estando coberto.

ltens monetdrios Sdo unidades monetrias detidas e activos e& passivos a receber ou a pagar num nimero fixado ou determindvel de
unidades monetrias.
Justo valor Éa guantia pela gual um activo pode ser trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhecedoras e dispastas a
isso, numa transac30 em au nao exista relacionamento entre elas.
Justo valor menos os custos de ven- É a guantia a obter da venda de um activo ou unidade geradora de caixa numa transaceao entre partes conhecedo-
der ras e dispostas a issp, sem gualguer relacionamento entre elas, menos os custos com a alienacao.
Locagdo É um acordo pelo dual o locador transmite ao locatrio, em troca de um pagamento ou strie de pagamentos, 0
direito de usar um activo por um periodo de tempo acordado.

Locago financeira É uma locac3o gue transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes ê4 posse de um activo.
0 titulo de propriedade pode ou nio ser eventualmente transferido.
Locagé0 n4o canceldvel É uma locacëo gue somente pode ser canceldvel:
a) Apês a ocorrência de alguma contingência remota;
b) Gom a permissdo do locador;
C) Sa o locatrio celebrar uma nova locag3o para o mesmao activo ou para um activo eguivalente com o mesmo locador: ou
d) Apês o pagamento pelo locatêrio de uma guantia adicional tal gue; no inicio da locagën, a continuac4o da mesma
seja razgavelmente certa.
Locacëo operacional É uma locacio gue nio seja uma lacacdo financeira.

Lucro contabilisticog É 0 resultado liguido de um periodo antes da deducao do gasto de impostos.

Luero tributdvel (perda fiscal) É 0 luero (ou perda) de um perioda, determinado de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades fiscais,
Sobre o dual sa0 pagas (ou recuperdveis) impostos sobre o rendimento.

Material As omissoes ou declaragoes incorrectas de tens sio materiais se puderem, individual ou colectivamente, influenciar
as decisêes econémicas dos utentes, tomadas com base nas demonstracdes financeiras.
A materlalidade depende da dimensao e natureza da omiss#0 ou declaragiio incorrecta ajuizada nas circunstincias
gue a rodelam. A dimensao ea natureza do item, ou uma combinacio de ambas, podem ser o factor determinante.
Membros intimos da familia Sao agueles membros da familia gue se espera gue influenciem, ou sejam influenciadas par esse individuo nos seus
negêcios com a entidade. Podem ineluir:
a) 0 cênjuge ou pessoa com analoga relacdo de afectividade e os filhos do individuo;
b) Filhos do cênjuge ou de pessoa com anéloga relacio de afectividade: e
c) Dependentes do individuo, do cénjuge ou de pessoa com anloga relag3o de afectividade.
Mercado activo É um mercado no gual se verifiguem todas as condigOes seguintes:
a) Os itens negociados no mercado $a0 homogéneos;
b) Podem ser encontrados em gualguer momento compradores & vendedores dispostos a comprar e vender e
c) Os pregos estap disponiveis ao piblico.

Mêtodo da eguivalência patrimonial É um método de Contabilizacao pelo agual oa investimeanto ou interesse # inicialmente raconhecido pelo custo e poste-
riormente ajustado em funcao das alteragfes verificadas, ap6s a aguisië0, na guota-parte do investidor au do
empreendedor nos activos liguidos da investida ou da entidade conjuntamente controlada. Os resultados do investi-
dor ou empreendedor incluem a parte gue Ihe corresponda nos resultados da investida ou da entidade conjunta-
mente controlada,
Mêtado do juro efectivn É um mêtodo de calcular o custo amorlizado de um activo financeiro ou de um passivo financeiro (ou grupo de acti-
vos financeiros ou de passivos financeiros) e de imputar o rendimento dos juros ou o gasto dos juros durante 0
periodo relevante. A taxa de juro efectiva é a taxa gue desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos de
Caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, guando apropriado, um periodo mais
curto na guantia eseriturada liguida da activo financeiro ou do passivo financeiro.

d27
8 Norma Contabllistica e de Relato Financeiro para Peauenas Entidades SNC EXPLICADD

(continuagdo)

Ee
TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

Oe
Moeda de apresentaga0 É a moeda na gual as demonstragdes financeiras s0 apresentadas.

Moeda estrangeira É uma moeda gue nio seja a moeda funcional da entidade.

Moeda funcional É a moeda do ambiente econémico principal no gual a entidade opera.

Obrigacao construtiva É uma obrigac#o gue decorre das acgëes de uma entidade em gue:
a) Por via de um modelo estabelecido de préticas passadas, de politicas publicadas ou de uma declarago corrente
sufieientemente especifica, a entidade tenha indicado a outras partes gue aceitarê certas responsabilidades; e
| b) Em conseguëncia, a entidade tenha criado uma expectativa valida nessas outras partes de gue cumprird com
essas responsabilidades.

Obrigacio legal É ura obrigaczo aue deriva de:


a) Um contrato (por meio de termos explicitos ou implicitos);
b) Legislaco; ou
C) Outras obrigagêes de lei.
Outros beneficios a longo prazo das So beneticios das empregados (gue nêo sejam beneficios pés-emprego, benelicios de cessagdo de emprego e
empregados benelicios de remuneraco em capital préprio) gue nio se vengam na totalidade dentro de doze meses ap6s o final
do periodo em gue os empregados prestam 0 respectivo servico.

Pagamentos minimos da locagio Sao os pagamentos durante o prazo da locacëo gue n locatério vai fazer, ou gue Ihe possam ser exigidos, excluindo
a renda contingente, custos relativos a servicos e impostos a serem pagos pelo, e reembolsados an, lacador, junta-
mente com:
a) No caso do locatêrio, guaisguer guantias garantidas pelo locatêrio ou por uma parte relarionada com o localdrio; ou
b) No caso do locador, gualguer valor residual garantido a0 locador:
j) Pelo locatrio;
ii) Por uma parte relacionada com o locatêrio; ou
iii) Por um terceirg nag relacionado com o locador, gue seja financeiramente capaz de satisfazer tal garantia.
Contudo, se o locatêrio tiver a opcio de comprar o activo por um preco gue Se espera gue seja suficientemente
mais baixo do gue o justo valor na data em due a opgio se torne exercivel para gue, no inicio da locacdo, seja razoa-
velmente certo gue ela serd exercida, os pagamentos minimos da locac&o compreendem os pagamentos minimos a
pagar durante o prazo da locagëo até 4 data esperada do exercicio desta opcdo de compra.

Parte relacionada Uma parte est£ relacionada com uma entidade se:
a) Directa, ou indirectamente através de um ou mais intermediërios, a parte:
j) Controlar, for controlada por ou estiver sob a controlo comum da entidade (isto inclui relacionamentos entre
empresas-mae e subsidiërias e entre subsididrias da mesma empresa-mae);
ii) Tiver um interesse na entidade gue Ihe confira influência significativa sobre a mesma; ou
iii) Tiver um controlo conjunto sobra a entidade;
b) A parte for uma associada ou um empreendimento conjunto em gue a entidade seja um empreendedor (ver NCRF 13 —
Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas);
c) A parte for membro do pessoal-chave da gestio da entidade ou da sua empresa-mae;
d) A parte for membro intimo da familia de dualguer individuo referido nas alineas (a) ou (c);
e) A parte for uma entidade sobre a gual gualguer individuo referido nas alineas (c) ou (d) exerce controlo, contralg
ronjunto ou influência significativa, ou gue possui, directa ou indirectamente, um Significativo pader de voto; ou
f) A parte for um plano de beneficios pés-emprego para beneficio dos empregados da entidade, ou de gualguer
entidade gue seja uma parte relacionada dessa entidade.

Passivo f uma obrigaco presente da entidade proveniente de acontecimentos passados, cuja liguidacd0 se espera aue
resulte rum exfluxo de recursas da entidade gue incorporem beneficios econdmicos.

Passivo contingente É:
a) Uma obrigacio possivel gue provenha de acontecimentos passados e Cuja existência somente ser contirmada
pela ocorrência ou n#o de um ou mais acontecimentos futuros incertos ndo totalmente sob controlo da entidade;
OU
b) Uma obrigacio presente gue decorra de acontecimentos passados mas gue ndo é reconhecida porgue:
j) Nio é prov#vel gus um exfluxo de recursos incorporando benelicios econdmicos seja exigido para liguidar a
obrigagio; ou
ii) A guantia da obrigacëo nio pade ser mensurada com suficiente fiabilidade.
Passivo financeiro É gualguer passivo gue seja:
a) Uma obrigacio contratual:
i) De entregar dinheiro ou outro activo financeiro a uma outra entidade; ou
j) De trocar activos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condicdes gue sejam potencial-
mente desfavordveis para a entidade; ou

28

He
SNEC EXPLICADO A Norma Contabilistica e de Relata Financeira para Peguenas Entidades

(EontinuagZo)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

b) Um contrato gue seja ou possa ser liguidado em instrumentos de capital prêprio da prépria entidade e gue seja:
i) Um nio derivado para o gual a entidade esteja ou possa estar obrigada a entregar um nimero variëvel de ins-
trumentas de capital préprio da prépria entidade; ou
ii) Um derivado gue seja ou possa ser liguidado de forma diferente da troca de uma guantia fixa em dinheiro ou
outro activo financeira par um nimero fixo dos instrumentos de capital proprio da prépria entidade. Para esta
finalidade, os instrumentos de capital prêprio da prépria entidade nao inclyem instrumentos gue sejam eles
préprios contratos para futuro recebimento ou entrega dos instrumentos de canital prêprio. da prépria enti-
dade.
Passivos por impostos diferidos Sao as guantias de impostos sobre 9 rendimento pagêveis em periodos futuros com respeitoa diferencas tempord-
rias tributdveis.
POGA anteriores Correspondem ê base de contabilidade gue um adoptante pela primeira vez utilizava imediatamente antes de adoptar
as NCRF.
Perda fiscal (lucro trihutdvel) É a perda (ou luero) de um periodo, determinado de acordo. com as regras estabelecidas pelas autoridades fiscais,
Sobre o gual si9 pagos (ou recuperdveis) impostos sobre 0 rendimento.

Perda por imparidade É o excedente da guantia escriturada de um activo, ou de uma unidade geradora de caixa, em relag5o A sua guantia
recuperdvel.

Pesduisa Éa investigacao original e planaada levada a efeito com a perspectiva de obter novos conhecimentas cientificos ou
têenicos.
Pessoal-chave de gestio Sio as pessoas gue têm autoridade e responsabilidade pelo planeamenta, direccZo e controlo das actividades da
entidade, directa ou indirectamente, incluindo gualguer administrador (executivo ou outro) dessa entidade.
Planos de beneffcios definidas Sao planas de beneficios ps emprego gue nio sejam planas de contribuicëo definida.

Planos de beneficios pés-emprego Sao acordos formais ou informais pelos guais uma entidade proporciona beneficios pés-emprego a um ou mais
empregados.
Planos de contribuicëo definida Sap planos de beneficios pés-emprego pelos guais uma entidade paga contribuicoes fixadas a uma entidade sepa-
rada (um fundo) e ndo teré obrigagio legal ou construtiva de pagar contribuic6es adicionais se o fundo nio detiver
activos suficientes para pagar tados as beneficios dos empregadas relativos ao servico dos empregados na periodo
corrente e em periodos anteriores.
Planos de remuneracdo em capital Séo acordos formals ou informais nelos guais uma entidade proporciona beneficios de remuneracao em capital pré-
préprio prio para um ou mais empregados.
Planes multiempregador Sdo planos de contribuigo definida (gue na0 sejam plangs astatais) ou planos de beneficios definidos (gue nio
sejam planos estatais) gue:
a) Ponham em conjunto activos contribuidos por vêrias entidades due nio estejam $ob contrelo comum:e
b) Usem esses activos para proporcionar beneficios aos empregados de mais de uma entidade, na base de gue os
niveis de contribuicoes e de beneficios so determinados nio olhando a identidade da entidade due emprega os
empregados em guestdo.

Politicas contabilisticas So os principios, bases, convencdes, regras e prêticas especificos aplicadas por uma entidade na preparacao e
apresentagëo de demonstracdes financeiras.
Prazo da loragëo É o periodo nio canceldvel pelo gual o locatêrio contratou lacar o activo juntamente com guaisauer termos adicio-
nais pelos guais o locatêrio tem a opgao de continuar a lpcar 9 activo, com ou sem pagamento adicional, guando no
inicio da locaGio for razoavelmente certo gue o lacatêrio irê exercer a opgan.

Prego de venda liguido É a guantia a obter da venda de um activo numa transacgdg entre parties conhercedoras e interessadas, independen-
tes entre si, menos os custos com a alienacdo.
Primeiras demonstracëes financei- Sdo as primeiras demonstragëes financeiras anuais em gue uma entidade adoptou as narmas contabilisticas e de
ras de acordo com as NCRF relato financeiro (NCRF).
Produto Agricola £ n produto colhido dos activos biolêgicos da entidade.
Propriedade de investimento É a propriedade (terreno ou um ediffcio — ou parte de um edificio — ou ambos) detida (pelo dono ou pelo locatdrio
numa locagëo financelra) para obter rendas ou para valorizag&o do capital ou para ambas as finalidades, e nio para:
a) Uso na produgëo ou fornecimento de bens ou servigos ou para finalidades administrativas; ou
b) Venda no curso ordindria do negêcio.
Propriedade ocupada pelo dono É a propriedade detida (pelo dono ou pelo locatêrio numa locacëo financeira) para uso na producio ou fornecimento
de bens ou servicos ou para finalidades administrativas.
Provavel Um acontecimento é provêvel guando a possibilidade da sua ocorréncia for superior & possibilidade de nao ocor-
rência.
Provisag É um passivo de tempestividade ou guantia incerta.

329
8 Norma Contabilistica e de Relato Financelro para Penuenas Entidades
SNC EXPLICADO

(Eontinuagdo)

TERMOS/EXPRESSOES DEFINICOES

Ouantia deprecidvel É p custo de um activo- ou outra guantia substituta do custo, menos o seu valor residual.

Ouantia eseriturada É a guantia pela gual um activo é reconhecido no Balango, ap6s a dedugao de gualguer depreciac#o/amortizacap
acumulada e de perdas por imparidade acumuladas inerentes.

Ouantia recuperavel É a guantia mais alta de entre o preto de venda liguido de um activo e o seu valor de uso.

Ouantia recuperdvel É a guantia mais alta de entre o justo valor de um activo menos os custos de vender e o seu valor de us.

(uantia recuperdvel É a guantia mais alta de entre o justo valor de um activo ou unidade geradora de caixa menos os custas de vender e
0 seu valor de us0.

Rédito É o influxo bruto de beneffcios econédmicos durante o periodo proveniente do curso das actividades ordinarias de |
uma entidade guando esses influxos resultaram em aumentos de capital préprio, gue nao Sejam aumentos relarig-
mados com contribuicoes de participantes no capital prêprio.

Reastruturacdo É um programa planeado e controlado pelo 6rgao de gestio e gue allera materialmente ou:
a) 0 Ambito de um negécio empreendido por uma entidade; ou
b) A maneira como o negêeio é conduzido.

Reexpressio retrospertiva É a correce&io do reconhecimento, mensuracdo e divulgac#o de guantias de elementos das deronstrac6es financei- |
ras como se um erro de periodos anteriores nunca tivesse ocorrido.

Remuneracao Inclui todos os beneficios dos empregados. Ds beneficios dos empregados s#0 todas as formas de retribuigdo paga,
a pagar ou proporcionada pela entidade, ou em nome da entidade, em troca de servigos prestadus a entidade. Tam-
bém inclui as retribuic6es pagas em nome da empresa-mae da entidade com respeito a0s servicos prestados a enti-
dade. A remuneragao inclui:
a) Beneficios de curto prazo de empregados no activo, tais como ordenados, salarios e contribuig6es para a segu-
ranca soeial, licenca anual paga e pagamento de baixa por doena, participagdo nos lueros e bonus (se pagdveis
num periodo de doze meses apêés o fim do periodo) e beneficios nag monetdrios (tais como cuidados médicos,
habitac&o, automdveis e bens ou servicos gratuitos ou subsidiados);
b) Beneficios pés-emprego tais como pensëes, outros benelicios de reforma, seguro de vida pês-emprega e Cuida-
dos médicos pés-emprego;
c) Outros beneficios de longo prazo dos empregados, incluindo licenea por anos de servigo ou licena sabatica,
jubilac30 ou outros beneficios por anos de servico, beneficios de invalidez de longo praza e, se néo forem pagd-
veis na totalidade num periodo de doze meses apés o final do periodo, participag#o nos lucros, bOnus e remung-
ragao diferida;
d) Beneticios por cessagêo de emprego; e
e) Pagamento com base em acgoes.

Renda contingente É a parte dos pagamentos da lpcagëio gue nio esté fixada em auantia mas antes baseada na fulura guantia de um
factor gue se alfera sem ser pela passagem do tempo (por exemplo, percentagem de futuras vendas, guantidade de
futuro uso, fuluros indices de precos, futuras taxas de juro do mercado).

Rendimento de impostos (gasto de É a guantia agregada incluida na determinacio do resultado liguido do periodo respeilante a impostos correntes ea
impostos) impostos diferidas.

Rendimento financeira nao obtido É a diferenga entre:


a) O investimento bruto na locagdos e
b) O investimento liguido na locagao.

Retorna dos activos do plano É o juro. dividendos e outro rédito proveniente dos activos do plano, juntamente com ganhos ou perdas nos activos
do plano realizados e nêo realizados, menos guaisguer custos de administrar o plang e menos gualguer imposto a
pagar pelo prêprio plano.

Subsidiëria É uma entidade (agui se incluindo as entidades gue nio sejam constituidas em forma de sociedade, como, p. eX,. as
parcerias) oue é controlada por uma outra entidade (designada por empresa-mae).

Subsidios do Governo $30 auxilios do Governo na forma de transferência de recursos para uma entidade em troca do cumprimento pas-
sado ou futuro de certas condigëes relacionadas com as actividades operacionais da entidade. Exclyem as formas
de apoio do Governo as guais nio possa razoavelmente ser-lhes dado um valor e transacgdes com 0 Governo due
nio se possam distinguir das transaccies comerciais normais da entidade.
Subsidios relacionados com activos S3p subsidios do Governo cuja condicgo primordial ê a de gue a entidade gue a eles se propde deve comprar, cons-
truir ou por gualguer forma adauirir activos a longe prazo. Podem também estar ligadas condigaes subsidiërias res-
tringindo o tipo ou a localizago dos activos ou dos periodos durante os duais devem ser adguiridos ou detidos.

Subsidios relacionados com rendi- S4p subsidios do Governo gue nio sejam os gue estio relacionados com activos.
mentas

Taxa de cimbio É o rêcin de troca de duas moedas.

a3a0
SNC EXPLICADO B Norma Contabilistica e de Relato Finanteira para Peguenas Entidades

(continuatdo)

TERMOSJ/EXPRESSOES DEFINICOES

Taxa de cimbio & vista É a taxa de cimbio para entrega imediata de moeda.

Taxa de fecho É a taxa de cimbio 8 vista A data do balango.

Taxa de juro implicita na locagëo É a taxa de desconto gue, no inicio da locagio, faz com gue o valor presente agregado de:
a) Os pagamentos minimos da locacëa e
b) 0 valar residual nao garantido seja igual 4 soma:
c) Do justo valor do activo locado;e
d) De guaisguer custas directos iniciais do lorador.

Taxa de juro incremental de financia- É a taxa de juro gue o locat4rio teria due pagar numa locacao semelhante ou, se isso nao for determinavel, a taxa
mento do locatario gue, no iniclio da locago, o locatêrio incorreria ao pedir emprestados por um prazo semelhante, e com uma segu-
ranga semelhante, os fundos necessêrios para comprar o activo.
Transactao com partes relacionadas É uma transferência de recursos, Servigos ou obrigacêes entre partes relacionadas, independentemente de haver ou
no um débito de preco.
Transacedo prevista É uma transaccio fulura nio comprometida mas antecipada.

Transformacao biolégica Compreende os processos de crescimento natural, degeneragan, produco e procriacëo gue causem alteracëes gua-
litativas e guantitativas num activo biolêgica.
Unidade geradora de caixa É o mais pegueno grupo identificêvel de activos nue seja gerador de inflyxos de caixa'e gus seja em larga medida
independente dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de aciivos.
Unidade operacional dascontinuada Ê um comporente de uma entidade gue seja alienado ou esteja classificado como detido para venda e:
a) Represente uma importante linha de negécios separada ou uma rea geografica operacional;
b) Sela parte integrante de um tinico plano coordenado para alienar uma importante linha de negécios separada ou
drea geografica operacional ou
C) Seja uma subsididria adauirida esclusivamente com vista a revenda.

Unidade operacional estrangeira É uma subsidiëria, associada, empreendimento conjunto ou sucursal da entidade gue relata, cujas actividades sejam
baseadas ou conduzidas num pais gue nao seja o pais da entidade gua relata.
Valor de uso É o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, due sê espere surjam do uso continuado de um activo ou
unidade geradora de caixa e da sua alienacio no fim da sua vida util.
Valor especifico para a entidade É o valor presente dos fluxos de caixa gus uma entidade espera gue resultem do uso continuado de um activo e da
Sua alienacdo no final da sua vida uitil ou em gue espera incorrer ao liguidar um passivo.
Valor presente de uma obrigagao de É o valor presente, sem a dedugio de guaisguer activos do plano, dos pagamentos futuros esperados neressêrios
beneficios definidos para liguidar a obriga€io resultante do servico do empregado nos periodos corrente e anteriores.
| Valor realizêvel liguido É o preco de venda estimado no decurso ordin&rio da actividade empresarial menos os custos estimados de acaba-
mento e os rustos estimados neressêrins para efectuar a venda.

Valor residual De um activo é a guantia estimada gue uma entidade obteria correntemente pela alienac#o de um activo, apés deducdo
dos custos de alienagdo estimados, se 0 activo ja tivesse a idade e as condicdes esperadas no final da sua vida dt.
Valor residual garantida É
a) No caso do loratdrio, a parie do valor residual gue seja garantida pelo lgcatdrio ou por uma parte relacionada com
0 locatdrio (sendo a guantia da garantia a guantia maxima gue possa, em gualguer caso, tormar-se pagdvel) e
b) No caso do locador, a parte do valor residual gue seja garantida pelo locatério ou por um terceiro nao relacionado
com o locador gue sela financeiramente capaz de satisfazer as obrigagoes cobertas pela garantia.
Valor residual nio garantidog É a parte do valor residual do activo locado, cuja realizago pelo locador nio esteja assegurada ou esteja unicamente
garantida por uma parte relacionada com o locador.
Vida econdmica É:
a) 0 periodo durante o gual se espera gue um activo seja economicamente utiliz#vel por um ou mais utentes; ou
b) 0 nimero de unidades de produgag, ou similares, gue se espera gue seja obtido a partir do activo por Um ou
mais utentes,
Vida Gtil É:
a) 0 periodo durante o gual uma entidade espera gue um activo estela disponivel para uso; ou
b) 0 naimero de unidades de producëio ou similares gue uma entidade espera obter do activo.

331
Entidades SNC EXPLICADOD
# Norma Contabllistica e de Relato Financelro para Peauenas

APÊNDICE I1- PROCESSO DE TRANSIGAO 5 - Uma possivel sistematizacêo dos procedimentos


referidos nos par&grafos 2 e 3 pode ser a seguinte:
PARA 0 NOVO SNC PELAS PEOUENAS j) Ouanto aos activos e passivos ague jê eram reco-
ENTIDADES - PONTO 5 DA NCRF-PE nhecidos nos termos do POC e das Directrizes
Contabilisticas e ague satisfacgam as respectivas
Nota prévia: O presente documento nêo faz parte da
definicées e critérios de reconhecimento descritos
norma e fo preparado visando facilitar a organizacao
na NCRF-PE, os mesmos devem ser reclassifica-
dos procedimentos de transicêo das peaguenas entida-
dos. Exemplos desta situacêo podem encontrar-se,
des do SNC em base POC para o novo SNC.
designadamente, guanto aos saldos de Ccaixa,
Nas peguenas entidades, o processo de transicêo do
depêésitos a ordem, clientes, fornecedores e estado
SNC em base POC para o novo SNC pode ser desenvol-
e outros entes publicos;
vido nos seguintes termos:
ii) Ouanto aos activos e passivos ague, por forca da
1- As guantias referentes ao exercicio de 2009 inclui- aplicac&o do POC e das Directrizes Contabilisticas,
das nas demonstracëes financeiras referentes a esse nêo se encontravam no Balanco, mas due passam
exercicio apresentadas com base nas regras do Plano a satisfazer as respectivas definicëes e critêrios de
Oficial de Contabilidade e Directrizes Contabilisticas reconhecimento descritos na NCRF-PE, devem ser
dever&o ser reconvertidas considerando as regras da
reconhecidos. Tal acontece, por exemplo, guanto a
NGCRF-PE; alguns instrumentos financeiros;
?2 — Essa reconversêo implica a preparagëo de um ii) Ouanto aos activos e passivos gue, encontrando-se
Balanco de Abertura, a 1 de Janeiro de 2010, gue serê a no Balanco por forca da aplicacêo do POC e das
reclassificacao do Balanco de 31 de Dezembro de 2009. Directrizes Contabilisticas, nêo satisfacam as res-
Para proceder & reconversêo haverê gue considerar pro- pectivas definicêes e critêrios de reconhecimento
cedimentos de i) reclassificacêo, ii) reconhecimento, iii) descritos na NCRF-PE, devem ser desreconheci-
desreconhecimento e iv) mensuracao. dos. Exemplos desta situacëo sêo, designada-
mente, alguns intangiveis, tais como as despesas
3 — O procedimento de reclassificagao consiste na
de instalac&o e as de investigacao.
tansferência dos saldos das contas existentes por forca
da utilizacêo do Plano Oficial de Contabilidade, para as 6 — Os registos contabilisticos relativos a reconheei-
contas definidas no cédigo de contas SNC. mentos e desreconhecimentos de activos e passivos
acima referidos devem ter como contrapartida a rubrica
4 — Os procedimentos de reconhecimento e desre-
de resultados transitados,
conhecimento referem-se & inclusao ou eliminagao
de rubricas de Balanco por forca da aplicacëo da 27 de Agosto de 2009. - Pelo Secretêrio-Geral, em
NCRE-PE. substituicêo, Ana Bernardo.

332
9 Normas Interpretativas*

ta pelo Aviso n.” 15 653/2009, DR. n.” 173, Série II, de 2009-08-07

d33
9 Normas Interpretativas — NI 1 SNC EXPLICADO

controladas pela entidade aue relata. Porém, a Norma


NORMA INTERPRETATIVA 1
nê&o0 proporciona orientacao especilfica sobre a consoli-
daGëo de EFE.
CONSOLIDACAO - ENTIDADES DE FINALIDADES ESPECIAIS
5 -A guestao gue se coloca é em aue circunstências
Esta Norma Interpretativa decorre da SIC 12 — Consol- uma entidade deve consolidar uma EFE.
dacao —- Entidades de Finalidades Fspeciais, adoptada
pelo texto original do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da 6 — Esta Norma Interpretativa nêo se aplica a planos
Comissêo, de 3 de Novembro. de beneficios pés-emprego ou planos de remuneracëo
Sempre aue na presente norma existam remissêes em capital proprio.
para as normas internacionais de contabilidade, entende- 1 - Uma transferência de activos de uma entidade
-se gue estas se referem &s adoptadas pela Uniao Euro- para uma EFE pode aualificar-se como uma venda por
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do essa entidade. Mesmo se a transferência se aualificar
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em
Como uma venda, as disposicëes da NCRF 15 e esta
conformidade com o texto original do Regulamento (CE)
Norma Interpretativa podem significar aue a entidade
n.” 1126/2008 da Comissêo, de 3 de Novembro.
deve consolidar a EFF. Esta Norma Interpretativa nao
trata das circunstências em due se deve aplicar o trata-
(uestéo (parêgrafos 1a 7) mento de venda a entidade ou da elimina€ao das conse-
Guêëncias de tal venda apês a consolidacao.
1 — Uma entidade pode ser criada para cumprir um
objectivo restrito e bem definido (por exemplo, efectuar
actividades de locacëo, de pesauisa e desenvolvimento Entendimento (parêgrafos 8 a 10)
ou uma titularizac&o de activos financeiros). Tal entidade
8 - Uma EFE deve ser consolidada guando a substên-
de finalidade especial (“EFE”) pode tomar a forma de
cia do relacionamento entre uma entidade e a EFE indi-
uma sociedade, uma parceria ou um trust. As EFE sêo
ciar ague a EFE é controlada por essa entidade.
muitas vezes criadas com acordos juridicos gue impêem
limites estritos & por vezes permanentes aos poderes de 9 — No contexto de uma EFFE, o controlo pode surgir
tomada de decisêo do seu 6rgëo de gestêo ou frustee por via da predeterminacëo das actividades da EFE
sobre as operacêes da EFE. Freguentemente, estas (operando em autopilot) ou de outra forma. O deereto-lei
Clêusulas especificam ague a politica aue guia as activi- due aprovou o Sistema de Normalizac&o Contabilistica
dades continuas da EFF nao podem ser modificadas, a (SNC) indica vêrias circunstências gue resultam em con-
nêo ser pelo seu criador ou patrocinador (isto é, funcio- trolo mesmo em casos em aue uma entidade possua
nam no chamado autopilo). metade ou menos do poder de voto de outra entidade.
2 — O patrocinador (ou a entidade a favor de guem a De forma similar, pode existir controlo mesmo em casos
EFE foi constituida) freguentemente transfere activos em gue uma entidade possui pouco ou nenhum do capl-
para a EFE, obtém o direito de usar activos detidos pela tal préprio da EFE. A aplicac&o do conceito de controla
EFE ou executa servicos para a EFE, embora outras par- exige, em cada caso, julgamento no contexto de todas
tes (“fornecedores de capital") possam proporcionar o os factores relevantes.
financiamento da EFE. Uma entidade ague efectue tran- 10 - Além das situacëes descritas no decreto-lei gue
saccêes com uma EFE (freguentemente o criador ou o aAprovou o SNC, as circunstências seguintes, por exem-
patrocinador) pode em substência controlar a EFE. Dlo, podem indiciar um relacionamento em due uma enti-
4 - Um interesse de beneficios numa EFE pode, por dade controla uma EFE e conseaguentemente deve con-
exemplo, tomar a forma de um instrumento de divida, de solidar a EFF (da-se orientagëo adicional no apêndice a
um instrumento de capital préprio, de um direito de parti- esta Norma Interpretativa):
Cipacëo, de um interesse residual ou de uma locaGao. a) Em substência, as actividades da EFE estao a ser
Alguns interesses de beneficios podem simplesmente conduzidas em nome da entidade de acordo com
proporcionar ao detentor uma taxa de retorno fixada ou as suas necessidades especificas de negécio de
declarada, enaguanto outros dêo ao detentor direitos ou o forma ague a entidade obtenha beneficios do funcio-
acesso a outros beneficios econdmicos fuluros das acti- namento da EFE;
vidades da EFE. Na maioria dos casos, o €riador ou o D) Em substência, a entidade tem os poderes de
patrocinador (ou a entidade a favor de auem a EFE foi tomada de decisêo para obter a maioria dos benelfi-
criada) retêm um interesse de beneficios signiticativo cios das actividades da EFE ou, ao estabelecer um
nas actividades da EFE, mesmo ague possa possuir mecanismo de autopilot, a entidade delegou estes
poucO ou nenhum do capital préprio da EFE.
poderes de tomada de decisêo;
4-A NGCRF 15 - Investimentos em Subsidiërias e€ Con- Cc) Em substência, a entidade tem direitos para obter a
solidagao exige a consolidacëo de entidades aue sejam maioria dos benelicios da EFE e pode por conseguinie

dad
SNC EXPLICADO 9 Normas Interpretativas — NI 1

estar exposla a riscos inerentes as actividades da EFE; decisêo podem ter sido delegados ao estabelecer um
OU mecanismo autopilot.
d) Em substência, a entidade retém a maioria dos ris- Sao exemplos:
cos residuais ou de propriedade relativos a EFE ou a) Poder de unilateralmente dissolver uma EFE;
aos seus activos a fim de obter beneficios das suas b) Poder de alterar o organigrama ou as comunica-
actividades. c6es da EFE; ou
Cc) Poder de vetar alterac6es propostas ao organi-
Data de eficaeia (parêgrafo 11) grama ou a regulamentos da EFE.
11 — Esta Norma Interpretativa torna-se eficaz a partir AA — Beneficios
do primeiro periodo aue se inicie em ou apês 1 de A entidade ague relata tem, em substência, direito de
Janeiro de 2010. obter a maioria dos beneficios das actividades da EFE por
via dos estatutos, de contrato, de acordo, ou de procura-
Apêndice (pardgrafos A1 a A5) C€a0, ou outro agualduer esauema, acordo ou instrumento.
Tais direitos a beneficios na EFE podem ser indicadores
Indicadores de controlo sobre uma EFE de controlo auando sejam especilicados a favor de uma
A1 - Os exemplos do par&grafo 10 desta Norma Inter- entidade aue estêé comprometida em transacc6es com
pretativa destinam-se a indicar situac6es aue devem ser uma EFE e aue a entidade existe para ganhar esses
consideradas ao avaliar um determinado acordo & luz do beneficios a partir do desempenho financeiro da EFE.
principio da substência sobre a forma. A orientacaêo Sao exemplos:
dada nesta Norma Interpretativa e neste apêndice nêo a) Direitos & maior parte de guaisguer beneficios @co-
se destina a ser usada como uma “lista de verificacêes nOMICoS distribuidos por uma entidade na forma de
exaustiva” das condicêes due têm de ser cumulativa- futuros flyxos de caixa liguidos, ganhos, aclivos
mente satisfeitas a fim de exigir a consolidacao de uma liguidos, ou outros beneficios econémicos; ou
EFE, sendo apenas exemplificativa. b) Direitos & maioria das interesses residuais em distri-
2 — Actividades buicëes residuais escalonadas ou numa liguidacêo
As actividades da EFE estao, em substência, a ser da EFE.
conduzidas a favor da entidade aue relata, aue directa- A5 — Riscos
mente ou indirectamente criou a EFE de acordo com as Pode ser obtida uma indicacao de controlo pela ava-
suas necessidades especificas de negécio. liacëo dos riscos de cada parceiro aue entre em tran-
Sao exemplos: saccêes com uma EFE. Freguentemente, a entidade gue
a) A EFE estd especialmente empenhada em propor- relata garante um retorno ou proteccêo de crédito
Cionar uma fonte de capital a longo prazo para uma directa ou indirectamente por via da EFE a investidores
entidade ou na contribuicaa de fundos para supor- externos due proporcionam substancialmente toda o
tar as operacëes centrais ou principais continuadas capital da EFE. Como conseaguêëncia da garantia, a enti-
de uma entidade; ou dade retém riscos residuais ou de propriedade & os
D) A EFE proporciona o fornecimento de bens ou ser- investidores sêo, em substência, apenas mutuantes por-
Vicos ague é consistente com as operacêes centrais aue é limitada a sua exposicao a ganhos e perdas.
Ou principais continuadas de uma entidade aus, Sê0 exemplos:
sem a existência da EFE, seriam fornecidos pela a) Os formecedores de capital nao têm um interesse
prépria entidade. significativo nos activos liguidos subjacentes da
A dependéncia econémica de uma entidade sobre a EFE;
entidade aue relata (tais como relacëes de formecedores b) Os fornecedores de capital nêo têm direitos aos
Com Um cliente significativo) nê&o conduz, por si mesma, futuros beneficios econ6micos da EFE;
a controlo. c) Os formnecedores de capital nêo estio substantiva-
A3 - Tomada de decisêo mente expostos aos riscos inerentes aos activos
A entidade aue relata tem, em substência, poderes de liguidos subjacentes ou as operag6es da EFE; ou
tomada de decisêo para controlar ou para obter o con- d) Em substência, os fornecedores de capital rece-
trolo da EFE ou dos seus activos, incluindo determina- bem principalmente retribuic&o eguivalente ao
dos poderes de tomada de decisao aue apareceram retorno de um mutuante por meio de um juro de
ap6s a constituicao da EFE. Tais poderes de tomada de divida ou de capital préprio.

da5

ga
9 Marmas Interpretativas — NI 2
SNC EXPLICADO

regulam agualauer aplicacêo de técnicas de valor presente


NORMA INTERPRETATIVA 2 na mensuracëo de activos:
a) As taxas de juro usadas para descontar flyxos de
USO DE TECNICAS DE VALOR PRESENTE PARA MENSURAR Caixa devem reflectir pressupostos due sejam consis-
0 VALOR DE US0 tentes com os inerentes aos fluxos de caixa estima-
Esta Norma Interpretativa decorre da NCRF 12 - Impa- dos. Por exemplo, uma taxa de desconto de 12%
ridade de Activos. pode ser aplicada a fluxos de caixa de um emprés-
Sempre due na presente norma existam remissoes timo a receber. Essa taxa reflecte as expectativas
para as normas internacionais de contabilidade, entende- acerca de futuros incumprimentos de empréstimos
-se due estas se referem as adoptadas pela Uniëo Euro- com caracteristicas particulares. Os mesmos 12% nao
peia, nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do deveriam ser usados para descontar fluxos de caixa
Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho e, em esperados porgue esses fluxos de caixa ja reflectem
pressupostos acerca de futuros incumprimentas.
contormidade com o texto original do Regulamento (CE)
n.e 1126/2008 da Comissao, de 3 de Novembro. D) Os fluxos de caixa e as taxas de desconto estima-
dos devem estar isentos tanto de preconceitos
como de factores nêo relacionados com o activo
Gomponentes de uma mensuragio pelo valor presente em auestêo. Por exemplo, uma subexpressao deli-
(pardgrafos 1e 2) berada dos fluxos de caixa liguidos estimados para
1 - Os seguintes elementos em conjunto captam as melhnorar a futura rendibilidade aparente de um
diferencas econémicas entre activos: activo introduz um preconceito na mensuracao;
a) Uma estimativa do fluxo de caixa futuro, ou, em c) Os fluxos de caixa ou a taxa de desconto estima-
Casos mais complexos, da sêrie de fluxos de caixa dos devem reflectir a variedade de possiveis desie-
futuros aue a entidade espera obter de um activo; chos de uma unica auantia possivel minima ou
b) Expectativas acerca das variac6es possiveis na maxima mais provavel.
guantia ou tempestividade desses fluxos de caixa;
c) O valor total do dinheiro, representado pela taxa Abordagem tradicional e pelo fluxo de caixa esperado
corrente de juro sem risco do mercado; ao valor presente (pardorafos 4a 14)
d) O preco de suportar a incerteza inerente ao activo; e
Abordagem tradicional (par&grafos 4a 6)
e) Outros factores (tais como a falta de liguidez), por
4 — As indicac6es contabllisticas do valor presente të#m tra-
vezes nêo identificêveis, due os participantes do
dicionalmente usado um tnico conjunto de flyuxos de caixa
mercado reflectiriam ao aprecar os flyxos de caixa
estimados e uma Unica taxa de desconto, muitas vezes des-
futuros aue a entidade espera obter do activo.
Crita como a “taxa proporcional ac risco". Com efeito, a
2 — Esta Norma Interpretativa apresenta duas aborda- abordagem tradicional assume due uma convencao unica
gens para calcular o valor presente, agualguer delas de taxa de desconto pode incorporar todas as expeclativas
podendo ser usada para estimar o valor de uso de um acerca de fluxos de caixa futuros e o préêmio de risco apro-
activo, dependendo das circunstências. Segundo a priado. Assim sendo, a abordagem tradicional coloca a
abordagem “tradicional”, os ajustamentos nos factores maior parte da nfase na escolha da taxa de desconto.
b) a e) descritos no par&grafo 1 est&o embutidos na taxa
5 - Em algaumas circunstências, tais como as aue em
de desconto. Segundo a abordagem do “fluxo de caixa
activos comparêveis possam ser observados no mer-
esperado", os factores b), d), e e) causam ajustamentos
Cado, uma abordagem tradicional é fAcil de aplicar. Para
ao atingir fluxos de caixa esperados com risco ajustado.
activos com fluxos de caixa contratuais, ela é consistente
Oualcguer gue seja a abordagem ague uma entidade
com a forma como os participantes do mercado descre-
adopte para reflectir as expectatfivas acerca das possi-
vem os activos, como em “uma obrigacéo a 12%".
veis variacêes na guantia ou na tempestividade de flu-
xos de caixa fuluros, o resultado deve reflectir o valor 6 — Contudo, a abordagem tradicional pode nao tratar
presente esperado dos fluxos de caixa futuros, ie. a apropriadamente de alguns problemas de mensuracêo
média ponderada de todos os desfechos possiveis. complexos, tais como a mensuracëo de activos no
financeiros para os aguais nêo existe mercado para o
item ou um item comparével. Uma busca correcta da
Principios gerais (par&grafo 3) “taxa proporcional ao risco” exige a analise de pelo
3 — As têcnicas usadas para estimar os fluxos de caixa menos dois itens: i) um activo gue exista no mercado e
futuros e as taxas de juro variarëo de uma situacëo para gue tenha uma taxa de juro observada e ij) o activo a
outra dependendo das circunstências gue rodeiam o mensurar. A taxa de desconto apropriada para os fluxos
activo em duestêo. Contudo, os principios gerais seguintes de caixa a mensurar deve ser inferida da taxa de juro

336
SNC EXPLICADO 9 Normas Interpretativas — NI 2

observavel nesse outro activo. Para efectuar essa infe- 9 - O valor presente esperado de B92,36 UM ditere da
rência, as caracteristicas dos flyuxos de caixa do outro noc&o tradicional da melhor estimativa de 902,73 UM
activo devem ser semelhantes &s do activo a mensurar. (probabilidade de 60%). Uma computacëo tradicional do
Portanto, a pessoa gue mensura deve fazer o seguinte: valor presente aplicada a este exemplo exige uma deci-
a) ldentificar o conjunto de fluyxos de caixa aue serêo sêo sobre a tempestividade possivel dos Hluxos de caixa
descontinuados; a usar e, em conformidade, nêo reflecte a probabilidade
de outras tempestividades. Isto deve-se ao facto de a
b) ldentificar outro activo no mercado gue pareca ter
taxa de desconto numa computacêo de valor presente
fluxos de caixa semelhantes;
tradicional nio reflectir as incertezas da tempestividade.
Cc) Comparar os conjuntos de fluxos de caixa dos dois
itens para assegurar due sejam semelhantes (por 10 -O uso de probabilidades é um elemento essencial
exemplo, $ê0 ambos conjuntos de fluxos de caixa da abordagem pelo flyxo de caixa esperado. Alguns
Contratuais, ou um & contratual e o outro um Tluxo duestionam se a atribuicao de probabilidades e estimati-
de caixa estimado?); vas altamente subjectivas sugere maior precisêo do aue,
de facto, existe. Contudo, a correcta aplicacao da abor-
d) Avaliar se hê um elemento num item due néo esteja
dagem tradicional (descrita no pardgrafo 6) exige as
presente no outro (por exemplo, um & menos
mesmas estimativas e subjectividade sem proporcionar
liauido aue o outro?; e
a tansparéncia computacional da abordagem pelo fluxo
e) Avaliar se é provêvel gue os fluxos de caixa se
de caixa esperado.
comportam (i.e. variem) de forma semelhante face
a conNdic6es econdmicas em mutacao. 11 — Muitas estimativas desenvolvidas na pratica Cor-
rente j& incorporam informalmente os elementos dos flu-
xos de caixa esperados. Além disso, os contabilistas
Abordagem pelo fluxo de caixa esperado (parêgrafos 7a 14)
enfrentam muitas vezes a necessidade de mensurar um
1-A abordagem pelo fluxo de caixa esperado ë, em activo ao usar informacëo limitada sobre as probabilida-
algumas situac6es, uma ferramenta de mensuragêo mais des de possiveis fluxos de caixa. Por exemplo, um conta-
eficaz do gue a abordagem tradicional. Ao desenvolver uma bilista pode ser confrontado com as seguintes situac6es:
mensuracëo, a abordagem pelo fluxo de caixa esperado
a) A auantia estimada recai algures entre 50 UM e
usa todas as expectativas possiveis acerca dos fluxos de
250 UM, mas nenhuma guantia nesse intervalo ê
caixa em vez do flyxo de caixa singular mais provdvel. Por
mais provêvel do gue gualauer guantia, com base
exemplo, um fluxo de caixa pode corresponder a 100 UM,
nessa informacëo limitada, o fluxo de caixa espe-
200 UM ou 300 UM com probabilidades de 10%, 60% e&
rado estimado é de 150 UM [(50 4 250)/2];
30%, respectivamente. O Hluxo de caixa esperado é de
220 UM. A abordagem pelo fluxo de caixa esperado difere D) A aguantia estimada recai algures entre 50 UM e
assim da abordagem tradicional ao focar a analise directa 250 UM e a aguantia mais provêvel é de 100 UM.
dos flyxos de caixa em agueslëo e em demonstracêes mais Contudo, as probabilidades associadas a cada
explicitas dos pressupostos usados na mensuracëo. aguantia s&o desconhecidas. Com base nessa infor-
macaëo limitada, o fluxo de caixa estimado é de
8 -A abordagem pelo fluxo de caixa esperado tam-
133,33 UM [(50 4 100 4 250)/3],
bém permite o uso de técnicas de valor presente
C) A auantia estimada ser 50 UM (10% de probabili-
aguando a tempestividade dos flyxos de caixa for incerta.
dade), 250 UM (30% de probabilidade) ou de 100 UM
Por exemplo, um fluxo de caixa de 1000 UM pode ser
recebido num ano, dois anos ou três anos com probabili-
(60% de probabilidade). Com base nessa informacao
limitada, o fluxo de caixa esperado estimado é de
dade de 10%, 60% e 30%, respectivamente. O exemplo
140 UM [(50 0,10) (250 x 0,30) 4 (100 x 0,60).
abaixo mostra a computacê&o do valor presente espea-
rado para essa situacao. Em cada caso, é provêvel aue o flyxo de caixa espe-
rado estimado proporcione uma melhor estimativa do
Valor presente de 1000 UM em 1 ana a 5% | 952,28 UM valor de uso do aue o minimo, o mais provavel ou 0
maximo tomados individualmente.
Probabilidade 10% 95,24 UM
12 — A aplicac&o de uma abordagem pelo flyxo de
Valor presente de 1000 UM em 2 anos
2505% 902,73 UM Caixa esperado estêé sujeita a um constrangimento
baseado na relac&o custos/beneffcios. Em alguns casos,
Probabilidade 60% | 541.64 UM uma entidade pode ter acesso a muitos dados due
Valor presente de 1000 UM em 3 anos podem ser capazes de desenvolver muitos cendrios de
25,5% 851,61 UM
fluxos de caixa. Noutros casos, uma entidade pode nao
ser capaz de desenvolver mais do aue demonstracoes
Probabilidade 30% | 256,48 UM
gerais acerca da variabilidade de fluxos de caixa sem
Valar presente esperado 892,36 UM incorrer em custos substanciais. A entidade precisa de

SNCE-22 337
9 Normas Interpretaltivas — NI Z SNEC EXPLICADO

eguilibrar o custo da obtencêo de informacao adicional 17 — Como ponto de partida na determinacêo de tal
face & fiabilidade adicional gue essa informaGëo trara a estimativa, a entidade deve ter em conta as seguintes
mensuracao. taxas:

13 — Alguns defendem aue as técnicas pelo flyxo de a) O custo médio ponderado de capital da entidade
Caixa esperado nao sêo apropriadas para mensurar um determinado pelo uso de têcnicas tais como o
tinico item ou um item com um numero limitado de possl- Modelo de Aprecamento de activos de Capital
veis desfechos. Oferecem um exemplo de um activo com (Capital Asset Fricing Model;
dois possiveis desfechos: uma probabilidade de 90% de b) A taxa incremental de emprêstimos obtidos pela
gue o fluxo de caixa seja de 10 UM e uma probabilidade entidade;e
de 10% de aue o fluxo de caixa seja de 1000 UM. Obser- Cc) Outras taxas de mercado de emprêstimos obtidos.
vam aue o flyxo de caixa esperado nesse exemplo é de
18 — Contudo, estas taxas devem ser ajustadas;
109 UM e criticam esse resultado como nao sendo repre-
sentativo de gualguer das guantias aue poderêo ser a) Para reflectir a forma como o mercado avaliaria os
pagas em uitima instancia. riscos especificos associados aos flyxos de caixa
estimados do activo; e
14 — Afirmac6es como a anterior reflectem desacordo
D) Para excluir os riscos gue nêo sejam relevantes
subjacente com o objectivo de mensurac&o. Se o objec-
para os fluxos de caixa estimados do activo ou para
tivo é a acumulagêo dos custos em aue se incorre, os
os guais os flyuxos de caixa tenham sido ajustados.
fluxos de caixa esperados podem nêo produzir uma esti-
mativa fielmente representativa do custo esperado. Naêo Devem ser considerados riscos tais como o risco de
é provêvel aue a guantia recuperavel do activo neste pais, o risco de moeda e o risco de preco.
exemplo seja de 10 UM, mesmo aue seja o fluxo de 19 - A taxa de desconto é independente da estrutura
caixa mais provêvel. Isto deve-se ao facto de uma men- de capital da entidade e da forma como a entidade finan-
suracëo de 10 UM nêo incorporar a incerteza do fluxo de ceira financiou a compra do activo, pordue os fiuxos de
caixa na mensuracao do activo. Em vez disso, o fluxo de caixa futuros ague se espera obler de um activo nao
Caixa incerto é apresentado como se fosse um fluxo de dependem da forma como a entidade financiou o activo.
caixa certo. Nenhuma entidade racional venderia um
activo com estas caracteristicas por 10 UM. 20 —O pardgrafo 21 da NCRF 12 - Imparidade de Acti-
vos exige gue a taxa de desconto usada seja uma taxa
antes dos impostos. Portanto, guando a base usada
Taxa de desconto (paragrafos 15 a 21) para estimar a taxa de desconto for ap6s os impostos,
15 — Oualauer gue seja a abordagem ague uma entidade essa base é ajuslada para rellectir uma taxa antes dos
adopte para mensurar o valor de uso de um activo, as impostos.
taxas de juro usadas para descontar os fluxos de caixa 21 - Uma entidade usa normalmente uma laxa de des-
nao devem relflectir riscos para os guais os fluxos de caixa
Conto Unica para a estimativa do valor de uso de um
tenham sido estimados. De outro modo, o efeito de alguns
activo. Porém, uma entidade usa taxas de desconto sepa-
pressupostos serd tido em consideragëo duas vezes.
radas para periodos futuros, distintos guando o valor de
16 - Guando uma taxa de um activo especifico nêo uso for sensivel a uma diferenca nos riscos para periodos
estiver directamente disponivel no mercado, uma enti- distintos ou & estrutura de prazos das taxas de juro.
dade usa substitulos para estimar a taxa de desconto. A
finalidade é estimar, tanto auanto posslvel, uma avalia-
Data de eficacia (pargrafo 22)
GAo do mercado:
22 — Esta Norma Interpretativa torna-se eficaz a partir
a) Do valor temporal do dinheiro para os periodos até
do primeiro periodo gue se inicie em ou ap6s 1 de
ao fim da vida util do activo;
Janeiro de 2010.
b) Dos factores b), d) e e) descritos no parêgrafo 1, alê
aO ponto em due esses faclores nêo originaram ajus- 27 de Agosto de 2009. - Pelo Secret4rio-geral, em
tamentos para atingir os fluxos de caixa estimados. substituicëo, Ana Bernardo.

daa
10 Regulamento (CE) n.” 1606/2002
do Parlamento Europeu e do
Gonselho, de 19 de Julho,
relativo a aplicacao das
Normas Internacionais de
Gontabilidade
10 Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do Parlamento Europeu e da Censelha, de 19 de Julho SNC EXPLICADD

O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA elevado nivel de transparência e de comparabilidade


UNIAO EUROPEIA, em matéria de apresentacêo de informacêes financei-
ras por parte de todas as sociedades da Comunidade
Tendo em conta o Tratado aue institui a Comunidade
Cujos titulos sêo negociados publicamente, gue é uma
Europeia e, nomeadamente, o n.” 1 do seu artigo 95, cONdIGAO Necess4ria para a criac&o de um mercado
Tendo em conta a proposta da Comissêof, de capitais integrado aue funcione de modo eficaz,
Tendo em conta o parecer do Comité Econémico e Social, harmonioso e eficiente. Por conseguinte, é necessêrip
Deliberando nos termos do artigo 251.” do Tratadol”, complementar o auadro juridico aplicével as socieda-
Considerandoo seguinte: des cujos ttulos sêo negociados publicamente.
(1) O Conselho Europeu de Lisboa. aue decorreu em 23 e (4) O presente regulamento tem como objectivo contribuir

ETES
24 de Marco de 2000, salientou a necessidade de para o bom funcionamento dos mercados de capitais,
acelerar a realizacêo do mercado interno dos servicos com uma boa relacao custo-eficêcia. A proteccao dos
financeiros, tendo fixada o prazo-limite de 2005 para a investidores & a manutencêo da confianca nos merca-
execuc&o do Plano de Accêo para os Servicos Finan- dos financeiros constituem igualmente aspectos rele-
Geiros, da Comissêo, e apelado & tomada de medidas vantes da realizacêo do mercado intermno neste domi-
destinadas a reforcar a comparabilidade das demons- nio. O presente regulamento reforca a liberdade de
trac6es financeiras elaboradas pelas sociedades circulagëo dos capitais no guadro do mercado interno,
Cujos titulos sêo negociados publicamente. Contribuindo para gue as sociedades da Comunidade
(2) Com o objectivo de contribuir para um melhor funcio- possam concorrer num plano de igualdade relativa-
namento do mercado interno, as sociedades cujos Htu- mente aos recursos financeiros disponiveis nos merca-
los sêo negociados publicamente devem aplicar um dos de capitais da Comunidade, bem cComo nos mer-
(Nico cENjunto de normas internacionais de contabil- cados de capitais mundiais.
dade de elevada aualidade, para efeitos da elabora- (5) Para assegurar a competitividade dos mercados de
G&0 das resperctivas demonstrac6es financeiras con- capitais europeus, é importante gue se realize a con-
solidadas. Alêém disso, importa aue as normas em vergéncia das normas utilizadas na Europa para a ela-
matéria de apresentacêo de informacGes financeiras boracao das demonstracëes financeiras com as nor-
aplicadas pelas sociedades da Comunidade ague par- mas internacionais de contabilidade, as auais sêo
ticipam nos mercados financeiros sejam aceites inter- susceptiveis de uma utilizacao a nivel mundial, tanto
nacionalmente e constituam normas aplicêveis verda- para a realizac&o de operacêes transfronteiras como
deiramente a nivel mundial. Tal implica um aumento para a admissêo & cotacéo no estrangeiro.
da convergência das normas e regras de contabili- (6) Em 13 de Junho de 2000, a Comissêo publicou uma
dade utilizadas actualmente a nivel internacional, com Gomunicacêo relativa & sEstratégia da UE para o
'o objectivo uitimo de criar um conjunto unico de nor futuro em matéria de informacêes financeiras a prestar
mas de contabilidade aplicéveis a nivel mundial. pelas empresas-, na gual propês aue todas as socie-
(3) A Directiva 7B/6GO/CEE do Conselho, de 25 de Julho dades da Comunidade cujos titulos sê0o negociados
de 1978, relativa &s contas anuais de certas formas de publicamente elaborem as suas demonstracëes finan-
sociedades*, a Directiva 83/349/CEE do Conselho, de ceiras consolidadas em conformidade com um Unica
13 de Junho de 1983, relativa as contas consolida- conjunto de normas de contabilidade, a saber, as nor-
das! a Directiva 86/635/CEE do Conselho, de 8 de mas intermnacionais de contabilidade (NIC), o mais tar-
Dezembro de 1986, relativa As contas anuais e &5 con- dar a partir de 2005.
tas consolidadas dos bancos e outras instituicoes (7) As normas intermacionais de contabilidade (NIC) sao
financeiras, e a Directiva 91/674/CEE do Conselhio, elaboradas pelo International Accounting Standards
de 19 de Dezembro de 1991, relativa as contas anuais Committee (IASC), cujo objectivo consiste em criar Um
e as contas consolidadas das empresas de seguros!”, conjunto Unico de normas contabilisticas a nivel mun-
dirigem-se igualmente as sociedades da Comunidade dial. Na seaguëncia da reestruturagëo do |ASC, uma
Cujos titulos sê&o negociados publicamente. Os reauisi- das primeiras decis6es do novo 6rgêo de direccéo
tos em matéria de apresentagêo de informacOes esta- consistiu em alterar a denominacêo deste comité para
belecidos nessas directivas nao podem assegurar o International Accounting Standards Board (IASB) a

“JO C 154 E, de 28.5.2001, p. 288.


“JO C 260, de 17.8.2001, p. B6.
Parecer do Parlamento Europeu de 12 de Marco de 2002 (ainda nêo publicado no Jormal Oficiah e decisao do Conselho, de 7 de Junho de 2002.
W JO L 222, de 14.8.1978, p. 11. Directiva com a Uitima redaceao aue Ihe foi dada pala Directiva 2001/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselhio (JO L 283,
de 27.10.2001, p. 28).
JO L 193, de 18.7.1983, p. 1, Dire€tiva com a tltlima redacGao aue Ihe foi dada pela Directiva 2001/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho.
“JOL 372, de 31.12.1986, p. 1. Directiva com a Ultlima redacgëo gue Ine foi dada pela Directiva 2001/65/CE da Parlamento Europeu e do Conselho.
MJOL 374, de 31,12,1991, p. 7.
SNC EXPLICADO 10 Regulamenta (CE) n.” 1606/2002 da Parlamento Europau e da Canselho. de 19 de Julha

partir de 1 de Abril de 2001 e, no aue diz respeito as das normas intermacionais de contabilidade adopta-
futuras normas internacionais de contabilidade, foi das na Comunidade.
determinado aue as NIC passariam a denominar-se (12) De acordo com o principio da proporcionalidade, as
Normas Internacionais de Informacaëo Financeira medidas previstas no presente regulamento, ao
(NIIF). Sempre ague possivel e desde due assegurem reguererem a aplicacëo de um Unico conjunto de
um elevado grau de transparênecia e de comparabili- regras intermacionais de contabilidade pelas socieda-
dade das informagoes financeiras na Comunidade, des cujos titulos sêo negociados publicamente, sê0
estas normas devem ser de utilizac&o obrigatêria por necessdrias para atingir o objectivo de contribuir
parte de todas as sociedades da Comunidade cujos
para o bom funcionamento dos mercados de capitais
titulos sao negociados publicamente, bem como por da Comunidade com base numa boa relacao custo-
todas as empresas comunitêrias. -eficêcia e, assim, para a realizZacëo do mercado
(8) As medidas necessêrias & execugëo do presente interno.
regulamento ser&o aprovadas nos termos da Decisao
(13) De acordo com o mesmo principio, é necessêrio, no
1999/468/CE do Conselho, de 28 de Junho de 1999,
due diz respeito as contas anuais, deixar aos Esta-
aue fixa as regras do exercicio das competências de
dos-Membros a opc4o de autorizarem ou reduererem
execucAo atribuidas & Comissaol", tendo devidamente
as sociedades cujos titulos sê0o negociados publica-
em conta a declaracêo feita pela Comissêo perante o
mente aue elaborem e@ssas contas em conformidade
Parlamento Europeu, em 5 de Fevereiro de 2002,
COM as normas internacionais de contabilidade adop-
sobre a aplicacêo da legislacao relativa aos serviGos
tadas de acordo com o procedimento previsto no
iinaniceiros.
presente regulamento. Os Estados-Membros podem
(9) Para se poder adoptar uma norma intermacional de
decidir igualmente alargar esta autorizagao ou este
contabilidade com vista & sua aplicacêo na Comuni-
reguisito a outras sociedades no due diz respeito &
dade, é necessêrio, em primeliro lugar, gue a mesma
elaboracëo das suas contas consolidadas e/ou das
satisfaca o reguisito fundarnental constante das referi-
Suas contas anuais.
das directivas do Conselho, isto é, gue a sua aplica-
G&0 apresenie de forma verdadeira e fiel a situagëo (14) Para facilitar a troca de opiniëes e permitir gue os
financeira e os resultados obtidos por uma empresa, Estados-Membros coordenem as suas posigées, a
sendo este principio ponderado a& luz das menciona- Comiss&o deverê informar periodicamente o Comité
das directivas do Conselhio, sem oue tal impligue uma de Regulamentac&o Contabilistica sobre os projectos
estrita conformidade com todas as disposic6es des- em curso, os documentos de debate, as sinteses
sas directivas; em segundo lugar, gue, em conformi- relativas a guestêes pontuais e os projectos sobre ris-
dade com as conclusêes do Conselho de 17 de Julno cos elaborados pelo |IASB, bem como sobre o traba-

de 2000, corresponda ao interesse publico europeu e, Iho técnico posteriormente desenvolvido pelo Comité
por ultimo, aue satisfaca critérios fiundamentais no due Têcnico Contabilistico. Importa também aue o Comitéê
diz respeito & aualidade das informacëes regueridas de Regulamentac&o Contabilistica seja antecipada-
para due as demonstrac6es financeiras sejam tteis mente informado se a Comissao nao tencionar propor
para os utilizadores: a adopcëo de uma norma internacional de contabil-
dade.
(10) Um Comité Técnico Contabilistico apoiarê e prestara
assessoria & Comissao na apreciacao das normas (15) Nas suas deliberacëes e na elaboraGëo das posicGes a
internacionais de contabilidade. tomar em documentos ou notas emitidas pelo IASB No
processo de desenvolvimento de normas contabilist-
(11) O mecanismo de aprovacêo deve funcionar de forma
Cas intermacionais (NIIF e interpretacëes do SIC-IFRIC),
rêpida relativamente &s normas internacionais de
a Cornissêo deverd tomar em consideracëo a importan-
contabilidade propostas, devendo igualmente consti-
cia de evitar uma desvantagem concorrencial para as
tuir um meio para ponderar, reflectir e trocar informa-
empresas europeias gue operam no mercado global e,
Gées sobre normas internacionais de contabilidade
na medida do possivel, os pontas de vista manifesta-
entre as principais partes envolvidas, em especial os
dos pelas delegacëes no Comité de Regulamentacao
organismos nacionais de normalizacao contabilistica,
Contabilistica. A Comissêo estarê representada nos
as autoridades de supervis&o nos dominios dos valo-
res mobiliërios, da banca e dos seguros, os bancos 6rgaos constitutivos do IASB.
centrais, incluindo o Banco Central Europeu, os con- (16) E essencial estabelecer um regime de aplicagao
tabilistas e os utilizadores e responséveis pela elabo- apropriado e rigoroso para reforgar a confianca dos
racëo das contas. Este mecanismo deve constituir investidores nos mercados financeiros. Por fora do
um meio para promover uma interpretaeëo comum artigo 10.” do Tratado, os Estados-Membros devem

VI JO L 184, de 17.7.1898, p. 23.

341
10 Regulamenta (CE) n.” 1606/2002 do Parlamento Europeu e dn Conselhn, de 19 de dulha SHC EXPLICADO

tomar medidas apropriadas para assegurar a obser- SIC-IFRIC), as alteracëes subseguentes a essas normas &
vência das normas internacionais de contabilidade. A interpretacëes conexas e as fuluras normas e interpreta-
Gomiss&o tenciona manter-se em contacto com as GOEes conexas emitidas ou adoptadas pelo International
Estados-Membros, nomeadamente através do Comitê Accounting Standards Board (IASB).
das Autoridades de Regulamentacêo dos Mercados
Furopeus de Valores Mobiliërios (CARMEVM), para Art.” 3.” - Adopcao e utilizacêo de normas interna-
definir uma abordagem comum relativamente & apli- Cionais de contabilidade
Cacéo dessas normas. 1 - A Comissao decide nos termos do n.” 2 do artigo 6."
(17) É também necessêrio autorizar os Estados-Membros da aplicabilidade na Comunidade das normas internacio-
a diferir até 2007 a aplicac&o de certas disposicées nais de contabilidade.
as sociedades cujos titulos sêo negociados publica- 2 — As normas intermnacionais de contabilidade sê podem
mente na Comunidade e num mercado regulamen- ser adoptadas se;
tado de aualauer pais terceiro e gue ja aplicam outro — nêc forem contrérias ao principio estabelecido no n.” 3
conjunto de normas aceites intermnacionalmente como do artigo 2.” da Directiva 7B/B6O/CEE e no n.” 3 do
base principal para as suas contas consolidadas, artigo 16.” da Directiva 83/349/CEE e corresponderem
bem como as sociedades nas guais sê os titulos de ap interesse publico europeu;e
divida sao negociados publicamente. É, no entanto, — salisfizerem os critërios de inteligibilidade, relevancia,
Crucial aue, até 2007, o mais tardar, seja aplicavel a fiabilidade e comparabilidade redueridos das informa-
todas as sociedades cujos titulos sêo negociados GO6es financeiras necessarias para a tomada de deci-
publicamente num mercado regulamentado da Comu- sêes ecoNÊMICas & a apreciacao da eficacia da gestao.
nidade um conjunto tnico de normas intermacionais 3 —Até 31 de Dezembro de 2002, a Comisséo deve deci-
de contabilidade de Ambito global, a saber as NIC. dir, nos termos do n.” 2 do artigo 6.”, da aplicabilidade na
(18) Para aue os Estados-Membros e as sociedades pos- Comunidade das normas intermacionais de contabilidade
sam realizar as adaptacoes exigidas para tornar pos- @xistentes aguando da entrada em vigor do presente regu-
sivel a aplicacao das normas internacionais de conta- lamento.
bilidade, é necessêrio aplicar certas disposicêes 4 — As normas intermacionais de contabilidade adoptadas
apenas em 2005, Hê aue estabelecer as disposicoes devem ser publicadas na integra em todas as linguas ofi-
apropriadas para proceder & primeira aplicagêo das ciais da Comunidade, sob a forma de regulamento da
NIC pelas sociedades em conseguência da entrada Comissêo, no Jornal Oficial das Comunidades Europeias,
em vigor do presente regulamento. Essas disposi-
COes deverao ser formuladas a nivel internacional a Art.” 4.” - Contas consolidadas das sociedades
fim de garantir o reconhecimento intermaecional das Cujos titulos sao negociados publicamente
medidas adoptadas. Em relagao a cada exercicio financeiro €om inicio em ou
depois de 1 de Janeiro de 2005, as sociedades regidas
ADOPTARAM O PRESENTE REGULAMENTO: pela legislacao de um Estado-Membro devem elaborar as
Suas contas consolidadas em conformidade com as normas
Art.” 1.” - Objectivo intermacionais de contabilidade, adoptadas nos termos do
O presente regulamento tem como objectivo a adopgêoe n.” 2 do artigo 6.”, se, & dala do balanco e contas, os seus
a utilizacao das normas intermacionais de contabilidade na valores mobilirios estiverem admitidos & negociacê&o num
Comunidade, com vista a harmonizar as informagoes finan- mercado regulamentado de aualguer Estado-Membro, na
Ceiras apresentadas pelas sociedades referidas no artiga acepcao do n.” 13 do artiga 1.” da Directiva 83/22/CEE do
4.”, por forma a assegurar um elevado grau de transparên- Conselhio, de 10 de Maio de 1993, relativa aos servicos de
cia e de comparabilidade das demonstrac6es financeiras &, investimento no dominio dos valores mobiliërios'”.
deste modo, um funcionamento eficiente do mercado de
capilais da Comunidade e do mercado interno. Art.” 5.” - Opcêes relativas as contas anuais e as
sociedades cujos titulos nêo sêo negocia-
Art.” 2.” - Definicêes dos publicamente
Para efeitos do presente regulamento, por &normas inter- Os Estados-Membros podem permitir ou reduerer:
nacionais de contabilidades entende-se as International a) as sociedades referidas no artigo 4.” gue elaborem as
Accounting Standards - AS (normas internacionais de con- Suas Contas anuais;
tabilidade — NIC), as International Financial Reporting Stan- b) as sociedades aue nao as referidas no artigo 4.” aue
dards, IFRS (normas internacionais de informacêo finan- elaborem as suas contas consolidadas efou as suas
ceira — NIIF) e interpretacëes conexas (interpretacëes do Contas anuais,

"JO C 141, de 11.6.1998, p. 27. Directiva com a Ollima redaceao gue Ihe (oi dada pela Directiva 2000/64/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 289,
de 17.11.2000, p. 27).
SNC EXPLICADO 10 HRegulamento (CE) n.” 1606/2002 do Parlamenta Euroneu e da Canselha, de 19 de Julho

em conformidade com as normas intermacionais de conta- a) Cujos titulos de divida apenas se encontrem adrmitidos
bilidade adoptadas nos termos do n.” 2 do artigo 6.”. num mereado regulamentado de gualguer Estado-
-Membro, na acepcëo do n.” 13 do artigo 1.” da Direc-
Art.” 6.” - GComité de Regulamentacao Contabilistica tiva 93/22/ CEE; ou
1-A Comissêo é assistida por um Comité de Regulamen- b) cujos valores mobiliërios estio admitidos & negociacêo
tacao Contabilistica, a seguir designado “Comite”. publica num Estado nêo membro e aue, para esse
2 - Sempre ague se faca referência ao presente numero, efeito, tém vindo a utilizar normas intermacionalmente
so aplicêveis os artigos 5.” e 7.” da Decisêo 1999/468/CE, aceites desde um exercicio financeiro due comecou
tendo-se em conta o disposto no seu artigo 8.”. O prazo antes da publicagao do presente regulamento no Jor-
previsto no n.” 6 do artigo 5.” da Decisêo 1999/468/CE é de nal Oficial das Comunidades Europeias.
três meses.
Art.” 10.” — Informacao e reexame
d-O comité aprovarê o seu regulamento interna.
A Comissêo deve proceder ao reexame da aplicacao do
Art.” 7.” - Relatérios e coordenacao presente regulamento, apresentando para o efeito um rela-
tério ao Parlamento Europeu e ao Conselhio até 1 de Julho
1- A Comissao deve manter contacto regular com o
de 2007.
comité sobre a situacêo dos projectos do |ASB em curso,
bem como sobre guaisguer documentos conexos emitidos
Art.” 11.” - Entrada em vigor
pelo IASB a fim de coordenar posicoes e de facilitar os
debates guanto a4 eventual adopcao de normas decorrentes O presente regulamento entra em vigor três dias apés a
desses projectos e documentos. Sua publicacao no Jornal Oficial das Comunidades Euro-
pelas.
2 — A Comissao deve informar cabal e atempadamente o
comité sempre due tencione néo propor a adopcao de uma
O presente regulamento é obrigatério em todos os seus
norma.
elementos e directamente aplicavel em todos os Estados-
-Membros.
Art.” 8.” — Notificacao
Feito em Bruxelas, em 19 de Julho de 2002.
Sempre ague os Estados-Membros adoptarem medidas
por forca do artigo 5.”, devem comunica-las de imediato &
Comissao e aas outros Estados-Membros,
Felo Farlamento Europeu
O Presidente
Art.” 9.” — Disposicêes transitêrias P. COX
Em derrogacê&o do disposto no artigo 4.”, os Estados-
-Membros podem estabelecer aue os reduisitos desse Pelo Canselko
artligo sé sejam aplicêveis em cada exercicio financeiro a O Presidente
partir de 1 de Janeiro de 2007 as sociedades: T. PEDERSEN

343
11 Regulamento (CE)
n.” 254/2009 da Comissao,
de 25 de Marco de 2009
(IFRIG 12 — Acordos de Goncessao
de Servicos)
11 Regulamento (CE) n.” 254/2009 da Camissin, de 25 de Marco de 2008 SNC EXFLICADO

REGULAMENTO (GE) N.” 254/2009 DA COMISSAD, pareceres do European Financial Reporting Advisory
de 25 de Marco de 2009 Group (EFRAG)*, o arupo consultivo para as normas de
contabilidade analisou o parecer de adopcao formulado
gue altera o Regulamento (CE) n.” 1126/2008, gue pelo EFRAG e informou a Comissêo de gue o considerava
eauilibrado e objectivo.
adopta certas normas internacionais de contabilidade,
nos termos do Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do 4- A adopgêo da IFRIC 12 implica, por conseguinte,
Parlamento Europeu e do Conselho, no gue diz respeito emendas & Norma Internacional de Relato Financeiro
& Interpretacso 12 do International Financial Reporting (IFRS) 1, & IFRIC 4 e & Interpretacêo 29 do Standing Inter-
Interpretations Committee (IFRIG) pretation Committee (SIC), aue se destinam a garantir a
Coerência entre as normas intermnacionais de contabilidade.
(Texto relevante para efeitos do EEP)
5 — Considera-se gue as empresas podem aplicar ou
continuar a aplicar a IFRIC 12.
A COMISSAO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS,
6 -O Regulamento (CE) n.” 1126/2008 deve, por con-
Tendo em conta o Tratado aue institui a Comunidade seguinte, ser alterado em conformidade.
Europeia,
1- As medidas previstas no presente regulamento
Tendo em conta o Regulamento (CE) n.” 1606/2002 do
estao em conformidade com o parecer do Comité de
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de
Regulamentacêo Contabilistica,
2002, relativo & aplicaca&o das normas intermnacionais de
contabilidade'” e, nomeadamente, o n.” 1 do artigo 8., ADOPTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Considerando o seguinte: Artigo 1.”

1-O Regulamento (CE) n.” 1126/2008 da Comissao O anexo do Regulamento (CE) n.” 1126/2008 & alte-
rado do seguinte modo:
adoptou certas normas intermacionais e interpretacëes,
vigentes em 15 de Outubro de 2008. 1- A Interpretacao 12 do International Financial Repor-
2 — Em 30 de Novembro de 2006, o International Finan-
ting Intereretations Committee (IFRIC), Acordos de Con-
Cial Repcrting Interpretations Committee (IFRIC) publicou Ccessao de Servicos, é inserida, conforme indicado no
anexo do presente regulamento.
a Interpretacëo IFRIC 12, Acordos de Concessao de Ser-
vicos, a seguir designada -IFRIC 12-. A IFRIC 12 é uma 2 -A Norma Internacional de Relato Financeiro (IFRS)
interpretacao aue esclarece a forma como devem ser 1,a IFRIC de a Interpretacëo 29 do Standing Interpreta-
aplicadas as disposicëes das Normas Intermacionais de Hon Committee (SIC) sêo alteradas em conformidade
Rielato Financeiro (IFRS) jê& aprovadas pela Comissêo a com o apêndice B da IFRIC 12, conforme indicado no
acordos de concessao de servicos. A IFRIC 12 explica anexo do presente regulamento.
COmo deve ser reconhecida nas contas do concessionaêrio
a infra-estrutura subordinada ao acordo de concessêo de Artigo 2.”
servicos. Esclarece igualmente a distincê&o existente entre As empresas aplicar&o a IFRIC 12, constante do anexo
as diversas fases de um acordo de concessao de servi- do presente regulamento, o mais tardar a partir da data de
Cos (construcëofexploracëo) e a forma como o rédito e os inicio do seu primeliro exercicio financeiro aue comece
gastos devem ser reconhecidos em cada caso. Distingue apos a data de entrada em vigor do presente regulamento.
dois modos de reconhecer a infra-estrutura e o rédito e os
gastos conexos (smodelos de activo financeiro e de Artigo 3.”
activo intangivel), em funcêo do grau de incerteza a due O presente regulamento entra em vigor no terceiro dia
se @ncontra exposto o rédito futuro do concessiondrio. seguinte ao da sua publicac&o no Jornal Oficial da Uniaa
Europela.
3 — A consulta do Grupo de Peritos Técnicos (TEG —
Technical Expert Group) do Furopean Financial Reporting O presente regulamento é obrigatêrio em todos os
Advisory Group (EFRAG) confirmou aue a IFRIC 12 satis- seus elementos e directamente aplicével em todos os
faz os critérios técnicos de adopcao estabelecidos no n.“ 2 Estados-Membros.
do artigo 3.” do Regulamento (CE) n.” 1606/2002. Em con-
Feito em Bruxelas, em 25 de Marco de 2009.
formidade com a Decisêo 2006/505/CE da Comissêo, de
14 de Julho de 2006, aue institui um grupo consultivo para Pela Comissêo0
as normas de contabilidade com a missêo de dar parecer Charlie MCCREEVY
a Comissêo sobre a objectividade e imparcialidade dos Membro da Comissêo

ie L 243 de 11-82-2002, p, 1.
“JO L 320 de 22-11-2008, p. 1.
“JO L 199 de 21-7-2006, p. 33.

346
SNEC EXPLICADO 11 Regulamento (CE) n.” Z&4/2009 da Comissan, de 25 de Marco de 2008

ANEXO podem ser construidas durante a vigência do acordo de


prestacao de servigos. Um acordo na acepc&o desta
Normas internacionais de contabilidade interpretacêo envolve tipicamente uma entidade do sec-
IFRIC 12 — Interpretacao IFRIC 12, Acordas de Con- tor privado (um concessiondrio) gue constr6i as infra-
Cessêo de Servicos -estruturas utilizadas para prestar o servico publico ou
para a sua melhoria (por exemplo, ao aumentar a sua
capacidade) e aue explora e mantém essas infra-estru-
Interpretagio IFRIC 12 turas durante um periodo especificado. O concessiond-
Acordos de Concessêo de Servicos rio é pago pelos seus servicos durante a vigência do
acordo. O acordo rege-se por um contrato gue estabe-
lece os padrêes de desempenho, os mecanismos de
REFERÊNCIAS ajustamento dos precos e as disposicoes para a resolu-
— Estrutura Concepiual para a Apresenlacao e Prepa- Cêo de litigios. Um tal acordo é freguentemente desig-
racéo de Demonstrac6es Financeiras nado como um acordo de concessao de servicos do tipo
— IFRS 1 Adopcëo pela Primeira Vez das Normas Inter- sCconstrucao-exploracëo-transferências de srecupera-
nacienais de Relato Financeiro Cao-exploracao-transferências ou spelo sector publico
ao privados.
-IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgacao de
Informacoes 3 - Uma caracteristica destes acordos de prestacao de
—lAS 8 Politicas Contabilisticas, Alteracëes nas Esti- servicos é a natureza de servico publico da obrigacao
mativas Contabilisticas e Erros assumida pelo concessionêrio. A politica publica vai no
Sentido de ague os servicos relacionados com as infra-estru-
-IAS 11 Contratos de construcëo
turas devem ser disponibilizados ao publico, independente-
— AS 16 Activos Fixos Tangiveis mente da identidade da parte aue presta os servicos. O
—lAS 17 Locacëes acordo de prestacao de services obriga contratualmente o
—IAS 18 Rédita CoNCESSIONArID a prestar os servicos ao publico por canta
da entidade do sector publico. As caracteristicas comuns
—IAS 20 Contabilizac&o dos Subsidios do Governo e
Sao, nomeadamente, as seguintes:
Divulgacéo de Apoios do Governo
a) A parte ague atribui o acordo de prestacao de servi-
— AS 23 Custos de Empréstimos Obtidos
cos (entidade concedente) é uma entidade do sector
— AS 32 Instrumentos Financeiros: Apresenlacao publico, nomeadamente um organismo da adminis-
—IAS 36 imparidade de Activos tragëo publica, ou uma entidade do sector privado a
—IAS 37 Provisdes, Passivos Conlingentes e Aclivos auem foi delegada a responsabilidade pela presta-
Contingentes C€&0 do servico.

—IAS 38 Activos Intangiveis D) O concessiondrio é responsavel, pela menos, pela


gestêo de uma parte das funcêes de gestao das
—IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
infra-estruturas e services conexos e nêo actua
Mensuracêo
apenas como um agente por conta da entidade
— IFRIC 4 Determinar se um Acordo contém uma Locacao concedente.
— SIC-29 Divulgacoes - Acordos de Concessêo de C) O contrato fixa os precos iniciais a cobrar pelo con-
Servico CEssionario e regulamenta as revisêes de precos
durante a vigéncia do acordo de prestacêo de ser-
ANTEGEDENTES VicoS,

1 - Em muitos paises, as infra-estruturas dos servicos d) O concessionêrio estê obrigado a transferir as infra-
-estruturas para a entidade concedente, no final da
publicos - como estradas, pontes, tineis, prisoes, hospi-
vigéncia do acordo, gue devem estar numa condi-
tais, aeroportos, infra-estruturas de distribuicëo de agua
G&0 especificada, sem agualauer retribuicao ou uma
e redes de formecimento de energia e de telecomunica-
retribuic&o adicional reduzida, independentemente
c6es - têm sido tradicionalmente construidas. explora-
da parte gue assegurou o seu financiamento inicial.
das e mantidas pelo sector publico e financiadas com
base em dotacêes orcamentais.

2 —- Em alguns paises, os Governos introduziram acor-


AMBITO DE APLICACAO
dos de prestacëo contratual de servicos, com visla a 4 — A presente interpretac&o proporciona orientac6es
incentivar a participacao do sector privado no desenvol- auanto & contabilizagéo pelos concessiondrios dos acor-
vimento, financiamento, operacêo & manutencê&o dessas dos de concessio de servicos pelo sector publico ao
infra-estruturas. As infra-estruturas podem ja existir ou privado.

d47
11 Regulamento (CE) n.” 254/2009 da Comisstin, de 25 de Marto de 2009 SNE EXPLICADO

5 — A presente interpretac&o aplica-se aos acordos de e) Custos de empréstimos obtidos;


coNcEessao de servicos pelo sector publico ao privado, se: f) Tratamento contabilistico subseguente de um activo
a) A entidade concedente controla ou regulamenta os financeiro e de um activo intangivel;
servicos gue o concessionêrio deve prestar com as g) lens disponibilizados ao concessionêrio pela enti-
infra-estruturas, a auem os deve prestar e a aue dade concedente.
Dreco;
b) A entidade concedente controla - através da pro- GONSENSO
priedade, de direitos de beneficiërio ou de outro
modo — gualauer interesse residual significativo nas Tratamento dos direitos do concessiondrio relativamente as
infra-estruturas no final da vigência do acordo. infra-estruturas

6 — As infra-estruturas utilizadas, no aguadro de um 11 — No Ambito da presente interpretacao, as infra-


acordo de concessao de servicos pelo sector publico ao -estruturas nao devem ser reconhecidas como activos
privado, durante a totalidade da sua vida util (a totali- fixos tangiveis do concessionario, dado gue o acordo de
dade da vida dos activos) estao abrangidas pelo &Ambita prestacao contratual de servicos n&o confere ao conces-
da presente interpretacao, caso sejam respeitadas as SioNnario o direito de controlar o uso das infra-estruturas
condic6es previstas no paragrafo 5(a). Os parAgrafos de servico publico. O concessionêrio tem acesso as
AG1-AGS proporcionam orientacëes para determinar se infra-estruturas, a fim de prestar o servigo publico por
e em ague medida os acordos de concessêo de servicos conta da entidade concedente, de acordo com as condi-
pelo sector puiblico ao privado sao abrangidos pelo C6es especificadas no contrato.
Ambito da presente interpretacêo.
Rerconhecimento e mensuragao da retribuicao dos acordos
7-A presente interpretagao aplica-se:
12 — Nos termos dos acordos contratuais concluidos,
a) As infra-estruturas gue o concessionêrio constr6i ou abrangidos pela presente interpretacëêo, o concessionario
adauire a um terceiro para efeitos do acordo de actua como um prestador de servicos. O concessionêrio
prestacao de servicos; CoNstr6i ou valoriza as infra-estruluras (servicos de cons-
b) As infra-estruturas j& existentes, Cujo acesso ao con- trucao ou de valorizac&o) utilizadas para prestar um ser-
cessiondrio é proporcianado pela entidade adjacente vico publico e opera e mantêm essas infra-estruturas
para efeitos do acordo de prestacao de servicos. (servicos operacionais) durante um periodo especificado.
8 -A presente interpretacêo nao especifica a contabili- 18 — O concessiondrio deve reconhecer e mensurar o
Zac&o das infra-estruturas detidas e reconhecidas como rédito, de acordo com as |AS 11 e 18, relativamente aos
activos fixos tangiveis pelo concessionario antes da con- servicos aue presta. Caso o concessiondrio preste mais
clusêo do acordo de prestac&o de servicos. Os reuisitos do aue um servico (ou seja, servicos de construc&o ou
em matéria de anulacêo do reconhecimento previstos de valorizacao e servicos operacionais) no aguadro de
nas IFRS (estabelecidos na IAS 16) aplicam-se a essas um Unico contrato ou acordo, a retribuicao recebida ou a
infra-estruturas. receber deve ser imputada por referência aas justos
valores relativos dos servicos prestados, guando as
9-—A presente interpretacêo nêo especifica a contabili-
guantias forem identificAveis separadamente, A natureza
Zacao por parte dos entidade concedentes.
da retribuic&o determina o seu tratamento contabilistico
subseguente. A contabilizacëo subseguente da retribui-
OUESTOES C&o recebida coma um activo financeiro & como um
10 —A presente interpretac&o estabelece princlpios activo intangivel encontra-se descrita em pormenor nos
gerais em matéria de reconhecimento e mensuracdo das paragrafos 23-26.
obrigacêes e direitos conexos no aguadro dos acordos
de concessêo de servicos, Ds reguisitos em matêria de Servicos de construcëo ou de valorizacao
divulgacao de informac6es sobre acordos de concessao
de servicos estêo contidos na SIC-29 Acordos de Con- 14 — O concessiondrio deve contabilizar o rédito e os
CEsséo0 de Servicos: Divulgacêes. As aguesties tratadas Custos relativos aos servicos de construeao ou de valori-
na presente interpretacëo sêo as seguintes: Zactêo, de acordo coma lAS 11.

a) Tratamento dos direitos do concessionêrio relativa- Retribuicao prestada pela entidade concedente ao concessiondrio
mente as infra-estruturas:
15 — Caso o concessiondrio preste servicos de cons-
b) Reconhecimento e mensuracao da retribuicëo pre-
trucao ou de valorizagêo, a retribuicêo recebida ou a
Vista nos acordos:
receber pelo concessionario deve ser reconhecida pelo
Cc) Servigos de construcao ou de valorizacao: sel justo valor. A retribuic&o pode corresponder a direl-
d) Servicos operacionais; tos Sobre:

a4B
SNC EXPLICADO 11 Regulamenta (CE) n.” 2854/2009 da Camissfin, de 25 de Margo da 2009

a) Um activo financeiro; prestacao de servicos. Estas obrigacëes contratuais de


b) Um activo intangivel, manter ou restabelecer as condic6es das infra-estrutu-
ras, com excepcêo de gualauer elemento de valorizagao
16 - O concessiondrio deve reconhecer um activo (ver o par&grafo 14), devem ser reconhecidas e mensu-
financeiro na medida em ague tenha um direito contratual radas de acordo com a IAS 37, ou seja, de acordo com
incondicional de receber dinheiro ou outro activo finan- a melhor estimativa do dispêndio necessêrio para ligui-
ceiro relativamente aos servicos de construc&o, da parte dar a obrigacêo presente na data do balanco.
da entidade concedente, ou segundo as instrucêes
desta. A entidade concedente dispêe de poucos ou Custos de empréstimos obtidos incorridos pelo concessiondrio
nenhuns poderes discricionaêrios para evitar o paga-
22 — De acordo com a IAS 23, os custos de emprésti-
mento, em virtude de o acordo ser, em geral, legalmente
mos obtidos due sejam imputdveis ao acordo devem ser
vinculativo. O concessiondrio tem um direito incondicio-
reconhecidos como um gasto do periodo em due sejam
nal de receber dinheiro, cCaso a entidade concedente
incorridos, salvo se o concessiondrio tiver um direito
garanta contratualmente o pagamento ao concessiondrio
contratual de receber um activo intangivel (o direito de
do seguinte: (a) auantias especificadas ou determina-
cobrar um preco aos utentes do servico publico). Neste
veis ou (b) a diferenca aue subsista entre as guantias
Caso, os custos de emprêstimos obtidos, gue sejam atri-
recebidas dos utentes do servico publico e as guantias
buiveis ao acordo, devem ser capitalizados durante a
especificadas ou determin4veis, mesmo due o paga-
fase de construcêo do acordo, em conformidade com
mento dependa do facto de o concessionêrio assegurar
@ssa norma.
ague as infra-estruturas respeitem reguisitos especifica-
dos em matéria de gualidade ou eficiëncia. Activos financeiros
17 - O concessiondrio deve reconhecer um activo 23 —-As IAS 32 e 39 e a IFRS 7 aplicam-se aos activos
intangivel na medida em aue he seja conferido o direito financeiros reconhecidos de acorde com os parêgrafos
(licenca) de cobrar um preco aos ufentes do servico 16e la.
DUblico. O direito de impor um pagamento aos utentes
do servico publico nêo é um direita incondicional de 24 — A auantia devida da entidade concedente, ou
receber dinheiro, dado aue as aguantias dependem da segundo as instruc6es deste, é contabilizada de acordo
medida em aue o publico utiliza o service. com a |lAS 39 como:
a) Um empréstimo ou conta a receber;
18 — Caso o concEssionario seja pago em relagëo aos
servicos de construcdo com base, em parte, num activo b) Um activo financeiro disponivel para venda;
financeiro e, em parte, num activo intangivel, ê necessê- Cc) Caso assim designados no reconhecimento inicial,
rio contabilizar separadamente cada componente da um activo financeiro pelo justo valor por via dos
retribuic&o do concessionêrio. A retribuicêo recebida ou resultados, se forem satisfeitas as condic6ées para
a receber relativamente as duas componentes deve ser essa classificacêo.
reconhecida inicialmente pelo seu justo valor. 25 — Caso a aguantia devida da entidade concedente
19 —A natureza da retribuicêo fornecida pela entidade seja contabilizada como um empreêstimo ou conta a
concedente ao concessiondrio deve ser determinada receber ou como um activo financeiro disponivel para
por referência as condicées contratuais e, se aplicêvel, venda, a |IAS 39 reguer ague os juros calculados pelo
ao direito dos contratos relevante. métoda do juro efectivo sejam reconhecidos nos resul-
tados.
Servicos operacionais
Activos intangiveis
20 — O concessiondrio deve contabilizar o rédito e os
Custos relativos aos servicos operacionais, de acordo 26 —A IAS 38 aplica-se aos activos intangiveis reco-
coma AS 18. nhecidos de acordo com os parêgrafos 17 e 18. Os
par&grafos 45-47 da |AS 38 proporcionam orientacoes
Obrigacëes contratuais de conferir as infra-estruturas um nivel especifi- guanto & mensuracëo dos activos intangliveis adauiri-
cado de capacidade para a prestacao de servicos dos em troca de um activo ou activos n&o monetêrios
21 —O concessiondrio pode ter obrigacêes contratuais ou de uma combinagao de activos monetêrios e nao
a respeitar a titulo de condicéo subjacente a sua licenga, monetarios.
a fim de: a) manter as infra-estruturas em funcëo de um
tens postos 3 disposicëo do concessiondrio pela entidade
nivel especificado de capacidade para a prestacêo de
concedente
servicos ou b) restabelecer as infra-estruturas uma cCon-
dicao especificada, antes da sua transferência para a 21 - De acordo com o parêgrafo 11, os itens de infra-
entidade concedente no final da vigência do acordo de -estruturas aos guais a entidade concedente deu acesso

dA9
11 Regulamenta (GE) n.” 254/2009 da Comissao, de 25 de Marco de 2004 SNC EXPLICADO

ao concessionaêrio, para efeitos do acordo de prestagao Apëndice A


de servicos, nêo sao reconhecidos como activos fixos
GUIA DE APLICAGAO
tanglveis do concessionêrio. A entidade concedente
pode disponibilizar igualmente outros itens ao conces- Este apêndice faz parte integrante da interprelac&o.
siondrio, gue este pode manter ou conferir-lhes o uso
gue pretender. Caso esses activos faam parte da retri- AMBITO (parégrafo 5)
buicao a prestar pela entidade concedente a titulo da AG1- O par&grafo 5 da presente interpretacao especi-
prestac&o dos servicos, no Constituir&o subsidios do fica aue as infra-estruturas se enaguadram no Ambito da
governo de acordo com a definizao aue Ihes é dada na interpretaGëo, sempre gue estiverem reunidas as seguin-
IAS 20. So reconhecidos cormo activos do concessiona- tes condic6es:
rio e mensurados pelo justo valor no reconhecimento ini-
a) A entidade concedente controla ou regulamenta os
cial. O concessiondêrio deve reconhecer um passivo em
servicos due o concessionêrio deve prestar com as
relacao a obrigac6es nao cumpridas ague assumiu em
infra-estruturas, a guem os deve prestar e a gue
troca dos activos.
preco;
b) A entidade concedente controla - através da pro-
DATA DE EFICACIA priedade, de direitos de beneficiërio ou de outro
28 - As entidades aplicarêo a presente interpretacêo modo —- aualauer interesse residual significativo nas
aos perlodos anuais com inicio em ou apês 1 de Janeiro infra-estruturas no final da vigência do acordo.
de 2008. No entanto, é permitido gue a sua aplicacao
AG? — O controlo ou regulamentac&o referidos na
tenha inicia numa data anterior. Se uma entidade aplicar
condicëo (a) podem ser assegurados com base nas
a presente interpretac&o a um periodo com inicio antes
disposicées contratuais ou de outro modo (como uma
de 1 de Janeiro de 2008, deve divulgar esse facto.
autoridade de regulamentac&o) e abrangerem as cir-
cunstências em due a entidade concedente compra a
TRANSIGAO totalidade da producao assim como as circunstências
em aue uma parte ou a totalidade da produc&o é
29 — Sem prejuizo do paragrafo 30, as alleracêes das
adauirida por outros utentes. Na aplicacëo desta con-
politicas contabilisticas sao contabilizadas em conso-
dicêo, a entidade concedente e auaisauer partes rela-
nência com a AS 8, ou seja, retrospectivamente,
cionadas devem ser consideradas colectivamente.
40 — Caso, no ague diz respeito a aualauer acordo de Caso a entidade concedente seja uma entidade do
prestacao de servicos especifico, seja impraticavel para sector publico, o sector publico no seu conjunto, junta-
um concessionario aplicar a presente interpretagao mente com auaisaguer autoridades de regulamentacêo
retrospectivamente no inicio do primeiro periodo apre- ague actuem no interesse publico, deve ser considerado
sentado, este deve: Ccomo relacionado com uma entidade concedente, para
a) Reconhecer os activos financeiros e os activos efeitos da presente interpretacao.
intangiveis existentes no inicio do primelro periodo
AG3 - Para efeitos da condicêoc (a), a entidade conce-
apresentado;
dente nêo necessita de ter pleno controlo do prego: ê
D) Uiilizar a guantia anteriormente escriturada desses suficiente aue o preoo seja regulamentado pela entidade
activos financeiros e intangiveis (independente- Goncedente, pelas disposicêes contratuais ou pela auto-
mente da classificacao anterior) como as suas ridade de regulamentac&o, por exemplo através de um
aguantias a escriturar nessa data; mecanismo de aplicacêo de tectos. No entanto, a condi-
Cc) Testar os activos financeiros e intangiveis reconhe- G&o deve ser aplicada a substência do acordo. As
Cidos nessa data no due diz respeito & imparidade, Caracteristicas nêo substantivas, coma um tecto ague sê
salvo se nao for praticêvel, sendo, nesse caso, as se aplicard em citcunstências excepcionais, devem ser
aGuantias sujeitas a este teste em condicêes idênti- ignoradas. Inversamente, caso, por exemplo, um con-
Cas as da imparidade no inicio do perlodo corrente. trato impligue conceder ao concessiondrio a liberdade
de fixagëo de precos, sendo contudo auaisauer lucros
em excesso devolvidos & entidade concedente, é
imposto um tecto ao retormo do concessiondrio e é satis-
feito o elemento do teste relativo ao controlo dos precos.
AG4 — Para efeitos da condicao (b), o controlo da
entidade concedente sobre gualauer interesse residual
significativo deve restringir a capacidade prêtica do
concessiondrio para vender ou dar em garantia as infra-
-estruluras e deve conceder & entidade concedente um

da0
SNC EXPLICADO 11 Regulamente (CE) n.” 2564/2009 da Comissiin, de 25 de Margo de 20089

direito de uso continuo ao longo de toda a vigéncia do desregulamentados acessêrios descritos no par&grafo
acordo. O interesse residual nas infra-estruturas consiste AGT7(b). Em agualauer um dos casos pode existir, em ter-
no seu valor corrente estimado, no pressuposto de ja mos substantivos, uma locacao da entidade concedente
terem a idade e de estarem nas condicëées previstas no ao concessionêrio. Em caso afirmativo, essa locacao
final da vigëncia do acordo. deve ser contabilizada de acordo com a AS 17.
AGS - Deve distinguir-se o controlo da gestêo. Caso a
entidade concedente retenha o grau de controlo deserito Apëndice B
no paragrafo 5(a) e gualauer interesse residual significa- EMENDAS A IFRS 1E A OUTRAS INTERPRETACOES
tivo nas infra-estruturas, o concessiondrio apenas gere
as infra-estruturas por conta da entidade concedente — As emendas enunciadas no presente apêndice devem
apesar de, em muitos casos, pode dispor de poderes ser aplicadas aos periodos anuais com inicio em ou
discricionêrios amplos em matéria de gestao. apods 1 de Janeiro de 2008. Se uma entidade aplicar a
presente interpretacdo a um perlodo anterior, estas
AG6 - As condicëes (a) e (b) identificam conjunta- emendas devem ser aplicadas a esse periodo anterior.
mente guando as infra-estruturas, incluindo as eventuais
substituicëes necessêrias (ver o parégrafo 21), sao con- B1-A IFRS 1 Adopcëo pela Primeira Vez das Normas
troladas pela entidade concedente durante a tolalidade Internacionais de Relato Financeiro é emendada tal
da sua vida econémica. Por exemplo, Caso o concessio- Como a seguir se descreve. O texto novo é sublinhado e
nario tenha de substituir uma parte de um item das infra- Oo texto suprimido é riscado.
estruturas durante a vigência do acordo (por exemplo, o O par&grafo 9 é emendado como segue:
pavimento de uma estrada ou a cobertura de um edifi- 9 — As disposic6es transitêrias de outras IFRSs apli-
Cio), o item das infra-estruturas deve ser considerado cam-se as alterac6es nas politicas contabilisticas efec-
COMO Um CoN/UNLO. Por conseguinte, a condicao (b) & tuadas por uma entidade ague j& use as IFRSs; nao se
respeitada relativamente & totalidade das infra-estrutu- aplicam & transicëo para as IFRSs do adoptante pela
ras, incluindo a parte substituida, caso a entidade con- primeira vez, excepto como especificado nos paragra-
Gedente tenha um controlo sobre dgualguer interesse fos 25D, 25H, 34A e 3AB.
residual significativo na derradeira substiluicao dessa
parte. No parêgrafo 12 a), a referência aos parêgrafos 13-25G
é emendada para 13-25H.
AG7 — O uso das infra-estruturas é por vezes regulamen- No parégrafo 13, as alineas k) e I|) sêo emendadas e
tado parcialmente do modo descrito no parêgrafo 5 (ae a alinea (m) inserida, como se segue:
parcialmente desregulamentado. No entanto, estes acor-
K) locacëes (par&grafo 28F);
dos assumem uma variedade de formas:
j) mensuracêo pelo justo valor de activos financei-
a) Ouaisauer infra-estruturas fisicamente separdveis e
ros ou passivos financeiros no reconhecimento
capazes de serem exploradas independentemente
inicial (par&grafo 256) &
e gue respeitem a definicao de unidade geradora
de caixa, definida na lAS 26, devem ser analisadas m)os activos financeiros ou os arctivos intangiveis
contabilizados de acordo com a IFRIC 12 Acor-
separadamente, caso sejam exclusivamente utiliza-
neessaode Servi r&Agratf H).
das para fins nêo regulamentados. Por exemplo, tal
poder-se-& aplicar a uma ala privada de um hospi- Ap0s o paragralo 25F, sê0 inseridos um movo litulo e
tal, sendo a parte restante do hospital utilizada pela o pardgrafo 25H, como se segue:
entidade concedente para o tratamento de doentes
no Ambito do sistema publico de saude. Acordos de Concessêo de Servicos
b) Sempre due as actividades puramente acessêrias
25H - As sociedades gue adoptem pela primeira vez
(como a loja de um hospital) estejam desregula-
as IFRS podem aplicar as disposicêes transitorias
mentadas, os testes de controlo devem ser aplica- constantes da IFRIC 12 Acordos de Cancessêo de
dos como se esses servicos nêéo existissem, dado
Servicos.
due, nos casos em due a entidade concedente
controla os servicos do modo descrito no par&grafo B2 —A IFRIC 4 Determinar se um Acordo coniéëm uma
5, a existência de actividades acessorias nao Locacdo é emendada tal como a seguir se descreve.
afecta o controlo da entidade concedente sobre as O parêgrafo 4 é emendado do seguinte modo (o texto
infra-estruturas. noVvo estê sublinhado):

AG8 - O concession&rio pode ter o direito de utilizar as 4 — Esta Interpretac&o nêo se apli acordos aue:
infra-estruturas separaveis descritas no par&grafo AG7(a) a) sejam, ou contenham, locac6es excluidas do
Ou as instalac6es utilizadas para prestar os servicos Ambito AS 17: ou

351
11 Regulamenta (CE) n.” 2854/2009 da Comissio. de 25 de Marta de 2009 SNC EXPLIGADO

b) sel acordos de con so de servi No parégrafo 6, a alinea d) é emendada e a alinea e)


SBC jblj rivado no Ambi IFRIC 12 é inserida, como segue:
Acordos de Concess êo de Servicos. d) alterac6es no acordo due ocorreram durante o
periodo:g@
B3 - A SIC-29 - Divulgacêes - Acordos de Concessêo &) o modo como o acordo de prestacëo de servicos
de Servico é emendada do seguinte modo (nos parêgra- foi classificado.
(os emendados, o texto novo é sublinhado).
A seguir ao paragrafo 6 insere-se um novo paraêgrafo
O seu titulo é emendado para Acordos de Concessêo
de Servicos: Divulgac6es. 6A, com a seguinte redaccëo:

Nos parégrafos 1-6, as referências ao -Operador de 6A — Os concessiondrios devem divulgar as auantias


CGonCEsSa0” passam a scONCESSIONATID” & as referên- de rédito e de resultados reconhecidas no periodo
cias a sConcedente- passam a sentidade conce- relativamente & troca de servicos de construcëo por
dentes. activos financeiros ou activos intangivels.

352
12 Deereto-Lei n.” 159/2009.
de 13 de Julho”

* Incluia Declaracao de Ractificac&o n.” 67-Al#008, D.R. n.” 177, Suplemento, Série |, de 2009-08-11

BNCE23 453
12 Deereta-Lei n.” 159/2009, de 12 de Julha SNC EXPLICADO

DECRETO-LEI N.” 159/2009, estabelecidas regras fiscais proprias, se verifica o aco-


Inimento do tratamento contabilistico decorrente das
de 13 de Julho
novas normas.
O Regulamento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento Ainda no dominio da aproximagao entre contabilidade
Furopeu e do Conselho, de 19 de Julho, veio introduzir a e fiscalidade, é aceite a aplicacêo do modelo do justo
obrigac&o de, relativamente aos exercicios iniciados em valor em instrumentos financeiros, cuja contrapartida
ou ap6s 1 de Janeiro de 2005, as sociedades com valo- seja reconhecida através de resultados, mas apenas nos
res mobiliërios cotados elaborarem as suas contas con- Casos em gue a fiabilidade da determinacêo do justo
solidadas em conformidade com as normas internacio- valor esteja em principio assegurada. Assim, excluerm-se
nais de contabilidade (NIC) tal como adoptadas pela OS instrumentos de capital préprio aue nao tenham um
Uniëo Europeia, e atribuir a cada Estado membro a preco formado num mercado regulamentado. Alêm
Opcao0 de alargamento do &mbito de aplicacao daaguelas disso, manteve-se a aplicac&o do principio da realizacao
normas a outras situacëes, designadamente as contas relativamente aos instrumentos financeiros mensurados
anuais individuais de sociedades cotadas e as contas ao justo valor cuja contrapartida seja reconhecida em
consolidadas e ou contas anuais individuais das restan- Capitais proprios, bem como as partes de capital gue
tes sociedades. correspondam a mais de 5% do capital social, ainda gue
O Decreto-Lei n.” 35/2005, de 17 de Fevereiro, veio reconhecidas pelo justo valor através de resultados.
consagrar a possibilidade de sociedades nêo cotadas Aceita-se, igualmente, a aplicacëo desse madelo na
sujeitas ao Plano Oficial de Contabilidade elaborarem as valorizag&o dos activos biol6gicos consumiveis due nao
suas contas consolidadas em conformidade com as NIC respeitem a explorac6es silvicolas plurianuais, bem
e permitir gue as entidades incluidas no Ambito da con- COME NOS produtos agricolas colhidos de activos blolêgi-
solidaca&o das entidades aue estejam obrigadas ou due cos no momento da colheita.
optem pela aplicacao das NIC as suas contas consolida- Esta convergência entre contabilidade e fiscalidade &,
das, desde aue sejam objecto de certificacao legal de ainda, evidente no acolhimento do mêtodo do custo
Contas, elaborem as suas contas anuais individuais em amortizado para apuramento dos rendimentos ou gastos
conformidade com aauelas normas. decorrentes da aplicacêo da taxa de juro efectiva, na
Por outro lado, o Banco de Portugal veio obrigar a aceitacao do valor realizêvel liguido (embora obede-
generalidade das entidades sujeitas & sua supervisao a cendo & definic&o aue lhe é dada no préprio Cédigo do
elaborar as contas individuais em conformidade com as IRC) para efeitos do calculo do ajustamento dos inventa-
normas de contabilidade ajustadas (NCA), enaguanto gue rios, no novo regime fiscal aplicdvel aos instrumentos
o Instituto de Seguros de Portugal aprovou o novo Plano financeiros derivados e &$ operac6es de cobertura, bem
de Contas para as Empresas de Seguros (PCES), ambos COMo no novo regime de contratos de construcëo, no
convergentes com as NIC, tendo sido estabelecidos Ambito do agual se prevé due o apuramento dos resulta-
regimes transitorios, a vigorar enguanto nêo se introdu- dos se faca sempre segundo o mêtodo da percentagem
Zissem no Cédigo do Impoasto sobre o Rendimento das de acabamento.
Pessoas Colectivas (Cédigo do IRC) e na legislagaa Noutros casos foi a propria alteracao do referencial con-
complementar as necessêrias adaptac6es as NIC. tabilistico aue ditou a eliminacêo de normas préprias do
Com a aprovacëo do Sistema de Normalizacêo Conta- sistema fiscal aue se tornaram desnecessarias. É o aue
bilistica pelo Decreto-Lei n.” 1568/2009, de 13 de Julno, sucede, nomeadamente, guanto as despesas de investi-
Cuja filosofia e estrutura sAo muito prêximas das NIC, OAaG80, as auais passaram a ser sempre contabilizadas
estao criadas as condicêes para alterar o Cédigo do IRC Como gastos no periodo em due sejam suportadas.
e legislac&o complementar, por forma a adaptar as Existem, no entanto, Areas em due, para preservar 0S
regras de determinacao do lucro tributavel dos sujeitos interesses e as perspectivas préprias da fiscalidade se
passivos as NIC. mantêm diferentes graus de separacêo entre o trala-
Considerando aue a estrutura actual do Cédigo do mento contabilistico e o fiscal. Assim, mantêm-se as
IRC se mostra, em geral, adeguada ao acolhimento do caracteristicas essenciais do regime das depreciag6es ë
Novo referencial contabilistico, manteve-se a estreita amortizacêes, adaptando-se apenas a definizêo do res-
ligacao entre contabilidade e fiscalidade, gue se afigura pectivo Ambito de aplicacêo & nova terminologia conta-
Como um elemento essencial para a minimizacao dos bilistica, incluindo-se nos elementos do activo sujeitos a
Custos de contexto due impendem sobre os agentes deperecimento os activos fixos langiveis, os activos
@cONBOMICOSs, procedendo-se apenas as alteracëes intangiveis e as propriedades de investimento aue sejam
necessêrias & adaptacëo do Cédigo do IRC as regras contabilizadas aa custo historico.
emergentes do novo enaguadramento contabilistico, bem No mesmo sentido, identificam-se como activos abran-
COmo & terminologia ague dele decorre. gidos pelo regime das mais-valias e menos-valias fiscais
A manutencao do modelo de dependência parcial os activos fixos tangiveis, os activos intangiveis, as pro-
determina, desde logo, aue, sempre ague nêo estejam priedades de investimento, os instrumentos financeiros,

354
SNC EXPLIGADO 12 Derreto-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julho

COM @XcEPGSO daaueles em aue as ajustamentos decor- suplementares para fundos de pensêes e eguiparêveis
rentes da aplicacao do justo valor concorrem para a for- destinadas & cobertura de responsabilidades com bene-
macao do lucro tributvel no periodo de tributacëo, e ficios de reforma aue resultem da aplicacao dos novos
ainda os activos biolêgicos due nêéo sejam consumiveis. referenciais contabilisticos.
Foi, também, adaptado o regime do reinvestimento Foi promovida a audicëo da Comissêo de Normaliza-
dos valores de realizac&o, o gual abrange as proprieda- G&o Contabilistica.
des de investimento. Assim:
Alêm disso, guanto &s vendas e prestagêes de servi- No uso da autorizagao legislativa concedida pelo
cos, estabelece-se gue o valor a incluir no luero tributd- artigo 74,” da Lei n.” 64-A/2008, de 31 de Dezembro, e
vel é sempre o valor nominal da contraprestaG&o rece- nos lermos das alineas a) e b) do n.” 1 do artigo 198.
bida, evitando-se, assim, o diferimento inerente a& da Constituicêo, o Governo decreta o seguinte:
conNsideracao do efeito financeiro. E, no gue respelita aos
pagamentos com base em accêes a trabalhadores e Art.” 1.” - Objecto
membros dos 6rgaos estatutdrios, o respectivo gasto O presente decreto-lei visa proceder & adaptacêo do
apenas concorre para a formacao do lucro tributavel no Cédigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
periodo de tibutacëo em ague os respectivos direitos ou Colectivas, doravante denominado Cédigo do IRC, apro-
Opc6es sejam exercidos, pelas guantias liguidadas ou vado pelo Decreto-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro,
pela diferenca entre o valor dos instrumentos de capital na redaccëo actual, &S mnormas internacionais de conta-
préprio atribuidos e o respectivo preco de exercicio bilidade adoptadas pela Uniëo Europeia e ao Sistema de
pago. Normalizagao Contabilistica (SNC), aprovado pelo
Por outro lado, atendendo as dificuldades de controlo, Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julho.
duer da razoabilidade da decis&o de reconhecimento da
Art.” 2.” —- Alteracêes ao Cédigo do IRC
imparidade guer da respectiva guantificacêo, apenas
Sao fiscalmente dedutiveis, anteriormente & efectiva rea- Sao alterados os artigos 18.”, 19.*, 20.%, 21, 22%,
lizacêo, as perdas por imparidade em créditos, bem 28%, 2d.d 2826” 28”, 2a”, BA BEAAAR AAS BEA,
COMo as Ague consistam em desvalorizac6es excepeio- 36.”,.a9.” ADS, 4E”, 43”, dA, AS SBA, 68S, TOE;
nais verificadas em activos fixos tanglveis, activos intan- 71.%, 72.” e 113. do Cédigo do IRC, aprovado pelo
giveis, activos biolêgicos nêo consumiveis & proprieda- Decreto-Lei n.” A42-B/88, de 30 de Novembro, gue pas-
des de investimento provenientes de causas anormais sam a ter a seguinte redaccao:
devidamente comprovadas,.
“Art.” 18.2 —[..]
Destague-se, ainda, a introducëo da possibilidade de
1— Os rendimentos e os gastos, assim como as outras
deducëo fiscal das provisGes para garantias a clientes,
Cujo limite é definido em funcêo dos encargos com
COMPponentes positivas ou negativas do lucro tributêvel,
SêD imputêveis ao periodo de tributacéo em ague sejam
garantias a clientes efectivamente suportados nos três
obtidos ou suportados, independentemente do seu rece-
periodos de tributac&o anteriores, bem como de consi-
bimento ou pagamento, de acordo com o regime de
derar Como gastos os créditos incobrêveis em resultado
periodizacao econémica.
de procedimento extrajudicial de conciliacëo para viabi-
lZacëo de empresas em situac&o de insolvência ou em B—
situacêo econdmica dificil mediado pelo Instituto de 3- Para efeitos de aplicac&o do disposto no n.” 1:
Apoio as Penguenas e Médias Empresas e ao Investi- ay
mento (IAPMEI). B) is
Houve, igualmente, a preocupac&o de eliminar os Cc) Os réditos e os gastos de contratos de construgëo
cConstrangimentos sobre a contabilidade decorrentes da devem ser periodizados tendo em consideraca&o o
legislacêo fiscal. Assim, e nomeadamente, a aplicac&o disposto no artigo 19,”.
do regime especial de neutralidade fiscal aplicével as A—
fusoes, cisOes e entradas de activos deixa de estar
5 — Os réditos relativos a vendas e a prestacêes de
dependente de condicées exigidas guanto & contabiliza-
servicos $&o Imputaveis ao periodo de tributac&o a gue
Cêo dos elementos patrimoniais transferidos e, no caso
respeitam pela auantia nominal da contraprestacao.
de haver correcc6es ao valor de transmissêo de direitos
6 -A determinacao de resultados nas obras efectua-
reais sobre bens imoveis, deixa de ser exigido ao adaui-
das por conta prépria vendidas fraccionadamente ë
rente desses direitos a respectiva contabilizacao pelo
efectuada & medida aue forem sendo concluidas e
valor patrimonial tributêrio definitivo para gue o mesmo
entregues aos adauirentes, ainda gue nao sejam conhe-
seja considerado para efeitos de determinacêo de gual-
Cidos exactamente os custos totais das mesmas.
duer resultado tributêvel em IRC.
Por raz6es de eauidade, admite-se para a generali- 1- (Anterior n.” 6.)
dade dos sujeitos passivos a deducëc das contribuic6es 8 — (Anterior n.” 7.)

355
12 Oecreto-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julha
SNC EXPLICADO

9 — Os ajustamentos decorrentes da aplicacao do justo 6 - (Fevogado.)


valor n&o concorrem para a formacao do lucro tributdvel, Art.” 20.” - Rendimentos
sendo imputados como rendimentos ou gastos no
1— Gonsideram-se rendimentos os resultantes de ope-
periodo de tributacao em aue os elementos ou direitos
races de aualguer natureza, em conseaguência de uma
gue Ihnes deram origem sejam alienados, exercidos,

|
aCcE&o normal ou ocasional, bêsica ou meramente acas-
extintos ou liguidados, excepto guando:
sêria, nomeadamente:
a) Respeitem a instrumentos financeiros reconhecidos

|
a)
pelo justo valor através de resultados, desde due,
Be
tratando-se de instrumentos do capital préprio,
c) De natureza financeira, tais como juros, dividendos,
tenham um preco formado num mercado regula-

——
descontos, 4gios, transferências, diferencas de
mentado e o sujeito passivo nao detenha, directa
c&mbio, prémios de emissao de obrigaGies & os
ou indirectamente, uma participacao no capital
resultantes da aplicacêo do método do juro efectivo
superior a 5% do respectivo capital social; ou
aos instrumentos financeiros valorizados pelo custo
b) Tal se encontre expressamente previsto neste
amortizado;
Cédigo.
d)
10 — Para efeitos do cêlculo do nivel percentual de par- Be).
ticipacêo indirecta no capital a due se refere o numero f) Rendimentos resultantes da aplicagao do. justo
anterior &o aplicaveis os critërios previstos no n.” 2 do valor em instrumentos financeiros;
artigo 483.” do Cédigo das Sociedades Comerciais. 9) Rendimentos resultantes da aplicagêo do justo
11 — Os pagamentas com base em aco6es, efectuados valor em activos biolégicos consumiveis gue nao
aos trabalhadores e membros dos 6rgaos estalularios, sejam explorac6es silvicolas plurianuais;
em razao da prestac&o de trabalho ou de exercicio de h) (Anterior alinea P.]
cargo ou func&o, concorrem para a formacao do lycro jy [Anterior alinea g).]
tributavel do periodo de tributacëo em due os respecti- j) [Anterior alinea h).]
vos direitos ou opcêes sejam exercidos, pelas guantias din
lauidadas ou, se aplicêvel, pela diferenca entre o valor
de
dos instrumentos de capital préprio alribuidos e o res-
pectivo preco de exercicio pago. Art.” 21.2 —[...]
12 — Excepto aguando estejam abrangidos pelo dis- 1 — Concorrem ainda para a formacao do lucro tributë-
posto no artigo 40.”, os gastos relativos a beneficios de vel as variacées patrimoniais positivas no reilectidas no
cessac&o de emprego, beneficios de reforma e outros resultado liauido do periodo de tributac&o, excepto:
beneficios pés-emprego ou a longo prazo dos emprega- a) As entradas de capital, incluindo os prémios de
dos ague nêo sejam considerados rendimentos de traba- emissêo de accêes, as coberturas de prejuizos, a
ho dependente, nos termos da primeira parte do n.” 3) agualguer titulo, feitas pelos titulares do capital, bem
da alinea b) do n.” 3 do artigo 2.” do Cédigo do IRS, sêo COmo outras variac6es patrimoniais positivas due
imputveis ao periodo de tributacêo em dgue as impor- decorram de operac6es sobre instrumentos de
tências sejam pagas ou colocadas & disposicao dos res- Capital préprio da entidade emitente, incluindo as
pectivos beneficiërios. aue resultem da atribuicao de instrumentos finan-
ceiros derivados aue devam ser reconhecidos
Art.” 19.” - Contratos de construcëo Como instrtumentos de capital proprio:
1- A determinacao dos resultados de contralos de bru
CONStruc&o cujo ciclo de producao ou tempo de execu- Go
GAO seja superior a um ano é efectuada segundo o crité- d) As relativas a impostos sobre o rendimento.
rio da percentagem de acabamento. 2E
2 — Para efeitos do disposto no numero anterior, a per-
Art.” 22.” — Subsidios relacionados com activos nao
centagem de acabamento no final de cada periodo de
Correntes
tributagao corresponde & proporcêo entre os gastos
Suportados até essa data e a soma desses gastos com 1— A inclus&o no lucro tributdvel dos subsidios relacio-
OS estimados para a conclusao do contrato. nados com activos nêo correntes obedece &s seguintes
regras:
4 — Nêo sêo dedutiveis as perdas esperadas relativas
a) Ouando os subsidios respeitem a activos deprecia-
a Contratos de construc&o correspondentes a gastos
veis ou amortizêveis, deve ser incluida no lucro tri-
ainda nao suportados.
butêvel uma parte do subsidio atribuido, indepen-
4 - (Revogado.) dentemente do recebimento, na mesma proporcëo
5 — (Fevogado.) da depreciaG&o ou amortizacê&o calculada sobre o

do6
SNC EXPLIGADO 12 Deereto-Lei n.” 159/2009. da 13 de Julha

Custo de aauisicêo ou de producêo, sem prejuizo de capital, gualguer ague seja o titulo por due se opere,
do disposto no n." 2; auando detidas pelo alienante por perlodo inferior a três
b) Ouando os subsidios nao respeitem a activos referi- anos e desde gue:
dos na alinea anterior, devem ser incluidos no lycro 8)
tributével, em fraccëes iguais, durante os periodos b) /Anterior alinea c).]
de tributacAo em gue os elementos a gue respeitam C) (Fevogada.)
sejam inalienaveis, nos termos da lei ou do contrato B-..
ao abrigo dos aguais os mesmos foram concedidos,
Ou, nos restantes casos, durante 10 anos, sendo o
1 - Nao sêo, igualmente, aceites como gastos do
primeiro o do recebimento do subsidie, periodo de tributacëo os suportados com a transmissêo
onerosa de partes de capital, gualauer gue seja o titulo
2,
Dor ague se opere, a entidades com as duais existam
Art.” 23.” - Gastos relagbes especlais, nos termos do n.” 4 do artigo 58.”
ou a entidades residentes em territorio portuguës sujei-
1 — Consideram-se gastos os aus comprovadamente
tas a Um regime especial de tributagao, bem como as
Sejam indispensêveis para a realizacao dos rendimentos
menos-valias resultantes de mudancas no modelo de
Sujeitos a imposto ou para a manutencëo da fonte pra-
valorizZac&o relevantes para efeitos fiscais, nos termos do
dutora, nomeadamente:
n.” 9 do artigo 18.”, gue decorram, designadamente, de
a) ...
reclassificac&o contabilistica ou de alterac6es nos pres-
D)
c) De natureza financeira, tais como juros de capitais Supostos referidos na alinea a) do n.” 9 daste artigo.
alheios aplicados na exploracëo, descontos, &gios, Art.” 24. —-[..]
transferências, diferencas de cêmbio, gastos com
1 - Nas mesmas condic6es referidas para os gastos,
Ooperac6es de crédito, cobranca de dividas e emis-
CoNcErrem ainda para a formacao do lucro tributavel as
sêo de obrigacoes e outros titulos, prêmios de
variacoes patrimoniais negativas nêo reflectidas no
reembolso e os resultantes da aplicacao do método
resultado liguido do periodo de tributaeëo, excepto:
do juro efectivo aos instrumentos financeiros valori-
oa) ke
Zados pelo custo amortizado;
B)
d) De natureza administrativa, tais como remunera-
C) As saidas, em dinheiro ou em espêcie, em favor
cêes, incluindo as atribuidas a tHitulo de participacao
nos lucros, ajudas de custo, material de consumo dos titulares do capital, a titulo de remuneracêo ou
de reducê&o do mesmo, ou de partilha do patrimé-
Gorrenle, transportes e comunicacêes, rendas, con-
nio, bem como outras variacoes patrimoniais nega-
tenciose, seguras, incluindo os de vida ea operac6es
do ramo 'Vida', contribuicêes para funds de pou- tivas aue decorram de operac6es sobre instrumen-
panea-reforma, contribuic6es para fundos de pen- tos de capital préprio da entidade emitente ou da
ses e para guaisauer regimes complementares da sua reclassificacêo;
seguranca social, bem como gastos com beneficios d) is
de cessacëo de emprego e outros beneficios pés- e) As relativas a impostos sobre o rendimento.
-emprego ou a longo prazo dos empregadas; 2 - (Revogado.)
e) 3-— (Revogado.)
f). s
4 — (Revogado.)
BE 5 - (Revogadao.)
h) Ajustamentos em inventêrios, perdas por impari-
dade e provisêes; Art.” 25.2 —[..]
j) Gastos resultantes da aplicacêo do justo valor em
des
instrumentos financeiros;
j) Gastos resultantes da aplicagao do justo valor em 2 — No cCaso de venda de bens seguida de locacao
activos biolêgicos consumiveis aue nao sejam financeira, pelo vendedor, desses mesmos bens,
exploracëes silvicolas plurianuais; observa-se 0 seguinte:
) (Anterior alinea i).] a) Se os bens integravam os inventêrios do vendedor,
m) [Anterior alinea j).] nêo hé lugar ao apuramento de agualguer resultado
fiscal em conseaguëncia dessa venda e os mesmos
D—.
S&0 valorizados para efeitos fiscais ao custo inicial
3- (Fevogado.)
de aauisicê&o ou de producëo, sendo este o valor a
4 - (Revogado.) considerar para efeitos da respectiva depreciacêo;
5 - Nêo sê&o aceites como gastos do periodo de tributa- D) Nos restantes casos, é aplicêvel o disposto no n.” 1,
CêO os suportados com a transmiss&o onerosa de partes com as necessérias adaptacies.

357

sad
SNC EXPLICADO
12 Decreto-Lei n.” 1589/2009, de 13 de Julha

Art.” 26.” - Inventarios acordo com o regime mais ou menos intensivo ou com
outras condicêes de utilizacêo dos elementos a gus res-
1-— Para efeitos da determinacêo do lucro tributêvel, os
peitam, nêo podendo, no entanto, as guotas minimas
rendimentos e gastos dos inventêrios sêo os gue resul-
imputveis ao periodo de tributacêo ser deduzidas para
tam da aplicacao de métodos due utilizem:
efeitos de determinac&o do lucro tributêvel de outros
a)
periodos de tributacao.
BE.
6 — Para efeitos do ntimero anterior, as guotas minimas
E)
de depreciac&o ou amortizacao Sap as calculadas com
d) Precos de venda dos produtos colhidos de activos
biolégicos no momento da colheita, deduzidos dos base em taxas iguais a metade das fixadas segundo o
méêtodo das auotas constantes, salvo aguando a Direc-
Gustos estimados no ponto de venda, excluindo os
cêo-Geral dos Impostos conceda previamente autoriza-
de transporte e outros necessêrios para colocar os
produtos no mercado; cê&0 para a utilizacao de auotas inferiores a estas, na
e) [Anterior alinea d).] seguência da apresentacéo do recuerimento em due se
indiguem as raz6es gue as justificam.
2 — No caso de os inventêrios reguererem um periodo
71-O disposto na parte final do n.” 5 e no n.” 6 nao ë
superior a um ano para atingirem a sua condic&o de uso
aplicével aos elementos aue sejam reclassificados como
ou venda, incluem-se no custo de aaguisicëo ou de pro-
duc&o os custos de empréstimos obtidos ague lhes sejam activos no correntes detidos para venda.
directamente atribuiveis de acordo com a normalizagao Art.” 31.” - Projectos de desenvolvimento
contabilistica especificamente aplicdvel.
1- As despesas com projectos de desenvolvimento
3- (Anterior n.” 2) podem ser consideradas como gasto fiscal no periodo
A — (Anterior n.” 3.) de tributacao em aue sejam suportadas.
5 — (Anterior n.” 4.) 2 — Para efeitos do disposto no numero anterior, consi-
6 — (Anterior n.” 5.) deram-se despesas com projectos de desenvolvimento
as realizadas pelo sujeito passivo através da exploracêo
Art.” 28.” —- Elementos depreciëveis ou amortizéveis de resultados de trabalhos de investigacêo ou de outros
1- S&o aceites como gastos as depreciacoes e amor- Gonhecimentos cientificos ou têcnicos com vista & des-
tizacées de elementos do activo sujeitos a depereci- coberta ou & melhoria substancial de matérias-primas,
mento. considerando-se como tais os activos fixos tangl- Drodutos, servicos ou processos de produoëo.
veis, os activos intangiveis e as propriedades de “EI
investimento contabilizadas ao custo histêrico aue, com
cardcter sistematico, sofram perdas de valor resultantes Art.” 82“ —-[..]
da sua utilizac&o ou do decurso do tempo. Relativamente a elementos do activo sujeitos a depere-
BE cimento cujos custos unitêrios nao ultrapassem € 1000, ê
areite a deducëo, no periodo de tributac&o do respeclivo
dei
custo de aguisicëo ou de produGêo, excepto guando
Art.” 29.” - Métodos de cêlculo das depreciagoes e facam parte integrante de um conjunto de elementos gue
amortizac6es deva ser depreciado ou amortizado como um todo.
1E.
Art.” 33.” - Gastos nêo dedutiveis para efeitos fiscais
P—.
1- Nao sêo aceites como gastos:
3 — Podern, ainda, ser aplicados métodos de deprecia- BY ee
CE&o e amortizacëo diferentes dos indicados nos numeros D)
anteriores desde due, mediante reguerimento, seja obtido o EP) ese
reconhecimento prévio da Direccao-Geral dos lmpostos, dd)
salvo guando dai no resulte uma auota anual de deprecia- e) As depreciagGes das viaturas ligeiras de passagel-
C&0 ou amortizac&o superior & prevista no artigo seguinte. ros ou mistas, na parte correspondente ao custo de
4 — Salvo em situag6es devidamente justificadas e aauisicëo ou ao valor de reavaliacê&o excedente a
aceites pela Direccëo-Geral dos Impostos, em relagêo a € AD 000, bem como dos barcos de recreio &
Ccada elemento do activo deve ser aplicado o mesmo aviëes de turismo e todos os gastos com estes rela-
metodo de depreciacêo ou amortizaGêo desde a sua cionados, desde ague tais bens nêo estejam afectos
entrada em funcionamento ou utilizacêo até & sua depre- & exploracéo de servico publico de transportes ou
ClAG&0 ou amortizagëo total, transmissao ou inutilizacêo. nêo se destinem a ser alugados no exercicio da
5 — O disposto no numero anterior nêo prejudica a actividade normal do sujeito passivo.
variacëo das aguotas de depreciacao ou amortizacao de

398
S$NC EXPLICADO 12 Decreto-Lei n.” 1598/2009, de 13 de Julho

Art.” 44.” - Perdas por imparidade fiscalmente dedutiveis a) Os créditos em due Estado, Regiëes Auténomas,
1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as autarouias e outras entidades publicas tenham
seguintes perdas por imparidade contabilizadas no orestado aval;
mesmo periodo de tributac&o ou em periodos de tributa- D) Os oréditos cobertos por direitos reais sobre bens
CO anteriores: IMOveis;
8) ea Cc) Os créditos garantidos por contratos de seguro de
b) As relativas a recibos por cobrar reconhecidas crédito ou caucëo, com excepc4o da imporiência
pelas empresas de seguros; correspondente & percentagem do descoberto obri-
gatêrio;
C) As aue consistam em desvalorizacêes excepeia-
nais verificadas em activos fixos tangiveis, activos d) Créditos nas condicëes previstas nas alineas o) e
d) do n.” 3 do artigo 35.*.
intangiveis, activos biolégicos nêo consumiveis &
propriedades de investimento. 3 - As menos-valias de aplicagées referidas no n.” 2
2 - Podem também ser deduzidas para efeitos lis- do artigo 34.” devem corresponder ao total das diferen-
Gas entre o custo das aplicag6es decorrentes da recu-
cais as perdas por imparidade e outras correccëes de
peracao de créditos resultantes da actividade normal e o
valor contabilizadas na mesmo periodo de tributacao
respectivo valor de mercado, guando este for inferior
Ou em perlodos de tributagao anteriores, guando cons-
Aguele.
tituidas obrigatoriamente, por forca de normas emana-
das pelo Banco de Porlugal, de carêcter genérico e 4 — Os montantes anuais acumulados das perdas por
abstracto, pelas entidades sujeitas & sua supervisao & imparidade e outras correccëes de valar, referidas no n.” 2
pelas sucursais em Portugal de instituicëes de crédito do artigo 34.”, nêo devem ultrapassar os valores minimos
e outras instituic6es financeiras com sede em outro due resultem da aplicacëo das normas emanadas da enti-
Estado membro da Uniëo Europeia, destinadas & dade de supervisao.
cobertura de risco especifico de crédito e de risco- 5 — OD regime constante do presente artigo, em tudo o
pais e para menos-valias de titulos e de outras aplica- due nao estiver agui especialmente previsto, obedece a
COes. regulamentagao especifica aplicavel.
3 — As perdas por imparidade &a outras coreccëes de 6 - Ouando se verifigue a anulacëo de provisêes para
valor referidas nos nimeros anteriores ague nêo devam riscos gerais de crédito, bem como de perdas por impari-
subsistir, por deixarem de se verificar as condic6es dade e outras correccêes de valor nêo previstas no n.” 2
objectivas due as determinaram, Consideram-se cCompo- do artigo 34.”, sao consideradas rendimentas do periado
nentes positivas do lucro tributével do respectivo de tributacëo, em primeiro lugar, aaguelas aue tenham
periodo de tributacao. Sido aceites como gasto fiscal no periodo de tributacan
da respectiva constituicao.
4 - As perdas por imparidade de activos depreciëveis
ou amortizAveis gue nêo sejam aceites fiscalmente como Art.” 36.” - Provisêes fiscalmente dedutiveis
desvalorizacées excepcionais sê0o consideradas coma
1 — Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as
gastos, em partes iguais, durante o periodo de vida uil
seguintes provisoes:
restante desse activo ou, sem prejuizo do disposto nos
a) As oue se destinem a fazer face a obrigacêes e
artigos 35.”-B e 44.” alê ao periodo de tributagao ante-
encargos derivados de processos judiciais em
rior &guele em aue se verificar o abate fisico, o desman-
Curso por factos aue determinariam a inclusêo
telamento, o abandono, a inutilizacêo ou a transmissêo
daaueles entre os gastos do periodo de tributacëo;
do mesmo. D) As gue se destinem a fazer face a encargos com
garantias a clientes previstas em contratos de
Art.” 35.”-A - Empresas do sector bancario
venda e de prestacëo de servicos;
1-O montante anual acumulado das perdas por impa-
C) As provisêes técnicas constituidas obrigatoria-
ridade e outras correccêes de valor para risco especi- mente, por forca de normas emanadas pelo Insti-
fico de crédito e para risco-pais a gue se refere o n.” 2
tuto de Seguros de Portugal, de carécter genérico e
do artigo 34.” n&o pode ultrapassar o due corresponder abstracto, pelas empresas de seguros sujeitas a
& aplicacëo dos limites minimos obrigatérios por forca SUa supervisëo e pelas sucursais em Portugal de
dos avisos & instruc6es emanados da entidade de empresas seguradoras com sede em outro Estado
SUDErvisa0. membro da Uniëo Europeia;
2 - As perdas por imparidade e outras correcc6es de d) As aue, constituidas pelas empresas pertencentes
valor referidas no nuimero anterior sê so aceites guando ao sector das industrias extractivas ou de trata-
relatvas a oréditos resultantes da actividade normal, nêo mento & eliminacëo de residuos, se destinem a
abrangendo os oréditos excluidos pelas normas emana- fazer face aos encargos com a reparacëo dos
das da entidade de supervisêo e ainda os seguintes: danos de car&cter ambiental dos locais afectos a

359
12 Derreta-Lei n.” 1559/2008, de 12 de Julha SNC EXPLICADO

exploracëo, sempre due tal seja obrigatêrio e ap6s ME


a cessac&o desta, nos termos da legislacao apli- Ms
caêvel, TO

2-—A determinacao das provisoes referidas no numero 18 — Nio concorrem para os limites estabelecidos nos
anterior deve ter por base as condicées existentes no n 2e3 as contribuicëes suplementares para fundos de
final do periodo de tributacao. pensêes e eguiparêveis destinadas & cobertura de res-
3 — Ouando a provisêo for reconhecida pelo valor pre- ponsabilidades com beneficios de reforma aue resultem
sente, os gastos resultantes do respectivo desconto da aplicacgao:
ficam igualmente sujeitos a este regime. BR,
A— As provisêes a gue se referem as alineas a) a c) do Bes
n.” 1 gue nêo devam subsistir por nêo se terem verifi- c) Das normas internacionais de contabilidade adop-
Cado os eventos a due se reportam e as gue forem utili- tadas pela Uniëo Europeia ou do SNC, consoante
zadas para fins diversos dos expressamente previstos OS Casos, sendo consideradas como gastos, em
neste artigo consideram-se rendimentos do respectivo partes iguais, no periodo de tributacêo em due se
periodo de tributagëéo. apligue pela primeira vez um destes novos referen-
Ciais contabilisticos & nos guatro periodos de tribu-
5 —O montante anual da provisêo para garantias a
tacëo subseauentes.
clientes a aue refere a alinea b) do n.” 1 é determinada
pela aplicacêo as vendas e prestac6es de servicos TM
sujeitas a garantia efectuadas no periodo de tributacao 18 EV
de uma percentagem ague nao pode ser superior & due
resulta da proporc&o entre a soma dos encargos deriva- Art.” A2.9-[...]
dos de garantias a clientes efectivamente suportados 1 — Nêo sao dedutiveis para efeitos da determinac&o
nos UItimos três periodos de tributagao e a soma das do lucro tributêvel os seguintes encargos, mesmo
vendas e prestacêes de servicos sujeitas a garantia guando contabilizados como gastos do periodo de tribu-
efecluadas nos mesmos periodos. tacao:
6 —O montante anual acumulado das provisêes têcni- AB)
Cas, referidas na alinea c) do n.” 1, nêo deve ultrapassar DB)
os valores minimos aue resultem da aplicacao das nor-
mas emanadas da entidade de supervisêo.

Art.” 39.2 —[...]


Os créditos incobrêveis podem ser directamente con-
siderados gastos ou perdas do pericdo de tributacêo na
medida em due tal resulte de processo de insolvência e
de recuperacëo de empresas, de processo de execucao JY ee
ou de procedimento extrajudicial de conciliacëo para ) As menos-valias realizadas relativas a barcos de
viabilizacëo de empresas em situaGao de insolvência ou recreio, aviëes de turismo e viaturas ligeiras de pas-
em situacdo econdmica dificil mediado pelo Instituto de sageiros ou mistas gue nêo estejam afectos ê
Apoio as Peguenas e Médias Empresas e ao Investi- exploracao de servico publico de transportes nem
mento (APME!), auando relativamente aos mesmos nao se destinem a ser alugados no exercicio da activi-
tenha sido admitida perda por imparidade ou, sendo-o, dade normal do sujeito passivo, excepto na parte
esta se mostre insuficiente. em gue correspondam ao valor fiscalmente depre-
ciëvel nos termos da alinea e) do n.” 1 do artigo
Art.” 40.” —[...] 33.” ainda nêo aceite como gasto;
1— m)Os gastos relativos a participacao nos lucros por
membros de 6rgaos sociais e trabalhadores da
di
empresa, guando as respectivas importências nao
BE sejam pagas ou colocadas & disposicêo dos bene-
A—.. ficiërios até ao fim do periodo de tributac4o
BE. seguinte:
BE. n) Sem prejuizo da alinea anterior, os gastos relativos
& participacao nos lucros por membros de 6rgaos
TE,
sociais, auando os beneficiërios sejam titulares,
Bi directa ou indirectamente, de partes representati-
9E vas de, pelo menos, 1% do capital social, na parte
SNC EXPLICADO 12 Derreta-Lei n.” 1598/2009, de 13 de Julho

em aue exceda o dobro da remuneracëo mensal aufe- de reclassificacao contabilistica ou de alteracëes


rida no periodo de tributacao a gue respeita o resultado Nos Pressupostos referidos na alinea a) do n.” 9
em aue participam. deste mesmo artigo.
2—
8.
Art” 44 —[.]
A—...
is
8 — No caso de néo sa verificar o reguisito enunciado
2 —- A coreccao monetaria a gus se refere o nimero
na alinea m) do n.” 1, ao valor do IRC liguidado relativa-
anterior nêo é aplicavel aos instrumentos financeiros,
mente ao periodo de tributacao seguinte adiciona-se o
salvo guanlo as partes de capital.
IRC aue deixou de ser liguidado em resultado da dedu-
di
C&o das importências due n&o tenham sido pagas ou
colocadas a disposic&o dos interessados na prazo indi- Art.” 45.“ —-[...]
Cado, aorescido dos juros compensatérios correspon-
1- Para efeitos da determinacëo do lucro tributével, a
dentes.
diferenca positiva entre as mais-valias e as menos-
6 — Para efeitos da verificacao da percentagem fixada -valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores,
na alinea n) do n.” 1, considera-se aue o beneficiërio realizadas mediante a transmissao onerosa de activos
detém indirectamente as partes do capital da sociedade fixos tangiveis, activos biolégicos due n&o sejam consu-
aguando as mesmas sejam da titularidade do cênjuge, miveis e propriedades de investimento, detidos por um
respectivos ascendentes ou descendentes até ao 2. periodo néo inferior a um ano, ainda gue aualguer des-
grau, sendo igualmente aplic4veis, com as necessêrias tes activos tenha sido reclassificado como activo nao
adaptacoes, as regras sobre a eguiparac#o da titulari- Corrente detido para venda, ou em conseguência de
dade estabelecidas no Cédigo das Sociedades Comer- indemnizacOes por sinistros ocorridos nestes elementos,
Ciais. ë considerada em metade do seu valor, sempre due, no
perioda de tributacao anterior ao da realizacêo, no pré-
Art.” 4a.“ —[..]
prio periodo de tributacao ou até ao fim do segundo
1— Consideram-se mais-valias ou menos-valias realiza- periodo de tributac4o seguinte, o valor de realizacao
das os ganhos obtidos ou as perdas sofridas mediante correspondente & totalidade dos referidos activos seja
transmissêo onerosa, gualguer gue seja o titulo por gue reinvestido na aaguisicao, producëo ou construcao de
se opere e, bem assim, oe decorrentes de sinistros ou os activos fixos tangiveis, de activos biolêgicos aue nao
resultantes da afectagao permanente a fins alheios a& Sejam consumiveis ou em propriedades de investimento,
actividade exercida, respeitantes a: afectos & exploracëo, com excepeêo das bens adauiri-
a) Activos fixos tangliveis, activos intangiveis, activos dos em estado de uso a sujeito passivo de IRS ou IRC
biolêgicos aus nêo sejam consumiveis & proprieda- Com o aual existam relac6es especiais nos termos defi-
des de investimento, ainda ague gualauer destes nidos no n.” 4 do artiga 58.”
activos tenha sido reclassificado como activo nêo
P—
corrente detido para venda;
8
b) Instrumentos financeiros, com excepcêo dos reco-
nhecidos pelo justo valor nos termos das alineas a) 4 — O disposto nos nimeros anteriores é aplicAvel &
eb) do n.” 9 do artigo 18.e. diferenca positiva entre as mais-valias e as menos-valias
realizadas mediante a transmissêo onerosa de partes de
2 — As mais-valias e as menos-valias sê0 dadas pela
diferenca entre o valor de realizacêo, lfauido dos encar-
capital, incluindo a sua femicëo e amortizag&o com
reducao de capital, com as seguintes especificidades:
gos due Ihe sejam inerentes, e o valor de aauisica0
a) O valor de realizacêo correspondente & totalidade
deduzido das perdas por imparidade e outras correc-
das partes de capital deve ser reinvestido, total ou
CGes de valor previstas no artigo 34.”, bem como das
parcialmente, na aauisicëo de participagêes no
depreciac6es ou amortizac6es aceites fiscalmente, sem
Capital de sociedades comerciais ou civis sob
prejuizo da parte final do n.” 5 do artigo 28.”.
forma comercial ou em titulos do Estado Portuguës,
8—
ou na aauisic&o, producëo ou construcëo de acti-
A—... vos fixos tangiveis, de activos biol6gicos aue nêo
5 —Sêo assimiladas a tansmissêes onerosas: sejam consumiveis ou em propriedades de investi-
a) A promessa de compra e venda ou de troca, logo mento, afectos & exploracëo, nas condicêes releri-
aue verificada a tradicëo dos bens; das na parte final do n.” 1:
b) As mudancas no modelo de valorizac&o aue sejam Ds
relevantes para efeitos fiscais, nos termos do n.” 9
do artigo 18.”, e gue decorram, designadamente, 8

361
SNC EXPLICADO
12 Deereta-Lel n.” 1159/2009, de 13 de Julho

BEER 1—..
VEE BES

Art.” 58.-A-[...] Art.” 70.2 —-[...]


de 1— Nos casos de fusêo de sociedades a due seja apli-
si cAvel o regime especial estabelecido no artigo 68.”, na
operacao de troca de partes de capital nao sêo conside-
3 — Para aplicac&o do disposto no numero anterior:
rados para efeitos de tributacao os ganhos ou perdas
EIE
eventualmente apurados desde aue as partes de capital
b) O sujeito passivo adauirente adopta o valor patri-
recebidas pelos sécios das sociedades fundidas sejam
monial tributério definitivo para a determinaGëo de valorizadas, para efeitos fiscais, pelo valor due tinham as
gualaguer resultado tributêvel em IRC relativamente partes de capital entregues, determinado de acordo
ao imovel. com o estabelecido neste C6édigo.
A—... da
5 — No caso de existir uma diferenca positiva entre o did
valor patrimonial tributrio definitivo e o custo de aduisi-
Cê0 ou de construcao, o Sujeito passivo adauirente deve Art.” 71.” -[...]
comprovar no processo de documentagëo fiscal previsto 1-— A atribuicëo, em resultado de uma permuta de par-
no artigo 121., para efeitos do disposto na alinea b) do tes sociais, tal cComo esta operacao ê definida no artigo
n. 3, o ttatamento contabilistico e fiscal dado ao imêvel. 67.*, dos titulos representativos do capital social da
Bas sociedade adauirente, aos sécios da sociedade addui-
rida, nao da lugar a aualguer tributacêo destes ultimos
Art* GBE—[..] se OS mesmos continuarem a valorizar, para efeitos fis-
de cais, as novas parles sociais pelo valor atribuido as anti-
AL gas, determinado de acordo com o estabelecido neste
3 — A aplicag&o do regime especial determina gue a Codigo.
sociedade beneficiëria mantenha, para efeitos fiscais, os SES
elementos patrimoniais objecto de transferência pelos Be
mesmos valores gue tinham nas sociedades fundidas, 4 — (Fevogado.)
cindidas ou na sociedade contribuidora antes da realiza-
cêo das operag6es, considerando-se due tais valores Art.” 72.2 -[..]
$&0 os Gue resultam da aplicacao das disposicêes deste 1- A opcao pela aplicacêo do regime especial estabe-
Cédigo ou de reavaliac6es efectuadas ao abrigo de lecido na presente subsecGao deve ser comunicada &
legislacao de car&cter fiscal. Direccao-Geral dos Impostos na declaragêo anual de
4 — Na determinacëo do lucro tributêvel da sociedade informacao contabilistica e fiscal, a gue se refere o artigo
bereficiëria deve ter-se em conta o seguinte: 113”, relatva ao periodo de tributacêo em due a opera-
a) O apuramento dos resultados respeitantes aos ele- C&D é realizada:
mentos patrimoniais transferidos ë feito como se a) Pela entidade ou entidades beneficiërias, no caso
nêo tivesse havido fusao, cisao ou entrada de acti- de fusêo ou cisêo, excepto guando estas entidades
VOS; e, bem assim, a entidade ou entidades transmiten-
b) As depreciaGoes ou amortizacêes sobre os elemen- tes nêo sejam residentes em territério portuguës
tos do activo fixo tangivel, do activo intangivel e das nem disponham de estabelecimento estavel ai
propriedades de investimento contabilizadas ao situado, casos em ague a obrigacêo de comunica-
Custo histérico transferidos sêo efectuadas de cêo0 deve ser cumprida pelos sécios residentes;
acordo com o regime aue vinha sendo seguido nas b) Pela entidade beneficiëria, no caso de entrada de
sociedades fundidas, cindidas ou na sociedade activos, excepto duando nao seja residente em ter-
Contribuidora; ritério portuguës nem disponha de estabelecimento
C) Os ajustamentos em inventêrios, as perdas por estavel ai situado, caso em due a obrigacéo deve
imparidade e as provisêes aue foram transferidas ser cumprida pela entidade transmitente;
tém, para efeitos fiscais, o regime aue Ines era apli- Cc) Pelo sécio residente afectado, nas operaGêes de
cavel nas sociedades fundidas, cindidas ou na permuta de partes sociais, ou pela sociedade
sociedade contribuidora. adouirida guando seja residente em territêrio porlu-
BE. OUÊS.
6—.. ?—(Anterior n.” 1.)

362
SNG EXPLICADOO 12 Decreta-Lei n.” 1598/2009, de 13 de Julho

3 — (Anterior n.” 2) de tributacêo até ao limite da diferenca entre o custo de


4 — A entidade beneficiëria ou adauirente deve inte- aAauisicê&o ou de producao dos inventérios e o respectivo
grar, no processo de documentac&o fiscal previsto no valor realizavel liguido referido a data do balanco,
artigo 121: Ouando este for inferior Aauele.
a) As demonstracëes financeiras da entidade transmi- 2 - Para efeitos do disposto no nimero anterior,
tente ou contribuidora, antes da operacaa; entende-se por valor realizêvel liguido o preco de venda
b) A relacêo dos elementos patrimoniais adauiridos estimado no decurso normal da actividade do sujeito
aue tenham sido incorporados na contabilidade por passivo nos lermos do n.” 4 do artigo 26.*, deduzido dos
valores diferentes dos aceites para efeitos fiscais Custos necessêrios de acabamento e venda.
na sociedade transmitente, evidenciando ambos os 3- A reversêo, parcial ou total, dos ajustamentos pre-
valores, bem como as depreciacëes ea amortiza- vistos no n.” 1 concorre para a formacêo do lucro tribu-
cBes, provisêes, ajustamentos em inventërios, per- têvel.
das por imparidade e outras correccëes de valor
4 — Para os sujeitos passivos gue eaxercam a actividade
registados antes da realizacêo das operacêes, editorial, o montante anual acumulado do ajustamento
fazendo ainda o respectivo acompanhamento corresponde & perda de valor dos fundos editoriais
enguanto nao forem alienados, transferidos ou constituidos por obras &e elementos complementares,
@xtintos. desde ague tenham decorrido dois anos apés a data da
5 — (Anterior n.” 4.) respectiva publicacao, aue para este efeito se consi-
6 - (Anterior n.” 3.) dera coincidente com a data do depdsito legal de cada
edicao.
Art. 118 -[.] 5 -A desvalorizacao dos fundos editariais deve ser
1-A declaragëo anual de informacao contabilistica e avaliada com base nos elementos constantes dos regis-
fiscal a gue se refere a alinea c) do n.” 1 do artigo 109.” tos ague evidenciem o movimento das obras incluidas
deve ser enviada nos termos & com os anexos due para nos fundos.
o efeito sejam mencionados no respectivo modelo.
Art.” 35.”-B - Desvalorizacêes excepcionais
2 —-A declaracao deve ser enviada, por transmissêo
electronica de dados, atê ao ultimo dia do mês de Julho, 1- Podem ser aceites como perdas por imparidade as
iNdependentemente de esse dia ser Gtil ou nao. desvalorizacêes excepcionais referidas na alinea c) do
n.” 1 do artigo 34. provenientes de causas anormais
3 — Relativamente aos sujeitos passivos aue, nos ter-
devidamente comprovadas, designadamente desastres,
mos dos n.” 2e 3 do artigo 8.”, adoptem um periodo de
fenêmenos naturais, inovac6es técnicas excepcional-
tributac&o diferente do ano civil, a declaracëo deve ser
mente rêapidas ou alteracëes significativas, com efeito
erviada até ao uitimo dia do 7.” mês posterior & data do
adverso, no contexto legal.
termo desse periodo, independentemente de esse dia
2 — Para efeitos do disposto no nimero anterior, o
ser util ou no, reportando-se a informacêo, consoante o
sujeito passivo deve obter a aceitacêo da Direccaa-
Caso, ao periodo de tributac&o ou ao ano civil cujo termo
-Geral dos Impostos, mediante exposicêo devidamente
naaguele se inclua.
fundamentada, a apresentar até ao fim do 1. mês do
4- No caso de cessacêo de aclividade, nos termos do periodo de tributacêo seguinte ao da ocorrência dos fac-
n.” 5 do artigo 8.”, a declaracêo relativa ao exercicio em tos gue determinaram as desvalorizac6es excepcionais,
ague a mesma se verificou deve ser enviada no prazo acompanhada de documentacêo comprovativa dos
referido no n.” 3 do artigo 112.”, aplicando-se igual- mesmos, designadamente da decisêo do competente
mente esse prazo do envio da declaracëo relativa ao 6rgao de gestao due confirme agueles factos, de justifi-
exercicio imediatamente anterior, guando ainda nêo Cacao do respeclivo montante, bem como da indicacêo
tenham decorrido os prazos mencionados nos n.“ 2e. do destino a dar aos activos, guando o abate fisico, 0
BE desmantelamento, o abandono ou a inutilizac&o destes
6E GP NA ocoram no mesmo periodo de tributarao.
4 — Ouando os factos ague determinaram as desvalori-
Art.” 3.” - Aditamento ao Cédigo do IRC ZaG6es excepcionais dos activos e o abate fisico, o des-
Sao aditados ao Cédigo do IRC, aprovado pelo mantelamento, o abandono ou a inutilizagêo ocorram no
Decreto-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro, os artigos mesmo periodo de tributacëo, o valor liguido fiscal dos
27.%-A, 35.”-B, 39.“-A, 45.”-A e 45.-B; activos, corrigido de eventuais valores recuperaveis,
pode ser aceite como gasto do periodo desde aue:
“Art.” 27 .”-A - Ajustamentos em inventaêrios 8) Seja comprovado o abate fisico, desmantelamento,
1 - $&0 dedutiveis no apuramento do lucro tributével abandono ou inutilizac&o dos bens, através do res-
os ajustamentos em inventêrios reconhecidos no pericdo pectivo auto, assinado por duas testemunhas, ë

d63

ss
12 Deereta-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julhin SNC EXPLICADO

identificados e comprovados os factos gue origina- 2 — Relativamente as operacoes cujo objectivo exclu-
ram as desvalorizacêes excepcionais; sivo seja o de cobertura de justo valor, auando o ele-
b) O auto seja acompanhado de relacëo discriminativa mento coberto esteja subordinado a outros modelos de
dos elementos em causa, contendo, relativamente a valorizacêo, Sêo aceites fiscalmente os rendimentos ou
cada activo, a desoricêo, o ano & o custo de aauisi- gastos do elemento coberto reconhecidos em resulta-
C&0, bem como o valor liguido contabilistico e o dos, ainda aue nêo realizados, na exacta medida da
valor liguido fiscal; aguantia igualmente reflectida em resultados, de sinal
c) Sejam comunicados ao servizo de financas da area contrêrio, gerada pelo instrumento de cobertura.
do local onde aaueles bens se encontrem, com a 3 — Relativamente as operacêes cujo objectivo exclu-
antecedência minima de 15 dias, o local, a data ea sivo seja o de cobertura de fluxos de caixa ou de cober-
hora do abate fisico, desmantelamento, abandono tura do investimento liguido numa unidade operacional
ou inutilizac&o e o total do valor liguido fiseal dos estrangeira, sêo diferidos os rendimentos ou gastos
mesmos. gerados pelo instrumento de coberlura, na parte consi-
4 — O disposto nas alineas a) a c) do nimero anterior derada eficaz, até ao momento em due os gastos ou
deve igualmente observar-se nas situacëes previstas no rendimentos do elemento coberto concorram para a for-
n.” 2, no periodo de tributacao em gue venha a efectuar- macao do lucro tributavel.
-se o abate fisico, o desmantelamento, o abandono ou a 4 — Sem prejuizo do disposto no n.” 6 e desde aue se
inutilizacao dos activos. verifigue uma relacëo econ6mica incontestavel ente o ele-
5 —A aceitacêo referida no n.” 2 é da competência mento coberto e o instrumenlo de cobertura, por forma a
do director de financas da area da sede, direccëo ague da operac&o de cobertura se deva esperar, pela ele-
efectiva ou estabelecimento estêvel do sujeito passivo vada eficécia da coberlura do risco em causa, a neutrali-
ou do director dos Servicos de Inspeccêo Tributaria, Zacao dos eventuais rendimentos ou gastos no elemento
tratando-se de empresas incluidas no Ambito das suas Coberto com uma posic&o simétrica dos gastos ou rendi-
atribuicoes. mentos no instrumento de cobertura, sêo consideradas
6 -A documentacêo a aue se refere o n.” 3 deve inte- operacoes de cobertura as due justificadamente contri-
grar o processo de documentacëo fiscal, nos lermos do buam para a elminacêo ou reducëo de um risco real de:
a) Um activo, passivo, compromisso firme, transaccao
artigo 121.”
prevista com uma elevada probabilidade ou investi-
Art.” 39.”-A - Reconstituicêo de jazidas mento liguido numa unidade operacional estran-
1- Os sujeitos passivos gue exercam a industria geira; ou
extractiva de petréleo podem deduzir, para efeitos da b) Um grupo de activos, passivos, compromissos fir-
determinaca&o do lucra tributdvel, o menor dos seguintes mes, tansacc6es previstas com uma elevada pro-
valores, desde due seja investido em prospeceao ou babilidade ou investimentos liguidos numa unidade
pesauisa de petréleo em territério português dentro dos operacional estrangeira com caracteristicas de
três periodos de tributagëo seguintes: risco semelhantes; ou
a) 30% do valor bruto das vendas do petréleo produ- c) Taxa de juro da totalidade ou parte de uma Carteira
Zido nas Areas de concessêo efectuadas no de activos ou passivos financeiros gue partilhem o
periodo de tributacao a gue respeita a deducao; risco aue esteja a ser coberto:
b) 45% da matêria colectêvel aue se apuraria sem 5 — Para efeitos do disposto no nimero anterior, sé ê
CoNsideracao desta deducëo. considerada de cobertura a operacëo na dual o instru-
2 — No caso de na&o se terem verificado os reguisitos mento de cobertura utilizado seja um derivado ou, no
enunciadas no n.” 1, deve efectuar-se a correccëao fiseal caso de cobertura de risco cambial, um gualguer activo
ao resultado liguido do periodo de tributagéo em due se ou passivo financeiro.
verificou o incumprimento. 6 - Nêo sêo consideradas como operacëes de cobertura:
3-A deducao referida no n.” 1 fica condicionada & a) As operacbes efectuadas com vista & cobertura de
nao distribuicéo de lucros por um montante eaguivalente riscos a incorrer por outras entidades, ou por esta-
ao valor ainda nêo investido nos termos al previstos, belecimentos da entidade aue realiza as operaGes
Cujos rendimentos nêo sejam tributados pelo
Art.” 45.”-A - Instrumentos financeiros derivados regime geral de tributacêo;
1 — Concorrem para a formacao do lucro tributével, b) As operacëes aue nao sejam devidamente identifi-
salvo os previstos no n.” 3, os rendimentos ou gastos cadas e documentalmente suportadas no processo
resultantes da aplicacao do justo valor a instrumentos de documentaG4o fiscal previsto no artigo 121.”, no
financeiros derivados ou a gualguer outro activo ou pas- ague se refere ao relacionamento da cobertura, a0
sivo financeiro utilizado como instrumento de cobertura objectivo e & estratégia da gestêo de risco da enti-
restrito & cobertura do risco cambial. dade para levar a efeito a referida cobertura.

a64
SNC EXPLICADO 12 Deecreta-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julha

71-A nêo verificagëo das reauisitos referidos no n.” 4 Art.” 5.” - Regime transitêrio
determina, a partir dessa data, a desaualificacëo da 1 —- Os efeitos nos capitais préprios decorrentes da
operagaon Como operacëon de cobertura, adopcao, pela primeira vez, das normas internacionais
8 - Nao sendo efectuada a operacëo coberta, ao de contabilidade adoptadas nos termos da artigo 3.” do
valor do imposto relativo ao periodo de tributacao em Regulamento n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e
ague a mesma se efectuaria deve adicionat-se o do Conselnio, de 19 de Julho, gue sejam considerados
imposto gue delixou de ser liguidado por virtude do dis- fiscalmente relevantes nos termos do Cédigo do IRC e
posto nos n.”* 2e 3, ou, nêo havendo lugar & liguidacao respectiva legislagêo complementar, resultantes do
do imposto, deve corrigir-se em conformidade o pre- reconhecimento ou do nao reconhecimento de activos
juizo fiscal declarado. Ou passivos, ou de alteracëes na respectiva mensura-

9- A correcc&o do imposto referida no numero anterior @80, Concorrem, em partes iguais, para a formac&o do
lucro tributavel do primeiro periodo de tributaGêo em aue
sê0 acrescidos juros compensatêrios, excepto guando,
se apliduem aaguelas normas e dos auatro periodos de
tratando-se de uma cobertura prevista no n.” 3, a opera-
tributacao seguintes.
CAo coberta seja efectuada em, pelo menos, BO% do
respectivo montante. 2 — No caso dos investimentos gue, no momento da
transicëo, estejam a representar provisêes técnicas do
10 - Se a substência de uma operacêo ou conjunto de
seguro de vida com participaۑo nos resultados, e dos
operacëes diferir da sua forma, o momento, a fonte e a
investimentos relativos a seguros de vida em gue o risco
natureza dos pagamentos & recebimentos, rendimentos
de investimento seja suportado pelo tomador de seguro,
e gastos, decorrentes dessa operacëo, podem ser
bem como daaueles due, em exercicios anteriores,
reagualificados pela administracêo tributêria de modo a
tenham estado afeclos a essas carleiras de investi-
ter em conta essa substência.
mento, considera-se gue o seu custo de aauisicëo, para
Art.” 45.”-B - Empresas de seguros efeitos fiscais, é o gue corresponda ao valor contabilis-
tico no momento da transicao, ou ao valor de mercado
1 — Concorrem para a formacao do lucro tributdvel os
da data da transferência de ou para essas carteiras, res-
rendimentos ou gastos resultantes da aplicac&o do justo
pectivamente.
valor aos activos gue estejam a representar provisêes
técnicas do seguro de vida com participacao nos resul- 3 — Os ajustamentos a gue se referem os numeros
tados ou afectos a contratos em due o risco de seguro é anteriores devem ser devidamente evidenciados no pDro-
suportado pelo tomador de seguro. cesso de documentac&o fiscal previsto no artigo 130."
do Cédigo do IRC, de acordo com a renumeraGgao intro-
2 — As transferências dos activos referidos no numero
duzida.
anterior de, ou para, outras carteiras de investimento sê
assimiladas a transmissêes onerosas efectuadas ac 4 — As mais-valias ou menos-valias de elementos do
preco de mercado da data da operacao.s activo imobilizado aue tenham beneficiado do regime de
reinvestimento previsto no anterior artigo 45.” do Cédigo
Art.” 4.” - Alteracdo e aditamento de epigrafes ao do IRC e cujos valores de realizacao ainda n&o tenham
Cédigo do IRC sido objecto de reinvestimento é aplicêvel o disposto na
nova redaccao deste artigo, mantendo-se, todavia, o
1-A subseccêo || da seccao I| do capitulo II! do
prazo original para a coneretizagao desse reinvesti-
Cédigo do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.” 442-B/88,
mento.
de 30 de Novembro, na sua redaccëo actual, passa a ter
a epigrafe sInventêrioss. 5 — O regime transitério estabelecido nos numeros
anteriores é igualmente aplicdvel a adopcao, pela pri-
2-A subseccêo |V da seccëo || do capitulo III do
meira vez, do Sistema de Normalizacao Contabilistica,
Cédigo do IRC, aprovado pelo Decrato-Lei n.” 442-B/88,
aprovado pelo Decreto-Lei n.” 1658/2009, de 13 de Julho,
de 30 de Novembro, na sua redaccao actual, passa a ter
das Normas de Gontabilidade Ajustadas, aprovadas
a epigrafe slmparidades e provisêess. pelo Aviso do Banca de Portugal n.” 1/2005, ou do Plano
3-É aditada ao Cédigo do Imposto sobre o Rendi- de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela
mento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto- Norma Regulamentar n.” 4/2007-R, de 27 de Abril, do
-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro na sua redaccao Instituto de Segurcs de Portugal, sem prejuizo de, relati-
actual, a subseccëo VI-A, com a epigrafe -Instrumentos vamente &s entidades aue jê vinham aplicando estes
financeiros derivadoss, constituida pelo artigo 45.-A. novos referenciais contabilisticos, o periodo referido no
4-É aditada ao Cédigo do Imposto sobre o Rendi- n.” 1 se contar a partir do periodo de tributacêo em due
mento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo Decreto- os mesmos tenham sido adoptados pela primeira vez.
-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro, na sua redacoëo 6 — Relativamente as entidades aue tenham optado,
actual, a subseccao VI-B, com a epigrafe -Empresas de nos termos do Decreto-Lei n.” 35/2005, de 17 de Feve-
SEOUrOS”, CoNstituida pelo artigo 45.”-B. reiro, por elaborar as respectivas contas individuals em

465
12 Decreta-Lel n.” 1589/2009, de 13 de Julha SNC EXPLICADD

conformidade com as normas internacionais de contabi- 2- Na presente republicacao sao, em particular, adap-
lidade adoptadas nos termos do artigo 3.” do Regula- tados os seguintes conceitos e terminologia fiscais,
mento (CE) n.” 1606/2002, do Parlamento Europeu e do aproximando-os dos utilizados nas normas internacio-
Conselho, de 19 de Julho, os efeitos a due se refere o nais de contabilidade adoptadas pela Uniëo Europeia e
n.” 1 deste artigo sêo apurados tomando por referência no sistema de normalizacao contabilistica:
as contas individuais, organizadas de acordo com a nor- a) As sexistênciase passam a designar-se sinventé-
malizacao contabilistica nacional, previstas no artigo rioS” ou sactivos biolêgicoss;
14.” daaguele decreto-lei. b) O simobilizado incorpêreor passa a designar-se
sactivo intangivels;
Art.” 6.” - Revogacêo de disposicêes do Cédigo do Cc) O simobilizado corpêreo- passa a designar-se
IRC, da Lei n.” 53-A/2006, de 29 de Dezembro, e do sactivo fixo tanglvebr;
Decreto-Lei n.” 4A2-B/88, de 30 de Novembro d) As sprovisêes (activo)s passam a designar-se
1 — Sao revogados os n.” 4, 5 e 6 do artigo 19.”, os sajustamentossm;
n 3e4eaalneac)da n.” 5 da artigo 23.” os n” 2,4, e) A terminclogia sreintegracêo e amortizagêos é
Ae 5 do artigo 24.” o artigo 37., on.” 4 do artigo 71.” e substituida pela terminologia -depreciacao & amor-
os artigos 78.” e 79.” do Cédigo do IRC, aprovado pelo tizacêo;
Decreto-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro, na redac- f) O conceito scustos e perdass # substituido pelo
cao actual. Gonceito “gastosm;
?— Sao também revogados os regimes transitêrios pre- g) O conceito sproveitos & ganhoss é substituido pelo
vistos nos n.” 2e 3 do artigo 57.” da Lei n.” 53-A/2006, Conceito srendimentosr;
de 29 de Dezembro, e no Decreta-Lei n.” 237/2008, de h) A terminologia sreposicëes de provisêes (activo é
15 de Dezembro. substituida pela terminologia sreversêes de ajusta-
mentoss.
Art.” 7.” - RenumeraGao e remissêes
Art.” 9.” - Producao de efeitos
1 —- Os artigos do Cédige do IRC, aprovado pelo
Decreto-Lei n.” 442-B/B8, de 30 de Novembro, na sua O presente decreto-lei aplica-se aos periodos de tribu-
redaccëo actual, sêo renumerados de acordo com a tac&o gue se iniciem em, ou apês, 1 de Janeiro de 2010.
tabela de correspondência constante do anexo | do pre- Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de
sente decreto-leie due dele faz parte integrante. Abril de 2009. - José S6crates Carvalho Pinto de Sousa
2 - Com a renumeraG&o a aue se refere n numero — Fermando Teixeira dos Santos.
anterior sêo ainda eliminadas as disposicées ja revoga- Promulgado em 30 de Junho de 2009.
das por forca desta e de anteriores alteracëes introduzi-
Publigue-se.
das ao Cédigo do IRC.
3 — Todas as remissêes para preceitos do Cédigo do O Presidente da Repiblica, ANIBAL CAVACO SILVA.
IRC na redaccêo anterior & da revisêo a due ora se pro- Referendado em 1 de Julno de 2009.
cede consideram-se efectuadas para as disposicdes
O Primeiro-Ministro, José Sdécrates Carvalha Finto de
Correspondentes resultantes da nova redaccao.
Sousa.
Art.” 8.” - Republicac&o e adaptacao da terminologia
fiscal 4 contabilistica
1- EÉ republicado, no anexo || ao presente decreto-lei,
do gual faz parte integrante, o Cédigo do IRC.

d66
SNC EXPLICADO 12 Derreto-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julho

ANEXO I
Tabela de correspondência
(a gue se refere on.” 1 do artigo 7.)

Artigo antigo Epigrafe antiga Artigo novo


15 Pressuposto do imposto EP
vd Sujeitos passivos 2”
Es Base do imposto a.*
d.e Extensao da obrigacao de imposto 4e
Be Estabelecimento estavel 5.*
6.” Transparência fiseal 6.”
7” Rendimentos nio sujeitos 7”
Be Pariodo de tributacdo 8.”
ge Fstado, Regides Auténomas, autarguias locais, suas associagêes de direito piiblico e federag6es e instituicdes ge
de seguranga social
10.” Pessoas colectivas de utilidade puiblica e de solidariedade social 10.*
1de? Arctividades culturais, recreativas e desportivas 11.”
12? Sociedades e outras entidades abrangidas pelo regime de transparência fiscal 12.”
13.” Isencao de pessoas colectivas e outras entidades de navegaco maritima ou aêrea 13”
14e Outras isencêes 14*
Te.” Definicëo da matéria colertvel 18f
16.” Mêtodos de determinagao da matérla colertvel 16.”
17.” Determinagao do luero tributavel di
18.” Periodizatao do lucro tribuldvel 18.”
18” Obras de car&cter plurianual 19e
198 n.”d Revogado
187m” 8 Revogado
181” 8 Revogado
20.” Proveitos ou ganhas 20.”
21. Variagaes patrimoniais positivas 21e
Hi] Subsidios ou subvencoes nao destinados 4 exploracao 22.”
93. Custos ou perdas 23.”
Ed 23% n.”
28% Ha 24” na
23” na Revogado
23. d Revogado
23.” n.*S 28.”,n*a
23.” n” 6 23.” n.d
23.7 NT 28“R6
24” Variagëes patrimoniais negativas 24.”
25.” Relocacdo financeira e venda com locagao de retoma 2a”
26.” Valorimetria das existências 26.”
rd Mudanga de critêrip valorimêtrica 27.”
27.%-A Ajustamentos em inventdrios 28”
28.” Elementos reintegrêveis ou amortizaveis 29
29.” Mêtadas de calculo das reintegracêes e amortizacdes 30.”
30.” (uotas de reintegrag3o e amortizacao a1e
sif Despesas de investigacin e desenvolvimento 2.”
32.” Elementos de reduzido valor da.”
Ba” Reintegracëes e amortizacbes nio aceiles como Custo 4.”
34” Provisêes fiscalmente dedutiveis 35.”
35.” Provisao para créditos de cobranga duvidosa 36.”

367
12 Decreta-Lei n.” 1598/2009. da 13 de Julho SNC EXPLICADO

35.%-A Provisdes especilicas das ampresas do sector bancêrio e do sector segurador 37


35.”-B Desvalorizagdes excepcionais dB.”
36. Provisio para depreciagdo de existências d9.”
87.” Revogadno

38.” Provisio para a recuperac#o paisagistica de terrenos 40.”

49.” Créditos incobraveis 41.”


Reconstituicio de jazidas 42.”
39.%-A
Realizacies de utilidade social 43”
40.”
d1.* Ouotizacêes a favor de associagées empresariais dA.”
42.” Encargos ndo dedutiveis para efeitos fiscais 45.
da.” Conceito de mais-valias e de menos-valias 46.”

44,” Correcgao monetdria das mais-valias e das menos-valias 47.


45.” Reinvestimento dos valores de realizacdo dB.”
45 .%-A Instrumentos financeiros derivados 49.”
45 “-B Ermpresas de seguros sp?
46,” Eliminacio de dupla tributacëo econémica de lycros distribuidos st”
46”, n.” 2, a) Revogada
46”, n.“ 2, b) 51.” no 2,a)
46”, ne 2, c) Revogada
A6.”, n.” 2, d) 512)
46”, n.” 2, e) St Reds)
46”, n.” 10 Revogado
46.” n.” 11 51.*, n.” 10
46.” n.” 12 51 nd
AE Dedugso de prejuizos fiscais 52.”
48.” Determinacao do rendimento global 5a,”
49.” Custas comuns & outros 54.”
50.” Lucro tributvel de estabelecimento estvel Hy.”
51. Rendimentos nêo imputdveis a estabelecimento estvel 56.”
52.” Aplicagao de métodos indirectos 57.”
8a” Regime sirnplificado de determinacdo do lucro tributavel 5B.”
BA.” Mêtados indirectos 59.”
85e Notificagio da suieito passivo 60.”
56.” Pedido de revis3o do lucro tributavel Bi
57.” Reviso excepcional do lucro tributavel 62,”
58.” Precos de transferéncia 63.”
38.”-A Correcc6es ao valor de transmissêo de direitos reais sobre bens iméveis 64,”
59” Pagamentos a entidades nao residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado 65.”
60.” Imputaczo de lueros de sociedades ndo residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado 66.”
61.” Subcapitalizacao 67.”
62.” Correcc6es nos casos de erédito de imposto e retencaa na fonte 68.”
63.” Ambito e condicoes de aplicacio 69.”
63”, n.” 10 Revogado
63”, n.” 11 Revogado
63”, n.” 12 69.*, n.” 10
64.” Determinacëo do lycro tributével da grupo 70."
65.” Regime especifico de dedug3o de prejuizos fisrais The
66.” Regime aplicdvel 72.”
67 Definicdes e imbito de aplicacio 7a
68.” Regime esperial aplicivel as fusêes, cisges e entradas de aclivos 74e
69.” Transmissibilidade dos prejuizos fiscais 15.”
70.” Regime aplicêvel aos s6cios das sociedades fundidas ou cindidas 76.”
71.” Regime especial aplicavel a permula de parles sociais TE”

AGB
SNEC EXPLICADO 12 Decreto-Lel n.” 159/2009, de 13 de Julhn

TE mk A Revogado
72.” Obrigagoes acessêrias 7B.*
Te Sociedades em liguidacao (E
74.” Resultado de liguidaca0 80.”
EP Resultado da partilha 81.”
76.” Liguidacao de pessoas colectivas gue nio sejam sociedades B2.”
76.%-A Transferência de residência 84.”
76.”-B Cessacao da actividade de estabelecimento estdvel BA.”
76.%-G Regime aplicêvel aos sêeios 85.”
TE Regime especial de neutralidade fiscal B6.”
7a.” Revogado
TA? Revogado
79.”-A Revogado
80.” Taxas 87.”
81.” Taxas de tributago auténoma BA.”
82.” Competëncia para a liguidagao 89.”
8a.” Pracedimento e forma de liguidagao 90.”
83.” n.” 2,a) Revogada
83”, n” 2, b) 90”, n.” 2,3)
Ba", se) Revogada
83" ne ?,d) 90.*, n.” 2, b)
83.“ n” 2,6) 90.” n.“ 2, 0)
83.” n. 2,n) 90, n. 2, d)
BA.” Revogado
85.” Crédito de imposto por dupla tributago intermacional 91.”
85.” n.” 8 Revogado
86.” Resultado da liguidaGao 92.”
86.” n.” 2, d) Revogada
86.” n.” 2, e) 92.*, n.” 2, d)
87.” Pagamento especial por conta 9a.”
88.” Retencao na fonte 94.”
88.”, n.” 1, h) Revogada
89.” Retencio na fonte — Directiva n.” S0/435/CEE HE”
89”, n.” 2 Revogado
89.” n” 8 96.” n.” 2
89.”-A Retencdo na fonte - Directiva n.” 2003/49/GE, do Gonselhio, de 3 de Junhio 96.”
90.” Dispensa de retenciio na fonte sobre rendimentos auferidos por residentes 97.”
90.”-A Dispensa total ou parcial de retenc&o na fante sobre rendimentos auferidos por entidades nio residentes 98.”
91.” Liguidacao adicional 99.”
91. n.” 2,p) Revogada
91.” n.” 2, d) 99.” n.” 2, e)
92.” Liguidacëes correctivas no regime de transparência fiscal 100.
ga.” Caducidade do direito 3 liguida€do 101.”
94.” Juros compensatdrios 102.”
95.” Anulacdes 103.”
96.” Regras de pagamento 104.”
97.” Gélculo dos pagamentos par conta 105.”
98.” Pagamento especial por conta 106.”
99.” Limitagëes aos pagamentos por conta 107.”
100.* Pagamento do impoasto 108.”
101. Falta de pagamento de imposto autoliguidado 109.”
102.* Pagamento do imposto liguidado pelos Servigos 110.*
103.” Limite minimo 111.”

NEE 369
12 Decreta-Lei n.” 159/2009, de 13 de Julho SNC EXPLICADO

Modalidades de pagamento 1i9e


104.”
Local de pagamento 1432 TE]
105.”
106.” Juros e responsabilidade pelo pagamento nos casos de retengao na fonte 114.”

107.” Responsabilidade pelo pagamento no regime especial de tributagao dos grupos de sociedades TiS?

108.” Privilégios creditêrios 116.”


TI7E
109.” Obrigac6es derlarativas
Declaragio de insericao, de alteracoes ou de cessagdo 118.”
110.”
Tie Declaragëo verbal de inserig#o, de alteragdes ou de cessagao 119.”
Declaracio periëdica de rendimentos 120.”
112.”
118.” Declaracio anual de informacio contabilistica e fiscal 1a1.*

113” nes Revogado


1138”, n” 6 121”, n.” 8
114.e Declaraczo de substituicao 122.”
115” Obrigacfes contabilisticas das empresas 123.”
115. n.” 2 Revogado
(fan 128% n”?
115.*, n.d 1237. na
TISE NES 123.” n.” d
118.” n.” 6 123%; n.” s
TISS Eg 123.” n 6
115”, n” 8 128.*, ne 7
dis” nd 123”, n 8
116.” Regime simplificado de eserituragdo 124.”
Ti7T Centralizaczo da contabilidade ou da eserituracio 1285.”
118.” Representacdo de entidades nao residentes TB.”
119.” Deveres de cooperacio dos organismos oficiais e de outras entidades 127."
120.” Obrigacdes das entidades aue devam efectuar retences na fonte 128.”
120.%-A Obrigacoes acessêrias* relativas a valores mobiliërios 129.”
121.” Processo de dorumentacao fiscal 130.*
122e Garantia de observancia de obrigacdes fiscais 131.”
123." Pagamenta de rendimentos a entidades nio residentes 13?”
124.” Dever de fiscalizac&g em geral 133.”
128.” Dever de fiscalizacao em especial 134.”
126.” Registo de sujeitos passivos 185.”
127” Processo individual 136.”
128.* Reclamagies e impugnacdes 187.”
128.%-A Acordos prêvios sobre precos de transterência 138.”
1299* Prova do preco efectivo na transmissag de im@veis 139.”
130.” Recibo de documentos 140
131.” Envio de documentos pelo carreio 141.”
142 Classificaco das artividades 142?

ANEXO II
Este anexo é a republicacao do Cédigo do IRC aplicavel aos periodos de tributacao gue se iniciem em, ou apos,
1de Janeiro de 2010, pelo gue o editor optou pela sua nao transcrieao nesta obra.
A Declaracêo de Rectificacao n.” 67-A2009, de 11 de Setembro introduziu diversas rectificac6es neste anexo.

`A palavra sublinnada oi corrigida pelo editor por incoerência do original.

370
13 Deereto-Lei n.” 160/2009.
de 13 de Julho
13 Decreta-Lei n.” 160/2009, de 13 de Julho SNC EXPLICADO

DEGRETO-LEI N. 160/2009, Assim:


Nos termos da alinea a) do n.” 1 do artigo 198.” da
de 13 de Julho Constituicëo, o Governo decreta o seguinte;
Com a aprovac&o de um novo Sistema de Normaliza-
Art.” 1.” - Objecto
C&o Contabilistica, inspirado nas normas intermacionais
de contabilidade e nas normas internacionais de relato É aprovado o regime juridico de organizacao e funcio-
financeiro, é introduzido, no sistema contabilistico das namento da Comissao de Normalizacao Contabilistica
empresas em geral, um conjunto de conceitos, cuja apli- (CNC), anexo ao presente decreto-lei e gue dele faz
cag&o, a bem da gualidade da informacao financeira a parte integrante.
divulgar, se torna necessêrio controlar. Esse facto, asso-
ciado & circunstêancia de as regras relativas & organiza- Art.” 2.” —- Disposicêes transitêrias
cê0 e funcionamento da Comissêo de Normalizacêo 1- O presidente da CNC mantêm-se em funcêes até
Contabilistica (CNC) serem anteriores as due vigoram gue se verifigue nova designacëo, a gual deve ocorrer
para o actual processo de adopgao comunitêria das nor- no prazo de 60 dias ap6s a entrada em vigor do pre-
mas internacionais de contabilidade, aconselha ao ajus- sente decreto-lei.
tamento e & adaptaca&o do regime de competências,
2 — Os membros da comissêo execuliva e os dois
organizacao e funcionamento daauela Comissao. secretêrios do conselho geral, referidos no n.” 2 do
Assim, o presente decereto-lei visa, para alêm da
artigo 8.”, mantêm-se igualmente em funcêes, até &
manutencêo do ambito de competências aue se encon-
posse do presidente da CNC.
tram cometidas & CNC nos dominios da emissêo e har-
monizac&o das normas contabilisticas, da participacëo Art.” 3.” - Norma revogatêria
nas instências comunitêrias e internacionais due sê
É revogado o Decreto-Lei n.” 367/99, de 18 de Setembro.
dediguem & normalizacêo contabilistica e da coapera-
C&0 com outras entidades nacionais ou internacionais Art.” 4.” - Entrada em vigor
gue detenham atribuic6es nesse Ambito, a atribuicëo
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte
Aguela Comissêo de um conjunto de competências rela-
ao da sua publicacao.
tivas ao acompanhamento da aplicac&o das normas
contabilisticas. Pratende-se, deste modo, aue a CNC Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de
possa controlar a aplicacao de critêrios de conteudo Abril de 2009. - José Sdcrates Carvalho Pinto de Sousa
mais discricionêrio, gue integram o novo Sistema de — Emanuel Augusto dos Santos.
Normalizacêo Contabilistica, salvaguardando a cerleza e
Promulgado em 26 de Junhio de 2009,
a fiabilidade da contabilidade, no &Ambito de uma funcëo
reguladora geral. Publigue-se.
Embora se mantenha, no essencial, o modelo actual da
O Presidente da Republica, Anibal Cavaco Silva.
CNC. como entidade tecnicamente independerite, mas
funcionando administrativa e financeiramente no &Ambito Referendado em 1 de Julho de 2009.
do Ministêrio das Financas e da Administracao Publica,
O Primeiro-Ministro, José S6crates Carvalho Pinto de
procede-se agora a um ajustamento da estrutura da
Comissêo, de modo a modernizê-la, simplificando e flexi- Sousa.
bilizando os seus processos de actuagao e adeauando-a
&s novas competências gue lhe sêo atribuidas.
Deste modo, e sem perder a ampla representatividade
dos principais interessados no processo de normaliza- ANEXO
CAO contabilistica - preparadores e utilizadores da infor-
macao financeira, revisores oficiais de contas e institui-
Regime juridico de organizacao e funcionamento da
C6es de ensino das matérias contabilisticas - reduz-se o
Comissêo de Normalizacio Contabilistica
nimero de membros, auer do conselho geral, auer da
COMISSaO executiva, com vista a tornar estes 6rgaos GAPITULO
mais operacionais, introduzindo-se, ainda, a possibili- Principios gerais
dade de personalidades de reconhecida competência
nas matêrias da normalizacao contabilistica poderem Art.” 1.” - DenominaG&o e sede
integrar os 6rgaos da CNC, bem como guaisduer estru- A Comissêo de Normalizac&o Contabilistica, adiante
turas ad hoc por eles criadas, desde aue o conselhio designada por CNG, tem a sua sede em Lisboa.
geral ou, nas matérias da sua competência, a Comissê0
executiva, assim entendam. Art.” 2.” - Natureza juridica
Naturalmente gue, neste contexto, o funcionamento da A CNC é um organismo tecnicamente independente, no
CNC obriga ao recurso a meios humanos especialmente cual estao representadas, a nivel nacional, as entidades
comMPpetentes, duer para os secretariados técnico & publicas e privadas interessadas no dominio da contabili-
administrativo due assegurem o necessêrio apoio, Ouer dade, e gue funciona administrativa e financeiramente no
através da constituicao de grupos de trabalho para o Ambito do Ministério das Financas e da Administracao
desenvolvimento de tarefas especificas. Publica.

372
SNE EXPLIGADO 14 Decreto-Lei n.” 160/2009, de 13 de Julho

Art.” 3.” - Missêo com entidades publicas ou privadas, nacionais ou


A CNC tem por migsao emitir normas e estabelecer estrangeiras, em especial €om instituicëes de normaliza-
procedimentos contabilisticos, harmonizados com as cao contabilistica comunitêrias e dos paises de lingua
normas comunitêrias e intermacionais da mesma natu- oficial porluguesa.
reza, tendo em vista a melhoria da gualidade da informa-
Gao financeira das entidades gue sejam obrigadas a CAPITULO II
aplicar o Sistema de Normalizacao Contabilistica (SNC),
Orgaos
bem como promover as accëes necessêrias para due
tais normas sejam efecliva e adeaguadamente aplicadas Seccdo |
pelas entidades a elas sujeitas.
Disposic6es gerais
Art.” 4.” - Atribuic6es da CNC Art.” 6.” - Org&os da CNC
1 - Sêo atribuicêes da CNC, no dominio da emissêo e Sêo 6rgëos da CNC:
harmonizacêo das normas contabilisticas: a) O presidente;
a) Apresentar ao Governo propostas de alteracêo ao
D) O conselhio geral;
SNC;
b) Emitir normas contabilisticas e normas interpretativas, C) A Comissao executiva,
Oue sejam, nos termos do SNC, de efeito obrigatêrio; Art.” 7.” - Funcionamento dos érgêos
Cc) Participar nas instências comunitêrias e internacio-
nais aue se dediguem & normalizacao contabilistica O funcionamento dos érgêos da CNC rege-se pelo
respectivo regulamento interno.
e nas reuniëes promovidas pelas mesmas, de forma
directa ou em representac&o do Estado Português;
Seccao II
d) Cooperar na area da normalizac&o contabilistica
Com outras entidades nacionais ou intermnacionais Presidente da CNC
due detenham atribuicêes nesse &mbito; Art.” 8.” - Presidente da CNC
e) Promover a divulgacao das normas contabilisticas
através de publicac6es e por outros melios, desig- 1—- O presidente da CNC é designado pelo membro
nadarnente em congressos, col6êdguios ou outras do Governo responsêvel pela area das financas de entre
actividades de natureza semelhante; personalidades de reconhecida competência na area da
Promover os estudos tendentes & adopcao de con- contabilidade.
Celtos, principios &e procedimentos contabilisticos 2 —- O presidente da CNC é substituido, nas suas
aue devam considerar-se de aplicac&o geral; ausências e impedimentos, pelo vice-presidente da
g) Dar parecer sobre projectos de normas contabilisti- COMISSêD exeCUtIva.
Cas a emitir por outras entidades; 3-O mandato do presidente da CNC tem a duracao
h) Dar parecer sobre projectos de planos ou normas de de guatro anos, podendo ser renovado, nos termos do
Ambito sectorial elaborados por outras entidades; n.” 1, por mais uma* vez.
j) Pronunciar-se sobre disposicëes de natureza conta-
bilistica constantes de projectos de diplomas legislati- Art.” 9.” - Competências do presidente da CNC
VOS, Sempre ague seja solicitado o respectivo parecer; 1— Ao presidente da CNC compete:
Responder, nos termos e condicêes fixados por a) Representar a entidade, podendo delegar essa
regulamento interno, a consultas relativas & aplica- representac&o noutros membros da CNC ou fazer-
CAO ou interpretacêo da SNC, auando para tal for -se acompanhar por eles;
CoNSsuUItada.
b) Presidir ao conselho geral e & comissao executiva;
2 — No dominio da regulacao e do controlo da aplica- Cc) Canvocar, elaborar a ordem de trabalhos e dirigir
Gao das normas contabilisticas, a CNGC deve desenvol- as reuniëes do conselho geral;
ver as acc6es necessêrias para gue as normas contabi- d) Assistir as reuniëes da comiss&0 executiva, sempre
listicas sejam efectiva e adenguadamente aplicadas ague o entenda conveniente ou a pedido do presi-
pelas entidades a elas sujeitas, designadamente: dente desta;
a) Através de accoes de verificacêo levadas"* a efeito e) Solicitar & comissêo executiva a elaboracêo de
por sua iniciativa; ou estudos, parecereas, relatêrios e informaG6es no
D) Mediante procedimentos de arbitragem. Ambito das suas competéncias;
4 — No &mbito da sua missêo, a CNC pode consultar Convidar a participar nas reuniëes do plenêrio,
OS organismos, sociedades e outras entidades interessa- ouvida a comissê0 executiva, guaisauer entidades
dos pelos seus trabalhos. Cuja presenca seja julgada util;
Og) Fazer cumprir o presente decreto-lei e o regula-
Art.” 5.” - Intercêmbio e cooperasëo mento intermo da CNC:
No auadro dos seus objectivos, a CNC pode estabele- h) Exercer auaisguer outros poderes gue lhe sejam
cer formas de intercêmbio, de cooperacëo e de parceria especificamente atribuidos por let;

"A palavra sublinhada foi corrigida pelo editor por incoerência da original,

373
14 Deereta-Lei n.” 160/2009, de 13 de Julho SNC EXPLICADO

j) Exercer as competências inerentes & aplicacao das vii) Direccëo-Geral das Autarauias Locais;
disposic6es relativas aos ilicitos de mera ordena- b) Como representantes das prestamistas, um mem-
ga0 social previstos no artigo 14.” do Decreto-Lei bro de cada uma das seguintes instituicêes;
n.” 158/2009. de 13 de Julho, gue aprova o Sistema j) Associacao Portuguesa de Bancos;
de Normalizacêo Contabilistica. ii) Associacao Portuguesa de Seguradores;
ii) Associacao Portuguesa das Sociedades Gesto-
2 —O presidente da CNC pode delegar todas ou parte
ras de Fundos de Investimento.
das suas funcêes no vice-presidente da comissao exe-
Cutiva, incluindo a organizacêo do processo e a decisêo 6 —O conselho geral designa ainda as três personali-
Sobre aplicag#o das coimas pela nêo aplicacao de agual- dades de reconhecido mêrito em matêrias contabilisticas.
guer das disposic6es constantes das normas contabilis- 7 - Cada uma das entidades indicadas nos n.” 23e
ticas e de relato financeiro. 5 designa, por cada membro efectivo, um membro
suplente.
Secoo II 8 — Para efeitos da designacao referida no n.” 4, cada
Conselho geral escola née pode apresentar, em cada mandato, a candi-
datura de mais de um representante.
Art.” 10. — Composic&o do conselho geral
9 — Cada membro do conselho geral nêo pode repre-
1- O conselho deral tem a seguinte E€Omposicê0: sentar mais de uma entidade.
a) O presidente da CNC;
10 - Tendo em vista a coordenacêo das entidades
D) 8 representantes dos preparadores da informac&o
com poder de normalizac&o contabilistica, o conselho
financeira;
geral retine exclusivamente com as seguintes entidades:
Cc) 2 representantes dos revisores oficiais de contas;
a) Inspeccao-Geral de Financas;
d) 2 representantes das escolas superiores de conta-
D) Banco de Portugal;
bilidade;
c) Instituto de Seguros de Portugal;
e) 10 representantes dos utilizadores da informacao
d) Comissêo do Mercado de Valores Mobiliërios;
financeira;
e) Comissêo de Normalizacêo Contabilistica;
f) 3 personalidades de reconhecido mêrito em matê-
f) Comissêo de Normalizac&o Contabilistica da Admi-
rias contabilisticas; nistracêo Publica.
g) 1 representante da Direccao-Geral do Orcamento.
11 - Os membros permanentes do conselho geral a
2 — Os representantes dos preparadores da informa- due se refere o numero anterior sa0o representados pelo
Gao financeira integram: mais alto representante da sua hierarauia, ou, na sua
a) Por parte das associacêes patronais, um membro ausência, por motivos justificados, pelos substitutos
de cada uma das seguintes organizacêes: legais ou estatutêrios, os guais têm todos os direitos e
j) Confederacao da Industria Portuguesa; obrigac6es dos representadas.
ii) Confederacêo do Camércio e Servicos de Portugal,
12 — Podem ainda ser convidados a participar nos tra-
ii) Confederacë&o dos Agricultores de Portugal;
balhos de coordenacën do conselho geral, a due se
iv) Confederacao do Turismo Portugués;
refere o n.” 10, outras entidades publicas ou privadas,
v) Instituto Anténio Sérgio do Sector Cooperativo;
Cujas competências, legais ou estaluldrias, estejam
vi) Associacêo Porluguesa de Empresas Municipais;
directa ou indirectamente relacionadas com a normaliza-
b) Por parte de associacêes de técnicos de conlas, dois
Go contabilistica.
membros da CêAmara dos Técnicos Oficiais de Contas.
13 - Sempre aue, no &mbito da coordenacëo das enti-
3 - A representacao dos revisores oficiais de contas é
dades com poder de normalizacêo contabilistica, este-
assegurada pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.
jam em causa, nas deliberac6es a tomar, normas conta-
4 — Os representantes das escolas superiores de con- Dilisticas com implicacëes no sector bancario e&
tabilidade sêo designados pelo conselho geral, com segurador, o Banco de Portugal e o Instituto de Seguros
base na avaliac&o curricular, em matérias de normaliza- de Portugal, respectivamente, têëm voto de gualidade.
C&o contabilistica, dos candidatos propostos pelas esco-
las superiores aue leccionem cursos de contabilidade Art.” 11.” - Designacêo dos membros
no 1.” ou no 2.” eiclo de estudos. 1- Durante os primeiros 15 dias apos a sua designacëo,
5 — Os representantes dos utilizadores da informagao o presidente da CNC dé inicio ao processo de designazëo
financeira integram; dos membros do conselho geral, dirigindo-se por carta
a) Como representantes dos interesses gerais do aos presidentes ou responsêveis eduivalentes dos 6rgaos
Estado, um membro de cada um dos seguintes referidos, solicitando a indicagëo, em prazo nao superior a
organismos: 30 dias, dos membros due integrar&o o conselho.
j) INspecsao-Geral de Financas: 2 — É publicitado, para efeitos do processo de desig-
ii) Direcc&o-Geral dos Impostos: nacêo dos membros referidos no n.” 4 do artigo anterior,
iii) Comissêo do Mercado de Valores Mobiliërios: através de anuncio publicado no sitio da Internet da
iv) Direccao-Geral do Tesouro e Financas: CNC, o prazo, nêo superior a 30 dias, dentro do aual
v) Tribunal de Contas; devem candidatar-se as escolas gue se julguem em
vi) Ministério da Justica; condicêes de poder integrar o conselho geral da CNC.

374
T

SNEC EXPLICADO 14 Deereta-Lei n.” 1160/2009, de 13 de Julha

3 — No processo de candidatura a gue se refere o f) Realizar guaisauer acc6es due, consensualmente,


nimero anterior, as escolas podem fornecer os elemen- sejam consideradas, pelos seus membros, adeagua-
tos gue considerem pertinentes para a avaliacëo a efec- das as finalidades indicadas nas alineas preceden-
tuar pelo conselho geral. tes e ague caibam na esiera de competência de
gualguer dos membros;
Art.” 12.” - Perda de mandato e substituicao g) Aprovar o respectivo regulamento interno.
1- Perdem o mandato os membros due:
a) Deixem de ser reconhecidos como tais pelas entida- Art.” 14.” - Funcionamento do conselho geral
des Gue representam, devendo estas dar conheci- 1-—O conselho geral reine ordinariamente, duas vezes
mento do facto, por escrito, ao presidente da CNG; por ano, em Abril e em Outubro e, extraordinariamente,
b) N&o cumpram os reguisitos de participacêo previs- sempre gue seja convocado pelo presidente da CNC,
tos no regimento. por Sua iniciativa, a pedido de pelo menos dois tercos
2 - Em caso de renuncia ou perda de mandato, o pre- dos membros desse conselho ou a pedido do presi-
sidente da CNC solicita & entidade de ague o membro faz dente da comissêo executiva.
parte gue, no prazo mêximo de 30 dias, proceda a sua 2 — As sessêes do conselho geral sêo orientadas par
substituicao, uma mesa composta pelo presidente da CNC e por dois
3 — Caso nao se verifigue o cumprimento do previsto seoeretarios eleitos por esse conselho por um periodo
no nUmero anterior, o presidente informa o membro do Coincidente com o do mandato do presidente da CNC.
Governo responsêvel pela area das financas com vista & 3 — Para funcionamento do conselho geral é indispen-
substituicao da entidade. savel a presenca da maioria de dois tercos dos seus
Art.” 13.” - Competências do conselho geral membros, efectivos ou suplentes, aue até & data tiverem
sido designados pelas respectivas entidades.
1- Compete ao conselho geral:
a) Deliberar, sob proposta da comissêo executiva, em 4 — Caso decorra meia hora aps a hora para due foi
relacëo &s matérias abrangidas pelas alineas a) e marcada a reuniëo e nêo se verifiaue a existência da
b) do n.” 1 do artigo 4.*; maioria prevista no numero anterior, é suficiente a pre-
b) Deliberar sobre o plano anual de actividades e res- Senca da maioria simples dos membros.
pectivo relatério, bem como sobre a proposta de 5 — As deliberacêes do conselho geral sêo tomadas
orcamento de receitas, despesas e investimento, por maioria de dois tercos dos membros presentes,
apresentados pela comissao executiva; desde aue se verifiaue a presenca da maioria simples
c) Propor ao membro do Governo responsêvel pela dos seus membros em eifectividade de iuncoes.
&rea das financas um Conjunto de personalidades 6 — Para a deliberac&o prevista na alinea d) do n.” 1 do
susceptiveis de serem designadas como presi- artigo anterior, é necessaria a aprovacëo da maioria dos
dente da CNC; membros em efectividade de func6es, por voto secreto.
d) Propor ao membro do Governo responsavel pela rea
7—-O conselho geral pode criar comissêes especiali-
das financas a destituic&o do presidente da CNC;
zadas, fixando-lhe o &Ambito, a duraGëo e a Composicao.
e) Propor ao membro do Governo responsavel pela
érea das financas a alteraG&o da composicao do Art.” 15.” - Participacao nas reuniëes
conselho geral e da comissêo executiva;
f) Eleger e destituir, por votacêo secreta, os membros As reuniëes do conselho geral podem assistir, nao
da comissAo executiva, de entre os seus membras; podendo, todavia, intervir nos trabalhos, as entidades
g) Designar e destituir os membros referidos nos n.” 4 ' previstas no artigo 17.” gue, nos termos do regulamento,
Oo solicitem e a tal sejam autorizadas.
e 6 do artigo 10.*%;
h) Apreciar e discutir os problemas fundamentais de
orientacao e funcionamento da CNC; Seccdo IV
j) Aprovar o respectivo regulamento interno, bem Comissao executiva
comMOo os tendentes ao exerclicio das competências
relativas ao controlo da aplicacao do SNC. Art.” 16.” - Composicao da comissao executiva
2 — Compete ao conselho geral, no &Ambito das funcêes 1-A comissêo executiva tem a seguinte composicêo:
de coordenacêo previstas no n.” 10 do artigo 10.%: a) O presidente da CNG;
a) Promover a coordenaGëo da actuaGëo das entida- b) Três representantes dos preparadores da informa-
des com poderes de normalizacêo contabilistica; cêo financeira, sendo obrigatoriamente um deles o
D) Promover a harmonizacao conceptual das normas representante da CAmara dos Têcnicos Oficiais de
contabilisticas nacionais; Contas;
c) Facilitar e coordenar o intercêAmbio de informaëes Cc) Um representante dos revisores oficiais de contas;
entre os seus membros; d) Um representante das escolas superiores de conta-
d) Emitir pareceres sobre guaisguer assuntos da sua bilidade;
cCompetência; 6) Três representantes dos utilizadores da informacao
e) Promover a formulacê&o ou a adopcêo de politicas financeira, sendo obrigatoriamente um deles o repre-
de actuac&o coordenadas junto de entidades sentante da Inspeccëo-Geral de Financas e& outro 6
estrangeiras e organizacëes internacionais; representante da Direccao-Geral dos Impostos;

375
14 Decreto-Lei n.” 160/2009, de 13 da Julho SNEC EXPLICADO

f) Um representante da Direccëo-Geral do Orcamento; 2- A composicao e o &mbito de actuacëo de cada


9) Uma das personalidades de reconhecido mêrito uma das seccëes é aprovada pelo conselho geral, $ob
due integram o conselho geral. proposta do plenario da comissao executiva.
2 — A comissao executiva é eleita pelo conselho geral
Art.” 20.” — Controlo da aplicacao das normas contabi-
de entre os seus membros. listicas
3 —A comissêo executiva tem como vice-presidente
1-O controlo da aplicagëo das normas contabilisticas
um dos seus membros, o gual é designado pelo mem-
é desenvolvido através de accées de verificacao leva-
bro do Governo responsêvel pela rea das financas, sob
das a efeito por iniciativa da CNC, ou mediante procedi-
proposta do presidente e ouvido o conselho geral.
mentos de arbitragem.
A — A comissêo0o executiva pode, por deliberacëo
2 — Para o desenvolvimento das acoëes de sua inicia-
tomada por maioria de dois tercos dos seus membros,
tiva,a CNC recorre:
incluir outras personalidades, pertencentes ou nan ao
a) A informacao disponibilzada na informacao empresa-
conselho geral, sempre aue as matêrias em discussao o
rial simpliicada, nos termos aue venham a ser previstos
justifiguem.
no protocolo a celebrar entre o Ministério das Financas
Art.” 17.” - Painel de consulta e da Administracëo Publica e o Ministério da Justica:
b) A outros meios due considere relevantes.
A comissao executiva pode ainda solicitar apoio a enti-
dades com interesses no processo de normalizacao e 38 — Os procedimentos de arbitragem visam dirimir, em
harmonizacao contabilistica e deve incluir preparadores fase pré-contenciosa, conflitos auanto a& aplicagao das
e utiizadores da informacao financeira, revisores oliciais normas contabilisticas e sêo desencadeados a regueri-
de contas e escolas superiores de contabilidade, nas mento de gualguer das partes.
seguintes matêrias:
a) No processo de preparacëo de normas nacionais
de contabilidade; CAPITULO IN
D) No processo de preparacëo da votag&o no Comité Recursos humanos e materiais
de Regulamentacao Contabilistica do endosso de
normas internacionais de contabilidade e de nor- Art.” 21.” - Recursos humanos
mas internacionais de relato financeiro; 1-A CNC dispêe de dois secretariados, um técnico e
c) Na preparagêo do plano de actividades. outro administrativo, aue funcionam na dependência da
COMISSED exECUtIVa.
Art.” 18.” - Competências da comissêo executiva
2 —O secretariado técnico tem como funcêo principal
Compete & comissêo executiva: prestar assessoria permanente & comiss&o executiva no
a) Promover a realizacêo dos trabalhos resultantes Oue concerme as matêrias de gue for incumbido no
das atribuicêes da CNC e do cumprimento do seu Ambito das atribuic6es da CNC.
plano de actividades; 3
8 — Ao secretariado administrativo compele assegurar
D) Preparar o plano anual de actividades e a proposta
Oo expediente decorrente do iuncionamento dos vêrios
de orcamento de receitas, despesas e investimen-
6rgaos da CNC.
tos da CNG;
Cc) Apresentar ao conselho geral as propostas due 4 — Ao pessoal em exercicio de funcées nos secreta-
devam ser apreciadas por este 6rgao, designada- riados é aplicado o disposto no n.” 13 do artigo 58.” da
mente, mos termos das alineas a) e b) do n.” 1 do Lei n.” 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, sendo o respec-
artigo d.”; tivo regime de cedência de interesse publico de dura-
d) Propor ao membro da Governo responsêvel pela Cao indeterminada.
&rea das financas a criacëo de grupos de trabalho, 5 — Sob proposta da comissêo executiva ao membro
determinar os seus objectivos, as respectivas remu- do Governo responsêvel pela area das financas, as fun-
neracoes e analisar os estudos por eles elabora- CÊes inerentes a cada um dos secretariados podem ser
dos; exercidas mediante a celebracao de contrato de presta-
e) Preparar o relatério anual de actividades: Cao de servicos, nos termos da lei geral.
f) Preparar as propostas de regulamentos necessê-
rios ao exercicio das competências relativas ao Art.” 22.” —- Meios financeiros
Controlo da aplicacëo do SNC: O funcionamento da CNC é assegurado, do ponto de
g) Aplicar os regulamentos tendentes ao exerclcio das vista financeiro, pela Secretaria-Geral do Ministério das
Competências relativas ao controlo da aplicac&o do Financas e da Administracêao Publica, due, para o efeito,
SNC aprovadas pelo conselho geral. insereve as necessêrias dotacêes orcamentais.
Art.” 19.” — Organizac&o interna da comissao executiva Art.” 23.” —- Remuneracêes
1— A comissêo executiva funciona em plenêrio e em O exercicio de funcêes nos 6rgêos da CNC é remune-
duas seccées, sendo uma a SeCEao de emissêo e har- rado através de senhas de presenca, cujo valor ê esta-
mOnIZaGao das normas contabilisticas e a outra a seo- belecido anualmente por despacho do membro da
Gê0 de controlo da aplicac&o das normas contabilisticas. Governo responsavel pela area das finangas.

376
"

14 Adaptacio do SAF-T (PT)


a0 SNGL
14 Adaptacia da SAF-T (PT) an SNC SNC EXPLICADO

Portaria n." 1192/2009, de 8 de Outubro Cc) A geragêo do ficheiro SAF-T (PT) pelos sistemas de
informacao deve ser sempre efectuada para um
A Portaria n.” 321-A/2007, de 26 de MarGo, aprovou determinado exercicio fiscal ou periodo delimitado.
um formato de ficheiro normalizado de auditoria tributê-
d) Na col. #Obrigatérior, o simbolo s*s Corresponde a
ria para exportagao de dados, o designado SAF-T (PT),
campo de preenchimento obrigatêrio e o simbolo
gue tem vindo a revelar-se como um excelente instru-
“**s COMEsponde a campo de escolha alternativa
mento de obtencéo de informaGao pelos servicos de ins-
ou dependente de condicées para a sua obrigato-
peccao, simplificando procedimentos e reduzindo os
riedade, devendo todos os campos restantes ser
Custos de cumprimento.
igualmente preenchidos desde aue a informacëo
A experiëncia entretanto adauirida, a necessidade de
exista no repositêrio de dados nas aplicac6es de
adaptar o ficheiro ao novo Sistema de Normalizacao
contabilidade & ou facturacao, o gue podera ser
Contabilistica (SNC), bem como a futura certificacêo do
comprovado na documentaGao da aplicacëo.
software de facturacëo, exigem ligeiras alterac6es na
estrutura de dados, pelo gue se aprova um novo aneXo. e) O ficheiro SAF-T (PT) relativo a contabilidade deve
Foi ouvida a AssociacBo Portuguesa de Software. ser (nice para o periodo a aue diz respeito. No case
Assim: de ficheiros SAF-T (PT) relativos a& facturacao, estê
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Finan- prevista a possibilidade de ser gerado um para
cas, ao abrigo do disposto no n.” 8 do artigo 115.” do cada estabelecimento, se independentes do sis-
Cédigo do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.” 442-B/88, tema de facturacao adoptado a nivel central. Se o
de 30 de Novembro, o seguinte: sistema de facturacêo nos estabelecimentos estiver
centralizado, deve ser fornecido um unico ficheiro.
Artigo 1.”
n As aplicacêes integradas de contabilidade e factu-
O ficheiro a gue se refere o n.” 1.” da Portaria N.” rac&o devem gerar um ficheiro com todas as tabe-
321-A2007, de 26 de Marco, passa a ter a estrutura de las obrigatêrias.
dados constante do anexo & presente portaria, da agual
No caso de as aplicacêes de contabilidade e factu-
faz parle integrante.
racêo gerarem ficheiros independentes, estes
Artigo 2.” devem conter informaGao comum e informacao
1-A estrutura de dados a gue se relere o artigo ante- especifica.
rior entra em vigor em 1 de Janeiro de 2010. Tabelas de informacao comuns para ambos os
ficheiros:
?2 -E revogado, a partir da data referida no nimero
1— Cabecalho (Header);
anterior, o anexo & Portaria n.” A21-A/2007, de 26 de
22 -Tabela de clientes (Customer) &
Marco.
2.5 -Tabela de impostos (TaxTable).
O Ministro de Estado e das Financas, Fernando Tel-
xeira dos Santos, em 21 de Setembro de 2009. Tabelas de informaG&o especificas:
Para as aplicacées de contabilidade:
2.1 -Tabela de cédigo de contas (General edger),
ANEXO
2.3 - Tabela de formecedores (Supplier) e
Fstrutura de dados 3 — Movimentos contabilisticos (GeneralLedgerEn-
tries);
(a gue se refere o artigo 1.”)
Para as aplicac6es de facturacêo:
1 -Aspectos genêricos 2 4-Tabela de produtos/servicos (Product) e
a) As aplicacêes de contabilidade e ou facturacao 4 — Documentos Comerciais (SourceDocuments).
devem, elas pr6prias, efectuar a exportacêo do g) No caso de existir autofacturacao, a geracao do
Conjunto predefinido de registos das bases de ficheiro Correspondente é da responsabilidade do
dados gue produzam, num formato legivel e efectivo emitente, aue o deve disponibilizar, sem-
COMUM, Com a estrutura de dados e respectivas pre ague ao seu formecedor seja exigido o ficheiro
restricêes previstas no esguema de validacëo, sem SAF-T (PT).
afectar a estrutura interna da base de dados do Nesse caso, o emitente deve fornecer um ficheiro com
Pprograma ou a sua funcionalidade. os dados das tabelas utilizadas, nomeadamente a
b) O ficheiro SAF-T (PT) deve ser gerado em formato nor- tabela 1- cabecalho (Header) com o campo 1.4 — sis-
malizado, na linguagem XML, respeitando nê&o s6 o tema contabilistico (TaxAccountingBasis). preenchido
esauema de validacao SAF-T PT.xsd ague estê disponi- com o cédigo “Sr, a 2.3 — tabela de formecedores
vel no endereco http://www.portaldasfinancas.gov.pt, (Supplier), com o registo do formecedor respectivo, a
COMOo também o conteudo especificado na presente 24 — tabela de produtos/servicos (Product) com os
Dortaria. registos dos produtos/servicos mencionados nos

318
SNC EXPLICADO 14 Adantacin do SAF-T (PT) an SNC

documentos e a tabela 4 — documentos comerciais 2.5 -Tabela de impostos (TaxTable)e


(SourceDocuments) com os documentos relativos ao Tabela com a informatao parcial relativa ao
fornecedor em due o campo 4.1.4.2 —- estado do mês(es) extraido(s):
documento (InvoiceStatus) esteja preenchido com o 4 — Documentos comerciais (SourceDoeuments).
C6digo S5, No caso de a aplicacao ser integrada, os ficheiros a
h) Ouando os ficheiros solicitados colocarem proble- extrair devem incluir todas as tabelas com a infor-
mas de extraccëo, devido & dimensêo da tabela 4 — macao total, até & data de extraccëo da ultimo
documentos comerciais (SourceDocuments) é pos- ficheiro parcial extraido da tabela dos documentos
sivel subdividir essa extracgëo por periodos men- comerciais (SourceDocuments), com excepeëo
sais completos, incluidos no pedido, complementa- desta, gue conterd a informacëo parcial relativa ao
dos, se for o caso, com o ultimo periodo inferior a periodo extrafdo.
um mês. j) As datas so indicadas no formato: AAAA-MM-DD.
No caso de a aplicacao nao ser integrada, os fichei- j) Na col. sFormatos a dimensao dos campos do tipo
ros a extrair devem incluir as seguintes tabelas: textoë indicada em numero de caracteres.
Tabelas com a informacao total até a& data de
extraccao do ultimo ficheiro parcial extraido: 2 - Estrutura de dados
1- Cabecalho (Header); 1 —- *Cabecalho (Header). - O elemento cabecalho
2.2 - Tabela de clientes (Customer); (Header) contém informacao geral alusiva ao sujeito
2.4 — Tabela de produtos/servicos (Product); passivo a gue respeita o SAF-T (PT).

Iolos da Obrigatêrio *Nome do campo *Notas técnicas Fphebs


campo (a validar no xsd)

1d " Ficheiro de auditoria informêtica (AuditFile- | A versin a utilizar do esguema XML serê a gue se encontra Texta 10
Version) disponivel no endereco hitp//www.portaldastinancas.gov.pt.
12 Ë Identificacao da registo comercial da | Obtém-se pela concatenagaa da conservatêria do registo Texta 50
empresa (CompanylD) comercial com o nimero do registo comercial, separados
pelo cardcter espaco. Nos casos em gue ndo existe o
registo comercial, deve ser indicado o NIF.
1.3 Nimero de identificagao fiscal da empresa | Preencher com o NIF português sem espacose sem gualguer Inteiro 9
(TaxRegistrationNumber) prefixo do pais.
14 ” Sistema contabilistico (TaxAccountingBasis) | Deve ser preenchida com: Texto1
“Ds — contabilidade;
“Fo —facturacio;
als — dados integrados de facturatao e contabilidade;
“Sm — autofacturacëo;
“Ps — dados parciais de facluragio.
1.5 r Nome da empresa (Companyhame) Denominacip social da empresa ou nome do sujeito passivo. Texto 60
16 Designagao comercial (BusinessName) DesignaGao comercial do sujeito passivo. Texto 60
1,7 * Endereco da empresa (CompanyAddress) N/A
171 Nimero de policia (BuildingNumber) Texta 10
1.7.2 Nome da rua (StreetName) Texta 50
178 ei Morada detalhada (AddressDetail) Deve incluir o nome da rua, nimero de policia e andar, se Texto 60
aplicavel.
17.4 * Localidade (City) Texto 50
1/8 * Gédigo postal (Postalcade) Texto 8
1.7.6 Distrito (Region) Texto 80
17 T ” Pais (Country) Preencher com ePTn. Texto 2
1.8 Ano fiscal (FiscalYaar) Utilizar as regras do cédigo do IRC, no caso de periodas con- Inteiro 4
tabilisticos nag coincidentes com a ano civil.
(Ex: periodo de tributacio de 01-10-2008 a 30-09-2008
corresponde FiscalYear 2008.)
1.9 s Data do inicio do periodo de tributacaa Data
(StartDate)
1.10 $ Data do fim do periodo de tributagio Data
(EndDate)
111 - Cédigo de moeda (CurrencyCode) Preencher com “EUR?. Texto 3
112 5 Data da criagao (DateCreated) Data de criagao do ficheiro SAF-T (PT). Data
1.18 F ldentificagio do estabelecimento No caso do ficheiro de facturagdo deverd ser especificado a Texto 20
(TaxEntity) gue estabelecimento diz respeito o ficheiro produzido, sê
aplicivel, caso contrério, deverd ser preenchido com a
especificacdo “Global.
(continua)

319
14 Adaptacae da SAF-T (PT) an SNC SNC EXFLICANO

(Fontinuac#o)

Indi j Notas técnicas Formato


Me
er Obrigatério *Nome do campo

No caso da ficheiro de contabilidade ou integrado, este


campo deveré ser preenchido com a especificacio sSedes.
1.14 Identificacao fiscal da entidade produtora do | Preencher com a NIF da entidade produtora do software, Texto 20
software (ProductGompanyTaxiD)
115 Mtimero do certificado atribuido ao soitware | Nimero do certificado atribuido & entidade pradutora do Textg 20
(SoftwareGertificateNumber) soitware, de acordo com a portaria gue regulamentard o
estipulado no n.” 9 do artigo 118.” do CIRC, aprovado pelo
Decreto-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro.
Se nio aplicavel, deverd ser preenchido com sv (zero).
116 Nome do produto (ProductID) Nome do produto gua gera o SAF-T (PT). Texta 255
Deve ser indicada o nome comercial do safiware e o da
emprasa produtora no formato sNome produto/nome
BMPrasas.
TT d Versao do produta (ProductVersion) Deve ser indicada a versig do produto. Texto 40
1.18 Gomentarios adicionais (HeaderComment) Texlo 255
1.19 Telefone (Telephone) Texto 20
1.20 Fax (Fax) Texto 20
1.21 Endereco de correio electrênico da empresa Texto 60
(Email)
1,22 Enderego do sitio web da empresa (Website) Texto 60

2 — * Tabelas mestres (Masterfiles). - As tabelas mes- 21 - Tabela de cédigo de contas (GeneralLedger). —-


tes 2.1, 2.2, 2.3, 2.4 e 2.5 sêo obrigatêrias nas condi- A tabela de cédigo de contas a exportar é a prevista
c6es referidas nas alineas f, g) e h) do ponto 1 desta pelo sistema de normalizacao contabilistica e outras dis-
estrutura de daros. posicêes legais em vigor para o respectivo sector de
actividade. Pelo facto, nêo devem ser incluidas as con-
tas das classes O e 9.

indice do Formato
Obrigatorio *Nome do campo *Notas técnicas
campo (a validar no xsd)

214 Cédigo da conta (AccauntiD) Devem constar do ficheiro tadas as conias, incluindo as res- Texto 30
pectivas contas integradoras, até as conlas do raza0.
2.1.2 Desericao da conta (AccountDeseription) Texta 60
2.14 Saldo de abertura a débito da conta de 0 saldo de abertura a débito serd sempre o do inicio da Monetêria
plann de contas (OpeningDebitBalance) periodo de tribulagdo, uma vez gue a administracao fiscal
sê solicitarê exercicios completos ou o periodo jê decorrido
do exercicio em curso.
No caso de contas agregadoras gue contenham subcontas
tom saldos devedores e subcontas com saldos credores,
devem ser evidenciados esses saldas devedores e credores
na conta agregadora.
2.1.4 Saldo de abertura a erédita da conta do 0 saldo de abertura a crédita ser sempre n do inicio do Monetério
plano de contas (OpeningCreditBalance) periodo de tributacn, uma vez gus a administracap fiseal
sé solicitarê exercicios completos ou 9 periodo ja decorrida
do exercicio em curso.
Mo caso de contas agregadoras gue contentiam subcontas
com saldos devedores e subcantas com saldos credores,
devem Ser evidenciados esses saldas devedores e credores
na conta agregadora:

2.2 — Tabela de clientes (Customer). - Esta tabela deve por exemplo, existir uma venda a dinheira com o registo
conter todos os registos existentes no respectivo ficheiro do numero de contribuinte e morada do cliente, gue nêo
de clientes, bem como agueles gue sejam implicitos nos conste no ficheiro de clientes da aplicacao, este devera
movimentos ê nêo constem do respectivo ficheiro. Se; ser exportado como cliente no SAF-T (PT).

380
SNC EXPLIGADD 14 Adaplacën do SAF-T (PT) an SNC

indice do Formato
Obrigatério *Nome do campo *Notas técnicas
campo (a validar no xsd)

2.21 Identificador tnico do cliente (CustomerlD) Na lista de clientes nan pode existir mais do gue um registo Texto 30
com 0 mesmo CustomerlD,
Para o caso de consumidores finais, deve ser criado um
cliente genérico cam a designacéo sConsumidor final.
2.22 Cédigo da conta (AccountiD) Deve ser indicada a respectiva conta corrente do cliente no Texto 80
plana de contas da contabilidade, caso esteja definida. Caso
contrêrio deverd ser preenchido com a designacao sDesco-
nhecidos.
2.23 Nimero de identificagao fiscal do cliente Deve ser indicado sem o prefixo do pais. Texto 20
(CustomerTasID) 0 cliente genérico, correspondente ao designado. sConsumi-
dor finalv, deverd ser identificado com o NIF “8999999905,
224 Nome da ampresa (Companyhame) 0 cliente genérico deverd ser identificado com a designacio Textg 60
“Consumidor finalr.
No casa do sector bancario, para as actividades na9 sujeitas a
IVA, deverd ser preenchido com a designatio “Desconheeidos.
4,28 WNome da contacto na empresa (Contact) Texto 50
22.6 Morada de facturacao (BillingAddress) Corresponde & morada da sede ou da estabelacimento est4- N/A
vel em territério nacional.
2.2.61 Nimero de policia (BuildingNumber) Texto 10
2262 Nome da rua (StrestName) Texto 50
2.2.6.4 Morada detalhada (AddressDetail) Deve incluir o nome da rua, nimero de policia e andar, se Texto 60
aplicavel,
Deverd ser preenchido com a designatao sDesconhecidor
nas seguintes situagdges:
Sistemas nao integrados, se a informagao no for conheeida;
Operacoes realizadas com sConsumidor final;
Mo caso do sector bancdrio, para as actividades nip sujeitas
a VA.
2264 Localidade (City) Deverd ser preenchido com a designagio sDesconhiecidar Texto 50
nas seguintes sitwacëes:
Sistemas nio integrados, se a intormagio nao for conheeida;
Operac6es realizadas com “Consumidor final;
No raso do sector banc4rio, para as actividades nao sujeitas
a VA.
2.2.6.5 Cédigo postal (Postalcade) Deverd ser preenchido com a designacao sDesconhiecidar Textg 20
nas seguintes siluacdes:
Sistemas nio integrados, se a informagdo nao for conhecida;
Operac6es realizadas com sConsumidor finalr;
No caso do sector bancdrio, para as aatividades nan sujeltas
a IVA.
2.2.6.6 Distrito (Region) Texto 50
2.2.6.7 Pais (Country) Sendo conhecido, deve ser preenchido de acordo cam a Texto 12
norma ISO 3166-1-alpha-2.
Deverd ser preenchida com a designacêo sDesconhacidos
nas seguintes situacdes:
Sistemas nao integrados, se a informatao nao for conhecida;
Operacdes realizadas com “Consumidor final;
No caso do sector bancêrio, para as actividades nap sujeitas
a IVA.
Af Morada de expedic&o (ShipToAddress) N/A
22.11 MNimero de policia (BuildingNumber) Texto 10
22.12 Nome da rua (StreetName) Texta 50
22.7.3 Morada Detalhada (AddressDetail) Deve incluir 9 nome da rua, nimero de nolicia e andar, se Texto 60
aplicével.
Deverd ser preenchido com a designac4o eDesconhecidas
nas saguintes situacoes:
Sistemas nan integrados, se a informarcao nag for conhecida;
Operacdes realizadas com sGonsumidor iinale;
No casa do sector bancario, para as actividades nao sujeitas
a VA.
22.74 Loralidade (City) Deverd ser preenchido com a designago eDesconhecidor Text 50
nas seguintes situagdes:
Sistemas na0 integrados, se a informacao n£o for conheeida;
Operacëes realizadas com sConsumidor final;
No casa do sector bancirig, para as actividades nan sujeitas
alVA.

(continua)

dê1
14 Adanmtagio da SAF-T (PT) ao SNC SNC EXPLICADO

(continuacdo)

indice do Obrigatêrio *Nome do campo *Notas técnicas Postal


campo (a validar no xsd)

227.5 ; Cédigo postal (Postalcode) Deverd ser preenchido com a designacao sDesconhecidos Texto 20
nas seguintes situacoes:
Sistemas nao integrados, se a informagdao nag for conheeida;
Operacoes realizadas com sConsumidor finale;
No caso do sector bancdrio, para as actividades no sujeitas
a IVA.
22.7.6 Distrito (Region) Texto 50
2977 Pais (Country) Deve ser preenchido de acordo com a norma ISO 3166-1- Texto 12
-alpha-2.
Deverd ser preenchida com a designagdo sDesconhecidos
nas seguintes situacGes:
Sistemas na0 integrados, se a informac4o nio for conhecida;
Operacfes realizadas com “Consumidor final;
No caso do sector bancêrio, para as actividades no sujeitas
a IVA.
228 Telefone (Telephone) Texto 20
229 Fax (Fax) Texto 20
2210 Enderego de correio electronico da empresa Texto 60
(Email)
22.11 Endereco do sitio web da empresa Texto 60
(Website)
2212 F Indicador de autofacturagao Indicador da existência de acordo de autofacturac#o entre 0 Inteiro 1
(SelfBillinglndicatar) cliente e o fornecedor. Deve ser preenchido com ci sa
houver acordo e com s(” (zero) no caso contrêrio.

2.3 - Tabela de fornecedores (Supplier). —- Esta tabela base de dados, independentemente de terem sidao ou
deve conter todos os registos existentes na respectiva nao objecto de movimentagëo.

dice do Obrigatêrio 'Nome do campo “Notas técnicas Fermasa


campo (a validar na xsd)

241 * ldentificador tnico do fornecedor (SupplierlD) | Na lista de fornecedores n#o pode existir mais do gue um Texto 30
registo com o mesmo SupplierlD.
242 s Cédigo da conta (AccountiD) Deve ser indicada a resperliva conta correnie do formecedor Texto 30
no plano de contas da contabilidade, caso esteja definida.
Caso contrêrio deverd ser preenchido com a designaGao
sDesconhecidos.
2343 4 Nimero de identificacao fiscal do fornecedor | Deve ser indicado sem o prefixo do pais. Texto 20
(SupplierTaxiD)
234 # Mome da emprasa (CompanyName) Texto 60
235 Nome do contacto na empresa (Contact) Texto 50
23.6 * Morada de facturagao (BillingAddress) Corresponde 4 morada da sede ou do estabelecimento estd- N/A
vel em territêrio nacional.
2.3.6.1 Namero de policia (BuildingNumber) Texto 10
23.62 Nome da rua (StreetName) Texto 50
2.3.6.3 . Morada detalhada (AddressDetail) Deve incluir o nome da rua, nimero de policia e andar, se Texto 60
aplicdval.
2364 Localidade (City) Texto 50
23.6.5 ” Cédigo postal (PostalCode) Texto 20
2.3.6.6 Distrito (Region) Texto 50
2.8.6.7 ; Pais (Country) Deve ser preenchido de acorda com a norma ISO 8166-1- Texto 2
-alpha-2.
2.8.7 Morada da expedicëo (ShipFromAddress) N/A
2.3.71 Némero de polcia (BuildingNumber) Texto 10
2372 Nome da rua (StreetName) Texto 50
2.3.7.3 j Morada detalhada (AddressDetail) Deve incluir o nome da rua, niimero de poliria e andar, se Texto 60
aplicdvel.
23.7.4 s Localidade (City) Texto 50
2.8.7.5 C6digo postal (Postalcode) Texto 20
2376 Distrito (Region) Texto 50
23.77 Pais (Country) Deve ser preenchido de acordo com a norma SO 3168-1- Texto 2
-alpha-2.
2.8.8 Telafone (Telephone) Texto 20
(continua)

d82
SMNC EXPLICADO 14 Adaptacdo do SAF-T (PT) aa SNC

(continuagn)

Indice do Obrigatêrio *Nome do campo “Notas técnicas Formato


campo (a validar no xsd)

24.9 Fax (Fax) Texto 20


2.3.10 Endereco de correio electrénico da empresa Texto 60
(Email)
2311 Endereco do sitio web da empresa (Website) Texto 60
2312 * Indicador de autofacturacio (SelfBillinglndi- | Indicador da existência de acordo de autofacturag4o entra o Inteiro 1
cator) cliente e o tormecedar.
Deve ser preenchido com s1 se houver acordo e com Or
(zero) no caso contrario.

2.4 — Tabela de produtos/servicos (Product). - Nesta da aplicacëo, este deverê ser exportado e representado
tabela deve constar o catêlogo de produtos e tipos de COMo produto no SAF-T (PT).
servicos utilizados no sistema de facturagëo, indepen- Devem constar ainda os impostos, taxas, ecolaxas &
dentemente de terem sido ou nao objecto de movimenta- encargos parafiscais due aparecem mencionados na
cao, e ainda os registos aue sejam implicitos nos movi- factura e due contribuam ou nêo para a base tributavel
mentos e gue nêo existam na tabela de produtos/servicos do IVA ou IS [excepto o VA e o IS, os auais deverao ser
da aplicagëo. Se, por exemplo, existir uma factura com reflectidos na 2.5 - tabela de impostos (TaxTable)].
uma linha de portes gue nao conste no ficnieiro de artigos

(ooie Obrigatêrio *Nome do campo “Notas técnicas Fopsteia


campo (a validar no xsd)

24.1 f Indicador de produto ou servico Dêve ser preenchido com: Texta 1


(ProductType) “Pa — produtos;
“Sy — SErvicos;
“Or — outros (ex: portes debitados);
“ls — impostos, taxas e encargos parafistais (excepto [VA e
IS gue deverdo ser reflectidos na tabela de impostos —
TaxTable).
24.2 : ldentificador do produto ou servico Cédigo tinico do produto na lista de produtas. Texto 30
(ProductCode)
243 Familia do produto ou servica Texto 50
(ProductGroup)
2.4.4 ae Desericao do produto ou servico Texto 60
(ProductDeseription)
24.5 Fi C6digo do produta (ProductNumberCade) | Deve ser utilizado o cédigo EAN (cédigo de barras) do pro- Texto 50
duto. (uando este nao existir, preencher com 0 identifica-
dor do produto ou servigo (ProductCode).

2.5 — Tabela de impostos (TaxTable). - Nesta tabela liauidar, aplicdveis nas linhas dos documentos, regista-
registam-se os regimes fiscais de IVA praticados em dos na tabela 4 — documentos comerciais (SourceDocu-
Cada espaco fiscal e as rubricas do imposto de selo a ments).

indi ato
TER Obrigatério *Nome do campo “Notas técnicas Fee
campo (a validar no xsd)

251 di Registo na tabela de impostos N/A


(TaxTableEntry)
25.11 Cédigo do tipo de imposto (TaxType) Neste campo deve ser indicado o tipo de imposto. Texto 8
Deve ser preenchido com:
“lVAv — imposto sobre o valor acrescentado;
“lS” — imposto de selo.
AEd2 Pais ou regido do impasto Deve ser preenchido de acordo com a norma ISO 3166-1- Texto 5
(TaxCountryRegion) -alpha-2.
No caso das Regides Auténomas da Madeira e Acres deve
ser preenchido com:
“PT-ACv — espato fiscal da Regina Auténoma dos Acores;
“PT-MA* — espaco fiscal da Regizo Auténoma da Madeira.

(continua)

483
14 Adaptacan do SAF-T (PT) aa SNC SNEC EXPLICADGO

(Fontinuacao)

indice do Formato
Obrigatêrio *Nome do campo *Notas técnicas
campo (a validar no xsd)

2.5.1.8 C6digo do imposto (TaxCode) Na caso do cédigo do tipo de imposto (TaxType) - IVA, deve Texto 10
ser preenchido com:
“RED — taxa reduzida;
“INTr — taxa intermédia;
“NORS — taxa normal;
“SE” — isenta;
“OUT” — outros.
No caso da cédigo do tipo de imposto (TaxType) - IS, deve
ser preenchido com o cédigo da verba respectiva.
2514 Deseric&o do imposto (Description) No caso do Imposto de Selo deve ser preenchido com a des- Texto 255
cricda da respectiva verba.
2615 Data de fim de vigência (TaxExpirationDate) (ltima data legal da aplicagzo da taxa de imposto, no caso de Data
alteracdo da mesma, na vigéncia do periodo de tributagag.
*
2516 Percentagem da taxa do imposto Campo de preenchimento obrigatêrio, no caso de se tratar de Decimal
(TaxPercentage) uma percentagem do imposto.
"N
ABR Montante do impoasto (TaxAmaunt) Campo de preenchimento obrigatério, no caso de se tratar de Monetêrio
uma verba fixa de imposto de selo.

3 — * Movimentos contabilisticos (GeneralLedger- em aue estes sao apenas reflectidos ao nivel da tabela
Entries). - Nesta tabela registam-se os movimentos con- de c6digo de contas (General edger) nos campos saldo
tabilisticos coerrespondentes ao periodo de exportacêo a de abertura a débito da conta do plano de contas (Ope-
aue diz respeito o SAF-T (PT), nê&o devendo os movimen- ningDebitBalance) e saldo de abertura a erédito da
tos de abertura ser objecto de exportacao, na medida Conta do plano de contas (OpeningCreditBalance).

ies oo Obrigatério *Nome do campo “Notas técnicas sd


campo (a validar no xsd)

ad Niimero de registo de movimentos contabi- Inteiro


listicas (NumberOfEntries)
82 * Total dos débitas (TotalDebit) Soma a débito de todas os movimentos do periodo seleecig- Monetdrio
nado. '
33 " Total dos eréditos (TotalCredit) Soma a erédito de todos os movimentos do periodo seleccio- Monetërio
nado.
34 Didrios (Journal) N/A
341 Identificador do didrio (JournallD) Texto a0
342 * Desericao do diërio (Deseriptian) Texto 60
a3A3 1dentificador da transaceao (Transaction) N/A
d4a1 " Chave tinica do movimento cantabilistico | Deve ser construida de forma a ser (inica e a corresponder aa Texto 70
(TransactionlD) nimero de dorumento contabilistico, gue é utilizado para
detectar o documenta fisico no arguivo, pelo gue deve
resultar de uma concatenacio, separada por espatos, entre
0S Seguintes valores: data do movimento contabilistico,
identificador do didrio & nimero de arguivo do dacumento
(TransactionDate, JournallD e DocArchivalNumber).
3432 * Periodo contabilistico (Period) Deve ser indicado o ntimero da mês do periodo de tributa- Inteira
cap, de s1 a “12”, contado desde a data do infcio.
Pode ainda ser preenchido cam s1dr, efdu, #15% ou #16”
para movimentos efectuados no ultima mês do periodo de
tributacën, relacionados com o apuramento do resultada.
EX: movimentos de apuramentos de inventêrios, deprecia-
ges, ajustamentos ou apuramentos de resultadas.
3433 " Data do movimento contabilistico Data
(TransactionDate)
3434 Cêdigo do utilizador due registou o movi- Texto 30
mento (SourcelD)
d.A.3.5 Descricio do movimento (Description) Texto 60
3.4.3.6 # Nimero de arguivo do documento Deve ser indicado o nimero do darumento dentro do diërio, Texto 20
(DocArchivalNumber) gue possibilite o acesso ao documento origindrio do registo.
d.4.3.7 * Tipificagëo do movimento contabilistica | Deve ser preenchido com: Texto1
(TransactionType) “No — normal;
“Riv — regularizacdes do periodo de tributacio:
“Ar — apuramento de resultados;
“ds — movimentos de ajustamento.
(continua)

384
SNC EXPLICADO 14 Adaptacëio da SAF-T (PT) an SNC

(continuagao)

died Obrigatério *Nome do campoa *Notas técnicas Foimata


CcCampo (a validar no xsd)

3438 F Data de gravacao do movimenta Data de gravacio do movimento ao segundo tipo de data: Data e hora
(GLPostingDate) “AAAA-MM-DD Thh:mm:sse.
Ouando as gravagdes sin feitas em procedimentos do tipo
Batch, poderao ficar com a data de inicin ou de fim desse
processamento.
Para as recolhas de dados, anteriores a 2008, em gue nio
exista este campo, 0 sistema deve assumir a data do movi-
mento contabilistico.
3439 ldentificador do cliente (CustomerlD) Campo de preenchimento obrigatêrio, no caso de a transac- Texto 30
€40 consubstanciar uma venda gue deva figurar no anexo 0
da IES/declaracëo anual ou gue deva figurar no anexo | da
declaracao periddica de IVA.
Dave ser indicada a chave do regista na tabela de clientes.
3.4.3.10 Ri Identificador do fornecedor (SupplierlD) Campo de preenchimento obrigatério, na caso de a transac- Texto 30
C40 consubstanciar uma campra gue deva figurar no anexg
P da IES/declaracëo anual.
Deve ser indicada a chave do registo na tabela de fornece-
dores.
34311 Linha (Line) N/A
343111 * Identificador do registo de linha (RecordlD) | Deve ser indicada a.chave Gnica do registo de linhas do Texio 10
documento.
dA.3.11.2 d Cédigo da conta (AccountiD) Texta 40
34311.3 Chave (inica da tabela de movimentas con- | Dave ser indicado o tipo e nimero do documento comercial Texto 40
tabilisticos (SourceDocumentlD) relacionado com esta linha.
343114 j Data do registo do dorumento contabilistico | Registo ao segundo: tipo de data: Data e Hora
(SystemEntryDate) #AAAA-MM-DD Thhmm:ses.
343115 Descricao da linha de documento (Description) Texto 60
343116 Te Valor a débito (DebitAmount) Campo de preenchimento obrigatrio, no caso de se tratar de Monetaria
um valor a débito.
343117 ea Valar a crédito (CreditAmount) Campo de preenchimento obrigatêrin, na caso de se tratar de Manetêrio
um valor a crédito.

4 — * Doecumentos comerciais (SourceDocuments). - de crédito correspondente, o talêao deve ser assinalado


Devem constar nesta tabela todos os documentos de venda no Campo sestado do documentos- (InvoiceStatus) como
emitidos pela empresa, incluindo os talêes de venda. “Fs, para nêo duplicar o montante das vendas ou anula-
Devem constar os documentos anulados, devidamente C6es.
assinalados, permitindo verificar a seguencialidade da Nao devem ser exportadas linhas sem relevência fiscal,
numeracao dos documentos. designadamente descricées técnicas, instrucëes de mon-
Ouando possa existir um registo de um talêo de venda tagem e condicêes de garantia.
ou talao de devolucêo e outro registo da factura ou nota

Indie da Obrigatério *Nome do campo “Motas técnicas EE,


campo (la validar no xsd)

ad Documentos comerciais de clientes Devem ser exportados os docymentos do tipo: factura, nota de N/A
(Saleslnvoices) crédito, nota de débita, venda a dinheiro, talag de venda, talao
de devolug&o, alienagao de activos e devolucao de activos.
Para o sector segurador, ainda pade ser preenchido com:
prémio ou recibo de prêmio, estorno ou recibo de estorno,
imputaco a co-seguradoras, imputag#o a co-seguradora
lider e resseguro aceite.
411 i Nimero de registos de documentos comer- | Deve conter o nimero total de documentos, incluindo os Inteirg
Clais (NumberOfEntries) documenigs anulados, ou cujo estado do documento
(InvoiceStatus) seja do tipo eFn.
412 * Total dos débitos (TotalDebit) Deve conter a soma de controlo do campo DebitAmount, Monetdrio
excluindo os dorumentos anulados, ou cujo estado do
documento (InvoiceStatus) seja do tipo Fr.
413 Total dos créditos (TotalCredit) Deve conter a soma de controlo do campo CreditAmount, Monetéria
excluindo os documentos anuladas, ou cujo estado do
documento (InvoiceStatus) seja do tipo “Fr.
Ad f Documento de venda (Invoice) N/A
A 1.41 ldentificacëo tinica do documenta de venda | Compasto pelo cédigo interno do documento, seguido de um Texto 60
(InvoiceNo) eSpago, seguido do identificador da sêrie do documento,
(continua)

SKOE-25 383
SNEC EXPLICADO
14 Adaptacën dn SAF-T (PT) an SNC

(continuasa)
Formato
indice do *Nome do €ampo *Notas técnicas
Obrigatério (a validar no xsd)
campo
seguido de uma barra (/) e de um nimero seguencial do
documento dentro da sêrie.
No podem neste campo, existir registos com a mesma iden-
tificacao.
Estado do documento (InvoiceStatus) Deve ser preenchido com; Texto 1
4.1.42
“Ns — normal;
“Su — autofacturagdo;
“Am — documento anulado;
“Fox — documento facturado (guando o doeumento é da tipo
talao de venda ou talao de devolucio e existe na tabela
0 correspondente do tpo factura ou nota de crédito).
d1.43 Chave do documento (Hash) Hash do documento através do algeritmo SHA1 com as espe- Texto 40
cificaces gue venham a ser definidas pela portaria gue regu-
lamentar o estipulado no n.” 9 do artigo 115.” do CIRC,
aprovado pelo Decreta-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro.
0 campo deve ser preenchido com “(v (zero), atê & exigibili-
dade da supracitada portaria e para as sitwacdes em gue a
mesma nio seja aplicêvel.
d144 Chave de controlo (HashControl) 0 elemento nio deve ser gerado aguando da exportaGdo. Texto 40
A1A5 Periodo contabilistico (Period) Deve ser indicado o mês do periodo de tributacio de “ir a Inteiro
“124, contando desde o inicio.
d.14.6 Data do documento de venda (InvoiceDate) Data de emissao do documento de venda. Data
A1A.7 Tipo de documento (InvoiceType) Deve ser preenchido com: Texlo 2
“FT —factura;
“NDv — nota de débito;
“NC2 — nota de crédito;
“VD — venda a dinheira e facturafrecibo;
“TV — talao de venda;
“TOr - taldo de devolugëo;
“AA —alienacao de activos;
“DAv — devolucio de activos.
Para o sector segurador, ainda pode ser preenchido com:
“RPs — prémio ou recibo de prémio;
“REv — estorno ou recibo de estorno;
“(Sx — imputagag a co-seguradaras;
“LDv — imputaio a co-seguradara lider;
“RAr — resseguro aceite.
d.1.48 Indicador de autofacturagao (SelfBillinglndi- Deverd ser preenchido com e1v se respeitar a autofacturagao Inteiro
cator) e com “Or (zero) no caso contrario.
41.49 Data de gravacao do documento Data da Gltima gravagan do registo ao segundo. Tipo data: Data e hora
(SystemEntryDate) AAAA-MM-DD Thh:mmiss.
4.1.4.10 Identificadar da transacg4o (TransactionlD) Campo de preenchimento obrigat6rio, no caso de se tratar de Texto 70
um sistema integrado (TaxAccountingBasis) - slr,
Chave tinica da tabela de movimentos contabilisticos (Gene-
ralLedgerEntries) da transacoao onde foi lancado este docu-
mento, respeitando a regra al definida para o campo-chave
tinica do movimento contabilistico (TransactionlD).
41411 Identificador do cliente (CustomerlD) Chave tunica da tabela de clientes (Customer) respeitando a Texto 40
regra ai definida para o campo identificador dnico do cliente
(CustomerlD).
d.1.4.12 Envio para (ShipTo) Informacio do local e data de entrega onde os artigos vendi- N/A
dos so colocadas a disposicio do cliente.
414121 Identificador da entrega (DeliverylD) Texto 30
414122 Data da entrega (DeliveryDate) Data
414123 Morada (Address) N/A
A1412.31 Nuimero de policia (BuildingNumber) Texto 10
A1.4-12.3.2 Nome da rua (StreetName) Texto 50
4141233 Morada detalhada (AddressDetail) Deve incluir o nome da rua, nimero de policia e andar, se Texto 60
aplicdvel.
A1A1234 Localidade (City) Texta 50
41.4.1235 Cédiga postal (PastalGode) Texig 20
d 141236 Distrito (Region) Textg 50
d1.4.12.3.7 Pais (Country) Deve ser preenchido de acordo com a norma SO 3166-1- Texto 2
-alpha-2.
4.1.4.13 Envio de (ShipFrom) Informagëo da local e data de carga onde se inicia a expedi- N/A
Go dos arligos vendidos para o cliente.

(continua)

86
SNC EXPLICADOO 14 Adaptacën dn SAF-T (PT) ao SNC

(continwagdo)

Wales do Obrigatério *Nome do campo *Notas técnicas Formato


campo (a validar no xsd)

4.1413 1 Identificador da entrega (DeliverylD) Texio 30


414132 Data de recepcdo (DeliveryDate) Data
414133 Morada (Address) N/A
41.4.1331 Mimero de policia (BuildingNumber) Texto 10
41.4.1332 Nome da rua (StreetNama) Texto 50
d.1413.3.3 $ Morada detalhada (AddressDeatail) Deve incluir o nome da rua, nimero de policia & andar, se Texto 60
aplicdvel.
41.4.1334 * Localidade (City) Texta 50
4141835 $ Cédigo postal (PastalCode) Texto 20
4.1.4.13.3.6 Distrito (Region) Texto 50
4141887 Pais (Country) Deve ser preenchido de arorda com a norma ISO 3166-1- Texto 2
-alpha-2.
A14 14 * Linha (Line) N/A
A 1.4141 d Nimero de linha (LineNumber) As linhas devem ser exporladas pela mesma ordem em gus Inteiro
Se encontram no docrumento original.
A1A1AP Referência a encomenda (OrderReferences) N/A
41.4.1421 Nimero de ordem da encomenda Texto 30
(OriginatingON)
41.4.1422 Data da encomenda (OrderDate) Data
d1.4.14.3 F ldentificador do produto ou servico Chave do registo na tabela de produtos/servicos. Texto 30
(ProductGode)
d1A.14.4 # Descricao do produto ou servigo Desericao da linha da factura, ligada 4 tabela de produtos/ser- Texto 60
(ProductDeseription) vigos.
d 14145 - Ouantidade (Ouantity) Decimal
414146 i Unidade de medida (UnitOfMeasure) Texto 20
41.A1AT ' Prego unitdrio (UnitPrice) PreGo unitdrio sem imposto e deduzido dos descontos de Monetério
linha e cabegalho.
41.4.14.8 Data de envio da mercadoria ou prestagdo do | Data de envio da mercadoria ou da prestacdo de servico. Data
servico (TaxPointDate)
Deve ser preenchido com a data da guia de remessa asso-
Ciada, Se existir.
414149 Referências (References) Referências a outros documentos. N/A
41.4-14.91 Nota de crédito (CreditNote) Referência a nota de crédito, caso seja aplicavel. N/A
4,1,4.14.9,1.1 Referência (Reference) No raso das notas de crédito, referência & factura, através de Texto 60
identificacao tinica da factura, nos sistemas em gue exista.
41414912 Motivo (Reason) Deve ser preenchido com o motivo do erédito. Texto 50
41.4.14.10 $ Desericag (Description) Desericso da linha do document. Texta 60
A14 14 11 ve Valor a débito (DebitAmount) Valor da linha a lancar a débito na conta de vendas. Monetdrio
Nas notas de crédito é o valor da linha sem imposto, dedu-
zido dos descontos de linha e cabecalho.
d.1.4.14.12 se Valor a crédito (CreditAmount) Valor da linha a lancar a crédito a conta de vendas. Monetrio
Nas facturas, notas de débito e vendas a dinheiro é ao valor
da linha sem imposto, deduzido dos descontos de linhia e
rabecalho.
41.4.1413 Taxa de Imposto (Tax) N/A
A 1.4 14.13.1 T 1dentificador do regime de imposto (TaxType) | Neste campo deve ser indicado o tipo de imposto. Texto 3
Tem de ser preenchido aguando os campos percentagem da
taxa de imposto (TaxPercentage) ou montante do imposta
(TaxAmount) sio diferentes de zero.
Deve preenchido com:
slVAs — imposto sobre o valor acrescentado;
“lS4 —imposto de sel.
41414132 T Pais ou regido do imposto Deve ser preenchido de acordo com a norma ISO 3166-1- Texto 5
(TaXCountryRegion) -salpha-2.
No caso das Regiëes Autênomas da Madeira e Acores deve
ser preenchido com:
“PT-AC* — espaco fiscal da Regiao Auténoma dos Agores;
“PT-MA — espaco fiscal da Regiëo Auténoma da Madeira.
4.1.4 .14.13.3 : Cédigo da taxa (TaxCode) Cédiga da taxa na tabela de impastas. Texto 10
Tem de ser preenchido guando os campos percentagem da
taxa de imposto (TaxPercentage) ou montante da imposto
(TaxAmount) so diferentes de zero.
No caso do cédiga do tipo de imposto (TaxType) - IVA, deve
Ser preenchido com:
“RED” — taxa reduzida;
“NT — taxa intermédia;
“NOR — taxa normal;
(continua)

387
14 Adaplacën da SAF-T (PT) aa SNC SNE EXPLICADNO

(continuagao)

EE Obrigatério *Nome do campo “Notas têcnicas ia ee

“ISE* — isenta;
“OUT” — outros.
No caso do cédiga do tipo de impasto (TaxType) s lS”,
deve ser preenchido com o cêdigo da verba respectiva.
d14 14134 od Percentagem da taxa de imposto Campo de preenchimenta obrigatêrio, no caso de se tratar de Decimal
(TaxPercentage) uma percentagem de imposto.
Percentagem da taxa correspondente ao imposto aplicAvel ag
campo valor a débito (DebitAmount) ou ao campa valor a
erédito (CreditAmount).
41414135 iis Montante do imposto (TaxAmount) Campo de preenchimento obrigatérin, no caso de se tratar de Manetêrio
uma verba fixa de imposta de selo.
A 1.414 14 ay Motivo da isencio de imposto Campo de preenchimento obrigatêrio, guando os campos Texto 60
(TaxExemptionReason) percentagem da taxa de imposto (TaxPercentage) ou mon-
tante do imposto (TaxAmount) so iguais a zero.
Dave ser referido o preceito legal aplicvel.
A1.4.14.15 Montante do desconto da linha Monetdrio
(SetlementAmount)
41415 Totais do dorumenta (DocumentTotals) N/A
4.1415 s Valar do Imposto a pagar (TaxPayable) Moretdrio
414152 j Total do documento sem impostos (NetTotal) | Este campo nao deve incluir as parcelas referentes aos Monetdrio
impostos constantes da tabela de impostos (TaxTable).
A 14153 E Total do documento com impostos Monetrio
(GrossTotal)
414.15. Moeda (Gurrency) N/A
41.4.1541 Cédigo de moeda (CurrencyGode) No caso de moeda estrangeira deve ser preenchida de Texto 3
acordo com a norma ISO0 4217.
4141542 Valor a crédito em moeda estrangeira Valor a crédito na moeda original do documento. Moretrio
(CurrencyCreditAmount)
41.4 15.43 Valor a débito em moeda estrangeira Valor a débito na moeda original do documento, Monetêrio
(CurrencyDebitAmount)
4,1.4.15.5 Acordos (Settlement) Acordos ou formas de pagamento. N/A
d1A1E 5 Acordo de descontos (SettlementDiscount) Texto 30
4141552 Montante do desconto (SettlementAmount) Monetêrio
414 15.53 Data acordada para o desconto A informacao a constar é a data acordada para o pagamento. Data
(SettlementDate)
4141554 Forma de pagamento (PaymentMechanism) | Deve ser preenchida com: Texio 2
NU — numerdrio;
CH — chenue;
CD — cartao débita;
CC - vartêo crédito;
TB - transferência bancdria;
TR - ticket restaurante.

` Nesta coluna, o editor optou par urifformizar o critërio relativamente & pontua£&o por incoarência do original.

88
Explicacoes/Gomentarios
Capitulo 1- Natureza e Movimentacao das Contas
Gapitulo 2 — Estrutura Gonceptual das Demonstracoes Financeiras
Gapitulo 3- As Demonstraces Financeiras Exigidas pelo SNG
Gapitulo 4 -— Adopcdo pela Primeira Vez das Normas Contabilisticas e de Relato
Financeiro (NCRF)
Gapitulo 5 — Politicas Gontabilisticas, Alteracées de Estimativas Contabilisticas e Erros
Gapitulo 6 — Activos Fixos Tangiveis
Gapitulo 7 - Propriedades de Investimento
Gapitulo 8 — Activos Intangiveis
Gapitulo 9- Agricultura
Capitulo 10 — Participac6es Financeiras e Consolidacao de Gontas
Gapitulo 11 — Activos Nao Gorrentes Detidos para Venda e Unidades Operacionais
Descontinuadas
Gapitulo 12 — Inventarios
Gapitulo 18 — Locacoes
Gapitulo 14 — Exploracao e Avaliacdo de Recursos Minerais
Gapitulo 15 — Custos de Empréstimos Obtidos
Gapitulo 16 — Provisêes, Passivos Gontingentes e Activos Gontingentes
Gapitulo 17 - Matérias Ambientais
Gapitulo 18 — Beneiicios dos Empregados
Gapitulo 19 — Instrumentos Financeiros
Gapitulo 20 — Rédito
Gapitulo 21 — Contratos de Construcao
Gapitulo 22 — Subsidios Recebidos
Gapitulo 23 — Imparidade de Activos
Gapitulo 24 — Os Efeitos de Alterac6es em Taxas de CêaAmbio
Gapitulo 25 — Impostos Sobre o Rendimento
Gapitulo 26 — Acontecimentos Apos a Data do Balanco
Gapitulo 27 —- Peguenas Entidades
Gapitulo 28 — Apreciacdo Critica das NCRF
Gapitulo 29 - Principais Diferencas Entre o SNC e o POG
Gapitulo 30 — Principais Diferencas Entre o SNC e as IAS/IFRS
Anexo: Demonstrac6es Financeiras |lustrativas Elaboradas de Acordo com o SNC
(GAPITULO 1
Natureza e Movimentacao
das Gontas

Os textos gue aparetem em italico, an longe deste caplituls, s&0 transeritas dos diplomas legais do SNC.

391

mi
Cariruto 1 Nalureza e Mavimentag4a das Contas SNC EXPLICADO

1.1-INTRODUGAO
A escriturac&o contabilistica consiste no registo de tudo aauilo aue afecta uma entidade: compras, vendas,
pagamentos, recebimentos, gastos incorridos, rendimentos obtidos, contratos aue originam direitos ou obriga-
COes, etc.

Esse registo assenta no modelo das partidas dobradas, pelo aual é efectuado um débito numa ou em mais
contas, por contrapartida de um crédito noutra(s) conta(s).

As contas san agrupadas de acordo com a sua natureza:


— contas do Activo;
— contas do Passivo;
— contas do Capital Préprio;
— contas de Gastos;
— contas de Rendimentos.

Ver no ponto 2.4 do Capitulo 2 a definic&o do Activo, Passivo, Capital Proprio, Gastos e Rendimentos.

A regra de débito/crédito das contas pode ser assim resumida:

Contas do Aumento Diminuicëo

Activo Débito Crédito

Passivo Crédito Dêbito


Capital Préprio Crédito Débito

Gastos Débito Crédito

Rendimentos Crédito Débito

O patriménio contabilistico da entidade é-nos dado pelo valor total das contas do Capital Prêprio, o gual cor-
responde & diferenca entre o valor do Activo e o valor do Passivo, ou seja:

Capital Prêprio s Activo - Passiva

O resultado do periodo é-nos dado pela diferenca entre as contas de Gastos e as contas de Rendimentos.
Por ieeo, o reconhecimento de um activo, passivo, gasto ou rendimento é um aspecto fundamental na
contabilidade: em aue momento se deve reconhecer um activo, um passivo, um gasto ou um rendimento? Uma
determinada operagao dé origem a um activo ou a um gasto?

A contabilidade é processada de acordo com o principio da especializac&o de exercicios, pelo gual os


gastos e rendimentos de um periodo devem ser reconhecidos independentemente da existência de movi-
mento financeiro (pagamento ou recebimento) ou da existência ou nêo de documentaGëo especifica. A conta-
bilidade nao é, portanto, efectuada numa base de caixa, ou seja, processando apenas pagamentos e recebi-
mentos.

É importante distinguir pagamentos de gastos e recebimentos de rendimentos. Os pagamentos incluem:


— investimentos efectuados;
— compras de existências ou adiantamentos para compras;
— lioguidacêo de passivos;
— gastos incorridos;
— pagamento de dividendos;
—reducëo de capital.

392

N
T
| SNC EXPLICADO Cariruto 1 N za e Movi taGëin das C

Os recebimentos incluem:
— desinvestimentos;
— vendas a pronto pagamento;
—realizacëo de contas a receber;
— subsidios recebidos;
— juros recebidos.

1.2 - NATUREZA E MOVIMENTAGAO DAS CONTAS DO SNC


As contas do SNC estêo agrupadas em oito classes;

Classe 1 - Meios financeiros liguidos (Disponibilidades no POC);

Classe 2 - Contas a receber e a pagar (Terceiros no POC);

Classe 3 - Inventêrios e activos biolégicos (Existências no POC);

Classe 4 - Investimentos (Imobilizag6es no POC);

Classe 5 - Capital, reservas e resultados transitados (idem, no POC);


Classe 6 - Gastos (Custos e perdas no POC);

Classe 7 —- Rendimentos (Proveitos e ganhos no POC);

Classe 8 - Resultados (idem, no POC).

393
Cariruio 1 Natureza e Movimentaciia das Contas SNC EXPLICADO

Contas da classe 1 - Meios financeiros liguidos


Esta classe apresenta as seguintes contas:
11 Gaixa
12 Depdsitos 4 ordem
13 Outros dep6sitos bancdrios
14 Outros instrumentos financeiros

Conta 11 - Caixa
A entidade poderê ter necessidade de movimentar vêrias contas-caixa, em fungao das suas necessidades ope-
racionais e da localizac&o das suas unidades. Poder&o ser criadas subcontas por cada tipo de caixa, por exemplo:

111 Caixa da sede


112 Caixa do departamento de vendas
113 Caiwa da loja de Lisboa
114 Caixa da loja do Porto
115 Caixa da fdbrica
A movimentacêo da conta 11 - Caixa depende da existência ou nêo de um sistema de fundo fixo de caixa.

Ouando nao existe fundo fixo de caixa

Debita-se:
— pelas vendas e prestacêes de servicos a dinheira;
— pelos recebimentos de clientes;
— pelos levantamentos efectuados em bancos,

Credita-se:
— pelos pagamentos efectuados em dinheiro (compras, dividas a forecedores, ordenados e salarios, etc.);
— pelos depésitos bancêrios efectuados em numerêrio.

Ouando existe fundo fixo de caixa


Neste sistema, a conta 11 - Caixa permanece inalterada, sendo apenas movimentada na data da constituic&o do
fundo fixo ou do seu eventual reforco ou diminuicêo, sempre por €ontrapartida da conta 12 - Depêsitos a ordem.

Pela constituicêo do fundo fixo de caixa, através de levantamento de dinheiro para o caixa:

Débito -11-Caixa
Crédito - 12 - Depdsitos & ordem

Pelo reforco do valor do fundo fixo de caixa, através de levantamento de dinheiro para o caixa:

DéDito - 11 —-Caixa
Crédito - 12- Depêsitos & ordem

Pela reduc&o do valor do fundo fixo de caixa, através do depêsito em conta bancêria do valor da redugêo:
Débito - 12 - Depêsitos & ordem
Crédito - 11 - Caixa

Neste sistema, os pagamentos efectuados integram o saldo da conta 11 - Caixa atê ao momento em aue
solicitado um cheague para reposicêo do fundo fixo em dinheiro. O montante desse cheague corresponde ao valor
dos pagamentos efectuados, O lancamento contabilistico a efectuar é:
Débito - Gastos/Compras/Contas a pagar/lnvestimentos (néo serê normal)
Crédito - 12 - Depêsitos & ordem.

394
| SNC EXPLICADNO CaAriTuto 1 Natureza e Movimentacëo das Contas

Gontrolo interno
O sistema de controlo interno da entidade é reforcado se existirem fundos fixos de caixa, isto ê, sêo definidos
os valores de cada caixa em funcao das necessidades e, periodicamente, reple-se o caixa através da emissao
de chegue com base nos pagamentos efectuados.

Tendo em conta o facto de se lidar com dinheiro, a entidade deve instituir outros procedimentos de controlo
interno, de forma a limitaf o risco, por exemplo:
1) para alêm da instituic&o de um sistema de fundo fixo de caixa, deve estipular-se o limite maximo de paga-
mento em dinheiro:
2) as folhas de caixa devem apresentar evidência de guem as elaborou e da sua revisêo e/ou aprovagêo;
3) no momento da reposicëo do fundo fixo, os documentos de salida de caixa devem ser formalmente aprovados
e identificados, de forma a n&o permitir a sua reapresentac4o;
4) deve promover-se a segregacao de func6es, de forma aus as funcêes de caixa e registo contabilistico
Sejam executadas por pessoas diferentes.

Conta 12 — Depésitos 4 ordem


A conta 12 - Depositos a ordem é assim movimentada;

Debita-se:
— pelos depisitos efectuados, transferências recebidas de clientes, empréstimos obtidos, juros recebidos, etc.

Credita-se:
— pelos pagamentos efectuados, por cheaue ou por transferência bancêria, liguidac6es de empréstimos,
juros pagos, etc.

Controlo interno

O sistema de controlo intermo deve incluir os seguintes aspectos:


a) a entidade deve obrigar-se através de duas assinaturas;
b) os documentos para pagamento devem ser inutilizados, nêo se devendo aceitar o uso de fotocopias;
c) devem ser elaboradas reconciliacêes bancërias mensalmente; as diferencas devem ser analisadas e
regularizadas; as reconciliacêes devem ser revistas e aprovadas por um superior hierêrduico;
d) deve existir uma adeguada segregacao de funcoes;
e) deve proceder-se & circularizagêo periëdica, por exemplo, semestral, dos saldos de clientes e fomecedores.

Segue-se um modelo de uma reconciliacêo bancaria:


Reconciliac&o bancdria - banco ABC - 30 de Junho de 201X

Saldo coniorme a contabilidade 4510 €

Lancado pela contabilidade e nio lancado pelo banco:


1- Chegues em circulacdo
Data N.* do chegue
29-6-200X 130 5 €
26-6-200X 127 i2€
37 €

Lancado pelo banco e nio lancado pela contabilidade:


1- Avisos de débito
30-6-200X — Juros de empréstimo (8) €
2 — Avisos de crédito
28-6-200X — Liguidacëo cliente ABC do Brasil 30 €
RE

Saldo conforme o extracto bancario A569 €

895
Cariruta 1 Natureza e Movimentacin das Conlas SNC EXPLICADO

Outros aspectos:
Caso. na data do balanco, existam cheagues de montantes relevantes ainda nêo entregues aos beneficiërios,
deve proceder-se a& anulacao da contabilizacêo desses cheagues.
Os saldos em contas bancêrias expressos em moedas diferentes do euro devem ser convertidos pela taxa
de c&mbio da data da balanco.

Apresentacao:
Os descobertos banc4rios devem ser registados na conta 2512, sendo, assim, apresentados no Balanco
como Financiamentos Obtidos no Passivo.
No POC no existia uma conta especifica para os descobertos banc4rios, embora, para efeitos de apresenta-
cao no Balanco, se devesse proceder & segregacao dos saldos devedores e dos saldos credores da conta 12, o
gue nem sempre era feito.

Conta 13 - Outros depésitas bancdrios


Esta conta inclui depésitos a prazo e outros depêsitos, nomeadamente, os depêsitos com aviso prêvio. F
debitada pela constituic&o ou reforco dos depêsitos, sendo creditada pelo resgate, total ou parcial, desses
depêsitos.

Conta 14 — Outros instrumentos financeiros


Esta conta visa reconhecer todos os instrumentos financeiros gue néo sejam caixa (conta 11) ou depasitos
bancdrios gue nêo inclam derivados (contas 12 e 13) gue sejam mensurados ao justo valor, cujas alleracoes
sejam reconhecidas na demonstrac&o de resultados. Conseguentemente, excluem-se desta conta os restantes
instrumentos financeiros gue devam ser mensurados ao custo, custo amortizado ou mêtodo da eguivalência
patrimonial (classe 2 ou conta 41),

Esta conta poderé ter natureza devedora ou credora, dependendo do justo valor do instrumento financeiro, e
ser movimentada como se segue:

Instrumentos financeiros activos


A conta é debitada pelo reconhecimento do instrumento financeiro e pelas alteracêes positivas de justo valor.
E creditada pelas alterac6es negativas de justo valor (até o reduzir a zero) e pelo desreconhecimento do ins-
trumento financeiro.
As aplicacêes de carêcter temporêrio, aue no POC eram denominadas Titulos Negociëveis, sêo contabiliza-
das na conta 1421 —- Activos Financeiros.

Instrumentos financeiros passivos


A conta é creditada pelo reconhecimento do instrumento financeiro e pelas alteracêes positivas de justo
valor.
É debitada pela reducao do seu justo valor (até o reduzir a zero) e pelo desreconhecimento do instrumento
financeiro.
(Ver capitulo 19 - Instrumentos Financeiros).

396
SNC EXPLICADO GArituta 1 Natureza e Movimentaciin das Contas

Gontas da classe 2 - Contas a receber e a pagar


Esta classe apresenta as seguintes contas:

21 Clientes
22 Fornecedores
23 Pessoal
24 Fstado e outros entes publicos
25 Financiamentos obtidos
26 Accionistas/s6ceios
21 Outras contas a receber ea pagar
28 Diferimentos
29 Provisoes

Conla 21 —- Glientes
De acordo com o SNC, a conta 21 apresenta as seguintes subcontas:

211 Clientes, c/c


212 Clientes —titulos a receber

218 Adiantamentos de clientes


219 Perdas por imparidade acumuladas

Gonta 211 - Clientes, e/c

Esta conta representa as dividas de clientes due néo estêo tituladas por letras ou outros titulos a receber.

Debita-se:
— pelas vendas e prestacëes de servicos a crédito, por contrapartida das contas 71 - Vendas ou 72 - Presta-
C6es de servicos,

Credita-se:
- pelo recebimento dos clientes, por débito da conta 11 - Caixa ou 12 - Depêsitos & ordem;

— pela emissêo de letras ou outros titulos a receber, por débito da conta 212 —- Clientes - titulos a receber;

— por devoluc6es de vendas, por contrapartida da conta 717 - Devolucoes de vendas;


— pelos descontos comerciais e abatimentos sobre vendas e servicos prestados, por contrapartida das
contas 718 - Descontos e abatimentos em vendas ou 728 - Descontos e abatimentos em prestacëes de
ServicoSs;

— por rappel, comparticipacao em publicidade & outros gastos de natureza similar acordados com os clien-
tes, por contrapartida da conta 62 - Formecimentos e servicos externos, caso o gasto nêao se encontre pro-
visionado, ou da conta 2722 - Credores por acréscimo de gastos, se o gasto se encontra provisionado;

— pelo reconhecimento da imparidade nas dividas a receber. Caso a perda tenha sido jê& reconhecida,
debita-se a conta 219 - Perdas por imparidade acumuladas. Se a perda naêo foi ainda (total ou parcial-
mente) reconhecida, debita-se a conta 683 - Dividas incobraveis.

De notar gue o SNC n&o prevé uma subconta para Clientes de cobranca duvidosa (ao contrêrio do POC —
conta 218). No entanto, as entidades podem criar essa conta, utilizando uma das subcontas disponiveis 213 a
217).
Recomenda-se este procedimento, dado due o processo de execucëo das dividas é moroso e, por outro
lado, os oréditos considerados duvidosos devem ser isolados para melhor acompanhamento.

897
Cariruuo 1 Natureza ae Muovimentaciie das Cantas SNC EXPLICADO

Controlo interno
Uma adeguada gestao das contas de clientes é de fundamental importência na vida das empresas. Resu-
mem-se abaixo alguns aspectos de controlo intermo gue deverêo ser implementados:
1) Aprovacao de crédito a clientes (definir guem tem poderes para tal, tendo em conta a segregagao de fun-
c6es: por exemplo, o comercial nêo deve aprovar crédito);

2) Estabelecer limites de erédito por cliente e auem deve autorizar eventuais excepces;
3) Elaborar um balancete de antiguidade de saldos de clientes;
4) Definir auem aprova a emissêao de notas de crédito; ter atencao & segregacao de func6es: vendedor ou
funcionêrio das cobrancas néo devem aprovar a emissêo de notas de crêdito;

5) Analisar (tipificar) as raz6es para emissêo de notas de crédito: poderêo indiciar erros na facturacëo, ati-
tude agressiva dos vendedores, problemas de agualidade, descontos e abatimentos em excesso ou no
autorizados, “eliminacê&o” de divida recebida e gue nêo deu entrada na entidade, etc.

Conta 212 - Clientes - titulos a receber


Esta conta representa as dividas de clientes gue estao tituladas por letras e outros titulos e dgue nêo se
encontram descontadas nem vencidas,
As letras e outros titulos poderêo:
— ficar em carteira;
— ser descontados num banco;
— ser negociados com uma empresa de factoring.

Letras em carteira

Debita-se:
— pela venda ou prestacêo de servico, por contrapartida da conta 71 - Vendas ou 72 - Prestacêes de ser-
vicos;
— pela emissao da letra ou titulo a receber, por contrapartida da conta 211 - Clientes, o/c.

Credita-se:
— pelo recebimento da letra, por débita da conta 12 - Depêsitos & ordem;
— pelo reconhecimento da imparidade nas dividas a receber. Caso a perda tenha sido ja reconhecida,
debita-se a conta 219 — Perdas por imparidade acumuladas. Se a perda nao foi ainda (total ou parcial-
mente) reconhecida, debita-se a conta 683 - Dividas incobraveis.

Letras descontadas
O desconto de titulos num banco corresponde a um financiamento bancêrio, uma vez ague o risco de crédito
permanece ao lado da entidade. Contrariamente ao gue se fazia no POC, recomenda-se a contabilizacao numa
conta de Financiamentos Obtidos, criando-se para o efeito uma subconta especifica, por exemplo, a 2514 —
Letras descontadas.

Assim, os lantamentos contabilisticos a efectuar ser&o:

Ouando se desconta a letra:


— debita-se a conta 12 - Depésitos & ordem, por contrapartida da conta 2514 - Letras descontadas.

Na data de vencimento, se o cliente pagou a letra:


— debita-se a conta 2514 - Letras descontadas, por crédito da conta 212 —- Clientes - Titulos a receber.

Na data de vencimento, se o cliente nao pagou a letra:


— debita-se a conta 2514 - Letras descontadas, por crédito da conta 12 - Depêsitos & ordem.
As despesas debitadas pelo banco séo, normalmente, transferidas para o cliente.

398
SNC EXPLICADO Cariruin 1 Natureza e Mowimenlacin das Contas

Esta situagëo é indicio de imparidade de dividas a receber, pelo gus, apês analise da situacëo, se poderd
ter de reconhecer a respectiva imparidade, através do seguinte lancamento:
— débito da conta 6511 - Perdas por imparidade em dividas de clientes;
— Crédito da conta 219 - Perdas por imparidade acumuladas.

Letras enviadas para empresa de factoring


Fxistem dois tipos de factoring: com e sem recurso. No primeiro caso, o risco de crédito continua a ser da
entidade. No segundo caso, existe uma transferência do risco de crédito.

Factoring com recurso


A contabilizac&o serê similar & dos titulos descontados.

Factoring sem recurso


Neste caso, desreconhece-se o crédito em definitivo. Assim, a contabilizagao serê:
Débito - conta 12 - Depêsitos 4 ordem;
Crédito - conta 212 - Clientes - Titulos a receber;
Débito - conta 6912 (a criar) - Juros suportados — operacêes de facioring.

Gonta 218 - Adiantamentas de clienies


Esta conta regista as entregas feitas & entidade relativas a fornecimentos, sem preco fixado, a efectuar a
terceiros. Pela emissao da factura, estas verbas ser&o transferidas para as respectivas subconlas da rubrica
211 - Clientes c/c.
De notar due existe outra conta para adiantamentos de clientes (a 276 - Adiantamentos por conta de ven-
das). A diferenca entre estas contas consiste no faclo de o preGo estar ou nao fixado. Caso esteja fixado, o
adiantamento é contabilizado na conta 276. Se nao estiver fixado, é contabilizado na conta 218.

Conla 219 - Perdas por imparidade acumuladas


Estas contas registam as diterencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resullem da aplicagao
dos critérios de mensuracéo dos correspondentes activos incluidos na classe 2, podendo ser subdlivididas a fim de
facilitar o controlo e possibiltar a apresentacéo em balanco das guantias liguidas. As perdas por imparidade anuais
serdo registadas nas contas 651 - Perdas por imparidade - Em dividas a receber, e as suas reverses (guando dei-
xarem de existir as situac6es gue originaram as perdas) so registadas nas contas 7621 - Rievers6es de perdas por
imparidade - Em dividas a receber. @uando se verificar o desreconhecimento dos activos a gue respelilem as impa-
ridades, as contas em epigrafe ser&o debitadas por contraparlida das correspondentes conlas da classe 2.

Cumpre realcar aue as perdas por imparidade estimadas devem ter por base critérios econémicos,
devendo-se adoptar uma atitude de prudência na determinagêo do montante da imparidade. Nao ê de mais
lembrar gue o reconhecimento da perda nêo implica gue nao se vai receber o crédito, mas sim aue existem
duvidas guanto ao seu recebimento.

Conta 22 - Fornecedares
Regista os movimentos com os vendedores de bens e servicos, com excepc4o dos destinados aos investi-
mentos da entidade.
A conta 22 possui as seguintes subcontas:
221 Formecedores c/c
222 Fornecedores - titulos a pagar

225 Farturas em recepcëo e conferência

228 Adiantamentos a formecedores


229 Perdas por imparidade acumuladas

399
Carituia 1 Natureza e Movimentacan das Contas SNC EXPLICADO

Conta 221 - Fornecedores c/c


Esta conta, de natureza credora, indica-nos as dividas a fornecedores de bens e servicos gue nêo se encon-
tram tituladas por letras ou outros titulos de crédito.

Credita-se:
— pelas compras a crédito de bens e servicos, por débito da conta 31 - Compras ou da conta 62 - Forneci-
mentos e servicos externos;
— pela transferência das facturas inicialmente creditadas na conta 226 - Facturas em recepcao e confe-
rência.

Debita-se:
— pelos pagamentos efsctuados aos fornecedores, por erédito da conta 12 - Depêsitos & ordem;
— pelo aceite de letras ou outros titulos a pagar, por crédito da conta 222 —- Formecedores — Titulos a pagar;
— pelas devolucëes a formecedores, por crédito das contas 317 —- Devoluc6es de compras ou 62 - Forneci-
mentos e servicos externos;
— pelos descontos comerciais e abatimentos obtidos apês a emissêo da factura, por crédito da conta 318 - Des-
contos e abatimentos em compras ou da conta 62 —- Fornecimentos e servicos externos;
— pelos descontos financeiros obtidos, por erédito da conta 782 - descontos de pronto pagamento obtidos.

Gonla 222 - Forneredores - litulos a pagar

Esta conta, de natureza credora, representa as dividas a fornecedores de bens e servicos gue se encontrem
tituladas por letras ou outros titulos de crédito.

Credita-se:
— pelo aceite de letras ou outros titulos a formecedores de bens e servicos, por débito da conta 221 - Forne-
cedores c/c.

Debita-se:
- pelo pagamento da letra e outros titulos, por erédito da conta 12 -Dep6sitos & ordem; ou
— pela reforma de letras e outros titulos, por crédito da conta 221 —- Formmecedores cfc.

Gonta 225 - Facturas em rerencio e conferência

Riespelta as compras cujas facturas, recebidas ou nêo, estëo por lancar nas subcontas da conta 221 por nêo
terem chegado ê entidade até essa data ou nio ierem sido ainda conferidas. Serd debilada por crédito da conta 221,
aguando da contabilizacéo definitiva da factura.

Gonia 228 - Adiantamentos a formecedores

Fiegista as entregas feitas pela entidade relativas a fornecimentos (sem preco fixado) a efectuar por tercel-
ros. Fela recepcëo da factura, estas verbas seréo ransteridas para as respectivas subcontas da conta 221.

Conta 229 - Perdas por imparidade acumuladas


Fstas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplica-
Co dos critërios de mensuracëo dos correspondentes activos incluidos na classe 2, podendo ser subdivididas
a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentac&o em balanco das guantias liguidas.
As perdas por imparidade anuais ser&o registadas nas contas 651 - Perdas por imparidade - Em dividas a
receber, e as suas revers6es (guando deixarem de existir as situacëes gue originaram as perdas) sêo regista-
das nas contas 7621 - Reversêes de perdas por imparidade - Em dividas a receber.
@uando se verificar o desreconhecimento dos activos a gue respeitem as imparidades, as contas em epl-
grafe serêo debitadas por contrapartida das Correspondentes contas da classe 2.

Esta conta registarê as perdas por imparidade relacionadas com adiantamentos a fornecedores.

400
r
SNC EXPLICADO Cariruta 1 Natureza e Movimentagiio das Contas

Conta 24 - Pessaal
De acordo com o SNC, a conta 23 possui as seguintes subcontas:

231 Remuneraoes a pagar


232 Adiantamentos

237 Caucêes
238 Outras operac6es
239 Perdas por imparidade acumuladas

| Conta 231 - Remuneratëes a pagar


O movimento desta conta insere-se no seguinte esguema normalizado:
1” fase — pelo processamento dos ordenados, salêrios e outras remunerac6es, dentro do mês a gue respel-
lem. Dêbito das respectivas subcontas de 63 - Gastos com o pessoal, por crédito de 231, pelos valores liguidos
apurados no processamento e normalmente das contas 24 - Fstado e outros entes publicos (nas respeclivas
subcontas), 232 - Adlantamentos e 278 - Outros devedores e credores, relativamente aos sindicatos, consoante
as entidades credoras dos descontos efectuados (parte do pessoal);
2 fase - pelo processamento dos encargos sobre remuneracëes (parte patronal), dentro do mês a gue res-
peitem: débito da respectiva rubrica em 635 - Gastos com o pessoal - Encargos sobre remunerac6es, por cré-
| dilo das subcontas de 24 - Estado e outros entes publicos a gue respeitem as contribuic6es patronais;
3” fase - pelos pagamentos ao peassoal e as outras entidades: debilam-se as contas 231, 24 e 278, por con-
tapartida das contas da classe 1.

(onta 232 — Adiantamentos

Esta conta, de natureza devedora, reflecte os adiantamentos efectuados aos 6rgaos sociais & ao pessoal,
existindo subcontas distintas:

2321 Aos 6rgaos soriais


2322 Ao pessoal

Debita-se:
— pelos adiantamentos concedidos, por crédito da conta 12 - Depêsitos a ordem.

Credita-se:
— pelo recebimento dos adiantamentos, por débito da conta 12 - Depêésitos & ordem;
— pelo desconto nas remunerac6es, por débito na conta 631 e 632, consoante se trate de 6rgaos sociais ou
de pessoal;
— pelo reconhecimento da imparidade nas dividas a receber. Caso a perda tenha sido j& reconhecida,
debita-se a conta 239 - Perdas por imparidade acumuladas. Se a perda nêo foi ainda (total ou parcial-
mente) reconhecida, debita-se a conta 683 - Dividas incobraveis.

Conta 237 - Caugdes


Esta conta regista os depêsitos de garantia em dinheiro prestados pelos membros dos 6rgaos sociais e pela
pessoal, regueridos por lei, pelos estatutos ou pelos regulamentos aplicêveis, tendo em conta as funcêes e o
nivel de responsabilidade, apresentando as seguintes subcontas:

2371 — Dos 6rg#os sorciais


2372 —Do pessoal

Esta conta, de natureza credora, é creditada pelos recebimentos dos depsitos, por contrapartida da conta 12—
Depêsitos & ordem, sendo debitada pela devolucao das caucoes efectuadas, por crédito da conta 12 - Depositosa
ordem.

SNCE-26 401
Gariruig 1 'Natureza e Movimentaciio das Contas SNC EXPLICADO
1
Conta 238 - Outras operacoes
Nesta conta $s&0 contabilizados os movimentos com os 6rgêos sociais e o pessoal aue nao se refiram a
remunerac6es, adiantamentos e cauc6es.

Estao previstas subcontas distintas para org&os soclais e pessoal:


2381 Dos 6rgaos soriais
2382 Do pessoal

As regras de movimentagao ser&o as mesmas aplicadas nas contas a receber e a pagar.

Conta 239 - Perdas por imparidade acumuladas


Fstas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplica-
cao dos critérios de mensuracëo dos correspondentes activos incluidos na Classe 2, podendo ser subdivididas,
a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentacêo em balanco das guantias liguidas.
As perdas por imparidade anuais serêo registadas nas contas 651 - Perdas por imparidade - Em dividas a
receber, e as suas reversêes (guando deixarem de existir as situacoes gue originaram as perdas) sêo regista-
das nas contas 7621 - Reversêes de perdas por imparidade - Em dividas a receber.
@uando se verificar o desreconhecimento dos activos a gue respeitem as imparidades, as conlas em epl-
grafe ser&o debitadas por contrapartida das correspandentes conlas da classe 2.

Esta conta registaré as perdas por imparidade relativas a dividas do pessoal e 6rgêos sociais, em particular,
por adiantamentos e empréstimos concedidos.

Conta 24 - Fstado e outros entes piblicos


Nesta conta registam-se as relac6es com o Estado, Autarguias Locais e outros entes publicos gue tenham
caracleristicas de impostos e taxas.

Na conta 24 existem as seguintes subcontas:

241 Imposto sobre o rendimento


242 Retencdes de impostos sobre rendimentos
243 |mposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)
2431 - MA — Suportado
2432 —- VA — Dedutivel
2433—IVA - Liguidado
2434 — NA — Regularizagdes
2435 — IVA — Apuramento
2436 — VA —A pagar
2437 — VA — A recuperar
2438 — VA — Reembolsos pedidos
2439 — VA — LiguidagOes oficiosas
244 Outros impostos
245. Contribuicëes para a Seguranca Social
246 Tributos das autarguias locais

248 Outras tributacêes

Conla 241 - Imposto sobre o rendimento


Esta conta é debitada pelos pagamentos efecluados e pelas retenc6es na fonte a gue alguns dos rendimen-
los da enltidade estiverem sujeitos.
No fim do periodo seré calculada, com base na matéria colectdvel estimada, a guantia do respectivo
imposto, a gual se registarê a erédito desta conta por débilo de 8121 - Imposto estimado para o perloda.

402
|
ee
SNEC EXPLICADO Gariruta 1 Natureza e Mnovimentacfio das Cantas

Gonta 242 — Relencies de impastos sohre rendimentos


Esta conta movimenta a crédito o imposto gue tenha sido retido na fonte relativamente a rendimentos pagos
a sujeitos passivos de IRC ou de IRS, podendo ser subdividida de acordo com a natureza dos rendimentos,
Recomenda-se a manutencêo das subcontas existentes no POC:

2421 Retencdes de impostos sobre rendimentos — Trabalho dependente


2422 Retencêes de impostos sobre rendimentos — Trabalho independente
2423 Retencdes de impostos sobre rendimentos — Gapitais
2424 Retencoes de impostas sobre rendimentos — Prediais
2429 Retencêes de impostas sobre rendimentos — Outros rendimentos

Estas subcontas ser&o movimentadas a crédito:


Conta 2421 - pelo processamento das remuneracëes e conseguente deducêo do imposto, por débito das
Contas relativas a essas remuneraGgdes;

Conta 2422 - pela deduGëo de imposto a profissionais liberais, por débito da conta 6224 - Honorêrios;

Conta 2423 - pela deducaêo de imposto a terceiros por distribuicao de lucros, juros por empréstimos contrai-
dos, etc., por débito das contas de terceiros;

Conta 2424 - pela deducëo de imposto a terceiros por rendimentos prediais pagos, por debito das contas de
terceiros;
Conta 2429 - pela deducëo de imposto a terceiros por outros rendimentos, por débito das contas de terceiros.

O movimento a débito nestas subcontas serd conseauëncia do pagamento do imposto retido, sendo credi-
tada a conta 12 — Depésitos & ordem.

Conta 243 - Imposto sobre 9 Valor Aerescentado


Esta conta destina-se a registar as situacëes decorrentes da aplicac&o do Cédigo do Imposto sobre o Valor
Acrescentado.

Esta conta possui as seguintes subcontas:


2431 VA — Supartada
2432 IVA — Dedutivel
2433 VA — Liaguidado
2434 IVA — Regularizacdes
2435 IVA— Apuramento
2436 VA —A pagar
2437 VA — A recuperar
2438 IVA — Reembolsos pedidos
2439 VA — Liguidacêes oficiosas

Conla 2431 - [VA - Suportado


Fsta conta, de uso facultativo, é debitada pelo IVA suportado em todas as aauisicêes de existências, imobili-
Zado ou de outros bens e servicos.
Credita-se por contrapartida das respectivas subcontas de 2432 elou, guanto as parcelas de imposto nao
dedutivel, por contrapartida das contas inerentes &s respectivas aguisicées ou da conta 6811, guando for caso
disso (nomeadamente, por dificuldades de imputacao a custos especificos).
Cada uma das suas subcontas deve ser subdividida, segundo as taxas aplicêveis, por ordem crescente,
pelo gue as subcontas a criar serêo:

24311 [VA suportado — Existencias


243111 Taxa de 5%
243112 Taxa de 12%
243113 Taxa de 20%

403
CariruLa 1 Natureza e MovimentagAo das Cantas SNC EXPLICADO

SP Ede
24312 [VA suportado — Imobilizado
243121 Taxa de 5%
243122 Taxa de 12%
243123 Taxa de 20%
24313 IVA suportado — Outros bens e Servigos
243131 Tana de 5%
243132 Taxa de 12%
2A3133 Taxa de 20%

Debita-se:
— pelo IVA suportado nas aouisicêes de existências, imobilizacoes e outros bens e servigos, por crédito das con-
tas 11 —Caixa, 12— Depêsitos & ordem, 221 - Formecedores c/c ou 2711 -Fornecedores de investimentos.

Credita-se:
— pelo IVA dedutivel, por tansferência para a conta 2432;
— pelo IVA nêo dedutivel, por contrapartida das classes 3 - Inventêrios e activos biolêgicos, 4 - Investimentos
e6-Gastos;
— pelo IVA suportado por dificuldades de imputacêo a custos especificos, por debito da conta 6811.

Conta 2432 — VA - Dedutivel


A movimentac&o desta conta depende da opcao de utilizacao da conta 2431.

Caso se utilize a conta 2431

Debita-se:
— pela ttansferência da conta 2431 do IVA dedutivel.

Credita-se:
— pela tansferência para a conta 2435 do saldo respeitante ao periodo.

Se nao se utiliza a conta 24a1

Debita-se:
— pelos montantes do IVA dedutivel nas aduisic6es.

Credita-se:
— pela transferência para a conta 2435 do saldo respeitante ao periodo.

Conta 2433 - IVA - Liguidado


Esta conta reflecte o VA liguidado nos termos do Cédigo do IVA. Para o efeilo, devem ser criadas duas subcontas:

24331 [VA liguidado — Operacdes gerais


24332. IVA liguidado — Autoconsumos e operac6es graluitas

Estas contas devem ainda ser desagregadas entre:


—transaccbes internas de bens e servicos;
— aauiIsicëes comunitérias de bens;
— aauisic6es comunitêrias de servicos.

Por sua vez, este tipo de transaccêes deverd ser desdobrado por taxas.

Conta 24331 - IVA liguidado - Operacëes gerais


Credita-se:
— pelo IVA liguidado nas facturas ou documentos eguivalentes emitidos pela entidade, por débito das contas
11 —Caixa ou 12 —- Depêsitos & ordem, caso os rendimentos tenham sido imediatamente recebidos, ou por
crédito da conta 211 - Clientes c/c, guando se trata de rendimentos ainda nêo recebidos.

404
SNC EXPLICADA Cariruta 1 Natureza e Movimentacën das Contas

Debita-se:
— pela transferência do saldo do periodo para a conta 2435 - IVA - Apuramento.

Conta 24332 - VA liguidado - Autoconsumas e operacdes gratuilas

O conceito de transmissêo de bens previsto nas alineas f) e g) do n.” 3 do artiga 3.” do Cédigo do INA inclui:
— Ressalvado o disposto no artigo 25.”, a afectacao permanente de bens da empresa a uso préprio do seu titu-
lar, do pessoal ou em geral a fins alheios & mesma, bem como a sua transmissêo gratuita, guando, relativa-
mente a esses bens ou aos elementos gue os constituem, tenha havido deducëo total ou parcial do imposto.
Excluem-se do regime estabelecido por esta alinea as amostras e as ofertas de pegueno valor em confor-
midade com os u8sos comerciais;
—A afectacêo de bens por um sujeito passivo a um sector de actividade isento e, bem assim, a afeclaGéo ao
uso da empresa de bens referidos no n.” 1 do artigo 21.”, guando, relativamente a esses bens ou aos ele-
mentos gue os constituem, tenha havido deducao total ou parcial do imposto.

Esta conta destina-se, assim, a dar cumprimento a este conceito de transmissêo de bens, devendo ser sub-
dividida por taxa de imposto. Assim, teremos;

243321 Taxa de 5%
243322 Taxa de 12%
243323 Taxa de 20%

Credita-se:
— pelo IVA liguidado pela afectacëo ou utilizacëo de bens a fins estranhos & entidade, & transmissêo de bens
Ou prestac6es de servigos gratuitos ou & afectacêo de bens a sectores isentos de IVA aguando, relativa-
mente a esses bens, tenha havido anteriormente deducao do imposto. As contas a debitar serao as da
classe 4 - Investimentos e 6 - Gastos.

Debita-se:
— pela transferência do saldo do periodo para a conta 2435 - IVA - Apuramento.

Gonta 2434 - IVA - Regularizacdes


Nesta conta registam-se as correccêes de imposto apuradas nos termos do C6digo do IVA, devendo criar-se
as seguintes subcontas:

24341 Mensais (ou trimestrais) a favor da entidade


24342 Mensais (ou trimestrais) a favor do Estado
24343 Anuais, par calculo do pro rala definitivo
24344 Anuais, por variagiio dos pro rala delinitivos
24345 Outras regularizagoes anuais

Conla 2435 - [VA - Apuramento


Esta conta recebe o IVA liauidado e dedutivel no periodo, pelo gue, Guando o seu saldo é devedor, corres-
ponde a IVA a recuperar no periodo e, guando credor, corresponde a IVA a pagar.
Para se apurar o imposto do periodo, a movimentacëo é a seguinte:

Debita-se:
— pelo saldo devedor da conta 2437 - VA - A recuperar no final do periodo anterior, caso nêo se tenha solici-
tado oreembolso;
— pela tansferência do saldo da conta 2432— VA dedutivel e do saldo devedor da conta 24 - IVA - Regularizac6es.

Credita-se:
— pela transferência do saldo da conta 2433 - VA —Liguidado e do saldo credar da conta 24 - VA - Regularizacoes.

O saldo apurado pelos movimentos indicados poderéê ser devedor ou credor. Se for devedor, ê transferido
para a conta 2437 -IVA —A recuperar. Se for eredor, é transferido para a conta 2436 - VA —-A pagar.

405

eN
Cariruio 1 Natureza e Movimenlagfin das Cantas SNC EXPLICADO

Conta 2436 -IVA -A pagar


Dado gue o IVA a pagar poderd resultar nêo apenas do apuramento da entidade mas tambêm de liguida-
cêes oficiosas, recomenda-se a criagëo das seguintes subcontas:
24361 IVA —A pagar — Valores apurados
24362 INA —A pagar - Liguidac6es oliciosas
24363 IVA — A pagar — Dilerencas entre os valores apurados e as liguidagëes oficiosas

Credita-se:
— pelo montante do imposto a pagar, com referência a cada periodo do imposto, por crédito da conta 2435 —
VA - Apuramento;
— pelas liauidacêes oficiosas da Administracao Fiscal, por débito da conta 2439 - IVA - Liguidag6es oficiosas.

Debita-se:
— pelo pagamento do imposto, por crédito da conta 12 - Depêsitos & ordem;
— pelas anulacëes de liguidac6es oficiosas, por crédito da conta 2439 — IVA - Liauidacoes oficiosas.

Conta 2437 -IVA —A recuperar


Esta conta evidencia o crédito de IVA sobre o Estado.

Debita-se:
— pela transferência da 2435 - VA — Apuramento, auando esta ultima apresenta saldo devedor referente a
um determinado periodo de imposto.

Credita-se:
— pelo pedido de reembolso, por débito da conta 2438 - IVA - Reembolsos pedidos;
— pela transferência para a 2435 - IVA - Apuramento no inicio do periodo seguinte, caso nao se tenha solici-
tado o reembolso.

Conla 2438 - IVA - Reembolsos pedidos


Esta conta regista os pedidos de reembolso de IVA efectuados, correspondendo o seu saldo ao montante
Dor receber.

Debita-se:
— pelo pedido de reembolso, por crédito da conta 2437 -IVA - A recuperar.

Credita-se:
— pelo recebimento do reembolso, por débito da conta 12 —- Depésitos & ordem;
— pelo indeferimento do pedido de reembolso, por débito da conta 2437 - VA -A recuperar.

Conta 2439 — IVA — Liguidaciies oficiosas


Segundo on.” 1 do artigo 83.” do Cédigo do IVA:
Se a declarac&o periëdica prevista no artigo 40.” nao for apresentada, a Direceëo de servicos de Cobranca
do IVA procederê & liguidacao oficiosa do imposto, com base nos elementos de aue disponha (redaccao dada
pelo Decreto-Lei n.” 100/95, de 19 de Maio).

Sempre gue ocorrer uma liguidacao oficiosa, deverê ser efectuado o seguinte lanGamento:
Débito — Conta 2439 - VA - Liguidacëes oficiosas
Crédito — Conta 2436 -IVA —A pagar

Se a liguidacao oficiosa for anulada, procede-se & reversao do lancamento anterior.

Sea entidade concluir gue deve um montante superior ou inferior & liguidacêo oficiosa, sem ague esta tenha
sido ainda paga, deve efectuar os seguintes lancamentos:

406
|
SNC EXPLICADO Carituto 1 Natureza e Movimentatia das Cantas

Pelo montante do imposto apurado


Déêbito - 2435 - VA - Apuramento
Crédito - 2436—- VA-A pagar

Anulacëo da liguidac&o oficiosa (pelo seu valor)


DéDito —- 2436 - IVA —a pagar
Crédito - 2439 - VA - Liguidac6es oficiosas

Pelo pagamento
Débito —- 2436 - VA -A pagar
Crédito - 12 - Depêsitos & ordem

Se a entidade concluir, apêés o pagamento da liguidaGêo oficiosa, aue deve um montante superior ou inferior
& liaguidacëo oficiosa, deve efectuar os seguintes lancamentos;

Pelo montante do imposto apurado


DEêbito —- 2435 - VA - Apuramento
Crédito - 2436 - VA -A pagar

Anulacêo da liguidacao oficiosa (pelo seu valor)


Débito - 2436 - VA -a pagar
Crédito —- 2439 - VA - Liduidac6es oficiosas

Caso a entidade tenha pago, através da liauidacao oliciosa, um montante superior ao imposto apurado, a
difterenca entre o montante devido e o montante pago permanecerê na conta 2436 até & sua regularizacêo.

Caso o montante pago seja inferior ao imposto apurado, deve pagar a diferenga, efectuando o seguinte lan-
I
camento: 2
Débito - 2436 - IVA-A pagar
Crédito - 12- Depositos & ordem

Conta 244 — Outros impostas


Nesta conta serdo contabilizadas as dividas por impostos nao incluidos nas anteriores subcontas, por exemplo,
imposto de selo.

Credita-se:
— pelo reconhecimento da divida, por débito das contas 6811 - Impostos directos ou 6812 - Impostos indirectos.

Debita-se:
— pelo pagamento dos impostos, por crédito da conta 12 - Depositos & ordem.

Conta 245 - Contribuicëes para a Seguranca Social


Esta conta regista as dividas & Seguranca Social decorrentes das contribuicêes da entidade patronal e das
deduc6es efectuadas ao pessoal.
Poder& ser Util a constituic&o de subcontas por unidades operacionais ou por cada Centro Regional da
Seguranca Social.

Credita-se:
— pelas deducêes efectuadas ao pessoal no processamento das remunerag6es, por débito das contas relati-
vas a essas remuneracêes e pelas contribuicêes da entidade para a Seguranca Social.

Debita-se:
— pelo pagamento & Seguranca Social, por crédito da conta 12 - Depêsitos a ordem.

A07
Carirutn 1 Natureza e Movimentacfia das Contas SNC EXPLICADO

Conta 246 - Tributos das autarguias locais


Refere-se As dividas a CAmaras Municipais, Juntas de Freguesia, etc., de taxas e impostos.
Credita-se:
— pelo reconhecimento da divida, por débito da subconta apropriada da conta 681 - Impostos.
Debita-se:
— pelo pagamento das taxas e impostos, por crédito da conta 12 - Depêsitos & ordem.

Conta 248 - Outras tributacdes


Nesta conta serê&o contabilizadas as dividas por taxas e outras nêo incluidas nas anteriores subcontas.
Credita-se:
— pelo reconhecimento da divida, por débito da conta 6813 - Taxas.
Debita-se:
— pelo pagamento das taxas, por crédito da conta 12 - Depêsitos & ordem.

Conta 25 - Financiamentos obtidos


Esta conta, de natureza credora, regista os financiamentos obtidos pela entidade e possui as seguintes subcontas:

251 Instituicoes de crédito e sociedades financeiras


2511 Empréstimos bancrios
2512. Descobertos bancarios
2513 Locacëes financeiras
252 Mercado de valores mobiliërios
2521 Empréstimos por obrigacées

253 Participantes de capital


2531 Empresa-mae — Suprimentos e outros mituas
2532 Outros participantes — Suprimentos e outros mutuas

254 Subsididrias, associadas e empreendimentos conjuntos

258 Outros financiadores

Credita-se:
— pelos financiamentos recebidos, por débito da conta 12 - Depêsitos a4 ordem;
— pela transferência para a conta 2512 - Descobertos bancarios dos saldos credores da conta 12 - Depêsi-
tos a ordem.

Debita-se:
— pela liauidacêo (total ou parcial) dos financiamentos recebidos, por crédito da conta 12 - Depêsitos & ordem.

Apresentac&o
Os financiamentos obtidos sê0o apresentados no balanco no passivo nao corrente (parcelas aue se vencam
ha mais de um ano) e no passivo corrente (parcelas gue se vencem no prazo de 12 meses apês a data do
balanco). De realcar gue a parcela dos financiamentos de médio e longo prazo due se vericer nos 12 meses
seguintes & data do balanco terê de ser incluida no passivo corrente. Por outro lado, os descobertos bancarios
Sê0 apresentados no passivo corrente. A apresentacao de financiamentos no passivo nao corrente ê apenas
admisslvel guando se demanstrar aue o controlo da decisêo de liauidar a médio e longo prazo é da entidade e
Nnao do credor. Nos financiamentos obtidos de partes relacionadas auandoe nêo forem estipuladas as condic6es
de reembolso, a atitude de maior prudência consiste na apresentac&o da divida no passivo corrente. No
entanto, essa decisao estê dependente da intencëo das partes, bem como da coerência relativamente & apre-
sentacado efectuada pelo credor.

408
SNC EXPLICADO Carltuta 1 Natureza e Mavwimentacio das Contas

Conta 26 - Accionistas/sdcios
Esta conta regista os movimentos com accionistas/séeios aue N&0 sejam transaceoes correntes, transaccëes
de imobilizado e investimentos financeiros.

O SNC prevé as seguintes subcontas para a conta 26:


261 Accionistas c/ subseric4o
262 (uotas nio liberadas
263 Adiantamentos por conta de lucros
264 Resultadas atribuidos
265 Lucros disponiveis
266 Emprêéstimos concedidos — empresa-mde

268 Outras operacoes


269 Perdas por imparidade acumuladas

Conta 261 — Accionistas r/ substrigzo


Esta conta, de natureza devedora, regista as dividas de accionistas por capital subscrito e ainda nêo reali-
zZado.

Debita-se:
— pela subscric&o do capital inicial ou dos aumentos de capital, por erédito da conta 51 — Capital;
— pelos passivos transferidos para a entidade, juntamente com os activos entregues na realizaGêo do capital
subscrito.

Credita-se:
— pela realizacëo do capital pelos accionistas, por débito da conta 12 - Depêsitos & ordem, caso a realizacëo
seja em dinheiro, ou por débito das respectivas contas de activos (por exemplo, Aclivos fixos tangiveis &
Activos intanglveis), caso a realizacao seja em espêcie.

Apresentacao
No Balanco, o saldo desta conta é deduzido ao saldo da conta 51 — Capital. Desta forma, o valor do Capital
Oue é apresentado no Balanco corresponde ao capital realizado.
Esta é uma diferenca face ao POC, no aual esta conta era apresentada no Activo, sendo, assim, o Capital
evidenciado no Capital Préprio pelo seu valor subscrito.

Conta 262 - (uotas nio liberadas


Esta conta, de natureza devedora, regista as dividas de sécios por capital subscrito e ainda nêo realizado.

Debita-se:
— pela subscric&o do capital inicial ou dos aumentos de capital, por crédito da conta 51 —- Gapital;
— pelos passivos transferidos para a entidade, juntamente com os activos entregues na realizacêo do capital
subserito.

Credita-se:
— pela realizac&o do capital pelos sécios, por débito da conta 12 — Depésitos & ordem, caso a realizacêo seja
em dinheiro ou por débito das respectivas contas de activos (por exemplo, Activos fixos tangiveis e Activos
intangiveis), caso a realizacêo seja em espÊeie.

Apresentacao
No Balanco, o saldo desta conta é deduzido ao saldo da conta 51 —- Capital. Desta forma, o valor do Capital
aue é apresentado no Balanco corresponde ao capital realizado.

409
Cariruta 1 Natureza e Movimentaciio das Contas SNC EXPLICADO

Esta é uma diferenca face ao POC, no agual esta conla era apresentada no Activo, sendo, assim, o Capital
evidenciado no Capital Préprio pelo seu valor subscrito.

Conta 263 - Adiantamentos por conta de lucros


Os adiantamentos por conta de lucros so empréstimos efectuados aos detentores do capital, os guais ser&o
regularizados pela distribuicao futura de lucros ou pela restituicêo pelos detentores de capital. Nêo se deve con-
fundir adiantamentos por conta de lycros com o pagamento de dividendos antecipados. No primeiro caso, o
patriménio da entidade nao se altera, enguanto gue, no segundo caso, ocore uma reducao do capital prêprio,
uma vez gue os detentores do capital nao ficam devedores & entidade.
A movimentacao desta conta terê de ser vista sob duas 6pticas: na 6ptica da entidade ague efectua adianta-
mentos sobre lucros e na 6ptica da entidade aue recebe os adiantamentos sobre lycros.

Entidade due efectua adiantamentos por conta de lucros


Neste caso, a conta êé de natureza devedora e ê assim movimentada:

Debita-se:
— pelo pagamento aos detentores do capital, por crédito da conta 12 - Depositos & Ordem.

Credita-se:
— pela distribuicëo de lucros aos detentores do capital, por débito da conta 264 - Resultados atribuidos (se
os lucros nao estiverem ainda a pagamento) ou por débito da conta 265 - Lucros disponiveis (se os lucros
estiverem a pagamento); ou
— pela eventual restituic&o de adiantamentos, por débito da conta 12 — Depêsitos & Ordem.

Entidade gue recebe adiantamentos por conta de lucros


Neste caso, a conta assume natureza credora, sendo assim movimentada:

Credita-se:
— pelos adiantamentos recebidos, por débito da conta 12 - Dep6sitos & Ordem,

Debita-se:
— guando sêo atribuidos lucros, por crédito da conta 264 - Resultados atribuidos (se os lucros nêo estiverem
ainda a pagamento) ou por crédito da conta 265 - Lucros disponiveis (se os lucros estiveram a paga-
mento); ou
— pela eventual restituicê&o de adiantamentos, por crédito da conta 12 - Depêésitos & Ordem.

Conla 264 - Resultados atrihuidos

Esta conta regista os lucros atribuidos aos detentores do capital ainda nêo colocados & disposicëo.
A movimentac&o desta conta ter de ser vista sob duas 6pticas: na 6ptica da entidarde gue distribui lucros e
na optica da entidade a auem sêo atribuidos lucros.

Entidade gue distribui lucros


Neste caso, a conta é de natureza credora e é assim movimentada:

Credita-se:
— pela atribuicêo dos lucros aas detentores do capital gus néo estejam ainda ê& disposic&o dos mesmos, por
deébito da conta 552 - Outras reservas ou 56 - Resultados transitados, caso se refira & distribuic&o de
lucros de exercicios anteriores ou 89 — Dividendos antecipados, caso se trate de adiantamentos por conta
de lucros do préprio exercicio.

Debita-se:

— pela transferência de lucros aue tenham sido atribuidos, mas ague nêo tinham ainda sido colocados & dis-
POSIC&O dos detentores do capital, por crédito da conta 265 - Lucros disponiveis.

410
r SNC EXPLICADO
Cariruta 1 Natureza e Muvimentar#a das Contas

Entidade a guem sêo atribuidos lucros


Neste caso, a conta assume natureza devedora, sendo assim movimentada:

Debita-se:
— pela atribuicëo de lucros gue nêo estejam ainda disponiveis, por crédito das contas 7851 ou 7861, caso
seja utilizZado o método do custo na valorimetria dos investimentos financeiros, ou por crédito das contas
4111, 4121 ou 4131, se for utilizado o mêtodo da eguivalência patrimonial na valorimetria dos investimentos
financeiros;
— pela transterência de lucros gue tenham sido atribuidos, mas aue nêo tinham ainda sido colocados & dis-
Posic&0 dos detentores do capital, por crédito da conta 264 - Resultados atribuidos.

Credita-se:

— pela transterência de lucros gue tenham sido atribuidos e gue se tornem disponiveis, por débito da conta 265 —
Lucros disponiveis.

Conta 265 - Lueras disnoniveis


Esta conta regista os lucros colocados ê& disposicêo dos detentores do capital. Os lucros consideram-se dis-
| poniveis guando estéo a pagamento. Caso os lucros figuem disponiveis na data da deliberacëo da sua distribui-
| Ca0 esta conla & movimentada directamente. Caso os lucros nêo figuem imediatamente disponiveis, na data da
| deliberacêo movimenta-se inicialmente a conta 264 - Resultados atribuidos, procedendo-se subseguentemente
& transferência para esta conta.
| A movimentacao desta conta terd de ser vista sob duas épticas: na 6ptica da entidade gue distribui lucros &e
| na 6ptica da entidade a guem sêo atribuidos lucros.

Entidade gue distribui lucros


Neste caso, a conta é de natureza credora e é assim movimentada:

Credita-se:
— pela atribuic4o dos lycros aos detentores do capital e sua colocacëo & disposic&o dos mesmos, por débito
da conta 552 - Outras reservas ou 56 - Resultados transilados, caso se refira & distribuic&o de lucros de
exercicios anteriores ou 89 - Dividendos antecipados, caso se trate de adiantamentos por canta de lucros
do pr6prio exercicio;
— pela transferência de lucros gue tenham sido atribuidos, mas gue nêo tinham ainda sido colocados & dis-
posicao dos detentores do capital, por débito da conta 264 - Resultados atribuidos.

Debita-se:
— pelo pagamento aos detentores do capital, por crédito da conta 12 - Depêésitos & ordem.

Entidade a guem sao atribuidos lucros


Neste caso, a conta assume natureza devedora, sendo assim movimentada:

Debita-se:

— pela atribuic&o de lucros disponiveis, por crédito das contas 7851 ou 7861, caso seja utilizado o método do
Custo na valorimetria dos investimentos financeiros, ou por crédito das contas 4111, 4121 ou 4131, se for
utilizado o método da eaguivalência patrimonial na valorimetria dos investimentos financeiros;
| — pela transferência de lucros gue tenham sido atribuidos, mas gue nêo tinham ainda sido colocados & dis-
POsicao dos detentores do capital, por erédito da conta 264 - Resultados atribuidos.

Credita-se:
— pelo recebimento dos dividendos, por débito da conta 12 - Depêsitos a& ordem.

Conta 266 - Empréstimos concedidos - empresa-mae


Fsta conta, de natureza devedora, represenla os empréstimos concedidos & empresa-mae.

411
Cariruia 1 Naturaza & Movimeantacao das Contas SNC EXPLICANO

Debita-se:
— pelos empréstimos concedidos, por crédito da conta 12 - Depêsitos a ordem.

Credita-se:
— pelo reembolso dos empréstimos, por débito da conta 12 —- Depositos a ordem.

Conta 268 - Dutras operacées


Esta conta destina-se aos movimentos com accionistas/sécios nêo contemplados nas contas anteriores e
aue nêo se referem a:
—transacc6es correntes;
— transaccëes de investimento;
— investimentos financeiros.

Conta 269 - Perdas por imparidade acumuladas


Estas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplica-
C&0 dos critërios de mensuracëo dos correspondentes activos incluidos na classe 2, podendo ser subdivididas
a fim de facilitar o controlo e possibilitar a apresentac&o em balanco das guantias liguidas.
As perdas por imparidade anuais serdo registadas nas contas 651 - Ferdas por imparidade - Em dividas a
receber, e as suas reversoes (guando deixarem de existir as situac6es gue originaram as perdas) sêo regista-
das nas contas 7621 - Feversêes de perdas por imparidade - Em dividas a receber.
Ouando se verificar o desreconhecimento dos aclivos a gue respeitem as imparidades, as contas em epi-
grafe ser&o debitadas por contrapartida das correspondentes contas da classe 2.

Conia 27 —- Outras contas a receber e a pagar


A conta 27 apresenta as seguintes subcontas:

271 Fornecedores de investimentos


2711 Fornecedores de investimentos — contas gerais
2712 Farturas em recepcio e conferência
2713 Adiantamentos a fornecedores de investimentos
272 Devedores e credores por acréscimos
2721 Devedores por acréscimos de rendimentos
2722 Credores por acréscimos de gastos
273 Beneficios pés-emprego
274 Impostos diferidos
2741 Arlivos por impostos diferidas
2742 Passivos por impostos diferidos
275 Credores por subserigées no libertadas
276 Adiantamentos por conta de vendas

278 Outros devedores e credores


279 Perdas por imparidades acumuladas

Conta 271 - Fornetcedores de investimentos

Fiegista os movimentos com vendedores de bens e servicos com destino aos investimentos da entidade.
Fsta conta inclui as seguintes subcontas:
2711 Fornecedores de investimentos — contas gerais
2712. Farcturas em recepc4o e conferêneia
2713 Adiantamentas a fornecedores de investimentos

12
SNC EXPLIGADO Cariruto 1 Natureza ae Movimentacëin das Contas

Conla 272 - Devedores e eredores par aeréseimas


Estas contas registam a contrapartida dos rendimentos e dos gastos gue devam ser reconhecidos no préprio
periodo, ainda gue nê&o tenham documentacao vinculativa, cuja receita ou despesa sê venha a ocorrer em
periodo ou periodos posteriores.

A conta 772 possui as seguintes subcontas:


2721 Devedores por acréscimos de rendimentos
2722 (Credares por acréscimos de gastos

Conta 273 - Beneficias pés-emprega


Riegista as responsabilidades da entidade perante os seus trabalhadores ou perante a sociedade gestora de
um fundo autonomo.

Os beneficios pés-emprego incluem (i) beneficios de reforma, tais como pensêes, e (ii) outros beneficios pés-
-emprego, tais como seguros de vida pés-emprego e cuidados médicos pés-emprego. Esses beneficios sêo con-
cedidos aos empregados através de acordos gue se denominam planos de beneficios pés-emprego.
Os planos de beneficios pés-emprego podem ser:
— planos de contribuicêo delfinida; ou

— planos de beneficios definidos.


(Ver capitulo 18 - Beneficios dos Empregados,)

A movimentagêo das contas ser diferente, consoante estejamos perante um plano de Contribuicêo definida
ou um plano de beneficios definidos.

Plano de contribuicao definida


Nos planos de contribuic&o definida, a responsabilidade da entidade é limitada ao valor da contribuic&o defi-
nida. O risco actuarial e o risco de investimento sêo do empregado.

Nesta sityac&o, a contabilizacao é muito simples, dado gue a entidade ter de reconhecer como gasto do
periodo o montante gue se comprometeu a contribuir. Assim, os movimentos contabilisticos sêo:

Pelo reconhecimento do gasto (de acordo com a prestacaAo do servico)

Débito - Gastos com o pessoal - Benelicios pês-emprego


6331 - Prémics para pensoes
6332 - Outros beneticios
Crédito - 273 - Beneficios pés-emprego

Pelo pagamento

DébDito — 273 - Beneficios pOS-Emprego

Crédito - 12 - Depêsitos & ordem

Plano de beneficios definidos


Nos planos de beneficios definidos, a contabilizacao dependera da existência ou nao de um fundo constituido.

j Ouando n&o existe fundo constituido


Pela introducêo ou melhoria de um plano de beneficios definidos, pelo valor presente da obrigacao
DéDito — Gastos com o pessoal - Beneficios pés-emprego
6331 - Prémios para pensêes
6332 - Outros beneficios
(caso se opte pelo reconhecimento imediato do gasto)

413
Cariruto 1 Natureza e MovimentaGao das Gontas SNEC EXPLICADO

Ou I
Débito — ?781—- Gastos a reconhecer”
(caso se opte pele reconhecimento sistematico do gasto)

Crédito - 273 - Beneficios pos-emprego


“(case seja esta a opcéo, & medida due os gastos sêo reconhecidos, esla conla é debitada por contrapartida das contas
6331 e 6432)

Pelos gastos do periodo


Débito - Gastos com o pessoal - Beneficios pés-emprego
6331 - Prémios para pensêes
6332 - Outros benelicios

Crédito — 273 - Beneficios pés-emprego

Pelo efeito de cortes ou liguidag6es


Débito - 273 - Beneficios pés-emprego

Crédito - Gastos com o pessoal - Beneficios pês-emprego


6331 - Prémios para pensêes
6332 - Outros benelicios
(Caso exista algum gasto diferido, o mesmo deve ser reconhecido de imediato.)

Pelo pagamento das pensêes e demais beneficios


Débito — 273 - Beneficios pOS-emprego

Crédito - 12 - Depisitos & ordem

ii) Ouando existe fundo constituido, evidenciado no activo e gerido autonomamente

Pela introduc&o ou melhoria de um plano de beneficios


Débito - Gastos com o pessoal - Beneficios pés-emprego
6331 - Préêmios para pensêes
6332 - Outros beneficios
(caso se opte pelo reconhecimento imediato do gasto)

Ou
Débito - 281 - Gastos a reconhecer"
(caso se opte pelo reconhecimento sistematico do gasto)

Crédito - 273 - Beneliicios pOS-emprego


“(caso seja esta a opc&a, &A medida aue os gastos s#o recanhecidos, esta conta é debitada por contrapartida das contas
6331 e 6332)

Pelos gastos do periodo


Débito —- Gastos com o pessoal - Beneficios p6S-emprego
6331 - Prémios para pensêes
6332 — Outros beneficios

Crédito - 273 - Beneficios pés-emprego

Pelo efeito de cortes ou liguidagêes


Débito — 273 - Beneficios p6S-emprego

Crédito —- Gastos com o pessoal - Beneficios pés-emprego


6331 - Prémios para perisêes
6332 — Outros beneficios
(Caso exista algum gasto diferido, o mesmo deve ser reconhecido de imediato.) |

14
SNC EXPLICADO Cariruia 1 Natureza a Muovimentaczo das Contas

Pelas contribuigées para o Funda


Débito - 4158 - Outros investimentos financeiros
Crédito - 12 —- Depêsitos & ordem

O processamento aos beneficiërios (a contabilizar pelo fundo) implica o débito da conta 273 - Beneficios
pés-emprego, por contrapartida da conta 4158. A restante contabilizacêo da conta 4158 segue as regras da
contabilizacao dos “Fundos", designadamente no gue respeita a pagamentos aos beneficiërios e a rendimentos
e gastos financeiros e de outra natureza, bem como a mais e menos-valias.

ii) Ouando existe fundo constituido, nêo incluido no activo e gerido por terceira entidade

Pela introducëo ou melhoria de um plano de beneficios


(pelo valor presente da obrigacêo de beneficios definidos)

Dêbito - Gastos com o pessoal - Beneficios pés-emprego


6331 - Prémios para pensêes
6332 — Outros beneficios
(caso se opte pelo reconhecimento imediato do gasto)

Ou
DêDito — 281 —- Gastos a reconhecer"

(caso se opte pelo reconhecimento sistematico do gasto)

Crédito - 27a - Benelicios pés-emprego


“(Caso seja esla a opcëo, & medida gue os gastos sao reconhecidos, esta conta é debitada por contrapartida das contas
6331 e 6332)

Pelos gastos do perioda


DéÊbito —- Gastos com o pessoal - Beneficios p6s-emprego
6331 - Prémios para pensêes
6332 - Outros beneficios

Crédito - 273 - Beneficios pés-emprego

Pelo efeito de cortes ou liguidacêes


Débito - 273 - Beneficios pOS-emprego

Crédito - Gastos com o pessoal - Beneficios pés-emprego


6331 - Prémios para pensêes
6332 - Outros beneticios
(Caso exista algum gasto diferido, o mesmo deve ser reconhecido de imediato.)

Pelas contribuicêes da entidade para o fundo


Débito. - 273 - Beneficios pOS-emprego

Crédito - 12 —- Depêsitos & ordem

Conta 274 - Impastos diferidos


Sao registados nesta conta os activos por impostos diferidos gue sejam reconhecidos para as diferencas
tempordrias dedutiveis e os passivos por impostos diferidos gue sejam reconhiecidos para as diferencas tempo-
rêrias tributdveis, nos termos estabelecidos na NCRF 25 - Impostos sobre o Rendimento.

Esta conta possui as seguinies subcontas:

2741 Activos por impostos diferidos


2742 Passivos por impostos diferidos

415
N

das Contas SNC EXPLICADO


CAriruuo 1 Natureza e Movimentagin

Conta 2741 - Activos por impostos diferidas


Esta conta evidencia a economia futura no imposto sobre o rendimento a liguidar, decorrente de (i) prejuizos
fiscais disponiveis para compensar lucros tributêveis futuros, (i) oréditos fiscais e (ii) provisêes tributadas no
passado e aue poder#o ser dedutiveis no futuro.
O reconhecimento de activos por impostos diferidos n&o é automêtico, ou seja, nao basta existir um prejuizo
fiscal, Um crédito fiscal ou uma provisêo tributada para se reconhecer um activo por impostos diferidos. Para ser
reconhecido como activo deverê proporcionar beneficios econémicos futuros, o gue somente aconteceraA se a
entidade tiver resultados tributdveis no futuro.
Esta conta movimenta-$e Como segue:
Debita-se:
— pelo reconhecimento do efeito fiscal da diferenca temporêria dedutivel, por crédito da conta 8122 — Imposto
sobre o rendimento do periodo —- lmposto diferida;
— pelo aumento da taxa de imposto sobre o rendimento, por crédito da conta 8122 — Imposto sabre o rendi-
mento do periodo - Imposto diferido.
Credita-se:
— pela realizac&o da diferenca temporêria dedutivel, por débito da conta 8122 - Imposto sobre o rendimento
do periodo — Imposto diferido;
— pela reversêo do activo por imposto diferido, por débito da conta 8122 —- Imposto sobre o rendimento do
periodo - Imposto diferido;
— pela reduc&o da taxa de imposto sobre o rendimento, por débito da conta 8122 - Imposto sobre o rendi-
mento do perlodo - |Imposto diferido.

Conta 2742 — Passivos por impostas diferidas


Esta conta evidencia o possivel agravamento futuro no imposto sobre o rendimento a liguidar, decorrente de
excedentes de revalorizac&o de activos, tributacëo futura de mais-valias contabilisticas, etc.
Contrariamente ao aue se verifica com as diferencas temporêrias dedutiveis, todas as diferencas tempordrias
tributêveis devem originar o reconhecimento de passivos por impostos diferidos.
Esta conta movimenta-se como segue:

Credita-se:
— pelo reconhecimento do efeito fiscal da diferenca temporêria tributêvel, por débito da conta 8122 — IMposto
sobre o rendimento do periodo - Imposto diferido;
— pelo aumento da taxa de imposto sobre o rendimento, por débito da conta 8122 — lImposto sobre o rendi- |
mento do periodo — Imposto diferido.

Debita-se:

— pela realizacêo da diferenca temporêria tributavel, por crédito da conta 8122 - Imposto sobre o rendimento
do periodo - Imposto diferido;
— pela reducëo da taxa de imposto sobre o rendimento, por crédito da conta 8122 — Imposto sobre o rendi-
mento do periodo - Imposto diferido.
(Ver capitulo 25 —- Impostos Sobre o Rendimento)

Conta 275 — Credares por subsericdes ndo liberadas


Nesta conta $&o contabilizadas as dividas relativas a capital subscrito pela entidade e ainda nao realizado.

Credita-se:
— pela subscric&o de capital, por débito da conta 41 - Investimentos financeiros;

Debita-se:
— pela realizac&o do capital, por crédito da conta 12 - Depésitos & ordem, caso a realizaGêo seja em dinheiro
ou por crédito das respectivas contas de activos (por exemplo, Activos Fixos Tangiveis e Activos Intangiveis),
Caso a realizacêo seja em espêcie.

416
SNC EXPLICADO Cariruta 1 Nalureza e Movimentaciin das Contas

Conta 276 - Adiantamentos por conta de vendas


Fiegista as entregas feitas & entidade com relagdo a fornecimentos de bens e servicos cujo preco esteja pre-
viamente fixado. Pela emissêo da faclura, estas verbas serdo transferidas para as respectivas contas da rubrica
211 - Clientes c/c.

Canta 279 — Perdas por imparidade aeumuladas


Estas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplicacao
dos critërios de mensurac&o dos correspondentes activos incluidos na classe 2, podendo ser subdivididas a im de
facilitar o contolo e possibilitar a apresentacé&o em balanco das guantias liguidas. As perdas par imparidade anuais
serêo registadas nas contas 651 - Ferdas por imparidade - Em dividas a receber, e as suas revers6es (guando dei-
xarem de existir as situac6es gue originaram as perdas) sêo registadas nas contas 7621- Rieversoes de perdas por
imoaridade - Em dividas a receber. Ouando se verificar o desreconhecimento dos activos a gue respeitem as impa-
ridades, as contas em epigrafe serêo debitadas por contrapartida das correspondentes contas da lasse 2.

Gonta 28 - Diferimentos
A conta 28 possui as seguintes subcontas:

281 Gastosa reconhecer


282 Rendimentosa reconhecer

Gastos a reconhecer
Os gastos a reconhecer sao gastos pagos efou facturados por terceiros e gue correspondem a gastos de
periodos seguintes.
Fsta conta, de natureza devedora, é debitada pelo valor dos gastos pagas e/ou facturados por terceiros, por
Contrapartida das contas 11 - Caixa ou 12 - Depêsitos & ordem, caso se trate de valores pagos, ou da conta
221 — Formecedores, c/c, ou 278 - Outros devedores e credores, caso se trale de valores facturados.
Fsta conta é ereditada pelo reconhecimento dos gastos, por contrapartida da correspondente conta de Gas-
tos (classe 6).

Rendimentos a reconhecer
Os rendimentos a reconhecer sêo rendimentos recebidos e/ou facturados e due correspondem a periodes futuros.
Esta conta, de natureza credora, é creditada pelo valor dos rendimentos recebidos e/ou facturados, por con-
trapartida das contas 11 —- Caixa ou 12 - Depêsitos & ordem, caso se trate de valores recebidos, ou da conta
211 — Clientes, c/c, caso se trate de valores facturados. Esta conla é debitada pelo reconhiecimento do rendi-
mento, por contrapartida da correspondente conta de Rendimentos (classe 7).

Gonta 29 - Provisêes
Esta conta serve para registar as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e gue a data do
balanco sefjam de ocorréência provavel ou cerla, mas incerla guanto ao seu valor ou data de ocorrência.
As suas subcontas devem ser utilizadas directamente pelos dispéndios para gue foram reconhecidas, sem
prejuizo das revers6es a gue haja lugar.

O SNC prevê as seguintes subcontas da conta 29 - Provisêes:

291 Impostos
292 Garantias a clientes
293 Processos judiciais em curso
294 Acidentes de trabalho e doengas profissionais
295 Matérias ambientais
296 Contratos onerosos
297 Reestruturacio
298 Outras provisdes

SNCE-PT 417
Carituto 1 Natureza e Mavimentacin das Conlas SNC EXPLICADO

Sendo as provisêes uma estimativa contabilistica, a entidade deverê rever periodicamente (pelo menos, na
data do balanco) as estimativas subjacentes A constituic&o ou n&o das provisêes, bem como & determinacêo do
montante a provisionar.
Uma provisao constituida em periodos anteriores poderd ter de ser revertida (total ou parcialmente), por jê
nao ser provaêvel a ocorrência da perda, nomeadamente por alterac6es da jurisprudéência, alterac6es da legisla-
Gao, alterac6es na rentabilidade esperada de contratos, alterac6es nas estimativas de custos com garantias,
etc. Essa reversao ndo afecta a conta 56 - Resultados transitados nem a conta 7881 - Correccëes relatvas a
periodos anteriores, no pressuposto de gue a estimativa efectuada no momento da constituicêao ou reforGo da
provisao era correcta, tendo em conta os factos conhecidos na data. Caso se considere gue ocorreu um erro na
constituicao ou reforco da provisao, deve tratar-se o assunto como tal (erro), aplicando-se as disposicoes da
NCRF 4 — Politicas contabilisticas, alterac6es de estimativas contabilisticas e erros, as guais reguerem a reex-
pressao das contas do periodo em due o erro foi cometido.
Em sentido contrêrio, o nêo reconhecimento de uma proviséo em periodos anteriores para determinada situa-
G&0 nao implica gue se deva manter o nêo reconhecimento da provisêo em periodos futuros. As alteracoes cita-
das no par&grafo anterior poder&o ser no sentido adverso, levando a uma alteracêo na classificacêo do grau de
probabilidade de ocorrência da perda, de possivel ou até mesmo remota para provêvel. Se assim for, deve ser
constituida a provis&o, por contrapartida da conta 671 - Impostos. O reconhecimento da provisao nao afecta a
Conta 56 — Resultados transitados, nem a conta 6881 —- Correcc6es relativas a periodos anteriores, no pressu-
posto de due a estimativa efectuada no passado era correcta, tendo em conta os factos conhecidos na data.
Caso se considere gue ocorreu um erro no passado, deve tratar-se o assunto como tal (erro), aplicando-se as
disposicêes da NCRF 4 — Politicas contabilisticas, alteracêes de estimativas contabilisticas e erros, as guais
reguerem a reexpress&o das contas do periodo em ague o erro foi cometido.
Cumpre referir gue, tratando-se de provisêes, deverê ser adoptada uma atitude de prudência na sua consti-
tuicao e/ou reforo, o gue implica gue, em caso de duivida, se antecipem as perdas.
(Ver capitulo 16 — Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes.)

Gonta 291 - Provisies para impostos


Nesta conta ser#o contabilizadas as perdas estimadas decorrentes de decisêes ou eventos futuros, por
exemplo, liguidac6es adicionais, disputas com a Administracëo Fiscal, contingências fiscais cuja perda seja
considerada provavel, etc. A estimativa de impostos sobre o rendimento a pagar relativa ao lucro do exercicio
nao é contabilizada nesta conla, sendo para o eleito uiilizada a conta 241 - Imposto sobre o rendimento.
Fsta conta serd oreditada pela constituicêo das provisêes e pelo seu reforco, por contrapartida da conta
671 - Impostos.
Esta conta serd debitada pela sua utilizagêo (por contrapartida da conta 12 - Depêsitos & ordem ou 24 - Estado
e outros entes pUblicos) e pela reversao (total ou parcial) da provisêo (por contrapartida da conta 7631 - Reversêes
de provisêes — impostos.

Conta 292 — Provisfies para garantias a clientes

Nesta conta s&o contabilizadas as provisêes para os gastos previstos com garantias a clientes. De acordo
com o principio da correlacêo de gastos com rendimentos, sempre gue a entidade reconhece rédito por vendas
Ou prestac6es de servicos, deve reconhecer, no mesmo momento, todos os gastos associados a esse rédito,
sendo um deles o gasto com garantias.
Caso nêo seja constituida aualauer provisap para garantias, no futuro, a entidade teria um gasto relativo a
um rédito reconhecido em periodos anteriores.
A estimativa do gasto com garantias envolve, normalmente, diversos pressupostos, por exemplo, gual a per-
centagem de produtos Gue retormam ao abrigo de garantias, a tipificagao de cada problema e os gastos asso-
Ciados a cada tipo de problema. A entidade dever4 possuir uma andlise estatistica ou nao-estatistica dos gastos
suportados com garantias, de forma a poder estimar o montante da provisêo. As percentagens e valores de
gastos utilizados devem ser revistos periodicamente face aos valores reais, ajustando-se a provisao (para mais
ou para menos).
Esta conta ser creditada pela constituic&o das provisêes e pelo seu reforco, por contrapartida da conta
672 - Garantias a clientes.

418
SNC EXPLICADDO CariruLa 1 Naturaza e Muvimentac#io das Cantas

Esta conta seré debitada pela sua utilizacao (por contrapartida da conta 11 - Caixa, 12 - Depêsitos & ordem
Ou 221 - Formecedores, c/o) e pela reversêo da provisêo (por contrapartida da conta 7632 - Reversêes de provi-
sêes - garantias a clientes).

Gonla 293 - Provisies para pracessos judiciais em curso


Nesta conta s&o contabilizadas as provisêes para perdas estimadas com processos judiciais em curso.
Esses processos judiciais podem ser de natureza muito diferente: por exemplo, pedido de indemnizacêo de um
cliente, pedido de indemnizacao de um agente por auebra de contrato, processos judiciais movidos por ex-
-empregados, etc.
Esta conta serd creditada pela constituicêo das provisêes e pelo seu reforGo, por contrapartida da conta
673 - Processos judiciais em cCurso,
Esta conta ser debitada pela sua utiizac#o (por contrapartida da conta 12 - Depsitos & ordem ou 278 — Outros
devedores e credores) e pela reverso (total ou parcial) da provisêo (por contraparlida da conta 7633 - Reversêes
de provisêes - processos judiciais em curso).

Conta 294- Provisêes para acidentes de trahalho e doengas profissionais


Esta conta destina-se ao reconhecimento das provisêes para gastos cam acidentes de trabalho e doencas
profissionais, os auais incluem indemnizac6es, cuidados mêdicos, etc.
Esta conta serê creditada pela constituicëo das provisêes e pelo seu reforGo, por contrapartida da conta 674 -
Acidentes de trabalho e doencas profissionais.
Esta conta seré debitada pela sua utiizacao (por contrapartida da conta 12 - Depêsitos & ordem ou 278 — Outros
devedores e credores) e pela reversêo da provisêo (por contrapartida da conta 7634 - Reversies de provisoes —
acidentes no trabalho e& doencas profissionais).

Conta 295 — Provisies para matérias ambientais


Nesta confa reconhecem-se as provisêes para gastos com malêrias ambientais (ver capitulo 18 - Materias
ambientais).
Esta conta serê creditada pela constituicao das provisêes e pelo seu reforGo, por contrapartida da conta 675 —
Matérias ambientais.
Esta conta ser debitada pela sua ulilizac&o (por contrapartida da conta 12 — Depêsitos & ordem ou 278 —- Outros
devedores e credores) e pela reversêo da provis&o (por contrapartida da conta 7635 - Reversoes de provisêes —
matérias ambientais.

Conta 296 —- Provis@es para contratos onerosos


Um contrato oneroso é um contrato em aue os custos inevitêveis excedem o rédito previsto. Sempre due esti-
vermos perante um contrato oneroso, teremos de reconhecer de imediato a totalidade da perda prevista (ver
capitulo 16 - Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes).
Esta conta seré creditada pela constituic&o das provisêes e pelo seu reforco, por contrapartida da conta
676 —- Contratos onerosos.
Esta conta serê debitada pela sua utilizac&o (por contrapartida das respectivas contas de gastos em funcao
da sua natureza, por exemplo, conta 61 e conta 62) e pela reversao (total ou parcial) da provisêo (por contrapar-
tida da conta 7636 — Reversées de provisêes - contratos onerosos).

Conta 297 - Provisdes para reestruturacao


A NCRF 17 estabelece critérios rigidos para o reconhecimento de provisêes para reestruturag&o (ver capitulo 17 -
Provisoes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes).
Esta conta ser creditada pela constituicao das provisêes e pelo seu reforGo, por contrapartida da conta 677 —
Reestruturacao.
Esta conta seré debitada pela sua utilizacêo (por contrapartida das respectivas contas de gastos em funcao da
sua natureza, por exemplo, conta 62 e conta 64) e pela reversêo da provisêo (por contrapartida da conta 7637 —
Reversêes de provisêes - reestruturac&o).

419
Cariruto 1 Natureza e Movimentacin das Conlas SNC EXPLICADO

Conta 298 - Outras provisdes


Nesta conta serao reconhecidas as provisêes gue nêo se enduadrem nas contas anteriores.
Esta conta serd creditada pela constituic&o das provis6es e pelo seu reforco, por contrapartida da conta 678 —
Outras provisoes.
Esta conta serê debitada pela sua utilizacao (por contrapartida da conta 12 - Depositos a ordem ou da
conta 278 — Outros devedores e credores, ou das respectivas contas de gastos em funcêo da sua natureza,
por exemplo, conta 61, conta 62 e conta 64) e pela reversêo da provis&o (por contrapartida da conta 7638 —
Reversêes de provisêes - outras provisêes).

420
sr
| SNC EXPLIGADO Cariruto 1 Natureza e Movimentacën das Contas

Contas da classe 3 - Inventdrios e activos bioldgicos


Esta classe inclui os inventarios (existênclas):
e detidos para venda no decurso da actividade operacional;
* no processo de producëéo para essa venda;
e na forma de materiais consumiveis a serem aplicados no processo de producëo ou na preslacëo de servicos.

| Integra, também, os activos biol6gicos (animais e plantas vivos), no Ambilo da actividade agricola, guer con-
sumlveis no decurso do ciclo normal da aclividade guer de producêo ou regenerac4o. Os produtos agricolas
colhidos s&o incluidos nas apropriadas contas de inventdrios.
As guantias escrituradas nas contas desta classe ter&o em atencêo o gue em maléria de mensuracêo se
estabelece na NCRF 18 - Inventdrios, pelo gue ser&o corrigidas de guaisguer ajustamentos (imparidades) a gue
haja lugar, e na NCRF 17 - Agricultura.

Esta classe apresenta as seguintes contas:

41 Compras
32 Mercadorias
33 Matérias-primas, subsididrias e de consumo
34 Produtos acabados e intermédios
35 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos
36 Produtos e trabalhos em curso
37 Activos blol6gicos
38 Reclassificacao e regularizacao de inventdrios e activos bioldgicos
39 Adliantamentos por conta de compras

Conta 31 - Compras
Lanca-se nesta conta o custo das aaguisicêes de matérias-primas e de bens aprovisionêveis destinados a
CONSUMO ou venda. Esse custo inclui as despesas adicionais de compra (transportes, seguros, VA nao deduti-
vel, despesas com importagao, etc.).
Esta conta saldaré, em todas as circunstências, por débito das contas de existências.

Nesta conta existem as seguintes subcontas:

311 Mercadorias
312 Matêrias-primas, Subsidirias e de consumo
313 Artivos biol6gicos

317 Devoluc@es de compras


318 Descontos e abatimentos em compras

De forma a dar cumprimento as disposicêes do Cédigo do IVA, as subcontas acima indicadas devem ainda
Ser segregadas:
1- em funcëo dos mercados de origem das compras:
— mercado nacional;
— mercado comunitêrio;
— mercado extracomunitêrio.

2- para evidenciar:
—o valor das compras cujo IVA é total ou parcialmente dedutivel, liguido do IVA, nao sendo necessaria a
separacëo por taxa do IVA aplicavel;
—o valor das compras cujo IVA é totalmente excluido do direito a deducao.

421
CairuLa 1 Nalureza e Muvimantacëo das Contas SNC EXPLICADO
1
Movimentacao
O arligo 12.” do Decreto-Lei n.” 158/2009, de 13 de Julno reaguer a adopcêo do sistema de inventario perma-
nente, excepto nos seguintes casos:
— entidades gue nêo ultrapassem, durante dois anos consecutivos, dois dos três limites seguintes: total do
balanco: 1 500 000 €; total de rendimentos: 3 milh6es de euros; numero médio de empregados durante o
exercicio: 50;
— entidades aue exercam as seguintes actividades: agricultura, produgëo animal, apicultura, caca, silvieul-
tura, exploracëo florestal, industria piscatêria, adguicultura, pontos de venda a retalho ague, no seu conjunto,
nao apresentem, no periodo de um exercicio, vendas superiores a 300 000 € nem a 10% das vendas glo-
bais da respectiva entidade; e
— entidades cuja actividade predominante consista na prestagao de servicos, desde due o custo das merca-
dorias vendidas e das matêrias consumidas nao exceda 300 000 € nem 20% dos respectivos custos ope-
racionais.

No sistema de inventêrio permanente:


Debita-se:
— pelo valor das compras e das despesas adicionais de compras, por crédito da conta 11 — Caixa ou 12 - Depêsi-
tos & ordem, caso se trate de compras a pronto pagamento, ou da conta 221 - Fornecedores c/c ou 225 - Factu-
ras em recepcao e conferência, caso as compras sejam efectuadas a crédito.

Credita-se:
— pela transferência para as respectivas contas de Inventêrios:
32 Mercadorias
33 Matérias-primas, subsididrias e de consumo
37 Activos blol6gicos

No sistema de inventêrio intermitente:

Debita-se:
— pelo valor das compras e das despesas adicionais de compras, por crédito da conla 11 —Caixa ou 12 —Depêsi-
tos & ordem. caso se trate de compras a pronto pagamento, ou da conta 221 - Fornecedores c/c ou 226 - Factu-
ras em recepcao e conferência, caso as compras sejam efectuadas a crédito.

Credita-se:
— pela transferência - no final do exercicio - para as contas:
32 Mercadorias
33 Matérias-primas, subsididrias e de consumo
37 Aclivos bioldgicos

Gonta 32 - Merradorias
As mercadorias correspondem aos inventêrios adauiridos para revenda, nêo sofrendo aualauer transforma-
CêD significativa na entidade.

Os inventêrios das empresas comerciais sêo registados nesta conta, enduanto, nas empresas industriais,
esta conta registarê apenas agueles bens aue complementam a oferta da entidade e gue sêo produzidos por
terceiros.

Movimentacëo desta conta:

Debita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelas compras de mercadorias, por contrapartida da conta 311.

422
SNC EXPLICADO CarlruLa 1 Natureza ea Mavimentacëe das Contas

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências finais, determinado atravêés de contagem fisica das mercadorias, devidamente
valorizada, por crédito da conta 611,

Credita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelo custo das mercadorias vendidas, por contrapartida da conta 611;
— pelas perdas previstas na sua realizaGêo.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências iniciais, por contrapartida da conta 611;
— pelas perdas previstas na sua realizacêo.

Nesta conta podem criar-se as subcontas adeguadas ao negécio da entidade. Foram identificadas duas
subcontas especificas:
325 Mercadorias em trênsito
326 Mercadorias em poder de terceiros

A conta 325 — Mercadorias em tênsito regista as compras de mercadorias aue ainda nêo deram entrada na
empresa mas gue, de acordo com as condicêes de compra, sêo jê de propriedade da empresa. Inclui ainda as
despesas de compra jê incorridas com essas mercadorias.

A conta 326 - Mercadorias em poder de terceiros evidencia as mercadorias due se encontram a guarda de
terceiros, ou gue foram enviadas & consignacao.

Vendas & consignacao


A consignac&o é uma forma muito vulgar de se realizarem negocios: as mercadorias $&o enviadas para outra
entidade (consignatêrio), aue tentaré proceder & sua venda, no entanto, as mercadorias permanecem propriedade
da primeira enlidade.
Caso o consignatêrio nêo consiga vendê-las, as mercadorias sêo devolvidas para o seu proprietêrio. Se forem
vendidas, o consignatério informa o proprietêrio das mesmas, o gual procede & emissao de uma factura de venda
ao considnatêrio, pelo gue o langamento contabilistico sera:
Débito - 211 —- Clientes o/c
Crédito - 71- Vendas

Caso a empresa adopte o sistema de inventêrio permanente, efectua os seguintes lancamentos nas contas
de Mercadorias:
1— Reconhecimento do custo das mercadorias vendidas
Débilo - Conta 611
Crédito - Conta 32X

2 — Pela anulacdo do movimento original na conta 326:


Débito - 32% - Mercadorias
Crédito — 326 - Mercadorias em poder de terceiros

Conta 33 - Matérias-primas, subsidiërias e de consumo


Matérias-primas sêo os principais inventêrios objecto de transformagao no processo industrial. Por exemplo:
da
o algodao numa fiacao, o tecido numa empresa têxtil, o couro na inddstria do calcado, a argila na industria
cerêAmica, o ferro na industria pesada, o malte na industria cervejeira, etc.
Matérias subsidiërias s&o os inventêrios necessêrios para a producëo mas gue néo têm um peso relevante
no processo fabril. Por exemplo: os botêes na industria do vestuêrio, et.
Materiais de consumo $&0 os inventêrios gue se destinam a consumo corrente e as embalagens para trans-
porte ou acondicionamento dos bens.

423
Cariruta 1 Natureza e Mnvlmentacfin das Contas SNEC EXFLICADODO

Esta conta possui as seguintes subcontas:


331 Matérias-primas
332 Matérias subsidiërias
333 Embalagens
334 Materiais diversos
335 Matêrias em transito
339 Perdas por imparidade acumuladas

Movimentagao desta conta:

Debita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelas compras, por contrapartida da conta 312.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências finais, determinado através de contagem fisica, devidamente valorizada, por créê-
dito da conta 612.

Credita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelo consumo, por débito da conta 46 ou 34;
— pelas perdas previstas na sua realizacao.

No sistema de inventério intermitente:


— pelo valor das existências iniciais, por contrapartida da conta 612;
— pelas perdas previstas na sua realizagêo.

Conta 34 - Produtos acabados e intermédios


Esta conta regista inventêrios produzidos pela empresa e gue se encontram prontos para venda, bem como
os inventêrios due, normalmente, retormam ao processo produtivo mas gue podem ser também comercializados
tal como se encontram.
Podem criar-se as subcontas adeguadas ao negécio da entidade, bem como ao tipo de produto, por exem-
plo: uma conta para produtos acabados e outra conta para produtos intermédios. Foram identificadas duas sub-
Contas especificas:
346 Produtos em poder de terceiros
349 Perdas por imparidade acumuladas
A conta 346 — Produtos em poder de terceiros destina-se a registar o valor dos produtos acabados e interméê-
dios & guarda de terceiros ou gue tenham saido em regime de consignacêo enguanto due na conta 349 — Perdas
por imparidade acumuladas se registam as perdas previstas na realizacêo dos produtos acabados e interméêdios.

Debita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelos materiais consumidos na produc&o, m&o-de-obra directa e encargos gerais de fabrico imputados a
produGëêo até & fase em oue se encontra o produto.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências finais, determinado através de contagem fisica dos produtos acabados e intermédios
e mensuracëo dos custos de produco, por crédito da conta 73 - Variag6es nos inventêrios da producëo.

Credita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelo custo de produc&o dos produtos terminados, por contrapartida da canta 34 - Produtos acabados e
intermédios;
— pelas perdas previstas na sua realizagëo,

424
T
| SNC EXPLICADO Garituto 1 Naluraza e Movimentaci#in das Gontas

| No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências iniciais, por contrapartida da conta 73 — Variac6es nos inventarios da producao;
— pelas perdas previstas na sua realizacao.

Conta 35 - Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos


Esta conta possui as seguintes subcontas:

351 Subprodutos
352 Desperdicios, residuos e refugos
359 Perdas por imparidade acumuladas

Os subprodutos sêo bens provenientes da actividade produtiva e aue sêo também comercializados, tal
COMOD os produtos principais, embora representem uma peguena parcela do rédito da entidade.
Os desperdicios, residuos e refugos sêo os bens derivados do processo produtivo gue nao sejam subprodutos,
A movimentac&o desta conta processa-se nos mesmos moldes da conta 34 —- Produtos acabados e inter-
médios.

Conta 36 — Produtos e trahalhos em curso


Os produtos e trabalhos em curso $êo os inventêrios gue se encontram em processo de fabrico ou producëo.

Debita-se:

No sistema de inventêrio permanente:


— pelos materiais consumidos na producêo, mêo-de-obra directa e encargos gerais de fabrico imputados a
producëo até & fase em due se encontra o produto.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências finais, determinado através de contagem fisica dos produtos e trabalhnos em
Curso, com identificacao da fase de fabrico e mensuragêo dos custos incorridos até aguele estêgio de pro-
ducao, por crédito da conta 73 — Variaées nos inventêrios da produco.

Credita-se:

No sistema de inventêrio permanente:


— pelo custo de producêo dos produtos terminados, por contrapartida da conta 34 — Produtos acabados e
intermédios;
— pelas perdas previstas na sua realizacêo.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existéncias iniciais, por contrapartida da conta 73 - Variac6es nos inventêrios da produ€cao;
— pelas perdas previstas na sua realizacao.

Conta 37 - Activos biolégicos


Os activos biol6gicos correspondem a animais e plantas vivos gue se enauadrem na actividade agricola.

Para esta conta existem as seguintes subcontas:

371 Consumiveis
3711 Animals
3712 Plantas
372 De producëo
3721 Animais
3792. Plantas

425

od
das Cantas SNC EXPLICADO
Cnriruta 1 Natureza e Movimentacin

Movimentacao desta conta


Na anélise da movimentac&o da conta 37 iremos tratar, de forma distinta, a movimentacao dos activos biolo-
gicos consumiveis e dos activos biol6gicos de producëo.

Activos biolégicos consumiveis:


Debita-se:

No sistema de inventêrio permanente:


— pelas compras de activos blolêgicos, por Contrapartida da conta 313;
— pelos ganhos por aumento de justo valor, por contrapartida da conta 774.
No sistema de inventêrio intermitente:
— pelo valor das existências finais, determinado através de contagem fisica dos activos biolêgicos, devida-
mente valorizada, por crédito da conta 613.

Credita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelo custo dos activos biolégicos vendidos ou consumidos, por contrapartida da conta 613;
— pelas perdas por reducëes de justo valor, por contrapartida da conta 664.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências iniciais, por contrapartida da conta 613.

Activos biolêgicos de produceao:

Debita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelas compras de activos biol6gicos, por contrapartida da conta 313;
— pelos ganhos por aumento de justo valor, por contrapartida da conta 774.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências finais, determinado através de contagem fisica dos activos blol6gicos, devida-
mente valorizada, por crédito da conta 734.

Credita-se:
No sistema de inventêrio permanente:
— pelo custo dos activos biolégicos vendidos ou consumidos, por contrapartida da conta 613;
— pelas perdas por reducëes de justo valor, por contrapartida da conta 664.

No sistema de inventêrio intermitente:


— pelo valor das existências iniciais, por contrapartida da conta 734.
Salienta-se gue os animais e plantas vivos (activos biol6gicos) aue nao se enaguadrem na actividade agricola
e gue cCumpram os critérios de feconhecimento como Activo s&o contabilizados na conta 436 - Eauipamentos
biolêgicos.

Conta 38 - Reclassificacio e regularizatdo de inventérios e activas hiolgicos


Fsta conta possui as seguintes subcontas:

382 Mercadorias
383 Matérias-primas, subsidiërias e de consumo
dê4 Produtos acabados e intermédios
385 Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos
386 Produtos e trabalhos em curso
387 Artivos biolêgicos

426
Fr
SNC EXPLICADO Cariruto 1 Matureza e Mavimentacën das Contas

A conta 38 destina-se a registar as guebras, sobras, safdas e entradas por ofertas, bem como guaisguer
outras variacêes nas contas de inventêrios nêo derivadas de compras, vendas ou consumo.
Nêo pode ser utilizada para registo de variacoes em relacêo a custos padr6es.

Debita-se:
— pelas sobras em inventêrios, por crédito da conta 7842.

Credita-se:
— pelas ofertas de inventêrios a clientes, por débito da conta 6884;
— pelas auebras em inventêrios, por débito da conta 6842.

Conta 387 - Activos biol6gicos


Ser&o registadas nesta conta, designadamenite, as reclassificacëes de activos blolgicos para inventërios.
As variac6es de justo valor so reconhecidas nas contas 664 e 774.
A conta 38 é saldada, no final do exercicio, conforme indicado no auadro abaixo.

De Para

382 — Mercadorias 32 — Mercadorias

383 — Matêrias-primas, subsididrias e de consumo 33 — Matérias-primas, subsidiarias e de consumo

384 — Produtos acabados e intermédios 731 — Produtos acabados e intermédios |

385 — Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos | 732 - Subprodutos, desperdicios, residuos e refugos

386 — Produtos e trabalhos em curso 733 —- Produtos e trabalhos em curso

387 - Activos biolêgicos 734 — Activos biolêgicos

Conta 39 - Adiantamentos por conta de compras


Riegista as entregas feitas pela entidade relativas a compras cujo preco esteja previamente fixado. Pela
recepcao da factura, estas verbas devem ser transferidas para a conla 221 — Fornecedores c/c.
Se Oo preco nêD estiver previamente fixado, os adiantamentos por conta de compras debitam-se na conta 228 —
Adiantamentos a formnecedores.

Esta conta 39 é assim movimentada:

Debita-se:
— pelos adiantamentos efectuados, por contrapartida da conta 12 — Depêésitos & ordem.
Credita-se:
— pela recepcao da factura, por débito da conta 221 —- Fornecedores clc ou da conta 225 - Facturas em
recepcêo e conferência.

Control interno e gestao das inventdrios


As entidades dever&o possuir um sistema de controlo aue Ihes permita:
j) salvaguardar os inventêrios de roubos, guebras, etc.
i) identificar os inventérios de baixa rotacao ou obsoletos;
ii) calcular perdas na realizacao de inventêrios.
vêrias formas:
Um aspecto fundamental na gestêo dos inventêrios é a sua inventariac&o, a gual pode revestir
— coNtagens rotativas (realizadas permanentemente, ou seja, ao longo do exercicio);
— contagens gerais efectuadas numa data intercalar;
— contagens gerais efectuadas na data do balanco (particularmente aplicavel nas entidades ague nao pos-
suam inventêrio permanente).

421
Cariruta 1 Natureza e Movimentacfio das Cantas SNC EXPLICADO

Ouando a entidade possui um bom sistema de gestao dos inventêrios, poderê dispensar contagens gerais,
efectuando, em alternativa, contagens rotativas, ao longo do ano, de forma a cobrir todos os inventêrios.
As diferencas de inventêrio (faltas ou sobras) poder&o ser reveladoras de um mau funcionamento da organi-
ZaC&0: movimentagêo de inventêrios sem documentaGao ou sem comunicacao & contabilidade, tocas de cédi-
dos de bens, erros na facturacao, erros na imputacêo dos bens recepcionados, roubos, etc. Dali a grande
importência da analise das diferencas antes de se proceder ao seu registo contabilistico.
Os inventérios devem estar armazenados em locais vedados a outros colaboradores e a terceiros e deverê
ser identificado um responsavel pela sua guarda.
Uma adeaguada gest&o dos inventêrios inclui tambêm a identificac&o dos inventarios de baixa rotagêo, obso-
letos, com prazo de validade expirado, etc., devendo adoptar-se de imediato as medidas necessêrias em cada
situac&o: promover o escoamento dos inventêrios de baixa rotac&o, suspender compras desse tipo de inventê-
rios, efectuar o abate dos inventêrios obsoletos, etc. Os valores dos inventêrios evidenciados na contabilidade
deverëo tambéêm reflectir as perdas estimadas na sua realizacêo, sendo de aplicar o principio da prudéência (na
duvida, antecipam-se gastos).

Ed
EE

428
| SNC EXPLICADO Cariruto 1 Natureza e Movimentacaa das Contas

Contas da classe 4 - Investimentos


Esta classe apresenta as seguintes contas:

A1 Investimentos financeiros
42 Propriedades de investimento
43 Activos fixos tangivels
| 44 Activos intangiveis
45 Investimentos em cCurso
46 Activos nêo correntes detidos para venda

Conta 41 - Investimentos financeiros


Os investimentos financeiros gue representem participac6es de capital s&o mensurados de acordo com os
métodos indicados no guadro seguinte, conforme NCRF 13 - Interesses em empreendimentos conjuntos e
investimentos em associadas, NCRF 15 - Investimentos em subsididrias e consolidacëo de conias e NCRF 27 -
Instrumentos financeiros.

Participacoes Nas contas individuais Nas contas consolidadas

Em subsidiërias Mêtodo da eguivalência patrimonial Mêétodo da consolidaczo integral

Em associadas Método da eguivalência patrimonial Mêétodo da eguivalência patrimonial

Em empreendimentos conjuntas (entida- Mêétodo da consolidagio proporcional ou Mêtodo da consolidagao proporcional


des conjuntamente controladas) método da eguivalência patrimonial
Método do custo histérico ou mêtodo do Mêtodo do custo ou mêtodo do justo
Noutras entidades valor
justo valor (conta 14)

Para as entidades gue optem por aplicar, de acordo com o pardgrafo 2 da NCRF 27, a IAS 39, os aclivos
financeiros gue sejam designados como disponlveis para venda, e cujas alteracoes de valor sêo impuladas a
capital proprio, podem ser distribuidos pelas diversas conlas da classe 4, eriando as subcontas apropriadas.

A classificagao dos investimentos financeiros due representem participag6es de capital é muito importante,
dado o diferente tratamento, guer em contas individuais guer em contas consolidadas. Essa classificacao
deverd ter em conta o sedguinte:

Subsidiërias — entidades onde hê um controlo exclusivo do investidor. De acordo com a NCRF 15 — Inves-
tmentos em Subsidiërias e Consolidacëo, controlo é o poder de gerir as politicas financeiras e operacionais de
uma entidade de forma a obter beneficios das suas actividades.
Fsse controlo exclusivo é. normalmente, determinado pela maioria dos direitos de voto. No entanto, poderao
Existir situacêes em gue a maioria dos direitos de voto nêo garante o controlo, per exemplo, se existir um acorda
parassocial gue regueira a aprovacao de decisêes estratégicas por 60% do capital. Em sentido inverse, a
detencao de menos de 50% do capital poderê implicar o controlo da entidade se existir, por exemplo, um
acordo com outro(s) accionista(s).

Empreendimentos conjuntos — entidades onde hê um controlo partilhado. Tipico nas jointventures. Nes-
tas entidades, duas ou mais partes partilham o controlo da entidade, nao sendo possivel a tomada de decisêes
se obri-
estratégicas sem aprovacêo conjunta. Implica a existência de um acordo contratual, pelo gual as partes
gam a gerir a entidade com base em decisêes unênimes sobre as politicas operacionais e financeiras.

Associadas — entidades onde existe influência significativa. Segundo a NCRF 13 —- Interesses em


Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas, a influência significativa é o poder de participar
nas decisêes das politicas financeira e operacional da investida ou de uma actividade econémica mas gue nêo
é controlo, nem controlo conjunto sobre essas politicas.

429
Carin 1 Hatursza e Mowimentasdn das Contas SNC EKPLICANO

Presume-se a existéncia de influëncia significativa guando a participato financeira é de pelo menos Z0% ê
no exisle controlo. nem controla conjunto. No entanio, poder4 existir influência significativa em situacoes em
aus a participacao financeira ê inferior a 20%.

A conta 41 - Investimentas financeiros possui as seguintes subcontas:


411 Investimentos em subsididrias
412 Investimentos em assoriadas
413 Investimentos em entidades conjuntamente controladas
Aid |nvestimentos noutras emprasas
415 Dutros investimentos financeiros
419 Perdas por imparidade acumuladas

Ds investimentas finanoceiras debitam-se:


- pelas aauisicëes efertuadas, incluindo-se as despesas de compra. por crédito da conta 12 - Depositos &
ordem e/ou da conta 2711 - Fornecedores de investimentos - contas gerais;
— pela subsericao de aocëes, nuotas, obrigacêes e outros titulos, par crédito da conta 275 - Credares por
subserig6es nan liberadas;
— pelos empréstimos de financiamento, por erédito da conta 12 - DepAsitos 4 ordem;
— pela guota-parte da entidade nos lueros das subsididrias, assoriadas e entidades conjuntamente controla-
das, mensuradas pelo mêtada da eguivalênria patrimanial, por erêdito da conta 7Ba2;
— pela auota-parte das variac6eas positivas dos capitais prêprios das subsidiërias, assoriadas e entidades
conjuntamente controladas, merisuradas pelo mêtodo da eguivalência patrimonial, gue nêo correspondam
ap resultado da exercicio dessas entidades, por crédito da conta 5513,

Os investimentos financeiros ereditam-se:


- pela guota-parte da entidade nos prejulzos (limitados ao valar da participatao financeira) das subsidiërias,
assoriadas & entidades conjuntarmenta controladas, mensuradas pelo mêtodo da aauivalência patrimonial,
por débito da conta 6852;
—pelos dividendos recebidos de subsidiërias, associadas e entidades conjuntamente controladas, mensura-
das pelo mêtodo da eguivalëncia patrimonial, por débito da conta 12 - Depêsitos & ordem;
—pela venda dos investimentos financeiros, por débito da canta 12 - Dapdésitos & ordem e/ou da conta
218 —Outros devederes e cradoras;
— Delo recebimento das ampréslimos de financiamento concedidos, par débito da conta 12 - Deposites a ordem.

Conla 411 - Investimentos em subsiddrias


Segundo a NORF 15 - Investimentos em Subsidiërias & Consolidacao, uma subsididria é uma entidade (aaui
se incluindo entidades nao constituidas em lorma de sociedade, como, por exemplo, as parcerias) gus ê contro-
lada por uma outra entidade (designada por empresa-maea).

A oonta 411 & assim subdividida'

A111 Parlicipagfies de capital — método da eauivalêneia pelrimonial


4112. Partieipacëes de capital —outros mêtadas
4114 Empréstimas eoncedidos

Conta 412 - Inveslimentas em assoriadas


Segundo a NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Assorciadas, uma
assoclada é uma entidarde (agui se incluindo as entidades gue nio seiam constituidas em forma de sociedade,
CoMB, p. B%., as parcerias) sobre a aual D investidor tenha infiluëncia significativa e due nêD seja nam uma subsl-
diëria nem um interesse num empreendimento €onjunto.

430
HE EXKPLICADO Carr 1 Matureza e MoulmanlasAn das Gonlas

A conta 412 & assim subrividida:


MA1 Participacëies de capital — método da eguivalëncia patrimonial
4122 Partlcipacoes de capilal — outras mêtodas
4123 Empréstimas contedidlos

Conta 413 - Investimentos em entidades conjuntamente controladas


Segundo a NCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas, uma enti-
dade conjuntamente controlada é um empreendimento conjunto gue envolve o estabelecimento de uma socie-
dade, de uma parceria ou de outra entidade em ague cada empreendedor tenha um interesse. A entidade opera
da mesma forma aue outras entidades, excepto gus um acordo contratual entre os empreendedores estabelece
9 Ccontrolo conjunto sobre a actividade econémica da entidade.

A conla 413 & agsim subdividida:


A131 Participataes de capital — métado da eguivalëncia patrimonial
AY3? Participacfies de capital — Oulros métados
4133 Empréstimos concedidos

Conta 414 — Investimentos nautras empresas

Nesta conta so incluidos os investimentos financeiros noutras empresas gue nio sejam subsidiërias. asso-
eiadas ou entidades conjuntamente controladas,

A conta 414 & assim subdividida:


A141 Participaroes
de capital
A142 Empréstimts concedidns

Conta 415 - Outros investimentos finanreiras

Nesta conta sao incluidos investimentos Hinanceliros gue na corespandam a participacoes no capital de
outras empresas, por exemplo, obrigacêes e outros titulos.

A conta 415 é assim subdividida:


4151 Detidos aié 3 maturidade
4156 Oulros

Conta 419 - Perdas por imparidade acumuladas


Estas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplica-
Ca0 dos critérios de mensuraGëo dos correspondentes activos incluldos na classe 4, podendo ser subdivididas
a im de facillar o controlo e possibiliiara apresentacëo em balanco das guantias liguidas. As perdas por impa-
ridade anuais serio registadas nas subcontas da conta 65, e as suas reversies (guando deixarem de Byistir as
o desre-
situacëes gue originaram as perdas) sêo regisladas nas subcontas da conta 762 G@uandoe se verilicar
conhecimento das aclivos a gue respeitem as imparidades, as conlas em epigrafe ser&o debiladas par conta-
parntida das correspondentes contas da classe 4. Fstas contas paderëo ser subdivididas em funcëo das conlas
respectivas.

Conta 42 - Prapriedades de investimento


Segurdo a NCFF 11, propriedade de investimento é a propriedade (terreno ou um edificio — ou parte de um
edificio - ou ambos) detida (pelo dono ou pelo locatério numa locagëo financeira) para obter rerndas pu para
valorizas&o do capital ou para ambas, e nêo para:
a) uso na producêo ou forecimento de bens ou servicos ou para finalidades administrativas; Ou
b) verida no curso ordinêrio do negêeio.

431
Cairn 1. Natureza e Muouimentaciin das Contae SNC EXPLICADO

A oonta 42 possui as seguintes subcorntas:


A?1 - Terrenos e returses naturais
422 — Edificias e putras construdes

4?6 - Dutras propriedaries de investimerto

428 - Depreciacdes acumuladas


4299— Perdas par imparidade acumuladas

A NCRF 11 permite a use do model do custa ou do modale do justo valar para a mensuracëo das propriedardes
de investimento. Assim, analisemos separadamente a movimentacëo das centas em cada um des modelas aceites.

Modelo do eusto
Debita-se:
— pelas compras de propriedades de investimento, incluindo-se as despesas de compra, por erédita da
canta 12—Depdisitos & ordem elou 2711 -Formecedores de investimentes - contas gerais;
—pelos trabaihos para a propria entidade gus cumpram as criterips de reconhecimento coma propriedades
de investimento da NCRF13 - Propriedades de investimento, por crédito da contia 743;
—pelos custos subseauentes em propriedades de investimento aue devam ser reconhetidos como activo, par
contrapartida da canta 12- Deptisitos & ordem a/ou 2711 - Formecedores de Investimentos —- oontas gerais;
— pelas concentrac6es de arctividades empresariais, por cantrapartida dos demais activos & passios adauiri-
das, do respectivo goodwil au negative goodwil ea da conta 12 — Depésitos & ordam efou 278 - Outroë
devedores e credores;
— pela transferência de aclivos fixos langivels em curso, pela conclusdo da propriedarde de investimento, por
erédita da conta 452;
— pela transferênria de activos fixos tangiveis davido ac fim da ocupagao pala entidade, por eredito da conta 43;
— pela transierência de inventdrios, devido ao inicig de uma locagëo operacional, por erédito das contas 32 - Mer-
carlorias ou 44 — Produlcs acabadas e intermeédios.

Credita-se:
— pela venda da prooriedade, por débita da conta 12 - Dapifeitos & ordam alau 278 - Outrcs daverdores e redores;
— pela tansferência para a activo fie tangivel, devida aa inicio de ocupaG#o pela entidade, por débito da
canta 43. Nesta transferência nic se apura gualguer resultado: o valor cantabilistico da prapriedade ser& o
Custa inicial no active fixa tangival;
- pela transierëncia para inventêrios, par deébito da rlasse 2. Nasta transterênria nêc se apura agualguer
resultado: o valor contabllistico da propriedade ser a valer inicial dos inventêrios;
— pela tansferência para activos nao correntes datidos para vanda. por -contrapartida da conta d6 - Activas
nao correntes detidos para venda;

Depreciacëes: sao contabilizadas periadicarmente, por débito da centa 641 — Gastos de depraciacan e de
amortizaca6 — Propriedades de investimento & por erédito da eonta 428.

Perdas por imparidade: s&o reconhaecidas auando existirem, por débito da conta 654 - Perdas por impari-
dade - Em propriedades de investimento e crédito da 428 - Pardas por Imparidade acumuladas.

Madelo do justo valor


Debita-se:
— pelas compras de propriedades de investimento, incluindo-se as despesas de compra, por crédito da
CoNla 12 - Depésitos & ordemelou 8711 - Forneredores de investimentos.— contas gerais;
— pelos dispêndios subseguentes em propriedades de investimento aue devam ser reconhecidos como
aCtIVO, por contrapartida da conta 12 - Depêsitos & ordem sjou 2711 - Formecedores da investimenios —
EONtas gerais;

432
SMEÉ ERPLICADOO CAriiuin 1 MNatursza as Moawlmertacfie das Cantaz

— pelas concentragdes de actividades empresariais, por contrapartida dos demais activos e passivos adauiri-
dos, do respectivo goodwill ou negalie goodwil e da conta 12 - Depêsitos & ordem alou 278 — Outros
devedores e oredores:
- pela transterência de activos fixos tangiveis em curso, pela conclusao da propriedade de investimento, por
Crédito da conta 452. De notar gue o montante a contabilizar a débito da conta 42 deverd ser o justo valor
da propriedade na momento da sua conclu$ëo. A diferenca para o custo de construGëD serd levada &
conta 773 - Ganhos por aumentos de justo valar - Em propriedades de investimento:
— pela transferência de activos fixos tanglveis devido ao fim da ocupacëo pela entidade, por crédito da conta
43. Casa 'a propriedade de investimento fossa mensurada pelo modelo do custa no activo fixo tangivel, a
diferenga para n jusio valor no momsento da transferência é contabilizada na conta 773, se positiva, ou 663,
se negative;
— pela transterëncia de inventdrios, devido ao inicio de uma locacëo operacional, por erëditn das contas 32 — Mer—
Cadorias ou 44 — Produtos acabados e intermêdics. A difierenca para o justo valor no momento da transferêncin ê
contabilizada na conta 773, se positva, ou 663, se negativa;
— pelas variacëes posilivag no juste valar, por erédito da conta 773 -Ganhas por aumento da justa valar —Em
propriedades de investimenta.

Gredita-se:

— pelas variag6es negalivas no justo valor, por débito da conta 663 - Perdas por reducëes de justo valar -
Em propriedades de investimento;
— pela venda da propriedade;, par débito da conta 12 - Depésitos & ordem e/ou 278 - Outras devedores 8
eredores;
- pela transferência para o activo fiko tangivel, devido ao inicio de ocupacëo pela entidade, por débito da
conta 43. Nesta transferência nao se apura gualguer resultado: o valor contabilistico da propriedade ser o
CLusto inicial no activo fixa tangivel;
—pela transiterência para inventêrios, por débito da classe 3. Nesta transierência nêD se apura gualguer
resultado: o valor contabilistico da propriedade serê o valor inieial das invantêrios:
—pela transferência para aclivos nê9 correntes detidos para venda, por contrapartida da conta 48 - Activas
nan carentes detidos para venda,

Depreciacëes: neste modelo nap hê depreciacëes,

Perdas por imparidade: as perdas por imparidade san reconhecidas neste modelo através da variacao do
justo valor da propriedade.

Conta 43 — Arlivas fixos tangiveis


Segundo a NCRF 7, activos fixos langiveis sa tens tangiveis gus:
a) sejam detidos para u$o na producëo ou formecimento de bes ou sêrvicos, para arendamento a lere
OS, ou para fins administrativos: &

b) se espera ague sejam usados durante mais do aus um periode.

Elementos de reduzido valor

OD artigo 33.” da Cédigo do IRC estipula o seguinte:


Relatwamente a elementos do activo sujeitos a deperecimento cujps custos unitdrios néio uitrapassem 1000 €,
é aceite a dedugêo, no perlodo de tributacéo do respectiva custo de aguisicêg ou de producao, exceplo
ruando 'acam parle integrante da um conjunto de elementos gus deva ser depreciado ou amortizado como
um toda.

Embora se traie de uma disposicAn de car&cter fiscel ague é contréria ao eritêrip contabilistico a adoplar,
aceila-se esla pratica, tendo am conta a irralevéncia dos montantes am causa no conteto global das Eontas
das entidades, bem camo o facto de ser uma decisêo racional, numa 6ptica da relaca6 custo/beneficin.

BENDE ZA da3
SHE EXPLICAAD
Cariiuin 1 Matureza ae Mavlmentagio das Contas

Registo dos bens de investimento


uma
O cadastro de bens de investimento é uma importante ierramenta de controlo das bens, sende tarmbéêm
exigéncia legal, confomeo artigo 51.” do Cédigo do INA, aus se transoreve a segulr:

1- Os sujeitos passlvos due possuam contabil- d) Somatério das deducoes efectuadas afé ao ano
dade organizada para efeitos de IRS ou IRG ou nos da concluso das obras em beris imoveis;
termos do n.” 2 do artige 50.” s&9 obrigados a stec- 8) Percentagem delinitva de deduzan do ano da adui-
tuar registo dos seus bens de investimento, de forma Sic&D ou da conclusêo das obras em beris iméveis;
a permitiro Eontrolo das deducGes efectuadas e das f) Percentaaem definitva de deducao de cada um
regularizac6es processadas. dos anos do periodo de regularizagêo.
?2—O regista a gue se refera o n.” 1 deva compor- 3- O registo a aue se refearem os numeros anterio-
tar, para Cada um dos bens, os seguinles elemenios: ras deve ser efectuado no prazo constante das arlf-
a) Data da aguisiëao ou da conclusao das obras gos 45.” e 48.”, contada a partir:
em bens imoveis & do inlcio da utilizagan ou a) Da data de recepcao da lactura ou documento
OELUPaGAo; eguivalente aue certifigue a aaguisicao;
b) Valor do imposto supartado; b) Da data da conclusa0 das obras em bers imovelis;
c) Percentagem de deducao ern vigor no momento c) Da data em aue devam ser processadas as
da aauisicao; regularizagoes,

A conta 43 passui as seguintes subeontas


431 Terrenos e recursos maturais
432 Edificios e outras construcies
433 Eguipamento bisico
434 Enuipamenta de transporle
435 Eaguipamento administrativa
436 Eguipamentos bioldgices
437 Dutros activos fixas tangiveis
438 Depreciac6es acumuladas
439 Perdas por imparidade acumuladas

Conta 431 -Terrenus e recursas nalurais

Compreende os terrenos e recursos naturais (plantacëes de natureza permanente. minas, pedreiras, etc.)
afectos as actividades operacionais da entidade,
Abrange os custos de desbravamento, movimentacao de terras e drenagem due lhes respeaitem,
Sao ainda registados nesta conta os terrenos subjacentes a edificios e outras corist/urDes, mesmo aue
tenharn sido adauiridos em conjunto ê sem indicac#o separada de valores. Ouando nêo hala elementos conere-
tos para sua auantificacëo, adoptar-se-& o critéria due for considerado mais adeguado.
Esta conla podera ser desdobrada por subeontas em funcao do tipo de bens, da sua localizagao, da organi
Zacao da entidade, etc.

Gonta 432 - Edificios e nulras construcdes

Respeita aos edificios fabris, comerciais, administrativos e sociais (refeitérios, postos mêdicos, instalasdes
desportivas e culturais nara os colaboradores, et€.).
Refere-se tambérm a outras coristrucëes. tais como muros, silos, paraues, albufeiras, canis, estradas e arrua-
mentos, vias-fërraas intermas, pistas de aviagao, Cais & docas.
As entidades poderao subdividir esta conta por tipo de imovel e em cada imêvel por componente.

Conta 4343 — Eguipamento bêsica


Trata-se do conjunto de instrumentos, maauinas, instalacêes e outros bens, com os guais se realiza a extrac-
&BD, transformagao e elaborarcëo dos produtos ou a prestagëio dos services.

434
ENE EXPLIGADDO Darisuia 1 Matureza a MovimantagsAda das Contas

I Ouando o objecto da entidade respeite a actividades de trarisporte ou de services administrativos, devem


ser incluidos nesta conta os eauipamentos dessas naturezas aleclos a essas actividades. Por exemplo, numa
entidade gue presta servicos de transporte para terceiros, os veiculos afectos a essa actividade sAo incluidos
nesta canta, sendo os demais incluidos na conta 434,
Dada a sua imporlência, esta conta ê, namalmente, subdividida em subconlas por tipo de bens, loealizarën, etc.

Ganta 444 — Eguipamenlo de transporte


Mesta conta incluem-se todos os eguipamentas de tansporte (veiculos, barcos, aviëes. comboios, em pilhadores,
guindastes e outroe) gue nao se destinem a venda e due nao pertensam a entidades da sector dos tansportes.
Esta conta deve ser subdividida por classe de eguipamento, podendo ainda ser subdividida de acardo com
a organizacao da entidade.

Conta 435 - Eguinamento administrativa


Esta conta inclui o mobiliërio da entidade, os artigos de conforto e decoracëo (candeeliros, tapetes, alcatifas,
obiectos decorativos. etc.), eguipamenio de eseritério (computadores, impressoras, Iolocapiadoras, calculado-
ras, faxes, etc.) e eduipamento social (eduipamento de cozinhas, cantinas e refeitorios, postos médicas, instala-
CEes desportivas e ulturais, ete.).

Esta conta é normalmente subdividida par tipo de eauipamento:


- mobiliërio e artigos de decoragano;
— atuipamento de escritêrin; &
- duipamento social,

i Pode ainda ser subdividida por localizagën, por Area funeional da entidade, etc.

Conla 436 - Eguipamenios bialégicos


Serao registados nesta conia os animais e plantas vivos gue reunam os reguisitos de reconheeimente €ome
investimento e nêa se anauadrem na actividade agricola,
De salientar aue os animais & plantas vivos (activos biol6gicos) due se enguadrem na actividade agricola
sa0 contabilizados na conta 37.

Conta 437 - Outros activos fixos tangiveis


! Nesta conta incluem-se os aclivos fixos tangiveis nêo cobertos pelas eontas anteriores.

Movimentacao:
As contas 431 a 437 sin assim movimentadas;

Debita-se:

— pel reconhecimento cormo activo dos custos incorridas com aclivos fixos tangiveis gus nao sa encontrerm
em curso, por crédito das contas 11 - Caixa, 12 — Depêsitos & ordem, 2711 - Fomecedores de investimen-
tos — Contas gerais ou 2712 - Facturas em racepGao e conferênclia;
— pelos trabalhos para a prépria entidade ague cumpram os critêrios de reconhecimento da NCRF 7- Activas
finos tangiveis, por contrapartida da conta 741,
— pela revalorizac&o do saldo da conia, caso seja adoptado o modelo do jueto valor, por erédito da conta
5691.

Credita-se'
— pela alienacëo dos artivos fixos tangiveis;
— pela revalorizagao do valor dos bens, caso seja adoptado o modelo do justo vator e ocora Uma Varia
negativa no justo valor, por déblto da conta 5691 (ate ao montante do excedente exlstente) e da conta 655
(pelo remanescente).

435
Eariruia 1 Matureza a Mavimenlacia das Contas
SHE EXPLICAGG

Conta 438 - Depreciaties acumuladas


Os terrenos nio sao depreclados. Os demals activos fixos tangiveis devem ser depreciados.
(Ver capitulo 6 —- Activos Fixos Tangiveis.1

Dada a sua importência, reproduz-se de seguida o Decreto Fegulamentar n.” P5/2009:

A dedutibilidade fiscal das depreciacëes ea amorti-


DECRETO REGULAMENTAR N.” 25/2009,
Zacoes deika de estar deperidente da respectiva
de 14 de Setembro
contabilizasê&a como gasto no mesmoe periode de tri-
Na seguëncia da alteragëêo do Cédigo do lmposta butagëo, passanido a permitir-se gue as mesmas
sobre n Rendimento das Pessoas Colertivas (abrevia- sejam tambêm aceites guando tenham sido contabili-
damente designado por Cédigo do IRC), destinada a zadas Gomo gastos nos periodos de tribuiasan anta-
adaptar as regras de determinasan do luero. tributavel riores, desde aue, naluralmente, nê fossem deduti-
ao enguadramento contabilistico resultante da adopcao veis por excederem as guotas maximas admitdas;
das normmas intermacionais de cantabilidade (NIC), nos No mesma sentido, prevê-se a inclusêe, no custa
termos do artigo 3.” do Regulamento n.” 1606/2002, do de aaguisiëëo ou de produgao dos elementos depre-
Parlamento Europsu e do Conselho, de 18 de Julna, Ciëveis Du amortizAveis, de acordo com a normaliza-
bem como da aprovacëo do Novo Sistema de Normali- gê0 contabilistica especificamente aplicavel, dos
zac&o Contabilistica (SNC). gus adaptou as NIC na Custos de empréstimoes obtidos; incluinda diferencas
ordem juridica interma, Importa rever o regime regula- de cAmbio a eles associados, guando respeitarem aa
mentar das depreciacies e amorlizagëes. adaptanda-o perlodo anterior & sua entrada em funcionamento ou
a este novo CONtEXtO. utilizacêo, desde ague este seja superior a um ano. 8
O Cédigo do IRC continua a delinir de forma bas- elimina-se a euigência de diferimento. durante um
tante desenvolvida os elementos esseneiais do pericdo minimo de três anos, das diferencas de cêm-
regime de depreciac6es e amortizagëes, nomeada- bio desfavoraveis relacionadas com os aclivos e cor-
mente os elementos depreciëveis & amorlizaveis, a respondentes ao pericdo anterior & sua entrada em
respectiva base de €élculo e os mêtodas aceites funcionamanta, dos encarges com campanhas publi-
para efeitos fiscais, permilinde uma grande flexibili- citérias e das despesas com emlissêo de obrigacoes;
dade aos agentes economicos. Definido este guadre Elimina-se, igualrmente, a esigëneia de evideneciar
de referência, 0. Cédigo do |RC revisto continua a separadamente na contabilidade a parte do valor das
remeter para diploma regulamentar o dasenvolvi- imAveis Correspandente ao terrano, tansferindo-se
menio deste regime, gue agara se apresenta. essa exigéncia para o process de documentaGao
Embora & nova regulamentacaa mantenha a estru- fiscal;
iura & as elementos essenciais j& constantes da Passa ainda a prever-se expressamente a possibili-
regime aprovado pela Decrela Regulamentar n.” 2/80, dade de, mediante autorizacao da Direccan-Geral
de 12 de Janeiro, entendeu-se ser adeguado procs- dos |Impostos, serem praticadas e aceites para efei-
der & revogacdo daauele decreto regulamentar, tos fiscais depreciac6es ou amortizaGêes inferiores
aprovando-se um novo enauardramento juridico em As nuotas minimas gus dercorrem da aplicacap das
matéria de depreciacëes es amortizagies. Assim se taxas das fabelas anexas an presente decreio regu-
dé cumprimenta, per um lado, &A preocupagaa de lamentar;
aproximacao entre fiscalidade e contabilidade e & Finalmente, houve a preocupacao de se alender 5
necessidade de evitar constrangimentos A& plena especlficidades das arctivas nan correntes detidos
adopcëc das NIC, e, por outra, aa intuito reformador para venda e das propriedades de investimento.
aue presidiu & alteracao da guadra juridice naeienal Assim:
erm maltéria contabilistica. Ao abrigo do disposto no n.” 1 do artige 31.” do
No entanta, entendeu-se ser adeguado gus os Cédigo do IRC, aprovado pelo Decreto-Lei n.” 442-B/a8,
bens aue ainda estavam a ser amortizados a data de da 30 de Novembro, na redaccao dada pelo Decreto-
entrada em vigor deste novo regime: continuassem a -Agi n.” 158/2009, de 13 de Julno, e nos lermos da ali-
beneliclar do regime aue têm vindo a seguir —o due nea c) do artigo 199.” da Constituicêo, o Governo
se acautela alravés das normas de direito transitorio. decreta o seguinte:
Nao obstaniga grande prosimidade entre o regime
due agora se adopta e o constante do Decreto Regu- Art.” 1.” — Condicêes gerais de aceitacaa das
lamentar n.” 2/90, de 12 de.Janeiro, cabe salientar, depreciacêes e amortizacêes
de entre as principais alteracêas face an regime 1- Padem ser objecto de deprerciagao ou amortiza-
anterior, as seguintes: GAD Os elementos da activa sujeitos a deperecimento,

436
SHE EXPLICADO Carituit 1 Natureza es Muvimentagia das Canias

consideranido:-es como tais oe aclivos fixos tanglveis termos legais, nêo for dedulivel, designadamenle em
os activos intangivels e as propriedades de investi- CoNseguëncia de exclysao da direito & deducëa. nao
mento eontabilizadas ao custo histêrico gus, €Om sendo, porém, esses custos influenciados por even-
Carêcier sistematico, sofrerem perdas de valor resul- tuais regularizac6es ou liguidacëes efectuadas am
tantes da sua utilizagao ou do decurso do tempo. periodos de tributaG&o.posteriores an da entrada em
funcionamento ou uiilizarao:
2? -Saljo razêes devidamente justificadas e acelites
pela Direccao-Geral dos lImpostos, as depreciagoes 5 — Sn, ainda, incluidas no ousto de aaguisicën ou de
& amorlizacoes sê sap eonsideradas: produtëo, de acordo com a nonmalizZacao conlabllistica
a) Relativamente a dctivos lixos langiveis e a proprie- especificamente aplicêvel, os custos de empréstimos
dades de investimenta. a partir da sua entrada em obtidas aus sejam diractamente atribuiveis a aauisicaa
funcionamento ou utlizacao; DU producëo de elementos releridos na n.” 1 da artigo
anterior, na medida em aue respeitem aa periode ante-
b) Relativamente aos activos intangiveis, a parlir da
rior & sua entrada em funcionamento ou utilizagao,
$ua aauIsigëo ou do inicia de artividade, se for
deesde gue este seja superior a um ano.
posterior, ou, ainda, guarido se iraie de elementos
especilicamenie associados & obtencëo de rendi- B - Sem prejuizo do referido no numero anterior, nao
mentos. a partir da sua utilizac&o com essa Him. se consideram no custo de anuisigëo ou de producao
as diferencas de cêambio relacionadas com os activos
3- As depreciacles e amortizacoes s0 sao aceites
resultantes guer de pagamentos efectivos, auer de
para efeitos fiscais desde due conlabilizadas como
actualizacoes a data do balan€o.
gastos no mesmo perinda de tributacao ou em perlo-
dos de tributacda anteriores, Art.” 3.” — Periodo de vida Gfil

Art.” 2.” — Valorimetria dos elementos depreeidveis 1-A vida util de um alemento da activo deprecid-
ou amortiziveis vel ou amortizavel &, para efeitos fiseais, o periode
durante o gual se deprecia ou amartiza totaimante o
1- Para efeilos de cêlculo das guotas masimas de
su valar. eveluido, guando fer caso disso, Oo rEspec-
depreciac&o ou amortizacëo, os elementos do activo
tivo valor residual.
devem ser valorizados do seguinte moda:
a) Cuslo de aaguisi&o ou de produiën, conisoante 2- Oualguer gus seja o mêtado de depreciagap ou
se trate, respectivamente, de elementos adauiri- armorlizacap aplicada, censidera-se:
dos a lerceiros a titulo oneraso ou de elemenios a) Ferigdo minimo de vida util de um elemento da
Gonstruidos ou produzidos peala propria empresa;, aclivo, D aue se daruz da guota de depreciagao
b) Valor resultante de reavaliagao ao abrige de ou amorizacao aue seja fiscalmente aceite nos
legislagao de carêcter fiscal; temas dos n.” 1a 2 da arlige 8.”
c) Valor de mercado, & data da abertura de esorita, b) Periodo mêximoe de vida ti! de um elemenlo, o
para os bens objeclo de avaljaGda para este Oue se deduz de auota igual a metade da refe-
eleito, auando nêo seja conhecida o custo de rida na alinea anterior.
aauisicëo ou de produoë#o, podendo esse valar 3— Exceptuam-se do disposto na alinea b) da
ser Dbjecto de correcrën, para eleitos fiscais, nimaro anterior as despesas com projectos de
aguando se considere excedido. deservolvimento, Cuje periodo mêximo de vida uil é
?—O custo de aguisigëo de um elemento do activo de cinco anos.
é o respectivo preco de compra, acreseido dos gas- 4 — Os periodos minimo e mêxuimo de vida uil con-
tos acessbrins suparlados alé & sua entrada em fun-
tam-se a partir da ocorência dos faclos mencionados
Eionamenta ou uilizarEn.
no n.” 2 dp arlige T.”
3 —O Gusto de produeëo de um elemento do activo 5 - Nao sap aceites como gastos para afeitos Tis-
obtéêm-se:adicionando an custo de anuisizëo das
cals as depreciacbes ou amortizaces praticadas
matérias-primas e de consumo e da mAo-de-obra
para além do periode maximo de vida Gtil, ressal-
direcla, Os outros custos direclamente imputdveis ao vando-se os casos devidamente justficados e acel-
produio-considerado, assim como a parte dos custos
tes pala Direcgëo-Geral dos Imposios;
indirectos respeitantes ao periodo de cornstrusao ou
producëo gus, de acordo cam o sistema de custeio Art.” 4.” - Mêétodos de calculo das depreciacoes e
utilizado, ne seja atribuivel. amortizagoes
4— No custo de aauisicaa ou de produogao inclui-se 1-D calculo das depreciac6es & amoriizacoes faz-
Oo imposto sobre o valar acrescentado (VA) aus, nos -se, em regra, pelo mêtodo das guolas canstanles.

437
SUG EKPLICADAO
Carry np N Maturaza a Mevlmentagao das Cantas

no entanlo, optaf-se pelo céleula das aus pela Direccao-Geral dos Impostos sejam consi-
2? — Pode,
depreciagoes pelo método das guolas decrescentes,
deradas razoëvels, tendo em conta n periodo de utili-
relativamente aos activos fixas tangiveis novos, dade espearada.
adauiridos a tercelros ou construides ou produzidos 4 — Ouando, em relacao aos elementos meanEiona-
pela prépria empresa, & gue na sejam: dos nas alineas a) e b) do n.” 2, for conhiecido o ano
a) Edificins; em due pela primelra vez tverem entrado em funcio-
b) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, namento ou utlizac&s, a pariodo de utilidade espe-
excepio auando afectas A exploragao de ser rada nêo pode ser interior a diferenca entre n
vico publico de transportes ou destinadas a ser periodo minimo de vida Gtil do mesmo elemento em
alugadas no exercicio da actividade normal do eslado de novo & 6 nimero de anos dé uilizacao ja
Suieito passivo; derorrido.
6) Mobiliêrio e eauipamentos sorials. 5 - Para efeitos de depreoiacën ou amortizacao,
3— Ouando a natureza do deperecimenio ou a acti- considsram-se:
vidade @conémica do sujeite passivo o justifigue a) “Grandes reparagëes ea beneliciagoesrv as gue
podem, ainda, ser aplicados mêtodos de deprecia- aumentem o valor ou a duracao provêvel dos
cCêo e amortizacao diferentes dos indicados nos elementos a aus respeilem;
numeros anteriores, mantendo-se os pariodas maxl- b) “Obras em edificios e em outras construcoes de
mos & minimos de vida uil, desde aue, mediante propriedade alheias as nue, tendo sido realiza-
reguerimento, seja obtido o reconhiecimento prévio das em edificios e em outras construc6es de
da Direccao-Geral dos Impostos, salvo auando dai propriedade alheia, e nê&o senda de manuten-
nêD results uma aucta anual de depreciasëêo ou GO. FEparacaD OU CONServacio, ainda gus de
arnortizacio superior & prevista nos artigos seguin- car&cter plurianual, nao dêem orlgem a elemer-
tes. tos removiveis ou, dando-o, estes percam entao
Art.” 5.” - Métado das dguotas canstantes a sua funcëe Instrumental,

1— No mêtado das guotas constantes, a auota anual Art.” GE.” - Método das guotas decrescentes
de depreciac#o ou amartizacëo aus pode ser aceite 1 — No meêtodo das guotas decrescentes. a dunta
como gaste do periodo de tributao&o a determinada anual de depreciaeAo gue pode ser aceite corma
aplicarido-se aos valores meneionadas na n.” 1 de
gasto do periodo de tributacao determina-se apli-
arligo 2.” as taxas de depreciagéo ou amortizagao canda aos valores mencionados no n.” 1 do artigo
especificas fixadas na tabela | anexa aa presente 2.” gue alnda nêo tenham sido depreciados, as
decreto regulamentar, e due dele laz parte integrante, tawas reieridas no n.” 1 da artigo anterior, corrigidas
para os elementos do activo dos cCofrespondentes pelos seguintes ooalicientes maximos:
ramos de actividade ou, guando estas nan estejam
'a) 1,5, guarda:o periodo de. vida util da elemente
fixadas, as taxas Ggenêricas mencionadas na tabela ||
anexa ao presenle decreto regulamenlar, e due dele seia inferior a einca anos;
faz parte integrante. b) 2, guandao a perlodo. de vida util da elemente
seja de cinco ou seis anos;
2 — Exceptuam-se do disposta na nuimera anterior
c) 25, auando ao peripdo de vida Util do elementa
OS seguintes casos, em gue as laxas de depreclaGëo
au amortizacao sap calruladas com base ma cormes- seja superior a sels anoS.
pondente perindo de utilidade esperada, a aual pode ? — Nos rasos em aue, nas periedos de tributagao
ser corrigido. guando se considere gue & inferior ao jê decorridos de vida util do elemento do activo, nao
due objectivamente deveria ter sido estimado: tenha sido praticada uma duota de depreciagao inie-
a) Beris adauiridos em estado de ueo; rior & referida no n.” 1 da artigo anterior, auando a
DB) Bens avaliados para efeitos de abhertura de guota anual de depreciacso determinada de acordo
eserita; com o disposto no numero anterior for inferior, num
Cc) Grandes reparacêes & beneficiagies;
dado periodo de tributazao, & gue resulta da divisao
do valor pendente de depreciacao pelo numero de
d) Obras em edificios & em outras construcëes de anos de vida Util gue restam ao elemento a contar do
propriedade alheia. inicio desse perlodo de tributag#o, pode ser aceite
3 — Relativamente aos alementos para os guais nia como gasto, alé ao termo dessa vida uil, uma depre-
se-encontem Hxadas; nas tabelas referidas no n.* 1, ciacëo de valor Eorraspondente ao duociente
laxas de depreciacao ou armortizacao sén areites as danuela divisao.

438
SNC EXPLICADO Cariruin 1 Maturaza a Mavlmentaciia das Canias

3 — Para efeitos do dispasto da nimera anterior, a Art.” 8.” - Aplicasan uniforme das mêtodos de
vida util de um elemente do activo reporia-se an depreciacan e amortizacao
perioda minimo de vida util segundo o disposto ma Sao razaes devidamente justificadas. para efeitos
alinea a) da n.” 2 do artigp 3.” de cêlculo do limite maximo das guotas de deprecia-
4 - O disposto no n.” 2 nêo prejudica a aplicacao CAD ou amarlizacaa aus padem ser aceites, em cada
do due se estabelece no artigo 18.” relativamente a Dêriodo de tributacao, deve ser aplicada, er relacao
a cada element de active, o mesmo méêtado de
auotas minimas de depreciacaa.
depreciacaca e amortizaoëo desde a sua entrada em
Art.” 7.” - Depreciaces e amortizas6es por duadêci- funcionamento ou ulllizagêo até & sua depreciagao
mos ou amortizac&o total, tansmissaa ou inutilizacas,
1—No ano da entrada em funcionamento ou ufiliza-
Art.” 9.” — Regime intensivo de utilizacao das acti-
Gêo dos activos. pode ser praticada a aunta anual de
vos depreciaveis
depretiacao ou amorlizacao em conformidade com o
disposto nos artigos anteriores, pu uma auota de 1 — @uando os activos.fixos tangiveis estiverem
depreciacëo ou amortizagao, determinada a partir
sujeitos a desgasie mais rapido do gus o normal, em
dessa guola anual, correspondente ao mumero de conseaguëncia de laboracan em mais do due um
turmo, pode ser aceite camo gaslo do perlodo de tri-
meases contados desde o mês da entrada em funciona-
rmento ou uiilizagaa desses activos. Dutacao:
a) Sa a laboracëo for em dois turmos, uma auota de
2 — Mo caso referida no ntmero anterior, no ana em
depreciacao correspondante & aue puder ser
due se verificar a tarismissap, a inutilizacgao ou o
praticada pelo mêtodo gue estiver a ser apli-
termo de vida util dos mesmos aclivos nas €ondicoes
Cado, acrescida atë 25%,
do n.” 2 do arligo 3., sê saD aceites depreciag6es ou
amortizacies correspondentes ag mumero de meses b) Se a laboracëio for superior a dois turmos, uma
aucta de depreciacan correspondente 4 gue
decorridas alé ao més anterior an da verificacan des-
Duder ser praticada pela mêtodn gue estiver a
Ses evenles,
ser aplicado, acreseida ate 50%.
3- A guota de depreciacao ou amortizac&e nue
pode ser aceite como gasto da periodo de tibutaGaa
2 —No caso do mélodo das guotas deerescentes, o
é lambéêm deterrminada tendo em conta o numera de disposto no nimero anterior nao pode ser aplicado
meses em due os elementos estiveram em Tuneiona-
relativamente ac primeiro periada de depreciagan,
mento ou uillizagëo nos seguintes casos: nem dele pode decorrer, nas periodos saguintes,
uma guota de depreciacêo superior & gue puder ser
a) Relatvamente ao periodo de tribulacap em due sê praticada messe primeiro periada.
verifigue a cessagao da actividarle, motvada pelo
facto de a sede e a direccao efecliva deikarem de 3-0 regime mencionado no n.” 1 pode igualmente
se situar em territdria partuaguéës, continuando, no ger extensivoa outros casos de desgaste mais ripido
entanto, os activos afectos ao exarelcin da mesma do aus op normal, em £onseduëncia de oulras causas
actividade, através de estabelecimento eslavel ai devidamente: justificadas, alé ao maximo reierido na
situado; alinea b) do n.” 1, cam as limilacëes mencionadas no
numero anterior, desde aue, mediante reauerimenio,
b) Relativamente ao periodo de tributacao relgrido
seja obtido o reconhecimernta prévia da Diraccao-
na ales d) do n.” 4 da artigo 8.” do Cédige da
-Geral dos Impostas.
IRE;
&) Ouandn seja aplieëvel a disposta na n.” 4 do 4 — CO disposto nas numeros anteriores nie é apli-
artigo 74.” do Cédigo do IRC, relativamente ao cavel, em regra, relativarmenie a:
numero de meses em due, no periode de tribu- a) Edificios e nutras €onstrucbes,
tacë&o da transmissao, os activos estiveram em b) Bene gue, pela sua natureza ou tendo em eonta
funcianamentio ou uiilizacaa nas soriedades fun- a aclividade econémica em due especifica-
didas ou cindidas ou na sociedade contribui- mente sêo utilizados, estio normalmente sujei-
dora e na sociedade para a dual se transmitem tos a condizies intensivas de exploracao,
em conseauëneia da fuso ou cisdo OU entrada
de activos; Art.” 10.” - Depreciacaes de imoveis
d) Felativamente an periodo de tributacëo em due 1 — No caso de Imoéveis, do valar a considerar nos
sa verifigus a dissolucëo da socliedade para termos do arligo 2.”, para efeitos do calculo das res-
efeitos da disposto na alinea c) do n.” 2 do peclivas auotas de depreeiacao, é excluido o valor
artigo 78.” do Cédige do IRE. do terrena ou, tralando-se de tertaros de exploracan,

Aag
T
GArIUED 1 Matureza e Mavlmantagse das Gonlas ENE EXPLIGCAAA

a parte do respectivo valor nêo sujeita a depereel- pode ser aceite comoa gasto do periodo de tibutaG&o
menle. determina-se dividindo o custo da aguisigao ou de
producëo dos elemeantos, deduzido, se for caso disse,
2 — De moado a permitir o tratamento reierido no da eventual contrapartida da entidade concedente,
nimero anterior, devem ser evidenciados separada- pela numera de anos due decerrer desde a sua
mente, no processo de documentaco fiscal previsto
entrada em funicionamento ou uiiizacdo até & data
na artige 130.” do Cédiga do IRC: astabelecida para a reversan.
a) O valor do terrene e op valor da construën,
3 — Na determinacao da guola anual de deprecia-
sende o valor do primeiro apenas o subjacente
GE0 ou amorlizacêo deve ser tida em consideraGan,
& construcso en gua Ihe serve de logradouro;
com a limitac&o mencionada na parte iinal do n.” 1,0
b) A parte da valor do terreno de exploraae nao novo perliodo ague resultar de eventual prorrogagao
sujeita.a deperecimento e a parle dessa valor a ou prolongamenta da peariodo de concess0, a partir
ele sujeita. do pariodo de tributacëo em due esse iaclo se verifi-
3 - Em relacAo aas iméveis adauiridos sem indica- due,
GAD expressa do valor do terreno referido na alinea a) Art.” 13.” - Locacan financeira
do numero anterior, o valor a atribulir a este, para eiel-
tos fiscais, & fikarlo em 25% do valor global. a menos 1- As depreciacëes ou amortizacêes dos bene
aus 0 aujeito passivo astime outo valor com base em objecto de locac#a finariceira sao gastos da periode
célculos devidamente fundamentados e aceiles pela de tributagao dos respectivos locatêrios, sendo-lhes
Direecëo-Geral dos IMpostos. aplicavel o regime geral constante da Cédigo do IRC
e do presente decrelo regulamentar,
4—O valor a atibulir ao terreno, para efsitos fiscais,
2 —A transmiseio dos. bens loeados, para o lpeata-
nunca pode, porém, ser inferior ao determinado nas
rio, no termoa das respectivas cantratas de locasaa
termos do Cédigo do Imposto Municipal $obre IMo-
financeira, bem como na relocacdo financeira prevista
veis, aprovado pelo Dacreto-Leli n.” 287/2003, de 12
no artigo 25.” do Cédigo do IRC. nao determinam
de Novembro.
dualguer alteracëo do regime de depreciacBes ou
5 -@ valor depreciavel da um imOvel coresponde amortisacées gus vinha sende seguido em relacae
an seu valar de €onstrurao ou, tatando-se de terre- as mesmos palo locatêrio,
nos para exploracao, &A parte do respectivo valor
sujeita a deperecimento. Art.” 14.” - Petas e componentes de substituicdo
ou de reserva
Art.” 11. — Depreciacëes de viaturas ligeiras, bar- 1- As petas e companenies de substituicao ou de
cos de recreio e aviëes de turismo reserva, due sefam perfeilamente identificaveis a de
1 — Nic sêo aceites como gastos as depreciac6es utilizacAo exrelusiva em aclivos fixos tanglveis,
de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na podem ser excepcionalmente depreciadas, a partir
parte correspondente ao custo de aguisicAn sunerior da data da entrada em funcionamento ou utilizacêo
a€ 40 DOOD, ber como dos harcos de reorelo e avibes destes activos ou da data da sua aduisigag, se poS-
de lurismo e todos os gaslos com estes relacionados. terior, durante ao mesmo periado da vida uil das ele-
2 — Excepluam-se do dispasto no ndimera anterior mentos a dué se destinam ou, no Casa de ser mener,
OS bens due estejam afectos &A exploracan de service no decurso do raspactiva periodo de vida util oaleu-
publico de tansportes. ou gue se destinem a ser alu- lado em funcaa do numero de anos de ulilidade
gados no exercicio da actividade normal do sujeito Bsperaria.
Ppassivo. 2—O regime raferida no numera anteriar nao se
aplica &8 pacas e Eomponentes due aumentem a
Art.” 12.” - Activos revertiveis
valor ou a duracao asperada dos elemenlos em gus
1- Os elementos deprecidveis ou amortizaveis sêo aplicados.
aAdauiridos ou produzidos por entidades concassio-
narias e gue, nos temmos das cldusulas do contraio Art.” 15.” - Depreciacëes de hens reavaliados
de concessêo, sejam revertiveis na final desta, 1-O regime de aceitacêo como gastos das depre-
podam ser depreciados ou amortizadas em funcëo ciacëes de hens reavaliados ao abrigo de legislaoëo
do ntimere de anos ague restem do. perioda da ton- de caracter fiseal & a menecionado na mesma, com as
EBSSAD; guando aguele for inferior ao seu periode adaplac6es resultantes da presente deereto. regula-
minimo de vida vii. mentar, aplicando-se aos bes reavaliadas mos ter-
2 — Para efeitos do disposto' no nimero anterior, a mos da Parlaria n.” 20 258, de 28de Dezembro de
guota anual de depreelag4o ou amortizacSo aue 1863, D regime previsto na n.” 2 da artige 5”.

440
SN EXPLICADDO CariTuiu 1 Maturaza a Muavimantatsa das Contas

2 — Relativamente as reavaliac6es an abriga de outros conhecimentos cientificos


ou técnicos, Om
diplomas de carêcter fiscal, & de ohbservar 6 vista & descoberta Ou A melhoria substancial de maté-
seguinte; rias-primas. produtos;, services ou processas de pra-
a) Nan & aceile como gasto, para efeitos fiscais, o duGao.
produto de 0,4 pela importência da aumento 3— No é aplicavel o disposto no n.” 1, rem o refe-
das depreciacies resultantes dessas reavalia- rido na alinea a) do n.” 2 do artigo anterior, aas pro-
GABS; jectos de deservwolvimento efsctuados para outrem
B) Man & arelle comno gasio, para efelfos fiscais. a mediante contrate.
parte do valor depreciavel dos bens aua tenham
Art,” 18.” —- Guotas minimas de depreciacëo ou
sofrido desvalorizacêes excepclonais nos ler-
mos do artigo 48.” do Cédigo da IRC aue cor- amortizacao
responda &reavaliacëo efertuada. 1 — As guatas minimas de depreciagëo ou armorti-
ZaAGAa0 aue Nao tiverem sido contabilizadas como
4 — 'Exceptuarmm-se do disposto no nimero anterior gastos do periado de tributacaa a aus respeitam,
as reavaliacbes efectuadas an abrigo da Porlaria nao podem ser deduzidas dos rendimentos de gual-
n.” 20 258, de 28 de Dezembro de i983, & do guer outro periode de tributac&a.
Deereto-Lei n.” 126/77, de 2 de Abril, desde ague
efsctuadas nos termos previstos nessa lagislacao 8, 2 - Para efeilos do disposto no numero anterior, as
na parte aplicdvel, com observência das dispasicfies Ouotas minimas de depreciacëo ou amorlizagao saa
do preserite decreto regulamentar, case em auë 6 daterminadas através da aplicaGëo, aas valores man-
aumento das depreciacdes resultante da reavaliagaa £ionados no artiga 2.” das taxas iguais a metade das
ë aceite na totalidade comno gasto para efeilos Tis- fixadas no artigo 8.”, salvo ouanda a Diteccëo-Geral
cais. dos Impostes eonceda previamernte autorizacao para
a uiilizacao de guolas Inferipres, na senuënria da
Art.” 16.” - Activos intangiveis apresentacao de redguerimento em aue se indiguam
1- Os activos intangiveis sê&n amortizaveis auandno as razo0es due as justificam.
sujeitos a deperecimento, designadamente por terem 3 —O@ disposto nos numeros anteriores. nao & apli-
uma vigência temporal limitada. Cavel ans aclivos nia correntes detidos para venda:
2 — SAD -arortizAvelis os seguintes artivos intang
Art.” 19.” - Elementos de reduzido valor
veis:
a) Despesas com projectos de desermvolvimenta; 1 -— Os elementos do activa suisitos a deperecimento,
CUjos:custos unilêrios de aguisicap ou de producêo nao
b) Elementos da propriedade industrial, tais come
ultrapassem € 1000, podem ser totalmenie depreacia-
palentes, marcas, alvards, processes da produ-
das ou amortizados num sê perido de. tribulacao,
G&0, modelos ou outros direitos assimilados,
@xcepto guando iacam parle integranle de um conjunto
adauiridos a titulo onerosa e cuja utilizacêo
de elementos gue deva ser depreciado ou amortizado
exclusiva seja reconhecida por um periode limi-
COMO UM ode,
tado de tempo.
2 — Considera-se sempre verificadoo condiciona-
3 — Excepta am caso de deperecimento efsetivo
lismo da parte final de niamero anterior guando os
devidarmente comprovads, reconheeido pela Direc-
mencionades elementos nêo possam ser avaliados &
GEO-Geral dos Impostos, nio s&6 amortizaveis:
utilizadas individualmente.
a) Trespasses;
3 - Os activos depreciados ou amortizados nos ter-
D) Elementos meneienades na alinsa b) do numera
mos do n.” 1 devem constar dos mapas das depre-
anterior auando nêo se verifiguem as condices
Ciacfes & amortizacies pelo' seu valor global, numa
ai referidas,
linha préoria para os elementos adruiridos au pradu-
Art.” 17.” — Projectos de desenvolvimenta zidos em cada perlodo de tributacao, com a designa-
Can sElementos de cuslo unitêrio inferior a € 10003,
1- As despesas com projectas de desenvolvi-
elementos estes cujo periode maximo de vida uil sa
mente padem ser corsideradas como gasto fiscal na
Eonsidera, para afeitos fiscais, de um anD.
periodo de tibutagan em aue sejam suportadas.
2 — Para efeitos do dispasto no presente deereto Art.” 20.” - Depreciacëes e amortizasies tributadas
tegulamentar, consideram-se despesas cam projectos As depreciacëes e amortizagées gue nao sejam
de daserwolvimento, as realzadas através da exnplora- consideradas como gastos fiscaie no periëdo de tribu-
Go de resultados de tabalhos de investigaëo ou de tacao em due faram contabilizadas; por excederem

Aa1
Crpltita 1 Naturaza ae Havimentazda das Canlaz SN EXPLICADO

as importências maximas-admitidas, so areites d) No tocante aos oontratos de lacacan financelra


coro gastos fiscais nos periodos seguintes, na celebrados antes de 1 de Janeiro de 1980,
medida em gue nao se excedam as dguolas maximas aplica-se, com as nBressarias adaptacêes, para
de depreciacAo ou armortizagëo fixadas no presente efeitos da calculo das guotas de depreciagan,
deocrelo regulamentar. nos termos don.” 1 da artigo 14.”, ao disposto na
n.” 1 do artiaa 1.” de Daereto-Lei n.” a11/82, de
Art.” 21.:— Mapas de depreciacëes e amortizacêes 4 de Agosto;
1- Os sujeitos passivos devem incluir, no processo e) As lawas de depreciacan e amortizagao cons-
de documentagao fiscal previsto nos arligos 130.” do tantes das tabelas anexas an presente deoreta
Cidiga do IRE e 128.” do Cédigo do IS, os mapas regulamentar, e gue dele fazem parte inte-
de depreciacëes a amortizagêes de madelo oficial, grante, sao aplicdveis apenas ans slementos
apresentando separadamente: Cuja entrada em funcionamento se tenha verifi-
a) Os elementos gus entraram em funeionamenta cado a partir de 1 de Janeiro de 1989, apli-
alé 31 de Dezembro de 1948; Eando-se ans due éntraram em funcionamenta
anteriormente as constantes das tabelas anexas
b) Os elementos aue entraram em iuncionamento a
Aa Pertaria n.” 7a7/81, da 29 de Agosto, com as
partir de 1 de Janeiro de 1988;
alerac6es aus Ie foram intraduzidas pelas Par-
c) Os elementos gus foram objecto de reavaliacaa
tarias n.“ 980/B4, de 29 de Dezembro, e BE/AB,
ap abrigo de diploma de caractertfiscal.
de 9 de Fevereiro;
2 - Os mapas a aus se refere o numero anterior f) As despesas com a emissêo de obrigacêes, 05
devem ser preenchidos de acerda com a codificazaa encargos financeiros com a aguisicao ou produ-
expressa nas tabelas anexas an presente deerelo Gêo de elementos do imobilizado, as diferentas
regulamentar, e gue dele fazem parte integrante. de cAmbio desfavorAvels ralacionadas com D
3 — A contabilidade organizada nos termos da imobilizado es os encarges com Gampanhas
publicltériss, reconheeidos coma gastos e ainda
artiga 123.” do. GAdign do IRC e do arligo 117.” do
nao aceites fiscalmente, concorem igualmente
Cédiga do IRS deve permitir n controlo dos valores
para a formacëa do luero tributavel de acordo
Eonstantas dos mapas refarides no n.” 1, em conlar-
com ao regime gue vinha sendo adaplada.
midade com o disposto na presente decreta regula-
mentar e na demais legislacAa aplicével. Art.” 23.“ - Norma revogatoria
Art." 22.” - Disposicao transitoria É revogado o Decretn Regulamentar n.” 2/90, de 12
Ma aplicacao do disposto na presente deerele
de daneiro.
regulamentar deve ter-se Bm canta D seguinte: Art.” 24.” — Entrada em vigore producao de efeitos
a) O meêtodo das guotas degressivas é aplicavel O presente decrelo regulamentar entra em vigor
apenas relativamente aos elementos €uja em 1de Janeiro de 2010, aplicanda-se, para efeitos
entrada em funcionamenta se tenha verificada a de IRC e de IRS. relativamente ans periadas de tribu-
partir de 1 de Janeiro de 1989; tacan aue se'iniciem am, ou ap6s, 1 de Janeiro de
b) OD disposto no n.” 3 do artiga 7.” ê aplicavel as 2010.
situacoes ocorridas a partir de 1 de Janeiro de Visto & aprovado em Conselho de Ministros de 1 de
1989, incluindo igualmente as situacëes mereia- Julho de 2009, - José &derates Carvalhoa Finto de
narlas na parte final do artigo 8.” do Decreta-Lei Sousa —Fernanido Teikeira dos Santos.
n.” 442-B/88, de 40 de Novermbro; Promulgado em 31 de Agosto de 2008.
Cc) Relativamente aos imêéveis de ague nao tenha
Publigus-se:
sido ainda determinado n respectivo valar nos
termos da legislac&o menclonada no n.” d do
O Presidente da Republica, ANIBAL CAVACO
artiga 10.*, o limite minime ai referido & consti-
SILVA.
tuido por 25% do:respectivo valor patrimonial Reiererndado em 1 de Setembro de 2002.
Constante da matriz a data da aauisicaa do O Primeira-Ministra, Jos Sotrates Carvalha Pinto
imdvel: de &0usa,

MA2
SNG EKPLICANO Gariruin 1 Natureza e Mavlimentacsn das Cantas

TABELA |- Taxas especificas

Cdidigo Percentagens

DIVISAO |- Agricultura, silvicultura, pecuëria e pesra

Grupo 1—- Agrieultura, silvicultura e peeuêria


Construcoes:
0005 Construcses da tijnla, pedra ou DETAA ee re ere ees Ee aie eb ei REG MEER
OO10 Construc6es de madeira com fundagaes de alvenaria . .... ii ie ee DE EE Ee ee Ee 6,66
Estufas:
OD1E Da estruiura metdlica ou de belao ou SiMIlaFES .. ee se EER ER EES EE RE EER ig
g00 20
0025 8 da
0030
0035 Construcëes ligeiras (em fibrocimanto, madeira, zinco, BEE) ese
se EE EE EE NEE ER eN 10
Plantagaes:
0040 Bonnie BROEI ss er KEES ER REEN NEE GEE ere ewe ed Ee ae ee Mee, (@)
OOMS GUITAR ees ESE SERE EER EER ESE EE ee ee eg ee ee n
0050 VERE ONSE GE HG EN EG be GR re ki eN eh Ee ee ak ER Ge
0055 Amendaeiras, citrinos, figueiras & NOUUEIFAS ie ss EE ES VEE ee Ee ee Wee EN EE
0060 Arnoreiras, frambaesas, groselfieiras e DEESegUelFOS . ee ee Ed Ee Re EN Re EER ee 1428
0068 OEEE DAEROERS oek eo eie ee OE ER Hy ENE EE DE 10
0070 Florenaoutras DlartagOEs Gesie MEE Ee Gee SE Ds Wa GEE ee VaN EEN Sie Ee eN (b)
Eauipamentos motorizadas:
0075 Tractores, celfeiras — debulftadoras, motaeultivadores, ete. ses Es EE Ee Se EE Es ee ei 16.66
Eauipamentos naa motorizados:
0080 Arrancadora — carregadora, desbastador, eneiladora e semeador mecinica de precisdo .. 14 28
0095 EER DE ME SEGE OE EE EE EE ER HE Tas
Eauipamentos especlalizadas:
Eguipamento de rega por aspersêo:
0100 Eaagense rede DIGTE. oes N GE ESE EG ETE AE RE EN ESE ee EE N EE 234
O10s Rede secundaria e canalizacies MEITAEAS ees REEN se EER EER RE ER ER EE EER De
O110 HERE GODINTEDID ee oe vtlo beid ese EE GEDOSEER
E 126
0115 Eauipamento de ordenha Ee N Ge Ge kW ee N We aie EER SERG EER GEGEE ea 128
0120 Fauipamento de vinifieaesn. . ie oa ee GE ER se SEKS REG GE EN Ee EE EN ee ERENS 1é8

Melhoramentas fundirios;
0125 Subsolagens de efeito duradOUFO ... EE ES N ee ek ed EDGE BEDR ESE ae BIG al 4334
0130 Ripagens a correeoëes de solos de efeito duradoUf0 ... ee iss see EE EE RE EG EE N 20
0135 Batradars Ba terra Detida B ENAFDSS ees Ne RE ER EA DRR ERK KAS E N ERE E
0140 Surribas profundas. tahalhos de enxuga ou drenagens, obras de defesa contra
HAUNUAGSES SEE or Oe RE GE EED De EG Er EE N Bo ae ee een Ge ed 14,28
0148 eek de ER N EE OE N Oe Gr oo Ad ie OE 10
0150 EDE EE REMME ERG SG RE SEG EE GE GR EG SG EE EG Eg 10
Animais:
0158 DetrialRE EEU SE EER DOE EEN RE GE GR N EE EG EG Ee Ee ei GE 148

Reprodulores:
0160 SUGS Ee EE ee RAL er GE EE GER EE Ee ESE EED RE eed 3,33
0165 OUDS EE EER IG Ee Ge Ge EE Ed Ger EN ENE Gee ee ee Ee 10
(Eoetinisa)

dA3
T
Cartruia 1 Mnturaza a Mouimentigan das Contas
NC ERPLIEADO

(eontinuardo)
Grupo 2-— Pesra
Barcos de pesca:
OTTO Dosteiros (traineiras e outras embarcagdies cuja argueacda bruta ou oalado as caracterize
torho Beetle) EE ERG EM GEE OE dk Gee ER AE EG EDGE De AE ed 125
De alta mar:
0175 DEI ens EE Ee Re ee pe sk Ee he er Oe N eed ee ee Is TM
O180 DA MAAR. Ee Ee OE RE EE ARE Ge
Si ee IE EE
0185 Navias-fabricas e navioe-frigorifie0S .. iis
ER EE EER E EE ea 10
0180 Instalaciies de congelagio ê CONSeIVaEHD ee se ee ee ee se EE EE RE saad
sk ede 125
01% Aparelhos localizadores, de telefonia, de radiogoniometria e de radar .... ie
Ee EEN se 20
0200 ieUi de OE EE er 34,34

DIVISAO I - Industrias extractivas

o710 ik RR el GER LEORN EE EE


0215 Terienas distinadns & erdUIhelrdS ee ee ie rie sed Ep DEE DEERE RE AA EER Re TH (d)
0220 Fornos de ustulac30 e fundi€d0 . i.e
se ES N Ee Oe EG EE N RE 20
Eguipamenta mineira fix:
0225 De superficie ... EE GEE EE GE IE ee he ie N Gee ee Ee 128
0230 Ba sufenlg. EE EE EER EE Ee GEREED AG EE EE BEE EE SG Ee 20
0248 Vias férreas & respertiva material rolantë .... ee seer see RE oge ee Eed ea EA N ee ee 126
gaag Eaulpamento mivel sobre rodas ou lagarta8 .. eie se ae ee EE De Ee Ge EE ER GEN ee 20
0245 Ferramentas e utensllios de uso esperffitn ie sk see EE RR RR EER NR ER EE RE RE NE eN sie 33,43

DIVISAO IN — Indtistrias transformadoras

Grupo 1- De alimentacano, hebidas e tabacao

A) Industria de panificacëo
0250 Fofnos metdricos, alértritns. 4 VaNDF, BIÊ. es seep bee RE EER EE ee ees N Ee ER eN Me 12,5
0258 FEES Ged BU RANGE LN ee ee WOEER BAR OE Ee KO GN ee Ge 8,43
dd) Euipamerta mecënico e aepecffite EG EES RES Ve ee ER ek Ge Ga Ge de Ge ee 125
0265 Instalacdes frigorificas 8 de verlilagde ves Ee re ER ER EE MENSE Oe ee ME EE RE Nee 14,3
Oe70 Bid HER AAN ee
Ge De eg De ER eg le ee EE eN EE ee 25

B) Duitras Indiistrias de alimentacan


0278 ARM oe er ak ge EE N N GE Ee Ee ED Ge Ge Ge GER Ee
Depasitas:
0280 DEERIKIG oe od AR la Beker n AS her N ER oe sae AE 6,66
0285 Damatal' EEELGEDE SE RE EE Ge N Ge Ee IN EG NE GE SG GE EE ER Dok 7,14
Fornas fixos:
0280 Elêctricos e de combustiveis liduiros ou BaSNs0S i.e SEE ER EE EES EE Ee Ee Ee 128
O296 & na DIER ADS oet ere elE ES MENG ee Eed EE d Wi BEG ea Mede Ko ans ae AA B,34
0300 EOROE MEI Ee ao Ee se ie ele fer ER Re gl He ENE ER EN re 14 28
0305 PIen8as iis; E ER RE
N EE gs 6,28
Torradores:
0810 EES SR ae E Ee SE EE EO DE OE OE EE Se EE ON Re ee ee 125
0815 le N AR AE 14 28
Manuinaria e instalacëes industriais de ueo esperifico:
0420 De moagem, descastue e polimenta de arroz e refinagsin de dleos vegetals ... sessie 10
0425 Gonservas de care, cacau B gelad0S ... ii esse EERS ee ea Ee see Ee RA Le 14 oa
0330 DIR US SN EE
Ed der OR ED ee ees 125
(oontinua

AA4
E
SNC EXPLIGADO Cariruia 1 Matursaa a Mauimentacin das Cantas

(eortinwagan]
C) Bebidas naa alcadlicas
0345 InstalacGes de captacao, pocos e depêsitos de UR... ese Ee EE EE ENE ER ER ER ER We
Depêsitos & tangues para a preparatiin de misturas e armazanagem;
0450 Da nee rose. oe GEE GEREG RR PEN IN ee eb ee we ae el
1355 DE AUOE TIER Ridge ge ge En GRENSE RE ER N Er 8.33
Manuinaria para filtragem, esterilizagio, engarrafamento e rotulagem:
da60 Automdticas e semiautomalicas .... iese Ee EE EE 12,8
OAES Nao automaties ....... EERS AE ede EE kes oe we IE DA de DAY od 10
Manuinaria e instalacëes de gelede, lavagem, trituragëo, prensagem & concentragdo de frutos:
0870 Automdticas e semlautOMLERS ee ode GESE ds GE EE De eg ee EE es Red b EE 14 28
0878 DEGREE
GE Ve EA iets se ber N EE EE EE NN ie ee DES EED EIE 125
0380 Inslalacaes MIGOFHEAS oe se ee dese eN oase lees GENRE
ee EER DE ERGE EE 125

D) Bebidas alraêlicas
Tangues, cubas e depdsitos de fermentaga0. repouso & armazanagem:
0380 PATAT EE EE EER EE Ne DE as RE RENS KERE De GE HEG KG ROGER Re f,18
0495 Metalicos .... ENE EERS RE AE EE n OE N EN EE EA Re EE Re 6,66
"

g400 De hatfp
e Similares .. ei aus
ee EER ERENSR Se ee
0405 RE EE lied AE OR RO EE 6,66
0410 Manuinaria e iristalagfies de uso esperlliCU ....- ee EE EER E ER EES RR EE EE ER N Se AE Re 125

Gamaras de seeagern de tabaco:


0420 RE Ek dee ii EE EE ee ee n ee
(423 elegiese d Dl AA N EG 12,8
0440 M&tuinas e instalagëes de use Gepeeifi€O .. ies GR SG ES GE EED SS N se eN 125

Grupo 2 - Têxteis
g440 Maguinaria para o fabrico de malas .. EE EE EE sei SERE OASE RE EE 20
0445 Maauinaria para o fabrico de cordas, cabos e redeS .. iss ERG EE EE EES EE ENE Ke ee 125
(450 Teares para a indtistria de tapeGaria ... ee see se ese ee EER ee ee AoEE PA 14 28
Outra$ mêguinas e instalagdes de uso esperifica:
0458 Para uso em ambiente normal ..... ES Kg n EER RNEER EE GOS EES EE ES 12,8
040 Para us0 am amblenté EOTFOSINO ei ee ee rs Ese EE EENS ER ER EE ER R EER EN se Re 20

Grupo 3 - Calcado, vestudrio e téxteis em abra


470 Ménguinas einstalacies industriais de usa esperlliC@. ,..-. ees e EE ER EE RE EE RE EE EE 125
0d7S Caldeiras para a produgaa de vapor .. . is EE EE EG EE Ee ee Oe EE EI 20
0480 EE EG EE EER Ee Ke
Moldes e formas para caloade .. iese ESE BOERE E E E E

Grupo 4 - Madeira e cortiza


A) Madeiras
04A0 SE Ee Ge We ke bee
Instalacges" industriais de uso especltico . ..-. REEDE 125
Maauinaria:
0495 De serraco e fabrico de méveis a alfaias de madelra ... . ie see EE EE EE EE EER ER 14,28
0500 Para D fabrico de folhaados, eentranlacados e aglomeradas de oeikelias e libras de madeira. 12,5

B) Preparatëin e transformagan de orlicas, aglameradas e granuladas

0510 Paleis ADRES NEE Oe EENS se ei es AG gs Ie Ge ee WA GE EG 20


0518 hulaclaves de COCOMD Eike se ESE SR SE EES RE EE WER ER De RE RE EER WE we ER GR Ee 14 28
geontinuay
`A palavra eubkrinada toi earrigida pala edilor por incoarêncie do original

448
Cartuta 1 Maturaza e Mpuimeniagia das Eantas SNC ENPLICAND

(conlinuagso)
0570 Fornas de toga semldireetO ... sees SEER SE Ee Se EE SEG EEU SR de We de Er ee ees EE ee Re 128

(525 Instalagëes de uso aspeelliC0 ... iese SE ER SN Ee EER EER ER EE EE EE KERE EE EE N se B,dd
0530 MAnuinas da ue0 espeelflCO ve ve EER EE RENE ER AE EE ES EE eie RR AAR 10

Grupo 5 - Industrias do papel e de artigos de papel

O5A0 Geradores da VAROF ... ii ie esse MORE RE N ee EE We EE


ee SEE 8,66
0545 LiniWiAdOFES es ER AE RE RE RR SEG GREG N GER ee GE 14,28
Maauinas de uso especifico para:
0550 Fabricatao de pasta... ss EA ee EN N el DE 10
(0555 Fatmacio de folha de papel .. n ae ee ee EE SERE RR de se ER Ee B,a3
0560 Preparacaa e arabamento de papel .. .. siese ET me EE 125
0568 Transtarao GE DERE eeue GENIE EER Ne Eg eg OE asie in ee rele Rae raad 14 2a

Grupo 6 - Tipografla, editoriais e industrias conexas

0578 Mêguinas de compasicëo de jormais diari0S ... see Va ERG EE EE dee SEEN EA GE ee
0580 Maguinas da iMPIESS8O .. ies see ees EE Me N GERIG 14 28
dd Aparelhagem electrénica para comanda, reprodugën, iluminagso e core... ie ees ees 7
06%0 Outras mêguinas a apelrerhos de usp espeeifi€D .... iese Ee Ee EES Ee Roe N EE RE NR EER RE 128.
0595 TIBOS BOTES ee ese ase sr PA OE ee ee 33 dd

Grupo 7 - Indtistrias de curtumes e de artigos de couro e pele


(excepto calcado e artigos de vestuêrio)
0603 Instalacdes industriais de uso esperlfi€O ... sesse EE EE EE EE EE Ee den OF 125
0610 hé nuts de use sepeellleo io ee de ek EE N ES EE EG ea ie Va EIN VERS EN ie EE 14,28

Grupo 8 - Industria de borracha

(620 Miaguinas e instalages industriais de uso espeelfiC0 ie se EEN EER SN Ee EER eN 1428
0625 Moldes #fOFMAS ii lane ee ie GE oe Fees ses AI EE 3343

Grupo 9 - Industrias duimicas

A) Derivadns do petrilen brula & sarvia

OEA0 Minuinas e instalacoes industriais de usa aspeeiflod .... sei se EE EE ER EER KERE EE EE 125
OEAS Maauinas e instalacëes industriais de uso esperifica suleitas a amblente cOrr0SINO . .. .. 16,66
0650 Oleodutos, raservatfrios e instalacëes de distribuipd0 .. ide ee EE EE EE EE EN EE EE NR 10
0658 Bombas de gas (petreleB) i.s Ee RE Ed Ee We ES EE EE Ee de EER RGN EER EE RE EES 14,24

B) Producies de gases comprimidos

0665 Instalacoes industriais de uED espeeific0 .... EE AA EE 10


DE70 Maauinas de u$0 BEDEOINGD ee se es ke EE EE REKE REK A NEER EER ND N RE eN SE de ge N de 14,28
0680 Material de distribuicën de gases (emhalagens) ..... ii, EE EER SE AE EE EI SEER 125

C) Fabricacfin de explosivas e pirolecnia


06% Minulinas e instalacêes industriais de uso esperificD ... ii ss EE se We EER GEE E 125
06% Maguinas e instalacëes industriais de uso espeeifico em ambiente COFTOSNO .. ee ke ee 20
0700 Ferrarmentas e uiensilios de use espeeifieo ....... SS EER ee ke n ee da34

D) Sabies, delergentes e dleos e gorduras animals ou vegelais nan alimentares


0710 Mêauinas e instalacies industriais de us0 espeellieD .. sesse eie EE EER EE SEER EER EE 125
0715 Mênuinas e instalagiies industriais de uso especifico em amblente CorrOSVD si sk ea ed 20
0720 Aparelhos e utensilios de laboratêri0 ... ee ie ees Ek MIN ede her EE Ke 20
0725 Ferramentas e utensflios de uso espeelfico .... ee ee AE ESE DEE GE Ee EE SE DE SE ee 33 43
teontinua)
SNC EKFLIGCAND EAPruLa 1 Naluraza a Maulmentacën das Cnnlas

leontinuagia)
E) Fabricacio de fibras artificiais e sinteliras, resinas sinlëlicas e oulras malêrias plasticas
0740 MAnguinas e instalacëes industriais de uso esnerififO ... ie ses EE EER EER GE ER SEE ee 14,28
0745 PIRESS EA EEU SR EER
REEKS ER EER REK R ER E EE 625
0740 TER ai OO N EE PD Ar 3d,33
0745 Mtaria] ARISDORSEEDe ee n ee WE ore RE EG Ee N ds ee NE OE IN SEER EE RR og ge Ki eie 20

0760 EA RATE ER ENIGER... oe na RE Se ee Se oe BR ES oe Ee N De eie oe ee 20


0765 ForABS Hatteres pare UEAde si SEE SEED N GE eg oe EE GE IE Ge GO Ge Ds We NG rg de 20
0770 instalagdes da electrolie e de glectrossIntesê is ee SG ER GE Ee N iS WK Ee Re 20
0775 Instalagëes de fabricagsa dé BeldOS ... ees sesse se EERS ME RE EE RR ER Ee NE Ese 20
0780 [Mguinas e outras instalacdes industriais de us espeeifieo .... iss EN II Pe 125
0785 Mêguinas e outras instalacdes industriais de usa especlfica em ambiente COMOSMA sie 16,66

Grupo 10 - Industrias dos produtos minerais nao metdlicos

A) Cerêmica de canstrucaa

OBO0 'Terlones de BRINGS ed ee ole ase ad ef ie od la we dd Dl Paar ele eN wer Sa eie EF er (el
OBOS FOrAos & muilas NEEDS one ees We EE GE GE ER AR EER IK kk se eie ke de Ep gede 14,28
OB10 Fornos e muflas continuos ..... ERA Ad ENE del Merle
re ER GEE 16,66
OB15 Mêauinas e outras instalacoes industriais de uso espeeifi€0 ... SESSE
SS es 14,28
0825 (Moldes (gessa ou madeira) 33.33

0Ba5 14 28
OE40 Miaguinas e outras instalacdes industriais de uso espeeiflCB .. sees ese EE EER EE RE Re 14 28
OB45 Ferramentas e uiensilios de us espeelfico . EE EES ER SEE ER ES SE Gee ER SE ee 34,44
C) Vidros e arligos de vidra
0650 1d 28
0853 Maauinas e instalacëes de usn e5DerifkCd i.e EE se EER EN Ee EE ER DE es RE N EE Ee NE 125
DBE Ferramentas e utensilios de usn esperilitd ie
EE EE EE SEE EG SS ES RR dee ee ee da dd

0875 BERGSIG OE N EE EIE SG ODE TES EES GESE GE GEE EG ES DE DS De NES pa ee WO ai ea 14 28


OB&0 MAanuinas e instalacëes industriais de uso BspeeifitD ... eie AE EES ER EE RE se Ed EE N ee 14,28
E) Artefactaos de cimento

0690 Maaguinas e instalagoes industriais de uso espeelfico .,. ee RR EER NE IR EE Ges 12,8

F) Gal e gessn
0910 FANIE AE Sek ET EE ER ER EE ER EE EE EE WEE BO EER Eg GEREI id8
0915 Maauinas e instalacfies Industriais de uso esperliCD eie res se ese E ER EER RD N EE EER 125

Grupo 11 —- Industrias metalurgicas, metalomecênicas e de material eléetrico

A) Basicas da ferro e da ago


0930 PONDE EES ESE EERS EE SE GE EE EG EE ODE GE OE EDE RE Ee Ie Ee 1246
DA35 Manuinas e outros instrumentos industriais de uso esperifit0 .,. erens
see EE EE EE 14,28

B) Basicas de metais nao ferrasas


0950 1d 28
0955 Cêlulas elartroliticas e outras instalacdes para raagentes guImICOS . . RESENSEER 16,66
0860 Manuinas e outras instalacbes industriais de uso espeelfi€o ... ee N see EE RE ER RE Ee 1428
leontinua)

MA7
S$NEC EXPLIEADO
Cariruiu 1 Naluraza a Mowimentagiip das Cantas

(Eontinuasa)
0865 Ferramentas e utensilios de uso espeeiflO .... i.e ee ER EI E
AN SENSE dd,dd

C) Construcap 8 renaratdn naval

0970 Dors fluluante8 ia ese ER EE EE EE B,dd


0978 Docas seeas, cals ê DONIES-CAIS eers ee er KEER EE EE EE Ee IE APE SEM, or sis me

Embarcacëes para navagacdo fluvial:


N es oes EE Re Ai ren de EE EE AE 7,14
gaa0 BREER
(985 Pe ARE SEN IE DIG DE MEE SIE SS REGSES EE DEE E
SR Pe ae Ek OER 10
040 RE one ae AE EE IE ora ES
EA SIEKEd ER 14,28
0895 Outras instalacëes industriais de u80 espeelfifO ..... iese ren Ee EER EER ENE EER R ER Ee ee 10
1000 Maguinas de uso espeeffieB ... iss ESE EE GE EG Ek ee De We EES N we ese be se vae 16 66

D) Outras inddstrias melalirgicas, metalamecënicas e de material eléctrico


1019 Fornnarla SEOABPIM VET Gee G KEN EES EN Fe EER n MURE SEE oen 20
1015 Outrgs formos eestufa8 oe ee de Eie ee Wa AR WERE E AS De 14 28
1020 InstalacBes de varuo ... E ENE Da WE EO BG EG eN ie LG EER EN RE ORGIE 20
1025 Cêlulas eleetroliticas e instalagdes para reagentes OUIMICOS .. ie seek R EE ER EE EE EE Ee 1428
1040 Fguiparmento de soldadufd . ee vee sees sg Rae KEER EER REEN RE EER ER EE 20
1045 Dutras instalacaes industriais de uso esperifiro ... ii Ee Ek SEE EER RE ARE ee se 10
Pransas:
1040 Dé te elf re Ee DE DOE HE EG ORE eN Eie Ale Des dEe ea ees NE Ed RE Eed 14 28
1045 Dê VG DESAD se eN REEN EE ES EE Ee EERS re dr RENE N 10
1060 MELINAE dE DOHIRAF oes eer ee vie HE FEE HER ME Ee NERENS Si N BE RE Ge EO 26
1055 MAauines para corte de chapa magnêtiea ... is EED ESE ER E EE EE Nee Ee ee se ee ee 20
1060 Outras mAnuinas de usD BEDEEINCO asses ees ee se Ee NEE EE ER SEE EE EER Ee ARE 14 8
1055 Mede so Ed be oe dd er EE EE id DEE EE eer ME RE Ee ER ee rg aa ad
1070 Ferrarnentas & uieneilios de uso espeelfieD .. EE NES VEG ED Ee Wee es N se GERBER da, da

Grupo 12 - Industrias transformadoras diversas

A) Fabricacan de aparelhos e instrumentas de medida e verilicatdo


1075 Instalagëes industriais de uso espeelfiCD .... eer e ERlE Ee re Eb 10
1080 Mêauinas de usn espeelfieo ... EE EE EE EEU EE EER EE Re Ge EN eg 14,28
1088 EBIRGS EE ER EE EE ee WE GE See GE DE n ed ae oe Gee E oe ] 12,8
100 Ferrammentss e utensilios de u50 esperifiCd ... siese kes ees Ee heb EEE de on 34,43

B) Fabricacsu de jiias e de arligas de aurivesaria

1095 Instalagies industriais de usa esperifiCo . i.e ee Ese EE EER ER ee VEN DEE ES AE ie 10
1100 Mnuinas dê Gee eeperlfiëD ii ees ee EE Re RE DER EE EE ER ES DEE RR N ERENS IE Ee 14.28
1108 Ferramentas e utersllias de usn espeelficO ...... TE EE IE EG EE 34,33

C) Fabricacëp de arlinas de matêrias plêsticas

1110 Instalacdes industriais de usa espaelfied ..... EE EER GE EE Re ed ke Ese HOL 10


1115 MAtuias de u$D SeperHiED ee eers EE ER ER Ns EER WE ed ge SEE NEER ER EA ME NRS 20
1120 EE AR N ER EE N ee OE AS dd dd
1125 Ferramentas e uiensilios de usD Bspeeifi@ EE GER EE ER ER SE EE EN EE ENE EE EER ee dadd

DIVISAO IV- Construco civil e obras publicas


11a0 Construcaas ligeiras nin afeclas a ahras Mm CUMSO iis k sk ee WER ENE EER oe ee ER ge 125
1138 Material de desenhe, da tapografia e de ensaio e medida ... er Ese se AS Ee de 16 66
(eartinuak

Ma8
T
SG EXPLIGADO CaviruLa 1 Matursza e Moulmantacfie das Camtas

(oemtinacsn)
Materiais auxiliares de construcëa:
De madeira:
1140 er AE EL Mi AR EE UM RE N 100
1145 Er, ie ee sers sd] eed DO EER EE be ef dbe Ee DA SE Oe 100
Metélieps:
1150 AAS EE Ga Re ie Ge Re SE GO N EES ED EE SERE 14,28
1155 Rl IERE EE ME N ET EE 25
1160 DIETSE oen eer se ee n ae ARE DOE teler EE 20
Fauipamentas:
1165 De lransporte geral ...... oa VRED RE se EE es ee ge eed. 25
De oficinas:
1170 Garpilerie ss AEERSE ES KEES EA de os IR N Ee OD ereg JRS se ne dis 16.66
1178 soralliafia: ss EE EE EE DE EE ER GE Ee Ge EE EE LAER ON 14 28
1180 ProduGin e distribulsdo da anergia elBOHIGA se ie NE Ed ER EE SEN EE AE RE ER EE ee 14 28
1185 Para movimentacio & armazenagem de material... se se ese sek ee iernfad TE... 14,28
1180 Para trabalfias de ar comprimido .... iis SEE RR EE Ee ei ees 25
1195 Para trabalhos de escavagso e terraplenageM .. oes se be EN EER EE EN EE Re EER RE EE 20
1200 EE EDEN DNE he N ee 20
1905 Para exploracao da pedreiras, iabricaczo a aplicacdo de betaes e argamassas ... sis
ee 20
1210 Para tonstrurde da petradas .. see EER ER GEE EERS SEEK EE ER SG GE Ee ee GIE Eie gs 20
1215 Para obras hidraulica$ ss ees re EER EE N ERA EER EG RA ER ER Ee oe BE ee 6.25
1220 Ferramentas e aguipamantos individuaie .. Ee DE EE ER Ee EE ee EE GE Ee EE Me Re 33 32

DIVISAO V - Electricidade, gés e 4gua

| Grupo 1 - Producao, transporte e distribuicao de energia elêetrica


1226 Borde hldreuleas MAS aus GESE EE EG Eg DE ER GEREEN eie ad3
Eauipamentos de centrais:
1230 HEdroelA
Et G os ES AAN SE N ED Ge DES EE EE RE ME Se ee EL RE 6.25
| 1235 TAOGESTESE n ese ees Ee EE ee oi ee eg ere ee BR HG “DM GIE 3 B,a3
1240 subestaces e pastos de transtormarAD ... ie EE de OR ee ee Ge DE SE DS Ge EG 5
1245 Lmiids OE ATë SUDONBE sr ees se EE sd RE EG EE ER ENE et RM 5
| 1250 LIRES GE BTE MOE io rele sb AE ee bi DEE GE Ee AE IE AT 7,14
1255 Aparelins de medida BtorkelO ev Ee NS ED ee EE OG BEE OG EE 126

Grupo 2 - Producao e distribuicêo de gis


| 1265 Instalacies rie dastilacdn de carvies MmINGraiS .. ee sed EER ER EE EE RE ER EE EE EE 6,25
1270 Gasémelros e depdsitns para armazenagem de gé8 ... EE EE SEE EE Ee ee ee EE Ee 625
| 1276 Subestagdes redutoras e rede de distribuiga0 .. iis id GREG
EE Ne B,25
1280 Manuinas e outras inslalacoes de us espaeifitd . ie EE EE DER EER ES EE WE ee 12,5
1285 Apareios da medida StONOID. Ee bessie Erues ss EER Ke ER EA SAL 125

Grupo 4- Captacao e distribuicao de aguas


1295 Blare (EUYRLNEBE INGE ESAU ESE Aser LG Ge Ne Oe DA ee ESE EG d,dd
1800 Ee AA AE AD N Ee EE N EO 5
Reservatêrios:
1805 BE TR OAR OGIES. oes eers EER DE ER de og Dk ee ed EE 4
1310 SUDIBTEDRES Ge Ee GE RE EE SS ED EE EE ER ese Ee bere 2,5
1415 DoidutsE: EEDEN
EE EG EG NG EE GR Ie GE GEE EE Ge Ee ee SE 4
(Foelinua)

SNOE-2g 449

'N
SNL EXPLIFANA
Ceriruio 1 Natureza se Movimantagiin das Cantas

(eantinuardo)
Redes de distribuiedo:
DE TBITO es n ee eN AE ER 5
1320
eie Kees EER ER EE EN We ER EER EE RE EE ee EE 626
1425 De fibroelmento Ou SIMIlAIBS
ee ede 125
1430 Dutras instalacoes e mAaguinas de us0 espeeificO ... ie EE EE EE DE EE EE N EE
EE EER EER NEE REKE ER EER ee 125
1445 Aparelhos de medida e control0 . . .. si se EE EER EE EE

DIVISAO VI— Transportes e comunicagëes


Grupa 1- Transportes
A) Transparies ferrovidrins
1345 TOneisEObras AAR oe soes ees Ng EE ei ME ER de 2
1850 VREERIESS ie ERse NE N GE NERINE EE SO EEN eN EER ek EE Ee EE 6,25
1855 Subestacaes de electricidada e postos de transfOrMmaGAo ... ie EE EERS EE EER ee 5

1460 Linhas elêetricas e respeetivas instalaGOes ....... ME EE oe 5


1365 Instalaces de sinalizacio e controlg . iii EE EG N EE ES EE ES RE N EE De N VERE 14 28

1470 Ee eel EA Ee EO N 7,14

Automotoras:
1375 BEEF ES ere se ee gee eie see ER EER EDE DR ese Se Ag 7,14

1380 PEER IM MI OS RENEE GE Ge ER re EE NG RO GR Te ee iese ie 6,25


Vagiies:
1385 Cubas, risternas e frigorificos . ii EES ES ESE Wee Ee E R ENDER EE Oe ee 6,25

1aa0 Mao esperificadas .. iv sees Es EE AE AR iek as brrand es EEUE]EN 6


1498 Carruagens a outro material rolante .... ees REEN ER SE EED Se GR Ge Us ee re EENS E
1400 Material de carga e descarga ii Ge Es ee Ese ER EE EE EERS GEE EER RE EE SEER SR EER Baa
1405 Outras maaguinas e instalagëes de uso espeelfi0 ... eie Eie se ER EER RE EER NE NR ER EE 128

B) Dutras transpartes terrestres

1415 Linhas elêctricas e respectivas instalaGOes . esse ree EE MEE N 5


1420 PRTGEIEMIEGS ed ven skieeid ER N N NG e G ds AS dk 6,25
1425 Trolleysear$ RE Ue Ma Mee BEA E Ge ves He ER Es Mee sR BEE NE EE ER
EWER EE eie ged 10

Veiculos aulornêveis de servico poblico'


1430 Pesados. para passapelfOE ii es ier se ER RE He be iN Mi Re eN ek EER ER RENE 25
1435 Pasados e reborues, para mercadoriës EER EE ge
iese Ve EN MEES EE 25
1440 ET EA N N EN 25
1445 Dutras instalacdes de ue0 espeelfië0 i.e ee EER EER EE ER ER EE EE EE EE EE EE RE Ke e 10

C) Transportes maritimas, fluviais e lacusires


1455 Navios de carga geral convencionais e navios mistos de passageiras e de carga . -. -- ses 10
1460 Navins de passageiros, ferries, graneleiros, porta-contentores, mavios-tangues,
navios-frigorificos e outros navins dsperializad0S . ie ie ee EE DE EE EE EE ES Se NE vr 125
1465 Dragas. gruas flutuantes, barcacas, etc, deTferf0 .. EE EE EE EE EE EE GEE ee SEN we Ee 8,33
1470 Fragatas, barcacas ê outras embarcages de madeira .. es eie Ee se EER EE EER EE Ee 125
1475 Ermbarcacoes de borracha .. ees E OE ee eeae 10
1478 Embarcacëas de fibra de VidrO . ii SERE ESE ES EES EER SEER GEE ees Ee EE EER EE ENE 25
14a0 Mêtuinas e instalagiies portudrias ... ee ee ee se EE EE EE EE EE ER EE EE EE EE EEN ER ER Eer 14,28
14a5 Outras miaguinas e instalacoes de uso esperifird ... sies de SEEN Ed ER EF EEN ES N ese 125

D) Transportes adreos
Avides:
1495 Com-molores de reareAO sees ee se ES Ee ed GE OD DE NE SEE Me N ke Ee Dey seg 16.66
1500 Cant Hotores a turbo-hêlie ie GE GE GV se GR ele EE EE ik Ke WER EN n ae 16,66
1505 [om MOIGFER EONVERDONGIS oe es es ee Ee se EE AR RE ER Ee RS VN SE de 25
(enetinua)
SNEL EXPLICADO Enriuta 1 Haturaza a Mavimentagin das Cnntas

(ontinragaa)
1510 Fretaiaireeli: so EE SS Ee ee EE GE ET GE ER EE OER ES Ee GE ee
1516 Instalagies auxiliares, nos aeroportos, para targa, embargua, EI... iese ee Ee EE Ee De 10
1520 Mênuinas e instalacëes de oficinas de reparacAO e revlEi0 SES
ee Ee 128

Grupn 2 - Comunicacëes telafdnicas, telegraficas e radiotelegrëficas


1530 Gentrais de transmissio 8 de TBCEPOSO ee EE ee ee ee Re ke RE Re Re RR EE 148
1545 Redes aéreas, suportes e cabos sublerraneDe .. i.e ES EE GE Se EG de ee
1540 Instalacaes de sinerorizacdo e de conirOlD . eie EER Ee ES EE N Ee Ee EE di 14,28
1545 Instalagaes deragislo de TadiG ... see see RS RE NE EE Ee RE ee Ed EE Ee ee ER sie 20
1850 Pets publlëes as particulars. se EES EE VR SR eg N De ee N ee eb RE 10

DIVISAO VIl - Servicos

Grupo 1- Servitos de satide com ou sem internamento


1560 Deeoraciies interinres, ineluindo tapeoarias .... see EE Ee ER ER ER Re Ge EE ER ee 26
1568 Mobiliërig ...... EG EE EG N Ee Ee ed OE ee 125
1570 25
1578 Aoufds brintds gatoalkadee es SEER S EE RES EE SES E ESE EE 50
1680 Loutas é objeetas de vidro, excepto deroratiMOS ee
ee EE ER MET; ARE. 43,33
1588 Tallieras B utensdiës de daainHe ie ER SE EE GEN GE GE GR GE GED DE dd eg 25
1590 Anarelhagem e material mêdico-cirirgico de rapida evolugsO EMIGREEREE Ee 33 34
1595 Outro material, aparelhos, utensilios e instalacaes de use #sperifieO EE Ee 1428

Grupo 2 - Servicos recreativos

A) Casas de espeeldeulos
1600 Miaduinas de projectio e instalaa0 SONOTA ie EES EE EE EG ER GE EE EE EG ee EE 14,28
1605 Gortinas metalicas contra INGERAIOS .. ee ee ss se ER Ee able
OE Laer
1610 Decoragêes interiores, incluindo tapevarias (F) . ees Ee EE EE ER EE ERA RE eek ee 20
1615 Aparelhagem 2a moblidrin de un BSPeeiliëd EE EES ES EE GE EG Se ee ee ee 128
B) Estacdes de radindilusio e televis&0
1620 ree ep ele] EE EE OE ORE EN 148
1625 Instalacëes de teledifuszo e televidO ... see ee ers Ee EE RR Ee RA ER RE EN Ee Re Ee Ee 16,66
1630 Instalacies de sineronizacsn econirelg ... ie ee ese ER ER EER ER EE ER ER EE EER Ke ie 1428
1635 Iristalieses de OEVAIIO BRUIS See EG GE ee ee Ge GE EE Ge ERG GE GE Ee Ge is 25
1640 Eduigamenito médvel para servico no exteriOr ie EEN Ee EE ER EES EE SEE SS GE ee Ee 20

Grupo 4- Hoiëis, restaurantes, cafés e actividades similares


1660 Decoragêes de interiores, incluindo tapegarias (f) ees e EE RE GENE Ee Ee ER ER ge 25
1688 Mobiliëria
(f) ies GEREED
SEE GEES SE RE ES RE REEDE
OE EED IG EE 125
1660 Galchiaria 6 EONSTITAS see GEE EE DR Ee Ee ER Ge EG SEE NERTE GEREEEEE 20
1665 Roupas brancas e atoalhade$ .... oi see EE es Ee EE Eed Ee ER EE Re N ER ee 50
1670 Loucas a objectos de vidro, extepto deeoratiVOS SS EE SS SE Ee Se ee aa da
1676 Tdinêrée & utsrellins de GOING os vei oe Ee Ge AG KIE Ee le ER ER EES Be IE GE EE Hd)
1680 Mêauinas, aparelhos, utensilios e instalardes de uan espeelticD .... ee ER Ee ER EE Ee 14,28

Grupo d- Servicos de higiene e de estetica

A) Lavandarias e tinturarias
1688 Maauinaria de uso esperifieD . is EE ESE ES ES SE EE EG ER ME EE E R EE De 14 28
(Fontnua)

451

NE
SHE ERPLICAND
Carituia 1 Meturera e Movimentagin das Cantas

(eantintasa)
ser Er ORKES ERENS ENG 10
1690 Instalagëes industriais de us0 @SpaClflCD - seer
B) Barhearias, sales de cabeleireira e institutos de beleza
20
1700 Aparelhos e instrumentos para massagens, depilaGao, secagem e trabalhos similares ......
EE RE EE EE SEER EE SEE Er GEE EE 10
1705 Instalacëes de uso espeelfied . . . eike
LR EE EE EEOE 50
1710 Ed

a 100 anos nio sio depre-


(a) De acordo com n regime de exploraab. mas as gepêries arbbreas cuja vida ut normal 8 igual ou superior
eldvels.
(b) De acordo com o regime de exploragao.
(e) Em funcio do esgotamento.
(d) Em funtio da superficie degradada.
(e) Em funtia da esgatamenlo.
(f) Excluem-ge os mêveis e objectos de arte e antiguidarles.

Tabela Il - Taxas genéricas

DIVISAO |- Activos fixos tangiveis e propriedades de investimento


Grupo 1- Imêveis

2005 Edificacëes ligeiras (fibrocimento, madeira, zinco, eke.) siese ER EE 10

Edificios (al:
2010 TEDIEEIAERISE oe as ve ENE EE LE GR ed DER ae ENE ESE RI EE 2

2015 Domertiais & administratiVOS sei se se se Ne heg ees rem ee de EER 2


2020 Industriais ou edificagdes intepradas em conjuntos industriële... . oi seeese eg
2025 fectos a holfis, restaurantes e similares, a garagens 8 estacies de servigo, a servigos
de salide e de #nsinn & 4 Servicos recreativos e ulluraig .. eike ie eke Ee ee Ee Pe E
2035 uie EA N OD OE PERE N EE ! 10
2040 Obras hidrêulicas, ineluindo pooOS de GUA se se se ese Ek RR EE EEN SE NE EE ER EER RR EER ER Ee ! 5
2048 Obras de pavimentacie de pedra, cimento, belZo, ID. ee er see Ee EE Re RR EE EN EES | 5

Pontes e anuedutos:
2050 ER DE OR OE Ee d dd
2055 He madalra EES ER GESE GR ER WER BREER ER EE ERG FANIE ale are ee SE pre eie 20
2060 WERE ees ER GE EE EEN EIE ed ee see Ie BOME HA Pe B,33
Reservatirios de agua:
2065 De torre ou da SUDBTFIËIE ... sees ee se N ee Re RE KEER SE EERS RE RR EERS He EEN EE 5
2070 de
Biitterrane EES DE N EE SE es N N NR N Ge N GP die ed ke 3,33

2075 RIESE EE ER BEE RS EE EE eg den Ik AE Ed EA N ae balke bete ee ie eel ed . 5


Vedagaes e arranjos urbanisticos:
2080 AAS REINE wine ese eel ed Dee Bee ee
Oo ee se we E DU
eg OE
VERR 10
2085 Vedaofies ligelras ass e
se gee EE Ee ek ed EER ER Ee es ER EG ER We d,33
2090 METER ESE EE EE EE DE GE EN N ED ER Ere WEN ES EER IE si Wie ee Ee eg ek 5

Grupo 2 - Instalacëes
2095 De 4gua, eleetricidade, ar comprimido, refrigeragsio e telefénicas (instalacies interiores) ... 10
2100 De agueeimento central... EES ES De SR NSR Eg ER
EE 6.66
2105 Ascensores, morta-cargas e escadas MeCaniCas ieke EER EE EER EER EE KERE Ke ed 10
2110 De cahas aêreos & SUPOIIES ese sesse el EE E 10
(EeRtina)

452
T
SNEC EXPLICAOO Cavlruin 1 Naturera e Movirmentatiin das Cantag

lcontinuagde
P115 Be talderis BABES see be bo eg NG ie REM Ge RD or EE EG 7,14
2120 De captacaa e distribuicao de 4gua (instalacdes privaliVas) . ee ee ES ee 5
P125 De carga, descarga e embargue (instalardies privalivas) ... ie ee se EE Se SG Ge ee 714
2120 Garitrais teletdriieës DrIVANVEE ee ese SE EES EE GEES EE DS GO EE EE Ge EE 10
2145 De distribuicdo de combustiveis liguidos (instalacdes privativas) Ee EE ee Ee ee 10
2140 De embalagem .... ese SEGE ME SGES EER ONE
ES EG EE EE 10
Instalacias de armazenagem e de dendsito
2145 OB belan ei Heg OE AO EE EE DE EP Re NG NE EG ee Gee 5
2150 Da madeira .... Een PA oe ee N ER EE EE EE ne ie ee 6,66
2155 METUEDSS eel DE oe e bed N EE ed EE N 8,32
2160 De lagares e prensas ... i.e eek es pd ER MEE AESEMT Hi oe 7,14
d165 da EIE OE OE RA OM EN si 5
2170 Radiofênicas, radintelegraficas e de televisao(i nstalsgoes hate)! RA IE ie 125
2176 Rafeltorios e cozinhas DrivatiVAS ee ee see eek EE RE EE ER ER EE ER EE EN RE RE Ee Ee 10
2180 Reserval6rios para eombustiveis liguidos i.e Ed Ee Ed Ga Ve EE EG Ne Ee RE eg 6,66
2185 Vitrinasê estantes Tina... VEE MEE GR AO IE RGN RU GE Ge GE EE SEE ie 12,5
2186 ESparos expositivos de rardcter itinerantê ........ MER AR GR ee ae SR EE Ee ee 25
2190 Instalacties de eentros dé formatzo profisslonal .... seer ee EE EE EE ER EE Ke 16,66
2195 Nan esperificadas ...... RED EE EE ME EDE Re EG GE Ee DOE EE EE 10

Grupo 4- Mêruinas, aparelhos e ferramentas


2200 Aparelhagem e manuinas elertrONieae ee SE EG ER EERS EE EE SG EG Gee EG EE de 20
2205 Aparelhagam de repraduGBO de BOET ep ree RR Ee N Re EE RE ER Se ei AE EA ei 20
2210 Aparellios de ar pondIielOnaHD i.e EE SERE GREG GE EG GE ENE Ge De DR E EV N we 12,8
2215 Aparelhos de aguecimento (irradiadores B OUIOS) ees EE EE EER GE EG Ee ee ee 12.8
2220 Aparelhios de laboratrio 8 DIECISSO . ee see Ne ae EE RR EE EE ER RE EER ER EE EER EE Ee 14,28
2225 Aparelhos de ventilaczo (ventoinhas g outr0S) . si ie is des ves de Se see ee ee N Ee dee ie 1258
2230 BAERERE Ee SE
RI ie GE HS ETES SG RR EE GE GE GE LN Ge ED EG EE Hd 125
2235 Esel ESEL ES Lk oe NE N EO RA, 28
2240 GEmMPUtAdOreS: ir Es NE ESE SE SR Eg EER EE AE Ee ee WEG EE EE Ee ie aa 33
2245 Eguipamento da centros de Formaco profiseional ... ies BERE EE EG Ee SE Ee 16,66
Mêauinas, aparelhos é ferramentas:
2250 Eguipamentos de erergia solaf ..... ees er EE EE ER ER EE Re RD NE RR Re Re ese Ee ed d5
2251 Aparelins telamdVeig ... ee EE si BIER SS GE N GE SN EE We Ge es Ge ek 20
Eguipamento de oficinas privativas:
7755 DAT DINGE SA GE RE ERGE GE GE GR GE EE Re N Ge Di Ge Ge GR N NG ee 125
2260 RE EN EEUE (ARE EEEE EE 14,28
2265 Ferramentas e utensili0S ... ee ee Ge ee Ee EE EG Ee ee EE EE Ek ee EE ER ee ee ee ee 25
2270 EuinidaetES GN OS EE GE ER DA OE GE IE GE DI Re SE EES Re DE SS Ee ei 125
2275 Maruinas de escrever, de calcular, de contabilidade e da stoor ENOEEG ETE N 20
Maruinas — ferramentas:
2280 EL RE ir ER Ek RE EE ER EE ES GEE GE EE Eg 20
2285 BREER EE EE N EE RE ER EE EE NG EE ER EE EIE WE N WE GIE GIE ER GE WIEG EE ER 125
2200 Matuinas de lavagem automatica de veiculgë ..... eers eise ae ees ee se Ee ge EE EE EE Ri 20
2295 EED oe EEU OO N N N EE LERE N 12.5
2300 Material de incéndia (extintores e outroS) ei EE N 26
2305 Material de BEGERE SG eek eek ge he re Ee ea N ee Pe ER 14 28
2310 MOEDERS vi Se GE IE NEE EE IG ENG Ge Gee We We ee BE Ve ed N Ee ek ree 12,5
2415 EE EE OR EE AE ee EE on eo 14 28
(Gontinua)

453
(arisuia 1 Mntureza as. Movimantagcfia das Eamlag SNE EXPLIGADO

teontinuagde)
Grupo 4 - Material rolante ou de transporte

2320 APTONAVES is E re ee ee AA EN her eN RE ie 20


Barcos:
dad8 DS TBEFOTE EE EE EG N AE BEE GE EE EE Res gie ME EERSG ER Be Fee EER EERS GR 714
2340 BABAS ese ai ER Ee EE er Ne sy sedeer in te ee Et Re ek EE Ee eN 10
2338 Da Barrarha: ui EE WEEG DE NE HERE EER EE EE 128
2340 Breisletas, trielns 8 moloielos. GE KEER ST Ee n ek wl eie oe Hare IE Bas HN De 26
23d5 Tractores e atrelados, empilhadores & carras com Caisan atsedds (HURDERSY ee oe ese
EE 1E, 66
2350 ages ND Ee GE EE IR GE RE EE NG Ge Ge ER EG GE GE Ee WE re jle
2358 Veiculos de traccda animal, ooedrendinde anintals de OE es GE Di ge See Td,8
2360 VER METTEHS DONTEIS ee EEN REG RR EE ENE SEE SEE SR SE ERK N be KERE Ee ELE
2365 Vias-fêrreas (sistema Decauville) e resperctivo material rolantë ... eer ee rr EE EER Ee 10

Veiculas automfveis:
2370 FUNBFFIOS .. es ee sees eN EE ER EE Ne ei EY SE RE En 126
2375 Ligeiros ea mistos ...... Es RE EE RAN IE ER GE GE ER RE ER EDE REGEER ER Eie 25
2380 Pase MA DERSARRINGS NE ee SE EE ES ERK BEREA ET EG ee te EER N RR ese Ere IE 14 28
2385 Pesadas ê rebodues, dé marcadoriës .. sesse ee KEER ENE RR ERA ER RR RENEE EES ER ee 20
2300 Pesados e rekotues de mertadorias, guando utlizades normalmernte em vias due provoduam
Iron IE de TED KA ee Be EE Ee er ei DE PRE giese Gr va spe rd 28
2395 TARENEE Ge SEGE EE Ge OE Ge GE We N Ge N EE EN SR Eg Ge 1666

Grupo 5 - Elementos diversos


Artigas de confarto e decorataa (by
2400 ENE SO Le de AE ed ee RE or HR EE al Ee EE 25
2405 126
2410 Enerades Ee
IE ge ere De GE EER ER DEE Pr oe ele els seek eer ads gees 50
2415 Edguiparmento publicitirio colorado na via pUBICR . oie sees ss RE ER ER NR Ge see ER sei 128
2420 EE ER EER ese sees Gee VAN LO oie De ME Me AA N ree 25
2425 Material de desenhoe topoDrafië . see ee Ee ES Ere ee ee ee N Ge ee ee Ad ek eed 128
2430 had EE EE ER EE REK 1é8
2d45 Moldes, matriëes, TormaS e CURDOS .. ese ere EER ER ER RE ER KEER NEER RR VERE ; 25
2440 Proorarmas de eomputdddres ... ee vore n Re KERE NE RE RENEE EE RR AE EE RR RR EE BR RR Eg da 34
Taras e vasilharme:
2445 Es AE EE ee ee AE ED 20
2450 AR ee EO EP Ee Ee RE ee OE EE OE IE DE ig 14,28
2465 Re ad Ee NE N OE ER DEE EE EE dd dd

DIVISAO Il - Activos intangivels


2470 ra BEtos di MESGRVOR TED IN GE og ee ARENA OD DER eN EE DEER SI vd d3 43
2475 Flementas da propriedade industrial, tais camo patenles, marcas, alvards, pracessos de produce,
moldes ou outros direitos assimilados, adguiridos a titulo onaroso e cuja utilizacao exclysiva seja
reconhecida por um periado limitado de tempo. .. # ERG Ve EE ETE ER N) (d]

(a) Tratando-se de edificios onde se exercam actividades enguadrdveis em mais de uma das rubricas, o regime de depreciagso serd
delerminado pala classificacgëin gue Ihes couber face 4 vararteristica neles predominante.
(b) Excluem-se os mêveis & abjectos de arte e antiguidades.
(e) 0 moDiliêrio € outros elamentos afectos a centros de formatio prafissional sa depreciados a taxa maxima anual de 16,66% sê taxa
mais elevada nio estiver (ixada ria presente tabela.
(d) A taxa de amorlizag5a é determinada em (unie do periado de tempo em gue tiver lygar a uillizacio exelusiva.

454
SNC EXPLICADO Dariruie 1 Malureza a Mawlmadntatie Has Conlag

As principais alteracëes do novo Decreto Regulamentar sé9 as seguintes'


1- passa-se a areitar como gasto fiscal as depreciacoes e amortizacées contabilizadas como gastos em
periodos anteripres;
2— os custos de empréstimos obtidos relativos a activos gue se gualificam poderao ser incluidas no custo de
aduisicao ou de produrëo dos slementos depreciëveis ou amortiz&veis:
3-@ê elminada a exigéncia de diferimento, por um periodo minimo de três anos, das diferancas de CAmbio
desfavorAveis corespondentes ao periodo anterior & entrada em Funcionamento dos activos, dos encar-
gos com campanhas publicitêrias e das despesas com emissêo de obrigacaes;
4-& eliminada a exigência de segregar na contabilidade o valor dos terrenos incluido na valor dos imêveis.
sendo essa exigência transterida para o proceseo de documentagao fiscal;
5 — poderio ser praticadas depreciacëes ou amortizacêes inferiores &s guotas minimas decarrentes das
taxas das tabelas aniexas ao Decreto Regulamentar, desde gue se obtenha autorizac8o da DGCl:
6 —- sardo alendidas as especificidades dos activos nap correntes detidos para vanda e das propriedades de
investimento.

A conta 43B, de natureza eredora, serê movimentada como segue:


Credita-se:
— pelas amortizacées do periodo, por débito da conta 642 —- Activos fixos tangiveis.

Debita-se:

— pela alienagao ou abate dos activos lixos tangiveis.

Conta 439 - Perdas por imparidade acumuladas


Eslas contas registam as diferengas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplicacao
dos crilërios de mensuracaa dos corespondentes aetivos incluldos na classe 4, podendo ser subdivididas a fim
de facilitar o controlo e possibllitar a apresentacan em balanco das guantias liguidas. As perdas por imparidade
ANLUaIS serao registadas nas subcontas da conta 65, e as suas reversies (guando deixarem de existir as situa-
COes dus originaram as perdas) sin registadas nas subrontas da canta 762. Ouando se verificar o desreconheei-
mento dos acivos a gue respeitem as imparidades, as contas em epigrafe ser&o debitadas por contraparlida das
Correspondentes conlas da lasse 4. Estas contas poderao ser subdivididas em funcao das contas respertivas.

(onta 44 — Artivos intangiveis


A conta d4 possui as seguintes subeontas:
441 Goadwill
442 Projectos de desernvalvimento
443 Programas de computador
444 Prapriedade industrial

446 Outros activas intangiveis

448 Amortizacëes acumuladas.


449 Perdas por imparidade acumuladas

Os activos intanglveis em curso integram a conta 45 - Inveslimentos em eurso.

Conla 441 — Goadwill

Segundo a NCRF 14 —- Concentrac6es de actividades empresariais, o goodwil corresponde a beneficios eco-


nOmicos futuros resultantes de activos gua na sa Capazes de ser individualmente identificados e separada-
mente reconheeidos.

466
BANG EXPLICADO
Dariruia 1 Matureza ao Movimantaciio das Contas

Reconhecimentoa
O goodwil adauirido deve ser reconhecido, na data de aaguisicaAo, numa concentrasao de actividades
ernpresariais omo um activo.

Mensuragao inicial
O goodwill deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo. O oysto carmesponde & diferenca positiva entre
o prego page pela concentragao de actividades empresariais e o justo valor dos activos, passivos B passivos
tontingentes identificavels.

Mensuracëo subseguente
Apês o reconhecimento inicial, o goodwill e mensurado pela seu custa, deduzido das eventuais perdas por
imparidade acumuladas.
O goodwil nio estê sujeito a amortizagao, contrariamente ao gue sucedia na vigéncia da DC 1. No entanto,
terê de ser obrigatoriamente efectuado um teste de imparidade anual do goodwill.
Dave raalcar-se gue:
1—o montante do goodwil n&o pode ser aumentado, apês a sua determinacao final;
2 —caso ocorra gualduer perda por imparidade do goodwill, nao poderê existir reversao lutura dessa perda
por imparidade. A reversêo é proibida, uma vez due tem por base goodwil gerado intermamente e nan
goodwil adauirida.

Movimentacëa
A conla Ad1 - Gacdwil é uma conta de natureza deverora (uma vez due, sendo negativa a dilerenta entre o
preco pago pela concentracëio de actividades empresariais e o justo valor dos actvos. passivas & passvOs COn-
iingentes identificéveis, a mesma é considerada negative goodwil e é imediatamente recanhecida como rendi-
mento da perioda). A conta 441 é movimentada como segue:

Debita-se'
— pelo reconhecimento do geodwil nas concentragëes de actividades ermpresariais.

Credita-se:
— pelas eventuais perdas por imparidade do geadwil/;
—pela alienacëo das participag6es financeiras ou dos negocios adnuiridas.

Conta 442 - Projectas de desenvolvimenla


Serao registados nesta conta os custos gue, nos termos do parégraio 87 da NCRAF 6 — AcHvos intanalveis,
retinam as condicées para se gualificarem coma aclivos intangiveis.
Esta conla & assim movimentada:

Debita-se:
- pelo reconheeimento como aclivo dos eustos incorridos em projectos de desenvolvimenta;
— pelos trabalhios para a prépria entidade gue cumpram os critérios de reconhecimento da NCRF 6 — Activos
Intangiveis, por contrapartida da conta 741;
— pela revalorizacëo do saldo da conta, caso seja adoptada o modelo do justo valar, por crêdito da conta SB91.

Credita-se:
— pela alienagan das projectos de deservolvimento;
— pela amortizacao integral dos projectos de desenvolvimento;
— pelas perdas por imparidade dos projectos de desenvalvimento com vida util indefinida;
- pela revalorizacBo do valor dos bens, caso seja adoptado o medelo do justo valor ê pcorra uma varlacao
negaljva no justo vale, por débito da conta 5A91 (até ao montante do excedente existente) e da conta 656
(pelo remaneseente).

d4a6
1 ENG EXPLICADO Carien 1 Natursza a Mnuwimantacan die Cantas

Conta 443 - Programas de computador


Debita-se:
— pelo reconheeimenta como activo dos custos incerridos eom programas de €omputadar;
— pelos trabalhas para a propria entidade aus cumpram os critérios de reconhecimento da NCRF B - Activos
Intanaliveis, por contrapartida da conla 741;
— pela revalorizatao dn saldo da conta. Fasa seja adaptada oa medelo do justo valar, por crédito da canta 5891.

Credita-se:
| —pela aliënacëo dos programas de computador (Fasp nio seja esse 0 negbein da entidada),
— pela revalorizacao do valor das bens, caso sela adoptado o models do justo valor e acotra uma variacën
negativa no justo valor, por débito da contia 5891 (até ao mantante do excedente existente) e da conta 656
(pelo remanescente)
- pela amortizasëo integral dos programas de computadar.

Conta 444 - Propriedade industrial


Esta conta inclui patentes, marcas, alvarês: licericas, privilégios, coneessies e direitos de autor, bem eomno
outros direitos e contratos assimilados.

Reeonhercimento:
Sao reconhecidos como activos intangiveis os custos incorridos com propriedade industrial relativas a com-
pra dasses direilos, bem Gomp ao sau registo e putros dispêndice nercasesërioe 4 oblenc#n dos direitos.

Nan se pode:
—capitalizar dispêndios incorridas intermamenta sob a alegacêo de terem propoercionado valar a patente,
maroca, alvarê, licenga, concessao ou guaisauer outros direitos;
—-reconhecer o valor de mercada da patente, marca, alvarê, licenca, concessag DU Auaisguer Dutros direitos
aue tenhiam sida desenvolvidos intermamente.

Movimentacao:
Debita-se:
— pelo reconheeimenta eomo artivo dos custos incorridos com propriedade industrial;
— pela revalorizasaa do saldo da conta, caso séja adaptado o medelo do justo valar, por erédito da conta 5891;
— pelas trabalhas para a propria entidade gus cumpram os eritêrios de reconhecimenta da NCRF 6 - Activas
Intangiveis, por contrapartida da conla 741,

Credita-se:
— pela alienaczo da propriedade industrial;
—pela revalorizagao do valor dos bens, caso sela adoptado oa modelo da justo valar e ocorma uma variagëo
negativa no justo valor, por débilo da conta 5891 (até aa mantante da excedente eristente) e da conta 656
(pelo reamanescente),
—pela amortizacao integral da propriedade industrial.

Conta 446 - Outros activos intangiveis


Sao reconhecidos nesta conta auaisauer outros aclivos intangiveis gus nio sejam trespasse, projectos de
desenvolvimento, programas de computador e propriedade industrial.
A movimentacao serê similar & indicada acima,

Conta 448 - Amarlizacies arumuladas


De acordo com & NCRF 6 — Activos Intangiveis. os aclivos intangiveis poderao ser classificados, guanto &
sua vida Uil, em dois tipos'
— GOM Vida util finita;
— tom vida oil indefinida.
ki. aa

ST
Eprirya 1 Matureza e Moulmentacfio das Eontas SNG EXPLIGADOOG

Activos com vida util finita


Os activos com vida util finita sao amortizados,
(Ver capilulo B — Activos Intangiveis.)
A conta 448, de natureza eredora, ser& movimentada como segue:
Credita-se:
- pelas amortizagoes do periodo, por débilo da conta 844 - Gastos de depreciagao e de amortizacao —- Acti-
vos intangiveis.
Debita-se:
— pela alienacdo ou abate dos activos intangiveis;
— pela amortizaGêa integral de activos intangiveis.

Activos com vida util indefinida


Os activos intanglveis com vida Gtil indefinida nio sêo amortizados. No entanto, terê de ser efectuado, anual-
mente, um teste de imparidade, com o objectivo de se concluir se o seu valor nêo sofreu perdas por imparidade.

Conta 449 — Perdas por imparidade acumuladas


Estas conlas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resulierm da aplica-
c&0 dos crilérios de mensuracëo dos correspondentes activos incluidos na classe 4, podendo ser subdivididas
a fim de facilitar o controlo e possibiliar a apresentacao em balanco das guantias lauidas.
As perdas por imparidade anuais serio registadas nas subcontas da conta Gis, e as suas reversoes (aguande
deixarem de existir as siluacGes gue originaram as perdas) sêo registadas nas subconlas da conta 762. Ouando
se verificar o desreconhecimento dos arlivos a gue respeilem as imparidades, as contas em eplgrale ser&o
debitadas por conkaparlida das correspondentes contas da classe 4. Estas conlas poderdo ser subdivididas
em tuncac das contas respecl/vas.

Conta 45 — Investimentos em curso


A conta 45 possui as seguintes subcontas;

451 Investimentos financeiros em Cursg


452 Propriedades de irveslimenio em curso
463 Arctivos fixos tangivêis AM Curso
454 Arctivos intanglveis em Curso
455 Adiantamentos par conta de investimentos

459 Perdas por imparidade acumuladas

Fonta 451 - Investimentas finanteiras em Curso


Nesta conta sêo contabllizadoes os custos com investimentos financeiros aus sê encontrerm em curso.
Estes activoes nac sae depreciados e, contrariarmente ans aclivos intangiveis, nêo estao sujeitos a teste de
imparidade anual. No entanto, c&so existam indicadores de imparidade, terê de ser efectuado o respectivo teste
de imparidade,
Esta conta serd, assim, movimentada:

Debita-se:
— pelas anuisigëes e pagamentos por conta de investimentos linanceiros em curse, por erédito das contas 11 -
Calxa, 12- Depêsitos & ordem, 2711 -Formecedores de investimentos - contas gerais ou 27 12 - Formecedores
de investimentos
— facturas em recepcën es Conferêneia,

Credita-se
— pela transierência para as respectivas contas da classe d1.

458
SMC FAPLIGADO CaruLo | Matureza a Movimentaelie das Conlaz

Conla 452 - Propriedades de investimento em curso


Mesta conta sê0 contabilizadas as propriedades de investimento aue se encontrem em €onstruran, as auais
serëotransferidas para a conta 42 - Propriedades de Investimentos auando se #ncontrarem concluidas,

(onla 454 - Artivas lixas tangiveis em curso


Nesta conta s&a contabilizados os custos com activos fixos tangiveis aue nêD se ententeam ainda disponi-
veis para o seu uso prelendido.
Estes activos no san depreciados e, contrariamente aos activos intangiveis, nêo estio sujeitos a teste de
imparidade anual, No entanio, Casp existam indicadores de imparidade, erê de ser efectuado o respectivo teste
de imparidade.
Esta conia serd assim movimentada:

Debita-se:
— pelas aguisicées e pagamentos por conta de activos fixos tangiveis em curso, aue cumpram os critërios de
reconhecimenio da NCRF 7 - Aclivos fixos iangiveis, por erëdito das contas 11 - Caixa, 12 - Depêsitas &
ordem, 2711 — Fomecedores de investimenlos - contas gerais ou 2712 - Formecedores de investimentos —
facturas em recepcëp e confarêneia;
— pelos trabalnos para a prêpria entidade gue cumpram os critérios de reconhecimenta da NCRF 6 - Actvos
intangiveis, por contrapartida da conia 741;
— pelos custos de empréetimos obtidos gue se refiram a activos gualificêveis, nos termos da NCRF 10 - Cus-
tos de empréstimos obtidos, por erédilo da conta 12 - Depêsitas & ordem ou da canta 2722 - Gredores por
acréseimos de gastos.

Gredita-se:
— pela kransferBncia para as resperctivas contas da classe d4;
— pela imparidade dos activos fixos langlveis em curso, por contrapartida da conta 6a.

Canta 454 — Activos intangiveis em Eurso


MNesta conla sêo contabilizados os custos cam activos intangiveis alé & sua conelusao.
Estos activoë na0 Sao amortizados: no entanta, trio de ser sujeitos, anualmente, a testes de imparidarie,
Esta conta ser& assim movimentada:

Debita-se:
- pelas aguisicêes & pagamenitos por conta de activos intangiveis em curso, aue cumpram os oritérios de
reconhecimento da NCRF 6 - Activos intangiveis, por erédito das contas 11 - Caixa, 12 - Depésitos &
ordem, 2711 - Formecedores de investimentos — Contas gerais ou 2712 - Formnecedores de investimentos —
Facturas em recepcdo & conierencia;
— pelos trabalnos para a prépria entidarie gue cumpram os critérios de reconhecimento da NCRF 6 - Activos
intangiveis, por Contrapartida da conta /42;
— pelos custos de empréstimos obtidos gue se refiram a activos gualificêveis, nos termos da NCRF 10 — Cus-
tos de empréstimos obtidos, por erédito da conta 12 - Dapisitos & ordem ou da conta 2722 — Credores por
acrbseimos de gastos.

Credita-se:
— pela transferência para as respectivas contas da classe dd;
— pela imparidade dos aclivos intangiveis, por contraparlida da conta 657.

Conta 455 - Adiantamentos por conta de investimentos


Riegista as entregas feitas pela entidade por conta de investimentos cujo preco esteja previamente fixado.
Pela recepcao da factura, estas verbas devem ser transferidas para a conta 2711 - Formecedores de investi-
mentos - €ontas gerais.

469
Cipiryo 1 Matureza e Mauilmentatie das Eentas SNG EKPLICADO

Activos com vida util finita


Os activos com vida Util finita sao amortizados,
(Ver capitulo B — Activos Intangiveis.)
A conta 448, de natureza credora, ser movimentada como segus:
Credita-se:
— pelas amortiaagoes do periodo, por débito da conta 643 - Gastos de depreciacdo e de amortizasao - Acti-
vos inlangiveis.

Debita-se:
— pela alienacdo ou abate dos activos intangiveis;
— pela amortizaên integral de activos intangiveis.

Activos com vida util indefinida


Os activos intangiveis cor vida Gtil indefinida nêo sao amortizados. No entanto, tera de ser efecluado, anual-
mente, um teste de imparidade, com o objectivo de se concluir se o seu valor nêo sofreu perdas par imparidade.

Conta 449 - Perdas por imparidade acrumuladas


Estas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplica-
ca0 dos crilêrlos de mensuraeao dos correspondentes aclivos incluidos na lasse 4, podendo ser subdvididas
a fim de facilitar o controlo e possibiliiar a anresentac&o em balanco das guantias liaguidas,
As perdas por imparidade anuais serëo registadas nas subcontas da canla 65, e as suas reversies (guando
deixarem de existir as sitacoes gue originaram as perdas) sêo registadas nas subcanias da conta 762. Ouando
se verificar o desreconheclmento dos activos a gle respeilem as imparidades, as contas em epigrafe ser&o
debitadas por contrapartida das correspondentas contas da classe 4. Estas conlas poderëo ser subdivididas
em funcao das conlas respeelivas.

Conta 45 - Investimentos em curso


A ceonta 45 possui as seguintes subcontas:

A51 Investimentos financeiros em Curso


452 Propriedades de investimento em cursa
453 Activos fixos tangiveis am curso
454 Activos Intangiveis em cursa
455 Adiantamentos por conta de investimentos

459 Perdas por imparidade acumuladas

Conta 451 - Investimentas finaneeiras em Eursa


hlesta conta $&0 comtabllizados os custos Com investimentas financeiras aue sê encantrem em curso.
Estes activoe nao sêo depreciados e, contrariamernite aos activos intangiveis, nao estao sujeitos a teste de
imparidade anual. No entanto, caso existam indicadores de imparidade, terê de ser efectuado o respectivo teste
de imparidade.
Esta conta serd, assirm, movimentada:

Debita-se:
— pelas anguisicëes e pagamentos por conta de investimantos financelros em &urso, por orédita das contas 11 -
Caixa, 12—- Depêsitos 4 ordem, 2711 - Fomecedores de investimentos - contas gerais ou 27 12 - Fornecedores
de investimentos — facturas em recepcan e conferêneia,

Credita-se
— pele transferéncia para as respectlivas conlas da lasse d1.

468
SHE EXPFLIEADOO Cariruta 1 Naturaza a Mawimantarda das Cantas

Conta 452 - Propriedades de investimenia em curso


Westa conta s&o contabilizadas as propriedades de investimento gua sa encontrem em onstruzëo, as guais
serao transferidas para a conta 42 - Propriedades de Investimentos guando sê &ncontrarem concluidas.

Conta 454 — Activos fixos tangiveis em curso


Nesta oonta sêo contaDilizados as custos com aclivos fixos tangiveis gue nao se encontrem ainda disponi-
veis para o seu uso pratendida.
Estes activos nê#o s&o depreciados &, contrariamente aos activos intangiveis, nêo est sujeitos a teste de
imparidade anual. Na entanto, caso existam indicadares de imparidade, terd de ser efectuardo o respeclivo este
de imparidade,

Esta conta sera assim movimentada:

Debita-se:
— pelas aruisic6es e pagamentos por conta de artivos fixas tangiveis em curso, gus cumpram os critérios de
reconhecimento da NCRF 7 - Activas fikos tangiveis, por orédite das contas 11 - Caixa, 12 - Deêpêsitos &
ordem, 2/11 — Fornecedares de investimentos —- contas gerais ou af 12 - Formecedores de investimentos —
lacturas em reéepc&d a conierência
— pelos trabalhos para a prépria entidade gue cumpram ps critérios de reconhecimento da NCRF 6 — Activos
intanglveis, por contrapartida da conla /#1;
— pelos custos de ermpréstimos aobtidos gue se refiram a activos gualificêveis, nas lemmas da NCRF 10 - Cus-
tos de emprëstimos obtidos, per crédita da conta 12 - Depêsitos & order ou da eonta 2722 - Gradares por
aCrêsCImos de gastos,

Credita-se:
- pela transferência para as respectivas cantas da classe 44;
- pela imparidade dos activos fixos tanglveis am curso, por €ontrapartida da conta 657.

Conta 454 — Artivas intangiveis em eursa


Nesta conta sa0 contabilizados os oustas com aclivos intangiveis até & sua conclusao.
Estes activos nêa sên amortizados; no entanto, terio de ser sujeitos, anualmente, a tesies de imparidade.
Esta conta serd assim movimentada;

Debita-se:
— pelas aauisicfies e pagamentos por conta de aclivos intangiveis em curso, due €umpram os eritérios de
reconhecimente da NCRF 6 — Activos intangiveis, por erédito das contas 11 - Calva, 12 - Depasitos &
ordem, 2711 —- Formecedoras de investimentos - Contas gerais ou 2712 - Formecedares de investimentos -
Facturas em receptaa e conierêneia;
— pelos trabalhos para a pripria entidade gus cumpram os eritérios de recornhetimento da NCRF 6 - Aciivos
intanglveis, por contrapartida da conta 742;
— pelps custos de empréstimos oblidos gue se reliram a activos gualificêveis, nas lermas da NCRF 10 - Gus-
tas de empréstimos obtidos, por crédito da conta 12 - Depêsitas & ardem ou da conta 2722 - Credores por
acréscimos de gastos.

Credita-se:
— pela transferêneia para as respactivas contas da classe d4;
— pela imparidade das activos intangiveis, por contrapartida da conta 6ST.

Conta 455 - Adiantamentas por conta de investimentos


Hiegista as entregas feitas pela entidaae por conta de investimentos cujo preco esteja previamente fixado,
Pela recepeën da factura, eslas verbas devem ser transieridas para a conla 2711 - Farmecedores de investi-
mentos - contas gerais.

459
Carin 1 Maturgza oe Mouimentagin das Canlas SNU EXPLICADO

Conta 459 — Perdas por imparidade acumuladas


Estas contas registam as diferencas acumuladas entre as guaniias ragisladas e as gue resultem da aplica-
cao dos erifërias de mensurardo dos Correspondentes activos incluidas na lasse 4, podenda ser subdivididas
a fimde facilllaro controlo e possibilitar a apresentacëe em balanco das auantias liguidas.
As perdas por Imparidade anuais serêo registadas nas subconlas da conla 65, e as suas reversdes (guando
deivxarem de existir as siluacëes gus originaram as perdas) séo0 registadas nas subcontas da conta 762. Guando
se verificar n desreconfiecimento dos aclivos a gue respeitem as imparidades, as cantas em eplgrafe serëp
debitadas por contapartida das correspondentes conlas da classe 4. Eslas contas poderao ser subdivididas
am funcao das canlas respertivas,

Conta 46 - Activas na torrentes detidas para venda


Esta conta destina-se a registar os aclivos a gue se refere a NCAF & — Activos nêo correntes detidos para
venda & unidades operacionais descontinuadas. Os passivos associados a activos nêo correntes delidos para
verda manltëm a sua mensuracëo e apenas deverao ser idenlificadas para efeilos de divulgacëo.

Recanhecimenta
Segundo a NCRF 8, uma entidade deve classificar um activo nao corrente (ou um grupo para alienac&o)
como deltido para venda se a sua guantia escriurada & recuperada princibalmente atraves de uma transacoëo |
de venda em lugar de o ser pelo uso continuada.
A transtferéncia de um activo ou grupo de activos para esta rubrica implica due o activo (ou grupo de activos)
esteja disponivel para venda imediata na sua condicêo presente e a sua venda seja allamente provêvel.

Mensuracëo
Os activos nan correntes detidos para venda devem ser mensurados pelo merior valor entre:
—0 seu valor liduido eontabilistico: &
—D seu justo valar, menos os custos de verder,

Movimentacao

Debita-se:
— pela transterência dos aclivos fixos tangiveis a serem alienarios, por contrapartida das contas apropriadas
da classe d.

Gredita-se:
— pela venda dos activos, por contrapartida das contas 11 - Caixa, 12 -Depêsitos & ordem ou 278 - Outros
devedores e crerores;
— pela reversêo do reconhecimento dos activos nan correntes detidos para venda, por débilo das correspon-
dentes contas da Classe d'
— pela eventual actualizacên do valor presents dos custos da vender, por débito da conta 6e8.

Gonta 469 — Perdas por imparidade arumuladas


Estas contas registam as diferencas acumuladas entre as guantias registadas e as gue resultem da aplicacëo
dos critérios de mensurac&o dos correspondentes activos incluidos na classe 4, podendo ser subdivididas a lim
de facilitar o controlo e possibilitar a apresentac&o em balance das guantias liguidas.
As perdas por imparidade anuais serêa registadas nas subconias da confa 65, e as suas reversêes (guando
deixarem de existir as situacoes gue originaram as perdas) sêo registadas nas subconlas da conta 762. Ouando
se verificar o desreconhecimenio dos aclivos a due respeitem as imparidarjes, as contas em eplgrafe ser&o debi-
tadas por contrapartida das correspondentes conias da classe 4, Eslas contas poderao ser subdiviaidas em fun-
Cé0 das contas respertivas.

AGO
SNC EXPLICADO GherULG 1 Malureza & Movimentaeta das Fontas

| Contas da classe 5 — Capital, reservas e resultados transitadas


Esta olasse evldencia o capital prêprio da entidade sem o resultadao do periodo e apresenta as seguintes contas:

51 Gapital
52 Accoes (guotas) prprias
521 Valor nominal
522 Destontos e prêmios

53 Dutros instrumentas de capital proerio

54 Prémios de emissan

55 Reservas
551 Rasarvas lenais
552 Dutras reservas

56 Rasultados transitados
57 Ajustamentos em activos financeiros
571 Relarionades com o método da egulvalênria patrimonial
5711 Ajustameriios de wansicn
5/12. Lucros nan atribuidas
5713 Derorrentes de outras variaGdies nas capilais proprios das parlicinadas

| &79 Dulros
58 Fxcedentes de revalorizacio de aclivos fixos tanglveis e inlangivels
581 Reavaliacies decorrentes de diplomas legais
511 Antes de imposto sabre o randimerto
BR12 Impostas diterides
589 Outros excedentes
5891 Antes dé imposta sabre a rendimento
5892 Imposlos dileridos
59 Outras variacoes no capital prprio
591 Diferencas de conversao de demonstracies financeiras
592 Ajustamentos por impostas diferidos
593 Subsidios
5% Doacies
EER

5a9 Outras

Conta 51 —- Capital
Esta conta evidencla o capital subscrito, devendo ser deduzido, para efeitos de elaborac4o do Balanco. o
| eventual saldo da conta 261 - Accionistas c/ subsericao ou 262 - (Juotas naa liberadas.
De notar oue, nas empresas em nome individual nêo constituidas sob a forma de estabelecimentes individuais
de responsabilidade limilada (EIRL). a capital inclui as operacëes de natureza financeira com o proprietêrio.
A conta 51 —- Capital é ereditada:
— pela subsericao do capital inicia! (por débito da conta 261 — Accionistas r/ subsericêo ou da conta 262 —
Ouotas nêo liberadas, confiorme o €ase)
- pelas aumentos de capital (a contrapartida dependerd da forma de realizacao do aumento: se for por incor-
poracëo de reservas e resultados, essas conlas sero reduzidas; se for por entradas de accionistas ou
seIos, a ontrapartida ser a conta indicada acima);
— Pas empresas em name individual, palo lucra liduido do exerclcio anterior.

A61
Capimuin 1 Natureza e Mowimentacan das Fentns SNEC EXPLICADO

A conta 51 — Capital ê debitada:


— pelas reducoes de capital;
- pela transterência de prejuizo do exercicie anterior, nas empresas em nome individual;
— pela extincéo da entidade.

Salienta-se o reaguisito de apresentarëo no Balanco do capital social realizado e nê o capital subscrito, con-
tariamente ao aue acontecia com o POC. Esta & uma alteracao muito positiva, uma vez due a apresentacao no
Capital Préprio do valor do capital subscrito e a apresentagao no Activa de capital a realizar podia originar uma
diterente leitura dos utentes das contas guanto ac capital efectlikamente realizado.

Conta 52 — Acties (guatas) prêprias


Desde aue cumpridas as formalidades legais. as entidades podem adauirir accëes ou auolas proprias.

Em
Apresentacëo:
A aguisic&o de accëes ou guotas prêprias representa, em substência, uma reduG&o do capital da sociedade.
Assim, as acc6es ou guDlas préprias exlstentes na data do balanGo devem ser apresentadas no Balan€o como
deducëo do Capital.

Movimentacëo:

Pela compra
Debita-se a conta 521 - Valar nominal pelo valor nominal das accBes ou dguotas proprias adauiridas, eredi-
tando-se, pelo valor da compra, a conta 12 - Depisitos & ordem (caso se pague por banco) ou 278 —Outros deve-
dores & eredores (caso permaneca em divida). A diferenca entre oa valar da compra e o valar norminal é debitada
ou oreditada na conta 522 - Desconios & prêmios,

Ouando se compra por valor superior ao valor naminal, estamos a comprar com prémio, sendo a compra
Considerada com deseonto guanda o valar de compra ë inferior ao valar naminal. Assim, na compra cam prêmio
a conla 522 é debitada, enauarito, na €ompra €om desconto, a conta 522 é creditada.

Exemple 1 - Compra de accëes préprias com valor nominal de 100 por 120:

Débit2 —521 - Valor nominal 100


Débita - 822 - Descontos 8 prémios 20
Crédito - 12- Depésites & ordem 120 )

Exemplo 2- Compra de actëes prêéprias com valor nominal de 100 par BO:

Débito - 521 - Valor nominal 109


Crédito - 522 - Descontos & prémiAs 20 MI
Crédito - 12 - Depisitos 4 order BO

Pela venda:
Credita-se a conta 521 - Valor riominal pelo valor nominal das accëes ou dguotas prêprias vendidas e debita-se
a Conta 12 - Depaêsitos & ordem ou 278 - Outras deverdores e oredores. A diferenca entre o preGo de vanda e a
valor nominal das accëes ou guotas préprias vendidas é debitada ou creditada, canforme essa diferenga seja
positiva ou negativa, na conta 522 - Destontos & prêrnios.

Exemplo 1 - Venda de accëes prêprias com valor nominal de 100 por 180:
(preco de compra: 120)
Débito — 12 - Depêsitos 4 ordem 160
Crédito - 521 — Valor nominal 100
Crédito - 522 - Descontos e prêrmios 30

462
-
| SHE EXPLICADDO CMPiTLG ? Natureza @ Mavlmentagso das Contas

l MNeste caso, a conta 522 apresentaré um saldo credar de 10, gue coresponde & difsrenca entre o praco de
compra (120) & o prego de venda (130). Este saldo teré de ser transierido para a conta 59 - Outras variacêes no
capital prêprio, para gue o saldo da conta 522 reflicta apenas descontos e préêmios das acc6es pu guotas em
Carleira. Assim, o lancamento ser&:

Débito —S5e2— Descontas & prémios 10

Crédito - 598 - Dutras variasëes no capital prêprio 10

Exemplo 2 - Venda de acgêes préprias cam valor nominal de 100 par 140:
(preco de compra: 80)
Déêbito - 12 -DenAsitos & ordem 140

Credito—- 521 - Valor nominal 100

Crédito— 522 - Descontos & prérnios an

Neste caso, a conta 522 apresentarê um saldo credor de 50, aue carresponde & diferenca entre o preco de
compra (80) e o prego de venda (130). Este saldo tera de ser transterido para a conla 54 - Outras variac6es rio
capital proprip, para due o saldo da conta 522 rellicta apenas descontos & prémios das acgles ou guolas em
Carteira. Assim, o langamento serê:
Débito —522- Descontos & prémios 50

Crédito - 599 - Outras variacfies na capital pripria 50

Exempla 3 - Venda de accëes préprias com valor naominal de 100 por 105:
(prego de compra: 120)
Débito - 12 -Depiesitas & ordem 105
Crédito —- 521 - Valor nominal 100
Grédita - 5224 - Descontos & prémios S

Neste caso, a conta 522 apresentaré um saldo devedor de 15, gue coresponde a diferenga entre o preco de
compra (120) e o preco de venda (105). Este saldo terê de ser transferido para a conta 59 - Outras variacdes no
I Capital préprio, para aua o saldo da conta 522 reflicla apenas descontos e prémios das accêes ou guotas em
Carteira. Assim, o lancamento ser:

Déblio - 599 - Outras variacbes no capital propria 18


Crédito —- 522 - Descontos a premies TE

Exemplo 4 - Venda de accëes préprias com valor nominal de 100 por 70:
(preco de compra: 80)

Débito - 12- Depêsitos 4 ordem 70

Crédito - 521 —-Valor nominal 100

Débito — 522 -Desrontos & prérmins 30

Neste caso, a conta 522 apresentarê um saldo devedor de 10, gue coresponde & diferenca entre o preco de
compra (BD) & o preco de venda (70). Este saldo teré de ser ttanstferido para a conta 59 —- Dutras variacdes no
Capital préprio. para gue o saldo da conta 522 reflicta apenas descontos e prémios das accoes ou guotas em
Carteira. Assim, D lancamenlio serd;
DÊbIto - 599 - Outras variacdes no capital prêpria 10

Crédila - 522- Descontos & prêmios 10

Sendo as operacêes com accêes (auotas) prêprias condicionadas pelas disposigëies do Cédigo das Socie-
dades Comerciais, ttanscreyem-se a seguir os principais artigos relacionados com este tema.

463
Caririnn 1 Maturaza e Mavimentagfin daa Contasz SNL EXPLICAND

Art.” 316.” - Subscricêo. Intervensao de terceiros distribuiveis ser, pelo menos, igual ao dobro da valor
1 - Uma sociedade na pade substrevar accêes a pagar por elas.
prêprias, e. por outra causa, sê pode adauirir e deter Art.” 318.” - AcgGes proprias nao liberadas
acoAes proprias nos casos & nas oondic6es previstos
1 —A socledade sê pode adoulrir accoes proprias
na lei.
inteiramente liberadas, excepto nos casos das ali-
2 — Uma socledade nêa pode encarregar outrem
naas b), co), a)ef don.” 4 do artige anterior,
de. em nome deste mas por conta da sociedade,
subscrever nu addguirir accëas dela propria. 2? - As aguisicëes gue violem op disposta no numera
anterior sap nulas.
3 — As arc6es subseritas ou adduiridas com viola-
GEO do disposto no numero anterior pertencem, para Art.” 319.” - Deliberacac de aguisicao
todos os efeitos, ineluinda a oprigaeao de as liberar, 1—A aauisicëo de acgdes prêprias deapende, salvo
& pessoa due as subscreveu ou adauiriu.
o disposto na n.” 3 deste artigo, de deliberac#o da
4 — A sociedade nao pode renurnciar ao reembolsa assembleia geral, da gual obrigatoriamente devem
das importências gus tenha adiantado a alguém para 0 CoNstar:
fim menrcionado no n.” 2 nem deixar de proeeder. com a) OD numerg maximo &, se 'n houver, 9: niimero
toda a diligéncia para ague tal reembolso se etfective. minimo de actëes a adaulirir;
5 —Sem prejuizo da.sua responsabilidade, nos ter- b) O prazo, no excedente a dezoito meses a cor-
mos gerais, os adrministradores intervenientes nas tar da data da deliberagao; durante:o guala
operacbes proibidas pelp n.” 2 si9 pessoal e solida- aauisicéo pode ser eiectuada;
riamente responsêveis pela liberacano das acg6es. Cc) AS pessoas a guem as acgoes devem ser
B — Sao nulos os actos pelos guais uma sociedade adauiridas, guando a deliberacao nao ordenar
adauira arcBes referidas non n.” 2 as passoas all gue elas sejam adauiridas em mercado regula-
meneionadas, excepta am execucëD de crédito e se mentada e'seja licita a aanuisisaon a aeeionistas
o devedor nao tiver outros bens suficientes. determinadas;
d) As contrapartidas minima e mêxima, nas aauisi-
Art.” 317.” - Casos de aauisigao licita de acgoes C&es a titulo oneroso.
proprias
?2 - Ds administradores nao podem exeeutar au
1-0 cantrato de sociedade pode proibir total- continuar aexeeutar as deliberacëes da assembleia
mente a anuisic&o de accêes prêprias ou reduzir os geral se, na moment da aduisicëo das acgoes, na
Easos em aus ela & permitida por esta lei. se verificarem os reduisitlos exigidos pelos n? 2,ae
2 — Salvo o disposto no numero seguinte ea noutros 4 doartigo 317.” ea 1 doariige 318.”
preceitos legais, uma sociedade nao pode adauirir &
3—A aguisicëo das acc6es priprias pode ser deci-
deter accêes préprias representativas de mals de dida pelo conselho de administracao ou pelo onse-
10% do seu capital. Ino de administracê&o executiVo apenas se, por melo
3 - Uma sociedade pode adauirir actbes praprias delas, for evitada um prejuizo grave e iminente para a
gus uitrapassem o montante estabelecido no namero socledade: o'gual se presume #xistir nos casos pre-
anterior auanda: vistas nas alineas a)e 8) do n.” 3 do arligo 317.”
al A aauisicio rasulte do curmprimento pela socië-
4 - Ffectuadas aouisicëes nos termos do numera
dade de disposicies da lei;
anterior, devem os administradores, na primeira
b) A aauisicao vise executar uma deliberacê&o de
assembleia geral seguinte, expor os motivos a as
reducdo de capital;
c) Sea adauirido um patrimanie, a ttulo universal; CcoNdIG6ES das operacies efertuadas.
d) A anuisic&o seja feita a Htulp gratuito; Art.” 323.” - Tempo de detencao das accêes
6) A aAuIsIG&0 seja feita am processo exeeutivo
1- Sem prejuizo de outros prazos ou providênclas
para cobranta de dividas de terceiros ou por
transacoaoa em acgan declaraliva proposta para
ostabelecidos na lei, a sociedade nao pode deter por
mais de tês anos Lim numero de Acg6as superior ap
o mesme lm;
montante estabelecido no artigo 317.”, n.” 2a, ainda
f) A aauisig#o decorra de processo estahelecldo
na lei eu na cantrata de soeiedade para a falla aus tenham sido licilamente adaguiridas.
de liperacao de accies pelos seus subscriteres, ? — As acoBes ilicitamente adauiridas pela socië-
4 — Come contraparlida da anuisicdo de acGiEs
dade devem ser alienadas dentra do ano seguinie 2
prêprias, uma sociedade sê pode entregar bens aaguisicëo, duando a lei nio decretar a nulidade desta.
gue, nos termos dos arligos 42.” e 43.” possam ser 3 — Nêc tendo sido oportunamente afsctuadas as
distribuidos ans séEi0s, devenda 9. valor dos bens alienagGes previstas nos numeros anteriores, deve

aG4
SHC EXPLICAND Cariruta 1. Matureza a Mavimnntaga das Eantae

proceder-se & anulacêo das accëes gus houvessem reteber novas aercëes no raso de aumernto de
de ser allenadas; relatvamente a accies cuja anguist Capital par incOrporaGao de reservas;
Ga0 tenha sido licita, a anulaoao deve racair sobre as b) Tornar-se indisponivel uma reserva de montante
mais recentemente adduiridas: igual aguele por aue elas estejam contabilizadas.
4 — Os administradores 80 resporisêvels, nos ter- 2 — No relatorio anual do conselfio de administra:
mos gerais, pelos prejuizos sofridos peala saciedade, ao ou do conselhe de administracëo executive
saus oredores
ou terceiros por causa da atuisieëo il- devern ser claramenite indicados;
cita de argoes, da anulac&c de arcêes preserita a) O nimero de accëes priprias adguiridas
neste artigo ou da falta de anulagap de acs@es. durante o exerclcio, os motivos das aguisicoes
efartuadas e os dasembolsos da sociedads;
Art.” 324." - Regime das accBes prêprias b) O numero de accêes proprias alienadas durante
1- Enauanto as accBes perlencerem a sociedade, DO exercirio, os motivos das alienazdes sfectua-
devem: das a os embolsos da saciedarde;
a) Gonsiderar-se suspensos todos os direitos ine- Cc) O numero de accëes priprias da sociedade par
rentes as derles, excEplo o de n seu titular ala detidas no fim do exercicio.

Conta 54 — Outras instrumentos de capital prapria


As prestacëes suplementares ou as prestagoes acessérias poderao ser um paseivo da enlidade ou instru-
mentos de capital préprio, dependenda tal apresentacê&o da rigorasa apreciacêo dos faclores em causa,
nomeadamente, se o sérig ou acclonista tem o poder de exigir & entidade o reambolso das prestaties realiza-
das, Sê as mesrmas vencem juras, se eslê estipulado um prazo de reembalse, etc. Em caso afimmativo, Irata-se
de uma divida. Naauelas em aue se considere due o controlo do reembolso das prestac6es nao esta do lade da
s6CIG DU actioNIsta, deverm-se apresartar essas prestacëes no capital prêprio.
Transerevern-se abaiko as diëposicoes da Cédigo das Sociedades Comerciais relatlivas 88 prastarëes aces-
sirias & Ag preslacies suplemertares.

Art.” 208.” - Obrigacêes de prestacêes acessêrias 3 -O rontrata de soeiedade noue permita-presta-


1-O oontrato de sociedade pode impor a todos ou tOEes suplementares fikara:
a alguns sêcios a obrigacdo de elfectuarem presta- a) O montante global das prestacëes suplemen-
CÊes alêm das entradas, desde nue fike os elemen- tares;
tos essenciais desta obrigacan e especifidus se as b) Os sbeias guaficam obrigados a efsetuar tais
prestacoes devem ser efectuadas onerosa ou gratui- prestacies;
tamente. Ouando o canteiida da obrigazaa corres- 6) DO Eritérin de reparticas das prestaries suple-
ponder ao de um tontrato tHpico, aplica-se a redula- mentares entre os séoios a elas obrigados.
mentacan legal prépria desse Hpo de central: 4-—A menczëo referida na alinea a) do numero ante-
2 - Sa as prestacfas astipulsdas forem naa peeu- rior é sempre essential; faltando a mencao referida
niërias, Oo direilo da sociedade é intransmissivel. na alinea b), todas os sbeios sên abrigadas a efec-
4 - Na caso de sa corvencionar a onerosidade, a tuar prestac6es suplementares; faltando a mencas
contraprestacën porde ser paga independentemente relerida na alinea c), a obrigagao de cada sOcio &
da existência de lucros de exareicio. proporcional & sua guota de capital.
4 - Salvo disposicêo contratual em contrêrio, a falta 5 — As prestacies suplementares nan vencem
da cumprimento das obrigacoes acessorias nao juros.
afecla a siluacan da sicio comno tal.
Art.” 211.” - Exigibilidade da obrigagaa
5 - As obrigacies aressirias extinguem-se Eom a
1- A axigibilidade das prestacoes suplamentares
dissolugêo da sociadare.
depende sempre de deliberagëio dos sécios aue lixe
Art.” 210.” - Obrigacoes de prestagëes suplementares 6 montante tormado axigivel ao prazo de prestagao,
1- Se o contralo de saciedards assim a permitir, o gual nêo9 pode ser inferior a 30 dias a contar da
podem os séribs deliberar gus lhes selam exigidas COMUNIGAGAD aOS SOEIDS:
prestacëes supleamentaras. 2 — A deliberacio referida no numero anterior nêo0
2 - As prestacëes suplamentares tém sempre pode ser tomada antes de interpelados todos os socios
dinheira por cbjecto. para integral liberacao das suas guotas de capital.

465
ENE EXPLICANO
Farlruin 1 HMaturaza a Mavlmenlaciia das Cantaz

8- Nic podern ser exigidas prestardes suplemen- Art.” 214.” — Restituicao das prestacêes suplementares

tares depois de a sociedade ter sido dissolvida por 1-— As prestacBes suplemenlares sê podem ser
gUalguer causa, restituidas aos sêeios desde due a sityacao liguida
nao figus inferior & soma do capital e da reserva legal
Art.” 212.” - Regime da obrigacao de efectuar pres- e 0 respeclivo sécio jê tenha liberado a sua aguota.
tacêes suplementares 2 — A restituicëo das prestacëes suplementares
1-É aplicévela obrigagêo de efecluar prestagoes depende de deliberag&o dos sOcios.
suplemenlares o disposto nos artigos 204.” e 206.” 3-— As prestacées suplerentares nio podem ser res-
9 Ao orédito da soriedadea por prestacoes suple- tituidas depois de declarada a falência da sociedade.
mentares nao pode opor-sê compensacao. 4 — A reslituicêo das prestasies suplemeantares
3 — A sociedade na0 pode exonerar ps $dcins da deve respeitar a igualdade entre os sécios gue as
obrigacao de efectuar prestacëes suplementares, tenham efectuado, sem prejuizo do dispesto no n.” 1
estejam ou nao estas jê exigidas. deste artigo.
4 —O direitoa exigir prestacoes suplementares éë 5 — Para @ cêlcule da montante da obrigacao
intranismissivel ea nele nao podem sub-rogar-se os vigente de afectuar prestacoes suplementares nao
credores da socliedade. ser&o computadas as prestages restituidas.

Conta 54 - Prémios de emissêo


Existe um prêmio de emiss&e auando o valor das auotas ou accëes subsoritas & realizadas excede n valor
nominal das guolas ou accBes. Esta sitjagêo é perleitamente compreensivel, por exemplo, na entrada de novos
séci0s, numa soeliedade lucrativa ou com bom potencial de geracao de lucros.
Fsta conla é creditada na emiss#o das accëes ou guotas para subscricao por valor superior ao seu valor
nominal, pela diferenca entre o valor naminal e o valor de subscricao (prémio), sendo igualmente credilada a
conta 51 — Capital (pelo valor nominal), por dêbilo da conta 261 - Accionistas c/subscrigêo e 262 — Ouotas naa
liberadas.

Gonta 55 - Reservas
As reservas Sao divididas em dois lipos:
—legais (conta 561K &
— outras (canta 552).

Conta 551 — Reservas legais


Cormo o préprio norme indicia, nesta conta devem ser eonlabilizadas — camo apropriacêes dos lucros - as
reservas reaueridas por lef,

Esta conia & ereditada:


— pela aplicar#o de resultarios.

Esia canta é debitada:


— pela incorporacao no capital social, par erédila da conta 51 - Capital,
— pela utllizagëo para compensacao do prejuizo do exercicio, por crédito da conta 81 - Resultado liguido do
periodo;e
— pela uilizagêo para compensacëo de prejuizos de exercicios anteriores, par crédito da conta 56 — Resulta-
dos transitados.

Relatijamenie &s reservas lagais, transereve-se a seguir o artigo 218.” da Cadiga das Soriedades Comer-
Ciais, aplicével as sociedades por guotas, e os artigos 295.” e 296.” aplicdveis As socledades anénimas.

AGE
"
SHE EXPFLIGADO Carin o 1 Matureza e Mavwimentaiiin das Cantas

Art.” 218.” - Reserva legal a) Ouanto a emiss#o de accoes, na diferenca para


1-E obrigatêria
a constituicao de uma reserva legal. mais ente6 valot nominal & a auantia due os
accionistas tiverem desembolsado para as
?—E aplicêvelo dispasto nos artigos 295.” e 796”,
adauirir;
salvo auanio aa limite minimo de reserva legal, aue
D) Ouanto a emissên de obrigacoes com direlto de
nunca serê inferior a 2500 euros;
Subseriëëo de accëes nu de obrigatëes eonverli-
Art. 295. — Reserva legal veis, na difererica para mais entre o valor de emig-
sAa & ovalor por due tiverem sido reembolsadas:
1—Urma percentagem nao inferior & vigésima parte
Oo) Ouanto ê troaca de obrigagées com direito de subs-
dos lucros da soeiedade é destinada & constituicëo
Cricén de accBes ou de obrigac6es converliveis
da reserva legal e, sendo case disso, 4 sua reintegra-
em accEes, na diferenra para mais entre o valor
Gêo, aléê gus aguela represenie a auinta parte de
da emissao daaguelas e o valor nominal destas;
Capital social. No contrato de sociedade padern fixar- 3) Btenie se envedas eri esse ede GE
-s& percentagem e& mortante minima mais elavadas P ' F
para a reserva legal para mais entre o valar atribuida aas bens em
| Oue a entrada consiste & o valor nominal das
2 - Ficam sujeitas ao regime da reserva legal as acoëes Corespondentes.
reservas constituidas pelos saguintes valores:
4 — Par portaria dos Ministras-das Finangas a da
a) Aglios obtidos na emissao de aecfes, obriga-
Justica podem ser dispensadas, no toda ou em
GOes cam direito a subsoricën de acGies, ou
parte, do regime estanelecido no n.” 2. as reservas
obrigacêes convertiveis em accies, am trora
Gonstituidas pelos valares referidos na alinea a)
destas por accbes e em entradas em espêcie;
dagusle numero.
D) Saldas positivos de reavaliagoes monetërias gue
forem consentidas por lei, na medida em aue Art.” 296.”- Utilizacao da reserva legal
nêo forem necessêrios para cobrir prejuizos ja A reserva legal sé pode ser uilizada
dtUSAGOS HO balanse, a) Para cobrir a parte do prejuizo acusado no
ttulo gratuito, auando nao Ihes tenha sido pela utlizacao de outras reservas;
impesto desting diierente, bem come. acessoes b) Para cobrir a parte dos prejuizos ttansitados do
& prémlos due venham a ser atribuidos a litulos exerclcio anterior due nao possa ser caberta
pertencenies & sociedade. pelo lucro do exercicio nem pela utilizacao de
4- De Agios a gue se reiere a alinea a) do numere Oulras reservas;
anterior consistem: C) Para meorporacëo no capital.

Conta 55? - Outras reservas


Serëo de incluir nesta conta as reservas estatutarias, contratuais, lvres, para estabilzacao de dividendos e outras:

Esta conta eredita-se:


—pela aplicacêo de resultados do sxercicio ou de evercitcios anteriores, por contrapartida da conta 81 -Resul-
tado liguido do exercicio ou 58 - Resultados transitadas, canforme a €aso,

Esta conta debita-se:


— pele deliberacëo da sua aplicagën, por exemplo, incorparacêa no capital da entidade (por crêdito da conta
51 — Capital), cobertura de prejuizas (por crédito da canta B1 - Resultado lauida do periado ou 86 - Resul-
tados transitados) a distripuicao de dividendas (por erédito da conta 264 —Resultados atribuidos).

(onta 56 - Resultados transitados


Esta conta representa os resultados de exercicios anteriores gue nêo foram objecto de aplicacao especifica,
por exemplo, para reserva legal, para distribuicëo aos detentares da capital ou para outras reservas.

E creditada:
— pelo valor do luero lguido do exercicio anterior, por contrapartida da conta B1 — Resultado liguido do
periode
— pela deliberacëo de cobertura de prejuizos;
— pelos dividendos reeebidos de assoeiadas valorizadas pelo método da eaguivalência patrimonial.

AGT
SMNC EXPLICADO
Dariruia 1 Malurgza # Movimentsgse das Contes

E debitada:
— pelo valor do prejuizo do exerelci6 anterior, por contrapartida da conta B1 - Resultado liguido do periodo;
— pelo valor do adiantamento sobre lucros (dividendos antecipados) do exereicio anterior, por cantrapartida
da conta 8B9- Dividendos antecipados;
de apli-
— pela aplicagao de resultados deliberada na Assembleia Geral gue aprovar as contas & a proposta
caGao de resultados, por contrapartida da conta 551 - Reservas legais, 55? - Outras reservas, 264 — Resul-
radios atribuidos. se os lueros nêo ficarem imadiatamente & disposicêo dos sécios ou 265 - Lucros disponl-
veis. casp os lycros figuam imediatamente & disposic#o dos sêcios;
— pela parcela do lucro liguido proveniente do reconheclmento do luero de associadas pelo mêtado da enui-
valência patrimonial, por contrapartida da conta 5712 — Ajustamentos em aetivos financeiros - Helaciona-
dos com o mêtodo da enuvalência patrimonial - Lucros nao atribuidos.

Perda de metade do capital social


Dada a sua imporlëncia e os possiveis reflexos na vida das entidades, reproduz-se abaixo o texta actuali-
zado do artigo 85.” do C6digo das Sociedades Comerciais, aplicavel sempre gus o Capital préprio for igual ou
inferior a metade do capital social.

Art.” 45.” - Perda de metade do capital 9 — Dorisidera-se estar perdida metade do capital
1 — Resultando das contas de exereicio ou de social auando o capital préprio da sociedade for
igual ou inferior a metade do capital soeial.
contas intercalares, tal como elaboradas pelo
6rgêo de administraGëo, nue metade do capital 3 — Da avisg comvocalério da assermbleia geral
social se encontra perdido, ou havendo em aual- constarao, pêlo mens, os sedguintes assunios para
guer momento fundadas raz6es para admitir aua deliberacaa palos sDrIos:
essa perda se verifica, devem os gerentes conva- a) A dissolucaa da sociedade;
rar de imediato a assembleia geral ou os adminis- b) A reduëao do capital social para montante nêo inie-
tradores reaauerer prontamente a convocagao da rior ao Capital prêprio da sociedada, com respello,
mesma. a fim de nela se informar os soeios da sp for o Casa, do disposto na n.” 1 da arliga 98.”%;
situacao e de estes tomarem as medidas julgadas oC) A realizacëo pelos sécios de antradas para
corvenientes. reforco da Cobertura do capital.

Sampre aue as demonstracoes financeiras evidenciem a perda de metade do capital, os gestores deveam
propor, no relatério de gestêo, a adopcéo de medidas para resolugën dessa situacao, devendo essa proposta
ser deliberada pela Assembleia Geral gue apreciar as contas do exerclcio.

Conta 57 - Afustamentns em aclivos financeiras


Evidencia os ajustamentos decorrentes, designadamente, da ulilizagdo do método da eguivalénria patrime-
nial em subsidiërias, associadas e entidades conjuntamente controladas.

Conta 5711 — Ajustamentas de transicdo


Ouando se adopla o método da eauivalêneia patrimonial pela primeira vez e nao é pratico daterminar as eier
tos em aros anteriores, procede-se & adop#e do mêtodo reportada an inicio do periado, sendo a diferenga
parao valor da custa histêrico — positiva nu negatva - levada a esta conia.

Conta 5712 — Lueros nan atribuidos

O saldo desta conta representa os ganhos reconheeidos em participagoes financetras, pela adoprao
do método da egulvalência patrimonial, oue ainda nêo foram realizados (recebidos) sob a forma de div-
dendos,
Esta conta @ creditada no inicio de cada exercicio pelo valor do ganho reconhecida no exereirio ante-
rior, sendo debitada pela valor das dividendas recebldos,

468
SMEC EXPLICADO Cariruan 1 .Maturaza # PMavimentacëa das Cantas

Conta 5713 - Derorrentes de oulras variacdes nos rapilais proprias das parlicigadas
Nesta conta so contabilizadas as variacëes - positivas ou nagativas - na capital préprie das participa-
das gus nêo decorram do resultado da exercicio. Por exemplo, excedantes de revalorizacên do activo fixo
tangivel.

Conta 58 — Excedentes de revalorizacdo de aclivos fixos tangiveis e intangiveis


Tal Gomoe se refere nos capitulas Be 8, os artivos fikos tangfveis e os activos intangiveis poderêo ser mensu-
rados pelo madela do justio valar, Nesse casa, a contrapartida da diferentga para o montante eseriturado é eon-
tabilizada nesta canta dos Capitais préprios.

Existem cluas Conlas para movimentacao dos excerdentes de revalorizaraa: a conta 581, due se destina a
receber os excerdentes provenierites de diplomas legais, e a conta 5e9, gua receberê os demais excedentes.

As contas 5811 B 5891 creditam-se:

— pela revalorizaoao dos actvos fiecs tangiveis a artivos intanalkeis due nê carrespanda a reversan de per-
das reconhecidas em ans anteriores (caso em gus sera contabllizada directamente como Rendimento),
Caso a revalorizacao se relira a diplomas legais serê utilizada a conta 5811. Casa contrario, utiliza-se a
cCoOnta 5881.

As contas 5B11 e 5BA1 debitam-se:


- pela realizacin - via depraciarëo, amortizacëo, abale ou venda - de valor do excedente. Neste Faso, a
Contraparlida serê a conta 56 - Resullados traneitados:

— pela diminuicëc do valar dos activos fixos tangiveis ou activos intangiveis (até aa montante do salda da
excedente). A parcela remanescente é levaria a gastos do periado,

Em paralelo, terê de ser recorihecido o efeito fiscal da revalorizacéo, afravés do reconhecimento de um Pas-
sivo por Impostos diferidos, por contranartida da conta 5812 ou 5892 - Impostos dileridos (ver capitulo 258).

Exemplo:
Revalorizagaa de uma maauina (nao atribuida & aualguer diploma legal). O valor contabilistico do aclivo era
de 100, tendo passado para 140.
Débito - 434 -Eduipamento bêsico A0

Crêdito - 5891 - Outros excedertes - antes de impostos sobre o rendimente AN

Ffeito fiscal:

Débito -5A92 - Outros excedentes - impostos diferidos 10,6 (')


Crêdlto - 2742 - Passivos por impostos diferidos 10,6

Conta 59 — Outras variagiies no capital prêprio

Conta 591 - Diferencas de ronversao de demonstracdes financeiras


Esta conta evidencia as diferencas na conversêc tambial de unidades operacionais estrangeiras (gus apre-
sentem contas em moeda diferente do euro), sendo debitada ou oreditada pela difsrenca entre o artivo em
eur0S 8 o passivo & capital prêprio. tambem em euros,

Esta diferenca resulta dos diferentes critêrios de conversao para os elementos do activo, passivp, capital
proprip, rendimentos & gastas (ver capitula 24 - Os Efeitas de Alteracëes am Taxas de CAmbio).

() —- Corsiderando uma laxa de imnesto de 26 ,a%.

AG9Y
BME EXPLICADO
Garituta 1 Malureza e Plovlmentagde das Fontas

Conta 592 — Ajustamentos par impostos diferidos


Nesta Conta serao reflectidos os montantes de impostos diferidos provenienies de movimentos levados direc-
tamente aos capitais préprios, Com exceprao dos excedenies de revaloriza€&o.

Conla 593 — Subsidies


Esta conta, de natureza credora. é creditada:
— pelo valor dos subsidios recebidos nue sejam associados com artivas, por contrapartida da conta 12 - Deapa-
silos & ordem;

— palo valar dos subsidios assoriados com aclivos aue lenham sido aprovados 8 gus retinam as condicëes
para o seu reconhecimento (ver capitulp 22 — Subsidios recebidos), por contrapartida da conta 278 — Outros
devedores e oredores;

— pelo justn valor de activos recebidos a titulo de subsidie, por contrapartida das respectivas contas de acli-
vas (par exemplo, conta 431 - Terrenos e recursos nalurais, caso tenha sido recebido um terreno),

Esta conta é debitada:


— pelo produto das depreciag6eslamortizacêes do periodo pela percenlagem do subsidio recebida, por Eor-
trapartida da conta 7883 - Imputagao de subsidios para investimentos:
-— pela eventual reducao do valor do subsidio, por contrapartida da conta 278 - Outros devedores e credores:
— pela eventual restituig&o de subsidios recebidos, por contrapartida da conta 12 - Depasitos & ordem e da
Conta 64 - Gastos de depreciacao e amortizaGan,

Conta 594 - Doatiies


Esta Conta, de natureza eredora, é movimentada em corseauência do recebimento de activos a ttulo gratuito.

470
r

SHE EXFLICADO Gariteta 1 Naturaza e MuvimenlacAn das Cantaz

Gontas da tlasse 6 - Gastas


Esta classe inclui os gastos e as perdas respeilantes ao periode.
Inclui as seguintes conias:
61 Custo das mercadorias vendidas e das matéêrias consumidas
62 Fornecimentos e servicos extermos
63 Gastos com o pessoal
64 Gastos de depreciaco e de amortizaco
65 Perdas por imparidade
66 Perdas por reducdes de justo valor
67 Provisêes do periodo
68 Outros gastas e perdas
69 Gastos e perdas de financiamento

Conta 61 — Custo das mertadorias vendidas e das matérias consumidas


| Esta conta possui as seguintes subeontas:
611 Mercadorias
612 Matérias-primas, subsidiërias e de cansumo
613 Activos bialégicos (compras)

Entidades gue adoptam o sistema de inventêrio permanente


Ouando se utiliza o sistema de inventario permanente, as existéncias reflectem, permanentemente, o valor
dos inventérios naauele mamento, pu seja, cada compra, custo das vendas, praducëa do perlodo ou gualauer
| outra movimentacao de inventrios & registada imediatamente nos inventdrios. Esse regisio pode ser eiecluado
POr Operagëa au por totais periëdicos (diërios, semanais, elc.)

Entidades due adoptam o sistema de inventêrio intermitente


Nas entidades gus adoplam o sistema de inventario intermitente, a conta 61 é apenas movimentada no final
do exerclcin. As compras efectuadas durante n ano sêo levadas & conta 31 - Compras e os inventêrias perma-
necem inalterados durante o ano, uUma vez aue se descorhiece o sey valor. No final do ano, sfectua-se uma con-
tagem fisica dos inventdrios finais, a aual ê valorizada, determinando-se assim o valor dos inventêriaos finais.
| No final do ano, transferem-se as eompras do periodo para a conia 61, bem camp os valores das aristenrcias
iniciais (a débito) e finais (a erédito). Assim, o eusto das mercadoerias vendidas e materiais. consumidos #-nos
| dado pela formula:

Inventario inicial - Compras - Inventario final

Conta 613 — Activas biolêgicas (rompras)


Fiecolhe as aauisicëes de activos bioldgicos efectuadas durante o ano, transferidas da conta 313 - Aclivos
biolsgieos.

Conla 62 - Fornerimenlos e servicos externas


Mesta cConta sao registados os gastos com beris de consuma imediato e com servicos prestados por terceiros:
Esta Conta possui a& seguintes subcontas:
621 Subcontratos
622 Servicos esperializados
623 Materiais
624 Energiae fluidos
625 Deslacacdes, estadas e transpories
626 Servicos diversos

a71
Cnriruie 1 Maluraza e Muvimentaslia Has Cantas: SHE EXPLICANO

A conta 62 deve ser debilada pelo recontecimento dos gastos, devendo os mesmas ser reconhecidos
Deverê ser ohservada a prinel-
guarndo incorridos, independentemente de se encontrarem facturadoas ou patjos.
um rêdito, devem-se reco-
pio da correlag#o de gastas com rendimentos, pelo gual, sempre gue se reconhece
nhecer todos os gastos a ele agsociados, por Bxeamplo, nuando se reconhece um rédito numa venda de bens,
sejam de
deve reconhiecer-se na0 apenas o custo da bem vendido mas lambêm os gastos de transporie (case
conta da vendedora). comissoes, rappel, gastos estimados com garantias, etc.
A contrapartida desta conta sera;
12 — Depésitos & ordem, se o service ou compra é pago a pronto pagamenio:
221 —Formecedoras clc. se existe factura e o pagamento é diferido; ou
2722 — Credores por acrêscimos de gastos, sea contabilizacao resulta de estimativa de gastos incorridos e
ainda nêo facturados,
281 — Se a fecturagao oi smitida antecipadamente.

Canla 21 - Subrontratas

Mesta canta registam-se os trabalhos efectuados por terceiros no Ambito do objecto da entidade.
O recurso & subeontratacëo ê uma tendência orescente actualmente, uma vei gue as entidades proeuram,
através de outsourcing, transterir para terceiros determinadas tarefas, concentrando-se nos aspectos mais
importantes da seu negêeid.
SAO muilos os exermplos de subcantratos: a tingidura na industria téxtil, as inslalacoes elêctricas na industria
de construogaa civil, ate.
O reconhecimento do gasto deverd realizar-se ou pelas facturas dos formecedores ou por estimatva de gas-
tos incorridos.

Conla 622 - $ervicos esmeclalizados


Esta conta inclui as seguintes subeontas:

G221 Trabalios esperializados


8222 Publicidade e propaganda
Bo23 Vigilêncla
e seguranca
6224 Honarêrins
6226 Domissies
6226 Donsêrvario e raparasan

6228 Oukros

Analisemos cada uma delas.

Conta B221 — Trahalhos esperializades


Nesta conta s&o contabilizados os servicos prestados por terceiros gue nao estao relacionados com a activi-
dade principal da entidade (caso contrêrio, serlam incluidos na conta 621 - Subcontratas). Inclui os gastos com
servicos de contabilidade, revisores oficiais de contas, advogados. sistemas de informaGëo, analises laborato-
riais, estudos e pareceras, etc.
Esta conta é debitada em luncao da execucëo do servigo, por cantrapartida das contas indicadas na conla
6? anima.
Analisemos a prestacao de servicos de auditoria. A facturagêo pode ser efectuada;
—mensalmente, de Janeiro a Dezembre;
—mensalmente, de Abril do anio torrente a Marta do anc seguinle;
—trimestralmente, dentro da ano carrente:
—timestralmente; serido parte no ano correnle & parte ro ano seguinte;
—no fim do service (por exemplo, em April do ane seaguinte)

472
SNE ERPLIGADDO Farirum eo 1 Hatureza a Mosimentaciin das Fantas

—no inicig do servico (por esempls, em Junha do ana correntej;


— 40% no ane corrente & 60% no ano seauinte;
— Ble.

O gasto com auditoria deve ser integralmente recanfiecido no exercicio corrente. Assim, caso a facturagëo
| seja processada mensalmente, de Janeiro a Dezembro, ou trimestralmente, dentro do ano corrente, ou tenha
sido facturada no inlicin do servia, existe correspondëncia entre a lacturacao e o (econhecimento do gasto.
Caso uma parle ou a totalidade da facturac&o passe para o ano seguinte, ro final da ano lard de se &specia-
lizar o gasto ainda nio facturado, utilizanda-se a conta 2722 —- Credores por acréseimos de gastos.

Fanta 6222 — Publicidare e propaganda


Nesta conta s#0 registados tados os gestos com publicidade & propaganda: antincios nos media, campa-
nhas publicitêrias, producao de folhetos, catalogos, calendérics, agendas, brindes, amostras, ete.
Nan é permitido a diferimenta de dispêndics cam publicidade e propaganda, nem mesmo no lancamento de
NOvos produtas ou marcas ou na instalacêa em novos mercados.
D reconhecimenlo do gasto deve ser efectuado guando o anincio é veiculado ou auando a campanha publiei-
ria & efecluada & auarnido os folnietos, catélogos, calendarios, agendas, brindes, armostras, etc., san distribuidos:
No entanta, numa éptica custofbeneticio poderê n&o se justificar adiar n reconhacimernto do gasto em funcaa
da distribuicëo, uma vez gue O gaste para controlar essa informagao poderd exceder oa benelicio dal resultante.
Recomenda-se assim o reconhecimento imediato desse tipo de gastos.

Conta 6223 — Vigilênria e seguranca


Esta conta regista os gastos oom:
—CtoMPras de material de vigilêancia & de seguranca (gus na cumpram os erilêrios de reconheeimenia de
activoske
— 08 8eIvicos de vigilência s da seguranga prestados por tereeiros.

Os gastos com compras devem ser reconheeidos auandoe lacturadas, a gue, normalmente, cerespande a
sua entrega lisica. Os gastos com servicos de vigilência e de seguranga deverm ser reconhecidos guanda incor-
ridos, independentemente de sa encontrarem facturados ou pages.

Conta 6224 — Honordrins


Compreende as remuneragëes alribuidas aos trabalhadores indepeandentes (advogades, mêdicos, revisoras
oficials de contas, engenheiros, contabilistas, ete.)

Transcreve-se a seguir o artigo 118.” do Cédigo da IRS, dada a sua relevancia nesta materie.

Art.” 115.” - Emissio de recibos e facturas 2 — No caso de lhes aproveitar a disperisa de obriga-
1 — Os titulares dos rendimentos da categoria B saa Gén de facturacëa, nas temas da n.” 1 da artiga 48.”
obrigados: do Cédigo do IVA, s#o os mesmos titulares obrigedos a
a) A passar recibo, em impresso de modelo ofi- observëncia do disposto nos demais numeros do refe-
rido preceito, com as necessarias adaplaroes.
Cial, de todas as importëncias recebidas dos
seus clientes, pelas prestagies de servicos 3 - Os titulares dos reandimantos refaridos nas all-
referidas na alinea b) do n.” 1 da artiga 3. naas h) e i) do n.” 2 do artigo 4.” ficam dispensadas
ainda aue a Hiulo de provisao, adiantamento ou do cumprimento das obrigacêes previstas:- nas ali-
reembolso de despesas, bem coma does rendi- neas a)e b) do n.” 1, sem prejuiza de deverem emitir
mentos indicados na alinea c) do n.” 1 da recibo de auitacëo das importancias reoebidas.
mesmo artigo: ou 4- As pessoas due paguem rendimentos previstos
b) A emitir factura ou dacuments aauvalente par no artige 3 sêo obrigadas a exigir os respectivos
cada tansmissao de bens, prestagao de servi- recibos. facturas ou documentas eauivalentes e a
GOS DU Dutras operacBes efecluadas, e a emitir CONservê-los durante os cinco anos civis subseguen-
decumenlto de nuilacan de todas as imporlên- tes, salvo se tiveram de dar-Ines outro destino devi-
Cias recebidas, damente justificado.

&73
Castmuia 1 Naturaza e Mavlmantagio das Contas SHE EXPLICAOD

Retencao na fonte
Sobre os honorarios pagos deverê ser efectuada a retengao na lonte, pelas seguintes taxas:
— 0“ no caso de actividades previstas no artiga 151.” da Cédigo do IRs;
— 15% caso os rendimentos sejam provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou da prestaGao
de informacles respeitantes a uma experiëncia adauirida no sector industrial, comerclal ou cientifico,
guando auferidos pelo seu litular origin&rio;
— 410% caso se trate de rendimentos auferidos no exercicig, por conta prapria, de gualguer aclividade de
prestacao de services, incluinda as de car&cter cientifico, arlistico ou técnico, gualguer gue seja a sua
natureza, ainda due conexa com actividddes mencionadas na alinea anterior.

Conla 6225 - Comissies


Esta conta regista os gastos com comissies pagas a teroelros. As comissdes pagas a passoal da entidade
devem ser contabilizadas na conta 632, criando-se uma subconta distinta.
O gasto com comissêes deve ser reconhecido no momentg do recornhecimernto do correspondente rédito
(Venda de bens ou prestacëo de servigos), independentemente das condicoes estipuladas pela entidade para
pagamento da comissao. Dasta forma, haveré uma adenuada correlacêo de gastos com réditos,

IRC
As comissêes pagas a mo residentes estin sujeitas a retencao de IF€ & taxa de 15%, axcepto nos casos
em aue exista acordo de dupla tribulagac.

Conta 6226 — Conservacsig e reparario


Nesta conta sac contabilizados os materiais de conservacëc e reparacëna adnuiridas, bem como as servicos de
CONSErvarBa 8 reparar&o prestados por terteiras aus maa cumpram as eritërias de reconhecimenta de activos.

Conta 6228 — Outros


Esta conta, de ratureza residual, destina-se ap reconhecimento de gastos com serviëos especializados gue
no se encontrem previstos nas cenias anterioras,

Conta 623 - Materiaig


MNesta conta existem as seguintes subcontas:
6231 Ferramentas e utensitios de desgasle rêpido
6232 Livrese documentacën tenica
6233 Material de eseritério
62 Arligos para olerla

6238 Oulros

Conla 624 - Energia e fluidos


Nesta conta existerm as seguintes subeontas:
6241. Elertricidade
6242. Gombustiveis
6243. Agua

f244. Outros

Gonta 625 - Desloracies, esladas e transporles


Esta conta apresenta as seguintes subeontas:
6251 Deslorarfes e'estadas
6252. Tranenortes de passoal
244 Transnorles de mercadorias

6258 Dulros

7a
SNG EXPLIGADO Gariruia 7 Watureza e WMnuimoentagdn das Contas

Conta 26 - Servicos diversos


Esta conta apresenta as seguintes subrontas:

Ge61 Rendas e alugueres


6262 Gomunicaga0
6263 Seguros
Be64 RFoyallies
6265 Contenciasa e notariada
6266 Despesas de represenlag0
Be67 Limpeza, higiene e conforta
F268 Oulros Servicos

Canta 6261 - Rendas e alugueres


Nesta conta apenas se podem regjistar os gastos com lpcagées operacionais (ver caplitulo 13). As lbrag6es
financeiras s&0. em substência, financiamentos obtidos para compra de investimentos, pele aue naa podem ori-
dinar moevimentos nesta conta.
As locagBes operacionais podem incluir.
—lerrenos;
—edificios ou parte deles;
—eguipamentos (da esoritirio, fabris, de venda, ete.)

(onta 22 - Gomunicacda
Esta conta regista os gastos de comunicagao da entidade: telefonies, telemoveis, internet, faxes, correips, etc.
A criac&o de subcontas por natureza dos gastos e por localizacêo poderd ser util como ferramenta de con-
trolo dos gastos.

Corta 626d - Seguras


Mesta conta registam-se os gastos com seguros due nn sejam:
— rtelativos ao pessoal e 6rgaos sociais, os auais sa contabilizados na conta 63;
— relativos & compras de inventarios, os guais integram o cuslo de compra;
— relativos a compras de investimentos, os guais integram n custo do respectivo activo.

Incluem, normalmente, seguros para lyeros cessantes (interrupgao de actividade), seguro de incëndio das
instalacëes e inventërios, seguros contra roubo, seguros automdveis, etc.

Canla 6264 — Aayalties

Nesta conta registam-se os gastos com royallies devidos a tercelros por licenGas, know-how, marcas, paten-
tes, processes de fabrica, ete.
Os royalties representam um gasto directo de vendas ou prestacao de servigos, pelo due, sempre due se
reconhecer rédilo na venda de bens ou na prestacao de servicos, ter& de ser simultaneamente reconhecido
como gasta o carespondente montante dos royalfies a pagar (principia da correlacao de gastos com Droveltos).

IRG
De acordo com o Cédige do IRC, as entidades due paguem royalties devem efectuar retencao na fonte, nos
seguintes termes:
—titular do rendimernto residente no territêrio portuguës — 20% (n.” 5 do artigo B7.”),
— titular do rendimerito née residente no territéria portuguës - 25% (n.” 4 do artigo B7.”).

Nos termas da alinea b) do n.” 6 do artigo B7.”, do Cédigo de IAC, nio se aplica a taxa prevista na alinea g)
do n.” 4 do mesmo artiga (10% durante os primeiros nuatro anos contados da data de aplicac&o da Directiva

475
CRPErLG 1 Natureza e Movlrmemtacaa dia Contas SHE EXPLICADO

n.” 2003/49/GE, da Conselno, de 3 de Junho e 5% durante os guatro anos seguintes, desde due verificados os
termos, reguisitos e condic6es estabelecidos na raferida directiva, sem prejuizo do disposto nas convengies
bilaterais em vigor) em caso de existência de relacoes espetiais, nos termos da disposto no n.” 4 do artigo
63.*, entre o pagador ou o devedor e o beneficiërio efeclivo dos juros ou royalties, ou entre ambos e um ter-
ceiro. a0 excesso sobre a montante dos juros ou royalties gue, na ausência de lais relac6es, teria sido acor-
dado entre o pagador e o beneficidrio afectiko.

Conta BZ66 - Despesas de representagan

IREC
Segundo o n.” 7 da artigo B8.* do Cédigo do |HC, consideram-se despesas de reprasentacëo, nomeada-
mente, as suportadas com recepcoes, refeigëes, viagens, passeios & espectaculos ofereridos na pais ou na
estrangeiro a clientes ou a fornecedores ou ainda a auaisnuer Outras pessoas ou entidades.
Da arordo com 6 n.” 3 da artigo 88.” da Cdign da IRC, as despasas de representagëa dedutiveis san
nbiecta de tributacao autonama a taxa de 10%,

IVA
Mos termos da artigo 21.” do Cidiga do MA, ewclui-se do direilo & deducëa o IVA incluida nas despesas
abaixo indicadas:
—despesas de tansportes & viagens de negocios do sujeito passivo do imposto ë do sau pessoal, incluindo
as porlagens;
—despesas respeitantes a alojamento, alimentagëo, bebidas a tabacos & despasas de recepreën, incluinde
as relativas ao acolhimento de pessoas estranhas & empresa e as despesas relalivas a Imiveis ou parle de
imOveis & seu eauiparmento, destinadcs principalmente a tais recepooes;

— despesas de divertimento e de luwo, sendo consideradas ceomo tal as gue, pela sua natureza ou pelo seu
montante, nan Eonstituam despasas normals de exploracao.

Conta F267 —Limpeza, higiene e conforta


Nesta conta registam-se os gastos com prestardo de servitos de lmpeza, higiene & canforlo ou as compras
de artigos de limpeza, higiene & conforto.

Conta G268 — Outros servicos


Esta conta regista os serviGos nêo incluidos nas contas anteriores, por example, informacëes eomereiais,
anunrcios, publicaoëes ofiriais, ete.

Gonla 63- Gastos cam n pessaal


Esta conta regista as remuneragoes ao pessaal & OrgAas socials, bem camo os encargos da entidade sabre
eseas remuneracëes, pelo gue possui as seguintes subcontas

631 RemuneragGes dos 6rgëes sociais


632 RemuneragBes do pessoal
633 Beneficios pAs-amprega
6331 Prémias para perisies
6332 Outras benellcins
634 Indermnizacoes
648 Encargas sobre remuneraGoes
636 Seguros de aridentes no trabalho e doentas proiissioneis
637 Gastos de arcao sarial
638 Dutros gastos com 0 pessoal

MG
SNC EXFLIEADA CARITULDO 1. Maturaza a Mouimentacdo das Corntas

Canta 641 - Remuneratdes das drgëas soriais


Nesta conta incluem-se as remuneragëes dos Drgaos soclais da entidade (Mesa da Assembleia Geral, Con-
selno de Administrac&o, Conselfia Fiseal ou Fiscal Unico, Conselho Geral, Direcgao, ste).
Pade ser subdividida por 6rg&o social e, dentro deste, por tipa de remuneracao.

Conta 632 - Remuneratëes do pessaal


Mesta conta registarm-se os ordenados e salêrios iliduidos do pessoal, bem como as remuneragies adicionais.
Deve ser subdividida por tipo de remuneragëo: ordenados e salêrios, horas extraordinarias, subsidlo de Natal, sub-
sidio de férias. vencimento de férias, comisses, prémios, subeidio de trabalho rocturmo, ajudas de custa, abonas
para falhas, prêmios e gratificacëes, etc. (Ver movimentacaon desta conta nos comentêrios sobre a conta 231)
De acordo com o Cédiga do IAC, as ajudas de custo e os encargos com compensacaa pela deslocagëo em via-
tura préprie do trabalhador, ao servico da entidarie patronal, nêén farturados a clientes, escriturados a aualduer titulo:
-— iëo sêo dedutlveis sempre aus a entidade patronal nio possua, por cada pagamento efactuado, um mana
de controlo das deslocacêes, exceplo na parle em due haja lugar a tibutagao em sede de IRS na esiera
da respectivo beneficiërio (alinea f) do n.” 1 da artigo 45.”);
-$8D tributados autonomamente & taxa de 5% guando considerados dedutiveis, excepto na parle em dua
haja lugar a tributac&o em sede de IRS na esafera do respectivo beneficiërio n.” 9 do artigo BE.”).

Conta 6331 - Prêmias para pensies


Riespeila aas prémias da nalureza em epigrafe destinados a entidades exteras, a lm de gue estas venham
a suporiar oporkmamente os encarges com o pagamenio ae pensées aa pessoal.

Conta 644? - Outros henelicios pês-emprega


Contabilizam-se nesta conta os gastos com beneficios pés-emprego aue nao sejam pens6es. Por exemplo:
Cuidados médicos plis-emprego e seguros de vida pis-emprego, etc, (Ver movimentafaa desta conta nos
comentarins sobre a conta 274.)

Conla GA4 - Indemnizagiies


Esta conla regista os gastos com indemnizagoes ao pessoal & aos Argaos soriais, por exemplo, com cessa-
G&o de contrato de trabalto. E debitada por crédito da conta 12 - Depésitos & ordem, caso a indemnizarao
tenna sido paga, ou por erédito da conta 2722 - Credores par acrêscimos de gastos, caso o gasto seja rece-
nhecidoa antes do pagamento,

Conta 638 - Fncargas sabre remuneracaes


Nesta conla sa contabilizados os gastos relatives & contribuigaa da entidade para a seguranca social, inel-
dente sobre as remunerag6es pagas aos 6rgaos sociais e ao pessoal. (Ver movimentacao desta conta nos
Ccomentarios sobre a eonta 231.)

Canla 646 - Seguras de arcidentes no trabalha e doentas profissionais


Esta conta regista os gastos com prémians de seguros de acidentes de traDalho e doengas profissionais. (Ver
movimentacao desta conta nos comentêrios sabre a conta 284.)

Conla B37 - Gastns de aegio social

Nesta conla sêo contabilizados os gastos da entidade com acgan social, nomesdamente, os gastos COM;
—tantinas e refeitêrios:
—treches;:
—assistência médica e medicamentosa;
— eomplementos de subsidios de doenca:
— gastos om actividardes desportivas e culturais.

di]
Carina 1 Maturaza e Mavlimentacin das Canis SNC EXPLICAND

Conta 638 — Outras gastos com o pessoal

Nesta conta sao inclulidos os gastos com o pessoal naa previstos nas anterlores contas, por exemplo, gastos
com formacëo do pessoal, gastos com pês-graduaG@es. mestrados, doutoramentos ou com outros cursos e
semindrios, gastos com recrutamento de pessoal, lardamentos, ete.

Conta 64- Bastns de depreciagdo e de amorlizagëo


Nê&ta conta sao contabilizedos os gastas de depreciacëo das propriedades de investimento (guanda se adopla
o models do custa na sua mensuracao) & dos actvas jixas langiveis e de amortizac&o dos activos intanglveis,

Por isso, existem as seguintes subcontas:

6d1 Propriedades de investimento


642 Arctivos fixos tangiveis l
643 Activos intangiveis

Esta conta & debitada pelas depreciagaes & amortizacies do periode, par contrapartida das contas 428 - Pra-
priedades de Investimento, 438 - Activos fixos tangiveis e 448 — Activos intangiveis.

De acordo com o cédige da IRC:


—nao san aceites coma gastos as depreciacaes das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte car- |
respondente ao custo de aguisic&o ou an valor de reavaliacëin excedente a 40 000 €, bem ceomo dos har-
COS de recreio & avibes de turismo e todos os gastoes com estes relacionados, desde aue tais bens nae
estejam afsctos & explorac&o de servico publico de transportes ou nag se destinem a ser alugados no
exerclcioa da actividare narmal do sujeito passivo;
Ë
— san ibutadas autonomamente excluindo os veiculos movidos exclusivamente a energia elêctrica, oe
encargos deduliveis, suportados palos sujeitas passivas naAa isentos subjectivamenie & aue exersam, a !
titulo principal, actividade de natureza commercial, industrial ou agricola:
ea taxa de 10% na caso de encargos Com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motes ou motoelolos; N
ea laxa de 5% no caso de encargaos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujos niveis homolaga- |
dos de emissêa de CO. $ejam inferiores a 120 gikm, se movidas a gasolina e Inferiores a 90 g/km, sê |
movidos a gasoleo (em ambos os Cass ê neceessria a oblencëo da certificada da conformidarde);
sa taxa de 20% no caso de encargos cam viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, cujo ousto de anuisi-
GED seja superior a 40 00D €, guando os sujeitos pessivas apresentem pre juizos fiscais nos dois periodos |
de tributacan anteriores aaguele a aue as referidos encargas digam respeito.

Ganta 65 - Perdas por imparidade


Plesta conta registam-se as perdas por imparidade de aclivos. Possui as seguintes subeontas:
661 Em dividasa receber
652 Em invertdrigs
623 Em investimentos financeiros
654 Em propriedades de investimentg
665 Em activas fixas tangiveis
656 Em artivos intangiveis
fin7 Em investimentos em curso
658 Em activos nio correntes detidos para venda
Esta conta é debitada pelas perdas por imparidade do periodo, por contrapartida das contas:
219 Perdas por imparidade acumuladas (Clientes) |
229 Perdas por imparidade acumuladas (Fornecedores);

478
SHE EXPLIGADO Carirutn 1 Naturaza a Mavimentacda das Conlas

249 Perdas por imparidade acumuladas (Pessoaly;


269 Perdas por imparidade acumuladas (Accionistas/sêciosy;
df9 Perdas por imparidade acumuladas (Outras contas a receher e a pagar),
329 Perdas por imparidade acumuladas (Mercadorias)
did Perdas por imparidade acumuladas (Matérias-primas, subsidiërias e de consumo),
49 Perdas por imparidade acumuladas (Produtos acabados e intermédios),
459 Perdas por imparidade acumuladas (Subprodutos, desperdicias, residuns e refugos);
36 Produtas e trabalnias em curso
s7 Artivas biolêgicos
419 Perdas por imparidade arumuladas (Investimertos financeirosk
429 Perdas par imparidade acumuladas (Propriedades de investimentoy;
4ag Perdas por imparidade acumuladas (Activas fixos tangiveis)
dag Perdas por imparidade acumuladas (Activos intangiveis]; e
469 Pardas par imparidade acumuladas (Investimentos em curso]

Conta 66 - Perdas por reducdes de justo valor


Nesta conta sao registadas as perdas por reducëes do justo valor, sempre due & adoptada o justo valor
com metode de mensuragëo & guarida as respetlivas perdas van a resullados.

Eela conta possui as seguintes subceontas:


EI Em instrumentos financeiras
662 Em investimentos financeiros
6E Em propriedades de investimenta
664 Em activas biolêgicos

Esta conta é debitada por crédito das contas:


14 Outros instrumentos financeiros
A1 1212/4132 Investimenios Hinanteiros
42 Propriedades de investimenio
31 Activos bloldgicos

Conta 67 - Provisaes da periodo


Esta conta regista os gastos no perlodo decorrentes das responsabilidades cuja natureza esteja claramente
definida e gue & data do balanco sejam de ocorrência provêvel ou certa, mas incertas guanto ao seu valor ou
data de ocormênGia.

PosSui ag seguintes subcortas;


G71 IMpostos
672 Garantias a vlientes
G7d Pracessos judiciais em curso
674 Aridentes no trabalho e doencas profissionais
675 Matêrias ambientais
676 Contrataos onerasas
6rT Reestruturacio
678 Outras provisaes
Estas contas debitam-se por erédito das contas 201 a Z98.

479
Cariruta 1 Maturaza a Moulmanlagtia das Cantas SNC EXPLICAOG

Conta 68 - Outras gastos e perras


ESta conta possul as seguintes subcontas:
681 Impostos
GB? Descontos de pronto pagamenta concedidas
6A3 Dividas incobriveis
GEd Perdas em invertdrios
685 Gastos e perdas em subsidiërias, associadas e empreendimentos conjuntos
GB6 Gastos e perdas nos restantes investimentos financeiros |
687 Gastos e perdas em investimentos nio finanreiros )
GEB Outros

Conla Ge1 - Impastas


Nesta conta redistam-se os gastos com imposios e taxas, com sxcepaa des impostos sohre lueros due san
contabilizados na eanta B12. Possui as seguintes subcontas:

6B11 Impostos dirertos


6&12 Impostos indirectos
GR13 Taxas I
Os impostos dirëctis sêp Ds impastas sabre a rendimanto au sobre a patrimênio.
Os impostos indirectps destinam-se a tributar a riguaza por via da tributacao do consumo, SêAg exemplos o
MA eo imposto do selp.
As taxas 830 normalmenie pagas a entidades oficiais e instituicoes diversas, em decorência da actividade I
da entidade, incidindo sobre vendas, produ, Eonsumos, etc.
Esta cant debila-se pela liauidacao do imposto ou taxa, por erédito da conta 24 —-Estado e outros entes pUblicos.

Conta 682 —- Descontas de pronio gagamenta concedidas


Nesta conta s&o incluidos os descontos de pronto pagamento canoedidos, auer sejam incluidos na factura, )
Ouer sela atribuidos posteriormente. Esta conta debita-se pelos descontos concedidos aos clientes, por crêdito
da conta 71 -Vendas ou 72 - Prestacëes de servicos, se n desconto cornslar da factura, ou da conta 211 —Glien-
ies r/c, se o destonto fer atribuida posteriormente,
Em cerlos sectores de actividade, existem descontos de pronto pagamento elevadoes guando comparadas
com a taxa de juro de mercado, por exempla descontos de 7% para pagamentos em 40 dias, sendo a taxa de
juro de 5 a 6% ao ano. Embora esses desconlos sejarm denominades de pronta paagamento, em suhstência, COr-
respondem a destcontos comerciais, devendo ser cantabilizades eomo al.

Conta 684 - Dividas incobraveis


Apenas regista, por contraparlida da cerrespondente canta da classe 2, as dividas cula incobrabilidade se
verlfigue no perlodo e gua nêo Hvessem sido consideradas anteriormente em situardo de imparidade,

Conta 684 - Perdas em inventêrios


Apenas regista, por contraparlida da corespondente canla da classe 3, as perdas Au se verificarem no
periodo e gue nia Hvessem sida consideradas anteriormente em silvacëe de iImparidade.

Mesta conta recarnhecem-se as perdas am inventërios provenientes de sinistras, guebras e outras, pelo due
Bxistem as seguintes subcontas:
BAA1 Sinistros
684? (uebras

6848 Outras perdas

460
SHE EXFLIGAOO Darirutu1 Matureza a Muwimentaclin das Cuntaz

Sinistros
Mos sinistros gue originam uma pearda para a entidade. a conta B84 & assim movimentada:

Debita-se:
— palo montante dos inventarios sinistrados, por erédito da conta 38:
Credita-se:
— pelo montante das indemnizaglies recebidas ou a receber, por crédito da canta 12-Depasitis & order ou
278 —- Outros devedores e credores.

@uebras
Em caso de guebras nos inventdrias, a conta GB4 é creditada por débito da conta a8.

Gonta 85 - Gastos a perdas em Suhsididrias, assoriadas e empreendimentos tonjuntas

Nesta eonta sê contabilizedas os gastos e perdas com suheidiërias, aseoriadas e ermpreendimentos conjuntas.

Esta eonta inclui as saguintes subeontas:

BB51 Coberlura da prejuizos


GAS? Aplicacan do mêtado da eguivelência patrimontal
BE53. Alienardies

6638 Oulros gastos e perdas

A conta 6851 apenas pode ser movirentada caso se ardopte o mêtado do custo na mensuracaa destes
investimentos, sende débitada pela montante da cobertura de prejuizos deliberada em Assembleia Geral, por
erédito da conta 12 - Depêsilos & ordem ou 2/8 - Outros devedores e credores.
A conta 6852 apenas node ser movimentada guanrdo se adopta o mêtedo da enuivalência patrimonlal,
sende debitada pela guota-parle da entidade no prejuizo da investida. por erédito da. conta 41- Investimentos
financeiros. O resultado da investida evidenciado nas suas Contas estatulêrias deve ser ajustado para reflectir o
eieito de (i) diferencas de critêrios contabilisticos face aas oritërios da investidora, os nuais devem prevaleter
para o efeito, e (ii) resultados nê6 realizados entre a investida e a investidora.
A conta BASA regista as perdas na alianatao de investimentos finaneeiros.

A cConta BA58 raaista outros gastos & perdas com investimentos financeiros, par exemplo, perdas de diluicaa
de participacfes financeiras mensuradas pelo mêtodo da eruivalência patrimanial.

Canla 686 - Gastas e perdas nos restantes investimentos financeirgs


Esta conta destina-se a recanhecer os gastos ae perdas com irwestimentos financeiros noue nêo sejam em
subsididrias. aseoriadas e empraandimentas conjuntas.

As subcontas desta canta reflectem a natureza dos rendimentas:

GA61 Cobertura de prejuizos


862 AlienagBes
Ta

BA6B Outros gastos e perdas

A conta 6B61 é debitada pela montante da cobertura de prejuizos deliberada em Assembleia Geral, por cré-
dito da conta 12- Depasitos & order ou 278 - Outros devedores ea oradores.

A conta 6B62 regista as perdas na alienac&a de investimentos financeiros

Conta 687 —- Gaslos & petdas em investimenlos nia finanreiras


Nesta conta s#0 reconhecidos os gastos e perdas em investimentos nao financeiros, isto ë, propriedades de
investimenta, activos fikas tangivels, actvos intangiveis e activas nêo oormrentes detidos para venda.

BRLER Aa
das Contas SNE EXPLICANO
Garjmin 1. Naturaza a Movimentacëa

Esta conta possui as seguintes subconias:


671 AlienaGDes
GB72 Sinistros
GO73 ADalEs
GB7A. Gastos em propriedades de investimento

GE7B Oulros daslos e perdas

AlienacBes
Nas alienacêes gue originam uma perda para a entidade, a conta B871 é assim movimentada: |

|
Debita-se:
— pela transferncia do custo das imobilizagêes vendidas, por crédito das contas 42 - Propriedades de investi-
merito, 43 - Activos fixos tangiveis, 44 — Activos intangiveis, 45 - Investimenios em curso ou 48 —- Activos nao
correntes detidos para venda,

Credita-se'
— pelo preco de venda (descontado, caso o pagamento seja diferido a longo prazo, sem juros) dos investi-
mentos alienados por débilo da canta 12 - Depisitos & ordem ou 278 - Oulros devedores e credores,
— pelo valor das depreciacBes e amortizacêes acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas, por |
transierência das contas d?B, 429, A3B, 438, 448, 449, A5A a 469.

Sinistros
Nos sinistros aue originam uma perda para a entidada, a conta 6872 ê assim movimentada:

Debita-se:
— pelo moritante dos investimentos sinistrados. por erédito das contas raspectivas, 42 - Propriedades de investi- |
mento, 43 — Activos fios langiveis, A4 —- Activos Intangiveis, 45 - Investimentos em eurso ou 46 - Aclivos nan
corentes detidos para venda.

Credita-se:

— pelo montante das Indemnizacëes recebidas ou a receber, por erédito da conta 12 - Depositos a ordem ou
278 - Outraos devedores e eredores.

Abates
Nos abates. esta conta é debitada por crédito das respectivas contas dos bens abatidos (42 - Propriedades
de investimento, 43 — Activos fixos tangiveis, 44 —- Aclivos intanglveis, 45 — Investimentos em curso ou 46 - Acti-
vos nêa correntes detidos para venda) e por débito das depreciacëes e amorlizagoes acumuladas e das peardas
por imparidade acumuladas desses bens (das contas 478, 429, 43B, 439, 448, 449, 469 e 469).

Gastos em propriedades de investimentas


Refere-se aos dispêndios em propriedades de investimento gue nao cumprem os critërios. para reconheri-
mente como activo, É debitada pelos gastas incorridas, por caontrapartida da conta 12 — Depoesitos & ordem a )
221 - Formecedores ele.

Conta 6A8 - Outros


Esta Gonta. de natureza residual, destina-se an reconhecimento de gastos 8 perdas nao pravistos nas
demais contas da rlasse 6, apresentando as seguintes subcontas:
68A1 ComeroEes relalivas 2 periods anteriores
'6RA2 Donalivos
GRA. OuDlizaGres
6RB4 Ofertas e amastras da invertdrios

482
SNEC EXPLIGADO Cariruinu 1 Maturaza a Mowimentatdo das Cantas

GBBS. Insuficiëneia da estimaliva para impostos


GERS Perdas em instrumentas financeiras

6838 Outros nag esperificadas

Canta GAAT - Garrectaes relativas a perindas anteriores


Nesta conta sao registados os efeitos de erros de anos anteriores due nao assumam expressêo signiti-
cativa.

Caso os ermos sejam relevantes, nos terms da NCRF 4 — Politicas contabilisticas, alteracêes nas astimativas
Contahilisticas e erros, devem-se reexpressar as nguantias Eomparativas para a periade anterior aprasentado em
noue tenha ocorrido o erro ou, Sa D efa oeorrey antes do periode anterior mais antigo aprasentadn, deverm-se
reewpressar Ds saldos de abertura dos artivos, Dassivos e capital prêprio para o periodo mais antigo apresen-
lado, existindo, na entanto, limitagdes & reexpressaa retrospertiva (ver capitula 5 —- Politicas Contabilieticas, Alte-
ragOes de Estimalivas Contabilisticas e Erros).

Ganta bA4 - Ofertas e amnstras de inventêries


Esta conta é debitada pelas oferlas e amostras gratuitas de existências da entidade gue se destinem a
verda, por crédito da conta 38 - Rerlassificagëo e regularizacac de inventêrios e activos biolégicos. As ofertas
de artigos Eomprados especificamentie para esse firm sêo contabilizadas na conta B234 - Artigos para aferta.

IVA
Segundo a alinea f) do n.” 3 do artigo 8.” do Caodigo do MA, considera-se transmiseëo de bens, logo. tiDu-
tada em IVA, a transmissan gratuita de bens da empresa auando, relalivamenle a esses bes ou aos elermentas
due os eonstituem, tenha havido deducëo tolal ou partial do imposto. Excluem-se do regime estabelecida par
esta alinea as amostras & as ofertas de pedueno valor em conformidade com os usas comerciais,

Canta 6885 — Insuiiciëncia da estimaliva para impastos


Esla conta regista a insuficiëncia da estimativa para impastos sobre lucros cantabilizada no exercicia
anterior.

E debitada pela diferenca entre a estimativa efectuada no exerclcio anterior & o montante definitivamente
apurado pela entrega da declaracëo de rendimenlos. A conlrapartida desta conta é a conla 241 - Estado ea
Cutras entes publicos — Imposto sabre o rendimento,

Canta GB&B - Perdas em instrumenlos linanteiras

Fegista as perdas relacionanas com a eanta 14 - Instrumentos Hinanceiros.

Fanla GE7 - Desnesas nio darumentadas (a criar)


Nêo existindo no Cédigo de Contas uma conta especifica para despesas confidenciais ou nao doeumenta-
das, recomenda-se a Criagëa desta canta.

Nos termos da cédigo do IRC, as despesas nao documentadas:

— NAD Sao aceiles camo gastos (alinea g) do n.” 1 do artigo 45.”);


— AD tribuiadas autlonomamsente:
“ataxa de 50% (n.” 1 do artigo BB.”); ou
ea taxa de 70% guando efectuadas por sujeitos passivos total ou parcialmente isentos, Du aus nan exel-
cam, a titulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agricola (n.” 2 do artigo BA.”).

Conta GES8 - Outros no esmerilicados


Esta conta regista os gastos e perdas nêo previstos em nenhuma das demais contas da classe 6.

483
das Contas
Cariruie 1 Maturaza e Movimentagae SNG EXPLICADO

Conta 69 - Gastose perdas de financiamenta


Nesta conta registam-se os gastos com financiamenta obtido. Possul as seguintes subeontas:
691. Juros suportados
B911. Juras de financiamenias obtidas

6918 Outros juros


692 Diferencas de cêmbio desfavoraveis
E921 Relativas a [inanciarmentos oblidos

928 Outras

698 Outros gastos e perdas de financlamento


6981 Relstivos a linanciamenlas oblidas

6ABa Dulros

As contas 691, 692 & 698 poder&o ser subdivididas por tipo de financiamento. Por outro lado, poderao ser
oriadas subcontas (683 a 697) para registar diferentes nalurezas de dastos financeiros.
SN EXPLIGADO CAriuLA 1 Maturezs ea Mawvimantacfin das Gontag

Contas da classe 7 - Rendimentgs


Esta classe evidencia os rendirmentas da periode. (s rendimentas integram:
— fédito;
—gannos.
D rédito coresponde aas rendimentos obtidos em conseauëneia da actividare da entidade: verdas, presta-
GOBs de servicos, etc.
Ds ganhes respeitam a rendimentos obtidos aue nêa canstituem a actividade da entidade, Por exemple:
donativos recebidos, subsidios recebidos, venda de activas fixas tangivels.
A auestan central na contabilizacao dos rendimentos coneiste em determinar o. momento de reconhercimenlo da
rérdito. Outra impariante guest#o consists em determinar o valor do rédito a ser reconhecida (ver capitulo 20 - Rédita),
Esta classe apresenta as seguinies contas;

71 Vendas
72 Prestacies de servicos
7a Variacies nos inventdrios da producio
74 Trabalhos para a prdpria entidade
75 Subsidios a exploracëo
76 Reversies
71 Gankos por aumentas de justa valor
78 Outras rendimentos e ganhos
79 Juros, dividendos e outros rendimenlos similares
As contas de rendimentos incluem contas de natureza oredora e contas de natureza devedara.
As cantas de natureza credora terin coma contrapartida as saguintas contas:

Vendas e prestacao de servicos a pronto pagamento e outros rendimentos recebidas:


11 Gaixa; Ou
12 Dep6sitos 4 ordem
Vendas e prestaciio de servicos a crédito e outros rendimentos nêo recebidos:
21 Clientes (guando existir factura ou nota de débito)
2721 Devedores por acréscimo da rendimentos (guando nio axiste faclyra ou nola de débita)
A classe 7 integra as seguintes contas:

Conta 71 - Vendas
As vendas, representadas pela facluracëo, devem ser deduzidas do VA e de outras impostos e ineidêneias
nos Easos em gue nela estejam incluidos.
A conta 71 - Vendas inclui as seguintes subcontas:
711 Mercadorias
712 Produtos acabados e intermedios
713 Subprodutos;, dasperdicios, residuas e refugos
714 Artivos hiolégicos

716 [VA das vendas cam impasto incluida


717 Devolucoes de vendas
718 Descontos e abatimentos em vendas

As contas 711 a T14 sin da matureza credora, endguanto as contas 716 a 718 sêo de natureza devedora.
Assim, as vendas liduidas san-nos dadas pele saldr liduida da conta 71,

Aën j

MEN
Garlutc 1 Malursza e MavlmenlagHie das Cantas SNC EXPLICADO

Conla 711 - Mertadarias


Nesta conta sa0 registadas as vendas de mercadorias. As mercadorias correspondem aos bens adnuiridos
pela antidade com destino a venda, desde aue nao sejam obiecto de trabalho posterior de natureza industrial.
Na elaboragëa de conias consolidadas, hê necessidade de se proceder & transferêneia desta conta para a
Gonta Vendas - Produios acabados e intermédios, sempre due uma subsidiëria comercializar bens fabricadas
por oulra empresa do grupa.

Conta 712 - Produlas arakados e intermêdins


Nesta conta sao registadas as vendas de produtos acabados e intermédips. Os produtos acabados e inter-
médios correspondem a bens provenientes da actividade produtiva da entidade, assim corno os aus. embora
normalmente reentrem no proeesso produtivo, possam ser objecio de venda.

Conla 713 - Subprodulos, desperdicios, residuas e relugas


Mesta conta serëo registadas as vendas de bens de natureza secundaria, provenientes da actvidade produ-
tiva, sendo os subprodutos obtidos simultaneamente com os produtos principais.

Conta 714 - Artivos bioldgicos


Nesta Conta serao incluidas as vendas de activos biolégicos (animais e plantas vivos).

Gomentari contas 7

IVA
De forma a dar eumprimento aas reguisitos do Cédigo do IVA, as contas de vendas devem:
i) Ser subdivididas por mercados:'
— mercadn naeienal:
- mercado comunitria;
— mercado extracomunitêria,
i) evidenciar, separadamente. as vendas sujeitas e as vendas isentas de VA,

Transereve-se a seguir o artigo 44.” da Cidigo da IMA:

Art.” 44.”- Reguisitos de contabilidade b) OD valar das operacëes isentas sam direita &
1—A contabilidade deve ser organizada de forma a dedurao;
possibilitar o eonhecimenta clara e ineduivaca das c) O valor das operac6es isentas com direito a
elementos necessarios ao calculo do imposto, ber dedugao;
Como a permitir o seu controlo, comportando tados d) O valor do imposto liguidado, segundo a taxa
os dados neacess4rins ao preenchimento da declara- aplicavel, cam reievacao distinia do respeitante
Gin perindica da imposto. as operacbes referidas nas alineas f eg) do na
2 - Para cumprimento do disposto no n.” 1, deve- do arligo 3.” e nas alineas a) e b) do n.” 2 do
ra0 ser objecto de registo, nomeadamente: artigo 4.”, bem come dos cases em Oue a res-
a) As transmissêes de bens e prestacêes de servi- pectiva liguidacac compsate. nos lermos da lei, ab
GOS efectuadas pelo sujeito passivo; ardauirente.
b) As importacies de bens efectuadas pela sujeito A — As operacbes meneionadas nas alineas b) &
passivo ea deslinadas as necessidaries da sua c) do n.” 2 deverao ser registadas de forma a evi-
empresa; denciar:
C) As tansmissêes de bens & prestagies de ser-
al O valor das aperagBes cujo imposta & total ou
vico efectyadas ao sujeito passivo no auadro da
parcialmente dedutivel, liguido deste imposto;
sua aclividade empresarial.
b) O valor das operagOes cujo imposto é total-
3— As operac6es mencionadas na alinea a) do
mente excluido do direito & deducao;
numero anterior deverao ser registadas de forma a
evidenciar: c) O valor das aauisicêes de gaséleo;
a) O valor das operagëes nio isentas, liguidas de d) O valor do imposto dedutivel, segundo a taxa
ITposio, segundo a taxa aplicavel; aplicavel.

486
od
SNG EXPLIGADD Cariruin 1 Maturaza & Mauimentacie ds Gantas

O arligo 45.” do Cédigo do VA, abaixo trangerito, presereve o prazo para registo das vendas,

Art.” 45.” - Regista das operag6es em caso de 2 — Para tal efeito, as facturas, documentos eguiva-
emissao de farturas lentes & gulas ou notas de devolugën, incluindo os
1- O registo das operagées mencionadas na all- emitidos, em norme & por conta do sujeita paseivo,
nea a) do n.” 2 do artigo anterior deve ser efectuado pela préprio adauirente dos bens ou dos services ou
apos a emissaD das correspondentes facturas, até a por um terceira, $erBo numerados seguidamente, em
apresentacao das declaracëes a Oue se referem as Uma ou mais séries corvenientemente referarciadas,
artigos d1.” ou 43", se envladas dentro do praza devendo conservar-se na respectiva ordem os seus
laaal, ou alé ao fim dasse prazo, se essa Obrigacao duplicados e, bem assim, todos os exemplares dos
nano tHiver sido Eumprida. gue tiverem sida anulados ou inutilizados, com os
averbamentos indispensaveis a& identificacao daagus-
les gue os substituirarm;, se for casa disso,

O artiga 40,” do Gidiac da IVA, gue se ttansereve abaixo, regula a dispensa da obrigacao de facturacëo & a
obrigatoriedade de emissio de ales de vendas.

Art.” 40.” — Dispensa da obrigacao de facturagaa e &) Dernominacaa social & numers de identificacao fiscal
obrigatoriedade de emissao de talêes de vendas do fomecedoar de bens ou prestador de servicos;
1- É dispensada a obrigacao de facturaGêo nas b) Denominacëa usual dos beris transmitidos ou dos
Operacëes a seguir mencionadas sempre due o servicos prestados:
Cliente seia um particular gue naa destine os bens ou c) OD preceo liauida de imposta, as taxas aplicêveis
servigos adauiridoe ao exerricio de uma actividade 8 o montante de impGosto devido, ou 0 praco
comercial, industrial ou profissional & a transaceëa com a incluséa do imposto a a taxa ou laxas
seja efectuada a dinheiro: aplicêveis.
a) Transmissêes de bens efectuadas por retalhis- 4- Os ratalnistas e prestadores de servios abran-
tas ou verndedores ambulanies; gidos pela dispensa de facturacdo previsla no n.” 1
estap sempre obrigados a emitir faciura guanda
b) Transmissies de bens faitas através de apare-
transmitam bens ou services a sujeitos passivos do
hos de distribuizap automatica;
imposta, bem come a adagulirentes nêo sujeitos passi-
C) Prestacëes de servicos em gus seja habitual a vos aus exijam a reaspectiva emissêo.
emissap da talaa, bilhete de ingresso ou de
5 — A dispensa de facturacëo de aus tata 0 n.” 1
transport, senha ou outro document impressa
pode ainda ser declarada aplicével pelo Ministro das
8 ap porlador, Fomprovativo do pagarmenta;
Finangas a outras categorias de suijeitos passivas gus
d) Dutras prestacies de servicos cujo valor seja formecam ao publico servicos caracterizados pela sua
inferior a € 10. uniformidads, feguëncia e valor limitade, sempre gue
2 — Nao obstante o disposto no nimero anterior, as a exlgéëncia da obrigacao da facturatao & obrigacaes
retalhistas e os prestadores de servicos sêo obriga- Conexas se revele particularmente anerosa. D Ministra
dos a emitir talê&e de venda previamente numarado, das Financas pode ainda, nos casos em aue julgue
mos termos do artigo 5.” do Dacreto-Lei n.” 19a/A0, Corveniente, e para os fIns previstos nesta lei, edguipa-
de 19 de Junho, ou afravês de maauinas registado- rar certos dorumentas de uso comercial habitual a
ras, lerminals eleetronicos ou balantas elgetronicas facturas.
GEM registo obrigateria das operarëes na role interna 6 —O Ministro das Financas e do Plan poda;, nos
da fita da maruina, por cada tansmissêo de bens ou Casos am gus o disposto no n.” 1 favoreca a evasaa
prestacaa de servicos, fiscal, restringir a dispensa da facturac#o al prevista
4 — De taldes de venda dever ser datados, nurnera- Ou ekigir a emissaa de documente ardeduardo a'eom-
das senuencialmerte e conter os seguintes elementos: provagëo da operacêo efectuada.

Aai
GAPIEUE DT Maturera a Movwimentatdn das Cantaa
SND ERPLIEADG

dos
No artigo 46.” do Cédigo:do VA; igualmente transerito abaixD, estabelecerm-se as obrigacoes de registo
retalnistas & outros contribuintes dispensados da emissêo da facturas:

Art.” 46.” — Registo das operag6es em caso de nao mesmo registo desde aue contenham a indicarag
emissao de facturas ineaulvoea de um unice total diario.

1— Os retalhistas ë outros sujeitos passivos referi- 3 — Os registos diërios a gue se referem os nume-
dos no arligo 40.” devem, sempre aue no emitam roe anteriores deverao ser objecto de relevaraa con-
factura ou documento eauivalente, efectuar o registo tabilistica ou de inscrig&o nos livros raferidos no
das gperaodEs reallzadas diariamenie nela montante artigo 60,”, coniorme os casos, no prazo previsto no
global das contraprestacoes recebidas pelas trans- artigo A5.”.
missoes de bens e prestagëes de servigos tributd- 4 — Os contribuintes referidos no n.” 1, sempre gue
veis, imposto incluido, assim como pelo montanta emitam factura, dever&ao proceder ao seu registo pela
global das conlraprestagoes relalivas as operagoes valor respectivo, impesto incluido, salvo se, nao uiili-
nao tribuladas ou isentas mencionadas nas arligos Zanido os mêtodos referidos no n.” 2 rio artigo 47.”
SP 13%, 14“ ea 182 proeessarem as suas facturas com diseriminagéo de
Imposte,
2 —'O registo referido no nimero anterior deve ser
efecluada'o mais tardar no primeiro dia util seguinte 5 —A opcdo pela elaboraFao de lalhas de caixa a
ao da realizatëo das operagoes a apoliada em doCu- due se refere D n.” 2 nêo dispensa a obrigatoriedade
mentos adeguados, tais compo litas de maauinas de Gonservacao9 dos duplicados dos taloes de venda
registadoras, talëes de venda, lalao recapitulativo dië- Du dos demais documentos ali referidos nas. condi-
rio ou folhas de caixa, gue, aliës, poderao substituir ciese prazo previstos no artigo sa.”.

Movimentacao das cantas


As contas 711 a 714 ereditam-se:
— pelas vendas a pronto pagamento realizadas no periode, por débito da conta 11 - Gaixa ou 12 — Depositos
a& orderm;
— polas vendas a orédilo reslizadas no periado, por débito da conta 211 - Clientes Ge;
— pele reconhecimento, no exerclcio, do rédito correspondente a facturaGao emitida em exercicios anterinres,
por débilo da conta 282 - Rendimentos a reconhecer.
Exemplo da contabilizatao de uma venda:
Vendaa dinheira n.” 112 em 6 de Setembro de 2007
1 congelader vertical 207 s2 &
VA GEAB E
Valor total aG0,OD €
Lancamento da venda:
D-11-Caiva 60,00 €
C -711-Vendas— Mercadarias 297 BP E
C —g438 —MA —Liguidada 62Aa €

Conta 716 - MA das vendas cam imposta incluida

Conta 726 —IVA dos servicas com imposta ineluido


Estas contas evidenciamo IVA incluido nas facturas de venda e prestacëo de servigos, sem discriminaca
desse imposto. Trala-se, assim, de contas rectificadoras das contas 71 - Vendas e 72- PrestacGes de servlcos.

Facturas emitidas por retalhistas e prestadores de servicos


As facturas emitidas por retalhistas e prestadores de services paderêo incluir o IVA no preco praticada, cen-
forme prevista na artigo 38.” da Cédigo do VA: aue se tansereve a seguir'

Art.” 49.” - Facturas emitidas por retalhistas e prestadores de servicos


Nas faoturas emitidas por retalhistas e prestadores de servicos pode indicar-se apanas o praco com inclus&o do
Imposto e a taxa ou taxas aplicéveis, em substituicao dos elamentos previstos nas alineas c) ed) do n.” 5 do artigo 36.”.

4ag
SN EXPLICAOO Chriruie 1 Natureza o MovimentacHin das Contae

Esta conta é assim movimentada:

Debita-se:
— pelo montarite do IVA liguidado na acto da venda ou preslacêo de servigos sem diseriminaGao, por erédito
da conta 2433 — INA — Linuidado;
— pela regularizacao, na tinal do ane, pela utilizacëo de mêtodos destinados & reparlicê9 por taxas das ver-
das feitas por retalhistas dispensadas da emissên de facturas, por erédito da conta 2444 - MA - hegulari-
zZacoEs.

Credita-se:
— pela regularizataa, no final do ana, pela uiilizacsac de métodos destinados & reparlicëo por laxas das verl-
das feitas por retalhistas dispensados da emissao de facturas, por erédilo da conta 2434 - IVA — Regulari-
Zacias.

Gonta 717 - Devolucdes de vendas

Esta conta, de nalureza deverdora, regista as devolugBes de vendas efectuadas pelos clientes.

Ë debltada pelas devolucêes de clientes. por crédito da conta P11 - Clientes ele ou da canta 12 - Depositos
4 ordem, se a entidade devolver de imediato o preco de venda.

Esta conta dever& ser subdividida:

— Por tipo de verdas;


— Mercadarias:
— Produtos acabados 8 intermêdios;
—Subprodutos, desperdicios, residuos e refuigos;
— Activos biolêgicos.

— Par mercadas:
—Mercada naeionaf:
— Mercada comunitarig;
— Meroaria extracomunitrio.

Conta 718 - Destontas e abalimentas em vendas

Conta 728 - Desrontos e abatimenlas em prestacies de servicos

Estas cantas, de natureza devedara, registam as descontas e abatimentos em vendas (718) e prestarêes de
services (728), os nuais poderp ser efectuados lanio pela entidade come pelos clienies,

Debita-se pelos desconios e abatimentos nag incluidos ma factura, gus nao se refitam a descontos de pronto
pagamento, por crédito da conta 211 - Clientes e/c ou 12 - Deapsitos & ordem.

Estas contas deverao ser subdivididas:

— Por iipo de vendas (conta 718):


— Mercadoriag;
— Pradutos acabados e intemêdins;
—Subpradutos, dasperdicios, residuas e refugos;
—Activos biolégieos.
— Por tipoa de servico (conta 728)
— Servico A;
—Servico B.

489
SHE EXPLICAOG
CariruLa 1 Natursza ae Mowimentagtin das Cantas

— Por mercados (contas 718 e 728):


—Mercado nacional;
— Mercado comunitariG;
— Mercado extracomunitêrio.

Conta 72 - Prestagies de servicos


Esta conla respeila aos trabalhos e servicos prestados gue sejam prêprios dos objectivos ou finalidaaes rinci-
.
pais da entidade. Foderd integrar os materiais aplicados, no caso de estes no serem facturados separadamente
A contabilizacgo a efectuar deve basear-se em facturacëio emitida ou documentacao externa (caso das
comissoes obtidas), nia deixando de registar os réditos relativamente aos guais nêo se tenham alnda recebido
os Gorrespondentes comprovantes axternas.

A conta 72—Prestaciies de servigos inclui as seguintes subcontas:


721 ServicoA
722 Servica B

795 Sarvicos serunddrios


726 IVA dos servicos com Imposto incluido

728 Descontos e ahatimentas

As contas de prestacëes de servicos devern ser também subdivididas. tal como as vendas, de iorma a
darem cumprimento as esigéncias do cédigo do IVA.

Analisemos, por exemplo, a prestacëo de servigos de auditoria. A facturago pode ser efectuada:
— mensalmerite, da Janeiro a Dezembro,
— mensalmerle, de Abril do ano corente a Margo do ano seguinte;
— trimestralmente, dentra da aria corrente;
— trimestralmente, sendo parte no ano cerrente e parle no ano seguinte;
— no fim do servigo (por exemplo, em Abril do ano seguinte):
— no inicie do servizo (por exempio. em Junho do ano corrente),
— ADS no anio Corrente & EO% no ana seguinte;
—eate,

O rédito deve ser reconhecido pela sociedade de revisores oficiais de contas em funGëo da exeoucao do
servico.

Assim, caso D servico esteja executado a 30% no final do ang, para cada uma das situagoes indicadas
devera ser efeetuado 0 seguinte:
— Facturac&o mensal, de Janeiro a Dezembro: terê de ser diferido o rédito lacturado e cujo servigo nao foi
ainda prestado (70%). Esse diferimento integra a conta 282—- Rendimentos a reconheGer;
— Facturacëio mensal, de Abril do ano corrente a Marco do ano seguinte: neste caso lerao sido facturados
nove doze avos do total, ou seja, 75%: no entanto, somente deverd ser reconhiecido rédito de 30% do total.
O remanescente (45%) é diferido, integrando também a conta 282 - Rendimentos a reconheacer;
- Facturacao trimestral, dentro do ano corrente: ier& da ser diferido o rédito facturado e cujo servizo na foi
ainda prestado (70%). Esse diferimento integra a conta 282 — Rendimentos a reoonhecer;
— FacturaGëo trimestral, sendo parte no ano corrente e parte no ano seguinte: terê de ser diterido a rédita
facturado & cujo servico nao foi ainda prestado, Esse diferimento integra a conta 282 - Rendimentos a
'EEONhecer;

40
SHGC EKPLIGADO Gariruio 1 Maturarza e Mavimentaclia das Cantaz

— Facturagëo total no fim do servico (por exemplo, em Abril do ano seguinie): teré de ser reconhecido o rédito
correspondente ao trabalha executadno (30%), por débito da canta 2721 - Devedores por acréseimos de
randimentas;
— Facturagëo total no inicio do servico (por exemplo, em Junho do ano corrente): tera de ser diferido o rédito
facturado e cujo servigo nao foi ainda prestado (70%). Esse diferimento integra a conta 282 — Rendimentos
a reconheeer;

— FacturacëAo de 40% no ana corrente e 60% no ano seguinte: terê de ser diferida a parcela de 10% correspon-
dente ao difterencial entre os 40% facturados & os 30% de trabalho exacutade, por erédito da conta 282 - Ren-
dimentos a reconheeer.

Servicos serundirios
Esta conta regista os services prestados gue nio se refitam as principais actividades da entidade,

Conta 73 —- Variaries nos inventêrios da produrio


Na casa de ser adoplado n sietema de invenlërio permanenle, considera-se conveniente subdlvidir cada
uma das suas contas divisionêrlas em rubricas de 'Froducëa" e de “Custa das vendas" as guais serao mowvi-
mentadas por contrapartida das respeclivas Contas da classe 3.
Esta conta dastina-se a evidenciar a variacAa aritre o saldo inicial e o salda final dos inveniërias relacionades
cam a producao da entidade. Por tal motiva, op seu saldo pode ser credor (guando existe um aumento dos inven-
trins relacionados com a producëo) ou deveder (guando existe uma diminuicao desses inventêrios),

Possui as seguintes subcontas:


741 Pradutos acabados e intermêdios
732 Subprodutos, desperdicias, residuos e refugos
733 Produtos e trabalhos em curso
744 Arctivos biolgicos

Mevimentacao:

Debita-se;
— pelas existências iniciais das oonlas 34 - Pradutos acabadns e intermedios, 45 - Subprodutos, desperdi-
Clos, residuos a refugos, 36 —- Produtos & tabalhos am curso & 237 - Activos biol6gices'
—pelas reclassificagdes & regularizacoes a débito da conta 38 — Reclassificacan & regularizacao de inventê-
rios e aclivos biol6gices.

Credita-se:
—pelas existências finais das contas 34 - Produtos acabados e intermêédins, 45 - Subproadutos, desperdicios,
residuos e refugos, 36 - Produtos e trabalas em curso e 37 — Actvos biol6dicos:
— pelas reclassificacêes e regularizag6es a crédito da conta 48 — Reclassificacêo e regularizaGêo de invent-
rios e activos bial6gices.

Conta 74 - Trahalhas para a prépria entidade


Esta conta regista os tabalhos efectuados pela prépria entidads, aplicando meios prépriës ou adauiridos
para o eieito e gus se destinam aos seus Inveslimentos.

Esta conta credita-se pelos eustas incorridos (gastas com passaal, formerimentos e servicos extemps, elc.) com
trabalnos para a prêpria entidade. A contrapartida é efectuada nas contas a due as trabalhos dissererm respeito;

—Gonta 45 — |Immestimenios em curso (se o trabalio permanece em cursDY;


—(Contas 42 — Propriedades de investimenta, 43 - Activos Hixos tangiveis ou d4 - Activas intangiveis (se p Ira-
balnio estiver eoncluida)y ou
—(Conta 281 — Gastos diferidos se respeitar a custos gue sejam de repartir por vêrios exerolcios.

491
NE EXPLIFADO
GariruLis 1 Matureza e Mawlmentagda das Cantas

Por tal motivo; esta conta apresenta as subcontas abalxo:


741 Activos fixos tangiveis
742 Activos intangivais
743 Propriedades de investimento
7A4 Artivas por gastos diferidos

A mensuracëo dos trabalhos para a propria entidade nêo poderê ter por base valores de mercado das traba-
Ihos efectuados. Ter& de rellectir apenas os custos incorridas pela entidade. devendo para a efeito existir um
sisleria de gestao das trabalhos gus permita o adeguado registo de ulilizasan de mao-de-obra, cansuma de
materials, etc.

Conta 75 - Subsidins & exploracio


Nesta conta s&o conlabllzados os subsidios recebidas gue se destinem a compensar a entidade por gastos
realizados (por exemplo, gastos com fermacao) ou a complementar os seus rendimentos (por exemplo, em alegu-
mas entidades com preoos fixados pelb Estado).
Os subsidios devern apenas ser reconhecidos corn rendimentos guando nao existirem duvidas sobre a sua
atribuicao, ou seja, na limite, pelo seu recebimento, no antanto, se as subsidios estiverem jê aprovados, o seu
montante estiver jê fixado, e a entidade tver cumprido jê todas as obrigagbes inerentes & atribuic#o do subsidia,
D mesrma poderd ser reconhecido coma rendimento.
A conta 75 eredita-se, pelo recebimerita do subsidio, por contraparlida da conta 12 - Depositos a ordem,
GaesD O subsidio terha sido recebido, ou da conta 2721 - Devedares por aerêseima de rendimentas, sê a $ubsi-
dio nao foi ainda recebida.

Dependendo da entidade aue atribui o subsidio, esta conta é desdobrada nas seguintes subeontas:
751 Subsidios do Estada e outras entes piblicas
752 Subsidios de outras entidades
Esta conta apenas regista subsidios & ewploracao. Ds demais subsidios sê0 assim contabilizados:
— os subsidios reembalsêveis s&o cantabilzados na conta 258 - Finaniciamentos obtidos - Outros financiadores,
— os subsidibs aa investimento sêa contabilizadas na conta 594 - Subsidios e doag6es.

Gonta 76 - Reversies
Mesta conta sêD contabilizadas as reversaes de gastos reconhecidos por depreciacoes & amortizacdes, por
perdas com Imparidade ë por provisies,

Esta conta apresenta as seguintes subcontas:


761 De depreciagoes e de amortizacoes
762 De perdas por imparidade
764 De provisaes

Esta conta é creditada pelas reversêes do periodo, por contrapartida das respectivas contas;
- Reversies de depreciagëes e amortizacêes - Débilo das contas dd, 4da e 448;
- Reversêes de perdas por imparidade — Débito das contas gue sofreram a perda por imparidade (nameaada-
mente; as contas 41 — Investimentos financeiros, 42— Propriedades de investimento, 43 —- Activos fixos ian-
glveis, d4 — Activos intangiveis, 45 - Investimentos em curso);
— Reversao de provisêes- Débito da conta 29 - Provisées.

Coniorme jê se referiu, nêo & permitido proceder-se A reversêo de perdas por imparidade do goodwill,

A92
SMC EKPLIGADO Cariutu 1 Maturaza a Movimentacae dag Eantau

| Conta 77 - Ganhos par aumentos de justo valor


hlesta conta sao registados os ganhos por aumentos de justo valor, guando se aropla a mêétardo do justo
valor & a contrapartida da varlacao do justo valor vai para resultados.

Esta conta apresenta as seguintes subcontas:

771 Em instrumentas financeiros


7/2 Em investimentos finanreiros
774 Em propriedades de inuestimento
774 Em activos bioldgicos

Esta conta oredita-se pela aumento de justo valar, por débito das respectivas contas:

14 Outros instrumentos financeiros


41 Investimentos financeiros
42 Praoprdiedades de investimento
47 Activos biolêgicos
De referir aue existem outros ganhos por aumentos de juste valor gue nio san levarins a rendimentos, sende
Creditados no capital préprio, Tal verifica-se na mensuragao dos aclivos fixos langiveis ea dos activos intangivais
pelo modelo do justo valor.

Conta 78 - Outras rendimentas e ganhos


Fsta conta, de natureza residual, regista os rendimentos da entidade nê compreendidos nas contas 71 a 7/
Ee due nao sejam renidimentos de financiamentas (conta 79).
Dada a sua natureza residual, esta conta apresenta muitas subeontas, de naluraza muito diversa:

781 Rendimentos suplementares


782 Descantos de pronto pagamento obtidos
783 Recuperacao de dividas areceher
784 Ganhos em inventaris
785 Rendimentos e ganhos em subsididrias. assooiadas e empreendimentas conjuntos
786 Rendimentos a ganhos nas restantes investimentos financeiros
787 Rendimentos e ganhos em investimentas nan finanrceiros
788 Outras

(onta 781 - Rendimentos suplementares

Mesta conta registam-se os reridimentos née relaciariadas com o objectivo principal da entidads,

Esta conta possui as seguintes subcontas:


7811 Sarvigos soriais
7812 Aluguer de eguipamento
7814 Estudos, projertas e assislênria lecnoldnica
1814 Aiayalfies
7815 Desempenha de cargas soeiais nouIras BmDresas
7816 (Outros rendimentos suplamentares

Os reridimentas de servicos sociais incluam receitas de canlinas, refeitêrios, postos medicos, ele.
Os rendimentas de estudgs, projeclos e assisténcia tecnolégica coresponder&o a rendimentos due na0 se
refiram & actividade principal da entidade. Caso contrêrio, terao de ser contabilizados na conta 72 — Prestag6es
) de servicns.
Os rendimentos Com royalliës respeitam & cedência temporêria de marcas, patentes, processos de tabrico, ete.

d93
Dariruta 1 Matureza e Mavimantacie das Cantas SNC EXPLIGADO

Conta 782 - Destantas de pronto pagamento obtidos


Nesta conta sao ineluidos os descontos de pronto pagamento obtidos, guer sejam incluidas na lactura guer
sejam atribuidos posteriormenle.
Esta conta oredita-se pelos descontos obtidos dos formecedares por débito da conta 31 - Compras, se o
desconto constar da factura, ou da conta 221 — Formecedores c/c, se o desconto for atribuido posteriormente.
Em Gerlos sectores de aclividade, existem descontas de pronto pagamanto elevados guando comparadas
com a taxa de juro de mercado, por exemplo, desconios de 7% para pagamentos em 30 dias, sendo a laxa de
juro de 5 a 6% ao ano. Embara esses desconlos sejam denominados de pronto paaamento, am substência, Eor-
respondem a descontos comerciais, devendo ser contabllizados como tal.

Conla 783 - Reruperacën de dividas a receher


Nesta conta sêo cantabilizados os recebimentos de dividas aue j# tinham side consideradas incobraveis.
Esta conta é oreditada por débito da conta 12- Depêsilos & ordem, pelo recebimento das dividas.

Conta 784 - Ganhus em inventdrios

Nesta conta raconhecem-se os ganhos em inventarios provenilentes de sinistros, sobras, etc.

Sinistros
Nos sinistros gue originam um ganho para a entidade, a conta 784 é assim movimentada:

Debita-se:
— pelo montante das inventêrios sinistrados, por crédito da conta 28.
Gredita-se:
— pelo montante das indemnizagies recebidas ou a receber, por crédito da conta 12 - Depêsitos ê ordem ou
P7B - Outros devedores e eredores.

Sabras

Em casp de sobras nos invenlêrios, a conta 784 & creditarja par rdëbila da conta dê.

Conta 785 - Rendimenlos e ganhos em subsididrias, associadas e empreendimertos canjuntos


Nesta conta sêo contabilizados os rendimentos om subsidiërias, associadas e empreendimentos conjuntos.

Esta eonta inclui as seguintes subcontas:

7A51 Aplicacia do mêtodn da eguivalêneia patrimanial


7852 Alfenagoes

7858 Outros rendimentos e garihas

A conta 7851 aperas pode ser movimentada auando se adopta a métadn da eaguivalencia patrimanial, sendo
creditada pela guota-parte da entidade no lucro da investida, por débito da conta 41 — Investimentos financel-
ros. O lucro da investida videnciado nas suas contas estatuldrias deve ser ajustado para reflectir o efeito de (i)
diferencas de critérios contabilisticos face ans crilérios da investidora, os guais devem prevalecer para o eleito,
e (ii) resulitados nêa realizados entre a investida e a investidora.

A conta 7852 regista os ganhos com a aliënacdo de investimentos financeiros.


A conta 7858 regista outros rendimentos & ganhos com investimentos financeiras, por axempla. ganhos de
diluicao de participagoes financeiras mensuradas pelo meêtodo da eguivalência patrimonial.

Conta 786 - Rendimentos e ganhos nos restantes investimentos financeiros


Esia conta destina-se a reconhecer os rendimentos com investimentos financelros aue nê sajam em subsi-
diërias, assaciadas e empreendimentos conjuntos:

494
SHE EXPLICADO Ceriryin 1 MNaturaza a Muvimentacdn dae Cantas

As subcontas desta conta reflectem a natureza das rendimentos:

7861 Diferencas de cêmbio lavordveis


7862 Alienaoies

7868 Oulros rerdimerlos e ganhas

Conta 787 - Rendimentos e gantios em inveslimentos nio financeiros


Iesta conta sêo reconhecides os rendimentos em investimeantos nio finanrceiros, isto &, propriedades da
investimento, activos fixos tangiveis, activos intangiveis e activos nap correntes detidos para venda,

Esta conta possui as seguintes subcontas:

7871 Alienacies
7872 Sinistras
7B73 Rendas e outros rendimentos em prapriedades de investirenta

7878 Oulros rendimentos e ganhos

Alienacoes
Nas alienacëêes aue originam um ganho para a entidade, a conta 7871 é assim movimenitada:

Debita-se:
— pela transferência do custo das imobilizacees vendidas, por erédito das contas 42 - Propriedades de investi-
menito, 43 — Activos fixos tanglveis, 44 — Activos intangiveis, 45 - Investimentos em curso ou 46 — AcHVOS na0
corentes detidos para venda.

Gredita-se:
- pelo prego de venda (descontada, Case n pagamenlo seja diferido a lango prazo, sem juros) dos investi-
mentos alienados par débito da conta 12- Depêsitos & ordem ou 278 —- Outros devedores e credores;
- pelo valor das depreciacbes & amortizagfes acumuladas e das perdas por imparidade acumuladas, por
transferência das contas d28, 429, AAB, 439, 448, 449, 459 e 469.

Sinistros
Nos sinistros gue originam um ganho para a entidade, a conta 7872 & assim movimentada:

Debita-se:
— pel montante dos investimentos sinistrados, por crédito das contas resnectivas: 42 - Propriedades de
investimento, 43 - Activos fixos tangiveis; 44 — Activas intangiveis, 45 - Investimentas am cursa ou d6 - Aeli-
Vos na correntes detidos para venda.
Credita-se:
- pelo montarte das indermnizacêes recebidas ou a receber por crédito da canta 12 - Depêsitos & ordem ou
278 —Outros devedores & eredores.

Rendas e outros rendimentos em propriedades de investimento


As rendas &e outros rendimentos em propriedades de investimento devem ser raconhecidos de acerdo €om D
principio da especializacao dos exercicios, sendo esta conta creditada par débito das cantas 12 - Depêsitos 2
ordem (caso o rendimento teriha sido recebido), ou, nao tendo sido recebido o rendimento, na conta 278 — Outros
devedores ou credores (se existir documentacao vinculativa) ou 2721 - Devedores por acrêscimos de rendimer-
tos (se nan existe documentagëa vinculatival.

Conla 788 —- Oulros

Esta conta, de natureza residual. destina-se ao reconhecimento da rendimentos nio previstos nas demais
CoONIas da classes T, apresentando as segUINtes subcantas:

495
Cartuta 1 Matureza e Movlmentacfia dis Cantas SUE EXPLICADO

7881 Gorreccdes relalivas a periodos anteriores


TRA?. Excesso da estimatva para imnosias
7883 Imputacdo de subsfdios para investimertas
78ad Ganhos em oulros instrumentos finanteiras
7BA5 Restituicaa de imposios

7BBB Outros naa espeeiticados

Conta 7881- Gorrecvdes relativas a periodos anteriares


Hlesta conta sêo registados os efeitos de erros de anos anteriores due naD assumam expressan signiticativa.
CasD os erros sejam relevantes, nos termos da NCRF 4 — Politicas contabilisticas, alteragdes nas estimativas
Contabilisticas e erros, deve rexpressar-se as ouantiss comparativas para n periode anterior apreseritada em
due tenha ocorrido o erra ou, se D @fro pEOrEU antes do perioda anterior mais antigo apresentado, deve reëx-
pressar-se os saldos de abertura dos aclivos, passiVos e capital préprio para o periodo mais antigo apresen-
tado. existindo, no entanto, limitagëes & reexpressao retrospectiva (ver capitulo 5 —- Politicas Contabilisticas, Ale
racëes de Estimativas Contabilisticas e Erros).

Conta 7882 - Excessp da estimaliva para impostos


Esta conla regista o excesso da estimativa para impostos sobre lucros contabilizada no ewercicin anterior.
F creditada pela diferenca entre a estimativa efectuada no exercicio anterior e o montante definitivamente
apurado pela entrega da declarac&o de rendimentos. A contrapartida desta conta é a conta 241 - Estado e
outros entes plblicos - Imposio sabre o rendimento.

Conta 7863 - Impulacdo de subsidias para investimentos


Esta conta regista a parcela dos subsidios assoclados a activos reconhecidos como rendimentos.
Credita-se:
— pela transterëncia da conta 593 - Subsidios & doatées. O moniante a reconhiecer em cada periodo serê D
saguinte:

% do subsfdio recebido sobre on ousto do artivo subsidiado x mantante da depreciagëo


OU amortizacëo do perloda

Exemplo:
Uma entidade adauiriu uma maêauina por 500, tendo recebido um subsidio de 200 (40% do custo do activo).
A maauina é depreciada em dez anos (depreciacaa anual: 80).

Contabilizacêo:
Pela subsidio racebido !
DEbita —-Conta 12- Depasitos & ordem 250
Crédita —-Conta 593 - Subsidics 8 doagoes 250
Pela reconhecimento do rédita em funcëo da depraciazëo do pericdo
DEbItY - Conta 593 - Subsidios & doagêes z0
Crédito —Conta 7883 20
D montante de 20 corresponde ao produto dos 40% (parcela subsidiada) pela depreciacao do periodo (50).
O resultado'do' periodo incluiré um gasto com depreciac&o de 50 & um rendimento de 20, pelo aue o efeilo
lauido no resultado antes de impostos & de 20, gue corresponde & aplicacêc da taxa de depreciag#o de 10%
ao montante liguida investido.

Lanla 7884 - Ganhas em outros instrumentos inanceiros


Fiegista os ganhos relacionados com a conta 14 - Dutros instrumentos financeiros.

Aag
ENG EXPLIEADO GAP ULD 1 Maluraza e Maul meniagan dat Conlas

Ganla 7843 - Restiluicao de impaslas


Nesta conta regista-se a restituicë&o de imposios pagos em excesso ou pagos indevidamenie em exercicios
anteriores. Esta conta é creditada, por débito da conta 12 - Depêsitos & ordem, case D Imposto tenha sido ja
recebido, ou por débito da conta ou, se a restituicëo ainda naa foi recebida, por débilo da conta 24 - Estada e
OUtFos entes publieos.

Conta 7888 - Oulras nag espeeifieadas


Esta aonta regista os ganhos n&o previstos em nerhuma das demais contas da lasse 7.

Gonta 79 - duros, dividendos e outras rendimentos similares


Nesta conta registam-se ce rendimentos de depêsitos e outras aplicac6es, financiamentos concedidos, divi-
dendos obtidos e outros.

Esta conta possui as seguintes subcortas;

791 Juros obtidos


7911 De depfisitos
7912 De autras aplicacfies da meies finaneeiros liguidns
7913 De finanoiamenles roncedidos a associadas e erpreendimentos conjunlos
7614 De financiamenlos concedidos a subsidiërias
7815 Definanciamentos obtidas

7914 De oulros finantiamentes coneerdidos


192 Dividendos obtidos
7921 De aplicagies de meins inanceiros liguidos
7922 De assoriadas e ernpreendimentos conjunios
7923 De subsididrlas

7928 Oulras

79B Dutros rendimertos similares

NEER 497
Cariiuie 1 Naluraza # Mavlmentacdo des Gontas. SANG EXPLICADD

Contas da classe 3 - Resultados


resultado, inte-
Esta classé evidencia o resultado do periodo e a eventual distribuicën antecipada desse
grando as seguintes conlas:

81 Resultado liguido do periodo


B11 Resultado antes de impostos
812 Impasto sabre o rendimento da periado
B121 Imposto estimado para a periodo
8122 Imposta dilerida

818 Resultada liguidn

89 Dividendos antecipados

Canta 811 - Resultadno antes de impastos


As contas das classes B— Gastos e 7 - Rendimentos so saldadas no final de cada exercicio, por transtferên-
cia para esta Conta. Assim, esta conta é debitada no final do exercicio pelo saldo das contas da elasse 6 — Gas-
tos, sendo creditada pelo saldo das eontas da classe 7 - Rendimentos.

Conta 812 - Impasto sobre o readimenta do geriodo

Canta 8121 - Impasta estimadn para o periada


Esta conta é debitada pelo valor do imposta a pagar, por contrapartida da conta 241 —- Estado e outros entes
publicas - IMmposto sabre o rendimenta.
No final do exercicio. o seu salda é transferido para a conta B18 - Resultado liauida.

Conta 8122 - Impaste diferida


Esta conta é debitada:
— pelo reconhecimento de impastos diferidos passivas (por crédito da 2742 - Passivos por impostos difieridos; &
— pela reducêo das impostos diferidos aclivos (por erédita da 2741 - Activos por impostos diferidos).
Esta conta & ereditada:
—- pelo reeonheeimento de impostos diferidas activos (por debito da 2/41 - Arctivos por impostos diferidos) a
— pela reduoëo dos impostos diferidos passivos (por déblto da 2742 - Passivas por impostos diferidos).

O saldo final desta conta carresponderê ent&o & variagao no periodo do saldo das contas Activos por Impos-
tos diferidos e Passivas por impostos diferidas. Por axemplo:

Inicio ano N FimanoN Variacao


Artivos por impostos diferidos 100 150 50

Passivos por Impostas diferidas 30 40 1 10


Saldo da conta 8122
- Imposto diferida 40
(Ver capitulo 28 — Impostos sobre oa Rendimento)

Conta 89 - Dividendas antecipados


De acordo com o artigo 297.* do Cédigo das Sociedades Comerciais (CSC). as sociedades anênimas
podem efectyar distribuicao de dividendes sobre lvoros do prêprio exercloio, desde aue se observe uma sêrie
de regras preseritas no referido artigo, cuio texto integral se transereve:

498
SNC ENPLIEAOD Garituin 1 Maturera e Mavimuntacie das Cant

Art.” 297.” — Adiantamentos sobre lucros no decurso importêaneias disponiveis para os aludidos
do exercicio adiantamentos, aus dever observar, no due
1-O eontrato de sogcledade pode autorizar gus, no seja aplicavel, as ragras dos artigas da.” &
decurso de um exercicia, sejam feitas aos aeeiornis- 3a.” tenda am conta os resultadas verilicados
tas adiantamentos sobre lucros, desde gus observa- durante a parte jê decorrida do exercicio em
das as seguinte regras: due n adiantamento é efecluada;
a) O conselnio de administragao ou o conselho de 6) Seja eiectuade um:sé adiantamento na decurso
administracin exeeutivo; com o eonsentimenta de cada exereicio e sempre na segunda metade
do conselna fiseal, da comissao de auditoria ou desie;
do conselho geral a de supervisao, resolva 0 d) As importêancias a atribuir como adiantamento
adiantamento; nao excedam melarde das aus seriam distribui-
b) A resolusëo do conselho de administracao ou veis, referidas na alinea b).
do conselho de administracê6 execulivo seja 2 — Se o contrata de sorciedade for alterada para
precedida de um balango intercalar, elabe- nele ser Foncedida a autarizac#o prevista no numero
rado com a anteoedência maxima de a0 dias anterior, o primeiro adiantamenio apenas pode ser
e cerlificada pelo revisor oficial de contas, efecluado no exercicio saguinte &guele em due acor-
Aus demanstre a existénria nessa arasiën de rer a alteracgêo contratual.

As regras dos artigos 32.” a 33.” da OSC referidas na alinea b) da panto 1 do arliga 287.” sin as seguintes:

Art.” 32.” - Limite da distribuicao de bens aos Art.” 34.” -Lucros e reservas nao distribuiveis
sdrias(”) 1- Nêa podeam ser distribuidos aos sérios DS
1- Sem prejuizo do preceituado auanto & redut#o da lucros do exercicie aue sejam neêeessêrins para
Capital social, nas podem ser distribuidos aos $Gcios cobrir prejuizos transitados ou para formar ou
bens da soeieriade Aguando o capital préprio desta, reconstituir reservas impostas pela lei ou pelo Eorn-
incluindo o resultado liguida do exercicio, tal como trato de saciedarde.
resulla das conlas elaboradas & aprovadas nos termos 2 — No podem ser distribuidos aos sbrios lyeros do
legais, sea inferior & soma do capital social a das reser-
exerclcia enguanto as despesas de constituicëo, de
vas due a lei ou 0 contralo nio permitam distribuir as
investigacao a de desenvolvimento nao estiverem Eom-
scins OU se lormasse inierior a esta soma em EOnsE- pleiamente amortizadas, exceplo se ag mantante das
ouëncia da distribuic8o. reservas livres & dos resultados transitadas for, pela
?- Os inerarmentos decorrentes da aplicac&o da justa
menos, igual ao dessas despesas nAo amorlizadas,
valor atravês:de componentes do capital prapria,
4-As reservas cuja existência & cuja montante nan
ineluindo os da &ua aplicagao através do resultado
liauido da exercicio, apenas relevam para poderem ser figuram expressamente no balance na podem ser
distribuidos aos sécios bens da sociedade, a gue sa utilizadas para distribuis#o aos sêcios,
refere o numero anterior, guando os elamenlos ou direi- A — Devem ser expressamante mencionadas na
tos gua Ihes deram origem sejam alienados, exercidos, deliberacaon aguais as reservas distribuidas, no toda
Bxtintos, linuidaros ou, também auando se verifidue ao ou em parle, guer isoladamente guer juntamente com
seu uso, no caso de activos fixos tangiveis e intangivels. lucros de exerciclo.

Ouando, cumpridas as disposicëes do CSC, sela deliberada a distribuic#o anteripada de dividendas, o lan-
gamento eontabilistico a efectuar & 0 seguinte:

Entidade gue efectua a distribuicac antecipada de dividendos


Déêbito - Gonta 8A - Dividendas antecipados
Crédito - Conta 264 — Resultados atribuidos (sa os lucros nêo estiverem ainda a pagamento) au Gonta —
265 - Lucros disponiveis (se as juros estiverem a pagamenta).

Pelo pagamento aos accionistas, o langamento eantabilistieo é o seguinte:


Débito —- Conta 264 - Resultados atribuidos (se os lucros nio estiverem ainda a pagamento) ou Conta —
265 — |ucros disporiveis (se os juros estiveram a pagamento).
Crédito —-Conta 12 - Depositos & ordem

(']-Redaccao dada pela Decrelo-Lei 185/2008, de 12 da Agoslo,

499
SNE EXPLICADA
Carlin ? Matireza a Mowimantacin das Fantas

Na abertura da contabilidade no inicio de exercicio seguinte, o saldo da conta B9 deve ser transferido para a
conta 56 — Resultados transitados.
Entidade gue beneficia da distribuicao antecipada de dividendos (aceionista)
Pela deliberacao.
DEbO —- Conta 264— Resultados atribuidos (se os lucros nao estivarem ainda a pagamento) ou Conta—
265- Lucros disponlvelis (se os lucros estiverem a pagamento)
Crédito — Conta 263 — Adiantamentos por conta de lucros

Pelo recebimento
Débito — Conta 12 - Depêeltos & ordem
'Grédito —- Conta 264 — Resultados atribuidos ou Conta 265 - Lueros disponiveis

Apresentac&o:
OD saldo da caonta 89 — Dividendos antecipedos deve ser apresentado na Balanga, na rubrica Capital Préprio
imediatarmente apds D resultade liguida da periada.
GAPITULO 2
Estrutura Conceptual das
Demonstracoes Financeiras
Caplsuiu 2 Estrutura Concaptual Has Demanstracdies Financelras SNC EXPLICADO

2.1-INTRODUCGAO
Segundo Slaymaker (1996). o termo “estrutura conoeptual é detinide como uma estrutura basica subjacente
& lormagao de ideias, tendo surgido em 1952 a Drimeira referência a conceitos na contexlo de uma estrutura
conceptual na introdueëo do relatério do American Institute of Accountants.
Tua Pereda (1996) deline estrutura conceptual come o suporte te6rico da normalizagêo contabilistica aus,
apoiando-se na teoria geral da conlabilidade, desenvolve, mediante um itinerêrio lagico-dedulivo, os fundamen-
tos conceptuais da informagêo financeira, com a finalidade de dotar de sustento racional, e, em conseauëncia,
de congruência lagica, as normas Contabilisticas com as guais se estabelece anuela iniormargaao.
Na verdade, o caminho a seguir serê este: primeiro, teremos de definir gue objectivos Ggueremos atingir com
a contabilidade (meramente para pagar Impestos, para atender As necessidades dos gestores, séeios ou aorio-
nistas. investidores de mercados de capitais, dos financiadores, etc.), o gue darê origem A delinigëo das carac-
teristicas aualitativas. De seguida, tratar-se os elementos das demonstrac6es linanceiras, os critêrios de reco-
nhecimento e mensuragëo desses elementos &, por ultimo, os conceitas de manutensao de capital a seguir. De
referir aue vêrios paises possuam estruluras conceptuais, destacando-se os Estados Unidos da Amêrica, decor-
rendo presentermente estudos visando a convergéncia com a estrutura conceptual do ASB.
A estrutura Gonceplual de preparacën & apresentagan de demonstracfies financeiras do Sistema de Normali-
zZagêo Contabilistica (SNC) tem por base a estrulura conceptual do IASB (framework for the preparation and pre-
sentation af financial statements) & constitui um documento de fundamental imporiëncia, uma vez gue assegura
a €onsistência e a légica de lormulacêo das Normas e suas Interpretag6es, devendo ser consultado em Gasa de
duvidas ou omissia de disposicêes especificas, No entanto, a estrutura conceptual no ê uma norma e nao se
pode sobrepor as disposicêes especificas de gualguer norma. Podemos, assim, dizer nue a estrulura concep-
tual esté para a Contabilidade come a Constituicëo esta para o Direita.

A estrutura canceptual foi aprovada pelo Board do |ASC em Abril de 1989, tendo sido endossada pelo IASB
em 2001, sem alleracëes, Compreende aguatro grandes categorias:
a) os obiectivos das dermonstragoes financeiras;
b) as caracteristicas gualitativas das demonstracies financeiras;
c) a definicëo, reconhecimanto e mensuragaa dos elementos das demonstracoes financeiras;
d) o conceito de capital e manutencac de capital.

A CNC adoptou a estrutura conceptual do ASB tendo-ihe introduzido uma alteragëo gue consistiu na inclu-
sêDp do justo valor come critërio de mensurarao.
Na sua introducao, a estrutura conceplual identifica os diferentes utentes das demonstrac6es financeiras
(investidores, empregadas, financiadores, formecedores e outros eredores, clientes, Governo ê érgaas do
Governo & publico), referinde aus; embora a totalidadea da informacan neressêria destes utentes na0 possa
estar Contida nas demonstraciies financeiras, existem necessidades comurns aas diferentes utentes,
E expressamente referido na estrutura conceptual due a responsabilidade pela elaboraGêo e apresentarao
das demonstragOes financeiras é dos gestores,
A estrutura conceptual orienta-nos sobre 2 momento da recanhecimenta de um Acliva, Passiva, Rendimento
e Gasto e guais as bases de mensuracëo a seguir. Dal a sua enorme impariëncia,
Analisemoas ent&0 os aspectos mais relevantes da estrutura €onceptual.

2.2 - OBJEGTIVO DAS DEMONSTRAGOES FINANGEIRAS


Segundo a estrutura conceptual, as demonstrac6es financeiras têm como objectivo proporcionar informasgaa
sobre;
—a posigao finanrelra;
—Odesempenho;e
—as alteracées na posicëa Hinanceira
de uma entidade ague sejam uteis para um league alargado de utilizadores no processo de tomada de decisies
BCONAMICAS:

502
BMNE EXFLICADO Earituto 2 Estrutura Canrentwal das Demonstrasies Financelras

A avaljacaon da per/lormance de uma entidade €onstitui um das principais objectivos das demanstragies
financeiras, uma vez gue os uientes das demonstracoes finanoeiras, &, em particular, os accionistas, duerem
avaliër a rentabilidadeé obtida, tendo em conta os custos de opertunidade do capital investida. Esta avallacëo
deve ser efectuada para uma entidada come um todo, mas lambém para unidades operacionais ou actvidades
em determinados paises,
Devemas ter presente nue as demonstragëes financeiras nê apresentam todas as informarëes de aue as uier
tes necessitam, uma vez gus, ern grande medida, reflectem informagëes do passado e informacëes linanceiras,
Os uientes gostariam de receber informasées sobre o tuturo previsivel da entidade e inlomagées nan financeiras.
Vê&rias modelos térm sido utilizados para avaliar o desempenho das ampresas, mas, mais recentemente, tem
sido creseentemente utilizada o valor econémico acrescentado (Economic Value Added - EVA). D EVA & deter-
minado pela diferenca entre a rendibilidade operacional dos activos & o tusto ponderado do capital gue esta a
financid-los, deslocando assim a 6ptica contabilistica para uma dptica financeira.
Tradiecionalmente, os gastas financeiros so eonsiderados como mais um gasto a ser deduzido as receitas
para se determinar a lucro e, com igeD, og dividendos para os acrionistas.

Pressupostas subjacentes a elaboracao das demonstracdes financeiras


Segundo a estrutura conceptual, os pressupostas subjacentes & elaboracao das demonstracëes financeiras
san dois:
—O regime do acreseimo; ë
—a cantinuidade:

Regime do acréseimoa
Segundo este regime, os efeitos das transacgles e outros eventos saa reconhecidos guarido acormem e nao
auando se verifica o seu pagamento ou recebimento, ou seja, a contabilidade nac ê efectuada numa base de
Caiwa, mas sim aguando as tansacsdes BELIMEM,

Gontinuidade
As demonstracies financeiras s&o normalmente preparadas no pressuposto de aus a entidade irê prosse-
Oguir a sua actvidade operacional. Aseim, aA£#ume-se nua a entidade naa iem a intencan, nem a necessidarde, de
entrar em liguidacao ou reduzir:significativamente o seu nivel de negdcio. Caso essa inlensëo ou necessidade
exista, as demonstracëes financeiras devem ser preparadas numa base diferente (base de liguidacao) e. nesse
Ctaso, a base uiilizada deve ser divulgada.

(Caso sa preveja a dissolutao da entidade, as demanstragëes financeiras devem ser elakjoradas numa base
de liguidacëo, @ gue implicara., por example;
—a apresentacio da integralidade das contas a receber sa das conlas a pagar no Aotivo Corrente e no Pas-
sivo Corrente, indepandentemente das suas datas de vencimento;

—a Gonstituicao de provisêes para indemnizacêes a empregadas a oa eventual reforio das provises para
Clientes e outros devedores e para perdas na realizacao de existências;
—@ econhecimento de perdas com a imparidade dos activos (impostos diferidos activos, custos diferidos,
aclivos intangiveis, ete.].

2.3 - AS CARACTERISTICAS OUALITATIVAS DAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Segurdo a estrulura conceptual, as principais caracteristicas gualitativas das demonstragêes financeiras sa0
rualro:
— Compreensibllidade
— Relevancia;
— Fiabilidade;
— Gomparabilidade,

503
Bariryta 2 Estruiura Gonrceptual das Demanstragdes Financelras SHE EMPLIGADD

Compreensibilidade
A infiormagao proporelonada nas demornstragoes financeiras deve ser prontamente COMPpreendida pelos
utenles. Assume-se para este efeito nue os utentes iëm um razoëvel conhecimento dos negacios, actividades
econémicas & contabllidade & vontade para estudar a informacao com razoëvel ditigência. No entanto, nao
deve'ser excluida informacao sobre assuntos complexos due seja relevante para as necessidades dos uientes
ro seu processa de derisao econemica, com o argumento de due sera muIto dificil a $ua Compreensao por
Cerlos utentes:

Relevancia
Para ser Gil, a iniermacën deve ser relevante para as necessidares das utentes no processa de tomada de
decisêes. A informatëo ë relevante auando intfluencia a decisap econemica dos ulentes, ajldando-os na avalla-
£a0 de eventos passados, presentes ou futuros. canfirmando ou oorigindo as suas avalaGoes efectuadas no
passado.
A relevancia da informacao deve ser analisada numa dupla perspectiva: a tempeastividade (ming) da infor-
macao disponibilizada e o seu contetido. Se apresentarmos demonstragoes financeiras na mês de Junho relat-
vamente ao exercicio anterior, essa informarsëo nêo sera muilD relevante para os uientes, os duais estario mais
preocupados em saber gual foi o desempenho da ampresa no semestre em curso e em projectar esse desem-
panho para o an6 em CuUFrso,
A informagën serd relevante se apresertaria durante o primeira trimestre da ana seguinte, mesmo aus om
base er alementos proviserios, alé para readuzir o risen da informacëo privilegtada. Sobre o conteldo da intar-
MmaGaD: imaginemos gus Uma empresa possui ma peguena filial em Maririd, due funciona como um @Sseritorio
de repreeentacao e gus divulga informagao sabre o aguipamento e mobilidrio de escritêrio gus la possui. Em
Contrapartida, a mesma empresa nên divulga a existência de um processo judicial, nc gual um tereeire he soli-
Cila uma indemnizacao de montante significativo, due nêo foi obijecto de provisia. Neste casn, a empresa or-
nece informago irrelevante e omite informagao gue pode originar uma significativa volatilidade nos resutades
fuluros; podernas assim dizer aue as dermoristracdes financeiras da empresa nio obeervam a caracteristica
gualitaliva da relevência.

Fiabilidade
Para ser Gil, a informagëo tem da ser tambharm liëvel. A informacao & fiavel auando esta isenta de erros mate-
riais ou preconceltos. A denominada "Contabilidade Criativa" (var ponta 1 do Enaguadrarmento) poderê afectar
esta caracteristica da informacas. Os revisores aficiais de contas tëm o importante papel da assenurar a fiabili-
dade da informacaao financeira. No entanto, nêo esdguecamos aue a responsabilidade pela apresentacëo das
demonstracëes financeiras é dos gestores (ArdministracêofGerência). Serêo estes gue, em primeiro lugar. deve-
raD ser responsabilizades, Caso a informarana eontanha distorsies materialmente relevantes. Os téenicos oliciais
de conlas e os revisores oliciais de contas dever&o também ser responsabilizadas, devendo estar em condicêes
de provar gue actuaram com zelo e diligénrcia no émbita das suas funcaee.

Gomparahilidade
Os utentes devem poder comparar as demonstracëes financeiras da uma entidade no tempa, para identificar
tendências relativamente & sua posicëo financeira e desempenho, Os utentes devem também poder comparar
as demonstracëes financelras de diferentes entidades, de iotma a avaliar a posicao financeira, o dasempenho ë
as alteracées na pasicao finanicetra relativamente as demais,
Tendo em vista assegurar a comparabilidade da informaGëo no tempo, duando se alterar voluntariamente
uma palltica contabilistica, ter de ge proceder & aplicagao retrospeeliva desea politica (ver capitulo 5).

As diferentes opcies ainda permitidas pela contabilidade dificultam a comparabilidade entre diferentes enti-
dades. Por exemplo. uma entidade adopta o custo histêrico na mensuracae dos seus activos fixos tangiveis &
uma eonEorrante adopta o juste valer, Em Eonsenguêneia, os balangos & as demonstracoes de resultados nêo
SeTAD EOMDAarAvels.

504
SNG EXPLIGAOO Earlruin 2. Estrutura Cancaptual das OamonstratBas Finamcetras

2.4 -ELEMENTOS DAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Segundo a estrutura conceplual, os elementos directamenie ligados & mensuragio da posizao financelira no
balance $aa:
— ACIING;
— Passiva;
— Gapitais praprias.

Segundo a estruiura canceptual:


“um aclivNo & um recurso controlade pela entidade, come resultado de acontecimentos passados, dos
guais se espera aue fluam para a entidade beneficips geenAmicos Futuros.”

Esta definic&c de active tonstitui ur das conesitos mais relevantes na contabilidade: LUma camponente fun-
damental da definicëo é gue um activo deve proporcionar beneficios ecanémicos futuros para a entidade.
Em nue medida esses herieficios ecandmicas padem fluir para a entidadea? Segundo a estruiura conceptual,
“oe berieliclge eeonémicos incorporadas num aetivo padem fluir para a entidade de vêrias formas. Par exempla,
um activa pode ser;
a) usado individualmente, ou em combinac&o com outros activos, na produgao de produlos e servicos para
serem vendidos pela entidade;
DB) troeado por outfos actiMos;
Co). Uusado para linuidar uma abrigagao; ou
d) distribuido aos deientores do capital",

Cuando um activo deixar de proporcionar beneticics acon6micos futuros para a entidade, na lolalidade, ou
parcialmente, verifica-se a imparidade dasse activo. Este conceito - a impatidade - é um conteito fundamental
na moderna contabilidade e serd tratado no capitulo 23,
Dutro Eompenente impertante da definigao de um activa é a facla de a recurso ser contralada pele enli-
dade, Conforme se descreve no capitula B, as entidades possuam recursos aue nao agualificam come aclivos,
uUma vez gue nan sap controlados.
Segundo a estrutura conceplual, “Um passivo é uma obrigatêo presente da entidade proveniente de aconte-
cimentos passados, da liguidagao da gual se espera due resulle uma salda de recursos",
Esta definic&o de passivo é mulito importante para a constiluic&o de provisêes, assunto tratado no capitulo 16.
Somente acontecimentos passardaos déo origem & contabilizacêo de provisies.
NA&o existe, na estrutura conceptual, uma delinicêo de capitais préprios, sendo os mesmos referidos como a
diferenga entre oe aclivOs & DS Passivos.

Os elementos directamente ligados & mensuraGêo da periormance na demonstragao dos resultados sê:
—Rendimentos;
—Gastos,

Os rendimeantos sêc aumentos nos baneficics econdmicos no periode, sob a forma de entradas, aumentos
de activos ou diminuicêes dos passivos, tue resultem em aumento dos capitais proprios, gue nan sejam enta-
das dos subsrritores de capital.
Os gastos sêo diminuicoes nos benelicios econémicos durante o periode, sob a forma de saidas, diminuicao
de activos ou aumento dos passivos, gue resultem em diminuicêes dos capitais préprios, para alem das distri-
buigëes aos detentores de capital.
TE

O estudo das elementos das demonstracoes Hinanceiras inclui:


—o reconheeimento;
—a MEensuragan;
—a apresentacën;
—a divulgacao.

508
Cariruia 2 Estrutura Concaplual das Demanstragêss Financelras SNC EKPLICADO

Reconhecimento é o processo de incorporar nas demonstiacoes financeiras um aclivo, passe, rendimenta


ou gasto. Par exermplo, num dispêndio com benfeitorias em imobilizagoes deparamo-nos com um problema de
reconhercimento, uma vez due teremos de decidir se iremos reconhecer um activo ou um gasto. Superada essa
fase, e admitindo aue se decidiu pela capitalizacao, estaremos perante um problema de mensuragao.
A mensuracao inicial é, por regra, efectuada ao custo, mas, na mensuragao subseguenle, poderermos optar
entre o modelo do custo ou o modela da justo valor. Depois; temos os aspects ligadas & apresentagaa, guer
no balango guer na demonstragao dos resuitados, e, finalmente, teremas os aepectos de divulgagên, isto ë, gue |
informacoes teremos de prestar nas notas &s contas.

2.5 - RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS '


Saber em gue momento devemes reconhecer um activo, Um passivo, um Gasto ou um rendimentio é uma das
parties fundarmentais da contabilidade. Por outro lado, a posslvel duvida entre o reconhecimento de um activo ou
de um gasto, ou de um rerdimento ou um rendirmento diferido, constitui dilema freguente dos contabilistas e
demais interessados na contabilidade,
|

Reconhecimenta de activos |
De acordo com a estrutura conceptual, um activo é recorhecido no balango dguando for provêvel aue beneff-
Ci0S ecONAMICoS fuluros fluam para a entidade & o activo tenha Um EUsio ou um valor gue possa ser guantli-
cado com fiabilidade,
Para além dos beneficios econêmicos futuros, conforme anteriormente abordado, n activo lem de poder ser
guantificado para ser reconhecido. Por exemplo, nos trabalhos para a prêpria empresa, poderao existir dificul-
dades na auantificacao dos activos, padenda, em situacoes extremas, levar ao nê0 reconhecimento dos corres-
pondentas activos.
Deverê ser adoptada uma atitude de prudência no reconhecimento de activos. Em conseauência, naD sa
devem reconhecer ganhios contingentes (indemnizagëes solicitadas a lerceiros, juros de mora, rappel a receber, |
ete.) enouante n&o for prevavel oseu recebimanto.

Reconhecimento de passivos |
Segundo a estrulura conceptual, um passivo & reconhecido no balance duando for provêvel due uma salda |
de recursos incorporando beneficios eean6micos resulte da liguidac#o de uma obrigaGëo presenie e due a
auantia pela gual a liguidacëo tenha lugar possa ser duantificada com fiabilidade.
Um elemente ehave no reconhecimento de um passivo é o grau de prohabilidade de o passivo se materiali- |
zat, Sendo a perda provavel, estamas perante um passivo; sendo a perda possivel, estamos perante um passivo
conNtiNgente, o gual nêD incluido no passivo, senda apenas divulgado nas Notas as Contas. |
Por vezes, paderamas néo astar em condicëes de auantificar um passMo eom fiabilidade. Podera ser o casa |
de um processo judicial em due a perda é considerada provêvel, mas nio se consegue estimar com fiaDilidade o
seu mantante. Nesse case, nêa sa reconheoe D passivo, procedendo-se apenas & sua divulgacao, Estas situa-
CBbes terao de ser apreciadas com muito cuidado, uma vez aus as entidades ter&o a tendéência de concluir aue
uma determinada perda nêo é susceptivel de auantificaG#o, para nêo reconhecer o passivoe o respeetivo gasio.

Reconherimento de rendimentas |
Segundo a estrutura conceptual, os rendimentos sêo reconhecidos na demonstracdin das resultados guande
tenha surgido um aumento de beneficics econémicos futuros relacionados com um aumento num activo ou Gom
Uma diminui€do de um passivD, due possa ser guantificado com fiabllidade.
O reconherimento de rendimentos é uma nuestio gus tem preocupado os contabilistag. Existem vdrizs cor-
rentes relativamente ao momento de reconherimento do rédite. Na capilulo 20, apresenta-se a posicêo da CNGC
através da NCRF 20.
No reconhecimento de rendimentos deve seguir-se uma atitude de prudência: em caso de duvida auanto
aos beneficios econmicos futuros, o rendimento nêo deve ser reconhecido. Se a divida assenta sobre o man
tante desses beneficios, deve reconhecer-se o menor dos valores posslveis (estamos aaui perante um problema
de mensuragëo). Nao se davem reconhecer rendimentos gue possam vir a ser anulados
no futuro, em particular,
ganhos oontingentes,

506
SNE EXPLICADO Ferlrute 2. Eatrulura Concentual das HemnornstrasBas Financelras

Reconhecimenta de gastaos
De atordo om a estrutura conceptual, es gastos san reconhecldos na demonstracën dos resultadas guando
tenha surgido uma diminuigëo das baneficins ecanémicos relacionada com uma diminuië9 num aetivo ou com
um aumento do passivo, aus passa ser nuantiiicada com fiabilidade.
Este critêrio para o recenhecimento de gastos serê da maior utllidade na decisao entre capitalizar um deter-
mineda dispêndio ou leva-lo ditectamente a gastos, sende tambhém relevante para a contabilizacëo das perdas
por imparidade dos aclivos.
Lim aspecto fundamental a considerar no reconhecimento dos dastos é a correlacao de gastos com rendi-
mentas. Tomemos como exemplo o rapbel a conceder sobre vendas ou prestacêo de servigas. A receita é inte-
gralmente reconhecida no momento da reconhecimeanta da venda ou da prestacaa das servicos. No entanta,
somente na final da periode sabêremas se o cliente tem direito a appel e em aus medida.
Come contabilizar o gasta com rappeal? Auando oa cliente tiver direito a ele? Cerlamente gus nan! Na data da
reconhecimento do rédito, devemos estimar n rappel corespondante & proceder & sta esperializacap, Fssa
estimativa terd de ser reapraciada em periodes subsenguentes. Desta forma, estaremos a corelacianar os gastos
com os rendimentos. Doutra forma, o due teriamos? Um rendimento em Janeiro e um gaste assariade em
Dezembro ou, muito mais grave, no ane saduinte,
LIma regra clara a ser observada no recornhercimenta de gasios & gue nio pademnos ter gastas em periodos
futuros relativamente a rendimentos reconhecidos no passadn. Dal, lermos de reeormer a estimalivas para se
determinar o valor dos gastas contingentes (por exemplo, gastos cam garantias).
D reconhecimento de gastos deverd ier por base uma atitude de prudência: na duvida, antecipam-se gas-
tos. Por axemplo, se existir um risco de incabrabilidade de uma conta a receber ou se existirem duvidas
aguanto & realizac&o de inventarias, os gastas devem ser imediatamente reconhecidos. Por vezas, 6 raconheri-
mente desses gastos é adiado alê se tormar inevitêvel asse reconhiecimento. Dessa iorma, nêo se espelha a
real situagëo financeira & o desempenho da entidade. Critêrios fiscais divergentes nan poderêo justificar estas
situacBes.

2.6 - MENSURACAO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Mensurac#o ë o processo de atribuiciio de um valor a um activo, passivo, elemente da capital proprio, gesto
ou rendimenta.

A problematica da mensuragëo calaca-se no mamento inicial e em momentos subseguentes. Assim, na apre-


Ciatao da mensuracan devemos analisar separadamente:
— 8 mensuragën inicial &
-a mernsuracën subseauente.

A mensuragao inicial &, por regra, aa Eusta, existindo, na entanto, vérfas situacëes em due tal nio se verifica.
Ma mensuracën subseduente existem diversas hases de mensuracëo com diferentes tratamentos no due se
refare & contrapartida das variacëêes de valor.

Bases de mensurago
A estrutura conceptual do SNC apresenta as seguintes bases de mereuracëo:
— GUsto histêrico;
— OLsiD EOrrEnte;
— valor realizAvel,
— Valor presente.
— justa valor.

O justo valor na0 consta na estruiura conceptual do IASB como base de mensuracao, embora seja muito uili-
zado na elaboracëo de contas de acordo com as Normas Intermacionais de Contabilidade, A CNC deeldiu incor-
pord-lo nas bases de valorimetria.

507
|
Carirutan 2 TE das De trarfias Fi iras ANC EXPLICADO

Na verdade, as posslveis bases de mensuracan a uilizar no normativa SNC sêo multiplas:


— Eusto histêrico;
— Eusto orente,
— valor realizavel liguido;
— valor presente (ou actual).
— valor recuperêvel;
—valor de usa;
— Eusto amorlizada;
— Gusto presumida;
— juste valor;
—valor de mercado.

Custo histêrico
Os activos sao contabilizados pelo valor pago através de caixa ou seus enguivalentes a/ou o justo valer da
outra retribuicëo dada para ariaguirir o activa no momento da sua compra au €anstrucën ou, guarndo aplicëvel, a
valor atribuido a um activa no seu reconheclmento inicial, Os passivos sê contabilizados pelo valor de caixa du
seus eguivalentes a ser pago e/ou o justo valor de outra retribuicëo a ser entregue para liouidar a obrigagêo.
O custo histérica é, ecomo sabemos, muile eontestado am épocas de inflacëo. Os aclivos nag monetarios mensura-
das ao custo histérico ficam subavaliados, D mesmo sucedenda com alguns gastos, em parlicular, as depreciaces e
armortizasëes e cusio de vendas, Dessa forma, o balanGo e a demonstrac&o dos resultados perdem relevência,
A vantagem da custa histêrico reside no facto de ser objectivo, facilmernte verificêvel, estando isento de
manipulacaes.

Custo eorrente
O active & valorizardo pele valor de caia (ou seus eguivalentes) Oue seria necessario pagar se O mesma
aclvo ou Um activo euivaleante losse arauirido na data corrente.

Valor realizavel liguida


O artivo é apresertadp pelo valor de caixa (ou seus enuivalentes) gus seria obtido pele sua venda,

As NCRF indicam vêrias variantes do valor de realizacên, incluindo:


a) justo valor menos os custos no panto de venda;

B) justo valor menos os custos para vender &


G) valor realizêvel llauido.

Justo valor menos os custos estimados no ponto de venda


Os custos estimados no ponie de venda incluam as comiss6es a intermediërios, encargos com reguladores
@ boIsas & impostos sobre a transferanrcia & direitos aduaneiros. Nêo inclyem despesas de transporta e outros
Custos necessêrios para levar n aclivo para o mercado.
Os custos de transporte e outros custos necessrios para levar o activo para o mercado devem ser levades
em conta na determinac&o do justo valor de um aclivo na localizagëe e condicAo presentes.

dusto valor menos os custos para vender


É o valor gue se Doiém da venda de um activo ou unidade geradora de caixa numa transacc&o entre partës
independentes, conhecedoras & dispostas a negociar, merios os custos para verder.

Valor realizavel liguido


Valor realizAvel liguido é o preco estimado de venda de um activo no decurso normal dos neg6cios, dedu-
zZido dos custos estimados para o completar e dos custos estimados para realizar a venda.
SMNC EXPLICADOA Carin 2 Egtruiura Eomceprual Has Damonstracias Financeiras

O valar realizével lauido é o valar liguido gue a entidade espera realizar pela venda do actvo no deeurso nor
ma! dos seus negécios. O justo valor reflecte o valor pelo aual e activo pode ser tracadna no mercada com cem-
pradares conhecedores e interessados. O valor realizêvel liguido é um valar esgecifico da entidade. O justa valor
Pao, Assim, o valor lauido de realizaca9 pode nêD ser inual ao justo valor deduzido dos Custos para vender,

Valor presente (ou actual)


O artvo & valorizado pele valor presente descontado dos recabimantos futuros due se espera aue o activo
gere no decurso normal dos negorios. Os passivos san valorizados pele valor presente descontado dos paga-
mentos futuros due sê espera gue sejam neceseërios para liauidar os passivos no decursg normal dos negorios.
O conceito do valor presente aplica-se sempre gue existem aclivos ou passivas nêo correntes, sem juros,
bem eomo na mensuracën dos respertivas renidimentos & gastos. O balanco deve reflectir o valor presente dos
aclivos ou passivos, devendo em cada period ser acrescido 9 montante dos juros do periodo, por contrapar-
tida dos resultados financeiros. Na demonstrac&n dos resultados, os rendimentos e os gastos sao apresentados
pelo seu valor descentada,
Este conceito de desconto, gue nêo era hahitualmente praticado em Portugal, ao contrêrio do gue sucedia
noutros paises, &, em particular, nos Eslados Unidos da Amêrica, poderê ter imporiantes efeitas, por exemplo,
na mensuracao de provisêes, no reconhecimenlo da rédito sempre gue axista dilerimento do recebimento por
um periodo substancial de tempo e o prego incorpore juros, em empresas gue atravessaram dificuldades finan-
ceiras e aue obliveram importantes prorrogagaes das suas dividas e também am empresas gue obtêm subsi-
dios raembolsêveis sem juros. Nestes casos, o montante dos activos e dos passlvos deverê ser apresentada no
balanco pelo seu valar presente e nao pelo valor nominal. O valor presente é determinado pela aplicagêo ao
valor nominal de uma taxa apropriada de dasconto.
Mo calcula da valor presente axistem trés alementos fundamentais a gerem constderados:
—tawa de desconto:
— dala estimada de liduidacao financeira; ë
— montante a ser liguidado.

A taxa de desconto deve ser uma taxa due rellicia uma taxa de juro carmpativel com a nalureza, prazo e risco
telaciornadas com a tansaccêo.

Valor recuperdvel
O valor recuperavel de um aclivo ou de uma unidade geradora de caixa & o mais allo entre o seu preco da
venda liuidoc e o seu valor de use,

Valar de usa
O valor de uso, lambém conhecido como o valor especlfico para a ertidade; reflecte o valar para um investi-
dor eespeclfico e no para um hipotélico participante na mercado. É o valor presente dos flyxos da caixa gue
uma entidade prevê aue sejam originados pelo uso continuado do activo e pela sua alienagëo no final da sua
vida uil ou em due espera incorrer an liguidar um passivo.

(usta amartizado
O custo amorlizado de um activo financeiro ou de um passivo financeiro é a valor pele aual o activo finan-
teiro ou ao passivo financeiro & mensurado no reconhecimento inicial, deduzido dos recebimentos de capital,
mais ou menos a amortizac&o acumulada usando o mêtodo da taxa de juro efectiva, da diferenca entre o valor
inicial eo valar na maturidade e menos reducëes por imparidade ou incobrabilidades.

Custo presumida
É um vator usado em substituicio do custo ou usto depreciarda numa ceria data. A depreclagaoou amoarti-
Zaci0 subseauente assume gue a enlidade linha inicialmente reconhecido o activo numa Certa data e due o
Custo era igual ao ruste presumido.

509
Cavirute 2 Estrutura Coneaptual das Demanstraciies Finsneelras SHE EXPLICADD

Justa valor
Justo valor é o valor pelo gual um activo pode ser trocado pu um passlvo liguidada, numa transactëo entre
partes independentes, conhecedoras e com vontade de negociar.
Um pressuposto da definicëo de justo valor ê o facto de a vendedora ser uma entidade em Eontinuidada
operacional, sem intenGao ou necessidade de liguidar, reduzir significativarmente as suas operagdes nu realizar
uma operacAo em condigdes adversas. Assim, o justo valor nao é on valor aue uma entidade receberia numa
transaccao forcada; liauidacëo involuntêria ou venda numa situaGao de aflicao.
A referêncid a partes Conhecedoras significa aus o potencial comprador esté razoavelmente informado sobre
a naturëza e caracteristicas do activo, D seu uso actual e potencial e condicëes de mercado, OD comprador com
vontade de negoriar estê rotivado, mas n&o obrigado a comprar. O ceomprador com vontade de negociar nao
esté demasiado ansioso para comprar nem determinado a comprar a gualauer prego.

Existem vêrias abordagens para se determinar o justo valor:


—abordagem da eusto;
—abordagem da rendimento;
— abordagem de mercado. I

A hierarguia do justo valor presente em varias normas NCRF reguer o uso da abordagem de marcado, |
serrpre aue possivel, para mensurar os activos, uma vez gus. em geral, se trata da melfior evidência do justo
valor. '

Ed
Abordagem do custo
A abordagem do cusio considera 0 valor aue seria neGessarip gestar para substiluir a capacidade de service
(muitas vezes referido como o custo corrente de substituic&o). A estimativa do justo valor considera o custo de
adauirir um activo substituto de utilidade comparavel, ajlustado pela obsolescência, A obsolescëncia incorpora
depreciacao fisica, obsolesoëncia funcional e obsolescência econdmica. Trata-se de um conceito mais abran-

EE
gente do due a depreciacAo para efeitos de relato financeiro (uma alocagao do custa historico) ou objectivos lis-
Cais (com base em vidas Uteig especificadas).

Abordagem do rendimento
A abordagem do rendimeanta usa técnicas de avaliac&o para converier valores fuluros (por exemplo, fluxos
de caixa ou rendimentos) num Unico valor presente (descontado). A estimativa do jusio valar é baseada no valar

EE
indicado-pelas expectativas do mercado sobre asses valores futuros.

EE
Abordagem de mercado
Trata-se de uma forma geral de estimar um valor usando um ou mais métodos gue compaream o activa cam |
artivos similares aus tenharn sido vendidos. |
A abordagem de mercado (para estimar o justo valor) reguer precos observiveis e oulras infomagoes pro-
venientes de tansaccoes realizadas envolvende idênticos activos.

Valor de mercado
Vérias NCRF referem o use da valor de mercada, embora nan definam este conceito. D valor de mercado ë
uma base de mensuraGiio eonsistente com o conceito de justo valor: reguer a mensuragëo por referêneia a um
preco pels aual parles conhecedoras e cam vontade de negociar iiam negociar.

Mensuragëo inicial
Compras de activos fixos tangiveis
Os bens adauiridos devem ser mensurados pelo custo, o aual deve incluir o prato de cormpra, direitos de
imparlagan e impastos nêo reembolséveis, custos necessêrios para colocar o activo na lacalizagêo e condicao
de funcionamento e valor presente do custo estimado de desmantelamento e remogëo do bem ou restauracëo
do local. Se o pagamento for diferido para além das condicëes normais de crédito, o activo é valorizado pele
euivalente
ao preoo a dinheiro.

510
SMNC EXRLICADDO Carin 2 Estrutura Cancentual das Demanstracdea Flnanceiras

Compras de activos intangiveis


A mensuragêo inicial & efectuada pelo preco de compra adicionado dos custos directamente atribuiveis de
preparasëo do aclivo para n seu uso pretendido (custos de beneficios de empregados e honorêrios directa-
mente resultantes de levar n activa & sua condic#ia de funcionamento e custos de testes para concluir se a
activo funciona correctamente). Se o pagamento for diferido para alêm das condicêes normais de crédito, o
activo é valorizado pelo eauivalente ao pregGo a dinfieiro,

Compras de propriedades de investimento


As propriedaries de investimento adauiridas devem ser valorizadas inicialmente pelo prego de compra, adi-
cionado das custo de transaccao (honorêrios legais, IMT, ete). Sendo oa pagamento diferido, o custo seré o
eaguivalente ao preco a dinheira.

Compras de inventarios
Os inventaris sê0 inicialmente mensurados pelo seu custo de aaguisicao ou producao, o aual inclui os €ustos
de caompra, de conversêo e oulros custos incorridos para colocar os inent#rios no seu local actual e na sua
cendie#o. Se n pagamenta far diferida para além das condicies normais de crédito, n activo & valorizado pelo
eduivalente ao prego a dinheiro.

CGompras de activos através de locac6es financeiras


A mensurscëg inicial de activos adauiridos através de contratos de locacëes financeiras é efectuaria pelo
merner entre a justo valar do active locado & a valor presente dos pagamentos minimoes durante a locarao,

Artivos de exploracao e de avaliacëo de recursos minerais


A mensuragao iniclal é afsctuada ao custo, o Hual inlui aaguisiëêo de direitos de exploracëio, estudos
topograficos, geolégicos, geoauimicos a geolisicos, perfurasao exploratéria, valas, amestragem e actividades
relacionadas com a avaliacên da exenuibilidade técnica e viabilidade commercial da extraccên da um recursa
mineral.

Artivos fixos langiveis e propriedades de investimento construidas pelo prêprio


A mensurasëno Inicial efertuada pelo custo de construgëe.

Activas intangiveis gerados internamente


A mensuragan inicial de um aclivo intangivel gerade intermamente correspande & soma das dispêndios
deesdae a data em aue se Gumprem os critêrins de reconhecimanto, uma vez aue é proibida a reposicëo de dis-
Pêndios anteriormente reconhecidos como gastos.

Activas e passivas adguiridos na 4mbita de uma concentracan de negdeios


A mensuragëo inicial corresponde ao justo valor na data da eoncentracao.

Trocas de artivos nig monetdrins (assumindo-se gue a transatëo tem substincia camercial)
1.” Caso se consiga determinar o justo valar do activo recebida cam fiabilidade;
—a mensuragao inicial é efecluada pelo justo valor do activo recebidre.

2.” Mêc se consegue determinar com fiabilidade o juste valor do activo recebido mas est disponivel o justo
valor do activo cedide:
—a mensuraGao inicial é efectuarda pele justo valor do activo eedide.

3” Nê&o se consegue determinar com fiabilidade o justo valor do activo recebida nem do active cedido:
—8 mensuragëo inicial é efsctuada pela valor liguido centabilistico do activo cedido,

511
OArlria 7 Estruiurs Coneeplual das namanstrages Financelras SMNC EKPLIEAOD

Entrada em inventdrios por transterência de propriedades de investimento


As propriedades de investimenio transtferidas para inventêrios dio entrada nus inventêrios pelo seu valor
contabilistico (custo ou justo valor, dependendo do modelo de merisurado escolhida para as propriedades de
investimento,

Fnirada em artivos fixos tangiveis por transterência de propriedades de inveslimento


As propriedades de investimento tansferidas para aclivos fixos langivels dao entrada nos activos (ixos tangi-
veis pelo seu valor contabilistico (custo ou justo valor, dependendo do modelo de mensurado esonolnido para as
propriedades de investimento), independentemente do. modelo de mensuraGao escolhido para os activos fixos
tangiveis.

Transterëncias de artivas fixas tangiveis, investimentos em cursa ou inventdrios para propriedades de investimento
Caso se tanha optado pelo modelo do juste valor para a mensuracëo das propriedades de investimento,
guando existirem transferênrcias de activos fixos tangivels, investimentos em curso Ou inventarios para pra-
priedades de investimento, as mesmas sên mensuradas pelo seu justa valor, sendo a diferentca para a ante-
rior mensuracêo levada a resultados (investimentos em curso e inventrios) ou a capital prêprio (activos fixos
tanglveis).
Caso se tenha optado pele model do custo para a mensuracëp das propriedades de investimento, guando
existirem tanslerências de activos fixos tangiveis aus estejam mensurados aa justo valor para propriedades de
investimente, as mesmas sag mensuradas pelo seu valor contabilistico.

hauisicio por meio de um subsidio do Governa


Se n actvo for adauiride por meio de um subsidio do Govermo livre de encargos, ou por uma retribuicëo
nominal, pode-se optar entre:
— mersuraGao inicial pelo justo valor (auer do activo duer do subsidio), ou
— mensuracae Inieial pelo valer nominal.

Bens recebidos por doacdo


Os bene recebidos por doatao devem ser mensurados inicialmante pelo seu justo valor, determinado atravês
de avaliacëo tendo em conta a estado do hem.

Arctivos biolégicos e produtos agricolas


Os activos blolégicos e produtos agricolas sae mensurados inicialmente ao justo valor, menos os cuslos esti-
mados de comercializac&o, excepto se o justo valor nao for determinado com fiabilidade. sendo messe cas0
mersurados pele custa.

Artivos nia eorrentes detidos nara venda


A mensurac&o inicial destes activos ê efectuada pelo menor entre o seu valor liguido contabilistico e o seu
Justo valgr, deduzido dos custos para verider,

Provisaes
As provisoes sa0 inicialmente mensuradas pele valor presente dos dispêndios futuros estimados.

Instrumentos financeiros
Os instrumentos financeiros devem ser mensuradas inicialmente:
— AN Elst OU Eusta amorlizado; ou
— ap justa valor,

512
SNC EXPLIGADOD Cariruie 2 Estrutura Coneeptual dag Hemanstracbes Finarcelras

Subsidias reembolsaveis
Os subsidios reembolsêveis devem ser inicialmente mensurados pelo valor presente dos paagamentos Fuluros.

Rédilo
O redito deve ser reconhecido pelo justo valor da retribuic&o recebida ou a receber,

Mensuragao suhseguente

Componente Mensuracëo subseguente Contrapartida da variac&o do justo valor

Ganhos: rendimento (se reverter perdas) ou


exoedente de revalorizagn
Arctivos tixas tangiveis (usto histérico pu justa valor Perdas: excedente de revalorizacao; gastos se
nao existir ekcedente de revalorizarAa ou
guando 9 esgotamns

Ganhos: rendimento (se reverter perdas) ou


excedente de revalorizaGap
Artivos Intangiveie: Perdas: encedente de revalorizacio: gastos se
nan existir excedente de revalorizagda ou
duando n esgotarmas

Custo histêrico au justa valor (raras vezes)


com vida indefinida Min se armertizadas: sujestas a taste de impari-
dade anual

Custo histêrico ou justa valor (raras vezes)


San amortizarins & Sin apanas sujeitos a tesie
Com vida finita
de imparidarle guanda existirem indicadores de
imparidade

Gusto histêrico £ so sujeitas a teste de impari-


em GuUrsa
dade anualmente

Investimentos finaniceirns:

Subsididrias Mêtoda da arguival#neia patrimonial

$an elaboradas contas conselidadas:


Matodo da eguivalëncia patrimontal
Entidades conjuntamente
rontroladas Hio sin elahoradas contas consolidadas:
Mêtodo da eguivalêntla patrimonial ou
Mêtodo da co nsolidatdo proporeional

Assoriadas Mêtoda da eguivalëncia patrimonial

Hê mersuracap fiavel: justo valor


Dutros investimentas Ha hê mensuracio vel: custo histérico Rendimentos ou gastos

) Ed Justo valar (preferencialmentes) ou custo histêrica


Propriedades de investimento No método do just valor nio hê depreclagées Rendimentns ou gastos

Artivas bieldgices Justa valor ou custa histêrica Rendimentas ou gastos

Darivados gue gualfficam


comn cobertura Justo valer Randimentas ou gastns

Derivados gue nan gualficam s


Como cobertura Justo valor Capital prêpria

ENE3 513
SMUL EXPLICADG
CarituLn 2. Estrutiura Caneeptual das Demonstractias Financelras

Arctivos financeiros ou
passivos financeiros detidos | Justo valor Resultados
para negoeiaaa
Outros aclivos e passivas Custo amortizado
financeiras
dT Menor entre custo histrica e valor realizivel
Inventaris liauido

Conlas a receber aa pagar Custo ou rusto amortizada

Gusto
obtidos
de emprëstimos Gastos ou activos (inventrios ou imobilizag6es)
Artivos nio correntes Menor entre valor liguido centabilistica e valor
detidos para venda realizivel liguido (nio sin depreciados)
Goodwill Nan é amortizado: sujeito a teste imparidade
anual

Provisies Valor presente

Beneficios dos empregados Valor presente das obrigaciies e justa valor dos
aclivos

27-0 CONCEITO DE CAPITAL E DE MANUTENCAO DE CAPITAL


Existem dois poselveis conceitos para a elaboracao das demonstragêes financeiras: o conceito de manulen-
ca0 do capital financeiro e a conceito de manutengao do capital fisio.
O eoncelto financeiro de capital é adoptado pela maioria das empresas na preparacao das suas demonstra-
cêes financeiras. Num conceito de capital financeiro, tal come dinheiro investido ou poder de compra investido,
o capital é sinénimo de capital prêprio da empresa. Num conceito de capital fisica, tal como a capacidade ope-
racional, o capital & visto coma a caparcidade produtiva da erpresa baseada, por exemplo, nas unidades pro-
duzidas por dia:
A seleecao do apropriado concelto de capital deve ser baseada nas necessidades dos uientes das demorns-
tracbes financeiras. Assim, o conceito Hinanceiro de capital deve ser adoplado se os utentes das demonstragoes
financeiras dêo primazia &A manutenc&e da capital naminal investida ou ao poder de compra do capital investido.
Se, no entanto, a preocupacao maior dos utentes é com a capacidade de producao da empresa, deve ser
usado o conceita de rapital fisico.

Segundo a estrutura conceptual, "os conceitos de capital acima apresentados déo origem ans seguintes.
conceitos de manuteneao de capital:
a) Manutencëo do capital financeiro. Neste conceito, somente existe lucro se o valor do capital préprio no
final do periodo exceder o valor do capital prêprio no inicio do periodo, ap6s exclusao de distribuigaes
aos detentores do capital e das suas contribuicêes de capital no periodo. A manutengên financeira do
capital pode ser mensurada ouer em unidades monetarias nominais duer em unidades constantes de
poder de compra.
b) Manutenc&o do capital fisico. Neste conceito, somente existe lucro se a capacidade Hisica de producaD
de uma empresa (ou os recursos ou fundos necessêrios para obter assa capacidade) no fim do perioda
exceder a capacidade fisica produtiva no inicio do periodo, ap6s exclusao de distribuigêes aos detento-
res do capital e das suas contribuicëes de capital no perlado".

Uma critica, relativamente generalizada, leita & contabilidarde actual é aue a mesma nêo rata o custa do
capital prénrio.

514
GAPITULO 3
As Demonstracoes Financeiras
Exigidas pelo SNG
SMC ENPLIGADO
Earirui n 4 As Demonstracdies Financelras Exlgidas pele SHE

3.1-INTRODUGAO
As demonstrac6es Hinaniceiras têm com importante objectivo determinar a rentabilidade aue os gestores
CONSEOUITAM COM OS FBEUSOS OUE obtiveram (dos accionistas e dos financiadores), For vazes, essa rentabili-
dade somente se pode medir a médio e longo prazo. Dal gue muitos gestores possam tomar deeis6es us
de longe prazo.
aumentem os resultados no curto prazo, em detrimento da adopgëo de medidas ou projectos
Deveré. assim, existir um adeguado balancearnen to nos critërios de recompersas atribuidas aos gestores.
As demonstracêes linanceiras com finalidades gerais t8m como objective proporcionar InformaGên acerca
da sityuacëo tinancelra, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade Oue sejam uteis para a generalidarie
dos uientes no processo de tomada de decisêo.
Visando conferir utilidade as demonstracëes financeiras, temos assistido a uma evolugëo agualitativa das
mesmas através de:
— maior importência da demanstragao dos fluxos de caixa;
— uso de justos valores ou valores correntes;
— divulgagao de informaGao por segmenlos;
— apresentacdo de Informacêo sobre actividades descontinuadas;
— BIG:

A informaGëo financeira estê orientada para formecer dados histéricos, No entanto, os utentes das demore-
wacoes financeiras guerem informacao sobre o futuro: planos, oportunidades, riscos, incertezas. factores aue
criem valor a longo prazo, incluindo medidas nas financeiras. Coma exemplo de auestoes due os uientes das
dermonstracëes inanceiras gostariam de ver respondidas, podem-se apontar, a titulo de exemplo, as saguintes:

Indicadores financeiros
— Como se compara o retorno sabra o investimento (ROI) com o dos concorrentes?
—Como é aue a flutuacao do prego de cammodities afecta os negécios e a rentabllidade da eampresa (por
exemplo, o aumento do aro ou do petroleo)?
— Analises de sensibilidade: efeitos nos resultados de variacëes nos pregos unilërios ou de variagëes no justo
valor.

Indicadores comerciais
- Oual é a guota de mercado da empresa? A guota de mercado estê a aumentar ou a diminuir?
— Ouais sê0 os principais eoneorrEnies?
— Ouais 580 os principais clientes elou distribuidores? Existe dependência de algum deles?
—Oual folio gasto com publicidade e em aus media? Oual ê o orgamento para o proximo anoT
—Oual a parcela da variagêo de vendas atribuivel a volume, prego unitario e mix de produtos?
—A empresa descontinuou produtos ou linhas de negéeia?
— Existem plancs de langamento de produtos, de diversificacao de neg6clos ou de abertura de tiliais no pals
OU no estrangeira?
— Oue accfes foram realizadas para melhorar o servico a clientes?

Indicadores ligados & inovacaa


— Oual foi o dispêndio em investigac&o e dasenvolvimento e auanto se prevé despender no proximo ana?
Cormo se pode comparar esse dispêridio com o dos concorentes?
— Oue novas produtos resultaram da actividade de investigacao e desenvolvimento?
— Os dispêndios sêp suticientes para manter a eampresa competitiva a longo prazo7

Indicadares produtivos
— Oual a ulllizac&o da capacidade produtva?
—A empresa utiliza técnicas just-in-lime na producao?
—O nivel de reclamacëes, devolucëes & eustas corn garantias aumentou ou diminuiu?
—Ouale grau de produtividade?

516
SMNG ENPLICADAO Earl 4. As Oemanstraeies Financeiras Exigidas ala SNC

Outras informacaes
— lBaislacëa aplicavel e alteracëes previsiveis.

Medidas de geriormance aplicdvel ao pessaal


— grau de absentismo do pessaal;
— grau de atrita com empregados,

Um estudo da PricewaterhouseCoopers reavelou due a informaën considerada mais relevante por investida-
res ea analistas & a seguinte:
Investidores Analistas
Fluxos de calwa 94% GR%
Dispêndio em investigacêo e desenvolvimento DA% G5%
Resultado AP% 97%
Oupa de marcado 50% B1%
Investimentos 90% TY%
Desenvolvimento de novos produlos 90% 77%

Concluindn, a informacëa financeira apresentada deve ser (tl para o uiente das contas. Para tal, deverd
assentar n&in apenas em dados financeiros histéricos mas também em dados nêo financeiros & em dados prasa-
peetivos, de forma a permitir capacidade de previso sobre o desempenhio e os fluxos da eaixa no Futuro.

3.2 - APRESENTACAO DAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS

d.2.1-A norma da CNG


As bases para a apresentacao de deamonstracëes inanceiras estap incluidas no panta 2 da Anexa ao
Decrsto-Lei aus aprova no SANG. A NCRF 1 - Estrutura e Gonteuda das Demonstracies Financeiras, aue tem par
base a AS 1 — Fresenlalion of Financial Statements (Apresentagaa das Demonstracias Financeiras), comple-
menta as oriëntagaes sobre sta matêria,

Segundo a NCRF 1, o seu abjectivo é o de prescrever as bases guanto & estrutura e contetido do balanga,
da demonstracën dos resulladas, da demonstracan das alteracfies no capital proprio e da anexa.

A MGCRF 1 deve ser aplicada a todas as demonstracies financelras de finalidades gerais preparadas e apre-
sentadas de acordo com as NCRF,

3.2.2 - Bases para a apresentagao de demonstracaes financeiras

Componenies das demonstracëes financeiras


Um conjunto eampleta de demonstracêes financeiras SMC inelui:
al) balance;
b) demonstragëo dos resultados;
c) demonstracao das alteracëes no capital propria;
d) demonstragën das fluxos de caixa; &
e) anexo em aue se divulguem as bases da preparacëo e politicas centabilisticas adoptadas e outras divul-
gacêes exigidas pelas NCRF.

De notar gue nê&o se toma necessêria a apresentacëo de um anexo & demonstragêo dos lluxos de caixa,
uma vez gue as informacëes nele contidas so apresentadas no anenD.
Os tratamentos contabilisticos inapropriados nao $&0 rectificados nem pela divulgacao das politicas contabi-
listicas usadas nem por notas explicativas,

517
|
CariruLa 3 As DemoenstracBes Finnreeiras Ezxigidas pele SHG SNG EXPLICADO

Conlinuidade
As demonstracoes financeiras SNC sê0 elaboradas de acordo com o pressupnosia da continuidade. Ma data
para pros-
da elaboracêo das demonstragoes financeiras, os geslores devem avaliar a capacidade da entidade
financeiras, presume-se aue concluiram favo-
seguir a sua actividade. Caso nao retiram nada nas demonstracëes
ravelmente sobre essa Capacidade. Se existirem duvidas significalivas, essas incertezas devem ser divulgadas.
Ouanda as demonstracêes financeiras nao forem preparadas com base no pressuposto da continuidade,
esse facto deve ser divulgado, juntamente com as bases de preparagao das dernonstracoes financeiras & a
raza0 por gue a entidade no é considerada em continuidade.
Os diversos intervenientes no processo de apresentagëo de contas (gestores, TOC e ROG) devem assegu-
rar-se de gue a empresa ir& continuar em actividade, pelo menos, por mais um ano, para darem cumprimenlo a
este Dressuposto.

Regime do acrëscima
As demonstracëes Hinanceiras sao preparadas segundo o regime do acréscimo, excepto guanto 4 demonstracao
dos fluxos de caixa, a gual refiecle aperias movimentos financelros, sendo assim elaborada numa base de caixa,

Consistência de apresentatio
A apresentasëo e classificacao de rubricas nas demanstracëes financeiras ter de ser Consistentes de um
periodo para o outro. Segundo o SNC, serao admitidas alleragoes apenas guando:
a) seja perceptivel, apês uma alteracao significaliva na natureza das operarées da entidarde ou uma revisêa
das suas demonstracoes financeiras, gue outra apresentagao ou classificac&o sêria mais apropriadsa,
tendo em consideracao os critérios para a selecgao e aplicacse de politicas contabilisticas contidas na
NCRF aplicavel; ou
b) uma NCRF estabeleca essa alteragëo,

Materialidade e agregaga0
As demonstragees financeiras devem evidenciar separadamente rubricas materialmente relevante. As
demais devern ser apresentadas conjuntamente com guantias de natureza ou lunêo semelhanie.

Comnensatao
Nao se deve proceder & compensaco da activas e passivos & de rendimentos & gaslos, exceptg aguanda
essa GompensaGêo for exigida ou permitida por uma NCRF.

Informacdo comparaliva
As demonstracêes financeiras SNC deverdo apresentar, pelo menos, os valores EOMParativas relatvMos ao
periodo anterior, para loda a informacêo numêrica, excepto guando uma NCRF permitir ou exigir a diepensa de
cOMParativos. |
Ouando a entidade alterar os seus critérins de apresentac&o ou classificacao nas demonstragêes tinancel-
ras, os valores comparalivos devem ser apresentados segundo o actual critério. excepto se tal for impraticêvel,
Somenie dessa forma se assegura a comparabilidade da informagë&a. Guando acorrerem alterac6es significati-
vas, deverm-se divulgar essas alteracëes e as reclassificacdes efecluadas aos valores do periodo anterior ou,
Caso tenha sido impraticével fazé-lo, deve justificar-se essa impraticabilidade, explicitando a natureza das alte-
ragoes due seriam efertuadas, caso Hivesse sido possivel proceder & reclassificagao.

ldentificacda das demonstraciies financeiras


Segundo a NCRF 1, as demonstracoes financeiras devem ser identificadas claramente e distinguidas de
Outra informacao publiada mo mesmo docurento. A informaao a seguir referida deve ser apresenlada com
destadue e repetida, guando necessêrio, para uma apropriada compreensêo da informagao apresentada:

518
T
SHE EXPLICADO GriMiuin 4 As Oemonstracnes Financelras Exigidae pele SHC

a) o nome da entidade aue relata ou outros meios de identificacao, e eventuais alteracëes desde a data do
balango anterior

b) se as damonstracëes financairas s0 individuais ou consolidadas:


c) adata do balanga ou perlodo coberta, caniorme o componante das demonstracëes Hinanceiras;
d) a moeda de apresentacao, por reora, o Euro:
e) o nivel de arredondamento usado na apresentagao de guantias nas demonstracies financeiras. De notar
due n arredondarmento no pode excarer o milhar de unidades da moeda referida em d).

Perindo de relato
Ma minimo: oa periodo de relata de demonstrasoes financeiras SNC deve ser anual. Duando, em circunstências
eCEprionais, se altere a data da balanca e as demanstraoies financeiras correspondam a um pêrioda mais londo
Ou mais curto da oue um ane, deve divulgar-se para além do periodo coberto pelas demanstrag6es linancelirag:

a) arazac para a axistênria de um periodo due nan corresponde a um ana; a

b) o facto de os valores comparativos da demonstragao dos resultados, a demonstragao das alteracoes no capi-
tal prépria, a demanstracan dos Hluxas de calxa & as notas do anexo relacionadas nao seream compardveis.

Balanco
O balanca SNC deva apresentar activos correntes e nao correntes & passivos cormentes & naa rorrentes
come classificag6es separadas na face do balanto.

A NCRF 1 renuer a divulgacêo das nuantias aue se espera seiam recuperadas ou liguidadas num prazo
superior a doze meses para cada linha de item de activo e de passivo gue combine guartias due se espera
selam recuperadas ou liguidadas:

a) até dnze mases apis a data dn balance: &

b) apis daze meses contados a parlir da data da balance.

helivos correntes
A NCRF 1 reduer fua um activo seja classificada como activo eorenta auando:

al) se espera aus seja realizado, ou se preiende aue seia vendido ou consumido, no deeursa normal do ciclo
operacional da entidade;
b) sejadetida principalmente para negeeiacan;

Cc) sê #spera gue seja realizado num periodo atë doze meses apos a data do balanco; ou

d) & caixa ou eguivalente de caixa, a menas gus lhe seja limitada a toca ou use para liguidar um passivo
durante, pele menns, doze meases apas a data da balance.

Os demais activos devam ser classificadaos como activos nn comentes.


Segundo a NGRF 1, auando o ciclo operaclonal normal da entidade nêo ê claramente identificavel, pressu-
Die-sa due a sua duragëa é de doze meses.
Case o ciclo operacional da empresa seja, por examplo, auinze meses, esse serê o perioda relevante para
Segregacëo entre corrente & néo corrente.

Passivos correntes
A NCRF 1 reduer aus um passivo seja classificado como passivo oormrente guando:

| al) se espera gus seja liguidado durante o ciclo operacional normal da entidarie;

b) & detida principalmente para negeciacêa


e) deva ser linuidada num periede até doze meses apos a data da balance; ou

519
SUE EMPLICADO
Fhrlrutin 3 As DamonstracBes Finanrairas Exigidas pelo SNG

durante, pelo mens,


d) a entidade nao tenha um direito incondicional de diferir a liauidacan do passivo
doze meses apos a data do balanco,

Tados os outros passivos devem ser classificados como passivos naa correntes.

pagarmenta
Os passlvos financeiros sa0 classificados como passivos correntes auando sejam devidos para
até doze meses desde a data do balance, mesmo se:
a) o perlodo original era um periodo superior a doze meses; e

b) existe um acardo de relinanciamento, ou de reescalonamenio de pagamentos, alongo prazo, eoncluido apés


a data do balango e antes da data em aus as demonstracoes financeiras sio autorizadas para emissaD.

Informagzg a incluir no balan€o


OSNC estipulou em portarië o morslo de balanco, aue coniëm a iniormacao minima a ser apresentarda.
Sempre gue tal seja considerado relevante para a compreensao da posic&o financeira da entidade; a NCRF 1
permite ainda a apresentagao de itens adicionals, Hulos e subtotais.

Informarda a incluir no anexo


Sagunda a NCRF 1, deve divulgar-se no anexo'
-— para eada classe de acGOes:
j) onimero de accëes emitidas e inteiramente pagas, e emitidas e nêo inteiramente pagas;
i) os direitos, preferências a restrioëes associados a essa classe, incluindo restricêes na distribuicaa de
dividendos e no reembolsa de capital,
ii) uantidade de acc6es da entidade detidas pela propria entidade ou por subsidiërias pu assoriadas: &
iv)uma deeoricëe da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do capital proprio:

Nao sendo o capital representado por acg6es, deve divuloar-se informacao enuivalente,

Demonstracan das resultadas


O SNC estipulou em portaria p modelo da demonstracêo dos resultados, gue CONIËM a informagao minima a
ser apresentada.
Sermpre aue tal seja considerado relevante para melhor compreensêo do desempenho financeirg da enti-
dade, a NCRF 1 permite ainda a apresentaGo de itens adicionais, titulas e subotais.
A NCBF 1 refera gue nêo se devem apresentar itens de rendimentos ou de: gastos coma itens extraordina-
rios, guer na face da demonstraan dos resultados guer no anexXo.
A NOCRF 1 reguer a apresentacao da demonstrac&o dos resultados por naturezas, permitindo a Apresentasëa
de uma dermonstracëo de resultados par funcoes.

Informagaa a ser apresentada no anexo


A NCPF 1 reguer a divulgacao separada de itens de rendimentos e de gastos materiais. A tilulo de exemplo.
SAD apontados os seguintes renidimentas & gastog:
—reestruiuraGëes das actividades de uma entidade e reversies de Ouaisguer provisêes para os custos de
raastruturacan'

—alienac6es de itens de activos fixos tangiveis;


— alienacoes de investimentos;
— Unidades operacionais descontinuadas;
—resolusëa de liligias: &
— Oulras reversOes de provises.

520
"
ENG EXPLICADO Garitvte 4 As DemanstrasBes Finaneeiras Exlgldas pele SME

Demonstracio das alteracdes no capital préprio


O SNC reguer a apresentacao de uma demonstracao das alteracëêes no capital prébrio, o gue nêo era habi-
tual em Portugal, embora na Anexo as Contas se proporcionasse boa parte da informagëo agara reaguerida
numa demonstragso auténoma. O modelo da demonstracëo das alteracêes no capital proprio foi estipulado em
portaria.

Notas as demonstrag6es financeiras


A NCRF 1 reauer a seguinte estruiura para as notas s demonstracies linanceiras:
a) apresentacao de iniorma;ën sobre a base de preparac&o das demonstragêes financeiras e as politicas
Contabilisticas usadas;
D) divulgazao de informacae renuerida pelas NCRF ague nêo sela apresentada no balance, na demonstracao
dos rasultadns, na demonstracën das alteracfies no capital préprio nu na damonstracan das fluxos de
caiva: &

C) proporcionar intormacës adicional aus naD esteja apresentada na balance, na demonstrasëo dos resulta-
dos, na demonstrac&o das allarac6es no capital préprio ou na demonstragao dos Hluxps de caixa & due
seja relevante para a sua compreensêo.

As notas devem, na medida do praticavel, ser apresentadas de uma maneira sistematica. Cada rubrica no
balango, demonstracëo dos resulladas, demonstracao das alleraGëes no capital priprio & na demornstrataa das
lluxos de oaixa deve ter referência cruzada com aualduer intormacëo divulgada nas Notas.

A setuência na aprasentacao das notas indicada pela NCRF 1, de forma a ajudar os uientes a compreender
as demonstracfes financeiras e a compard-las com as de Dulras entidades, & a seguinte:

a) identificagëo da entidade, incluindo domicilio, natureza da actividade, nome & gede da ampresa-mêe, sê
aplicëvel

b) referencial contabilistico de preparacêo das demonstracëes financeiras;

c) resumo das principais politicas contabilisticas adoptadas;


d) inlermazëo de suporte de itens apresentados no balantp, na demonstragëo dos resultados, na demons-
tratao das alteragoes no capital propric e na demonstragao dos fluxos de caixa, na ordem em aue cada
rubrica e cada demonstracëo financeira san apresentadas;

&) passivos contingentes & compromissgs contratuais nao retonheeidos;


1) divulgacëes exigidas por diplomas legais;

g) infermacoes da caracter ambiental.

felalivamente as politicas contabilisticas adopladas, a NCRF 1 reguer as seguintes divulgacoes:

a) bases de mensuraGao usadas na preparaëo das dermonstracêes financeiras &

b) outras palfticas contabilisticas usadas due sejam relevantes para a& compreensêo das demonstraGiies
financeiras.

A NOCRF 1 renuer ainda a divulgac#o, no resumn das politicas contabilisticas significativas ou outras notas,
dos juizos de valor dos gestores no processo de aplicacao das politicas eontabilisticas da entidade gus tenham
eleilo significativo nas montantes reconheoidos nas demonstracëes financelras, com excepcën daagueles gue
ervolvam estimativas.

Principais fantes de incerieza de estimativas


Na contabilidade da sécula XI, cada vez se recorre mais a estimalivas. Em auase lodas as dreas elas estaD
presentes:
— no clculo da imparidade dos activos;
— na deeisao de recanhecimenta (ou nan) de passivos;

521
SNG EXPLICADO
Cwirn n 3 Ag DEmanstragaes Finn eelras Frigidas nela SNC

— no Galoulo do justo valor de activos ë passivas financeiros;


— na determinacao da vida uil do imo bilizado;
—etD;

te, contri-
Eetas estimativas poderao originar significativa volatilidade nos resultados futuros &, normalmen
se divulgar informacao
buem significativamente para a formacao do resultado de exerctcio. Dal a importëncia de
sobre as estimativas efsctuadas. A NCRF 1 reguer a divulgacae no anexo dos principais pressupastos refativos
risco signifi-
ao fuyturo e outras principais fontes de incerleza das estimativas & data do balanco, gue tenham um
cativo de originar um ajustamento material no valor contabilistico dos aClivOs 8 passivos no ane financeiro
seguinie.
s ou
De notar gue as divulgacêes reaueridas sao aguelas gua exigem juizos de valor mais dificeis, subjectivo
complexos por parte dos gestores, nao sendo exigidas divulgagêes soDre aclvVOs & passikds mensurados ao
justo valor com base em precos de mercado observados.

3.2.3 - Diferentas entre o SNC e o POL


Relativamante & apresentagao e contetido das demonstracées financeiras, existem muitas e significativas
diferencas entre 6 SNC e oa POC. As principais diferengas sêo as seguintes:
1.” O ftormato do balanco POC era diferente do formata do balanco SNC (no balanco SNC, os activos e passl-
vos sa0 Classificados em correnles e nao correntes, o balanco é mais sintético, os itens significativos sêo
detalhadas nas notas, existindo referëncia para as notas no balanca). No balanco POC, o Activo era apre-
sentado em Wês colunas, com grande grau de desagregacao, a apresentacao dos activos era efecluada
por grau erescante de linuidez, existindo oulros aclivos e passivos nao cobertos por esta regra.

2.” No POC, eram regueridas duas demonstracëes de resultados: por naturezas e por lungoes (para as enti-
dades aue uitrapassassem dois das três limites do artiao 262.” do Codigo das Sociedades Camerciais).
D SNC apenas reguer a apresentaGao da demonstragBo dos resultados por naturezas.

3.2 No POG, nëo era apresentada a dernonstragac das alterac6es no capital prêprio. No entanto, era regue-
rida a apresentacao nas notas &s contas dos movimentos nos capitais prêprios. Come vimas, o SNC
reauer aue esta informaGao seia apresentada na face das demonstracoes financeiras, tendo, assim, intro-
duzido uma nova demonstracëo financeira.

4.” As divulgacêes renueridas pelo SNC sêo muilo extensas e contrastam com o anexo a0 balanco 8 &
demorstragëo dos resultados gue vigorava em Portugal, o aual nêo seguia uma estrutura logica e apre-
sentava demasiadas omissoes.
5.” De acordo com a NCRF 1, devem ser apresentados comparalivos para toda a inlormacao numtêrica CoNs-
tante das demonstracoes Hinancelras. O POC nao regueria a apresentacëo de valores comparativos para
vêrias notas do anexo ao balanco & & dermonstrac&o dos resultados.

6.” No existem resultados extranrdinêrios em contas SNC. No POC, existia um canceito amplo de resultados
extraordinêrios.

3.2.4 —- Fleitos do SNC nas demonstracies financeiras


Relativamente ao contetido e apresentacao das demonstrag6es financeiras, Ds efeitos do SNC serdo muito
amplos.

Relativamente & apresentacao das demonstracêes financeiras, as principais implicac6es deverao ser:
1.0 balarico deverê segregar, de forma clara, os activos & passivos correntes dos artivos a passivos nao
Corentes;

2.” as notas As contas seguiria uma seguência l6gica e estrulurada, com ligacao as demonstracoes linan-
Gelras;
3.” deixaremos de ter resultados extraordindrios, devendo proceder-se & raclassificagao para resultados op2-
raclonais dos rendimenlas e gastos apresentados no POC tomo resullados extraordindrias.

g22
r SNC ERPLICANA Garltuin 4 As Oamanstragfies Finnneeiras Exigldas nale SNGC

Relativamente an conteudo das demonstrac6es financeiras. as alleracies sao:


1.” as entidades serao obrigadas a apresentar a demonstracao dos resultados por naturezas, podendo optar
Dor apresentar a demorstracên dos resultados por fungëes;

2.” passaremos a contar com uma nova demonstragao Hinanceira: a demonstrac8o das alteracëes no capital
proprio;

3.” as notas &s conlas passaran a ser muilo mais abrangentes, uma vez gus as NCRF enigem muitas divulga-
Gies NaD regueridas pelo POC;

4." todas as notas As contas com informarao numtrica passarao a conter informac&o comparativa.

No anexe aprasenta-se um modslo de demonstracëes financeiras numa base SNC. Este modelo nêo inelui
tadas as divulgagoes reagueridas pelo normativo SNC, pelo gue, na elaboracêo de demonstrazëes financeiras
SNC, deverd ser consultado o modelo da Anaxo publicado pela CNC, de forma a assegurar-se o integral
EUMmprimento do normativo.

3.3 - DEMONSTRACAO DOS FLUKOS DE CAIXA

3.3.1 - Introducëa
A dermmonstracên dos flukos de caixa surgiu na sêculp XX, no final dos anos 60. Desde ent&o, tem assu-
mido papel de relevo na literatura a na prêlica cantabilistica. E$sa crescente importancia nêo é frutio do
BCASD,
Dado gus o valor dos reeursas intangliveis, tais come o capital intelectual e as marcas, tem aumentado,
enaguante oa valar dos activos fios tangiveis tem diminuirdo, a correlagëo entre o valor das capitais préprios eo
valor de mercado das acces diminuiu significativamente, o gus aumenta a importência da demonstracso dos
Hluxos de caixa coma peata Chave na apreciacdo da performance da entidade. Presentemente, a avaliagëo das
empresas baseia-se, com mulita freguëncia, no denominado fluxo de caixa livre (free cash flow), o gual consiste
nas receitas de calxa mencs os nastos pagas, impestos pages, necessidade de fundo de manein e investimenta
de rotina,
O tee cash liow projectado para o luturo e descontado para a dala presente dé-nos uma boa aproximacën
do valor de uma entidade. Da mesrma forma, a comparasao do free cash flow com ao custo de capilal da enti-
dade indica-nos se o patrimlinio dos accionistas aumentou ou diminuiu,
D custa de capital empregue é definido pela multiplicacao do capital préprio pelp custo médio poniderado da
endividamento & do capital dos accionistas, o dual é denaminado como lyra aconêmico ou EVA (Economic
Value Acdded).
Para alêm do referido acima, a imporlência da demonstracëo dos Hlyxos de caixa resulta de outros factores:
por um lado, naa estê sujeita a denominada “contabilidade crlativa", uma vez gue nêo & possivel manipular-se
a& entradas e as saidas de dinfieiro, an contrêrin dos resullados, gus podem ser alterados por dapreciagoes
| insulicientes/excessivas, provisêes sobreavaliadas ou subavaliadas, resultados reconhecidos antecipadamente
DU resultados diferidos para periodos fuluros: por outro lado, apresenta-nos os fluxas de caixa das aclividades
I operacionais, das actividades de investimento e das aclividades de financiamento, pearmitindo-nos apreciar
nuais os fiuxos de caixa gerados pelas operacles (ou nelas aplicados), aue investimentos (ou desinvestimen-
tos) estê a empresa a efectuar e guais as lontes de financiamento,
Finalmente, a demonstrac#o dos fluwos de caixa poderê ser a unica demonstragêo financeira due nos per-
mite comparar a empresa com Ds seus concorrentes auando as politicas contabilisticas adoptadas forem diver-
genies, por exemplo, auardo uma empresa adonta o models do justo valor na mensuragëo dos seus aclivos
fixos tangvels & a sua concorrente adapta o modelo do eusto.
Os utentes das demonstracêes financeiras estao, normalmente, interessados na previsaa dos Huxos de caixa
futuros das entidades. Assim, esta peza conlabilistica assume papel de relevo no relato financeiro, embora a
relerida capacidade de previs&o sê se consiga. normalmente, com intormacbes adicionais, por esempla, sobre
COMProMIssEs para investimertos, desinvestimentos previstas. etc.

523
GrrUiD 3 As BemoanstracBes Finaneelras Exigldas nelo SNE SNE EXPLICADO

3.3.2-A norma da ENG


KA CND emiliu a NCRF 2-Demonstracëo de Fluxos de Caixa, a gual tem por base a lAS 7 - Cash Flow Statements
(Demonstragëo dos Fluxos de Caixa) emitida pelo ASB.

3.3.3 - Demonstrac&o dns flwxos de caixa conforme a NCRF 2


O montante lguido dos fluxos de caixa de um periodo deverê corresponder & varlagêo do saldo inicial e final
relativa-
do caixa e eguivalentes a caixa. Se o caixa na0 nos oferece grandes duividas, D meermo na0 se passard
mente ao conceito de enuivalentes de caina.
Segundo a NCRF 2. eguivalentes a caixa sê investimentos financelros a curto prazo, altamente liguidos,
gus sejam prontamente convertiveis para guantias conhecidas de dinheiro e aus estejam sujeitos a UM riseo
insignificante de aiteracëes de valor.
A NCRF 2 refere gue um investimento sê se agualifica, normalmente, como um eguivalente de calxa guando
ver um venclmento a curlo prazo, por exermplo, três meses ou menos a partir da data de aguisizao.
No ague se refere aos ernpréstimos bancërios, a NCRF 2 refere gue estes sêo, normalmente, considerados
como aclividades de tinanciamento.
Fielatvamente & Classificacao dos Hluxos de caixa a reporlar, a NCRF 2 estabelece gue a demonstragao das
Hluxos de caixa deve reporiar separardarmente os Hluxos de caixa das actividades operaciorais, de investimenta ea
de financiamento.

A definicêo de cada uma destas actividades constanle da NCRF 2 é a seguinte:


—actividades aperacionais sa0 as principals aclividades produtoras de rédito da entidade e outras activida-
des gue nêo sejarm de investimento ou de financiamento;

-—actividades de investimento £40 a aauisic&o e alienagan de activos a longe prazo e de outras investimen-
tos no incluidas em eguivalentes de caixa;
— actividades de financlamento so as actividades gue têm como conseguëncia alleracëes na dimensao e
COMPEsiCEo do capital prêprio contribuido & nos empréstimos oblidos pela entidade,

hrtividades operacionais I
A NCRF 2 formece-nos os seguintes exemplas de fHluxos de caixa das actividades operaeionals:
a) recebimentos de caixa provenientes da venda de beans es da prestagao de servicos;

b) recebimentos de caixa provenientes de royalties, honorêrips, comissies e outros réditos;


Cc) pagamentos de caixa a formecedores de bens e servicos;
d) pagamentos de caixa ae por conia de ampregados;

8) pagamentos ou recebimentos de caixa por restituicêes de impastos sobre rendimento, a mens due estes
mama” N

se relaciornem com as outras artividades; 8

1). recebimentos e pagamentos de eaixa de contralos detidos com a finalidade de negocia.

Artividades de investimenta '


A NOCRF 2 apresenta os seguintes exemplos de fluxos de caixa das actvidades de investimento:
a) pagamentos de caixa para aguisicag de activos fixos langiveis, intangiveis & outros aclivos a longo prazo. ||
Estes pagamentos incluem os relacionados com custos de desenvolvimento capitalizados e artivos fixos !
tangiveis autoconstruidos;

b) recebimentos de caixa por vendas de activos Hixos tangiveis, intangiveis e outros activos a longo prazo:
'o) pagamentos de caika para aauisicao de instrumentos de capital prêprio ou de divida de outras entidades
ede interesses em empreendimentos conjuntos (gue nio sejam pagamentos dos instrumentos considera-
dos como sendo eguivalentes de caixa ou dos detidos para a finalidade de negéeio);

524
T
SNE EXPLICAOD Fariruta 4 As DamonstrasBes Financalras Erigidas nele SMG

d) recebimentos de caixa de vendas de instrumentos de capital prêprio ou de divida de outrae entidades &
de interesses em empreendimentos eenjuntos (aue no sejam recebimentos dos instrumentss considera-
des camo eaguivalentes de caixa e dos detidos para as finalidades do negécioy;
e) adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a outras entidades;

f) recebimentas de caixa prowenientes do reembolso de adiantamentos & de ampréstimas feitos & oulras
entidades'

Og) pagamentos de caixa para contratos de fuluros, contratas de forward, contratos de opgëa e contratos de
Swap, exceplo guando os contratos sejam mantidos para as finalidades do negorio, ou os pagamentos
sejam classificados camo actividade de financiamenta:e

h) recebimentos da caixa provenientes de contratas de futuros, contratos farward, contralos de ogcën e con-
tratos de swap, exceptio nuanrdn os cantratos sejam mantidas para as finalidades da nenêcia, ou 68 ree e-
bimentos sejam classificados como actividades de linanciamento.

hrelividades de financiamentg
Na NGRF 2, sêo apresentadas os seguintes exemplas de fluxos de caixa das actividades de financiamento:
a) recebimentos de caixa prevenientes da emissên de accies ou de outros instrumentos da capital préprio:

b) pagamertds de caixa por anuisieêo de acgêes (guatas) proprias, redugëo do capital au amarlizacëo de
aACEOES (AUBIas);

C) recebimentos provenientes da amissêo da certificadoes de divida, emprêstimos, livrancas, obrigacaes,


hipoteeas e outros ampréstimos abtidos a curta ou lango prazo:

d) desembolsos de caixa de auantias de empréstimos obtidog: ë

8) pagamertos de caixa por um locatdrip para a reducëo de uma divida em aberto relacionada com uma
locagcao financeira.

Mêtado utilizado para apresentar a demonstracëo dos fluxos de caixa operacionais


Gontrariamente & posicêo do ASB, expressa na |AS 7, gaue permile a aresentacëo dos Hukos de Caixa opera-
Cionais guer pela método directo aguer pele mêtodo indirecto, a CNC optou par redauerer a apresentagëêo pela
méloda directo. Saliente-se gue a lAS 7 recomenda o usg do metodo direcio, por sê considarar gus este propor-
Ciona informagan util na estimativa dos fluxes de caixa fuluras.

Juras e dividendos
A NGRF 2 reaguer ague os juros e dividendos recebidos e padgos seiam apresentados separadamente na
demonstracao dos fluxos de caixa, devendo cada um deles ser classificado de forma consistenie, de periodo
para periodo, nas actividades operacionais, de investimanto au de financiamento,

Divulgacies
A NCRF 2 renuer a divulgacêo nas notas &8 dermonstracbes financeiras da seguinte informacêo;

a) Relatvamente a aauisicoes e a alienacoes de subsidrarias ou de outras unidades empresariais durante o


periado:'
—a relribuican total da ecampra ou alienagao;
—a parte da retribuic&o da compra ou da alienagëo liguidada por mein de caixa e seus enguivalenles;
-aauantia de caixa e seus aauvalentes na subsidiëria ou na unidade empresarial adauirida ou alienada; e

-a auantia dos aclivis & passivos due nio sejam caixa ou seus eguivalentes na subsidiëria ou unidade
empresarial adnuirida ou alienada, resumida por categoria principal.
b) Transaccëes de investimerto es de Hinantiamento aus nên exijam o uso de caixa ou seus eguivalenies.

c) Saldos significativos de oaixa e seus eduivalentes detidos pela entidade. due naD eslejam disponiveis
para Uu$0 pelo grupa.

523
Cartruin 4 Ag Demonstractes Finaneelras Exinidas aela SHE SNC EXPLICAGO

3.3.4 - (0 anterior referencial contabilistico porluguës


Relativamente & Demonstracêo dos Fluxos de Caixa, o referencial contabilistico porlugues incluia o POC ea
DC 14 — Demonstracao dos Fluxos de Calxa. A DC 14 aplicava-se as entidares sujeitas an POC e a sua obriga-
toriedade dependia das autoridades due o Budésaem exidir.
A CMMVM. através dos regulamentos n.” 93/11 ea 6/2000, reauereu a apresentacao desta demonstracêo para
as empresas com titulos cotados, a gual devia ser elaborada pelo mêtodo directo. Cuanto as demais empresas,
uma larga percentagem nao elaborava esta demonstracdo. No entanto, o Decreto-Lei n.” 79/2003, de 23 de April,
reterin no seu artigo 1.” nue as entidades As ruais era aplicêvel o POC ficavam obrigadas a elaborar a Demorns-
tracio das Fluxos de Caixa referida no n.” 2.6 do capitulo 2 do POC, de arordo com um dos mêtodos previstas
no seu capltulo 9, desde aue nêo estivessem obrigadas a utllizar 6 mêtodo directo,
Fra prevista a dispensa da sua elaboragao, desde gus a enlidade nao ulrapassasse, no perioda de um ëxer-
clcio. dois dos três limites indicados no n.” 2 do artigo 262.” de Cédigo das Sociedades Comerciais (vendas &
prestagao de serviGos superiores a um milhêo de euros, total do activo liguide de dois miles de eurps e mais
de 50 empregados), deixando essa dispensa de produzir efeitos no segundo exercicio seguinte, inclusive,
aAnuele em gus os limites eram ultrapassados.
O Decreto-Lei n.” 79/2003 alterau o POC e apresentava os modelos minimos da Demonstracaa dos Fluxos de
Caixa, pelos mêtodos directo e indirecto, bem como 9 conteudo do Anexo & Demonstragao dos Fluxos de Calxa,

3.3.5 - Diferencas entre o SNG e o POG


As diferencas existentes entre o SNC e o POG resumem-se assim;

1.* De acordo com a NCRF 2, todas as entidades devem preparar a Demonstracao dos Fluxos de Caixa
coma parte integrante das suas demonstracfies financeiras. Em Foriugal, a partir do exercicio de 2003, as
empresas gue uitrapassassem dois dos três limites indicados no n.” 2 da arligo 262.” do Cédigo das
Sociedades Comerciais eram também obrigadas & elaboracao da relerida demonstracao.
2.” De acordo cam a NCRF 2, os juros e dividendos recebidos e os juros pages devem ger annuadrados
dentro das actividades operacionais, de investimento e de financiamento. Refere, no entanto, a NCRF 2
oue os juros pagos e os juros e dividendos recebidos podem ser classificados como flyxos de caixa ope-
racionais e. altermativamente: Como pagamentas relacionados com a actividade de financiamenta (juros
pagos) & como recebimentos relacioriados €om a actividade de investimento (juros e dividendos reEebi-
das). De acordo com a DOC 14, os juros pagos deviam ser classificados como pagamenios relacionados
com a actividade de financiamento e os juros e dividendos recebidos como recebimentos relarionados
com a actividade de inveslimento.

38.” A NCRF 2 estipula gue os fluxos de caixa de uma filial estrangeira devem ser convertidos & taxa de cêm-
bio em vigor & data em aue tais Hluxos toram gerados. A DC 14 era omissa relativamente a esta situacan,

A” DO modelo da Demornstracao dos Fluxos de Caixa previsto no Decreto-Lei n.” 79/2003 incluia pagamentos
& rtecabimentos de aclividades extraordinérias, o nue representa uma diferenga face ana madelo da SNC.
5.” Passa a ser obrigatéria a apresentacêo da Demonstragao dos Fluxos de Caixa pelo méêtodo directo.

3.3.6 - Ffeitos da SNG nas demonsiracdes financeiras


Relativamente & Demonstracao dos Fluxos de Caixa, as principais diferengas consistem na generalizacao da
sua elaboraGao e na obrigatoriedade de a mesma ser elaborada pelo método direclo. Para alêm disso, o difterente
reconhecimento de dispêndios como gaslo em contas SNC e camo activa em contas POC implicarê a sua Classi-
ficaga8o' como pagamentos relativos & actividade operacional em cantas SNC enguanto gue no POC integravam
DS pagamerios relativos & artividade de investimento. Por outro lado, nas contas SNC nêo axiste o conceito de
resultados extraordinarios, pelo gue deixar&o de existir pagamentos e recebimentos axtraordindrios.

3.3.7 - Interpretacig da Demonstracën dos Fluxos de Caixa


Tomemos come base para a nossa andlise a demonstragëo dos fluxos de caixa da Companhia llustrativa,
incluida no Anexo:

526
ENE EXFLICADO Earl Ad As Oemanstraces Financalrae Erigldas nela SNC

D caixa & seus enuivalentes apresentam uma diminuic&o de 18 650 milhares de auros nio ana N. Essa dimi-
NUICBB resulta do efeito conjugade de (am milhares de euros):
—fluxos de caisa das actividades operaeionais B7 079

—fluxos de caixa das actividades de investimento (37 452)

—fluxos de raixa das actividades de financiamento (70 277)


Diminuicao do caixa e eguivalentes (18 650)

O fluxp de caixa das aclividades aperacionais é positivo, o due significa aue o negëcio da entidade gera flu-
vos de caixa liguidos. Caso o fluxo de caixa operacicnal seja negativo, numa entidade aua nao esteja numa fase
de arranaue ou desenvolvimento das suas aclividades, isso significa gue a mesma caminha, a passos largos,
para a falência. Meste case, verifica-se um aumento dos flukos de caixa das artividades operacionais de 46%,
tendo o volume de negécios crescido d 1%:
Os fluxos de caixa das actividades de investimento io negatives, 2 aue significa gus a entidade se encon-
tra numa lase de investimento. No casa conereto, os investimentos paagos incluem, prineipalmente, activos fixos
tangiveis (34 071 milnares de euros) e a aauisicao de empresas da grupo (11 700 milhares de euros).

Relatvamente aas Huxos de caha das artividades de financiamentn. veriica-se uma saida linuida de 70 2/7 milna-
res de eurcs, gue se pode sintetizar coro segue (em milhares de euras):

— distribuicao de dividendos (B6 46%)

—empréstimos recebidos (liguidos dos reembolsos efectuados) 23 Bad

- aOUISIcEN de accaes priprias (7 692)


(79 277)

Isto sianifica aus os fluwos de caiwa dae aclividades operacionais permitem remunerar os acctonistas, nan
nes sendo regueridas novas entradas para reforGo do capital social, uma vez gue os financiaderes conlinuam a
apoiar a entidade, Hinanciando os investimentos.
De realcar a significativa dilerenca entre o lucro liguido (160 787 milharss de euros) e os Hluxos de caixa neaa-
livas de 18 650 milhares de euros.

3.4 - DIVULGAGOES DE PARTES RELACIONADAS

d.4.1 - Introdugdo
A divulgaGao de partes relacionadas assume fundamental importência no relato financeiro. Através desta
informaean, o utente das demonstrasies financeiras saberd aguais as paries relacionadas da entidade e gual o
pesp das empresas do grupo, associadas ou outras partes relacionadas no volume de negocios da empresa,
Nas SUA$ COMDIEE, NOS gastos suportados, ND seus aclivos e DassivOs.

Sempre Gus exislem transaccBes com partes relacionadas, duas guasides vira0 A nossa mente:

1.* Sera gus a transacc&o se realizou efeclivarmenle? Nao terê apenas motivac6es fiscais ou de cosmetica
Contabilistica?
2.2 Admitindo aue a tansaccëo se realizou efectivamente, os valores envolvidos correspondem a valores de
mercado, gus seriam praticados entre terceiros independentes?

As divulgacêes de saldos e Wansacc6es com partes relacionadas vém dar malior transparência ao relato
finaneeiro, evidenciando as ligacbes existentes.

3.4.2- A norma da CNG


Sobre este assunto, a CNC emitiu a NCRF 5, a gual tem por base a lAS 24 - Related Party Disclosures (Divul-
gacêes de partes relacionadas) eamitida nelo |ASB.

527

oo N
Arrie 1 As Demanastracbes Finaneelras Exiglras pele SC SME EXPLICAND

A NGCRF 5 deve ser aplicada na:

— identificacao de relacionamentos e transacg6es com partes relacionadas;


— identifisacao de saldos pendentes entre uma enlidade & as suas partes relacienadas;
— identificacao das circunstancias em due é exigida a divuigacAo dos itens das alineas (ae (bie

— determinacao das divulgacêes a fazer relativamenie a esges itens,

3.4.3 - Partes relacionadas


A definicAo de partes relacionadas assume grande imporlêrcia. uma vez aua poderap existir varlas motiva-
goes para nê se apresentarem certas entidades como partes relacionadas. Essas motivagdes paderao incluir a
intencao de omitir prejuizos ou dividas, nêo evidenciar a dependência face 'a oulra entidarie, nên divulgar tran-
saccbes com entidades onde os preGos e condicées poderao nén ser de mercado, ele.

A NCRF 5 define uma parté como relacionada de uma entidade se:


a) directa, ou indirectamente através de um ou mais intermediërios, a parte:
j) control, é controlada ou estê sujeita a controla conjunto pela entidade;
i) tiver um interesee na entidade aue lhe confira inflyêneia signilicativa sobre a mesma; ou
iii) tiver um controlo:conjunto sebre a entidade;

b) a parte for uma associada ou um empreendimento conjunto em gue a entidade seja um empreendedor
(ver NCRF 13 — Interesses em Empreendimentos Coenjuntos e Investimentos em Asspeiadas),

c) aparte lormembro do pessoal-chave da gestêo da antidade ou da sua ampresa-mae;


d) a parte tor membro intimo da familia de gualaguer individuo referido nas alineas (a) ou (6);
e) a parte tor uma entidade sobre a nual gualgter individuo referido nas alineas (e) ou (d) exêrce Gontralo,
controlo Eanjunta ou influência significativa, ou gus possui, directa nu indirectamente, um significativo
poder de volo; ou
f) a parte for um plano de benefcios pés-emprego para benelicio dos empregados da enlidade, ou de gual-
auer entidade oue seja uma parte relacianarda rdessa entidade.

3.4.4 - Divulgacoes
A NCRF 5 renuer a divulgaGêo das relacëes entre a empresa-mêe e as suas subsididrias, independente-
mente de ter havido ou nêo transacoëes entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da
empresa-mie ea, se diferente, o nome da empresa-mae do grupp. Casa nenhuma dalas prepare demonstracoes
financeiras dieponiveis para uso publico, deve ser indicado o nome da entidade acima gua o laza,

Relatvamente & remuneracëo dos gestores, a MCRF 5 renuer a divulgagao da remuneracao lotal dos gesto-
res & para cada uma das seguintes categorias:
— beneficios de Euro prazo;
— beneticios BéS-emprego,
— Gutros beneficios de longa Prazo;
—banelicios per cessacën de emprago:a
— pagamento cam base am arrfes.

Se tiver havido transaccëes entre partes relacionadas, a entidade deve divulgar a natureza da relagëo entre
partes relacionadas, assim cormo informacao sobre as transargêes e os saldos gue seja necessêria para a com-
preensêo do efeito potencial dassa relac&o nas demonstrac6es Hinanceiras. Essas divulgacoes devem ser elao-
tuadas separadamente para (a) empresa-mae, (b) entidares com controlo conjunto ou influência significativa na
entidade, (c) subsidiërias, (d) assoriadas, (e) empreandimentos conjunlos nas guais a entidade é um dos
Smpreendedores, (f) gestores-chave da entidade e da sua empresa-mêe e (g) outras partes relacionadas. Mo
minimo. essas divulgacêes deverao inlui:

Ga
I SHE E#PLICANOA Carine 3 As Demunstracdes Financelras Exigtdas pele SNC

al) aauantia das tansacGoes;

b) aauantia dos saldos pandentes &:


i) os seus lermos e condig6es, incluindo se est#o ou nio seguros, e a natureza da retribuicao a ser pro-
porclonada aauando da liguidagao; e
ii) pormenores de auaisaguer garantias dadas ou recebidas;
Co) alustamentos de dividas de cobranga duvidosa relaeionados com aguanlia dos saldas pendentes; &
d) os gastos reconhecidas durante o parioda a respeilo de dividas incobrêveis ou de cobranca duvidosa de
partas relacionadas,

Os examplos de transaceëes com partes relacionadas indicados na NCRF 5 so os seguintes:


a) compras ou vendas de bens (acabados ou nao acabados);

b) compras ou verdas de propriedades & nutros acl/vos;

G) Prestacao ou recepsan de servicos;


d) locagëes;
8) (transterências de pesguisa e desenvolvimento;
f) transferências segunda acordos de licenoas;

g) transferências segundo acordos financeiros (incluinda empréstimos & contribuieëes de capital em


dinheiro ou em espêcie);

h) prestacao de gualguer tipo de garantia; e


j) liguidagëo de passivos em nome da entidade ou pala entidade em nome de outra parte.

Segundo a NCRF 5, os itens de natureza semelhante podem ser divulgados em conjunto, excepto aguando
seja necessêria divulgaGao separada para a compreensêo dos efeitos das transaceêes com parles relacionadas
nas demonstragees finaneeiras da entidade,

4,4.5 — Ffeitas da SNC nas demonsiraciies linanceiras


A NCRF 5 trata apenas de divulgacêes, pelo gue os efeitos nas demonstrages linanceiras cingem-se a
tuesties de divulgagao.
As empresas aus j& efectuavam divulgacëes de partes relacionadas dever&o verificar se cumprem integral-
mente a NCRF 8.
As demais empresas, auando apresentarem demonstracëes financeiras numa base SNC, terëo de passar a
incluir todas as divulaacëes regueridas pela NCRF 5, o gus constituirê, certamente, uma significaliva melhoria
da gualidade da informacëa proporeionada ans utentes.

ER 529
GAPITULO 4
Adopcao pela Primeira Vez
das Normas Gontabilisticas e
de Relato Financeiro (NCGRF)
Curinia d Adoncia pela Primelra Ver das Mormas Contabilisticas e de Felata Finaneelrp (NCFF) SNGC EXPLIGADD

4.1—INTRODUGAO
A Norma Contabilistica & de Relato Financeiro.3 —- Adopcan pela Primeira Vez das Normas Contabilisticas &
de Relato Financeiro (NCRF) tem por base a IFRS 1 - Adopcap pela Primeira Vez das Normas Intermacionais de
Relalo Financeiro, emitida em Junho de 2003 pelo IASB,

A NCRF 3 aplica-se a entidades gue apresentem demonstragoes financeiras pela primeira vez de acordo
com as Normas de Contabilidade e& Rietato Financeiro, Tratd-se, assim, de uma norma ague se aplica apenas na
data de transicao para as NCRF, nao sendo aplicêvel em periodos futuros. E, por isso, uma norma transitiria.

4.2 - PRINCIPAIS ASPECTOS DA NCRF 3


Os passoe a seguir na adopc#o das NCRF pala primeira vez sêo os seguintes:
1.” — identificar a data de elaboracao de contas NCRF;
9.” — seletcionar as politicas contabilisticas a adoptar (guando existirerm opgoesy

3.” — decidir sobre a aplicacëo, ou no, das isencêes farultativas & aplicac&o retrospectiva das NGRF;
A.” — seguir as excep6es obrigatêrias A aplicacëo retrospectiva das NCRF;

5.” — preparar um balange de abertura de acordo com as NCRF;

6.” — explicar os afeilos da transigëe.

4.2.1 -Identificara data de elahoraco de conias NCRF


Sendo as NCRF aplicêveis ans pericdos com iricio em ou apês 1 de Janeiro de 2010, o balance da abertura
terê de ser reportado a 1 de Janeiro de 2008, de forma a permitir a apresentagao de informagêo comparaliva
relativarmenite a 2009 numa base NCRF.

4.2.2 —- Seleccionar as politicas contabilisticas a adoptar (guando existirem opciies)


As opcoes permitidas pelas NCRF so apresentadas no capitulo 28. Sampre gue existirem oprêes, as mes-
mas deveran ser delalhadamente analisadas, em todas as suas vertentes, dado due, uma veaz seleccionadas as
polfticas contabilistieas, dificllmente se podera alterê-las no luluro,

4.2.3 - Deridir sobre a aplicacio, ou nig, das isencies facultativas a aplicacao retrospectiva das NCRF
No balanco de abertura de acordo com as NCRF, as entidades ter&o de aplicar retrospectivamente as NCRF,
isto é, o balanco de aberlura é preparado como sé as NCRF sempre tivessem estado em vigor. No entarito, exis-
tem excepcëes obrigatérlas & aplicacêo retraspertiva das NCRF (ver ponto 4.4 abaixo) e, conforme se indica na
Bonto 4.3 abaiko, axistern varias isencêes farultativas & aplicacëa retrospertiva das NCRF no balanco de aber-
tura, pelo aus as entidarles teran de decidir se guerem, ou n#o, aproveitar as isencoes.

A entidade pode decidir aproveitar a lalalidade das isensdes, pade ndo seguir nienhuma das isencbes ou
pode seguir uma ou mais das isencies. Fstas isenc6es afectar&ên a comparabilidarie entre empresas, uma vez
Oue 45 Opooes poderan ser muita diferentes de empresa para ampresa,

4.2.4 - Seguir as excepcies obrigatrias 4 aplicacdo retrospectiva das NCRF


Relativamente aps aspectos indicados em 4.4 abaixo, as entidades nao poder&o aplicar retrospactvamenie
as NCRF no seu balanco de abertura,

4.2.3 — Preparar um balanco de aberlura de acordo com as NCRF


Em geral, a NCRF 3 renuer aue a entidade siga cada NCRF em vigor na data das demonstracëes financeiras
em due aplica pela primeira vez as NCRF,

532
SNEC EXPLICAMO Fapiruia 4 Adapgiis pela Primoira Vaz das NMarmnas Contahilisticas ae de Relatn Financeiro (HERAF]

A NCRF 3 recuer dus a entidade efectue o seguinte relativamente ac balance de ahertura elaborado de
acordo Gom as NCRF, o oual ser necessêria come ponto de parlida para a €ontabilidade numa base NCRF;
a) reconhecer todos os activos a passivos cujo reconhacimento sela regueride pelas NCAF;
b) eliminar (desraconhecer) activos ou passivos cujo reconhecimenta néo seija permitido pelas NCRF;
c) reclassificar aclivos, passivos DU cOMmponsenies do capital prépria reconhecidos de acorda cam a refaren-
Cial contabilistico anterior mas gus sêe um tipe diferente da artivo. passivo au componente de capital
proprio de acorda com as NCRF; e
d) aplicar as NCRF na mensuracap de todos as activos e passivos reconhecidos.

Reconherimenig
O Apëndice da NCRF 3 indica algumas éreas em gue poderemos reconhecer, no balango de abertura para
NCRF, activos 8 paS8VOS Oue nêo eram reconhacidas no POC. Essas dreas sa:
a) Activas intangiveis adeuiridos;
D) Activos & passivas relaciorados com locarëes financeiras;
C) Exploracao e avaliacëo dé recursos minerais;
d) Activas bielégicas;
e) Provisées para garantias a clientes, reestruturacën e matêrias ambientais;
9 (Instrumentos financseiros: &
Oo) Beneficies dos empregades.

Desreconheeimento
Os exemplos indicados no Apêndice da NCRF 3 de activos e passives reconhecidos no POGC & gue podem
nao aualificar para tal nas NCRF, tendo de ger desretconheeidas no halanGo de abertura, sag:
a) Intangivéis gerados internamente;
b) Despesas de investigacao; e
c) Contratos de oonstrucan.
Esta lista est largamente insuficiente, uma vaz gue, nas situac6es abaixo indicadas, os activos e passivas
ter#o tambêm gue ser desreconhecidos:
a) Despesas de instalacao;
b) Despesas de deserwolvimento gue n&0o cumpram os oritêrios de capitalizacao da NCRF 6;
Cc) Provisêes para reestruturacëo gue na cumpram os eritérias de reconhecimenta da NCRF 21;
d) Campanhas publicitarias capilalizadas;
e) Gastos com formmasaa capitalizados: etc.

Reclassificacdo
Ds exempios indicados no Apênidice da NCRF a para reclassificacëo de activos e passlvoes reconhecidos n
POC sêo:
a) Activos daetidas para venda;
b) Unidades operacionais descontinuadas:
c) Investimentos em subsididrias, associadas e empreendimentos conjuntos;
d) Activos biolëgleos: e
&) Subsidios e apoios do Goverro.
A esta lista devem-se acrescentar, pelo menos, as Propriedades de |Investimenta.

Mensuracin
Os exemplos indicados no Apêndice da NCRF 3 para uma possivel diferente mensuragêo de activos e passi-
vos reconhecidos no POG sao:

533
Carlmua 4 Adopeiia peln Primelra Vez das Mormas Cantahilisticas e de Hinlata Finnnceiro INGRE) SNG EXPLIGADOA

a) Trespasse (goodwilly.
b) Aclvos e passivos relacionados com locagoes financelras;
C) Propriedades de investimento;
d) Imparidade de aclivos;
e) Exploracao e avaliacëo de recursos minerais;
f) Activos biologicos;
g) Contratos de construgëo;
h) Provis6es para garantias a clientes, reestruturagêo e matérias ambientais;
j) Instrumentos finariceiros; e
j) Beneficins des empregados.

A esta lista devem-se acrescentar:


a) Activos fixos tangiveis;
DB) Activos intanaiveis:
— anjueles aue tiverem vida indelinida rëo sa0 amortizados;
ey Inventêrios:
—GLIFO nio é aceite em contas NCRF: ea
— nos inventêrios aus se gualificam pademos capitalizar encaroos de emprestimos obtidos em contas
NCRF;
d) Parlicipazfies financeiras:
&) ActvOs nan correntas detides para venda;
i] Provisdes:
— CaA80 $E& preveja due o pagamenta sera diferido e se o eleito fer significativa, a provision deve ser mensu-
rada pelo valor presente dos desembolsos futuros.

4.2.6 - Fxplicar os efeitos da transicën


Conforme descrita em 4.5 (p&g. 538), a entidade deve divulgar os efeitas da transisan dé cantas POC para
contas NCRF. A NCRF 3 renuer divulgecoes due expliduem como & oue a lrafisiëo do referencial contabilistico
anterior para NCRF afsctou a posicëin linanrceira, os resultados e os Hluxos de caixa,

4.3 - ISENGOES FACULTATIVAS DE OUTRAS NCRF


As entidades gue adoptem as NCRF pela primeira vez podem optar por vêrias isenc6es as NCRF existentes.
Esta possibilidade é proporcionada pela CNC, tendo preserite a relacëo Custo/benelicin, Du seja, considerou-se gue
D oUsto de produzir a informacëo nao justificava o berieficio adicional para o utente das demanstraeëes financeiras.

Segundo a NCRF 2, poderao ser observadas uma ou mais das seguintes isenooes:
a) concentracêes de actividades ampresariais;
b) justo valor au revalorizacêo como custo considerada;
G) beneticios dos empregados;
d) diferengas de transposicëa cumulativas;
e) instrumentos financeiros COMPostos:
1) a designacaa de instrumeritos financeiros previamente reconhecidos; ë
'g) locagëes,

A NCRF 3 remete-nos as disposicoes da IFRS 1 sobre cada urma das isengêes acima indicadas. Analisemos
enlao essas disposicies.

5ad
ENG ENPLIEADO Cart 4 Adonsiia pela Primeira Vez das Mormas Canlabllisticas e da Relate Finaneelire (MEAF)

ConcentracBes de artividades empresariais


O Anexo B da IFRS 1 é parte integrante da IFRS 1 e trata exclusivamente da igenGao aplicavel &s concentra-
cêes de actividades empresariais.
Segunda este Anexo, guem adoptar as IFRS (no nosso caso, as NCRF) pela primeira vez pode optar pela
nao aplicacëo retrospectiva da IFRS 3 - Concentrac6es de Actividades Empresariais (em Portugal, a NCRF 14).
Na entanto, caso se opte pela aplicacëo da NCRF 14 a uma determinada concentracëo de actividade empresa-
rial, as concentrac6es de actividades empresarlais subseguentes terao de seguir as regras da NCRF 14.

Casa nao se apligue a NCRF 14 retrospectivamente, entao:


a) tera de ser mantida a classificacao (compra, compra revertida, comunhao de interesses) incluida nas
demonstrac6es financeiras do referencial eontabilistico anterior.
b) na data de transicae para as NCRF terao de se reconhiecer tados os activos a passivos adauiridos ou
assumlidos em concentracies empresarials ocorridas no passado, exceplo:
i) alguns activos financeiros a passivos financeiros desreconhecidos de acordo eom ao referencial conta-
bilistico anterior; &
i) activos, ineluindo trespasse (goodwill), e passivos nêo reconhecidos nas demonstracoes financei-
ras consolidadas do adauirente em conformidade com o reierencial cantabilistico anterior e aue
tambëm nêo agualifinuem para resonhecimente de acordo com as NCRF no balanco separado do
adoulrido.
A contrapartida do reconhecimento acima indicado deverd afectar os resultados transitados, a meros
ague a alteracëo resulte no reconhecimento de um activo intangivel previamente incluido no trespasse
(goodwil!).
ce) 1erê de ser excluido do balance inicial em NCRF aualguer elemento reconhecido de acordo com o refe-
rencial contabllistice anterior gue nio agualifiaue para reconhecimento como activo ou passivo de acordo
com as NCRF.

Justo valor ou revalorizatëo como custa considerado


No balanico de aberlura em NCRF, as entidades t8m a opcao de mensurar os seus activos fixos tangiveis aa
custoa ou ao justo valer. No entanto, as enlidades teriam um custo significativo para recolha da informacêa
necessêria, de forma a reexpressar os valores contabilisticos dos seus activos fixos tangiveis ao custo de aauisi-
Go. Assim, de forma a evilar esses Custos para as empresas, a IFRS 1 permite o uso do justa valor come ponto
de partida do madelo da custo:
De acordo com a IFRS 1, uma entidade aus apresente pela primeira vez demonstrag6es linanceiras de
acordo com as IFRS (NCRF em Portugal) pode eleger o uso de uma reavaliagëo anterior de um element do
aclivo fixo tangivel na ou antes da dala de transigêo para as IFRS (NCRF) €omo custo a ser considerado (custo
presumido) na data da reavaliagao, se a reavaliacao era, na data da reavaljacao, comparavel cam:
a) ao jusio valor; Au
b) custo ou custo menos depreciac&o de acordo com as IFRS (NCRF), ajustado para rellectir, por exemplo.
alterac6es num indice geral ou espaclfico de pregos.

Ainda segunda a IFRS 1, as disposicées acima sêo larmbêrn aplicaveis a:


a) propriedades de investimento, se for escolhido o modelo de custo da AS 40 (NCRF 11);
b) activos intangiveis gus cumpram:
j) os critérios de reconhecimento da AS 38 (NCRF 6) (incluindo a mensurac&o fiëvel do custo original), &
i) os eritêrios da lAS 38 (NCRF 6) para reavaliaGao (incluindo a existênecia de um mercardo aetivo).

Podé ter sido estabelecido Um custo Considerado de acprdo com o referencial contabilistico anterior para
a Um
alguns ou todos os activos e passivos, mensurando-os pelo seu justa valor numa data espercifica devido
MENSLUIAGAD EOMO
| evento, tal como uma privatizacao ou uma oferta publica de venda. Poda ser usads #85a
custo considerado para IFRS (NCRF) na data da mensuracao.

j 538 |
Carlruce 4. Adongfia pala Primalra Vez das Harmas Contabllisticas e de Relnta Financalra (NCRF) SNC EXPFLIGADD

No guia de implementacëo da IFRS 1 refsre-se due, no caso de os métodos e taxas de depreciacaca de


acordo com o refarencial contabllistico anterior serem aceilaveis de acordo com as IAS/IFRS (NCRF), gualguer
mudanca na vida Util estimada ou método de depreciagdo serëo aplicados prospectivamenie, isto ê, para Ds
|
AnNDS remaneseentes de vida do activo.
No entanto, se os méêtodos e laxas adoptados nn massado diferirem significativamente dos oritêrioe das
IAS/IFRS (NCRF), o saldo inicial das depreciacêes acumuladas deverd ser objecto de ajustamento.
Boa parte das empresas em Portugal segue critërios fiscais no calculo das depreciacëes, o gue, normal- |
mente, leva a uma aceleracêo no retanherimento das denreciacëes. Pel menos em algumas situacBes, a dife-
renca para os eritêrios contabilisticos sera to significativa gus deverê levar a raaxpressên das depreelagoes
acumuladas, por contrapartida dos resultados transitados ou & revalarizacao dos beans, espelhanda-sa melhor o '
valor dos aGtivos 6; conseaguentemente, dos capitais prêprios. Esta situacan poderê ariginar impoertantes altera-
COes em racias a na analise financeira e ecoanbmira das empresas.

Podemos resumir agsim as opcies existentes'

IE Opcaa pela madelo do


Anterior base de mensuragëo |
Custo dusto valor

Custo Custa Justo valar |

Justa valor dusto valor é salda inicial Justa valor '

Gusto £om IPG


CGusto mais reavaliaeies legais ou dusto valor
Custo (anulam-se as reavaliacaes) |

Beneficias dos empreaados


Conliorme se desereve no capitulo 18, as entidades podem optar por usar uma abordagem de corredar due
deixe nor recanhecer alguns ganhos ou perdas actuariais.
De acorda cam a IFRS 1, a aplicacëo retrospertiva desta abordagem reguer a divis&o dos genhas e perdas |
aCtuariais acumulados desde o inicio da planop até a data de transicëo para IFRS (NCRF) entre a parcela reco-
nheeida & a parcela nan reconherida. Ma entanto, pode optar-sa por reconhetcer todos Ds ganhos ou perdas
acluariais acumulados na data da lransicao para IFRS (NCRF), mesmo auande se pretender usar a abordagem
do corrador para ganhos ea perdas actuariais subseguantes. Caso se opte pelo reconhecimente integral, a |
opoano lem de ser aplicada a todns os planos.

Dilerencas de transposigëo cumulativas


A NCRF 23 — Ds Efeitos de Alteragées em Taxas de CAmbio reguer a classificagao de algumas diferencas de
Carversdo cambial coma um Gompanente separado dos capitais prénrins, sandno essas diferenoas transferidas
para resultado do periodo em Aue ocorer a alienagan da unidade operaional estrangeira.
No entanto, guem adoptar as NCRF pela primeira vez nan tem de cumprir om este renuisita relativamente
as diferenras de eonversêo cambial existentes na data de transicaD,
Caso se ople por esta isenrën, a diferenca de cornversêo cambial das unidades operacionais no estrangeiro
é oonsiderada como zero na data de transiën & o ganho ou perda na aliënacëo subseauente de gualguer uni-
dade operacional estrangeira ter& de excluir as diferencas de conversêon cambial originadas antes da data de
transicëo para as NCRF e incluirê as diferencas de corversêo cambial subseaguentes.

Instruments financeiros compostos


Os instrumentos financeiros poder&o ineluir instrumentos aue sao simulaneamente de capital e de divida. A
SeYregagao inicial desses instrumentas entre passivo e capital préprio é reguerida pela IAS 39 (NCRF 27).
Segundo a IFRS 1, caso a componente de passivo nêa asteja ainda em divida, a aplicac&a retrospectiva da
NCRF 27 envolve a separacao de duas parcelas do capital préprio. A primeira parcela estê nos resultados

ga6
ENC EXPLICADO Cariruis d Adopgin pela Primalra Vez das Mormas Canlablilisticas e da Relalo Finamcelra (NCRF)

transitados & representa os Juros acumulados do instrumento de divida, A outra parcela represenla a instru-
mento original de capital préprio. No entanto, de acordo com a IFRS 1, nan é necessario segregar estas duas
parcelas se o instrumento de passivo jê nao estiver em divida na data de transicaAo para as IFRS (NCRF).

Designacan de instrumentas financeiros previamente reconhecidos


A |AS 39 - Instrumentos Financeiros permite gue um instrument financeiro seja designado no reeonheeimenta in-
eial E6rmo um activo finaneeira ou um passMo Hinanceiro a justo valor através de lueros ou perdas cu como disponivel
para venda. Apesar deste reruisilo, na dala de transicëo para as NCRF, a entidade pode efectuar esta designaGëo.

Loracdes
A IFFIC 4 - “Daterminando se um acordo ceniém uma lacagë9” fiomece orientagëo na delerminarëo se algurs acor-
das $8D., ou contëm; locacëes, apesar de nêo terem a forma iegal de um contrato de locaoao. A IFRIC 4 alleroua IFRS 1,
para colocar as entidaries gue adoptam as IFRS (NCRF) pela primeira vez em igualdade com as entidades gue j& apl-
Gam as IFRS. Assim, as entidades gus adoptem as IFRS (NCRF) pela primeira vez padem delerminar se um arordo exis-
tente na data da tansigëo contém, ou np, uma lpearaa corn base nos factos conhscidos na data da tansieEo,

4.4 —- EXCEPGOES A APLICACAO RETROSPECTIVA DE OUTRAS NCRF


A NCRF 3 proibe a aplicacêo retrospectiva das NORF em certas Areas, particularmente auando a aplicacao
retrospectiva poderia reauerer julgamento pelos gestores sobre condicées passadas apds o desfecho de uma
delerminada transacceao ser canhecido.
A NCRF 3 prolbe a aplicaGëo retrospectiva dos aspectos indicados abaixo de outras NCRF: a) desrecenhecimento
de activos financeiros e passivos financeiros; b) contabilidads de cobertura: c) estimativas; e d) activos classificadas
GomoE delidos para venda e unidades operacionais descontinuadas.
Mais uma vez, a NCRF 3 remete-nos para as disposic6es da IFRS 1 sobre estas proibicêes, n Oue passamas
a analisar.

Desreconhecimento de artivos financeiros e passivos financeiras


Os oritêrios de desrecanheacimento da lAS 38 terao de ser aplicados prospecfivamente para transacoëes
oEormidas em au apës 1 de Janeiro da 2004.
Gaso a entidade tenha desreconfiecido activos financeiros nan derivadas & passivos linanceiros nao deriva-
dos de acordo com o references! cantabilistico anterior, como resultado de tansacgêes ororridas antes de 1 de
Janeiro de 2004, nao poderê reconherer esses activos e passivas de acordo com as IFRS (NCRF), a menos gue
eles gualifiguem para reconhecimento em consedguëncia de evento ou ansaccêo subseguente.

Fontabilidade de caberturas
Conforme reauerido pela IAS 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuracëo, na data de
transicëo para as IFRS (NCRF), todos os derivados ler&o de ser mensurados a justo valor, sendo eliminados as
perdas e os ganinos diferidos provenientes de derivados reportlados de acordo com on referencial cantabilistica
anterior coma se fossem activos ou Passivos.

Estimativas
A IFRS 1 reauer aue. na data de tansic&o para IFRS (NCRF), se mantenham as eslimativas efectuadas de
acordo com o referencial contabilistico anterior, a meraos aus exista evidência objectiva de gue essas estimati-
vas estavam erradas.
Esta é uma situagëop da maior impartëncia. Mo halanco de abertura NCRF, teremos de decidir se aueramos
assumir a existência de erros em periados anteriores, com o conseaguente ajustamento dos activos e/ou passi-
voOE, por contrapartida dos resultados transitados, ou se remos assumir gue as estimativas sêo adeguadas. A
ëstimativa relativa & vida Gtil dos activos finos tangiveis é um bom axemplo deste dilemma.

Arclivos classificados camo detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas


Ouem tver uma data de transicëo anterior a 1 de Janeiro de 2005 ter de aplicar as disposigoes transitêrias
da IFRS 5. Caso a data de transic&o para IFRS seja 1 de Janeiro de 2005 ou posterior, a IFRS 5 tera de ser apli-
cada retrospeclivamente. Dado oue a data de transica6 para NCRF ocorre apês 1 de Janeiro de 2005, esta proi-
blcao nêo se aplica no caso portuguës, pelo gue deveria ter sido exclufda da lista de proibicëes da NCRF 3.

Ee
537 |
N
CRviruie d Adapgfa pela Primuira Vez das Morne Gontabilisticas n de Ficlate Financaira (HCRF) SHE ERPLICADO

4.5 - APRESENTAGAO E DIVULGAGAO


A NCRF 3 no prevê isencêes relatvamente a aspectos de apresentacao e dulgacao regueridos por outras NCRF.

Informacdo comparativa
De acordo com a NCRF 2, as primeiras demonstracges financeiras elaboradas de acordo com as NCRF
devem incluir, pelo menas, um ano de informatêo comparativa de acorde com as NCRF.

Fyplicacio da transico para as NCRF


Deve ser explicado de due forma a transieao do referencial contabilistico anterior para NCRF afectou a posi-
cao financeira, 08 resultados e os fluxos da caixa.
A NCRF 3 reguer as seguintes divulgacoes nas demonstracoes financeiras elaboradas pela primeira vez em NCRF:
i) reconciliacëa do valor dos capitais proprios e das resultados liguidas conforme o referencial contabilistico
dnterior com o valor coniorme as NCRF, na data de transigao para as NCRF e na final do ultima periada
apresentado nas mais recentes demonstracëes financeiras anuais elaboradas de acordo com o referen-
cial contabilistice anterior; &
ii) as divulgacêes due seriam regueridas pela NCRF 12 - Imparidads de Activos, no caso de pardas por
imparidade reconhecidas ou revertidas pela primeira vez na elabaracëo do balanco de abertura de
acordo cam as NCRF, se a entidade tvesse reconhecido ou revertido essas perdas por imparidatie no
periode iniciado na data de transicao para a& NCRF,

4.6 - EXEMPLO DE RECONCILIAGAO ENTRE UM BALANGO DE ABERTURA POCE NCRF


Coneideramos gue uma determinada empresa teré de apresentar contas numa base NCRF pela primeira vez,
tendo procediro a um diagnéstico detalhade das diferencas entre a POL e as NCRF, do aual rasultaram as ajus-
tamentos abaixo, serido einco relativos a dilerentes orilérips de reconhecimento a um a diferente mensuraraa
(valores em milnares de eurasy
1. Anulacëo de provisao para reestruturaeën ainda nan aprovada (NCRF 21) 100
2. Anulacao de custos diferidos com publicidade (NCRF &) 200
3, Provisêo para contratos onercsas INCRF 21) 150
4. Anulacan de despesas com desanvolvimenio capilalizadas mas gue nio
EUmprem os critêrios da NCRF 6 50
5. Adopcao do justo valor na mensuratao das terrenos (NCRF 7) 700
6. Inclusao de encargos financeiros nos inventêrios (NORF 10) AO
Os lancamentos a efectuar, assumindo uma taxa de imposios sobre lucras de 30%, so:

1. Anulagëo de provisao para reestruluracên ainda nac aprovada


Débito - Provisaes para reëstruiuracëo
Crédito - Resultados transitadas 100
E
Dabito — Resultados transitados
Crédito - Activas por impostos diferidos a0
2. Anulacën de custas diferidas com publicidade
Débito —Resultados tansitados
Crédito - Gastos diferidos 200
ë
Débita - Activos por impostos diferidos
Crédito - Resultadas transitados 60
3. Provisap para contratos orierosos
Deébito - Resultados transitados
Crédito - Provisêes para contratos onerosos 160
e
Débite —Activos por impostos diferidos
Crédito - Resultadas transitados 46

Gda
&NE EXPLICADOO Dariruia 4 Adaptfia pela Primalra Vez das Mormas Contabllislicas v da Relata Financeira (NCRF)

4. Anulacao de despesas oom deservolvimento capitalizadas mas Hue nio cumpram os critërios da NCRF 6
Débito -Resultadas transitados
Crédito - Projecios de deservalvimente 50
E

Débito — Activos por impostos diferidos


Crédito - Resultados tansitadaos 15
5. Ardoptaa da justo valor na mensuracën das terrenos
Débito —Terrerios & recursos naturais
Crédito —Excedentes de revalorizacio de arctivos iixos tangiveis e intanglveis 700
e
Débito -Excedentes de revalorizacio de activos lisos langiveis e intangiveis
Crédito - Passivos por impostos diteridos 210
6. Inclusdo de encargos financeiros nos Inventarios
Débita - Inventêrias
Crédilo - Resultados transitados B0
a
Débito -Resultados transitados
Creédito - Passivos por impostas diferidos 24

Em consenuëncia das ajustamentos acima indicados, apresenta-se abaixo a reconciliagao entre o balanco
de abertura POC e NCRF (valores em milhares de euros):
POC Ajustamentos NCRF
ACTIVO
Mao corrente
Activos fixas tangiveis 300 700 100A
Activos intangiveis 250 — 60 209
Aclivos por impostos diferidos 100 RO 1680

Total - nio corrente 650 740 1390

Carrente
Invent#rios 200 a0 280
Clientes 300 ADD
Diferimentos 200 — 200 0
Caixa e depaisitos bancërias 50 50
Total - corrente 750 — 120 630
Total do activo 1400. 620 2020.

CAPITAL PROPRIOE PASSIVO


Capital realizado 450 450
Outras reservas 300 300
Excedentes de revalorizacëo 0 490g 490
Resultados transitados 200 — 154 46

Total do capital préprio 950. 336 1286


Paselvos por impostas diferidos 0 234 2aé
Fornecedores 150 150
Financiamentos obtidos 200 200
Provisêes 100 sg 180
Total do passivo 450 284 734
Total do capital préprio e do passivo 1400 620. 2020.

539
Casiruun 4 Adopctia pola Primelra
Vez das Normas Contahlisticas a de Heiata Finanpeiro (NERF) SMNC ENPLICADO

Os lancamentos contabilisticos relatvos & transigao do FOC para o SNC poderê&o ser efscluados de duas
formas'

1. opcao -lanGamento em 1 de Janeiro de 2010


Nesta opcëo, abre-se a contabilidade de 2010 no plano de contas SNC & com os valores da POC, liazendo-se,
de seguida, os langarmentos de transicdo. Nesta opGao. terê de se oonverter extracontabilisticamenie a demons-
tracëo dos resultados de 2009 preparada coNnforme oa POC numa base SNC.

2. opcao - lancamento em 31 de Dezembro de 2009 - apês o fecho das contas


Nesta opcan, efeetuarm-se os lancamentos de transicia em 31 de Dezembro de 2009 num processamenta
extra. o goue permitirê obter-se um halancete numa base SNC (incluindo as contas de resultados) e abre-se a
contabilidade em 2010 numa base SNC.

4.7 -TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


OD tratamento fiscal dos ajustamentos decorrentes da adoptac pela primeira vez do SNC est prescrito no
artigo 5.” do Detrela-Lei n.” 1538/2009, de 13 de Julho, aue se reproduz:

Art.” 5.” - Regime transitêrio regime de reirvestimento previsto no anterior artigo


1- Ds afeitas nas Eapitais proprios decorrentes da 45.” do C6digo do IAC & cujos valores de realizacën
aroptin, pela primeira vez, das normas intermacia- ainda nêo tenham sido obiecto de reinvestimenio &
nais de contabilidade adoptadas nos terms da aplicAval ao disposto na nova redacGën deste artigo,
arligo 4.” do Reagulamento nm.” 1608/2002, da Parla- mantendo-aa, todavia, o prazo original para a conere-
mento Eurapau & do Conselfio, de 12 de Julho, due lizacêo desse reinvestimerilo. I
sejam corsiderados fiscalmenie relevantes nos ter- 8 —O regime traneitêrio estabelecida nos numeros
mos do Codiga do IRC es respecliva legislacëo com- anteriores & igualmente aplicével & adoptaa, pela
plemeniar, resultanies do reconhecimento ou da nê&o primeira vez, do $Sistema de Mormalizacae Contabilis-
reconhecimento de activos ou passivos, ou de altera- tica, aprovadoa pelo Decreto-Lei n.” 158/20093, de 1a
GOes na respeetiva mensuragaD, Eoncarrem, em Dar- de Julho'(.,.).
tes iguais, para a farmagap da lucro tribulavel da pri- 6 — Relativarmente As antidades nue tenham
meirs periada de tributacêc em due se apliguem optado, nos termos do Decreto-Lei n.” 35/2005, de 17
aguslas rmormas a dos guatro periodos de tributagao de Fevereiro, por elaborar as respectivas contas indi-
SaguINtES. viduais em conformidade com as normas intermacia-
2 —(...) [aplicêvel aseguradoras] nais de contabilidade adoptadas nos iermos da
3— Os ajustamentos a gua ge referem os nUumerDs artigo 3,” do Regulamento (CE) n.” 1606/2002, da
anteriores devem ser devidamente evidenciados nn Parlamenta Europeu e do Conselho, da 19 de Julha,
processo de doeumentacao fiscal previsto na artigo OS Bfellos a oue se refere oa n.” 1 deste artiga saa
130,” do Cédigo do IRC, de acorde com a renumera- apurados tomando por referêneia as contas indivi
Cé0 introduzida. duais, organizadas de acordno com a normalizagao
Contabilistica nacional, previstas na artige 14.”
4 — As mais-valias ou merios-valias de elementas
daauele deersto-lei.
do active imobilizado due tenham beneiiciado do

Gonfiorme se rafere na ponto 14 do capltulo 18, as eontribuicëes suplementares para fundos de pensies a
erjuiparéveis destinadas A cobertura de responsabilidades com beneficios de reforma em conseguëncia da apli-
CAG8O das normas intermacionais de contabilidade ou do SNC sao dedutiveis como gastos, em paries iguais, no
periodo de tributagao & nos guatro perlodos de tribulagao subseauentes, sem gualauer limite.

san
GAPITULO 5
Politicas Gontabilisticas,
Alteracoes de Estimativas
CGontabilisticas e Erros
Garituta 8 Politicas Eantattlisticas: Alaragëes de Eslimativas Contabllfsticas u Errue SNE EXPLICADO

5.1-INTRODUGAO
Oual é a diferenca entre politica contabilistica e estimativa contabilistica?

O gue fazer guando se altera uma politica contabilistica?

O aue fazer auando se aliera uma estimaliva contabilistica?


O aue fazer guando se descobre, num exerclcio subseguenle, a existêëncia de um erro gue coloca em causa
as demonstracëes linanceiras de um ou mais anos anteriores?

Este capitulo trata destas imporlanies Ouestoes.

5.2—-A NORMA DA CNG


A CNC emitiu a NCAF 4 — Politicas Contabilisticas, Alleragëes nas Estimativas Contabilisticas e Erros, a gual
tem por base a AS 8 - Accounting Folicies, Changes in Accounting Estimates and Errors (Politicas Contabilisti-
Cas, AlteracBes de Estimativas Contabilisticas e Erros).

A NCRF 4 deve ser aplicada:


— na seleeciin es apliacëo de politicas contabilisticas e na contabilisarao de alleracëes nas politicas eontabi-
listicas;
— nas alteracëes nas estimativas contabiisticas: &

— ma correcean de erros de periodos anteriores.

5.3 — DEFINIGOES
Das definic6es constantes da NCRF 4, destaca-se:
Aplicacëa retrospectiva - é a aplicac#o de uma nova politica contabilistica a transaccêes, outros aconteel-
mentos & cendicées como sê essa politica livesse sido sempre aplicada.

Aplicagêo prospertiva - é a aplicagao de uma nova politica contabilistica a transacgies, autros acanteci-
mentos e condicbes aus ocorram aps a data em aue a politica & alterada e o reconhecimento do efeito da alte-
rAGAD numa estimativa contabilistica no periado corrente e futuro afectados pela alteragën.

5.4 - POLITICAS CONTABILISTICAS

9.4.1 - Select e aplicacio de politicas contabilisticas


Duarido uma NCRF ou uma Norma Interpretativa se aplicarem especificamente, terao de ser obeervadas as
suas disposicoes.
Ouando o tratamento contabilistico de uma tansaccBo estiver omisso, os gestores deavem, nos termos da
NCRF 4, efectuar juizos de valor na desenvolvimento e aplicacao de uma politica contabilistica gue resulle em
informacao gue seja relevante e fiëvel. Ao efectuar os juizos de valor, os gestores devem considerar inicial-
mente as NCRF e Normas Interpretativas aue tralem de assuntos semelhantes e relacionados e as definicëes,
Critêrios de reconhecimento e conceitos de mensuracë&o para activos, passivos, rendimentas # gastos na EStru-
lura Conceptual.

9.4.2 — Gonsistência de politicas contabilisticas


As politicas contabilisticas devem ser aplicadas consistentemente, a merios gue uma NCRF ou Norma Inter-
pretativa exlja ou permita alteracëes.
Canforme se refere nio ponto 4.2.2 do capitulo 4, existem opcêes permitidas peias NCRF, no entanto, a enti-
dade deve, no seu balango de aberlura, seleecionar as politicas eontabilisticas a adoptar, as guais nao deverm
ser alteradas no futura.

542
SHE EXPLIGADO Bariiuin & Palliras Gantatllisticas, Aleracfies de Fstirmalivas Cantabilisticas w Errag

A NCRF 4 estabelece condicdes muito rastritivas para alteracëes de politicas contabilisticas, aomente permi-
tindo a alteracên de paliticas contabilisticas se tal for exigido par uma NCRF ou Norma Interpretativa ou, ainda,
se a akeracêo resultar numa apresentac&o mais apropriada de acontecimentos ou ttansaocëes nas demonstra-
Goes financeiras da entidarde.

0 gue fazer guanda se altera uma politica cantabilistica?


1” —Ouando a alteragêo resulte de uma nova MCRF au Norma Interpretativa, devemos tratar a alteragao de
acorda com as dispasicées transitorias da NCRF ou Norma Interpretativa, Caso existam.
2.” — Sea alleracëo de politica contabilistica é voluntêria ou em conseaguëncia de uma nova NCRF ou Norma Inter-
prelatva aue nêe contenham disposirbes transitorias, a alteracëio aplica-se reatrospectivamente, excenio se
for impraticêvel detemminar os efeitos especificos de um pericdo ou o efeito cumulativo da alteracaa.

Em sintese:
A alteracac da politica contabilistica &:

Voluntaria | Aplicacd6 refrospeciva |

em EO Contorme disposieëes,
TEE EE a Norma ou Interpretaap |
| ee
] “ransidras
Fol gave Ha ma pi | contém dispasicdes
lee transitêrias | Is HEN O-

Aplicegio retrospeetia
Através da aplicacan retrospectiva, as demonstracoes financeiras de periods anteriores sa0 reespressas
pela aplicacêo da nova politica, como se essa politica contabilistica sempre tivesse sido aplicada. Garante-se,
desta forma, a comparabilidade entre os periodos apresentados.
A alteracëo de politica contabllistica & aplicada prospectivamente guanda o valbr do ajustamenta an saldo
inicial de resultadas retidos do periodo mais antigo apresentado nan puder ser razoavelmente determinado.

5.5 — ALTERAGOES DE ESTIMATIVAS CONTABILISTICAS


LUma estimatva contabilistica resulla das incertezas inerentes aas negdrias da empresa, gus reaueram a us
de julgamento, tendo por base as ultimas iniormagaes conhacidas na data da elaboracëo das deamonstracies
financeiras, Par exemplo, iemos de estimar a vida uil da um bem da artiva tixo tangivel, a imparidade de acti-
vos, a prababilidade de perda de um pracesso judircial, a ulilizaciio de prejuizos tiscais para reranherer (ou
Nan) Impastos diferidas activos.
As estimativas poder&o ter de ser revistas em funcan de uma maior experiëncia, novas informaroes ou desen-
volMimentos fuluras, come, por exemplo, a evolucën tecnolêgica. Desde due a estimativa eieciuada em anos ante-
riOres corrasponda &s informarcëes oonheeidas na época, uma revisin de estimativa nan catie na delinicëo de arro.

Segundo a NCRF 4, o efeilo de uma alteracëo numa eetimativa contabilistica deve ser incluido na determina-
Gêo do resultado liguide:
a) no pericdo da alteracëo, se a alteragaa afectar sormente o periodo; au
D) no period da alteracëo e periodos futuros, se a alieragën afectar ambos.

A alerac&o de estimativa contabilistica é aplicada de lorma prospectiva, isto é, nio afscla o passado,
mas apenas a presente & o futuro. Isto porague, no final de cada periode, teramas de raver as astimativas conta-
bilisticas e aplicar a estimativa contabilistica aue reflicta as informacëes conheeidas na época. Desta forma, ao
revermos estimativas num periodo subseguente, nao estamos a reconhecer a existência de gualauer efro na
elaborac&o das contas de anos anteriores, mas apenas as alteracêes originadas por desenvolvimentos no
periodao. Por isso, nêa se pode adoplar a aplicacëo retrospectiva.

543
Carli 5 Politieas Gantatilisticas. AlleragBes de Estimativas Contabllisticas e Erros Sr ERPLICAND

5.6 -ERROS
PoderBo existir erros no reconhiecimento, na mensurafdo, na apresentacan ou na divulgacêo de elementas
de demonswacoes financeiras. O concelto de erro enaloba erros imateriais feitos intencionalmante e erros mate-
riais; guer sejam intencionals ou nao. Os erros Inclusm os afeitos de arms matematicos, eras na aplicacsao de
politicas contabilisticas, descuidos ou interpretacëes incorrectas de factos e fraudes,
Os erros de periodo descobertos nesse mesmo periodo iëm de sêr corrigidos no préprio periodo. Per isso, a
NCRF 4 trata da correccao de erres de periodos anteriores. |

De ague tipo de erros estamos a lalar?


Trata-se dos erroes descobertos no exerclcio relativamente as demonstragëes financeiras de um ou mais
s
exerelcios anteriores e gue sejam de tal magnitude due coloauem em causa a fiabilidade das demonstragoe
financeiras dos) exerciclo(s) anterior(es).
Um erro de periodos anteriores tem de apresentar duas caracieristicas:
1e — ser Um erro na elaboracëo das demonstracêes financeiras dols) periodols) anlerior(es),
2 — ser Um erro significativa; ou
3 *— ger Um erro imaterial cometido intencianalmente. '

Tomemos como exemplo a contabilizacéo no final do ano anterior de uma estimativa para impostos sobre |
lucros. verificando-se uma diferenca no exercicio seguinte, para o valer final apurado aauando da entrega da
respectiva declaracao fiscal. No entanto, o célculo efeetuada para contabilizacaa da estirativa correspondia, na IN
altura, & melhor estimativa possivel, tendo em conta os faclos conheeidos alé & data. A diferenca tera resultaduo |
de situacëes subseauentes. Estamos perante um erro na elaboragdo das contas do ano anterior? Clara onus naa. |
Mesmo oue esta diferenca sela significativa, ela nêo pode ser contabilizada em resultados transitados. Deve ser
levada & canta B886 ou 7882, consoante se ate de insuficiëncia ou excesso da eslimatjva. |

Entao, o due é um erro de exercicios anteriores? Os exemplos sa0 muitos. Podernos ter um erro na soma da
listagem dos inventêrios ou na multiplicacëo das guantidades pelos precos unitêrips. Estamos a falar de erros
matemdticos. |
Podemas ter um cliente duvidoso para o gual nêo coristituimos ajustamento para eréditos de cobranta duvi- |
dosa. @xistências obeoletas para as nuais também naa tenham sido reconhecidas perdas, encargos financelros
ou Comissêes a pagar gue nap tenham sido objeclo de especializag#o, reconhecimento de rêdilo relativo a ven- )|
das mas guals ainda naa transterimos os riscos e recompensas de posse. Estamos a falar aaui de erros na apli- '|
cacao de politicas contabilisticas.
Por outro lado, podemos ter no balango um elevado saldo de depêsitos & ordem, o aual encobre uma iraude
cometida por um colaborador, Pademos ter um investimento financeiro contabilizado de acordo com uma dater-
minada interpretagao de um contrato fimardo com terceiros, aue prevé a assunGao de uma participacëo linan-
ceira em determinadas condicêes guando, na verdade, a participagao nao deveria ter sido reconhecida. Esta-
mos agora a falar de erros por ma interpretacao dos factos, fraude ou descuido.
A descoberta de um erro pêe de alguma forma em causa a aclyaGao do TOC, dos gestares e dos revisores
oficiais de contas relativamerte 4s demonstrasées financeiras do periodo em causa.
Tendo determinade aue estamos perante um er, a guestio due se coloca é comp corrigir esse erro. A
NCRF 4 renuer a reexpressêo da informagêo comparativa, a menos gue sela impraticével iazé-lo, Desta forma,
as contas do periodo em aue ocorreu o erro SAD reexpressas, de forma a incorparar os eleitos do erro, pelo duë
as contas do perlodo em due o erro é descoberto nao sofrem gualguer efeito do erro de pariodos anteriores.

5.7 - DIFERENCAS ENTRE ALTERAGAO DE ESTIMATIVAS E ERROS


A olassificacao de determinada situacao como uma alteracëo de estimativa contabilistica ou coma um era
reveste a maior importência, uma vez due, no primeiro caso. hê uma aplicagao prospectiva, enguanto no
$egurido caso (erros) a aplicagao é retrospertiva.
Por exemplo, na transicAo para SNC, vamos considerar gue existiu erro no passado na vida uil estimada dos
activos fixos tangivelis ou vamos considerar gue se trata de alleracëo de estimativa? No primeiro caso, teremos
de corrigir as depreciacêes acumuladas, por contraparlida dos rasultados transitados.

AA
HEG ERPLIGADO Gariruin 8 Politieas Contabilieticas, Altaragkes de Estimativas Cantahliifsiitas e Erroe

As alteracëes da estimativas devem-se, Como jê vimos a lacios novos ou novas canheeimentos, E aOuUI aue
reside a diierenca para erro:

Esauematicamente:
Eroties
SIM

e-E-
| Fartes noves / novos conhecimentns |
| ]
NAO

5.8 - RESUMO DO TRATAMENTO CONTABILISTICO


Do Exposto anteriormente, podemos fesumir assim o tratamento contabilistico das alterag6es de politicas
coNtabilisticas, alteracëes de estimativas contaDilisticas e erros.

se for.
exceptoiva,
Aplicagéo rekrospecl
impratic dvel
ou se permitido pelas
Aiterasëes de politicas contabilistieas | disposigoes transitdrias de nova Norma.

Alteragoes de estimalivas contabilisticas |

l Erras I - | Aplicasao retrospeeliva, exeepto se tor. |

5.9 - DIVULGAGOES
A NCRF 4 reguer as seguintes divulgacëes:

Alteracaes de politicas contabilisticas


As divulgacêes relativas & alteracëo de politicas contabilisticas dependem da motivo da alteracao, a aual
pode ser consenguëncia de:
- uma nova NCRF ou NI; ou
—alteracao valuntêria.

No caso de alleracf#io de politica contabilistica pela emissêo de uma nova NCRF ou NI, a NCRF 4 reguer a
divulgacao de:
—titulo da Norma ou da Interpretacêe;
—indicacao de gue a alterac&o foi efectuada de acordo com as disposicoes transitorias e desericao dessas
disposic6es & sau efeito am periados futuros;
— nalureza da alteracao na politica contabilistica;
—ajustamenig no periodo corrente a anterior para cada linha do item afectado das demonstracoes financel-
ras 8 ro resuitada por acgëa, basico e diluido;
— alustarnento relacionado com periodos anteriores an apresentado;
—Caso sela impratioëvel a aplicaGao retrospecliva, indica&o das circunstancias gue levaram a essa imprati-
cabilidade e descricëo de como e destie guando a politica contabilistica foi adoptada.

No caso de alteracëo voluntéria, deve divulgar-se, nos termos da NCRF d:


— natureza da allerac&o na politica contabilistica;
— razoes pelas aguais a aplicac&o da nova politica contabilistica proporciona iniormagao fiavel e mais relevante;

ENOE 35 545
Carliuie 8 Poliligas Contabllisticas, Alteragties de Estimativas Contabilisticas a Erros SNC EXPLIGANG

gêes financei-
— ajustamento'no perlado corrente e anterior para cada linha do item afectado das demonstra
ras e efeitos no resultado por accëo, bêsicoe diluido;
— ajustamento relacionado com periodos anteriores ao apresentado;
gue levaram a essa imprali-
— Caso seja impraticavel a aplicacao retrospectiva, indicaGdo das Circunstências
foi adoptada.
cabllidade e descricêo de cormo e desde guando a polftica contabilistica
deve divul-
Ouands nêo se aplicar uma Norma ou Inierpretag&o emitida mas due ainda nao esteja em viger,
da Norma ou InterpreiaGa o nas demonstrag Des financeiras
gar-se esse laclo eo possivel impacto da aplicacio
no perindo da aplicaGao inicial,

Alteracdes nas eslimalivas contabilisticas


No caso de alteracêes em estimativas contabilisticas, deve divulgar-se a sua natureza e valor relativamente as asati-
nas periodas
mativas contabilisticas due tenham um efeito no periodo corrente ou gue sa espere due terha um efeito
omissao.
subseaguentes. excepto se for impraticêvel celcular esse efeilo. Messe caso, deve divulgar-se essa

Erros
Ouando se verificar a existência de erros, tal como definido na NCRF 4, deve divulgar-ser
a) a natureza do eo;
demonstra-
b) o valor da correcgêo para cada periodo anterior apresentado, por linha de item afectado nas
cGes financeiras, bem como nos resultados por accëo. basicos & diluidos; &
c) o valor da correegêo no inicio da periode anterior mais antigo apresentado; &
d) se a reexpressao retrospectiva for impraticêvel para um periode anterior em particular, as circunstancias
aue levaram a essa impraticabilidade e desoric&o de como e desde guando o erro foi corrigido.

5.10 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


Relativamente As alteracées de politicas contabilisticas, oa POC, nomsadamente na Mota 1 do Anexo, saliei-
tava a indicacao e justificaGëo das disposizées do POL (neste caso, a poNsistêncIa) gue, em Casos excepElo-
nais. lvessem sido derrogadas e dos respactivos efeitos nas demonsiragées financeiras. Na entanto, era omisso
no gue respeita & aplicacao ratrospectiva da nova politica contabilistica, bem como as divulgacêes redueridas
pela NCRF 4 e incluidas em 5.8 a€ima.
era omisso
O POC previa due, para erros lundamentais, se ajustassem os resultados transitados. Na entanto,
relativamente & neoessidade de se reexpressar a informaGao comparativa.
Relativamente & divulgacao de erros, o POC, nomeadarmente na Nola 40 do Anexo, solicitava a explicitacao
e justificac#o dos movimentos ocorridos no exerclcio em cada uma das rubricas de Gapitais proprios. Na
entanto, era omisso no aue respeita As divulgacëes ragueridas pela NCRF 4e incluidas em 5.2 acima.

5.11 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Relativamente as alteragêes de politicas contabilisticas:
—(erA de se passar a reexpressar a iniormaGao comparativa; e
-—tera de se passar a divulgar a informaG&o reguerida pela NCRF 4 e indicada em 5.9 acima.
Relativamente ans erras: |
—terê de se passar a reexpressar a informagêo comparativa, & |
—terê de se passar a divulgar a informacao renuerida pela NCRF 4 e indicada em 6.9 aCIma, ||

5.12 - EXERCICIOS
abaixo, os guais ilustram, de lorma Clara, a
” guia de implementacao da IAS 8 apresenta-nos os @xeroicios
aplikatao da Norma,

546
SNC EXPLICADO Carlruta 5 Polillcas Contahilisticas, Altaracties He Estimativas Contablilisticas B EFroe

EXERCICIO N.” 1- Reexpressio retrospecliva de erros


Em N. a C*AAG verificou gue afguns produtos vendidas er N-1 foram incluidas nas imventérios da 31-12-N-1
pelo valor de 6500.

A dermonstracëo de resultados da C.* ABC evidenria;

N M-1
Vendas 104 000 73600
Custo de vendas (86 500) (53 500)
RAI 17 500 20 000
IRC (taxa de 30%) (6 250) (6 000)
Luera laguida 12250 14 000

Os resultados transitadas no inicia de N-1 s&c de 20 000 e no fim de N-1 sê de 44 000.

Solucao:

Demonstracan dos Resultados

N N-1
(reexpresso)
Vendas 104 OON 73 500
Custo de vendas (BO ODO (60 000)
RAI 24 OOO 13 500
IRE (7 200) (4 050)
Lucro liguida 16 800 9 450

Demanstragao das alteragies no capital prêprio

Resultados transitados
Saldo em D1-01-N-1 20 000
Luocro liguida de N-1 reexpresso 9 460
Saldo em 31-12-MN-1 29 450
Luero lieuida de N 16 800
Saldo em 31-12-N 46 250

Notas && Contas

Alguns produtos vendidos em N-1 foram indevidamente incluidos nas inventérios de 341-12-N-1 por um
valor de 6500. As demonstracces financeiras do exkeroicio de N-1 foram reewpressas para corrigir este
erro. O efeito da reexpreesan nessas demornstragëes Hinanceiras é apreeentado abaixa. Nac ha efellos
em N.

Efeito em N-1

Aurmmento do custa de verdas 6 500


DIMINUIGEO do IRC (1 950)
DIMINUIGAB da resultade liguida 4 560
DIminuitan dos inventêrios 6 600
Diminuicao da IRC a pagar 1950.
DIMINUIESA das capitais prêpries 4650

547
SNOC ERPLIGADO
Caetruin 5 Paliticas Comabilisticag, Afteracfes de Estimativas Cantabilisticas & Eros

EXERCICIO N.* 2 - Aleraciio de politica contabilistica com aplicagdo retrospertiva


zacap dos custos com empresti-
Em N. a Companhia ABC alterou a sua politica contabilistica para a contabili
trica para uso pela Companhia. Em
mos obtidos directamente atribuiveis & construgêa de uma estaGa0 hidroeléc
capitalizou esses dispêndios, tendo agora deridido lavé-los directa-
periodos anteriores, a Companhia ABC
resulla num tratamento
mente a gastos. Os gestores consideram due a nova politica & preferivel, uma vez gue
da sector, tormando as demonstra- |
mais transparente dos encargos finaneeiros & & consistente com a prêtica
goes financelras da Companhia ABC mais comparaveis.
em anos anteriores. Os encar-
A Companhia ABC capitalizou encargos financeiros de 2600 em N-1 e 5200
integralmente capitalizados.
gos financeiros incorridos em anos anteriores relativos & referida construgëo foram
e IRC é de 30 000. Os encargos financeir os sêo de 3000 (ape-
O lucro da Companhia ABC em N antes de juros
Os resultados lransitadas no inicia
nas incluem os de N) e o IRC é de B100. A construGdo permanece em curso,
de N-1 so de 20 000 e no fim de M-1 de a2 600.

O resultado de N-1 analisa-se como segue:


Lucro antes de encargos linanceiros e IRC 18000
Encargas financeiros 0

Lucro antes de IRG 18 000


IRC (5 400)
1 uero ligutdo 12 600

A taxa de IRC é de 30% (no periodo e em periados anteriores).

Splucao:
Demonstrac&o dos Resultados
N N-1
(reexpresso)

Lucro antes de encargos finaneeiras ea IRG 30 DO0 18 000

Encargos financeiros (2 DO) (2 600)


Luero antes de IRC 27 000 15400

IRC “(8 100) (4 620)


Lucro li&uido 18 900 10 780.

Demonstrac&o das alteracêes no capital proprio

Resultados transitados
(reexpresso)
Saldo em 31-12-N-2 20 000
Alterac&o da politica contabilistica de contaDilizaca0
dos encargas financeiros (liguida de IFC no valor de
1560) (Nota 1) (3649)
Saldo em 31-12-N-2 (reexpresso) 16 360
Luero liauido de N-1 (reexpresso) 10 780
Saldo em #1-12-N-1 27 140
Lucra liguido de N 18 900
Saldo em 31-12-N 46 DAN

Matas &s Contas

Em N foi aterada a poltica de contabilizacao dos custos com empréstimos obtidos durante a fase de eonstru-
sendo
CAO da central hidroelêctrica para uso da Soriedade. Anteriormenie, esses Custos eram capitalzados,
actualmerte levados diectarmente aos resulados do periodo. Consideramos oue esta politica fomece informaGan

548
SNG EXPLIGADO Carlruip 5 Polticas Camtahilisticas, AleracAps de Eelimativas Dantabilistieas e Erraz

mais fiëvel e relevante, uma vez oue resulta num tratarmanto mais transparante dos encargos linanceiose &
CoONsIstente com a prêtica local, tomando as nossas demonstacbes financeiras mais comparaveis, Esla alera-
Cao de politica contabilistica foi contabilizada retrosperctivamente, tendo sido reaxprassos os valbres COnstan-
tes das demorstracies financeiras de M-1. O efeito da alleracêo em N-1 é apresentado abaixo.

Efeito em N-i:
Aumento dos ancargos financeiros 2600
Diminuiëo do IRG (780)
Diminuicëo da resultada liauida 1820

Efeita em periados anteriores a N-1:

Diminuicao da luyero liguido (5200 de encargos financeiros, menos IRC de 1560) 36AD
Diminuic&o dos activos em construcip e das resultados transitados em 41-12-N-1 5460

EXERCICIO N.” 3 — Aplieacfio prospertiva de uma alterac&o de politica rontabilistica guando a aplicacio retraspeeliva
nan é pralicdvel
Em MH, a Camparhia ABC alterou a sua politica de depreriagëa da activo fixa tanglvel, de forma a aplicar
CoM Mmalor abrangénria a abordagem por componentes, adoptanda, em simullëneo, o modelo da justa valer.
Anteriormente a N, o cadastro da Companhia ABC nan dava a Informacrë&n nercess#ria para aplicar a deprecia-
€ao par componentes. Na final de N-1 foi solicitado um trabalho espercializada, tendo-se ohtido informacëes
sobre vida uil, justo valor & valor residual por componentes.
Os gestores da Cormpanhia ABC consideraram nao ser praticêvel a aplicac#o retrospertiva da depreciacëo
por componentes, bem comno da mensuragao ao jusio valar, tende deridido aplicar a neva politica proepeactiva-
mente desde o inicio de N.
Informagao adicional:
—taxa de IRC: 30%
— Activo fixo tanglivel am 31-12-M-1
Custo 25 DOO
Depreciac8o acumulada (14 000]
Valor liauido contabilistica 11000
Encargo cam depreciacao em N-2 pala base anterior 1600

Hesultados do esiudo de angenharia:


dusto valor 17 000
Valor residual 3 DOO
Vida util remaneseente 7 anos

Encargo com depreciagao em N-Z pela nova base 2 0DO

Solucë&o:

Notas as Contas

Desde ca inicio de N, a Companhia ABC alterou a sua politica contabilistica de depreciacao do activo fixa
tanghvel, de ora a seguir uma abordagem por companentes, adoptardo, ao mesme tempo, o modelo
do justo valar, Cansideramas ague sta politica proporeiona infomaraa mais fivel & relevante, Esta poli-
tica foi aplicada prospectikamente; desde n inicia de N. por nao ser praticAvel estimar os efeitas da apli-
CAGAD retrosperiiva ou prospectivamente, desde uma data anterior. Assim, aA adoptao da nova politica
NêD tem efeito em anos anteriores.
O efeito no ane corrente traduz-se no aumento do valor contabilistico do activo fixo tangivel na inicia da
ano em 6000, no aumeria do saldo inicial dos impostos diferidos passivas de 1800, constituicae de uma
reserva de reavaliacao no inicio do ana no montante de A200, aumento da enrarge cam depreciaG&n em
$0D e redutao do encarge com IRC em 150.

649
GAPITULO 6
Artivos Fixos Tangiveis
Carliute & Activasa Fixos Tangivels SNG EXPLIGAADO

G.1-INTRODUGAO
to de
Seaundoa NCRF 7, activos fixOS tangiveis sêo os activos detidos para uso na produgëo ou lormecimen
Au sê espera due sejam usa-
bens ou servigos, para arerdamenio a terceiros, ou para lins administrativos, &
dos durante mais do gue um periodo.

Nesta rea multas guestees se colocam ao contabilista. Por exemplo:


o?
— Ouais os oritêrios a seguir para capitalizar um dispêndio ou para o lavar a gastas do pêriad
—O gue se deve incluir no custo de um bem do activo fixo tangivel?
— Oual oeritërio de mensuracëo $ubseaguente ao reconhecimento inicial?
- Relatvamente &e depreciacëes: Due mêétodo seguir? Oual é a vida uil do bem?
— Come tratar as perdas por imparidade das aclivos7
ser
— Os encargos financeiras ineorrides com a eonstruc8o ou produgao de um aclvo fixo tanglvel poderao
capitalizados? Se sim, em gue condigoes?
— Como valorizar os trabalnos para a prépria empresa? Ouais os elementos do CUsto?
— Devem contabilizar-se os bens recebidos em doacao? Se sim, coma?
— Oue divulgacêes se devem efectuar nas demonstragëes financeiras?

6.2-A NORMA DA CNG


Sobre este assunto a CNC emitiu a NCRF 7 - Aclivos Fixos Tangiveis, a aual tem por base a AS 16 - Property,
Plant and Eauiprent (Activos Fixos Tanaiveis).

Outras normas com importantes implicasëes nasta Area sêD:


` NCBFE B - Aclivos Nêo Correntes Detidos para Venda & Unidades Operacionais Desconlinuadas (ver capitulo 11);
—NCBF 9 —-Locagbes (ver Capitulo 13)
— NCRF 10 —- Gustos de Empréstimos Obtidos (ver capltulo 15);
—NCRF 12 - Imparidade de Activas (ver capitulo 23).

A NCRF 8 prescreve a contabilizacao de activos originalmente recuperados pelo seu usa (por exempla, aclivos
fixos tanglveis) e aue passarao a ser recuperados pela sua venda em EonNseaUËNCIa de decisies dos gestores.
A NCRF 9 — Locacëes trata das locag6es (financeiras e oparacionais). As locagoes financeiras correspor-
dem, em substência, a compras de activos fixas tangiveis financiados.
A NCRF 10 permite a capitalizacao de encargos financeiros em activos aue se gualifiguem.
Por Glimo, a NCRF 12 reguer a realizaca0 de testes de imparidade para activos lixos tangivels, sempre aue
exietirem indicadores de imparidade.

6.3 - A DECISAO DE CAPITALIZAR OU LEVAR A GASTOS


Os aspeclos a considerar na decis&o de capitalizar ou levar directamente a resultados do perliodo um deter-
minado dispêndio estao intimamente relacionados com a definicao de Activo constante da estrulura conceptual,
aaual nên & de mais repetir
“Activo é Um recurso contralado pela entidade, proveniente de acontecimentos passados, do gual se
espera gue fluam para a entidade beneficics econémicos luturos.”

Segunda'a NCRF 7, um elemento do activo fixo tangivel deve ser reconhecido coro um activo GUando:
a) for provivel aua beneflcios econdmicos Huturos assoriados ao activo fluir&o para a entidade: e
D) o eusto da item puder ser mensurado com fiabilidarie.

O aspecto fundamental na tomada de decisio serd, pois, o facto de o activo proporcionar beneficiaos ECONO-
Micos futuros para a entidade. Da gue forma podera proporcianar esses beneficios @conamicos futuros? Sendo
usado na produsao de bers ou services para serem vendidoes/prestados pela entidade.

582
SHE EXPLICAOO CariTut 6 Alive Flxos Tangivais

Sempre due o activa possua componentes da mantante significativa com vida ut diferente ou gue propareia-
nem beneficios num modelo diferente; a contabilizac#o deve ser efgctuada por componentes, para se processar
a depreciac#n pelo uso de diferantes taxas efou mélodos de depreciarëo. E o caso, por exenipie, das fornos ë
tijolos refractarios, na industria eerêmica.
Segundoa a NCRF 7, os dispêndias em reparac6es ou na manutengëc de activos fixos tanglveis sa feitos para
restaurar ou manter os beneticios econdmicos futuras aue uma entidade pode esperar do nivel de desempenho
do bem. Comno tal, s#o geralmente recorhecidos camo gasto guarido incorridas. Por exemplp, o custo de fazer
assistêneia ou a revisao de um actvo fixo tangivel &é geralmente um gasto desde due restaurem, mas nao aumen-
tem, ao nivel de desempenho originalmente avaliado.
As benfeitorias e grandes reparacies poder#o originar aumento dos beneficias econdmicos futuros. Nesse
Caso, deverën ser capilalizadas, integrando a valer do bem. Exemplas de melhioramentos gus resultam mum
acreseimo de beneficios econdmicos Muluros incluem:
a) a modificacae de um elemente de uma instalacaa para pralengar a sua vida tril, incluindo um aumente de
capacidade;
b) actuallzacan das pecas de uma mêduina para se conseauir uma melhoria significativa na aualidade de
produtaa:e
C) adopGca9 de novos processes de producëo gus iacllitiem uma reducao substancial nos gastos ogeracionais,

6.4 - MENSURACAO DO ACTIVO BRUTO


6.4.1 - Mensuragëa inicial
De acordo cam a NCRF 7; os bens da Active Fixo Tangivel sêa inicialmente valorizados pelo seu custo.

O custo deve incluir, segundo a NCRF 7;


—g preco de compra, incluindo direitos de imparlacëo e impastos nao reemboalsaveis & excluinda descantos
comereiais a abatimeantos;
— GUstos necessêrios para colocar o activo na localizaran & eondicao de funcionamento;
— eatimativa do custo de desmantelarmenlo & remocao do bem e de restauracao
do local.

De notar due os custos de desmantelarmenio & remogaa do bem e de restauracëo do local serao aperas
incorridos no final da utllizazao do bem; na entanta, devem ser incluidos na custo da bem, de farma gue se pro-
teda & corralac&e dos gastos cam rendimentos, Se estes custos nêo fossem incluidos na mensuragëo inicial da
Gusto, teriamos beneficios proporcionados pelo usa do bem ao longe da sua vida uil e gastos apds o final da
sua vida util, sem os cerrespondentes rendimentas,
Segunda a NCRF 7, exemplas de custos necessêrios para colocar oactivo na localizagao e condicëa de fun-
eionamenta incluam:
a) eustas de preparacao da local;
b) Custos iniciais & de entrega e mariuseamento;
Co) oustas de instalacao e montagem:
d) custos para lestaro correcio ftuncianamento da active, deduzidos de eventuais receilas na fase de teste;
e) honordrios profissionais.

6.4.2 - Mensuracao subseguente 4 mensuracao inicial


Ands a mensuragëo inicial, as entidaries adem aoptar entre dois modelrs para mensuragëo dos aclivos fikos tan-
giveis: o modelo do custo e o modelo do justo valor. Esta opco é efeetuada por classe de activos fixos tangiveis:
terrenos, edificios, maauinaria, veiculos a motor, enuinarmeanto de eseritërio, elc. Iss0 significa gue as lerrenos & edil-
cios podem ser mensurados pele seu justa valpr e as demais activos fixos langiveis pela modela de cusio.

Madelo do eusto
No modelo do custo, os activos fixos langlveis sap valorizados pelo custo, meros depreciagaa acumulada e
perdas por Imparidade.

553
SHE EXPLIGAON
Carisuin 6 Astivos Fixas Tangleels

Madelo do justo valar


justa valar, menas depre-
Segundo o modelo do juste valor. os activos fixos tanalveis so valorizados pelo
deverm
ciagao acumulada subseauante ë perdas por imparidade acumuladas subseauentes. As revalorizaGoes
variacdes nos justos valores
ser electuadas numa base regular. A freguéncia das revalorizaces dependera das
anos
dos bens, devendo ser anual em alguns bens com varlag6es com algum significado e entre três e cinco
para bens £om peduenas variag6es nos justos valores. O principio a ser oDservado para se determinar a Tre-
a gualguer
guëncia das revalorizac6es é gue, sendo 0 critêrio valorimétrico o juste valor, os valores do Aclivo,
momento, nêo podem diferir significativamente dos seus respectivos Justos valores.
Segundo a NCRF 7, auando um elemento de activo liko tangivel é revalorizado, toda a classe do activo fixo
tangivel 4 gual pertenta esse activo deve ser revalorizada,
Os aumentos do activo por revalorizacêes sio levados ao capilal prêprio (excedentes de revalorizac8o). Mo
entanlo, na medida em aue esse aumento reverta uma perda reconhecida em anos anteriores, essa parcela
serê levada aos rendimentos do periado, sendo o excedente levado ao capital proprio.
As diminuicëes de um activo por revaloriza6êo sao levadas ao capital proprio, alé aa montante dos exceden-
tes de reavalorizacao existentes. O remanescente ser considerado gasto do periado.
Deve proceder-se & tansferência do excedente de revalorizacao para resultados transitados em tungaa da
realizac&o da revalorizaGëio. Essa realizaao ocore pela depreciag&o, venda ou abale do bem.

Exemplo de contabllizagêo (nêo se levou em conta o efeito dos impostos diferidos):


1.” situagao — aumento inicial do justo valor seguido de uma reducao do justo valor
Bem com custo de 100 € e justo valor na final do primeiro ano de 130 €
D-43- Activas fikos tanglveis AO

C —BBB1- Excedente de revalorizacao de activos fixos tangveis - outros excedentes 20

No final do segundo ane o justo valor reduz-se para 90 € |


D — 5891 — Excedente de revalorizacêo de activos fixos tangiveis - outros excedenies 20
D - 655 - Perdas por imparidade -Em activos fikos tangiveis 10 1
C -43- Activoas fixos tanglveis 40 hr

No final do terceiro ano o justo valor passa para 110 € B


D- 43—- Activos fixos tangiveis 20
C - 7626 - Reversêes de perdas par imparidade - Em activos linos tangiveis 10
|
C — 5891 -Excedente de revalorizacêo de activos fixos tangiveis - outros excedentes 10 |

2.* situacao - reducëo inicial do justo valor seguida de um aurmento do justo valor |

Bem com custo de 100 € e justo valor na final do primeiro ano de BO €


D - 855 — Perdas por imparidade - Em activos fixos tangiveis 20
C—43 - Aclivos fixos langiveis 20
No final do segundo ano o justo valor passa para 120
D —43 — Activos fikos kangiveis 40
C —76?B - Reversêes de perdas por imparidade - Em activos fixos tangiveis 20

C —SB91 — Excedente de revalorizac&o de activos fixos tangiveis - outros excedentes 20

Apresentacio no balanco nos dois tratamentos ermitidas


No modelo do custo, o valor liguido dos bens compreander&:
—CUStO:
—Mmenos depreciacfes;
— MENOS perdas por imparidade (se existirem).
Mo modelo do justo valor, o valor liduido dos bens compreendera:
— justo valer (valor de mercada!

55d
SMC EXPLICADO CprituLa 6 Aetives Flens Tangivelz

—depreciagées sobre n justo valar;


— perdas por imparidade subseaguentes (se existirem).

Fleitos da opcdo
A opt&o entre o modelo do custo e o modeala dn juste valor implica significativos efeitos nas demonstracëes
financeiras. Esses efeitos sêo resumidos abaixo.

Modelo da custa
Capitais pripries subavaliados
Menores encarges com depreciagdes

Madelo da justa valar


Capilais prêprios mais préximes do seu raal valar
Encargos com depreciac6es mais elevados

No'entanto, na adopcêo das NCRF pela primeira vez, as entidades podem aplicar a isencê&a faeultativa pre-
vista na NCRF 3 (ver capitulo IM):

6.5 - CAPITALIZAGAO DE ENCARGOS FINANCEIROS


Canforme descrito no capitulo 15, a NCPF 10 prevé duas altermativas posslveis relativamente a contabiliza-
cao das encargas linanceiros incorridos na anuisiean, construcëo ou producëo da bens do artivo fixo tanglvel.

Regra geral:
Ds custos de empréstimos oblidas deavem ser reconhecidos como um gasto do periode em oue sejam
ineoerridos,

EXcepeao:
Ds custos de empréstimos obtidos gue sejam directamente atribuiveis & aaguisicê0, CONStUGAO OU ProduGao
de um activo aue se gualifica podem ser capitalizados cormo parle do cuslo desse activo.

Entendemos nao ser benélico para a contabilidade a existência de altermativas aceites, pelo gus, em nossa
entender, se deverd estudar a eliminagfo de uma das altermatvas. A lAS 23 (base da NCRF 10) permitia as
duas altermaltivas descrilas anteriommernte, lende sido, entretanto, revista, tendo o ASB decidido remover a poSs-
sibilidade de contabilizacan como gasto, na case de artivos aus se aualificam.
Importa destacar gue os encargos financeiros suportados na atuisicêo, construgao ou producëo de um
activo fixo tangivel sêo gasto fiscal, pelo due, permitindo os principios contabilisticos a opcao entre capitalizar
ou levar a gastos, normalmente, as entidades decidem Gom base em molivacëes de ordem tiscal,
Importa salientar aue, no caso de eventual capilalizacan de encargos linanceiras, a conta a acrsscer ser a
propria conta de Investimentos ern Curso & nao contas distintas em Diferimentos. Sendo os encargos financeiros
integrados no custg do bem, a sua depreciaGëo serd efectuada em funeën da vida uil do bem.

6.6 - TRABALHOS PARA A PROPRIA EMPRESA


Vêrias empresas produzem bens para o seu activo fixa tanglvel: mêauinas, ferramentas, moldes, ete, Os
bens produzidos intermamente devem ser valorizados com base no menor entre o cuslo de producao da
empresa e o custo de praducëo por terceiros. OD custo de producao deve incluir os materiais directos incorpora-
dos, a maa-dea-obra directa e os encargos gerais de fabricacaa.

6.7 - BENS RECEBIDOS POR DOAGAO


Os bens recebidos por doac&o devem ser contabilizados nos Activas Fixos Tandiveis por €ontrapartida da
conta 59 —- Outras variacëes no capital préprio. OD valor da bem deverê resultar de uma avaliaao do seu justo
valer, tendo em canta n estada em due o hem se encontra.

588

Cariruia 6 Aetivas Fixas Tanglivels SHE FAALIGAND

6.8 - DEPRECIAGOES
s
Os beans do activo fixo tanglvel ëm, normalmente, uma vida Oil limitada e, por Isso, devem ser depreciada
um artivo Gom os ren-
em funcao da sua utiizag&o. Desta forma, estaremos a correlacionar os gaslos de UsD de
dimentos aue ele gera. Os terrenios tém uma vida ilimitada e. por issa, nêD #40 sujeitos a deprecliagao. No
entanio. os editicios tém vida limitada e, por isso, sêo activos deprecidveis. Para o calculo das depreciagoes
ter&o de sercontemplados os seguinies aspaclos:
— depreciaGao por componenlies;
— ouantia depreciëvel;
— metodos de depreciagaa;
— vida of.

6.8.1 - Depreciacio par companentes


A NORF 7 reauer a depreciaG&o por componentes para os activos compostos. Numa depreciag8&o por com-
ponentes, cada componente material de um activo com diferente vida uil ou diferente padrao de depreriacëo ê
depreciado separadamente e n desembolso na substituicdo ou renovagêo do componenie ë capitalizado.
Esta abordagem reguer bom senso, isto é, devemos sempre considerar a relado custo/beneticio. So laz
sentido usar uma abordagem por Eomponentes auando a vida Uil de cada componente é signiicalivamente
diferente e guando o valor de cada um desses componentes é significativo,

6.8.2 - Ouantia depreriëvel


A ouantia depreciëvel de um aclivo é determinada ap6s deducao do valor residual do aclivo.
O valor residual é a auantia liguida due a empresa espera obter por um activo no fim da sua vida Uil, apos
deducao dos custos esperados de alienagao. Na prêtica, o valor residual ê muitas vezes insignificante ou de
dificil guantificaeao, por isso, normalmente, considera-se gue o valor residual é zero. Em congedguência, D valor
depreciëvel corresponde aa valor do aclivo like tangivel.

No entanto, por vezes, o valor residual pode ser significativo: tomemos o caso de um aviëo adauirido com a
intencaon de uso durante 10 anos, preverido-se a sua venda ap6s esse periodo. O valor residual correspande an
preco de venda estimado apês a utilizacAo do activo. Neste casp, o valor depreciëvel sera aseim determinado:
CGusto de anuisicéo do aviaa 10 000 000 €
Valor residual —2 000 000€
Valar depreciëvel 8 DOO 000 €

ANCRF 7 reguer a revisao do valor residual, pelo menos, no final de ada axercicio.

6.8.3 - Mêtodos de depreciacao


A depreciagao foi objecto de um longo processo de debate entre os diversos interessados na contabilidade,
sendo apenas praticada a partir do inicio do século XX. Assim, os contabilistas do século XX estudaram os diver-
sos mêtodos da depreciacëo, de forma a atribulr-se o dispêndio com o activo aos periodos de utlizagaa do activo.
Presentermenite, a investigaG&o nesta area tem como objective identificar mêtcdos de deprerciacëo aue reflië-
tam de forma mais realista a contribuicao do activo no processo de geragao do rédita. O abandono da depraeia-
Gêo0 com base no custo histêrico é uma das possiveis solu;aes.
Segundo a NCRF 7, a ouantia depreciëvel do activo lixo tanglvel deve ser imputada numa base sistematica
durante a'sua vida @tl, devendo o métode de depreciag&o adoptado reflectir o modelo pelo aual os bensficios
SconNDMICOs do activo san eonsumides pela antidade.
Vaêrios mêtodas de depreciacao podem ser uiilizados: o mêtodo da linha recta ou das guatas constantes, 6
método do saldo decrescente, o mêtodo das unidades produzidas & o método das horas de trabalhio. A selee-
g80 do método a adoptar depende do modelo esperado de beneticios econmicos, serido aplicado consistenie-
mente, de perlodo para periode, a menos gue haja uma alterac#o no madelo esperado de consumo de beneil-
Els ecONBMIESS Provenientas da activo.

396
ENE EXPLICANO GAriTuta & .Aelivas Finas Tangiweis

) CO métoda de depreciacên deve ser revisto, pelo menas, no linal da cada exercicia, uma vez gue porder&o evistir
aleracées no modelg de consumo dos berieficios econimicos futuros. Case ocoram allerarëes, aplicam-se as
disposicêes da NCRF 4 para alterac6es de estimativas contabilisticas (ver ponto 5.5 no capitula 5).

h— Métoda das guotas constantes ou linha rerta


A depreclacaa em linha rerta resulita num débilo constanie durante a vida util do activo. O encargo mensal
de depreciagao ser obtido pela divisao do valor do bem pelo nimero de anos de vida vt estimada.

Par exempla:
Mêauna com um cusio de 10 (OO € e uma vida util estimarda de 5 anos. D encargo anual de depreciacëo ser;
10000. 2000

B- Métoda da salda decrescente ou da soma dos digitos dos anas


Este mêtodo resulta num débito deerescente durante a vida utif do activo. Por este mêtodo, a encargo de
depreciacëo é calrularlo coma segue:
a) somam-se os algarismos aus compêem o ntimero de anos da vida uil do bem.
Mo exemplo anterior, terfamos:
1rodd45sII.
b) a depreciagëp de cada ana é uma fraceëio em aue D denominador & a soma dos algarismos e o numerador
serê o niimero de anos de vida util remanescente. Assim, teremos os seguintes encargos de depreciacdo:
Ma1.” ano: TO O00D* 5/15 s maa
Mo 2 anc: 10 O0OD x* 4/15 2667
Ma 3.” ane: 10000 x 4/15 - 2000
Ma 4.” anc: 10000 *216s Taad
Ho 5.” ane: 10 000 * 15 — GET
Total 10 000

Este mêtodo origina um encarga maior de depreciago nas primeiros anos e um menoer encargo nos uitimoes
anos, Os seus tefensares alsgam due, no inicia, os bens nan reaueram dispêndios significativas cem manuten-
Cê0 & reparacao, mas, Com o decorrer do temno, esses diepêndias tendem a aumentar, palo aus, com este
méêtado, teramos um gasto Intal anual (deprecia€ao mais manutencao e reparacëes) sem grandes oseilacoes an
longe da vida Gtil da bem. A decisêo sobre o mêtodo a adoptar deve levar em conta a natureza dos bens, bem
EOTD D seu destaste Hsico.
Muitas empresas adoptam este mêtodo por raz6es fiscais. Em Portugal, as auloridades fiscais aceitam a utili-
ZacëD deste mêtoda, o aus, por vezes, tem originado a sobreavaliacën das depreciagoes das bens.

C- Método das unidades produzidas


| Fste método lem por base a estimativa do numero total de unidades gue devem ser produzidas pelo bem a
I ser depreciado, sendo o encarge anual de denreciagën apurario pela seguinte fermula:

Mumero de unidades produzidas no ano


Enicargo anual de depreciacao —
Numero total de unidades estimadas

D - Métado das horas de trahalho


Este mêtodo baseia-se na estimativa da vida uil do bem representada em horas de trabalho. O enicargo de
depreeiacso no periodo sera assim calculade:

ie oet g
ERG BE ea Rg ee oen DkmerD de nies de ael EE ie
Numero de horas de trabalho estimadas durante a vida ut

887
Cariruin 6 Artivas Fixos Tangiveie SNE EXPLIGAND

O mêtodo das unidades praduzidas ou o método das horas de trabalhio sêo os mêtodos mais adedguados, devendo
ser utlizados duando a informagëo disponivel o pemmite. Caso Cortrêrio, uiiliza-se & MEtodo das guotas constantes, i

Em Portugal, a contabilizacao das depreciacëes tem sido fortemente infiuenciada pela fiscalidade, uma vez
gus, normalmente, sê adoplam as laas finadas para fins figcais, usando-se as taxas determinadas na Decreto
Regulamentar n.” 2/80. O encargo com depreciacêes era custo fiscalmente aceite desde aus as laxas aplicadas
se situassem entre as taxas do Decreto Regulamentar n.” 2/90 (correntemente denominadas laxgs méximas) Du
50% dessas taxas (correntemente denominadas taxas minimas). Nestes termos, a atitude aue tem sido seguida
pelos cantribuintes é a seguinte:
-— am anos em aus tém bons resultados, usam as laxas maximas, reduzindo assim a carga liscal;
|
— nos anos em gue têm prejuizos ou menores lucros, usam as laxas minimas, de forma a miNIMIZArEM os |
resultados negativos.
Infelizmente, nio sêp poucas as empresas aue, ao longo dos anos, utilizaram, de forma inconsistente, taxas
mAximas & minimas. Oual &, contabllisticamente, a sua politica de depreciacëes? Pademos alimar gus depre-
ciam os seus beris com base na sua vida uil? Certamente nue nêo. E aual é a vida uil dos bens? Sera a due
estava implicita nas taxas do Decreto Regulamentar n.” 2/07 Nao éê prêtica em Portugal guestionarmo-nos
sobre a vida Gl dos bens. Us#ivamos as laxas do Decreto Regulamentar n.” 2/40 e ponto final.

6.8.4 - Vida dtil


A vida ctil ê, segundo a NCRF 7, o perlodo durante o gual a entidade espera due um activo esteja disponivel |
para uso, ou o ntimero de unidades de produgao ou semelhantes gue se espera obter do aelivo. II

A vida econémica é o periode durante o gual um activo pode ser usado por uma ou mais entidades,

A diferenca entre a vida uil e a vida economica resulta de: j


— vida Uil — utilizacao do activo por uma entidade;
— vlda econdmica — utilizacio do activo por uma ou mais entidadas.

A estimativa de vida Gl é uma guestao de julgamento, baseado na experiëncia da empresa com aGctivos
semelhantes. Na estimativa de vida Gil de um activo deverm sêr considêrados:
a) a utilizac#o esparada do activa;
b) o desgaste e ruptura fisicas esperardas; |
c) a obsolescência cnica; |
d) limites legais ou semelharlies soDre a us do activa.

Tendo em conta a definicao de vida uil, nio se deverd estranhar nua diferentes entidades atribuam vida ut |
diterente a bens similares. Essas estimativas tém implicito ao pericdo de tempo gue cada entidade pensa ulilizar
0 activo, podendo esse periodo de tempo variar em iungao da estraiégia de cada ampresa a nivel da reniovacao
dos seus eguipamentos, politica de manutengêes e revisêes, etc, Na mesma entidadie poderamos ter vida dl]
diferente para activos similares, em unidades operacionais distintas ou em localizagies distintas, por diferente
estratégia de utilizacao do activo.

Retomemas o exemplo indicado em 6.8.1. A vida util do aviso para a primeira adauirente é de daz anos. Da
notar aue neste caso, existe um valor residual significativo, pelo oue a depreciagao serê assim calculada (pelo
mêtodo das auotas constantes):

Depreciacëo do exercleio -
Valor depreciëvel
E
8000000 € . soo pop €
Vida uil 10 anos d
A NCRF 7 reauer a revisao da vida GUl dos activos fixos tangiveis, pelo menos rie final de cada exercicio. |
Eventuais alleracëes devem ser tratadas como alleracëes de estimativas contabilisticas, sendo tratadas de
acordo com a NCRF 4 (ver ponto 5.5 no capitulo 8). Isto significa gue o gasto de depreciacëa do perfodo cor-
rente e futuros deve ser baseado na estimativa da vida Util remanescente. De notar due nên se deve proceder a
correEgBes das depreciagëes de ans anteriores, uma vez due elas foram determinadas com base na melhor
eslimativa da vida Gil dos bens. Essa estimativa foi. subseguentemente, allerada em fungao da progresso tee-
nolégico ou outros factores.

56
| SHE EXFLICANDO Fariruta AR Arlivas Flxns Tangivele

6.8.5 - Diferencas entre 0 critêrio econdmico e o erilério fiseal no célculo das depreciagdes
Os critérios a seguir para cdlculo das depreciagfies de acordo com a NCRF 7 sêo significativamente diferen-
tes dos Gritêrios fiscais preseritos no Deereta Regulamentar n.” 25/2009 (ver ponto 8 na Origem e Caracterizacao
do Sistema de Normalizagêp Contabilistica). Assim, os programas de controlo do imobilizado dever&o permitir &
cêlculo das depreciacëes ras duas bases, para se pader apurar, de forma autamatica, os efeitas a levar em
Cconta para Fins fiscais,

6.9 - IMPARIDADE DE AGTIVOS


De acordo com a NCRF 12, as empresas devem, em cada dala de relato, verificar se existe alguma indica-
cap de gue alguns dos seus aclivos se encontram sobreavaliados. Caso afimativo, entëa deve ser elaborada
uma estimativa sebre o patencial valor reeuperavel.
Este assunto é mais detalhadamente tratado no capitulo 24,

6.10 - DIVULGAGOES
Segunda a NCRF 7, as demonstragdes financeiras devem divulgar, com respeito a cada classe de activos
fikas tangiveis;
a) as bases de mernsuracëo usadas para determinar o valor bruto do active;
D) os metodes de depreciag4o usados,
Cc) as vidas uieis ou as laxas de depreciaao usadas;
d) o activo brulo ë a depreciac&o acumulada (agrupada com perdas por imparidade acumuladas no inicio &
no fim do periada);
e) uma reconciliag#o da valor ldguido contabilistico no inicin e no fim do periodn, mostrando:
EE

— adicfes:
— aclivos classificadas como detidas para venda (ver capitule 11) e outras alienacees;
— aruisicëes por concentragëes de actividades empresariais;
— aumentos ou diminuicëes resultantes de revalorizacêes e de perdas por imparidade reconhecidas ou
revertidas direefamente no capital proprio;
— perdas par imparidade reconhiecidas na demonstracao dos resultados durante o peripdo;
— perdas por Imparidade revertidas na demonstracao dos resultados durante o periodo;
— depreclacaes;
- diferencas cambiais liguidas resultantes da transpositëo das dernonstracëes financeiras da moeda fun-
cional para uma moeda de apresenlacao diierente, incluindo a transposiëëo de uma operaeën estran-
geira para a moeda de apresentacëo da entidade gue relata; e
— oUtos MoviImENtOS.

Deve também divulgar-se, segundo a NCRF 7:


a) activos fixos tanglveis dados como garantia de passivos e restricoes de titularidade;
b) dispêrdio reconhecida no valar contabilistico de investimenlcs em curso;
Cc) EOMPrOMISSES para a aguisitêo da activos fixos langiveis; &
d) compromissos de terceiros por imparidade; perda ou cedência de activos fixos tanglveis, desde aue nao
divulgado separadamente na demornstragao dos resultados,

Ouando itens do activo fixp ianglvel forem mensurados por auantias revalorizadas, deve ser divulgade a
seguinte:
a) a data de eficêcia da revalorizacao;
b) se esteve ou nêo envolvido um avaliadar independente;
Cc) os métodas e pressupostos significativos aplicadas na estimativa do justo valor;
d) se o justo valar foi daterminado por referência a precos observêveis num mercado actio ou em transaCc-
cOES recentes entre terceiros independentes ou se foram usadas outras técnicas de valorizacao;

559

EE
SNE ERPLIGAWO
EAFITULA E Activas Fizas Tangiveis

demonstracoes linanceiras
e) o valor de cada classe de activos fios tangiveis gue teria sido incluido nas
custo; e
casp os aclivos tivessem sido mensurados pelo modelo do
& guaisauer restricoes na distribuicao
f). o excedente da revalorizacëio, indicarido o movimente do periodo
do saldo a accionistas:
entender gue a informacao
Sagundo a NCRF 7, os utentes das demonstracoes financelras também poderëo
seguinte é relevante para as suas necessidades:
8) o valor contabilistico dos activos fikos langlveis temporariamente ociasos;
estejam em ueD;,
B) o valor bruto dos activos fixos tangiveis totalmente depreciados gue ainda
c) 'o valar contabilistico de activos fixos tanglveis relirados do uso activo e nêe elassificados como detidos
para venda de acordo com a NCRF 8 (ver capitula 11);
justo valor
d) auando os activos fixos langiveis sêo valorizadas pelo modelo do custo, deve indicar-se o seu
guando este seia materialmente diferente do custo.

6.11 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE 0 POG


Activo bruto —- como vimos, a NCRF 7 aceita 6 justo valor como critêria valorimêtrico dos activos lixos tangl-
a
veis, desde aus as reavaliacGes sejam regularmente efectuadas, o due nêo acontecia em Portugal. Assim,
conversêo de contas numa base POC para uma base SNC implicarê:
8) a eliminacêo das raavaliagëes legais, para se repor o custo de aguisicao, ou
b) a oblencao de avaliag6es dos bens e a substituigao dos valores liguidos eontabilisticos pelos seus justos
valores.
minimizar&o
No entanto, existem disposicêes transitérias para a adoptao pela primeira ve2z das NCRF gue
astes efeitos (ver apitulo 4).
Depreciac6es —- né sendo as depreciacëes am Portuaal Calculadas com base na vida Oil das bens, aa Con
trêrin do preconizado pela NCRF 7, temos aaui lambém uma diierenta entre os oritërios da SNG e os oritêrios
do POC. Na Eonversëo das contas para SNC torma-se necessêrio obler um estudo da vida util remanescente
Nac o
para os principais bens, de forma a concluir-se se as taxas due vêm senda praticadas sp aderguadas.
sendo, as depreciagëes acumuladas devem ser ajustadas.
Imparidade de activos — aparantemente, nao existe dilerenca entre o SNC eo POC relativamenle & imparl-
as
dade de activos. Mas, na verdade, essa diferenca exste, Uma vez gue nao era prêtica em Portugal seduir-se
disposicëes do ponto 5.4:4 do POC. Ap6s tomada a decisêo de capitalizar um deatarminado dispêndio, somente
em Casos mulito exceprionais se procedia a depreciagOes extraordinarias por imparidade. Assim, na conversêo
de contas para SNC devemos analisar 0 cadastro do activo fixo tangivel com o objectivo de se identificar bene
com valor lguido significativo e gue jê nao aualifiguem — total ou parcialmente - como active.

6.12 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Esta ser uma &rea onde serao grandes os efeitos do SNC nas demonstragëes financeiras. Fsses efeitos
ser&n notadas relativamente ans seguinies aspectos;
1.” — Valorizacëo dos activos fixos tangiveis (as empresas poderdo optar entre o modelo do custo e 6
modelo do justo valor). Conforme referido na NCRF 3, para efeitos de balanco de abertura de acordo
com as NCRF, as entidades podem manter o actual valor contabilistico dos seus activos fixos tanglveis
resultante de raavaliacBes anteriores caso, na data da reavaliacêo, o valor reavallado seja comparavel
ao justo valor ou ao custo depreciado, ajustado para reflectir variacoes Num indice geral ou especifico
de precos, Devam, igualmente, ser reconhecidos impostos diferidos sobre os ajustamentos electuardos.
2% —Depreeiagao dos activos fixos tangiveis - na conversao das contas para NCRF, as eventuais diierencas
materialmenle relevantes nas depreciacëies acumuladas devem ser ajustadas por contrapartida de resul
tados tansitades. Devem, igualmente, ser reconhecidas impostos diteridas sobre a diferenca apuraria,
3” —Imparidade - na conversêo de contas para NCRF, os bens com perdas por imparidade ter&o de ser
reduzidos ao seu valor recuperavel, determinado de acordo com a NCRF 12, devendo esse ajustamento
ser efectuado por contrapartida de resultados transitados. Devem, igualmente, ser reconheeidos Impos-
tos diferidos sobre a diferenca apurada.

560
SNEC EXFLICADO Gailmid 8. Aetivns Flsos Tanglvels

6.13- DUVIDAS FREOUENTES


1.” —Os encargos financeiros suportados na aguisicao de activos fixos langiveis padem ser capitalizados?
Sim. No entanto, apenas podem ser capitalizados encargos financeiros relacionados com actives aue
se gualifiguem, isto é, activos fixos tangiveis em curso., A empresa tem a opcao de contabilizar asses
encargos financeiros directamente como gastos do periode.

2“. Fagz sentido incluir os custos de desmantelamento e remosêo do bem e de restauracao do local no valor
inicial do activo fixo tangivel?
Sim, Dessa forma, os encargos com depreciaGê6 levar&o em conta a totalidade dos gastos relativos &
utiizacao do bem, permitindo uma adeguada correlagêo de gastas com rendimentos.
3“. Em caso de divida, como devo contabllizar dispêndies com benlfeitorias?
Caso existam duvidas sobre a existência de beneficios eeonémicos luturos adicionais, deve reconhecer-se
cOmBo gasto, aplicando assim on principio da prudeneia.

4.” — Posso usar o modelo do justo valor para imêveis e o modelo de custo para edguipamento administrativo?
Sim. Se levarmos em conta a relacao custo/beneticio, & isso gue laz sentido, ou seja, o custo de obler
informacao sobre o justo valar e de controlar a variagëe de justo valor do eguipamento administrativo
naD se deverd justificar face ao benelicio gue essa informagao proporcionarê.
5.” —Ataxa de depreciac&o de um bem pode ser altarada?
Sim. A Eslimativa de vida (ti de um bem pode-se alterar todos os anos, originando, nesse caso, alteragoes
anuais da taxa de depreciacao. Novamente se alerta para a relagao custo/beneficio, ou sela, apenas em
activos com valor signilicativo se deverê adoptar uma alitude de rmaior rigor guanto a este aspect.

B.” — Bens similares padem ter diferentes taxas de depreciacan em diferentes iébricas?
Sim, Desde due representem a vida uil estimada (periodo de utilizac#o) por cada uma das f#bricas.
7.” - Devo efectuar anualmente testes de imparidade?
N&o. Apenas auando existirem indicadores de imparidade.

6.14 —-ENERCICIOS
EXERCICIO N.”1
Uma empresa corstruiu uma f#brica gue inclui uma estacao de tratamenta de aguas residuais, existindo a
obrigacao de desmantelar a estacao de tralamento de residuos industriais apas 15 anos de utilizacëo. O custa
de construc4o fol de 1 500 000 euros e o ousto estimado de desmantelamento é de 95 000 euros.
Oual é o custo da fAbrica? Considere uma taxa de desconto de 6%. Oue lancamentos devern ser efeetuados?

Solucaa:
O valor actual do cuslo de desmantelamento ê de 39 B40 euros ee Ë
(1 40,08)”
O ousto da fAbrica é de 1 544 640 euras (1 500 000 euros * 49 640 euros).
O lancamento relativa ao custo de desmantelamento ser:

Mo mormento inicial (ana 'N)


Dêbito: Conta 442 - Edilicios & outras constucBas 39 GAD
Orédito: Conta 268 - Outras provisies 39 6AD

De N41 a Nt15
Débitx- Canta 6918 - Outras juras
Crédito: Canta 298 - Oulras provisoes
CO valor no 1.” ano serê de 2 378 euros (39 640 euros * 6%), no 2.” ano serê de 2521 euros
(42018 euros x 6%) & assim sucessivamente.

ENEE RS 561
Garituta EG Aetivos Fivas Tanglvels SNEG EXPLIGADO

ENERCICIO N.“ 2
A empresa ABO trocou com a empresa XPTO uma maauina de producën de gelados por uma mêauina de
produGiio de.gelo. A XPTO recebeu a maêguina de producao de gelados & entregou 5000 euros em dinheiro
para além de ter entregue a mAêauina de producao da gelo.
Os bens tocados possuem os seguintes valores:
Valor liguido contabilistico Jdusto valor
Mêauina de producao de geladas 26 000 20 000
Ma&aoulna de produgan de gelo 12000 16 000

Indiague os langamentas a efsctuar por cada uma das empresas.

Solucao:
Sendo a entidade capaz de determinar com fiabilidade o justo valor tanto do activo recebido como do
activo cedido, entëo o justo valor do activo cedido é usado para mensurar 6 €usto do activo recebido.
Aessim os langamentos a efsctuar por cada uma das empresas serdo:

Lancamento a efactuar pela ABC:


Déblto: Calxa 5 000
Débito: Eauipamento bêsico 20 000 '(maauina de producao de gelo)
Crédito: Eauipamento bésico 96 000 (maauina de producan de geladas)
Débito: Gastos & perdas em investimentos nao financeiros 1000

Langamento a efectuar pela XPTO


DEébilo: Eauipamento bêsica 16000 (maAauina de produco de gelados)
Crédito: Eguipamento bêsico 12000 (maguma de producëo de gela)
Crédito; Caixa $ 000
Débito: Gastose perdas em investimentos nao financeiros 1000

As duas empresas apuram uma perda de 1000 euras na troca.

EXERCICIO N.*3
Um bem do activo fixo tangivel toi adauirido em 2 de Janeiro de N por 20 000 euros. A sua vida Uil foi esti-
mada em einco anos. Considerou-se gue o bem nêo tem valor residual & optou-se pela depreciac#o pelo
métado das auotas constantes. Em N4?, a vida util remanescente foi revista para dois anos.
Oual é n encargo com depreciagêo para cada um dos anos de vida util (N a Na)?

Solucao:
Ana Calculo Depreriacan
N 20 OODIS 4 00
Mei 20 000/S 4 000
Nt2 (20 000 — 800D)E 6 000
Na (20 DOOD — AAGDYA & 000
Total 20 000.
De notar due o ajustamento da depreciagAa é efectuado apenas de forma prospectiva, isto ê, apenas Sê
altera a depreciacao corrente e fulura em funcêo do numero de anos de vida uil remanescente do bem.
No se pode efectuar gualguer ajustamento as depreciacées anteriores (ajustamento retrospectivo).
UMa vez gue o-encargo calculado nesses anas tinha por base a vida util estimada na alura, nao exis-
tindo, assirm, gualguer erro na elaboracêo das contas de anos anteriores. O aue ocorreu foi uma mudanga
de estimaliva, originada pela evolucëo tecnolêgica, planos da empresa ou outras razêes.

562
ENG EXPLICANO Cariruua & Aetivas Fixas Tangiveis

EXERCICIO N.” 4
Um beam da active fixo tangivel foil adauiride em 2 de Janeiro de N por 20 000 euros: A sua vida otil foi esti-
mada em €inco anas. Considerou-se gue o hem nan tem valar residual & optou-se pela depreciacan pela
metodo das guotas constantes, Mo final de M-42; oa valor recuperêvel do bem foi determinado em 6000 euros.

Oual é o encargo com depretiasëo para tada um dos ancs de vida uil (N a MA4)?

Solucëco:
Em 31 de Dezembro de M42, o bem apresenta um valor liguido de 8000 euros e o seu valor recuperêvel &
de aperide BOOO. Verifica-se, assim; uma perda de imparidade de 2000, due ter de ser reconhecida de
imediato. As depreciacëes subseguentes passam a ser calculadas em funcëa do novo valor liguido da
bem (6000).
Assim, as depraciacBes ser&n camo segue:

Ano Calculo Depreciacaa


N 20 000/S 4 000
Di 20 000/S 4 ODO
Nt2 20 0OD/S 4 000
Perda por imparidade 2 (000
M43 6 000/2 3 O0DO
Ma 6 0002 3 ODO
Total 20 000

EXERCICIO N.” 5
Uma empresa adauiriu por 210 000 euros uma maauina gue reguer uma importanite inspeerêo a cada 4 anos.
D custo de cada inspeccao ë estimado em 15 000 euros (despreze o eleito temporal do dinheiro). Assumindo
uma vida ttil de 12 anos, indigus o valor da depreciagëo para cada um dos ancs,

Solucao:
Sendo a vida Gtil de 12 anas, terên de ser efectuadas inspecgëes (uma np inicio do 8.” ano e outra na ini
cio do 9,” ana), pele gue ao preco de eusto da mAguina de 210 000 euros acrescem 30 00D euros das
duas inspecc6es. Assim, a depreciac&o a reconhecer em cada ano serê de 20 000 euros (240 00D
euros/12 anos).
Explicando de forma diferente: guando se adaguire um bem gue reguer uma importante inspeCccao num
Gerlo perlodo de tempo, deve segregar-se do custo Inicial a parcela da inspecrêo, a nual sera depre-
ciada pela sua vida uil. Assim, neste exemplo segregamos 210 000 euros em dois Eomponéëntes: 195 000
euros e 18 000 euros, O primeiro componenie seré depreciado em 12 anos anos eo segundo em duatro
anos, o gue perfaz uma depreciaGëo de 20 00 euras.
Como sê poderd ver, a depreciarên é linear. Doutra forma, teriamos diferanies valores para o gaste com
depreciagoes.

EXERCICIO N.” 6
Uma empresa reavaliou edificios em 2 de Janeiro de N para 200 000 euras. O custo em 2 de Janeiro de M-10
[oi de 120 000 euros. A depreciacêo é efectuada em 30 anos. Proceda & contabilizasao da reavalia@ao e a
depreciacën am N.

Solucaar
Pela reavaliacan

Débito: Activas fixos tanglveis —- Fdificios 80 000


Débito: Depreciac&o acumulada - Edificios (10 anos x 4000) AO DOO
Crédito: Excedentes de revalorizacao 120 000

ma
Carin 6 Artivas Fixos Tangiveis SNC EXPLIGADO
1
Encargo com depreciacao

Débito: Depreciagëes do exercicio (200 OOO/20) 16 OOD


Crédito: Depreciag6es acumuladas 10009

De notar aue devem também ser recanhecidos impostos diferidos relativamenie ê reavaliacëo.

6.15 -TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Reproduzem-se abaixo os arligos relevantes do Cédigo do IRC relativamente aas Activos Fixos Tangiveis:

Art.” 29.” —- Elementos deprecidveis ou amortizAveis dasde a sua entrada em funcionamento ou uilizacéo
alé & sua depreciagao ou amortizacëo tolal, tansmis-
1— Sao aceités Emo gastos as deprecliagdes e
sa ou iNuUtIIIZagaa.
amortizac6es de elementos do activo sujeitos a
deperecimento, cénsiderando-se comp tais os acti- 5 - O disposto no numero anterior nao prejudica a
vos fixos tanglveis, Ds activos intangiveis 8 as pro- varlaGëio das muotas de depreciagëo ou amortizacan
priedades de investimento contabllizadas ao custo de acorde com o regima mals ou menos intensivo ou
historico gue, com caracter sistemalico, sofrerem com outras condicêes de utilizacaa das elermentos a
perdas de valor resultantes da sua utilizacêo ou do due respeitam, nao podendo, no enlanto, as auotas
derCurso do tempe, minimas imputêveis ao periodo de tribulaG4o ser
? — As meras flutuacëes aus afsclem os valores deduzidas para efeitos de determinacan da luera tri-
patrimoniais n&o relevam para a aualificacio dos res- butavel de oulras periodos de tribularao.
peclivos elementos como sujeitos a depearecimento. 6 - Para efeitas do nimero anterior, as guatas mini-
3 — Salvo razëes devidamente justificadas e aceltes mas de depreciacë&o ou amortizacao sao as calcula-
pela Direcgaao-Geral dos Impostos. os elementos do das com base am taxas iguais a metade das likadas
activo sê se considaram sujeitos a deperecimento segundo o mêtado das auotas canstantes, salvo
depois de entrarem em luncionamento ou utilizacao. ouando a Direccëo-Geral dos Impostos cenceda pre:
viamente autorizagëin para a ulilizacëo de auotas
Art.” 30.” - Méêtodos de cêlculs das depreciagBes & inferiores'a estas, na seguência de apresentagda de
amortizacoes reauerimento em due se indiguem as razdes oue as
1 -—O célculo das depraciacëes &e amortizac6es justificam.
faz-se, em reors, pelo mêtoda das guolas constarn- 7-O dispasta na parts final do n.” 5 e no n.” & nan
tes: é aplicdvel aas elementos aue sejam reclassificados
2 — Os sujeitos passivos padem, ma ertanio, aplar Como acllvos nie corertas detidos para venda.
pelo métado das auotas decrescentes relativamerite
ags activos fikos tangiveis due: Art.” 31.” — Guotas de depreciaGëo ou amortizagêo
a) Naa tenham sido arauiridos em estado de US; 1 — No método das Auotas constantes, a guota
b) Nao sejam edificlos, viaturas ligeiras de passa- anual de depreciacëo ou amortizatao anus pode ser
geiras ou mistas, sxcepto guande aiectas & aceite coma gasto do perlado de tributacin deter-
Bxplorag#in de service publico de anspories Du mina-se aplicande as laxas de depreciacan ou amor-
destinadas a ser alugadas no exercicio da act tizacap delinidas no decreto regulamentar due esta-
vidade normal do sujeito passivo, mobiliërio e belece o respectivo regime aos seguintes valores:
eduiIpamentos soeiais. a) Custo de aguisicëo ou de producëe;
3 — FPadem, ainda, ser aplicadas meêtodos de b) Valor resultante de reavalla6ëa ao abrigo de
depreciacêo & amnortizacéo diferentes das indicadas legislacao de caracter fiscal;
Nos numeros anteriores;, desde gue, mediante renus- c) Valor de mercado, & data de abertura da esorita,
rimento, seja oblido o reconhecimento prêvio da para os bere objecle de avaliagae para esse
Direccao-Geral dos Impostos, salvo aguando dal naa Bielie, guando nêo seja cenhecido o custa de
resulte uma guota anual da depreciagao ou amortiza- aouisic&o ou de producëo,
GAD superior & prevista na artigo seguinte. 2 — Relativamente ans elementas para gus nn sê
4 — Salvo em situacëes devidamenle justificadas Bncontrem Fiwadas tawas de depreciacëo ou amaorti-
abeites pela Direcgao-Geral dos Impostos, em rela- Zaoa0, S&O aceites as due pela Diracsao-Geral dos
Co a cada elemente do activo deve ser aplicado o Impostoes sejam consideradas razoëveis lendo am
mesmo metodo de depreciacap ou amortizacao Conta o periode de utllidade esperada.

564
SNC EXPLIGADO GArITuULD E Aelivas Fizae Tangiveis

3 — Ouanda se:apligue o mêtado das guotas d) As depreciac6es e amortizac6es praticadas


decerescentes, a gupta anual de depreciagao due para alêm da perlodo maximo de vida uil, res-
pode ser aceite como gasto do periodo de tribulagao salvando-sê 08 casos esperciais devidamente
determina-se multiplicando os valores mencionados , justificados e -aceites pela Direccao-Geral dos
no n.” 1, aus ainda nêo tenham sido depreciados, IMpostas;
pelas taxas de depreciacao referidas nos nimeros 1 e) As depreciac6es das vialuras ligeiras de passa-
@ 2, corrididas pelos seguintas coeficientes maximas: geiros ou mistas, na parte Eorrespandente an
a) 15, se o perlodo de vida util da elemanto é inie- Custo de aguisicin ou ao valor de raavaliac&o
excedente a € 40 000, bem como dos barcos
rioracincg anos;
b) 2. se n periodo de vida uil do elemento ê de de recrelo @ aviëes de turismpD e todos os gaslos
com estes relacionados, desde gue tais bens
Einco ou sels anNos:
nao estejam afscios & exploragao de servica
Cc) 2,5, sep periedo de vida util do elemento &
Ptiblico de transparies ou nio se destinem a ser
superior a seis anos.
alugados no exercicio da actividade normal do
4-(O periode de vida util do elemente da aclko'ëa Sujeito DassVO:
gue se deduz das taxas de depreciagëo ou amorliza-
2 — Para efeitas do dispoeio na alinea d) do ntimero
Gan referidas nos n “1e 2.
anterior, o periode maxima de vida util é ao aus se
8 — Tratando-se de bens adguiridos em eslado de deduz das guotas minimas de depreciacao ou amar-
usD ou de grandes reparacëes e heneficiagoes de lizacao, nas termos do n.” & do artigo 40.”, contado a
elementos do activo suieitos a deperecimento, as partir do ano de entrada em funcionamenlo ou utliza-
correspandentes laxas de depreciacAo san Ealcula- Can dos alementos a due respeltem.
das com base no perfoda de utilidade ssperada de
UNS & OUIrDS, Art.” 38.” — Perdas por imparidade fiscalmente
$ — Os sujeilos passivos poderm optar na arig de ini- dedutiveis
cio de funcionamerte ou utillizacêo dos elemenios 1 — Podem ser deduzidas para eleitos fistais as
por uma taxa de depreciaG3a ou amortizagao dedu- seguintes perdas por imparidade contabilizadas na
2ida da taxa anual, ern conformidade com os nume- mesmo periodo de tributagao ou em perlodos de ti-
ros anleriores, & 6arrespandente aa numera de butagao anieriores:
meses contados desde o mêes de entrada em funcio-
a) (ss)
namento ou utilizagao dos elemeantos.
b) (..)
7 — No easo referido no nimmer anterior, na ana em C) As gus consistam em desvalorizagees excen-
due se verificar a transmissao, a inutlizacao ou ao cionais verificadas em aclivos fixos tangiveis, aClivos
termo de vida util das mesmos elementos sê sao intangiveis, activos bicolégicos Nag corisumiveis & Dro-
areltes depreciaciies e amorlizacëes cotrespanden- priedades de investimento.
tes an numero de meses decorridos até ao mes ante- (.)
rior aa da verificacë8o desses eveantos.
Art.” 48.” — Desvalorizacoes excepcionais
Art.” 33* - Elementos de reduzido valor 1 - Podem ser aceites como perdas por impari-
Relativamente a alementos do activo sujeitos a dade as desvalorizZacoes excapcionais referidas na
deperecimento cujas custas unildrios n&o uitrapas- alinea c) da n." 1 da-artigo 25.” pravenientes
de cau-
sem € 1000. &:aceite a deducëo, no periodo de tribu- sas anormais devidamente comprovadas, designa-
tacao do respeclivo custo de aduisicao ou de produ- damente, desastres, lenéêmenocs naturais, inovagoes
cêD, exceplo auando facam parte integrante de um técnicas excepoionaimente rêapidas ou alleragies
conjunto. de elementos aue deva ser depreciado ou signiticativas, com efeito adverso, no contexto legal,
amortizado camo um todo. 2 — Para efeitos do disposta ma nimera anterior, a
Sujeito passivo deve obter a aceitaco da Direcgao-
Art.” 34.” - Gastos nao dedutiveis para fins fiscais
-Geral dos Impostos, mediante exposicao devida-
1—Mao sdo aceites cormo gastos: mente fundamentada, a apresentar até ao fim do pri-
a) As depreciacëes & amortizacoes de elementos melro mês do periodo de tributagëo seguinte ao da
do activo nao sujeitos a deperetimento; ocormêneia dos factos gue daterminaram as desvalo-
b) As depreciacies de iméveis na parte correspor- rizacées excepcionais, acompanhada de documen-
dente ao valor das terrenos Ou ma nêo sujeita a tacBo comprovativa. dos mesmos, designadamente
depereëimento; da decisêo do competente 6rgéo de gestêo gue com
oC) As depreciac6es & amortizacoes due excedam firme agueles factos, de justificagao do respeEtivo
os limites estabeleridos nos arligos anteriares; montante. bem como da indicagëo do destinga dar

565
SNC EXPLICADO
Dariruin & Aetivos Fixos Tangivele

aos activos, gauando o abale fisico, o desmantela- actividade normal do suieitopassivo, #xceplo na
mente, o abandono ou a inutilizagao destes nê0 ocor-
parte em aua correspondam ao valor iiscal-
ram no mesmo periodo de tributaGdo. mente depraciëvel nos termos da alinea e) da
n.” 1 do artigo 34,” ainda nao aceite come
3 Ouando as faclos aus daterminaram as desva-
gasto;
lorizac5es ecepcionais dos actikos e n abate fisico,
o desmantelamento, o abandono pu a inutilizaGao (se)
pEorram no mesma periodo de tributacêo, o valor Art.” 46,” — Conceito de mais-valias e de menos-
liguido fiscal dos bens, corrigido de eventuais valores svalias
recuperdveis, pode ser aceite como gasto do
1 — Consideram-se mais-valias ou menos-valias
periodo, desde due:
reelizadas os ganhos obtidos ou as perdas sofridas
'a) Seja comprovado o abate fisico, desmantela- mediante transmiss&o onerosa, aualguer due seja 0
mente, abandono ou inutilizaca9 dos bens, atra- titulo por due se opere e, bem assim, os decorenies
vés do respectivo auto, assinado por duas teste- de sinistros ou De resultantes da afectagëo perma-
munhas, e identificados & comprovados os nente a fins alheios a actividade exercida, respeitan-
factos aus originaram as desvalorizaroes tes a:
Bxcepreionais;
a) Aclivos fixos tangiveis, activos intangiveis, acti-
b) O auto séja acompanhado de relacao diserimi-
vos blolégicos Oue rap sejam consumiveis &
nativa dos elementos em causa, contenda, rele-
propriedades de investimento, ainda ngua aual-
tivamentea cada activo, a deseriëëo, oano & 0
Custo de aaguisigëp, bem coma o valor liguida
guer destes aclivos tenha sido reclassificado
Come activo nêa corrente detido para verida;
Contabilistica e o valar liAuido fiseal
BY Instrumentos financeiros. com excepeae dos
C) Seja comunicado ao servico de financas da drea
reconhecidos pelo justo valor nos termos das
do local onde agueles bens sê encontrem, com
alineas ale b) don.” 9 do artigo 18.”.
a antecedéncia minima de 15 dias, & local, a
data e a hora do abate fisico, o desmantela- ?- As mais-valias & as menns-valias san dadas
mento, o abandana ou a Inutilizacao e o lotal do pela diferenca entre o valor de realizagao, lfauido das
valor liauido fiseal dos mesrmos. encargos due |he sejam inerentes; e p valor de aagui-
siG&o deduzido das perdas por imparidade & oulras
4 -O disposto nas alineas a) a c) do numero ante-
correccëes de valar previstas no artliga 35.”, bem
rior-deve igualmente observar-se nas situacoes pre-
como das depreciacêes ou amortizacêes aceites Tis-
vistas no n.” 2, no periode de tributaGêp em agua
calmente, sem prejuizo da parte final do n.” 5 da
venha a efectuar-se o abate fisice, o desmantela-
artiga 30.”
mente. o abandano ou a inutilizacêo dos activas.
3 - Considera-se valor de realizacao:
5 -A aceitagso referida no n.” 2 é da cempeténea
do director de financas da &rea da sede, direcoao ()
efsctiva ou estabelacimento estavel do sujeito pas- 4 — No rasa de trota por bens juturos, o valor de
sivo ou do director dos Services de Inspeccëe Tribu- mercada destes é o due lhes corresponrderia a data
taria, tratando-se de empresas incluidas-no ambita da troca.
das suas atribuic6es,
)
6 -O documanto a gue se refere o n.” 3 deve inte-
grar o processo de documentacaa fiscal, nos termas Art.” 47.” — Gorreccao monetêria das mais-vallas &
do artigo 130.*. das menos-valias
1—O valor de anguisicëo corrigido nos termos do
Art.” 45.” - Encargos nêo dedutiveis para efeitos
n.” 2 da artigo anterior é actualizado mediante aplica-
fiscais
G&o dos coeficientes de desvalorizagao da moeda
1— NêG sag dedutiveis para efeilos da determina- para n efeito publicados em portaria do. Ministro das
GéD do lucro tributi&vel os seguintes enecargos, Financas, sempre aue. & data da raalizacao, tennam
mesmo aguando contabllizados como gastos do decorrido pelo menos dois anos desde a data da
periodo de tibutac&o: aauisicao, sendo o valor dessa actualizasao dedu-
(2) zido para efeitos de determinacdo do luero tibutavel.
l). As menos-valiasrealizadas relativas a barcos de
recreië, avides de turismoe viaturas ligeiras de
(3)
passagelros ou mistas; gua nao estejam alertos Art.” 48.” — Reinvestimento dos valores de realizagao
a exploracao de service puiblico de transpartas 1 — Para efsitos da determinagio do lucro tributë-
nem se destinem a ser alugadas no exercicio da vel, a diferenca pasitiva entre as mais-valias & as

566
SMC EXPLICANO Garimute 8. Aetives Fines Tanglivels

menos-valias, calculadas nos termos dos artioos adauiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS
anteriores, realizadas mediante a transmissêop one- ou IRC com o agual existam relag6es espeeiais nos
rosa de activos fixos tangiveis, aclivos biol6gices gue termos definidos no n.” 4 do arligo B3.”.
nêD sejam consumiveis & propriedades de investi- 2-— No Casa de se verificar apenaso reinvestimerito
mento, detidos por um periodo np inferior a um ane, parcia! do valor de realizacao, o disposta no numers
ainda aue dualguer destes activos tenha side raclas- anterior é aplicado & parte proporcional da diferenta
sificado camo activa nên eorente detido para venda, entre as mais-valias & as menos-valias a auB o
DU em tonseguëricia de Indemnizacëes par sinistros mesmo se refere.
pEorridos nestes elementos, & considerada em
melarie do seu valar, sempre dus, no perioda de tri- Ge)
butagao anterior aa da realizagëo, na prêprio periode B — Nêo sendo coneretizado, totai ou pareialmenie,
de tributacao ou até aa fim do segundo periado de Oo reinvestimento ate ao fim do segundo perioda de
tribulacëa seguinte, o valar de realizacao correspon- tributacao seguinte ao da realizacêo, considera-sa
dente & totalidade dos referidos activos seja reinves- cCOmo rendimento desse perioda de tributacëo, res-
tido na aguisiga9, produgao ou construgao de activas pectivamenite, a diferenca ou a parte proporcional da
fixos tangiveis, de activos biolégicos due nao sejam diferenca previsla nos n.” 1 e 4 ma9 incluida no lucra
CorNsUMIVeis OU Em propriedades de investimento, tributëvel maiorada em 15%.
afectos & exploragêo, cam excepGëa dos bens 1de)

No aue se refere aos Activas Fixos Tangiveis, face & anterior versa do Ciédigo do IAC, sao de salientar as
seguintes diferencas:

1— Para além dos mêtodos das runtas constantes e das guntas deerescentes, passa a ser possivel a adop-
ca de outros métodos de depreciaGën sem necessidade de autorizacaa da Diraccëo-Geral dos ImpDstas,
desde aus a guota anual nêo exceda a due resultaria da aplicacao danueles mêtodos.

2-0 mêtodo de depreciacao podera ser allerada durante a vida uil de um bem, desde aue se receba auta-
rizagéa da Direcsao-Geral dos Impostos.
3 — Pode-se praticar aguolas inferiores As minimas, desde nue se receba autorizaeio da Direegao-Geral dos
IMpostos.

4 — Aumentou-se para 1000 € o limite atê aa dual os alemantas sujeitos a deparecimento sêa integralmante
aoeltes como gasta fiscal no perlado de tributacën da sua aguisig#n ou producan (esse limite era de 169 52 €).

5 —As depreciaGies das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas passam a ser apenas aceites auanda
Galculadas sabre ao limite masimo de 40) 000 € (esse limite era de 2A Oe7 B7 €).

567
| CAPITULO 7
Propriedades
de Investimento
Cariruio 7 Praprindadas da Investimenta SNEC EXPLICADO

7.1-INTRODUGAO
De acordo com a definic8a da NCRF 11, Propriedades de Investimento sao imoveis (terrenas ou edificias —
ou parte de um edificio —- ou armbos) detidos (pelo proprietêrio ou pelo locatêrio de uma locacao financeira) para
obter rendas ou para valorizagao de capital, ou para ambas as coisas, gue nao sejam para:
a) utilizac&o na producao ou formecimento de produtos e servicos, ou para fins administrativos; ou
b) venda na actvidade normal da ampresa.

Em Portugal, as propriedades de investimento integravam o Imobilizada Cerpêreo, no caso de uma empresa


imobiliëria gue tenha actividade de arrendarmento, ou os Investimentos Financeiros, no caso de uma empresa de
outo sector de actividade aue passua um ou mais imêveis arrendados ou detidas para valorizacan, numa éptica
de rendimento.
Em contas SNC, as propriedades de investimenio iëm de ser apreseniadas separadamente na balanco.

1.2- A NORMA DA CNG


A CNG emitiu a MCRF 11 - Propriedardes de Investimento, a aual tem por base a |AS 40 - investment Property
(Propriedades de Investimento), emitida pelo ASB.
A IAS 40 foi recentemente revista, no entanto, a NCRF 11 nêo contempla essa revisdo. A principal alteracëe
tem a ver com as propriedades de investimento em construcëo aue, na anterior versêo da |AS 40, eram conside-
radas Activos Fikos Tangiveis, sendo agora consideradas Propriedades de Investimento.
De acordo cam a NCRF 11 egsas propriedades sên consideradas Activos Fixas Tanglveis,

1.3 - CLASSIFICACAO DOS IMOVEIS DE UMA ENTIDADE


De acordo com as intencaes dos gestores, ns imêveis podem ser classificadons:
- nas inventêrios (NCRF 18)
—na aetivo fine tangivel (NCBF 7);
—EAme propriedade de investimeante.

ADS imAveis gus estejam a ser construidos ou desenvolvidas por cania de terceios aplicam-se as disposi-
Goes da NCRF 19- Contratos de Construcao.
Aseim:

# A NCRF 11 Propriedades orupadas pelos donos — Activas Fikos Tangiveis


' naotratader. |(NCRF7)

| Propriedades detidas para venda nio curso ordinario dos nege-


|| tings —Imventarias (NCRF 18).

Propriedades gue est#o a ser construidas ou desenvolvidas


EP para usas futuras coma prapriedades de investimenta - Activos
Fixos Tangiveis (NCRF 7).

L | Propriedardes gue estio a ser construidas ou desenvolvidas par


| conia de terceiros — Contratas de construgia (MCRF 19).

Um imêvel arrendado numa locagao operacional gualifica-se camo Propriedade de Investimanto desde gue:
”- Sejam cumpridos os demais critérios da definicao de Propriedades de Investimento;
-a locagëo operacional seja contabilizada como se losse uma locagëo financeira de acordo com a NCRF 9
(ver capitulo 13):
—o locatêrio use o modelo do justo valar aApresentado na NCRF 11,

870
SMEC EXPLICADO CaAriruLu 7 Progriadades de Inveetimanta

Exemplos de prapriedadles de investimento:


A NCRF 11 indica os seguintes exemplos de propriedades de investimento:
—terrenops detidos para valorizagêa do capital a longo prazo & nêéo para verida a curto prazo no curso ordind-
rig de negoriogs;
—terrenos detidos para um fuluro uso correntemente indeterminado;
— um edificio gue seja propriedade da entidade (ou detido pala entidade nurma locacëêo financeira) & gue seja
locado segundo uma ou mais lacacées operacionais;
— um edificio gue esteja desocupado mas detido para ser locado segundo uma ou mais locagoes operacionais,
Salienta-se gue uma propriedade de investimento locada a uma subsidiëria ê propriedade de investimento nas
Contas individuais do locador mas deverd ser reclassificada para activo fixo tangivel nas contas consolidadas.

7.4 - MENSURAGAO DAS PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

7.4.1 - Mensuragzo inicial


ANCRF 11 refere gue as propriedades de investimento devem ser valorizadas inicialmente pelo seu custo
As propriedades de investimento podem ser!
— arguiridas;
— Construidas pelo préprio;
— adauiridas no Ambito de uma concentracao de actividades empresariais;
—tecebida em troea de outras activas.

Propriedade de investimento adaguirida


O custo de uma propriedade de investimento adruirida inclui o prego de compra mais os custos de transacGao.
Exemplos de custas de transacgao:
— horor&rios legais;
— Impostos de tansferência de propriedade (por exemple, oa IMT):
— OUDS.
Gaso 0 pageamento do prego de compra seja diferido, o seu custo ë o a#guivalente ao preGo a dinheie. O
excedente (juros) é contabilizado na Eonta 281 —- Gastos a reconhecer, sendo reconhecido como gasto de juros
durante o perlioda do crédito.

Propriedade de investimento construida pelo proprio


D custo de uma propriedade de investimento de coristrucao prépria é o seu custo de construcëo. Na entanto,
B&$e Custo n&0 deve incluir auantidades anormais de material, mêa-de-obra ou outros recursos consumiros.

Propriedade de investimento adguirida no imhbito de uma concentragiio de actividades empresariais


Caso a propriedade de investimento seja adcuirida numa concentracëo de actividades empresariais. o seu
Custo inicial corresponderé ao justo valor na data da concentragëo empresarial.

Propriedade de investimento recebida em troca de outros aclivos


Sendo a propriedade de investimanto reeebida em troca de outos activas, o seu valor inicial sera o seu justo
valor na data da troca, a menos dus:
a) a transaccëo de troca carega de subsiënria comercial: ou
b) nem o justo valor do activo recebido nem o justo valor do activo cedido sejam fiavelmente mensurdveis.
Verificando-se as condicées de excepGao acima referidas, o valor inicial da propriedade de investimento
recebida ser& o valor contabilistico do active cedido.

571
Cariruu 7 Prapriedades
de lnvestimanta SHE EFPLIFADO

7.4.2 —- Mensuracao subseguente


Subseguentemente, pode-se oplar por dois modelos para a valorimetria das propriedades de investimenta:
— modelo do justo valar; ou 0
— modelo do custo.

De notar gue a mesma opcaa teré de ser aplicada a todas as propriedades de investimentao.

Model do juste valor


De acordo com este modelo, 2 imivel ê valarizado pele seu justa valar (valor de marcada), determinade com
base em avaliacëes de entidades especializadas. As variagoes no justo valor sêp levadas a resultadas do
periodo. Neaste madelo nao ha lugar a depreeiacass.
O justa valor do investimento em imêveis deve reflectir o estado actual do mercado e as circunstancias &
data do balanca, nêo numa data guer anterior riuer futura.
O justo valor deve continuar a ser utilizado até & alienacên, mesmo aus transacgëes comparaveis de mer-
cado sê tormem menos fragusntes ou gus os preces de mercado se tormem menes rapidamente disponiveis.

Modela do custg
De acorda com o madele dn custo, n imovsal & valorizado pela seu custo, dedurzido das depreclacoes acu-
muladas es de eventuais perdas acumuladas por imparidade.

Efeitos da opcin
A opcêo entre o modelo do custo eo model do justo valor implica significativos efeitos nas demonstracëes
financeiras. E$ses efeitos 880 resumidos abaikO,
Modelo do custo
Capitais proprins subavaliados.
Encargos periëdicos com depreciacëes, logo, menores resuliados. Ds gastos com depreciagoes sd0
gasto fiseal.

Madelo do juste valor

Capitais proprios mais prosimos do seu raal valor,


N&9 HA depreciacies, pelo due os resultados serio positivamente afsctados, Do ponto de vista fiecal, ao
optar pelo modelo do justo valor, a entidade é penalizada, uma vez ague nêo pode deduzir an lucro conta-
bilistico o mantante de depreciagêes, lodo, pagar4 mais impostos sebra lueros,
A variagëp entre o justa valor no inicin & na fim do periado é levada ap resultado do periodo. Essa varagan
pode ser um ganho ou uma perda,

Esta aliermatva no parece ter grande razao de ser. Efectivamente, o modelo do custo parece desajustada
tendo em conta a pripria definigaa de propriedade de investimento.

Exemplo de contabilizacae

Tomemeos como exemplo uma propriedade de investimento com um €usto de 900 000 € no inieio do ano N,
vida uil estimada de 49 anos e justo valor no final de ano N de'1 250 D0D €. A contabilizagan a efectuar serê:

Modelo da custo
D-B41—Gastos de depreciacëo e de amortizac&n - Propriedades de investimenta
C —d2B — Propriedades de investimento - Depreclacëes acumuladas 22 500

Modelo do justa valor


DA Propriedades de investimento (segregar pelas subcontas apropriadas)
@- 77 - Ganhos por aumentos de justo valer 360 DOO

872
SNEL EXPLICADO GArliruto 7 Prapriedadese de invagtimente

Em cornseaguência desta contabilizacên, oactivo & De resultados seriam assim apresentados:

Activo liguida Resultados


Madelo do custo 877 500 — 22500
Modela do justo valor 1250 000 4 350 000

1.5 -TRANSFERÊNCIAS
Segundo a NCRF 11, as transferências para, ou de, investimentos em imoveis devam ser (eitas auando, &
somente guando, houver uma alteracëo de uso, evidenciada por:

a) comego de ocupaGëo pela proprietdrin, para uma tansferência de um investimento em imiveis para imo-
veis pcupados pelo proprietëria:
b) comego de deservolvimenta com vista & venda, para uma transferência de investimento em iméveis para
inventarios;

e) fim de ocupacëo pelo proprietërio, para uma transferência de arctivos fixos peupados pelo proprietërio
para investimenla em imdveis;

d) eoameco de uma locarëo opsracional para uma outra entidade, para uma transferência de inventarios
para investimento em imAoveis; ou

e) fim de construcëc ou deserwolvimento, para uma transferência de artivos fixos em construGên ou desen-
volvimento (coberta pela NCRF 7) para investimento em imêveis.

Ouando se adopta oa modela do custa na mensuracêa das propriedades da investimento, o imêvel dé


entrada em propriedades de investimerto pelo mesrmo valor gus tinhia nos artivos fixos tangiveis (mesmna gus
mensurado ao justo valar) ou nos invenlarips.

No guadro abaixo resume-se o tratamento a ser dispensado as transferências para propriedades de investi-
mento guando se adopta o modelo do justo valor na mensuracao das propriedades de investimento.

AE s Anterior | Contabilizac&o
da diferenca
drenstelendies ie Motive mensuraeao para o justo valor

Artivos fixos tangiveis Fim de oeuparda nela praprietêrig. | Custo ou justo valor Gapila! proprio

Investimentos em Curso Fim da construcio Custa Resultado da periadna

Inventarigs Locacio operacional EE be Hie ER Resultado da periada

Apresentarm-se agora as transferências de Propriedades de Investimento para outras rubricas;

Transferências para. Mativo Contabilizagao


Min hê resultados. (0 valor cantabi-
lfstico do imével (custo ou justa
Artivos fixas tangiveis Inicio de oeupaio pela proprietêria
valor) serd 0 custa inioial na activa
fixa tangivel.
No hê resultados. 0 valor contabi-
Inventarios 0 imavel serê vendida listico do iméval (custo ou justo
valor) serd n valer dos inventérias.

Segundo a NCRF 11, auando se deride alienar a propriedade de investimenta sem desenvolvimenio, a
mesma permanece classificada como propriedade de investimanto. Apenas é permitida a transferéncia para
inventërios guando ocorre uma alteracao no uso; evidenciada pelo inicio de desenvolvimento com vista aA
venda.

578
Carin 7. Prapriedadas de Investimanta SNEC EXPLIGADOO

7.6 — DISPÊNDIOS SUBSEOUENTES


Segundo a NCRF 11, os dispêndios subseauentes relacionados com uma propriedade de Investimenta
devem ser adicionados ao valor contabilistica do imivel auando for provével gue benelicios econémicas
futuros, em excessa do nivel de desermpenho originalmente avaliado do imêvel, fluir8o para a empresa.
Todos os Dutros dispêndios subseaguentes deverm ser reconheeidos coma um gasta nas periodes em gue
sejam incorridos.
Assim, os gastos de manutencaêo e reparacëes sêp contabilizados imediatamente como gastos do perlodo. A
substituicëo de partes da propriedade poderê ser capitalizada, desde due se cumpra o eritërip de reconheei-
mento acima indicada, devendo ser eliminado da contabilidade o valor contabilistico das partes substituidas,

7.1-DINULGAGOES
As principais divulgacêes regueridas pela NCRF 11 sêo as seguintes:
—ge & aplicado ao modelo do custo eu o modeln do justo valar;
—métodos e préssupaostos significativos aplicados na determinacaa do justo valor;
— se D justo valor se baseia numa avaliacën de entidade independente especializada;
- valores incluidos nos resultados referentes a:
— tendimento de rendas:
— gastos operacianais directos (incluindo reparages e manutensao), segreganrdo os gastos das imo-
veis aus geraram rendimento danueles aus néo geraram rendimento;
—restricies sobre as propriedades de investimento ou seus rendimentos;
—obrigac6es para comprar, construir ou desenvolver propriedades de investimento, ou para reparaGëes.
manutensao ou aumentos;
— reeonEiliagaD ente o saldo iniclal e o saldo final das propriedades de investimento (incluindo os garhos ou
perdas liduidos por alteracëes no justo valor, auando se usa a madela da justo valor);
— mêtodos de depreciacëo, vidas Uteis sa taxas de depreciacao usadas (guando se usa o modela do custo);
— 0 Justo valor das propriedades de investimento (guando se usa o modela da custo),

7.8 - DIFERENGAS ENTRE O POGE 0 SNG


As diferencas abaixo indicadas resultam da comparatëia da NCRF 11 com a POC e a DC 16. No entanto,
alaumas entidades té#m considerado aue a AS 40 (norma aus serviu de base & amissan da NGRF 11) se apli-
cava supletivamente em Portugal, pelo due, nesses casos, naa haverê diferencas.
1”— De acordo cam a NCRF 11, as ganihos ou perdas provenientes de alteracëes no juste valar de proprieda-
des de investimente sêo incluidos no resultado liauido do periodo, Contorme a DC 16, os ganhos eram
levados a reservas de reavaliacëo e as perdas também constituiam reducao das reservas de reavaliagaa
até as anularem: a partir dai, eram levadas ao resultado liauida do periado.
2” - Segundo a NCRF 11, guando um imével ocupado pelo proprietërio se tormar um investimenlo em imo-
veis e for registado pelo justo valor, a NCRF 7 deve ser aplicada até & data da alterac&o de uso. Oual
guer diferenca entre o valor contabilistico nessa data e o justo valor deve ser tratada da mesma maneira
due uma revalorizacêo pela NCRF 7. O POC ea DC 16 eram omissos sobre esta matéria.
3.” — Gonferme a NCRF 11, numa transferência de inventêrios para propriedades de investimento registadas
ao justo valor, a diferenca entre o valor contabilistica & n justo valor na data da transieréncia deve ser
reconhecida no resultado liguido do periodo. D POC era omisso sobre esta matêria.
4,” — De 'acordo com a NCRF 11, guando se conclui a construgao ou o desenvolvimento de uma propriedade
de investimento de construcën pripria rue seré registada ao justo valor, a diferenca entre a justo valof
na dala da conclus&o da obra eo valor centabilstico & reconhecida no resultado liguido do periodo. O
POC era omisso sobre este assunto.
5.”—A NCRF 11 reauer extensas divulgacêes sobre as propriedades de investimento. O POC nêo regueria
um nivel de detalhie to alevado.

574
BNC EXPLICADOO Garlruia 7 Proprindades de Investimanta

7.9 -EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


As entidades podem optar, coma vimos, entre a modelo do custo & @ modelo da justo valor para a valeriza-
CAD das suas propriedades de invastimentn. Case opteam pela modela de custa, nan existirdo diferencas. Sa
optarem pela madelo do juste valor, os efeitos serao os seguintes:

— Num momento inicial, as diferencas entre a valor Eontabilistico e o juste valor sao levadas a excedentes de
revalorizacëo; devem ser reconhecidos impostos diferidos passivos sobre essa diferanca;
— as variac6es Tuturas entre o justo valor no inicia &a na fim do periodo sap levadas a resultadas do peri6da;
devem ser reconhecidos impostos diteridos sobre essas difierencas;
— deikarêo de se electuar depreciacoes.

Obviamente gue, para as empresas gue ja seguiam a AS 40, por entenderam Oue se aplicava supletiva-
mente em Portugal, nac existir&o dilerengas.

7.10 - DUVIDAS FREOUENTES


1,2 —Posso adoptar o modalo do justo valor em algumas propriedades de investimento, mantendo as
deamais mensuradas pelo custo?
Nêo. A opcAo de mensuraGë&p aplica-se & lotalidade das propriedardes de investimento.

2*—Um imêvel em construgao para uso futuro como propriedade de investimento é uma propriedade de
investimenta?
Nao. E um activo fixo tangivel, Ouando terminar a construcao, ê tansferido para propriedades de inves-
timento.

3” —O resultado na eventual alienacao de propriedades de investimenta mensuradas pelo seu justo valor ê
reduzido. Faz sentida?
Sim. Uma vez due o valor de balanco representa o justo valor, em principio, nao deveremos ter resultados
significativos na alienacao, uma vez aue os resultados lorarm sendp reconhecidos ao longo do tempo pela
variagano do jusio valar.

7.11 - EXERCICIOS

EXERCICIO N." 1
Um imével em construgëon para uso futura come propriedade de investimento pode ser recanhecido come
propriedade de investimento durante o periodo de construg&0?

Solucao:
Nêo. De acordo com aA NCRF 11, urma propriedade de investimento em corstrucëo & considerada um
aotivo fie tangivel em curso, aplicando-se assim as disposicêes da NCRF 7,

A diferenga entre o justo valor na data da transtferência e o valor contabilistico serê levada a resultados do
periode,

EKERCICIO N.” 2
Pade uma sociedade optar pelo model do custo para propriedades de investimento se usa o justo valor nos
Imêvels ocupados por si e gue integram o activo fixo tanglvel?

Solug8o:
Sim. Os aclivos sêo de tipo diferente e, por isso, podem ter tratarnento diferenciado. No entanio, a melhor
prêtica para mersuracëo subseauente das propriedades de investimento é a modelo do justo valor.

575
T
Cart a T. Propriedades da Inuastimente SNEC EXPLICANO

EXERCICIO N.” 3
Apëso reconhecimento inicial, guem optar palo madelg do justo valor deve mensurar lodas as suas proprie-
dades de investimento ao justo valor?
Considere: uma sociedade completou o desernvolvimento de um complexo de lazer e pretende efectuar uma
locacao, mas nao eonhece o just valor, uma vez aus a venda do EoMPBIEXE implicara um dificll proresso da
negociasies.

Solucao:
A propriedade deve ser mensurada an justo valor, Embora nao exista um mercado activo, Ds geslores
pretendem efectuar uma locacao a terceiros. Os gestores devem ser capazes de determinar o justo valor
aproximaro, com base no valor presente das rendas futuras.

EXERCICIO N.” 4
Ouando n valor de mercado ditere do uso da propriedade, em aue base se deve determinar o justo valor?
Considere o seguinte exemplo: uma sociedade tem uma propriedade de investimento constituida por um ter-
renoD com um velha armazém na terreno. Nesse terreno, pode-se desenvolver um modermo paraue de lazer,
Nesee Cas, o valar de mercado do terreno seria mais elevada da gus o valor do terreno para & seu uso artual.
Ds gestores nêa sabem se a avaliacan deve ser efectuada cam base no actual uso.ou pela valor potencial de
mereedo,

Solucëo:
O justo valor da propriedade deve ser o valor de mercado do lerreno para o seu uso potencial. |
A abordagem “valor mais elevardo e melhor uso" é considerada a mais apropriada para determinar o justo |
valor, Segundo esta abordagem, D justo valbr é n mais alto valor, com hase nas evidências de mercadno,
considerando outros usos Hinanceiramente possiveis, justificêveis e razoavelmenie provêvels.

EXERCICIO N.*5 )|
LUma sociedade é proprietêria de um imêvel anus estê alugado e ocupade por uma empresa de grupo. Oual 6
tratamerntio a dar nas cantde individuais & nas contas consolidadas?

Solucao:
A sociedade deve reconhecer a propriëdade sujeita a locac&o operacional como propriedade de investi-
mento nas suas contas individuais.
A propriedade deve ser classificada como activo fixo tangivel nas contas consolidadas:

EXERCICIO N. 6
Eomo se deve reconheeer um terreno detido para um uso futura aus, presentemenie, nan estd ainda deler-
minado?
Considere a seguinte situacêo: uma sociedade possui um terreno mas ainda nao decidiu se o ra desenvol-
ver para venda ou simplesmente verde o terreno. Espera-se tomar umea decisao no exercicio seguinte.

Solucaa:
O terreno deve ser claseificado nos inventarios, uma vaz gua se destina a venda ou a desenvolvimenie
futura para venda.
Caso a opcao fosse pela detenc#o, por um longe perlodo, para valorizag#o, em vez de o vender a curlo
prazo, entao serla uma propriedade de investimenlo.

576
ENG EXPLICANO Eartruo 7 Prapriedadae ria Investimanta

7.12 -TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Implicacdes a nivel do IRC independentemente da modelo de mensuragéo adoptada

Artigo 38.” - Desvalorizacbes excepcionais através do respeclivo auto, assinado por duas
1 - Podem ser afeites como pêrdas por impari- testemunhas, e identificados & comprovados
dade as desvalorizat5es excepeionais referidas' na os factos due originaram as desvalorizacêes
alinea c) do n.” 1 do artigo 36.” provenientes de cau- BXGEPEIONAIS;
sas anormais devidamente comprovadas, designa- b) O auto seja acompanhado de relacan digerimi-
damente, desastres, fenêmenos naturais: inovacBes naliva dos elementos em causa, contendo, rela-
técnitas excepcionalmente rapidas ou alteracëes tivamente a cada activo, a deserica&o, gano eo
significativas, com efeito adverso, no contexto legal. Custo de aduisiëo, bem como 9 valor liguido
contabilistico & a valor liguido fiscal;
2 — Para efeilos do disposta. na numera anterior, 0
G) Sela comunicado ap servico de linangas da area
Sujeito passivo deve obter a aceitacAo da Direceao-
da local onde aatueles bens sê encontrem, cam
-Geral dos Impostos, mediante exposicdo devidamente
a antecedência minima de 15 dias, o local, a
(undamentada, a apresentar alë ao fm do primeiro méês
do periodo de tributagëio seguinis ap da ocomência dos
data & a hora do 'abate fisico, o desmantala-
mento;, o:abandona ou a inutilizacëoa eo total da
factos gue determinaram as desvalorizagies exeepeig-
nais, acompanhada de dorcumentacën comprovativa
valor liauido fiscal dos mesmos.
dos mesmos., designadamente da detisio do £ompe- 4 — @ disposta nas alineas a) a c) do nimero anle-
tente Grgao de gestap due conlime angueles iactos, de rior deve igualmente observar-se nas situacgdes pre-
justificar&o do respectivo mantante, ber comno da indi- vistas no'n.” 2, no perinda da tributagac em ague
cacao do destino a dar aos artivos, guando o abate venha a efectuar-se o abate fisio, dasrmantelamento,
fisio, oa desmantelamento, o abandeno ou a Inutilizacêo abandono ou inutilizacëo dos activos.
destes nia ocorram no mêsmo perindn de tribuiacan. 5 —A aceitacao referida no n.” 2 é da campelêéncia
4 - Ouando os facts gue determinaram as desvalori- da direetor de financas da area da sede, ditecoëo
zagOEs exceprionais dos aclvos e n abate lisico, a des- efectiva au estahelecimenio estAvel. da sujeito pas-
mantalamento, o abandano ou a inutlizac&g ocorram no sivo ou 'do 'direotor dos Serdicos de Inspeecso Tribu-
mesmo perlioda de fribulacën, a valor liguida fiscal dos taria, tratando-se de empresas incluidas no ambito
bens, corrigido de aventuais valores reeuper#veis, pode das suas alribuigëes:
ser acelite como gasto da perioda, desda aue: 6 —A documentacaa a gus se refera o n.” 4 deve
a) &eja comprovadBp ao abaie fisico, desmantela- integrar o processop de documentagao fiscal, nos ter-
mente, abandana ou inutilizagêo das bens, mos do artigo 130.”

OD regime das mais-valias e menos-valias é o seguinte:

Artigo 46.” - Conceito de mais-valias e de menos- 2 — As mais-valias & as menos-valias so dadas pela
-valias diferenoa entre o valor de realizagao, louido dos encar-
1 — Cansideram-se mais-valias ou menos-valias gos gue Ie sejam inerentes, & o valor de aaguisiëëo
realizadas os ganhas oblidos ou as pardas sofridas deduzido das perdas por imparidare & outras corre£-
mediante transmissao onerpsa, aualduer due seja 0 GOes de valor previstas no artigo 35.” bem como das
titulo por due se opera e, bem assim, os decorrentes depreciacëes ou amortizacies aceites liscalmente,
de -sinistros ou 68 resultantes da afeciagao perma- sem prejuizo da parte final da n.” 5 da arligo 30.7.
nente afins alheios & actividade exercida, respeitan- (3
tes a: 4 — Mo case de ttoca por bens futuros, o valar de mer-
a) Activas fixos tanglveis, aclivos intangveis, aeti- Cado destes é o gue Ihes correspanderia & data da tora.
vos biolégicos aus nêo sejam Eonsumlivels & (3)
propriedades de investimenta; ainda due gual-
aguer destes activos tenha sido reclasslficado Artigo 47.” - Correctao monetêria das mais-valias e
coma aclivo ndo corrente detido para venda; das menos-valias
b) Insttumentos financeiros, com excepoaD dos 1—O valor de aguisieao corrigida nos temes do n*2
reconhecidas pelo justo valar nos termos das do artigo anterior é actualizado mediante aplicacao dos
alineasa) eb) da n.” 9:doartiga TB.” coetlcientes de desvalorizacan da moeda para o efeito

BNGE-Z7
577

'd
SNC ENPLICADO
Carina 7 Proprisdades de Investimenta

publicados em portaria do Ministro das Financas, sem- & totalidade dos referidos activos seja reinvestido na
pre aue, & data da realzagêo, tenham decorrido pelo aduisicaD, producën ou construgan de activos Hxos
menos dois anos dasde a data da aguisicëo, sendoo tangiveis, de activos blol6gicos aus nan sejam eon-
valor dessa actualizacao deduzido para efeitos de sumiveis ou em propriedades de inveslimento, afec-
determinacao do lucro tributavel. tos & exploragao. com excepén das bens adauiri-
dos em estado de uso a sujeito. passivo de IRS ou
(io)
IRC com o gual existam relagëes esperiais nos ler-
Artigo 48.” — Reinvestimento dos valores de realizac&o moes definidos no n.” 4 do artigo 64.”.
1 — Para efeilos da determinagao do luero-tributa- 2 -— No Caso de sa verificar apenas o reinvestimento
vel. a diferenca positiva entre as mais-valias e as parcial da valor de realizacano, o dispasto no numero
menos-vallas, calculadas nos termos' dos artigos anterior & aplicada & parle praporcianal da diierenca
anteriores, realizadas mediante a tarnsmissaa one- entre as mais-valias e as menos-valias a due o mesmo
rosa de activos fixos tangiveis, activos biolégicos gus se refere.
naa sejam tonsumiveis & propriedades de inwesti-
mento, detidos par um periode nê&o inferier a um ana,
(ie)
6 - Nic sendo coneretizado, total ou parcialmente,
ainda aue agualguer destes activos tenha sido reclas-
Do reinvestimento até ao fim da segunda peariado de
sificado €orma activa n&n eorrente detida para venda,
tributacaog seouinte ao da realizagas, considera-se
OU em conseaguëncia de indemnizacées por sinistros
ooorridos nestes elementos, & considerada em
como rendimento desse periodo de tribulacao, res-
peclivamente, a diferenca ou a parte propercianal da
metade do seu valor, seampre due, no periode de tri-
butacdo anterior ao da realizagëo, no proprio perloda
diferenca prevista nos n.” 1 e 4 nao incluida no luero
de tribuylacëin ou até an fim do segundo periado de tri- tributavel majorada em 18%;
butag&e seguinte, o valor de realizacêo cerrespondente (6)

Implicacies a nivel do IRC guanda as propriedades de investimento sio mensuradas subseguenlemente pelo seu justo valor
Casp a entidade opte pela mensuraGëo das propriedades de investimento pelo justo valor, nos termos do n.” 9
do artigo 18.” do Cédigo do IRC, os alustamentos decorrentes da aplicagao do justo valor nêéo concorrem para a
formacëo do lyero tributavel, sendo imputados como rendimenlos ou gastos no periodo de tributacao em due os
elementos ou direitos gue hees deram origerm sejam alienados, exercidos, extintos ou liguidades.
Na mensurag&o pela justo valor nê&o sêo contabilizadas depreciacaes, pelo gus nao sêo aplicêveis guaisauer
efsitos fiscais sobre depreciacoes,

Implicagses a nivel do IRC guando a mensuragao subseguente das propriedades de investimento segue o modelo do
eusto histêricn
Caso a mersuracêo seja feita pelo custo histérico, nos termos do artiga 29.” do Codigo do IRC sêp aceites
comOo gastos as depreciacêes das propriedades de investimento due, com cardcler sistematico, solrerem per-
das de valor resultantes da sua utilizac&s ou no deeurso do tempo. Segue a tanseric#o integral desse artigo:

Artigo 29.” - Elementas depreciëveis ou armortizêAveis 2 - As meras flutuacëes due afectem os valores
1—S8ao aceites como gaslos as depreciacies e amor- patrimoniais nan relevam para a gualificagêo dos res-
tizac6es de elementos do aclivo sujeitos a depereci- peactivos elementos como sujeitos a depereeimento.
mento, considarando-se como tais os activos fixos tan- 4 — Salvo razêes devidamente justificadas & acel-
diveis, os activas intangiveis e as propriedades de tes pela Direccao-Geral dos Impuastos, os elementos
investimenio contabilizadas aa custo historico gus, Eom do activo sê se consideram suleilos a depereei-
carêcter sistematico, sofreram perdas de valor resultan- menta depois de entrarem em funcionamento ou uti-
tes da sua Uiilizacao ou do decurso do tempa. lizacê0.

Além disse:
1- Para alêëm dos métodos das guotas constantes e das guotas decrescentes. passa a ser possivel a adop-
GED de Bulros mêtodns de depreciacao ser necessidade de autorizacao da Direceëo-Geral dos Impostas,
desde oue a duota anual nao exceda a gue resultaria da aplicacao dagueles mêtodos.

578
od
SMG EXPLICADOO Garirutn 7 Propriedades de Inveztimenia

2-0 mélodo de depreciacBes poderd ser alterado durante a. vida uil de um bem, desde aus se receba
autorizacao da Direccao-Geral das Impastos.
3 - Pode praticar-se aguotas inferiores &s minimas, desde due se receba autorizacën da Direccao-Geral dos
Imposios,

Artigo 30.” - Mêtodos de calculo das depreciacoes Artigo 41.” - Ouotas de depreciacao ou amortizacaa
e amortizacêes 1- Na mêtodo das guoctas constantes, a guota
1- O cêleulo das depreciaces e amortizacaes faz- anual de depreciacêg ou amortizaGa9 due pode ser
-se, em regra, pelo metode das guolas canstantes. aceite cormo gasto do periode de tributar&on deter-
2 — Os suieitos passivos podem, no entanto, optar mina-se aplicando as laxas de depreriacao ou armor-
pelo método das auotas decrescentes relativamente 1zacëo definidas na decrato regulamenlar gue esta-
aos activos fixos tangveis au: balece o respectivo regime aos seguintes valores:

a) Nêo tenham sido adauiridos em estado de uso; a) Custo de aguisigëo ou de producao;


b) Naêc selam edificios, viaturas ligeiras de passa- b) Valor resultante de reavaliacëo aa abrigo de
geiros ou mistas, excepta guando afectasa legislagëo de cardcter fiscal:
exploracdo de servico publico de transportes ou c) Valor de mercadc, & data de abertura da esorita,
destinadas a ser alagadas na exercicio da acti- para os bens objeclo de avaliacao para esse
vidade normal do sujeito passive, moblliërio &ë efeilo, gauanda nao seja conhecido 0 custo de
eAUIPAamentos soFIaIs; anuisic&e ou de produrAo.
3-— Podem; ainda, ser aplicados mêtodos de 2 - Relativamerite aas elementos para due nao se

depreciacën e amorlizagan diferentes dos indicados encontrerm fixadas taxas de depreciacan ou amorti-
nos numercs anterioras; desde due, mediante raaue- ZacAD, SAD aceites as gus pela Directaa-Geral dos
rimento, seja obtido o reconhecimento prévio da Impostos sejam cansideradas razoaveis, lendo em
Direccëo-Geral dos Impostos, sale guardo dal naa Conta o periodo de utilidade esperada.
resulie uma guota anual de depreciagaa ou amorliza- d —- Ouandoe se apliguë oa metode das aguptas
G&0 superior & prevista no artigo seduinte, deorescentes, a aunata anual de depreciacaa due
4 — Salva em situacëes devidamente justificadas pode ser aceite como gasto do periado de tribulagao
aceites pela Direccao-Geral dos Impastas, em rela- determina-se multiplicando os valores mencionados
Gêc a cada elementa do activo deve ser aplicado a no n.” 1, gue ainda nao tenham sido depreciados,
mesma mêicdo de depreciagao ou amortizacéa pelas taxae de depreciagë&o referidas nos numeras 1
desde a sua entada em funcionamento ou utilizacan e 2, corrigidas pelos seguintes coeficientes mAxirmas:
alé a sua depreciacdo ou amorlizacao total, tansmis- a) 1,5, se o perlodo de vida util do elemento é infe-
s0 ou iNutIZAGAD. riora cineo an6s;
$ — O disposto no nimero anterior nêo prejudica a b) 2, se o perlodo de vida util do elemento é de
variatcëo das nuotas de depreciacao ou amortizagaa CINCO DU sels aNOS;
de acordo com 6 regime mais ou menos intensMo ou c) 25, se 9 periodo de vida util do elemento ë
Com outras condicëies de ulilizagan dos elementos a SUperior a sels anDs.
gus respeitarm, née podendo, no entanto, as dguatas 4—O periodo de vida util da elemento do aclivo ë:0
minimas imputaveis ao periodo de tributacën ser due se deduz das taxas de depretciagëa ou amortiza-
deduzidas para efeitos de determinagao do luëro tri- Gap referidas nos n.” 1a 2:
butdvel de outros periodos de tributacëa. 5 — Tratando-se de bens adauiridos em estaro de
6 - Para efeitos do numero anterior, as guotas mini- uso ou de grandes reparacëes e beneliciacëes de
mas de depreciagêa ou ampriizacên san as Ealcula- elementos do activo sujeitas a deperecimente, as
das com base em taxas iguais a metade das fixadas Cormespondentes taxas de depreciacêo s&o caleula-
segundo o mêtado das guolas canslantes, salvo das cam base no periode de utilidade asperada de
guandoa Direccêo-Geral das Impostos conceda pre- uNSs & OUtrOS.
viamente aulorizaGëio para a utilizagao de guotas 6 — Os sujeitos passivos podem optar no ano de ini-
inferiores a estas, na seauência de apresenlacgao de cio de funcionamento ou utilizaeëo dos elementos
reruerimento em gus se indiguem as razies aus as por uma taxa de depreeiatêo ou amortizac8o dedu-
justificam. Zida da taxa anual, er coniormidade com as nume-
7-—O dispasto ria parle linal do n.” 5 &no n.” 6 nêo ros anteriores, e corraspondente ao numero de
é aplicavel aos elementos gus sejam reclassificados meses contados desde o mêe de entrada em funcig-
COME activos nêo corentes detidas para venda. namento ou utilizasao das elemeantos.

578
SHE EXPLICAOO
Carlin 7. Propriadades da inverlimanie

7— No caso teferide no numero anterior, no ano am com estes relacionados, desde aue tais bens
gue se verlficar a transmissêo, a inutiliza€ao ou o naD estejam afectos a axploracêo de servico
termo devida util dos mesmos elemenios s0 saa ptiblico de transparles ou nan se destinem a ser
aceltes depreciacëes e amortizaGées corresponden- alugadas no exwercicio da actividade normal do
tes a0 numaro de meses derorridas alté an mês ante- Sujeita passiva.
riorao da verificacëo desses eventos, 2? - Para efeitos de disposto na alinea d) do nuimero
anterior, o perlodo maximo de vida util é o due se
Artigo 34.” — Gastos nao dedutiveis para fins fiscais
deduz das guotas minimas de depreciagën ou amor-
1— Nêo sap aceltes como gastas: tizacac, nos lermos da n.” 6 do artigo 30.”, contado a
a) As depreciac6es & amorlizacoes da eleamentos partir do ano de entrada em funcionamento ou utiliza-
do activo nêo sujeitos a deperecimento: G&o das elementos a due respeitem.
b) As depreciagëes de imaveis na parte correspan-
dente ao'valor dos terrenos ou na nêo sujeita:a Artigo 35.” - Perdas por imparidades fiscalmente
deperecimento; dedutiveis
c) As depreciacées e amortizagêes gue excedam 1 - Padem ser deduzidas para efeitas fiscais as
os limites estabelecidos nos arligas anteriores; seguintes perdas por imparidade contabilizadas no
d) As depreciacëes e ambporiizac6es praticadas mesmo pariodo de tributag&o ou ern periodos de tri-
para alêm do periodo maximo de vida uil, res- butacëo anteriores:
salvando-se os casas especlais devidamente
justificados & aceites pela Direccao-Geral dos a) (s.)
IMpostos; b) (.—)
e) As depreciagies das viaturas ligeiras de passa- Cc) As aue consistam em desvalorizac6es excep-
geiros ou mistas, na paris correspondenle ag cionais verificadas em activos fixos tangivels, activos
custo de aruisicën au aa valor de reavaliacao
intangiveis, activos biolégicos naa eonsumiveis & pro-
axcedente a € 40 000, bem como dos barcos priedades de investimento.
de recreio e aviëes de turismo e todos os gastas (se)

580
GAPITULO 6
Arctivos Intangiveis
SMC EXPLIEANN
Darlrito d Astiwuas Intangiveis

8.1-INTRODUGAO
Um active intangivel é um activo nao monetêrio due nêo possui substênria fisica.
aclivos por
Esta é uma area Gue em Portugal tem sido muito afectada pelo reconhecimento indevido de
até as conseaguênc ias de proiectos de investimenta
divarsas raz6es, gue vao desde a maauilhagem das contas
subsidiados, aue tém levado muitas entidades a procederem ê inclusêo nos Activos Intangiveis de activos due
nao aualificam como tal. Outras vezes, poderêo gualificar como activas, mas estarao sobreavaliados.
Por vezes, a maior fonte de valor de uma organizacëo assenta em elementos intangiveis gue nao se encon-
reflectidos na contabilidade. E o caso das marcas prêprias, da carteira de clientes, do Know-how, etc,
tam
Alguns destes eleamerntos, como, por exemplo, as marcas se resullarem de aguisicées. jA poderëc integrar 9
aCtINO.
A comparabllidade das demonstracies financeiras entre diferentes entidades poderd ser significativamente
afectada se uma das entidades desenvolver internamente os seus activas intangiveis e se a outra os adauirir a
terceiros. Hê, assim, alguma incoerência gue urge salucionar.

As principais guestoes gue se colocam nesta Area séo as seguintes:

— Oue eritërio seguir para a capitalizacêo de um determinado dispêndio ou para o seu recanhecimenio ime-
diato corma gasto do periodo?
—(Como se deve processar a amortizacan dos Activos Intangiveis?

— Vorno identificar e tatar a imparidade de um Activo Intangivel?

Nao tratarermog neste capitulo do tespasse (goodwill), elemento normalmente muito significativo do Activo
Intangivel, uma vez aue o mesmoa ser detalhadamente abordado no capitulo 10 — Participacêes financeiras &
Conselidacao de Eontas,

8.2- A NORMA DA CNG


Relativarmente aos Aclivos Intangiveis, a CNC emitiu a NCRF 6, a cual tem por base a IAS 48 - Intangible
Assels (Activos Intangiveis).

8.3 — CAPITALIZACAO OU RECONHECIMENTO IMEDIATO COMO GASTO DO PERIODO


8.3.1 — Crilérios para reconhecimento como aclivo intangivel
DO critërio mais importante a seguir ê a verificagao das condicoas constantes da definicao de um activo gue
nos é dada pela estrutura conceptual e nue canvém recordar:

“Um active & Um recurso Eontrolado pela entidade, como resultado de acontecimentos passados, dos
guais se espera aue fluam para a entidade beneficios econémicos futuros.”

Para ser um activo intangivel, o dispêndio deverê, entre outros reguisitas. originar beneticios aconomicos
futuros para a entidade & o custo do activo dave poder ser guantificada com fiabilidade.

AS entidades possuem varios recursos intangiveis: conhecimentas lêcnicos, propriedade intelectual, conhe-
cimenta da mercado, implementagaa de novos processos ou sistemas, maroas. etc, Esses recursos compreen-
dem patentes, listas de clientes, programas de computador, lealdade dos clientes, guotas de mercado, etc. No
entanto, nem tados eles cumprerm oe critérios da delinieBo de activo intangivel, €onforme a NCRF B. Esses erilé-
rios aa:
—identficabilidade;
— Controlo de um reeurso: &

—existência de beneflcios econémicos Futuros.

yd
SNG EKPLICADO Carin & Aetiuos Intangivels

Identificabilidade
Segundo a NCRF 6, um active satisfaz o critêrio de identificabilidade se:
- 0 activo & separêvel (pode ser vendido, transferida, licenciado, alugado ou trocado), guer individualmente
duer em conjunto: ou

— BG activo & proveniente de direitas contratuais ou nutros direitos legais, independentemente de esses direi-
tos seram transferlveis ou separdveis da entidade ou de outros direitos e obrigacoes,

Cantralo
O controlo de um arctivo é descrito pela NCRF 6 como o poder gue uma entidade tem de obter beneficios
ecONGMIEEs futuros do reeurso e puder também restringir 9 acesso de terceiros a asses benelicios.
A NCRF 6 refere ainda aue, normalmente, esse poder é dado por diraitos legais. Na ausência destes, ser
mais dificil demonstrar-se a awistência de controlo,
O pessoal esperializado e a lista de clientes ou a guota de mercado sêo exemplos apontados pela NCRF 6
como situacëes de recursos intanglveis mas aus nio san controlados: os empregados sëo livres para sairem da
entidade e os clientes pader&o também tacar da lormecedar.

Beneticios econdmicos futuros


Segundo a NCRF 6, os benaficios econdmicos futuros due fluem de um activo intangivel podem incluir rêdi-
tos da venda de produtos ou services, economias de cusi0s, ou oulros beneficlos resultantes do uso do activa

pela entidade.

No esguema seguinte evidencia-se o processo de decisêo de capitalizacêo ou néo, parlindo de um recurso


intangivel até se chegar a um activo intangivel;

' Naa.
3, Ep de gerar
- enelicios economIcos finid
Nao é um futuros? em ke
activo
intangivel ER,

eet 2. eri 4. É provavel gue beneficios


NAG L Cantrolado? economicos Futuros sejam
ontrola gerados?

1. mensurêvel com
densikvels grau de confianca? "

Nac
reconhecida
Recursa
intangivel Reconhecida

Dispêndios reconhecidos como gasto em anos anteriores ou no relate finaneeiro intercalar, nag podem ser
Gapitalizados em periodos subseguentes.
O reconhecimenta de un activo intangivel poderd decorrer das seguintes situagoes:
— AduIsiGED separada;
— aguisicap como parte de uma concentragao de actividades empresariais;
—troca de activos;
— aguUisicAD par meia de um subsidio do Governo;
—actjvos intanalveis geradoas Intermamente.

583
SNG ENPLIFADA
Gariria B Arcliwas Intaagivels

8.3.2 - Aguisicdo separada


Numa aguisicëio separada, os critêrlos de reconheoimento sêo, norrmalimente, cumpridas. No entanto, os dis.
o. For exemplo, se a entl-
pêndios subseguentes 4 aduisicao poderao n&o eumprir os critërios de recontieciment
dade aduguirir os trabalhas de pesdauisa realizados por outra entidade, ir& reconhecer como activo intangivel
essees trabalhos adaguiridos. No entanio, se prosseguir a pesauisa intermarmente, os gaslos subsenguentes, na
fase de pesauisa, terao de ser reconhecldos cormo gasios da periado.

8.3.3 — Aauisitdo eomo parte de uma concentragiio de actividades empresariais


Segundo a NCRF 6, numa concentragao de actividades empresariais, o adauirente reeonhece um activo
intangivel se o justo valor do activo puder ser fiavelmerite mensurado, independentemente de o activo ter sido
ou nao reconhecido pela adguirida antes da conceniragao de actividades empresariais, Por exemplo, uma
marca néo reconhecida pela adauirida por nao ter resultado de aauisigao.

8.3.4 — Traca de artivos


Na troca de activos, o activo intangivel recebido é também recenhecido, uma vez gue os oritërios de reco-
nhecimente sên, normalmente, eumpridos.

8.3.5 — Aguisit&0 por meio de um subsidio do Governo


Neste caso, normalmente, nao existirsa dividas guanto ao reconhecimento do activo intangivel.

8.3.6 - Arlivos intangiveis geradas internamente

8.3.6.1 - Despesas com pesduisa


Segundo a NCRF 6, pesgulisa é a investigaG&o original e planeada levada a efeito com a perspectiva de
obter novos componentes cientificos ou Hêenicos.
Na fase de investigacao, nao existe gualguer descoberta, nem sabemios se algum dia irê existir (par exem-
plo, a pesauisa da vacina contra a sida). Assim, todas as despesas de investigacAo deverao ser levadas direc-
tamente a gastos da perlodo, por nêo se encontrarem asseguradas os benelicios econAmicos luturos.

8.3.6.2 - Despesas com desenvolvimento


Desenvolvimento. segundo a NCRF 6, é a aplicacêo das descohberlas derivadas da pesauisa ou de oulras
conheeimentos a Um plano ou coNcepcée para a producëo de materiais, mecanismos, aparelnos, Processos,
sistemas ou services novos ou substancialmente melhorados, antes do inicto da pradueëo comereial ou uso.

Na fase de desenvolvimento, a empresa superou jé a fase de pesauisa, encontrando-se em curso o desarn-


volvimento, o gual inelui: |
— a CONCEPOAD, CONstrucAo e teste de proiëtipos e modelos, ferrarnentas, moldes, fAbrica-piloto, ele;
—a realizacAo de estudos de mercado; |

—- 6 estudo da viabilidade econémico-finanreira da projecto;


—a Dbtengao de recursos financeiros; |

— pie.

Caso a viabilidade téenica esteja assegurada, @xistam estudos de mercado aue demonstram a aceitacao do I
produto,a empresa pretenda lancar o produto e teriha os recursos para isso (inanceiros e outros) e o estydo de
viabilidade econêmico-financeira demonstrar a rentabilidade do project, os dispêndios terao de ser capitaliza-
dos. Para tal, torma-se necessêrio gue os custos possam ser guantificados com tiabilidade. De acordo com a
NGCRF 6a empresa, an proceder & capitalizacao, dever& demonstrar:
a) 'a viabilidade técnica de concluir o activo intangivel a fim de gus esteja disponivel para uso ou vendar;
b) a intengao de concluir ea activo intangivel e usê-lo ou vendê-lo;

584
SUL EXPLIEADO Garitute A Arctivos Intungiwels

&) aeua capacidade de usar ou vender o active intanaivel:


d) como o activo intanglvel gerard provêveis benelicios econdmices futuros: Entre outras coisas, a empresa
deve demonstrar a existéência de um mercado para a producëo do activo intangivel ou do praprio act
intangivel ou, se for para ser usadn intiermamente, a utilidade do activo intangivel;
e) a disponibilidade de adecuados recursos técnicos, financeiros e outros para completar o desenvolvi-
mento & de usar ou verder o aclivo intangivel; &
j) a sua capaeidade de mensurar com fiabilidade o dispêndie atribuivel ap activo intangivel durante o seu
desenvolvimento:

Enauanto as condicêes acima nêo se verificaram, os dispêndios realizados terao de ser reconhecidos coma
dastos do periode. De notar gue, guando subseguentemente se cumprirem as condicies para capitalizacao, as
gastos reconhetidos em periodos anteriores nao podem ser reclassificados para o activo (uma Vez gastos, sem-
pre gastos) apenas os dispênidios subseauentas seran ebjecto de capitalizagao. Trata-se de uma regra due
podera ser fortemente cartestada pelos gestores, até pardue, am determinadas industrias, por exeamplo, na sec-
tor tarmacêutico, muitas vezes. guanido o proiecto nualifica para reconhecimento, os dispéndios subseguentes
seran tie montantes irrisêrias.

8.3.6.3 - Reconhecimenta imediata comn gasta


Segundo a NCRF 8, o goodwill gerado intermamente, as marcas geradas intermamente, cabecalhas, Hiulos de
publicac6es, listas de clientes & elementos substancialmenta semelhantes nia devem ser reconheridos came
activos intangiveis.
Alem disso, nos termos da NCRF 6, despesas com constituicac de empresas ou aumentos de capital nao
devem integrar os aclivos intangiveis. No entarito, as despesas relacionadas com oparag6es de capital prêprio
devem ser contabilizadas direetamente nos capltais proprios.

A NCRF 6 formece-nos os seguintes exemplos de dispêndios gus devem ser levados directamenle ao resul-
tado liguido do perioda:
—despesas de arrangus (start-up costs,
—formasëo;
— publicidade e actividades promocionais:e
— dispêndios com a mudanca de local ou reorganizagao de parte ou da totalidade de uma entidade.

Os dispêndios com formacao & com publicidade geram, normalmente, beneficias econfimicDs luluros. No
entanto, a entidadie na6 possui controlo sobre o pessoal ou os clientes (ou potenciais clientes), pelo due mae
pode capitalizar os referidos dispêridios.

8.4 —MENSURACAD INICIAL DOS ACTIVOS INTANGIVEIS


A mensuragëo intcial de um activa intangivel serê efectuada pelo seu custo.

8.4.1 —- Aclivas intangiveis adguiridos separadamente


O custa de um activo intangivel adguirido separadamente inclui oa prego de cormpra mais os cusips direcia-
mente atribuiveis de preparacac do active para o seu uso pretendido.

A NCRF 6 formece-nos os seguintes exemplos de custos directamente atribulveis:


— custos de berieficias de empregados e honor&rios directamente rasultantes de levar o actvo & sua condi-
GAD de iuncionamento;
— Fustos de tastes para Concluir se o active funciona correctamente.

Gaso o pagamento do preGo de compra sela diferido, para alêm do prazo normal de erédito, op seu Cusio én
eguivalente ao preco a dinheiro. OD excedente (juros) é contabilizado na conta 281 - Gastosa reconhecer, sendo
reconhecido como gasto de juros durante o periado do crédito. a nao ser due seja capitalizado de acordo com 6
tratamento de capitalizaeëo permitido na NCRF 10 — Custos de Empréstimos Obtidos.

55
Carin B Artlvps Intangiveis SHE EXPLICADO

8.4.2 — Artivo intangivel adguirido na imbito de uma concentracdo de actividades empresariais


Caso 0 activo intangivel seja adauirido numa concentragao de actividades empresariais, D seu custo inieial
correspondera ao justo valor na data da concentragao empresarial.

8.4.3 - Troca de arlivos


Na troca de activoes nêo monet#rios, o custo do aclivp intangivel ser n seu justo valor, a menos gue a tran-
sacrao careca de substência comercial ou nem o justo valor do activo recebida nem a justo valar do artiva
cedido selam fiavelmente mensurêveis. Nesse casg, o custo do aclivo recebido serê o valor contabilistice da
activo cedido,

B.4.4 — Aguisicën por meio de um subsidio do Governg


@uando um activo inianglvel é adauirido por meio de um subsidio do Goveroe livre de encargos, ou por uma
retribuic&o nominal, de acordo com a NCRF 22, a entidade pode optar entre a mensuracêo inicial pelo jusio
valor, guer do activo intangivel auer do subsidio ou pela mensuragëao inicial pelo valor nominal.

8.4.5 - Artivos intangiveis gerados internamente


Segundo a NCRF 6, ao custa de um activo intangivel gerado intermamente corresponde a soma dos dispên-
dios desde a data em gue se cumprem os eritêrios de reconhecimento, uma vez gue é proibida a reposigdo de
dispêndios anteriarmente reconhecidos comD gastos.

8.5 - MENSURAGAO SUBSEOUENTE AO RECONHECIMENTO INICIAL


A mensuracêo subseaguente ao reconheeimenta inicial podera ser efectuada ao custo ou por valores reava-
liados. No entanto, o modelo de revalorizacao Implica a existência de um mercado activo.
Segundo a NCRF 6, um mercado activo é um mercado no gual se verifiguem todas as condigêes seguintes:
a) Os itens negoriarios no merado sejam homogéneas;
b) compradores e vendedores dispostos a negociar podem ser encontrados a aualduer momento; ë
C) os precos este disponiveis aa publice.

A NCRF 6 procura limitar as reavaliac6es de activos inlangiveis, uma vez gue se entende due, normalmente,
nA0 existe Um mercado activo para activos intangiveis,

Modelo do eusta
ApAe o reconhecimento inieial, o active intangivel ê registado pela seu Custo, menos amortizagoes acumula-
das (apenas para aclivos intangiveis com vida finita) e perdas acumuladas por imparidade, se existirem,

Modela de revalorizacan
Ap6s o reconhecimento inicial, o activo intangivel ê registado par um valor reavaliado aue é o seu justo valor
& data da reavaliacëo, menos amortizacOes acumuladas subseauentes (apenas para activos intangiveis £om
vida Hinita) e perdas por imparidade acumuladas subseaguentes, se existirem.
A NCRF 6 reguer a determinacao de justa valar com relerência a um mercado active.
Em alia, araumentou-se gua, no due se refere aos passes dos jogadores de futebol, existiria um mercado
activo, pelo aue se poderia adoptar o justo valor na valorizagao dos passes dos jogadores. Fssa pretensêo fi
no entanto negada, uma vez aue os elementas transaccionados nao sê0 homogeneos.
Reiere ainda a NCRF 6 gue as reavaliacêes devem ser feitas com regularidade suficiente, de forma a gue A
Ouantia registada nao difira materialmente da gue seria determinada pelo uso do justa valor & data do balanco:
De notar Gue a mensuragêg subseauente pelo justo valor dever4 ser aplicada a lodos oa actvos da mesma
Classe, a menos guie nio exista um mercado activo para esses aclivos.

9A6
T SNEC EXPLIGADA Tariruta B Activos Intangivals

O aumento do aelivo pela reavaliacao deve ser levado aos capitais préprios. No entanto, caso tenharm sido
reconhecidas perdas em anos anteriores; op ganhio é cansiderado rendimento do periodo ate ao mantante deas-
gas perdas, serido D excedente levado ao capital prépria.
Em caso de diminuicëo, o montante da reducëo é levado em primeiro lugar a excedente de revalorizagën,
Caso exista, O remanescante (ou em caso de inesistência de excedente de revalorizacéio), serê levado directa-
mente aos gastos do period,

Esauematicamente, iemos;

EE Custos subseguentes: | I
| es I |.gasta (a nio ser gus |
| ER. —— possa provar melhoria ———
“| nos benelfcios
ee BCcoNOMIEOS]

*menos amortizagsin arumulada (caso tenha


vida finita) e auaisguer perdas acumuladas
de imparidade

8.6 - AMORTIZACAO
Os activos intangivels devem ser claseificados em dois Upos;
—activos intangiveis com vida oti! finita; &
— activos intangiveis com vida indelinida.

No primeiro caso, é estimado um horizonte temporal de consumo de beneficios econêmices da active, pelo
aue o activo deve ser amortizado por esse periodo (vida nil finita). No gegundo caso, nao ë determinada uma
data-limite para consumo de beneficios econémicos futuros, por exemplo. uma marca de prestigio de um pra-
duto estêvel. Em consenuëneia, n&o se procede & amortizag80 do activo, embora se terha de realizar teste
anual de Imparidade.

8.6.1 - Activos intangiveis com vida dtil finita

Amoriizacao
A guantia sujeita a amortizacêo deve corresponder ao custo ou outro valor substituto do custo, menos o valor
residual do aclivo. Assume-se normalmente due o valor residual de um active intangivel ê zero, a menos aue (i)
haja um compromisso de terceiros de comprar o activo no final da sua vida util, ou (ii) haja um mercado activa
para o artivo e o valpr residual possa ser determinado com relerência a esse mercado & s&ja provavel due ial
mercado axista no final da sua vida util.
A amortizac&o de um Activo Intangivel com vida Gtl finita deve ser efectuada de acordo com o modelo de
consumo dos beneficios econêmicos. Assim, o método da linha recta poderd, em certos casos, nan ser o malis
apropriado. No entanto, a NCRF 6 refere gue deve ser usado o método da linha recta guando o modelo de con-
sumo de heneficies nêo puder ser determinada.
Nas amorlizacëes, devemos ter em conta a adenuada correlacAo dos gastos com as rendimentos no aue sê
refere & escolha do método a adoptar e o perlodo esperado de beneficios para a entidade, no aue se refere ao
periodo de amortizacan a seguir.

Revisio do perigdo de amortizaëo e do mélodo de amorlizagëo


Segundo a NCRF 6, o periodo de amortizacao ea o mélodo de amartizacao devem ser revistos, pelo menos, no
final de cada ano financelro. Sê a vida Uil esperada do activo for significativamente diferente das estimativas
anleriores, o perlodo de amorlizacëo deve ser alferado. Se tver havido uma alteracao significativa no modelo

587
SNE EXPLICARNN
Garimitr 8 Antivas Intanglieels

esperado de beneficios econémicos do activo, o método de armortizacao deve ser alterado para reflectir o model
alterado. Tais alterac6es devem ser trataras como alteragoes de estimativas Contabilisticas, sagundo a. NGRF 4,
pele gue apenas afectam as amortizagaes do perlodo corente e dos periodos futuros (aplicacëo prospectiva).

Imparidade
Rielativamente aos aclivos intangiveis com vida util finita, apenas se efectua lesie de imparidade guarido
Byistirem indicacses de imparidade.
Normalmente. no exerclcio em gue oocorre o dispêndio e se procede & capitalizacêo, ê aprerlado o potencial
tuturo do dispêndio originar beneficios econémicos luluros. No enlanto, subseauentermente, nada se faz, proee-
dendo-se, de lorma automdêtica, &A amortizacëo do activo pelo perlcdo previamente determinado.
Consideremos um projeeto de desenvolvimento de um praduto gus. por cumprir os renuisitos da NGRF 6, foi
capitalizado para amortizatëo em três anos. No entanto, duranie 0 segundo ano, a Adrministracan deeidiu aus ja
nao iria proceder ao langamento do produta. Verifica-se aaui a imparidade total do activo, uma vez due ele jé
nao traré benelicios econêmicos luluros para a entidade, loao, jê nio aualfica como activo. Assim, o valor do
Custo ainda nao amortizado (neste tas, um terco) deverd ser objecto de uma perda por imparidade, sendo
assim o montante do activo reduzido a zero.
Sempre gue, ao reavaliarmos a vida (tl de um activo intangivel, oncluimos due o mesmo passa a ter vida
finita em vez de indefinida, esta alteracëo constitui um indicador de imparidade, pelo aue terê de ser determi-
pado 6 seu valor recuperdvel.

8.6.2 — Arlivas intangiveis com vida dil indefinida

Amorlizacë0
Um active intangivel com vida Gil indefinida nao deve ser amorlizado.

Revisao de vida @til


A vida Gl de um activo intanglvel com vida (tl indefinida deve ser revista no final de eada periodo. Gaso se
conclua aue o aclivo intangivel passou a ter vida uil finita, a alteragao deve ser contabilizada como alteracën
numa estimativa contabilistica, de acordo com a NCRF 4, pelo gue, a partir dessa data. o activo passarê a ser
objecto de amortizagano.

Imparidade
A NCRF 12 - Imparidade de Activos exige gus se efeclue o teste de imparidade de activos intangivelis com
vida util indetinida:
—anualmernis &
— sempre aue haja uma indicacéo de gus o activo intangivel pode estar em imparidade.
Compreende-se esta obrigatoriedade imposta pela NCRF 12. Uma vez gue deixamos de amortizar o actvo
intangivel com vida uil indefinida, como contrapartida, teremas de concluir gue na existe Imparidade do aclivo:

8.7 - CONTRATOS DE CONCESSAO


Relalivamenie aos contratos de concessin, nêo existe gualduer norma especlfica no SNC. Assim, aplica-se,
Supletivamente, a IFRIC 12.
De acordo com a IFRIC 12, a contrapartida a receber pelo servico publico pode assumir duas naturezas:
activo financeiro ou activo intangivel. Ver texto integral da IFRIC 12, no ponto 13 da 1* parle.

8.8 - DIVULGAGOES
Segundo a NCRF 6, as demonstraces financeiras devem divulgar o aue se segue por cada classe de acti-
vos intanglveis. distinguindo entre activos intangiveis internamente gerados & outros activas intanglveis:
'a) sa as vidas Dteis sap indefinidas ou finilas &, se forem finitas. as vidas Uieis ou as taxas de amortizacêo usadas;

SBA
SMC EKPLICADO Capitute & Aetivas Intanaivats

b) os métados usadas na armortizac&p de activos intangiveis com vida atil finita;


c) o valor bruto contabilistico & a amortizac#o acumulada (agregada com as perdas par imparidade) no ini-
eip & fim do period;
d) os elementas de cada linha da demonstragêo dos resultados em gue a amortizacao de activas intangiveis
esteja incluida;
8) reconcilia6ao do valar cantabilistica no inicie & no fim da periado, aue mostre:
i) adic6es, indicando separadamente as adicêes provenientes de desenvolvimento interno, os activas
adouiridos separadamente e os activos adauiridos por eoncentracëes de actividades empresariais;
i) activos classificados como detidos para venda ou incluidos num grupo de alienacëo classificado
cComo detido para venda, de acordo com a NCRF 8;
iii) aumentos au diminuigoes durante o periodo, resultante de revalorizacêas e de perdas par Imparidade
reconhecidas ou revertidas directamente no capital prêprio segundo a NCRF 12;
iv) perdas por imparidade de activoes reconhecidas na demonstracao dos resultados durante o perlodo
segundo a NCRF 12:
v) perdas por imparidade revertidas na demonstracao dos resultados durante o periado, segundo a
NCRF 12;
vi) amortizacëo do periode;
vii) diferencas de cêmbic liguidas resultantes da transposicëo das demanstrazëes financeiras para a
moeda de apresentacao e da transpasicën de uma urnidade operaciaonal estrangeira para a maada de
apresentac#o da entidade; &
viii) oulras alteracëes na valor contabilistica durante n periodo.

8.9 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNC E 0 POG


As diferencas entre o SNC e o POC resumelm-se como segue:
1*-O POC permitia a inclusso coma Activo Intangivel de direitos e despesas de constiluicën. arrangue e
EXpansan. BO due naa é areite pela NCRF 6.
2%-ANOCRF 6 nio permite a capitalizacêo de dispêndias com formate e com publicidade & aclividades
promocionais. Em Portugal, existia alguma tradic&o de se capilalizarem dispêndios com publicidade,
em particular, rio lantamento de movos produtos &, por vezes, dispêéndios com a formagao. O Deereto
Regulamentar n.” 2/90 esigia o diferimento por um periado minimo de. trés anos das encargos. com
campanhas publicitêrias, das despesas com emissao de obrigacoes e das diferencas de cA&mbio des-
favordveis.
3“—A NCRF 6 nê&on permite a capitalizacêa de gastos na fase de pesguisa. A DC 7 admitia a capitalizacêo
de despesas na fase de pesnuisa em circunstências excepcionais, em gue fosse assegurada, de forma
ineguvara, a existência de beneficias futuros.

8.10 —- EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Nos activos intangiveis, os efeitos do SNC nas demonstrages financeiras deverao ser significativos.
Vêrios activos intangiveis evidenciados nas contas POC ser#o eliminados na elaboracëo de eontas numa
base NCRF por na&o cumprirem os critërios de recanhecimento como activo da NCRF 6. Por exemplo, segundo a
NCRF 6, as despesas de instalac&o nêo podem integrar os Activos Intanglveis. Aaguelas gue esiejam relaciona-
das com operac6es de capital serao apresentadas como deducao dos capltais prêprios. As reslantes serao
imediatamente reconhecidas comno gasto do periodo. Muitas despesas de investigacan a dasenvolvimenio tam-
bêm nao aualficarao para capitalizacëo, pela gue ier#o também de ser reconhecidas, guando incorridas, €Oomo
gasto do periodo. Por outro lado, a amortizac&o dos arlivas intangiveis gus aualifiguem coma tal numa base
NCRF poderê ter de ser significativamente alterada, de torma a reflectir o modelo de cansumo de beneficios e,
finalmente, poderemos ter situacëes de activos intanglveis cuja vida util seja considerada indefinida e, portanto,
nan sujeita a amortizacio.

589
SMG EXPLIGANO
Cariruiu 8 Aetivas Intanglvals

8.11— DUVIDAS FREOUENTES


1.2 — Posso capitalizar dispêndios significativos com um importante projecto de pesauisa?
Mao. Na fase de pesauisa tlodos os dispêndios s&o reconhecidos como gastos.

2% — Posso capitalizar a aguisicao de pesauisa efecluada por um concorrente?


Sim. Os oritërios de reconhecimento como activo foram Eumpridos.

3. — Apés a compra indicada na guestao anterior, os dispêndios com pesauisa interna no mesmo projecla
podem ser capitalizados?
Mlêao. Tratado-se de pesruisa interna. nunca poderemos capitalizar os dispêndios.

4.” — Na fase de desenvolvimento posso sempre capilalizar os dispêndios?


Nao. Apanas auando se cumprirem as condicêes para capitalizacêo.

5.” — Os dispêndios com campanhas publicitérias com o lancamento de um novo produto podem ser capitalizados?
No. No ê permitida a capitalizacëo de publicidade.

6.” — Um activo inlangivel pode nao ser amortizado?


Sim. Desde aue se justifigue gue possui vida indefinida. Terê, tambem, de se elfsctuar teste anual de
imparidade.

7.” — No ano seguinte, o activo intangivel indicado na guestao anterior poderd ter de ser amortizada?
Sim. Caso se tenha alterado a sua classificacao para vida uil finita. Neste caso, terê tambêm de se
efectuar um teste de imparidade.

8.12 - EXERCICIOS
EXERCICIO N.” 1
O Vitéria Futebol Clube, um clube profissional de futebol, adopta uma politica de contabilizagao do custo de
compra de contratos de jogadores pelp lanGamanto dos honorêrins da tansferência na demonstraco dos resul-
tados no ann da transferëneia.
Segundo a NCRF 6, & areitAvel a continuidade desta politica ou considera gue os honorêrios devem ser
capitalizados como activos intangiveis e amortizadas como tal?

Na sua resposta considere separadamente;


— contratos adauiridos separadamente e contratos gerados intermamente;
— 0 potencial de reavaliacgëa dos contratos das jogadores apês a aduisicëo;
— imparidade dos contratos dos joeadores.

Solugao:
Neste caso, os tês eritérlos de definicêo so claramente cumpridos - os contratos dos futebolistas sê0
identificéveis, sa0 controlados pela entidade via contrato e os benelicios #conimicos futuros san Sxpae-
taveis na capacidadie aue existe de vender o contrato a outros clubes a aumentar as vendas de bilheles e
de merchandising do clube.
Os contratos de registo dos jogadores devem normalmente ser capitalizados como activos intangiveis &
amortizadas pelo periado do contrato inicial.
Deve ainda fazer-se a distinc&0 entre contratos adauiridos em separado e contratos geradas intermamente.
Por exemplo, se um futebolista jogou sempre no mesmo clube, esse clube teria dificuldade em tentar capi-
talizar os Custos relacionados com aauele jogador, por ser um activo intangivel desenvolvido internamente.
Outra guestao é se os contratos dos jogadores podem ser reavaliados depois da anuisigëo. Novamente,
isso é improvavel, devido & nalureza Gnica das negociacêes do contrato de um jogador —- assim sendo,
LIm mercado activo nio axistiria.

590
SAL ENPLICADO Creriruta 8 Aetiveg Intangiveis

Outra cansideracëo importante, dada a natureza dos oontratos dos jogadares, ê aue; se eles forem capi-
talizados, deve prestar-se especial atencao a aplicacan dos testes de imparidade, visto gue o valor dos
Gontratos dos jogadores pode ser bastante volatil, devido a variac6es na forma fisica, lesaes, ete:

EXERCICIO N.” 2
A Distribuicëo, Lda. adauiriu uma auota de distribuicëo de medicamentos, tendo incorrido nos seguintes custos:
—Custos de deslpeacëo e pstadia 35 000 €
— Tempo dos gestores imputado ao proje€lo GO DOOD E
— Honorêrios legais 100 000 €

Foi pado VA na montante de 14 000 € relativamente a honorarios legais.


Adicionalmente, uma segunda firma de advogados prestou servicos & entidade, tendo recebido como paga-
mento 50 DO0 accëes da entidade, emitidas a 1,50 €, mas a serem transaccionadas a 1,60 € na dala da
entrega,
COual o tratamento contabilistico a dar aos custos incorridos com esta aduisicao?

Soluzaa:
DE custos incorridas devem ser capitalizados. Fsses custos deverm excluir o VA, uma vez gue o mesmo ë
recuperdvel pela entidade. O custo relacionado com o tempo does gestores pode ser imcluido nos custos a
capilalizar, mesmo Watando-se de custos intermos.
Ao calcular o custo com a prestagao de servizos da segunda fima de advogados, deve usar-se o justo
valor para mensurar o pagamento através de accëes, isto é, 50 DOD acgoes x 1,60 € - BO DOO €.
Custos a serem capilalizados:
— Custos de desincagan e estadia 45 000 €
— Tempo das gestores impulado ao projecta 60 000 €
— Horiordrios legais a pagar em dinheiro 100 000 €
— Honor&rins legais a pagar em acc6es Boo €.
275 000 €

8.13 -TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Reproduzem-se abaixo os arligos relevantes do Cédigo do IRC relativarmente aos Activos Intangiveis:

Artigo 29.” - Elementas deprecidveis ou amortizdveis Artigo 30.” - Métodos de calculp das depreciagoes
1- Sao aceites como gastos as depreriac6es & e amortizagoes
amortizacêes de elementes do activa sujeitos a 1 -O caleulo das depreciatias e amoerlizagOes
deperecimento, considerando-se como tais os acli- faz-se, em regra, pele mêtodo das aualas cons-
vos fixos tangiveis, os activos intangiveis a as pro- tantes.
priedades de investimento contabilizadas aa custo 2 —(..) [aplicêvel apenas aos activos fixos lang!-
histêrico gus, com caraoter sistematico, sofram par- veis]
das de valor resultantes da sua utilizagaa ou da 3 — Podem, ainda, ser aplicadas mêtodas de
decurso do tempo. depreciac&o e arnorlizac&o diferentes dos indicados
2 — As meras flutuacëës aue afectem os valores nos numeros anteriores, desde nue;, medianie redue-
patrimoniais nêo relevam para a gusalificasao dos res- rimento. sela obtido o reconhecimento prêvio da
peactivos elementos camo sujeitos a deperecimento. Direceëo-Geral dos Impostas salva guanda dal nê
3 — Salvo em situacëes devidamente justificadas e resulte uma auota anual de depreciaGao ou amortiza-
aceites pela Direccao-Geral dos Impostas, os ele- G&0 superior & prevista no artigo seguinte.
mentos do activo sé se consideram sujeitos a depe- 4 — Salvo em situacêes devidamente justificadas
recirmento depois de entrarem em funcionamento ou aceites pela Direccao-Geral dos Impostos, em rela-
utilizagaa. gap a cada elemento do activo deve ser aplicado 0

591
SMG EXPLIFAOD
Carlin 4. Actlvas Intangivelis

b) 2, se 0 periodo de vida util do elemento & de


meso meélods de depreciac&o'ou amortizaGao
desrie a sua entrada em luncionamento ou ulilizagao CINCO OU sels AGS;
alé & sua depreciag&o ou amortizagao total, transmis- G) 25, se 0 periode de vida util do elamento ë
sao ou INutilizarao. superior a sais ari0s.

5 — O disposto no nimero anterior nan prejudica a 4-O periodo de vida uil do elemento do aciMo £ o
variacëo das auolas de depreciacëo ou amortizagën gus se deduz das taxas de depreciac#o ou amortiza-
de acordo com 0 regime mais ou menos intensivo ou ean referidas nos n.” 1e 2.
outras Gondicëes de utlizagêo dos elementos a due 5 - Tratando-se de bens adnuiridos em estadn de
respeitam, nao podenda, no entanlo, as guotas min uso ou de grandes reparacoes e beneficiagoes de
mas imputaveis ao periodo de tributaGao ser deduzi- elementos do aotivo sujeitos a deperecimento, as.
das para efeitos de determinacêo do luero tributêvel corespondentes taxas de depreciag#o sAo calcula-
de outros periodos de tributacao. das com base na periodo de ulilidade esperada de
E — Para efeitos da numero anterior, as tuotas mIni- Uns & outros.
mas de depreciaG#io ou amortizacio sap as caleuladas 6 — Os sujëitos passlvos podem pplar no ano de ini-
com base em taxas iguais a metade das !ixadas Ci0 de funcionamento ou utilizagêa dos elementos
segundo o mêtaodo das auotas constantes, salvo
por uma taxa de depreciagdo ou amortizaG&o dedu-
guando a Direccao-Geral dos Impostos conceda pre-
zida da taxa anual, am conformidade com 6s nume-
viamente autorizacén para a uiiizagan de guolas inferio-
ros anteriores, e& eorrespondente ao numero. da
res A 6stas, a seguëncia da apresentacêp de rengueri-
meses contadas desde op. mês de entrada er funcio-
rmento em due se indiguem as razbes due as justificam.
namento ou uilizacdo dos elementas:
7-O dispasto na parte final do n.” 8 e nie n.” B nao
7- No casoreferido no numere anterier, no ano em
é aplicavel aos elementos nue sejam reclassiticados
como activos nêo corentes detidos para venda. gue se verificar a transmissao, a inutilizagao ou 0
termo de vida uil das mesmos elemenios so saD
Artigo 31.” - Ouotas de depreciac&o ou amortizagao aceites depreciacdes e amortizag6es corresponden-
1 — No mêétodo das auotas constantes, .a guaia tes ao numera de meses decorridos até ao mês anle-
anual de depreciac#o ou amortizaGAo gue pode ser tior an da verificacao desses evantgs.
aceite como gasto do periodo de tibutagao deter-
Artigo 32.” - Projectos de desenvolvimento
mina-se aplicando as laxas de depreciagan ou amor-
tHzacao definidas no decreto regulameniar due esta- 1 — As despesas com projectos de desenvolvi-
belece o respeetivo regime aos seguintes valores: mento podem ser consideradas como gasto fiscal no
perlodo de tributacas em aue sejam suportadas.
a) Custo de aauisic&o ou de produ£tëo;
b) Valor resultante de reavaliagêo ao abrigo de ? — Para efeitos do disposto no numero anterior,
legislacëo de carécter fiscal; eonsideram-se despesas com projectos de desenvol-
ce) Valor de mercado, & data de abertura da eserila, vimento as reallzadas pelo suieilo passivo através da
para as hans objecto de avaliëcao para esse exploracao de resultados de tabalhos de investiga-
efeito, guando nao seja conhecido o custo de Ga0 ou de outros conheclmentos cientificos ou téeni-
aruisic&o ou de produGao. cos com Vista & descoberta ou malhoria substancial
2? — Relativamente aos elementos para os auais naa de matêrias-primas, produtos, servicos au processos
se encontrem fixadas taxas de depreciag#o ou amor- de producëD.
HZaCA0, s&D aceliles as gus pela Direcs#o-Geral dos 8 —O preceituado no n.” 1 n&o & aplicével aos pro-
Impostos sejam consideradas razoëveis, tendo em jeotos de desenvolvimento efgetuados para outrem
Eonta o periode de utilidade esperada, mediante contrato.
3 — @uande se apligus o mêtodo das auotas
deerescentes; a aguota anual de depraciagëo due Artigo 33.” - Artigos de reduzido valor
pode &er aceite como gasto do periado de tribulaGao Relalivamente a elementos do arlivo sujeitos a
determina-se multiplicando os valores meneionadas deperecimento cujos eustos unitêrios nê uitrapas-
na n.” 1, aue ainda nê tenham sido depreciados, sem 1000 €, & aceite'a deducao;, na periodo de tribu-
palas iaxas de depreoiacëo releridas nos numeros 1 tacao do respertivo custo de aduisicdo au de pradu-
82, corrigidas pelos seguintes coeficientes mAXimas: cao, exceplo guando facam parte integrante de Um
a) 1,5, sea periodo de vida uiil do elemento é infe- canjunto de elementos aue deva ser depreciado Du
roer a cines anDs! amortizada como um todo.

592
SHE EXPLICADO GArIruLe N. Actugs Intangivnis

Artigo 34.” - Gastos nio dedutiveis para fins fiscais 2 - Para efeitos do disposto no numera anterior, a
1 — Nao sa aceites come gastos: sujeita passivo deve obler a aceitag#o da Dirercao-
-Geral dos Impostos, mediante exposicaëo devida-
a) As depreciacëes e amorlizacëes de elementos
mente fundamentada, a aprasentar até ao fim do pri-
do activo nan sujeitos a deperecirmento;
meiro. mês do perlodo de tributacao seguinte ao da
b) As depreciag6es de imOveis na parte COrrespor-
oEBrrênria dos faclos aus determinararn as desvala-
dente ao valor dos terrerios au na niD suieita a
rizacies excepeionais, aromnanhada de doeumen-
deperecimento;
tac&o comprovativa dos. mesmos, designadamente
C) As depreciacies ea amortizacies aue excedam
da decisêo da competente rgëo de gestao gue con-
Ds limites estabelecidos nos artigos anteriores;
firme aauelas factos, de justificagëo
da respectivo
d) As depreclacëes & amortizac6es praticadas
montante., bem come da indicagao do destino a dar
para além do periodo maximo de vida uil, res-
os activos, auarido a abate Hisico, o desmantela-
salvando-se os casos esperiais devidamenie
mento, oabandono ou a inutilizacan destes nêa ocor-
justificados e aceites pela Diraccao-Geral dos
ram na mesmo periodo de tributag do.
Impostos;
B) As depreciacêes das viaturas ligeiras de passa- 3 — Ouando os facts dgue determinaram as desva-
geiros ou mistas, na parle comespondente ao lorizacfes excepeionais dos aclivos e o abale fisio,
custo de aruisicêo ou ao valor de raavaliacëo o desmantelamento, o abandono ou a inutilizacao
excerdente a 40 009 €, bem como dos bartos oEorram na mesmo periode de tribulagëo, B valor
de racreio & avilas de turismo e tados os gastos liauido fiscal dos activos, corrigido de eventuais valo-
COM Bstes Felacionardas, desde due tais bene res recuperdveis, pode ser aceite coma gaste do
DAG estejam afectas a esploragao de service periodn. desde au:
publico de transportes ou nao sê destinem a ser a) Seja camprovado o abate fisio, desmantela-
alugados no exercicio da actividade normal do mento, abandano ou inutilizacgao dos bens. atra-
sujeito passivo. vés do respectivo auto, assinado por duas teste-
2-— Para efeitos do disposto na alinea d) do nimerg munhas, 8 identificados e comprovados ns
anterior, D periode maximo de vida uil é n aus se factos gue originaram as desvalorizataes
deduz das auotas minimas de depraciagën ou amar- BKEEPEIONAIS;
tizacao, nos lermos do n.” B de artigo 30.*, eontada a b) O auto seja acompanhado de relagëia diserimi-
partir do ano de entrada em funcionamento ou utilza- mativa dos elamentas em causa, contendp, rela-
cao dos alemeritos a gué respeitem, tivamente a cada aclivo, & desericëo, a ana. eo
cuslo de aauisigëo, bem como o valor liguida
Artigo 35.” - Perdas por imparidade fiscalmente
contabilistico ao valar linuido fiseal;
dedutiveis C) Sela cormunicado aa service de financas da dra
1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as do local onde aaueles bens se encontrem, com
seguintes perdas. por. imparidada coniabilizadas no a antecedência minima de 15 dias, oa laral, a
mesmo periodo de Hibutazao ou em periodos de tri- data ea hora do abate fisico, oa desmantela-
butacdo anteriores: mento, o abandono ou a inutilizasêo e o total do
a) (7) valor lieuido fiscal dos mesmos.
b) (..) 4 — DO disposto nas alineas:a) a &) de numero anie-
c) As gus consistam em desvalorizagoes excep- rior deve igualmente observar-se nas situagoes pre-
cionais verificadas em activos fixos tangiveis, vistag no n.” 2, ne perioda de tribulac#o em dua
aclivos intangiveis, activos. biolégicas nada con- venha a efectiar-se o-abate fisico, o desmantela-
sumiveis e propriedaries de investimento. mento, D abandano ou a inutilizatao dos activos.
(se) 5 — A areitacao referida no n.” 2 é da campelência
Artigo 48.” - Desvalorizac6es excepeionais do director de financas da area da sede, direciAo
1— Padem ser aceltes como perdas par impari- efecliva ou estabelgcimento estivel do sujeita pas-
dade as desvalorizacies excepcionais referidas na sivo ou do director dos Servicos de Inspeegao Tribu-
alinea o) do n.” 1 do artigo 35.” provenientes de cau- têria, tatando-se de empresas incluidas no &mbito
sas arniormais devidamente comprovadas; designa- das suas atribuices.
damente, desastres, fenéAmenos naturais, inovagoes 6 —O documento a gue se refere ao n.” 4 deve inte-
técnicas excepcionalmente rapidas pu alteragëes grar o processo de documentagao tiscal, nos termos
significativas, com efeito adversa; no eontexlo legal. da artige 130.”.

BNOE-G
593
1
SNEC EXPFLILANO
Capiruto 8 Activos Intanglvsis

- anuisicëo, sendo o valor dessa actualizacao dedu-


Artigo 46.” - Conceito de mais-valias e de menos
-valias zido para eleitos da determinagao do luera tributëvel.

1 — Consideram-se mais-valias ou menos-valias (.)


realizadas os ganhos obtidos ou as perdas sofridas Artigo 48.” - Reinvestimento dos valores de realizagao
mediante transrmissao onerosa, dualduer due seja o 1— Para efeilos da daterminagao do lucro tributavel,
'tulo por gue se opere e, bem assim, os decorrentes a diferenca positiva entre as mais-valias & as menDs-
de sinistros ou os resultantes da afectagao perma- valias, calculadas nos termos dos artigos anteriores,
nente a fins alheios & actividade exercida, respeitan- realizadas mediante a Iransmissêo onerosa de aclivos
lesa fikos tangiveis, aclivos blolêgicoes gue nêo sejam con-
a) Activos fixos tangiveis, activos intangiveis, acti- surmiveis & propriedades de investimento, detidos por
vos biolëgicos gue nag sejiam consumiveis & um periodo nêo inferior a um ane, ainda gue dualauar
propriedades de investimento. ainda aue aual- destes activos tenha sido reclassificado comoe activo
muer destes activos tenha sida reclassificado HO corrente detido para venda, ou em conseguência
COME activo n&0 corrente delido para venda; de indermnizagées por sinistras ocormidos nastes ele-
b) Instrumentos financeiros, com excepcaa dos mentos, & considerada em metade do seu valar; sem-
reconhecidos pelo justo valor nos termos das pre gue, no periodo de tributagao anterior ao da reali-
alineas a)e b) do n.” 9 do arligo 18. zacaD, no préprio perlodo de tributagao ou até ao fim
? — As mais-valias e as menos-valias sao dadas do segundo periodo de tributacdo seguinte, o valor de
pela diferenca entre o valor de realizacêo, liguido dos realizacëo correspondente a totalidade dos referidos
encargos due Ihe sejam inerentes, e o valor de aaui- activos sela reinwestido na aauisiga9, produgado ou
sicëo deduzido das perdas por imparidade e oulras Gonstrucao de aclivos fixos tangivels, da activos biolo-
CoreecBes de valor previstas no arlige 88.” bem gicos Oue nao sejam consumivelis ou em pronriedades
como das depreclacoes ou amortizagêes aceites lis- de investimerito, afectos & exploracaa, Com EXCEpraD
calmente, sem prejuizo da parte final do n.” & do dos bens adauiridcs em estado de up a sujeito pas-
arligo AO.” sivo de IRS ou IR€ com a.agual etistam relacies espe-
Clals nos termoes delinidos non.” 4 do artiga BA.”
(ey)
? — No caso de se verificar apenas o reinvestimentn par-
4 — No case de traca por bens fuluros, o valor de
cial do valor de realizacëo, o disposto no nuimero anterior
mercado destes é o aue |hes corresponderia a data
é aplicado a parte proporcional da diferenca entre as
da trora.
maievalias e as merios-valias a due o mesmo se reiere.
() AD)
Artigo 47.” — Correcgëo monetaria das mais-valias & 6 - Nao sendo concretizado, total ou parcialmente,
das menos-valias Oo reinvestimento alé ao fim do seaunde periado de
1—-O valor de aguisizêo caorrigido. nas termoes do tributacao seguinte ao da realizagëo, considera-séê
Como rendimento desse periode de trihutagao, res-
n” 2 da artigo anterior é actualizada mediante aplica-
pectivamente, a diferenca ou a parte proporcional da
cao dos coeficientes de desvalorizagao da moeda
diferenga prevista nos n.” 1 ed nao incluida na lu€rd
para o efeito publiëëdos em portaria do Ministro das
tributavel majorada ern 15%.
Financas, sempre due, adata da realizacëo, tenham
deecorrida pela menos dois anos desde a data da ()

Nos Activos Intangiveis, face & anterior versêo do Cédigo do IAC, sao de salientar as Sseguintes difierengas:

1— Para além dos mêétodos das guotas constantes e das guotas dacrescenies, passa a ser possivel a adop-
CaAo de outros métodas de amorlizacao sem necessidade de autorizagao da Direce#o-Geral dos Impostos,
desde due a guota anual nio exceda a gue resultaria da aplicacêo danueles mêlodos,
2-O mêtodo de armorlizacao poderé ser alterado duranie a vida util de um bem, desde gue se receba auio-
rizacao da Diresc#o-Geral des Impostos.

3 — Podem-se praticar guotas inferiores as minimas, desde gue se receba autorizagêo da DirecGëo-Geral dos
Impostos.

sod
SHE EXPLIGADO Gariruin H Aetivos Intangiveis

4 — Aumentou-se para 1000€ o limite alé ao gual os elementos sujeitos a deperecimento sêo integral-
mente acelles como custo fiseal no periada de tributagêo da sua agulsiao ou producëo (esse limite era de
198 52 €).

De salientar a possibilidade de os contribuintes poderem deduzir como custo aceite fiscalmente as dispên-
dios do perlodo com projectos de desenvolvimento, mesmo due ssses dispêndios sejam contablilizados no
activo. Sendo diferente o tratamento contabilistico e fiscal, teremes um activo contabilistico
gue nao tem base
fiscal, pelo nuea se deve reconhecer impastos diferidos passivos.

Contabilizacëo:
No perindo em gue n dispêndio ê incorrida
Dêbito - Conia 8122 - Imposto sobre o rendimento do period — Imposto difgrido
Grêdito - Conta 2742 - Passivas por impostos diferidos

No periode em gue o activo & transferido para resultados (per amartizazaa, imparidade ou venda)

DEbito - Conla 2742- Passivos por impostos diferidos

Crédito —Débito - Conta 8122 - Impasto sobre o rendimenta do perioda - Impasta diferida

595
GAPITULO 9
Agricultura

ge7
SE EXPLIGADOO
Carlin 9 Agrieultura

9.1-INTRODUCGAO
Mo seu inieio. a contabilidade agricola resumia-se aos pagamentos & recebimentas. Apdés a Primeira Granda
Guerra e, principalmente, apos a Sagunda, ocorreu um significativo salto aualitativo devido & ribulacao, & cres-
cente concorência e & necessidade de os agricultores conhecerem a rentabilidade dos seus produtos.
A actividade agricola contém especificidades nua representam um desafio para a contabilidade, tais Comn
OS ciclos de produGëo, a afribuigëo de custos enire diferentes periodes, 2 tatamento de iniormacëo sobre ani-
mais vivos e plantas.

9.2- A NORMA DA CNG


Sobre Agricultura, a CNC emitiu a NCRF 17, a dual tem por base a lAS 41 —- Agriculture (Agricultura).
As ouestêes abordadas pela NCRF 17 inclyem o tratamento contabilistico dos activos biolêgicos durante o
processo de erescimenta, degeneracëa, produgao e procriacao e a mensuracdo inicial de pradutas agricolas
até & sua colheita.
A NCRF 17 nio se aplica & producao agricola, pelo gus, apês a colheita, aplica-se a NCRF 18.

9.3 — ACTIVOS BIOLOGICOS E PRODUCAO AGRICOLA


A NCRF 17 define activos biolégicos como sendo animais ou plantas vivos.
De acordo com a NCRF 17, a artividade aaricola consiste na gestéo por uma empresa da lransformazcdo
biolégica de animais vivos ou plantas (activos biolégicos) para venda, preduGëo agricola ou activos biolê6gicos
adicionais.
Dado gue a NCRF 17 se aplica apenas aos activos biolégicos e & produGëo agricola alé & colheita, sera inie-
ressante reproduzir-se a tabela nela ineluida.

Activas biolégicas Produto agricola se EE

Carneiros | L Fio de Il, rarpetes


Arvores numa plantacio fiorestal | Troncos | Madeira

Flats eke Er RE
Gadn produtor de leite Leite Ouelijo

Porros Careagas Salsichas: presunta eurado

Arbustos Folhas Chê; tabaco eurado


Vinhas Uvas Vinha
Arvores de fruto Frutos colhidos. Fruios processados

A NCBF 17 assenta no modelo do justo valor para a mensuragao dos activos biolégicos, sendo as variagBes
dai decorrentes levadas directamente a resultados da periado. Hê uma presungao de gue o Justo valor de um
aclivo biolêgico pode ser determinado cam fiabilidade,
Fsse pressuposto pode ser refuiado no reconhecimento inicial de um activo biolégio aguando os preGos ou
valores de mercado no estiverem disponiveis e as estimativas de justo valor nê lorem fiëveis. Nesse caso, a men-
suraGa0 & efsetuada pelo custo, deduzido de depreciagëes acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

9.4 - RECONHECIMENTO E MENSURAGAO


Segundo a NCRF 17, os activos biolégicos & os produtos agricolas devam ser reconhecidos pela entidade
ruandn ea so mente guando:
a) a entidade controle o active comno resultade de acantecimentos passados;

5OB
| SNE EXPLICANO Earlruia ' Agrieuttura

b) é provével aabtencso pela entidade de beneficios econêmicos fuuros assooiados an activo;


Cc) o justa valar ou o €uste do artivo pode ser mensurado com fHiabilidade.
A mersuracëin inicial e subseguente deverd ser efectyada an justo valbr, merios os custos estimadas de
GOMeErcisliZAEEO, excepto AUANdO D justo valor na0 puder ser mensurado com Hiabllidarie. Nesse ras, a mensu-
racêo sera efectuada pelo custo, menos depreciacêes acumuladas & perdas por imparidade acumuladas.
De acordo com a NCRF 17, um produto agricola colhido do activo biolégico da entidade deverê ser mensu-
radn ao seu justa valor, reduzidn dos custas estimados de comercializacas no momenta da colneita. Essa men-
SUr8CE0 sera o cusio para aplicacaa da NCRF 18 — Invent4rios ou gualguer outra NCRF.

Ganhose perdas
Coniorme a NCRF 17, o aanho ou perda resultante do reconhacimento inicial de um arctivo blolégice ao seu
justo valor, mernos os custos estimados da comercializacao e de alteracies no justo valar, menos os ustos asti-
mados na ponta da vernda, deve ser incluido nas resultados do perlada em due ororre.
Da mesma forma, n ganho ou perda resultante do reconhecimento inicial de um praduto agricola an seu
justo valor, reduzida das encargos estimados de comercializacao, deverê ser incluido nos resuitados do periode
em due oeore.

Incapacidade de mensurar ao justa valar cam fiabilidade


A NCRF 17 presume due o justo valar de um activo biolégice pode ser mensurado com fiabilidade, Na
entanto, esta prasungëo pode ser refulada no recanhecimento inicial, e sê neste, de um activo blolagico para o
aual os precos de mercado nao estejam disponiveis e outras posslveis altermativas para estimar o justo valar
sejarn consideradas como naD fiaveis. Neste caso, o activa biolégica deve ser meansurado ao valor de €ustg
menos depreciacëo acumulada e perdas por imparidade acumuladas, Caso ao justo valor desses activos biolêgi-
COS passe a ser mensurvel com Fiabilidade, a entidade dave passar a mensurê-lo ao seu justo valor, menos oë
Eustos estimadns no ponta da venda,

9.5 - APRESENTACAO
O valor contabilistica dos activos biolégicos deve ser apresentado separadamente no balanGo:

9.6 - SUBSIDIOS DO GOVERNO


A NCRF 17 estabelece gue os subsidios definitivos do Govermo relativos a aclivos biolégicos mensuradas a0
justo valar, menes os custos estimados na ponto de venda, apenas devem ser reconhecidos como rendimento
aguando o subsidia do Govermo se torna recehivel.
No caso de subsidics condicionais, a entidade apenas deva reconhecer o subsidio da Governe como rendi-
menlo guando, e apenas guando, as condicêes dssoriadas & eoncessio se verificam.

9.7 - DIVULGAGOES
A NCRF 17 reaguer as seguintes divulgatêes:
—deserican de cada grupo de activos bielaglros:
— 8e naD se encontrar divulgedo nautra local da infermasëo publicada com as demonstragoes financeiras, a
entidade deve descrever
a) anatureza das actividades envolvendo carda grupo de actives biolêgicosie
D) medidas ou estimativas nao financeiras das auantidades fisicas de:
j) cada grupo de activos biolégicos da entidade no final do periodo; ê
ii) producëo agricola durante o perioda.
— método e presuncoes significativas aplicadas na determinazao do justo valor de cada grupo de produtos
agricolas no momente da colheita es de cada grupo de activos biolégicos;

589
Earitvie 1 Agrieultura ENG EXPLICADO

— Justo valor dos produtos agricolas colhidos mo periode, menos os custos estimados no ponto de venda.
determinado no momento da colhaita;
—a exislência & o valor Eontabilistico dos activos biolêgicos cuja propriedade se encontre sujeila a restric6es
Bo valor contabllistico dos activos bioléaicos penhorados como garantia de passivos;
—Bmantante dos €ampromissos assumides para o desenvolvimento ou aguisicëo de activos biologieos:; e
— estratégias de gestao do risco financseiro relacionado com as actividades agricolas.

A entidade deve apresentar as variacëes no periode no valor eontabilistico dos activos biolêgicos, nao sendo
reguerida informagaa comparativa, Devem incluir-se:
a) os ganhos e perdas resuitantes de variag6es no justo valor, menos os custos estimados no ponto de
verda;
aumentns resultantes de compras;
KEE
n. MA ET:

reducëes davida a vendas:


D

reducies resullantes de colheitas;


RE

BUmentos resuliantes de concentracëes de actividades emprasariais;


mm Mr

ft) diferengas de cêmbio liguidas resultantes da tranisposicêo de demonstrac6es financeiras para outra
moeda de apresentacan e da transposicëc de uma unidade operacional estrangelra para a moeda de
apresentacan da entidade aus relate; &
g) outras varlacoes,

Esta reconciliacao deve segregar os activos biolëgicos mensuradas ac justo valor daaueles due sén mensu-
rados pelo model do custa. Adicionalmente, a reconclliagëo deve incluir os seguintes montantes incluidos no
resultado liguido relativo acs referidos activas biologios:
a) perdas por imparidade;
b) reversao de perdas por imparidade: &
oe) depreciacao.

Divulgagëo adicional para activos biolégicos cujo justo valor na0 passa ser mensurado com fiabilidade
Se a entidade valoriza os activos biolëgicos ao valor de custe, menos a depreciagëo acumulada e as perdas
de imparidade acumuladas ric fim do perioda, deve divulgar-se:
a) a desericëo dos aclivos biol6gicos;
b) urma explicacéo da raz&n pela aual o justo valor nêo pode ser mensurado com fiabilidade;
C) se possivel, estimativa de intervalo de valores onde, provavelmente, o justa valor se situe;
d) o metodo de depreciagaa utilizado:
B) a vida uil ou as tawag de depreriacëo utilizadas; a
f) o valor contabilistica brula & a depreciacëo acumulada (agregando as perdas por imparidade acumula-
das) no inicioe na final do periode.

Se, durante o periodo corrente, a entidade valoriza es activos biol6aicos ao valor de custo, menos a depre-
Clacag acumulada e as perdas por imparidade acumuladas, deve divulgar-se gualguer ganho ou perda reco-
nhecidos na alenacëo desses activos biolégicos.

Sa o justo valor do activo biolêgico previamente mensurado ab valor do custo reduzido da depreciagaa aCu-
mulada e& de perdas por imparidade acumuladas se toma mensuravel de forma fiëvel durante o corrente.
perlado, a entidade deve divulgar, reiativamente a esses activos biol6gicos:
a) a descricap dos activos biolégicDs:
b) a descrig&o da raz#o pela dual o justo valor se tormou mensurêvel de forma fidvel;
Cc) o efeita da alteragao.

600
SHE EXPLIEADA Cnoelruia 9 Agrieuktura

Suhsidios da Governa
a) a nalureza e o montante dos subsidios do Governa reconhiecidos nas dempristracdes financelras;
b) condicées n&o cumpridas e outras contingências associadas as subsfdios do Governo,
C) reducëes significativas esperadas rio mantante dos subsidios do Geverno.

9.8 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


A IAS 41, base da NCRF 17, era de aplicac&o supletiva em Portugal, pela facto de nêo existir em Porlugal um
normativo especelfico para a actividade agricola, No entanto, os aspectos abaxo indicados poderag originar efel-
tos nas demonstracbes financelras:
—segundo a NCRF 17, os activoe biolégicos devem ser mensurados pelo seu justa valor, deduzido dos
encargos estimados de comercializacao, exceplo se a juste valor nao puder ser mensurado com fiabil-
dade. O POG consagrava o custo de produGëo, embora aceilasse a mensuragëo pelo valor realizével
liauido, deduzido da margem normal de lucro se a determinacëo do custo de producëêo acarretasse custos
G@XCBSSIVOS; &
—segundo a NCRF 17, os ganhos nu perdas decorrentes do uso do modelo do justo valor sêo incluidos no
resultado do periodo em gue ocormem. O POC era omisso sobre este aspect.

9.9 - DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ILUSTRATIVAS NUMA BASE SNC


Nota sobre politicas contabilisticas
Gado e leite
O gado é mensurado ao justo valor, mens os custos eslimados alé ao ponto de venda. D justo valar do
gado é determinado com base no preco de mercado do gado de idade similar, raga e mêrito genetico. O leite é
inicialmente mensurado ao seu justo valor, mens 08 oustos estimados no ponto de venda na data da ordenha.
OD justo valor do leite é determinado com base no preco de mercado na regiëo.

Notas - Iniormacdes gerais


A Companhia llustrativa, 8. A., esté envolvida na producëo de laite para formecimento a vêrios clientes. Em
31 de Dezembro de N, a ampresa detém 657 varas aptas a produzir leite (activos imaturos). A empresa produ-
zlu no exercicia de N um total de 205 844 litrosde leite com um justo valor, menos custos estimadas no ponto de
venda de 705 400 € (determinadn na maomento da ordenha).

Nota - Activas hiolêgicas


N N-1
Inicie do ana 35 000 25 000
Aumentos por aguisigbes 25 DOO 10 009

Ganho resultante da alteragêes no juslo valor, menes Eustos


estimados no ponto de verida atribuiveis a ailerag0es fisicas 5 000 4 DA0

Ganho resultante de altaracëes no justo valor, menos eustes estimados


no ponto de venda alribulveis a alteragoes de precos 7000 eeiele)
Diminuicëes por vendas (15 DOOD) (10 000)

Final do ano 57 000 35 000 |

6O1

ME
SHE EXPLICANN
Eariruua Ad Agrleultura

9.10 —TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Reproduzem-se abaino os artigos ralevantes do Cédigo do IRC:

Artigo 18.” — Periodizagao do lucro tribut&vel uso ou de venda, incluem-se no custo de aauisicao
ou de produGao os custos de empréstimos obtidos
(3) due Ihes sejam directamente alribuiveis de acordo
7 - Os gastos das exploragoes silvicolas pluria- Gom a normalizacas contabilistica esperilicamente
riuais podem ser imputados ao lucro tributëvel tendo aplicawvel.
em corisideracëo o ciclp de produsëo, caso em aue (ss)
a guota parte desses gastos, eauivalente a percenta-
A — Consideram-se pretos de venda os constantes
gem oue a extraccao efectuada no pericdo de tribu-
de elementos oficiais ou os uitimos due em condicdes
tacëo represente na producëo total do mesma pro-
narmais tenham sido praticados pela $ujeito passiva
duto, e ainda nao considerada em periode de
ou ainda os gus, no terme do pêriodo de tributagëa,
tributacëo anterior, é aclualizada pela aplicacën das
coeficientes constantes da poriaria a oue se refere o
forem correntes na mercado, desde aue sejam censi-
derados idoneos Du de eontrols Ineauvoee.
artigo 47.7.
)
Artigo 20.” - Rendimentos
Artigo 35.” - Perdas por imparidade fiscalmente
1 - Gonsideram-se rendimentos os resullantes de
dedutiveis
operacëes de gualauer natureza, em conseguência
1 — Podem ser deduzidas para afeitos fiscais as
de uma accao normal ou ocssional, basica ou mera-
mente acassdria, nomaeadarnente: seguintes perdas par imparidade contabilizadas na
mesmo periodo de tribulacao ou em periodos de tri-
ES butacap anteriores:
g) Rendimentos resultantes da aplicaG&o do justo
(ee)
valar em activas biol6gicos consumivels due
nn sejam exploracëes silvicolas plurianuais; Cc) As gue consistam em dasvalorizagoës sxcep-
Cionais verificadas em aclivos fixos tangiveis,
(es) activos intanglveis, activas biolégicos nêo con-
Artigo 24.” - Gastos sumiveis & propriedades de investimento.

1 — Eonsideram-sê dastos os due compravada- Hi


mente forem indispensêvels para a realizaGên dos 3 - As perdas por imparidade & outras correcgBes
rendimentos sujeitos a imposto nu para a manuten- de valor referidas nas numeros anteriores due naa
G&o da fonte produtora, nomeadamente: devam subsistir, por deixarem de se verificar a8 con-
dicées objectivas gue as determinaram, consideram-
(ss)
-se coMmponentes positivas do lucro tibutavel da raa-
j) Gastos resultantes da aplicag4o da justo valor
pectivo periode de tributarëo.
em activos biol6gices consumiveis gus naa
Spjar exploracëes silvicolas plurianuais; (sy)
() Artigo 38.” - Desvalorizacêes excepcionais
Artigo 26.” - Inventéêrias 1 — Padem ser aceites corma perdas per imparl-
dade as desvalorizacoes excepcionais referidas na
1 — Para efeitos da determinacën de lucro trihutê-
alinea e) do n.” 1 da arligo 35.” provenientes de cau-
vel, os rendimentos e gastos dos inventêrins san os
sas anormais devidarente comprovadas, designa-
due resultarem da aplieac&o de mêtodos gue. Utili-
damente, desastres, fenémenos naturais, inovagdes
zZem:
técnicas excepcionalmente rapidas ou alteracêes
(ss) sionificativas, com efaito adverso, no contexto legal.
d) Precas de vanda das produtos celhidos de acti- ? - Para efeitos do disposto na nimero anterior, @
vos biolégicos no momento da colheita, deduzi-
sujeito passivo deve obler a aceitagse da Direcsao-
dos dos custos estimadas no ponto de venda, -Geral dos Irmpostos, mediante exposicao devida-
excluindo os de transporte:e outrtos necessêrins
mente fundamentada, a apresenlar atë aa fim do pri-
para colocar os produtss no mercado: melro mês da perlodo de tributacëo seguinte ao da
do) ocorência dos factos Aus daterminaram as desvalo-
2— No caso de os inventêrios reguererem um periado rizagBes excepelonais, acampanhada da doacumen-
superior a& um ana para alingiem a sua eondicao de tacën eomprovativa dos mesmos, designadamenië

602
BMG E#FLICADO Farimia A Agrieultura

da decisao do competente drgao de gestio dus con- a) Activos fixos tanglveis, activos INtanglveis, acti-
firme aaueles faclos, de. justificacao da respeclivo vas. biolégicos dus no sejam consumiveis &
montante, bem como da indicac#o do destino a dar propriedades de investimento, ainda due aual-
aps aclivos, gauando o abate fisico, o desmantela- auer destes activos tenha side reclassificado
mento, oabandono ou a inutilizaeëo destes nan oeor- COMO aclio Nao correnle detido para venda;
ram no mesrmo periado de tributacëa. b) Instrumentos:financeiros, com excepeia dos
4 — Ouando os factos due determinaram as desva- reconhecides pelo justo valor nas termos das
lorizacëes excepcionais das artivos ao abate fisico, alineas a)e b) don.”9 do artigo 18.
o desmantelamerto, o abandeno ou a inutillzagao
2 - As mais-valias e as rmenas-valias sê6 dadas
ocofram no mesmo periode de tributaz#o, o valar
pela diferenca entre o valor de realizaGgaa, liguido dos
lduido fiscal dos aclivos, corrigido de eventuais valo-
encargos aus |he sejam inerentes, e o valor de aauli-
res recuperiveis, pode ser aceile comao gasto da
sicip deduzida das perdas por inparidade & outras
periodo, desde gus:
correec6es de valor previstas no artigo 45.”, hem
al Seja comprovadc o abate fisioo, desmantela- Como das depreciaGoes Au amortizaGies aceites fis-
mento, abandono ou inutilizacën das bens, alra- calmente, sem prajuizo da parte final do n.” 5 do
vés do rBSpeetvo auto, assinado por duas leste- artigo 30.”
munhas, e identificados & comprovados os
factos due ariginaram as desvalorizatêes axcep- (os)
OIoNAis; 4 — No caso de troca por bens futuras, o valor de
b) D auto seja acompanhado de relasao diserimi- mercado destes & op gue Ihes corresponderia & data
mativa dos elementos em causa, contendo, rela- da troëa.
tivarmente a cada activo, a descrigën, o. an & 0
(is)
Custo de aouisicao, bem como o valor liauido
Contabilistico & a valor lauida fiseal; Artigo 47.” — Correccio monetaria das mais-valias &
c) Seja comunicado ao servico de financas da area das menos-valias
do local onde agueles bens se encontrem, Com 1- CO valor de aguisi€&a corrigido nos termos do
a antecedência minima de 18 dias, o local, a n.” 2 do artigo anterior é aclualizada mediante aplica-
data e a hora do abate fieico, oa desmantela- Cao dos coeficientes de desvalorizacao da moeda
menta, oa abandono ou a inutllizacëc e o total do para o elfeilo publicados em portaria do Ministro das
valor liguido fiscal dos mesmos. Financas, sempre auéë, & data da realizaeën, tennam
4 -O disposto nas alineas a) a &) da numero ante- decorrido pelo menos dois anos desde a data da
rior deve iGualmente observar-se nas situaroes pre- aduisica0, sendo o valor dessa artualizagëo dedu-
vistas no n.” 2, no periode de tributacdo am aue Zido para efeites de determinazëêo da luero tibutavel.
venha a efactuar-se o abate fisico, o desmantela-
(9)
mente, o abandono ou a inutilizagaa dos artivos.
5 — A aceitacAa referida na n.” 2 Ê da eompetência Artigo 48.” - Reinvestimento dos valares de realizacêo
do director de finangas da area da sede, direcgëo 1- Para efeitos da determinacêo da lucro tributë-
efectiva ou estabelecimente estêvel do sujeita pas- vel, a diferenca positiva entre as mais-valias a as
sivo ou do director das Servicos de Inspeccaa Tribu- menos-valias, calculadas nos termos das artigos
têria, tratando-se de empresas incluidas no ambito anteriores, realizadas mediante a transmiss&o one-
das suas atribuicoes. rosa de activos liks tanoiveis, activos biolégicos gus
6 -D dorumentoa due sa refere o n.” 3 deve inte- nao sejam consumiveis e propriedades de investi-
grar o processo de documentagap liscal, nos lemos mente. detidos por um periodo naa inferior a um ane,
do artigo 130”. alnda aue gualguer destes activos tenha sido reclas-
sificado como actio nao correnitie detido para venda,
Artigo 46.” —- Canceito de mais-valias e de menos- ou em conseauëncia de indemnizaGees por sinistros
-valias pcorridos nestes elementos, & considerada em
1 — Censideram-se mais-valias ou menos-valias metade do seu valor, sempre aus, no periodo de tri-
realizadas os gannos obtidos ou as perdas sofridas butac3o anterior ao da realizagêo, no proprio periodo
mediante transmiss&o onerosa, gualduer due seja 0 de tributacëo ou até ao lim do segundo periodo de
titulo por aue se opere e, bem assim, os decorentes ributacëo seguinte, o valor da realizacao corespan-
de sinistros ou os resultantes da afectarda pearma- denie & totalidade dos referidos activos sela reinvps-
nente a fins alheias & actividade exeroida, respeitan- tido na aguisicën, producao ou construgao de aclivos
les a: fixos tangiveis, de activos biologicos gue mao Sejam

N
603
SHE EXFLICAOD
Carisuik 4 Agrieultura

med
——
s propriedades de investimento,
ou em
Consumlvei (2)
afectos a exploracëo, com excepeao dos bens 6 — N#o sendo coneretizado, total ou parcialmente,
adauliridos em estado de uso a sujeito passiva de IRS D reinvestimenia até an fim da segundo perloda de
ou IRC com o gual existam relag6es especiais nos tributacëo seguinte ao da realizagao, considera-se
termos definidos no n.” 4 do artigo 64.” como rendimeanto desse periado de tributacao, res-
9. No oasode se verificar apenas n reinvestimento peclivamente, a diferenca ou a parte proporcional da
parcial do valor de realizagao, o disposto no numero diferenca prevista nos n.” 1e 4 no incluida ne lycro
anterior 6 aplicado & parte proporcional da diferenca tributëvel majorada em 15%.
entre as mais-valias e as menos-valias a due o (5)
mesmo se refers.

No ague se refere aos Activos Biolêgicos, face & anterior versêo do Cédigo do IRC, sao de salientar as seguintes
|
diferencas:
1 - Os rendimentos ou gastos resultantes da mensuraGëio dos activos biolégicos consumiveis pelo seu justo
valor — com excepeao de exploracëes silvicolas plurianuais - passam a concorrer para a formatêo do lucro tri-
butavel.
2 - Os produtos colhidos de activos biolégicos (inventêrios) passam a ser valorizados ao preGa de venda no
momento da colheita, deduzidos dos custos estimados no ponto de venda, excluindo os de transporte & outros
necessêrios para colocar os produtas no mercado.
3- As disposicëes relativas as perdas por imparidade e as desvalorizaGOes excepcionais passam a conlem-
plar os activos biolêaicos.
4 -O regime do reinvestimento passa a incluir os activos biol6gicos.

De notar gue, no estando prevista no artige 28.” do Cédiga da IRG, nêo serê areite fiscalmente gualguer
depreciacao de activos biologicos.

604
GAPITULO 10
Participacoes Financeiras
e Gonsolidacdo de Contas
Crriruie 10. ParliclpagBes Financairas a Consolidagfo de Cantas SNC EXPLICADO

Fste capilulo est assim estruturado:


10:1 — Introducao
10.2 — Concentracëes de actividades empresariais
10.3 - Empreendimentos conjuntos e associadas
10.4 — Subsididrias
10:5 — Consolidagso de contas
10.6 — Tratamentoa nivel do IRC

10.1-INTRODUCAO
Com a revolucëo industrial e conseauente expansêo dos grupos economicos, multiplicaram-se as participa-
cées de empresas noutras empresas. A crescente olobalizac&o da economia tem levado a um considerêvel
reforco dessas participagêes, como forma de peneatrag&o noutros mercados, diversificaao de actividades,
constituicao de aliangas estratégicas, etc. A globalizagêo da economia tem levado a constituicaa de subsidid-
rias por todo o mundo, a importantes movimentos de concentragêo empresarial, atraves de fusoes e de aguisi-
coes, e ap significativo crescimento das aliangas entre empresas. Assim, as guestoes relaclonadas com esta
temstica tém cada vez male imporiêneia.

As particinacëes financeiras podem classificar-se come (i) correntes ou temporarias e (ii) de longa prazo, ou
permanertes ou naa correntes.

LUma participacëo financeira corrente ou tempordria é um investimenlo financelro gue &, por natureza,
prontamente realizêvel e se destina a ser detido por nêo mais do due um an. Trata-se de aplicacoes de lesou-
raria a curto prazo, gue podem ser converlidas facilmente em dinheiro ea aualguer momento. Na SNC, este tipo
de parlicipacao é denominada Activas financeiros detidos para negociarao, senda contabilizades na conta
1421 — Instrumentos financeiros detidos para nagociaG#o - Activos financeiros. No Balanga, estas participacaes
sÊ0 apresertadas na Activo Corrente.

Uma participagao financeira a longo prazo, também designada permanente ou nao corrente, ê urma part
cipac&o financeira gue nêo seja corrente ou tempordria. Sao participagêes financeiras com carêcter permanente
aplicac6es estratégicas gue sê deseja manier por periodo superior a um ano. Mo SMC estas participagbes inte-
gram a conta 41 —Investimentos financeiras, sendo subdividida, de acordo com o tipo de parlicipacëno, em:
— investimentos em subsidiërias;
—investimentos em associadas;
— investimentos em ertidarles conjuntamente cantroladas: a
— investimentos noutras empresas.

Subsididrias (também denominadas filiais, empresas do grupo. filhas, ailiadas. etc.) sap as empresas gue
fazem parte de ur conjunto compreendido por empresa-mêe e empresas filiais. Empresas filiais sao aguelas
sobre ae guais uma empresa (empresa-mêe) detém o poder de dominio ou de controlo (controlo exclusive).

Empresas associadas s0 aaguelas empresas onde a investidora exerce influência significativa, nao
detendo, porêm, controlo sobre as politicas operacionais, financeiras e de gestao. Presume-se gus existe
influência significativa guando a participazêo financeira varia entre 20% & 50%; no entanto, trata-sa de mera pre-
SuNGA0, UMa vez gua uma participacao inferior a 20% pade gualificar como empresa associada e uma participa-
cao inferior a 50% pode gualificar como subsidiëria ou como empreendimento conjunto.

Empreendimentos conjuntos 540 as participacoes financeiras em empresas com reparticao igualitdria da


gestëp se do cantrolp acrionista cam autrofs) parceiro(s), formalizados por acordo contratutual (centrolea com
junto). Também designados camo joint-ventures, nestes investimenios nerhium parceiro exerce controlo isolada-
mente. Normalmente, a participacao de capital é de 50% (no caso de dois sêcios), embora existam outras situa-
G6es de controle conjunte cam participacëes inferiores (por exemplo, três accionistas com 33,33% cada, elc.).

Outras participacêes financeiras - sa0 as parlicipacies financeiras onde na existe iniluëncia significativa
(por norma, aauelas aue sejarm inferiores a 20%),
SNLC EXFLIGANA Earisuio 10 Partiaipagiias Finasnelras a Consolidatae da Cartaa

Tendo em conta o controlo e influênria, podemnos dlassificar assim as partes de capital noutras entidades:

Controlo/ Tipo po d de. N orma es -


influêneia participaGao | aplicavel Heteda ei Contas Contas
individuais consolidadas
' ponto 10.4 deste Mêtodo da enuivalência | Mêtodo da
Controlo axclusivo | Subsididria NCRF 15 capltulo patrimonial (1) consolidago integral

Método da aguivalência. | Método da


Controlo conjunta Elripreendimente MCRF 13 AoRg Hie drake patrimonial ou da con- | consolidacag
Conjunta rapitula s ;
solidagao proporcional | proporcional (3)

Influêneia 3 panto 10,3 deste Mêtodo da aguivalência. | Mêtada da aauivalAncia


signifieativa Aaaoelane NERF 13. | oapitulo patrimonial (1) patrimonial (*)
Sem influência .
significativa Outras NCRF 27 Gapitula 19 dusta valor (2) dusta valor (2)

(1)—Dusto, se existram restricées severas e duradouras gus prejudiauem signiticativamente a capacidade de tansterência
de fundos.
(2) - Custo se o justo valar nên For Hiavelmente determinado.
(3) -Excluidas da consolidagao Se existirem restricées severas e duradouras gue prejudiguam significalivamente a oapacl-
dade de tansierência da fundos.

10.2 - CONCENTRAGOES DE ACTINIDADES EMPRESARIAIS

10.2.1 - Introdugda
A cantentracën de artividardes ampresariais consiste na contralo directo ou indirecto da totalidade ou parle
de uma ou mais empresas. A concentracao de actividades aperacionais pode ocorrer par:
— fusao (de duas ou mais empresas)
- Eompra de acëëes ou Auotas:
— constituicao de empresa comum por duas ou mais empresas:
—Gcompra de negeias.

Existem dois tipos de fus6es:

— por absorcan ou incerperarao e

— por Eonstituieën de urma nova soriedada.

ho primeiro tipop —a fus&e par absorcan ou incerporarie - ocorre a tansferência global do patrimonio de
uma ou mais socierdades (incorporadas) para outra saciedade (incorporante) com a atribuigao de guotas ou
aCEBes da incorparante aas detentores de capital das) incorporadals). Podern ser ainda atribuidas nuantiës
er dinheiro gaue nên excedam 10% do valor nominal das participacëes aue |hes foram atribuidas.

Do segurdo tipo —a fusëo por constituicie de nova sociedade (também chamada fusêo-concentracëo) -
ocore a transierênrcia do patrimdinio de duas ou mais sociedadeas para uma nova sociedade.

Algumas das mais importantes ouestêes gus se colocam nas Goncentracëes sa0 as seguintes'

—Oue mêtodo de cantabilizacan deve ser adoplado numa operacêo de concentrac&o (o metado de compra
OU 0 méêtodo da camunhao de interesses]?

—(Oual o custo de ums concentracAo? Como tratar parcelas desse precn aus seiam contingentes (dependem
da malterlalizagae lutura de um ou mais eventos ou eondicoes)?

— ora se deve determinar o justo valor das activos & passivos identificéveis?

607
10 ParticipagAes Financelras # Consnlidacan de Gantas SME EXPLIEADODO
Earimitu

— Oie tatamento dar ao geodwil ou ao goodwill negalivo na concentragêo? Poderemos corrigir os valores
reconheeidos iniclalmenta?

Eslas ser#o as guestêes principais a serem analisadas naste ponto.

10.2.2—A norma da CNG


A CNC emitiu a NCRF 14 —-Concentracoes de Actvidades Empresariais, a agual tem por base a IFRs 4— Business
Gombinations (Corioenlracëes de MNegëcios) emitida pelo IASB.
A NCRF 14 define concentracêo de actividades empresariais como a juncao de entidades ou aclvidades
empresariais separadas numa Unica entidade gue relata.

10.2.3 — Mêtodos de contabilizagio das concentracies de actividades empresariais


Existem dois mêétodos teëricos para contabilizacëo das concentracëes de actividades empresarials:
— 0 méladn da compra; e
—9 mêtoda da comunhêo de inleresses.

Método da compra
Os aclivos & passivos san contabilizados pelo seu justo valor, podendo ser identificados artivos e passivos
ao incluidos na contabilidade. E apurado um goodwil ou goodwil negativo em funcao da diferanca entre o
justo valor dos activos, passivaos e passlvos contingentes identificados e o custo de aauisicêo.

Mélodo da comunhig de interesses


Os activos e passivos si0 contabilizados pelos valores contabilisticas provenientes das ampresas interve-
nientes no processo de concentragëo, Ao sendo calculado goodwill ou geedwill negativa.
Gualguer diferenca entre o valor registado combo capital emitido, acrescido dos valores pages sob a forma
de dinheiro ou outros aclivos, e o valor pelo gual é registado o capital adouirido deve ser ajlustada directamente
nos Capitais prapries.
Os custos intortidos com o processo de unificacan de interesses deveam ser reconheeidns éomna gastos no
periode em due selam incorridas,

Métado a seguir segunda a NCRF 14


A NCRF 14 reguer a aplicacêo do mêtado da compra em lodas as concentragées de actividades eampresa-
riais. Segundo a NCBF 14, deve ser identificada uma adguirente em todas as concentracoes de actividades
ermpresarlais.

10.2.4 — Gusto de uma concentraeo de aclividades empresariais


De acordo com a NCRF 14, o adguirente deve mensurar @ custo de uma concentragaa de actividades
empresariais eomo o maontanta agregardo de
a) o justo valor, na data da troca, de activos entregues, passivos incarridos ou assumidos e instrumentos de
capital prêprio emitidos pele adaguirente, em troca do controlo da adauirida; mas

D) auaisguer custos directamente atribuiveis & concentragao de actvidarles empresariais.

O justo valor na data da arjuisicëo representa o custo histérico do adaguirente.

A dala de aouisicao é definida como a data em gue o adauirente efectivamente obtém o cantrolo da adaui-
rida. Ouanido o aontrolo é obtido através de compras sucessivas de accëes, D custo da concentracëo é o valor
agregado de cada tansaccëio individual e a data da toca ê a data de cada tansacGëa de troca, enduanto a
data de aguisig&o é a data em gue o adauirente obtém o controlo da adauirida.
ENG EXPLICADO Eariruia 10 Participagiias Financsiras & Consalidasctia de Contas

Ajustamentos contingenies ao custa de uma concentragig de aclividades empresariais em lungag de eventos


futuras
Segundo a NCRF 14, guando um acordo de concentracëo de aclividades empresariais praveja um ajusta-
mento contingerte ao custa da concentracëo em funcao de eventos futuras, o adauirente deve incluir oa mor-
tante desse ajustamerlo no custo da concentracë&o na data da anuisitëo, se o alustamento for provivel e se
puder ser mensurade com fHiabilidade.

10.2.5 — Impulatio do custo de uma concentracio de actividades empresariais aos activos adguiridos e pas-
Sivos e passivas contingentes assumidas
Segundo a NCRF 14, a adaulrente deve reconhecer separadamente os aclivos, passivos e passivos-contin-
gentes identificéveis da adnuirida & data de daguisicao, pelos sêus justos valores. apenas se salisfizerem as
seOUINtes oriteri0s:

a) Po caso de um activo Aue nio seja um activo intangivel, nuando for provavel gue fluam benelleios eeond-
micos fuluros para a adauirente eo seu justo valor possa ser mensurado com tiabilidade;

b) np caso de um passivo gue nia seja um passiva contingente, duanda for provavel gus ocorra um dxfluxo
de recursos incorparando beneficios econémicos para linuidar a abrigac&a eo seu justo valor possa ser
mensurade com fiabilidade: e

c) no Easo de um activo intangivel Du da um passiva eontingente, se o sau justa valor puder ser mensurado
oom liabilidade.

A NCRF 14 nan permite a inclusëo de provisêes para reestruturaGëo no justo valor dos passivos identificë-
veis, &A menos aus a empresa adruirida se tenha compromsetideo cam a reestruturaGao antes da aauisicêo,
Assim, os dispêndips subseguentes com a reestruturaco ser&p gastos do periode.

Parace-me pouco prudenle esta pasiëëo, uma vez gus, narmalmente, sa incerporam no preeo de €ompra os
dispêndios estimados com a reestruturagêo, o due poderê explicar o geodwil negative. Seandoa o. geodwill naga-
tvo levado directamente a rendimeanto, teremos num periode um rendimenlo &, em peariodas subseguentes, um
gasto.

Os passivas contingentes da entidade adauirida sao considerados no momento da compra, sendo reconhe-
cidos no balanco pelo seu justo valor.

10.2.6 - Goadwill
Reconhecimento e mensuragin
O geodwil representa o excessa do custo de anuisic&6 sobre a proporeao detida pela compradoer no justo
valor dos activos, passivos e passivos contingentes identific&veis, na data da compra. Aseim, para daterminar-
mos o geodwil, temes de substituir os valores contabilisticos dos activos e passivos da entidade adauirida pelos
seus justos valores e teremos dé recornhecer os passivos contingentes aue seiam mensuradas com fiabiiidade.
De notar aue poderemos ter actlvos e passivos identificados com base no justo valor e gue nêa constem na con-
tabilidade. É op €aso, por exemplo, de alguns actives intangiveis e de alguns passivos.
Felativamerite ao preco pago pelas acsoes ou guotas adaulridas, normalmente, nao hê grandes dificuldades
em se corihecer o preco papa, embora possam existir situasies em ague essa identificacao nêo seja tie linear: &
Oo caS0, por axemplo, da troca de activos (por exemplo, entrega de aegdes da entidade), onde o preza pago
deve Ser o justo valor do activo entregue ou de compras a longo prazo sem juros, onde o valor de aguisicao
deve ser descontado para a data de anuisië#a.

Na determinacêo do justo valor deve observar-se o seguinie:

Activos financeiros - valor corrente de mercado ou, lomando em conta, confomme os casos, o raciD preeo-
-luero (PER), dividendos & outros rendimentos e taxas de crescimento esperadas de titulos comparêveis de
empresas semelhantes;

ENE
609
Carlruio 10. ParticipacBug Finaneelras n Eonsalidagan
da Gentas
SHE ERPLICADO

por
Dividas a receber - valor presente (actual ou descontado) das guantias a receber, reduzido das perdas
imparidade;

Matérias-primas — custo de reposieao;

Produtos e trabalhos em curso - preco de venda estimado dos bens acabados, deduzido da soma de:
Cuslos a incorrer para o acabamento, custos a incormer para a venda e uma contrIbuIG&e razavel para o ler
bruto;

Produtos acabados e mercadorias - preco eslimado de venda, deduzido da soma de custos a incorrer
para a venda e uma contribuicêa normal de lucro bruto;

Terrenos e edificios - valores de avaliacëéa usualmente astabelecidos, com referência aas valores correntes
de mercado, se disponiveis;

Eaguipamentos e instalacoes — se para uso continuada: custo de reposiëdo de eauipamentos e instalac6es


com capacidade semelhante, salvo se o uso fuluro esperado do activo indiciar um valar mais baixo para o
adauirente.
— se para uso termporêrio: custo de reposicao para capacidade semelhante ou auantia racuperêvel, das dois
o mals baixo;
— se para venda ou detidos para posterior venda de preferência ao uso: guantia recuperdvel;

Activos intangiveis, como patentes, licencas & direitos: valores estimados ou avallados;

Activos e passivos por impostos diferidos - pelo valor presente (actual ou descontado) dos beneficios de
iMPOStoS provenientes de prejuizos fiscals ou dos impostos a pagar relalivos ao resultado linuido, calculado a
partir da perspectiva da entidade concentrada ou do grupo resultante da aguisiga0. Estes aclivos ou passlvos
s&o determinados apês se ter em conta os efeitos fiscais, se existirem, de substituir as guantias dos aclivos e
passivos identificéveis pelos seus justos valores;

Dividas a pagar e acréscimos - valor presente (actual ou descontado) das guantias a sererm desembolsa-
das para salistazer o passivo, determinado a taxa de desconio apropriada;

Passivos contingentes e compromissos com probabilidade de originarem passivos, como, por exemplo;
algurnas siluacëes desfavorêveis relativas a lpcacoes, contratos e cuslos de encerramanto de instalacies ine-
rentes & aguisicao; valor presente (actual ou descontado) das auantias a serem desembolsadas para satistazer
a obrigecën, determinando as taxas de deseonto apropriadas.

Exemplo de determinacao do goodwil:


A Sociedade A adauiriu 100% do capital da Sociedade B por 480, a aual evidenciava na data da aduisicao
OS Seguintes aclivos 2 passivos na sua contabilidarie:

Inventêrios 100
Clientes 200
Terrenas e edificics 300
Eauipamento fabril 100
Disponibilidades 10
Formecedores (200)
Financiamentos oblidos (300)
Total dos capitais préprios 210

DO justo valor dos artivas & passivos fo! assim estimado'


Inventarios la]
(Clientes 150
Terrencs & edilicios 500

610
SNE EXPLIGANN Cnrrtruia 10 PartirinacBas Firancelras n Consolidacaa de Comtas

O goedwil serd calculado como segue'


Prego pago pelas accëes 480 M
Gapitais praprios da sociedade investida 210

Dilerencas para o justo valor:


Inventêrios e clientes (60)
Terrencs e edificios 200
Passivos por impostas diferidos (42)
Justo valor dos activos e passivos da empresa 308

@uata-parte ardaguirida 100%


dusto valor dos activos e passivaos adduiridos AS (2)
Goodwil (1) - (2) 172

Os passivos por impostos diferidos correspandem aa recanhecimento do efeito fiseal future das diferencas
entre o justo valor dos actiwos e passivos identificveis & o seu valor €ontabllistico, Assumiu-se uma taxa de
impostos sobre lucros de 40%, a gual & multiplicada pela diferenga liguida para o justo valor de 140 (200 — 60).

Neste exemplo, o valor pago (480) & contabilizadno na conta Participacêes Financeiras, Este valor inclui tês
cOMPoNENKES;

1.” — A auota-parte da emprasa nos capitais préprias contabilisticas, calculada pela multiplicaGëo da percen-
tagem de participacao financeira adauirida pelo valor contabilistico dog capitais préprios & aus, neste
easn, é de 210.

2.” —A auata-parle da empresa na diferenga entre o justo valor das aclivos e passivos da empresae o valor
Contabilistico desses artivos e passivos, oalculada pela multiplicacso da percentagem de participacëa
financeira adnuirida pela diferenca entre os justos valpres e os valores contabilisticos dos activas & pas-
sivos da empresa. Neste example, essa parcela é de 98.
3.” -O valor do goodwill, gus, coma jê vimos, & a diferenza entre oa preza pago pela participacan Fnanceira
arlaulirida eo juste valor dos activos e passivos adruliridas. Neste exemplo. o goodwil ê de 172.

Ouando se adoptar o mêtodo da enguivalência patrimonial, a conta Investimentos Financeiros pode ser segre-
gada em três rubricas distintas:
-a primeira rubrica serê sempre igual & percentagem de participacëo da investidora nos capitais proprins
CENtabilisticos da investida;

—a& segunda rubrica serd igual & percentagem de participagao da investidora na diferenca entre os activos
Dassivas contabilisticos a os justas valores dos actiyos & passivos a dos passivos conlingentes identificados;

—a tercelra rubrica correspande ao valor do gecdwil, Nas contas individuais, o geedwil integra os Investimen-
ios Financelras. Nas contas consclidadas, o geadwill relativo a subeidiërias e empreendimentos Fonjuntos &
apresentado nos Activos Intangiveis enguanto gus o geadwill relative a associadas integra as Investimentas
Financeiros.

A diferenga entre o justo valor dos activos e passivos e dos passivos contingentes identificados e os valores
eontabilisticas deve ser reconhiecida em luntao da perda de substiAncia dasses activos/passivas. Per exemplo,
a diferenca entre o valor de mercado de um edificio e o seu valor contabilistico deve ser depreciada pela vida
Ltil futura do edificio.

De acordo cor a NCRF 14, o comprador deve, na data da aauisicao:

a) reconhecer o goodwil adnuirido numa concentragëo de aclividades empresariais como um aclivo; e


b) mensurar inicialmenta esse goodwill ao seu Custo:

611
Carirule 16 FarticlpagBes Financelras e Corsulidatlin He tontas SAL EXPLIGADO

Mensuragdo subseguente
Segundo a NCRF 14, apés o reconhecimento inicial, o ecomprador deve mensurar o geodwill adauirido numa
concentracëo de actividades empresariais ao eusto, mens eventuais perdas por imparidade acumuladas.
Segundo o POC, o goodwill era valorizado aa custo, menos amortizacaes acumuladas. A amorlizacAe Pro-
cessaVva-&e em cinco anos, podendo o prazo ser dilatado para 20 anos, desde gue devidamente justificade.
Uma grande alleragëo do SNC face ao POC consiste, assim, na eliminscëo da amortizasao do geadwil, o
gue origina importantes impactos nos activos 6 nos resultados das entidades.
O goodwill deixa de ser amortizado, uma vez due se considera duë o mesmo representa um prêmio page
por expectativa de lucros futuros & gue aualauer outro interessado poderê, a gualauer momento, pagar esse
prémio, ou alé mais. Assim, o goodwill gualifica-se cormo aclivo, uma vez due incerpora beneficins #EONGMIEES
futuras. Na entanto. em deaterminadas eircunstências, o goodwil pago perde valor, por variados motivos. Recen-
(Bmente. assistimos a muitas siluagëes de imparidade do goodwil na compra de empresas ligadas as novas
tecnologias. Por issa, a NCRF 14 reguer aue, anualmente, seja efectuado um leste de imparidade do goodwil.

Imparidade do gaadwill
A NOCRF 14 refere expressamente oue o goadwil adauirido nurma concentragao de actividades emprasariais
no deve ser amortizado. Em vez disse, o comprador tem de efectuar anualmente um este de imparidade, ou
mais freguentemente. se os eventos ou alleracëes de clrcunstancias indicaram ague possa existir imparidade, de
acordn com a NCRF 12.

10.2.7 - Goodwill neaativo

Reconhecimenlo e mensuracaa
O goodwill negativo representa a diferenca negaliva entre o preGo pago pelas acrées Du guolas e D justo
valor dos activos ou passiyos adauiridos e passivos contingentes. E diterenca negativa poraue significa due o
preco pago é inferior ao justo valor da aue sê comprou.

O cêlculo do goodwill negativo é processado da mesma forma aue o cêlculo do goodwil. O goodwil nega-
tivo pode ser atribuido a diferentes situag6es:

1— sap esperadas perdas operacionais fuluras ou outras perdas, decorrentes de reestruturacao da investida
(por exemplo, rescisêes de contratos de trabalho, mudangas de jay-out fabril, etc., due estêo incorpora-
das no preco de compra);

2 — foi efectuada uma compra de ocasiëo, seja aual for a razëo (econamica, pessoal, ete) due o justifiaue.

A NORF 14 prevê o seauinte tratamenta contabilistico para o gaadwill negativo:

a) respreciar a identificacao e mensuragao dos activos identificavels admuiridos, passivos a passivos eonlin-
gentes & 8 mersurasëo do custo da cancentragao, &

b) reconhecer imediatamente no resutado do periodo dualduer excesso remanescenie, apas se efectuar a


reapreciagëo acima relerida.

A IFRS 3 retere gue o ganho a recanhecer na demonstracëo dos resultados pode compreender um ou mals
dos seguintes componertes:

a) paderëo ter ocorrido erros na mensuracdo do justo valor do custo da concentragêo ou dos actives identifi-
cêveis adauiridos, passivos e passivos contingentes. A causa potencial desses erros podera ser a ocor-
réncia de possfveis custos futuros nao reflectidos carrectamente no justo valor dos activos identificëveis
adnuiridos, passivos ou passivos contingentes;
b) a mensurac&o de activos lduidos identificêveis adauiridos poderê ser afectuada de acerdo com uma
norrna eontabilistiea par Um mantanie due nan corrssporde ao seu justo valor, emhora seja tratada camo
tal para efeito de alocacëo da custo da concentragêo;
C) poderé ter-se Hatado de uma compra de ocasiao.

612
&HC ENPLICAOO Caretruin 1 Partieinagdes Financelras s Coneolidagia de Cantas

10.2.8 - Goncentraties de artividades empresariais por etapas


A concentragën de actividades empresariais poderd concretizar-se alayës de mals do dua uma operagao, envol-
vendo, pr vezes, sucessivas Compras de accëes. Neste caso, cada operacBo deve ser tratada separadamente pelo
comprador. o gual deve Galcular o goedwil/geodwil negativa com base no custo de cada transaciio e no justo valor
da propor€ën dos activas liguidos adauiridos na data de cada transaccëo.

10.2.9 — Contabilizacio inicial determinada provisoriamente


Ouando o custo de aguisicëo ou o justo valor dos aclivos, passivos e passivos contingentes identificados
torem determinados com base am valores provisêrios, a concentracano & contabllizada com base nesses valores
provisérios. Até doze meses ape a data de aauisiz&o poderan ser efecluados ajustamentos aos valores pfovi-
sOrios, o gue implicarê o recalculo do goodwilou do gaadwil negativo.

10.2.10 - Divulgacdes
Segundo a NCRF 14, deve divulgar-se informa@ao due permita as utentes das demonstrag6es financeiras
avaliar a natureza & o efeito financeiro das concentracêes de actividades empresariais pcorridas no periode au
apbs a data do balanco mas antes de as demonstragoes financeiras receberem autorizaca0 para emissao,

Para atlender esse objectivo, deve divulaar-se:

a) a denominacao social e descricoes das entidades concentradas;


b) adata da anuisicëo,
c) a percentagem de insttumentos de capital préprio adduiridos com direito a volo;

d) o custo da concentracën & deserië#p dos componentes desse custo, incluindo os custos direetamente
atribuiveis & concentracao. Ouando se emitirem, ou foram passiveis de emissêo, instrumentos de capital
préprio Gormo parte do custo, deva divulgar-se (i) o nimero de instrumentos de capital prêprio emitidos
ou passiveis de emissêo: e (ii) o justo valor desses instrumentos e a base para determinar asse justo
valor.

Caso a contabilizacao inicial de uma concentrasan de actvidades operacionais aue tenha sido efectuyada
no pariedo tenha sido determinada provisoriamente, deve divulgar-se esse facto em conjunto com uma expli-
Cagao.

Deve divulgar-se informac&o due permita aos ulentes das demonstrac6es financeiras avaliar os efeitos finan-
Ceiros dos ganhos, perdas, correec6es de erros e oulros ajustarmentos recornheeidos no periedo e due se rela-
Eionem com concentracées do periode ou de periodos anteriores.
Deve tamberm divulgar-se as alteracëes nio periodo no valor contabilistico da geodwill.
de Cantas SNC EXPLICADO
Gariruin 10 Partlelpagëes Finanselras Eansolidagdie

10.2.11— Diferencas entre o POC e o SNG


Esistem vArias diferencas entre o POC e o SNC, conforme abaixo indicado:

Assunto POC/DE1 NCRF 14


Método da compra e metode da .
Mêétodo de contabilizacao urificacto de interesses Mêtoda da compra

Provisbes para plans resultantes da Reconhecidas desde gua os eritêrios da


agulsicio ou para prejuizos ou outros |Ormisso NCRF 21 selam cumpridos. Caso nan
gastos futuros gue sê espera sejam rumpra os eritérios da NRF 21, os
incorridos em conseguënria da aguisicdo. passivos nan podem ger reconhecidos.

es Reconheeidos separadamente na data de


Passivas contingentes Omisso Bauisioio, desde gue sêja possival apurar
0 seu justa valar de forma fiëvel.

Amortizado em até cinco nos, 4 MENOS | Rggistado no Aclivo. Naa ê amortizado


Goodwii due se justfigue um periodo mais longo mas & suieito anualmente a teste de
| gue ndo deve uitrapassar os 20 anos. Imparidade
| Omissa guantoa testes de imparidade. f

Repartido pelos activos nio monetarios Levado a resultados apds se confirmar 0


adruiridos, na proporgan do seu justo justo valor dos artivas, passivos e
valor ou tratado como proveito diferidoe | passivos contingentes e 0 custo de
| Goodwil negative imputado a resultados numa base anuisicad.
sistematica durante um periode gue nao
uitrapaese cinca angs, 2 Mmenas due se
justifigus um periodo mais exienso, @
gual nio deve uitranassar os 20 anos.
Og valor ou identificagin subseguante dos
activos, passivos, passivos contingentes
AlteraGies ans valores iniciais Dmisso
podem ser alteradas até 12 meses ap6s a
data de aguisicao.
Devem ser raconhecidos activos
intangiveis identificdveis, desde gue n seu
Artivos intangiveis Omissa
just valor possa ser mensurade com
fiabilidade.

Mao eram regueridas divulgacoes Ratuerida um elevada grau de


Divulgagêes detalhadas sobre concentrardes. divulgacêes sabre as concentragdes.

10.2.12 —- Efeitos do SNG nas demonstracfies financeiras


Os efeitos do SNC nas demonstracoes linanceiras seran os seguintes'
—D goodwill negative passa a ser reconhecido como rendimento;
— 0 goodwill deixa de ser amortizado, mas terê da ser sujëito anualmente a teste de Imparidade:

— passarê a existir um maior rigor na constituican de provisêes para perdas fuluras;


- havera um maior arau de divulgacoes, uma vez oue o SNC reguer, nesla area, um volume de divulgarêes
muito superior ao reguerido pelo POC.

614
TT
SHE EXPLICADN Earitm ea 1 Parficipasties Financelras e Gonsolidacfe da Cantas

10.2.13 — Exereicios

EXERCICIO N.” 1
A Companhia ABC adouiriu em 2 de Janeiro de N uma participacao de BO% na sociedade XPTO por
900 000 euros. Nessa data, os capilais prêprios contabilistices da XPTO ascendiam a 300 000 euros (capital
soelial de 500 000 eurbs e resullados transitados negativos de 200 000 euros) a diferenca entre o justo valor e o
valor contabilistico dos seus activos e passivos era a seguinte:
Terreros * 50 000
Edificios 4 260 000
Inventêrios —90 000
Ffectue a cantabilizacêo da operagêc de compra.

Solucaa:
Em contas individuais:

DEbito - Investimentos financeiros 90D 000


Crédito - Dep6sitos & ordem ou Formecedores de investimentos 90D OOO

Sugere-se a desagregaran da conta Investimentos financeiros pelos trés componentes do preco de com-
pra: guota-parte das activos e passivos contapilisticos adauiridos, auota-parie da diterenga para o justo
valor e geodwil. Essa desagregacBo pode ser efectuada extra-contabilisticamente, sendo os elementos
objecto de divulgaGëa nas notas As contas mas recomenda-se a sua expressan contabilistica, pelo gue o
lancarmento acima passaria a ser:
Débito - Investimentas financeiros —Auota-parte dos aclivos &
passivos contabilisticos (80% x 300 D0D) 240 000
Débito - Investirmentos financeiros - aupta-parte da diferenca
para o justo valor dos activas e passivos identificaveis
(80%se 147 000) 117 600
Débito — Investimentas financeiros - aoodwil E42 400
Crédito —- Depêsitos & ordem ou Formecedores de investimenios BOD DON

OD goodwill foi assim calculado:


100% BO%
Preco de cempra 900 009 (1)
Capitais prêprios eontabilisticos 300 G00 (3) 240 000 (3)
Difererigas para o justo valor dos aclivOs & pasSivOS:
Terrenos 50 000 40 000
Edificios 280 000 200 000
Inventêrias (80 000) (72 000)
Total da diferenca para o justo valar antes do reconhecimento
de impostos diferidas 210 000 168 000
Passivos por impostos diferidos (63 000) (80 400)
Diferenca final para oa justo valar dos activos &
passivos identificêveis 147 000 (4) 117 600 (4)
Capitais prêprios ajustados (3) 4 (4) AA7 (00 357 600 (2)
Goodwil (1) —-(2) 542 400

Os passivos por impoetos diferidos correspondem ao reconhecimento do efeito fiscal futuro das diteren-
gas para o justo valor, tendo sido calculados pela aplicacêo de uma taxa de 30% de impostos sobre os
lucros (40% x 210 000).

mr
615
SHE EXPLICADD
Cariruie 10 Partielpagnee Financelras # Consulldatin de Centaz

Em contas consolidadas:
Crécito - Investimentos financeliras
900 0OD
Débito - Goodwill 542 40D
Deébito. -Terrenos 50 000
Débito -Edificios 250 000
Crédito - Imentêrios 90 000
Crédito - Fassivos por Impostas diferidos 63 000
Crédito - Interesses minoritêrios - Balanco (20% x 447 DOOD) 89 400
Débito - Capital social 500 000
Crédita -Resultadas transitados 200 000
1842 400 1842 400

EXERCICIO N.” 2
A Investe SGPS adauiriu er 30 de Jurho de N a totalidade do capital social da Têxil de Delras por 500 O0OD euros.
Nessa data, o capital proprio da adnuirida era de 100 DOO euros, aseim compuoslo:
Capital social 50 DOOD
Rieservas de reavaliagêa 100 000
Resultados tansitados (60 000)
Resultado lguido da periëda 10 0DD

A Gnica diferenca entre o justo valor dos activos e passivos e 0 seu valor contabilistico relere-se aos gastos esti-
mados com restisêo de 50 postos de trabalho no montante de 200 000 euros, estando cumpridas ds condicoes
regueridas pela NCRF 21 para o reconhecimenlo de provisap para o efeito. As demonstracoes financeiras da Têxtil
de Deiras para 6 exercicio terminado em 31 de Dezermbro de N evidenciam um prejuizo de BO 000 euros, o gal
Inclui como gastos os 200 000 euros de indemnizagées pagas por reseisêo dos contratos de tabalho, tendo-se
também reconheeido activos por impostos diteridos sobre o prejuizo, por se considerar ser provavel a sua reali-
ZaGAao.,

Solucao:
1.” -Langamentas na data da compra

Em contas individuais:
Débito. —Investimentos financeiros - guota-parie dos activos e
passivos contabilisticos 100 000
Crédita - Investimentos financeiros - auota-parte da diferenca
para o justo valor dos activos ea passivos identificdveis 140 00D
Débito - Investimentos financeiros - goedwill 540 000
Crédito - Depisltos & ordem ou Formecedores de investimenlos 500 000

O goodwill fo assim calculada:


Preco de compra 500 OOD (1)
Capitais préprios contabilisticos 100000 (3)
Diferencas para o justo valor dos activos e passlvos:
Provisêo para reestruturag&o (200 0OD)
Activos par impastos diferidas &O DOO
Diferenca final para o justo valor dos artivos ë
passivos identificéveis (140000) (8)
Capitais priprios ajustados (3) 4 (4) (40000) 2)
Goodwil (1) —(2) 840000
616
SNEL EXPLICADO Ceritutu 10 Particlnagdes Finnneelras e Corrolidagio de Contas

Em contas eonsolidadas:
Grédito - Insastimentos financeiros 500 000
Débilo —- Goodwill 54 000
Crédita —- Proviedes para reestruluraGao 200 000
Dêbilo — Actvos par impaestas diteridn “BO 000
Débito - Capital soeial 50 000
Débito —Reserva de reavaliacao 100 000
Crédito - Resultados tansitados 60 000
Débito —Resultado liguida do perioda 10 000
760 009 760 000
2.” -Langamentos ro final de exercicia
Em contas individuais:
Pelo reconhiecimento da guota-parte no resultado do exercicio
Débito - Investimeantos financeiros 90 000
Crédilo —- Conta 7852 -Rendimentos e ganhos em subsidiërias
— Aplicacëo do métaoda da eguivalência patrimanial 90 (00D
Pela realizac#o da difterenca para o justa valor
Déêbito — Investimentos financeiros 140 000
Crédito — Conta 7852 —- Rendimentos ea ganhos em subsidiërias
—Aplicacao do mêtoda da eguivalência patrimonial 140 00D

DO luero a reconherer coresponde aa lucrm desde a data da compra atë an final do exerricin es ë assim
ealeulado:
Lucro na data da compra (i/1 a 30/6) 10 000
Prejuizo do exercicio (1/1 a 31/12) (80 600)
Prejuiza apos a Compra (80 AO)
De notar gus este prejuizo estd afectado pel reconhecimento camo gastas das 200 DOOD euras de indem-
nizacêes pagas por rescisdes de contratos de trabalhio, bem como pels reeonhecimento de activos por
impostos diferidos. Dada gus este prejuiza tinha sido jê incorporado pela comprador no seu preta de
compra, na 6ptica do investidor nan existe um prejuizo mas sim a materializacêo da diferenca para o justo
valor idenlificada na data da compra. Assim, para oa investidor o resultado apés a compra deverd ser;
Canforme contas estatutdrias
da adauirida (80 000)
Indermnizacees 200 000
Ffeito fiecal das indemnizaGêes (60 000)
Resullado na Gptica do investidor 50 000

Ds 50 DO9 euros correspondem ao salds da conta 7852 apis se aiectyarem os dois langamantos acima
indicados.
Em contas consolidadas:
Credite - Invastimeantos financeiras 500 000
Dêbito — Goodwil 540 000
Débita —- Capital sorial 50 000
Dêbilo — Reserva de reavaliac8o 100 00D
Grédito —- Resultsdos transitados 60 OO
Débito — Resultada liguidoa do periode 10 009
Crédito — Resultado liguido do periodo - gastoe com pessaal 200 000
Déêbito —Resultardo llauida do periodo - IRG 60 000
760 000 760 000

617
Carinutn 10 Farticlnactes Financelras a Bansolidagae de Contas SNG EXFLICANN

10.3 - EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS E ASSOGIADAS

10.3.1 - Introducao
Nos empreendimentos conjuntos o oantrola ê partilhado, enduanto nos investimentos em assDpeiadas nên
&yiste Controlo. esistindo apenas influência significativa,
A parlicipaAo em empreendimentos conjuntos ê cada vez mais comum, axislindo seclores de actividade em
ate os grandes nag6cios sa guase exclusivamente realizados através da asspeiagëo de duas ou mais empre-
eomplemern-
sas, É op caso do sector da canstrucëo, onde as empresas se juntam em CONEArEIEs, AArUpamentes
tares de empresas, ou eonstituem novas empresas,

As razoes para a cooperac#io entre empresas podem ser muito variadas, senda de destacar;
—redugao do risco
— eronomias de eseala;
—resposta a barreiras 4 entrada em novos mercados;
—Bypansêo internaeional;
— Bale.

Par outto lado, a globalizacêo da economia tem originado um significativo acresclmo de investimentos em
entidades nio controladas pelo investidor, sendo o investimento justificado por diversas razëes, desde a pre-
senga em mercados intermacionais & diversificagan de negêrins, ete.

No ague se refere a este tipo de investimentos financeiros, as duesi6es aue, nomalmente, surgem $ao as seguintes:
—Comoa se devem mensurar estes investimenios?
— Devem-se reconhecer resultados nas entregas de activos nao-monet#rios a esses empreendimentos? Se
sim, em aue medida?
— Gomo tratar os resultados nas transaccêes entre o investidor e a participada?
— Come reconhecer a imparidade destes investimentos financeiros?
—D gue fazer guando as politicas contabilisticas sêo diferentes?
- Devem-se considerar inteiramente realizados os resultados da empraendimento conjunto ou da assoriada
em transaccêes com o empraendedor/investidor?

10.3.2- A norma da CNGC


A CNC ermitiu a NCRF
13 — Interesees em Empreendimertos Corijuntos e Inveastimentas em Associadas, a
gual tem por base as Normas AS 31 — Interests in Joint Ventures (Ineresses em Empreendimentos Conjuntos) e
IAS Z8 — Investments in Associates (Investimentos am Assoriadas) do IASB.

A NCRF 13 deve ser aplicada na contabilizacëo de:

a) interesses em empreendimentos conjuntos e no relato dos activos, passivos, rendimentos e gasios de


empreendimentos conjuntos nas demonstracëes financeiras de empreendedores e investidores, independen-
termente das estruturas ou formas segunrdo as duais as actividades do empreendimento conjunio se realizam, ë
D) investimentos em assoreiadas.

A NCRF 13 nao ge aplica a:

a) interesees em entidades conjuntamente controladas, nem a investimentos em associadas, delidos por


Organizagies de capital de risco, as guais se rege, nesta matéria, pelas disposicies decorrentes da all-
nea b) do n.” 2 do art.” 4. do Decreto-Lei n.” 3198/2002, de 28 de Dezembro, com a redacc#o dada pelo
Decreto-Lei n.” 151/2004, de 29 de Junha: a
b) interesses de empreendedores em entidades conjuntamente controladas rem a investimentos em asso-
ciadas aue estejam classificados como detidos para venda, os guais devem ser contabilizados de acordo
com a NCRF 8 - Activos Mao Correntes Datidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas.

618
T

sMuC EKPLICADO Carin TO Parlicipacaes Finaneeiras s Contalidagfie He Cnntas

10.3.3 - Delfinigdes
A NCRF 13 define como empreendimento conjunto uma actividade econémica empreendida por dois ou
mais parceiros, sujeita a controlo Eonjunto destes mediante um acordo contratual.
Tambêm de arardo com a NCRF 13, uma assoriada & uma Entidade (incluindo-se as entidades nao consti-
tuidas em forma de sociedade, coma, por exemplo, as parcerias) sobre a gual o investidor tenha influëncia sig-
nificativa e due nan seja nem uma subsididria nam um interesse num empreendimento conjunto,
Presume-se ague eaxiste influência significativa guando a participagaa financeira varia entre 20% e& 50%; no
entanto, trata-se de mera presuncëo, uma vez gue uma participacao inferior a 20% pode aualificar como asso-
tiada e uma participagêo inferior a 50% pode gualificar come subsididria.

A AS 28 apresenta os seguintes indicadores da existëncia de influência significativa:


a) delencia de 20% au mais da poder de voto da investida;
b) representagêo no Conselho de Administracao, ou em 6rgao de gestao aauivalente, da participada;
Do) participacao nos processos de defini#o das politicas;
d) transaccëes materialmente relevantes entre a investidora e a participada;,
e) intercAmbio de pessoal de gestêa: au
f) formecimento de informaGëo léenica esseneial.

10.3.4 - Empreendimentos conjuntas

10.3.4.1 - Formas de empreendimentos conjuntos


A NCRF 13 distingue três formas de empreendimentos conjuntos:
—Dperagëes conjuntarmente controladas;
—aclivos conjuntamente controlados; &
— entidades corjuntamente controladas.

10.3.4.1.1 - Operacëes ronjuntamente controladas


O gue sêo operacëes conjuntamente controladas?
Nas operac6es Gonjuntamente controladas n&e se constitui uma entidade separada. Existe uma coordena-
CBo de artividades e trabalhos num projecte comum, €om o anvolvimento dos racursops de cada uma das par-
tes, as Ouais assumem os seus prêprios gastos e passivos. Existe um acordo contratual gue define o critério de
partilna do rédito e de gastos comuns.
Lm exemplo formecido pela NCRF 14 para aperagées conjuntamente controladas consiste na producao de
uma aeranave por dois ou mais empreendedores, sendo as diferentes parles do processp de fabrico levadas a
Cabo por cada um dos empreendedores. Cada empreendedor suporta os seus proprios custos e obtém uma
parte do rédito da venda do aviëo, sendo tal partilha determinada segundo um acordo contratual.

Reconhecimento e mensurasan
Segundo a NCRF 13, com respeito aos seus interesses em operacëes conjuntamenie contioladas, cada empreen-
dedor inclui nas suas demonstracoes inanceiras os aclivos, passivos, rendimentas e ganhos e gastos e perdas.
Naoc sendo uma entidade auténoma, nêio hê necessidade de as operagoes conjuntamente eontroladas possul-
rem coniabilidarde organizada. No entanto, para efeitos de avaliacao do desempanho da empreendimento con-
junto, as partes podem decidir a elaboragao de registos contabilisticos e demonstragêes financeiras especificas.

10.3.4.1.2 - Artivas conjunlamente conlroladas

OD gue so activos conjuntamente controlados?


Eslamos perante activos conjuntamerte controlados guando existe o cantrolo canjunio, e muitas vezes a pro-
priedade conjunta, por parte dos empreendedores, de um ou mais activos ague tenham sido contribuidos ou
adauiridos para a finalidade do empreendimento conjunto.

619
SNEC EXPLIGADO
Cariruud 10 Parliclpagies Financeiras n Conselidacfia da Contas

A referencia formecida pela NCRF 14 para aclivos conjuntamente controlados é a induistria de pelroleo, gas 8
controlar & expla-
evtraccao de minérios. Por exemplo, diferentes produtores de petroleo podem conjurtamente
e suportando uma parcela acordada dos
rar um pipeline, ulilizando-o para transporie do seu préprio produto
gaslos de operaGën.
de investimerta, $upor-
Outro xemplo é auando duas entidades Gontralam conjuntarmente uma propriedade
tande os gastos Gomuns de gestip e recebendn a sua parle das rendas.
separada,
Também nesta situacëo o empreendimento eonjunto nao dé origem a uma entidade

Reconhecimento e mensuragao
Conforme a NOCRF 13, com respeito aas seus interesses em activos conjuntamente controladnos, cada
empreendedor deve reconhecer nas suas demonstrac6es financeiras:
a) a sua parte dos activos conjuntamente controlados, classificados de acordo com a natureza dos aclivos &
nao camo um investimento:
b) aguaisaguer passivos em aus tenha incorride;
c) a sua parte em guaisguer passivos incorridas juntamente com os outros empreendedores em relacao ao
empreendimenta conjunto;
d) auaisauer rendimentos da venda ou uso da sua parte da produc&o obtida do empreendimento conjunta,
juntamente com a sua parte em guaisauer gastos incorridos pelo empraendimento CONjUNI 8
e) auaisauer gastos em gue tenha incorrido com respelito ao seu interesse ng empreendimenta Eonjunto.

Os registos contabilisticos separados podem ser limitados aos gastos incorridos em comum pelos empreen-
dedores. Tal cComo nas Operagëes conjuntamente controladas, para efeitos de avaliatao do desempenho do
empreendimento conjunto, as partes podem decidir a elaboragao de registos cantabilisticos e demonstracdes
financeiras especificas,

10.3.4.1.3 - Entidades eonjuntamente eontroladas (ECC)

O aue sêo entidades conjuntamente controladas?


Uma entidade conjuntamente controlada é uma entidade juridica distinta, eujo conirolo ê partilhado, pelo due
nao existe gualguer diferenca tace as demais entidades relativamente as suas obrigagoes €ontabllisticas.

Reconhecimento e mensuragan
Contas individuais
O reconhecimento das participagêes em entidades conjuntamente controladas nas demonstraGoes financel-
ras individuais depende de o empreendedor estar pu nêo sujeito & apresentagao de demonstracoes financeiras
Consolidadas:

1.” situacao —o empreendedor nêo é obrigado a apresentar contas consolidadas


A NCRF 12 prevê duas altermativas guanto ap reconhecimento nas demorstragoes financeiras individuais
das participac6es em entidades conjuntamenle controladas, nos casos em due o empreendedar nêa esteja abri-
gado a elaborar contas consalidadas:
— GoNsolidasao proparcional; Du
— mêtodo da enuivalência patrimenial.

2.2 situacao -o empreendedor é obrigado a apresentar contas consolidadas


Neéste caso, a NCRF 13 reguer a adopcëo do meétodo da eaguivalêneia patrimonial nas contas individuals;
uma vez gue, nas contas coneolidadas. a entidade serd integrada pelo mêtodo da consolidacao proparcional.

Contas consolidadas
Se o empreendedor estiver obrigado a elaborar demonstracêes financeiras consolidadas, o reconhecimento
das parlicipacëes em entidades conjuntamente controladas serd efectuado nas contas consolidadas pelo
método da coneolidasao proporcional.
sHE EXPLICADO Fariruis 10 Partisipagies Financeliras e Consolidagfin de Fontas

Mo mêtode da consalidac&o proporcional, ê permitido pela NCRF 13 o uso dos dois fommatas de relate para
levar a caba a consolidacêo proporcional. O empreendedor pode combinar a sua participaGao nos activos, pas-
sivos, reridimentos ea gastos da ECC com os elemenios semelhantes nas suas demonstracoes finaniceiras Consg-
lidadas numa base linha a linha. Altermativamente, pode incluir os elementos em linhas separadas.

Em resume:
D reconhecimento das entidades corijuntamente controladas nas demonstracëes financeiras do empreende-
dor pode ser sintetizado como segue:
O empreendedor é obrigado a apresentar contas consolidadas:
Contas individuals Contas consolidadas

Sim MEF Método da consolidagdo proporcional


Mio MEP ou consalidac4o proparcional M/A

Tratamento a dar no caso de alteracëes no tipo de investimento


A partir da data em aue uma FCC se tore uma subsidiaria, o empreendedor contabiliza o seu interasse de
acordo com a NCRF 15 — Investimentos em Subsidiërias e Consolidacao. Caso o ECC se lorme uma associada, a
contabilizacao faz-se pelo método da eauivalência patrimonial.

10.3.4.2 - Contabilizacio de empreendimentas conjuntos guando nê existe controla conjunto

Temos de considerar duas situagoes:


1#— na0 &xiste eontrolo corjunte mas existe inlluência significativa;
2 — na existe controlo conjunto nem influência signitiativa.

10.3.4.21 — Naa existe eontrola conjunto mas existe influëncia signilicativa


Neste caso, deva ser adoptado o método da eauivalência patrimonlal.

10.3.4.2.9 — Nip existe eantrala nem influência significaliva


Nao exislindo controlo nem influência significativa, o reconhecimento do empreendimenlo coNjunto deve ser
assim reconheeido;
— conIas Individuais - pelo Gusto;
— CONtas conNsolidadas - pelo Custo ou aa justo valar.

10.3.4.3 —- Retonherimento de resultados em transacies com um empreendimento conjunto


10.3.4.31 - Contribuicëes ou vendas pelo empreendedor
ento
Segundo a NCRF 13, o resultado das contribuicées ou vendas de um empreendedor a um empreendim
conjunto deve reflectir a substência da operacao.

Perdas
As perdas em transacc6es com um empreendimento conjunto devem ser reconhecidas pela totalidade,
liauido dos acti-
desde gue a contribuitëo ou venda proparcione evidência de uma reducao no valor realizavel
VOS Corentes ou de uma perda por imparidada.

Ganhos
conjunto. sê
Relativamente aos ganhos, terd de se confimar se os activos permanecem no empreendimento
sim, apenas se reconhece a pafcela do ganha atribuivel & participagêo dos outros empreend edores (assumindo
activos jê foram reslizadas, reEo-
due se taristeriram os riscos significativos e recompensas de posse), Se oe
nhece-se on ganha total.

621
T
Paris 10 Participagëes Financairas oe CanselidasAa He Cantas BNEC EXPLICADNO

10.3.4.3.2 - Compras pelo empreendedor


A parcela dos lucros do empreendimento conjunto due sê refira a vendas para o empreendedar deve ser
deduszida do resultado do empreendimento conjunto para efeito da recanhecimento de resultados nala
empreendedor, uma vez due, na 6ptica do empreendedor, esses lucres nê&a se encontram raalizados. Essa par-
cela dos lucros serê reconhecida guando o empreendedor revender os activos a terceiros.
Os prejuizos da empreendimenta conjunta am vendas ac empreandedor devem ser reconhecidos de ime-
diato, a menos due nao representem uma reducao do valor realizavel lfdguido de activos carmentes ou uma perda
por imparidade.

10.3.5 — Investimentos em associadas


A NCBF 13 refere gue um investimenlo numa associada deve ser contabllizade usando o mêtodo da eauiva-
lëncia patrimonial, excento se existirem restricëes severas & duradouras aue prejudiguem significativarmente a
capacidade de tansferência de fundos para a investidora. devendo nesse caso ser adoptado o metodo do custo,

Conforme vimos na concentracëo de actvidades empresariais:


1-0 goodwill é incluido na guantia. eseriturada do investimento, nêo sendo sujeito a amortizacdo, no
entanto, tera de se efectuar anuaimente teste de imparidade do goadwill.
2-0 negative goedwil é reconhecida como um rendimento.
3-A diferenca entre o justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados da assoriada e
OS respeclivos valores contabllisticos deve ser reconhecida como ajustamento ao resultado da asso-
ciada, com base na perda de substência dessas diferengas, por exemplo, tratando-se de activos depre-
eidvels, com base na sua vida util remangscente.

Reconhecimento de perdas numa assoriada


As perdas numa associada sêo apenas reconhecidas até ao montante do investimento efertuado, incluindo
interesses de longo prazo (par exemplo, emprestimos).
Segundo a NCRF 13, haverê necessidade de se reconhecerem perdas adicionais se o investidor incorreu er
obrigacbes legais ou construlivas ou tenha feito pagamanlos a favor da associada. Casn, subsenguentemente, a
assoriada apresente lucros, o investidor ratoma co reconhecimento da sua parle nesses lucros somernte apos a
sua parte nas lucras igualar a parte das perdas nên raconhecidas.

10.3.6 - 0 métoda da etuivalência patrimanial (MEP)


Este método da maior relevancia aos factores de ordem econémica resultantes das relacëes entre as empre-
sas, sto &: ohserva o principio da substência sobre a forma.
D mêtodo da eguvalência patrimonial é definido pela NCRF 13 como o métoda de cantabilizacëa pelo dual &
investimento ou interesse é inicialmeante reconhecido pelo custo ea, pasteriormenie, ajustado em funcao das alle- |
racëes verificadas, apds a adguisiëëo, na nuola-parte do investidor ou do empreendedor nos activos liguidos da
investida ou da entidade coniuntamente controlada. Ds resultados do investidor ou empreendedor incluem a
parte gue Ihe corresponda nos resultados da investida ou da entidade conjuntamente cantrolada:

O investimento & inicialmente registado pelp seu custo, mas as participazdes financeiras sa subseguente-
mente ajustaras, em Carla periode, pelas alteracêes ocorridas na capital prêpria das participadas. Gontraria-
mente ao método de custa, o valor do investimento é, em cada balanco, allerado, tenda am conta as variages
mos Capitais prêprios da investida e. em particular, os lucros ou prejuizos da investida. I
Assim, o métado da eguivalência patrimonial reconhece gue os lucros obtidos pelas participadas aumentam
Oo valor da investimento. assim come os prejuizos o diminuem. Adguando da distribuigëo de resultados, o valor do
investimento é diminuida, visio gue pelo recanhecimento dos lycros o valor do investimenta tinha jê sido aumen-
tado e pelo recebimento dos dividendos verifica-se uma alteragëo na composicao das activos gue deixam de
eslar representados por investimentos financeiros, passando a estar representados por disponibilidades. |

O principal argumento para o uso deste mêtodo é gue 2 investimento evidenciado nas demonstracëes finan-
Celras da investidora esié rie acordo com a guota-parle da investidora nos capitais prprias da investida.

622
SNG EXPLICARO EkFiruin 10 ParilcipacAss Finanrairas a GanselldacAn de cCuntas

Apresentam-se abaixo os lancamentos a efectuar nas principais alleraooes ao capital proprio das participadas:

Natureza da alteracao Debita-se Credita-se

Lucro da exercicio Participactes finariceiras Rendimenigs e garihos

Preiuizo do exercicig Gastos e perdas Parlicipagees financeiras

Reavaliacëio Particinacoes linanceiras Capital préprio

Distribuics0 de dividendos Depésitosê ordem Partjcipacoes financeiras


Aymento de capital por incorporagda
de reservas Se HA

Aumento de capital em dinheire Participacies financeiras Depêsitas 4 ordem

Na aplicacao do método da eguivalência patrimonial, deveros ter especial atencao as situacoes abalxo
indicadas:
1— use de diferentes politicas contabilisticas;
2—arulacëo de resultados nêo realizados;
3 — diluicë0 ou aumento de participac6es financeiras por aumentos de capital;
4 —aplicacao do ganho da eauivalência patrimonial.

Uso de diferentes politicas contabilisticas


Na aplicacao do mêtodo da eguivalência patrimonial, o resultado das participadas deve ser corrigido para
politicas con-
rellectir o efeilo de politicas contabilisticas utilizadas pelas participadas gue sejam diferentes das
tabilisticas da investidora.

Consideremos n seguinte exemplo:


Uma entidade possui uma participagêo financeira de 30% noutra entidade (assoeiada). A asspeiada apre-
senta um prejuizo ro exercicio de 500 € e deprecia os seus activos com base numa vida uil estimada de
20 anos.
A investidora considera aue a vida uil dos activos da sua associada é de 10 anos. As depreciagoes con-
tabilizadas pela associada no exercicio ascenderam a 100 €.
Resultado a ser reconhecido pela investidara:
Prejuizo conforme demonstrag6es financeiras da associada 500 €
Efeito do uso de diferente base de mernsuraGao 100 €
Prejuiza corridido GOD €

Percentagem de participacën financeira x 30%

Prejuizo a ser reconhecido pela investidara 150 €

Deve levar-se em conta o possivel reconhecimento de impostos diferidos sobre o ajustarmento efectuado,
do investidor.
bem como a possibildade de alguns bens estarem jê totalmerte depreciados na 6ntica

Anulacëo de resultadns nan realizadas


As tansaccëes entre um investidor e uma participada poderêo ser:
investidor),
—transaccoes ascendentes (par exemplo, vendas de aclivos de uma participada aa seu
— transacgies descendentes (por exemplo, vendas de activos de um investidor & sua participada).

Na data do balanGo os resultados dessas transacGées poderap estar;


— tealizados (0 comprador revendeu a terceiros o activo adauirido);
— nao realizados (o activo adnuirido permarece no activo do EEMmPprador).

623
SNC EXPLICADA
Cnrirute 10. Particlpacëns Financelras e Cansolidardu de Cuntas

guer em transac-
Oe resultados nao realizados (total pu parcialmente) — duer em transaceoes ascendentes
Gées descendentes — tém de ser eliminados.
lauida de impos-
Exemplo: Uma associada apurou um luero liguido de 900 €, tenda realizado um ganho
sua ass0-
tos de 700 € na venda de um activo ao investidor ABC, o gual possui 25% do capital dessa
ciada. Na data do balanco, esse activo permanece nas contas do investidor.

O resultado a ser reconhecido serê:


Luero llauido conforme demonstracBes financeiras da associada 900 €
-700 € [
Menos:resultado nao raalizado
Luero lguide carrigida 20D €

Percentagem de participacëo financeira BR


Lucro liguido a ser reconhecido pelo investidor s0 E€ |

Posteriormente, auando o investidor realizar o actio (pala venda), o ganho da Asspriada gue estava “dile- |
do" (700 €) serê reeonhecido pela gucta-parte do investidor (25%). |
Caso'o activo adduirido seja um aclivo fixo depreciëvel, o ganho da assoolada serê recorinecido em funca9 '
do namero da meses da depreciacëo efgctyada pelo investidor.
I
Diluicdo ou aumento de participaces financeiras por aumentos de capilal
'
Gonsideremos um aumento de capital por realizacao em dinheiro ou espêcie, nêo tendo a investidora man-
|
tidoa sua guota-parte - neste caso, leremos de analisar distintamente duas situacfes:

` ainvestidora nao subscreve o aumento de capital ou subsereve numa pereentagem inferior & actual particl-
pacao detida, passando a deter ma menor participagdo financelra;
a inveslidora subscreve sozinha o aumenta dé capital ou em percentagem superior & dos demais accionis-
tas/s6eios. passando a deter uma malior participacao financeira.

Analisemos as consenuëncias destas situacies. Mo primeiro caso - em due a ampresa passa a deter uma
meror participacao financeira —, em substência, ocorreu uma venda de participatao financeira. Na segunde
CasD — em aue a empresa passa a deler uma maior participaGao financeira —, em subsiëneia, oeoffEy UmAa EOM-
pra de participaGëo financeira. Teremos entêo de ver se essas “vendas" pu “compras” se efectuaram a precos
unitêries superiores ou inferiores ao valor dos capitais prêprios da participada dividida pelo numero de accoes,

NO caso da “compra', seguem-se as regras aplicêveis aa geodwill/negative goodwill. No caso da “venda",


teremos de proceder ao reconhecimento de resultados, podendo ter um lucro ou Um prejuizo na operacëo.

Exemplo 1: a empresa A detém BO% da empresa B, a dual apresenta capitais préprios de 500 € & um
Capital social de 100 €, representado por 100 acgëes de 1 €. Na contabilidade de A, a participazao
financeira consta no activo por 40D €.

A empresa B aumentou o seu capital em 460 € atravês da emissêo de 300 accëes com um valor nominal
de 1€,acrescido de um prémio de emissêo de 0.5 €.

Antes do aumenta Apas o aumento


Capital social de B 100 400

Gapitais préprios de B 500 950


% de parlicipacao de A BO% 20%
Ouota-parte de A 400 180

Verifica-se, assim, uma reducao do activo de A de 400 € para 190 €, o gue representa uma perda de
210 €. Esta perda é justificada pela venda de 60% da participacëo em B por 1,5 € auando o valor eonta-
bilistico era de 5 €.

Gd)
SMG EXPLIGAPA CMrirue 10 Partisinagaas Finaneairaa BConsolldagie de Gontas

Exemplo 2: a empresa A detém BO% da empresa B, a riual apresenta capitais proprios de 500 € & um
capital social de 400 €, representado por 400 actoes de 1 €. Na contabilidade de A, a participacao
financeira consta no activo por 40D €.
A empresa B aumentou o seu capital em 800 € através da emissêo de 400 acc6es com um valar neminal
de i€, acrescido de um prémio da emissao de 1 €,

Antes do aumento Apaês o aumento


Capital social de B 400 AO0
Capitais préprios de B &00 1300
% de participasan de A BO% AO%
Ouota-parle de A 400 520

Verifica-ae anul um aumento do valor da participacëo financeira de A, de 400 € para 520 €, sendo 6
ganha de 120 € explicado pela venda de accëes por 2 € guando o sey valor contabilistico era de 1,25 €.

Aplicacio da ganho da enuivalência patrimonial


A muola-parte da investidora no lucra das investidas, reconhecida pelo método da eaguivaléncia patrimonial,
representa um luero Gontabilistico aue nio estê realizada financeiramente. Infelizmente, nao foram adaptadas as
disposicêes do Codigo das Soeiedades Comerciais relativamente aos lucros nao distribulveis, de forma a exeluir
dos lucros distribuiveis agueles gue resultam da aplicacëo do mêétodo da enuivalência patrimonial.

Assim, na sua proposta de aplicacê&o de resultados, a Invastidora nac podearé cantar com estes lucros para
eleitos de distribuicin ans seus acclonistas. A uinica excepran a esta regra podard verificar-se se, na data em
aue o Conselho de Administrac#a se reune para aprovar as contas e respecliva proposta de aplicacao de resul-
tarins, jA se tiver realizado a Assembleia Geral da invastida e na masma se tenhia anrovado o pagamento de
dividendos. Nesse cas0, a parcala dos lucros gus verha a ser realizada por recebimento de dividendos podera
ser considerada cormo realizada para eleito de distribuizao de dividendos na investidora,

No inicio de ano seguinte ao do reconhecimento de lueros por egukalênria patrimonial, a investidora deverd
transferir a totalidade do lucro para uma conta dos Capitais praprios - Lucros nio atribufdos. Posteriormente,
alravés de decisio da investida de efectuar o pagamento de dividendos, procede-se & transferência para a
conta de resultados transitados.

Exemplo:
A empresa A apurou no exercicia N um lucro de 300 €, dos guais 100 € sp provenientes da adopGën do
mêtodo da eguivalência patrimenial na empresa B. Na abertura da escrita em T/1/Nt1, em vez de se ere-
ditar a conta Resulitades Transitados palas 200 €, dave coreditar-se uma eonta de Lucros nao Afribuidos
por 100 € e Hesultados Transitados por 200 €.

Em 31 de Marco de N-1, a Assembleia Geral da empresa B aprovou o paagamento de dividendos no valor


de 50 (parcela atribuivel & sociedade). Lancamenio a efgctuar em A:
Dêbita - Lucrës nan atribuides
Orédito — Resultadas transitados 50

Data-hase das contas das narticipadas


As contas das participadas a serem usadas na aplicagêo do meêtodo da agumalência patrimonial deverm-se
reportar & mesma data da investidora. É, no entarito, areitêvel a uillizacao de contas com datas diferentes, desde
due NAD sxcedam três meses.
Esta simplificac#o podera ser Gil em determinadas situacëes para agilizar o processo de elaboracao das
demonstracëes financeiras da investidora. Caso ocorram transacgfes ou acontecimentos significalvos ate & data-
-base das contas da investidora, devem-se ajustar os efeltas dessas Iransaccies ou acanlecimentos.

SKOEN fi25
SNEC EXFLICADOO
Carlin 10 Participagtius Financalras e Careolldarin de Cantas

10.3.7 - Divulgacaes
A NCRF 13 reguer as seguintes divulgag oes:

10.3.7.1 — Para empreendimentas conjuntos


—Ouantia agregada dos passivos contingentes seguintes. a menos Oue a probabilidade de perda seja
!
remota, separadamente da auantia de outros passivos contingentes:
|
a) auaisguer passivos contingenles em due o empreendedor tenha incorrido em relag&o aos seus interes-
ses em empreendimentos conjuntos e a sua parte em cada um dos passivos contingentes due tenham
j
sido incorridos conjuntamente com outros empreendedares;
!
b)a sua parte nos passivos contingenies dos préprios empreendimentos conjuntos pelos duais seja contin-
gentemente respansavel, &
C) as passivos contingentes due surjam pordue o empreendedor esta Contingentemente responsavel pelos
passivos dos outros empreendedoras de um empreeridimenta canjunta.

—Ouantia agregada doe seguintes compromigsos. com respeilo aos sus interesses em empreendimentas
conjuntos separadamente de outros compromissos;
a) ouaisauer compromissos de capital do empreendedor em relaGao com os seus interesses am empreen-
dimentos conjuntos e a sua parte nos compromissos de capital aus tenham sido incorridos conjunta-
rente com outros empreendedares; 8 |

b)a sua parte dos compromissos de capital dos préprios empreendimentos conjuntos.

—Listagem e desericêo de interesses em empreendirmmentos canjuntos significativos e a proporcao do inte-


resse de propriedade detido em enlidades conjuntamente cantroladas. Um empreendedoer gus recorheza
os $eus interesses em entidades conjuntamente controladas usando o formato de relato linha a linha para a
GoNsolidacan proporcional ou o métado da eguivalência patrimonial deva divulgar as auantias agregadas 8
de cada um dos activos eorentes, das activos de lango prazo, dos passivos correntes, dos passivos de |
longo prazo, dos rendimentos e dos gastos relacionados com 0s seus interesses em empreerdimentos
cCoNjuntas.

— Mêtodo usado para recorhecimento dos interesses em entidades conjuntamente controladas.

10.4.7.2 - Para assoeiadas


a) 0 justo valor de investimentos em associadas para as guais sejam publicadas cotacëes de precos;
b) informacao financeira resumida das associadas, incluindo as guantias agregadas de activos, passlvos,
rendimentos e resultados;
Cc) as razëes pelas auais se coneluiu existir influëncia significativa guando o contrêrie era presumivel pelo
dos volos
tacto de um investidor deter. directa ou indirectamente, alravés de subsidiërias, menos de 20%
ou do potencial poder de voto da investida;
d) as razëes pelas guais se concluiu no existir influência significativa guando o contrêrio era presumivel
pelo facto de um investidor deter, directa ou indirectamente, através de subsidiarias, 20% ou mais dos
votos ou do potencial poder de vota da investida;

8) a data de relato das demonstracêes financeiras de uma assooiada, guando essas dernonstracoes finar-
celras forem usarlas na aplicagao do método da eguivalência patrimonlal e forem de uma data de relato
ou de um perfodo aue seja diferente da data de relato ou periodo da investidor, e a razëo para o US0 de
uma data de relato ou de um periode diterente;
) a natureza e a extensêo de agualsguer restricëes significativas (por exemplo, resultantes de acordos de
empréslimo ou reouisitos regulamentares) sobre a capacidade das associadas para transferir fundos para
o investidor sob a forma de dividendos em dinheiro ou de reembolsas de empréstimos ou adiantamenlas;

g) a parle nao reconhecida nas perdas de uma associada, lanto para 0 periodo como, GUmulalivamenie, sê
um investidar deseentinuou 6 raconheeirmente da sua parte nas perdas de uma associada;

626
ENC EXPLICADA Fariguua 1) Partielpagfies Financalras a Consalidactio de Coentas

h) o facto de uma assooiada néo ter sida contabilizada usando o mêtodo da enuivalência patrimanial,
guando se tratar de investimenlo delido para venda (NCRF 8);
j) informagae financeira resumida das assoeiadas, guer individualmenie guer em grupa, due nao tenham
sido oontabilizadas usando o mêtodue da eguivalência patrimonial, incluindo as auantias dos activos
totais, passivos totais, rendimentos e resultados.

A NCRF 13 renuer ainda ague:


— Ds investimentas em assocladas cantabilizados nelo mêtado da eauMvalência patrimonial sejam classtfica-
dos como activos nêo correntes. A parle do inveslidor nos resultados dessas assereiadas e a guantia eseri-
turada desses investimentas devem ser divulgadas separadamente. A parte do investidar em guaistuer
unidades operacionais descaontinuadas dessas assoriadas também deve ser divulgada separadamente: &
—a parte do investidor nas alteracëes reconhecidas direclamente no capital préprio da assoriada deve ser
reconherida directamente na capital prêprio do investidor e deve ser divulgada na Demonstragëo de Alte-
racëes no Capital Préprio.

De acordo com a NCRF 21 - Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes, ao investidar divulgara'
a) a sua parle nos passivas contingentes de uma associada, incorridos juntamente com outros investidores; e
b) os passivos contingentes ague surjam pelo facto de c investidor ser solidariamente responsavel pela totali-
dade ou parte dos passivas da associada.

10.3.8 — Dilerencas entre o POC e o SNG


As diferenGas entre o POC & o SNC cornsistem, essencialmente, em aspectos de divulgacao, uma vez due,
de acordo cam a NCRF 13. ser&o reaueridas divulgacêeas adicionais comparativamenie as divulgagêes rêgueri-
das pelo POC.

10.3.9 — Eieilos da SNC nas demanstratdes financeiras


Os principais efeitoe refererm-se 4s notas as contas due terao informasao mais detalhada.

10.3.10 - Exercicios

EXERCICIO N.” 1
Em 10 de Janeiro de N a sociedade A constituiu com outros parceiros uma sociedade B, tendo subsorito e reali-
Zado 30% do capital social da speiedade B, no aual ascende a 500 000 euras. No exercicio N a sociedade B teve
um prejuizo de 300 000 euras. Em Mi apurou um luera de 450 000 euros. Em N42 o lucro foi de 260 DOOD euros,
distribuiu dividendas de 50 000 euros relativos ao lycro de M1 e efecluou uma reavaliacëo dos seus activas fixos
tangiveis da aual resultou uma variagëo patrimanial positiva de 80) 000 euros.
Proceda & contabilizacëo do investimenta gelo mêtado da enuivalência patrimonial.

Soluc&o:
Langeamentos no ano N

Fela constituic&o da sociedade B


DEbito —Conta 4121 - Investimentes em assoriadas - participacdies de capital
— meloda da eguivalência patrimoenial 150 000
Crédito - Conta 12 - Depêsitos & ordem (500 000 x 30%) 150 000

Pela guots-parte no prejuize do ano


Débite —Conta 6852 - Gastos & perdas em subsidiarias, associadas & empreendimentos
conjuntos - aplicacêa do método da eguvalência patrimoenial (300 000 x 40%) 90 00D
Crédilo - Canta 4121 - Investimentos em assoriadas —- participagëes de capital —
método da eguivalência patrimonial 90 00D

G27
SNG EAPLIEADO
Garinuan 10 Participacdes Finameiras e Cunselidasaa da Cnntas

Lancamentos em Ni

Pela auota-parte no lycro do ana


Débito —Conta 4121 - Investimentos er associadas - participagoes de capital
135 000
— mêtcdo da eauivalência patrimonial

Crédlto - Conta 7B52 -Rendimentos e ganhos em subsidiërias,


assoriadas & empreendimentos conjuntos —- aplicagao do mêtado da
eguivalência patrimonial (450 DOOD * 30%) 135 000

Lancamentos em N-2
Transterência para lucros nêo atribuidos do resultado liguido positivo
reconhecido pelo método da eaguivalência patrimonial
Débito -Conta 56 - Resultadcs transitados 45 000

Crédito - Conta 5712 —Lueros nio atribuidos 45 000

Dividendos recebidos

DEbito — Conta 12 - Deposilos a ordem 16 0OO

Crédito — Conta 4121 — Inveslimentos em asepriadas — participag ies de capital


—método da eguivalência patrimonial 15 009
Be
Débito - Gonta 5712 -Lueros nav atribuidos 15 DOOD

Crédito - Conta 56 - Resultadas transitados 15 DO

Pela guota-parie no lucro do aro

Débito —Conta 4121 - Investimentos em associadas - participacoes de capital


- método da aauivalência patrimonial 75 000
Crédilo - Conta 7852 - Rendimentos ea ganhos em subsididrias, associadas e
empreendimentos €onjuntos — aplicacan do mêtodo da eauivalência
patrimonial (250 OO * 80%) 75 000

Peala reavaliacaa
Débito -Canta 4121 - Investimentos em associadas - participacbes de capital
27 000

"EE
— métoda da enguivalência patrimonial

Crédito - Conta 5713 - Ajustamentos relacionados com o mêtodo da eguivalência


patrimonial — decorrentes de outras variagëes nos capitais préprios das
participadas 27 000

EKERCICIO N.“ 2
A Investe detém 25% da Imoblliëria do Sul. Mo ano N, a IMobiliëria do Sul apurou um luer2 de 250 000 euros,
o gual inclui um ganHio de 150 DOD euros na venda de um terreno & Investe, o gual permanece na activo da
Investe. Alëm disso, a Imobiliëria do Sul nêo recorhiece nas suas Gontas provisées para garantias, sendo politica
da Investe reconhecer essas provisoes, Uma estimativa dos gastos com garantias relativos 4s vendas do exercl-
Cio aponta para um valor da ordem das 50 000 euros.

Efectua o lancamento - nas contas da Investe - do reconhecimento da sua auota-parle no resultado da Ime-
biliëria do Sul,
Em

Solucëo:
Temos agui duas situagëes distintas: um lucro nêo realizado (lucro na associada pela venda do terrena
due permarece no artivo da investidora) & critérios contabilisticos diferentes, havendo necessidade de se

28
T
N SMUL EKPLICADO Cariruie TY ParticipasBes Financeliras e Consnlidagia da Contas

proceder & homageneizacên de rritérios, prevaleeendn os oritërias da investidora. Assim, 0 resultado avi-
denciada nas contas estatutërias da associada tem de ser ajustade, de forma a se levar er conla o efeita
destas situaGoes,

DO resultado a reconhecer pelo investidor seré assim determinader


Lucro eoniorme caontas astatutarias 250 DON

Menos:
— resultado nio realizado - lycro na venda do tereno (150 000)
— homogeneizacao de critérins — provisêo para garantias (50 000)
Reeulfardo ajustado 50 DA0

Lancamento pela guota-parte na lucro do ane

Déêbito - Conta 4121 — Investimentos em associadas - participaroes


de capital - métoda da eguivalência patrimonial 12509

| Grédita - Conta 7852 - Rendimentos e aanhos em subsidiarias,


assooladas 8 empreendimentos conjuntos - aplicacae do
meêtodo da eguivalênicia patrimanial 12 500

EXERCICIO N.” 3
A Soriedade Têxtil Maiata, S.A. adauiriu em A0/6/N uma pariicipatao financeira de 30% na Monika, S. A. por
500 000 euros. Nessa data, os capitais proprios da Monika, 8. A. ascendiam a 700 000 euros. mantante due
inclui um lucro Hauida de 50 000 euros no semestre finda em 30/6/N. Foram identificadas as seguintes diferen-
ras entre o valor contabilistico dos artivos e os seus justos valores (em euros):

| Valor liguido contabilistica dusto valor


Terreros 50 000 100 000
Edificios 200 000 A0D DAD
| Activas intangiveis O 100 OOG
Perdas per imparidade de clientes (50 O0D) (80 000)
Perdas par imparidade de inventarios 0 (30 000)

No exercicio findo em 31 de Dezembro de N, a Manika, S. A. apresentau um preiuize de 270 DOOD auras, 8


mual est afectado pelas seguintes situagbes;

j) reconhecimento de perdas por imparidade de inventêrios no valor de 20 000 euros, due se relferem a per-
das identificadas na data da compra;
ii) reforco das perdas por imparidade de clientes na montante de 850 ODD eurcs, aus inclui as 40 00D euros
identificados na data da campra;

if) depreciacies do exercicio no montante de 90 000 euros, distribuida em partes iguais pelos dois semes-
| tes, calculadas pelo uso de 50% das tawas assorladas & vida util estimada;

iv) luero de 60 000 euros numa venda de inventêrios & Têxtil Malata em Dezembro de N, tendo a compradora
revendido a terceiros 6O% das mercadorias adauiridas.

| Na data da compra foi atribuida ao edifieio uma vida util ramanescente de 28 anDs.

Pede-se:

Apresente os lancamentos a efectuar, pelo método da eguivalência patrimonial, na data da compra a em 31


| de Dezembro de N.

629
CrrisuLe 10 ParticlpagBes Finaneolrae a Consolidacie de Ganlas SNL BXPLICAOG

Solucao:
700 000
Capitais préprios contabilisticos
Diferengas para o justo valor:
50 DDO9
—tereno
— edificia 100 000
— activos intangiveis 100 GAD
— perdas por imparidade de clientes (AD ODO)
— perdas por imparidade de inventêrios (30 000)

Justo valor das activas e passivos adguiridos BBO DDO


30%
Guota-parte adguirida
Justo valor dos activos e passivos-adauliridos 264 000

Prezo de compra 500 000


Goodwil 236 DOO

Lancamento na data da compra


D. Investimentos em assoriadas 500 000

C. Dieponibkilidades 50 00A

Lancamentos no final do ana

Ouota-parle na prejuizo da Monika, 8. A.


D. Perdas em associadas 96 000
(50 000 4 270 000) * 30%
C. Investimentos em associadas 96 000

Efeita no resultado da realizacio das dilerencas de justo valor dos inventêrios


D. Investimentos em assoriadas 6 000
(20 0O0D * 30%)

C. Perdas em asspeiadas 6 DOOD

Realizacio da diferenca de justo valor relativamente as contas a receber de clientes:


D. Investimentos em assoeiadas 12000
(40 0OD x 30%)

C. Perdas em associadas 12 000

Hom ogerelzagao das depreciacoes


D. Perdas er assoCiadas 13 600
(80 ODO/2) * 30%

C. Investimentes em assortadas 13 500

L ucro nê&o realizado na venda de inventërios:

D. Perdas em assoriadas 7 200


(80 DOOD x AO%) x 30%

C. Investimentas em assaciadas 7 200

Depreciacao da diferenca de justo valor dos edilicios


D. Perdas em associadas 600
(100 000/28 anas/2 semestres) x 80%
C.. Investimentos em assoriadas 600

630
&NEG EAFLIEAOA Earirua 10. Partieimatfas Finanreiras a Canenlidacan da Cantaez

10.4 - SUBSIDIARIAS
10.4.1 - Introducan
Subsididrias s80 as empresas sobre as Ouais uma empresa (empresa-mêe) detém o poder de dominio ou de
controla (contralo exclusivo).

O controlo é o poder de administrar as politicas pperarionais e financeiras de uma empresa, a fim de obter
beneficine das suas actvidades, sendo presumido gue existe controlo guando a detentora pessul;
— mais de 50% dos votos ou, nio caso de nêo possuir ésta percentagem dos volos, guando haja poder sobre
mais de metade das direitos de voto em virtude de um aeordo com outros irvestidores;

— poder para gerir as politicas operacioanais e financeiras da empresa, segundo clausula estatutêria ou
acordo
— poder para nomear ou exonerar a maioria das membres da Gonselha de Administragën ou Gerência;

— poder para reunir a maioria dos direitos de votos do Conselfio de Administrag&o ou Gerência.

10.4.2 — A norma da CNG


A CNC emitiu a NCRF 18 — Investimentos em Subsidiërias e Consolidacëo, a gual tem por base a AS 27 —
Consolidated and Separate Financial Statements (Darmonstragêes Financeiras Consolidadas e Separadas).

| 10.4.3 - Valorizacëo das parlicipagies em subsididrias nas demonstraces financeiras individuais


| De acordo €om a NCRF 15, nas demonstrac6es financeiras individuais de uma empresa-mae, a valoriza-
ca dos investimentos em subsididrias deve ser efectuada de acordo com o méêtodo da enuivalência patri-
monial (MEP), exceplo se existirem restrigêes severas e duradouras aue prejudiguem significativamente a
capacidade de transferência de tundos para a investidara, devendo nesse caso ser adoptado o méêtodo do
CUSEO.

Note-se gue esta determinacac da NCRF 15 é contréria a& da |AS 27, a agual refere aue nas demonstraGoes
financeiras individuais de uma ampresa-mêe os investimentas em subsidiërias sêo valorizados:

— ap Cuslo: OU
- de acordo com a AS a9 (justo valor).

10.5 - CONSOLIDAGAO DE CONTAS

10.5.1 - Introducin
A consolidac&o de contas é um processp €ontabilistico gue consiste em agregar as contas da uma empresa-
-mêe com as suas subsidiërias, de modo a tue as conlas resultantes representem a situacao financeira e os
resuitados das operacêes do grupo como se de uma Unica entidade se trataese, pretendenda apresentar ape-
nas os resullados das operacëes au as eampresas do grupo lveram cam terceiros.

Relativamerite & consolidacao de contas, as principais guestaes gua se levantam sao:

- Oue empresas devern integrar o perimetro da consalidacao?

- Oue mêtodas de consolidaczo se devem aplicar a cada tipo de participacaa financeira?

— Oual o tratamento a ser dispensado aos inleresses minoritêrios?


—Comao tratar os resullados entre empresas do grupo e assoriadas?

-O gus fazer auando as politicas contabilieticas sao diferentes?

631
Gnrirui 10 Particlpagties Financalras e Cansolidasiie de Corlas SN EKPLIGCAOD

10.5.2— 0 processo de consolidacao de contas


A consolidacAo de contas é um processo gue se desenvolve extracontabllisticamente.
Para preparar e analisar contas consolidadas ë necessêrlo ter presente a filosofia inspiradora, a aual se pode
resumir a duas pdsicëes opostas:
—a informacap consolidada destina-se, preferencialmente, aas accionistas da sociedade-mêe;
-a informaao eansolidada pretende reflectir a realidade cormplexa do grupo, como unidade econemica, for-
necendo uma imagem verdadeira e aproprisda da situagëo financeira & dos resullados da grupa.

Estas posigées correspondem a duas concepgoes basicas delendidas pelos professoras Hobson ea Moonitz,
Cujas posicées sa podern assim resumir:

ROBSON MOONITZ
Conceita Extensao da soriadada-mae De entidade

Optica Finanreira — relevéncia das participagoes Econdmica — relevincia da unidade de


np finaneeiras direcgdo

oe Destinada preierencialmerde a0s accionistas | Dave reflectir a realidade complata do


da soriedade-mie, Sê se consolida guande grupa, com tinica entidade. As contas
Iniormacio 4 informatdin resultante euidenciar de iorma | consolidadas elaboram-se para satista-
mais apropriada a situaGao financeira e zer as neressidades de informagëo das
eronbmica da grupo. investidores.

Fejtaa partir dos Interesses dos acoionistas | Afende-se a duas classes de proprietarios:
da empresa-mze. Os accionistas minorita- | — os de interesse maioritrie é
Eoeodaees rios das Tiials sti0 assimilados a credares, | 7 os de interesse minoritêrio, gue sao
ë porgue as demonstraces financeiras eauiparados a capital préprio
consolidadas saa ura mera extenisao das da | Ambhas as classes tém n mesma
sociedade-mae. tratamento.

| Coneeito de arupa Restrito Amplo

Integracio global
Mêtodo de consolidacaa | Integracëo global Integracao proporcional
Eguivalêneia patrimonial
Tipo de grupe Verticaig Verticais e horizontais
Perimetro de consalidat#a | Percentagem de cantrola superior a 50% Desde gue haja direegao unificada

A consolidagaop de contas é de aplicacêo obrigatéria em Portugal desde 1991, para a generalidade dos gru-
pos empresariais, desde gue verificados os reaguisitas legalmente estahelecidos, na seauência da publicagao
do Deereto-Lei n.” 2328/91, de 2 de Julho, aue transpês para 9 direitp interne a axigéncia da elaborasëo de con-
tas consolidadas prevista na 7. Direcliva. Na entanto, mais do gue uma exigéncia legal, a consolidagan de con-
tas Consiste numa poderosa ferramenta de gestip para 6$ grupos econémicos e, por isso, & adoptada pelas
grandes multinacionais hê muitas déêradas, bem como por alguns grupas nacionais.
A elaboracëio de contas consolidadas propicia uma fonte de informacëo interna e externa de valor incalculê-
vel. Informagao interna, pordue permile apreciar a performance de cada unidade de negêcio, bem como 6 coN-
tibuto de cada empresa para o resultado, para as necessidadas de Hinanciamento, para o cash-flow gerado,
para D activo total do grupa, etc. Para fins externos, a consolidag#o permite um conhecimento do endividamento
total de grupo, da sua rentabilidare, dos seus activos, ste.

GOM Eonsolidar
A consolidatao de contas processa-se alravés dos seguintes passos:
— determinagao do perimetro de cansolidaG&o;
—escalhia do método de cansolidaz#o a aplicar;

632
grIG EXPLIEADO Cariruie 11 Particinagaee Finaneairas a Consaligacsa da Cantas

— CONVErsin para moeda lacal das demonstracëes financeiras de subsididrias estrangeirag;


— Bomalêria das dermonstracëes finanicairas das varias empresas da Grupao:
— identificaco de politicas contabilisticas diferentes das adoptadas pela empresa-mae e introducëo de lanca-
menitos de homogeneizacao de politicas contabilisticas;
—eliminacëo (i) das participagoes financeiras em empresas do grupo e (ii) dos capitais prêprios das empre-
sas do grupo. Reconhecimento do goodwil e negative goodwill e da parcela dos capitais préprios e resul-
tados da exercicin alrihulveis a inleresses mineritarios:
- eliminacaa dos saldos e transactoes entre as empresas do grupa;
— elaboracao das demonstracées financeiras consolidadas,

Perimetro de consalidatio
Por perimetro de consolidac&o entende-se n conjunto de todas as empresas aus vaa ser enolobadas na con-
solidac#o, bem como a identificacan dos correspandentes métodos de integracdo.
Desigra-se por perimetro de grupo o eonjunto de todas as empresas gue actuam sop uma direceao comum,

Têcnicas de cansolidacio
A consolidatac pode ser realizada;
— por patamares ou fases; ou
-— directamente,

A consolidac&e por fases é aplicêvel guanda existem sub-holdings, as auais preparam contas consolidardas
gue sae posteriarmente utilizadas para consolidasao a nivel mais elevado.
A consolidacan pode ser efsrctuada directamenie se nan existirem razies especiais (imposican legal ou
necessidares de aestio) para subconsolidacêes. No entanto, este processp estara mais sujeito a possivels
ETFOS.

Conceito de grupo
O Ambito de aplicagao da cansolidac#o é o grupa. O elemento-chave do grupo, em sentido economica, é a
unidade de decisan e direcoëo. O grupa deve caracterizar-se pelos seguintes raauisttos:

— entidades juridicamente autdnomas;

- dependência, relativamente & empresa-mae, duë porie apresentar as seguintes modalidades:


1. dependência de natureza financeira — resulta da detencëo maioritëria dos voos, gue pode dervar da
participacëo directa da ampresa-mës ou da sta participacao indirerta, alravés de nutras ampresas;
2, dependência de natureza directiva - deriva do facto de se poder designar a maioria dos membros da
administragëo da empresa filial, pader este due se pode alcancar mesma com participacêes minoritë-
rias, tal acontecerido auando p Capital da filial estê disperso ou dguando existem acordos com oulros
acEionNIstas para assumir a gestao da empresa;
3, dependênecia de natureza contratual — resulta de acordos com a empresa ou accionistas (par exempla:
CoNtratos de axclusividade, de concessio de natureza comercial ou industrial, de subordinacao, etc.)
4, dependência de natureza econémira - ocore auando o grupo detém uma situacao de manopilio ou
recorre a trabalhos de subrantrataoio relativameante 4 empresa-mae.

Apesar de em todos os normativos sopre coneolidacëo de conlas se mencienar a nerassidade de direcgëe


unificada, por vezes, tamhbêm se menciara a necessidade e axisténcia simultënea de dominin, o Oue lava &
seouinte acepcao alternativa de grupo:
Em sentido amplo - este canceilo abrange os grupas de fact (controla ecanéêmico) e as de direita (contrelo
legal). definidos pela existência de uma direccao unificada, podendo identifioar-se
de subordinacën9 - esistem relacêes de dominio e direccio unificada, isto é, sa0 rupos verticais,
Grupos
constituidos por uma empresa dominante & tadas as suas empresas dependentes, colocadas -sob a sua
direceao;

Gad
!
s
EE
SNG ERPLICAONO
CariruLo 10 Partielpagfins Financelras e Gansalidagan da Gontas

coordenaG#o - naD existem nem relacëes de dominlo, nem de dependência, mas existe direc-
de pos
Gru
G&0 unificada, isto &, so os grupos horizontais ou paritêrios; ConNstituidas par emprasas nan vinculadas '
N
como dependentes por relacoes de dominio, mas aue lêm uma direcGao tniea, por os seus brgAos
soelais seram compostos maloritarlamente pelas mesmas pessoas, ou por forga de contrato ou de eldusu-
'
las estatutarias.

Em sentido restrito — este conceilo pressupëe a existência de dominio e de dependência, excluindo-se,


deste modo, os grupos de coordenazëo.

Percentagens de participacio e de controlg


Uma empresa pode participar no capital de outra de forma directa ou indireota. No primeiro Casa, as percert-
tagens de participacao, de controlo e de participagêo afectiva coincidem. Na segundo casn, san divergentes.
Para a gualficacao de uma empresa como subsidiëria ou associada, o aue ë relevante ê a percentagem de
controlo e nao a percentagem de participacao efecliva. Por exemplo: eensideremos uma sociedade A gus parti-
cipa em 60% na sociedade B, a gual participa em BO% na soeiedade C.
A percentagem de participacëo indirecta de A em CD é de 4B%, no entanto, A controla C, uma vez gue
controla B, a gual controla C. ou seja. na Assembleia Geral da sociedade C prevalece a vontade da sorie-
dade A,
Assim, apesar de a participacêo indirecta (efectiva) ser de apenas 48%, verifica-se uma percentagem de
controlo, logo C deve ser considerada uma subsidiëria de A. Ds interesses mineritêrios seran, neste case,
de S2%.
Se oxistirem instrumentos Hinanceiros emitidos gue permitam ao investidor aumentar os seus direitos de
volos, esses direitos devem ser levados em conta na determinacao da percentagem de controlo.

Métodas de consolidacao
Existem três mêtodos de coriselidasao:

1.” — método de consolidac#o global ou integral (/ine-by-line method),


2.” —método de consolidacêc integral;
3.” — método da eguivalência patrimonial.

Normalmente, o primeiro mêtodo aplica-se nas partes de capital em empresas do grupo, também chamar-
das subsidiërias ou afiliadas. O segundo mêétodo aplica-se em empreendimentos conjuntos. D terceiro
método aplica-se nas parles de capital em empresas associadas. As participacoes financeiras noutras
empresas sêo de relevar nas contas consolidadas ao justo valor, caso este possa ser determinada de forma
fiëvel. Doutra forma, ser&ag mensuradas ao custo de aduisic&o, eventualmente deduzido de perdas considera-
das irreversiveis.

Podemos. assim. sumariar a forma de contabilzacae nas contas consolidadas das participacies financeiras.

Tipo de investimento Contas consolidadas


Subsididrias Consolidacao intagral

Entidades conjuntamente consolidadas | Consolidacin propareional


Assocladas Eauivalência patrimonial

Outras Justo valor ou custa

Mêtodo de consolidacio integral


'Consiste na integracao nas demonsiracëes financeiras da empresa consolidante das demonstragoes Tina”
Celras das empresas consolidantes; evidenciando os interesses minoritërins, caso axistam.

634
T
SHE EXPLICARO Garivuli 1 Partlcipacies Financriras n Consalidacna de Contas

De acordo com aste métada. deve somar-se linha a linfia, isto ê, conta a eonta, todos os elementos das
demonstrac6es linanceiras das subsidiêrias (activos, passivos, rendimentos e gastos). Seguidamente, deve
6fectuar-se ao seguinte:
| —eliminar a participac&n financeira da empresa detentora e as Capilais préprios da subsidiëria; deve reeo-
nitecer-se nesta fase o goedwil ou negative goodwille a parcela dos interesses minoritërios sobre os capi-
tais proprios a Sobre os resultados.

O goodwill ou negative geadwill corresponderé & diterenca entre o justo valor da empresa adauirida a o
preco de aaulsicëo. D goodwill é atribulvel & expectativa de sobrelucros no fuluro e deve set objecto de leste
arual de imparidade, uma vez aue, ao €antréria da gue sucedia no passadD, nêo & sujeito a amortizacëo. Natu-
ralmente, nem todas as participagoes em subsidiërias resultam de aaguisicoes: a sua origem pode resultar de
Criacêo de subsidiërias de raiz ou de processo de cisao.
No metodo de cansolidagaa global entrames cam 100% dos artivos, passivas, rendimentos a gastas; mo
entanta, a subsidiëria pode nan ser detida a 100% peln grupa. Nesse caso, a parcela dos resultadas do ano
| dos capltais proprios pertencente aas minoritdrios deve ser destacada, poraus, se lal nn aconteresse, eaauiva-
leria a dizermos ague a totalidade do resultado ou do patriménio da subsidiria nos pertence. o aue nêo corres-
poride & realidade. No entanto, guando o capital ê prêprio & negativo nio se pode atribuir aualguer parcela aos
interesses maloritêrias, senda a parle destes na capital prêprio limitada a zero. A justificacAc para este procedi-
mento tem a ver Com a responsablilidade dos minoritarios aue é, normalmente, limitada ao seu capital.

Método da consolidagio propareional


Por este método, iremos somar linha a linha os aclivos, passivos, rendimenios a gastos da amoeresa parlict-
pada mas apenas pela percentagem correspandents & nossa participagan, ou seja, se a participacëa for de
50% e a participada apresentar um activo de 500, entraré na consolidagao um activo de 250.
Seguidamente; elimina-se o investimento financeiro da empresa detentora da participarëo com a guota-parte do
justo valor dos capitais prêprios da participada, alentando-se para a existëncia de geodwil ou negat/ve gaadwil.
De notar due, neste mêtodo, nan existem interesses Mminoritarios, Uma vez gue entramos apeanas Com a per-
centagerr detida pealo grupo e nêo com 100% dos valores da emprasa.

Metoda da eguivalênrcia patrimanial


Fste mêtado, também conhecido camo eguity method, cansiste em substituir oa valor da participagëo finar-
eeira pela auota-parle do grupo no justo valor dos capitais proprios da detida. Desta forma, nio se reconhiecem
Ds aclivos, passivos, rendimentos e gastos da empresa detida, sendo a evolucëo danuelas participacoes reco-
nhecida através de uma tnica linna na Demonstracao dos Resultades “Ganhos em Associadas” ou `Perdas em
Assocladas” e no Balanczo, na rubrica Participacêes Financeiras.

Diferentas de consolidagio
Ouandoa participacac financeira resulta de uma anuieigëo a tereeiros., normalmente, existir& uma diferenca
entre 0 preco pago pelas accies/guotas e a auota-parte das activos e passivas adauiridos. Essa difterenca deve
ser analisada, devendo ser imputada & diferenca entre o justo valor e a valor contabilistico das activos e passi-
vos da empresa adruirida; tipicamerte, relacionam-se com diferencas de imobilizacies para valores de mer-
Cado, Insufieiëneia ou eweesso de provisêes, etc. A parcela remanescente refere-se a uma apreeiacëo sublee-
tiva efectuada pelo comprador de aspectos, tais como a rentabilidade futura, a clientela ea mercado, o prestigio
da ernpresa, alteracëes da relacëo de aruilibric de forcas na mercado, etc, Essa parcela rieve ser considerade
trespasse (gaodwill), igurando no balance consalidadoe em linha espeeifica.
Ouando se paga menos par uma participasëo financeira adauirida do mus o seu justa valor, estaremos
perante uma situacao de negative goodwill.

Afustamentos de consolidarda
Os ajustamantos de eonsolidace incluam:
da eliminagao dos capl-
* eliminacao da participaco financeira da detentora do capital por contrapartida
teis prêprios da detida. cam reconhecimento do goodwil ou negative goodwill, taso exista e dos Interes-
| ses minoritarios, caso lambêm existam;

645
Erririna 10 Partieipasties Financelras e Conselidstfe da Eantag SNC EXPLICADD

sê:
e eliminac&o de saldos e transaccoes entre empresas do grupo: as transactaes mais comuns
— vendas de existências;
—vendas de imobilizadao;
— débito de juros por suprimantos concedidos;
'
— déblito de honordrios de gestêo,
— Oulres débitas;
e eliminagao dos lucros apurados pela vendedora relativamente a axistênrias da sociedade compradora:

e homogeneizagao de critérios (sempre aue as politicas Ccontabilisticas seguidas par alguma das emprasas
a oonsolidar divirjam das politicas da sociedade-mae);

e teconhecimento de impostos diferidos originadoes no processo de consolidagao (por exemplo, na elimina-


C&o de resultados internos,

Deve notar-se gus a consolidac&o de contas é um processo due implica algumas simplificacees: assim, a
eliminacëo de saldos a transaccëes poderê nip ser efectuada se envolver valores imateriais.

Alteraciies no perimetra de eonsolidacdo


Ouando ocorrerem alterac6es no perimetro de consolidacao, sto ê, compras e vendas de participacoes
financeiras, deve proceder-se como segue:

Vendas |
Cansolida-se a demonstracëo dos resultados da sociedade alienada até & dala da venda; nao é aplicavel a
EoNsolidacae da balaneo:
Compras
Consolida-se p balanco e cansolida-se a demonstracëp das resultados desde a data da compra alé a data
do balanco.

Devem-se formecer informacëes nas Notas as contas das alteracëes signilicalivas ororridas no exercicia 8,
em particular, apresentando o contribute para o resultado do ewerclcig das empresas alienadas & das empresas
adauiridas no exerelciD.

Data-base das contas a consolidar


As contas das subeidiërias, entidades conjuntamente controladas e associadas a incluir na consolidacao
deverëc reporlar-se & mesma data da investidora. É, no entanto, aceilêvel a uiilizaca0 de contas com dalas
anteriores, desde gue nêo excederdo tês meses. Fsla simplificagêo poderê ser all em determinadas siluag6es
para agilizar o processo de elaborac&o de contas consolidadas. Caso ocorram transacroes significativas atë a
data-base das contas da sociedarde-mae, devem divulgar-se os efeilos dessas operaGoes.

Conversio ramhial
Ouando existirem subsidiërias, entidades conjuntamente controladas ou associadas em paises com moeda
diferente do euro, coloca-se o problema da 6onversio das contas para a moeda da investidora, Deve, nornal-
mente, utilizar-se o método corrente para conversêo cambial das contas. Segundo este mêtodo, as activos e
DaSsiVOS SéD convertidos & taxa em vigor no final de anc & a demonstragao dos resultados é convertida peia
taxa média em vigor durante o exercicio. A diferenca eriginada por este método ê tralada como diferenga de
Covers cambial, mus integra os capilais prêprias:

Diluicao de parlicinagies financeiras


SUpONhamos aue ororre Um aumenta de capital numa participada e aus nA0 exercermos o nosso direito de
Subseric&o. Esta situacëo, em substêncla, eguivale & venda de parte da participacéëo financeira. Assim, pode-
mos ler um ganho ou perda. consoante as novas acgdes tenham sido subscritas por um montante superior ou
interior ao valor unitêrio dos capitais préprios.

Ga6
sMUE EXPLICAOO Caritui 10 Partleipacdes rinancatras ae Consalldagaa da Contas

Organizatao da consolidatao
O procesen de consolidacëo de contas dave sar cuidadosamente organizado, uma vez aus envolve muitas
DEssoas & BMPresas & OS Prazos sap Normalmente apertadas.

Os principais passos a seguir na organizacëo do proeesso de consolidagao consistir&o no seguinte:


— identificacêe do organigrama do Grupo, com percentagem de participac6es directas e indirectas, perceri-
tagens de direlo de volo e custo de aauisicao de cada participasao,
— gelecgën da mêtado de censelidat&o a ser aplicado a cada empresa;
—elaboracëo de um mariual de consolidacan, cantendn: comunicagan formal as empresas ervolvidas das
politicas contabilistieas da investidora, prazas a cumprir, sistema de iniormacao, incluindo a identiticagaa
de saldas & Wansaccies entre eampresas da grupo, coordénagan com revisores pliciais de cantas efou
auditores, ate.
— conciliacëo de contas entre as empresas;
— revisaa das principais crltërios valorimêtricos uiilizados e sua homogeneizagaa e cansistência.

10.5.3 —A consolidagan de contas de acordo cam o SNG

10.5.3.1—- A norma da CNC


Relatvamente & consolidacëo de contas, a CNC emitiu a NCRF 15, a gual tem por base a AS 27 — Consolidated
and Separate Financial Statements (Demonstracêes Financeiras Consolidadas e Separadas) emitida pelo IASB.
A NCRF 15 deve ser aplicada na preparatiAo e apresentacan das dermonstraciies financeiras consolidadas
de ur grupo de empresas sob o controla de uma empresa-mêae.

Urma Norma Interpretativa emitida pela CNC eetd relacionada com a NCRF 15:
— Norma Interpretativa 1 - Consolidagêo - Entidades de Finalidades Especliais. Esta Norma Interpretativa
decorre da SIC 12 emitida pelp IASB (SIC 12 —- Cansélidalon - Special Purpose Entities (Consolidacao —-
Entidades de Finalidades Especiais!).

10.5.4.2 - Dispensa de consolidaraa de canias


A consolidagao de contas ê dispensada nas seguintes situagoes:
1.” - Se og grupo (conjunto das entidades a consolidar) & data do balance, com base nas ultimas contas apro-
vadas, nêin tiver uitrapassado dois dos três limites seguintes:
— total do balanga 7,5 miles de euras
— Vvandas lauidas e outros rendimentas 15 milnêes de euras
— numera de tabalhadaores 250 (mêdia do exarcicio)
2. -Lma empresa-mie gue, por sua vez, seja filial de oulra empresa situada na UE, se esta deliver mais de
90% da capital da primelra & os séci0s minorilarios aprovem a dispernsa.

A dispensa de consolidacan de contas nio se aplica se uma das empresas a consolidar for uma sociedade
cujos valores mobiliërios tenham sido admitidos ou estejam em processa de vir a ser admitidos & negociaGan
mum mêrcado regulamentado de gualduer Estado membra da Uniëc Europeia.

10.5.3.3 - Ambita das demonstracëes financeiras consolidadas


As demonstracëes financeiras consolidadas devem incluir todas ag subeididrias da empresa-mêe. 340 per-
mitidas as senulintes exclusies da consolidagao:
- entidades nao materialmente relevantes, desde gue, no conjunto das entidades excluidas, n#o se tormem
malerialmernte relevantes:
—entidades ande etistam reetricêas severas e duradouras gus prejudiguam substancialmentie D exereicia
pela empresa-mae dos seus direitos sobre o patrimonio ou a gestao dessa entidade;
—entidardes detidas exclusivamente terido em conta a sua cessao posterior.

637
SMC EXPLICADO
Earirua 10 ParticlpasBes Financeiras e Conselidagaa de Cantas

Contrariamente ao permitido pelo Decreto-Lei n.” 238/91, nan poderêo ser excluidas da GONSDIIdagaon subsi-
diërias com aelividades dissemelhantes das actividades das outras entidades do grupa.

10.5.3.4 - Procedimentos de consolidagao


De acordo com a NCRF 15, as dermonstracêes financeiras consolidadas san elaboradas agrupando, numa
base de linha a linha. elementos idênticos de activos, de passivos, de capilais proprios, de rendimentos e de
gastos. Ds procedimentos de consolidarëo envolverm:
a) a eliminagao da auantia transportada do investimento da empresa-mée em cada subsididrin ea parte da
empresa-mêe no capital préprio de cada subsidiëria

b) aidentificacao dos interesses minoritërios sobre o resultado liguido das subsidiërias consolidadas;

C) os interesses minoritérios nos capitais proprios das subsidiërias consolidadas so apresentados no capital
préprio separadamente do capital préprio dos accionistas da empresa-mae.

Os saldos, Iransaccëes, rendimentos e ganhios e gastas e perdas intragrupa devem ser eliminados por
inteiro.
Ouando as demonstracëes financeiras usadas na consolidacao sejam preparadas com datas de referëncia
diferentes, devem ser teitos ajustamentos relativamente aos efeitos da tansaccêes significativas ou de outros
acontecimentos gue ocorram entre essas datas e a data das demonstracêes financeiras da empresa-mêe. Em
aualguer caso, a diferenca entre as datas de referência nao deve ser superior a trés meses.

As demonstracêes financeiras consolidadas devem ser preparadas utilizando politicas contabilisticas uniformes
para ttansaccëes idênticas e outros acontecimentos em circunstências semelhantes. Se nao for praticavel usar
politicas contabilisticas uniformes na preparagên das demonstragëes financeiras consolidadas, esse faclo deve ser
divulgado juntamente com as proporcëes dos elementos das demanstragbes financeiras consolidadas aos guais
toram aplicadas diterentes politicas contabilisticas. Em muitos casos, se um membro do grupo usar politicas conta-
bllisticas gus nao sejam as adoptadas nas demonstracdes financeiras consolidadas para transaccoes idênlicas e
acontecimentos em circunstências semelhantes, serëo leitos ajustamentos apropriados &s suas demonstrag6es
financeiras auarido estas forem ulilizadas na preparaciio das demonstrac6es linanceiras consolidadas.
Um investimento numa empresa deve ser conselidado ao custo ou ao justo valor, desde a data em dus deixe
de ser uma subeldiëria e nêo se lome uma assoeiada ou uma ertidade conjuntamente controlada, como definido
na NCRF 1a.
Os prejuizos imput#veis & minoria numa subsidiëria consolidada podem exceder o interesse minoritêrlo no
capital prêprio da subsidiëria. Este ewcesso e fuluros prejuizos gerados pela $ubsididria ser&a iImputavelis an
grupo, excepto na extensêo em due os interesses minoritêrios sejam obrigados e sejam capazes de cobrir
esses prejuizos. Se a subsidiëria posteriormente passar a apresentar lueros, esses lucros serëo imputados ao
orupo alé aue a parte minoritêria dos prejuizos previamente absorvidos pelo grupo seja recuperada.

10.5.3.5 —- Norma interpretativa 1 - Consnlidagaa - entidades de finalidades esperiais


Esta norma tem por base a SIC 12, aprovada em Junho de 1998 pela IASB. A guestaa suscitada, e aue deu
origem & emissao da Interpretacao, iol a seguinlte:
— em due circunstências se deve consolidar uma entidade com finalidades especiais?
Uma das razêes do escandalo contabilistico associado & Enron incluia a exolusêo da consolidacao de enti-
dadas com finalidades especiais. Dal a importência desta Interpretazao.

D entendimento expresso na Norma Interpretativa 1 é o seguinte:


Uma entidade com finalidades especiais (EFE) deve ser consolidada nuando a substinoia da relaGao
entre a ermmpresa e a EFFE indica due a EFE é controlada pela ermpresa,
No contexta de uma EFE, o eontrolp pode surgir pela prêvia determinaGao das actividades da EFE.
Poderd esistir oontrolo mesme em casps em due a empresa detém uma peadguana participacëa financeira
ou até no detém nenhuma participacao financeira, A aplicacao do conceilo de cantrolo reguer, em cada
Gasa, julgamento no contexto de todos os lactos relevantes.

638
NEG EXPLICADO Carituiu 10 Participacfies Financalraa a Consalidacën de Canlas

A Norma Interpretstiva 1 formece exemploe de circunstências ague podem indicar uma situagëp de contrala
da EFE:
— em substência, as actividades da EFE sêo conduzidas por conta da empresa, de acordo com as suas
neeessidades especlficas de riegëcio e assim a empresa obtém beneficios das operacëes da EFE;
I - em subsiëncia, a empresa tem poder de decisan para oblencio da maior parcela das benelicios das activi-
dades da EFE ou estabelecendo Um meeanismo auteomatico, a empresa delaga esses poderas da decisn;
— em substência, a empresa lem direitos para a oblengao da maior parcela dos beneticios da EFE &, em Con-
sedguëncia, pade estar exposta aas riscos incidentes &s aclividades da EFE; e
—em substência, a empresa retém a maioria dos riscos residuais ou de propriedade relacionados com a EFE
OU seus activos, de forma a obter beneficios das suas arlividades.

| 10.58.3.6- Divulgardes
Segundo a NCRF 15, devem ser efertuadas as seguintes divulgagêes nas demonstracëes financeiras Conso-
lidadas:

al a natureza da relacëo entre a empresa-mae & uma Subsidiëria, auando a empresa-mée nao possua,
directa ou indirectamente, atravës de subsidiërias, mais de metade do pader da voo;
b) raz6es pelas auais a propriedade, direcla ou indirectamente, através de subeidiërlas, de mais de melade
do poder de voto ou do potencial poder de voto de uma inveslida nas eonstitui control;
c) a data de relata das demonstrac6es financeiras de uma subsidiëria, guando essa data corresponder a um
periodo diferente da empresa-mae e a raziio para usar uma dala de relato ou periodo diferente: 8
d) a natureza e extensêo de restricies significatvas sobre a caparidade das subsidiërias para transterirem
fundos para a empresa-mêea sob a forma de dividendos em dinheiro ou para reembolsarem empréstimas
ou adiantamentos,

Tambem segundo a NCRF 15, auanda forem preparadas demonstragoes financeiras individuais por uma
empresa-mae gue esteja dispensada de elaborar contas consalidadas; essas demonstracëes linanceiras indivi-
duais devem divulgar:
a) o actio de gue as demonstracoes financeiras 850 demonstracgëes financeiras individuais; gue a disperiea
de consolidacao foi usada: p nome &e o pais de constituic4o ou sede da entidade nue elabora demanstra-
Ges financeiras consolidadas: e a morada onde essas demonstraGëes consolidadas podem ser oblidas;
b) uma listagem dos investimentos signiticalivos em subsidiërias, entidades conjunlamente controladas e
assoriadas, Incluindo o nome, o pais de constituicëo ou domicllio, a proporzëo do interesse de proprie-
dade e, se for diferente, a proporcëo do poder de vota delida; &
c) uma descrigao do mêtodo usado para contabilizar os investimentas listados na alinea D).

10.5.4 - Diferengas entre as normas do POGC e do SNG


Relativamente & consolidacëo de contas, existem muitas e importantes diferencas entre as normas do POC ea
do SNC, eonforme abaino indicad9'

1.2 —De acordo com o artigo 4. do Deereto-Lei n.” 238/21, uma subsidiëria podia ser excluida da consolida-
C30 auando exercesse aclividade de tal modo diferente gue a sua inclus&o nas demonstracêes finan-
Ceiras consolidadas fosse incompativel com o objectivo de se proportionar Uuma imagem verdadelra e
apropriada da situacao financeira e dos resultados do conjunto das empresas. A NCRF 15 nêo permite
a exclusao da consolidacao por esse mot.

2“ —O Decreto-Lei n.” B38/81 era omisso relativamente 4 consalidagao das entidades com finalidades espe-
ciais, cuja consolidarao é reguerida, am determinadas circunstAncias, de acordo com a Norma Inter-
pretativa 1,

3.” —Segunda a NCRF 15, os investimentos em empresas aue deixam de ser subsidiërias e no se tormem
associadas nem empreendimentos conjuntos devem ser contabilizados de acordo com a NCRF 27 - Ins-
u tumentos Financeiros. O POC referia gue, nesse caso, D investimento devia ser registado pelo seu custo

MT.
639
Capirulu 1a ParticlpacDes Finamceiras 4 Gonaalidatfin da Cant ENG EXPLIGADO

de aauisico, No entanto, a DC 8 indicava gue, guando era interompida a adopao do metode da eui-
valência patrimonial, o valor contabilistico era o aue resultava da adopcëo do metode da eguivalência
patrimonial & data da interrupao.

A*-D FOC era omisso relativamente aos direitos potenciais de volo. A NCRF 15 refers gue asses direitas,
gue sao presentemenle sxerclveis ou convertiveis, devem entrar no calculo da percentagem de controlo
ou influëneia stoniticatva,

10.5.5 — Efeilos nas demonstracies financeiras da adopcdo do SNGC


O principal efeito nas demonstrag6es financelras decorrentes da adopcao do SNC deverê ser o seguinie:
— haverd necessidade de se consolidar subsidiëries com actividade diferente, conforme renuerido pela NCRF 18.

10.5.6 — Exereicios

EXERCICIO N. 1
Em 30 de Setembro de N, a Sociedade Investe, S. A. adguiriu a totalidade do capital da sociedade PESTE
por 100. 000 €, a aual apresentava os seguintes capitais préprios:
Capital social 1009 000
Resultados tansitardos (90 DOO)
Fesultado do exerclcio (01/01 a 3/O/N) 30 000

A unica diterenca identificada relatvamente ac justo valor referia-se & insuficiëncia do ajustamento para
rlientes no valor de 20 000 €. Em 31/12/N essa insuliciënria Toi reflectida nas contas da PESTE, através de
reforco do respectivo ajustamento palos 20 00D €. O prejuizo da PESTE no exercicio de N foi de 40 000 €. O
investimento na PESTE est reflectido nas contas da Investe pelo mêtade do custo:
Em Novembro de N, a Investe vendeu existênciss para a PESTE por 400 000 €, cam uma margem de lucro
de 20%. As existéncias da PESTE am 31/12/N incluem um total de 100 000 € adauiridos 4 Investe,
A Invaste debitou honorarioe de gestaoa a PESTE no valor de 30 d00 €.
Em 31/12/N, a Investe inclui nos saldos de Clientes um valor de 150 000 € a receber da PESTE aus figura na
conta de Formecedoras da PESTE.

Pede-se:
Apresente, am forma de diërio, os lancgamentos de consolidacac.

Soluc&o:
Calculo do goedwil:
Capitais proprios contahilisticos 40 000
Diferenca para a justo valor:
Perdas par imparidade de clientes (20 000)
Justo valor dos activos & passivos adauiridos 20 000
Preco de compra 100 (00
Goodwil 80 009

Lancamento a efectuar para consolidagao de contas:


D. Goodwil BO 00
C., Resultado do exercicig - ajustamentos 20 DO
D. Capital social 100 000
C. Fesultados ttansitados 30 000
D. Resultado da exercicio (até A0/OS/N) 30 000
C. Investimentos financeiros —subsididrias 100 000
Total 210 000 210 000

640
BMC EXPLICADO Farituin 1 Particinacëes Financelras # Ciimralldasin de Cantaz

OD ajustamento no resultade de axarciëin deve ser afectuado as proprias eontas de rendimentos & gastos,
Uma Vez due sê podemos consolidar a demonstragao dos resultiados apos a data da aguisic#o. Dado gue,
no processa de consolidacëo, se entra com a demonstrac&o dos resultados da empresa adauirida relaliva
do exercicio, através deste alustamento, anulamos os rendimentos e gastos alé & data da aauisigëo,

Anulacao das vendas inlermas:


D. Vendas 300 09
C. Custo de vendas 300 DOO

Anulacëo do luero nos inventdrias:


D. Custo de vendas 20 DOO
(100 000 * 20%)
C. Inventêrios 20) 000

Anulacaa dos honorêrios de gestao debitados:


D. Prestazao de servigos 30 DOOD
C, Gastos administrat/vos 30 000

Anulacao das saldos de clientes e fornecedores:


D. Contas a pagar a fornecedores 160 000
C, Ganlas a receber de clientes 150 0OD

EXERCICIO N. 2
A Invicta, 8, A., possui uma participacan de 30% na Maia, 8. A. No exerclicio N ocoreram as seguintes tran-
SACLEBS COMErcIais entre ambas as sociedades:
-—a Invicta vendeu & Maia mercadoerias par 600 gue Ihe tinham custado d&0;
-a Maia verideu a Invicta mercadorias gar FO nue lie tinham custada 560.

Assumindo aus as mercadorias permanecem integralmente nas activos das compradoras, proreda aas ajus-
tamentos necessêrias nas contas consolidadas da Invicla, S.A.

Solucao:

1-— Anulacao do lycra na Invicta nas vendas 4 Maia em funca&o da sua participacaa financeira na Maia:
D. Vendas (30% x 6O0) 180
C. Custo de vendas (40% x 450) 135
C. Investimentos em assoriadas 45

2 -Parcela do resuitado da Maia, S. A. reeonheeido pelo mêtodo da eaguivalência patrimonial aus nê se


ancontra ainda realizade:
D. Ganhas em empresas assoeiaras 45
C. Investimentos em associadas A5

Os 45 representam a apticacan dos 30% de participacae financeira ao lucro da Maia, S. A.. de 150 nas
vendas & Invicta.

EXERCICIO N."3
No final do exercicio N a soriëdade ABC vendeu & XPTO (detida a 100%) uma mAaguina por A00 000 euros
tue figurava na sua contabitidade por 400 D0D euros (custo de BO00 00D euros & depreciac#o acumulada de
500 000 euros). A manguina era depreciada em 10 anos pela ABC. A XPTO considerou gue a vida Gtil remanes-
cente da maouina é de B anos.
Apresante o lancamanto de consolidacio a afectuar relativamente as contas do exerclcio N, Mt1 e N12.

EMOE-A] 641
SNEC EXPLICADO |
FarlsuLa 10. Participasëcs Finaneelras d Conselidacin de Gantas

Solucdo:
valores:
Se nAD livesse existido & Oparac#o, a mêaguina integraria as conlas da ABC com os seguintes
N Ni N42

CUElo BOD DOOD BOO 000 BOD DOO

Depreciacao acumulada (500 000) (580 000) (660 ODO)

Depreciacêo do exereicia BO 009 BY) DOO BO DOO

Ap6s a operagëo de venda, a maaguina figura nas contas da XPTO com os seguintes valores:
N Mt1 N42

GUsto AD0 OD0 400 000 400 DOO

Depreeiacan acumulada (50 000) (100 000)

Depreciagan do axerclicia SD 000 50 000

Na contabilidade da ABC, os valpres relativos a esta transacgëo sao os seguintes: |


N Ne N42
Proveito extraordinario (100 000) |

Encargo de IRC 30 DOOD


Resultados tansitados (79 000) (70 000) |

Dado gus a consolidagao de contas consiste em apresentar as ampresas do grupo como se de uma
Urica empresa se tratasse, 0 oue vamos fazer é eliminar esta transacGao dus ocorreu no interior de peri- |
metro de consalidacêo e, por isso, vamos repor a situagaop caso a operacëo nan tvesse eyistido. Assim, |
os ajustamentos de consolidacao a efecluar serao: |

N Need N42

D. Eauipamenta b&sico 400 00 400 DON ADD ON9

C. Depreciagbes acumuladas (500 000) (530 000) (560 COO)

D. Gastos de depreciagëo 0 30 000 30 000


D. Rendimentose ganhos am invastimentlas
nêo financeiros —alienagfes 100 DOOD 0 0

C. Imposto sabre o rendimenta (30 000) 0 0

D. Resultados transitados O 70 DO0 100 DOOD

D. Activas par impostas diteridos 30 000 30 0OA 40 DO

Os Activos par impostos diferidos ser8o realizados a partir do momento em ague a maauina figue total-
mente depreciada nas contas consolidadas (ou seja, se livesse permanecido na ABC), passando a existir
nesse momenio uma diferenca entre o valor contabilistico do activo e a sua base fisoal. A @conomia de
IRC aue se verlficar a partir desse momento serd abatida aas Activos por impostos diferidos.

EXERCICIO N. 4
Indiaue os ajustamentos de consolidacao a efectuar para cada um dos guatro cenêrios abaixo indicados*
—subsididrias constituidas datendo a investidora 100% do capital social
— subsididrias constituidas detendo a investidora meiose de 100% do seu capital social;
— Subsidiërias adauiridas detendoa investidora 100% do seu capital soeial;
—subsidiërias adauiridas deterda a investidora meros de 100% do seu capital social.

642
SHE EXPLIEMON Carltuin 10 ParticipaGAes Financelras es Consplidagia de Cnntas
OR

Solugao:
Subsididrias constituidas detendo a investidora 100% do capital social:
Déêbhito -Capital social
Crédito - Investimentos financeiros

Subsididrias constiluidas detendo a investidora menos de 100% do seu capital social:


Débite -Capital social
Crédito - Investimentas linaneeiros
Crédito - Interesses minoritdrins - Balarigo (pela % detida palos |. M. x o capital social)

Subsididrias adguiridas detendo a investidora 100% do seu capital social:


Débito —Capital soeial
Débito ou erédito - Resultados transitados
Debito -Excedentes da revalorizagao
Débito -Outras reservas
Créêdito - Investimentas financeiros
Débito -(diferentas positivas para o justo valor de actives, lancadas na propria conta da activa)
Crédito - (diferencas positivas para o justo valor de passivos ou diferencas negativas para o justo valar de
activos, lancadas nas proprias conlas das aclivos Du passivos),
DEbito- Goodwil
ou Crédito - Rerdimentos ea ganhes em subsidiarias - geadwil negativa

Subsidiërias adauiridas detendo a investidora menos de 100% do seu capital social:


Débito -Gapital social
Débito nu Erédito - Resultados tansilados
Dêbita -Excedantes de revalorizacaa
Débilo - Oultras reservas
Credito - Investimentos financeiros
Débito —(diferengas pasilivas para 0 justo valor de activos, langadas na prêpria conta da artivo)
Crêrdito - (diferencas positivas para o justo valor de passivos ou diierengas negativas para o justo valor
de activos, langadas nas préprias contas dos aclivos ou passivos).
Crédita - Interesses minoritarias - Balanco (pela % detida pelos |. M. xo capital proprio ajustado)
Débito - Goadwil ou Crédito - Rendimentos ae ganhos em subsidiërias — goadwill negativo

EXERCICIO N.” 5
Indinue os ajustamento de consclidasên a efecluar para uma venda de inventêrios realizada entre empresas
detidas a 100% pela mesma empresa-mae, serido o preca de venda de 100 eo praco de custo de 70, em cada
um dos seguintes cendrias:

— os iNventêrios permaneceam integralmente nos steeks da eompradora;

—DS inventarias foram totalmente revendidos a terceiros;

—Ds Inventarias ioram parcialmente revendidos a terceiros (por exemplo, 50%),

Solucaa:

Os inventêrios permanecem integralmente nos stocks da compradora;

Pela anulacao das vendas internas


Débito - Vendas 100
Crédito —- Custo das mercadorias vendidas e das matêrias consumidas 109

643
SNC EXPLICADO
Carin 10. Parliclnatias Financelras e Fonsolidacie de Cantas

Pela eliminae&o do lucro nos inventêrios


a0
Débito. —Custo das mercadorias verididas e das matérias coONsUMIAas
a0
Crédita —Inventêrias

Pelo diferimento da encargo cam IRC da vendedora


d
DEbli0 —Activos por impostos diferidas
Crédito — Impasto diferida
(assumindo uma taxa de IRC de 30% aplicada aa lucro de 30)

Os inventêrios foram totalmente revendidas a terceiros.


Pela anulacao das vendas intermas
Débitlo -Vendas 100

Crédilo — Custo das mercadorias vendidas & das materias Fonsumidas 100

Os inventêrios foram parcialmente revendidos a terceiros (por exemplo, SO%).


Pela anulag&o das vendas internas
Déêbita -Vendas 100

Crédilo - Custo das metcadarias vendidas e das matérias consumidas 100

Pela eliminag#io do lucro nas existencias


Débito - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 12

Crédito - Inventarios 18
(na compradora os inventêrios adauiridos & empresa do grupa
totalizam 50, sendo a margem de lucro da vendedara de 30%)

Pelo diferimento do encargo com IRC da vendedora


DEDito - Activos por impostos diferidos 46

Crédito - Imposto diferida 45


(assumindo uma taxa de IRC de 30% aplicada ao lucro de 15 ainda
nao realizada)

10.6 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Para efeilo de IAC os aspectos mais relevanles no nua se refere ans investimentos financeiros Sa:
Perdas por imparidade - continuam a nio ser areites para fins fiscais enguanto nêD estiverem efectiva-
mente realizadas.
Efeitos da aplica€&o do método da eguivalência patrimonial (artigo 18.”) - estes efeltos continuam a nao
relevar para (ins fiscais.
Mais-valias e menos-valias (artigos 45.” a 48.”) - manlém-se a divergëncia face aos crilërios contalbilisticos.
Dividendos (artigos 20.” e 51.” - mantém-se a deducao aos rendimantos dos dividendos recebidos, embora
sujeita a determinadas condicoes.
Reproduzem-se a seguir Ds artigos do Cédigo do IRC acima releridos e due sap relevantes no due tora aas
Inveslimentos Finariceiros.

Gad
ENG EXPLICAOO Garituin 0. Parlicipactias Financelras & ConsolldacAn de Caintas

Artigo 18.” - Periodizacao do lucro tributêvel 2 — As mais-valias e as menos-vallas sdo dadas


pela diferenga entre o valor de realizagêo, liguido dos
(3) encargos oue He sejam inerentes, ea valor de agui-
8 — Os rendimentos e gastos, assim com duais- sicao deduzido das perdas por imparidade e outras
guer oulras variagoes patrimoniais, relevados na ean- Correcgoes de valor previstas no artigo 35.” bem
tabilidade em consenuëncia da utlizazcao do mêétordo como das depreciagbes ou amortizacoes aceites fis-
da eguivalência patrimonial nêo concorrem para a calmernte, sem prejuizo da parle final do n.” 5 do
determinacaa do lucro tributavel, devendo os rendi- artigo A0.”;
mentos provenientes dos |lucras distribuidos ser
imputados ao periodo de tributacën em gus se (eg)
adauire o direito aas Mesmos. 4 — No: caso de troca por bens futuros, o valar de
mercada destes é o aue Ihes corresponderia & data
Artigo 20.” - Rendimentos da trora.
1 — Gonsideram-se rendimentos os resuitantes de
operarëes de aualdgusr natureza, am ronseguênria
()
de uma acGëo normal au ocasional, basica ou mera- Artigo 47.” — Gorreccao monetêria das mais-valias&
mente acessoria, namesadamente; das menos-valias
(is) 1—O valor de aguisicê&o corrigida nos termos do
c) De nalureza financeira, tais coro juros, dividen- n.” 2 do artigo anterior & actualizada mediante apli-
dos, desconlos, agios, transferêneias, diferen- cagao dos coeficientes de desvalorizaean da
Gas de cêmbio, prêmios de emissêo de obriga- maeda para o efeito publicados em portaria da
GOes B& OS resultados da aplicacëo do m$todo Ministro das Finantas, sempre due, &A data da reali-
do juro afectivo aos instrumentos finanteiros zacao, tenham decorrido pelo. menos dois anos
valorizadas pelo custo amortizado; desde a data.da aguisicao,sendo o valor dessa
actualizacëo deduzida para efeitos de determinacëo
()
do luero tributavel.
Artigo 45.” - Encargos néo dedutiveis para efeitos
(es)
fiscais
Artigo 48.” - Reinvestimento dos valores de realizacao
(3)
3 -A diferenga negativa entre as mais-valias & as 1— Para efeitos da determinacao do lucro tribula-
menos-valias realizadas mediante a ransmissêo one- vel, a diferenga positiva entre as mais-valias @ as
rosa de partes de capital, incluindo a sua remigëa e menos-valias, calculadas nos termos dos arligos
amoertizaean com reducaon de capital, bem Come anteriores, realizadas mediante a transmissao one-
outras perdas ou variaces patrimoniais negalivas rosa da activps fixos tangiveis, activos biolégicas
relativas a partes de capital ou outras componenies ague nêio sejam consumiveis & propriedades de
do capital préprio, designadamente prestagoes investimento, detidos por um periode na interior a
suplemantares. concorrem para a formacëa do lucro um ane, alinda aue aualguer destes activos tenha
tributêval em apenas metada da seu vator, sido reclaseificada como active nan corrente detido
para verda, ou em conseauëncia de indemnizacoes
Artigo 46.” - Conceito de mais-valias e de menos- por sinistras oreridos nestes elements, & conside-
-valias rada em metarie do seu valor, sempra dua, na
1— Considerarm-se mais-valias ou menos-valias reali- perloda da tibuta€#o anterior aa da realizacën, na:
Zadas os ganhos obtidos ou as perdas sofridas Dropria perioda de tributazën ou aié ao fim da
mediante tansmisséo onerosa., gualguer gus seja o segundo periodo de tributagan seguinte, o valor de
tffulo por aue se opere &, bem asslm, DS decorrentes realizaGëo eorespondente & totalidade dos referidos
de sinistros ou as resultantes da afectagëo permanente aclivos seja reinvestida na anuisicao, producao au
afins alheios 4 actvidada axercida, respeltantes a: coNstruGëo de activos fixos tangiveis, de activos bio-
légicos aue nê sejam consumiveis ou em proprie-
a) Activos fixos tangiveis, activos intangiveis, acti-
dades de investimentp, afectos & exploracan. com
vos biolégicos gua nio sejam eonsumiveis e
excepeao dos bes adauiridos em estado de use a
propriedades de investimento, ainda nue aual-
suielto passivo de IRS ou IRC com a gual extstam
aguer destes activos tenha side reclassificaduo
relacëes especiais nos termos delinidos no n.” 4 do
CoMID aclivo nag corrente detido para venda;
artigo 63.”
b) Instrumentos financeiros; com exeepria das
reconhecidas pelo justo valor nos termos das 2— No caso de se verificar apenas o reinvestimenio
alineas a)e b) do n.” 9 do artigo 18.7. parcial da valor de realizacên, 6 disposto no numero

645
SNEC EXPLICANO
Carlruse 10. Particlpasëes Flnancelras 6 Cansolidagdn de Cantas

anterior é aplicado & parte proporcional da diferenca os rendimentos, incluidos na base tributêvel, carres-
entre as mals-valias e as menos-valias a due ao pondentes a lueras distribuidos, desde aue sejam
Mesmo se refare. verificadas oe seguintes reruisitas:
a) A sociedade aue distribui as lucros tenha a
(..)
serie ou direccan efectiva no mesmo territoria &
B — Mia sendo concratizado. total ou parcialmente, esteja sujeita e nên isenta de IRC ou esteja
6 reinvestimento alé ao fim do segundo periode de sujeita ao imposto referido no artiga 7.
tributagao seguinte ao da realizaGao0, considera-sê b) A entidade beneficiëria nao seja abrangida pelo
Gormo rendimento desse periodo de tributafao, res- regime da tansparência Hiscal prevista na artigo
pectivamente, a diferenca ou a parte proporcional da 6
diferenca prevista nos n.” 1 e 4 nao incluida no luero C) A entidade beneficiaria delenha directamente
ributavel majorada em 15%. uma participagao no capital da sociedade aue
(is) distripbui os lueros naa inferior a 10% eu eom um
Custo de aguisicë#o nêo inferinr a € 20 000 OOD &
Art.” 51.2 — Eliminacêo da dupla tributagao econê- esta tenha permanecidoa na sua litularidade, de
mica de lucros distribuidas modo ininterrupto, durante o ano anterior & data
1- Na determinacëo do lucro tributavel das socie- da colocasëo ê& disposicao dos lucros ou, sê
dades comerciais ou €ivis sob forma Gomercial, cao- detida h& menos tempo, desde nue a participa-
perativas e empresas publicas, com sede ou direc- GED seja mantida durante o tempo necessêrio
CAD efectiva em terril6rio portuguës, sêo deduzidos para completar aguele periode,

No regime especial anlicavel a fusêes, cisbes, entradas da actvos & permulas de partes soriais Toi eliminada
a obrigacao de mensurac&o inicial pela soriedade beneficiëria das aclivos e passivo$ recebidos pelos valores
CONstantes da contabilidade da soriedads contrinuidera.
Na ausência de uma exclusêc especitica no Cidiga de IRC, a gaadwil negalivo apurado numa concenra-
cëo de negieios é tibutado, np entanto, as perdas por imparidade do gecdwill néo s&o aceites para fins fisoais,

646
CGApiTULO 11
Activos Nao Gorrentes Detidos
para Venda e Unidades
Operacionais Descontinuadas
CGApiTULO 11
Arctivos Nio GCorrentes Detidos
para Venda e Unidades
` Operacionais Descontinuadas
EE

GaPiruio 11 Activos Nio Correntes Detidos para Venda e Unidades Operaclonais Descontinuadas SNC EXPLICADO

11.1—INTRODUCAO
A globalizacao da economia tem levado um numero crescente de empresas a reorganizarem as suas activi-
dades, concentrarem-se no seu core business, largarem negécios pouco lucrativos ou alienarem outros nego-
cios pelas mais variadas raz6es. A pressao sobre os gestores é grande: uma unidade operacional aue apre-
sente prejuizos durante um determinado periodo de tempo e gue na&o0 esteja numa fase inicial do seu negocio
teré grande probabilidade de encerrar.
Os accionistas procuram, legitimamente, reduzir as suas perdas e canalizar os seus recursos financelros
para projectos mais rentêveis. Noutros casos, sêo as instituic6es financeiras gue cortam o erédito, precipitando
o fim do negécio. Por outro lado, a globalizacêo da economia exige, por vezes, um enorme investimento para se
estar presente & escala mundial e as organizag6es preferem canalizar esses investimentos para as areas ague
consideram ser a sua principal &rea de negécio, o denominado core business. A diversificacêo ocorrida nas ulti-
mas décadas originou uma dispersêo dos recursos das empresas, as guais, num contexto de maiores dificulda-
des, sentem a necessidade de reorganizarem as suas actividades, através de processos de reestruturacao. E
neste contexto aue, guase diariamente, tomamos conhecimento gue um determinado grupo decidiu desconti-
nuar uma linha de produtos, uma &rea de negécio, ou, simplesmente, deixar de operar num determinado mer-
cado. Estas operacêes descontinuadas poder&o traduzir-se no simples encerramento do neg6cio, com a conse-
guente absorcêo dos prejuizos, ou na venda do neg6cio.

Os efeitos destas decisêes para os utentes das demonstracëes financeiras poderêo ser fundamentais, uma
vez gue:
—o resultado do periodo em gus a operacëo é descontinuada inclui a parcela dos resultados da unidade
descontinuada até & data da alienac&o da unidade ou do seu encerramento;
— 0 resultado do periodo inclui ainda o ganho ou perda com a alienacëo da operacêo descontinuada, caso a
alienacëo se tenha materializado, ou a reduc&o do valor liguido do investimento ao valor recuperêvel, caso
n&oO se tenha concretizado a alienacao. Se a unidade operacional serê simplesmente encerrada, o resul-
tado do periodo deverê reflectir a perda por imparidade dos activos subjacentes;
— os activos gue alé entëo eram recuperados pelo seu uso passarêo a ser recuperados por venda, sendo
necessêrio mensuré-los ao mais baixo entre o valor liguido contabilistico e o valor estimado de realizacao.

Os resultados acima descritos nêo s&o recorrentes, isto é, nao ir&o verificar-se no futuro.
Por outro lado, os recursos provenientes da eventual alienac&o da operacêo descontinuada poder&o ter
variadas aplicacêes (reducêo do endividamento, reforgo do investimento no core business, etc.).
É, assim, de fundamental importência proporcionar aos utentes das demonstrac6es financeiras informaces
sobre o impacto das operacêes descontinuadas no resultado liguido do periodo, bem como outras informac6es
adicionais sobre o processo, de forma a poder-se (j) levar em conta esse impacto na andlise do resultado do
exercicio corrente e (ii) projectar essas implicac6es nos resultados futuros. Por outro lado, devem-se também
autonomizar no balanco os activos descontinuados, gue se destinem a venda.

11.2- A NORMA DA GCNC


A CNC emitiu sobre este tema a NCRF 8, a aual tem por base a IFRS 5 - Non-Current Assets Held for Sale
and Discontinued Operations.
A IFRS 5 foi emitida em conseguência do processo de convergência com as normas contabilisticas norte-
-americanas (US GAAP), uma vez gue se baseia na SFAS 144 - Accounting for the Impairment or Disposal of
Long-Lived Assets (Contabilizac&o da imparidade ou venda/abate de activos de longo prazo), emitida em 2001,
remetendo, no entanto, a guestêo da imparidade dos activos de longo prazo para mais tarde, uma vez gue exis-
tem diferencas substanciais entre as IFRS e as normas US GAAP. Assim, a convergência foi atingida relativa-
mente as outras duas dreas tratadas pela SFAS 144:
—a classificac&o, mensuracëo e apresentacëo dos activos detidos para venda; e
—a classificac&o e apresentac&o das opearac6es descontinuadas.

A NCRF 8 tem como objectivo especificar:


—a contabilizacêo dos activos detidos para venda;e
—a apresentacao e divulgacêo de operag6es descontinuadas.

648
SNC EXPLICADO Cariruto 11 Activaos Nio Correntes Detidas para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas

11.8 - CLASSIFICACAO DE ACTIVOS NAO CORRENTES (OU GRUPOS PARA ALIENAGAO) COMO DETIDOS
PARA VENDA
Segundo a NCRF 8, os activos nêo correntes (ou grupos para alienacêo) devem ser classificados como deti-
dos para venda, caso o seu valor contabilistico venha a ser recuperado, principalmente, através da sua venda e
naêo pelo seu uso continuado.
Foi, assim, criada uma nova rubrica no Balanco: Activos Nao Correntes Detidos para Venda. A transferên-
cia para esta rubrica deve apenas acontecer guando o activo esteja disponivel para venda imediata na sua
condicao actual e a sua venda seja altamente provavel.
A NCRF 8 especifica due a venda é considerada altamente prov4vel guando os gestores têm um plano
para venda do activo, identificacëo de comprador e finalizacao da operacao e esse plano se tenha jê ini-
ciado. A venda dever& ser concretizada no prazo de um ano apês a data da classificacao, excepto se o
atraso for originado por eventos ou circunstências fora do controlo da entidade e existir evidência suficiente
de aue a entidade continua comprometida com o seu plano de venda.
Caso o activo de longo prazo nêo se destine a venda, mas sim a abate, nao podera ser classificado nesta
nova categoria, uma vez due nêo se destina a venda.

11.4 - MENSURAGAO DE ACTIVOS NAO CORRENTES (OU GRUPOS PARA ALIENAGAO) CLASSIFICADOS COMO
DETIDOS PARA VENDA
Segundo a NCRF 8, um activo nao corrente detido para venda deve ser mensurado ao mais baixo entre o
seu valor liduido contabilistico e o seu justo valor, deduzido dos custos para vender.
Gaso o valor liguido contabilistico exceda o valor de realizagëo, deverê ser reconhecida uma perda por impa-
ridade. Se, subseguentemente, o valor de realizag&o aumentar, a perda por imparidade serê reverlida, isto é,
reconhece-se um ganho no periodo. No entanto, esse ganho é limitado ao montante da(s) perda(s) por impari-
dade reconhecida(s) no passado. Desta forma, poderê apenas ser reposto o anterior valor liguido contabilistico.
Gonforme a NCRF 8, um activo detido para venda nêo deve ser objecto de depreciacëo ou amortizagao.

Um activo gue deixe de cumprir os critérios para classificac&o como activo nêo corrente detido para venda
deverê ser reclassificado para a correspondente categoria gue melhor reflecte o seu uso. Nesse caso, segundo
a NCRF 8, o referido activo deverd ser mensurado pelo mais baixo entre:
— Oo seu valor liguido contabilistico antes de ser classificado como detido para venda, ajustado pela deprecia-
G&O, amortizacao ou reavaliac6es due teriam sido efectuadas caso o activo nêo tivesse sido classificado
Ccomo detido para venda; &
—O0 seu valor recuperaêvel na data da decisêo de néo se proceder & sua venda.

Segundo a NCRF 8, caso a mensuragêo referida acima origine uma perda por imparidade, essa perda
deverd ser contabilizada no periodo em aue se deixem de verificar os critérios regueridos para a classificagêo
Como activo detido para venda.
Em sintese:

Situacao inicial Situacao actual

Reruperacao do acliva Pelo seu us0 ' Pela sua venda

Apresentacëo | Activoimobilizado | Activo nag corrente detido |


' para venda

Mensuracio | Custo ou justo valor | Menor entre custo e valor


liguido realizêvel

Depreciacaa ou | Efectuam-se depreciagdes NEo 5 deprecidvel ou


amortizagin | ou amortizacées amortizavel

649
SNC EXPLICADO
Cariruto 11 Activos Nfo Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas

11.5 — APRESENTACAO E DIVULGACAO


De acordo com a NCRF 8, deve ser apresentada e divulgada informac&o ague permita aos utentes das
e alienaGao
demonstracëes financeiras avaliar os efeitos financeiros das unidades operacionais descontinuadas
de activos nêo correntes (ou grupos para alienaGêo).
Os reguisitos de apresentagêo e divulgacao da NCRF 8 contemplam auatro aspectos:
— Apresentac&o de unidades operacionais descontinuadas;
— Ganhos e perdas resultantes de unidades operacionais descontinuadas;
— Apresentac&o de activos nao correntes classificados como detidos para venda; e
— Divulgacêes adicionais.

11.5.1 —- Apresentacëio de unidades operacionais descontinuadas


A NCRF 8 redguer as seguintes divulgaGOes:
— uma aguantia unica na face da demonstracao dos resultados, compreendendo o total de:
e lucro ou prejuizo ap6s impostos das unidades operacionais descontinuadas; e
e o ganho (ou perda) apés impostos reconhecido na mensuracao ao justo valor menos custos para vender
ou na alienac&o dos activos integrados na operacao descontinuada.

— uma andlise da guantia unica incluida na demonstracao dos resultados, segregando:


e receitas, despesas e lucro ou prejuizo antes de impostos das unidades operacionais descontinuadas;
eo respectivo encargo de imposto sobre o rendimento;
eo ganho (ou perda) reconhecido na mensuragêo ao justo valor menos custos para vender ou na aliena-
C&0 dos activos integrados na unidade operacional descontinuada; e
eo respectivo encargo de imposto sobre o rendimento;
(Esta andlise pode ser apresentada nas notas as contas ou na demonstracêo dos resultados.)

—o fluxo de caixa liguido atribuivel as actividades operacionais, de investimento e de financiamento das uni-
dades operacionais descontinuadas.

Na demonstracao dos Yesultados apresenta-se imediatamente apos a linha resultado liguido do periodo o
valor do resultado liguido das actividades descontinuadas, conforme segue:

Resultado liguido do periodo X X

Resultado das actividades descontinuadas (liguido


X X
de impostos) incluido no resultado liguido do periodo

Desta forma, o utente das contas poder& expurgar do resultado liguido o valor nêo recorrente, de forma a
projectar o resultado de anos futuros.

11.5.2 - Ganhos e perdas resultantes de operacdes continuadas


Segundo a NCRF 8, gualauer ganho ou perda na revalorizacêo de um activo nao corrente classificado como
detido para venda gue n&o cumpra a definic&o de uma unidade operacional descontinuada deve ser incluido no
resultado das operacêes continuadas.

11.5.3 - Apresentacio de artivos ndo correntes classificados como detidos para venda
A NCRF 8 reguer a apresentacë&o separada no balanco de um activo nao corrente e dos activos de um grupo
para alienacêo classificado como detido para venda.
De igual forma, os passivos de um grupo para alienac&o classificado como detido para venda devem ser apre-
Sentados separadamente no balanGo, nêio sendo permitida a compensacao no balanco desses activos e passivos.
De notar gue a apresentac&o separada de activos ou grupo de activos nao correntes detidos para venda nêo
se aplica retrospectivamente (correccao dos periodos anteriores). Assim, os valores comparativos de periodos
anteriores no sêo reexpressos.

650
SNC EXPLICADO Carityto 11 Activos NAo Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacianais Descontinuadas

Exemplo de aplicacao:
No final do exercicio de N, uma sociedade decidiu descontinuar um determinado neg6cio. Os critêrios
regueridos pela NCRF 8 para classificagê&o como detido para venda foram cumpridos, verificando-se a existên-
cia de dois grupos para alienacëo, conforme segue:

Valor contabilistico apés classificacêo como detido para venda

Grupo para alienacao n.” 1 Grupo para alienaGëo n.” 2

Activos fixos tangiveis 8 000 6 000


Activos financeiros disponiveis para venda 2 500”
Passivos (5.000) (2000)
Valor liguido contabilistico 10 500 4 000
* inclui um montante de 750 gue foi reconhecido directamente nos capitais préprios.

Os grupos para alienacêo classificados como detidos para venda seriam assim apresentados no balanco:

N N-1
ACTIVOS
No Correntes
OOOX X X
JOOD EE ds s
X X
Correntes
OOK % X
OOK X X
X %
Activos nêo correntes detidos para venda 16 500 —
X X

Total do Activo X %

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


Capital préprio atribuivel aos accionistas da empresa-mae X X
Montantes reconhecidos directamente nos capitais préprios
relativos a activos nêo correntes detidos para venda 750 —
X X
Interesses minoritêrios X X

Total do capital préprio X X

Passivos nio correntes


KEEXX X X
SOOS OR s
hd X

Passivos correntes
OOK X
OOK X X

Passivos directamente associados a activos nêo correntes


classificados como detidos para venda 7 000 z
X X

Total do passivo X
Total do capital prêprio e passivo X

651
Operacionais Descontinuadas SNC EXPLICADO
CariruLo 11 Activos NAo Correntes Detidos para Venda e Unidades

11.5.4 - Divulgaces adicionais


Segundo a NCRF 8, deve divulgar-se a seguinte informag&o nas notas as demonstracêes financeiras no
periodo em gue um activo nao corrente (ou um grupo para alienac&o) seja classificado como detido para venda
ou seja vendido:
— descric&o do activo nêo corrente (ou grupo para alienac&o);
— descricêo dos factos e circunstências da venda ou gue levaram ê alienaGêo prevista, bem como a forma
esperada e data prevista da alienacëo;
—o ganho (ou perda) reconhecido na perda por imparidade ou revers&o dessa perda e, caso nêo esteja
apresentado separadamente na demonstragêo dos resultados, a linha da demonstrac&o dos resultados
gue inclui esse ganho ou perda;
— se aplicêvel, o segmento em gue o activo no corrente (ou grupo para alienacêo) estê apresentado.

11.6 - EXTENSAO DO PERIODO REOUERIDO PARA COMPLETAR A VENDA


O apêndice A da NCRF 8 gue é parte integrante da NCRF indica os seguintes critêrios a serem Cumpridos
para manutencao da classificacêo do activo como detido para venda:

—na data em gue uma entidade se compromete com um plano de venda de um activo nêo corrente (ou
grupo para alienagéo), ela tem uma expectativa razodvel gue outros (nao um comprador) ir&o impor condi-
cêes na transferência do activo (ou grupo para alienacêo), gue irê prolongar o periodo reguerido para com-
pletar a venda e:
e as accbes necessêrias para atender a essas condicêes nêo podem ser iniciadas antes da data da obten-
cê&o de um compromisso firme de compra; e
eé allamente provêvel a obtencê&o de um compromisso firme de compra no prazo de um ano;

— uma entidade obtém um compromisso fitme de compra e, em conseaguência, o comprador ou outros impoem
condic6es inesperadas na transferência do activo nêo corrente (ou grupo para alienaGëo) previamente classi-
ficado como detido para venda gue ir&o prolongar o periodo reguerido para completar a venda e:
e as accées necessêrias para atender essas condicêes foram tomadas no devido tempo; e
e prevê-se uma resolucëo favorêvel dos factores gue originaram o atraso;

— durante o periodo inicial de um ano, surgiram circunstências previamente consideradas pouco provaveis e,
em conseauência, um activo nêo corrente (ou grupo para alienacëo) previamente classificado como detido
para venda nêo é vendido até ao final desse periodo; e:
e durante o periodo inicial de um ano, a entidade tomou as accées necessêrias para responder & mudanca
de circunstências;
eo aclivo nêo corrente (ou grupo para alienacêo) estê a ser activamente oferecido para venda a um preco
razoëvel, tendo em conta as alteracêes de circunstências; e

— 0 activo (ou grupo para alienac&o) deve estar disponivel para venda imediata na sua condicêo actual,
sujeito apenas &s condicêes usuais para vendas desse tipo de activos ou grupo para alienacêo e a sua
venda deve ser altamente provavel.

11.7 - DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS ILUSTRATIVAS NUMA BASE NCRF


Relativamente aos activos nao correntes detidos para venda e as unidades operacionais descontinuadas,
apresenta-se abaixo um exemplo de divulgacêo de politicas contabilisticas e das notas as contas.

Politicas contabilisticas
Os activos nêo correntes (ou grupos de activos) so classificados como detidos para venda, sendo apresen-
tados ao mais baixo entre o seu valor lfguido contabilistico e o seu justo valor, deduzido dos custos para vender,
Caso o valor liguido contabilistico seja recuperado principalmente através de venda e nêo pelo uso continuado
do activo.

652
CariTuLo 11 Activos Nio Correntes Detidaos para Venda e Unidades Operacionais Descantinuadas
S$NC EXPLICADO

Notas as contas
Os activos e passivos relativos & divisao Multimédia (parte integrante do segmento Tecnologias de Informa-
cê0) foram apresentados como detidos para venda na seguência da decisao da Administracéo de venda da
referida divisêo. Espera-se gue a alienaGêo se concretize até Junho de N.

Apresenta-se a seguir a analise do resultado das unidades operacionais descontinuadas e o resultado reco-
nhecido na revalorizac&o dos activos (ou grupos de activos):
N N-1
Rédito 5 000 4 500
Gastos (3 700) (3 100)
Lucro das operacées descontinuadas antes de impostos 1 300 1 400
Impostos sobre lucros (390) (420)

Lucro das operacëes descontinuadas ap6s impostos 910 980


Ganho ou (perda) antes de impostos reconhecido na
revalorizac&o dos activos (ou grupo de activos) (100) —

Impostos sobre lucros 30


Ganho ou perda apês impostos reconhecido na
revalorizac&o dos activos (ou grupo de activos) (70) —

Lucro do exercicio das operacêes descontinuadas BA0 980

Fluxos de caixa das actividades operacionais 1 200 1 300


Flyxos de caixa das actividades de investimento (200) (300)
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (300) (100)
700 900

Activos nêo correntes classificados como detidos para venda:


N N-1
Activos fixos tangiveis 600 —
Activos intangiveis 100 —
Inventêrios 500
Outros activos correntes 150 —
1350 —

Passivos directamente associados aos activos nêo correntes classificados como detidos para venda:
N N-1
Fornecedores 150 250

Outros passivos correntes 50 60


Provis6es 100 80
300 390

11.8 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Em principio, nêo deveriam existir efeitos, uma vez gue a IFRS 5 se aplicava supletivamente em Portugal. No
entanto, na elaborac&o de contas numa base NCRF, teremos de nos assegurar aue cada NCRF éê aplicada, o
gue vem trazer um maior rigor na observência das disposicêes da NCRF 8, contrastando com a simples aplica-
C&O supletiva, num contexto em ague nêo hê uma preocupacëo em seguir as Normas do IASB. Por isso, nao sera
de estranhar gue esta norma produza efeitos nas demonstracêes financeiras a serem elaboradas numa base
NCRF.

653
Activos NAo Correntes Detidas para Venda e Unidades Oneracionais Descontinuadas SNC EXPLICADO
Cariryuo 11.

11.9 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRG


Reproduzem-se abaixo os artigos relevantes do Cédigo do IRC:

Artigo 30.” —- Métodos de calculo das depreciacoes Artigo 46.” - Conceito de mais-valias e de menos-
e amortizac6es -valias

1-—O calculo das depreciacêes e amortizacêes faz-se, 1 - Consideram-se mais-valias ou menos-valias


em regra, pelo método das aguotas constantes. realizadas os ganhos obtidos ou as perdas sofridas
mediante transmissêo onerosa, gualguer due seja o
2 — Os sujeitos passivos podem, no entanto, optar
titulo por due se opere e, bem assim, os decorrentes
pelo método das guotas decrescentes relativamente
de sinistros ou os resultantes da afectagao perma-
aos activos fixos tangliveis gue: nente a fins alheios a actividade exercida, respeitan-
a) Nêo tenham sido adauiridos em estado de uso; tes a:
b) N4o sejam edificios, viaturas ligeiras de passa- a) Activos fixos tangiveis, activos intangiveis, acti-
geiros ou mistas, excepto aguando afectas a
vos biolêgicos aue nêo sejam consumiveis &
exploracêo de servico publico de transportes ou
propriedades de investimento, ainda ague dual-
destinadas a ser alugadas no exercicio da acti-
guer destes activos tenha sido reclassificado
vidade normal do sujeito passivo, mobiliario e COmo activo nao corrente detido para venda;
eduipamentos sociais.
b) Instrumentos financeiros, com excepro4o dos
3 — Podem, ainda, ser aplicados m@êtodos de reconhecidos pelo justo valor nos termos das
depreciac&o e amortizacêo diferentes dos indicados alineas a) e b) do n.” 9 do artigo 18.”.
nos nUmeros anteriores, desde aue, mediante regue-
2 — As mais-valias e as menos-valias sêo dadas
rimento, seja obtido o reconhecimento prévio da
pela diferenca entre o valor de realizacêo, liduido dos
Direcc&o-Geral dos Impostos, salvo auando dai nao
encargos aue Ihe sejam inerentes, e o valor de aaui-
resulte uma guota anual de depreciacéo ou amortiza-
sicê0 deduzido das perdas por imparidade e outras
C&O superior & prevista no artigo seguinte.
correccëes de valor previstas no artigo 35.*, bem
4 — Salvo em situacëes devidamente justificadas acel- como das depreciacêes ou amortizacêes aceites fis-
tes pela Direccao-Geral dos Impostos, em relacëo a calmente, sem prejuizo da parte final do n.” 5 do
cada elemento. do activo deve ser aplicado o mesmo artigo A0.”.
método de depreciagêo ou amortizacêo desde a sua
(EA)
entrada em funcionamento ou utiizZacao até a sua depre-
Ciacëo ou amortizacao total, transmissêo ou inutilizacao. 4 — No caso de troca por bens futuros, o valor de
mercado destes é o ague Ihes corresponderia & data
5 — O disposto no nimero anterior nêo prejudica a
da troca.
variac&o das guotas de depreciacêo ou amortizaGêo
de acordo com o regime mais ou menos intensivo ou ()
Com outras condicêes de utilizacao dos elementos a
Artigo 47.” - Correceao monet4ria das mais-valias e
Oue respeitam, n4o podendo, no entanto, as guotas
das menos-valias
minimas imputêveis ao periodo de tributacêo ser
deduzidas para efeitos de determinacao do lucro tri- 1- O valor de aauisiëêo corrigido nos termos do
butavel de outros periodos de tributacêo. n.” 2 do artigo anterior é actualizado mediante apli-
cac&o dos coeficientes de desvalorizagao da
6 — Para efeitos do numero anterior, as aguotas mini-
moeda para o efeito publicados em portaria do
mas de depreciac&o ou amortizaGéo sê0 as calculadas
Ministro das Financas, sempre gue, & data da reali-
com base em taxas iguais a metade das fixadas
Zacao, tenham decorrido pelo menos dois anos
segundo o método das dguotas constantes, salvo
desde a data da aaguisicêo, sendo o valor dessa
duando a Direccao-Geral dos Impostos conceda pre-
actualizacêo deduzido para efeitos de determinacëo
Viamente autorizacëo para a utilizac&o de guotas inferio-
do lucro tributavel.
res a estas, na seguência de apresentac&o de regueri-
mento em due se indiguem as razêes gue as justificam. 9)
7-O disposto na parte final do n.* 5 e no n.” 6 nêo Artigo 48.” - Reinvestimento dos valores de realizacao
é aplicêvel aos elementos gue sejam reclassificados
1 - Para efeitos da determinac&o do lucro tributê-
COMO activos nêo correntes detidos para venda.
vel, a diferenca positiva entre as mais-valias e as
5) menos-valias, calculadas nos termos dos artigos

654
SNGC EXPLICADO Carirutg 11 Activos No Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas

anteriores, realizadas mediante a transmissêo one- ou IRC com o aual existam relac6es especiais nos
rosa de activos fixos tangiveis, activos biol6gicos due termos definidos no n.” 4 do artigo 63.*.
nê&O sejam consumiveis e propriedades de investi-
2 — No caso de se verificar apenas o reinvestimento
mento, detidos por um periodo nêo inferior a um ano,
parcial do valor de realizagëo, o disposto no nimero
ainda gue agualaguer destes activos tenha sido reclas-
anterior é aplicado a parte proporcional da diferenca
sificado como activo nêo corrente detido para venda,
entre as mais-valias e as menos-valias a gue o
ou em conseguência de indemnizac6es por sinistros
mesmo se refere.
ocorridos nestes elementos, é considerada em
metade do seu valor, sempre aue, no periodo de tri- (6)
butacao anterior ao da realizacêo, no préprio periodo
6 - Nêo sendo concretizado, total ou parcialmente,
de tributacêo ou até ao fim do segundo periodo de
Oo reinvestimento até ao fim do segundo periodo de
tributacëo seguinte, o valor de realizac&o correspon-
tributacëo seguinte ao da realizagêo, considera-se
dente a& totalidade dos referidos activos seja reinves-
Ccomo rendimento desse periodo de tributaeao, res-
tido na aguisicê&o, producëo ou construcëo de activos
pectivamente, a diferenca ou a parte proporcional da
fixos tangiveis, de activos biol6gicos gue nêo sejam
diferenca prevista nos n.”* 1e 4 nêo incluida no lucro
CoNsUMIVeis ou em propriedades de investimento,
tributêvel majorada em 15%.
afectos & exploracêo, com excepcao dos bens
adauiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS 7)

665
GAPiTuLO 12.

657
SNEEA2
Cariryto 12 Inventdrios SNC EXPLICADO

12.1 -INTRODUGAO
Os inventêrios sêo, normalmente, um componente significativo das demonstrac6es financeiras. O aspecto
crucial nos inventêrios consiste em determinarmos dual o valor dos inventêrios gue deve ser apresentado no
ActVO.
Varias guestêes se colocam relativamente & valorimetria dos inventêrios, sendo de destacar:

1.2 —a existência de diversas formas de custeio;

2 “— a imputacêo aos inventêrios dos custos indirectos de fabricagêo;

3 * —o tratamento dos custos de inactividade;

4.” —a capitalizacëo de encargos financeiros;

5.” - a imputaGêo aos invent4rios das variacêes entre custos-padrêo e custos reais, em caso de valorizac&o
pelo uso de custos-padrêo;

6.” —- o ajustamento necessaêrio para reduzir os inventêrios ao seu valor de realizagao.

Por vezes, a prêépria classificagêao como inventêrios poderê ser guestiondvel, envolvendo principalmente
situac6es gue reguerem a reclassificacêo para os Activos Fixos Tangliveis ou para as Propriedades de Inves-
timento.

12.2-A NORMA DA CNG


Relativamente aos inventêrios, a CNC emitiu a NCRF 18, a gual tem por base a lAS 2- Inventories (Inventêrios).
A possivel inclus&o dos encargos financeiros nos inventêrios é tratada na NCRF 10 —- Custos de Empréstimos
Obtidos, a gual é apresentada no capitulo 15.

Segundo a NCRF 18, os inventêrios sêo activos:


a) detidos para venda no decurso da actividade;
D) no processo de produc&o para tal venda; ou
c) na forma de materiais ou bens de consumo, a serem consumidos no processo de producêo ou na presta-
Céo de servicos.

12.8 - MENSURAGAO DOS INVENTARIOS


Os inventêrios devem ser mensurados pelo custo ou valor realizêvel liguido, dos dois, o mais baixo.

12.4- CUSTO DOS INVENTARIOS

12.4.1— 0 gue incluir no custo dos inventdrios


Segundo a NCRF 18, o custo dos inventêrios deve incluir todos os custos de compra, custos de conversao e
outros custos incorridos para colocar os inventêrios no seu local actual e na sua condicëo.

A NCRF 18 fornece-nos exemplos de custos excluidos do custo dos inventêrios e reconhecidos como gastos
do periodo em ague sejam incorridos:
a) aguantias anormais de matérias desperdicadas, de mê&o-de-obra ou de outros custos de producëo;
b) Custos de armazenamento, a menos due esses custos sejam necessêrios no processo de producëo ante-
rior a uma nova fase de producao:
Cc) gastos administrativos ague n&o contribuam para colocar os inventérios nos seus locais actuais e na sua
CONdIGao; &
d) custos de vender.

658
SNC EXPLICADO Capiruto 12 Inventêrios

) Em circunstências limitadas, os custos de empréstimos obtidos poder&o ser incluidos no custo dos inventê-
j rios, nos termos da NCRF 10.
I
| Ouando se adduirem inventrios a crédito, podem-se colocar os seguintes cendrios:
) 1.” - vencem juros sobre a parcela em divida — os juros dever&o ser contabilizados como gasto durante o
periodo do financiamento, excepto se o activo adauirido é um activo gualificêvel, sendo aus, nesse
Caso, OS juros poderë&o ser capitalizados, tal como permitido pela NCRF 10.
2 .* —nêo vencem juros sobre a parcela em divida - se considerarmos gue o preco acordado contêm um ele-
mento de financiamento, os inventêrios ser&o contabilizados pelo preco de compnra para condicêes de
Crédito normais, sendo o remanescente reconhecido como gasto de juros (ou capitalizado, se permi-
tido pela NCRF 10) durante o periodo do financiamento.

12.4.2 - Fêrmulas de custeio


A NCRF 18 permite a adopcêo de varias férmulas de custeio dos inventêrios:
— identificacao especifica, aplicavel a inventêrios segregados para um projecto especifico. Este mêtodo nêo
é apropriado para a generalidade das situacëes, gue envolvem inventêrios de grandes guantidades.

—FIFO ou custo médio ponderado.

Além disso, a NCRF 18 aceita a utilizacêo de técnicas para mensuracêo do custo, como o custo-padrêo (ou
standard) e o método do retalho, desde gue se aproximem do custo. De notar gue a entidade nêo se deve limi-
tar a aplicacêo pura e simples das referidas técnicas, devendo estar em condic6es de justificar aue a sua utili-
ZAC&o n&o constitui um desvio significativo face ao custo aue seria determinado se fosse adoptado um dos
métodos acima indicados.
O custo-padr&o corresponde ao custo due, em condicées normais, a entidade teria na fabricacëo de um deter-
minado produto, levando em conta a guantidade normal de matéria-prima consumida, o seu custo previsto, o
numero de horas de producao, o custo horêrio ou por minutos da maêo-de-obra directa, os encargos gerais de
fabrico previstos e a capacidade de producëo utilizada. O custo-padrêo deve ser revisto periodicamente, de forma
a reflectir as variac6es nas vêrias variëveis aue incorpora. Normalmente, é revisto, pelo menos, uma vez por ano.
O método de retalho consiste na reduc&o da margem normal de lucro ao preco de venda dos inventêrios,
Sendo utilizado com alguma regularidade por entidades gue vendem a retalho largas centenas ou mesmo milha-
res de artigos.
A entidade deve usar a mesma férmula de custeio para a totalidade dos inventêrios de natureza e uso simi-
lar. Nos inventêrios de diferente natureza e uso (por exemplo, algumas commodities utilizadas noutros segmen-
tos de negêcio), pode-se justificar o uso de diferentes férmulas de custeio. Uma diferenca na localizacêo geo-
grafica dos inventêrios (e nas respectivas regras fiscais) por si sê nêo é suficiente para justificar o uso de
diferentes férmulas de custeio.
O LIFO deixa de ser um método aceite para a mensuracêo dos inventarios.

12.4.3 — Imputagio aos inventdrios dos custos indirectos de fabricacio


Segundo a NCRF 18, a imputagêo dos custos indirectos de fabricagêo ao custo de producêo deve ter por
base a capacidade normal de producëo, podendo ser utilizado o nivel real de producëo, desde gue se apro-
Xime da capacidade normal.
As despesas indirectas de fabricac&ao aue néo sejam imputadas & producëo, devido a inactividade, devem
ser tratadas como gastos do periodo, devendo integrar o Custo de Vendas. Esta é uma situac&o com algum sig-
nificado em épocas de crise, em ague se verifica significativa inactividade em algumas empresas. Os inventêrios
de produtos em curso e produtos acabados poderao estar sobreavaliados devido & incorrecta imputacêo da
totalidade dos custos indirectos de fabricac&o & produc&o do periodo.
Ainda de acordo com a NCRF 18, no caso da producëo conjunta, ou guando é produzido um produto princi-
pal e um subproduto, deve usar-se uma base racional e consistente para imputac&o dos custos indirectos de
Producêo. Essa imputacêo pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo de venda de cada produto.
Ouando o subproduto tiver um valor imaterial, é valorizado pelo seu valor liguido de realizacëo, sendo esse valor
deduzido do custo do produto principal.

659
CariruLo 12 Invent&rios SNC EXPLICADO

12.4.4 — A capitalizacio dos encargos financeiros


A NCRF 10 permite gue, em circunstências limitadas, os custos com empréstimos obtidos sejam incluidos
nos inventêrios. Ver informaGêo detalhada no capitulo 15.

12.4.5 — Imputacfio aos inventêrios das variagdes entre custos-padrdg e custos reais
Como vimos, os inventêrios podem ser valorizados pelo uso de custos-padrêo, desde aue o custo-padrêo se
aproxime do custo. Ouando a empresa utiliza custos-padrêo, a diferenca entre os custos reais e estes é levada
directamente ao custo de vendas. Sempre aue essa diferenca seja significativa, as variacëes devem ser imputa-
das aos inventêrios. Muitas empresas em Portugal utilizam custos-padrêo. No entanto, poucas procederêo a&
imputacêo das variacées aos inventêrios, ou & prova de gue essas variag6es néo tê&m um efeito significativo.

12.5 — VALOR REALIZAVEL LiOUIDO


Como vimos, os inventêrios devem ser valorizados pelo menor entre o custo de aduisic&o ou producëo eo
seu valor de realizacêo.
Assim, ap6s se determinar o custo dos inventêrios, tendo em conta a férmula de custeio adoptada, teremos
de verificar se este nêo excede o seu valor realizêvel liguido. Essa verificacêo deve ser efectuada numa base
individual, embora, em algumas circunstências, se possam agrupar unidades semelhantes ou relacionadas.
O valor de realizac&o dos inventérios pode ser inferior ao seu custo de aduisicao, no caso de produtos com
defeitos de fabrico, com danos no transporte, etc, mas também o poderê ser no caso de produtos due ja
tenham saido de moda, situacëo vulgar no sector têxtil ou relativamente a produtos vendidos com prejuizo,
mas due ter&o de continuar a ser comercializados conjuntamente com outros produtos mais rentêveis. Poder&o
existir situacêes em gue os produtos n&o sêo vendêveis, optando a entidade por proceder & sua destruicao ou
oferta. Finalmente, noutros casos, certos produtos, apesar de vendaveis em mercados paralelos, nêo sê0
comercializados, por opcéo da empresa, como forma de proteger a marca. Assim, o valor de realizac&o pode
ser zero.
Muitas situacëes de reduc&o do valor contabilistico dos inventêrios ao seu valor de realizagao sêo originadas
pela descontinuidade da producêo de certos produtos, o gue, se nêo for adeauadamente planeado, poderê ori-
ginar inventêrios excedentêrios, nêo sê de produtos acabados mas também de matérias-primas e subsidiërias
gue sejam especificas para aaguele produto.
Outras situacëes gue podem originar perdas para as entidades estêo relacionadas com produtos com pra- 1
zos de validade, como é o caso de produtos alimentares e medicamentos. E preciso, neste caso, verificar guem j
Suporta o prejuizo, se é o comprador ou se é o fornecedor. k
Em alguns sectores, como, por exemplo, na distribuiz&o de produtos informaticos, os inventêrios poderêo ter
um declinio acentuado do seu preGo de venda, originando um valor de realizagao inferior ao custo de aaguisicêo.
Se tal acontecer, os inventêrios devem ser reduzidos ao seu valor de realizac&o. Torna-se, no entanto, necessê-
rio verificar se o fornecedor concede um desconto subseguente para essas reducëes de preco. Se existir uma
razoëvel seguranca de aue tal desconto serê concedido, o resultado liguido do periodo nêo serê afectado.

12.6 - DIVULGAGOES
As divulgac6es regueridas pela NCRF 18 sêo as seguintes:
a) politicas contabilisticas adoptadas na mensuragêo dos inventêrios, incluindo a férmula de custeio usada;
D) valor dos inventêrios e a sua decomposicê&o por contas apropriadas para a entidade;
Cc). valor de inventêrios apresentados ao justo valor menos custos para vender;
d) valor dos inventérios reconhecido como gasto no periodo;
e) valor de gualguer reducëo dos inventêrios reconhecido como gasto no periodo;
f). valor de reversêes aue tenham sido reconhecidas no periodo, relativamente a reduc6es em periodos
anteriores e as circunstências ou acontecimentos gue conduziram a essas reversêes;
g) valor dos inventêrios dados como penhor de garantia a passivos.

660
$NC EXPLICADO Gariruto 12 Inventêrios

12.7 -EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Em Portugal, o LIFO era aceite pelo POC e utilizado principalmente pelas entidades produtoras de vinho do
Porto, por raz6es fiscais. A NCRF 18 nêo permite a adopGêo do LIFO, pelo due essas entidades terê&o importan-
tes alterac6es no montante dos seus activos e custos de vendas.
O POG nêo permitia a inclusêo de encargos financeiros nos inventérios, o gue passa a ser permitido, em cer-
tas circunstAncias. A inclusêo dos encargos financeiros nos inventêrios afecta, principalmente, as entidades do
sector imobiliërio e do vinho do Porto. Algumas dessas entidades jê derrogavam o POC, procedendo ê inclusêo
de encargos financeiros nos seus inventêrios. No entanto, outras néo o faziam. Assim, este aspecto terê um
impacto significativo em determinadas entidades.

12.8 - DUVIDAS FREOUENTES


1.” — Posso compensar perdas previstas na realizac&o de inventêrios com ganhos previstos noutros inventarios?
Nêo. Os inventérios devem ser valorizados pelo menor entre o seu custo (de aaguisicêo ou de produc&o)
eo seu valor realizêvel liguido. Esse exercicio deve ser efectuado numa base individual, nêo se
devendo proceder a compensaGêes de perdas com ganhos, isto é, as perdas sêo imediatamente reco-
nhecidas e os ganhos serêo reconhecidos auando realizados.

2.” —A inactividade da minha empresa é significativa. Posso valorizar a producëo pela imputagao da totalidade
dos gastos industriais fixos?
Nêo. A parcela dos gastos industriais fixos relativa & capacidade nao utilizada deve ser contabilizada
directamente como um gasto do periodo.

3.* — Posso incluir os custos de armazenamento no valor dos inventêrios?


Regra geral, nêo. No entanto, os custos relativos ao armazenamento de produtos e trabalhos em curso
podem ser incluidos na valorizagëo dos inventêrios por serem um custo necessêrio no processo de pro-
ducëo.
4.” — Posso valorizar os inventêrios ao justo valor?
O justo valor é maior aue o custo ?
Sim — Nêo posso valorizar ao justo valor.
Néio — Tenho de valorizar obrigatoriamente ao justo valor.

5.” — Os desvios entre o custo padr&o e o custo real podem ficar registados no custo de vendas?
Os desvios sêo materiais ?
Sim — Os desvios tém de ser imputados aos inventêrios.
Nêo — Os desvios poderéo permanecer no custo de vendas.

6.” — Posso incluir nos inventêrios custos de empréstimos obtidos?


Sim. Os custos de empréstimos obtidos podem ser incluidos nos inventêrios mas apenas auando se
referirem a activos gualificaveis.

12.9 - EXERCICIOS
EXERCICIO N.”1
O aco é a principal matéria-prima de uma empresa industrial. No final do exercicio, o preco de mercado do
aCO situa-se cerca de 20% abaixo do custo de aauisicao.
Deve reduzir-se o valor dos inventêrios de aco?

Solucao:

N&o, uma vez gue o aco nao se destina a ser revendido, mas sim a ser incorporado num produto aca-
bado. O teste de realizacêo tem de ser efectuado a nivel do produto acabado: se este for comercializado
sem prejuizo, nêo se deverê efectuar gualduer provisêo.

661
Carlruto 12 Inventêrios SNC EXPLICADO

EXERCICIO N.” 2
Onde se deve contabilizar a reversêo no periodo de uma reducë&o de inventêrios em periodos anteriores?

Solucao:

A reducê&o do valor dos inventêrios para o seu valor realizêvel liguido é contabilizada no Custo de Vendas.
Assim, a reversêo deve também ser levada ao Custo de Vendas.

EXERCICIO N.” 3
A producêo de aguardentes velhas implica o seu envelhecimento por 15 anos. Como tratar o custo de arma-
Zenamento?

Solucê&o:
O custo de armazenamento deve ser capitalizado. De acordo com a NGCRF 18, ê permitida a capitaliza-
GaO0, Caso D armazenamento seja necessario no processo de producëo anterior a uma nova fase de pro-
ducëo.

12.10 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Relativamente aos inventaêrios, transerevem-se abaixo os artigos relevantes do Cédigo do IRC.

Artigo 23.” - Gastos acordo com a normalizacao contabilistica especifica-


1 — Consideram-se gastos os gue comprovada- mente aplicavel.
mente forem indispensaêveis para a realizacêao dos 3 - Sempre aue a utilizacêo de custos padrêes
rendimentos sujeitos a imposto ou para a manuten- conduza a desvios significativos, pode a Direceao-
Co da fonte produtora, nomeadamente: -Geral dos Impostos efectuar as correccêes adegua-
(2E) das, tendo em conta o campo de aplicacao dos mes-
n) Ajustamentos em inventarios, perdas por impari- mos, o montante das vendas e dos inventêrios finais
dade e provisêes; eo grau de rotacêo dos inventêrios.
() 4 — Consideram-se precos de venda os constantes
de elementos oficiais ou os ultimos due em condic6es
Artigo 26.” - Inventêrios normais tenham sido praticados pelo sujeito passivo
1 - Para efeitos da determinacêo do lucro tributd- ou ainda os gue, no termo do periodo de tributacao,
vel, os rendimentos e gastos dos inventêrios sêo os forem correntes no mercado, desde due sejam consi-
Oue resultam da aplicacao de mêtodos gue utilizem: derados idéneos ou de controlo ineguivoco.
a) Custos de aguisicao ou de producao; 5 —O método referido na alinea c) do n.” 1 sê é aceite
b) Custos padr6es apurados de acordo com têcni- nos sectores de actvidade em ague o calculo do custo
cas contabilisticas adeaguadas; de aguisicê&o ou de producëo se tore excessivamente
Cc) Precos de venda deduzidos da margem normal ONErOSO OU NA0 pPoSSa ser apurado com razoavel rigor,
de lucro; podendo a margem normal de lucro, nos casos de néo
d) Precos de venda dos produtos colhidos de acti- ser facilmente determindvel, ser substituida por uma
vos biolégicos no momento da colheita, deduzi- deducëo nêo superior a 20% do preco de venda.
dos dos custos estimados no ponto de venda, 6 - A utilizagao de valorimetrias especiais previstas
excluindo os de transporte e outros necessêrios na alinea e) do n.” 1 carece de autorizag&o prévia da
para colocar os produtos no mercado; Direcc&o-Geral dos Impostos, solicitada em redgueri-
e) Valorimetrias especiais para os inventêrios tidos
mento em due se indiguem os métodos a adoptar ë
por baêsicos ou normais.
as raz6es gue os justificam.
2 - No caso de os inventêrios reguererem um
periodo superior a um ano para atingirem a sua con- Artigo 27.” - Mudanca de método de valorimetria
dicêo de uso ou de venda, incluem-se no custo de 1- Os métodos adoptados para a valorimetria dos
aguisic&o ou de produca&o os custos de empréstimos inventêrios devem ser uniformemente seguidos nos
oblidos gue Ihes sejam directamente atribuiveis de sucessivos periodos de tributacao.

662
SNG EXPLICADO Cariruto 12 Inventêrios

2 — Podem, no entanto, verificar-se mudancas dos 3 - A reversêo, parcial ou total, dos ajustamentos
referidos métodos sempre due as mesmas se justifi- previstos no n.” 1 concorre paraa formaG&o do lucro
dguem por razées de natureza econémica ou técnica tributavel.
e sejam aceites pela Direccao-Geral dos Impostos. 4 — Para os sujeitos passivos due exercam a activi-
dade editorial, o montante anual acumulado do ajus-
Artigo 28.” - Ajustamentos em inventêrios
tamento corresponde & perda de valor dos fundos
1 - Sao dedutiveis no apuramento do lucro tributd- editoriais constituidos por obras e elementos comple-
vel os ajlustamentos em inventêrios reconhecidos no mentares, desde gue tenham decorrido dois anos
periodo de tributacao até ao limite da diferenca entre apésa data da respectiva publicagêo, aue para este
o custo de aauisicê&o ou de producëo dos inventêrios efeito se considera coincidente com a data do depé-
e Oo respectivo valor realizavel liguido referido & data sito legal de cada edicêo.
do balanco, auando este for inferior aguele.
5 — A desvalorizacêo dos fundos editoriais deve ser
2 — Para efeitos do disposto no nimero anterior, avaliada com base nos elementos constantes dos
entende-se por valor realiz&vel liguido o preco de venda registos gue evidenciem o movimento das obras
estimado no decurso normal da actividade do sujeito incluidas nos fundos.
passivo nos termos do n.” 4 do artigo 26.*, deduzido
dos custos necessarios de acabamento e venda.

Face & anterior versêo do Cédigo do IRC sao de salientar as seguintes diferencas:
— passou a estar consagrada a inclusêao nos invent4rios dos custos de empréstimos obtidos, desde gue
esses inventarios regueiram um periodo superior a um ano para ficarem prontos para venda;
— os custos de acabamento e de venda passam a ser levados em conta na determinacao do valor realizêvel
liaguido.

663
GAPiTULO 13
LocacGes

665
Cariruto 13 Locacdes SNC EXPLICADO

13.1—-INTRODUGAO
As locac6es podem ser financeiras ou operacionais. A classificacao de uma locacëo como locacao finan-
ceira ou locaca&o operacional reveste-se de grande importência, dado due a forma de contabilizacao de cada
uma delas é muito diferente. Por vezes, nêao é fécil decidirmos se uma locacëo é financeira ou operacional.
Vamos ver, mais & frente, gual a diferenca entre elas e gual o seu tratamento contabilistico.
Nas locacêes temos de aplicar o principio contabilistico da substência sobre a forma para decidirmos como
contabilizar a locacëo. Normalmente, numa locacëo, a propriedade permanece do locador, mas, nas locac6es
financeiras, em substência, ocorreu apenas um financiamento, ficando com o locatêrio todos os riscos e vanta-
gens associados & detenGëo do activo.

138.2-A NORMA DA CNG


Sobre locacëes, a CNC emitiu a NCRF 9, a gual tem por base a lAS 17 - Leases (Locac6es).

13.3 - DEFINIGOES
As definicées constantes da NCRF 9 sêo as seguintes:
Uma locagëo é um acordo pelo gual o locador transmite ao locatêrio, em troca de um pagamento, ou sêrie
de pagamentos, o direito de usar um activo por um periodo de tempo acordado.

Uma locacëo financeira é uma locac&o aue transfere substancialmente todos os riscos e vantagens ineren-
tes & propriedade de um activo. O titulo de propriedade pode ou nêo ser eventualmente transferido.

Uma locacaêo operacional é uma locagêo due nêo seja uma locacëo financeira.

Uma locacêo nao canceldvel é uma locaG&o due somente seja cancelêvel:
a) pela ocorrência de alguma contingência remota;
b) com a permissêo do locador;
Cc) se o locat&rio contratar uma nova locagao para o mesmo activo ou para um activo eauivalente com 9
mesmo locador; ou
d) ap6s o pagamento pelo locatêrio de uma dguantia adicional tal gue, no inicio, a continuacêo da locacêo
seja razoavelmente certa.
O inicio da locagao é a mais antiga entre a data do acordo de locac8o e a data de um compromisso asSu-
mido pelas partes guanto as principais disposic6es da locagao.
O prazo da locacao é o periodo nêo canceldvel pelo gual o locatêrio contratou locar o activo juntamente com
auaisaguer condicées adicionais pelas guais o locatêrio tenha a opcéo de continuar a locar o activo, com ou sem
pagamento adicional, guando no inicio da locaGëo for razoavelmente certo gue o locatêrio irê exercer a opcao.

Pagamentos minimos da locacao so os pagamentos durante o prazo da locaGéo due o locatêrio faca, ou
possa ser exigido aue faca, excluindo a renda contingente, custos relativos a servicos e impostos a serem
pagos pelo, e reembolsados ao locador, juntamente com:
a) no caso do locatêrio, guaisguer guantias garantidas pelo locatêrio ou por um parceiro relacionado com 0
locatêrio; ou

b) no caso do locador, gualguer valor residual garantido ao locador aguer por:


j) o locatêrio;
ii) um terceiro relacionado com o locatêrio; ou
iii) um terceiro financeiramente independente capaz de satisfazer esta garantia.

Contudo, se o locatêrio tiver a opc&o de comprar o activo por um preco gue se espera due seja suficiente-
mente mais baixo do ague o justo valor na data em aue a opcao se torne exercivel e gue, no inicio da locagêo,
seja razoavelmente certo de ser exercida, os pagamentos minimos da locagéo compreendem as rendas mini
mas a pagar durante o periodo da locaG&o e o pagamento necessêrio para exercer esta opcëo de compra.

666
SNC EXPLICADDO Caelruto 13 Loragëes

Justo valor é a guantia pela agual um activo possa ser trocado ou um passivo liguidado, entre partes conhe-
cedoras e com vontade de o fazer, numa transaceëo ao seu alcance.

Vida econémica é, ou:


a) o periodo durante o agual se espera aue um activo seja economicamente utilizêvel por um ou mais utentes; ou
b) o nimero de unidades de produgêo ou similares aue se espera gue seja obtido a partir do activo por um
ou mais utentes.
Vida Gtil é o periodo remanescente estimado, a partir do inicio do prazo da locacëo, sem limitacëo pelo
prazo da locacêo, durante o gual se espera aue os beneficios econémicos incorporados no activo sejam consu-
midos pela entidade.
Valor residual garantido é:
a) no caso do locat&rio, a parte do valor residual gue seja garantida pelo locatêrio ou por um terceliro relacio-
nado com o locatêrio (sendo a guantia da garantia a guantia mAêxima aue possa, em aualguer caso, tor-
nar-se pagavel) e
b) no caso do locador, a parte do valor residual gue seja garantida pelo locatêrio ou por um terceiro nêo
relacionado com o locador, aue seja financeiramente capaz de satisfazer as obrigac6es cobertas pela
garantia.
Valor residual nao garantido é a parte do valor residual do activo locado, cuja realizacêo pelo locador nêo
esteja assegurada ou seja unicamente garantida por um terceiro relacionado com o locador.
Investimento bruto na locaeëo é o agregado dos pagamentos minimos da locacao a receber pelo locador
numa locacêo financeira e& gualguer valor residual nêo garantido gue acresa ao locador.

Investimento liguido na locagao é o investimento bruto na locac&o descontado & taxa de juro implicita na
locacao.
Resultado financeiro nêo obtido é a diferenca entre o investimento bruto na locagao e o investimento liguido
na locacaêo.
A taxa de juro implicita na locacëo é a taxa de desconto due, no inicio da locaêo, faz com gue o valor pre-
sente agregado de:
a) os pagamentos minimos da locacëo; e
b) o valor residual n&o garantido
seja igual & soma do justo valor do activo locado com auaisguer custos directos iniciais do locador.

A taxa de juro incremental de financiamento do locatêrio é a taxa de juro aue o locatêrio teria de pagar
numa locagêo semelhante ou, se ela n&o for determinavel, a taxa gue, no inicio da locacëo, o locatêrio incorreria na
obtencao de um empréstimo para comprar o activo, por um prazo semelhante e com uma seguranga semelhante.
Renda contingente é a parte dos pagamentos da locaGêéo gue néo seja de guantia fixada mas seja baseada
num outro factor gue nao seja precisamente o curso do tempo (por exemplo, percentagem de vendas futuras,
volume de utilizac&o futura, futuros indices de precos, futuras taxas de juro do mercado).

18.4 - DIFERENGA ENTRE LOCAGOES FINANCEIRAS E LOCAGOES OPERACIONAIS


Como vimos atrés, a definizao da NCRF 9 para uma locaGëo é:

Uma locag&o é um acordo pelo gual o locador concede ao locatêrio,


em troca de uma renda ou de uma sêrie de rendas, o direito de
utilizac3o de um activo, por um periodo de tempo acordado

Locag&o financeira Locac30 operacional

667
CaPiruLo 13 Loragies SNC EXPLICADO

rn
Sempre gue estamos perante um contrato de locacëêo, temos de o classificar entre locacêo financeira e loca-
G&0 operacional. Isto porgue o tratamento contabilistico é diferente, consoante estejamos perante uma locacago
financeira ou uma locacëo operacional.
Para classificarmos uma locac&o como financeira ou operacional, teremos de verificar se os riscos e benefi-
cios inerentes & propriedade do bem permanecem do lado do locador ou passam para o locatêrio. No primeiro
caso, temos a locag&o operacional, enguanto, no segundo caso, a locacëo é financeira.
Segundo a NCRF 9, os riscos incluem as possibilidades de perdas devidas a inactividade ou obsolescência
tecnol6gica e de variag6es de retornos devidas a alterag6es nas condicées econémicas. Os beneficios podem
ser apresentados pela expectativa de operacêes lucrativas durante a vida econémica do activo e de ganhos
derivados de aumentos de valor ou de realizacêo de um valor residual.

A classificac&o de uma locac&o como financeira ou operacional depende da substência da transacGëo e nêo
da sua forma legal. A NCRF 9 fornece os seguintes exemplos de situacëées gue, normalmente, nos levarëo a
classificar uma locaGëo como locagao financeira:
1-a locacëo transfere a propriedade do activo para o locatêrio no final da locacêo;
2 —o locatêrio tem a optao de comprar o activo por um preGo gue se espera seja suficientemente baixo
relativamente ao justo valor na data em gue a opG&o pode ser exercida, de tal forma gue, no inicio da
locacêo, se considera gue a opcêo serd exercida;
3—o prazo da locagëo corresponde & maior parte da vida econémica do activo, mesmo aue o titulo nêo seja
transferido;
4 — no inicio da locacëo, o valor presente dos pagamentos minimos da locac4o corresponde ao justo valor do
activo locado; e
5 —os activos locados sêo de natureza têo especial gue somente o locatêrio pode utilizé-los sem grandes
modificacoes.

Também segundo a NCRF $, indicadores de situacëes aue, individualmente ou combinadas, podem levar a
classificacêo de uma locacéo como locacëo financeira so:
1- se o locatêrio puder cancelar a locagêo, as perdas do locador associadas ao cancelamento $êo suporta-
das pelo locatêrio;
2 -—0S ganhos ou as perdas da flutuac&o no justo valor do residual so do locatêrio (por exemplo, na forma
de um desconto na renda aue iguale a maior parte dos proventos das vendas no fim da locacao); e
3 —o locatério tem a possibilidade de continuar a locacêo por um periodo adicional com uma renda substan-
cialmente inferior & renda de mercado.

Ouando uma locac&o de um terreno e edificios é classificada, a locagao deve ser dividida em dois elementos
— a locacdo do terreno e a locacëo dos edificios. A locacëo do terreno é geralmente classificada como uma
locacëo operacional. A locac&o do edificio é classificada como operacional ou financeira através da aplicaGëo
das condicêes estabelecidas na NCRF 9.

Podem-se resumir assim as locacêes:

Locacao operacional

Proprietdrio do
activo
(locadon)
EER

cede direito de utilizagao


Sem transferir riscos e
paga rendas
beneficios inerentes a
propriedade do bem

Locatario |

668
SNC EXPLICADO Cariruto 13 Lacacdes

Locacao financeira

' vendeogbem

ou

paga o bem
' celebra contrato de
paga rendas celebra o contrato paga rendas locagéo transferindo riscos
e juros ! de locagio e juros e beneficios inerentes &
Ë j ) propriedade do bem
ea

Locatdrio Locatêrio |

13.5 — CONTABILIZACAO DAS LOCAGOES FINANCEIRAS


Contabilizacao pelos loratdrios
Na 6ptica dos locatêrios, ocorreu, em substência, uma compra de um activo. Assim, os locatêrios devem
contabilizar as locacêes financeiras no seu activo, por contrapartida do passivo. O valor a contabilizar serê o
justo valor do bem locado ou, se inferior, o valor presente dos pagamentos minimos durante a locac&o.

Os valores das rendas pagas so segregados entre o custo financeiro e a amortizacêo de capital.
O actvo deve ser depreciado, no caso de se tratar de um bem sujeito a depreciacëo. A politica de deprecia-
CEO a ser seguida deve ser a mesma aplicêvel aos demais activos. Se nêo existir seguranca razoëvel de gue o
locatério obteré a propriedade do bem no final da locagao, o bem deve ser depreciado pelo menor entre o
prazo da locacao e a sua vida uatil.

Podemos resumir assim o gue se disse anteriormente:

Locacoes nas contas dos locatdrios

Locac6es financeiras
sr

i
VAR ER e Justo valor do bem
ere

1
Fo
7.
OE EE Re EE SEE
RED EER SEE EE
NM f
1
Ao menor entre

El * Valor actual dos pagamentos


minimos do bem
SEE ER MERRIE BEER N EER EET EER Se

n | 's Redugioda divida


1
PP ` oe Gasto financeiro
Li

EE EEN AE

| NCRF 7e NCREG

Se ndo houver seguranca na compra no fim do contrato,


0 periodo de depreciagao é o menor entre o periodo da
locacao ea vida tl

669
CariruLo 13 LocagBes SNC EXPLICADO

Contabilizacdo pelos locadores


Para os locadores, numa locacëêo financeira, ocorreu, em substência, um empréstimo. Assim, a cContabiliza-
Ë
CAD efectua-se Como segue:
— As locagëes financeiras dêo origem a uma conta a receber, por um valor igual ao seu investimento liguido
na locacao.

—O reconhecimento da receita financeira processa-se durante o perliodo da locacêo, numa base sistematica
e racional, devendo ter por base um padrêo reflectindo uma taxa constante periédica de retorno sobre o
investimento liguido do locador.

Em resumo, teremos:

Locacoes nas contas dos locadores

Locacêes financeiras

Gonta a receber p Pelo valor do investimento liguido

E | ..| Reconhecida ao longo da locacio, de forma a reflectir uma


Receita ME] EF j :
, - taxa periëdica constante de retorno sobre 0 investimento
financeira F A fauido

18.6 - CONTABILIZAGAO DAS LOCAGOES OPERACIONAIS


Numa locacêo operacional, em substência, nêo se verifica uma venda do activo, o gual é de propriedade do
locatéêrio e continuarê a ser apês o termo da locacao. De acordo com a NCRF 9, a contabilizacëo de uma loca-
C&o operacional deverê ser efectuada como se segue:

Contabilizagao pelos locatrios


As rendas pagas devem ser contabilizadas como gastos do periodo.

Gontabilizagio pelos locadores


Os locadores devem apresentar no seu balanco os activos sujeitos a locac&o operacional, de acordo com a
Sua natureza. A receita com as rendas deve ser reconhecida pelo método da linha recta sobre o prazo da loca-
Cê0, a menos gue outra base sistematica seja mais representativa do padrêo temporal, no gual o uso dos bene-
ficios derivados do activo alugado seja diminuido.
A depreciacao dos bens deverê ser efectuada numa base consistente com a politica de depreciagêo
seguida para bens similares.

13.7 - RESUMO DA CONTABILIZAGCAO DAS LOCAGOES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS POR PARTE


DO LOCATARIO E DO LOCADOR
O guadro abaixo resume a contabilizagëo no balanco e na demonstragao dos resultados das locacêes finan-
Celras e operacionais, na 6ptica guer do locatêrio guer do locador.

670
EXPLICADO Cariruuo 13 Locaciies
SNC

Balanco Demonstracao dos Resultados

Locacio financeira - locatêrio Activo Gastos financeiros


Obrigagao da locagao Gastos de depreciacdo
Depreciacao acumulada
Reducao da obrigacdo da locagio

Locagao financeira - locador Contas a receber Rédito


Reducao das contas a receber

Locag3o operacional - locatério Gastos — rendas

Loracao operacional - locador Activo Rédito — rendas


Depreciacao acumulada Gastos de depreciacao

13.8 - TRANSACCOES DE VENDA E LEASEBACK (SALE AND LEASEBACK)


Uma operacêo de venda e leaseback consiste na venda de um activo e na locacêo desse activo pelo vende-
dor. Assim, o vendedor, apesar de vender o activo, continua a utilizZé-lo.
A contabilizacêo de uma operac&o deste tipo depende do seu enguadramento como locacêo financeira ou
operacional. Se for considerada uma locac&o financeira, o eventual lucro deverd ser diferido para reconheci-
mento pelo prazo da locacëo.
Se for considerada uma locacêo operacional, três hipêteses tém de se considerar:
—a venda toi efectuada ao justo valor: reconhece-se de imediato o resultado (perda ou ganho);
—a venda foi efectuada abaixo do justo valor: reconhece-se imediatamente o resultado (perda ou ganho),
excepto se, em caso de perda, essa perda for compensada com rendas inferiores ao valor de mercado.
Nesse caso, a perda é diferida para compensacêo com o diferencial das rendas;
—a venda toi efectuada acima do justo valor: o excesso do preco de venda face ao justo valor deve ser dife-
rido para reconhecimento nos resultados no periodo previsto de uso do activo.

Em resumo:

(BEAEES DES Ganho é diferido, sendo levado a Resultados


$ durante o periodo da locacëo

Em substincia, é um empréstimo garantido por um activo

A operacao é
uma... : : t Se 0 prejuizo. for compensado com rendas
:
EE REDES futuras abaixo do valor de mercado, dife-
rir eamortizar na proporcio das rendas
durante o periodo de uso do activo
locagao operacional
EE dd Ao justo valor Resultado é reconhecido de imediato

Diferir e amortizar 0 excesso pelo


Arcima do justo valor
periodo de uso esperado do bem

13.9 - SITUAGOES ESPECIFICAS


Reconhecimento de incentivos em locacdes operacionais nas demonstrages financeiras do locatdrio e do locador
De acordo com a SIC 15, os incentivos relativos ao acordo de uma locacê&o operacional, nova ou renovada,
devem ser reconhecidos como uma parte integrante da retribuic&o liguida acordada para o uso do activo
locado, independentemente da natureza ou forma do incentivo ou da tempestividade dos pagamentos.

671
Cariruto 13 LoragBes SNC EXPLICADO

O locador deve reconhecer o custo agregado dos incentivos como uma reducëo do rendimento das rendas
durante o periodo do contrato, numa base de linha recta, salvo se outra base sistemaêtica for representativa do
guadro temporal durante o gual o beneficio do activo locado for diminuido.
O locatêrio deve reconhecer o beneficio agregado dos incentivos como uma reducëo do gasto de renda
durante o periodo da locacao, numa base de linha recta, salvo se outra base sistematica for representativa do
aguadro temporal do beneficio do locatêrio a partir do uso do activo locado.
Os custos incorridos pelo locatêrio, incluindo custos em ligacao com uma locacao ja existente (por exemplo,
Custos por cessacêo de emprego, relocalizagao ou melhorias do bem locado) devem ser contabilizados pelo
locatério de acordo com as NCRF aplicéveis a esses custos, incluindo custos aue sejam efectivamente reembol-
sados por meio de um acordo de incentivos.

Exemplo de aplicacao:
A SIC 15 apresenta-nos o exemplo abaixo.
Uma entidade concorda em celebrar um novo acordo de locagéo com um novo locador. O locador aceita
um periodo de três anos de isencéo de renda como incentivo ao locatdrio por celebrar a nova locacêo, a
gual tem um prazo de 20 anos, com renda anual de 5000 do 4.” ao 20.” ano.
A contabilizaca&o serê assim efectuada:
A retribuicêo liguida de 85 000 consiste em 5000 por cada um dos 17 anos. Tanto o locador como o loca-
tério reconhecerêo o montante de 85 000 ao longo dos 20 anos da locaGëo, usando um tnico método de
amortizacêo (normalmente, numa base de linna recta), pelo gue o gasto para o locatêrio e o rédito para o
locador ser&o de 4250 por ano.

18.10 - DIVULGAGOES
Locaces operacionais - locatêrios
a) total dos futuros pagamentos minimos da locac&o nas locaGées operacionais nêo cancelêveis para cada
um dos seguintes periodos:
j) nêo mais de um ano;
ii) mais de um ano e nêo mais de cinco anos;
iii) mais de cinco anos;
total dos futuros pagamentos minimos de sublocaGêo due se espera gue sejam recebidos nas subloca-
c6es nê&o canceldveis & data do balanco;
pagamentos de locagêo e de sublocac&o reconhecidos como um gasto do periodo, com guantias sepa-
radas para pagamentos minimos de locaGêo, rendas contingentes e pagamentos de sublocacao;
descric&o geral dos acordos de locaGëo significativos do locatêrio incluindo, mas nêo se limitando aos
seguintes:
j) a base pela gual é determinada a renda contingente a pagar;
i) a existência e condicêes de opcêes de renovac&o ou opcêes de compra e clêusulas de escalona-
mento;e
ii) restric6es impostas pelos acordos de locag&o, tais como as aue respeitem a dividendos, divida adicio-
nal e locaca&o posterior.

Locacies operacionais - locadores


a) futuros pagamentos minimos da locacêo segundo locagêes operacionais nêo cancelêveis no agregado e
para cada um dos periodos seguintes:
j) nêo mais de um ano;
ii) mais de um ano e nao mais de cinco anos;
iii) mais de cinco anos;
b) Oo total das rendas contingentes reconhecidas como rendimento; e
o) uma descricao geral dos acordos significativos de locaGëo do locador.

672
SNC EXPLICADO Capiruto 13 LarcatBes

Locacies financeiras - locatêrios


a) para cada categoria do activo, o valor liguido na data do balanco;

b) reconciliacëo entre o total dos pagamentos minimos futuros da locagao na data do balanco e o seu valor
presente. Além disso, deve divulgar-se o total dos pagamentos minimos futuros da locacëo & data do
balanco, e o seu valor presente, para cada um dos seguintes periodos:
j) Nao mais de um ano;
ii) mais de um ano e nêo mais de cinco anos:
iii) mais de cinco anos;

c) rendas contingentes reconhecidas como gastos no periodo;

d) total dos futuros pagamentos minimos de sublocac&o due se espera receber segundo as sublocacêes
no cancelaveis na data do balancoie

e) descricêo geral dos acordos significativos de locac&o do locatério, incluindo, pelo menos, o seguinte:
j) a base de determinacêo de rendas contingentes a pagar;
i) a existência e condicées de opcêes de renovac&o ou de compra e clAusulas de escalonamento:e
ii) restricées impostas pelos acordos de locacëo, tais como aguelas a respeito de dividendos, divida adi-
Cional e locacao posterior.

Locacées financeiras - lacadores


a) reconciliacao entre o investimento bruto na locacao & data do balanco e o valor presente dos pagamentos
minimos da locac&o a receber & data do balanco. Além disso, deve divulgar-se o investimento bruto na
locacëo e o valor presente dos pagamentos minimos da locacêo a receber na data do balango, para
cada um dos periodos seguintes:
j) nao mais de um ano;
ii) mais de um ano e nêo mais de cinco anos;
iii) mais de cinco anos;
D) resultado financeiro nêo obtido;
Cc) valores residuais nê&o garantidos gue acrescam ao beneficio do locador;
d) deducë&o acumulada para pagamentos minimos da locacêo a receber considerados incobrêveis;
e) rendas contingentes reconhecidas nos rendimentos;e
fj) descric&0o geral dos acordos significativos de locacë&o do locador.

18.11 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Naêo existem efeitos significativos decorrentes da aplicacêo da NCRF 9.

18.12 —- EXERCCIOS
EXERCICIO N."1
A Companhia ABC celebra contratos de locac&o de viaturas para uso pessoal e profissional dos seus direc-
tores. As condicêes dos contratos de locacêo sêo as seguintes;
e Periodo da locacêo: 3 anos;
e Vida econémica das viaturas: 5 anos;
e Nêo hê opcêo de compra;
e O contrato de locagêo pode ser renovado mas raramente isso acontece;
* O valor actual dos pagamentos minimos da locacêo é de 12 000;
e O justo valor da viatura no inicio da locacêo é de 23 000.

SHE 43 673
CariTuto 13 LocacBes SNC EXPLICADO

Ouestoes:
1. Como deverê a Companhia ABC classificar os contratos de locac&o?
2. Como dever4 a Companhia ABC contabilizar os contratos de locacêo?

Solucao:

1. Os contratos de locaG4êo deverêo ser classificados como locacëes operacionais. Os riscos e benelfi-
cios inerentes & propriedade das viaturas nêo sêo transferidos para a Companhia ABC, a aual teré de
devolver as viaturas no final de cada contrato de locacëo, e nêo tem opeëo de compra.
Para aléêm disto, o valor actual dos pagamentos minimos da locag&o para cada viatura é significativa-
mente mais baixo do ague o justo valor do activo, o due conduz a gue a substência do contrato de
locacëo seja o aluguer das viaturas e nêo a sua compra.

2. A Companhia ABC nêo deverê reconhecer no seu activo nenhuma das viaturas alugadas, uma vez gue
as locag6es sêo operacionais. Assim, a Companhia ABC deve reconhecer o gasto em funcëo da utiliza-
C&o das viaturas, ao longo do periodo do contrato. Mensalmente deverê efectuar o seguinte lancamento:
Débito — Conta 6261 - Fornecimentos e servicos extermnos - Rendas e alugueres;
Crédito - Conta 12 - Depêsitos & ordem (se efectuou o pagamento); ou
Conta 2722 —- Credores por acréscimos de gastos (se nêo efectuou o pagamento).

EXERCICIO N.” 2
A Companhia Industrial do Tejo adauiriu uma maêaguina com recurso a uma operagëo de locacëo financeira,
O preco de compra da mêauina foi de 90 000 euros, tendo o contrato de locagëo sido celebrado por três anos
com rendas pagaveis mensalmente.
Contabilize esta operacëo na éptica do locatêrio.

Solucao:

No momento da locag&o:

Débito - Gonta 433 - Eguipamento basico 90 OOO


Crédito - Conta 2513 - Locac6es financeiras 90 000

Mensalmente:

Pelas rendas pagas:


Débito - Conta 2513 - Locac6es financeiras (pelo valor do capital amortizado)

Débito - Conta 6911 - Juros de financiamentos obtidos (pelo valor dos juros)

Crédito — Conta 12 —- Depêsitos & ordem (pelo valor total da renda paga)

Pela depreciagao do periodo:

Débito — Conta 642 - Gastos de depreciac&o e de amortizag&o - Activos fixos tangiveis

Crédito - Conta 438 —- Activos fixos tangiveis - Depreciacëes acumuladas


(valor determinado pela divisêo dos 90 000 euros pelo nimero de meses de vida Gtil estimada)

EXERCICIO N. 3
A Agricola do Oeste vendeu alguns dos seus terrenos e, em CONSEdAUÊNCIa, UuMma frota de 10 tractores com um
valor liguido contabilistico de 20 000 euros (custo de 50 000 euros e depreciac&o acumulada de 30 000 euros)
tormou-se obsoleta.

A gerência decidiu fazer uma locagao dos tractores a uma outra empresa agricola, sendo os termos do con-
trato definidos da seguinte forma:
* A locacëo é por um periodo de cinco anos. A vida econémica remanescente dos tractores é de seis aNos;

674
SNC EXPLICADO
CaAriruto 13 Loragëes

e O justo valor de cada tractor é de 40 000 euros;


e O valor actual dos pagamentos minimos da locac&o é de 36 000 euros;
e A Agricola do Oeste espera realizar um lucro na venda dos tractores no final do periodo da locacao. O
lucro (ou perda) realizado na venda serê repartido entre a Agricola do Oeste (15%) e a empresa gue efec-
tuou a locacêo (85%).

Como devera a Agricola do Oeste classificar a locac&o dos tractores e conseguentemente, como deverd ser
contabilizada esta operacao?

Solucao:

A Agricola do Oeste deverê classificar a locacêo dos tractores como um contrato de locagdo financeira. O
valor actual dos pagamentos minimos da locag&o cobre uma parte significativa do justo valor dos tractores e
o termo da locacêo é de cinco anos, sendo a vida econémica remanescente de seis anos. Para além disto,
a empresa due efectua a locacêo estê significativamente exposta as flutuac6es do justo valor do valor resi-
dual dos tractores, uma vez gue partilha 85% do resultado da venda no final do periodo da locaG&o. Os ris-
cos e beneficios da posse do activo sêo claramente transferidos para o empresa gue efectua a locaG&o.
A Agricola do Oeste deve desreconhecer os activos, reconhecendo o lucro ou perda na venda, o gual
correspondera a diferenca entre o valor liguido contabilistico do activo e o valor actual dos pagamentos
minimos da locacêo, devendo apresentar no seu activo uma conta a receber pelo montante dos paga-
mentos minimos da locacêo financeira.

Lancamento da venda:

Crédito —- Conta 434 - Eguipamento de transporte 50 000

Débito - Conta 438 - Depreciacëes acumuladas 30 000


Débito —- Conta 2111 - Clientes, ele 36 DOO

Crédito - Conta 7871 - Outros rendimentos e ganhos - Alienacëes 16 000

ContabilizacaAo de cada renda da locacao:

Débito — Conta 12 - Depêsitos & ordem

Grédito - Conta 788 - Outros rendimentos e ganhos - Outros

Crédito - Conta 2111 - Clientes, clc

EXERCICIO N.“ 4
A empresa A vendeu uma maguina & empresa B, tendo simultaneamente celebrado um contrato de locacëo
por cinco anos. A empresa B terê de devolver a maduina & empresa A, no final do periodo da locasao. Nessa
data, a empresa A irê pagar uma guantia gue, conjuntamente com as rendas da locacao pagas proporcionarê &
empresa B um rendimento de 5% sobre o preco de compra.

Como deveraê ser classificado o contrato de locacêo pela empresa A?

Solucao:

O acordo n4o envolve, em substência, uma locacëo. A empresa A retém os riscos e beneficios da pro-
priedade da maauina.
Em substência, existe um financiamento com garantia da mA&dguina. A empresa A nêo pode reconhecer o
rédito pela venda da maaguina. O empréstimo deve ser contabilizado de acordo com a NCRF 27.

EXERCICIO N.” 5
Uma empresa (locatêria) tem um locaGê&o das suas instalacées por 10 anos. O justo valor do imêével no inicio
da locacëo é de 150 milhêes de euros. Existe opcëo de compra por 100 milhêes de euros. No inicio da locacao
estima-se gue o justo valor no final da locagao seja de 120 milhêes de euros.

Como deverê ser classificada esta locacëo?

675
Cariruto 13 LocagBes SNC EXPLICADO

Solucao:

A locacëo deve ser classificada como uma locacao financeira. O preco de exercicio de 100 milhêes de euros
é menor gue o justo valor esperado da propriedade na data de exercicio da opgêo (120 milhoes de euros).
A locatéria deverê exercer a opc&o de compra, mesmo gue nêo pretenda continuar a usar o imvel para uso
préprio, uma vez gue existe um ganho potencial significativo.

EXERCICIO N.” 6
A empresa A alugou uma maauina & empresa B. A vida econémica do bem é de 15 anos e o aluguer é de
8 anos. No final do periodo da locacëo, a empresa B tem a opcêo de compra, bem como a prioridade na
compra, ou poderé renovar o aluguer por uma renda de mercado. A maauina nao foi alterada para as especi-
ficidades da empresa B.
Como serd afectada a classificacêo da locacéo do bem, pela exposicëo &s alteracêes do valor de mercado?

Solucê&o:
A locacêo deve ser classificada como uma locac&o operacional. As razées subjacentes a esta decisêo sêo:
— Oo periodo da locagêo nêo cobre substancialmente toda a vida econéêmica do bem;
— 0 contrato de locacao expêe a empresa A aos riscos e beneficios das alteracêes do valor de mercado
do bem. Este é um dos riscos mais significativos associados & posse dos bens;
—a empresa A nêo transferiu o risco para a empresa B, uma vez gue esta tem a opcêo mas nêo a obriga-
C&o de comprar o bem, ao seu valor de mercado;
-a mAaauina nêo foi alterada para as especificidades da empresa B.

EXERCICIO N.* 7
Um contrato de locacëo de um edificio foi originalmente celebrado por 25 anos, sendo a vida econémica
estimada do edificio de 50 anos. Este contrato foi classificado como uma locaGêo operacional. Perto do final dos
25 anos, o contrato foi renegociado e o prazo alargado em mais 25 anos, o gue fez com due ficasse igual & vida
estimada, jê revista, do edificio.
Deverd a locagëo continuar a ser contabilizada como uma locaGéo operacional?

Solucao:
N&o. O contrato deve ser agora classificado como uma locacêo financeira. Ouando as alterac6es nos con-
tratos de locacêo resultam numa classificacéo diferente do mesmo, o contrato revisto deverê ser conside-
rado como um novo contrato ap6s o término do primeiro. O termo da locaGëo, apês a renegociaGêo, cobre
toda a vida Gtil remanescente do edificio, devendo assim ser considerado como uma locacao financeira.

13.13 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Transcreve-se abaixo o artigo 25.” do Cédigo do IRC:

Artigo 25.” - Relocagao financeira e venda com 2 — No caso de venda de bens seguida de locacao
locacêo de retoma financeira, pelo vendedor, desses mesmos bens,
1 — No caso de entrega de um bem objecto de observa-se o seguinte:
locacëo financeira ao locador seguida de relocacao a) Se os bens integravam os inventêrios do vende-
desse bem ao mesmo locatêrio, nêo hê lugar ao apu- dor, néo hê lugar ao apuramento de gualguer
ramento de agualguer resultado para efeitos fiscais resultado fiscal em conseauêëncia dessa venda
em conseguëncia dessa entrega, continuando o bem e os mesmos sêo valorizados para efeitos fiscais
a ser depreciado ou amortizado para efeitos fiscais ao custo inicial de adguisic&o ou de producêo,
pelo locatêrio, de acordo com o regime due vinha sendo este o valor a considerar para efeitos da
Sendo seguido até ent&o. respectiva depreciacëo;
b) Nos restantes casos, é aplicével o disposto no
n.” 1, com as necessêrias adaptacëes.

676
CGAP/TULO 14
Exploracao e Avaliacao
de Recursos NMinerais

671
CariTuto 14 Exploragiio e Avaliacio de Recursos Minerais SNC EXPLICADO

14.1 -INTRODUGAO
A exploracao e avaliac&o de recursos minerais normalmente inclui as seguintes fases:
— fase inicial — nesta fase, a entidade realiza dispêndios antes de obter os direitos legais de explorar deter-
minada area;
—tfase de exploracëo e avaliacao de recursos minerais — nesta fase, a entidade desenvolve a pesauisa de
recursos minerais;
— fase subseaguente & demonstracao da exeduibilidade técnica e a viabilidade comercial da extracgao
de recursos minerais.

Este capitulo apenas aborda o tratamento contabilistico da fase de exploracêo e avaliac&o de recursos minerais.

Algumas das aguestêes contabilisticas due se nos deparam na fase de exploracëo e avaliag&o de recursos
minerais sêo as seguintes:

-— Devemos capitalizar um determinado dispêndio ou tratê-lo como um gasto do periodo?

— @uando se devem efectuar testes de imparidade para os activos de exploracao e avaliacêo?

— Como valorizar os activos de exploracëo e avaliacêo no seu reconhecimento inicial?


— Como valorizar os activos de exploraGëo e avaliacêo apés o seu reconhecimento inicial?

— Oue divulgac6es devem ser incluidas nas notas as contas?

14.2-A NORMA DA GNG


Sobre a exploracêo e avaliacëo de recursos minerais, a CNC emitiu a NCRF 16, a dual tem por base a IFRS 6 -
Exploration and Evaluation of Mineral Resources (Exploracêo e Avaliac&o de Recursos Minerais).

14.3 - DEFINIGOES
A NCRF 16 define a exploracao e avaliagao de recursos minerais como sendo a pesauisa de recursos
minerais, incluindo minérios, petréleo, gês natural e recursos nêo regenerativos semelhantes depois de a enti-
dade ter obtido os direitos legais de explorar numa area especifica, bem como a determinacêo da exeauibili-
dade técnica e viabilidade comercial de extrair o recurso mineral.

A NGRF 16 define também activos de exploracêo e avaliacêo e dispêndios de exploracêo e avaliacao:

Os activos de exploragêo e avalia€ëo sê0 dispêndios de exploracëo e avaliacao reconhecidos como acti-
vos, de acordo com a politica contabilistica da entidade.

Os dispêndios de exploragëo e avaliagêo sêo dispêndios incorridos por uma entidade em ligacao com a
exploracao e& avaliacêo de recursos minerais antes aue a exeduibilidade técnica e viabilidade comercial da
extraceao de um recurso mineral seja demonstrêvel.

14.4 - RECGONHECIMENTO
Tratando a NCRF 16 dos dispêndios com a pesauisa de recursos minerais, poderé parecer nêo ser prudente
Oo reconhecimento de dispêndios como activos. No entanto, a NCRF 16 permite esse reconhecimento, desde
due o mesmo seja efectuado de acordo com a politica contabilistica da entidade, a gual deve ser consistente-
mente aplicada.
A politica contabilistica da entidade deverd levar em conta os reguisitos e a orientac&o das Normas e Inter-
pretacoes gue tratam de assuntos semelhantes e relacionados, bem como as definicêes e os critérios de reco-
nhecimento para activos, passivos, rendimentos e gastos da Estrutura Conceptual.

678
SNC EXPLICADO Cariruto 14 Exploragëo e Avaliacëio de Recursos Minerais

14.5 - MENSURAGAO

14.5.1 - Mensuragao no reconhecimento inicial

Modelo de mensuracio
A mensuracêo no reconhecimento inicial de activos de explorac4o e avaliacëo é efectuada ao custo.

Elementas do custo
Segundo a NCRF 16, a entidade deve determinar uma politica gue especifigue due dispêndios sêo reco-
nhecidos como activos de exploracao e avaliacëo e aplicar essa politica consistentemente. A NCRF 16
aponta como exemplos de dispêndios aue podem ser incluidos na mensuracëo inicial de activos de explora-
C&o e avaliagëo:
a) aauisic&o de direitos de exploracêo;
b) estudos topogréficos, geolégicos, geoauimicos e geofisicos;
Cc) perfuracêo exploratéria;
d) valas;
e) amostragem;e
f) actividades relacionadas com a avaliacê&o da exeouibilidade têcnica e viabilidade comercial da extraccêo
de um recurso mineral.

14.5.2 - Mensuracao subseguente


Na mensuracëo subseguente de activos de explorac&o e avaliacëo de recursos minerais pode-se optar entre:
— modelo do custo; ou
— modelo de revalorizacêo.

Modelo de revalorizacdo
Sendo aplicado o modelo de revalorizacêo, aplicam-se as disposic6es da NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis
ou, se for o caso, da NCRF 6 - Activos Intangiveis, relativamente ao tratamento das diferencas de justo valor.

14.6 - APRESENTAGAO
Os activos de explorac&o e avaliacëo devem ser apresentados como activos fixos tangiveis ou activos intan-
giveis, de acordo com a natureza dos activos. Essa classificacêao deve ser aplicada consistentemente.

14.7 - IMPARIDADE
A NCRF 16 reguer a avaliacêo dos activos de exploracao e avaliacêo guanto & imparidade guando os factos
& Circunstências sugerirem due o valor liguido contabilistico pode exceder o seu valor recuperaêvel.
As circunstências referidas na NCRF 16 como indicadoras de possivel imparidade sêo as seguintes:
a) o periodo em gue a entidade tem o direito de explorar na rea especifica expirou ou vai expirar no futuro
pr6ximo e n4o se espera aue seja renovado;
D) N&o estao orcamentados nem planeados dispêndios substanciais relativos a posterior exploracëo e ava-
liacëo de recursos minerais na &rea especifica;
Cc) a exploracêo e avaliacëo de recursos minerais na &rea especifica néo levaram & descoberta de guantida-
des comercialmente viëveis de recursos minerais e a entidade decidiu descontinuar essas actividades na
êrea especifica;
d) existem suficientes dados para indicar gue, embora um desenvolvimento na &rea especifica seja provavel
gue resulte, é improv4vel gue o valor contabilistico do activo de exploraGëo e avaliacêo seja recuperado
na totalidade como conseguência de um desenvolvimento bem sucedido ou por venda.

679
Cariruto 14 Exploracfo e Avaliacëo de Recursos Minerais SNC EXPLICADO

14.8 - DIVULGAGOES
A NCRF 16 reguer a divulgacê&o de informacêo gue identifigue e expligue as guantias reconhecidas nas
demonstracées financeiras resultantes de exploracêo e avallacêo de recursos minerais, divulgando-se:
— politicas contabilisticas relativas a dispêndios de exploracêo e avaliacêo, incluindo o reconhecimento de
activos de exploracêo e avaliagêo;
— as guantias de activos, passivos, rendimentos e gastos e flyxos de caixa operacionais e de investimento
resultantes da exploracêo e avaljacëo de recursos minerais.

14.9 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Sendo uma actividade muito especifica e com um normativo largamente omisso, os efeitos decorrentes da
aplicacëo da NCRF 16 poderao, em certas situac6es, ser significativos.

680
GAPITULO 15
CGustos de Empréstimos
Obtidos

681
Obtidos SNC EXPLICADO
Cariruo 15 Custos de Empréstimos

15.1 -INTRODUCA0
Como devem ser contabilizados os custos de empréstimos obtidos para a aguisicêo, construcêo ou produ-
activo?
cê&o de um activo? Devemos levar imediatamente a gastos do periodo ou devemos incluir no valor do
Caso a opco seja pela capitalizacëo, gue custos financeiros podem ser capitalizados? E em ague conta se
devem contabilizar os custos de empréstimos obtidos e como devem esses custos ser depreciados?
Sao estas guestêes gue ser&o analisadas neste capitulo.
Considere-se o caso de uma empresa da industria do papel gue efectua um investimento muito significativo
na aauisicëo de uma nova mêguina e gue demora cerca de 18 meses a ficar disponivel para inicio de producao.
O investimento efectuado é financiado em parte por empréstimos bancêrios. Apos esse investimento, a empresa
duplica a sua capacidade de producao.
Os encargos financeiros com o empréstimo obtido devem ser levados a gastos? A resposta, de acordo com
as Normas do SNC, serd dada mais adiante. No entanto, salvo melhor opiniëo, parece ser uma resposta due nêo
dignifica a contabilidade, uma vez gue permite alternativas de contabilizacao, as aguais, por serem alternativas
aceitêveis, merecerêo o acordo dos auditores, dificultando a comparacëo das demonstracées financeiras entre
empresas do mesmo sector e prejudicando também a analise da performance da empresa. Serê, provavel-
mente, mais uma das alternativas a serem revistas pela CNC no futuro.

15.2- A NORMA DA CNG


Sobre este assunto, a CNC emitiu a NCRF 10 — Custos de Empréstimos Obtidos, a dual tem por base a ante-
rior vers&o da |AS 23 - Borrowing Costs (Custos de Empréstimos Obtidos).
A anterior versêo da IAS 23 permitia a opGêo entre a contabilizacêo dos custos de empréstimos obtidos como
activos gualificêveis como gastos ou a sua inclusêo no valor dos activos. A actual versêo da IAS 23 eliminou essa
Opcéo e reguer a capitalizacao desses custos.

15.3 - ACTIVOS OUE SE OUALIFIGAM


A definicao de activo aue se agualifica é crucial, uma vez ague a possibilidade de inclusêo dos custos de
empréstimos obtidos no valor dos activos apenas se aplica a activos gue se aualificam para tal. Segundo a
NCRF 10, um activo gue se gualifica é um activo gue leva necessariamente um periodo substancial de tempo
para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para venda. A NCRF 10 formece-nos os seguintes exemplos de
activos due se gualificam:
— inventêrios aue reguerem um periodo substancial de tempo até estarem em condicées de venda;
— instalacëes industriais;
— instalac6es de geracêo de energia; e
— propriedades de investimento.

Podemos também acrescentar mêguinas aue regueiram um longo periodo de construcëo ou preparagao até
aue estejam disponiveis para o seu uso pretendido (por exemplo, as mêauinas de producao de papel).
Relativamente aos inventêrios gue reguerem um periodo substancial de tempo até estarem em condicêes de
venda, podemos apontar como exemplos a &rea imobiliëria e os inventêrios de vinho do Porto e de aguardentes
velhas.
Conforme a NCRF 10, outros investimentos e inventêrios produzidos em larga escala, numa base repetitiva,
no decurso de um curto periodo de tempo, nêo sêo activos aue se aualificam. Da mesma forma, os activos
adauiridos aue estejam prontos para o seu uso pretendido ou venda nêo sêo activos gue se gualificam. Por
exemplo, se adauirimos uma mêauina com recurso a financiamento bancêrio, mas a mAéaguina estê em condi-
GOes de iniciar a produGêo de imediato, essa mêaguina nêo é um activo aue se gualifica, pelo gue os custos do
empréstimo obtido terêo de ser obrigatoriamente contabilizados como gasto do periodo.
A partir do momento em ague o activo se encontre disponivel para o uso pretendido ou venda, deixa de ser
activo gualificêvel, pelo gue os custos de empréstimos obtidos gue sejam incorridos ap6s essa data têm de ser
contabilizados como gastos.

682
S$NC EXPLICADO CaAriTuLo 15 Custos de Empréstimos Obtidos

15.4- CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS


Tendo determinado aguais sêao os activos gue se agualificam, isto é, aagueles activos para os duais podere-
mos optar entre a inclusêao dos custos de empréstimos obtidos no valor dos activos ou o seu reconhecimento
como gastos do periodo, teremos, de seguida, de determinar o gue devemos incluir no custo de emprëéstimos
obtidos.

Segundo a NCRF 10, custos de empréstimos obtidos $ê0o os custos de juros e outros incorridos por uma
entidade relativos aos pedidos de emprêstimos de fundos, podendo incluir:

a) ) juros de descobertos bancarios e de empréstimos obtidos a curto e longo prazo;

b) ) amortizagêo de descontos ou de prémios relacionados com empréstimos obtidos;


Cc) amortizacëo de custos acessêrios incorridos na obtencêo de empréstimos;

d) encargos financeiros respeitantes a locaces financeiras; e

e) ) diferencas de c&Ambio resultantes de empréstimos em moeda estrangeira, na medida em ague sejam impu-
têveis a custos com juros.

As diferencas de cAmbio a considerar $&o as due sejam imputAveis a custos com juros. Por exemplo, se a
entidade tinha como alternativa contrair um financiamento em euros & taxa de 7% ao ano ou um financiamento
em délares norte-americanos & taxa de 4%, tendo optado pela segunda alternativa, a parcela da variacéo cam-
bial imputvel a custo com juros serê aaguela due igualar o custo com juros a 7%. O remanescente nêo pode ser
considerado custo de emprêstimos obtidos.

15.5- REGONHECIMENTO

Regra geral
Os custos de empréstimos obtidos sêo contabilizados como gastos do periodo.

Custos de empréstimas obtidos com activos gue se gualificam


A NCRF 10 prevé duas altermativas relativamente & contabilizacêo dos encargos financeiros com a aduisicêo,
Construcêo ou producao de um activo gue se gualifica:
— CoOmo gasto do periodo; ou
—a acrescer ao custo do activo.

A capitalizac&o dos custos de empréstimos obtidos implica, segundo a NCRF 10, gue seja provavel due
deles resultar&o beneficios econémicos futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavelmente mensura-
dos, o gue nem sempre se verifica, Por exemplo, se num projecto imobiliërio em desenvolvimento existirem duvi-
das sobre a rentabilidade do projecto, os encargos financeiros deverao ser levados directamente a gastos do
periodo.

Contrariamente & IAS 23, a NCRF 10 nêo refere aue a opcêo da entidade deve ser aplicada consistente-
mente a todos os custos de empréstimos obtidos gue sejam directamente atribuiveis & aaguisicao, construcëo ou
producêo de todos os activos da empresa gue se gualifiguem como tal.

Efeitos da opcao
Como vimos, as entidades gue possuam custos de empréstimos obtidos relativamente a activos gue se gua-
lficam poder&o optar entre considerar esses custos como gastos do periodo ou consideré-los como custo do
activo. @uais os efeitos dessa opG&0?

Em Portugal, os custos de empréstimos obtidos sêo aceites integralmente para fins fiscais.
Tendo em conta a informac&o do par&grafo anterior, podemos agora resumir os elfeitos Como segue:

683
SNC EXPLICADO
CaPiruLo 15 Custos de Empréstimos Obtidos

Opcao em levar a gastos do periodo


-reduz a carga fiscal (nas entidades com lucros);
o, se negativo;
—reduz oresultado liguido do periodo (se positivo) e aumenta-
cao dos juros Capitali-
os resultados futuros ser&o maiores, uma vez gue ndo ser&o afectados pela deprecia
Zados.

Opeëo de incluir no custo do activo


— aumenta a carga fiscal (nas entidades com lucro);
— aumenta o resultado liguido do periodo, se positivo, e diminui-o, se negativo;
— os resultados futuros serêo afectados por maiores depreciagoes.

Diferenca para a IAS 23


Relativamente aos custos de empréstimos obtidos com activos gue se gualificam, a IAS 23 permitia também
a Opcëo indicada atrês; no entanto, essa Norma foi revista, tendo sido removida a opcëo de contabilizacao
como gasto. ACNC decidiu manter a opGêo.

15.6 —INCLUSAO DOS CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS NO CUSTO DOS BENS


Os custos financeiros capitalizados devem integrar o valor do bem e, se aplicêvel, ser depreciados, pela mesma
taxa de vida Gtil dos bens. NAo se deverê, portanto, proceder & contabilizac&o dos custos financeiros capitalizados
em contas distintas do activo. Esses custos financeiros ser&o contabilizados como parte do custo do bem.

15.6.1 — Custos de empréstimos obtidos elegiveis para capitalizacdo


Ouando o activo gue se aualifica é financiado por fundos especificos, o custo real desses fundos, deduzido
de agualguer rendimento sobre aplicacées temporêrias de tesouraria, serê o custo a Considerar para capitaliza-
CaO, nao existindo gualguer dificuldade na determinaGao desses valores.
Se o aclivo gue se agualifica é financiado por recurso a fundos gerais da entidade, segundo a NCRF 10, a
guantia de custos de empréstimos obtidos elegiveis para capitalizacêo deve ser determinada pela aplicacêo de
uma taxa de capitalizac&o aos dispêndios desse activo. A taxa de capitalizaGao deve ser a média ponderada dos
custos de empréstimos obtidos aplicêvel aos empréstimos da entidade gue estejam em Circulacëo no periodo,
gue nao sejam empréstimos obtidos feitos especificamente com o fim de obter um activo gue se gualifica.
O montante de custos de empréstimos obtidos a capitalizar nao poderê, obviamente, exceder os custos de
empréstimos obtidos durante o periodo.

15.6.2 - Inicio da capitalizacdo


j
A inclusao dos custos de empréstimos obtidos como parte do custo de um activo due se gualifica deve
comecar guando se efectuarem dispêndios com o activo agualificavel, os custos de empréstimos obtidos estejam
a ser incorridos e as actividades due sejam necessêrias para preparar o activo para o seu uso pretendido ou |
venda estejam em curso. |

19.6.4 - Suspensdo da capitalizacdo


Conforme a NCRF 10, a capitalizac&o dos custos dos empréstimos obtidos deve ser suspensa durante OS
periodos extensos em gue o desenvolvimento activo seja interrompido. Por exemplo, no sector imobiliërio por
vezes ocorre a suspens&o da promocao por variadas razées nêo previstas originalmente, desde a falta de licen-
Cas de construcëo, o chumbo ou atraso de projectos por razées ambientais, vestigios argueol6gicos ou outras,
etc. Nestes casos, os custos de empréstimos obtidos tém de ser obrigatoriamente contabilizados como gastos.
De notar, porém, aue, guando o desenvolvimento estiver interrompido por situag6es normais durante 0
periodo da construcëo (por exemplo, fortes chuvas no inverno), nêo é suspensa a capitalizacao.

684
SNC EXPLICADO CaAPiTuLo 15 Custos de Empréstimos Obtidos

15.6.4 —- Gessacdn da rapitalizacao


Segundo a NCRF 10, a capitalizacao dos custos dos empréstimos obtidos deve cessar guanido, substancial-
mente, todas as actividades necessêrias para preparar o activo gue se agualifica para o seu uso pretendido ou
venda estejam completas. Ouando a construc&o de um activo due se agualifica for concluida por partes e cada
parte estiver em condicëes de ser usada enauanto a Construcëo continua noutras partes, a capitalizacéo dos
custos de empréstimos obtidos deve cessar guando todas as actividades necessêrias para preparar essa parte
para o seu pretendido uso ou venda estejam concluidas.

15.7 - DIVULGAGOES
As divulgacêes regueridas pela NCRF10 sêo as seguintes:
— as demonstrac6es financeiras devem divulgar a politica contabilistica adoptada nos custos de empréstimos
obtidos;
—o valor dos custos de empréstimos obtidos capitalizado durante o periodo; e
—a taxa de capitalizacêo usada para determinar a guantia do custo dos empréstimos obtidos elegiveis para
capitalizacao.

15.8 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


As principais diferencas podem resumir-se como segue:
12—A NCRF 10 permite a capitalizagêo dos custos com empréstimos obtidos como parte do custo dos acti-
vos gualificêveis, incluindo os inventêrios, para aléêm dos investimentos. O POC apenas permitia a capi-
talizac&o dos custos com empréstimos obtidos nas imobilizac6es.
22 A NCBF 10 reguer a suspensêo da capitalizacêo dos custos com empréstimos obtidos durante os perio-
dos extensos em gue o desenvolvimento seja interrompido. O POC era omisso sobre esta matéria.
32 — De acordo com a NCRF 10, guando os fundos sejam pedidos de uma forma geral, o custo com emprés-
timos obtidos deve ser determinado pela aplicac&o de uma taxa de capitalizacao aos dispêndios do
activo aualificével. O POC era omisso sobre este assunto.
42 De acordo com a NCRF 10, as demonstracées financeiras devem divulgar a politica contabilistica adop-
tada para os custos de empréstimos obtidos. O POC era omisso relativamente a essa divulgacao.
52. De acordo com a NCRF 10, as demonstracêes financeiras devem divulgar a taxa de capitalizacao
usada para determinar o valor dos custos com empréstimos obtidos elegiveis para capitalizagao. O
POC era omisso relativamente a essa divulgacao.

15.9 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Antes de falarmos dos efeitos nas demonstracêes financeiras, convém recordar aue a NCRF 10 permite duas
alternativas:
— Capitalizacao; ou
— reconhecimento imediato como gasto do periodo.

Os encargos financeiros levados imediatamente a gastos do periodo sêo considerados gastos aceites para
fins fiscais.
ento imediato
Muitas empresas têm optado, principalmente, por razoes de ordem fiscal, pelo reconhecim
uma prêtica aceite pelo
como gastos do periodo da totalidade dos custos com empréstimos obtidos. Sendo esta
SNC, nêo haveré diferencas, neste caso, face ao POC.
significativo em
Caso se pretenda incluir os encargos financeiros nos inventêrios, podera existir um impacto
nomeadame nte, sector imobiliërio, produtores de vinho do
empresas de determinados sectores de actividade,
Porto e/ou aguardentes velhas, etc.
NGCRF 10 e omissas no POC.
As notas as contas ser&o melhoradas com a inclusêo das divulgacêes regueridas pela
uma vez due, na
As demais diferencas nao deverao ter impacto significativo nas demonstrac6es financeiras,
prêtica, as disposicêes da NCRF 10 jê eram seguidas.

685
CGAPITULO 16
Provis0es,
Passivos Gontingentes
e Activos Gontingentes
Cariruo 16 Provisies, Passivos Contingentes e Activos Contingentes SNC EXPLICADD

16.1 INTRODUGAO
A contabilizacêo das provisêes é uma area subjectiva. As provis6es correspondem a passivos de montante
incerto ou de ocorrência temporal incerta. Dai a sua distingao entre um passivo e uma provisêo.
Face a uma determinada situacao de risco, a entidade deve decidir se constitui uma provisêo para perdas,
se divulga esse risco ou se, simplesmente, nêo faz nada. A fronteira entre as diversas situag6es nao ser clara.
Ouais $êo, entêo, os critérios a serem seguidos e due ir&o determinar o tratamento adeguado?
Esta é uma area sujeita a manipulacëo por parte dos gestores. Ouando se pretende reduzir os resultados e
criar “almofadas” para exercicios futuros, constituam-se provisêes excessivas. Pelo contrêrio, Se os resultados
nêo sêo bons, hê a tentacêo de no se constituirem provisêes gue sejam necessêrias. A denominada contabili-
dade criativa tem, efectivamente, campo fértil nesta rea.
O principio da prudência deve ser seguido na constituicéo de provisêes; no entanto, nêo pode ser justifica-
CaD para a criacëo de reservas ocultas. Sêo conhecidos os casos de alguns gestores internacionais aue, ao
entrarem em novas organizacêes, determinam a constituicêo de provisêes excessivas, as guais vao sendo liber-
tadas (anuladas por contrapartida de resultados ou utilizadas para compensarem gastos futuros). Sendo a
remuneracao dos gestores (incluindo bénus e planos de compra de acc6es) indexadas aos resultados da
empresa, fêcil é concluirmos due verdadeiras fortunas se podem construir & custa de alguma criatividade conta-
bilistica. E neste contexto ague surge a IAS 37 (base da NCRF 21). Trata-se de uma Norma aue, para alguns,
pode parecer pouco prudente, mas due tem como objectivo definir, de forma clara, em gue situacêes se podem
Constituir provisêes.

16.2-A NORMA DA CNG


A CNC emitiu a NCRF 21 - Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes, com base na AS 87 —
Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets (Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes).

Esta norma deve ser aplicada por todas as empresas na contabilizagêo das provisêes, passivos contingen-
tes e activos contingentes, excepto:
a) os gue resultem de contratos executêrios, excepto guando o contrato seja oneroso:
b) os cobertos por uma outra norma.

16.3 - CRITÊRIOS PARA A CONSTITUICAO (RECONHECIMENTO) DE PROVISOES


De acordo com a NCRF 21, devem ser seguidos três critérios para a constituicêo de provisêes:
1.” - existe uma obrigagao presente (legal ou construtiva) proveniente de um acontecimento passado:
2.” -é provavel uma saida de recursos para liguidar a obrigacêo; e
3.” — pode-se efectuar uma estimativa fiëvel da obrigacêo.

Os três critérios tém de estar presentes para se constituir a provisêo.

O primeiro critério é muito importante. Algumas obrigac6es néo cumprem este critério, uma vez gue se refe-
rem a cobrir custos futuros, para os duais nêo existe uma obrigacao na data do balanco.
Se estas condicêes no forem satisfeitas, nêo se deve reconhecer gualguer provisêo.

O segundo e o terceiro reguisitos poder&o implicar as seguintes situacëes:


— NUM determinado periodo, nêo se reconhece uma provisêo, ou pordgue nêo se considera gue a perda é
provêvel, ou porgue, sendo a perda provêvel, a mesma nêo é aguantificêvel com fiabilidade. Caso, em
periodos futuros, a perda seja considerada provêvel, ou se considerar gue é auantificêvel com fiabilidade,
estêo reunidas as três condicêes para o reconhecimento da provis&o. A contrapartida ter&o de ser os gas-
tos do periodo.
— em sentido contrêrio, se, num determinado periodo, se constitui uma provisêo e, em periodos subseguen-
tes, se considera gue a perda n&o é provavel ou deixa de ser guantificAvel com fiabilidade (por exemplo,
devido & evolucao da jurisprudência), a proviséo deve ser anulada, por contrapartida dos resultados do
periodo.

688
SNC EXPLICADO Cariruuo 16 Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes

16.4 - PROVISAO PARA REESTRUTURAGAO


Segundo a NCRF 21, uma reestruturagao inclui, entre outras, as seguintes situac6es:
a) venda ou cessacëo de uma linha de neg6cios;
b) o fecho de locais de negécio num palis ou regiëo ou a deslocalizacéo de actividades de negécio de um
pais ou de uma regiëo para um outro ou uma outra;
c) alterac6es na estrutura de gestêo, como, por exemplo, a eliminacêo de um determinado nivel; e
d) reorganizacêes fundamentais gue tenham um efeito material na natureza e foco das operac6es da entidade.

De acordo com a NCRF 21, uma provisêo para reestruturag&o sê deve ser contabilizada auando:
1.” — existir um plano formal detalhado para a reestruturacëo identificando, pelo menos:
—O0 negécio ou parte de um negécio em dguestêo;
— os principais locais afectados;
— a localizacao, funcêo e nimero aproximado de empregados gue receberëo retribuic6es pela cessacêo
dos seus servicos;
— os dispêndios gue serêo levados a efeito; e
— guando serd implementado o plano.

2% —a entidade tenha criado uma expectativa vêlida nos afectados de gue a reestruturagêo serê levada a
efeito, ao comecar a implementar esse plano ou ao anunciar as suas principais caracteristicas aos afec-
tados por ele.

Por exemplo, planos iniciais para reducëo de pessoal nao devem dar origem & constituigêo de provisoes, até
due exista uma lista nominativa das pessoas envolvidas devidamente aprovada e tenha ocorrido a comunicacao
a essas pessoas da intenc&o da empresa. Nenhuma obrigacêo surge pela venda de uma unidade operacional
até gue a entidade esteja comprometida com a venda, isto é, haja um acordo de venda vinculativo.
Uma provis&o para reestruturac&o somente deve incluir os dispêndios directos provenientes da reestruturacao.
Parece pouco prudente a abordagem da |AS 37/INCRF21 relativamente as provisêes para reestruturagao. Tal
resulta de abusos verificados em vêrias empresas pelo mundo fora: os novos (ou os actuais) gestores consti-
tuiam significativas provisêes para reestruturac6es e, posteriormente, anulavam parcelas significativas dessas
provisêes criando lucros ficticios e, com isso, obtinham vantagens pessoais em termos de opG@êes sobre
acc6es, bênus, reconhecimento, etc. De aualguer forma, parece ser uma &rea a ser objecto de estudo mais
aprofundado pelo lASB/CNC.

16.5 - CONTRATOS ONEROSOS


Segundo a NCRF 21, um contrato oneroso é um contrato em due os custos inevitaveis de satisfazer as obri-
gacêées do contrato excedem os beneficios econémicos due se espera due sejam recebidos ao abrigo do
mesmo.
Se a entidade tiver um contrato gue seja oneroso, a obrigacao presente segundo o contrato deve ser reco-
nhecida e mensurada como uma provisêo.
A titulo de exemplo, podemos indicar como contratos onerosos:
1-A assinatura de um contrato para executar um servico/obra, cujo custo estimado é superior ao montante
do rédito do contrato. Neste caso, logo apês a assinatura do contrato, deve reconhecer-se uma provisao
para a perda total estimada, uma vez gue, com a assinatura do contrato, passa a existir uma obrigacëo
legal de execucëo de um servico/obra com uma perda implicita, cumprindo assim o critério de reconheci-
mento de uma provis&o previsto na NCRF 21.
2 — Consideremos gue temos uma locacëo de um imêvel até 2015 com uma renda anual de 100 000 € e, em
2009, deixamos de ter necessidade daauele imêvel, estando prevista uma indemnizacëo contratualmente
estabelecida de 500 000 € em caso de entrega antecipada do imével. Em conseguência, a entidade decide
efectuar a sublocac&o do imével por 60 000 €. Estamos, assim, perante um contrato oneroso, uma vez due OS
beneficios econémicos (60 000 € anuais) sêo inferiores aos custos inevitêveis (100 000 €), pelo due temos de
Constituir uma provisao para a totalidade da perda prevista (40 000 € por ano x 6 anos s 240 000 €).

SNCE-AA
689
SNC EXPLICADO
Carituio 16 ProvisGes, Passivos Contingentes ë Activos Contingentes

16.6 —- PASSIVOS CONTINGENTES


ser assim classifica-
Os passivos contingentes, por exemplo, relacionados com um processo judicial, podem
dos, relativamente a probabilidade de materializacêo da perda:
— perdas provêvelis;
— perdas possiveis;
— perdas remotas.

Perdas provêveis - guando se entende ser elevada a probabilidade de a perda se materializar.


Perdas possiveis - o desfecho é imprevisivel. A perda pode materializar-se mas também poderê nao existir
agualaguer perda.

Perdas remotas —- entende-se due a empresa néo deverê ter gualguer perda.
A classificac&o das perdas deve resultar de uma analise técnica das situacêes em causa, envolvendo espe-
cialistas nas matérias envolvidas, nomeadamente, advogados, fiscalistas, contabilistas, etc.
Oual o tratamento contabilistico para cada tipo de perda?

Perdas provaveis - devem ser objecto de provisêo, desde ague a perda possa ser cuantificada com razoëvel
aproximacao.

Perdas possiveis - nao devem ser objecto de provisêo, devendo, no entanto, ser divulgadas nas Notas as
Contas. Trata-se de um passivo contingente.

Perdas remotas — nao devem ser objecto de provis&o nem precisam de ser divulgadas.

Segundo a NCRF 21, um passivo contingente é:


a) uma obrigac&o possivel resultante de eventos passados e cuja existência somente serê confirmada pela
ocorência ou no de um ou mais eventos futuros incertos, nao totalmente sob controlo da entidade; ou
b) uma obrigacao presente resultante de eventos passados mas due nêo é reconhecida pordue:
j) nêo é provêvel gaue uma saida de recursos incorporando beneficios econémicos serê exigida para
liauidar a obrigacao; ou
i) a guantia da obrigacêo nêo pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes nao devem ser reconhecidos no balanco.


O guadro abaixo resume o processo de classificaGéo dos passivos Contingentes e o tratamento a ser dispensado
aOS MEMOS:
Passivos contingentes

Perda )

Obrigaca0 presente | Nio


resulta de um evento Possivel obrigaca0?
Ed
gue origina
|

Sim

“Nee | Mo.
' Saida provével? Remota? —]

si
die daders Sim
@uantificavel? F |

ES | |

Provisionar ' Divulgar | No fazer nada

690
SNC EXPLICADD Cariruto 16 Provisëes, Passivos Contingentes e Activos Cantingentes

Oual a diferenca entre credores por acréscimos de gastos, provisêes e passivos contingentes?

Gredores por |
acréscimos de gastos Passivos certos

Passivos com incerteza


Provisêes “) @uanto ao seu montante ou
tempestividade

Obrigacio com perda possivel


Passivos
“—| ou com perda provvel mas nio |
Contingentes
mensurada com fiabilidade

16.7 - GANHOS CONTINGENTES


Um activo contingente é, segundo a NCRF 21, um possivel activo proveniente de acontecimentos passados
e cuja existência somente serê confirmada pela ocorrência ou nêo de um ou mais eventos futuros incertos nêo
tofalmente sob o controlo da entidade.

Os ganhos contingentes podem também ser classificados em:


— ganhios provaveis;
— ganhos possiveis;
— ganhos remotos.

O tratamento contabilistico aplicêvel a cada um deste tipos de ganhos contingentes é o seguinte:


Ganhos provêveis - nêo devem ser reconhecidos, mas sim ser divulgados. O reconhecimento sera efec-
tuado numa base de caixa, isto é, guando o ganho se materializar.

Ganhos possiveis - nio sêo reconhecidos, devendo em certas situac6es ser objecto de divulgacêo.

Ganhos remotos - nem sêo reconhecidos nem divulgados.

16.8 - MENSURAGAO DAS PROVISOES


As provisêes devem ser mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liguidar a obrigacao
presente & data do balanco.
Tratando-se de estimativas, as mesmas devem ser revistas em cada periodo de relato, podendo originar
aumento ou diminuicao no valor das provisêes, cuja contrapartida ser&o os resultados do periodo, a menos gue
se agueira assumir gue ocorreu um erro na mensuracëo da provisêo do ano anterior. Nesse caso, aplicam-se as
disposicêes da NCRF 4 relativamente a erros, isto é, faz-se a aplicacêo retrospectiva, reexpressando-se as con-
tas do(s) periodol(s) anterior(es).

Valor presente
Se tivermos uma provisêao para um litigio cujo desfecho (e desembolso financeiro) somente esperamos due
ocorra dez anos apés a data do balanco, o valor da provisêo deve ser apresentado pelo seu justo valor, excepto
se vencerem juros.
Sempre gue o efeito do valor temporal do dinheiro for materialmente relevante, a NCRF 21 reguer due a pro-
visêo seja apresentada pelo valor presente dos dispêndios due se espera aue sejam necessêrios para liduidar a
obrigacao.
A taxa de desconto (ou taxas) deve ser uma taxa antes de impostos gue reflicta as avaliacêes correntes de
mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos especificos do passivo e nêo deve reflectir riscos pelos
aguais estimativas de fluxos de caixa futuros tenham sido ajustadas.

691
Cariruto 16 Provisêes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes SNC EXPLICADO

Subseguentemente, em cada periodo de relato, serê acrescido o valor da provisêo (pela actualizaeêo do
valor presente), por contrapartida dos gastos financeiros.

Reembolsos
Ouando parte ou a totalidade do dispêndio necessêrio para liguidar uma provisêo seja reembolsada por
outra parte, segundo a NCRF 21, o reembolso deve ser reconhecido guando, e somente auando, seja virtual-
mente certo gue o reembolso serê recebido se a empresa liguidar a obrigacêo. O reembolso deve ser tratado
como um activo separado. A aguantia reconhecida para o reembolso nêo deve exceder a guantia da provisêo.
Na demonstrac&o dos resultados, o gasto relacionado com a provisêo pode ser apresentado liguido do reem-
bolso reconhecido.

16.9 - PERDAS OPERAGCIONAIS FUTURAS


As perdas operacionais futuras nêo devem ser objecto de provisêo.

16.10 - US0 DE PROVISOES


Deve ser usada uma provisêo somente para os dispêndios relativamente aos aguais a provisêo foi original-
mente reconhecida.

16.11 - DIVULGAGOES
A NCRF 21 reguer as seguintes divulgacêes:

Provisdes
Para cada classe de provisêo:
a) valor contabilistico no inicio e no fim do periodo;
b) provisêes efectuadas no periodo, incluindo o aumento nas provisêes existentes;
C) utilizacëo das provisêes no periodo;
d) reversêes de provisêes no periodo;
e) aumento das provisêes decorrente do seu desconto e efeito de eventuais alterag6es na taxa de desconto.

No é exigida informacao comparativa.

Passivos contingentes
A menos aue a possibilidade de aualguer saida de beneficios econémicos seja remota, deve divulgar-se
para cada classe de passivo contingente & data do balanco uma breve descricêo da natureza do passivo con-
tingente e, guando praticêvel:
a) uma estimativa do seu efeito financeiro;
b) uma indicacao das incertezas gue se relacionam com a guantia ou horizonte temporal de gualaguer salda
de beneaficios econémicos;e
Cc) a possibilidade de gualguer reembolso.

Activos contingentes
Ouando um influxo de beneficios econéêmicos for provêvel, deve divulgar-se uma breve desericëo da natureza
dos activos contingentes & data do balanco e, guando praticêvel, uma estimativa dos seus efeitos financeiros.

De salientar gue, nos termos da |AS 37, caso a divulgacéo de informaGëo detalhada prejudigue a entidade,
acella-se gue se divulgue apenas a natureza geral da guestêo e por gue motivo a informacêo nêo foi divulgada:
A NCRF 21 nao prevé esta @XCEPEAO.

692
SNC EXPLICADO Cariruua 16 Provisdes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes

16.12 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


As principais diferencas resumem-se abaixo:
12-a NCRF 21 define, de forma clara, os critërios para constituic&o de provisêes, O POC apresentava ape-
nas considerac6es genéricas, sujeitas a interpretac&o individual;
2.2-a NCRF 21 prevê o desconto da obrigacao para o valor presente, sempre gue o efeito temporal seja sig-
nificativo. O POC era omisso relativamente ao calculo do valor presente da obrigacêo, n4o sendo prê-
tica em Portugal proceder-se a esse calculo;
3.2-a NCRF 21 prevê o tratamento a ser dispensado aos activos contingentes. OD POC era omisso sobre esta
matéria.

16.13 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Na transicao para o SNC ter& de se verificar se as provisêes constituidas atendem aos critêrios da NCRF 21.
Nalguns casos, as provisêes terêo de ser anuladas, por nêo cumprirem integralmente os critérios da NCRF 21.
Noutros casos, poderd surgir a necessidade de constituic&o de provisêes.
Para além destas guestêes de desreconhecimento ou reconhecimento, podemos ter diferenGas na mensura-
Cê&o das provisêes devido & necessidade de se proceder ao desconto da obrigac4o para o seu valor presente.

16.14 - DUVIDAS FREOUENTES


12- Em anos anteriores nêo foi constituida provisêo para uma liguidacêo adicional de impostos gue estd a ser
contestada pela entidade. Devo manter a mesma posicA0?
Naêo. A provisêdo é uma estimativa contabilistica, sujeita a alteracêes, neste oaso, por evolucëo da juris-
prudência, entre outras possiveis causas. Assim, terê de ser novamente analisada a necessidade de
reconhecimento da provisêo, tendo em conta os dados actuais.

2.2- Em anos anteriores reconhecemos uma proviséo para uma liguidacao adicional de impostos due estd a
ser contestada pela entidade. Devo manter a provisêo?
Nêo. Os argumentos da aguestêo anterior aplicam-se a esta situacao. Adui poderemos vir a desreconhe-
cer a proviséo se considerarmos agora due a perda j& nêo é provavel.

3.2—O reconhecimento de uma provisêo relativa a um processo judicial de anos anteriores deve ser contabili-
Zado nos resultados transitados?
Nêo. Caso se considere gue o reconhecimento, este ano, é conseguência de alteracêo de estimativa con-
tabilistica, a contrapartida ser&o os gastos do exercicio. Se considerarmos gue a provisêo deveria ter sido
reconhecida em anos anteriores, estamos perante um erro, devendo-se efectuar a aplicac4o retrospectiva.

16.15 — EXERCICIOS
EXERCICIO N.”1
Uma entidade tem uma locacëo por 10 anos de um imével com uma renda de 50 000 € por ano. A empresa
jê nêo utiliza o imével, tendo acordado a sublocacê&o por uma renda anual de 30 000 € durante 10 anos. Oual a
Drovisêo reguerida pela NCRF 21?

Solucao:
A NCRF 21 define um contrato oneroso como um contrato em due os custos obrigatêrios excedem os
beneficios econbmicos expectaveis. Os custos inevitaveis de um contrato devem reflectir o custo mais
baixo de saida do contrato, due é o menor entre o custo de cumprir um contrato e gualaguer compensa-
Ca&0 ou penalidade proveniente de incumprimento.
Neste exemplo, o mêéximo de beneficios econémicos a serem recuperados sêo 30 000 € durante 10 anos.
O total de influxos de caixa deve ser deduzido das safdas totais de caixa e o saldo deve ser descontado,
usando uma taxa de juro sem risco, para se determinar o montante aue deve ser registado para o ele-
mento oneroso da locac&o. Em alternativa, o mais baixo custo pode ser calculado como o custo de nego-
ciar com o locador a anulacgêo do contrato.

693
CariruLo 16 ProvisGes, Passivos Contingentes e Activos Contingentes SNEC EXPLICADO

EXERCICIO N.* 2
A Administracêo de uma entidade anunciou, em Novembro, a eliminacêo de uma actividade, o aue faré com
gue aproximadamente 10% dos seus empregados se tornem desnecessêrios. O anuncio foi comunicado aos
sindicatos. Ao mesmo tempo, foi enviado a entidade reguladora um plano formal detalhado de acordo com os
reguisitos do pals.
A entidade reguladora possui o poder de aprovacëo do plano. O processo de aprovado pode demorar até
seis meses. Se o regulador néo aprovar o plano, a entidade nêo pode reduzir os seus funciondrios. No passado,
o regulador aprovou a maioria dos planos entregues. No entanto, o regulador pode solicitar alteracëes aos acor-
dos a efectuar com os empregados.
A eliminac&o da actividade agualifica como uma reestruturaGêo de acordo com a NCRF 21.

1.2 guestao:
Deve ser constituida uma provis&o para reestruturac&o em 31 de Dezembro?

Solucëo:
Sim. O passado indica gue o regulador normalmente aprova os principios incluidos no plano. Ouaisauer alte-
rac6es nos acordos a efectuar com os empregados devem ser contabilizadas como correcc6es na provisêo.
O acontecimento gue obriga é o antncio da reestruturagêo, aue dé lugar a uma obrigacêo construtiva.

2.* guestao:
Os custos incorridos na reestruturac&o incluiram custos com relocalizacéo de um novo director e formacêo
de empregados em novos sistemas noutros departamentos. Ouais dos seguintes custos devem ser incluidos na
provisêo para reestruturagao.
Incluir Excluir
Formacao
Acordos para rescisao de contratos de trabalho
Custos com cancelamento da locacêo da fAbrica oue deixa de ser usada
Mudanca de empregados e eguipamento
Custos de marketing para desenvolver nova imagem
Ganho na venda de uma fabrica gue naêo serê usada
Aumentos nas pensêes de reforma
Servicos de selecc&o de pessoal (empregados dispensados)
Perda por imparidade de activos fixos tangiveis

Solucao:
A NCRF 21 tem uma abordagem muito restritiva para com os custos a incluir na provisêo para reestrutura-
C&O. Gastos associados as actividades normais de uma entidade como resultado da reestruturac&o nao
$&o incluidos na provis&o. Os custos de mudanca e formacëo estêo associados com as actividades nor-
mais e estao assim excluidos da provisêo de reestruturacëo. Assim, a resposta serê a seguinte:

Ineluir Excluir
Formacao v
Acordos para rescisêo de contratos de trabalno v
Custos com cancelamento da locacao da fêbrica gue deixa de ser usada /
Mudanca de empregados e eguipamento v
Custos de marketing para desenvolver nova imagem v
Ganho na venda de uma fabrica gue nêo serd usada v
Aumentos nas pensêes de reforma v
Servicos de selecc&o de pessoal (empregados dispensados) v
Perda por imparidade de activos fixos tanglveis sf
A perda por imparidade de activos fixos tanglveis é contabilizada pela perda do valor registado no Activo
fixo tangivel e nao pela constituic&o de uma provis&o separada.

694
SNC EXPLICADO CaArituLa 16 Provises, Passivos Cantingentes e Activos Contingentes

EXERCICIO N.” 3
A |AS 37 apresenta-nos um exemplo relacionado com provisêes para garantias. Uma entidade concede
garantias por dois anos, tendo-se verificado gue os produtos poderdo apresentar defeitos menores, com custos
de reparacëo de 100 €, e defeitos maiores, com custos de reparacëo de 400 €. A experiëncia da entidade e as
expectativas futuras indicam ague 75% dos produtos nêo terêo defeito, 20% ter&o defeitos menores e 5% ter&o
defeitos maiores.
Deve reconhecer-se uma provisêo na data da venda? Se sim, por gue montante?

Solucao:

Teremos de correlacionar rendimentos com gastos e, dado gue estamos a reconhecer o rendimento da
venda dos produtos, teremos de reconhecer simultaneamente todos os custos associados a essa venda.
Por tal motivo, teremos de constituir uma provisêo.
Na situacêo presente, deparamo-nos com duas estimativas:
—a percentagem de produtos sem defeitos, com defeitos menores e com defeitos maiores; e
— Oo custos das reparacëes dos defeitos menores e dos defeitos maiores.

A provisêo a reconhecer ser:


(75% x nada) * (20% x 100 €) t (5% x A00 €)- 40 €

Assim, por cada unidade vendida, deverê ser constituida uma provisdo de 40 €.
As estimativas acima referidas terao de ser reapreciadas no final de cada periodo subseguente, sendo
eventuais alterac6es levadas aos resultados dos periodos das alteracêes (aplicacao prospectiva aplicêvel
a alterac6es de estimativas contabilisticas, conforme a NCRF 4, descrita no Capitulo 5).

EXERCICIO N.” 4
Uma entidade possui um processo judicial cuja perda - no montante de 950 000 € - é considerada pro-
vêvel. Os advogados estimam aue o desfecho do processo e conseguente pagamento ocorrera dadguia
Cinco anos, sem juros. A taxa de desconto é de 4%.
Oual é o valor da provisêo a ser reconhecida no momento inicial? Nos anos seguintes, teremos de efec-
tuar algum lancamento?

Solucao:
Sendo a perda provavel e auantificêvel com fiabilidade terê de ser reconhecida uma provisêo.
O montante da perda deve ser reconhecido pelo seu valor descontado (780 831 €), assim calculado:
950 0DDE/1,04*

Lancamento inicial (ano N):


D — 67 - Provisêes do periodo - Processos judiciais em curso 780 a3a1
C — 293 — Provisêes - Processos judiciais em cCurso 780 831

A actualizac&o da provisêo serê assim efectuada:

Anos Saldo inicial Juros Saldo final

Ni 780 831 d1 283 812 064

Nt2 812 064 32 483 BAA 547

Na 844 547 33 782 878 a29

Ni4 878 329 35 133 913 462


N45 913 d62 36 538 950 000

Os juros em cada periodo resultam da aplicacêo da taxa de 4% ao saldo da provisêo no inicio do perlodo.

695
Passivos Contingentes e Activos Contingentes SNC EXPLICADO
Cariruto 16 Provisêes,

Lancamento em N-1:
D — 6868 —- Outros ganhos e perdas - Outros nêo especificados 31 2a4
C — 293 - Provisêes - Processos judiciais em curso 31 233

Nos periodos seguintes, repetir-se-& o lancamento acima, alterando-se o valor.

EXERCICIO N.” 5
Uma empresa é ré num processo judicial. O montante reclamado é significativo e o processo estê numa
fase inicial e, embora os gestores estejam a defender energeticamente a sua posicéo, nêo é possivel
determinar o desfecho do processo.
Oual deve ser o tratamento a dispensar a esta situagêo nas demonstrac6es financeiras?

Solucao:

Trata-se de um passivo contingente. Nas notas &s contas terd de ser divulgada a existência do processo judi-
cial, as datas dos eventos significativos, incluindo as datas de audicêes, um resumo da reclamacëo, incluindo
os valores envolvidos, a expectativa dos gestores e dos seus consultores legais sobre o destecho do pro-
CESSO &, CaSO NO seja possivel indicar os valores envolvidos ou avaliar o desfecho, referir esse facto.

16.16 — TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Dada a sua importência, transcrevem-se os artigo 23.” e 39.” do Cédigo do IRC:

Artigo 23.” - Gastos afectos & exploracëo, sempre gue tal seja obri-
1 — Consideram-se gastos os aue comprovada- gatério e ap6s a cessagao desta, nos termos da
mente sejam indispensêveis para a realizac&o dos legislac&o aplicavel.
rendimentos sujeitos a imposto ou para a manuten- 2 — A determinacëo das provisêes referidas no
c&o da fonte produtora, nomeadamente: nUumero anterior deve ter por base as condicêes exis-
(EE) tentes no final do periodo de tributac&o.
3 — Ouando a provisdo for reconhecida pelo valor
h) Ajustamentos em inventêrios, perdas por impari-
presente, os gastos resultantes do respectivo des-
dade e provisêes;
conto ficam igualmente sujeitos a este regime.
E) 4 — As provisêes a gue se referem as alineas a) a c)
Artigo 39.” - Provisêes fiscalmente aceites do n.” 1 gue nêo devam subsistir por nêo se terem
verificado os eventos a due se reporlam e as due
1- Podem ser deduzidas para fins fiscais as
forem utilizadas para fins diversos dos exXxpressa-
seguintes provisêes:
mente previstos neste artigo consideram-se rendi-
a) As gue se destinarem a fazer face a obrigac6es
mentos do respectivo periodo de tributacao.
e encargos derivados de processos judiciais em
5 —O montante anual da provisêo para garantias a
curso por factos aue determinariam a inclusao
clientes a due se refere a alinea b) do n.” 1 é determi-
daagueles entre os gastos do periodo de tributa-
nado pela aplicacêo as vendas e prestac6es de ser-
CAO;
D) As aue se destinem a fazer face a encargos com
vicos sujeitas a garantia efectuadas no periodo de tri-
garantias a clientes previstas em contratos de butac&o de uma percentagem due nao pode ser
venda e de prestacëo de servicos; superior & gue resulta da proporcëo entre a soma
Cc) ... (aplicêvel apenas a seguradoras) dos encargos derivados de garantias a clientes eliec-
d) As ague, constituidas pelas empresas pertencen- tivamente suportados nos ultimos três periodos de tri-
tes ao sector das industrias extractivas ou de butac&o e a soma das vendas e prestacêes de servi-
tratamento e eliminacêo de residuos, se destina- cos sujeitas a garantia efectuadas nos mesmos
rem a fazer face aos encargos com a reparagêo periodos.
dos danos de car&cter ambiental dos locais 6 —... (aplicdvel apenas a seguradoras)

A grande novidade relativamente & anterior vers&o do cédigo do IRC consiste na possibilidade de as provi-
soes para garantias passarem a ser aceites para fins fiscais, desde ague correspondam & média das perdas
efectivas nos uitimos três periodos de tributacao.

696
GApiTuL0 17
` Matérias Ambientais

697
SNC EXPLICADO
Cariruo 17 Matérias Ambientais

17.1—INTRODUGAO
lugar central nas preocupa-
As matérias ambientais assumem uma importência cada vez maior, ocupando
geral. As entidades estêo, mais do
c6es de politicos, gestores, entidades publicas e privadas e populacêes em
.
ague nunca, preocupadas em melhorar a sua atitude face &s guestêes ambientais
As entidades poderëo ter obrigacêes legais ou construtivas relativamente &s guestêes do ambiente: alguns
activos poderêo sofrer perdas por imparidade em conseguência das guestêes ambientais, a entidade podera
ter de efectuar significativos investimentos para poder continuar a operar, poderê ter de efectuar a eliminacêo
de residuos, a descontaminacêo de solos, etc.

Neste contexto, os aspectos contabilisticos fundamentais nesta area sêO;


—o critério de reconhecimento de provisêes;
—o critério de mensuracao das provisbes;
—o reconhecimento imediato como gasto dos dispêndios realizados ou a sua capitalizagêo; e
- as perdas por imparidade.

17.2- A NORMA DA GNG


A CNC emitiu a NCRF 26 - Matérias Ambientais, a aual adopta a Recomendac&o da Comissêo Europeia de
30 de Maio de 2001 respeitante ao reconhecimento, mensuracao e divulgaGêo de matêrias ambientais nas con-
tas anuais e no relatério de gestao das sociedades.

Do preêAmbulo da recomendaGêo da Comissêo Europeia destacam-se os seguintes aspectos:


e O IASC publicou diversas Normas Internacionais de Contabilidade due estabelecem disposicoes e princi-
pios contabilisticos aplicêveis ao tratamento das matêrias ambientais. No entanto, nao hé muita orientacëo
directamente relacionada com estas matérias e nao existe gualguer Norma Internacional de Contabilidade
due vise exclusivamente matérias ambientais.
A recomendacao foi preparada com vista a dar apoio as politicas relacionadas com o mercado Unico ea
contribuir para assegurar gue os utentes das demonstrag6es financeliras recebam informac6es importan-
tes e comparaveis no gue diz respeito as guestêes ambientais, reforcando assim as iniciativas CoOmMUNIt-
rias na drea da proteccéo ambiental. A Comissêo entende aue existe uma necessidade legitima de pro-
mover uma maior harmonizagao guanto as divulgacêes nas contas anuais e nos relatérios de gestao das
sociedades da Uniëo Europeia no gue diz respeito as matêrias ambientais. Deve também melhorar-se a
guantidade, a transparência e a comparabilidade da informagao ambiental inserida nas contas anuais e
nos relatêrios de gestêo das sociedades. Para se alcancarem estes objectivos, e dada a crescente impor-
tAncia aue se atribui aos problemas ambientais na Uniëo Europeia, a Comissêo pretende clarificar as
regras actuais e fornecer linhas de orientac&o mais especificas no gue diz respeito ao reconhecimento,
mensuracao e divulgacêo das matêrias ambientais nas contas anuais e nos relatérios de gestao das
sociedades.
A recomendac&o toma como referência diversas Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) emitidas
pelo ent&o International Accounting Standards Committee (IASC) com relevência especifica para matéêrias
ambientais, nomeadamente a |AS 36, intitulada “Imparidade de activos”, a IAS 37, intitulada “Provisoes,
passivos contingentes e activos contingentes", e a AS 38, intitulada “Activos intangiveis". As disposicoes
contidas nesta recomendac&o pretendem ser coerentes com estas Normas Internacionais de Contabili-
dade, guando nada é dito em contrêrio.
e Esta recomendac&o é também influenciada pela declarag&o sobre relato financeiro intitulada “Contabiliza-
Ca0 e relato financeiro de custos e passivos ambientais", preparada pela ONU (IWGE - ISAR) em Marco de
1998.

Como Apêndice & NCRF 26, embora n&o fazendo parte da Norma, é apresentada a forma de contabilizacao
das operag6es relativas aos direitos de emissêo de gases com efeito de estufa.
Esta norma deve ser aplicada as informacêes a prestar nas demonstracêes financeiras e no relatêrio de ges-
(ao das entidades, no due diz respeito a matérias ambientais, devendo os critérios de reconhecimento e mensu-
racao ser aplicados de forma consistente a todas as entidades ague sejam objecto de consolidacêo.

698
od
SNC EXPLICADO Carituto 17 Matérias Ambientais

17.8- DEFINIGOES
A NCRF 26 apresenta-nos a seguinte definicêo:

Dispêndios de carêcter ambiental


— incluem os custos das medidas tomadas por uma entidade ou, em seu nome, por outras entidades, para
evitar, reduzir ou reparar danos de carêcter ambiental decorrentes das suas actividades. Estes custos
incluem, entre outros, a eliminacao de residuos ou as iniciativas destinadas a evitar a sua formaGêo, a pro-
teccëo dos solos e das 4guas superficiais e subterr&neas, a preservacao do ar puro e das condicées cli-
maticas, a reduc&o do ruido e a proteccëo da biodiversidade e da paisagem.

Dispêndios sem cardcter ambiental


A NCRF 26 indica algumas situacëes gue n&o configuram dispêndios de cardcter ambiental:
j) multas ou outras penalidades pelo néo cumprimento da regulamentac&o ambiental, bem como as indemni-
ZaGles a terceiros em conseguëncia de perdas ou danos provocados por poluic&o ambiental no passado;
ii) Custos incorridos susceptiveis de produzir efeitos benéficos para o ambiente, mas cujo objectivo principal
Consistia em dar resposta a outras necessidades, como, por exemplo, um aumento da rendibilidade, a
sanidade e a seguranca nos locais de trabalho, a seguranca na utilizacéo dos produtos da entidade ou a
eficiëncia produtiva.

17.4 - REGONHECIMENTO
Reconhecimento de passivaos de carêcter ambiental
O critério de reconhecimento de passivos de carêcter ambiental constante da NCRF 26 é o mesmo da NCRF 21
para o reconhecimento de provisêes:

1.” — existe uma obrigacao presente de carêcter ambiental (legal ou construtiva) proveniente de um aconteci-
mento passado;

2.” -é provavel uma saida de recursos para liguidar a obrigacêo; e

3.” — pode-se efectuar uma estimativa fiëvel da obrigacgêo.

Os três critérios têm de estar presentes para se constituir a provisêo. No entanto, a NCRF 26 indica aue
Ssomente em casos raros nao sera possivel efectuar-se uma estimativa fiavel dos custos. Caso isso aconteca,
estamos perante um passivo contingente, o gual deve ser divulgado nas notas as contas.

A NCRF 26 explicita o conceito de obrigaGêo legal ou contratual e de obrigacêo construtiva:


— uma obrigacao legal ou contratual decorre de uma obrigacao fixada por lei ou contrato para evitar, redu-
Zir ou reparar danos ambientais;
— uma obrigagao construtiva resulta da prépria actuagao da entidade, auando esta se tiver comprometido a
evitar, reduzir ou reparar danos ambientais e nêo puder deixar de o fazer em virtude de, em conseduência
de declaraG6es publicas sobre a sua estratégia ou as suas intencêes, ou de um padrêo de comportamento
por ela estabelecido no passado, a entidade ter dado a entender a terceiros gue aceita a responsabilidade
de evitar, reduzir ou reparar danos ambientais.

Passivos contingentes de carêrter ambiental


Como vimos no capitulo 16, os passivos contingentes nêo sêo reconhecidos no balanco.

A divulgacêo dos passivos contingentes nas notas as contas depende da sua probabilidade de materializa-
CAD COMO passiVvO:
— possibilidade menos gue provêvel — divulga-se;
— possibilidade remota ou dispêndio néo materialmente relevante — nêo se divulga.

699
Cariruo 17 Matérias Ambientais SNC EXPLICADO

vez due se trata de


A divulgacao nas notas as contas é muito importante em termos de relato financeiro, uma
uma situacao aue pode originar volatilidade nos resultados futuros. Trata-se de uma divulgacéo aue melhora
nêo poder& deixar de ser efectuada.
substancialmente a gualidade do relato financeiro e due

Compensacëio de passivos com reembolsos esperados


gue:
Por vezes, os dispêndios de carêcter ambiental sêo reembolsaveis por terceiros. A NCRF 26 estipula
so;
— os activos (reembolsos) sê devem ser reconhecidos guando se encontrar assegurado o reembol

` nao se dever&o compensar os passivos com eventuais activos, a menos due exista um direito legal a essa
compensagêo e a entidade tiver a intencêo de o fazer.

Reconhecimento dos dispêndios de carêcter ambiental


Segundo a NCRF 26, os dispêndios de carêcter ambiental podem ser:

— reconhecidos cComo gasto no periodo em due sêo incorridos; ou

— capitalizados, caso tenham sido incorridos para evitar ou reduzir danos futuros ou para preservar recursos
e proporcionem beneficios econ6émicos no futuro e satisfacam as condic6es de reconhecimento como
activo.

A NCRF 26 fornece-nos orientagao mais detalhada sobre as condicêes para capitalizacêo como activo:

os Custos relacionam-se com beneficios econdmicos gue se espera venham a fluir para a entidade e aue
permitam prolongar a vida, aumentar a capacidade ou melhorar a seguranga ou eficiëncia de outros acti-
vos detidos pela entidade; ou

— OS Custos permitem reduzir ou evitar uma contaminacêo ambiental susceptivel de ocorrer em resultado das
actividades futuras da entidade.

Segundo a NCRF 26, os direitos de emissêo, autorizacao de poluicêo, licencas, patentes, etc., adauiridos a
titulo oneroso e gue satisfacam as condicées para reconhecimento como activo devem ser capitalizados e
amortizados sistematicamente ao longo das suas vidas econémicas uteis esperadas.

Imparidade de activos
Alguns danos ambientais poder&o implicar a imparidade de activos. A NCRF 26 aponta o exemplo da conta-
minacao de um local. As perdas por imparidade devem ser levadas a resultados do periodo.

17.5 - MENSURAGAO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS


Os passivos ambientais devem ser mensurados pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liguidar a
obrigacêo presente & data do balanco.
Tratando-se de estimativas, as mesmas devem ser revistas em cada periodo de relato, podendo originar
aumento ou diminuic&o no valor dos passivos, cuja contrapartida ser&o os resultados do periodo, a menos gue
se gueira assumir gue ocorreu um erro na mensuraGêo do passivo do ano anterior. Nesse caso, aplicam-se as
disposicêes da NCRF 4 relativamente a erros, isto é, faz-se a aplicaGéo retrospectiva, reexpressando-se as con-
tas dol(s) periodo(s) anterior(es).

A NCRF 26 permite a constituicê&o gradual da aguantia total do passivo ao longo do periodo durante o dual a
entidade efectue as suas operacêes.

Provisdes para restauro de locais contaminados e desmantelamento


A NCRF 26 reguer gue os dispêndios com o restauro de locais, remocêo dos desperdicios acumulados,
paragem ou remocao de activos em aue a entidade seja obrigada a incorrer sejam reconhecidos de acordo
Com OS Critêrios de reconhecimento de passivos indicados no ponto 17.4 acima.

700
SNC EXPLICADO CaPiruLo 17 Matérias Ambientais

Desconto dos passivos ambientais


Caso o efeito do valor temporal do dinheiro seja materialmente relevante, a NCRF 26 indica due os passivos
ambientais s&o mensurados pelo seu valor presente.

17.6 - DIVULGAGOES
A NCRF 26 reguer as seguintes divulgac6es:

No relatério de gestio
Descric&o de matêrias ambientais gue sejam relevantes para o desempenho e posic&o financeira da enti-
dade ou para o seu desenvolvimento, bem como da resposta da entidade a essas matérias. Para esse efeito
serêo de divulgar:
a) Politica e programas adoptados para protecc&o ambiental, especialmente no due respeita & prevencao
da poluicê&o;
b) Extensêo em gue tenham sido implementadas ou estejam em curso de implementacao medidas de pro-
tecc&o ambiental, em virtude da legislacêo actual ou para antecipar uma futura alterac&o legislativa, jê
proposta;
Cc) Melhorias efectuadas em &reas-chave da proteccêo ambiental (por exemplo, emissêes nos cinco anos
precedentes e as razêes para eventuais desvios significativos);
d) Informacëes sobre o desempenho ambiental, tais como cConsumo de energia, consumo de matérias-pri-
mas, consumo de &gua, emissêes, remocë&o de residuos, sempre gue tal seja adeaguado e relevante,
tendo em conta a natureza e dimensao das actividades da entidade e os tipos de problemas ambientais
associados a essas actividades;
e) Ouando a entidade emitir um relat6rio ambiental separado, deve ser feita uma referência a esse relatêrio.
Poderê fazer-se uma descric&o resumida desse relat6rio, se o mesmo contiver as informac6es regueridas
na alinea d) acima.

Nas notas as contas


A NCRF 26 reguer gue, numa nota intitulada “Informacêes sobre matérias ambientais'", se divulgue o seguinte:
a) Critérios de mensuragao adoptados, bem como os métodos utilizados no calculo dos ajustamentos de
valor, no gue respeita a matérias ambientais;
b) Incentivos piblicos relacionados com a proteceëo ambiental, recebidos ou atribuidos & entidade, bem
Gomo o tratamento contabilistico adoptado;
c) Informacao sobre as provisêes de carêcter ambiental;
d) Passivos de carêcter ambiental materialmente relevantes, gue estejam incluidos em cada uma das rubri-
cas do balanco;
e) Para cada passivo de car&cter ambiental materialmente relevante, descricê&o da respectiva natureza e
indicac&o do calendêrio e das condicées da sua liaguidacëo;
f) Ouando é utilizado o mêtodo do valor presente, deve ser divulgada a guantia nêo descontada do passivo,
bem como a taxa de desconto utilizada;
g) Passivos contingentes de carêcter ambiental;

h) Ouantia dos dispêndios de car&cter ambiental capitalizados durante o periodo;


j) Ouantia dos dispêndios de car&cter ambiental imputados a resultados e base em gue tais guantias foram
calculadas;
j) Dispêndios significativos com multas e outras penalidades pelo nao cumprimento dos regulamentos
ambientais e indemnizacêes pagas a terceiros, por exemplo, em resultado de perdas ou danos causados
por uma poluicéo ambiental passada;
k) Dispêndios de car&cter ambiental extraordinêrios imputados a resultados.

701
Cariruo 17 Matérias Ambientais SNC EXPLICADO i

17.7 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE 0 POG


Nao existem diferencas, uma vez aue a NCRF 26 resulta da DC 26.

17.8 —- EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANCEIRAS


Nao existem.

702
GAPITULO 18
Beneficios dos Empregados

703
Cariruo 18 Beneficios dos Empregados SNC EXPLICADO

18.1-INTRODUCAO
Os beneficios concedidos aos empregados incluem beneficios de curto prazo, beneficios de longo prazo,
beneficios pés-emprego e outros, como pagamentos por rescisêes de contratos de trabalho e participacêes em
instrumentos de capital préprio.
Face a esta diversidade de beneifcios, importa determinar em gue momento se deve reconhecer o respec-
tivo gasto. F isso gue veremos neste capitulo.

18.2- A NORMA DA CNG


Relativamente aos beneficios dos empregados, a CNC emitiu a NCRF 28, a gual tem por base a AS 19- Employee
Benefits (Beneticios dos Empregados).
A NCRF 28 deve ser aplicada por um empregador na contabilizacêo e divulgacêo dos beneficios dos empre-
gados e nao trata do relato dos planos de beneficios do empregado.

18.3 - BENEFICIOS DOS EMPREGADOS


Segundo a NCRF 28, os beneficios dos empregados inclyem:
1- beneficios a curto prazo;
2 - beneficios pOS-emprego;
3 — outros beneficios a longo prazo dos empregados;
4 — beneficios de cessaGêo de emprego: e
5 — beneficios de remuneracao em capital préprio.

18.4 - BENEFICIOS A CURTO PRAZO


Os beneficios a curto prazo incluem:
— ordenados, salêrios e contribuicêes para a Seguranca Social;
— ausências permitidas a curto prazo (licencas pagas e baixas pagas por doenca);
— participac6es nos lucros e gratificacées, caso sejam liauidadas até doze meses apds o final do periodo em
ague os empregados prestam o respectivo servico;e
— beneficios nêo monetêrios (assistência médica, automdveis, habitacëêo, etc.).

Estes beneficios devem ser contabilizados no mesmo periodo temporal em due o empregado prestou ser-
vico. Desta forma, temos uma correlac&o dos beneficios do servico prestado com o gasto incorrido. )

Planos de participatéo nos lucros e gratificac6es


Segundo a NCRF 28, o custo esperado de participacêes nos lucros e gratificacêes deve ser reconhecido no
periodo em gue o empregado prestou o servico guando:
a) a entidade tiver uma obrigac&o presente, legal ou construtiva, de fazer tais pagamentos em conseauëncia
de acontecimentos passados; e
b) possa ser efectuada uma estimativa fiëvel da obrigacao.

A NCRF 28 estabelece em gue casos se considera gue existe uma estimativa fiëvel:
a) os termos formais do plano contenham uma férmula para determinar o valor do beneficio;
b) a entidade determina os montantes a serem pagos antes de as demonstracêes financeiras serem aprova-
das para emis$êo: ou
c) a prêtica passada dé evidência clara da guantia da obrigacêo construtiva da entidade.

Ouer em Portugal guer noutros paises, vêrias entidades tratam os planos de participacêo nos lucros c€omo
uma aplicacëo do resultado. De acordo com a NCRF 28, ter&o de passar a contabilizar os dispêndios a serem
efectuados como gasto do periodo em gue o empregado prestou o servico.

704
SNC EXPLICADO Cariruuo 18 Beneficios dos Empregados

18.5 — BENEFICIOS POS-EMPREGO


Os beneficios pés-emprego incluem, por exemplo, pensêes, outros beneficios de reforma, seguros de vida
apos emprego e assistência médica pés-emprego.
Os beneficios pos-emprego abrangem dois tipos de planos:
— os planos de contribuicao definida: e
— os planos de beneficios definidos.

Nos planos de contribuicao definida, a empresa efectua contribuicées de montante fixado para um fundo e
nêo0 assume responsabilidade para pagar contribuic6es adicionais caso o fundo no disponha de patrimonio
suficiente. O risco actuarial e o risco de investimento recaem no empregado. A responsabilidade da empresa é
limitada ao valor das contribuic6es.
Beneficios segurados - uma empresa pode pagar prémios de seguro para contribuir para o fundo de um
plano de beneffcios pés-emprego. Tal plano deve ser tratado como um plano de contribuicao definida, salvo se
a empresa vier a ter uma obrigacêo legal ou construtiva de:
a) pagar os beneficios dos empregados directamente guando se vencem; ou
b) pagar contribuic6es adicionais se o segurador nêo pagar todos os beneficios futuros do empregado rela-
tivos ao servico do empregado no periodo corrente e em anteriores.

Nos planos de beneficios definidos, a empresa acordou com os seus funcionérios conceder-lhes determi-
nados beneficios, por exemplo, um complemento de pensêo de reforma, mas nêo se sabe aual serê o seu valor,
uma vez ague ele depender4 de vêrios factores, tais como a rotacëo dos empregados, o eventual falecimento
antes da idade da reforma, a progressao na Carreira, a inflacêo, a pensêo da Seguranca Social, a valorizagêo
dos activos do plano, etc. O risco actuarial e o risco de investimento recaem, em substência, na empresa.

18.5.1 - Planos multiempregador


Um plano multiempregador pode ser um plano de contribuic&o definida ou um plano de beneficios definidos,
dependendo dos termos do plano. Assim, teremos, inicialmente, de classificar os planos multiempregador em
planos de contribuicêo definida ou de beneficios definidos, seguindo depois a contabilizacêo aplicêvel a cada
tipo de planos. No entanto, se num plano de beneficios definidos nêo tivermos informacaêo disponivel, contabili-
Zamos o plano como se fosse um plano de contribuicêo definida.

18.5.2 - Planos estatais


Segundo a NCRF 28, um plano estatal deve ser contabilizado da mesma maneira gue um plano multiempre-
gador. Embora os planos estatais sejam caracterizados como de natureza de beneficios definidos, na maioria
dos planos estatais, a entidade nêo tem obrigacêo de pagar esses futuros beneficios, sendo sua obrigacao
pagar as contribuic6es. Por isso, os planos estatais sêo, normalmente, planos de contribuic&o definida.

18.5.3 - Planos de contribuicdo definida


Uma vez gue o risco actuarial e de investimento nêo é da empresa, neste tipo de planos nêo hê aualaguer difi-
Culdade de contabilizacêo. Assim, a contabilizacêo do gasto com as contribuicêes deve ser efectuada no
mesmo momento em due os empregados prestam servico para a entidade, nêo existindo outras responsabilida-
des da entidade.

18.5.4 —- Planos de beneficios definidos


Nos planos de beneficios definidos, terê de se obter um estudo actuarial para se determinar o valor da obriga-
C&o0 futura, o gual deverê ser descontado para a data presente, devendo ser comparado com o justo valor dos
activos do plano ague eventualmente exista. A lêgica subjacente & contabilizacêo deste tipo de custos é due o
empregado tem duas remunerac6es: uma aue é paga a curto prazo (salêrio) e outra gue ser paga desde a data
da sua reforma até & sua morte (complemento de pensêo de reforma). O aue se tem de fazer é estimar o valor
das pensêes a pagar e consider&-lo como gasto durante a vida activa do empregado. Dessa forma, estaremos a

SNEE-45 705
SNC EXPLICADO
CariruLo 18 Beneficios dos Empregados

dos custos necessêrios para


correlacionar os beneficios decorrentes do trabalno do empregado com a totalidade
ter agueles beneficios.

18.5.4.1- Reconhecimento e mensuragdo


A NCRF 28 reconhece aue a contabilizacao dos planos de beneficios definidos ê complexa poraue sêo
de ganhos e
necessêrios pressupostos actuariais para mensurar a obrigacao e o gasto e existe a possibilidade
numa base descontada porgue elas podem ser
perdas actuariais. Alêm disso, as obrigac6es so mensuradas
liauidadas muitos anos apês os empregados prestarem o respectivo servico. A NCRF 28 remete-nos para a
orientac&o sobre esta matéria facultada na IAS 19.
Segundo a lAS 19, deve contabilizar-se nao somente a obrigacêo legal segundo os termos formais de um
plano de beneficios definidos, mas também gualguer obrigac&o construtva gue surja a partir das prêticas infor-
mais da entidade. As prêticas informais d&o origem a uma obrigacêo construtiva aguando a entidade nao tiver
outra alternativa realista senêo a de pagar os beneficios dos empregados.
A guantia reconhecida como um passivo de beneficios definidos deve ser o total liauido das seguintes duantias:
a) o valor presente da obrigacao de beneficios definidos & data do balanco;
b) mais: ganhos actuariais (menos guaisaguer perdas actuariais) nao reconhecidos devido ao método do
corredor;
Cc) menos: custo de servicos passados ainda naêo reconhecidos;
d) menos: o justo valor & data do balanco dos activos do plano.

Deve determinar-se o valor presente das obrigacêes de beneficios definidos e o justo valor de auaisguer
activos do plano com suficiente regularidade, a fim de gue as aguantias reconhecidas nas demonstrac6es finan-
ceiras n&o difiram de forma materialmente relevante das guantias gue seriam determinadas & data do balanco.
A auantia determinada conforme acima pode ser negativa (um activo). A entidade deve mensurar o activo resul-
tante ao mais baixo de:
a) a guantia determinada conforme acima;
b) o total liguido de:
j) perdas actuariais e custo de servicos passados nêo reconhecidos; e
i) o valor presente de beneficios econémicos disponiveis na forma de reembolsos do plano ou reduc6es
em contribuic6es futuras para o plano.

O total liguido das auantias abaixo deve ser reconhecido como um gasto ou como um rendimento, excepto

na medida em gue outra lAS exija ou permita a sua inclusêo no custo de um activo:
a) custo do servigo corrente;
b) custo de juros;
Co) o retorno esperado dos activos do plano;
d) ganhos e perdas actuariais, na medida em gue sejam reconhecidos de acordo com o método do corredor;
e) custo dos servicos passados, na medida em gue seja reguerido o seu reconhecimento; e
f) oefeito de guaisauer cortes ou liguidac6es.

18.5.4.2 - Valor presente das obrigacGes de beneficios definidos e do custo do servito corrente
A IAS 19 encoraja, mas nao exige, o envolvimento de um actu&rio aualificado para determinar o valor pre-
sente das obrigacêes da entidade. Além disso, é permitida a possibilidade de se efectuar o estudo actuarial em
data anterior & data do balanco. No entanto, se ocorrerem transaccëes materiais e outras alteragoes significati-
vas, o estudo actuarial deve ser actualizado.
Segundo a lAS 19, deve usar-se o método de crédito da unidade projectada para determinar o valor pre-
sente das obrigacêes de beneficios definidos e do respectivo custo do servigo corrente e, guando aplicavel, 0
Custo dos servicos passados.
TA VA er

Na determinag&o do valor presente das obrigacêes de beneficios definidos e do respectivo custo do serviGo
corrente e, guando aplicével, do custo dos servicos passados, deve atribuir-se beneficio a periodos de servico,

706
SNC EXPLICADO Gariruto 18 Beneficios dos Empregados

de acordo com a forma de beneficios do plano. Porém, se o servico de um empregado nos uitimos anos condu-
zir a um nivel materialmente mais elevado de beneficio gue em anos anteriores, a entidade deve atribuir benefi-
cio numa base de linha recta desde:
a) a data em due o servico do empregado dé lugar pela primeira vez a beneficios segundo o plano; alé
b) a data em gue o servico do empregado dé lugar pela primeira vez a beneficios segundo o plano, due nao
sejam provenientes de novos aumentos de ordenado.

18.5.4.3 - Pressupostos artuariais


Vêrios pressupostos actuariais sêo utilizados no célculo do valor presente das obrigac6es de beneficios defi-
nidos: taxa de desconto, aumentos salariais, esperanca de vida, taxa de rotacao dos empregados, etc,

Relativamente & taxa de desconto, a lAS 19 refere aue a taxa usada para descontar as obrigacêes de bene-
ficios pés-emprego deve ser determinada com referência aos rendimentos do mercado & data do balanco em
obrigac6es de alta gualidade emitidas por sociedades. Em paises em ague nao haja um mercado activo de tais
obrigacêes, devem ser usados os rendimentos de mercado & data do balanco em titulos do Tesouro. A moeda e
o prazo das obrigacées das sociedades ou dos titulos do Tesouro deve ser consistente com a moeda e o prazo
esperado das obrigac6es de beneficio pés-emprego.

No gue se refere aos ordenados, beneficios e custos médicos, a lAS 19 reiere gue as obrigacêes de bene-
ficios p6s-emprego devem ser mensuradas numa base ague reflicta:

a) aumentos estimados de ordenados futuros;

b) os beneficios estabelecidos nos termos do plano (ou gue resultem de gualguer obrigaGëo construtiva gue
vê para além desses termos) & data de balanco; e

c) alteracëes futuras estimadas num nivel de aguaisguer beneficios do Governo aue afectem os beneficios
pagaveis segundo um plano de beneficios definido, se, & so se:
j) essas alteracêes forem decretadas antes da data do balanco; ou
j) o passado histêrico, ou outra evidência credivel, indicie gue esses beneficios do Governo se alterarêo
de algum modo previsivel, por exemplo, em linha com alterac6es futuras nos niveis gerais de precos
ou niveis gerais dos ordenados.

Os pressupostos acerca de custos médicos devem tomar em conta as alterac6es fuluras estimadas no custo
dos servicos médicos, gue resultem nao sê da inflacëo como de alteracêes especificas nos custos médicos.

18.5.4.4 - Tratamento contabilistico dos ganhos e perdas artuariais


Relativamente aos planos de beneficios definidos, a NCRF 28 remete-nos para a orientacêo facultada na IAS 19.
De acordo com a AS 19, os ganhos e perdas actuariais poderëéo ter o seguinte tatamento contabilistico:
j) Sêo levados directamente a resultados;
ii) sêo levados a capitais préprios; ou
iii) $&o reconhecidos de acordo com o método do corredor.

A DC 19 apenas previa o reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais nos resultados do periodo.

O método do corredor nos ganhos e perdas actuariais


O denominado método do corredor é um mêétodo de contabilizacê&o dos ganhos e perdas actuariais. A lAS 19
permite a utilizacêo deste método, embora nêo obrigue & sua aplicacao.

Conforme a |AS 19, ao mensurar o passivo de beneficios definidos, deve reconhecer-se uma porcêo dos
ganhos e perdas actuariais como rendimentos ou gastos, se o liguido acumulado dos ganhos e perdas actua-
riais nao reconhecidos no final do periodo de relato anterior exceder o maior de:
a) 10% do valor presente da obrigacêo de beneficios definidos nessa data (antes da deduc&o dos activos
do plano) e
D) 10% do justo valor de guaisaguer activos do plano nessa data.

707
———
SNC EXPLICADO
Cariruto 18 Beneficios dos Empregados

Estes limites devem ser calculados e aplicados separadamente, relativamente a cada plano de beneficio
definido.
de beneficio definido
A parcela de ganhos e perdas actuariais a ser reconhecida relativamente a cada plano
remanescentes dos anos de
6 o excesso determinado conforme acima, dividido pelas vidas médias esperadas
gualguer método sistematico
trabalho dos empregados participantes nesse plano. No entanto, pode-se adoptar
de gue a mesma base
gue resulte num acelerado reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, na condicêo
periodo para periodo.
seja aplicada tanto a ganhos como a perdas e aue seja aplicada consistentemente de
nos
A origem deste mêtodo estê relacionada com os efeitos significativos dos ganhos e perdas actuariais
& gestao das empre-
resultados liguidos do periodo, deixando os gestores a mercê de circunstências exégenas
da
sas e fora do seu controlo. Assim, procurou-se amortecer os efeitos dos ganhos e perdas actuariais atraves
adopcëo deste método.
Os ganhos e perdas actuariais surgem em conseguência de alteracêes nos pressupostos actuariais: uns de
natureza demogrêfica, outros de natureza financeira. Um exemplo de alterac6es nos pressupostos de natureza
nos
demogrêfica é a esperanca de vida dos empregados, a dual, felizmente, tem aumentado substancialmente
nas responsabili dades dos planos de reforma, uma vez gue
Gltimos anos, originando um significativo acrêscimo
Os pagamentos cobrir&o um nimero maior de anos. Outros pressupostos demogréficos, tais como a taxa de
rotac&o dos colaboradores, a progressêo na carreira, crescimento salarial e a inflacëo, poderêo tambem apre-
usada
sentar variac6es importantes. Nos pressupostos de natureza financeira, destaca-se a taxa de desconto
para determinar o valor presente da obrigacêo e a taxa de rentabilidade esperada dos activos do plano.

O método do corredor é um método de alisamento de resultados gue assenta na constataGao de due a eco-
nomia se caracteriza por ciclos: crescimento, por vezes, recessêo, noutras vezes, o due significa aue os ganhos
seraAo compensados com perdas e vice-versa.
Prevê-se aue, a longo prazo, o método do corredor seja abandonado pelo IASB, reconhecendo-se de ime-
diato a totalidade dos ganhos e perdas actuariais.

Aplicac&o prêtica do método do corredor

Primeira fase — calculo do corredor

O corredor é calculado com referência ao inicio do exerclcio e ser& o maior de 10% de:
— valor presente da obrigacao; ou
— justo valor dos activos do plano.

Segunda fase - comparag&o com os ganhos e perdas actuariais nêo reconhecidos no inicio do exercicio
O valor do corredor é comparado com o montante liguido acumulado dos ganhos e perdas actuariais Ao
reconhecidos no final do exercicio anterior.
Caso os ganhos e perdas actuariais nao reconhecidos figuem dentro do corredor, nada se faz.
Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o corredor, para mais ou para menos, uma parte é reconhe-
cida como rendimento ou como gasto. Essa parte é calculada dividindo esse excesso pela média esperada da
vida activa remanescente dos empregados participantes no plano.

Exemplo
(Valores expressos em milhêes de euros)
N—1 N
Calculos actuariais
Valor presente da obrigacêo em 31/12 190,0 235,2
Custo de servicos passados 11,0 135
Dados dos registos contabilisticos do plano
Beneficios pagos a reformados 17,0 22.5
Contribuic6es da empresa 10,0 17,0
Justo valor dos activos do plano 174,0 167,0
Rendimento dos titulos da divida publica 4,5% 4,0%
Retorno esperado dos activos do plano 6,0% 5,0%

708
S$NC EXPLICADD Carituuo 18 Beneficios dos Empregadas

Outros dados:
1- A partir de 1 de Janeiro de N, o plano passou a proporcionar beneficios adicionais, condicionados a presta-
G&o de servicos até & data da reforma. O valor presente dos beneficios adicionais foi calculado pelo actuêrio
em dez milhêes de euros com respeito aos empregados existentes e em cinco milhêes de euros com res-
peito aos reformados. O perlodo de servico remanescente médio dos empregados activos é de dez anos.
2- Em 1de Janeiro de N—1, tanto o valor presente das obrigacëes como o justo valor dos activos do plano
S$&o de 180 milhêes de euros,

Passo 1 - Alterac6es no valor presente das obrigacêes e no justo valor dos activos do plano
N-1 N
Obrigacêes do plano
Em 1 de Janeiro 180,0 190,0
Custo dos juros 8,1 7,6
Custo do servico corrente 11,0 Ia8
Custo dos servicos passados:
— empregados activos 10,0
— reformados 5,0
Beneficios pagos (17,0) (22,5)
Subtotal 182,1 203,6
Em 31 de Dezembro 190,0 235,2
Perdas actuariais 7,9 31,6

Activos do plano
Em 1de Janeiro 180,0 174,0
Retormo esperado 10,8 8,7
Contribuic6es 10,0 17,0
Beneficios pagos (17,0) (22,5)
Subtotal 183,8 177,2
Em 31 de Dezembro 174,0 167,0
Perdas actuariais 9,8 10,2

Nota — O custo dos juros resulta da aplicac&o da taxa de rendimento dos titulos da divida publica ao valor
presente das obrigacoes.

Passo ?2- Ganhos e perdas actuariais reconhecidos e nêo reconhecidos


Em 31 de Dezembro de
N—1 N
Cêlculo do corredor
Maior de:
— 10% do valor presente da obrigacêo 18,0 19,0
— 10% do justo valor dos activos 18,0 174
Corredor 18,0 19,0

Perdas actuariais nêio reconhecidas em 1 de Janeiro


Perdas actuariais nêo reconhecidas no inicio 0 TED
Perda actuarial nas obrigac6es 7,9 31,6
Perda actuarial nos activos do plano 98 10,2
Total de perdas actuariais 17,7 59,5
Perdas actuariais reconhecidas 0 4,05
Perdas actuariais nao reconhecidas TET 55,45

709
Cariruto 18 Beneficios dos Empregados SNC EXPLICADO

Notas:
1-Em N—1 nêo se reconhece aualguer perda actuarial, porague o seu total (17,7) é inferior ao corredor (18,0).
2-Em N, as perdas actuariais acumuladas (59,5) ultrapassam o corredor (19). Logo, a diferenca de 40,5 é
dividida pelo nimero de anos remanescentes dos empregados activos (10), o gue da 4,05.

Passo 3 - Apresentacê&o nas demonstrac6es financeiras


Demonstracêo dos resultados
N—1 N
Custo do servico corrente 11,0 (85
Custo de juros 8,1 7,6
Retorno esperado dos activos do plano (10,8) (8,7)
Perda actuarial reconhecida 0 4,05
Custo dos servigos passados:
— empregados activos 1,0
— reformados sekvegEsd seke

Gasto reconhecido 8,3 22,45

Movimento no balanco:
Em 1 de Janeiro 0 (1,7)
Gasto reconhecido no ano 8,3 22,45
Contribuic6es pagas para o plano (10,0) (17,0)
Em 31 de Dezembro (1,7) 3,75

Os ganhos e perdas actuariais nê&o reconhecidos nêo integram o balanco da empresa.

Conclusao
Através da adopc&o do mêétodo do corredor, o gasto dos exercicios de N-1 e N foi 8,3 e 22,45, respectiva-
mente.
Caso a totalidade dos ganhos e perdas actuariais tivesse sido levada aos resultados do periodo, o gasto dos
exercicios de N-1 e N seria de 26,0 e 60,2, respectivamente, assim determinados:

N—1 N
Gasto conforme méêtodo do corredor 83 22,45
Diferencial de perdas actuariais néo reconhecidas TET Bi 16
Gasto sem aplicacêo do mêtodo do corredor 26,0 60,20

O diferencial de perdas actuariais nêo reconhecidas em N, de 38,2, corresponde ao valor das perdas actua-
riais de N, de 41,8 (31,6 nas obrigacêes e 10,2 nos activos), deduzido das perdas actuariais reconhecidas no
montante de 4,05.

18.5.4.5 — Gusto dos servitos passados


Segundo a IAS 19, na mensurac&o do passivo de beneficios definidos, deve reconhecer-se o custo de servi-
COS passados como um gasto numa base de linha recta durante o periodo médio atéë aue os beneficios se tor-
nem adauiridos. Caso os beneficios se tormem adauiridos imediatamente com a introducao de, ou alterac6es a,
um plano de beneficios definidos, deve reconhecer-se imediatamente o custo dos servicos passados.

A IAS 19 apresenta o seguinte exemplo de custo dos servizos passados:


Uma entidade concede pensêes de reforma aos seus colaboradores, a gual é calculada com base em
2% do ordenado final por cada ano de servico, tornando-se o beneffcio adauirido ap6s cinco anos de ser-
Vico. Em 1 de Janeiro de N, essa entidade melhora a pensêo, passando a mesma a ser calculada com
base em 2,5% do ordenado final. Em 1 de Janeiro de N (data da melhoria), o valor presente dos benelf-
Clos adicionais relativo ao servico prestado até & data é como se segue:

710
SNC EXPLICADO Cariruto 18 Beneficlos dos Empregados

Empregados com mais de cinco anos de servico 150


Empregados com menos de cinco anos de servico 120
Total 270

O periodo médio até & aaguisicêo do direito dos empregados com menos de cinco anos de servico é de
três anos. '
A entidade ter de reconhecer imediatamente 150 como um gasto, uma vez gue os beneficios jê estêo
adduiridos, e reconhece os 120 numa base de linha recta durante três anos, a partir de 1 de Janeiro
de N.

18.5.4.6 —- Cortes e liguidac6es


Ouando ocorrem cortes ou liguidacêes de planos de beneficios definidos, normalmente, resultam ganhos ou
perdas. Segundo a lAS 19, esses ganhos ou perdas devem ser reconhecidos auando o corte ou liguidacêo
ocorre, devendo incluir:
a) alteracêes no valor presente da obrigacêo de beneficios definidos;
b) alteracëes no justo valor dos activos do plano;
Cc) ganhos e perdas actuariais e custo dos servigos passados relacionados ainda nêo reconhecidos.

Antes de se determinar o efeito de um corte ou liguidacao, deve remensurar-se a obrigacao (e os respectivos


activos do plano, se @xistirem) usando pressupostos actuariais correntes (incluindo taxas de juro de mercado
correntes e outros precos de mercado correntes).

18.5.4.7 - Apresentatio - Compensacdo


Naêo se deve proceder & compensacëo de activos de um plano com passivos de outro plano. A lAS 19 ape-
nas permite essa compensac&o guando:
a) exista um direito legalmente executével de usar um excedente num plano para liguidar obrigacêes de
Outro plano;e
b) se pretenda liguidar as obrigacêes numa base liguida, ou realizar simultaneamente o excedente de um
plano e liguidar a obrigacê&o de outro plano.

18.6 —- OUTROS BENEFICIOS A LONGO PRAZO


Os outros beneficios a longo prazo incluem, por exemplo, licencas, beneficios de invalidez e remuneragées
lauidéveis ap6s mais de doze meses da data do balanco, incluindo gratificac6es e participacêes nos lucros.
Segundo a NCRF 28, dado due a mensuragêo dos outros beneficios a longo prazo nêo apresenta, usual-
mente, o mesmo grau de incerteza dos beneficios pés-emprego e a introducëo de mudancas nesses beneficios
raramente origina um montante significativo de custos por servicos passados, a NCRF 28 prescreve um método
mais simples de reconhecimento de gastos relativamente aos beneficios pés-emprego. Assim, os ganhos e per-
das actuariais e os custos por servicos prestados no passado sêo reconhecidos imediatamente.

Reconhecimento e mensuragio
O passivo relativo a outros beneficios dos empregados a longo prazo deve ser, segundo a NCRF 28, o total
lfauido das seguintes guantias:
a) o valor presente da obrigacao de beneficios definidos & data de balanco;
D) menos: o justo valor & data do balanco dos activos do plano (se os houver), dos guais as obrigacêes
devem ser liguidadas directamente.
Para outros beneficios dos empregados a longo prazo, deve reconhecer-se o total liguido das seguintes
Guantias como gasto ou como rendimento, excepto na medida em gue outra NCRF exija ou permita a sua inclu-
SAO no custo de um activo:
a) custo dos servicos correntes;

711
SNC EXPLICADO
Cnariryio 18 Beneticios dos Empregados

b) custo de juros;
Cc) retorno esperado em guaisguer activos do plano e sobre aualguer direito de reembolso reconhecido
Como um activo;
d) ganhos e perdas actuariais (os guais devem ser reconhecidos imediatamente);
e) ousto dos servicos passados (os guais devem ser reconhecidos imediatamente); e
f). oefeito de guaisauer cortes ou liguidacoes.

18.7 - BENEFICIOS DE CESSAGAO DE EMPREGO


18.7.1 - Intraducëo
Com grande freguência, as empresas portuguesas suportam custos com rescis6es de contratos de trabalho.
Surge sempre a duvida do momento certo de contabilizac&o do gasto com essas rescisoes. Em alguns casos, o
gasto é contabilizado antes e noutros casos é contabilizado apês a data em aue o deveria ser.
Ouando devemos entê&o contabilizar este tipo de gastos?

18.7.2 - Reconhecimento
De acordo com a NCRF 28, os gastos com rescisêes de contratos de trabalho devem ser reconhecidos
guando, e somente auando, a entidade estiver comprometida ou:
—a terminar o emprego de um empregado ou grupo de empregados antes da data normal de reforma; ou
—a conceder beneficios de resciséo de contratos de trabalho como resultado de uma oferta efectuada para
incentivar a rescisdo de contrato de trabalho.

O comprometimento da entidade somente se verifica guando a entidade tem um plano formal detalhado
(com um contetdo minimo especificado) para a rescisêo e néo tem possibilidade realistica de cancelar esse
plano. Segundo a NCRF 28, o plano detalhado deve incluir, como minimo:
a) a localizac&o, a funca&o e o nimero aproximado de empregados cujos servicos estêo para ser cessados;
D) o beneficio de cessacao para cada classificacëo ou funGéo de emprego; e
Cc) o momento em due o plano ser& implementado.

A NCRF 28 refere gue, auando existir uma incerteza acerca do numero de empregados gue aceitar&o uma
oferta de beneficios de cessac&o de emprego, existe um passivo contingente, isto é, nos termos da NCRF 21,
nao se pode reconhecer provisêo nestas circunstências.

18.7.3 - Mensuracio
Ouando os beneficios de cessac&o de emprego se vencam a mais de doze meses apos a data do balanco,
O seu montante deve ser descontado.
A NCRF 28 refere gue, no Caso de uma oferta para encorajar a saida voluntêria, a mensuragêo dos benelf-
Cios de cessacêo de emprego deve basear-se no numero de empregados gue se espera gue aceitem a oferta.

18.8 —- BENEFICIOS DE REMUNERAGAO EM CAPITAL PROPRIO


A NCRF 28 define os beneficios de remunerac&o em capital préprio como sendo os beneficios dos emprega-
dos pelos auais:
a) os empregados têm direito a receber instrumentos financeiros de capital préprio emitidos pela entidade
(ou pela sua empresa-mae): ou
b) a guantia da obrigac&o da entidade para com os empregados depende do preco futuro de instrumentos
financeiros de capital préprio emitidos pela entidade.
No entanto, a NCRF nao prescreve os critérios de reconhecimento, mensuracêo, apresentac&o e divulgagéo
desses beneficios,

712
SNC EXPLICADO Cariruuo 18 Beneficios dos Empregados

18.9 - DIVULGAGOES
A NCRF 28 reguer as seguintes divulgac6es:

Para planos de contribuic6es definidas:


— aguantia reconhecida como um gasto.

Para outros beneficios a longo prazo de empregados:


Para cada categoria de outros beneficios a longo prazo, deve divulgar-se:
a) natureza dos beneficios;
b) auantia das suas obrigac6es;
Cc) nivel de cobertura das responsabilidades a data de relato;
d) auantia de ganhos ou perdas actuariais no periodo corrente;
e) politicas contabilisticas para os ganhos ou perdas actuariais.

Para heneficios de cessacdo de emprego


Para cada categoria de beneficios de cessacêo de emprego, deve divulgar-se:
a) a natureza dos beneficios;
b) a politica contabilistica adoptada;
c) a aguantia das obrigag6es e o nivel de cobertura das responsabilidades & data de relato.

Além disso, se existirem passivos contingentes relacionados com beneficios de cessaG&o de emprego, deve
divulgar-se informaGêo sobre esses passivos contingentes, excepto se a possibilidade de liguidacêo for remota.

18.10 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


As principais diferencas entre a NCRF 28 e o POC podem-se resumir assim:

12-AIAS 19 (ea NCRF 28, dado ague, no due se refere aos beneficios pês-emprego, a NCRF 28 remete-nos
para as disposicêes da AS 19) permite gue os ganhos e perdas actuariais sejam reconhecidos () nos
resultados, (i) nos capitais préprios, ou (iii) segundo o chamado método do corredor. A DC 19 apenas
permitia o reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais nos resultados.
2.2 - Segundo a NCRF 28, o resultado do exercicio deve incluir o retorno esperado dos activos do plano. Pela
DC 19, considerava-se o retorno real dos activos do plano.

3.2 — Relativamente ao custo dos servicos passados, a |AS 19 distingue o tratamento a dar a beneficios jê
adauiridos e a beneficios ainda nêo adauiridos, o gue nêo acontecia com a DC 19. Por outro lado, a DC 19
previa dois tratamentos no caso de empregados no activo: a amortizacêo sistematica ou o reconhecimento
imediato como gastos.

A*—ADC 19 era omissa relativamente ao reconhecimento de gastos com beneficios de cessacêo de traba-
Iho. ANCRF 28 prescreve os critérios de reconhecimento desses gastos.

18.11 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


A principal diferenca entre a NCRF 28 e a DC 19 refere-se ao tratamento contabilistico dos custos dos servi-
cos passados, bem como ao diferente tratamento contabilistico dos ganhos e perdas actuariais.

18.12 — EXEMPLO DE CONTABILIZAGAO DE UM PLANO DE BENEFICIOS DEFINIDOS


Uma empresa tem um plano de beneficios definidos em ague paga no momento da reforma uma guantia
de 100 por cada ano de servico.

718
Cariruto 18 Beneticios dos Empregados SNC EXPLICADO

Um determinado empregado entrou para a empresa cinco anos antes da data em ague atinge a idade nor-
mal de reforma.
Oual o gasto anual deste plano?
Efectue os lancamentos contabilisticos para cada um dos cinco anos, assumindo gue nêo existe gualguer
fundo para esta responsabilidade.

Nota: taxa de desconto 8%.

Solucao:

Anos de servico 1 2 3 4 5

Gasto inicial acumulado s 100 200 300 400

Gasto do ano 100 100 100 100 100

Gasto total 100 200 300 400 500

Gasto do ano descontado 73,8" 79,38” 85,74 92,59 100

Juros do ano — 5,68 12,70 20,58 29,63

Gasto total do ano 78,5 85,26 98 Ad 113,17 129,63

Responsabilidade acumulada 73.5 158,76 257,20 370,37 500

* Assim calculado: 100 x (1 4 0,08Y*


** Assim calculado: 100 x (1 40,08)
EF assim sucessivamente.

Contabilizacao:

Ano 1 2 3 4 5

Débito —- 633 - Beneficios pés-emprego 135 79,38 85,74 92,59 100

Débito —- 6918 — Outros juros — 5,88 12,70 20,58 29,63

Crédito - 273 — Beneficios pis-emprego 13,8 85,26 98 Ad 1137 129,63

18.13 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Transcrevem-se abaixo os artigos relevantes do Cédigo do IRG:

Art.” 18.” - Periodizacêo do lucro tributêvel Art.” 23.” - Gastos

(2) 1 — Consideram-se gastos os gue comprovada-


mente forem indispensaêveis para a realizacao dos
12 — Excepto guando estejam abrangidos pelo dis-
rendimentos sujeitos a imposto ou para a manuten-
posto no artigo 43.”, os gastos relativos a beneficios
Gao da fonte produtora, nomeadamente:
de cessacêo de emprego, beneffcios de reforma e
outros beneficios ps emprego ou a longo prazo dos
(.)
d) De natureza administrativa, tais cComo remunera-
empregados due néo sejam considerados rendimen-
c6es, incluindo as atribuidas a titulo de participa-
tos de trabalho dependente, nos termos da primeira
C&o nos lucros, ajudas de custo, material de con-
parte do n.” 3 da alinea b) do n.” 3 do artigo 2.” do
SUMO corrente, transportes e comunicaces,
CG6digo do IRS, sêo imputêveis ao periodo de tributa-
rendas, contencioso, seguros, incluindo os de
Cê0 em due as importências sejam pagas ou coloca- vida e operacêes do ramo. sVidas, contribuic6es
das a disposic&o dos respectivos beneficidrios. para fundos de poupanga-reforma, contribuic6es

714
SNC EXPLICADO Cariruta 18 Beneficios dos Empregadas

para fundos de pensêes e para dguaisauer regi- a) Das normas internacionais de contabilidade por
mes complementares da seguranca social, bem determinac&o do Banco de Portugal as entida-
Como gastos com beneficios de cessacëo de des sujeitas & sua supervisêo, sendo considera-
emprego e outros beneficios pês-emprego ou a das como gastos durante o periodo transitorio
longo prazo dos empregados; fixado por esta instituic&o;
(ss) b) Do Plano de Contas para as Empresas de Segu-
ros em vigor, aprovado pelo Instituto de Seguros
Art.” 43.” - Realizacoes de utilidade social
de Portugal, sendo consideradas como gastos,
1 — S&o também dedutiveis os gastos do periodo de acordo com um plano de amortizac&o de
de tributacao, incluindo depreciac6es ou amorliza- prestacêes uniformes anuais, por um periodo
cOes e rendas de imoveis, relativos & manutencao transitêrio de cinco anos contado a partir do
facultativa de creches, lactêrios, jardins-de-infência, exercicio de 2008;
cantinas, bibliotecas e escolas, bem como outras
c) Das normas internacionais de contabilidade
realizac6es de utilidade social como tal reconhecidas
adoptadas pela Uniëo Europeia ou do SNG,
pela Direccëo-Geral dos Impostos, feitas em benefi-
consoante os casos, sendo consideradas como
cio do pessoal ou dos reformados da empresas e
gastos, em partes iguais, no perlodo de tributa-
respectivos familiares, desde aue tenham carêcter
Céo em due se apligue pela primeira vez um
geral e nêo revistam a natureza de rendimentos do
destes novos referenciais contabilisticos e nos
trabalho dependente ou, revestindo-o, sejam de difi-
guatro periodos de tributac&o subseduentes.
cil ou complexa individualizacêo relativamente a
cada um dos beneficiërios. Art.” 45.” - Encargos nêo dedutiveis para efeitos
2 - Sê&o igualmente considerados gastos do fiscais
periodo de tributacao, até ao limite de 15% das des- 1 — Nêo sêo dedutiveis para efeitos de determina-
pesas com o pessoal escrituradas a titulo de remune- Cê&o do lucro tributdvel os seguintes encargos,
racêes, ordenados ou salêrios respeitantes ao mesmo guando contabilizados como gastos do
periodo de tributa€ao, os suportados com contratos periodo de tributagêo:
de seguros de doenca e de acidentes pessoais, bem
COMOo Com Ccontratos de seguros de vida, contribui-
()
cées para fundos de pensêes e eauiparêveis ou para
m)Os gastos relativos & participacëo nos lucros
guaisdguer regimes complementares de seguranca por membros de érgêos sociais e trabalhadores
social, gue garantam, exclusivamente, o beneficio de da empresa, guando as respectivas importên-
reforma, pré-reforma, complemento de reforma, cias nao sejam pagas ou colocadas & disposi-
beneficios de satide pés-emprego, invalidez ou C&o dos beneficiërios até ao fim do periodo de
sobrevivência a favor dos trabalhadores da empresa. tributac&o seguinte;
n) Sem prejuizo da alinea anterior, os gastos relati-
3 — O limite estabelecido no numero anterior é ele-
vos a& participacêo nos lucros por membros de
vado para 25%, se os trabalhadores nao tiverem
6rgaos sociais, guando os beneficiërios sejam
direito a pensêes da seguranca social.
titulares, directa ou indirectamente, de paries
(2) representativas de, pelo menos, 1% do capital
social, na parte em ague exceda o dobro da
13 — Nao concorrem para os limites estabelecidos
remuneracêo mensal auferida no periodo de tri-
NOS N.”* 2e 3 as contribuic6es suplementares para
fundos de pensêes e eguiparêveis destinadas & butacêo a gue respeita o resultado em due par-
cobertura de responsabilidades com beneficios de ticipam.
reforma due resultem da aplicacêo: (e)

As alteracëes ao Cédigo do IRC decorrentes da adaptagê&o do cédigo ao SNC sêo as seguintes:


1 — As contribuicêes suplementares para fundos de pensêes e eguipardveis destinadas & cobertura de res-
ponsabilidades com beneficios de reforma em conseaguência da aplicac&o das normas internacionais de conta-
bilidade ou do SNC sêo dedutiveis como gastos, em partes iguais, no periodo de tributacao e nos auatro perio-
dos de tributacê&o subseduentes, sem gualaguer limite.

2 — Os gastos suportados com participag6es nos lucros passam a ser aceites para fins fiscais no periodo de
tributac&o em ague sêo contabilizados, desde gue sejam pagos até ao final do periodo de tributacaêo seguinte.

715
".

SNC EXPLICADO
Cariruuo 18 Benelicios dos Empregados

Transcreve-se a seguir a Lei 100/2009, de 7 de Setembro, gue alterou o Regime Fiscal relativamente as
indemnizac6es por rescisêes de contratos de trabalho.

Lei n.” 100/2009 5 — Para efeitos do referido no nimero anterior, con-


sidera-se também criado um novo vinculo empresarial
de 7 de Setembro
aguando sejam estabelecidas com a entidade com a
Altera o Cédigo do Imposto sobre o Rendimento gual cessaram as relacêes laborais, comerciais ou de
das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto- prestac&o de servicos, por sociedade ou outra enti-
-Lei n.” 442-A/88, de 30 de Novembro, e o Cédigo dade em due, pelo menos, 50% do seu capital seja
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas detido, isoladamente ou em conjunto com algum dos
Colectivas, aprovado pelo Decreto-Lei n.” 442-B/88, elementos do respectivo agregado familiar, pelo
de 30 de Novembro, por forma a criar um regime beneficiërio ou por uma pluralidade de beneficiërios
de tributacëo das indemnizac6es por cessacao de das importências recebidas, excepto se as referidas
funcêes ou por rescisêo de um contrato antes do relacëes laborais, comerciais ou de prestacao de ser-
termo auferidas por administradores, gestores e vicos representarem menos de 50% das vendas ou
gerentes de pessoas colectivas residentes em ter- prestac6es de servicos efectyadas no exercicio.
ritério portuguës. 6B-..
A Assembleia da Republica decreta, nos termos da 1—..
alinea c) do artigo 161.” da Constituicêo, o seguinte:
B—..
Art.” 1.” - Alteracao ao Cédigo do Imposto sobre o 9—..
Rendimento das Pessoas Singulares 10—...
Os artigos 2.” e 99.” do. Cédigo do Imposto sobre o TM...
Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo
12—...
Decreto-Lei n.” 442-A/88, de 30 de Novembro, na
redaccao actual, passam a ter a seguinte redaccao: 18—..
14e
“Arte 29-[.]
de Art.” 99.2 -[...]
2DE 1E
3 Pi.
A — Guando, por gualguer forma, cessem os contra- 8.
tos subjacentes as situag6es referidas nas alineas a),
D)e o) do n.” 1, mas sem prejuizo do disposto na ali-
5 - Ficam dispensados da retencao na fonte a due
nea d) do mesmo numero, aguanto as prestagées gue
se refere o n.” 1, os rendimentos do trabalho
Continuem a ser devidas mesmo due o contrato de
obtidos por actividades exercidas no estrangelro
trabalho n&o subsista, ou se verifigue a cessacao das
por pessoas singulares residentes em territêrio
funcëes de gestor, administrador ou gerente de pes-
português, sempre due tais rendimentos sejam
soa colectiva, as importências auferidas, a agualguer
sujeitos a tributacao efectiva no pais da fonte em
titulo, ficam sempre sujeitas a tributacao:
imposto similar ou idêntico ao IRS.s
a) Pela sua totalidade, tratando -se de gestor, admi-
nistrador ou gerente de pessoa colectiva; Art.” 2.” - Alteracao ao Cédigo do Imposto sobre o
b) Na parte gue exceda o valor correspondente a Rendimento das Pessoas Colectivas
uma vez e meia o valor médio das remuneraces
O artigo 81.” do Cédigo do Imposto sobre o Rendi-
regulares com carêcter de retribuicao sujeitas a
mento das Pessoas Colectivas, aprovado pelo
imposto, auferidas nos ultimos 12 meses, multi-
Decreto-Lei n.” 442-B/88, de 30 de Novembro, na
plicado pelo numero de anos ou fraccao de anti-
redacc&o actual, passa a ter a seguinte redaccao:
guidade ou de exercicio de funcées na entidade
devedora, nos demais casos, salvo aguando nos “Artigo 81. —-[..]
24 meses seguintes seja criado novo vinculo pro- 1...
fissional ou empresarial, independentemente da
2e
Sua natureza, com a mesma entidade, caso em
due as importências ser&o tributadas pela totali- de
dade. A—..

716
S$NC EXPLICADO Cariruuo 18 Beneficios das Empregados

BES ao final do contrato, guando se trate de rescisao de


EE um Contrato antes do termo, gualguer aue seja a
modalidade de pagamento, guer este seja efectuado
ES directamente pelo sujeito Passivo, auer haja transfe-
BE rênecia das ISPonsA ass hees para uma
ge outra entidade. ” Ee
10—.. Aprovada em 23 de Julho GE 2009.
TE O Presidente da Assembleia da Repdblica, Jaime
2 Gama.
13 — S&o tributados autonomamente, & taxa de 35%, Promulgada em 26 de Agosto de 2009.
os gastos ou encargos relativos a indemnizacêes ou
guaisauer compensagées devidas, nêo relacionadas Publigue -se.
Com a coneretizag&o de objectivos de produtividade O Presidente da Republica, ANIBAL CAVACO
previamente definidos na relacëo contratual, guando SILVA.
se verifigue a cessacêo de funcoes de gestor, admi-
nistrador ou gerente e, bem assim, os gastos relativos
Referendada
em 26 de Agosto de E
& parte gue excedao valor das remunerag6es ague
seriam auferidas pelo exercicio daagueles cargos até de Sousa.

717
GAPITULO 19
Instrumentos Financeiros

719
Cariruta 19 Instrumentos Financeiros SNC EXPLICADO

19.1 -INTRODUGAO
O conceito de instrumento financeiro é muito lato, podendo-se afirmar aue todas as entidades possuem ins-
trumentos financeiros, os aguais podem estar representados por activos financeiros (contas a receber de clien-
tes, accëes, obrigacêes, etc.), por passivos financeiros (empréstimos bancêrios ou obrigacionistas, emissêo de
accëes preferenciais, etc.), por instrumentos de capital proprio ou por insttumentos derivados para cobertura do
risco cambial, de taxa de juro, do preco de matérias-primas, etc.
Os Instrumentos Financeiros constituem uma 4rea de enorme complexidade na contabilidade. A cada dia
$&0 criados novos instrumentos financeiros ou variantes de instrumentos conhecidos. Os profissionais da conta-
bilidade têm muita dificuldade em acompanhar essa evolugêo e, pordgue nêo sabem como funcionam os instru-
mentos financeiros, poderêo nêo lhes dar o adeaguado tratamento contabilistico.
Como veremos adiante, as Normas do IASB sobre instrumentos financeiros jê se aplicam supletivamente no
referencial contabilistico portuguës.

19.2-A NORMA DO SNG


Relativamente aos Instrumentos Financeiros, o SNC emitiu a NCRF 27, a gual tem por base a lAS 32, a lAS 39
ealFRS 7, normas emitidas pelo IASB:
IAS 32 — Financial Instruments: Disclosure and Presentation (Instrumentos Financeiros: Divulgac6es e Apre-
sentacêo)
IAS 39 — Financial Instruments: Recognition and Measurement (Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e
Mensurac&o)
IFRS 7 — Financial Intuments - Disclosures (Instrumentos Financeiros - Divulgacêes).

A NCRF 27 deve ser aplicada no reconhecimento, mensuracêo e divulgacêo de instrumentos financeiros.

No fazem parte do Ambito da NCRF 27:


— os investimentos em subsidiërias, associadas e empreendimentos conjuntos;
— direitos e obrigacées no Ambito de um plano de beneficios a empregados;
— contratos de seguro;
— locag6es.

Na emissêo da NCRF 27, a CNC teve por objectivo simplificar as disposicêes aplicéveis aos instrumentos
financeiros, uma vez gue a lAS 39 é uma norma altamente complexa. No entanto, permite-se ague as entidades
naêo apliguem a NCRF 27, caso optem pela aplicacëo integral da lAS 32, AS 39 e IFRS 7.

19.3 - DEFINIGOES
A NCRF 27 inclui as seguintes definic6es:

Instrumento financeiro é um contrato gue dé origem a um activo financeiro numa entidade e a um passivo
financeiro ou instrumento de capital préprio noutra entidade.

Activo financeiro é gualguer activo gue seja:


a) dinheiro:
D) um instrtumento de capital préprio de uma outra entidade;
C) um direito contratual de receber dinheiro ou outro activo financeiro de outra entidade, ou de trocar activos
financeiros ou passivos financeiros com outras entidades em condicées gue sejam potencialmente favo-
rê&veis para a entidade: ou
d) um contrato gue seja ou possa ser liguidado em instrumentos de capital préprio da prépria entidade e
due seja um nêo derivado para o aual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a receber um ntimero
variëvel de instrumentos de capital préprio da prépria entidade ou um derivado ague seja, ou possa ser,
liguidado de forma diferente da troca de uma aguantia fixa em dinheiro ou outro activo financeiro por um
numero fixo de instrumentos de capital préprio da prépria entidade.

120
S$NC EXPLICADO
Cariruuo 19 Instrumentos Financeiros

Passivo financeiro é gualduer passivo due seja:


a) uma obrigagéo contratual de entregar dinheiro ou outro activo financeiro a uma outra entidade, ou de tro-
Car activos financeiros ou passivos financeiros com outras entidades em condicées gue sejam potencial-
mente desfavordveis para a entidade; ou
D) um Contrato gue seja, ou possa ser, liguidado em instrumentos de capital préprio da prépria entidade e
due seja um nêo derivado para o gual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a entregar um nimero
varidvel de instrumentos de capital préprio da prépria entidade ou um derivado gue seja, ou possa ser,
liduidado de forma diferente da troca de uma aguantia fixa em dinheiro ou outro activo financeiro por um
numero fixo de instrumentos de capital préprio da prépria entidade.

Instrumento de capital préprio é gualguer contrato due evidencie um interesse residual nos activos de uma
entidade, ap6s deducë&o de todos os seus passivos.

dusto valor é a guantia pela gual um activo pode ser trocado, ou um passivo liguidado, entre partes conhe-
cedoras e dispostas a isso, numa transaccêo em aue nêo exista relacionamento entre elas.

Um derivado é um instrumento financeiro ou outro contrato com todas as três caracteristicas seguintes:
a) o seu valor altera-se em resposta & alteracêo numa especificada taxa de juro, preco de instrumento finan-
ceiro, preco de mercadoria, taxa de cAmbio, indice de precos ou de taxas, notacëo de crédito ou indice
de crédito ou outra variëvel, desde due, no caso de uma variëvel nêo financeira, a variêvel nêo seja espe-
cifica de uma das partes do contrato (por vezes, denominada “subjacente”);
D) nao reguer gualduer investimento liduido inicial ou reguer investimento inferior ao due seria exigido para
outros tipos de contratos gue se esperaria gue tivessem uma resposta semelhante as alterac6es nos fac-
tores de mercado;
Cc) é liguidado numa data futura.

Custo amortizado de um activo financeiro ou de um passivo financeiro é o montante pelo gual o activo
financeiro ou o passivo financeiro é mensurado no momento do reconhecimento inicial, menos os reembolsos de
capital, mais ou menos a amortizacêo cumulativa - usando o mêtodo do juro efectivo - de gualguer diferenca
entre o montante inicial e o montante na maturidade, e menos gualduer reducëêo (directamente, ou por meio do
uso de uma conta de abatimento) relacionada com imparidade ou incobrabilidade.

Método do juro efectivo é um método de calcular o custo amortizado de um activo financeiro ou de um pas-
sivo financeiro e de imputar o rendimento dos juros ou o gasto de juros.

Custos de transaccao s&o custos incrementais gue sejam directamente atribuiveis & aguisicêo, emissêo ou
alienaGao de um activo financeiro ou de um passivo financeiro. Um custo incremental é aauele gue nêo seria
incorrido se a entidade nêo tivesse adguirido, emitido ou alienado o instrumento financeiro.

Compromisso firme é um acordo vinculativo para a troca de uma guantidade especificada de recursos, a
um preco especificado, numa data ou datas futuras especificadas.

Desreconhecimento é a remocëo do balanco de uma entidade de um activo financeiro ou de um passivo


financeiro anteriormente reconhecido.

tem coberto é um activo, passivo, compromisso firme, transaccêo futura altamente provêvel ou investimento
liguido numa unidade operacional estrangeira due (a) expêe a entidade ao risco de alteracêes no justo valor ou
nos fluxos de caixa futuros e (b) foi designado como estando coberto.

Instrumento de cobertura é um derivado designado ou (apenas para uma cobertura do risco de alteracêes
nas taxas de c&Ambio de moeda estrangeira) um activo financeiro naêo derivado designado ou um passivo finan-
Ceiro nao derivado cujo justo valor ou fluxos de caixa se espera gue compensem as alteracées no justo valor ou
em fluxos de caixa de um elemento coberto.

19.4 - REGONHEGIMENTO
Segundo a NCRF 27, deve reconhecer-se um activo financeiro, um passivo financeiro ou um instrumento de
Capital préprio apenas guando a entidade se tormnar uma parte das disposicêes contratuais do instrumento.
Os instrumentos financeiros criam direitos e obrigacêes gue se enguadram na definic&o de activo e passivo,
pelo gue devem ser reconhecidos como tal.

SNOE-AG 721
SNC EXPLICADO
CariTuLo 19 Instrumentos Financeiros

os exem-
Por vezes, a distinca0 entre um passivo e um instrumenlo de capital préprio néo é pacifica. Vejamos
suplementares.
plos da emissêo de accoes preferenciais remiveis, das prestac6es acessorias e das prestacêes
obtido, uma vez gue a remis-
Acc6es preferenciais remiveis —- em substência, trata-se de um financiamento
acordada e por um preco acordado, due corres-
sa0 das acc6es consiste no seu pagamento numa data futura
emissêo de accêes preferenci ais remiveis nêo pode
ponde ao valor temporal do dinheiro. Assim, o produto da
entos obtidos.
ser contabilizado no capital préprio mas sim no passivo como financiam
Prestacêes acessérias - aplicam-se as sociedades por auotas e as sociedades anénimas. Podem ser efec-
ser paga independente-
tuadas onerosa ou gratuitamente. Ouando forem onerosas, a contraprestacao pode
mente da existência de lucros de exercicio.
ser
Prestac6es suplementares —- aplicam-se apenas as sociedades por dguotas. N&o vencem juros. S6 podem
restituidas aos sécios desde ague a situac&o lfguida nêo figue inferior & soma do capital e da reserva legal e o
respectivo sêcio jê tenha liberado a sua guota. A sua restituic&o depende de deliberacêo dos socios.

Face ao enguadramento legal acima referido, os critërios a observar na Contabilizacê&o das prestac6es aces-
sêrias e das prestacêes suplementares devem ser os seguintes:
1% — guando as prestac6es acessêrias vencerem juros, $êo passivo.
2%. se o controlo sobre a decisao de restituicao das prestac6es acessêrias gratuitas e das prestacoes
suplementares for da entidade, essas prestacbes sao capital préprio. Ouando esse controlo estê do
lado do sécio ou accionista, estes a gualduer momento, podem exigir a restituicêo das prestac6es —
assim, essas prestacêes sêéo passivo da entidade.

19.5 - MENSURACAO
A NCRF 27 refere due a mensuraGêo dos activos e passivos financeiros em cada data de relato deve ser
efectuada:
a) ao custo ou custo amortizado, menos gualguer perda por imparidade; ou
b) ao justo valor, com as alteracêes de justo valor a serem reconhecidas na demonstrac&o dos resultados.

Segundo a NCRF 27, nêo se deve alterar a politica de mensurac&o subseauente de activos ou passivos
financeiros enaguanto tal insttumento for detido, seja para passar a usar o modelo do justo valor, seja para deixar
de usar esse modelo.
de capital
No entanto, as entidades poderëo ter de deixar de aplicar o modelo de justo valor a instrumentos
desse instrumento. Nesta situacëo, a
préprio se deixar de estar disponivel uma mensuragao fiëvel do justo valor
NCRF 27 refere gue a guantia escriturada (justo valor) torna-se, & data da transicëo, a aguantia de custo para
efeitos de adopcêo do modelo do custo amortizado.

19.5.1 - Mensuracdo ao custo ou custo amortizado menos perda por imparidade


Segundo a NCRF 27, devem-se mensurar os seguintes instrumentos financeiros ao custo ou custo amorti-
Zado, menos eventuais perdas por imparidade:
a) instrumentos financeiros:
j) & vista ou com maturidade definida;
i) Cujos retornos para o seu detentor sejam de montante fixo, de taxa de juro fixa durante a vida do instru-
o
mento ou de taxa variëvel gue seja um indexante tipico de mercado para operag6es de financiament
(por exemplo, a Euribor) ou due inclua um spread sobre esse mesmo indexante; ou
ii) gue nao contenham nenhuma clêusula contratual gue possa resultar para o seu detentor em perda do
valor nominal e do juro acumulado (excluindo-se os casos tipicos de risco de crédito). Exemplos: con-
tas a receber de clientes e outras contas a receber, contas a pagar a fornecedores e outras contas a
pagar ou empréstimos bancarios.
b) contratos para conceder ou contrair empréstimos due:
j) Nao possam ser negociados numa base liaguida;
ii) auando executados, se espera gue reinam as condicées para reconhecimento ao custo ou ao Custo
amortizado, menos perdas por imparidade; e

722
S$NC EXPLICADO Cariruo 198 Instrumentas Financeiros

iii)a entidade designe, no momento do reconhecimento inicial, para serem mensurados ao custo, menos
perdas por imparidade: e

C) investimentos em instrumentos de capital proprio gue nêéo sejam negociados publicamente e cujo justo
valor néo possa ser obtido com fiabilidade e derivados ague estejam ligados a e devam ser liguidados
pela entrega de tais instrumentos de capital préprio nêo cotados, os guais devem ser mensurados pelo
custo menos perdas por imparidade.

Fxemplos de instrumentos financeiros mensurados ao custo ou custo amarlizado


A NCRF 27 apresenta-nos os seguintes exemplos de instrumentos financeiros gue s&o mensurados ao custo
ou custo amortizado:
— clientes e outras contas a receber ou pagar, bem como empréstimos bancarios;
— investimentos em obrigag6es nêo convertiveis;
— derivados sobre instrumentos de capital préprio cujo justo valor nêo possa ser mensurado fiavelmente;
— contas a receber ou a pagar em moeda diferente do euro;
— empréstimos a subsidiërias ou associadas;
— instrumentos de divida gue sejam imediatamente exigiveis se o emitente incumprir o pagamento de juro ou
de amortizacêo de divida.

Exemplo de contabilizacio de instrumentos financeiros a0 custo amortizado


Consideremos a emissêo, em 2 de Janeiro do ano N, de obrigacêo com as seguintes condicêes:
— valor nominal: 100 000 €;
— CUpéo anual de 8%;
— maturidade: 5 anos;
— valor de emissêo: 94 418 €;
— Custos de transaccêo: 2000 €.

A taxa de juro efectiva (gue actualiza os cash flows futuros para o valor recebido de 92 418 €) é 10%. Assim,
Oo Custo financeiro serê 10%/ano.

Lancamentos contabilisticos (valor expressos em €):


Em 2 de Janeiro do ano N
D - Depositos a ordem 92 418
D - Desconto da obrigacêo 7 582
C — Financiamentos obtidos - Empréstimos por obrigac6es 100 000

Reconhecimento da emissêo da obrigacao pelo valor nominal no passivo. O desconto é apresentado como
uma deduc&o ao valor da divida.

Em 31 de Dezembro do ano N
D - Gasto com juros (92 418 € x 10%) 9242
C — Depêsitos & ordem (juros pagos) 8 000
C - Desconto da obrigacêo 1242
Pelo pagamento de juros e reconhecimento do custo efectivo (10%). Valor da obrigacao passa para 93 660 €
(92418 €- 1242 €).

Em 31 de Dezembro do ano N-1


D —- Gasto com juros (93 660 € x 10%) 9 366
C — Depêésitos & ordem (juros pagos) 8 000
C — Desconto da obrigacao 1866

723
SNC EXPLICADO
Cariruto 18 Instrumentos Financeiros

95 026 €
Pelo pagamento dos juros e reconhecimento do custo efectivo (10%). Valor da obrigacêo passa para
(93 660 € 4 1366 €).
Em 31 de Dezembro do ano Nt2
9 503
D - Gasto com juros (95 026 € x 10%)
C — Depêsitos & ordem (juros pagos) 8 000

C —Desconto da obrigag&o 1603

Pelo pagamento dos juros e reconhecimento do custo efectivo (10%). Valor da obrigacéo passa para 96 529 €
(95 026 € 1 1503 €).
Em 31 de Dezembro do ano N-3
D — Gasto com juros (96 529 € x 10%) 9 653
C — Depdésitos & ordem (juros pagos) 8 000

C —- Desconto da obrigacao 1 653

Pelo pagamento dos juros e reconhecimento do custo efectivo (10%). Valor da obrigacêo passa para 98 182 €
(96 529 € 4 1653 €).

Em 31 de Dezembro do ano N-4


D - Gasto com juros (98 182 € x 10%) 9818

C - Depdisitos & ordem (juros pagos) 8 000

C — Desconto da obrigacao 1818

Pelo pagamento dos juros e reconhecimento do custo efectivo (10%). Valor da obrigacêo passa para 100 000 €
(98 182 € - 1818 @).

D — Financiamentos obtidos - Empréstimos por obrigac6es 100 000

C - Depdésitos & ordem 100 000

Pela liduidacêo do emprêstimo

19.5.2 —- Mensuratio ao justo valor


Os instrumentos financeiros gue nao sejam mensurados ao custo ou custo amortizado, coniorme acima indi-
cado, devem ser mensurados ao justo valor.
Na mensuracao inicial do activo ou passivo financeiro, os custos de transaceéo nêo devem ser incluidos,
sendo assim levados directamente aos resultados do periodo.

Exemplos de instrumentos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados


A NCRF 27 apresenta-nos os seguintes exemplos de insttumentos financeiros due sêo mensurados ao justo valor:
a) investimentos em instrumentos de capital préprio com cotac6es divulgadas publicamente;
b) derivados, com excepcëo dos derivados due sejam sobre instrumentos de capital préprio mensurados ao
CuSto ou custo amortizado ou aue fixem uma taxa de cêAmbio de uma conta a receber ou a pagar;
Cc) instrumentos de divida perpétua ou obrigacêes convertiveis;
d) activos financeiros ou passivos financeiros classificados como detidos para negociagêo (adauiridos ou
incorridos principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito préximo ou duë
facam parte de uma carteira de instumentos financeiros identificados due sejam geridos em Conjunto €
para os guais exista evidência de terem recentemente proporcionado lucros reais).

Derivadas
Conforme definic&o da NCRF 27, um derivado é um instrumento financeiro ou outro contrato com todas as
três caracteristicas seguintes:

124
$NC EXPLICADO
Cariruuo 19 Instrumentos Financeiros

a) o seu valor altera-se em resposta & alteracêo numa especificada taxa de juro, preco de instrumento finan-
celro, preco de mercadoria, taxa de cêmbio, indice de precos ou de taxas, notacao de crédito ou indice
de crédito ou outra variëvel, desde aue, no caso de uma variëvel nêo financeira, a variëvel nêo seja espe-
cifica de uma das partes do contrato (por vezes denominada “subjacente");

D) N4o reguer gualguer investimento liguido inicial ou reguer investimento inferior ao aue seria exigido para
outros tipos de contratos gue se esperaria due tivessem uma resposta semelhante &s alteracêes nos fac-
tores de mercado;e

Cc) é liauidado numa data futura.

Exemplos de derivados:
— futuros;
— Opc6es;
— swaps de taxas de juro;
j — swaps cambiais;
— forwards;
— etc.

Futuros — sêo contratos de compra ou venda de um activo em data futura com um preco definido. Transac-
Cionam-se em mercados organizados (bolsas de derivados).

Opce6es - sêo contratos em due uma parte confere & outra o direito (mas nêo a obrigacao) de lhe comprar
(call option) ou de Ihe vender (put option) um determinado activo, em auantidade, gualidade e local predefini-
dos, numa data (ou até uma data) predeterminada a um preGo fixado.
O valor da opcêo ir& depender da relacéo entre o preco de mercado do activo (valor spot) e o preco de exer-
cicio da opcao.

Swaps - sêo contratos de troca de taxas de juro ou de divisas.

Forwaids — sêo contratos de compra ou venda de um activo em data futura com um preco definido. Transac-
cionam-se no mercado de balcêo. Dai a sua diferenga para os futuros, gue se transaccionam em mercados
organizados.

Existem contratos de forwards para mercadorias, taxas de c&Ambio, acc6es, taxas de juro.

Os derivados sêo utilizados para:


— gestêo do risco (cobertura);
-— especulacëo;
— arbitragem.

Os riscos financeiros das entidades podem ser assim classificados:


— risco de preco;
— risco cambial;
—risco de taxa de juro;
— risco de crédito:
— risco de liguidez.

Vejamos, com mais detalhe, o risco de preGo, cambial e de taxa de juro.

Risco de preco
O risco de preco é o risco das oscilacêes de preco dos produtos. Em algumas entidades, é um risco signifi-
Cativo, por exemplo, nas entidades aue comercializam ou utilizam como matérias-primas commodities, tais
COMo o algodë&o, o cobre, o petréleo, o aluminio, a soja, o cafê cru;, ete.
Para a gestêo do risco de preco, normalmente, as entidades recorrem a futuros e a opG6es.

125
j
SNC EXPLICADO
Cariruio 19 Instrumentos Financeiros

Exemplo:
Uma empresa pretende comprar 100 mil barris de petréleo dentro de seis meses. As cotacëes do petrê-
leo sêo, na data presente, as seguintes:
—a vista: USD 26;
— futuros: USD 27;
— para opcêes com preco de exercicio de USD 26, o prémio é USD 5.

A empresa pode gerir o seu risco de precos de três formas:


1.” — nao fazendo nada;
2% — celebrando um contrato de futuros. Neste caso, a empresa nao guer estar sujeita & evolucëo dos
precos de petréleo, fixando o preco do petréleo em USD 27.
3.“ — celebrando um contrato de compra de opcêes de compra. Neste caso, a empresa assegura um
preco de USD 31 (USD 26 4 USD 5), podendo, no entanto, optar por nêo exercer se, por exemplo, o
preco cair para os USD 20.

Conseguências da decisao
Consideremos dois cenêrios:

1.” cenario — 0 preco do petréleo cai para USD 20


Se a empresa nada fez, ganhou, uma vez gue o preco na data da compra é inferior ao preco seis meses antes.
Caso a empresa tenha celebrado um contrato de futuros a USD 27, terê um prejuizo de USD 7 (em termos
globais, USD 700 000).
Caso a empresa tenha recorrido a opgêes, nêo irê exercer a opêo, perdendo o prêmio (preco da opGêo)
de USD 5 (em termos globais, USD 500 000).

2. cenério — o preco do petréleo sobe para para USD 35


Se a empresa nada fez, perdeu, uma vez gue terê de comprar o petréleo a USD 35.
Caso a empresa tenha celebrado um contrato de futuros a USD 27, teré um lucro de USD 8 (em termos
globais, USD 800 000).
Caso a empresa tenha recorrido a opg6es, irê exercer a opgao, comprando o petréleo a USD 31. Com
isso, terê um ganho de USD 4 face ao preco de mercado (em termos globais, USD 400 000).

Risco cambial
O risco cambial é o risco das conseguências negativas para a entidade devido & evolucao da taxa de cêam-
bio. Conforme evidenciado abaixo, a desvalorizacêo de uma divisa face ao euro é benéfica se tivermos dividas
nessa divisa mas é prejudicial se tivermos contas a receber na mesma divisa.
Desvalorizacêo de uma divisa face ao euro — reduz o valor das contas a receber em euros
— reduz o valor das contas a pagar em euros

Valorizacao de uma divisa face ao euro — aumenta o valor das contas a receber em euros
— aumenta o valor das contas a pagar em euros

Para gerir o risco cambial, as entidades recorrem, normalmente, a futuros, opcêes e swaps cambiais.

Exemplo:
Uma empresa vai receber dentro de seis meses USD 1 000 000 referentes a uma exportagêo e néo pre-
tende correr o risco de variacêo da taxa de cêAmbio entre a data presente e a data de recebimento.
A empresa pode contratar um forward cambial com um banco, permitindo-ine fixar a taxa de conversêo
do USD para euros & taxa de 0,99 (taxa oferecida pelo Banco).

Taxa €/USD & vista no dia do recebimento: 0,93


Resultado do forward - USD 1 000 000/0,93 - USD 1 000 000/0,99 2 - 65 168 €
Conversêo & vista -s USD 1000 000/0,93 - 1075 269 €
Taxa de cê&mbio efectiva s 0,99 (USD 1 000 000/(1 075 269 € - 65 168 €)

726
SNC EXPLICADO Cariruto 19 Instrumentas FinanGeiros

Neste caso, a empresa recebeu 1 010 101 €, tendo uma perda de 65 168 € face ao cêAmbio & vista. No
entanto, n4o correu o risco da desvalorizacêo do USD face ao euro.

Risco de taxa de juro


O risco de taxa de juro é o risco de oscilacêes na taxa de juro com impacto adverso para a entidade. Numa
entidade com divida a taxa fixa, trata-se do risco de descida da taxa de juro. Numa entidade com divida a taxa
variëvel, trata-se do risco de subida da taxa de juro.

Exemplo:
Uma empresa tem vantagem competitiva na divida a taxa variëvel; no entanto, nêo guer estar sujeita as
variac6es das taxas indexantes.
A empresa pode realizar a emissêo de obrigacées a taxa variëvel, aproveitando a sua vantagem competi-
tiva, e ao mesmo tempo, “vender" um swap de taxa de juro a um banco, o gue lhe permite “transformar” a
responsabilidade em taxa fixa.

Cumpre salientar gue a gestêo dos riscos incorpora as expectativas da entidade, isto é, a entidade pode
decidir nada fazer, por entender gue a evolucêo dos mercados nao a afectarê, de forma significativa.

Consideracêes sobre o justo valor


O justo valor reflecte a gualidade de crédito do investimento.
A existência de cotacêes de preGos publicadas num mercado activo é a melhor evidência do justo valor e,
guando elas existem, sêo usadas para mensurar o activo financeiro ou o passivo financeiro.
Se a entidade puder demonstrar gue o uitimo preco de transaccêo nêo corresponde ao justo valor (por
exemplo, por resultar de transaccëo forcada, liguidac&o involuntêria ou numa venda desesperada), esse preco
é ajustado.
Ouando os precos correntes nêo estiverem disponiveis, o preGo de transacoêes recentes proporciona prova
do justo valor corrente, desde aue nêo tenham ocorrido alteracêes significativas nas circunstências econdmicas
desde a data da transaccao.
Se nêo existir um mercado activo, o justo valor é determinado usando uma técnica de valorizacêo relativa-
mente & gual os factores (valor temporal do dinheiro, risco de crédito, taxas de c&mbio, precos de mercadorias,
precos de capital préprio, volatilidade, risco de pagamento antecipado e risco de renuncia e custos de manu-
tencao de um activo financeiro ou de um passivo financeiro) podem ser mensurados com fiabilidade, porague
vém de mercados activos.

Ganhos e perdas por variacêo do justo valor


A NCRF 27 reguer aue os ganhos ou perdas na variacëo do justo valor sejam levados directamente aos
resultados.

De acordo com a |AS 39, um ganho ou perda proveniente de uma alteragêo no justo valor de um activo finan-
ceiro ou de um passivo financeiro, gue nêo faGa parte de um relacionamento de cobertura, deve ser reconhe-
cido como se segue:

a) um ganho ou perda resultante de um activo financeiro ou passivo financeiro classificado pelo justo valor
através dos resultados deve ser incluido no resultado lfguido do periode;

b) um ganho ou perda resultante de um activo financeiro disponivel para venda deve ser reconhecido
directamente no capital prêprio, através da demonstracao de alteracêes no capital prêprio, excepto no
caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais, alé gue o activo financeiro seja desre-
conhecido, momento em gue o ganho ou perda acumulado, anteriormente reconhecido no capital pré-
prio, deve ser incluido no resultado liguido do periodo. Contudo, o juro calculado usando o método do
juro efectivo & reconhecido nos resultados e os dividendos resultantes de um instrumento de capital
préprio disponivel para venda sêo reconhecidos nos resultados guando ê estabelecido o direito da
entidade a receber esses dividendos (no caso português, na aprovacëo em assembleia geral dos
accionistas ou dos sécios).

121
Cariruto 19 Instrumentos Financeiros SNC EXPLICADO

A NCRF 27 n&o prevé o reconhecimento no capital préprio da variagëo de justo valor dos activos financeiros
disponiveis para venda, sendo esses investimentos mensurados pelo justo valor, com contrapartida em resultados.

19.5.3 - Mensuracio de instrumentos de capital prêprio emitidos


Segundo a NCRF 27, na emissêo de capital préprio com pagamento diferido (capital social subscrito e nao
realizado), auando o efeito temporal for significativo, a mensuraGëo inicial deve ser o valor presente da guantia a
receber. Por outro lado, os custos associados & emissêo de instrumentos de capital préprio sêo deduzidos &
guantia inscrita no respectivo capital proprio.

19.5.4 - Mensuracdo de instrumentos compostos


Os instrumentos Compostos sêo instrumentos financeiros due sêo simultaneamente de divida e de capital
préprio, por exemplo: obrigacêes com warrant e obrigac6es convertiveis em accêes.
Na emissêo de instrumentos compostos, o valor recebido deve ser segregado entre a componente de divida
ë a componente de capital préprio. Para tal, segundo a NCRF 27, determina-se inicialmente o valor da compo-
nente do passivo, tendo em conta o justo valor de um passivo financeiro similar gue nêo tenha associado
nenhum componente de capital préprio. A guantia remanescente constituirê a mensuracao inicial da compo-
nente de capital proprio.

Exemplo:
Consideremos a emissêo de empréstimo por obrigacêes convertivel, com as seguintes condicêes:
Valor nominal 1000 €
Maturidade 10 anos
Taxa de juro do cupêo 10% anual
Conversao em accg6es ordinarias
Preco de conversêo 25 €lacoao

A taxa de juro do cupêo para uma obrigac4o eaguivalente nao convertivel a dez anos é de 11%.

Pede-se:
Determine o valor da componente de divida e o valor da componente de capital prêéprio.

Solucëo:
Valor da componente de divida:
Valor actual dos juros, descontado & taxa de 11% 589
Valor actual dos 1000 € a 10 anos, descontado & taxa de 11% 852.
Valor da componente de divida 941
Valor do instrumento composto 1000
Valor da opcaêo (instumento de capital) 59

19.6 —- IMPARIDADE

19.6.1 - Reconhecimento de perdas por imparidade


Segundo a NCRF 27, & data do balanco, deve avaliar-se a imparidade de todos os activos financeiros gue nêéo
sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Existindo evidência objectiva de imparidade, deve reco-
nhecer-se uma perda por imparidade na demonstrac&o dos resultados.

A NCRF 27 indica o gue se considera evidência objectiva de imparidade:


a) significativa dificuldade financeira do emitente ou devedor:
D) aguebra contratual, tal Como nio pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou amortizac&o da
divida:

728
SNC EXPLICADO Cariruo 19 Instrumentos Financeiros

Cc) oferta pelo credor ao devedor, por razées econémicas ou legais relacionadas com a dificuldade finan-
ceira do devedor, de concessêes gue, de outro modo, nao consideraria;

d) probabilidade de o devedor entrar em falência ou gualguer outra reorganizacao financeira:

e) o desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro, devido a dificuldades financeiras do


devedor;

f) informacêo observêvel indicando gue existe uma diminuic&o na mensuracêo da estimativa dos fluxos de
caixa futuros de um grupo de activos financeiros desde o seu reconhecimento inicial, embora a diminui-
G&o nNa0 possa ser ainda identificada para um dado activo financeiro individual do grupo, tal como sejam
conNdiIG6es econbmicas nacionais, locais ou sectoriais adversas.

19.6.2 — Mensuracëo das perdas por imparidade

0 montante das perdas por imparidade serd assim determinado:


— nos instrumentos mensurados ao custo amortizado, o valor da perda por imparidade é mensurado pela
diferenca entre o valor contabilistico do activo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados des-
Contado & taxa de juro efectiva original do activo financeiro (montante recuperdvel);
— para instrumentos de capital préprio, compromissos de empréstimo e opG6es mensuradas ao custo, a
perda por imparidade corresponde & diferenca entre o valor contabilistico e a melhor estimativa do justo
valor do activo.

O valor contabilistico do activo deve ser reduzido ou directamente ou através de uma conta de abatimento. O
valor da perda deve ser reconhecido no resultado liguido do periodo.

19.6.3 - Reversio de perdas por imparidade


Refere a este respeito a NCRF 27 gue, se, num periodo subseaguente, o valor da perda por imparidade dimi-
nuir e a diminuic&o puder ser objectivamente relacionada com um acontecimento due ocorra apos o reconheci-
mento da imparidade (tal como uma melhoria no rating de crédito do devedor), a perda por imparidade anterior-
mente reconhecida deve ser revertida. A reversêo nao deve resultar num valor contabilistico do activo financeiro
gue exceda o custo amortizado gue estaria contabilizado, caso a imparidade nao tivesse sido reconhecida, &
data em ague a imparidade foi revertida. O valor da reversêo deve ser reconhecido no resultado liguido do
periodo.
É proibida a reversêo de imparidade em instrumentos de capital préprio. Esta proibic&o, similar & da revers&o
do goodwill, resulta do facto de se tratar de goodwill gerado intermnamente, logo, nêo reconhecido, nos termos da
NCRF 6.

19.7 - DESREGONHECIMENTO

19.7.1 - Desreconhecimento de activos financeiras


Segundo a NCRF 27, deve desreconhecer-se um activo financeiro apenas guando:

a) os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do activo financeiro expiram; ou


b) a entidade transfere para outra parte os riscos significativos e beneficios relacionados com o activo finan-
Ceiro; ou
c) a entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e beneficios relacionados com o activo financeiro,
tenha transferido o controlo do activo para uma outra parte e esta tenha capacidade pratica de vender o
activo na sua totalidade a uma terceira parte nêo relacionada e a possibilidade de exercicio dessa capa-
cidade unilateralmente, sem necessidade de impor restricées adicionais a transferência.

A auest&o do desreconhecimento assume particular importência nos dias de hoje face &s complexas tran-
saccêes efectuadas no mercado financeiro, néo ficando claro, muitas vezes, guem retém os riscos e beneficios
associados ao activo financeliro.

729
Instrumentos Financeiros SNC EXPLICADO
Cariruio 19

Numa base mais linear, podemos referir as operag6es de factoring e o desconto de letras. No factoring sem
com
recurso, o risco de crédito é transferido, pelo aue se deve desreconhecer o activo financeiro. No factoring
nêo hê transferênc ia do risco de crédito, pelo gue nêo se deve desreconhe cer
recurso e no desconto de letras,
o activo financeiro.

19.7.2 - Desreconhecimento de passivos financeiros


De acordo com a NCRF 27, deve desreconhecer-se um passivo financeiro (ou uma parte de um passivo
financeiro) do balanco guando, e sê guando, o mesmo se extinguir, isto é, auando a obrigacêo especificada no
contrato seja liguidada, cancelada ou expirar.

19.8 - GOBERTURA
As entidades podem efectuar cobertura dos seus riscos financeiros recorrendo a instrumentos financeiros.

As relacêées de cobertura sêo de dois tipos:

a) cobertura de justo valor: uma cobertura da exposicao a alteracées no justo valor de um activo ou passivo
reconhecido ou de um compromisso fime no reconhecido, ou de uma porcëo identificada de tal activo,
passivo ou compromisso fime, gue seja atribuivel a um risco particular e possa afectar os resultados. S&o
exemplos de coberturas de justo valor a cobertura do risco da taxa de juro fixa ou do risco de preco de
mercadorias para mercadorias detidas;

b) cobertura de fluxos de caixa: uma cobertura de exposic&o & variabilidade nos fluxos de caixa gue (i)
seja atribuivel a um risco particular associado a um activo ou passivo reconhecido (tal como todos ou
alguns dos pagamentos futuros de juros de uma divida de taxa variëvel), a uma transaccêo prevista alta-
mente provavel, ou ao investimento liguido numa operacëo estrangeira e aue (ii) possa afectar os resulta-
dos. S&o exemplos de coberturas de fluxos de caixa a cobertura do risco de variabilidade da taxa de juro,
do risco cambial, do risco de preco de mercadorias no ambito de um compromisso ou de transaccêo
futura com elevada probabilidade ou do investimento liguido numa operacêo estrangeira.

No entanto, a simples cobertura econémica nêo implica gue estejamos perante uma cobertura contabilistica.
Para gue a cobertura agualifigue como cobertura contabilistica, a entidade dever& cumprir as condic6es seguin-
tes, indicadas na NCRF 27:
a) no inicio da cobertura existe designaGêo e documentac&o formais do relacionamento de cobertura e do
objectivo e estratégia da gestêo de risco da empresa ao efectuar a cobertura. Essa documentaGëo deve
incluir a identificac&o do instrumento de cobertura, a respectiva posicêo ou transaccêo coberta, a natu-
reza do risco a ser coberto, e a forma como a entidade vai avaliar a eficécia do insttumento de cobertura
na compensac&o da exposicao a alteragëes no justo valor ou fluxos de caixa da posicêo coberta atribui-
veis ao risco coberto;

b) o risco a cobrir deverê ser:


j) risco de taxa de juro de um instrumento de divida mensurado ao custo amortizado;
i) risco de c&AmMbio num compromisso firme ou numa transaceêo de elevada probabilidade futura;
ii) exposicêo a risco de preco em mercadorias gue sejam detidas ou abrangidas por um compromisso
fitme ou por uma elevada probabilidade futura de transaccêo de compra ou de venda de mercadorias
gue tenham pregos de mercado determinêveis; ou
iv) exposicë&o de risco cambial no investimento liguido de uma operacao no estrangeliro;
c) a entidade espera gue as alterac6es no justo valor ou fluxos de caixa no item coberto, atribuiveis ao risco
due estava a ser coberto, compensarê praticamente as alterac6es de justo valor ou fluxos de caixa do
instrumento de cobertura,

Porague é importante classificar uma cobertura como cobertura contabilistica?


Porgue, numa cobertura contabilistica, os ganhos ou perdas no insttumento de cobertura e no instrumento
coberto sê0 reconhecidos simultaneamente na demonstracêo dos resultados.

730
SNC EXPLICADO Cariruta 19 Instrumentos Financeiros

Coberturas de justo valor (risco de taxa de juro fixa ou de precos de mercadorias para mercadorias detidas)
's

Se uma entidade possuir uma divida a taxa de juro fixa e prevê a descida das taxas de juro, pretendera
tansformar a taxa de juro fixa em taxa de juro variëvel, contratando para o efeito um swap de taxa.
Uma cobertura de justo valor deve ser contabilizada, segundo a NCRF 27, como segue:
a) o instrumento de cobertura deve ser reconhecido como um activo ou passivo & data do balanco e as alte-
races no justo valor devem ser reconhecidas nos resultados; e
b) reconhecer a alteracëo no justo valor do item coberto, relacionada com o risco coberto, na demonstracêo
dos resultados e como um ajustamento & guantia escriturada do item coberto.

A contabilidade de cobertura deve ser descontinuada se:


a) o instrumento de cobertura expirar, for vendido ou terminar;
b) a cobertura deixar de satisfazer os critérios para contabilidade de cobertura; ou
Cc) a entidade revogar a designacëo.

Segundo a NCRF 27, se a contabilizac&o de cobertura for descontinuada e o insttumento coberto for um
activo ou passivo mensurado ao custo amortizado gue néo seja desreconhecido, gualguer ganho ou perda
reconhecido como ajustamento ao valor contabilistico do activo coberto dever& ser amortizado nos resultados
durante a vida remanescente do instrumento coberto, utilizando o método da taxa de juro original efectiva.

Coberturas de fluxos de caixa (risco de variabilidade da taxa de juro, risco cambial, risco de preco de mercadorias no
4mbito de um compromisso com elevada probabilidade de transaceio futura ou de um investimento liguido numa ope-
ratio estrangeira)
Se uma entidade possuir divida a taxa de juro variêvel e prevê a subida das taxas de juro, pretenderê trans-
formar a taxa de juro variëvel em taxa fixa, contratando para o efeito um swap de taxa de juro.

Nos termos da NCRF 27, uma cobertura de fluxos de caixa deve ser contabilizada como segue:
a) as alterac6es no justo valor do instrumento de cobertura devem ser reconhecidas directamente no capital
préprio, por meio da demonstracëo de alteracêes no capital proprio; ë
b) subseguentemente, as liguidac6es periëdicas devem ser reconhecidas numa base liguida nos resultados
do periodo em due as liguidacêes em base liguida ocorram.

Ouando a transacc&o coberta ocorrer ou guando o investimento liguido numa operacëo estrangeira for ven-
dido, o ganho ou perda reconhecido no capital préprio deve ser reclassificado para resultados, de forma a ser
reconhecido como resultados no mesmo momento do reconhecimento do item coberto.

Deve descontinuar-se a contabilidade de cobertura se gualguer uma das seguintes situac6es ocorrer;
a) o instrumento de cobertura expirar, for vendido ou terminar;
b) a cobertura deixar de satisfazer os critérios para contabilidade de cobertura;
Cc) na cobertura de uma transaccëo futura, a transaccao deixar de ser altamente provêvel;
d) a entidade revogar a designacao.

A NCRF 27 refere gue, se deixar de ser expectêvel gue a transaccao venha a ocorrer, ou se o instrumento de
divida coberto mensurado ao custo amortizado for desreconhecido, gualguer ganho ou perda no instrumento de
cobertura gue tenha sido previamente reconhecido no capital préprio deverd ser removido do capital proprio e
reconhecido nos resultados.

19.9 - DIVULGAGOES
As divulgacêes regueridas pela NCRF 27 sêo as seguintes:

Divulgacio de politicas contabilisticas utilizadas em instrumentos financeiros


Bases de mensuraG&o utilizadas para os instrumentos financeiros e outras politicas contabilisticas utilizadas
para a contabilzacêo de instrumentos financeiros due sejam relevantes para a compreensêo das demonstra-
C6es financeiras.

11
Cariruua 19 Instrumentos Financeiros SNC EXPLICADO

Balanco - categorias de artivos e passivos financeiros


Divulgar a guantia escriturada de cada uma das categorias de activos financeiros e passivos financeiros, no total
e para cada um dos tipos significativos de activos e passivos financeiros, ou no balanco ou nas notas as contas:
a) activos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados;
b) activos financeiros mensurados ao custo amortizado menos imparidade;
Cc) instrumentos de capital préprio mensurados ao custo;
d) compromissos de empréstimo mensurados ao custo menos imparidade;
e) passivos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados;
f) passivos financeiros mensurados ao custo amortizado;
g) activos financeiros para os aguais tenha sido reconhecida imparidade, sendo indicada, para cada uma das
classes:
—a guantia contabilistica gue resulta da mensuracêo ao custo ou custo amortizado; e
—a imparidade acumulada.

Para activos financeiros e passivos financeiros mensurados ao justo valor:


— bases de determinac&o do justo valor (cotac&o de mercado ou técnica de avaliacëo, divulgando-se, neste
Caso, os pressupostos aplicados).

Ouando deixar de estar disponivel uma mensuraGëo fiëvel do justo valor de um instrumento de capital pré-
pDrio mensurado ao justo valor por contrapartida em resultados, deve divulgar-se tal facto.

Desreconhecimento
Se uma entidade tiver transferido activos financeiros para uma outra entidade numa transaccêo due nao se
agualifigue para desreconhecimento, deve divulgar-se, para cada classe de tais activos:
a) a natureza dos activos;
b) a natureza dos riscos e beneficios de detenca&o a gue a entidade continue exposta;
Cc) as guantias escrituradas dos activos e de guaisauer passivos associados gue a entidade continue a reconhecer.

Garantias colaterais
Deve divulgar-se o montante de activos financeiros dados em garantia ou penhor como garantia colateral de
Dassivos ou passivos contingentes e os termos e condicêes relativos a garantia, penhor ou promessa de penhoar.

Incumprimentos em empréstimos obtidos


Para empréstimos contraidos reconhecidos & data do balanco, deve divulgar-se:
a) detalhe de gualguer incumprimento no decurso do periodo relativo a amortizaGëo, juro, procura de fundos ou
nos termos da conversê&o de tais empréstimos, due permitam ao credor exigir o pagamento 4 data do balanco;
D) a auantia eseriturada de emprêstimos a pagar em incumprimento & data do balanco;
Cc) em aue medida o incumprimento tenha sido sanével, ou os termos do pagamento tenham sido renegocia-
dos, antes de as demonstrac6es financeiras terem sido autorizadas para emissêo.

Demonstracdo dos resultados e capital préprio


Devem divulgar-se valores materiais de rendimentos, gastos, ganhos e perdas resultantes de activos finan-
Ceiros e de passivos financeiros, ou nas demonstracêes financeiras ou nas notas as contas:

j) os ganhos liauidos e as perdas liguidas reconhecidas de:


— activos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados;
— passivos financeiros mensurados ao justo valor por contrapartida em resultados;
— activos financeiros mensurados ao custo amortizado menos imparidade;e
— passivos financeiros mensurados ao custo amortizado.

132
SNC EXPLICADO CariTuto 19 Instrumentos Financeiros

ii) o total de rendimentos de juros e o total de gastos de juros (calculados pelo mêtodo da taxa de juro efectiva)
dos activos financeiros e passivos financeiros due nêo sejam mensurados ao justo valor com contrapartida
em resultados;
ii) a guantia de gualguer perda por imparidade reconhecida para cada uma das classes de activos financeiros.

Contabilidade de cobertura
Devem ser efectuadas as seguintes divulgacêes para cada uma das duatro categorias de cobertura:
— descric&o da cobertura;
— descricêo dos instumentos financeiros designados como instrumentos de cobertura e os respectivos jus-
tos valores & data do balanco;
— natureza do risco due esteja a ser coberto, incluindo uma descric&o do item coberto.

Na cobertura do risco de taxa de juro fixa ou risco de preco de mercadorias numa cobertura de bens deti-
dos, deve divulgar-se a guantia da alterac&o no justo valor do instrtumento de cobertura e no justo valor dos ele-
mentos cobertos gue tenha sida reconhecida na demonstrac&o dos resultados.
Na cobertura do risco de taxa de juro variëvel, risco de taxa de cê&mbio, risco de preco de mercadorias num
compromisso fime ou numa transacc&o futura de elevada probabilidade, ou num investimento liguido numa
operac&o no estrangeiro, deve divulgar-se:
— os periodos em gue seja expectêvel gue os fluxos de caixa ocorram e os periodos em due seja expectêvel
ague afectem os resultados;
— descricëo de gualguer transaccëo futura para a gual a contabilizacêo de coberlura tenha sido previamente
utilizada mas due j& néo se espera due a transacc#o ocorra;
—a auantia resultante da alterac&o de justo valor de instrumentos de cobertura gue tenha sido reconhecida
no capital préprio durante o periodo;
—a guantia aue tenha sido removida do capital préprio e reconhecida no resultado do periodo, evidenciando
a duantia incluida em cada uma das linhas da demonstragêo dos resultados.

Instrumentos de capital préprio


As sociedades an6nimas devem divulgar o numero de acc6es representativas do seu capital, as respectivas cate-
gorias e o seu valor nominal. Para cada classe de accêes deve divulgar-se a reconciliaGéo entre o numero de acc6es
no inicio e no fim do periodo, identificando, separadamente, cada tipo de alteragëo [novas emissies, exercicio de
Opc6es, direitos e warrants, conversêes de valores mobiliërios convertiveis, transaccoes com acg6es proprias, fusoes
Ou Cisêes e emissêes de bénus (aumentos de capital por incorporaGêo de reservas) ou splits de acc6es].
Deve ainda divulgar-se o valor de aumentos de capital realizados no periodo e a deduGëo efectuada como
Custo de emissêo, bem como, separadamente, as guantias e descricêo de outros instrumentos de capital préprio
emitidos e a respectiva guantia acumulada a data do balanco.

Riscos relativos a instrumentos financeiros mensurados ao custo ou custo amortizado


Para activos financeiros mensurados ao custo amortizado, devem divulgar-se os termos significativos e con-
dic6ées gue possam afectar a guantia, o momento e seguranca dos fluxos de caixa futuros, incluindo risco de
taxa de juro, risco de taxa de cê&mbio e risco de crédito.

19.10 - DIFERENGAS ENTRE 0 POGE 0 SNG


A VAS 39 classifica os activos financeliros em auatro categorias:
— activos financeiros ao justo valor por contrapartida em resultados;
— investimentos detidos até a maturidade;
— empréstimos e contas a receber; &
— investimentos disponiveis para venda.

7383
Fame
Cariruto 19 Instrumentos Financeiros
SNC EXPLICADO

De acordo com a |AS 39, os investimentos disponiveis para venda sê&o mensurados ao justo valor, sendo as
variacêes no justo valor levadas ao capital préprio. Essas variacêes sêo transferidas para resultados (recicladas) no
momento da venda do activo. ANCRF 27 nao separa os activos financeiros nas guatro categorias acima indicadas e
reguer gue, nos activos financeiros mensurados ao justo valor, a variacêo no justo valor seja levada a resultados.
Dado aue as entidades tém a possibilidade de adoptar a IAS 39, esta diferenca poderê ser anulada.
As normas IAS 32, JAS 39 e IFRS 7 faziam jê parte do referencial português, por forca da DC 18, pelo aue as
diferencas entre a NCRF 27 (ou normas do IASB, caso se opte pelas mesmas) e o POC deveriam ser inexisten-
tes. No entanto, muitas entidades continuam a reconhecer determinados instrumentos financeiros apenas numa
base de caixa, mensurando-os ao custo e néo ao justo valor. Temos, assim, diferengas ao nivel do reconheci-
mento de determinados instrumentos financeiros, bem como da sua mensuracêo.

19.11 —- EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


O diferente tratamento das variacêes no justo valor dos activos financeiros disponiveis para venda deverê
originar significativos efeitos no resultado do periodo, embora as entidades possam ultrapassar estes efeitos
recorrendo & aplicacêo da lAS a9.
No restante, tendo em conta o gue se disse no ponto anterior, os efeitos seriam nulos. No entanto, a grande
complexidade dos assuntos tratados na IAS 32 e, particularmente, na IAS 39, associada & deficiente formagao
contabilistica dos principais intervenientes nesta area, leva-nos a prever significativos efeitos nas demonstra-
cées financeiras em decorrência da adopcëo da NCRF 27 ou das normas IAS 32, IAS 39 e IFRS 7.

19.12 -TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Transcrevem-se abaixo os artigos relevantes do Cédigo do IRC;

Art.” 18.” — Periodizacêo do lucro tributêvel c) De natureza financeira, tais como juros, dividen-
69) dos, descontos, 4gios, transferências, diferencas
de cêmbio, prémios de emissêo de obrigacOes e
9 — Os ajustamentos decorrentes da aplicacêo do os resultantes da aplicac&o do método do juro
justo valor nêo concorrem para a formagao do lycro efectivo aos instrumentos financeiros valorizados
tributêvel, sendo imputados como rendimentos ou pelo custo amortizado;
gastos no periodo de tributacëo em due os elemen- ()
tos ou direitos ague Ihes deram origem sejam aliena-
f) Rendimentos resultantes da aplicagëo do justo
dos, exercidos, extintos ou liguidados, excepto
valor em instrumentos financeiros;
aguando:
a) Respeitem a instrumentos financeiros reconheci-
(is)
dos pelo justo valor através de resultados, Art.” 23.” - Gastos
desde aue, tratando-se de instrumentos do 1 — Consideram-se gastos os aue comprovada-
Capital prêprio, tenham um preco formado num mente forem indispensêveis para a realizacao dos
mercado regulamentado e o sujeito passivo Nê0' rendimentos sujeitos a imposto ou para a manuten-
detenha, directa ou indirectamente, uma partici- co da fonte produtora, nomeadamente:
paca&o no capital superior a 5% do respectivo ()
capital social; ou Cc) De natureza financeira, tais como juros de capi-
D) Tal se encontre expressamente previsto neste tais alheios aplicados na exploragêo, descontos,
Cédigo. &gios, transferências, diferencas de cAmbio,
gastos com operacêes de crédito, cobranca de
Art.” 20. - Rendimentos ' ' EE i
dividas e emissêo de obrigac6es e outros titulos,
1 — Consideram-se rendimentos os resultantes de prémios de reembolso e os resultantes da apli-
Ooperac6es de aualguer natureza, em conseguência cac&o do mêtodo do juro efectivo aos instru-
de uma accëo normal ou ocasional, bêsica ou mera- mentos financeiros valorizados pelo custo amor-
mente acesséria, nomeadamente: tizado;
() (.)

734
SNC EXPLICADO Cariruo 19 Instrumentos Financeiros

i) Gastos resultantes da aplicacêo do justo valor 2 — O montante anual acumulado da perda por
em instrumentos financeiros; imparidade de créditos referida na alinea c) do
3 —- Nao sêo aceites como gastos do periodo de tri- nuimero anterior nao pode ser superior as seguintes
butac&o os suportados com a transmissao onerosa percentagens dos créditos em mora;
de partes de capital, gualguer due seja o titulo por a) 25% para créditos em mora hê mais de 6 meses
ague se opere, guando detidas pelo alienante por e até 12 meses;
periodo inferior a três anos e desde gue: b) 50% para créditos em mora hê mais de 12
a) As partes de capital tenham sido adauiridas a meses e até 18 meses;
entidades com as guais existam relag6es espe- C) 75% para créditos em mora hê mais de 18
Ciais, nos termos do n.” 4 do artigo 63.*; meses e alé 24 meses;
b) As partes de capital tenham sido adauiridas a d) 100% para créditos em mora ha mais de 24
entidades residentes em territério português meses.
sujeitas a um regime especial de tributacao. 3 — No sao considerados de cobranca duvidosa:
4 — Nêo sêo também aceites como gastos do a) Os créditos sobre o Estado, Regiëes Auténomas
periodo de tributacao, os suportados com a transmis- e autarguias locais ou aagueles em due estas
$êA0 onerosa de partes de capital, gualauer aue seja entidades tenham prestado aval;
Oo titulo por gue se opere, sempre gue a entidade alie- b) Os créditos cobertos por seguro, com excepcao
nante tenha resultado de transformacëo, incluindo a da importência correspondente & percentagem
modificacëo do objecto social, de sociedade a& agual de descoberto obrigatêrio, ou por aualguer
fosse aplicêvel regime fiscal diverso relativamente a espêcie de garantia real;
estes gastos e tenham decorrido menos de três anos Cc) Os créditos sobre pessoas singulares ou colecti-
entre a data da verificacêo desse facto e a data da vas gue detenham mais de 10% do capital da
transmissêo. empresa ou sobre membros dos seus 6rgaos
5 — Naêo sêo, igualmente, aceites como gastos do sociais, salvo nos casos previstos nas alineas a)
periodo de tributacêo os suportados com a transmis- e b) do n.” 1;
SêOo onerosa de partes de capital, gualduer due seja d) Os créditos sobre empresas participadas em
o titulo por due se opere, a entidades com as dguais mais de 10% do capital, salvo nos casos previs-
existam relac6es especiais, nos termos do n.” 4 do tos nas alineas a) e b) do n.” 1,
artigo 63.”, ou a entidades residentes em territorio
portuguës sujeitas a um regime especial de tributa- Art.” 41.” - Créditos incobraveis

C€ao, bem como as menos-valias resultantes de Os créditos incobraveis podem ser directamente
mudancas no modelo de valorizacêo relevantes para considerados gastos ou perdas do periodo de tribu-
efeitos fiscais, nos termos do n.” 9 do artigo 18.*, gue tacao na medida em ague tal resulte de processo de
decorram, designadamente, de reclassificacêo con- insolvência e& de recuperacêo de empresas, de pro-
tabilistica ou de alteracêes nos pressupostos referi- cesso de execucêo ou de procedimento extrajudicial
dos na alinea a) do n.” 9 deste artigo. de conciliacao para viabilizacao de empresas em
situac&o de insolvência ou em situacao econ6mica
Art.” 36.” - Perdas por imparidade em créditos dificil mediado pelo I1APMEI - Instituto de Apoio as
1 - Para efeitos de determinacaêo das perdas por Peguenas e Médias Empresas e ao Investimento,
imparidade previstas na alinea a) do n.” 1 do artigo cauando relativamente aos mesmos nêo tenha sido
anterior, consideram-se créditos de cobranca duvi- admitida perda por imparidade ou, sendo-o, esta se
dosa aaueles em due o risco de incobrabilidade mostre insuficiente.
esteja devidamente justificado, o gue se verifica nos
Seguintes casos: Art.” 46.” - Conceito de mais-valias e de menos-valias

a) O devedor tenha pendente processo de insol- 1 — Consideram-se mais-valias ou menos-valias


vência e de recuperacëo de empresas ou pro- realizadas os ganhos obtidos ou as perdas sofridas
Cesso de exXeCcuUGAo; mediante transmissêo onerosa, gualduer due seja o
b) Os créditos tenham sido reclamados judicial- titulo por gue se opere e, bem assim, os decorrentes
mente: de sinistros ou os resultantes da afectacao perma-
Cc) Os créditos estejam em mora hê mais de seis nente a fins alheios & actividade exercida, respeitan-
meses desde a data do respectivo vencimento e tesa:
existam provas objectivas de imparidade e de a) Activos fixos tanglveis, activos intangiveis, acti-
terem sido efectuadas diligências para o seu vos biolégicos gue nêo sejam consumiveis e pro-
recebimento. priedades de investimento, ainda due gualauer

135
|
Cariruto 19 Instrumentos Financeiros
SNC EXPLICADO

destes activos tenha sido reclassificado como menos-valias, calculadas nos termos dos artigos
activo nao corrente detido para venda; anteriores, realizadas mediante a transmissao one-
b) Instrumentos financeiros, com eXcEpeao dos rosa de activos fixos tangiveis, activos biol6gicos gue
reconhecidos pelo justo valor nos termos das no sejam consumiveis e propriedades de investi-
alineas a)e b) do n.” 9 do artigo 18.7. mento, detidos por um periodo nêo inferior a um ano,
ainda gue gualdguer destes activos tenha sido reclas-
2 — As mais-valias e as menos-valias sêo dadas
sificado como activo nêo corrente detido para venda,
pela diferenca entre o valor de realizagëo, liguido dos
Ou em consedguência de indemnizacêes por sinistros
encargos gue lhe sejam inerentes, e o valor de agui-
ocorridos nestes elementos, é considerada em
sic&o deduzido das perdas por imparidade e outras
metade do seu valor, sempre gue, no periodo de tri-
correccëes de valor previstas no artigo 35.”, bem
butac&o anterior ao da realizacêo, no préprio periodo
como das depreciagées ou amortizacêes aceites fis-
de tributacao ou até ao fim do segundo periodo de
calmente, sem prejuizo da parte final do n.” 5 do
tributacao seguinte, o valor de realizagêo correspon-
artigo 30.”.
dente & totalidade dos referidos activos seja reinves-
(29) tido na aauisicê&o, produgëo ou construcao de activos
A — No caso de troca por bens futuros, o valor de fixos tangiveis, de activos biolégicos gue nê&o sejam
mercado destes é o gue Ihes corresponderia a data CoNsUMIVeis ou em propriedades de investimento,
da troca. afectos & exploracëo, com excepcaêo dos bens
5 — S&o assimiladas a transmissêes onerosas: adauiridos em estado de uso a sujeito passivo de IRS
ou IRC com o gual existam relacêes especiais nos
a) A promessa de compra e venda ou de troca,
termos definidos no n.” 4 do artigo 63..
logo gue verificada a tradicao dos bens;
b) As mudancas no modelo de valorizacêo relevan- ?2— No caso de se verificar apenas o reinvestimento
tes para efeitos fiscais, nos termos do n.” 9 do parcial do valor de realizacao, o disposto no numero
artigo 18.*, gue decorram, designadamente, de anterior é aplicado & parte proporcional da diferenca
reclassificacêo contabilistica ou de alterac6es entre as mais-valias e as menos-valias a due o
nos pressupostos referidos na alinea a) do n.” 9 mesmo se refere.
deste mesmo artigo. (EE)
() 4 — O disposto nos nimeros anteriores é aplicavel a
diferenca positiva entre as mais-valias e as menos-
Art.” 47.” - Correcgao monetaria das mais-valias e
valias realizadas mediante a transmissêo onerosa de
das menos-valias partes de capital, incluindo a sua remicao e amortiza-
1-O valor de aaguisic&o corrigido nos termos do C&o com reducêo de capital, com as seguintes espe-
n.” 2 do artigo anterior é actualizado mediante apli- cificidades:
cacêo dos coeficientes de desvalorizacao da a) O valor de realizac&o correspondente & totali-
moeda para o efeito publicados em portaria do dade das partes de capital deve ser reinvestido,
Ministro das Financas, sempre due, a data da reali- total ou parcialmente, na aauisicêo de participa-
Zacêo, tenham decorrido pelo menos dois anos cées no capital de sociedades comerciais ou
desde a data da aauisicëo, sendo o valor dessa civis sob forma comercial ou em titulos do
actualizacêo deduzido para efeitos de determinacêo Estado Portuguës, ou na aguisic4o, produGëo ou
do lucro tributavel. construcao de activos fixos tangiveis, de activos
2 —A Correccêo monetaria a due se refere o biolégicos ague naêo sejam consumiveis ou em
nimero anterior nao é aplicavel aos instrumentos propriedades de investimento, afectos & explo-
financeiros, salvo guanto as partes de capital. rac&o, nas condicëes referidas na parte final do
ne 1
4 - Ouando, nos termos do regime especial pre-
visto nos artigos 76.” a 78.”, haja lugar & valorizagêo (2)
das participac6es sociais recebidas pelo mesmo 6 — Néo sendo concretizado, total ou parcialmente,
valor pelo dual as antigas se encontravam regista- o reinvestimento até ao fim do segundo periodo de
das, considera-se, para efeitos do disposto no n.“ 1, tributacao seguinte ao da realizacê&o, considera-se
data de aguisicêo das primeiras a gue corresponder Como rendimento desse periodo de tributacêo, res-
a das ultimas. pectivamente, a diferenca ou a parte proporcional da
diferenca prevista nos n.“ 1 e 4 nêo incluida no lucro
Art.” 48.” - Reinvestimento dos valores de realizaca0 tributêvel majorada em 15%.
1- Para efeitos da determinagao do lucro tributd- 7 — Nao sendo mantidas na titularidade do adaui-
vel, a diferenca positiva entre as mais-valias e as rente, durante o periodo previsto na alinea b) do n.” 4,

736
SNC EXPLICADO CariTuto 19 Instrumentos Financeiros

as partes de capital em ague se concretizou o reinves- probabilidade ou investimentos liguidos numa


timento, excepto se a transmissêo ocorrer no Ambito unidade operacional estrangeira com caracteris-
de uma operacëo de fusêo, cisêo, entrada de activos ticas de riscos semelhantes: ou
ou permuta de accêes a gue se aplidue o regime pre- c) Taxa de juro da totalidade ou parte de uma car-
visto no artigo 74.”, é aplicêvel, no periodo de tributa- teira de activos ou passivos financeiros gue pal-
c&0 da alienaGëo, o disposto na parte final do numero tilhem o risco aue esteja a ser coberto.
anterior, com as necessêrias adaptacêes. 5 —- Para efeitos do disposto no numero anterior, SO
Art.” 49.” - Instrumentos financeiros derivados é considerada de cobertura a operacêo no aual o
instrumento de cobertura utilizado seja um derivado
1 — Concorrem para a formacëo do lucro tributavel, ou, No caso de cobertura de risco cambial, um agual-
salvo os previstos no n.” 3, os rendimentos ou gastos duer activo ou passivo financeiro.
resultantes da aplicacëo do justo valor a instrumentos
financeiros derivados, ou a agualguer outro activo ou 6 - N&o sêo consideradas como operacê6es de
passivo financeiro utilizado como instrumento de cobertura:
Cobertura restrito & cobertura do risco cambial. a) As operac6es efectuadas com vista & cobertura
2 — Relativamente as operacêes cujo objectivo exclu- de riscos a incorrer por outras entidades, ou por
sivo seja o de cobertura do justo valor, guando o ele- estabelecimentos da entidade due realiza as
mento coberto esteja subordinado a outros modelos de operacêes cujos rendimentos nêo sejam tributa-
valorizacêo, sêo aceites fiscalmente os rendimentos ou dos pelo regime geral de tributacao;
gastos do elemento coberto reconhecidos em resulta- b) As operacêes due nêo sejam devidamente iden-
dos, ainda ague nêo realizados, na exacta medida da tificadas e documentalmente suportadas no pro-
aguantia igualmente reflectida em resultados, de sinal Cesso de documentacao fiscal previsto no artigo
Contrêrio, gerada pelo instrumento de cobertura. 130.*, no aue se refere ao relacionamento da
3 — Relativamente &s operacêes cujo objectivo Cobertura, ao objectivo e & estratégia da gestêo
exclusivo seja o de cobertura de fluxos de caixa ou de risco da entidade para levar a efeito a refe-
de cobertura do investimento liguido numa unidade rida cobertura.
operacional estrangeira, sêo diferidos os rendimentos 7-A nao verificac&o dos reguisitos referidos no n.”
ou gastos gerados pelo instrumento de cobertura, na 4 determina, a partir dessa data, a desaualificacao
parte considerada eficaz, até ao momento em due os da operacêo como operacêo de cobertura.
gastos ou rendimentos do elemento coberto concor-
8 — Nêo sendo efectuada a operacêo coberta, ao
ram para a formac&o do lucro tributdvel.
valor do imposto relativo ao periodo de tributacao em
4 — Sem prejuizo do disposto no n.” 6, e desde due gue a mesma se efectuaria deve adicionar-se o
se verifigue uma relaGê&o econémica incontestavel imposto gue deixou de ser liguidado por virtude do
entre o elemento coberto e o instrumento de cober-
disposto nos n.” 2 ea, ou, nêo havendo lugar & ligui-
tura, por forma a gue da operacëo de cobertura se
dacë&o do imposto, deve corrigir-se em conformidade
deva esperar, pela elevada eficêcia da cobertura do
Oo prejuizo fiscal declarado.
risco em causa, a neutralizacêo dos eventuais rendi-
mentos ou gastos no elemento coberto com uma 9 — A correce&o do imposto referida no niimero
posic&o simétrica dos gastos ou rendimentos no ins- anterior sêo acrescidos juros compensatérios,
trumento de cobertura, $&o consideradas operac6es excepto guando, tratando-se de uma cobertura pre-
de cobertura as gue justificadamente contribuam vista no n.” 3, a operacê&o coberta seja efectuada em,
para a eliminacêo ou reducêo de um risco real de: pelo menos, 80% do respectivo montante.

a) Um activo, passivo, compromisso firme, transaCc- 10 - Se a substência de uma operac&o ou conjunto


C&o prevista com uma elevada probabilidade ou de operacées diferir da sua forma, o momento, a
investimento liguido numa unidade operacional fonte e a natureza dos pagamentos e recebimentos,
estrangeira; ou rendimentos e gastos, decorrentes dessa operaGëo,
b) Um grupo de activos, passivos, compromissos podem ser reagualificados pela administracêo tributê-
firmes, tansacc6es previstas com uma elevada ria de modo a ter em conta essa substência.

SNCE-AT
731
SNC EXPLICADO
Cariruto 19 Instrumentos Financeiros

O artigo 21.” do Cédigo do IRC exclui da formaGêo do lucro tributdvel as variacêes patrimoniais positivas nao
reflectidas no resultado liauido do periodo de tributa&o gue decorram de operacêes sobre instrumentos de
capital préprio da entidade emitente, incluindo as gue resultem da atribuicao de instrumentos financeiros deriva-
dos gue devam ser reconhecidos como instrumentos de capital proprio.

As alterac6es decorrentes da adaptac&o do Cédigo do IRC ao SNC sêo as seguintes:

1 — Os rendimentos ou gastos resultantes da mensuracao dos instrumentos financeiros derivados pelo seu
justo valor passam a concorrer para a formacêo do lycro tributêvel.
2 — Os rendimentos ou gastos decorrentes da mensuraGêo pelo justo valor dos activos ou passivos financei-
ros utilizados como insttumento de cobertura do risco cambial passam igualmente a concorrer para a formacao
do lucro tributdvel.

3 — Os rendimentos ou gastos relativos a variagêes no justo valor dos elementos cobertos por instrumentos
classificados como de cobertura de justo valor passam a ser aceites fiscalmente pelo montante dos gastos ou
rendimentos relativos a variacêes no justo valor dos respectivos instrumentos de cobertura.
4 — Os rendimentos ou gastos relacionados com operagêes de cobertura de fluxos de caixa ou do investi-
mento liauido de unidades operacionais estrangeiras sêo diferidos para fins fiscais, relativamente & parcela con-
siderada eficaz, até ao momento em ague os gastos ou rendimentos do instrumento coberto concorram para a
formacaêo do lucro tributével.

5 —A aplicac&o do método do custo amortizado passa a ser aceite para fins fiscais.

6 — No enguadramento dos instrumentos financeiros derivados deixa de ser relevante o facto de os mesmos
serem ou nêo transaccionados em bolsas de valores.

7- As menos-valias resultantes de alteracêes no critério de mensuracêo de instrumentos financeiros nêo sêo


aceites para fins fiscais, uma vez gue esta situac&o é assimilada a uma transmissêo onerosa.

738
CGAPiTULO 20 sr

789
CariruLo 20 Rédita SNC EXPLICADO

20.1 -INTRODUGAO
A primeira divida aue nos Surge relativamente a este assunto é: o gue é o rédito? Oual é a diferenca entre
rédito e rendimento?

Depois, surgem guestées com grandes efeitos nas demonstrac6es financeiras:


— Ouando deve ser reconhecido o rédito na venda de bens e na prestacëo de servicos?
— Como deve ser mensurado o rédito, em particular em situacëes de vendas com juros, de trocas de bens,
de vendas com pagamento diferido sem juros, etc.?

Como tratar cada uma das situacëes particulares, como, por exemplo:
— Material facturado e n&o entregue constitui receita de vendas?
— Guando o preco de venda inclui servicos pés-venda, como contabilizar o rédito da operagao?
— Guando o preco de venda estê sujeito a ajustamentos (por exemplo, na indistria autom6vel), como deve-
mos mensurar o rédito a reconhecer?
— Ouando deve ser reconhecido o rédito de vendas a prestac6es? E nas vendas de bens imobiliërios?
Sao estas guestêes due ser&o tratadas neste capitulo.

20.2- A NORMA DA CNG


Relativamente ao reconhecimento do rédito, a CNC emitiu a NCRF 20, a gual tem por base a lAS 18 - Rieve-
nue (Rédito), emitida pelo IASB.

A NCRF 20 deve ser aplicada na contabilizac&o de receitas provenientes das seguintes transacc6es e eventos:
a) venda de bens;
D) prestac&o de servicos; e
Cc) uso por terceiros de activos da empresa com rendimento de juros, royalties e dividendos.

20.3- 0 OUE É 0 RÊDITO?


Os rendimentos sêo definidos na Fstrutura Conceptual para a Preparacëo e Apresentagêo das Demonstra-
c6es Financeiras emitida pela CNC como aumentos nos beneficios econémicos no periodo, na forma de entra-
das, aumentos de activos ou diminuicêes dos passivos gue resultem em aumento dos capitais préprios, gue nao
sejam entradas dos subscritores de capital.
Os rendimentos incluem o rédito e os ganhos. O rédito é gerado internamente, enguanto os ganhos incluem
OS rendimentos aue nêo fazem parte do objecto principal da entidade como, por exemplo, os rendimentos pro-
venientes de alienacêes de activos fixos tangiveis, subsidios recebidos e donativos.
De acordo com a NCRF 20, rédito é o rendimento gue surge no decurso das actividades ordinêrias de uma
entidade, como, por exemplo, vendas, honorêrios, juros, dividendos e royalties.

20.4- RECONHECIMENTO DO RÉDITO


A principal guestêo no reconhecimento do rédito é determinarmos em gue momento ele deve ser reconhecido.
Consideremos uma empresa prestadora de servicos gue obfém, depois de um enorme esforco comercial,
um grande contrato. Ouando deve ser reconhecido o rédito desse contrato? No exercicio em due o contrato é
ganho? Durante o periodo de execucëo do servico? Ou no final do servigo? É uma auestêo pertinente, se nos
lembrarmos, por exemplo, gue certas entidades têm um aumento significativo no seu valor por contarem com
determinados clientes. Ora, esse aumento de valor nao & acompanhado por um reconhecimento simultaneo de
resultados. Deixemos esta guestêo para os te6ricos aprofundarem as suas investigacêes.
Como facilmente se compreenderd, esta é uma &rea da maior importência na contabilidade. Os gestores sêo
muito sensiveis ao reconhecimento do rédito e, vêrias vezes, interferem no seu processo de reconhecimento,
antecipando ou diferindo rendimentos e, o aue é ainda pior, criando rendimentos inexistentes.
Como vamos ver, a simples emissêo de uma factura nao é motivo para reconhecimento do rédito.

740
SNC EXPLICADO GariTuto 20 Rédito

20.4.1 - Venda de bens


Segundo a NCRF 20, o rédito proveniente da venda de bens deve ser reconhecido auando tiverem sido
satisfeitas todas as condicées seguintes:
a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e beneffcios significativos da propriedade dos
bens;
b) a entidade nêo retenha nem o envolvimento continuado de gestêo num grau geralmente associado com a
propriedade nem o controlo efectivo dos bens vendidos;
c) a guantia do rédito possa ser mensurada com fiabilidade;
d) seja provavel gue os beneficios econémicos associados com a transaccêo fluam para a entidade; e
e) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes & transaccéo possam ser medidos com fiabilidade.

A transferência dos riscos & vantagens da propriedade dos bens dé-se, normalmente, com a entrega fisica
do bem e a transferência do documento legal de propriedade. No entanto, existem transacc6es em due essa
transferência ocorre num momento diferente da entrega fisica do bem ou da transferência do documento legal
de propriedade.

Dado gue existem diferentes condic6es de venda, os denominados incoterms sêo decisivos para determina-
G&o do reconhecimento das vendas:
Momento de transferência de riscos
— EXW (Ex works) no local designado na origem
—FCA (Free carrier) na entrega ao transportador indicado pelo comprador
—FAS (Free alongside ship) no costado do navio, no cais do porto de embarague
—FOB (Free on board) ao oruzar a amurada do navio no porto de embarague
— CFR (Cost and freigh) idem
— CIF (Cost, insurance and freigh) idem
—CPT (Carriage paid to) na entrega ao transportador contratado pelo vendedor
— CIP (Carriage and insurance paid to) idem
—DAF (Delivered at frontier) na entrega no ponto da fronteira
— DES (Delivered ex ship) a bordo do navio, no porto de destino
— DEO (Delivered ex guay) no cais do porto de destino
— DDU (Delivered duty unpaid) no local designado, no destino
—DDP (Delivered duty paid) idem

Muitas entidades reconhecem, por vezes, rédito na venda de bens sem ter ocorrido ainda a transferência
fisica do bem, por exemplo, os bens permanecem nas instalacëes das entidades. Nestas situac6es, somente se
poderê reconhecer o rédito se for possivel demonstrar gue se cumpriram as condicées acima indicadas,
nomeadamente, a transferência dos riscos e beneficios associados aos bens.
Por exemplo, a valorizacêo ou desvalorizacêo do bem sêo de conta do comprador, o gual aceita a data da
factura como data-base para liguidacao da mesma, tendo em conta as condicêes de venda.

A NCRF 20 apresenta vêrios exemplos de situacêes em ague a entidade retëm um risco significativo de pro-
priedade:
| — guando a entidade retiver uma obrigacêo por execucao nêo satisfatéria, n&0o coberta por clêusulas normais
| de garantia;
| — guando o recebimento do rédito esteja dependente da obtencdo de rédito pelo comprador pela sua venda
dos bens;
— guando os bens sejam expedidos sujeitos a instalac&o e a instalac&o seja uma parte significativa do con-
trato e ainda nêo tenha sido concluida: e
— guando o comprador tiver o direito de rescindir a compra por uma raz&o especificada no contrato de venda
ea entidade nêo esteja segura acerca da probabilidade de devolugëo.

| 71
SNC EXPLICADO
CaAPiruLo 20 Rédito

20.4.2 — Prestacdio de servicos


ciado & prestac&o de servicos sêo os seguintes:
Os critérios da NCRF 20 para reconhecimento do rédito asso
lidade, o rédito é reconhecido com referência & fase de
se o desfecho da transaccëo for estimado com fiabi
acabamento do servico;
o rédito é reconhecido na medida em due
se 0 desfecho da transaccêo nêo for estimado com fiabilidade,
os gastos sejam recuperêveis.

com base no método da per-


A NCRF 20 reguer assim o reconhecimento do rédito na prestag&o de servicos
ao, conforme descrito no capitulo 21.
centagem de acabamento, tambêém reguerido para os contratos de construc

com fiabilidade, guando todas as


Segundo a NCRF 20, o desfecho de uma transaccêo pode ser estimado
condicêes seguintes forem satisfeitas:
a) a auantia de rédito pode ser mensurada com fiabilidade;
ao fluam para a entidade;
b) é provavel gue os beneficios econémicos associados & transacc
medida com fiabilidade; e
Cc) a fase de acabamento da transaccêo a data do balanco pode ser
o podem ser medidos com
d) os custos incorridos com a transaccëo e os Custos para completar a transaceë
fiabilidade.

de servicos. A sua existência


A facturacao é irrelevante para efeitos de determinacêo do rédito em prestagêo
do rédito. Por exemplo, o rédito de um
ou ausência nêo implicam o reconhecimento ou o na reconhecimento
até pago) na contratagao do servico
servico de auditoria gue seja integralmente facturado (e, eventualmente,
Pelo contrêrio, se a facturaGao somente
somente deve ser reconhecido em func&o da execuGêo do servico.
reconheci do também em funcao da execuGëo do trabalho.
ocorrer com a entrega do relatêrio, o rédito deve ser
noVvo cliente de grande dimensêo cujo
Retomemos o exemplo de um servico de auditoria. Se obtivermos um
serd de 100 000 euros, aue foi o valor da
gasto nao conseguimos determinar com fiabilidade, sabendo gue o rédito
com fiabilidad e o desfecho final do contrato. Neste caso,
nossa proposta, nêo estamos em condicées de determinar
reconhec endo-se rédito até ao ponto em due
teremos também de usar o método da percentagem de acabamento,
aue, nestas situaG6es, ndo se reco-
sabemos gue iremos recuperar os gastos, isto é, os 100 000 euros. Isto significa
do lucro do contrato. Entéo, reconhecemos
nhece lucro, pela simples raz&o de desconhecermos gual serê o valor
due o contrato iré gerar uma perda, terê
rédito no mesmo montante dos gastos realizados. Sempre aue se estimar
grau de execucëo do contralo.
de ser reconhecida a integralidade dessa perda, independentemente do

20.4.3 - Juros, royalties e dividendos


da empresa aue produzam
De acordo com a NCRF 20, o rédito proveniente do uso por outros de activos
juros, royalties e dividendos deve ser reconhecido guando:
fluam para a entidade; e
a) seja provêvel due os beneticios econémicos associados com a transaceao
b) a auantia do rédito possa ser medida com fiabilidade.

0 rédito deve ser reconhecido nas hases seguintes:


de tempo due tome em consideracêo
a) os juros devem ser reconhecidos numa base de proporcionalidade
o rendimento efectivo do activo;
acordo com a substência do acordo rele-
b) os royalties devem ser reconhecidos na base do acréscimo, de
vante;e
m 0
Cc) os dividendos devem ser reconhecidos auando se estabelecer o direito dos accionistas a recebere
pagamento.

20.5 - MENSURACAO DO RÉDITO


o recebida ou a receber.
Segundo a NCRF 20, o rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuica
Normalmente, nêo temos dividas sobre o justo valor da retribuicêo recebida ou a receber: o pagamento ê
efectuado em dinheiro ou concede-se um financiamento ao cliente de 30, 60, 90 dias, por exemplo.

742
SNC EXPLICADO Cariruto 20 Réêdito

Nestes casos, o valor nominal da retribuicêo recebida ou a receber corresponde ao valor do rédito. No
entanto, por vezes, ocorrem transaccêes ague implicam o calculo do justo valor da retribuicëo recebida ou a
receber. S&o exemplos dessas transaccêes:
—atroca de bens ou servicos dissemelhantes;
—a venda com juros;
—a venda com pagamento a longo prazo, sem juros;
—a venda de um bem com a simultênea celebracao de um contrato de servicos de manutencao.

Em caso de troca de bens ou servicos dissemelhantes, o valor do rédito é mensurado pela diferenca entre o
justo valor do bem ou servico recebido, deduzido do montante de eventuais pagamentos a aue nos tenhamos
obrigado e o valor liguido contabilistico do activo ou servico entregue. No entanto, nem sempre se consegue
determinar com fiabilidade o justo valor do bem ou servico recebido ou o justo valor do bem ou servio entregue.

Esaguematicamente:
Mensuragëo inicial do activo
ou servico recebido
— Determinamos com fiabilidade o justo valor do bem ou — Justo valor do activo ou servico
servico recebido e o justo valor do bem ou servico entregue.
entregue.
— O justo valor do activo ou servico recebido é mais claro — Justo valor do activo ou servico
do ague o justo valor do activo ou servico entregue. recebido.
— S6 est disponivel um justo valor. — Justo valor gue estê disponivel.
— Nêo se consegue determinar com fiabilidade os justos — Valor liguido contabilistico do
valores. activo ou servico entregue.

No caso de vendas com juros, deve ser expurgado o valor dos juros incluido no valor nominal. E reconhe-
cido o rédito correspondente ao justo valor do bem ou servico numa transaccêo sem juros, sendo os juros reco-
nhecidos como rendimento de juros ao longo do periodo de financiamento.
Caso seja efectuada uma venda com pagamento a longo prazo, sem juros, o montante do rédito corres-
ponder& ao valor presente da retribuicëo recebida e a receber, pelo gue se ter de descontar os recebimentos
futuros para a data do reconhecimento do rédito, através do uso de uma apropriada taxa de desconto.
Nas vendas de bens com celebracê&o simultênea de contratos de manutencêo, caso existam descontos con-
cedidos pela aguisic&o do pacote, o montante desse desconto deverê ser alocado aos dois componentes
(venda do bem e contrato de manutenGao) em funcêo do justo valor de cada um desses componentes. Esta alo-
cagê&o é importante, dado aue o rédito na venda de bens é reconhecido imediatamente, enguanto o rédito do
contrato de manutencêo serê reconhecido ao longo do periodo do contrato.

20.6 - EXEMPLOS ILUSTRATIVOS INCLUIDOS COMO APÊNDICE DA TAS 18


O apêndice A da IAS 18 é apenas ilustrativo e nêo faz parte da Norma. Resumem-se a seguir alguns aspec-
tos desse apêndice.

20.6.1 - Venda de bens


1. Vendas do tipo “Facture e aguarde”, pelas guais a entrega é adiada a pedido do comprador mas o com-
prador assume a titularidade e aceita a facturacao

A receita é reconhecida guando o comprador assume a titularidade, desde due:


a) seja provêvel gue a entrega seja efectuada;
b) os bens estejam em poder do vendedor, identificados e prontos para entrega ao comprador na data em
ague a venda é reconhecida;
Cc) o comprador confime especificamente as instrucëes para entrega diferida;
d) se apliguem as condic6es normais de pagamento.

743
SNC EXPLICADO
Cariruta 20 Rédita

2. Bens expedidos sujeitos a condic6es

a) Instalacao e inspeceao
ceao
O rédito é normalmente reconhecido guando o comprador aceita a entrega e a instalacêo e inspe
acêo da entre ga
est&o completas. No entanto, o rédito ë reconhecido imediatamente no momento da aceit
pelo comprador guando:
j) o processo de instalacêo é simples por natureza; por exemplo, a instalacêo de um aparelho de televi-
sa0 testado na fébrica, gue reaguer apenas desembalar e ligacêes da tomada e antena; ou
i) a inspecoëo é executada apenas com o objectivo de determinacêo dos valores do contrato, por exem-
plo, fornecimento de minério de ferro, acucar ou soja.

b) Aprovac&o nos casos em gue o comprador negociou um direito limitado de devolucëéo


Se existir incerteza sobre a possibilidade de retorno, o rédito é reconhecido guando os bens sao formal-
mente aceites pelo comprador ou guando os bens foram entregues e jê expirou o periodo estipulado para
a devolucëo.

c) Vendas & consignaGêo, em situac6es em gue duem recebe os bens (comprador) encarrega-se de vender
os bens pelo expedidor (vendedor)
O rédito é reconhecido pelo expedidor guando os bens forem vendidos a terceiros por guem os recebe.
d) Vendas com pagamento contra entrega
O rédito é reconhecido guando a entrega tiver sido efectuada e o respectivo pagamento recebido pelo
vendedor ou seu agente.

3. Venda de bens retidos em gue tais bens sejam entregues somente guando o comprador faga o paga-
mento final de uma série de prestagêes

O rédito proveniente de tais vendas é reconhecido auando os bens forem entregues. Todavia, auando a
experiëncia indicar gue a maior parte de tais vendas serê consumada, o rêdito pode ser reconhecido guando for
recebida uma guantia significativa, desde gue os bens estejam em poder do vendedor, identificados e prontos
para entrega ao comprador.

4. Vendas a intermediërios

O rédito proveniente destas vendas é, geralmente, reconhecido guando tiverem sido transmitidos os riscos e
vantagens da posse. Porém, guando o comprador actuar como um agente, a venda é tratada como as vendas &
CONSIgNAaEAo.

5. Assinaturas de publicacêes e similares

Ouando os elementos envolvidos forem de valor semelhante em cada periodo de publicacêo, o rêdito é reco-
nhecido numa base linear, durante o periodo em due os elementos foram expedidos. Ouando os elementos
variarem de preco, de periodo para periodo, o rédito é reconhecido na base do preco de venda do elemento
expedido em relac&o ao total estimado das vendas de todos os elementos abrangidos pela assinatura.

6. Vendas a prestacêes

O rédito atribuivel ao preco das vendas, expurgado dos juros, ê reconhecido & data da venda. O preco de
venda é o valor presente da transaccëo, calculado pelo desconto das prestacoes a receber & taxa de juro impu-
tada. Os juros sê0 reconhecidos como rédito & medida gue forem sendo obtidos, numa base proporcional de
tempo due tome em conta a taxa de juro imputada.

7. Vendas de bens imobiliërios

De uma forma geral, o rédito é reconhecido auando a titularidade da posse passa para o comprador. Porém,
Nos Casos em due a transferência para o comprador dos riscos e vantagens da posse se opere em data ante-
rior, o rédito é reconhecido nessa data.
Na venda de bens imobiliërios, o rédito deve ser reconhecido na data da escritura ou da tradicëo (entrega
das chaves), das duas a gue ocorrer primeiro. No deve ser reconhecido rédito com base no grau de acaba-
mento do projecto, uma vez gue nêo se trata de contratos de construcëo.

7aa
SNC EXPLICADO Cariruua 20 Rédito

20.6.2 - Prestacdes de servicos


1. Servicos de instalacao e montagem
A remuneracëo dos servicos de instalac&o e montagem é reconhecida como rédito com referência & fase de
acabamento da instalac&o, a menos gue sejam inerentes & venda do bem, caso em aue sao reconhecidos
aguando os bens forem vendidos.

2. Remuneracëes de servicos incluidos no preco de bens

Ouando o preco de venda de um bem incluir uma aguantia identificavel para servicos subseguentes (por
exemplo, apoio pés-venda e melhoramento de produtos na venda de software), essa auantia é diferida e reco-
nhecida como rédito durante o periodo em aue o servio possa ser executado. A auantia diferida é aaguela aue
vier a cobrir os custos esperados dos servicos acordados, acrescida de uma margem razoavel de lucro sobre
eSsses SErVviCOS.

3. Comissêes de publicidade
As comissêes de publicidade s&o reconhecidas guando o respectivo anuncio apareca perante o publico. As
comissêes de producëo do antincio s&o reconhecidas com referência & fase de acabamento do projecto.

4. Bilhetes de admissêo

O rédito de espectêculos artisticos, de banguetes e de outros acontecimentos especiais ê reconhecido


aguando o evento tiver lugar. Ouando for vendida uma assinatura para um determinado numero de eventos,
o preco é imputado a cada evento numa base ague reflicta a extensao dos servicos realizados em cada
evento.

5. Inscricêo e propinas de ensino

O rédito é reconhecido ao longo do periodo de instrucao.

6. Remunerac6es do desenvolvimento de software

As guantias provenientes do desenvolvimento de software & medida do interesse do cliente s&o reconheci-
das como rédito com referência & fase de acabamento do desenvolvimento, incluindo a conclusêo de servicos
proporcionados pelo apoio a $ervicos pos-entrega.

20.7 - DIVULGAGOES
A NCRF 20 reguer as seguintes divulgacêes:
a) politicas contabilisticas adoptadas para o reconhecimento do rédito, incluindo os métodos adoptados
para determinar a fase de acabamento de transaccêes gue envolvam a prestacêo de servigos;

b) a guantia de cada categoria significativa de rédito reconhecido durante o periodo, incluindo o rédito pro-
veniente de:
j) venda de bens;
ii) prestacêo de servicos;
iii) juros;
iv) royalties;
v) dividendos;e

c) aguantia de rédito proveniente de trocas de bens ou servicos incluido em cada categoria do rédito.

20.8 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


Nao existem diferencas significativas entre o SNC e o POC, uma vez aue a DC 26 era globalmente idêntica a
IAS 18.

7145
SNC EXPLICADO
Cariruto 20 Rédito

20.9 — EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRACOES FINANGEIRAS


26)
No deveriam existir efeitos significativos. No entanto, alguns aspectos tratados na NCRF 20 (e na DC
n&o ser&o observados, por exemplo, a segregagêo do rédito entre venda de bens e servigos p6s-venda, o cal-
culo do justo valor em vendas com juros incluidos no preco, o calculo do valor actual em vendas com recebi-
mentos a longo prazo sem juros, ete.

20.10 - EXERCICIOS

EXERCICIO N.” 1
Um fabricante de eguipamentos industriais vendeu uma instalagêo fabril nas seguintes condic6es:
Preco de venda - 260 000 €

Condicêes de pagamento:
— 380% contra entrega

— 70% em auatro prestacêes semestrais

A taxa de juro corrente no mercado para um financiamento idêntico, em prazo e risco, é de 10,25% ao ano e
o preco de venda dos eguipamentos a pronto é de 240 000 €.

Proceda & contabilizac&o desta operacao.

Solucao:

A taxa de juro anual de 10,25% é eguivalente & taxa de juro semestral de 5%, pois
(1-40,1025)'# - 10,05

O aguadro seguinte mostra-nos o valor presente (descontado) dos fluxos de caixa dos recebimentos no
momento da venda (0) e no final dos guatro semestres seguintes (valores em euros).

Periodo Influxo 0 1 2 3 4

0 78 000 78 000

1 45 500 43 333 45 500

2 45 500 41 270 43 333 45 500

3 45 500 39 305 A1 270 43 333 45 500

d 45 500 37 4383 39 305 A1 270 43 333 45 500

Total 260 000 239 3a1 169 408 130 103 88 833 45 500

Valor nominal 260 000 182 000 136 500 91 000 45 500

Rendimentos diferidos 20 659 12 592 6 397 2 167 0

A linha de rendimentos diferidos da-nos a diferenca entre o valor presente em cada um dos periodos e o
valor nominal da divida a receber.

746
SNC EXPLICADO CariruLa 20 Rédito

A contabilizacao serê efectuada como segue:

Na data da venda:
Débito Crédito
211 — Clientes c/c 260 OD

AT71-Vendas 239 341


A 282 - Rendimentos a reconhecer 20 659
12 - Depêésitos a ordem 78 000
A 211 —- Clientes clc 78 000

No final do 1.” semestre:


12 —- Depésitos & ordem 45 500
A 211 - Clientes c/c 45 500
282 —- Rendimentos a reconhecer 8 067
A 7916 Juros obtidos - De vendas 8 067

No final do 2.” semestre:


12 — Depositos & ordem 45 500
A 211 - Clientes c/c 45 500
282 — Rendimentos a reconhecer 6195
A 7916 Juros obtidos - De vendas 6 195

No final do 3.” semestre:


12 - Depésitos & ordem 45 500
A 211 — Clientes cc 45 600
282 — Rendimentos a reconhecer 4 230
A 7916 Juros obtidos - De vendas 4 230

No final do 4.” trimestre:


12 - Depêésitos & ordem 45 500
A 211 - Clientes c/e 45 500
282 - Rendimentos a reconhecer 2 167
A 7916 Juros obtidos - De vendas 2 167

EXERCICIO N.* 2
Uma fitma de auditores contratou, no inicio do ano 1, com uma entidade governamental, a auditoria de fundos
distribuidos a empresas de um determinado sector de actividade, nas seguintes condic6es:
a) Valor do contrato: 180 000 €
D) Duracë&o prevista: 3 anos
Cc) Custos totais estimados inicialmente: 144 000 €

Os dados fornecidos pelos registos contabilisticos nos três anos do trabalno foram os seguintes:

(valores em euros) Ano 1 Ano 2 Ano 3

Custos incorridos no ano 40 000 85 000 32 000

Gustos estimados para conclusao 108 000 30 000 0

Facturacio 36 000 108 000 46 000

Recebimentos 30 000 100 000 60 000

741
SNC EXPLICADO
CariruLo 20 Rédito

De notar gue a estimativa inicial de 144 000 € foi revista, no final do ano 1, para 148 000 € e, no final do ano 2,
para 155 000 €. No final do ano 1, a firma conseguiu uma revisêo de precos de mais 10 000 €, ou seja, o valor
final do contrato foi fixado em 190 000 €.
Pretende-se a contabilizac&o desta prestagao de servicos pelo método da percentagem de acabamento.

Solucao:

O primeiro passo é calcular a percentagem de acabamento no final de cada periodo. A percentagem de


acabamento é dada pela relacëo entre os custos incorridos até & data e os custos totais estimados do
trabalho.

(valores em euros) Ano 1 Ano 2 Ano 3

Valor do contrato 180 000 190 000 190 000

Custos totais incorridos 40 000 125 000 157 000

Custos estimados para conclusao 108 000 30 000 0

Custos totais estimados 148 000 155 000 157 000

Lucro bruto estimado 32 000 35 000 43 000

Percentagem de acabamento 27,08% 80,65% 100%

Calculo do rédito anual (valores em euros):

Ano Calculo Rédito Facturac&o GE sy Per

1 27,03% x 180 000 AB 654 36 000 12 654

2 (80,65% x 190 000) —- 48 654 104 581 108 000 (3419)

3 100% x 190 000 — 153 235 36 765 46 000 (9 235)

190 000 190 000 0

Os lancamentos a efectuar sêo os seguintes:


Débito Crédito
No ano 1
Gastos por natureza AO 000
A Diversos (Formnecedores, Depodsitos & Ordem) 40 000
Custos incorridos

Clientes 36 00D
A Rendimentos a reconhecer 36 000
FacturaGéo emitida
Depdisitos a ordem 30 000
A Clientes 30 000
Recebimentos

Rendimentos a reconhecer 36 000


Devedores por acréscimos de rendimentos 12 654
A Prestacao de servicos
48 654
Rédito do periodo )

7A8
CariTuto 20 Rédita
SNC EXPLIGADO

No ano 2
Gastos por natureza 85 000
A Diversos (Formecedores, Depêsitos & Ordem) 85 000
Custos incorridos
Clientes 108 000
A Devedores por acréscimos de rendimentos 12 654

A Rendimentos a reconhiecer 95 346


Facturac&o emitida
Depêsitos & ordem 100 000
A Clientes 100 000
Recebimentos
Devedores por acréscimos de rendimentos 9 235
Rendimentos a reconhecer 95 346
A Prestacao de servicos 104 581
Rédito

No ano 3
Gastos por natureza 32 000
A Diversos (Formecedores, Depésitos & Ordem) 32 000
Custos incorridos
Clientes 46 000
A Devedores por acréscimos de rendimentos 9 235

A Rendimentos a reconhecer 36 765


Facturacêo emitida
Depêsitos & ordem 60 000
A Clientes 60 000
Recebimentos
Rendimentos a reconhecer 36 765
A Prestacêo de servicos 36 765
Rédito

EXERCICIO N.” 3
Uma sociedade de revisores oficiais de contas (SROC) contratou a revisao legal das empresas A, B e C para
' o ano 20x1 nas seguintes condic6es:

(valores em euros) A B C

Valor do contrato 1200 1200 1600

Inicio do contrato TVA/20X1 1/A/20X1 1/A/20%1

' Custos estimados totais 960 960 1280

Margem prevista 240 240 320

| Custos incorridos até 31/12/20x1 480 576 720

| Condicoes de facturacdo Duodécimos Duodécimos oa

Pretende-se a determinaG&o do rédito.

7A9
Cariruuo 20 Rédito SNC EXPLICADO

Solucao:
Calculo do rédito:

(valores em euros) A B C

Percentagem de acabamento A8O/960 — 50% 576/960 — 60% 720/1280 — 56,25%

Facturag3o emitida 1200 900 480

Rédito a reconhecer 50% x 1200 — 600 60% x 1200 — 720 56 25% x 1600 — 900

Rédito a acrescer 420

Rendimento a reconhecer 600 180

EXERCICIO N.” 4
Uma empresa adauiriu para investimento, em 1 de Julho do ano X1, ao preGo unitério de 990 €, um lote de
50 000 obrigacêes no valor nominal de 1000 €. As obrigacêes dêo direito a um juro anual fixo de 20 €, liguido
de impostos, a pagar em 31 de Dezembro dos anos X1, X2 e X3, data em gue serêo reembolsadas com um pré-
mio de 50 €.
Pretende-se a determinacêo do rédito dos anos 1, 2e 3.

Solucao:
O custo unitêrio de aguisicê&o foi de 980 €, uma vez gue o custo de 990 € integra metade do juro anual, a
recuperar no final do ano. Logo, o custo de aaguisicêo foi de 49 000 €.
Vamos fazer o desconto dos flyxos de recebimentos da operacëo:

DATA EXFLUXO INFLUXO

O1-07-X1 49 000
31-12-X1 500
d0-06-X2 0
a1-12-X2 1000
30-06-X3 0
d1-12-X3 53 500

A disposic&o apresentada por semestres facilita o calculo da taxa intera de rendibilidade. A taxa encon-
trada foi de 2,3733%, semestral.
Com este dado, pode construi-se uma tabela com o valor presente do activo e os respectivos réditos no
final de cada semestre:

DATA ACTIVO RÊDITO INFLUXO


31-12-X1 49 663 1163 500
80-06-X2 50 842 1179 0
31-19-X2 51 048 1207 1000
30-06-X3 52 260 1912 0
31-19-)3 0 1240 53 500

De notar gue o tltimo recebimento corresponde ao reembolso do capital (50 000 €), acrescido do prémio
(2500 €) e do juro vencido (1000 €), e aue o total da coluna de rédito é de 6000 €, gue é a soma dos
Juros vencidos apês a aguisic&o (2500 €), mais o prémio (2500 €) e o ganho (1000 €).

150
SNC EXPLICADO CaAPiruLo 20 Rêdita

EXERCICIO N.” 5
Uma editora lancou em Julho de X1 uma coleccêo de 12 exemplares de uma publicacêo a sair mensalmente.
O preco da assinatura é de 19 500 €, pagos no acto da assinatura. O numero de Dezembro é especial, sendo o
seu preco de venda avulso o dobro dos nimeros normais. A edic&o é de 40 000 exemplares, tendo sido vendi-
das e recebidas 35 000 assinaturas. Os custos incorridos durante o ano X1 foram de 280 000 € e estêo total-
mente pagos.
Pretende-se a determinac&o do rédito do ano X1, dos resultados e a apresentacao da posicao financeira,
relativos & operacêo, tendo em atencéo aue os inventêrios deverêo ser avaliados a preco de custo, visto se con-
siderar provavel a sua recuperaGao.

Solucao: (valores em milhares de euros):

Total das assinaturas recebidas:


19,5 x 35 000 — 682 500

Rédito atribuivel ao ano X1:


7/13 x 682 500 — 367 500

Gasto relativo as vendas do ano:


280 000 x 35/40 — 245 000
Custo das existências (exemplares nêo vendidos):
280 000 x 5/40 — 35 0OO

O resultado atribuivel ao ano X1 é o seguinte:


Rédito 367 500
Custo das vendas 245 000
Resultado 122 500

A posicêo financeira no final do ano x1 é a seguinte:

ACTIVO
Disponibilidades A02 500
| (assinaturas recebidas — custos pagos) - 682 500 —- 280 000

Inventêrios 35 000
(ntmeros em stock)

Total do activo 437 500


PASSIVO E CAPITAL PROPRIO
| Rendimentos a reconhecer 318 000
| (Assinaturas a reconhecer como rédito) - 682 500 - 367 500

| Resultado 122 500

Total do passivo e capital préprio 437 500

| EXERCICIO N.” 6
A sociedade Chocolates de Valongo tem uma campanha de promog&o para aumentar as suas vendas.
| Nessa cCampanha, a sociedade oferece um chocolate por cada chocolate adauirido. O preco de venda de uma
barra de chocolate é de 10 € e os custos de producao sêao de 4 €.

Como deve ser contabilizada esta operaG&o?

a) rédito de 10 € e gastos de 8 €;
b) rédito de 10 €, custo das vendas de 4 € e despesas de marketing de 4 €;

151
CaPiruLo 20 Rédito SNC EXPLICADD

c) rédito de 20 €, custo das vendas de 8 € e despesas de marketing de 10 € (neste caso, o rédito incluio
preco normal de venda dos chocolates, o mesmo se passando com o custo de vendas, e as despesas de
marketing correspondem ao valor de venda do chocolate oferecido).

Solucao:
A opg&o correcta é a altermnativa a).
A compra ou custo de producëo de um bem oferecido é sempre incluido no custo das vendas. As despesas
de marketing incluir&o o custo de promocëes sem relacëo directa com o produto (por exemplo, uma Hshirt
gratis com o log6tipo do vendedor se comprar 100 unidades).

EXERCICIO N.” 7
A empresa ABC Telecom celebrou um contrato para formecer & empresa Telefones Méveis uma rede mêvel
de telecomunicacêes e para formecer upgrades adicionais especificos sem custos adicionais. Esses upgrades
esta0 especificados por nome de produto e versêo. O rédito total do contrato é de 200 milhêes de euros. Os
custos da rede mêvel de telecomunicacêes est&o estimados em 150 milhêes de euros, os guais nêo incluem o
Custo dos upgrades gue estao estimados em 30 milhêes de euros.

Como deverê ser contabilizada esta operaca0?


a) rédito de 200 milhêes de euros e gastos reconhecidos automaticamente;
b) rédito de 200 milhêes de euros diferido, até serem entregues os upgrades;
Cc) rédito de 200 milhêes de euros reconhecido de acordo com o método da percentagem de acabamento,
sendo os custos estimados para fornecer os upgrades incluidos nos gastos do contrato;
d) a entrega dos upgrades deve ser tratada como um contrato separado.

Solucë&o:

A resposta correcta é a da alinea c).


Apesar de os upgrades nê&o serem entregues antes do fim da construcëo da rede movel de telecomunica-
c6es, a sua entrega faz parte do contrato ague foi negociado por um preco fixo. A aguestëo essencial é o
reconhecimento do rédito e respectivos gastos durante os periodos em due o trabalho é efectuado. Se os
custos dos upgrades forem estimados com fiabilidade, a ABC Telecom deve aplicar o método da percen-
tagem de acabamento.
Se os custos do upgrade nêo puderem ser estimados com fiabilidade, o rédito deve apenas ser reconhe-
cido na parte dos custos incorridos aue, provavelmente, vêo ser recuperados. Perdas esperadas devem
ser reconhecidas imediatamente como gasto.

EXERCICIO N.” 8
A NetPower formnece servicos de publicidade no seu site de internet a um clube de futebol. Este, em troca,
anuncia a NetPower nas camisolas dos jogadores. Nêo existe troca de dinheiro. O justo valor da publicidade for-
necida pela NetPower é de 50 000 €.

Oual dos seguintes procedimentos contabilisticos é o mais apropriado para a contabilizacêo do anuncio no
site da NetPower trocado com o clube de futebol?
a) nao reconhecer rédito nem gastos;
b) reconhecer o gasto incorrido para preparar os antincios nas camisolas dos jogadores mas nêo reconhe-
cer o rédito;
C) reconhecer rédito e gasto ao justo valor;
d) reconhecer rédito e gasto ao justo valor, mas apenas se a NetPower tiver um historial recente de receber
dinheiro ou outros activos de outras empresas para publicidade similar no seu site de internet.

Solucao:

A resposta certa é a da alinea d).


Se bens e servicos sêo de natureza similar, a troca n&o é considerada uma transaccêo gue gere rédito.

152
SNC EXPLICADO Cariruto 20 Rédita

Se os bens e& servicos trocados sêo de natureza diferente, a toca é considerada como uma transaccêo
due gera rédito.
Neste exemplo, a forma e o contetido da publicidade sêo considerados suficientemente diferentes para a
troca ser considerada como uma transaccëo gue gera rédito. A NetPower deve mensurar o rédito a ser regis-
tado pelo justo valor do servico recebido. No entanto, poder4 ser dificil para a NetPower determinar o justo
| valor do servico recebido, se este tipo de transaccëo nêo ëê freduente para o clube de futebol. A NetPower
deve entêo reconhecer o rédito numa base do justo valor dos servicos gue fomece, isto é, a publicidade do
| clube de futebol no seu site de Internet.

EXERCICIO N.” 9
A empresa Tintas da Maia vende tintas a uma empresa comercial, dando a essa empresa uma linha alargada
de crédito. A empresa comercial armazena as tintas e detém a sua propriedade legal, a partir da recepcëo fisica
das tintas. As tintas somente sê&o pagas & Tintas da Maia guando esta recebe dos seus clientes. Caso as tintas nêo
sejam vendidas em três meses, a empresa comercial pode devolver ou pagar a mercadoria para ficar com ela.
Ouando deve ser reconhecido o rédito pela Tintas da Maia?
a) auando inicia o transporte para a empresa comercial;
b) depois de a empresa comercial ter recebido o pagamento dos seus clientes ou depois dos tês meses.

Solucao:
A resposta correcta é a da alinea b).
Os riscos e beneficios da propriedade s&o apenas transferidos para a empresa comercial guando esta
| recebe dos seus clientes o produto das vendas ou três meses ap6s a recepcêo das tintas, desde due
estas nêo sejam devolvidas & Tintas da Maia.

EXERCICIO N.” 10
Uma empresa comercializa um determinado edguipamento, assegurando a respectiva manutencëo através de con-
tratos anuais de prestacëo de servicos. O preco de venda do eduipamento é de 50 000 € e o custo do contrato anual
de manutenco é de BOOD €. Estes precos so praticados para negécios separados (i.e., venda sem contralo de
manutencao e contrato de manutencéo sem venda). Ouando o cliente adaguire o eguipamento e, simultaneamente,
celebra o contrato de manuteneëo, o preco global é fixado em 52 200 €. Como deve ser reconhecido o rédito?

Solucao:
Trata-se de transaccêes separadas, embora negociadas conjuntamente, uma vez gue ambos os elemen-
tos podem ser negociados separadamente. Temos entao de determinar o valor da venda e o valor da
prestac&o de servicos. Para tal, estabelece-se a relacëo existente no valor das transaccies separadas e
aplica-se essa relac&o ao valor do rédito acordado com o cliente, ou seja:
l Valor da venda - (50 000 € / 58 000 €) x 52 200 € - 45 000€
O rédito da venda (45 000 €) ser& reconhecido pela entrega do edguipamento. O rédito da prestagêo de
servicos ser& reconhecido ao longo do periodo do contrato (7200 € / 12 meses - 600 € por mês).

20.11 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


' Art.” 18.” - Periodizacëo do lucro tributavel (ES)

1- Os rendimentos e os gastos, assim como as 3 —- Para efeitos de aplicacêo do disposto no n.” 1:


outras componentes positivas ou negativas do a) Os réditos relativos a vendas consideram-se em
lucro tributdvel, sêo imputdveis ao periodo de tri- geral realizados, e os correspondentes gastos
butacêo em due sejam obtidos ou suportados, suportados, na data da entrega ou expedicéo
independentemente do seu recebimento ou paga- dos bens correspondentes ou, se anterior, na
| mento, de acordo com o regime de periodizacêo data em Oue se opera a transferência de pro-
eCoNOMICAa. priedade;

| SNCE-48 7583
N

SNCG EXPLICADO
Carlruto 20 Rédito

b) Os réditos relativos a prestac6es de servicos a venda com reserva de propriedade a locacêo em


consideram-se em geral realizados, e os corres- aue exista uma clausula de tansferência de proprie-
pondentes gastos suportados, na data em gue o dade vinculativa para ambas as partes.
servico é concluido, excepto tratando-se de ser- 5 — Os réditos relativos a vendas e a prestacêes de
vicos aue consistam na prestacao de mais de servicos $ê0 imputaveis ao periodo de tributacêo a gue
um acto ou numa prestagëo continuada ou respeitam pela guantia nominal da contraprestacao.
sucessiva, due Sêo imputêveis proporcional- ee
mente & sua exeCuC&o; 6 - A determinacêo dos resultados nas obras efec-
c) Os réditos e os gastos de contratos de constru- tuadas por conta prépria vendidas fraccionadamente
G&o devem ser periodizados tendo em conside- efectuada & medida aue forem sendo concluidas e
racêoo disposto no artigo 19.”. entregues aos adauirentes, ainda ague nêo sejam
conhecidos exactamente os custos totais das mes-
4 — Para efeitos do disposto na alinea a) do numero
anterior, nêo se tomam em consideraGao eventuais mas.
clêusulas de reserva de propriedade, sendo assimilada (Er

O Cédigo do IRC nêo permite aue o rédito de vendas e prestacêes de servicos seja tributado no periodo de
tributac&o do seu reconhecimento pelo valor actual da contraprestac&o, contrariamente ao aue tera de ser feito
para fins contabilisticos. Assim, ter&o de ser reconhecidos impostos diferidos activos, de forma a levar em conta
esta divergência entre o critério contabilistico e o critério fiscal.

Por exemplo, uma entidade reconhece vendas de mercadorias no valor de 100, aue corresponde ao valor
actual dos fluxos de caixa relativos ao recebimento do preGo de venda, sendo o valor nominal do preco de
venda de 130. Os lancamentos contabilisticos a efectuar serêo:

Pelo reconhecimento do rédito


Débito — Conta 2111 - Clientes, c/c - Clientes gerais 100
Crédito —- Conta 711 - Vendas - Mercadorias 100

No cêlculo do resultado fiscal o rédito de 100 serd acrescido em 30, gue corresponde a diferenca entre o
valor actual e o valor nominal do preco de venda, pelo gue, se considerarmos uma taxa de IRC de 26,5% iremos
pagar IRC adicional no montante de 7,95. Esse IRC pago adicionalmente ser contabilizado como um activo por
impostos diferidos.
Pelo imposto diferido activo
Débito - Conta 2741 - Activos por impostos diferidos 7,98
Crédito — Conta 8122 - Imposto sobre o rendimento do periodo - Imposto diferido 7,95

No exercicio seguinte, iremos actualizar financeiramente o valor actual da contraprestacëo, efectuando o


seguinte langamento:
Débito — Conta 2111 - Clientes, c/c - Clientes gerais 30
Crédito - Conta 7888 - Outros rendimentos e ganhos - Outros 30

O rendimento contabilistico de 30 nêo serd tributado, uma vez ague jê o foi no periodo anterior, pelo due se
realiza o imposto diferido activo, efectuando o seguinte lancamento:
Débito. —- Conta 8122 - Imposto sobre o rendimento do periodo —- Imposto diterido f.95
Crédito - Conta 2741 - Activos por impostos diferidos 7,96

Com a contabilizac&o de impostos diferidos estamos a reconhecer contabilisticamente o efeito fiscal dos ren-
dimentos ou dos gastos no mesmo periodo em aue se reconhecem os rendimentos ou gastos, independente-
mente do seu tratamento fiscal.

754
GAPTULO 21
Contratos de Construdo

756
SNC EXPLICADO
Cariruto 21 Contratos de ConstrucAo

21.1-INTRODUGAO
on Contracts
A NCRF 19 —Contratos de Construcëo emitida pela CNC tem por base a norma IAS 11 - Constructi
(Contratos de Construcêo).
Um contrato de construgao é definido como sendo um contrato especificamente negociado para a Construcêo
termos do seu design,
de um activo ou uma combinacao de activos inter-relacionados ou interdependentes em
tecnologia e fungêo ou em funGëo do seu objectivo Gltimo ou utilizacëo. Como exemplos de contratos de constru-
G&o podemos referir a construcëo de uma ponte, edificio, barragem, oleoduto, estrada, barco ou tuinel & como
a construcêo de uma refinaria.
exemplo de uma combinagêo de activos inter-relacionados ou interdependentes,
os
Por se tratar de obras aue, normalmente, se iniciam num exercicio e sêo concluidas noutros @Xercicios,
problemas due se colocam &s empresas sao:
— Oue tipo de gastos devem ser incluidos como gasto da obra?
— Como devem ser reconhecidos os resultados da obra?

A NCRF 19 tem como objectivo preserever o tratamento contabilistico dos rendimentos e gastos associados
aos contratos de construcao.

21.2 —-TIPOS E CARACTERISTICAS DOS CONTRATOS DE CONSTRUGAO


De acordo com a retribuic&o do empreiteiro, os contratos de construgéo podem ser:
a) por preco global;
D) por série de precos;
Cc) por percentagem (cost plus).

E possivel a coexistência na mesma empreitada de diversos modos de retribuicëo para distintas parties da
obra ou diferentes tipos de trabalho.

Nas empreitadas por prego global, o preco é previamente fixado. Nas empreitadas por série de precos, a
remuneracëo do empreiteiro resulta da aplicac&o dos precos unitérios previstos no contrato para cada espêcie de tra-
balho a realizar as auantidades dos tabalhos realmente executadas. Na empreitada por percentagem, o empreiteiro
assume a obrigac&o de executar a obra por preco correspondente ao seu custo, acrescido de uma percentagem
destinada a cobrir os encargos de administrao e a remuneracao normal da empresa. Neste tipo de empreitada, o
custo dos tabalhos seré o gue resultar da soma dos dispêndios correspondentes a materiais, pessoal, direcoëo téc-
nica, estaleiros, transportes, seguros, encargos inerentes ao pessoal, depreciacao e reparacêo de instalac6es, de
utensilios e de maguinas, e a tudo o mais necessêrio para a execucëo dos trabalnos, desde ague tais dispêndios
sejam feitos de acordo com o dono da obra. Nao se inclui no custo agualduer encargo puramente administrativo.

Trabalhos a mais
Consideram-se trabalhos a mais agueles cuja espécie ou guantidade nêo hajam sido previstos ou incluidos
no contrato, nomeadamente no respectivo projecto, se destinem & realizacêo da mesma empreitada e se
tenham tornado necessêrios, na seguência de uma circunstência imprevista, desde due se verifigue aualauer
das seguintes condicêes:
a) aguando esses trabalhos nêo possam ser técnica ou economicamente separados do contrato, sem incon-
veniente grave para o dono da obra;
b) auando esses trabalhos, ainda gue separêveis da execucao do contrato, sejam estritamente necessêrios
ao seu desenvolvimento.

As principais caracteristicas dos contratos de construcéo podem ser assim resumidas:


—longo ciclo do negécio — o tempo médio gue medeia entre a apresentacao da proposta e a realizacê&o
final da obra é de vêrios anos e pode atravessar vêrios ciclos econémicos; o estudo econémico do projecto
é freguentemente revisto véêrias vezes antes da conclusëo do projecto;
— natureza dos custos comuns — os custos incorridos normalmente envolvem valores muito elevados, os
guais podem beneficiar mais do gue um projecto, ou mais do gue uma fase num contrato de construcao;
— materialidade das transaccëes — os custos de um contrato de construcêo ascendem, normalmente, a
montantes muito significativos.

756
j SNC EXPLICADOA Cariruto 21 Contratas de Construcëo

21.3 - ASPECTOS CONTABILISTICOS DOS CONTRATOS DE CONSTRUCAO


Como vimos, os aspectos contabilisticos mais importantes relativamente aos contratos de construcëo sêo:
— Oue tipo de gastos devem ser incluidos como gasto da obra?
— Como devem ser reconhecidos os resultados da obra?
— Serê necessério constituir provisêes para garantias, para perdas com a obra ou para outras perdas?

21.4 - COMBINACAO E SEGMENTAGAO DE CONTRATOS


Geralmente, as disposicêes da NCRF 19 sêo aplicêveis a contratos individuais. No entanto, em certas situa-
c6es, podemos ter de combinar vêrios contratos ou segmentar um determinado contrato, desde aue isso reflicta
mais adeguadamente a substência do neg6cio.

Combinacio de contratos
Segundo a NCRF 19, um grupo de contratos deve ser tratado como um UNICo contrato guando:

a) o grupo de contratos seja negociado como um pacote Unico;

b) os contratos estejam to intimamente inter-relacionados gue sejam, com efeito, parte de um projecto
Ginico com uma margem de lucro global; e

Cc) os contratos sejam executados simultaneamente ou numa seguência continua.

Segmentacdo de contratos
Segundo a NCRF 19, guando um contrato cobrir vêrios activos, a construcëo de cada activo deve ser tratada
como um contrato de construg&o separado guando:

a) propostas separadas tenham sido submetidas para cada activo;

b) cada activo tenha sido sujeito a negociacëo separada e a entidade contratada e o cliente tenham estado
em condicêes de aceitar ou rejeitar a parte do contrato relacionada com cada activo,e

Cc) os custos e réditos de cada activo possam ser identificados.

A NCRF 19 refere aue, guando um contrato proporcionar a construcêo de um activo adicional por opcêo do
cliente ou é alterado para incluir a construcêo de um activo adicional, a construcêo desse activo adicional deve
ser tratada como um contrato de construcêo separado guando:

a) o activo difira significativamente na concepcao, tecnologia ou func&o do activo ou activos cobertos pelo
contrato original; ou

b) o preco do activo seja negociado sem atenGao ao preGo original do contrato.

21.5 — RÉDITO DO CONTRATO


O rédito de um contrato inclui () o valor estabelecido no contrato e (ii) variac6es nos trabalhos, reclamac6es
e pagamentos de incentivos.

Reconhecimento do rédito
O rédito deve ser apenas reconhecido guando for provêvel o beneficio ecoNAMICo associado e seja determi-
nado com fiabilidade. No caso de um contrato de empreitada, normalmente, nao existir&o duvidas aguanto ao
reconhecimento do valor estipulado contratualmente. Jê no ague se refere a varlacoes nos trabalhos, reclama-
G6es e incentivos, existiré incerteza guanto & materializagao do rédito.
reconhe-
Assim, teré de ser adoptada uma atitude de prudência, o gue implica ague, na duvida, nêo se deve
sêo decididas na
cer rédito, o gue serê particularmente relevante nas reclamaG6es, as auais, nê&o raras vezes,
esfera judicial ou num tribunal arbitral.

751
Cariruto 21 Contratos de Construcao SNC EXPLICADO

Esauematicamente, temos:

'' Ouantia inicial derédito


Vo acordada
EE EE
eo iese
' Variacges nos trabalhos,
- reclamaGoes e pagamentos |
de incentivos

— Até onde seja provdvel gue resultem em réditos


— Sejam fiavelmente mensurados

Mensuraco do rédito
O valor do rédito deve corresponder ao justo valor da retribuic&o recebida ou a receber. O valor do rédito a
reconhecer poderé ser determinado através de estimativas, guer relativamente a rédito nas variac6es de traba-
Ihos ou reivindicac6es guer no due se refere a multas e penalidades por atrasos.
A estimativa efectuada dever& ser periodicamente reapreciada, podendo o montante do rédito ser aumen-
tado ou reduzido por alteracêo de estimativa.

21.6 - CUSTOS A INCLUIR NOS CONTRATOS


Segundo a NCRF 19, os custos do contrato devem compreender:
a) os custos gue se relacionem directamente com o contrato especifico;

b) os custos due sejam atribuiveis & actividade do contrato em geral & possam ser imputados ao contrato; e

C) outros custos due sejam especificamente debitéveis ao cliente sob as condicées do contrato.

Esaguematicamente:

ee Re GEEL ele

mr sr see s EF n de RERE PR FEE

Custos gue possam ser Outros custos especificos |


| Custos directos do contrato.| imputados ao contrato debitêveis ao cliente

* Custos de obtencao do contrato


es Custos de empréstimos obtidos parao contrato
re

Os custos a incluir no contrato devem abranger o periodo desde a data em ague o contrato é assegurado até
& sua conclusêo final.
Analisemos separadamente os diferentes tipos de custos, bem como a atribuicêo dos custos capitalizados
a0S COMPponentes de um contrato de construcao.

Custos de obteng&o do contrato — os custos de obtencêo do contrato s&o incluidos como parte do custo do
Contrato se puderem ser separadamente identificados e mensurados fiavelmente e for provêvel gue o contrato
seja obtido. Caso contr&rio, esses custos serêo lancados como gasto do periodo.

158
SNC EXPLICADO Cariruio 21 Contratos de Construgcëa

Os custos de obteno4o do contrato contabilizados como gastos em periodos anteriores nêo podem ser leva-
dos a custos do contrato guando se ganha o contrato.

Despesas gerais e administrativas - as despesas gerais e administrativas ague nao estejam directamente
ligadas ao projecto devem ir directamente & conta de resultados; podemos incluir neste grupo de despesas:
saldrios da &rea administrativa e financeira, honordrios legais e de auditores e outras despesas gerais de escri-
tOrio.
Algumas destas despesas podem estar associadas a projectos individuais e outras sêo de natureza mais
geral. Os custos gue beneficiam vêrios projectos, mas para os guais nao é razoëvel ou pratico haver atribuicêo
especifica, devem ser levados directamente a gastos do periodo.

Encargos financeiros —- os encargos financeiros podem ser capitalizados, tendo em vista (i) obter uma
medida do custo de aguisic&o mais préxima do investimento da entidade e (ij) atribuir um custo gue se refere a
aOuisic&o de um recurso gue irê beneficiar periodos futuros, na medida dos rendimentos dos periodos benefi-
ciados. A capitalizac&o nêo é permitida para activos em uso ou prontos para uso. Se as actividades forem sus-
pensas, a capitalizacêo deve ser interrompida até se retomarem as actividades.
Em projectos completados em partes, auando uma parte est pronta, enguanto outras continuam em
Curso, a Capitalizacêo deve cessar na parte substancialmente pronta e disponivel para uso - por exemplo, um
edificio individual num projecto multifases. O método predominante para a capitalizacêo dos encargos finan-
ceiros é o da identificacêo especifica dos financiamentos, mas admite-se a capitalizacao com base numa atri-
buicao dos financiamentos da entidade aos vêrios projectos. O valor de encargos financeiros a ser capitali-
zZado nos activos ague aualifiguem para tal é entendido como sendo a parcela de encargos financeiros
incorrida durante o periodo de aguisicêo dos activos gue, teoricamente, poderia ter sido evitada (por exem-
plo, evitando empréstimos adicionais ou usando os fundos despendidos no activo para reembolso de finan-
ciamentos existentes) se os custos com o activo nao tivessem sido realizados. O valor a capitalizar num
periodo deve ser determinado pela aplicac&o da taxa de juro ao valor médio dos custos acumulados com o
activo durante o periodo.
As taxas de capitalizacëo usadas num determinado periodo devem ter por base as taxas aplicêveis aos
empréstimos em aberto durante o periodo. Se existir um financiamento especifico para um determinado pro-
jecto, deve utilizar-se a taxa especifica desse financiamento. Se os custos médios do projecto excederem o
valor do financiamento especifico, a taxa de capitalizagao a usar relativamente a esse excesso deve ser a taxa
ponderada das taxas aplicêveis aos demais financiamentos da entidade.

O valor total de juros a capitalizar num perlodo nêo pode exceder o valor total dos encargos financeiros do
periodo. Os custos para os guais se devem aplicar as taxas de juros sêo custos capitalizêveis (liguidos de
adiantamentos recebidos) para o activo gue se dualifica para efeitos de capitalizacêo de juros e gue tenham
implicado o pagamento em dinheiro, a transferência de outros activos ou a assuncao de passivos remunerados.
Podem ser usadas aproximacêes razoëveis de valores liguidos de desembolsos efectuados, desde ague a dife-
renca n&o seja material. O periodo de capitalizacêao dos encargos financeiros inicia-se guando três condic6es
estao presentes:
1-foram realizados desembolsos para o activo;
2 — estêo em curso as actividades necessêrias para transformar o activo no seu uso pretendido; e
3 —- os encargos financeiros foram incorridos.

Custos indirectos - é prêtica geralmente aceite a capitalizacao de custos indirectos gue estejam relaciona-
dos com contratos de construcëo. Como exemplos, podem citar-se: salêrios directos e indirectos do escritêrio
de um estaleiro, seguros, etc. O principal problema consiste em identificar os custos a serem capitalizados. E
necessêrio considerar os seguintes pontos para definir custos elegiveis para capitalizacëo:
— deve estar disponivel informac&o especifica (por exemplo, cartêes de ponto);
— os custos incorridos devem ser custos incrementais, isto é, na ausência do projecto, esses custos nêo
seriam incorridos;
— 0 impacto da capitalizacê&o desses custos indirectos no resultado das operacêes deve ser consistente com
o principio da correlacao dos gastos com os rendimentos;
— deve ser seguido o principio da prudência.

159
SNC EXPLICADO

ra
Carlruto 21 Contratas de Construc4o

ento
Custos a serem excluidos para efeito de determinagao do grau de acabam
abaixo devem ser excluidos:
Para efeito da determinagêo do grau de acabamento, os custos
1— materiais adauiridos para uso futuro;
as, obrigacées de carêcter
2— provisêes para custos a serem incorridos no final do contrato com limpez
ambiental ou outros de natureza similar;
3 — adiantamentos a terceiros para trabalhos a serem realizados.
nacêo do grau de acaba-
Estes custos serao apenas reconhecidos como custos do contrato para determi
incorridos pela realizacêo dos
mento, na medida em gue os materiais sejam utilizados e os demais custos sejam
trabalhos.

Custos a reconhecer directamente como gastos


incluem:
Os custos aue devem ser reconhecidos directamente como gastos
contrato);
—. custos de obtencëo do contrato (auando nao for provavel a obtencëo do
— custos gue nêo gualificam como custos do contrato; e
— Custos cuja recuperac&o nêo é provavel.

Gastos gue nio gualificam como custas do contrato


Os gastos aue n&o gualificam como custos do contratlo SêO:
1- gastos administrativos gerais (excepto se o seu reembolso estiver especificado no contrato);
2 - gastos para vender;
(a menos ague sejam reembolsêveis, no Ambito do contrato fir-
3- gastos de pesauisa e desenvolvimento
mado entre as partes);
num contrato particular.
4 — depreciagêo de instalac6es e eguipamentos oCIosos gue nêo sejam usados

Custos cuja recuperatdo nio é provavel


ser duvidosa, por depender
No raras vezes se incorre em custos nêo previstos, cCuja recupera€ao poderé
ou outros). Nesse caso, pela
de acordo do cliente ou de decisêes de terceiros (fiscalizadores, tribunais arbitrais,
gastos. Os exemplos enunciados
aplicac&o do principio da prudência, devemos reconhecer esses Custos Como
pela NCRF 19 incluem contratos:
em guestao;
a) aue nêo sejam inteiramente coagiveis, istoë, a sua validade esteja seriamente
) cuja conclusêo esteja sujeita ao desfecho de ltigio ou de legislacêo pendente;
ou eXpropriacëêo;
c) relacionados com propriedades due seja provêvel estarem em risco de perda
) em aue o cliente nao esteja em condicées de cumprir as suas obrigac6es;
ou de cumprir as suas obrigacêes
) em gue a entidade contratada seja incapaz de completar o contrato
segundo o contrato.

Atribuicëo de custos capitalizados aos componentes de um tontrato de construcdo


r como esses custos devem ser
Ap6s a determinagëo dos custos a capitalizar, torna-se importante determina
individuals. Embora diferentes
atribuidos. Esses custos entrarao no calculo do custo de vendas das unidades
julgamento para verificar
métodos de atribuic&o possam ser usados em diferentes circunstências, deve usar-se
due s&o obtidos resultados apropriados. Os três mêtodos mais freguentemente usados sêO:
atribuicêo
— identificac&o especifica - este método deve ser usado sempre due possivel; é apropriado para
de custos directos;
estimados de
— valor - segundo este método, a atribuicao de custos comuns deve ser baseada nos precos
venda, liguidos dos custos directos de construcao e de venda;
— rea - por este método, a atribuic&o de custos tem por base a area.

760
SNC EXPLICADO Carirutn 21 Contratos de Construcëo

| 21.7 - REGONHECIMENTO DOS RESULTADOS


O critério a seguir para o reconhecimento de resultados constitui um dos aspectos contabilisticos mais rele-
vantes nas empresas destes sectores. De notar gue, por vezes, a facturagêo nêo é relevante, por ser meramente
estipulada em contrato e nêo corresponder ao progresso fisico da obra. Noutros casos a facturacao resulta de
| autos de medicê&o acordados entre as partes mas due nêo incluem trabalhio parcialmente executado.

De acordo com as regras da NCRF 19, no reconhecimento de resultados de contratos de construcëo deve-
mos concluir se o resultado final do contrato pode ou nêo ser estimado com fiabilidade, aplicando-se a seguinte
regra:
— guando o desfecho de um contrato puder ser estimado com fiabilidade, a NCRF 19 reguer a adopcêo do
método da percentagem de acabamento para reconhecimento do rédito (reconhece-se a totalidade dos
Custos incorridos como gastos do periodo e reconhecem-se réditos em funcêo do grau de acabamento da
obra). Segundo a NCRF 19, a percentagem de acabamento pode ser determinada de varias formas:
j e relac&o dos custos incorridos com os custos totais;
e levantamento dos trabalhos efectuados; e
e conclusêo de uma proporcao fisica do trabalho efectuado.

A medida mais adoptada consiste na relag&o entre os custos incorridos e o total de custos previstos.

' — guando o desfecho de um contrato nêo é estimado com fiabilidade, reconhece-se a totalidade dos custos
incorridos como gastos do periodo e reconhecem-se os réditos provêveis, tendo em conta o valor do con-
trato. Nesta situacao, os gastos ser&o iguais aos réditos, uma vez gue, por nêo estarmos em condic6es de
determinar o resultado final do contrato, nao serê possivel reconhecermos gualguer lucro. Por esse motivo,
este método é conhecido como o método do lucro nulo.

Desfecha do contrato determinado com fiabilidade


De acordo com a NCRF 19, guando o desfecho de um contrato de construcao puder ser estimado com fiabi-
lidade, o rédito do contrato e os custos do contrato associados ao contrato de construgao devem ser reconheci-
dos como rédito e gastos, respectivamente, com referência & fase de acabamento do contrato & data de
balanco.

Uma perda esperada no contrato de construcëo deve ser reconhecida imediatamente como um gasto.

Segundo a NCRF 19, no caso de um contrato de prego fixado, o desfecho de um contrato de construcëo
pode ser estimado com fiabilidade guando estiverem satisfeitas todas as condicées seguintes:
a) o rédito do contrato pode ser medido com fiabilidade;

b) é provavel aue os beneficios econémicos associados com o contrato fluirêo para a entidade;

Cc) tanto os custos a incorrer como a fase de acabamento do contrato podem ser medidos com fiabilidade na
data do balanco;e

d) os custos incorridos atribuiveis ao contrato podem ser claramente identificados e medidos com fiabili-
dade, podendo ser comparados com os custos estimados.

A NCRF 19 considera gue, num contrato de cost plus, o desfecho de um contrato de construgêo pode ser
medido com fiabilidade guando estiverem satisfeitas as condicêes seguintes:
a) seja provêvel gue os beneficios econémicos associados com o contrato fluir&o para a entidade;

D) os custos de contrato atribuiveis ao contrato, guer sejam ou nêo reembolsêveis, possam ser claramente
identificados e medidos com fiabilidade.

No método da percentagem de acabamento, sempre gue ocorrerem variacêes na margem final prevista do
Contrato, o resultado reconhecido em cada periodo inclui n&o apenas o resultado do trabalho executado no ano,
mas também o acerto (para mais ou para menos) do resultado reconhecido em periodos anteriores.

761

sd
SNC EXPLICADO
Captryio 21 Contratos de Construcda

Esauematicamente:
Parcela relativa ao trabalho executado
no ano

Ffeito da variacio da margem do


contrato dos resultados reconhecidos
nos anos anteriores

Desfecho do contrato ndo determinado com fiabilidade


De acordo com a NCRF 19, guando o desfecho de um contrato de construcëo nêo puder ser estimado com
fiabilidade:
a) o rédito deve ser reconhecido somente até ao ponto em due seja provavel due os custos do contrato
incorridos serêo recuperdveis; e
b) os custos do contrato devem ser reconhecidos como gastos no periodo em aue sejam incorridos.

Segundo a NCRF 19, guando jê nêo existirem as incertezas due impediram gue fosse estimado com fiabilidade
o destfecho do contrato, os réditos e os gastos associados com o contrato de construcêo devem ser reconhecidos
de acordo com o método da percentagem de acabamento da obra e nêo de acordo com o método atras referido.

Problemas decorrentes da aplicacdo do método da percentagem de acahamento


Sendo a obra complexa ou de longa duracëo, hê uma grande possibilidade de os objectivos iniciais nêo
serem atingidos em um ou mais aspectos: Ambito, prazo de execucdo e custo. Uma ocorrência comum é a iden-
tificacêo de desvios negativos de custos, isto é, os custos reais excedem os custos orcados. Os gestores dos
projectos podem ocultar desvios negativos de custos efectyando estimativas optimistas de custos a incorrer.
O uso do método da percentagem de acabamento para reconhecimento de resultados ao longo da execu-
cao da obra poderê originar significativas distorcées nos resultados apurados em cada exercicio, caso as esti-
mativas de custos a incorrer nêo sejam fiëveis, ou caso os gestores dos projectos estejam dispostos a manipular
esses orcamentos.
Na analise dos custos incorridos é importante comparar-se os custos reais incorridos com os custos orcados
para o trabalho executado, o due nêo corresponde necessariamente aos custos orGados para o periodo.
Ouando se adopta o mêétodo da percentagem de acabamento, a contabilidade passa a basear-se em orca-
mentos, os guais podero ter significativos desvios. As entidades deviam actualizar os orcamentos; muitas
vezes, esses orcamentos sê0 elaborados com grande desfasamento temporal; na prêtica, essa actualizacao
nao se processa, limitando-se a entidade a comparar os custos incorridos com os custos totais orcados para
determinar o grau de acabamento. Desta forma, os desvios de custos somente sao reconhecidos no final da
de
obra, ou num estêgio muito avancado da sua execuGëo, havendo assim antecipac&o no reconhecimento
resultados, pelo gue o principio da prudência ë ignorado.
As estimativas e atribuic6es de custos devem ser revistas no final de cada periodo, até gue a obra esteja
concluida. Os ajustamentos decorrentes de alterag6es nas estimativas de custos referentes a receitas reconhe-
cidas em periodos anteriores devem ir directamente para resultados.
Por outro lado. os custos incorridos podem incluir custos por trabalhos adicionais, os guais poderêo originar
aditamentos ao contrato original (por due margem?) ou, em certos casos, nao ser reembolsados. Dado due, na
generalidade das situag6es, os custos por trabalnos adicionais nao sêo segregados dos custos do contrato ini-
cial, a percentagem de acabamento calculada pela entidade serê superior ê efectiva, dai resultando um maior
reconhecimento de resultados.
Haverê também a possibilidade de transferência de custos entre obras, de forma a ocultar perdas em obras
ou a conseguir um maior reconhecimento de lucros em obras mais lucrativas.
A subjectividade, normalmente associada a muitos dos aspectos acima referidos, tem originado problemas
de credibilidade das demonstracëes financeiras das entidades de construc&o e obras publicas. Com alguma
freguência, os meios de comunicac&o têm-se referido, de forma negativa, a entidades destes sectores de activ-
dade, bem como os prêprios analistas financeiros.

762
SNC EXPLICADO Cariruto 21 Contratos de Construciin

21.8 - REGONHEGIMENTO DAS PERDAS ESPERADAS


As perdas esperadas em contratos devem ser reconhecidas de imediato como um gasto do periodo, pela
sua totalidade, independentemente do método gue seja utilizado para o reconhecimento dos gastos e réditos do
contrato e de existirem ou nêo custos incorridos.
Caso tenha sido reconhecido lucro em periodos anteriores e se estime agora um prejuizo no final da obra,
teré de ser anulado o lucro reconhecido em periodos anteriores, reconhecendo-se adicionalmente a perda total
prevista. Por exemplo, estimava-se gue uma obra iria originar um lucro de 200 000 €.
No final do primeiro ano, o grau de acabamento era de 30% e, mantendo-se a estimativa original, reconhe-
ceu-se um lucro de 60 000 €. No final do segundo ano, a estimativa de resultado final da obra passou a apontar
para um prejuizo de 40 000 €.
O resultado a reconhecer no segundo ano é um prejuizo de 100 000 €, dos guais 60 000 € se destinam a
reverter o lucro reconhecido no ano anterior e 40 000 € se refere & perda total esperada.

Em sintese:

Nao | Provisiona a totalidade da perda

Nao Provisiona a totalidade da perda

Sim l Ha estimativa fidvel?


| Provisiona a diferenca entre a
sim perda total ea perda reconhecida
pelo mêtodo da percentagem de
|. acabamento

21.9 - DIVULGAGOES
As divulgac6es regueridas pela NCRF 19 sêo as seguintes:
a) valor do rédito do contrato reconhecido como rédito do periodo;
b) métodos usados para determinar os réditos do contrato reconhecidos no perlodo; e
Cc) métodos usados para determinar a fase de acabamento dos contratos em curso.

Para os contratos em curso & data do balanco, deve divulgar-se:


a) a guantia agregada de custos incorridos e lycros reconhecidos (menos as perdas reconhecidas) até a data;
D) a guantia de adiantamentos recebidos; e
c) a guantia de retencêes.

Deve ainda apresentar-se:


a) a guantia devida por clientes, discriminada por contratos; e
b) a aguantia devida a clientes, discriminada por contratos.

21.10 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


A principal diferenga tem a ver com o critério de reconhecimento de resultados, surgindo aagui dois tipos de
efeitos:
—a DC 3 permitia a adopcëo do método da obra completa, o gual nêo é aceite pela NCRF 19. Segundo a
NCRF 19, guando o desfecho final da obra pode ser estimado com fiabilidade, tem de se usar o método da

763
CariruLo 21 Contratos de Construcio SNC EXPLICADO

percentagem de acabamento e, guando o desfecho final da obra nêo puder ser estimado com fiabilidade,
reconhecem-se réditos até ao ponto em gue seja provével a recuperacao dos custos incorridos.
—talvez mais importante do gue o aspecto acima serd o facto de o critërio fiscal até adui seguido em Portu-
gal por muitas empresas néo ser aceite pela NCRF 19.
—aDC 3 era omissa relativamente & combinaG&o e segmentacëo de contratos, aspectos tratados na NCFR 19.

—aDC 3 nao regueria a totalidade das divulgacêes previstas na NCFR 19.

21.11 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Os efeitos nas demonstracêes financeiras decorrentes da adopcëo da NCRF 19 deverêo ser significativos,
pelo menos, para algumas das empresas gue desenvolvem actividades através de contratos de construcêo. Os
principais efeitos deverêo ser os seguintes:
1.” — Eliminacao de produtos e trabalhos em curso gue tenham sido reconhecidos devido ao reconhecimento
de resultados pelo método da obra completa ou pelo grau de factura&o previsto na Circular n.” 5/90,
da DGCl. Essa eliminacao é efectuada no balanco de abertura, reportado a 1 de Janeiro de 2009, pelo
due os resultados até entëo reconhecidos terêo de ser ajustados. A contrapartida desta eliminacêo
serao os resultados transitados e este ajustamento é relevante fiscalmente, pelo due se aplica o periodo
de cinco anos (2010 a 2014) para o reflexo na tributacao em IRC.
2% — Os proveitos diferidos (ou provisêes para garantias) correspondentes ao limite de 5% permitido pela
Circular n.” 5/90 ter&o de ser reapreciados, devendo passar a reflectir os custos efectivamente espera-
dos com garantias. Em muitas situac6es, isso implicarê o reconhecimento no balanco de abertura de
rédito adicional, ou seja, os proveitos diferidos (ou as provisêes para garantias) reportados a 1 de
Janeiro de 2009 ser&o transferidos para resultados transitados.

21.12- DUVIDAS FREOUENTES


1.” — Um projecto imobiliërio pode ser considerado um contrato de construc&o?
N&o. Num projecto imobiliërio, os activos, por exemplo, apartamentos, sêo vendidos de acordo com um
projecto previamente aprovado e nêo sob as especificacêes dos clientes, os guais, apesar de terem a
possibilidade de escolherem acabamentos e peguenas adaptagées, nêo podem, no entanto, interferir
no projecto como um todo. Assim, o reconhecimento do rédito num projecto imobiliêrio é regulado pela
NCRF 20 - Rédito.

2.9 —A perda prevista de uma obra é reconhecida ao longo da execuc&o da obra?


No. A totalidade da perda prevista numa obra deve ser reconhecida no momento em ague se estima
existir essa perda. Mesmo aue a obra nêo se tenha iniciado, se a estimativa de custos exceder o rédito
total, deve reconhecer-se a totalidade da perda. Isto poraue estamos perante um contrato oneroso, isto
é, um Contrato em due os custos previstos excedem as respectivas receitas.

3.” —A margem bruta do contrato deve ser mantida ao longo da execuca&o do contrato?
Nêo. A margem do contrato deve ser periodicamente revista, sendo aplicada em cada periodo a mar-
gem entêo prevista. Isto significa aus, de um periodo para o outro, poderao ocorrer variac6es entre a
margem reconhecida em periodos anteriores e a margem gue se estima, presentemente, ser a margem
final do contrato. No periodo em gue ocorre essa variacëo de margem, existe um impacto, positivo ou
negativo, resultante da correccêo da margem anteriormente reconhecida. O resultado do periodo cor-
rente é jê reconhecido pela margem actualmente prevista.

4.” — As correccëes de resultados reconhecidos em anos anteriores devem afectar os resultados transitados?

Tem de se aplicar a NCRF 4 — Politicas Contabilisticas, Alterac6es nas Estimativas Contabilisticas ê


Erros e deve determinar-se se estamos perante uma alteragêo de estimativa ou perante um erro em
anos anteriores. Se, em anos anteriores, o resultado foi reconhecido de acordo com a melhor estimativa,
tendo em conta as circunstências e os factos conhecidos nessa altura, ento estamos perante uma alte-

764
SNC EXPLICADO Cariruta 21 Contratos de Construtdo

rac&o na estimativa. Nesse caso, gualguer desvio subseguente afectarê o resultado dos periodos sub-
seaguentes, uma vez gue a alteracëo é atribuida a eventos subseauentes. Caso se possa demonstrar
due ocorreu um erro em anos anteriores, isto é, tendo em conta os factos conhecidos na altura, a mar-
gem nêo foi bem estimada, entêo estamos perante um erro. Se esse erro for significativo, teremos de
reexpressar as contas dos periodos em due os erros se verificaram, pelo gue os resultados do periodo
corrente néo sao afectadas por esse erro.

5.” — Os custos a incorrer devem ter por base o orcamento original?


No. Os custos a incorrer devem ter por base uma estimativa actualizada dos custos a incorrer.

6.” — Estamos a solicitar ao cliente um débito adicional por demoras causadas pelo cliente. As negociagêes
encontram-se numa fase inicial. Podemos reconhecer o rédito?
Nêo. Trata-se de uma reivindicacêo. O rédito das reivindicacées sê deve ser reconhecido guando for
provével gue o cliente aceitarê a negociaGëo e o valor seja fiavelmente mensurado.
|

21.18 -EXERCICIO
A Construtora ABC celebrou, no ano N, um contrato de empreitada para a construc&o de uma barragem por
cinco milhêes de euros.
Nessa data, a estimativa de custos totais era de 4,5 milhêes de euros.

Segue-se a evoluc&o dos custos incorridos em cada ano, facturacao emitida e estimativa de custos a
incorrer.

| N N-1 N-42

| Facturacio emitida:

| — no periodo 750 000 3750 000 500 000

— acumulada 750 000 4 500 000 5 000 000

Custos incorridos:
— no periodo 900 000 3 000 000 1090 000

— acumulados 900 000 3 900 000 4 990 000

Custos a incorrer 3 600 000 900 000 N/A

Custa total estimado 4 500 000 4 800 000 4 990 000

Receita total 5 000 000 5 000 000 5 000 000

Margem bruta 500 000 200 000 10000

% de margem bruta 10% 4% 2%

A obra foi concluida em N42, tendo o custo total ascendido a 4 990 000 €.

Pede-se:
1.” — Apresente o valor das prestacêes de servicos, custos incorridos, variagêo da produgëo, produtos e tra-
balhos em curso, rendimentos diferidos e devedores por acréscimo de rendimentos em N, N41 e& Nt2,
pelo método da percentagem de acabamento, assumindo gue é possivel estimar com fiabilidade o des-
fecho final da obra;
2“ — Apresente o valor das prestac6es de servicos, custos incorridos, variagêao da producëo, produtos e tra-
balhos em curso, rendimentos diferidos e devedores por acréscimo de rendimentos em N, Nt1 e Nt2,
aS$Umindo gue nêo é possivel estimar com fiabilidade o desfecho final da obra.

165

"| |
Cariruto 21 GContratos de Construcdo SNC EXPLICADO

SOLUCAO:
1% -É POSSIVEL ESTIMAR COM FIABILIDADE O DESFECHO FINAL DA OBRA
De acordo com o método da percentagem de acabamento, as receitas sêo reconhecidas em funcao do
grau de execucao da obra. Assim, se considerarmos gue o reconhecimento de resultados é funcao dos
custos incorridos face aos custos totais previstos, teremos:

1.” passo — calculo do grau de acabamento da obra:


N N-1
Custos incorridos - valores acumulados ([) 900 0OO 3 900 000
Custos totais previstos (ID) 4 500 000 4 BOO 000
Grau de acabamento (I/I) 20% 81,25%

Nota: o grau de acabamento da obra é calculado por referência aos custos acumulados e no aos custos
incorridos no periodo.

2.” passo - determinacao da receita a reconhecer:


N Nt1
Rédito total 5 000 000 5 OOD 000
Grau de acabamento 20% B1,25%
Rédito a reconhecer (desde o inicio da obra) 1 000 000 4 062 500
Rédito reconhecido em anos anteriores 0 1 000 000
Rédito a reconhecer no periodo 1 000 000 3 062 500

Lancamentos a efectuar:
em N:
D. Gastos por Natureza
C. Depo6sitos & Ordem/Fornecedores/Depreciac6es acumuladas/etc.
Custos incorridos no periodo 900 000

D. Contas a Receber de Clientes


C. Rendimentos Diferidos
Facturac&o emitida no periodo 750 000

D. Rendimentos Diferidos 750 000


D. Devedores por Acréscimos de Rendimentos 250 000
C. Prestac6es de servicos 1000 000
Rédito a reconhecer no periodo

em Ni1:
D. Gastos por Natureza
C. Depêésitos & Ordem/Formecedores
Custos incorridos no periodo 3 000 000

D. Contas a Receber de Clientes 3 750 000


C. Devedores por Acréscimos de Rendimentos" 250 000
C. Rendimentos Diferidos 3 500 000
Facturac&o emitida no periodo

D. Rendimentos Diferidos
C. Prestac6es de servicos
REédito a reconhecer no periodo 3 062 500
“A facturacëo em N42 serê, em primeiro lugar, utilizada para anular os Devedores por Acréscimos de Rendimentos
de periodos anteriores.

766
SNC EXPLIGADO Cariruta 21 Caontratos de Construcia

em N42:
D. Gastos por Natureza
C. Depêsitos & Ordem/Fornecedores
Custos incorridos no periodo 1 090 000

D. Contas a Receber de Clientes


C. Rendimentos Diferidos
Facturacëo emitida no periodo 500 000

D. Rendimentos Diferidos
C. Prestacëes de servicos
Reconhecimento do rédito (5 000 000 € - 1000 000 € - 3 062 500 €) 937 500

Os Resultados e Balango apresentam, assim, a seguinte evolucêo:

N N41 N42 Total

Demonstracdo das Resultadas:

Rédito (1000 000) | (3 062 500) (937 500) | (5 000 000)

Gastos 900 000 3 000 000 1 090 000 4 990 000

Margem bruta (100 000) (62 500) 152 500 (10 000)

Balanco:

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 250 000 0 0

Rendimentos Diferidos 0 (437 500) 0

Neste método, nao deverd existir Variacêo de Producëo nem Produtos e Trabalhos em Curso, uma vez
ague todos os custos incorridos sêo levados a gastos do periodo, sendo utilizados para se determinar o
montante do rédito a reconhecer no periodo. Em N, a margem bruta é de 10%, correspondendo & mar-
gem entêo estimada.

Em N-1, o lucro é de 62 500 € (margem de 2,04%, ague compara com uma margem estimada de 4%),
uma vez gue temos em N-4#1 o efeito conjugado de dois factores:
1.” - rédito de 4 062 500 € x 4% (margem actualmente estimada) — 122 500
2.” — correcc4ao da margem reconhecida no ano anterior:
— margem reconhecida em N 100 000
— margem due teria sido reconhecida em N utilizando
a margem actualmente estimada (1 000 000 € x 4%) (40000) (60 000)
62 500
Em N-4-2, o prejuizo é de 152 500 €, o gual resulta de:

1.” —rédito de 937 500 x 0,2% (margem final) 1875


2.” — correccëo da margem reconhecida até ao final do ano anterior:
— margem reconhecida 162 500
— margem due seria reconhecida utilizando a
margem final de 0,2% 8 125 (154 375)
(152500)

767
CariruLo Z1 Contratos de Construcao SNC EXPLICADO

2% -NAO É POSSIVEL ESTIMAR COM FIABILIDADE O DESFECHO FINAL DA OBRA


N Nt1

Custos incorridos (em cada periodo) 900 000 3 000 000


Rédito total 5 00O 000 5 000 000
Rédito a reconhecer (igual aos custos incorridos) 900 000 3 000 000

Lancamentos a efectuar:

em N:
D. Gastos por Natureza
C. Depêésitos & Ordem/Formecedores
Custos incorridos no periodo 900 000

D. Contas a Receber de Clientes


C. Rendimentos Diferidos
Facturacêo emitida no periodo 750 000

D. Rendimentos Diferidos 750 000


D. Devedores por Acréscimos de Rendimentos 150 000
C. Prestacêes de servicos 900 000
Rédito a reconhecer no periodo

em N41:
D. Gastos por Natureza
C. Depêsitos & Ordemi/Fornecedores
Custos incorridos no periodo 3 000 0OO

D. Contas a Receber de Clientes 3 750 000


C. Devedores por Acréêscimos de Rendimentos* 150 000
C. Rendimentos Diferidos 3 6OO 000
Facturacêo emitida no periodo

D. Rendimentos Diferidos
C. Prestac6es de servicos
Rédito a reconhecer no periodo 3 000 000
“A facturac&o em N42 serd, em primeiro lugar, utilizada para anular os Devedores por Acréscimos de Rendimen-
tos de periodos anteriores.

em N42:
D. Gastos por Natureza
C. Depêésitos & Ordem/Fornecedores
Custos incorridos no periodo 1 090 000

D. Contas a Receber de Clientes


C. Rendimentos Diferidos
Facturacêo emitida no periodo 500 000

D. Rendimentos Diferidos
C. Prestac6es de servicos
Reconhecimento do rédito (5 000 000 € - 900 000 € —- 3 000 000 €) 1 100 000

768
$NC EXPLICADO Cariruto 21 Contratos de Construtiio

Os Resultados e Balanco apresentam assim a seguinte evolucao:

N N-1 N42 Total

Demonstracdo dos Resultados:

Réditos (900 000) | (3000 000) | (1100000) | (5000000)


Gastos 900 000 3 000 000 1090 000 4 990 000
Margem bruta 0 0 (10000) (10000)
| Balanco:

Devedores por Acréscimo de Rendimentos 150 000 0 0

Rendimentos Diferidos 0 (600 000) 0

Em resumo, o resultado bruto reconhecido em cada um dos cenêrios ser& o seguinte:

N Ni N2
Sendo possivel estimar o desfecho final da obra (100 000) (62 500) 152 500
Nêo sendo possivel estimar o desfecho final da obra 0 0 (10 000)

Como vemos, no primeiro cenêrio (desfecho da obra estimado com fiabilidade), reconhece-se um lucro
de 100 000 € no primeiro ano, 62 500 € no segundo ano e um prejuizo de 152 500 € no terceiro ano.
Embora se possa admitir aue tenha sido utilizada a melhor estimativa dos custos a incorrer em cada um
dos periodos (N e N41), também se pode admitir gue ocorreu uma manipulac&o de resultados. Assim,
deverd existir cuidado no julgamento do cenêrio a considerar.
Caso se considere gue o desfecho final nêo é estimado com fiabilidade, apenas se reconhece o resultado
no ultimo ano, o aue revela uma atitude de maior prudência.

21.14 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Transcrevem-se abaixo os artigos relevantes do Cédigo do IRC:

Art.” 18.” - Periodizacao do lucro tributavel entregues aos adauirentes, ainda gue nêo sejam
1 - Os rendimentos e os gastos, assim Como as conhecidos exactamente os custos totais das mesmas.
outras componentes positivas ou negativas do lucro ()
tributêvel, $ê0 imputêveis ao periodo de tributacao
em gue sejam obtidos ou suportados, independente- Art.” 19.” - Contratos de construcëo
mente do seu recebimento ou pagamento, de acordo 1- A determinacêo dos resultados de contratos de
com o regime de periodizacêo econémica. CONStrUCG&O Cujo ciclo de producêo ou tempo de exe-
CUGAO seja superior a um ano é efectuada segundo o
(es)
critério da percentagem de acabamento.
3— Para efeitos de aplicacêo do disposto no n.” 1:
2 —- Para efeitos do disposto no numero anterior, a
(es) percentagem de acabamento no final de cada
C) Os réditos e os gastos de contratos de constru- periodo de tributac&o corresponde & proporcêo entre
cao devem ser periodizados tendo em conside- os gastos suportados até essa data e a soma desses
raAC&o o disposto no artigo 19.*. gastos com os estimados para a conclus&o do con-
(EE) trato.
6 —A determinaGëo de resultados nas obras efectua- 3 - Nêo sêo dedutiveis as perdas esperadas relati-
das por conta prêpria vendidas fraccionadamente é vas a contratos de construcao correspondentes a
efectuada & medida due forem sendo concluidas e gastos ainda n4o suportados.

SNCE-49
769
E

Carftuto 21 Contratos de Construcio SNC EXPLICADO

Face a anterior regulamentacëo fiscal verificam-se as seguintes alteracoes:


1.” — foi eliminada a regra da adopG&o do menor entre a percentagem de acabamento e o grau de factura-
c&0, passando-se a acolher exclusivamente o mêtodo da percentagem de acabamento;
2%. foieliminada a adopcëo do método do contrato completado.
3... de acordo com a Circular n." 5/60, da DGCIl, podia diferir-se 5% do rédito do contrato para atender a
eventuais custos com garantias. Essa possibilidade foi removida, sendo agora aceite como gasto fiscal
uma provisêo para garantias gue corresponda ao custo médio com garantias nos três ultimos exerci-
cios. Esta alterac&o poderd4 ter um impacto muito significativo em algumas empresas.
Esse impacto traduz-se (i) pela tributacêo em cinco anos do rédito diferido e gue na data da transicêo
ter de ser transferido para resultados transitados e (ii) no aumento dos rendimentos tributaveis numa
base recorrente.

O Cédigo do IRC aproximou-se assim das regras contabilisticas, no entanto, continua a nao permitir o reco-
nhecimento fiscal imediato das perdas esperadas. Contabilisticamente as perdas têm de ser reconhecidas
aguando previstas, através de uma provisêo e, dado gue essas perdas sêo normalmente aceites para fins fiscais
em periodos seguintes - auando se materializarem - deve verificar-se se é possivel o reconhecimento de impos-
tos diferidos activos sobre o montante da provis&o nêo aceite para fins fiscais. Essa possibilidade decorrer& da
existência ou nêo de matéria colectêvel no futuro. Caso se conclua ague é possivel o reconhecimento de impos-
tos diferidos activos, os lancamentos contabilisticos a efectuar serêo:

Pela provisêo para perdas


Débito —- Conta 676 - Provisêes do periodo - Contratos onerosos
Crédito —- Conta 296 - Provisêes - Gontratos onerosos

Pelos activos por impostos diferidos


Débito - Conta 2741 - Activos por impostos diferidos
Crédito - Conta 8122 —- Imposto sobre o rendimento do periodo - Imposto diferido

De salientar gue as obras por conta prépria vendidas fraccionadamente néo representam contratos de cons-
trucëo, pelo gue o seu rédito é reconhecido em funcêo da sua conclusêo e entrega.

710
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Cariruto 22 Subsfdios Recebidos SNC EXPLICADO

22.1 -INTRODUGAO
Existem vêrios tipos de subsidios concedidos pelo Governo e pela Uniëo Europeia. Esses subsidios podem
estar relacionados com o investimento ou a exploracêo, mas tambêm, eventualmente, nêo estar relacionados
nem com o investimento nem com a exploraGêo.
Por outro lado, os subsidios sêo, normalmente, objecto de contratos fimados entre as partes, pelos auais
guem recebe o subsidio se obriga a cumprir determinados objectivos, por exemplo, volumes de exportaGëo,
valor acrescentado nacional, criac&o de postos de trabalho, etc., existindo o risco de devoluc&o do subsidio ou
de parte dele, caso esses objectivos nêo sejam atingidos.
Existem também certas obrigac6es, como, por exemplo, a necessidade de comunicacêo prévia & venda dos
bens subsidiados, a publicitacêo dos apoios, etc.

Do ponto de vista contabilistico, trés aspectos sêo importantes:

—Em gue momento se devem contabilizar os subsidios? Ouando sêo atribuidos ou guando sêo recebidos?

— Como contabilizar os subsidios?

— Oue tipo de divulgacêes se devem efectuar nas Notas as Contas?

22.2 - A NORMA DA CNG


Sobre subsidios, a CNC emitiu a NCRF 22 - Contabilizacëo dos Subsidios do Governo e Divulgacao de
Apoios do Governo, a gual tem por base a |AS 20 - Accounting for Government Grants and Disclosure of
Government Assistance (Contabilizacêo de Subsidios do Governo e Divulgacêo de Assistência Governamental).
A NCRF 22 define subsidios como o apoio dado pelo Governo na forma de transferência de recursos para
uma empresa em troca de conformidade passada ou futura com determinadas condicées relacionadas com as
actividades operacionais da empresa.

22.3 -TIPOS DE SUBS(DIOS


Podemos classificar os subsidios da seguinte forma:

— Subsidios ao investimento
e Em activos depreciëveis ou amortizêveis;
e Em activos nêo depreciëveis ou amortizêveis;

— Subsidios & exploracêo


e Relativos a gastos jê incorridos;
e Relativos a gastos a incorrer;

— Outros subsidios;

— Empréstimos (sem reembolso ou sem juros).

Os subsidios ao investimento so adgueles gue se destinam a apoiar a realizacêo de investimentos (implan-


tacë&o de uma nova fébrica, expansêo de uma fêbrica existente, aguisic&o de determinados bens, etc.).

Os subsidios a exploragëo s&o agueles aue se destinam a compensar gastos incorridos na exploragao. Por
exemplo, se a empresa tiver de praticar precos ou tarifas sociais, o Governo dar& um subsidio & exploraGao
para compensar a diferenca entre os gastos e os rendimentos de exploracao.
Os subsfdios para a criag&o de postos de trabalhio sêo também um exemplo de subsidios & exploraGao, uma
vez gue, normalmente, a empresa compromete-se a manter os postos de trabalho por três/guatro anos. Outro
exemplo muito vulgar s&o os subsidios para formagêo profissional e para contratagêo de jovens e desemprega-
dos de longa duracao.

Os outros subsidios ser&o todos agueles gue nêo se encaixem nas definicêes anteriores.

712
SNC EXPLICADO CariruLo 22 Subsidios Recebidos

22.4 — RECONHEGIMENTO
Segundo a NCRF 22, os subsidios do Governo, incluindo subsidios nê&o monetêrios valorizados ao justo valor,
sê devem ser reconhecidos apés existir seguranca de gue:
a) a empresa cumprirê as condicêes a eles associados; e
D) os subsidios serêo recebidos.

Ainda de acordo com a NCRF 22, os subsidios do Governo devem ser reconhecidos como rendimentos
numa base sistematica durante o periodo necessêrio para serem “balanceados” com os gastos relacionados
aue se pretende ague eles compensem.

29 4.1 - Subsidios relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis


Os subsidios relacionados com activos poder&o envolver:
— activos depreciëveis ou amortizêveis; e
— activos nêo depreciëveis nem amortizêveis.

Os subsidios relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis sêo inicialmente contabilizados no capital
préprio. Subseguentemente:
— Os subsfdios relacionados com activos depreciëveis ou amortizêveis devem ser imputados como rendi-
mentos durante a vida do activo.
— Os subsidios relacionados com activos nêo depreciéëveis ou nêo amortizêveis devem ser mantidos no capi-
tal préprio, a menos gue seja reconhecida uma perda por imparidade do activo, sendo nesse caso transfe-
ridos para rendimentos pela parcela necessêria para compensar a perda por imparidade. No entanto, sea
entidade tiver de cumprir certas obrigac6es, o subsidio seré imputado como rendimentos durante os perlo-
dos Gue suportam o custo de satisfazer as obrigagêes.

29 4.9 - Subsidios relacionados com resultados


Relativamente aos subsidios relacionados com resultados, poder&o verificar-se três sityagoes:
— OS gastos jê estêo incorridos ou nêo existem gastos futuros relacionados;
— os gastos estêo parcialmente incorridos; &
— os gastos ainda nêo estêo incorridos.

Caso os gastos jê estejam incorridos ou nêo existam gastos futuros relacionados, o subsidio recebido deve
ser levado aos resultados do periodo.
Se os gastos estéo parcialmente incorridos, a parcela relativa ao montante incorrido deve ser levada aos
resultados do perliodo e a parcela relativa aos gastos a incorrer deve ser levada a rendimentos diferidos, para
ser transferida para resultados na mesma medida em due os gastos sejam incorridos.
Caso os gastos n&o estejam ainda incorridos, o subsidio é levado a rendimentos diferidos pela totalidade,
sendo transferidos para resultados na mesma medida em ague os gastos sejam incorridos.

22 4.3 - Subsidias do Governo nio monetdrios


Ouando a entidade recebe um subsidio do Governo n&o monetêrio, por exemplo, um terreno, deve proceder
& sua avaliac&o, contabilizando o subsidio e o activo pelo justo valor. Se o justo valor nao puder ser determinado
com fiabilidade, o subsidio e o activo $&0 contabilizados pelo seu valor nominal.

292 AA - Subsidios reembolsaveis


Os subsidios reembolsdveis $&o contabilizados no passivo. Se, a aualguer momento, passarem a ser nao
reembolsêveis, serê&o tratados de acordo com o referido em 22.4.1. acima.
s
Existem situacêes em aue é atribuido um subsidio reembolsêvel mas se a entidade Ccumprir determinada
conNdic6es verificêveis no futuro, parte desse subsidio transforma- se num subsidio a fundo perdido. Nesse caso,

718
va
CariruLo 22 Subsidios Recebidos SNC EXPLICADO

deve ser estimada a probabilidade de as condic6es futuras se verificarem. Caso se considere ser provêvel o
cumprimento dessas condic6es, a entidade contabilizara a parcela correspondente como um subsidio a fundo
perdido e nê&o como um passivo. Essa estimativa terê de ser revista em cada periodo futuro, podendo implicar a
transferência para o passivo.

22.5 — APRESENTAGAO DE SUBSIDIOS


22.5.1 - Apresentacdo de subsidios relacionadas com activos fixos tangiveis e intangiveis
A AS 20 permite dois métodos de apresentacao dos subsidios relacionados com activos;

— contabilizagao como rendimento diferido para imputacëo sistematica a resultados com base na deprecia-
G&o do activo subsidiado; ou
— deduzindo directamente o valor de aaguisic&o do bem subsidiado.

Contrariamente & |AS 20, a NCRF 22 reguer gue os subsidios relacionados com activos fixos tangiveis e
intangiveis, incluindo os subsidios nê&o monetêrios, sejam apresentados no balanco como componente do capi-
tal préprio, sendo imputados como rendimentos do exercicio durante a vida uil do activo.

22.5.2 - Apresentacio de subsidios relacionados com rendimentos


De acordo com a lAS 20, na apresentacao de subsidios relacionados com rendimentos, pode-se optar entre:

—levar a rendimentos; ou

- apresentar os gastos pelo montante liguido.

Contudo, a NCRF 22 redguer a apresentacêo separada na demonstrac&o dos resultados dos subsidios rela-
cionados com rendimentos.

22.6 - REEMBOLSO DOS SUBS/DIOS

22.6.1 - Subsidios relacionados com activos


O reembolso de um subsidio relacionado com um activo deve ser contabilizado por contrapartida de aual-
auer crédito diferido nio amortizado. Caso o reembolso exceda tal crédito ou nêo existindo crédito diferido, o
reembolso é contabilizado como um gasto.

Exemplo:
Momento 1 - Compra de uma maguina e recebimento de um subsidio:

Compra de um bem do activo fixo tangivel (maêduina) por 200 €


Déêbito - 433 - Activo fixo tangivel - Eguipamento b4sico 200
Crédito - 12 - Depêsitos & ordem 200

Recebimento de um subsidio no valor de 100


Débito - 12 - Depêsitos & ordem 100
Crédito - 593 - Subsidios e doagêes 100

Momento 2, 3... n - Depreciacêes do periodo e reconhecimento do subsidio como rendimento:

Depreciac&o do periodo
Débito - 642 - Gastos de depreciacaêo e de amortizac&o 80
Crédito - 438 - Depreciacëes acumuladas
80

714
SNC EXPLIGADO CAPiTULD 22 Subsidios Recebidos

Reconhecimento do subsidio cComo rendimento


Débito - 593 - Subsidios e doacdes 40
Crédito —- 7883 - Outros rendimentos e ganhos - Imputacêo de
subsidios para investimentos AD

Momento x - Reembolso de parte do subsidio

Consideremos gue a entidade foi obrigada a reembolsar metade do subsidio recebido, por néo ter cumprido
as obrigac6es acordadas contratualmente.

Reembolso do subsidio
Débito - 593 - Subsidios e doac6es 50
Crédito 12 - Depésitos & ordem 50

22.6.2 - Subsidios relacionados com resultados


O reembolso de um subsidio relacionado com resultados deve ser aplicado em primeiro lugar aos rendimen-
tos diferidos (caso existam). Na medida em gue o reembolso exceda os rendimentos diferidos, ou guando nêo
existam rendimentos diferidos, o reembolso deve ser reconhecido imediatamente como um gasto.

22.7 - DIVULGAGOES
A NCRF 22 reaguer a divulgacêo do seguinte:

a) politica contabilistica adoptada para os subsidios do Governo, incluindo os métodos de apresentacao


adoptados nas demonstracêes financeiras;
b) a natureza e extensêo dos subsidios do Governo reconhecidos nas demonstrac6es financeiras e indica-
C&o de outras formas de apoio do Governo de gue a entidade tenha directamente beneficiado; e

Cc) condicêes n&o satisfeitas e outras contingências ligadas ao apoio do Governo due tenham sido reconhecidas.

22.8 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


No SNC, os subsidios relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis passam a ser contabilizados no
capital proprio enaguanto gue no POC eram contabilizados nos proveitos diferidos. Ouer no SNC aguer no POG
esses subsidios sêo (eram) imputados a rendimentos durante a vida do activo, tratando-se de activos depre-
Ciëveis ou amortizêveis.

22.9 - DUVIDAS FREOUENTES


1.” — Posso reconhecer um subsidio logo gue ele seja atribuido?
No. O subsidio somente pode ser reconhecido guando existe alguma certeza de gue a entidade cum-
pre todas as condic6es para o seu recebimento e due o subsidio serê recebido.

2.” — Posso contabilizar pelo seu justo valor um terreno cuja propriedade me foi transferida pela c&mara municipal
sem agualdguer custo?
Sim. Deve obter-se uma avaliacëo do terreno procedendo-se & sua contabilizacêo pelo valor da avaliacao.

3.” — Devo reconhecer a eventual devolucëo de subsidios recebidos?


Sim, sempre aue existir a possibilidade de reembolso da totalidade ou de uma parte do subsidio rece-
bido deve estimar-se o respectivo montante e reconhecer os efeitos dessa eventual devolucëo nas con-
tas, incluindo os montantes reconhecidos em periodos anteriores nos resultados.

715
CariruLo 22 Suhsidios Recebidos SNC EXPLICADO

22.10 — EXERCICIOS
EXERCICIO N.”1
Uma empresa adauiriu um eguipamento fabril no inicio do ano N por 240 000 euros, tendo emitido um che-
gue para o seu pagamento. Simultaneamente foi-Ine creditada na sua conta de depositos & ordem um subsidio
de 40%. A vida util estimada desse eaguipamento fabril é de 10 anos e a depreciacëo ë feita pelo método das
aguotas constantes.
Efectue a contabilizacêo.

Solucao:
Pela compra da maduina:
Débito — Conta 433 - Eaguipamento basico 240 000
Crédito —- Conta 12 - Depêsitos & ordem 240 000

Pelo recebimento do subsidio:


Débito — Conta 12 - Depêsitos & ordem 96 OOO
Crédito - Conta 593 - Subsidios e doacëes 96 OOO

Pela depreciac&o no final do primeiro mês:


DéÊbito - Conta 642 - Gastos de depreciaGêo e de amortizacêo - Activos
fixos tangiveis 2 000
Crédito - Conta 438 - Activos fixos tangiveis - Depreciacêes acumuladas 2 000
Os 2000 euros foram assim calculados:
240 OOO/10 anos x 1/12

Simultaneamente com a depreciacao procede-se ao reconhecimento do ganho


associado ao subsidie:
Débito - Conta 593 - Subsidios e doacêes 800
Crédito —- Conta 7883 - Imputac&o de subsidios para investimentos 800
Os 8BOO correspondem a 40% do valor da depreciagêo, uma vez gue o subsidio recebido foi de
AO% do valor do bem.

EXERCICIO N.” 2
Uma empresa recebeu um subsidio de 90 000 euros como contrapartida da criac&o de 40 novos postos de
trabalho e sua manutengao por três anos.
Como deve ser contabilizado esse subsidio?

Solucao:

Pelo recebimento do subsidio:


Débito —- Conta 12 - Depisitos & ordem 90 000
Crédito —- Conta 282 - Rendimentos a reconhecer 90 000

Mensalmente, em simultêneo com o reconhecimento do gasto com pessoal:


Débito — Conta 282 - Rendimentos a reconhecer 2 500
Crédito - Conta 751 - Subsidios & exploracéo 2 500
O valor serê assim calculado:
90 000/36 meses

716
SNGC EXPLICADO CariTuLo 22 Subhsidios Recebidos

EXERCICIO N.” 3
Uma empresa recebeu um subsidio no montante de 60 000 euros para formaGëo profissional. Um terco da
formacao foi realizado no ano anterior, outro terco foi realizado no corrente exercicio e o ultimo terco serê reali-
zZado no pr6ximo exercicio.
Proceda & contabilizagao do subsidio.

Solucao:

Pelo recebimento do subsidio:


Débito - Conta 12 - Depêsitos & ordem 60 000
Crédito — Conta 751 - Subsidios & exploracêo 40 000
Crédito - Conta 282 —- Rendimentos a reconhecer (1/3) 20 000

Ouer a parcela do subsidio correspondente a anos anteriores auer a parcela do ano sêo contabilizadas
Como rendimento do periodo. A parcela do gasto a realizar no ano seguinte é diferida para ser reconhe-
cida como rendimento no mesmo periodo em gue se reconhece o gasto gue se destinou a subsidiar.

22.11 - TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


Transcrevem-se os artigos relevantes do Cédigo do IRC:

Art.” 20.” - Rendimentos proporcëo da depreciacêo ou amortizacêo cal-


1 — Gonsideram-se rendimentos os resultantes de Culada sobre o custo de aauisicëo ou de produ-
operac6es de agualdguer natureza, em conseguência C&o, sem prejuizo do disposto no n.” 2;
de uma accê&o normal ou ocasional, bêsica ou mera- D) Ouando os subsidios nêo respeitem a activos referi-
dos na alinea anterior, devem ser incluidos no lucro
mente acessêria, nomeadamente:
tributêvel, em fracc6es iguais, durante os periodos
Se) de triDbutacao em due os elementos a due respeitam
j) Subsidios & exploragêo. sejam inaliendveis, nos termos da lei ou do contrato
ao abrigo dos guais os mesmos foram concedidos,
Art.” 22.” - Subsidios relacionados com activos nao
Ou, Nos restantes casos, durante 10 anos, sendo o
Correntes
primeiro o do recebimento do subsidio.
1- A inclusêo no lucro tributêvel dos subsidios
2 - Nos casos em gue a inclusêo no lucro tributavel
relacionados com activos nao correntes obedece as
dos subsidios se efectue, nos termos da alinea a) do
seguintes regras:
numero anterior, na proporcao da depreciacao ou
a) Ouando os subsidios respeitem a activos depre- amortizagêo calculada sobre o custo de aauisicêo,
ciëveis ou amortizaveis, deve ser incluida no tem como limite minimo a due proporcionalmente
lucro tributavel uma parte do subsidio atribuido, corresponder & aguota minima de depreciacao ou
independentemente do recebimento, na mesma amortizac&o nos termos do n.” 6 do artigo 30..

O Cédigo do IRC naêo exclui das variacêes patrimoniais tributfadas os subsidios ao investimento. Tendo em
Conta o tratamento referido no artigo 22.*, entendemos due esta situagêo se deve a lapso devido & alterac&o do
tratamento contabilistico destes subsidios face ao tratamento originalmente previsto (Rendimentos a reconhecer).

711
GAPITULO 23 ii;

719
Caritutp 23 Imparidade de Activos SNC EXPLICADO

23.1 -INTRODUGAO
Como vimos na estrutura conceptual do IASB (capitulo 2), um activo é:
“Um recurso controlado pela entidade, como resultado de acontecimentos passados, dos guais se espera
ague fluam para a entidade beneficios econémicos futuros.”
Ora, guando o activo deixa de proporcionar beneficios econéêmicos futuros, total ou parcialmente, ocorre a
sua imparidade. A imparidade pode ocorrer a nivel de um activo individual, de um conjunto de activos, por
exemplo, uma fébrica ou uma unidade de negécio ou do goodwill.

23.2- A NORMA DA CNG


A CNC emitiu a NCRF 12 - Imparidade de Activos, a aual tem por base a lAS 36 - Impairment of assets
(Imparidade de activos), emitida pelo |ASB.
A NCRF 12 prescreve os procedimentos gue uma entidade deve aplicar para se assegurar gue o valor
liguido contabilistico dos seus activos nao excede o seu valor recuperdvel e, caso exceda, reguer o reconheci-
mento de uma perda por imparidade. A Norma especifica também em aue condicêes se pode reverter uma
perda por imparidade e indica as divulgac6es a efectuar.

A NCRF 12 deve ser aplicada na contabilizacêo da imparidade de todos os activos, com excepcëo de:
— inventêrios (tratado na NCRF 18);
— activos provenientes de contratos de construcëo (tratado na NCRF 19);
— activos por impostos diferidos (tratado na NCRF 25);
— activos por beneficios de empregados (tratado na NCRF 28);
— activos financeiros gue sejam abrangidos pela NCRF 27 - Instrumentos Financeiros;
— propriedades de investimento mensuradas pelo justo valor (tratadas na NCRF 11);
— activos biol6gicos relacionados com a actividade agricola mensurados pelo justo valor menos custos esti-
mados no ponto de venda (tratados na NCRF 17);
— activos nao correntes (ou grupos para alienac&o) classificados como detidos para venda de acordo com a
NCRF 8.

23.3 - COMO CALCULAR UMA PERDA POR IMPARIDADE


Temos uma perda por imparidade guando o valor contabilistico do activo excede o seu valor recuperêvel.
O valor recuperdvel de um activo é o maior dos seguintes valores:
— valor realizavel liguido;
— valor de uso.
O valor realiz&vel lguido é o valor gue se obtém com a venda do bem.
O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa estimados futuros em conseguência do uso continuado
do activo e da sua venda no final da sua vida atil.
No auadro abaixo podemos ver guando se verifica uma perda por imparidade de um activo:

Valor Balanco |

Menor de

Valor liguido contabilistica | Valor recuperdvel

Maior de

Preto venda liguida Valor actual


(PVL) (VA) !

780
SNGC EXPLICADO CarituL9o 23 Imparidade de Activas

23.4 - VALOR REALIZAVEL LiOUIDO


O valor realizével liguido corresponde & diferenca entre o preco de mercado do activo e os custos com a
alienacao.
A determinacao do valor realizêvel liduido nao é a parte mais delicada da aplicac&o da NCRF 12.
O valor realizével liguido poderê ser objectivamente determinado se existir um acordo de venda numa tran-
saccëo entre partes independentes ou se o activo for negociado num mercado activo. Caso contréêrio, o valor
realizêvel liguido deve ser estimado, com base na melhor informagëo disponivel, levando em conta transaccêes
recentes de activos semelhantes.

23.5 - VALOR DE USO


O valor de uso é definido pela NCRF 12 como o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, gue se
espera surjam do uso continuado de um activo ou unidade geradora de caixa e da sua alienacêo no fim da sua
vida Gil.
A determinacao do valor de uso de um activo, de uma unidade geradora de caixa ou de uma entidade
envolve julgamento e complexidade, A NCRF 12 é uma Norma de dificil aplicacao devido a este calculo.

A estimativa do valor de uso de um activo envolve:


a) a estimativa das entradas e saidas de caixa futuras em consedguência do uso continuado do activo e da
sua alienag&o no final; e
D) a aplicacê&o de uma taxa de desconto apropriada a esses fluxos de caixa futuros.

Bases para a estimativa dos fluxos de caixa futuros


A NCRF 12 dê-nos as seguintes bases para a estimativa dos fluxos de caixa futuros:
a) as projeccées dos fluxos de caixa esperados devem basear-se em pressupostos razoëveis e suportaveis,
gue representem a melhor estimativa dos gestores relativamente &s condicées econémicas gue existir&o
ao longo da vida util remanescente do bem. Maior peso deve ser dado a evidência externa;
b) as projecc6es dos fluxos de caixa devem basear-se nos mais recentes orcamentos e previsêes, aprova-
dos pelos gestores, e cobrir um periodo maximo de cinco anos, a menos aue se possa justificar a utiliza-
C&o de um periodo mais longo;
Cc) as projeccêes dos fluxos de caixa para além do periodo coberto pelos mais recentes orcamentos e previ-
sêes devem ser estimadas por extrapolacéo das projecc6es baseadas nos orcamentos e previsêes, utili-
zando uma taxa de crescimento constante ou decrescente para os anos subseaguentes, a menos due se
justifigue uma taxa de crescimento crescente, a gual nêo deve exceder a taxa média de crescimento a
longo prazo para os produtos, industrias ou pais ou paises nos guais a empresa opera, ou para o mer-
cado no gual o activo é usado, a menos gue se possa justificar o uso de uma taxa mais elevada.

Mensuracëo do valor de uso


Os seguintes elementos devem ser reflectidos no calculo do valor de uso:
— estimativa dos fluxos de caixa derivados do activo;
— @xpectativas sobre possiveis variac6es no valor ou no horizonte temporal desses futuros fluxos de caixa;
—o valor do dinheiro no tempo, representado pela taxa de juro de mercado para activos sem risco;
— 0 valor atribuido & incerteza inerente ao activo;
— outros factores, tais como a falta de liguidez, gue o mercado reflectirê na avaliacêo dos Hluxos de caixa
futuros due a entidade espera gue derivem do activo.

23.6 - TESTES DE IMPARIDADE DOS ACTIVOS


Os testes de imparidade dos activos ter&o de ser efectuados anualmente para determinados activos, ou ape-
nas guando existirem indicacées de imparidade para os demais.

181
CaAriTuLo 23 Imparidade de Activos SNC EXPLICADO

Os activos gue, obrigatoriamente, ter&o de ser sujeitos a testes anuais de imparidade s&o:
— activos intangiveis com vida util indefinida;
— activos intangiveis ainda naêo disponiveis para uso (em curso)k e
— trespasse (goodwill) adauirido numa concentracê&o de actividades empresariais.
Para os demais activos, apenas se efectua teste de imparidade guando existirem iNdicagêes de imparidade.
Assim, deve apreciar-se, em cada data de relato, se existe alguma indicac&o de gue um activo possa estar com
imparidade. Se existir alguma indicaGêo nesse sentido, a entidade deve estimar o valor recuperavel do activo.
Segundo a NCRF 12, na apreciacêo da existência de indicadores de imparidade de um activo, a entidade
deve considerar, no minimo, as seguintes indicacëes:

Fontes externas de informatdo


a) durante o periodo, o valor de mercado de um activo decresceu significativamente mais do due o espe-
rado pela passagem do tempo ou do uso normal;
b) ocorreram alteracêes significativas com efeitos adversos na entidade, ou vêo ocorrer num periodo Dré-
ximo, no mercado tecnolêgico, econémico ou legal em gue a entidade opera, ou ainda no mercado do
activo;
Cc) as taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre aplicag6es financeiras aumen-
taram significativamente durante o periodo, e esses aumentos dever&o afectar a taxa de desconto utili-
zada para calcular o valor de uso do activo e diminuir materialmente o valor recuper&vel do activo:
d) o valor contabilistico dos capitais préprios é superior ao seu valor de Capitalizacao.

Fontes internas de informaedo


e) existe evidência de obsolescência ou dano fisico do activo:
f) ocorreram no periodo alteracêes significativas com efeitos adversos na entidade, ou vê0 ocorrer num
periodo proximo, na forma como o activo estê ou se espera aue venha ser utilizado. Estas mudancas
inclyem planos de abandono ou de reestruturagêo da operag&o & gual o activo pertence, ou venda do
activo antes da data esperada;
g) existe evidência proporcionada pela informaGao interna gue indica gue o desempenho econémico de um
activo é, ou serd, pior do gue esperado.

23.7 - RECONHECIMENTO E MENSURAGAO DE UMA PERDA POR IMPARIDADE


Confiorme a NCRF 12, se, e somente se, o valor recuperêvel do activo for inferior ao seu valor liaguido contabi-
listico, o valor liguido contabilistico do activo tem de ser reduzido ao seu valor recuperavel. Essa reduc&o é uma
perda por imparidade do activo.
Precisemos melhor em aue situaGêo temos uma perda por imparidade. Por exemplo, se comprarmos um
computador para o nosso escritêrio por 3000 € e, no dia seguinte, esse mesmo computador estiver a ser tran-
saccionado por 2500 €, nao existe gualguer perda por imparidade, uma vez gue o valor de uso do cCoMputador
adauirido nao se alterou. Ele foi adauirido para desenvolver um determinado trabalho, durante um determinado
periodo, e isso nao se alterou. N&o hé aue efectuar gualguer reduc&o do activo relativamente & diferenca do
preGo. Imaginemos agora aue temos uma maêguina de corte industrial gue corta 3000 unidades de uma matéria-
-prima mas acaba de ser lancada no mercado uma nova maauina gue tem uma capacidade de corte de 50 000
unidades, o gue inviabiliza a manutencêo do trabalho da mêéauina antiga. A empresa vê-se forcada a comprar a
Nova maguina e a vender ou abandonar a maauina antiga. Neste caso, verificou-se a imparidade
da maéauina,
uma vez gue ela deixa de servir para a sua funcêo, gue é o corte das matérias-primas. O seu valor de uso é
reduzido a zero. Teremos, entêo, de ver se essa maauina terê um valor de realizacéo por venda. O maior desses
dois (valor de uso e valor de realizag&o) corresponde ao valor recuper&vel. O valor liguido contabilistico
nunca
pode exceder o valor recuperdvel. Se isso acontecer, reconhece-se uma perda
por imparidade.
De notar gue, guandoa perda por imparidade for superior ao valor contabilistico do activo, deve reconhecer-s
e
Uma proVvisêo, se, e apenas se, tal for exigido por outra norma. Esta situacao pode ocorrer, por exemplo, guando
existam significativos custos de remocëo ou desmantelamento
de activos.

182
l
SNC EXPLICADO CaAPiTuto 23 Imparidade de Arctivas

Uma perda por imparidade de um activo deve ser reconhecida imediatamente como um gasto, a menos due
o activo esteja contabilizado por um valor reavaliado de acordo com outra NCRF (por exemplo, a NCRF 7). Uma
perda por imparidade de um activo reavaliado deve ser tratada como uma reducëo da reavaliacëo de acordo
com essa outra NCRF.
Ap6s o reconhecimento de uma perda por imparidade de um activo, o encargo com as depreciacêes desse
activo deve ser ajustado nos periodo futuros, de forma a alocar o valor contabilistico revisto, menos o seu valor
residual, caso exista, numa base sistemdtica ao longo da restante vida util do activo.

A imparidade de um activo individual


Sempre ague posslivel, o teste de imparidade deve ser efectuado para activos individuais. No entanto, guando
os activos nêo geram entradas de fluxos do seu uso continuado aue possam ser determinadas de forma inde-
pendente, entêo deverê ser determinado o valor recuperdvel da unidade de exploracëo (unidade geradora de
caixa) a due o activo pertence.

A imparidade de um conjunto de activos


Uma unidade geradora de caixa é definida pela NCRF 12 como o menor grupo identificével de activos gue
geram fluxos de caixa pelo seu uso continuado, largamente independentes dos flyxos de caixa de outros activos
ou grupos de activos.
Recomenda-se atencêo para a forma como a gestao supervisiona as operac6es (por linhas de produtos,
negécios, localizacëes), e como toma decisêes sobre a continuacao ou abandono das operacêes ou activos.
Nestes termos, as unidades geradoras de caixa devem ser identificadas de forma consistente, de periodo para
periodo, para o mesmo activo ou grupo de activos, a nêo ser gue uma alteracao seja justificada.
O valor recuperêvel de uma unidade geradora de caixa é o mais alto entre o valor liguido de realizacêo da uni-
dade geradora de caixa e o seu valor de uso e deve ser determinado de forma semelhante & dos activos individuais.
Caso exista, a perda por incapacidade de uma unidade geradora de caixa & aual tenha sido importado
goodwill é assim reconhecida:
— inicialmente, a perda por imparidade reduz o valor do goodwill e
— ap6s se esgotar o goodwill, a perda por imparidade remanescente reduz o valor dos activos da unidade
geradora de caixa, numa base prorata relativamente a cada activo.

A imparidade do gaadwill
Imaginemos a compra de uma sociedade com uma actividade radicalmente diferente dos actuais negécios e
aue originou um determinado trespasse (goodwill). Se, subseaguentemente, decidirmos encerrar a sociedade,
verifica-se a imparidade do goodwill, ma vez gue o mesmo deixa de gualificar como um activo da entidade.
A situacëo descrita no par&grafo anterior verificou-se, um pouco por todo o mundo, na compra de entidades
da denominada “nova economia”. No entanto, outros cen4rios se poder&o colocar, sendo de admitir gue o cenê-
rio mais freguente poder4 consistir no pagamento de um goodwill gue, posteriormente, se revela excessivo, Ou
seja, em caso de alienacë&o da entidade adauirida, o prémio pago (gocdwill) serê inferior ao aue se pagou.
Estamos perante a imparidade parcial do goodwill, situag&o gue reguer a existência de avaliac6es.
O goodwill adauirido numa concentrag&o de actividades empresariais deve ser imputado a cada uma das
unidades geradoras de caixa ou grupos de unidades geradoras de caixa da adauirente gue se espera aue
beneficiem das sinergias da concentracao.
Ouando o geodwill se relaciona com uma unidade geradora de caixa mas nêo tenha sido imputado a essa
unidade, a unidade deve ser testada guanto & imparidade sempre gue exista uma indicacêo de gue essa uni-
dade pode estar com imparidade.
Ouando o goodwill tenha sido imputado a uma unidade geradora de caixa, essa unidade terê de ser testada
anualmente guanto & imparidade e sempre due exista indicacêo de gue essa unidade possa estar com impari-
dade. O teste de imparidade pode ser efectuado a gualguer momento durante o exercicio, desde gue seja efec-
tuado todos os anos no mesmo momento. O teste de imparidade de diferentes unidades geradoras de caixa
pode ser efectuado em momentos diferentes. No entanto, caso parte ou a totalidade do goodwill adauirido numa
Concentrag&o de negécios durante o exercicio tenha sido imputada a uma unidade geradora de caixa, essa uni-
dade teré de ser objecto de teste de imparidade antes do final do exercicio.

| 7183
N
Cariruo 23 Imparidade de Activos SNC EXPLICADO

A imparidade de activos nio produtivos


Os aclivos nêo produtivos sê0o adgueles activos aue nao geram entradas de fluxos de caixa independente-
mente dos outros activos ou grupos de activos, e cujo valor nêo pode ser completamente atribuido & unidade
geradora de caixa gue estê a ser analisada (é o caso do edificio da sede, eguipamento informatico ou um centro
de pesaguisa). Ao testar a imparidade de uma unidade geradora de caixa, devem-se identificar todos os activos
N&o produtivos gue se relacionem com a unidade geradora de caixa.

Ouando uma parte do valor contabilistico de um activo nê&o produtivo nêo puder ser imputada numa base
razoëvel e consistente a uma unidade geradora de caixa, deve-se:
j) comparar o valor contabilistico da unidade geradora de caixa, excluindo o valor do activo nêo produtivo
com o seu valor recuperavel; e
ii) identificar o. mais pegueno grupo de unidades geradoras de caixa aue inclua a unidade geradora de
Caixa em auestêao e ao gual o valor do activo nêo produtivo pode ser imputado numa base razoëvel e con-
sistente e comparar o valor contabilistico desse grupo de unidades geradoras de caixa, incluindo o valor
do activo nêo produtivo com o seu valor recuperêvel.

23.8 - REVERSOES DE PERDAS POR IMPARIDADE


De acordo com a NCRF 12, guando, a data de cada relato, exista algum indicador de gue uma desvaloriza-
C&o reconhecida em anos anteriores relativamente a um activo (com excepcêo do goodwill) possa jê nêo existir
ou tenha diminuido, deve estimar-se o seu novo valor recuperêvel e proceder aos respectivos ajlustamentos.

Contabilizacêo:
Se o Activo nao tiver sido reavaliado - rendimento nas demonstracêes financeiras desse exercicio;

Se o Activo tiver sido reavaliado - creditar a conta Excedentes de revalorizacao.

As depreciac6es ou amortizacées devem ser novamente ajustadas ao longo da vida util do activo, com base
no novo valor recuperdvel.

Reversio de perdas de imparidade de activos individuais


O aumento de valor de um activo (com excepcêo do goodwill) devido & reversêo de uma perda por impari-
dade nêo deve exceder o anterior valor contabilistico, liguido de amortizacées ou depreciacêes, se nao tivesse
ocorrido reducëo do valor contabilistico do activo em anos anteriores.
A reversêo de perdas por imparidade de activos (com excepc&o do goodwil) deve ser reconhecida imediata-
mente nos resultados, a n&o ser due o activo tenha sido reavaliado segundo outra Norma (por exemplo, o modelo
do justo valor na mensuracao de activos fixos tangiveis indicado na NCRF 7). Nesse caso, a reversêo da perda por
imparidade deve ser tratada como um acréscimo da revalorizacëo, de acordo com as disposicées dessa norma.

Reversio de perdas por imparidade de unidades geradoras de caixa


A reversêo de perdas por imparidade de unidades geradoras de caixa deve ser imputada aos activos dessa
unidade (com excepcao do goodwill), numa base pro rata em relacëo ao valor contabilistico desses activos.
Essa imputag&o nêo pode originar um aumento do valor contabilistico do activo acima do mais baixo entre:
i) oseuvalorrecuperêvelke
ii) o valor contabilistico aue seria determinado se nenhuma perda tivesse sido reconhecida em periodos
anteriores.

Proibicdo do reconhecimento de reversies de perdas por imparidade do goadwill


d proibido o reconhecimento de reversêo de perdas por imparidade do goodwil.
Porguê esta proibic&o? Porgue a revers&o do goodwill deve-se a goodwil gerado internamente, o agual nao
pode ser reconhecido, de acordo com a NCBF 6.

784
- SNC EXPLICADO Cariruto 23 Imparidade de Activos

23.9 - DIVULGAGOES
A NCRF 12 reguer as seguintes divulgacêes:
- perdas por imparidade reconhecidas na Demonstracêo dos Resultados durante o periodo e as rubricas de
gastos em due essas perdas foram registadas;
—reversoes de perdas por imparidade reconhecidas na Demonstracêo dos Resultados durante o periodo e
as rubricas da Demonstracêo dos Resultados em gue essas perdas por imparidade foram revertidas:
— perdas por imparidade em activos revalorizados aue tenham sido reconhecidas directamente no Capital
Préprio;
- reversêes de perdas por imparidade em activos revalorizados gue tenham sido reconhecidas directamente
no Capital Préprio.

Sempre ague o valor das perdas por imparidade reconhecidas ou revertidas seja material, devem-se divulgar:

a) os eventos e circunstências gue conduziram ao reconhecimento ou reversêo da perda por imparidade:


b) o valor das perdas por imparidade reconhecidas ou revertidas;

Cc) a natureza do activo:

j d) ) para uma unidade geradora de caixa, se a agregacao de activos relativa & identificac#o da unidade gera-
dora de caixa se alterou, deve descrever-se a forma actual e a forma anterior de se proceder a essa agre-
gacêo e os motivos da alteracêo:

e) se o valor recuperavel do activo é o seu valor liguido de realizacêo ou o seu valor de uso;

f) se o valor recuperêvel é o justo valor menos os custos de vender, a base usada para determinar o justo
| valor menos os custos de vender;

' g) se a guantia recuperêvel for o valor de uso, a taxa de desconto usada na estimativa corrente e anterior do
valor de uso.

Deve ainda divulgar-se:


— para as perdas por imparidade agregadas e as reversêes agregadas de perdas por imparidade:
a) principais classes de activos afectadasie
b) os principais acontecimentos e circunstências gue levaram ao reconhecimento das perdas e reversêes;
1 —o montante do goodwil n&Ao imputado a uma unidade geradora de caixa, bem como as razêes pelas
guais esse goodwill nêo foi imputado:e
— 0 processo subjacente as estimativas usadas para mensurar o valor recuperêvel de unidades gerado-
' ras de caixa contendo goodwill ou activos intangiveis com vidas uteis indefinidas.

23.10 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POCG


Resumem-se a seguir as principais diferencas entre a NCRF 12 e o POC:

1” - Segundo a NCRF 12, anualmente, deve efectuar-se teste de imparidade de activos intangiveis com vida
util indefinida, de activos intangiveis em curso e do goodwill e, nos demais activos, deve avaliar-se, a
data de cada balanco, se hê indicacêes de imparidade dos activos. Se houver, deve estimar-se a guan-
tia recuperêvel do activo, para se concluir se existe, ou nêo, imparidade de activos. O POC referia, no
seu ponto 5.4.4, a necessidade de se avaliar se existia imparidade do imobilizado corpêreo e incorpê-
reo. No entanto, nêo apresentava os indicadores de imparidade. A DC 7 referia gue o teste de recupera-
C&0 devia ser efectuado anualmente. A DC 16 referia gue a reavaliacêo dos imobilizados tangiveis podia
ser efectuada de acordo com o poder aguisitivo da moeda e/ou no justo valor.

| 2.”- Segundo a NCRF 12, se nao for possivel estimar a guantia recuperdvel de um activo individual, deve
| determinar-se a guantia recuperdvel da unidade geradora de caixa & gual o activo pertence. O POC e
as DC eram omissos sobre este aspecto.

3.4-A NCRF 12 fornece informacêes detalhadas sobre o cêlculo do valor de uso. O POC era omisso sobre o
valor de uso.

SNCE-50 785
Carliruio 23 Imparidade de Activos SNC EXPLICADO
-
4.2-—A NCRF 12 reguer uma série de condicées relativamente & reversêo de imparidade, as duais se encon-
tam omissas no POC e DC.
5.2. A NCRF 12 reguer a divulgaG&o das perdas por imparidade, bem como das suas revers6es, com indica-
Gao dos valores envolvidos, eventos e circunstêancias gue as originaram e outras informac6es. OPOC e
DC nao redueriam esta divulgaG&o.

23.11 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Os efeitos nas demonstrac6es financeiras decorrentes da adopcëo das NCRF em Portugal deverêo ser signi-
ficativos.
A aplicac&o da NCRF 12 nêo é um exercicio simples e poderê implicar gastos com algum significado no
pagamento de honorêrios a entidades especializadas na determinacao do valor de uso de activos individuais,
de unidades geradoras de caixa ou de empresas.
A verificacao anual obrigatéria da imparidade do goodwill, dos activos intangiveis com vida util indefinida e
dos activos intangiveis em curso, bem como a aplicagêo da NCRF 12 guando existirem indicac6es de impari-
dade implica uma importência acrescida desta NCRF.
Algumas aguestêes subjectivas se colocar&o as entidades, como, por exemplo, determinar o valor de u$o, o
valor da possivel perda por imparidade de uma unidade geradora de caixa. Por outro lado, por vezes, serê
muito dificil verificar se existe perda por imparidade relativamente ao goodwill, uma vez gue os neg6cios adauiri-
dos poderêo ser integrados noutras areas.
Os efeitos nas demonstracêes financeiras sentir-se-&o ao nivel do reconhecimento das perdas e das even-
tuais reversêes, bem como da sua divulgac&o. Uma aplicacêo rigorosa da NCRF 12 originarê, provavelmente, o
reconhecimento de perdas por imparidade, nomeadamente, nos activos fixos tangiveis e nos activos intangiveis.

23.12 - DUVIDAS FREOUENTES


1.2 —Tenho de efectuar testes de imparidade anualmente para todos os activos?
Nao. Apenas sou obrigado a efectuar testes de imparidade anuais para:
— goodwilf
— activos intangives com vida indefinida;
— activos intangiveis em curso.
Para os demais activos, apenas faco teste de imparidade guando existirem indicadores de imparidade.

2.2 — Uma perda por imparidade pode ser revertida em anos futuros?
Sim, excepto no gue se refere ao goodwill, uma vez gue a reversêo do goodwill corresponde a goodwill
gerado internamente.

3.2 — Um projecto de desenvolvimento relacionado com alteracëo de técnicas de producêo estê a ser amorti-
zado desde o inicio do uso dessa nova técnica. Entretanto, a evolug&o tecnol6gica implicou o abandono
dessa técnica. Posso continuar a amortizar o projecto até ao final do perlodo originalmente previsto?
Nao. Verifica-se aaui uma perda por imparidade total, uma vez gue o activo nêo incorpora jê aualguer
beneffcio econémico futuro. Ter& de ser desreconhecido o activo, por contrapartida do registo de uma
perda por imparidade.

4.2 — Comprei um computador ontem por 700 euros e hoje o sue preco de venda desceu para 600 euros.
Devo reconhecer uma perda por imparidade?
Nêo, dado due, em principio, o seu valor de uso mantêm-se.

5.” — As perdas por imparidade afectam sempre os resultados do periodo?


Nêo. Caso se trate de activos néo reavaliados, a perda por imparidade afecta sempre os resultados do
periodo. No entanto, se o activo foi anteriormente reavaliado, em primeiro lugar esgotamos o excedente
EF

de revalorizacêo e somente a parcela remanescente (se for o caso) afectard os resultados.

786
id

SNC EXPLICADO
CarituLo 23 Imparidade de Activos

23.13 —- EXERCICIOS
EXERCICIO N.”1
O valor de uso de uma maauina é de 300. O seu valor realizêvel é de 200 e o seu valor liguido contabilistico
é de 400. Existem excedentes de revalorizagao de 60 relacionados com essa mêauina. Verifigue se existe uma
perda por imparidade do activo e, em caso afirmativo, proponha o lancamento contabilistico.

Solucaa:

O valor recuperdével é de 300 (maior entre o valor de uso e o valor realizêvel). Sendo o valor liguido conta-
bilistico de 400, teremos de reconhecer uma perda por imparidade de 100.
Lancamento contabilistico:
Débito - Conta 58 - Excedentes de revalorizacêo 60
Dêbito - Conta 655 - Perdas por imparidade em activos fixos tangiveis 40
Crédito —- Conta 439 - Perdas por imparidade acumuladas 100

EXERCICIO N.” 2
No exercicio seguinte, a mêauina referida no exercicio anterior apresenta um valor de uso de 500, um valor
realizavel de 200 e um valor liguido contabilistico de 270. Verifigue se existe perda por imparidade ou reversao
de perda por imparidade e, caso afirmativo, proponha o lancamento contabilistico aplicêvel.

Solucao:

O valor recuperdvel é agora de 500 (maior entre o valor de uso e o valor realiz&vel). Sendo o valor liguido
Contabilistico de 270, teremos de reverter a perda por imparidade reconhecida no ano anterior de 100. De
notar aue nêo podemos aumentar o valor do activo para além daguele gue ele teria caso nêo tivesse sido
reconhecida a perda por imparidade.

Lancamento contabilistico:
Débito —- Conta 439 - Perdas por imparidade acumuladas 100
Crédito - Conta 58 - Excedentes de revalorizacêo 60
Crédito - Conta 7625 - Revers6es de perdas por imparidade em activos fixos tangiveis AO

23.14
- TRATAMENTO A NIVEL DO IRC
Transcrevem-se os artigos relevantes do Cédigo do IRC:

Art.” 23.” - Gastos a) As relacionadas com créditos resultantes da


1 — Consideram-se gastos os gue comprovada- actividade normal gue, no fim do periodo de tri-
mente sejam indispensêveis para a realizacêo dos butaGëo, possam ser considerados de cobranca
rendimentos sujeitos a imposto ou para a manuten- duvidosa e sejam evidenciados como tal na
Cêo da fonte produtora, nomeadamente: contabilidade;
D) As relativas a recibos por cobrar reconhecidas
(2)
pelas empresas de seguros;
h) Afjustamentos em inventêrios, perdas por impari- c) As ague consistam em desvalorizag6es excep-
dade e provis6es; Cionais verificadas em activos fixos tangiveis,
(ee) activos intangiveis, activos biol6gicos nêo con-
Sumiveis e propriedades de investimento.
Art.” 35.” — Perdas por imparidade fiscalmente dedutiveis
2-— Podem também deduzidas para efeitos fiscais as
1 - Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as perdas por imparidade e outras correccoes de valor
seguintes perdas por imparidade contabilizadas no Contabilizadas no mesmo periodo de tributacêo ou em
mesmo periodo de tributagêo ou em periodos de tri- periodos de tributag&o anteriores, guando constituidas
butacao anteriores: obrigatoriamente, por forca de normas emanadas pelo

161
Carlruto 23 Imparidade de Activos SNC EXPLICADO

Banco de Portugal, de carêcter genérico e abstracto, aos activos, guando o abate fisico, o desmantela-
pelas entidades sujeitas & sua supervisêo e pelas mento, o abandono ou a inutilizacao destes nêo ocor-
sucursais em Portugal de instituic6es de crédito e ram no mesmo periodo de tributacëo.
outras instituicées financeiras com sede em outro 3 —- Ouando os factos gue determinaram as desva-
Estado membro da Uniëo Europeia, destinadas a lorizacêes excepcionais dos activos e o abate fisico,
cobertura de risco especifico de crédito e de risco-pais o desmantelamento, o abandono ou a inutilizacao
e para menos-valias de titulos e de outras aplicacêes. ocorram no mesmo periodo de tributaGêo, o valor
3 — As perdas por imparidade e outras correccées liguido fiscal dos bens, corrigido de eventuais valores
de valor referidas nos numeros anteriores gue nao recuperêveis, pode ser aceite como gasto do
devam subsistir, por deixarem de se verificar as con- periodo, desde due:
dic6es objectivas gue as determinaram, consideram-
se componentes positivas do lucro tributêvel do res- a) Seja comprovado o abate fisico, desmantela-
pectivo periodo de tributacao. mento, abandono ou inutilizacêo dos bens, atra-
vés do respectivo auto, assinado por duas teste-
4 — As perdas por imparidade de activos deprecia-
munhas, e identificados e comprovados os factos
veis ou amortizêveis gue nêo sejam aceites fiscal-
mente como desvalorizagées excepcionais $ê0 coN- gue originaram as desvalorizac6es excepcionais;
sideradas como gastos, em partes iguais, durante o D) O auto seja acompanhado de relacêo discrimi-
periodo de vida util restante desse activo ou, sem nativa dos elementos em causa, contendo, rela-
prejuizo do disposto nos artigos 38.” e 46.”, até ao tivamente a cada activo, a descricêo, o ano eo
periodo de tributac&o anterior aAguele em due se veri- custo de aauisic&o, bem como o valor liguido
ficar o abate fisico, o desmantelamento, o abandono, contabilistico e o valor liauido fiscal;
a inutilizagêo ou a transmissêo do mesmo. c) Seja comunicado ao servico de financas da area
do local onde aaueles bens se encontrem, com a
Artigo 38.” - Desvalorizac6es excepcionais
antecedência minima de 15 dias, o local, a data
1 — Podem ser aceites como perdas por impari- ea hora do abate fisico, o desmantelamento, o
dade as desvalorizacées excepcionais referidas na abandono ou a inutilizagao e o total do valor
alinea c) do n.” 1 do artigo 35.” provenientes de cau- liauido fiscal dos mesmos.
sas anormais devidamente comprovadas, designa-
4 — O disposto nas alineas a) a c) do numero ante-
damente, desastres, fenémenos naturais, inovac6es
rior deve igualmente observar-se nas situaces pre-
técnicas excepcionalmente rêpidas ou alterag6es
vistas no n.” 2, no periodo de tributagêo em aue
significativas, com efeito adverso, no contexto legal.
venha a efectuar-se o abate fisico, o desmantela-
2 — Para efeitos do disposto no nimero anterior, o mento, o abandono ou a inutilizacêo dos activos.
sujeito passivo deve obter a aceitacëo da Direccëo-
5 —A aceitacëo referida no n.” 2 é da competência
-Geral dos Impostos, mediante exposicêo devida-
do director de financas da area da sede, direccëo
mente fundamentada, a apresentar até ao fim do pri-
efectiva ou estabelecimento estêvel do sujeito pas-
meiro mês do periodo de tributacao seguinte ao da
sivo ou do director dos Servicos de Inspeccëo Tribu-
ocorrência dos factos due determinaram as desvalo-
téria, tratando-se de empresas incluidas no Ambito
rizac6es excepcionais, acompanhada de documen-
tac&o comprovativa dos mesmos, designadamente das suas atribuic6es.
da decis&o do competente 6rgao de gestao due con- 6 -—O documento a gue se refere o n.” 3 deve inte-
firme agueles factos, de justificacao do respectivo grar o processo de documentacao fiscal, nos termos
montante, bem como da indicacao do destino a dar do artigo 1380.*.

Relativamente & imparidade de activos, as alteracêes ao cédigo do IRC decorrentes da adaptacêo do mesmo
ao SNC apresentam as seguintes novidades:
1- As perdas por imparidade podem ser aceites para fins fiscais, mesmo gue contabilizadas em exercicios
anteriores;

2-O regime das desvalorizac6es excepcionais foi alargado &s perdas por imparidade resultantes de altera-
Gées do contexto legal, embora condicionado & aceitac&o da Direccëo-Geral dos Impostos;

3- As perdas por imparidade de activos depreciëveis ou amorlizêveis nêo aceites fiscalmente como desva-
lorizag6es excepeionais passam a ser aceites Como gastos, em partes iguais, durante a vida Gtil remanescente
desses activos ou até ao perlodo de tributac&o em gue se verificar a transmiss&o, abate fisico, abandono, des-
mantelamento ou inutilizacê&o dos mesmos.

788
GAPITULO 24
Os Efeitos de Alteracdes
em Taxas de Gambio
Carituio 24 Os Efeitos de Alteracëes em Taxas de CAmbio SNC EXPLICADO

24.1-INTRODUGAO
As empresas podem ter negécios no estrangeiro de duas formas: ou realizando transacc6es (vendas, com-
pras, empréstimos, etc.) em moedas diferentes do euro ou possuindo operacêes no estrangeiro.
A guestao aue se coloca, num ou noutro caso, consiste em determinar como se deve proceder & cCoNversêo
cambial, a gual engloba duas vertentes distintas:
—a conversêo de transaccêes; e
— a transposicêo de demonstracêes financeiras expressas em divisa diferente do euro.

A conversêo de transaccëes consiste no calculo do montante em euros pelo gual uma transaccêo deve ser
registada. Normalmente, o reconhecimento inicial de uma transaceao serê efectuado pela taxa de cê&mbio em
vigor na data da transaccêo. No entanto, dado aue as taxas nêo sêo fixas, temos de decidir o gue fazer face ês
alteracêes nas taxas de cê&mbio. Em termos tedricos, existem três formas de conversao:

1. — ao custo histérico (taxa da data da transaccêo);

2*-a&taxa de cAmbio da data do balanco;

3.2 - ao mais baixo (mais alto) entre a taxa de cêAmbio histêrica e a taxa de c&Ambio da data do balanco.

Normalmente, a transaccëo (venda/compra, rendimento, gasto) fica registada pelo seu valor historico, mas
os elementos monetêrios (contas a receber ou contas a pagar) sêo objecto de actualizacao para a taxa de cêm-
Dio da data do balanco. Coloca-se entêo a guestêo do reconhecimento das diferencas de cAmbio: como
gastofrendimento, incluido no valor de activos, gasto ou rendimento diferido?

Relativamente & transposicëo das demonstracêes financeiras, dependendo do pais onde se situa o investi-
mento, poderemos ter guestêes complexas a resolver, uma vez Gue, por vezes, a moeda local nêo ê relevante,
sendo as transaccêes efectuadas com referência a uma terceira divisa. Mesmo nao tendo esses problemas,
teremos de decidir como vamos converter cada uma das contas do activo, passivo, capital préprio, rendimentos
e gastos. Existem varios mêtodos teëricos:

— circulante/n&o circulante (activos e passivos circulantes sêo convertidos & taxa de cAmbio corrente);

— monet&riofnaio monetdrio (os activos e passivos monetêrios s&o convertidos & taxa de cAmbio corrente);

—temporal (os inventêrios e os activos fixos nao monetêrios poder&o ser convertidos pela taxa de cêmbio
histérica ou corrente, sendo os demais activos e passivos convertidos pela taxa de cêAmbio corrente);

— cêAmbio corrente (todos os activos e passivos $ê0 convertidos & taxa corrente).

Para além do referido anteriormente, a entidade gue relata poder4 decidir apresentar as suas demonstrac6es
financeiras numa moeda diferente da moeda do seu pais, surgindo assim o problema da transposicêo da sua
moeda funcional para a moeda em gue as demonstrac6es financeiras sêo apresentadas (moeda de apresenta-
CaO).

24.2- A NORMA DA CNG


Sobre este tema, a CNC emitiu a NCRF 23 — os Efeitos de Alteracées em Taxas de CAmbio, a gual tem por
base a IAS 21 - The Effects of Changes in Foreign Exchange Rates; (Os efeitos de alterac6es em taxas de
CAmbio).

A NCRF 23 deve ser aplicada:

a) na contabilizagê&o de transaccêes e saldos em moedas estrangeiras;

b) na transposicao dos resultados e posic&o financeira de unidades operacionais estrangeiras aue sejam
incluidas nas demonstrac6es financeiras da entidade pela consolidag&o, pela consolidagêo proporcional
ou pelo mêtodo da eaguivalência patrimonial e
Cc) na transposicao dos resultados e posic&o financeira de uma entidade para a moeda de apresentacao.

790
S$NC EXPLICADO CariruLo 24 Os Efeitos de Alteracëes em Taxas de Cimbio

24.3 -TRANSACGOES REALIZADAS EM MOEDA DIFERENTE DO EURO

24.3.1 - Reconhecimento inicial


A NCRF 23 refere gue a taxa de cêAmbio a ser utilizada para conversêo inicial de uma transaccê&o em moeda
diferente do euro é a taxa em vigor na data da transaccêo (taxa histêrica).

24.3.2 - Gonversio na data do balanco


Segundo a NCRF 23, subseauentemente, na data de cada balanco, deve ser utilizada a taxa de cêmbio em
vigor na data do balanco (taxa corrente) relativamente aos elementos monetêrios.

No gue se refere aos elementos n&o monetêrios, o tratamento a adoptar dependerê do Critério de mensura-
Cao seguido. Assim:
-— elementos contabilizados ao custo histérico: mantéêm-se a taxa de c&mbio da data da transaccëo; e
— elementos contabilizados ao justo valor: utiliza-se a taxa de cêmbio da data em due o justo valor foi
determinado.

24.3.3 - Tratamento das diferentas de cambio


De acordo com a NCRF 23, as diferencas de cAmbio devem ser reconhecidas directamente no resultado
liauido do periodo, com excepcêo das diferencas de cêambio relativas a elementos monetêrios gue facam parte
do investimento liguido numa unidade operacional estrangeira, as guais devem ser incluidas nas demonstracêes
financeiras gue incluam a unidade operacional estrangeira e a entidade gue relata (por exemplo, em contas
coNsolidadas, guando a operagao estrangeira é uma subsidiëria) no capital proprio até & alienacêo da partici-
pada. Nessa altura, devem ser reconhecidos como rendimento ou gasto do periodo.
Em determinadas situac6es, as diferencas de c&mbio poderêo ser capitalizadas, na componente atribuivel a
diferenca entre a taxa de juro em euros e a taxa de juro de uma moeda diferente do euro (ver capitulo 15).
Noutras situacëes as diferengas de cêAmbio $êo contabilizadas directamente nos capitais préprios guando tal
é exigido por outras normas, por exemplo a NCRF 7 - Activos fixos tangiveis.

24.4 —- USO DE UMA MOEDA DE APRESENTAGAO DIFERENTE DA MOEDA FUNCIONAL


Segundo a NCRF 23, os critérios a adoptar para a transposicëo das demonstracoes financeiras expressas
numa moeda funcional (gue nêo seja a moeda de uma economia hiperinflacionêria, caso em due se tera de
seguir as disposicées da IAS 29) para uma moeda de apresentacao sêo os Seguintes:
a) os activos e passivos de cada balanco apresentado (i.e., incluindo comparativos) devem ser transpostos
a taxa de fecho na data desse balanco;
b) os rendimentos e gastos de cada demonstrac&o dos resultados (ie., incluindo comparativos) devem ser
transpostos as taxas de cCAmbio na data das transaccêes; e
Cc) as diferencas de c&mbio resultantes devem ser reconhecidas como um componente separado do capital
pr6prio.

Também segundo a NCRF 23, os resultados e posicêo financeira de uma entidade cuja moeda funcional seja
a moeda de uma economia hiperinflacionéria devem ser transpostos para uma moeda de apresentacêo dife-
rente usando os seguintes procedimentos:
a) todas as aguantias (activos, passivos, capital prêprio, rendimentos e gastos, incluindo comparativos)
devem ser transpostas & taxa de fecho na data do balango mais recente, exceplo gue
b) auando as guantias sêo transpostas para a moeda de uma economia nêo hiperinflaciondria, as duantias
comparativas serê&o as mesmas apresentadas nas demonstraGoes financeiras do exercicio anterior (nêo
sendo, assim, ajustadas por alteracées subseguentes no nivel de precos ou nas taxas de cê&mbio).

ê-
Segundo a NCRF 23, guando a moeda funcional de uma entidade é a moeda de uma economia hiperinflacion
ria, a entidade deve reexpressar as suas demonstracêes financeiras (de acordo com a IAS 29 — Relato Financeiro

791
CariruLo 24 Os Efeitos de AlteracBes em Taxas de CAmhio SNC EXPLICADO

em Economias Hiperinflaciondrias) antes de aplicar o mêtodo de transposicëo definido acima, excepto no caso de
valores comparativos gue sejam transpostos para uma moeda de uma economia nêo hiperinflaciondria.

Alienacdo de uma unidade operacional estrangeira


De acordo com a NCRF 24, na alienacéo de uma unidade operacional estrangeira, a guantia acumulada das
diferencas de cAmbio aue tenham sido diferidas como um componente separado do capital préprio e gue se
relacione com essa unidade operacional estrangeira deve ser reconhecida como rendimento ou gasto no
mesmo periodo em gue o ganho ou a perda com a alienacêo for reconhecido.

24.5 - DIVULGAGOES
A NCRF 23 reguer as seguintes divulgacêes:
a) valores das diferencas de cê&mbio incluidas no resultado liguido do periodo, excepto as gue resultem de
instrumentos financeiros mensurados pelo justo valor através dos resultados;
b) diferencas de cê&mbio liguidas classificadas como um componente separado do capital préprio, e recon-
ciliacao do valor dessas diferencas de c&mbio no inicio e no fim do periodo.

Ouando a moeda de apresentacao é diferente da moeda funcional, esse facto deve ser divulgado, junta-
mente com a divulgacêo da moeda funcional e da razao para a utilizacêo de uma moeda de apresentacêo dife-
rente.
Ouando houver uma alteragao na moeda funcional da entidade ague relata ou de uma unidade operacional
estrangeira significativa, deve divulgar-se essa alteracéo e a raz&o da alteracêo.

24.6 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE 0 POC


A lAS 21 (base da NCRF 23) aplicava-se, supletivamente, em Portugal. Assim, podemos afimar gue nao
existem diferencas significativas decorrentes da adopcëo da NCRF 23. No entanto, a situac&o abaixo constitui
uma diferenca entre o POC e a NCRF 23:
— segundo a NCRF 23, as diferencas de cAmbio relativas a elementos monetêrios sêo reconhecidas como
rendimentos ou gastos do exercicio em gue surjam. O POC referia, no ponto 5.2.2, gue as diferencas de
cAmbio favorêveis resultantes de dividas a médio e longo prazo deviam ser diferidas, caso existissem
expeclativas razoëveis de gue o ganho era reversivel.

24.7 - EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Dada a aplicac&o supletiva da AS 21 e tendo em conta gue as diferencas entre o SNC e o POC se referem a
situac6es muito raras, em princlpio, n&o deveriamos ter diferencas significativas na adopcao do SNC.

24.8 —- TRATAMENTO A NIVEL DO IRC


O Decreto Regulamentar n.” 2/90 exigia o diferimento por um periodo minimo de três anos das diferencas de
CAmbio desfavorêveis relacionadas com o imobilizado e correspondentes ao periodo anterior & sua entrada em
funcionamento. Essa exigência foi eliminada.
As diferencas de c&mbio positivas s&0 tributadas (alinea c) do n.” 1 do artigo 20. do Cédigo do IRC).
As diferencas de cê&mbio negativas sao gasto fiscal (aliena c) do n.” 1 do artigo 23. do C6digo do IRC).

792
GAPITULO 29
Impostos Sobre o Rendimento
Cariruto 25 Impostos Sobre o Rendimento SNC EXPLICADO

25.1 -INTRODUCAO
Os impostos sobre o rendimento sêo calculados de acordo com regras fiscais (em Portugal, de acordo com
as disposicêes do C6digo do IRC), as guais diferem das regras contabilisticas.
Dal se colocar a duest&o da sua contabilizagao: como deve ser reconhecido o gasto de imposto? Como tra-
tar os efeitos fiscais futuros de diversas situac6es (possibilidade de utilizac&o de prejuizos fiscais, tributacêo das
depreciacêes decorrentes de reavaliac6es livres ou legais, gastos nêo aceites como gasto iiscal mas aue pode-
ra0 ser aceites no futuro, etc.)?

25.2- A NORMA DA CNG


Sobre este tema, a CNC emitiu a NCRF 25 — Impostos sobre o Rendimento, aue tem por base a lAS 12 - Income
Taxes (Impostos sobre o Rendimento).

25.3 - DEFINIGOES
A NCRF 25 fornece-nos as definicées abaixo:

Passivos por impostos diferidos s&o as guantias de impostos sobre o rendimento pagaveis em periodos
futuros com respeito a diferencas temporaêrias tributaveis.

Activos por impostos diferidos sêo as guantias de impostos sobre o rendimento recuperêveis em periodos
futuros respeitantes a:

a) diferencas temporaêrias dedutiveis;

b) reporte de perdas fiscais nêo utilizadas; e

Cc) reporte de créditos tributaveis néo utilizados.

Diferencas temporêrias sêo diferengas entre a guantia escriturada de um activo ou de um passivo no


balanco e a sua base de tributacêo. As diferencas temporarias podem ser:

a) diferencas temporêrias tributdveis, gue sao diferencas temporêrias de ague resultam guantias tributêveis
na determinacêo do lucro tributêvel (perda fiscal) de periodos futuros guando a guantia escriturada do
activo ou do passivo seja recuperada ou liguidada; ou

b) diferencas tempordrias dedutiveis, gue sêo diferencas temporêrias de gue resultam aguantias gue sêo
dedutiveis na determinac&o do lucro tributêvel (perda fiscal) de periodos futuros guando a auantia escri-
turada do activo ou do passivo seja recuperada ou liauidada.

A base fiscal de um activo ou de um passivo é a aguantia atribuida a esse activo ou passivo para fins fis-
cais.

Gasto de imposto (rendimento de imposto) é a guantia agregada incluida na determinacêo do resultado


liduido do periodo respeitante a impostos correntes e a impostos diferidos.

Para além dessas definicêes, interessa apreciarmos os conceitos de taxa efectiva e taxa legal de imposto.

A taxa efectiva de impostos sobre lucros corresponde ao guociente do encargo com imposto pelo lucro
antes de impostos. A taxa legal é a taxa vigente num determinado periodo para pagamento do imposto
sobre lucros. Presentemente, a taxa legal em Portugal é de 25%, acrescendo, na maioria dos municipios,
uma derrama.
Assim, sempre gue a taxa efectiva excede a taxa legal, isso significa gue a empresa tem gastos nêo aceites
para fins fiscais ou tributac6es auténomas; no sentido inverso, significa aue a empresa tem mais-valias contabi-
listicas nao tributadas para fins fiscais, ou tributadas por montantes inferiores, podendo significar igualmente a
existência de beneficios fiscais. Atente-se nos casos dos bancos gue apresentam taxas efectivas da ordem dos
10% a 20%, uma vez gue beneficiam de importantes beneficios fiscais, nomeadamente os relacionados com a
zona franca da Madeira.

794
oi
] SNC EXPLICADO Garirut9 Z5 Impostos Sobre o Rendimento

25.4- 0 MÉTODO DO EFEITO FISCAL


Em teoria, a contabilizac&o dos impostos sobre lucros pode efectuar-se por dois métodos:
1—o méêtodo dos impostos a pagar;e
2-0 método do efeito fiscal.

No mêtodo dos impostos a pagar, o encargo de imposto corresponde ao valor do imposto a pagar, nêo se
levando em conta o efeito fiscal futuro das diferencas temporêrias. Este método néo segue o principio da espe-
Cializacê&o dos exercicios e pode originar significativas distorcées nas demonstracêes financeiras, pelo gue n&o
deve ser utilizado.

A NCRF 25 adopta o método do efeito fiscal para a contabilizac&o dos impostos sobre lucros. Por este
método, levamos em consideracêo os efeitos fiscais futuros das diferencas entre os activos e passivos contabi-
listicos e os activos e passivos fiscais, através do reconhecimento de Activos por Impostos Diferidos e de Passi-
vos por Impostos Diferidos.

Assim, temos:

Activo contabilistico maior gue activo fiscal - Passivo por impostos diferidos

Activo contabilistico menor gue activo fiscal - Activo por impostos diferidos

Passivo contabilistico maior due passivo fiscal s Activo por impostos diferidos

Passivo contabilistico menor gue passivo fiscal - Passivo por impostos diferidos

No guadro abaixo podemos visualizar melhor o gue se apresenta acima:

Valor contabilistico Valor contabilistico


2 se
Valor fiscal Valor fiscal

Artivos Imposto diferido passivo Imposto diferido activo

Passivos Imposto diferido activo Imposto diferido passivo

Analisemos algumas situacëes.

1.* situacëo - reavaliacëo livre ou extraordinêria

Ouando se contabiliza uma reavaliacao livre ou extraordinêria, o valor do activo contabilistico é aumentado.
No entanto, o valor fiscal do activo nao é aumentado, uma vez gue as depreciacêes da reavaliacao nêo sê0
aceites - na integra - para fins fiscais. Temos assim um active contabilistico maior do gue o activo fiscal, o
ague origina um passivo por impostos diferidas.

2.2 situacêo - prejuizos fiscais

Em Portugal, os prejuizos fiscais podem ser utilizados para compensar lucros tributaveis futuros nos seis
anos seguintes. Temos assim um activo fiscal, embora nêo tenhamos aualguer activo contabilistico. Dito de
outra forma, o activo contabilistico é menor do due o activo fiscal, o gue origina um activo por impostos
diferidos, desde aue seja provêvel a sua realizac&o.

3.” situacao - provisêo para reestruturac6es

Esta provis&o nêo é aceite para fins fiscais no momento da sua constituic&Ao, sendo os respectivos gastos
aceites guando se materializarem. Assim, temos um passivo contabilistico maior do gue o passivo fiscal, o
gue origina um activo por impostos diferidos.

795
CaAPlruto 25 Impostos Sobre o Rendimentao SNC EXPLICADO

265 — BECONHECIMENTO DE ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS E DE PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Reconhecimento de passivos por impostos diferidos
Segundo a NCRF 25, devem ser reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferencas
tempordrias tributêveis, a menos due esses passivos por impostos diferidos resultem de:
a) reconhecimento inicial do trespasse (goodwilf); ou
b) reconhecimento inicial de um activo ou passivo numa transacGaëo ague:
j) nao seja uma concentracëo de actividades empresariais; e
i) nao afecte, no momento da transaceëo, nem o lucro contabilistico nem o lucro tributêvel (perda fiscal).

Investimentos em subsididrias, sucursais e associadas e interesses em empreendimentos conjuntos —


devem-se reconhecer passivos por impostos diferidos para todas as diferencas temporêrias tributêveis associa-
das aos investimentos em subsididrias, sucursais e associadas e interesses em empreendimentos conjuntos,
exCcepto até ao ponto em gue ambas as condicées seguintes sejam satisfeitas:
a) a empresa-mêe, o investidor ou o empreendedor seja capaz de controlar o horizonte temporal da rever-
sêo da diferenca temporêria; &e
b) seja provavel gue a diferenca temporêria nêo se reverterd no futuro previsivel.

Reconhecimento de activos por impostos diferidas


Os activos por impostos diferidos somente podem ser reconhecidos se for provavel gue os lucros tributê-
veis futuros permitirao a sua utilizacêo, a menos gue esses activos por impostos diferidos resultem do reconhe-
cimento inicial de um activo ou passivo numa transacoëo dgue:
j) nao seja uma concentracêo de actividades empresariais; e
i) no momento da transacoëo, nêo afecte nem o lucro contabilistico nem o lucro tributêvel (perda fiscal).

Porém, para diferencas temporêrias dedutiveis associadas a investimentos em subsidiërias, sucursais, asso-
ciadas e a interesses em empreendimentos conjuntos, devem ser reconhecidos activos por impostos diferidos
até ao ponto em gue seja provêvel gue a diferenca temporêria reverterd no futuro previsivel e estarê disponivel o
lucro tributdvel contra o gual a diferenca temporêria possa ser utilizada.

Como vimos, a simples existência de diferencas temporêrias dedutiveis nao implica o reconhecimento auto-
matico de activos por impostos diferidos. Em consedguência, vêrios cenêrios se podem colocar:

1.” cenario - a entidade possui diferencas temporêrias dedutiveis (prejuizos fiscais disponiveis e/ou provi-
soes nê aceites) e considera nêo ser provéêvel a sua utilizacêo. Neste caso, nêo pode reconhecer activos por
impostos diferidos. No entanto, se, em periodos subseguentes, se considerar ser provével a referida utilizacao
(parcial ou total), reconhece-se, nessa data, os activos por impostos diferidos, por contrapartida do rendimento
do periodo (n&o se podem movimentar as contas de resultados transitados).

2.% cenario - a entidade reconheceu activos por impostos diferidos em periodos anteriores, no entanto, con-
sidera agora gue a sua utilizacêo (total ou parcial) j& nêao é provêvel. Terê de proceder & anulagêo da parcela
correspondente, por contrapartida dos gastos do periodo (nunca resultados transitados).

O reconhecimento de activos por impostos diferidos é um exemplo de uma estimativa contabilistica. Em


cada periodo efectua-se a melhor estimativa possivel, a aual é reapreciada em cada periodo de relato, pelo due
as variacêes séo sempre levadas a rendimento ou gasto do periodo.

Caso se gueira assumir gue existiu um erro no passado, no reconhecimento dos activos por impostos diferi-
dos, devemos aplicar as disposicêes da NCRF 4 relativamente a erros, o aue implica a aplicagêo retrospectiva
COM a coNSEAUeNte correcg4o das contas dos periodos anteriores.
Investimentos em subsididrias, sucursais e associadas e interesses em empreendimentos conjuntos —
devem reconhecer-se activos por impostos diferidos para todas as diferengas temporêrias dedutiveis provenientes
de investimentos em subsidiërias, sucursais e associadas e interesses em empreendimentos conjuntos até ao
Ponto em due, e somente até ao ponto em due, seja provavel aue:

796
SNC EXPLICADO CaPituto 25 Impostos Sobre o Rendimenta

a) a diferenca temporêria reverteré no futuro previsivel e


b) estard disponivel lucro tributêvel contra o gual a diferenca temporëêria possa ser utilizada.

25.6- MENSURACAO
Segundo a NCRF 25, os activos (passivos) por impostos correntes dos periodos correntes e anteriores
devem ser mensurados pela guantia aue se espera ague seja paga (recuperada de) &s autoridades fiscais,
usando as taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas & data do balanco.
Os activos e passivos por impostos diferidos devem ser mensurados pelas taxas fiscais gue se espera gue
sejam de aplicar no periodo guando seja realizado o activo ou seja liduidado o passivo, com base nas taxas fis-
Cais (e leis fiscais) gue estejam aprovadas & data do balanco.
Sempre gue ocorre uma alteragao na taxa de impostos sobre lucros, os activos e passivos por impostos dife-
ridos terêo de ser ajustados para passarem a reflectir a nova taxa, por contrapartida do resultado do periodo
(Impostos sobre lucros - diferidos).

Esauematicamente, teremos os seguintes efeitos nos resultados:

Activo por imposto diferido Passivo por imposto diferido


Reducëo da taxa de imposto Gasto Rendimento
Aumento da taxa de imposto Rendimento Gasto

Os activos e passivos por impostos diferidos nêo devem ser descontados.


Os activos por impostos diferidos devem ser revistos na data do balanco de cada periodo, devendo o seu
valor ser ajustado em funcëo da nova estimativa de lucros tributêveis futuros. A correspondente reduc&o serê
reconhecida como um gasto do periodo (Impostos sobre lucros - diferidos).
A Lei das Financas locais aprovada em 2007 estabeleceu gue, a partir de 2007 (derrama a pagar em 2008),
a derrama é calculada sobre o resultado fiscal antes da deducêo de prejuizos fiscais & taxa mAxima de 1,5%.

Em consegu@ência, as taxas aplicéveis aos impostos diferidos passaram a ser:


— 26,5% (Passivos e Activos por impostos diferidos com excepGao dos Activos por impostos diferidos, gue se
refiram a prejuizos fiscais);
— 25% (Activos por impostos diferidos relativos a prejuizos fiscais).

25.7 - CONTABILIZAGAO DE IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS


A regra geral consiste na contabilizacao dos impostos correntes e diferidos por contrapartida dos resultados
do periodo.

No entanto, existem duas excepcëes:


1.” — guando o imposto resulta de valores levados directamente aos capitais préprios, como, por exemplo, uma
reavaliacéo, entëo o imposto corrente ou diferido deve também ser levado directamente ao capital préprio:
2. — guando o imposto resulta de uma concentrac&o de actividades empresariais, deve ser levado ao tres-
passe (goodwill).

28.8 — APRESENTAGAO

25.8.1 - Activos por impostos e passivos por impostos


Nao se pode proceder & compensacêo de activos e passivos por impostos cotrentes ou por impostos diferi-
dos. Tal compensacao sê serê permitida se:
a) existir um direito legalmente executêvel para compensar auantias reconhecidas:e
b) se pretenda ou liguidar numa base liguida ou realizar o activo e liguidar o passivo simultaneamente.

791
Carituto 28 Impostos Sobre o Rendimento SNGC EXPLICADO

25.8.2 - Gasto de impostos


O gasto (rendimento) de impostos relacionado com o resultado de actividades ordindrias deve ser apresen-
tado na face da demonstracêo dos resultados.

25.9— DIVULGAGOES
As divulgac6es regueridas pela NCRF25 sêo as seguintes:
Os principais componentes do gasto (rendimento) de impostos devem ser divulgados separadamente.

O aue se segue deve ser também divulgado separadamente:

a) o imposto diferido e corrente agregado relacionado com rubricas gue sejam debitadas ou creditadas ao
capital proprio;

b) uma explicacao do relacionamento entre gasto (rendimento) de impostos e lucro contabilistico em uma ou
ambas das seguintes formas;
j) reconciliac&o numêrica entre o gasto (rendimento) de impostos e o produto do lucro contabilistico mul-
tiplicado pela(s) taxa(s) de imposto aplicêvelleis), divulgando também a base pela agual a taxa(s) de
imposto aplicêvelleis) é (s&o) calculada(s); ou
i) reconciliag&o numérica entre a taxa efectiva e a taxa aplicavel, divulgando também a base pela gual é
calculada a taxa de imposto aplicavel;

alterac6es na taxa(s) de imposto aplicêvel comparada com o periodo contabilistico anterior;

a guantia (e a data de extinêo, se a houver) de diferencas temporêrias dedutiveis, prejuizos fiscais nao
usados, e créditos fiscais nêAo usados, relativamente aos guais nêo tenham sido reconhecidos activos por
impostos diferidos;

a guantia agregada de diferencas temporêrias associadas com investimentos em subsidiërias, sucursais


e associadas e interesses em empreendimentos conjuntos, relativamente as guais nêo tenham sido reco-
nhecidos passivos por impostos diferidos;

com respeito a cada tipo de diferenga tempor&ria e com respeito a cada tipo de prejuizos por impostos
nêo usados e créditos fiscais nêo usados:
j) a guantia de activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos no balanco para cada periodo
apresentado;
i) a guantia de rendimentos ou gastos por impostos diferidos reconhecidos na demonstraGêo dos resulta-
dos, se tal nêo for evidente das alteracêes das guantias reconhecidas no balanco; e

com respeito a operacêes descontinuadas, o gasto de impostos relativo ao(&):


j) ganho ou perda da descontinuacao; e
i) resultado das actividades ordindrias da operacêo descontinuada do periodo, juntamente com os valo-
res correspondentes de cada periodo anterior apresentado; e
ii) guantia conseguente do imposto sobre o rendimento dos dividendos da entidade aue foram propostos
ou declarados antes de as demonstracêes financeiras serem autorizadas para emissao, mas due nao
$&0 reconhecidos como passivo nas demonstracêes financeiras.

Deve divulgar-se a guantia de activos por impostos diferidos e a natureza das provas gue suportam o seu
reconhecimento guando:
a) a utilizacao dos activos por impostos diferidos esteja dependente de lucros tributêveis fuluros em excesso
aos lycros provenientes da reversao de diferencas temporêrias tributêveis existentes; e
b) a entidade tenha apresentado prejuizo, guer no periodo corrente guer no periodo precedente, na jurisdi-
C&o fiscal com ague se relacionam os activos por impostos diferidos.

29.10 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNCE 0 POC


Nao existem diferengas significativas entre a NCRF 25 e a DC 28.

198
SNC EXPLICADO Cariruto 25 Impastas $abre a Rendimento

25.11 -EFEITOS DO $NC NAS DEMONSTRAGOES FINANCEIRAS


Relativamente aos impostos sobre lucros, néo existirao efeitos significativos nas demonstracëes financeiras
das entidades.

25,12 - DUVIDAS FREOUENTES


1.” — Devo reconhecer sempre activos por impostos diferidos?
Nao. Apenas posso reconhecer activos por impostos diferidos guando estiver em condicêes de
demonstrar aue se trata de um activo, isto é, gue incorpora beneficios econémicos futuros, traduzidos
neste caso por economias de IRC no futuro.

2.” — Posso reconhecer num ano activos por impostos diferidos de situacêes provenientes de anos anteriores?
Sim. O reconhecimento de activos por impostos diferidos assenta em estimativas dos gestores, as guais
terêo de ser revistas em cada periodo de relato.

3.” — Devo manter sempre os activos por impostos diferidos reconhecidos em anos anteriores?
Nêo. Tratando-se de estimativas, poderemos ter due desreconhecer activos por impostos diferidos sempre
due a actualizacao das estimativas indicar gue jé nêo é provavel a realizac&o do activo.

4.” — Os passivos por impostos diferidos relativos a reavaliacêes devem ser actualizados pela evoluc&o dos
Coeficientes de desvalorizacêo da moeda?
Sim. A base fiscal do activo aumenta em conseguêëncia da aplicac&o dos coeficientes de desvaloriza-
CaAo da moedsa, pelo gue se reduz a diferenca entre o montante do activo contabilistico e a sua base fis-
cal e, conseguentemente, reduz-se o passivo por impostos diferidos.

5.” — Posso apresentar os impostos diferidos pelo seu valor descontado?


N&o. Os impostos diferidos (activos ou passivos) nêo podem ser descontados.

6.” — Posso compensar activos por impostos diferidos com passivos por impostos diferidos?
Nêo. A menos ague exista um direito legal para essa compensaGêo.

25.18 - EXERCICIOS
Para a realizacêo dos exercicios, vamos considerar sempre uma taxa de impostos sobre lucros de 25%.

EXERCICIO N.” 1
A empresa ABC teve um prejuizo contabilistico (e fiscal) em N de 500 milhares de euros e espera-se aue
Continue a apresentar perdas nos préxXimos anos. A empresa pode utilizar as perdas fiscais de um determinado
@xercicio nos seis anos subseaguentes. Contabilize os impostos diferidos.

Solugao:

No ha aualguer contabilizacêo a efectuar, uma vez gue nêo existem impostos a pagar e néo se pode
proceder ao reconhecimento de activos por impostos diferidos relativamente & perda fiscal do exercicio
de N, por nêo existir seguranca razoëvel da sua utilizacëo para compensar lucros tributdveis futuros (0
reconhecimento de activos por impostos diferidos nao é automatico, temos de demonstrar a existência de
beneficios econdmicos futuros).

EXERCICIO N.” 2
A empresa ABC vai adoptar a NCRF 25 e tem perdas de anos anteriores de 400 000 €. Espera ter lucros tributê-
veis futuros em excesso a este valor. Contabilize os impostos diferidos.

799
CaAPiruL9 25 Impostas Sobre o Rendimenta SNC EXPLICADO

Solucao:
Débito —- Activos por impostos diferidos 100 000 (400 OOO x 25%)
Crédito - Resultados transitados 100 000 (400 000 Xx 25%)

EXERCICIO N.” 3
A empresa ABC teve um prejuizo contabilistico em N de um milhêo de euros, assim determinado:
Lucro “normal” 500 000
Provisêo para reestruturaGêo (1500 000)

Sabendo-se due se espera ter lucros tributêveis nos préximos três anos de dois milhêes de euros, efectue os
lancamentos apropriados, de acordo com o mêtodo do efeito fiscal.

Solucaêo:

Calculo do resultado fiscal:


Resultado antes de impostos (1 000 000)
A acrescer: provisêo para reestruturacao
nao aceite para fins fiscais 1 500 000
Resultado fiscal 500 000
IRC a pagar (25%) 125 000

A provisao para reestruturac&o constitui uma diferenca temporêria, uma vez due nao é aceite para fins fis-
cais no periodo da sua constituic&o, no entanto, auando se materializarem os gastos gue ela se destinaa
cobrir, eles sêo, normalmente, aceites para fins fiscais.

Lancamento a efectuar:
Débito - Resultado do exercicio
Impostos sobre lucros - correntes 125 000
Crédito - Impostos sobre lucros a pagar 125 000
Pelo imposto a pagar
Débito —- Activos por impostos diferidos 375 000 (1 500 000 x 25%)
Crédito - Resultado do exercicio
Impostos sobre lucros - diferidos 375 000
Pelo reconhecimento de impostos diferidos
sobre a diferenca temporêria

EXERCICIO N." 4
A empresa ABC reavaliou uma mAêguina no ano N através de reavaliag&o legal. A depreciac&o relativa & rea-
valiacëo terê inicio no exercicio Nt1.

Foi mantida a vida Gtil da mAauina. Apresentam-se os respectivos efeitos (valores expressos em euros):
Valor original Reavaliacao Valor reavaliado
Custo 1000 1 400 2 400
Depreciacao 500 700 1 200

4.1. Efectue o lancamento da reavaliac&o pelo método do efeito fiscal.


4.2. Indiague dual o resultado liguido de N-#-1 pelo método do efeito fiscal. Para tal, considere gue a taxa de
depreciacê&o é de 10% e aue o lucro de N41 antes de impostos é de 80 €.

Solugao:

4.1. Lancamento da reavaliacëo

800
SNEC EXPLICADO CaPiruL0 25 Impostos Sobre o Rendimento

Débito - Eauipamento b4sico - valor bruto 1 400 |


Crédito - Eguipamento bêsico - depreciag6es acumuladas 700
Crédito - Excedentes de revalorizacêo 700
e
Débito - Excedentes de revalorizacê&o 70 (700 x 40% nao aceite
para fins fiscais x 25%
de taxa de imposto)
Crédito - Passivos por impostos diferidos 70
Nota -A depreciagêo de uma reavaliagëo legal é aceite em 60% para fins fiscais. Assim, a diferenga temporêria calcula-se
sobre 40% da reavaliacëo.

4.2. Calculo do resultado fiscal:


Resultado antes de impostos 80
A acrescer: A0% do acrêscimo das depreciacêes
devido & reavaliacêo 56
Resultado fiscal 136

Lancamento a efectuar:

Débito — Resultado liguido do exercicio


Impostos sobre lucros — correntes a3A (136 x 25% de taxa de imposto)
Crédito - Impostos sobre lucros a pagar a4
e
Débito - Passivos por impostos diferidos 14 (56 x 25%)
Crédito - Resultado liguido do exercicio
Impostos sobre lucros - diferidos 14

O resultado liguido serê de 60 € (80 € - 20 €).

EXERCICIO N. 5
A empresa ABC efectyuou uma reavaliacëo livre de um edificio em N no valor de 700 €. Contabilize essa rea-
valiacëo pelo método do efeito fiscal.

Solucêo:
Débito - Edificios 700
Crédito - Excedentes de revalorizacêo 700
e
Débito - Excedentes de revalorizacao 175 (700 x 25%)
Crédito - Passivos por impostos diferidos 178

Nota -A depreciacê&o de uma reavaliacêo livre nêo é aceite na sua totalidade para fins fiscais. Assim, a diferenca tempo-
rêria calcula-se sobre o valor integral da reavaliacao.

EXERCICIO N.” 6
A empresa ABC constituiu em N-1 provisêes ou reconheceu perdas por imparidade como se segue:

Provisêo ou perda por imparidade


Clientes 10 000
Pensêes de reforma 20 000
Contratos onerosos 8 000

SNCE-51 801
CAirUL6 25 Impostos Sabre o Rendimento SNC EXPLICADO

A perda por imparidade de dividas de clientes foi aceite fiscalmente por 8500 €; as demais nêo foram aceites.

Em N, a empresa realizou gastos com contratos onerosos de 8000 €, tendo Criado nova provisêo de 12 000 €.
A provisêo para pensêes de reforma manteve-se.
Foram realizadas perdas com clientes de 2000 € (dos auais, 1500 € se referem ês perdas por imparidade
reconhecidas em N-1 e nêo aceites fiscalmente) e reconheceram-se perdas por imparidade de 16 000 €, dos
guais 14 000 € sêo aceites fiscalmente.
Efectue a contabilizac&o dos impostos diferidos nos dois anos.

Solucao:

Saldo Provisêes ou perdas por Provisêes ou perdas por


N-1 imparidade aceites imparidade tributadas

Imparidade dividas de clientes 10 000 8 500 1 500

Provisa0 pens@es 20 000 20 000

Provisio contratos onerosos 8 000 8 000

Total 38 000 8 500 29 500

As provisêes e perdas por imparidade tributadas em N—-1 constituem uma diferenca temporêria, uma vez
due os gastos serao aceites para fins fiscais guando se materializarem.
Assim, tendo em conta a taxa de impostos sobre lucros de 25%, o efeito fiscal das provisêes e perdas por
imparidade tributadas serê de 7375 € (25% x 29 500 €).

Lancamento em 31-12-N—1:
Dêbito - Activos por impostos diferidos A0/8
Crédito - Resultado liguido do exercicio
Impostos sobre lucros - diferidos 7 875

Em N, as provisêes e perdas por imparidade evoluiram como se segue:

31-12-N—1 Reforco Utilizacao 31-12-N

Clientes 10000 16 000 2000 24 000

Pens@es 20 000 20 000

Contratos onerosos 8 000 12 000 8 000 12000

No final de N, o saldo de activos por impostos diferidos relativamente a provisêes e perdas por impari-
dade tributadas deverê ser:

Pensêes 4 Contratos onerosos - 32 000 x 25% 8 000


Clientes (relativamente a N) 2 O0O x 25% — 500

8500.
O lancamento a efectuar em N serê:
Débito - Resultado liguido do exercicio
Impostos sobre lucros - diferidos 2 375 (150048 000) X 25%
Crédito — Impostos diferidos activos 23765
Efeito dos gastos aceites no imposto a pagar de N

802
SNC EXPLICADO Cariruto 25 Impastos Sobre oa Rendimento

Débito — Activos por impostos diferidos 3 500 (2000 4 12 000) x 25%


Grédito - Resultado liguido do exercicio
Impostos sobre lucros - diferidos 3 500
Provisêes tributadas em N

Assim, o saldo de activos por impostos diferidos evoluiu como se segue:

Saldo em 31-12-N—1 7.815


Realizacêo em N (23915)
Aumento em N 3 500
Saldo em 31-12-N 8 500

Para verificarmos se o saldo final dos activos por impostos diferidos est correcto, devemos verificar
gual o saldo em 31 de Dezembro de N das provisêes e perdas por imparidade tributadas, o agual é de
34 000 €:
Clientes 2 000
Pensêes 20 000
Contratos onerosos 12 000
Total 34 000

Em conseauência, o saldo de activos por impostos diferidos deverê ser: 34 000 € x 25% 8 BOD €, o
gual corresponde ao saldo evidenciado acima.

EXERCICIO N. 7
A companhia ABC tem um lucro contabilistico antes de impostos de 500 000 € e apresenta as seguintes
situac6es:
— provisêes constituidas no exercicio e nêao aceites 50 000
— despesas confidenciais 10 000
— multas e donativos nêo aceites 5 000
— reduGë&o de provis6es tributadas em anos anteriores 15 000
Além disso:
— @xistiam no inicio do ano perdas fiscais de 200 000 €:
— 0 activo fixo tangivel inclui uma reavaliacêo livre de 500 000 € efectuada no exercicio, cuja depreciacao é
de 20 000 € por ano, tendo jê sido contabilizada no exercicio a depreciagêo, e inclui reavaliac6es legais
efectyuadas em anos anteriores (800 000 € valor bruto e 400 000 € nas depreciacêes), com depreciacao
de 60 000 €/ano;
—as provisbes tributadas em anos anteriores sêo de 80 000 €, dos guais 15 000 € foram utilizados neste
e@xerCICIo.

Proceda ao calculo dos impostos diferidos reportados ao inicio do ano e & contabilizacëo dos impostos
sobre lucros no exercicio pelo método da efeito fiscal.

Solucëo:

Calculo do imposto a pagar


Lucro antes de impostos 500 000
A acrescer: Dif. permanentes Dif. temporarias
| Provisêes nêo aceites 50 000
Despesas confidenciais 10 000
Multas e donativos 5 000
Depreciacëo da reavaliacao livre 20 000
40% depreciac&o reavaliac&o legal 24 000

803
N
SNC EXPLICADO
CaArITuLo 25 Impostos Sobre o Rendimento

A deduzir:
Reducao de provisêes tributadas (15000)
Total: adic6es 15 000 94 000 109 000
exclusêes (15 000) (15 000)
Lucro tributêvel 594 000
Menos: perdas reportdveis (200 000)
Matéria colectdvel 394 000
IRC a pagar (25%) 98 500

Nota — Nêo se levam em conta tributacëes aulénomas por guestao de simplificacêo.

1. Lancamento dos impostos diferidos no inicio do ano


Perdas fiscais
D. Activos por impostos diferidos 50 000. (200 000 X 25%)
C. Resultados transitados 50 000

Provisêes tributadas
D. Activos por impostos diferidos activos 20 000 (80 000 25%)
C. Resultados transitados 20 000
Reavaliacêes legais
D. Excedentes de revalorizacao 46 000 (460 000 X 40% X 25%)
C. Passivos por impostos diferidos 46 0OO

2. Lancamento no final do ano

Reavaliacao lvre
D. Activos fixos tangiveis 500 000
C. Passivos por impostos diferidos 125 000. (500 000 * 25%)
C. Excedentes de revalorizacao 375 000

Pelo imposto a paaar


D. Encargo com impostos sobre lucros 98 500
C. Impostos sobre lucros a pagar 98 500

Provisêes nêo aceites


D. Activos por impostos diferidos 12 500. (50 000 x 25%)
C. Encargo com impostos sobre lucros 12500
Utilizac&o das perdas fiscais
D. Encargo com impostos sobre lucros 50 000
C. Activos por impostos diferidos 50 000

Reduc#o das provisêes tributadas


D. Encargo com impostos sobre lucros 3 750
C. Activos por impostos diferidos 3750

Depreciacêo da reavaliacêo livre


D. Passivos por impostos diferidos 5 000
G. Encargo com impostos sobre lucros 5 000
40% aumento depreciacêes devido & reavaliacêo legal
D. Passivos por impostos diferidos 6 000
G. Encargo com impostos sobre lucros 6 000

804
GAPITULO 26
Arcontecimentos Ap0s a Data
do Balanco
CarliruLo 26 Acontecimentos Ap6s a Data do Balanco SNC EXPLICADO

26.1-INTRODUGAO
As demonstrac6es financeiras reportam-se a uma determinada data, por exemplo, 31 de Dezembro e, por
isso, reflectem todas as transaccêes gue ocorreram até Aguela data. No entanto, desde a referida data até a
data em gue as demonstracées financeiras sê0 autorizadas para emissêo poderêo ocorrer acontecimentos com
grande impacto na situac&o financeira, no desempenho da empresa e nos seus fluxos de caixa, por vezes até
na prépria continuidade da empresa.
Estes acontecimentos, denominados acontecimentos subseaguentes & data do balanco, devem ser reflectidos
ou por ajustamento nas demonstrac6es financeiras ou por divulgagêo nas notas as contas.

26.2- A NORMA DA GNG


Sobre este assunto, a CNC emitiu a NCRF 24 —- Acontecimentos Ap6s a Data do Balanco, a aual tem por
base alAS 10- Events after the Balance Sheet Date (Acontecimentos Subseaguentes).

De acordo com a NCRF 24, acontecimentos apêés a data do balanco sêo:


“aagueles acontecimentos, favoraveis e desfavordveis, gue ocorrem entre a data do balanco e a data em
gue as demonstrac6es financeiras forem autorizadas para emissêo, pelo 6rgao de gestêo'.

A NCRF 24 define e especifica os respectivos significados para cada um dos seguintes termos:

Tipos de acontecimentos —- gue se subdividem em:

a) aaueles gue proporcionem prova de condicées gue existiam & data do balanco (acontecimentos gue dêo
lugar a ajustamentos apés a data do balanco);

b) aagueles gue sejam indicativos de condicées aue surgiram apês a data do balanco (acontecimentos due
nao dêo lugar a ajustamentos apés a data do balango).

Data de autorizagêo para emissao das demonstrac6es financeiras - ê a data a partir da gual as demons-
tracées financeiras aprovadas pelo 6rgêo de gestêo se disponibilizam para conhecimento de terceiros ou, se
aplicavel, de um conselho de superviséo (constituido unicamente por nêo-executivos).

Ainda segundo a NCRF 24, o processo de autorizacêo da emissêo variarê consoante a natureza , a organiza-
c&o da entidade e as exigências legais a due a mesma estê submetida.
Em Portugal, considera-se gue a data de autorizacao para emissêo é a data de aprovacëo das contas pelo
Conselho de Administracêo ou 6rgao de gestêo eaguivalente.

Reconhercimento e mensuracio
Os termos “acontecimentos gue dao lugar a ajustamentos” e "acontecimentos gue néo dio lugar a ajusta-
mentos” sêo usados para categorizar o tratamento contabilistico dos acontecimentos apés a data de balanGo.
Neste contexto, uma entidade:
a) deve ajustar as guantias reconhecidas nas suas demonstracées financeiras para reflectir os acontecimen-
tos apés a data do balanco gue dêo lugar a ajustamentos;
b) nêo deve ajustar as guantias reconhecidas nas suas demonstracêes financeiras para reflectir os aconteci-
mentos apés a data do balanco gue néo dêo lugar a ajustamentos, embora possa necessitar de dar divul-
gacêes adicionais (ver Notas as Demonstrac6es Financeiras abaixo).

Acontecimentos apés a data do halanco ajustdveis


Um exemplo de um evento ajustêvel ser& um cliente duvidoso ague, subseguentemente a& data do balanco,
declara falência.

Trata-se de um evento gue confima uma situagao (situaG&o econémica dificil) gue j& existia na data do
balango, pelo gue, caso a perda nêo esteja jê integralmente reconhecida, terê de se efectuar o correspondente
ajustamento.

806
SNC EXPLICADD CAPITULO 26 Acontecimentos Apés a Data do Balanto

Outros exemplos de eventos ajustaveis:

— decis&o do tribunal de um litigio existente na data do balanco (poderê implicar o reconhecimento ou


reforco de uma provisêo ou a sua reversêo total ou parcial);

—- emissêo de nota de crédito relativa a vendas do ano anterior;

— descoberta de um erro importante (o erro terê de ser corrigido);

— incêndio gue inviabiliza a continuidade operacional (as contas ter&o de ser apresentadas numa Gptica de
liguidacêo);

— venda de inventêrios com prejuizo (normalmente, confirma uma imparidade ja existente na data do balanco).

Acontecimentos apés a data do balanco nio ajustveis


Um exemplo de evento nêo ajustêvel serê um incêndio ocorrido apos a data do balanco e gue tenha conse-
guêëncias significativas para a entidade. Neste caso, por se tratar de uma situacao surgida ap6s a data do
balanco, nêo deve ser objecto de ajustamento, devendo, no entanto, ser divulgada nas Notas &s Contas.

Outros exemplos de divulgacêes de eventos nao ajustaveis:

— severas desvalorizacêes cambiais com efeitos significativos nos resultados e na situacë&o financeira;

— reorganizacêes societarias ou importantes reestruturac6es;

— CoOnNcENtrac6es empresariais;

— actividades descontinuadas;

— aumentos ou reduc6es de capital;

— ganhos de contratos/concessêes muito significativos;

— destruicëo por fogo de uma importante &rea fabril;

— descobertas cientificas com significativo impacto para a empresa;

— inicio de litigio significativo;

— Guestées ambientais;

— compras ou alienacêes importantes de activos;

—êto.

Em resumo:

Situac6es novas : Reguerem divulgaco

Confirmacao de situacoes |
Gielenies na dele de balsneo Reguer ajustamento (se aplicavel)

Gontinuidade
Conforme a NCRF 21, as demonstracêes financeiras nêo devem ser elaboradas numa base de continuidade
se os gestores determinarem, apés a data do balanco, gue tém a intencao de liguidar a empresa ou de cessar
negécios, ou aue nêo têm outra alternativa realista senêo fazé-lo.
A NCRF 21 refere gue a deterioragëo dos resultados operacionais e da posicëo financeira apés a data do
balanco pode indicar a necessidade de considerar se é ou nêo ainda apropriado o pressuposto da continui-
dade. Se o pressuposto da continuidade deixar de ser apropriado, o efeito é t#o profundo due esta norma exige

807
E

Cariruto 26 Acontecimentos Ap6s a Data do Balanco SNC EXPLICADO

alteracëo fundamental no regime de contabilidade, em vez de um ajustamento as aguantias reconhecidas dentro


da base original da contabilidade.

O SNC exige determinadas divulgacêes se:


a) as demonstracêes financeiras no forem preparadas numa base de continuidade; ou
b) os gestores estiverem cientes de incertezas materialmente relevantes relacionadas com acontecimentos
ou condicêes ague possam lancar duvidas significativas acerca da capacidade da entidade em prosseguir
como uma entidade em continuidade.

26.3 - DIFERENGAS ENTRE 0 SNGE 0 POG


Nao é aplicével falarmos de diferencas, uma vez gue, sendo o POC omisso, nos termos da DC 18, devia ser
aplicada a AS 10 (base da NCRF 24).

26.4 -EFEITOS DO SNC NAS DEMONSTRAGOES FINANGEIRAS


Nêo deveriam existir efeitos, uma vez gue, conforme referimos acima, aplicavam-se jê em Portugal as dispo-
sicées da IAS 10. No entanto, a experiëncia mostra-nos gue as entidades em Portugal nem sempre seguiam as
disposicêes da lAS 10.

26.5 - EXEMPLO DE DIVULGACAO DE ACONTECIMENTOS SUBSEOUENTES


O relatério e contas consolidadas do semestre findo em 30 de Junho de 2007 da EDP inclui a seguinte nota:

Nota 46 — Eventos relevantes e subseguentes

Aduisic&o da Horizon Wind Energy pela EDP


A 3 de Julho de 2007, a EDP concretizou a compra de 100% do capital social da Horizon Wind Energy LLC
(“Horizon”), apés confirmacao das condicëes suspensivas do contrato de compra e venda celebrado no dia 27
de Marco de 2007 entre a EDP e a Goldman Sachs, nomeadamente, a obtencêo das autorizac6es regulatêrias
necessêrias por parte das autoridades federais e estaduais norte-americanas.
No &Ambito desta aguisicêo, os activos (“enterprise value") da Horizon foram valorizados em USD 2740
milhêes, incluindo todos os investimentos incorridos até & data pela Goldman Sachs.
O financiamento da aauisic&o da Horizon foi realizado com recurso a um empréstimo bancêrio sindicado no
montante de USD 3000 milhêes, uma tranche de USD 1500 milhêes com prazo de um ano (com opGêo de exten-
$ê&o por mais um ano) e outra tranche de USD 1500 milhêes com prazo de sete anos. A montagem do emprés-
timo foi liderada pelo Barclays Capital e pelo Citigroup.

Horizon acorda termos indicativos de transacc&o com investidores institucionais


A 10 de Julho de 2007, a Horizon Wind Energy LLC (“Horizon”) acordou com um consércio de investidores
institucionais os termos indicativos para a participacëo destes investidores num conjunto de projectos edlicos
gue abrange um portfélio de projectos com uma capacidade instalada liguida de 722 MW.
O consêrcio é constituido pela JP Morgan, ABN Amro e Morgan Stanley, sendo ague o montante a aporlar
pelos investidores totaliza cerca de USD 700 milhêes.

808
GAPITULO 27
Pedguenas Entidades
CariTuta 27 Peguenas Entidades SNC EXPLICADO

a propor-
Tendo em vista a simplificac&o das obrigac6es contabilisticas das peauenas entidades, de forma
cionar-lhes competitividade face as suas congéneres de outros paises, foi decidido simplificar o impacto da
mudanca do POC para o SNC relativamente &s peguenas entidades.

Assim, o Decreto-Lei n.” 158/2009 permite gue, de entre as entidades obrigadas a aplicar o SNC, e excluindo
as entidades aue apliguem as normas internacionais de contabilidade, ague estejam sujeitas & superviséo do
sector financeiro ou gue integrem o perimetro de consolidacêo de entidades gue apresentem demonstrac6es
financeiras consolidadas, as peguenas entidades optem entre a aplicac&o das NCRF ou a aplicacao da Norma
Contabilistica e de Relato Financeiro para Peguenas Entidades (NCRF-PE). Para o efeito, de acordo com o refe-
rido Decreto-Lei, $&o consideradas peguenas entidades aaguelas aue nao ultrapassem dois dos três limites
abaixo, desde aue as suas demonstracêes financeiras nêo estejam sujeitas a Certificacaêo legal das contas, por
razoes legais ou estatutêrias e nêo integrem grupos de sociedades:
1.” — Total do balanco: € 500 000;

2% — Total de vendas liguidas e outros rendimentos: € 1 000 000;

3.% —- NGmero de trabalhadores empregados em média durante o exercicio: 20.

Nos termos do Decreto-Lei n.” 158/2009, a aplicac&o destes limites serê assim efectuada:

Entidades existentes em 21 de Dezembro de 2008


NO caso das entidades existentes em 31 de Dezembro de 2008, os limites reportam-se as demonstrac6es
financeiras do exercicio de 2008, produzindo efeitos a partir de 2010.

Entidades constituidas em 2009


Se a entidade for constituida em 2009, os limites reportam-se as previsêes para 2009 e produzem efeitos a
partir de 2010.

Entidades constituidas apds 2009


Caso a entidade seja constituida ap6s 2009, os limites reportam-se &s previsêes para o ano da constituicëo e
produzem efeitos imediatos.

O Decreto-Lei n.” 158/2009 estipula ainda due:


Sempre gue os limites sejam ultrapassados num delerminado exercicio, a opcêo deixa de poder ser exer-
cida a partir do segundo exercicio seguinte, inclusive; e
Sempre aue os limites deixem de ser ultrapassados num determinado exercicio, a entidade pode exercer
a opcao a partir do segundo exercicio seguinte, inclusive.

Em sintese, a NCRF-PE nêo pode ser aplicada pelas seguintes entidades:

1. — peguenas entidades gue integrem o perimetro de consolidacêo de entidades aue apresentem demons-
tracëes financeiras consolidadas;

2% — peguenas entidades gue apliguem as normas internacionais de contabilidade;


3% — peguenas entidades sujeitas & supervis&o do sector financeliro;

4.” — peaguenas entidades ague devam ter as suas contas sujeitas a certificacêo legal das contas, por razoes
legais ou estatutêrias;
5.” — as entidades gue nêo sejam consideradas peaguenas entidades, tendo em conta os limites acima indi-
cados.

Naêo serê de mais salientar gue a aplicac&o da NCRF-PE tem carécter voluntêrio, pelo gue as peguenas enti-
dades aue, nos termos do Decreto-Lei n.” 158/2009 possam aplicar a NCRF-PE têm a opcëo de aplicar as
NCRF, ou seja, seguirem o regime geral.

810
SNC EXPLICADO CaAriTuL0 27 Peguenas Entidades

Modelos de demonstracies financeiras aplicêveis as peguenas entidades


As peguenas entidades est&o dispensadas de apresentarem:

— demonstragëo das alteracêes no capital préprio; e

— demonstracao dos flyxos de caixa.

A Portaria n.” 986/2009, de 7 de Setembro, aprovou modelos reduzidos de balanco, demonstrac&o dos resul-
tados por naturezas, demonstragëo de resultados por func6es (de elaboracêo por opcêo) e do anexo,

A NGRF-PE
A NCRF-PE publicada através do Aviso n.” 15 654/2009, de 7 de Setembro de 2009 segue a filosofia, concei-
tos e critérios de reconhecimento, mensuraGëo, apresentacao e divulgacêo das NCRF. O seu contetdo é o
seguinte:

Ponto 1- Objectivo
Ponto 2- Ambito
Ponto 3 - Consideracëes gerais sobre reconhecimento
Ponto 4 - Estrutura e contetdo das demonstrac6es
Ponto 5 - Adopc&o pela primeira vez da NCRF-PE
Ponto 6 — Politicas contabilisticas, alteracées nas estimativas contabilisticas e erros
Ponto 7 —- Activos fixos tangiveis
Ponto 8 — Activos intangiveis
Ponto 9 - Locacêes
Ponto 10 - Custos de emprêstimos obtidos
Ponto 11 - Inventêrios
Ponto 12 - Rédito
Ponto 13 - Provisêes, passivos contingentes e activos contingentes
Ponto 14 — Contabilizacao dos subsidios do Governo e divulgacaêo de apoios do Governo
Ponto 15 - Os efeitos de alteracêes em taxas de c&Ambio
Ponto 16 - Impostos sobre o rendimento
Ponto 17 - Instrumentos financeiros
Ponto 18 - Beneficios dos empregados

N&o estêo condensados nesta Norma os aspectos tratados pelas seguintes NCRF:

NCRF 5 - Divulgacêes de Partes Relacionadas


NGCRF 8 — Activos Nêo Correntes Detidos para Venda e Unidades Operacionais Descontinuadas
NCRF 11 - Propriedades de Investimento
NCRF 12 - Imparidade de Activos
NGCRF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas
NCRF 14 - Concentrac6es de Actividades Empresariais
NCRF 15 - Investimentos em Subsidiërias e Consolidacao
NCRF 16 - Exploracao e Avaliac&o de Recursos Minerais
NCRF 17 - Agricultura
NCRF 19 — Contratos de Construc&o
NCRF 24 — Acontecimentos Apds a Data do Balanco

Além disso, a NCRF 2 - Demonstracêo de Fluxos de Caixa nêo é reguerida para peguenas entidades.

Deste modo, das 28 NCRF, excluimos 12 NCRF.

a11
Cariruta 27 Peguenas Entidades SNC EXPLICADO

A NCRF 26 — Matérias Ambientais foi condensada no ponto 13 relativo as provisoes, passivos contingentes e
activos contingentes.

De referir gue os activos nêo correntes detidos para venda nêo constam do modelo reduzido do balanco e
no modelo reduzido da demonstracao dos resultados por naturezas nêo se inclui uma linha apos o resultado
liguido do periodo para o resultado das operac6es descontinuadas. No entanto, as propriedades de investi-
mento integram o modelo reduzido do balanco.
Salienta-se ainda aue, apesar de a NCRF 12 nêo ter sido incluida de forma condensada na NCRF-PE, nos
pontos 7.22 relativamente aos activos fixos tangiveis e 8.22 relativamente aos activos intangiveis, refere-se gue
se deve aplicar a NCRF 12 - Imparidade de Activos para determinar se um activo estê com imparidade.

Lacunas
Ouando a NCRF-PE for omissa, deve-se aplicar supletivamente:
1%-—as NCRF e as NI;
2“ —as Normas Intermacionais de Contabilidade adoptadas ao abrigo do Regulamento n.” 1606/2002, do
Parlamento Europeu e do Conselho (normas endossadas pela Uniëo Europeia). Para verificar a situagao
de endosso das normas, consultar o site www.efrag.org.;

3% -as AS, IFRS e respectivas Interpretac6es (SIC e IFRIC) emitidas pelo IASB.

Gritérios de reconhecimento e mensuragdo


Regra geral, os critérios de reconhecimento e mensuragao sêo iguais aos critêrios seguidos nas NCRF, exis-
tindo, no entanto, algumas simplificac6es, abaixo indicadas.

Adoptio pela primeira vez da NCRF-PE


De acordo com a NCRF-PE:

As alterac6es de politicas contabilisticas relativas & adopcêo pela primeira vez da NCRF-PE devem ser apli-
cadas prospectivamente.

No balanGo de abertura relativo & primeira aplicaGëo, deve-se:

— manter a mensuracêo dos activos e passivos gue nêo tenham de ser desreconhecidos;

—reconhecer activos e passivos nao reconhecidos no POC e cujo reconhecimento seja reguerido pela
NCRF-PE. A mensuracêo desses activos e passivos deve ser efectuada de acordo com a NCRF-PE, nêo
sendo permitida a mensuragêo pelo justo valor na data da transicêo;

— desreconhecer (anular) activos e passivos do POC ague nêo aualifiguem como activos e passivos de
acordo com a NCRE-PE; e

— efectuar as reclassificacêes pertinentes.

A contrapartida dos ajustamentos é reconhecida no capital proprio.

Impostos sobre 0 rendimento


Nas pedguenas entidades, os impostos sobre o rendimento $&0 contabilizados de acordo com o método
dos impostos a pagar, pelo gue nêo se procede ao reconhecimento de impostos diferidos, nem activos, nem
passivos.

0 método das impostos a pagar


De acordo com o método dos impostos a pagar, o encargo de imposto corresponde ao valor do imposto a
pagar. N&o existindo imposto a pagar, n&éo hê gualguer contabilizacêo a efectuar.

812
SNC EXPLICADO Cariruto 27 Peguenas Entidades

Analisemos duas situacêes concretas para exemplificacëo deste método.

1.2 situagëo - constituicdo de provisio para reestruturag4o


Lucro antes de impostos 100
Gastos n4o aceites:
— Drovisêo para reestruturacéo nao aceite para fins fiscais 120
Lucro fiscal 220
Impostos sobre lucros a pagar (assumindo uma taxa de 30%) 66

Lancamento contabilistico:
Débito - Encargo de impostos sobre lucros 66
Crédito — Impostos sobre lucros a pagar 66

Na Demonstracao dos Resultados teremos:


Lucro antes de impostos 100
Impostos sobre lucros (66)
Resultado liauido ad

Neste caso, a taxa efectiva de impostos sobre lucros serê de 66% (66 a dividir por 100).

Esta situac#o distorce, de forma significativa, as contas da empresa, uma vez gue um potencial investidor,
menos avisado, efectuaria os seus calculos com base num resultado liguido de 34, o agual nêo corresponde &
realidade. Vejamos porauë.

Suponhamos gue, no segundo ano, a empresa manteve o seu lucro antes de impostos (100) e suportou gas-
tos com reestruturacées no valor de 120, os aguais, contabilisticamente, nêo afectaram os gastos do periodo,
tendo sido utilizada a provis&o constituida no ano anterior. No entanto, para fins fiscais, materializou-se a perda
de 120, a aual é aceite no ano em ague os gastos s&o incorridos. Consideremos gue a empresa voltou a consti-
tuir uma provisêo de 120 para atender aos gastos com garantias no futuro. O resultado fiscal seria assim deter-
minado:
Lucro antes de impostos 100
Gastos nêo aceites:
— provisêo para reestruturacêo néo aceite para fins fiscais 120
Menos: reducë&o de provisêes tributadas (120)
Lucro fiscal 100
Impostos sobre lucros a pagar (assumindo uma taxa de 30%) 30

Lancamento contabilistico:
Débito - Encargo de impostos sobre lucros 30
Crédito - Impostos sobre lycros a pagar 30

Na Demonstracêo dos Resultados teremos:


Lucro antes de impostos 100
Impostos sobre lucros (30)
Resultado liguido 70

Neste caso, h4 uma coincidência ente a taxa efectiva (30%) e a taxa legal (30%).
Analisemos agora o gue se passaria no terceiro ano, caso a empresa nêo suportasse gastos com garantias e
decidisse anular a provisê&o constituida. O lucro antes destes movimentos continuaria a ser de 100.

813
CaPlTUL0 27 Peguenas Entidades SNC EXPLICADO

Lucro “normal” 100


Anulacao da provisêo para reestrulurag6es 120

Resultado antes de impostos 220


Menos: reducêo de provisêes tributadas (120)

Lucro fiscal 100


Impostos sobre lucros a pagar (assumindo uma taxa de 30%) 30

Lancamento contabilistico:
Débito - Encargo de impostos sobre lucros 30
Crédito - Impostos sobre lycros a pagar 30

Na Demonstracêo dos Resultados teremos:


Lucro antes de impostos 220
Impostos sobre lucros (30)
Resultado liguido 190

Neste caso, a taxa efectiva de impostos é de 13,6%, enguanto ague a taxa legal é de 30%. No entanto, no ano
seguinte, na ausência de outras situac6es, a taxa efectiva volta aos 30%.

2.* situatë0 —- a empresa apurou prejuizos fiscais no primeiro ano e utilizou esses prejuizos fiscais no segundo ano
Nesta situacao, consideremos gue uma empresa apresentou um prejuizo fiscal de 100 no primeiro ano e um
lucro fiscal de 100 nos segundo e terceiro anos. Vejamos os lancamentos contabilisticos a efectuar pelo méêtodo
dos impostos a pagar.

1.” ano 2.” ano 3.” ano


Lucro (prejuizo) antes de impostos (100) 100 100
Menos: prejuizos fiscais disponiveis — (100) s
Matêria colectavel (100) — 100
Impostos sobre lucros a pagar (30%) — — 30

No primeiro e segundo anos nao ha agualdguer langamento a efectuar, uma vez ague nêo existe imposto a
pagar. No terceiro ano, o lancamento a efectuar serê:

Débito - Encargo de impostos sobre lucros 30


Crédito - Impostos sobre lucros a pagar 30

A Demonstracêo dos Resultados para os três anos evidenciard:

1.” ano 2.” ano 3.” ano


Lucro (prejuizo) antes de impostos (100) 100 100
Impostos sobre lucros — — (30)
Resultado liguido (100) 100 70

A taxa efectiva de imposto é de zero no segundo ano e 30% no terceiro ano. Um potencial investidor, menos
avisado, tendo por base as contas do segundo ano poderia projectar resultados liguidos superiores ao aue
efectivamente se iria verificar.
Como vemos, a adopgêo deste mêétodo poderê originar distorcêes significativas nas contas das empresas.
Por isso, este método nêo deve ser utilizado, uma vez gue atenta contra o principio da correlac&o dos gastos
COM OS rendimentos.

Apesar do exposto acima, de forma a simplificar a contabilidade das peauenas entidades, e na seguência
de recomendaG6es da Uniëo Europeia e do tratamento seguido noutros palses, a CNC decidiu isentar as pegue-
nas entidades da aplicac&o do mêétodo do efeito fiscal (ver capitulo 25).

814
SNC EXPLICADO CariTuLn 27 Penuenas Entidades

Beneficios dos empregados


Os beneficios dos empregados relativos a beneficios pos-emprego e outros beneficios a longo prazo nao
foram incluidos na NCRF-PE, pelo gus, se existirem, a sua contabilizac&o deverê obedecer ao disposto na
NCRF 28 - Beneficios de Empregados.

Resumo das diferencas entre as NCRF e a NCRF-PE

1.” Diferencas a nivel da apresentacio das contas


As peguenas entidades estêo dispensadas de apresentar a demonstracêo das alteracêes no capital proprio
e a demonstracëo dos fluxos de caixa. Aléêm disso, aplica-se &S peauenas entidades modelos reduzidos de
balanco, demonstragêo dos resultados por naturezas, demonstracêo dos resultados por funcêes (de elaboracêo
opcional) e de anexo.

2.” — Diferentas a nivel do normativo incluido


A NCRF-PE nêo inclui 13 NCRF, sendo ague:
—a NCRF 2 - Demonstracëo de Fluxos de Caixa - ndo se aplica;
—a NCRF 12 - Imparidade de Activos tera de ser aplicada para se verificar se um activo fixo tangivel ou um
activo intangivel estê em imparidade, o gue é especificamente reauerido pela NCRF-PE;
— as demais NCRF poderêo ter de ser aplicadas, devido & necessidade de aplicagao supletiva das NCRF,
sempre gue a NCRF-PE for omissa.

3.” - Diferencas relativamente 3 transicio do POC para o SNG


Contrariamente & aplicagëo retrospectiva prevista na NCRF 3, a NCRF-PE reguer a aplicacéo prospectiva da
NCRFE-PE.

4.” - Diferengas relativamente aos critérios de reconhecimento e mensuragdo


As principais diferencas relativamente ao reconhecimento e mensuracêo sêo as seguintes:

Reconhecimento
Na contabilizac&o dos impostos sobre o rendimento segue-se o mêétodo dos impostos a pagar, pelo due nao
se procede ao reconhecimento de impostos diferidos.

Mensuracao
Existe uma limitacao do uso do justo valor.

815
GAPITULO 28
Apreciacao Gritica das NCRF
om

CarlituLo 2B Apreciacfo Critica das NCRF SNC EXPLICADO

As NCRF têm por base as IFRS, pelo aue, no essencial, incorporam as opcêes permitidas pelas IFRS. Por
outro lado, as Normas Internacionais de Contabilidade têm sido objecto de vêrias criticas e o trabalho do lASB
busca um aperfeicoamento continuo do normativo contabilistico, tendo em vista o objectivo subjacente & elabo-
rac&o das demonstrac6es financeiras e também a convergéncia com os Estados Unidos da América.

As reas gue nos parecem merecer atencêo da CNC sao as seguintes:

1.2 reduzir o nimero de opcêes existentes para tratar a mesma situac&o de forma diferente;
2.2 rever o tratamento dispensado ao negative goodwil, uma vez gue a nêo aceitac&o de provisêes para
reestruturac6es nao comprometidas na data da aguisicêo origina o reconhecimento antecipado de lucros
seguido do reconhecimento posterior de prejuizos;

3.2 rever os Critérios relativos ao reconhecimento de provisêes, uma vez due, em vêrias situacbes, o actual
Critério nêo sera prudente;

4.* considerar a possibilidade de tratar o custo de capital prêprio;

5.2 rever a situacêo dispensada aos activos intangiveis adauiridos e desenvolvidos intermamente;

6.2 rever a possibilidade de se reconhecerem no activo os gastos passados com despesas de desenvolvi-
mento, assim gue estejam reunidas as condic6es para capitalizacêo;

7.2 eliminar o método do corredor relativamente aos ganhos e perdas actuariais,

Embora o nimero de altermativas nas IAS/IFRS se tenha reduzido significativamente com as alterac6es ocor-
ridas em Dezembro de 2003 e Marco de 2004, bem como com as alteragées subseguentes, as Normas Interna-
cionais de Contabilidade continuam a apresentar diversas alternativas, o ague prejudica muito o objectivo da
comparabilidade e origina algum descrédito por parte dos utentes das contas.
Estas alternativas sêo um convite ao uso da contabilidade criativa, de forma a satisfazer os objectivos dos
gestores. Os auditores aceitam diferentes politicas contabilisticas para a mesma situacëo, desde aue a sua opi-
niao esteja baseada em diferentes referenciais contabilisticos.
Resumem-se abaixo as diversas opcêes existentes nas NCRF.

A - Opcées relacionadas com a adopcio das Normas Internacionais de Contabilidade pela primeira vez
As opcêes relacionadas com a adopcëo das NCRF pela primeira vez resultam da IFRS 1 e, embora sejam
opcëes due apenas podem ser tomadas na adopcëo das NCRF pela primeira vez, os efeitos dessas opcoes
poder&o ter impacto significativo nas demonstrac6es financeiras de vêrios exerclicios subseaguentes, por exem-
plo, no gue se refere ao montante das depreciag6es dos bens do activo fixo tangivel existentes na data do
balanco de abertura conforme o SNC.

NCRF 3 - Isencêes - Concentrac6es de actividades empresariais

Opcao 1 Opcao0 2

A entidade pode optar pela nao aplicacéo A entidade pode optar pela aplicag&0 retros-
retrospectiva da NCRF 14. pectiva da NCRF 14.

NCRF 3 - Isencêes - Justo valor ou revalorizacao como custo a ser considerado

Opcao 1 Opcao 2 Opcao 3 Opcao4

A entidade pode optar pela A entidade pode optar pela A entidade pode optar pela A entidade pode optar pela
valorizago do activo fix valorizacdo como custoa valorizag3o pelo justo valor | aplicacao retrospectiva das
tangivel na data da transi- Ser considerado através de num evento, tal como uma NCRF 7, 11 e 6 ou pelo uso do
Gao para IFRS ao justo valor | uma reavaliacëo de acordo privatizae50 ou OPV, como | justo valor dos activos na data
COMO custo a ser com 0 seu referencial custo a ser considerado na | de um evento, tal como uma
considerado contabilistico anterior data do evento privatizagio ou uma OPV

818
SNC EXPLICADO CariruLo 28 Apreciaciin Critica das NCRF

NCRF 3 - Isencêes - Beneficios dos Empregados

Opcao 1 Opcao 2

Valorizar cada plano de pensêes de acordo


Reconhecer a totalidade dos ganhos e com a NCRF 28 desde o inicio do plano,
perdas actuariais na data da transicdo para calculando os ganhos e perdas actuariais
0 SNC nao reconhecidos em cada data de balanco
(método do corredor)

NGCRF 3 - Isencêes - Diferencas de transposieëo cumulativas

Opcao 1 OpGao 2

Reconhecimento da totalidade das diferen- Manter as diferengas de conversdo cambial


gas de convers4o cambial na data de transi- | como componente separado do capital
630 para o SNC préprio

B - Optes relacionadas com o reconhecimento de activos/passivos ou de gastos/rendimentos

NCRF 10 - Custos de Empréstimos Obtidos

Os custos de empréstimos obtidos gue se refiram a activos dualificêveis (inventêrios ou investimentos) podem ser:

Opcao 1 Opc&02
Contabilizados como gastos Levados ao valor do activo

NCRF 28 - Beneficios dos Empregados

Ganhos e perdas actuariais em planos de beneficios definidos

Opcao 1 Opc4o 2 Opcao 3

0 excesso relativamente ao corredor A entidade nao aplica o corredor e No existe gualguer diferimento, isto
é reconhecido durante a vida atil reconhece todos os ganhos e é, hê um reconhecimento imediato
remanescente dos empregados perdas actuariais nos resultados através dos capitais préprios

C - Opc6es relacionadas com a mensuracdo de activos e passivos

NCRF 6 - Activos Intangiveis

Na aguisic&o de activos intangiveis por meio de um subsidio do Governo, pode-se optar pela mensuragêo
inicial da seguinte forma:

Opcao 1 Opcao 2

Justo valor Valor nominal

Na mensuracêo subseguente dos activos intangiveis pode-se optar - embora sujeito & existência de mer-
cado activo - entre:

Opcao 1 Opcao 2

Valorizat30 ao custo, menos amortizagio e | A valores reavaliados, menos amortizagéo


perdas por imparidade Subseguente e perdas por imparidade

819
SNC EXPLICADO
Caelryto 28 Apreciacfio Critica das NCRF

NCRF 7 - Activos Fixos Tangiveis

Os activos fixos tangiveis podem ser valorizados por um dos dois modelos abaixo:

Opgao 1 Opg4o 2

Custo menos depreciagio, menos perdas


Justo valor
por imparidade

NCBF 13 - Interesses em Empreendimentos Conjuntos e Investimentos em Associadas

Nas contas individuais de um empreendedor gue nao seja obrigado a elaborar contas consolidadas, os inte-
resses em empreendimentos conjuntos podem ser apresentados, de acordo com a NCRF 13, por gualguer um
dos seguintes mêétodos:

Opcao1 Opcao 2

Método da eguivalência patrimonial Consolidacëo proporcional

NCRF 11 - Propriedades de Investimento


As propriedades de investimento podem ser valorizadas por dois modelos distintos: o modelo do custo e o
modelo do justo valor.

Opcao 1 Opca40 2

Ao custo, menos depreciacio e perdas por Ao justo valor, sendo as variag6es no justo
imparidade valor levadas a resultados

NCRF 16 - Exploracêo e Avaliagao de Recursos Minerais

Na mensuracëo subseguente dos activos de exploracêo e avaliagêo de recursos minerais pode-se optar
entre:

Opcao1 Opgëo 2

Mêétodo do custo Modelo de revalorizagao

D - Opcêes relacionadas com divulgacêes

NCRF 25 - Impostos Sobre o Rendimento

Reconciliacao do gasto de impostos sobre lucros

Opcao 1 Opcao 2

Reconciliaco entre o gasto tedrico e 0 Reconciliacdo entre a taxa efectiva e a taxa


gasto real em vigor

820
GAPITULO 29
Principais Diferencas Entre
0 SNC e o POG
Carituto 28 Principais Diferencas Entre o SNC e oa POC SNC EXPLICADO

Neste capitulo resumem-se as principais diferencas apresentadas nos Capitulos anteriores, de forma due se
tenha uma visao global das diferencas existentes entre o SNC e o POC.

Apresentacdo das demonstraies financeiras


1.* Os modelos de demonstracêes financeiras aprovados pelo SNC divergem dos modelos do POC nos
seguintes aspectos:
1—O modelo do balanco é diferente. O actual modelo segue o modelo IAS/IFRS;
2 — Passamos a apresentar uma Demonstracêo das Alteracêes no Capital Préprio;
3 — No POC eram regueridas duas demonstrac6es dos resultados: por naturezas e por funcêes, para enti-
dades aue ultrapassassem dois dos três limites do artigo 262.” do Cédigo das Sociedades Comerciais.
O SNC apenas reauer como obrigatêria a apresentacêo da demonstracêo dos resultados por nature-
zas, deixando & opc&o das entidades a apresentacêo da demonstracêo dos resultados por funcêes.
2.” As divulgac6es regueridas pelo SNC s&o muito extensas e contrastam com o Anexo ao Balanco ea
Demonstracêo dos Resultados gue vigorava em Portugal, o gual néo seguia uma estrutura l6gica e conti-
nha demasiadas omiss6es.
3.” De acordo com o SNC, devem ser apresentados comparativos para toda a informacëo numéêrica cons-
tante das demonstracêes financeiras. O POC nêo regueria a apresentagëo de valores comparativos para
vêrias notas do Anexo ao Balango e & Demonstracêo dos Resultados.
4.* No Balanco passamos a evidenciar em linhas separadas:
— Propriedades de investimento;
— Activos biolégicos;
— Activos nao correntes detidos para venda.
5.” Deixaremos de ter resultados extraordindrios.
6.” No balanco SNC o capital néo realizado é compensado com o capital subscrito, pelo gue se apresenta no
capital préprio apenas o capital realizado. No balanco POC o capital prêprio evidenciava o capital subs-
Crito e o capital a realizar era apresentado no activo.

Politicas contabilisticas, estimativas contabilisticas e erros


De acordo com a NCRF 4, as alteracêes de politicas contabilisticas e os erros tém aplicagéo retrospectiva,
enguanto gue as alteracées de estimativas contabilisticas têm aplicagëo prospectiva.
No POC, nêo havia reexpressêo de demonstracêes financeiras: os erros de grande significado eram levados
a resultados transitados e, no caso de alterac6es de politicas contabilisticas, o efeito das mesmas era divulgado
no Anexo as Contas.

Demonstragio dos fluxos de caixa


1.” No SNC é obrigatério o uso do mêtodo directo na apresentacao dos fluxos de caixa das actividades ope-
racionais enguanto gue no POC se permitia a opcao entre o método directo e o indirecto.
2.” De acordo com a NCRF 2, os juros e dividendos recebidos e os juros pagos devem ser enguadrados
dentro das actividades operacionais, de investimento e de financiamento. Refere, no entanto, a NCRF 2
due os juros pagos e os juros e dividendos recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa ope-
racionais e, alternativamente, como pagamentos relacionados com a actividade de financiamento (juros
pagos) e como recebimentos relacionados com a actividade de investimento (juros e dividendos recebi-
dos). De acordo com a DC 14, os juros pagos deviam ser classificados como pagamentos relacionados
com a actividade de financiamento e os juros e dividendos recebidos como recebimentos relacionados
com a actividade de investimento.
3.” A NCRF 2 reguer a divulgacéo das alteracêes nos critërios de determinacëo dos componentes de caixa
seus eguivalentes. A DC 14 era omissa relativamente a esta divulgacao.
4.” A NCRF 2 estipula gue os fluxos de caixa de uma filial estrangeira devem ser convertidos & taxa de cêm-
bio em vigor & data em gue tais fluxos foram gerados. A DC 14 era omissa relatvamente a esta situacao.

822
SNC EXPLICADO CariruLo 29 Principais Diferengas Entre o SNC e oa POC

Activos intangiveis
1.* O POC permitia a inclusêo como activos intangiveis de direitos e despesas de constituicao, arrandgue e
expanNsêo, Oo due Na0 é aceite pela NCRF 6, a gual reaguer a imediata contabilizacao como gasto deste
tipo de dispêndios, excepto no gue se refere a dispêndios com operac6es de capital, os guais sêo conta-
bilizados como deducaëo do capital proprio.
2.2 A NCRF 6 nêo permite a capitalizacëo de dispêndios com formaGao e com publicidade e actividades promo-
cionais. Em Portugal, existia alguma tradicêo de se capitalizarem dispêndios com publicidade, em particular,
no lancamento de novos produtos e, por vezes, dispêndios com a formaGêo. O Decreto Regulamentar n.” 2/90
exigia o diferimento por um periodo minimo de três anos dos encargos com campanhas publicitêrias.
3.” A NCRF 6 néo permite a capitalizaGéo de gastos na fase de pesauisa. A DC 7 admitia a capitalizacêo de
despesas na fase de pesaguisa em circunstências excepcionais, em gue fosse assegurada, de forma ine-
auivoca, a existência de beneficios futuros.

Artivos fixos tangiveis


Activo bruto - como vimos, a NCRF 7 aceita o justo valor como critério valorimétrico dos activos fixos tangli-
veis, desde gue as reavaliacêes sejam regularmente efectuadas, o gue nêo acontece em Portugal. De acordo
com a NCRF 7, as reavaliac6es legais nêo sêo aceites.

Depreciacoes
1.” N&o sendo as depreciac6es em Portugal calculadas com base na vida util dos bens, ao contrêrio do pre-
conizado pela NCRF 7, temos aaui uma diferenca significativa entre os critërios numa base NCRF face
aos critérios numa base POC. Na conversêo das contas para NCRF torna-se necessêrio obter um estudo
da vida Gtil remanescente para os principais bens, de forma a concluir-se se as taxas gue vêém sendo pra-
ticadas séo adeguadas. Néo o sendo, as depreciag6es acumuladas devem ser ajustadas.
2.* De acordo com a NCRF 7, as depreciac6es devem iniciar-se na data em gue o bem fica disponivel para
uso e o método de depreciac&o deve reflectir o modelo de consumo dos beneficios econémicos futuros
esperados. O Decreto Regulamentar n.” 2/90 referia gue, em regra, o mêtodo a seguir era o das aguotas
coNstantes, permitindo o método das guotas degressivas e outros, desde gue autorizados pela DGC1.
3.* O POC nao contemplava as depreciacêes por componente, abordagem seguida pela NCRF 7.

Imparidade — aparentemente, nêo existe diferenca entre as NCRF e o POC relativamente as perdas por
imparidade. Na verdade, essa diferenca existe, uma vez gue nêo era prêtica em Portugal seguir-se as disposi-
c6es do ponto 5.4.4 do POC. Ap6s tomada a decisêo de capitalizar um determinado dispêndio, somente em
Casos muito excepcionais se procedia a amortizag6es extraordinêrias por imparidade. Assim, na conversao de
Ccontas para NCRF devemos analisar o cadastro dos activos fixos tangiveis com o objectivo de se identificar
bens com valor liauido significativo e gue jê nêo agualifiduem como activo.

Propriedades de investimento
As diferencas abaixo indicadas resultam da comparacëo da NCRF 11 com o POC e DC 16. No entanto, algu-
mas empresas tê#m considerado ague a |AS 40 (gue serviu de base & NCRF 11) se aplica supletivamente em Por-
tugal, pelo gue, nesses casos, nêo havera diferencas.
1.2 As propriedades de investimento passam a ser apresentadas no Balanco em linha separada.
2.2 De acordo com a NCRF 11, existe a opcêo de se valorizar as propriedades de investimento pelo seu justo
valor, deduzido de perdas por imparidade subseguentes, deixando de se iazer depreciac6es.

3.2 De acordo com a NCRF 11, os ganhos ou perdas provenientes de alteracêes no justo valor de proprieda-
des de investimento sêo incluidos no resultado liguido do perfodo. Conforme a DC 16, os ganhos eram
levados a reservas de reavaliacao, constituindo também as perdas reducêo das reservas de reavaliacêo
até as anularem; a partir dai, sêo levadas ao resultado liauido do periodo.
4.2 Segundo a NCRF 11, auando um activo fixo ocupado pelo proprietêrio se torna um investimento em im6-
veis e for registado pelo justo valor, a NCRF 7 deve ser aplicada até & data da alteracao de uso. Oualduer
diferenca entre o valor contabilistico nessa data e o justo valor deve ser tratada da mesma maneira due
uma revalorizacêo pela AS 16. O POC e a DC 16 eram omissos sobre esta matêria.

823
N

CAPiruLo 28 Principais Diferengas Entre o SNC e oa POC SNC EXPLICADO

5.2 Conforme a NCRF 11, numa transferência de inventarios para propriedades de investimento registados ao
justo valor, a diferenca entre o valor contabilistico e o justo valor na data da transferência deve ser reco-
nhecida no resultado liduido do periodo. O POC era omisso sobre esta matéria.

6.2 De acordo com a NCRF 11, guando se conclui a construcëo ou o desenvolvimento de uma propriedade
de investimento de constru€ao prépria gue serê registada ao justo valor, a diferenca entre o justo valor na
data da conclusêo da obra e o valor contabilistico é reconhecida no resultado liguido do periodo. O POC
era omisso sobre este assunto.

7.2 A NCRF 11 reguer extensas divulgacêes sobre as propriedades de investimento. O POC nêo regueria um
nivel de detalhe tao elevado.

Investimentos financeiros e consolidacdo de contas


Demonstracêes financeiras consolidadas

1.” De acordo com o artigo 4.” do Decreto-Lei n.” 238/91, uma subsidiéria podia ser excluida da consolida-
c&0 aguando exercesse actividade de tal modo diferente gue a sua inclusêo nas demonstracêes financel-
ras consolidadas fosse incompativel com o objectivo de se proporcionar uma imagem verdadeira e apro-
priada da situacêo financeira e dos resultados do conjunto das empresas. O SNC nêo prevê a exclusêo
da consolidac&o por esse motivo. Pelo contrêrio, refere especificamente gue a subsidiëria nessas condi-
C6es nêo deve ser excluida.

2.” O Decreto-Lei n.” 238/91 era omisso relativamente & consolidac&o das entidades com finalidades espe-
Ciais, cuja consolidacao é reguerida, em determinadas circunstências, de acordo com a NI 1.

Demonstracêes financeiras individuais e consolidadas

3.” Segundo a NCRF 15, os investimentos em empresas ague deixam de ser subsidiërias e nêo se tornem
associadas nem empreendimentos conjuntos devem ser contabilizados de acordo com o previsto na
NCRF 27 — Instrumentos Financeiros. O POC referia gue, neste caso, o investimento devia ser registado
pelo seu custo de aguisic&o. No entanto, a DC 9 indicava aue, guando era interrompida a adopcêo do
método da eaguivalência patrimonial, o valor contabilistico era o gue resultava da adopGëo do método da
eguivalência patrimonial a data da interrupcao.

4.” O POC era omisso relativamente aos direitos potenciais de voto. A NCRF 15 refere da gue esses direitos gue
Sêo presentemente exerciveis ou convertiveis devem entrar no calculo da percentagem de controlo ou
influência significativa.

5.” Segundo a NCRF 13, se existir um indicio de aue um investimento numa associada possa ter perda por
imparidade, a empresa deverê aplicar a NCRF 12. OPOC e a DC 9 nada referiam sobre isto.
6.” Segundo a NCRF 13, prejuizos adicionais numa associada serêo provisionados na medida em aue a
investidora tenha incorrido em obrigagées ou feito pagamentos por conta da associada, para satisfazer
obrigacêes da associada gue a investidora tenha garantido ou com due, de alguma forma, se tenha com-
prometido. O POC e a DC 9 eram omissos sobre este assunto.

7.” De acordo com o SNC, os interesses minoritêrios sêo apresentados no capital préprio. No POC eram
apresentados em rubrica auténoma, entre o capital préprio e o passivo.

Inventarios

1.” A NCRF 18 nao aceita o LIFO como critério de valorimetria dos inventérios. O POC permitia a adopcêo do
LIFO.

2.” Segundo a NCRF 18, a imputacêo de gastos industriais de producëo fixos aos custos de conversao é
baseada na capacidade normal das instalac6es de producëo, podendo usar-se o nivel real de producêo
guando este se aproximar da capacidade normal. O ponto 5.3.3 do POC permitia a imputacê&o com base
na capacidade normal mas n&o obrigava a gue tal fosse efectuado.

3.” A NCRF 10 permite a inclus&o de custos de empréstimos obtidos nos inventêrios de activos gue se guali-
ficam. O POC nao permitia a incorporacao de encargos financeiros aos inventrios.

824
SNC EXPLICADDO Cariruto 29 Principais Diferentas Entre n SNC e o POC

4.” Segundo a NCRF 18, a entidade deve usar a mesma férmula de custeio para inventêrios de natureza e
uso similar, podendo justificar-se nos inventêrios de diferente natureza e uso a adopcëo de diferentes fér-
mulas de custeio. O POC era omisso relativamente a esta matéria.

Gontratos de construcio
1.” Segundo a NCRF 19, auando o desfecho de um contrato pode ser estimado com fiabilidade, os resulta-
dos do contrato devem ser reconhecidos com referência & fase de acabamento da obra e se o resultado
nêo pode ser estimado com fiabilidade segue-se o método do lycro nulo. A DC 3 permitia a opc&o entre o
método da percentagem de acabamento e o método do contrato completado.

2.” Em Portugal, parte das empresas seguiam o crit€rio fiscal no reconhecimento de resultados nos contratos de
CoNstruGao. O critério fiscal estava definido no artigo 18.” do Cédigo do IRC, complementado pela Circular
5/90 da DGCI, e previa o reconhecimento dos resultados com base no menor entre o grau de acabamento e
o grau de facturac&o, bem como o diferimento de 5% dos réditos para atender a eventuais garantias. Sendo o
Critério fiscal diferente da NCRF 19 e da DC 3, na pratica, existem diferencas significativas entre a NCRF i9e
Oo critério seguido em Portugal, o gual, por sinal, nêo é de natureza contabilistica, como vimos.

3.” De acordo com a NCRF 19, deve divulgar-se:


a) a guantia do rédito do contrato reconhecida como rédito do periodo:
b) os métodos usados para determinar os réditos do contrato reconhecidos no periodo:
C) os métodos usados para determinar a fase de acabamento dos contratos em progresso ou em curso;
d) a guantia bruta devida por clientes relativa aos trabalhos do contrato com um activo:e
e) a cguantia bruta devida a clientes relativa aos trabalhos do contrato como um passivo.

A DC 3 naêo regueria estas divulgac6es.

Artivos bioldgicos
1.” De acordo com o SNC, os activos biolégicos passam a ser apresentados no Balanco em linha separada.
2.” Segundo a NCRF 17, os activos biolêgicos devem ser mensurados ao seu justo valor, reduzido dos encar-
gos estimados de comercializacëo, excepto se o justo valor nêo puder ser mensurado com fiabilidade. O
POC consagrava o custo de produGêo, mas, segundo o seu ponto 5.3.13, guando a sua determinacëo
acarretasse custos excessivos, o critéêrio a adoptar para a valorizacêo dos inventêrios produzidos seria o
do valor realizêvel liguido, deduzido da margem normal de lucro.

3.” Segundo a NCRF 17, os ganhos ou perdas decorrentes do uso do modelo do justo valor sêo incluidos nos
resultados do periodo em gue ocorrem. O POC era omisso sobre este aspecto.

Imparidade dos aclivos


1.* Segundo a NCRF 12, deve avaliar-se & data de cada balanco se hê indicac6es de imparidade dos acti-
vos. Se houver, deve estimar-se a guantia recuperêvel do activo. O POC referia, no seu ponto 5.4.4, a
necessidade de se avaliar se existe imparidade do valor do activo fixo tangivel e do activo intangivel. No
entanto, nao apresenta os indicadores de possivel perda por imparidade. A DC 7 referia gue o teste de
recuperabilidade devia ser efectuado anualmente. A DC 16 referia gue a reavaliacëo dos activos fixoS
tangiveis podia ser efectuada de acordo com o poder aauisitivo da moeda e/ou no justo valor (definido na
DEAR

2.* Segundo a NCRF 12, se nêo for possivel estimar a guantia recuperêvel de um activo individual, deve
determinar-se a guantia recuperêvel da unidade geradora de caixa & gual o activo pertence. O POC e as
DC eram omissos sobre este aspecto.

Provisies, passivos contingentes e activos contingentes


1.* A NCRF 21 define, de forma clara, os critérios para constituicêo de provisêes. O POC apresentava ape-
nas considerac6es genéricas, sujeitas a interpretacëo individual.

825
sd
SNC EXPLICADO
CaPlruLG 29 Principais Diferencas Entre o SNC e o POC

sempre due o efeito temporal seja sig-


2% A NCRF 21 prevê o desconto da obrigacao para o valor presente, prêtica
presente da obrigacao, nêo sendo
nificativo. O POC era omisso relativamente ao calculo do valor
em Portugal proceder-se a esse cêlculo.
contingentes. O POC era omisso sobre esta
3.* A NCRF 21 prevé o tatamento a ser dispensado aos activos
matêria.

Beneficios dos empregados


pés-emprego, pelo due aceita
1. A NCRF 28 remete-nos para as orientac6es da IAS 19 sobre os beneficios
Segundo esse método, os
o chamado método do corredor relativamente a ganhos e perdas actuariais.
acumulado dos ganhos e per-
ganhos ou perdas actuariais somente devem ser reconhecidos se o liguido
da obrigacêo e 10% do justo
das actuariais nao reconhecidos exceder o maior de 10% do valor presente
dos devem ser adicionados ou
valor dos activos do plano e os ganhos e perdas actuarials nao reconheci
este método. A IAS 19 per-
deduzidos ao valor do passivo de beneficios definidos. A DC 19 nêo aceitava
reconheci dos directame nte nos Capitais proprios,
mite ainda gue os ganhos e perdas actuariais sejam
enaguanto gue pela DC 19 esse reconhiecimento era feito via resultados .
o custo de services presta-
2. Segundo a NCRF 28, ao passivo de beneficios definidos deve ser deduzido
sido reconheci do como gasto. A DC 19 regueria a apresentaGao no
dos no passado aue ainda nêo tenha
activo do gasto diferido por servicos passados.
esperado dos activos do plano. Pela
3.” Segundo a NCRF 28, o resultado do exercicio deve incluir o retorno
DC 19, considerava-se o retorno real dos activos do plano.
de alta agualidade. A DC 19 refe-
4.” Segundo a NCRF 28, a taxa de desconto deve basear-se em obrigacoes
ria-se a obrigac6es de longo prazo.
o tratamento a dar a beneficios ja
5." Relatvamente ao custo dos servicos passados, a NCRF 28 distingue
a DC 19. Por outro lado, a DC 19
adauiridos e a beneficios ainda nao adauiridos, o due nao acontecia com
sistematica ou o reconhecimento
previa dois tratamentos no caso de empregados no activo: a amortizacao
imediato como gastos.
beneficios de cessagëo de trabalho.
6.” A DC 19 era omissa relativamente ao reconhecimento de custos com
A NCRF 28 prescreve os critérios de reconhecimento desses custos.
due teria sido reconhecido na
7.* Segundo a NCRF 28, auando o passivo de transicêo excede o passivo
l é reconhecido imediatamente
mesma data segundo a anterior politica contabilistica, esse diferencia
base de linha recta e até cinco anos da data
segundo a NCRF 4 ou é reconhecido como um gasto numa
os ou a gastos diferidos;
de adopcëo. A DC 19 previa gue o diferencial fosse levado a resultados transitad
no entanto, neste caso, nio limitava a amortizagéo a cinco anos.
ser reconhecidos como gasto no periodo
B.” Segundo a NCRF 28, os prémos, bonus e gratificacées devem
s tratam os planos de participacoes
em gue o empregado prestou o servico. Em Portugal, vêrias entidade
terêo de passar a contabilizar esses gastos No
nos lucros como uma aplicagêo dos resultados. Assim,
periodo em due o colaborador prestou o Servico.

Subsidios recehidos
ao capital proprio.
A NCRF 22 reguer due os subsidios relacionados com activos sejam levados
De acordo com o POC, os subsidios ao investimento eram levados a proveitos diferidos.

Instrumentas financeiros
da DC 18, as diferencas entre a
Dado ague as |AS 32 e 39 faziam parte do referencial portuguës, por forca
NCRF 27 e o POC deveriam ser muito reduzidas.
vas, uma vez Gue as IAS 32
No entanto, na prêtica, admite-se aue as diferencas poderao ser muito significati
e 39 (base da NCRF 27) n&o estariam a ser aplicadas em Portugal de forma integral.
tos financeiros. O POC
A NCRF 27 define critérios para o reconhecimento e desreconhecimento de instrumen
era largamente omisso sobre esta matéria, em particular, no gue se refere aos derivados, néo sendo prêtica de
grande parte das entidades o reconhecimento de derivados nos seus balancos.

826
SNC EXPLICADO Cariruto 29 Principais Diferengas Entre o SNC eo POC

A NCRF 27 determina aguais os instrumentos financeiros gue sêo valorizados ao custo amortizado e aguais os
ague so valorizados ao justo valor por contrapartida de resultados. No POC, os instrumentos financeiros eram
normalmente valorizados ao custo, deduzido de eventuais perdas. De referir gue o Decreto-Lei n.” 88/2004 jê
permitia (sem exigir) a utilizacêao do justo valor como critério valorimêtrico para os instrumentos financeiros,
incluindo os derivados.
O Decreto Regulamentar n.” 2/90 exigia o diferimento por um periodo minimo de três anos das despesas
Com emiss&o de obrigacêes. De acordo com a NCRF 27, terê de ser adoptado o método do custo amortizado.

Custos de empréstimos obtidos


1.* A NCRF 10 permite a capitalizacéo dos custos com empréstimos obtidos como parte do custo dos activos
agualificêveis, incluindo os inventêrios, para além dos investimentos. O POC apenas permitia a capitaliza-
G&O dos custos com empréstimos obtidos nas imobilizacêes.

2.” A NCRF 10 reguer a suspensêo da capitalizacao dos custos com empréstimos obtidos durante os perio-
dos extensos em due o desenvolvimento seja interrompido. O POC era omisso sobre esta matéria.

3.” De acordo com a NCRF 10, auando os fundos sejam pedidos de uma forma geral, o custo com emprêsti-
mos obtidos deve ser determinado pela aplicacëo de uma taxa de capitalizacêo aos dispêndios do activo
agualificêvel. O POC era omisso sobre este assunto.

4.” De acordo com a NCRF 10, as demonstracêes financeiras devem divulgar a politica contabilistica adop-
tada para os custos de empréstimos obtidos. O POC era omisso relativamente a essa divulgacêo.

5.” De acordo com a NCRF 10, as demonstracêes financeiras devem divulgar a taxa de capitalizacêo usada
para determinar o valor dos custos dos empréstimos obtidos elegiveis para capitalizacêo. O POC era
omisso relativamente a essa divulgacêo.

Rédito
Naêo existem diferencas significativas entre a NCRF 20 e a DC 26. No entanto, alguns aspectos tratados na
NCRF 20 (e na DC 26) nêo ser&o observados, por exemplo, a segregacëo do rédito entre venda de bens e servi-
COS pés-venda, o célculo do valor descontado (justo valor) nas vendas com recebimentos a longo prazo sem
juros, etc.

Efeitos de variacées em taxas de cêmbio


Segundo a NCRF 23, as diferencas de c&mbio relativas a elementos monetêrios sêo reconhecidas como ren-
dimentos ou gastos do exercicio em gue surjam. O POC referia no ponto 5.2.2 ague as diferencas de cêmbio
favor&veis resultantes de dividas a médio e longo prazo deveriam ser diferidas, caso existissem expectativas
razoëveis de gue o ganho era reversivel.
O Decreto Regulamentar n.” 2/90 exigia o diferimento por um periodo minimo de três anos das diferencas de
CAmbio desfavorêveis relacionadas com o imobilizado e correspondentes ao periodo anterior & sua entrada em
funcionamento. Essa exigéncia foi eliminada e, de acordo com o SNC, as diferencas de cêAmbio desfavorêveis
sêo integralmente reconhecidas no exercicio em due surjam.

Aconterimentos apés a data do balanco


Naêo deveria ser aplicavel falar-se de diferencas, uma vez gue, de acordo com a DC 18, se devia seguir,
Supletivamente, a lAS 10 (base para emissêo da NCRF 24).
No entanto, admite-se gue a lAS 10 nêo era seguida de forma sistematica em Portugal.

Activos nao correntes detidos para venda


Sendo o POC omisso sobre os aspectos tratados na IFRS 5 (base da NCRF 8), a mesma era de aplicacao
Supletiva em Portugal.
Na prêtica, estamos em crer gus, em muitas situacëes, a IFRS 5 nao era aplicada de forma sistematica.
Assim, estes activos passarëo a ser apresentados no Balanco em linha separada, sendo mensurados ao mais
baixo entre o valor liguido contabilistico e o seu valor de realizagëo e deixam de ser depreciados.

827
-
Carirua 28 Principais Diferengas Entre o SNC e o POC SNC EXPLICADO

Concentracies de actividades empresariais


1. O POC permitia a adopGêo do mêtodo da compra ou do mêtodo da comunhao de interesses na contabiliza-
cao de concentrac6es de actividades empresariais. A NCRF 14 reguer a adopG&o do mêtodo da compra.
2.* Segundo a NCRF 14, nao devem ser reconhecidos passivos para planos de reestruturaGêo de execucëo
condicional. A DC 1 era omissa sobre este assunto.

3.* A NCRF 14 estipula gue os passivos contingentes sêo reconhecidos na data de aauisicêo, desde aue o
seu justo valor possa ser determinado com fiabilidade. O POC era omisso sobre este assunto.

4.” Segundo a NCRF 14, o gocdwill deve ser registado ao custo, menos guaisaguer perdas acumuladas por
imparidade e deixa de ser amortizado. O POC regueria a amortizagêo do goodwill em cinco anos, ou em
periodo mais dilatado, se justificado, desde gue nao excedesse os 20 anos.

5.” Segundo a NCRF 14, guando existe negative goodwil, deve reapreciar-se a identificaGéo e mensuragao dos
aCtivos, passivos & passivos contingentes identificaveis e a mensuracêo do custo da concentraGêo e reco-
nhecer imediatamente como rendimento o negative goodwill ap6s essa reapreciagëo.
Segundo a DC 1, o negative goodwill podia ser repartido pelos activos nê&o monetêrios individuais adauiri-
dos, na proporcêo do justo valor destes. Altermativamente, esta diferenca podia ser tratada como rendimento
diferido e imputada a resultados numa base sistemética, durante um periodo gue nêo ultrapasse cinco anos,
a menos gue periodo mais extenso possa ser justificado nas demonstrac6es financeiras, nêo excedendo,
porêm, 20 anos.

6.” A NCRF 14 prevé regras claras relativamente a alteracées subseaguentes dos activos e passivos identifi-
cêveis. O POC era omisso relativamente a este assunto.
7.2 A NCRF 14 reguer o reconhecimento de activos intangliveis identificaveis, desde ague o seu justo valor
possa ser determinado com fiabilidade. O POC era omisso sobre este assunto.

8.” As divulgacêes regueridas pela NCRF 14 sobre concentracêes de actividades empresariais excedem lar-
gamente as divulgag6es regueridas pelo POC.

Relato financeiro de participatdes em entidades conjuntamente controladas


A NCRF 13 prevê como tratamento alternativo permitido nas demonstrac6es financeiras individuais de
empreendedores néo obrigados a elaborar contas consolidadas o uso do método da consolidag&o proporcional.
A DC 24 nêo previa a adopzëo do método da consolidac&o proporcional em contas individuais.

Divulgacêes de partes relacionadas


O POC e DC eram omissos relativamente a este assunto. Por forca da DC 18, a AS 24 (base para emissêo0
da NCRF 5) fazia parte do referencial contabilistico português. Na prêtica, nem sempre seriam seguidas as dis-
posicêes da lAS 24.

828
GAP/TULO 30
Principais Diferencas Entre 0
SNG e as IAS/IFRS
Carituio 30 Principais Diferengas Entre o SNC e as IAS/IFRS SNC EXPLICADO

Os grupos nêo cotados podem optar pela adopcëo do SNC ou das Normas Internacionais de Contabilidade
nas contas individuais e consolidadas da empresa-mae, sendo essa opcao extensivel As empresas incluidas no
Ambito da consolidacao. De igual forma, os grupos cotados podem optar pela adopcêo do SNC ou das
IAS/IFRS nas suas contas individuais. Assim, devem-se apreciar cuidadosamente as diferencas entre o SNC e
as IASJIFRS. identificando-se as suas vantagens e desvantagens, de forma aue a opeêo eleita seja a mais ade-
guada para a entidade.
A exemplo do aue sucedeu noutros paises europeus, o SNC resulta de uma adaptacao do normativo
IAS/IFRS endossado pela Uniëo Europeia até 2007 e nêo da sua ,era adopcëo. Embora o SNC tenha por base o
normativo IAS/IFRS, em alguns aspectos, a CNC introduziu alteracêes, tendo em conta a realidade portuguesa.
Para além das diferencas existentes & partida e oue resultam (i) das diferentes opcoes da CNG e (ii) das nor-
mas endossadas pela Unio Europeia a partir do inicio de 2008, as futuras diferencas entre o SNC e as IAS/IFRS
ir&o depender, por um lado, do facto de a CNC acompanhar, num prazo razoëvel, as alterac6es introduzidas
pelo IASB e endossadas pela Uniëo Europeia e também das opcées tomadas pela CNGC, uma vez aue as altera-
c6es ao normativo |AS/IFRS nao tém acolhimento directo no normativo SNC.

Resumem-se abaixo as principais diferencas actualmente existentes entre o SNC e o normativo IAS/IFRS:

Plano de contas
SNC — O plano de contas é de aplicacëo obrigatoria.
IAS/IFRS — NAao existe um plano de contas predefinido, pelo gue se pode adoptar um plano de contas
adaptado & entidade. Recomenda-se a adopcëéo do plano de contas do SNGC com as necessê-
rias adaptac6es.

Apresentacio das demonstracdes financeiras


1-— Os modelos de demonstracêes financeiras do SNC têm por base a versêo da AS 1 de Marco de 2008. A
IAS 1 foi entretanto revista pelo IASB, tendo sido endossada em 17 de Dezembro de 2008 pela Uniëo
Europeia. A principal alterac&o consiste numa diferente apresentacao da demonstraGêo dos resultados.

2-O IASB permite uma grande flexibilidade na apresentacao das demonstrac6es financeiras, determinando,
no entanto, de forma clara, o seu contetido minimo. O SNC estabelece modelos de demonstrac6es finan-
Ceiras.

3-No SNC, a demonstrac&o dos fluxos de caixa tem de ser apresentada pelo método directo. O IASB per-
mite auer o método directo duer o indirecto, embora recomende o primeiro.

4 —No SNC, a demonstrac&o dos resultados por funcêes é facultativa, sendo obrigatêria a apresentacëo da
demonstrac&o dos resultados por naturezas. O IASB permite a opêo entre a apresentacêo da demons-
trac&o dos resultados por naturezas ou por func6es.

5 —No SNC, os resultados de operacêes descontinuadas sêo apresentados numa linha a titulo informativo,
naêo existindo uma segregacao entre os resultados das operagées continuadas e os das operacoes des-
continuadas, tal como sucede na apresentacao de contas IAS/IFRS.
6-A NCRF 22 reguer a apresentacëo separada na demonstragëo dos resultados dos subsidios & explora-
G&0. A IAS 20 permite a apresentac&o como rendimentos ou como deduGëo aos gastos, os guais sê0
nesse caso apresentados pelo liduido.

Investimentos em subsidêrias, entidades conjuntamente controladas e associadas

Contas individuais
No SNC, nas contas individuais, tem de se usar o método da eguivalência patrimonial na contabilizacéo dos
investimentos em subsidiërias e em associadas, a menos Gue existam restricêes severas e duradouras due preju-
diguem significativamente a capacidade de transferência de fundos. Nas entidades conjuntamente controladas
adopta-se o mêétodo da eguivalência patrimonial, se a entidade for obrigada a elaborar contas consolidadas, ou o
meétodo da consolidacao proporcional, se a entidade nêo apresentar contas consolidadas.

830
T |
SNC EXPLICADO Carlruin 30 Principais Diferentas Entre o SNC e as IASAFRS

No normativo IAS/IFRS esses investimentos sêo mensurados pelo custo ou pelo justo valor.

Contas consolidadas - entidades conjuntamente controladas


No SNC, as entidades conjuntamente controladas sêo consolidadas pelo método da consolidacao proporcional.
No normativo lAS/IFRS é adoptado o mêétodo da eauivalência patrimonial.

Concentraces empresariais - custos de aguisicao


SNC — Os custos de aaguisic&o acrescem ao valor do investimento.
IAS/IFRS — Os custos de aduisic&o passam a ser levados directamente a gastos do periodo na seguência
da revisêo da IFRS 3, a aual mereceu o endosso da Uniëo Europeia em 3 de Junho de 2009.

Subsidios relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis


No SNGC, os subsidios relacionados com activos fixos tangiveis e intangiveis sao levados aos capitais pré-
prios, sendo imputados a resultados durante a vida util do activo. Se o activo nêo for depreciëvel ou se o activo
intangivel tiver vida util indefinida, o subsidio permanece no capital préprio, excepto se:
(i) for necessêrio para compensar uma eventual perda por imparidade; ou
(i) o subsidio reguerer o cumprimento de certas obrigacêes, sendo nesse caso reconhecido como rendi-
mento durante o periodo aue suporta o custo de satisfazer as obrigaces.

O normativo |AS/IFRS permite a contabilizacêo dos subsidios ao investimento de duas formas:


— Contabilizacêo como rendimento diferido para imputac&o sistematica a resultados com base na deprecia-
Cêo ou amortizacê&o do activo subsidiado ou durante o periodo em ague se suportam os gastos para cumprir
as obrigac6es assumidas, caso se trate de um activo n4o depreciëvel ou nê&o amortizavel;
— deducëo directa ao valor de aguisicêo do bem subsidiado.

Instrumentos financeiros
No normativo IAS/IFRS os activos financeiros disponiveis para venda sêo valorizados ao justo valor, sendo a
variacëo no justo valor levada ao capital préprio. No normativo SNC, nao existe a classificacêo de activos finan-
Ceiros detidos para venda, sendo esses investimentos assim valorizados:
Caso se trate de investimentos com cotacêes divulgadas publicamente — sêo valorizados ao justo valor,
sendo as alteracêes no justo valor levadas a resultados.
Caso se trate de investimentos nêo negociados publicamente e cujo justo valor nêo possa ser obtido de
forma fiëvel — sêo valorizados ao custo.

Activos nio correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas


No normativo IAS/IFRS, a demonstracêo dos resultados é apresentada em duas partes: resultados das ope-
rac6es continuadas e resultados das operacêes descontinuadas. No SNC é apresentado o resultado global &ë
numa linha subseguente ao resultado liguido do periodo indica-se o valor nele compreendido e due corres-
ponde a actividades descontinuadas.

Custos de empréstimos obtidos


A NCRF 10 tem por base a anterior versêo da AS 23, due permitia a opcao entre capitalizar ou lancar como
gastos os custos de empréstimos obtidos. A actual versêo da AS 23, endossada pela Uniëo Europeia em 10 de
Dezembro de 2008, reauer a capitalizac&o dos custos de empréstimos obtidos relativos a activos aualificêveis.

Propriedades de investimento
A NCRF 11 teve por base a anterior versêo da lAS 40, gue considerava as propriedades de investimento em
Curso como activos fixos tangiveis. A JAS 40 foi revista pelo IASB, tendo sido endossada pela Uniëo Europela em
EE
CaeiruLo 30. Principais Diferencas Entre o SNC e as IAS/IFRS SNC EXPLICADO

23 de Janeiro de 2009 e trata agora as propriedades de investimento em curso como propriedades de investi-
mento. Em conseguência, no SNC as propriedades de investimento em curso para aléêm de serem apresentadas
no activo fixo tangivel $&0o mensuradas ao custo de aaguisicëo, enguanto gue no normativo IAS/IFRS sêo apre-
sentadas como propriedades de investimento, podendo ser mensuradas pelo custo ou pelo justo valor, depen-
dendo da opcëo escolhida pela entidade.

Matérias ambientais
No SNC existe uma norma especifica para matérias ambientais (NCRF 26). No normativo AS/IFRS nêo existe
uma norma especifica para matérias ambientais, embora vêrias normas contemplem os assuntos tratados na
NCRF 26: as normas dos activos intangiveis, das provisêes e da imparidade dos activos.

Concessies
No SNC nêo existe nenhuma norma especifica para concessêes. O IASB emitiu a IFRIC 12 - Acordos de
concessêo de servico, a aual é de aplicac&o supletiva no normativo SNC, pelo gue na prêtica néo existem dife-
rencas entre a aplicacéo de um ou de outro normativo.

Divulgacdes
O Normativo lAS/IFRS reguer divulgacêes mais extensas gue o SNC.
A numeracëo das notas no normativo IAS/IFRS é, de acordo com as melhores prêticas, feita em funcao da
seaguência de apresentac4o das contas no balanco e na demonstracêo dos resultados. A sugestêo do anexo
SNC aponta para uma numeracëéo das notas de acordo com a numeracao das NCRF.

Implicacdes fiscais
Nao existem implicacées a nivel do IRC, uma vez gue o Cédigo do IRC foi adaptado aos novos normativos
contabilisticos (SNC e IAS/IFRS), nêo existindo assim implicacêes fiscais pelo uso das |AS/IFRS em detrimento
do uso do SNG.

832
Demonstracoes Financeiras
ilustrativas elaboradas de acordo
com 0 SNG

e CGompanhia llustrativa, S.A.


Demonstraces Financeiras Gonsolidadas
31 de Dezembro de N e N-1

Balanco consolidado

Demonstracao consolidada dos resultados por naturezas

Demonstrac&o consolidada dos resultados por funcoes

Demonstracao consolidada das alterac6es no capital proprio

Demonstragao consolidada dos fluxos de caixa

Notas as demonstrac6es financeiras consolidadas

SNOE-53
SNC EXPLICADO Anexo

Companhia Ilustrativa, S.A.


Balanco Consolidado em 31 de Dezembro de N e N—1
(valores expressos em milnares de euras)

Notas N N—1

ACTIVO

Activo nao corrente

Activos fixos tangiveis 6 466 023 296 010

Goodwill 7 34 026 36 000

Activos intangiveis 8 42 240 22 800


Participac6es financeiras - mêtodo da edguivalência patrimonial 9 40 119 9 732

Participac6es financeiras - outros métodos 10 40 200 30 300

Outros activos financeiros 11 1 230 641


Activos por impostos diferidos 12 9 957 9 330

Clientes 13 7 000 6 000

640 795 440 813

Activo corrente

Inventêrios 14 8O 500 60 710

Clientes la 44 000 36 200

Activos financeiros detidos para negociaGêo 15 23 630 18 916

Outros activos financeiros 11 8559 2 534

Caixa e depositos bancarios 70 210 87 526

226 899 205 886

Total do activo 867 694 646 699

845
Anexo SNC EXPLICADO

Companhia Ilustrativa, S.A.


Balanco Consolidado em 31 de Dezembro de N e N-1
(valores expressos em milhares de euros)

Notas N N—1

CAPITAL PROPRIO E PASSIVO


Capital préprio
Capital realizado 16 88 718 66 410

Reservas legais 12 068 11 000

Outras reservas 12 000 12 000

Resultados transitados 91 39d 36 952

204 180 126 362

Resultado liguido do periodo 140 497 134 861

344 677 261 223

Interesses minoritêrios 61 465 13 289

Total do capital préêprio 406 142 274 512

Passivo

Passivo nao corrente


Provisêes 17 960 700

Financiamentos obtidos 18 304 AOO 189 020

Responsabilidades por beneficios p6s-emprego 18 11 000 8 500

Passivos por impostos diferidos 12 12 710 8 189

Outras contas a pagar 405 3A7

329 475 206 746

Passivo corrente
Fornecedores 20 93 010 87 122

Estado e outros entes publicos 8 826 8 538

Provisêes TE 5 840 5 800

Financiamentos obtidos 18 23 021 62 127

Passivos financeiros 21 1 380 1854

182 077 165 441

Total do passivo 461 552 372 187

Total do capital préprio e do passivo B67 694 646 699

836
SNC EXPLICADO Anexo

Gompanhia Ilustrativa, $. A.
Demonstracdo Consolidada das Resultadas por Naturezas
dos exercirios findos em 31 de Dezembro de N e N—1
(valores expressos em milhares de euros)

Notas N N—1

Vendas e servicos prestados 720 410 510 340


Ganhos/perdas imputados de subsidiërias, associadas
e empreendimentos conjuntos 9 — 5p2 435

Variacêo nos inventêrios da producëo 22 20 649 3911

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas — 300 000 — 200 000

Fornecimentos e servicos externos —A40 7/8 —11:939

Gastos com o pessoal 23 — 103 000 — 83 000

Imparidade de inventêrios — 8 000 —6 000

Imparidade de dividas a receber — 1.000 — 2 000

Provisêes 17 — 10 000 —6 000


Outros rendimentos e ganhos 300 400

Resultado antes de depreciac6es, gastos de financiamento


e impostos 278 059 206 147

Gastos/reversêes de depreciac&o e de amortizacao 8 —63 262 — 28 986

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento


e impostos) 224 797 177 161

Juros e rendimentos similares obtidos 24 1 000 1 200

Juros e gastos similares suportados 24 —B 500 —7 200

Resultado antes de impostos 217 297 171 161

Imposto sobre o rendimento do periodo 25 — 36 500 — 26 200

Resultado liguido do periodo 180 797 144 961

Resultado liduido do periodo atribuivel a:

Detentores do capital da empresa-mae 140 497 134 861

Interesses minoritarios 40 300 10 100

180 797 144 961

Resultado por accao b4sico 26 2,34 2,70

8a7
Anexn SNC EXPLICADO

Companhia Ilustrativa, S.A.


Demonstragdo Consolidada dos Resultados por Funcies
dos exercicias findos em 31 de Dezembro de N e N-1
(valores expressos em milhares de euros)

Notas N N—1

Vendas e servicos prestados 720 410 510 340

Custo das vendas e dos servicos prestados —a20 110 — 240 140

Resultado bruto 400 300 270 200

Outros rendimentos 5 619 7 326

Gastos de distribuicao — 120 200 — 70 100

Gastos administrativos — 60 400 — 30 500

Resultado operacional (antes de gastos de


financiamento e impostos) 225 319 176 926

Gastos de financiamento (liguidos) 24 —7 500 —6 200

Ganhos (perdas) em empresas associadas — 522 435

Resultados antes de impostos 217 297 171 161

Imposto sobre o rendimento do periodo 25 — 36 500 — 26 200

Resultado liduido do periodo 180 797 144 961

Resultado liduido do periodo atribuivel a:

Detentores do capital da empresa-mae 140 497 134 861

Interesses minoritêrios 40 300 10 100

180 797 144 961

838
SNC EXPLICADO Anexo

Companhia llustrativa, S.A.


Demonstracao Gonsolidada das Alteraces no Capital Préprio

(valores expressos em milhares de euros)

Outras Total do
Capital Resultados Excedentes de variag6esno Interesses Préprio
realizado transitados revalorizacëio capital préprio minorit&rios Capital

Saldo em 1 de Janeiro de N-—1 66 410 83 899 5 000 16 137 4959 176 405
Alterac6es no periodo
Ganhos de justo valor, liguidos
de impostos:
— terrenos e edificios 2 623 2 523
Transferência de depreciacëo
de edificios 261 — 261 0
Diferencas de conversêo cambial — 399 — 120 —519

261 2 262 — 399 — 120 2 004


Resultado liguido do periodo 134 861 10 100 144 961
Operacêes com detentores de
capital no periodo
Distribuicoes —A7 208 — 1650 -d48B858

Saldo em 31 de Dezembro de N-1 66 410 171 813 7 262 15 738 138289 274512

Saldo em 1 de Janeiro de N 66 410 171 813 7 262 15 738 13289 274512


Alteracêes no periodo
Transferência de depreciacêo
de edificios 300 — 300 0
Diferencas de conversêo cambial 1368 60 1 d28

300 — 300 1368 60 1 428


Resultado liguido do periodo 140 497 40 240 180 737
Operacoes com detentores de
capital no periodo
Realizac6es de capital
— €Oncentracëêes empresariais 30 000 30 000
Compra de accê6es proprias —7 692 —7 692
Distribuicêes — BO 719 —5750 -B6 469
Concentrag6es empresariais 13 626 13 626

Saldo em 31 de Dezembro de N 88 718 231 891 6 962 17 106 61465 406 142

839
Anexo SNC EXPLICADO

Companhia Ilustrativa, S.A.


Demonstraco Consolidada das Fluxos de Caixa
das exercicios findos em 31 de Dezembro de N e N-1

(valores expressos em milhares de euros)

N N-—1

Fluxos de caixa das actividades operacionais


Recebimentos de clientes 712 610 340 080
Pagamentos a fornecedores — 528 d86 166877
Pagamentos ao pessoal — 107 000 — 84 000

Caixa gerada pelas operacêes 77 124 99 203


Pagamentofrecebimento do imposto sobre o rendimento —a6 212 —d2.9a2
Outros recebimentos/pagamentos — 6 200 — 5 300

Fluxos de caixa das actividades operacionais 34 712 60 981


Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangiveis — ad 071 — P8 744
Activos intangiveis —9 150 —2 100
Investimentos financeiros sila/15 —a 714
Recebimentos provenientes de:
Activos fixos tangiveis 19 062 8 937
Investimentos financeiros 189 294
Juros e rendimentos similares 900 1077
Dividendos 6 690 4 188

Fluxos de caixa das actividades de investimento — 30 095 — 20 062


Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 180 031 93 000
Pagamentos respeitantes a:
Aguisic&0 de acc6es préprias — 892 0
Financiamentos obtidos —dAariar — 59 004
Juros e gastos similares
Dividendos — 86 d69 — 48 858

Fluxos de caixa das actividades de financiamento — 238 267 —14 862

Variacao de caixa e seus edguivalentes — 18 650 26 057


Efeito das diferencas de c&Ambio 1734 — 192
Caixa e seus eguivalentes no inicio do periodo 78 626 52 761

Caixa e seus eguivalentes no fim do periodo 61 710 78 626

840
SNC EXPLICADO
Anexa

Gompanhia Ilustrativa, $. A.
Notas as Demonstraces Financeiras Consolidadas
(valores expressos em milhares de euros)
31 de Dezembro de N e N—1

1. Identificacio da entidade
A Companhia llustrativa, S. A. e as suas subsidiërias (conjuntamente, o Grupo) desenvolve a sua activi-
dade nas seguintes Areas de negécio:
— producêo e venda de tintas para a indtistria automGêvel e da CoNstrucao civil;
— Promocao imobiliëria.
O Grupo possui fébricas de tintas em Portugal, Itélia e Brasil e vende para Portugal, restantes paises da
Uniëo Europeia e Brasil. Durante o ano, o Grupo adauiriu o controlo da Tintas Brilhante, S. A., uma
empresa com uma posicao de relevo no Brasil na producëo e comercializagao de tintas.
A empresa é uma sociedade anénima, com sede em Portugal. A morada da sua sede é na Rua da Consti-
tuicëo, n.” 6450 - Porto.
Estas demonstrac6es financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administrac&o em 31 de Marco de
N-t1.

2. Referenrcial contabilistico de preparacdo das demonstracëes financeiras


As demonstrac6es financeiras foram elaboradas pela primeira vez no ano N de acordo com as Normas
Contabilisticas e de Relato Financeiro (NCRF). Para o efeito, foi elaborado um balanco de abertura em 1 de
Janeiro de N-1 de acordo com as NCRF, de forma gue fosse possivel apresentar as demonstrac6es finan-
ceiras do ano N-1 apresentadas para fins comparativos de acordo com as NCBF.

Segue-se a reconciliac&o dos resultados e capitais préprios relativos ao ano N—1.

Resultado do ana N-1 de acorda com o POC 165 431


Mais: anulagao de amortizacoes devido ao desreconhecimento de activos 20 450
intangiveis capitalizados em anos anteriores
Menos: desreconhecimento de activos intangiveis capitalizados no ano N-1 — 42 120
Mais: reconhecimento de instrumentos financeiros derivados 1200
Resultado do ana N-1 de acordo com as NCRF 144 961

Capital préprio em 1 de Janeiro de N-1 de acordo com o POC 241 A05


Menos: desreconhecimento de activos intangiveis — 67 000
Mais: reconhecimento de instrumentos financeiros derivados 2 000
Capital priprio em 1 de Janeiro de N—1 de acordo cam as NCRF 176 405

Capital prêprio em 31 de Dezembro de N-1 de acordo com o POC 359 982


Menos: desreconhecimento de activos intangiveis — 88 670
Menos: reconhecimento de instrumentos financeiros derivados 3 200
Capital prêprio em 31 de Dezembro de N—1 de acordo com as NCRF 274 512

841
Anexa SNC EXPLICADO

3. Prineipais politicas contabilisticas


As principais politicas contabilisticas aplicadas na elaborac&o destas demonstrac6es financeiras consoli-
dadas estao descritas abaixo. Estas politicas tém sido consistentemente aplicadas todos os anos, salvo
indicacëo em contrêrio.

3.1 Bases de mensuragdo


As demonstracêes financeiras consolidadas foram preparadas segundo o principio do custo histêrico,
modificado pela reavaliacëo dos terrenos e edificios, activos financeiros disponiveis para venda e activos
financeiros e passivos financeiros (incluindo instrumentos derivados) ao justo valor através de resultados.

3.2 Juizos de valor, principais pressupostos relativos ao fuluro e principais fontes de incerleza das estimativas
A preparacëo das demonstracêes financeiras em conformidade com as NCRF reguer o uso de algumas
estimativas contabilisticas importantes. Também reguer due os gestores exercam o seu julgamento no pro-
cesso de aplicac&o das politicas contabilisticas da empresa. As éreas envolvendo um maior grau de julga-
mento ou complexidade, ou reas onde as premissas e estimativas sêo significativas para as demonstra-
cées financeiras, estëo descritas na Nota 4.

3.3 Consolidacio
Datas de referência
As demonstracêes financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de N, os activos,
OS passivos e os resultados das empresas do Grupo, entendido como o conjunto da Companhia llustrativa
e das suas filiais.

Subsididrias

Subsidiërias so todas as entidades (incluindo Entidades com Finalidades Especiais) sobre as guais o
Grupo tem o poder de decis&o sobre as politicas financeiras e operacionais, geralmente representado por
mais de metade dos direitos de voto. As subsidiërias sêo incluidas na consolidac&o pelo método da con-
solidac&o integral, desde a data em gue o controlo é adauirido até & data em ague o mesmo efectivamente
termina.
É utilizado o método de compra para contabilizar a aguisicêo das subsidiërias. O custo de uma aauisicêo
é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos incorridos
ou assumidos na data de aauisicao mais os custos directamente atribuiveis & aaguisicêo. Os activos identifi-
caveis adauiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentracëo empresarial so
mensurados inicialmente ao justo valor na data de aaguisicëo, independentemente da existência de interes-
ses minoritêrios. O excesso do custo de aguisic&o relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos
activos identificêveis adauiridos é registado como goodwill. Se o custo de aauisicêo for inferior ao justo
valor dos activos liguidos da subsidiëria adauirida, a diferenca é reconhecida directamente na Demonstra-
CAo dos Resultados.
As transacc6es internas, saldos e ganhos nêo realizados em transaccêes entre empresas do grupo sêo eli-
minados. As perdas n&o realizadas sêo também eliminadas, excepto se a transacc&o revelar evidência de
imparidade de um activo transferido. As politicas contabilisticas de subsidiérias foram alteradas, sempre
due necessêrio, de forma a garantir consistência com as politicas adoptadas pelo Grupo.

Associadas
Empresas associadas sêo as empresas sobre cujas politicas financeiras e operacionais a Companhia
llustrativa exerce uma influência significativa, mas n&o possui controlo, geralmente com participac6es
entre 20% e 50% dos direitos de voto. Estas participacêes financeiras sêo consolidadas pelo método
da eguivalência patrimonial e inicialmente reconhecidas ao custo. O investimento do Grupo em asso-
ciadas inclui o goodwill (deduzido de perdas acumuladas de imparidade) identificado na aauisicêo.

842
SNC EXPLICADO Anexo

A participacêo do Grupo nos ganhos e perdas das suas associadas ap6s a aduisicêo é reconhecida na
Demonstracêo dos Resultados e a guota-parte nos movimentos das reservas apês a aaguisicao é reconhecida
em reservas, por contrapartida do valor contabilistico do investimento financeiro. Ouando a participagêo do
Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, incluindo contas a
receber no cobertas por garantias, o Grupo deixa de reconhecer perdas adicionais, excepto se tiver incor-
rido em obrigacêes ou efectuado pagamentos em nome da associada.
Os ganhos nêo realizados em transacc6es com as associadas sêo eliminados na extensêo da participacao
do Grupo nas associadas. Perdas nêo realizadas sêo também eliminadas, excepto se a transaccêo revelar
evidência de imparidade de um bem transferido. As politicas contabilisticas de associadas foram altera-
das, sempre due necessêrio, de forma a garantir consistência com as politicas adoptadas pelo Grupo.

3.4 Aclivos fixos tangiveis


As imobilizac6es due néo sejam terrenos e edificios sê0 registadas ao custo de aguisicéo liguido das respecti-
vas depreciacêes acumuladas e de perdas por imparidade. Os terrenos e edificios so apresentados ao justo
valor, com base em avaliac6es periëdicas, pelo menos trianuais, efectuadas por avaliadores externos indepen-
dentes, menos depreciac&o subseguente para os edificios. A depreciacëo acumulada & data da reavaliacëo é
eliminada do valor bruto do activo, passando o valor liguido a reflectir o valor reavaliado.
Os custos subseauentes sêo incluidos na guantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos sepa-
rados, conforme apropriado, somente guando é provavel gue beneficios econémicos fluir&o para a
e@mpresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os custos com manutencëo e reparacëes so
reconhecidos como um gasto no periodo em gue $&o incorridos.
Os aumentos na aguantia escriturada de um activo em resultado da reavaliac&o de terrenos e edificios sao
Creditados em Excedentes de Revalorizacêo no capital préprio. As diminuicées gue compensem aumentos
anteriores do mesmo activo sêo igualmente levadas aos excedentes de revalorizacê&o nos capitais préprios;
as restantes diminuicêes sêo reconhecidas como gasto do periodo. Anualmente, a diferenca entre a depre-
Ciag&o baseada na aguantia escriturada reavaliada do activo levada a gastos do periodo e a depreciac&o
baseada no custo original do activo é transferida de excedentes de revalorizac&o para resultados transitados.
Os contratos de locac&o financeira relativamente aos guais o Grupo assume substancialmente todos os
riscos e vantagens inerentes & posse do activo locado sêo classificados como locacëes financeiras. Os
contratos de locacêo financeira sêo registados, na data do seu inicio, como activo e passivo pelo menor
entre o justo valor da propriedade locada ou o valor actual das rendas de locac&o vincendas.
Os activos adauiridos em locac&o financeira sêo depreciados de acordo com a politica estabelecida pela
empresa para os activos fixos tangiveis.
As rendas sê0 constituidas pelo gasto financeiro e pela amortizacêo do capital. Os gastos financeiros sêo
imputados aos respectivos periodos durante o prazo de locac&o, segundo uma taxa de juro periëdica
constante sobre o investimento liauido remanescente do locador.

Depreciac6es
Os terrenos nêo sêo depreciados. A depreciacêo dos demais activos fixos tangiveis é calculada pelo
mêtodo das guotas constantes, com imputacao duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem a vida util
estimada dos bens, como segue:

Edificios 50 anos
Eauipamento basico 10-15 anos
Viaturas 3-5 anos
Ferramentas e utensilios 3-4 anos
Eauipamento administrativo 3-10 anos

Os valores residuais dos activos, o mêtodo de depreciacêo e a vida util estimada s&o revistos e ajustados,
se necessario, na data do balanco.
Ouando o valor liguido contabilistico é superior ao valor recuperêvel do activo, procede-se imediatamente
ao seu reajustamento para o valor recuperavel estimado.

843
Anexo SNC EXPLICADO

Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienacëo sêo determinados pela diferenca entre os rece-
bimentos das alienacêes e a guantia escriturada do activo, e sêo reconhecidos como rendimentos ou gas-
tos na demonstrac&o dos resultados. Ouando sêo vendidos bens reavaliados, o montante incluido em
excedentes de revalorizacëo é transferido para resultados transitados.

3.5 Arctivos intangiveis


O goodwill representa o excesso do custo de aduisic&o face ao justo valor dos activos e passivos identifi-
caveis da subsidiëria/associada na data de aguisicê&o. O goodwil de aguisic6ées de subsidiërias é incluido
nos activos intangiveis. O goodwill de aaguisic6es de associadas é incluido em investimentos em associa-
das. O goodwill é sujeito a testes de imparidade, numa base anual, e apresentado ao custo, deduzido de
perdas de imparidade acumuladas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade incluem o
valor do goodwill referente & mesma. O goodwill é alocado &s unidades geradoras de fluxos de caixa para
realizac&o dos testes de imparidade.
As marcas e licencas s&o apresentadas ao custo histérico. As marcas e licencas tém uma vida util finita e
$ao apresentadas ao custo menos amortizacêes acumuladas. A amortizacêo é calculada usando o mêtodo
das auotas constantes, de forma a distribuir o custo das marcas e licencas durante a sua vida util esti-
mada (15-20 anos).
O custo de aguisic&o de licencas de software é capitalizado e compreende todos os custos incorridos
para a aauisicêo e para colocar o software disponivel para utilizacêo. Esses custos sêo amortizados
durante o periodo de vida util estimado (três anos).
As despesas de investigacêo, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou cientificos ou
na busca de solucêes alternativas, s&o reconhecidas em resultados guando incorridas. As despesas de
desenvolvimento sêo capitalizadas guando for demonstrêvel a exeguibilidade técnica do produto ou pro-
Cesso em desenvolvimento e o Grupo tiver intencêo e capacidade de completar o seu desenvolvimento e
iniciar a sua comercializacêo ou o seu uSo.

3.6 Investimentas finanteiros


As compras e vendas de investimentos s&o reconhecidas & data da transaccëo - a data em due o Grupo se
compromete a comprar ou a vender o activo. Os investimentos sêo inicialmente reconhecidos ao justo valor. Os
investimentos financeiros sêo desreconhecidos guando os direitos de receber caixa dos mesmos expiram ou
tenham sido transferidos e o Grupo tenha transferido substancialmente todos os riscos e beneficios da sua
posse. Os activos financeiros ao justo valor através de resultados sêo subseguentemente valorizados ao justo
valor. Os ganhos e perdas realizadas ou néo realizadas decorrentes de alteracêes do justo valor sêo incluidos
na demonstrac&o dos resultados do periodo em dgue surgem.
O justo valor de investimentos cotados é baseado nos preGos correntes de mercado. Se nêo hê um mer-
Cado activo para um activo financeiro (e para titulos nê&o cotados), o Grupo estabelece o justo valor usando
técnicas de avaliacëo, as guais incluem o uso de transaccêes recentes entre partes independentes, refe-
rência a outros instrtumentos due sejam substancialmente idênticos, andlise do fluxo de caixa descontado
e modelos refinados de precos de opcêes due reflictam as circunstências especificas de emissêo.
O Grupo verifica em cada data de balanco se existe evidência objectiva de imparidade de activos finan-
ceiros. As perdas de imparidade de instumentos de capital reconhecidas em resultados nê0 sêo reversi-
veis na demonstracêo dos resultados.

3.7 Inventêrias
Os inventêrios s&o apresentados ao mais baixo entre o custo e o valor realizêvel liguido. O custo ê calcu-
lado utilizando o FIFO. O custo de produtos acabados e produtos em curso de fabrico integra custos com
matérias-primas, mêo-de-obra directa, outros custos directos e gastos gerais de fabrico (com base na
capacidade de produc&o normal).
Sao excluidos os custos com empréstimos obtidos. O valor realizêvel liguido corresponde ao preco de
venda estimado, deduzido dos gastos variëveis de venda.

8A4
SNC EXPLICADO Anexo

3.8 Contas a receber de clientes e outros devedores

As contas a receber de clientes e outros devedores sao reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo
subseguentemente mensuradas ao custo amortizado, utilizando o mêtodo da taxa efectiva, deduzido das
perdas por imparidade. A imparidade das contas a receber é estabelecida auando hê evidência objectiva
de gue o Grupo nêo receberd a totalidade dos montantes em dividas conforme as condic6es originais das
contas a receber.
O valor da perda por imparidade é a diferenca entre o valor apresentado e o valor presente estimado dos
fluxos de caixa futuros, descontado & taxa de juro efectiva. O valor da perda por imparidade é reconhecido
na demonstracëo dos resultados.

3.9 Caixa e eguivalentes de caixa


O caixa e eguivalentes de caixa incluem caixa, depésitos bancêrios, outros investimentos de curto prazo
de elevada liguidez e com maturidades iniciais até três meses e descobertos banc4rios. Os descobertos
bancarios sêo apresentados no Balanco, no passivo corrente, na rubrica Financiamentos Obtidos.

3.10 Imparidade de activos


O goodwill, os activos intangiveis em curso e os activos gue nêo tém vida util definida nêo estêo sujeitos a
amortizacêo, mas sêo objecto de testes de imparidade anuais. Os demais activos sê0 revistos guanto a
imparidade sempre aue os eventos ou alteracées nas circunstências indicarem aue o valor pelo gual se
encontram escriturados possa nêo ser recuperêvel.
Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da guantia escriturada do activo face
ao seu valor recuperêvel. A guantia recuperdvel é a mais alta entre o justo valor de um activo menos os
gastos para venda e o seu valor de uso. Para realizacêo de testes de imparidade, os activos sêo agrupa-
dos ao mais baixo nivel no gual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades geradoras
de fluxos de caixa).

3.11 Capital soeial


As acc6es ordinêrias sêo classificadas no capital préprio. As accêes preferenciais obrigatoriamente remi-
veis sao classificadas no passivo.
Ouando alguma empresa do Grupo adauire accées da empresa-mae (accêes proprias), o pagamento,
gue inclui os custos incrementais directamente atribuiveis (liguidos de impostos), é deduzido ao capital
préprio atribuivel aos detentores do capital da empresa até gue as accêes sejam canceladas ou alienadas.
Ouando tais accëes sêo subseguentemente vendidas, o recebimento, liauido de custos directos de tran-
sacc&o e de impostos, é reflectido no capital prêprio dos detentores do capital da empresa.

3.12 Empréstimas
Os empréstimos obtidos sêo inicialmente reconhecidos ao justo valor, liguido de custos de transaccao
incorridos. Os empréstimos s&o subseguentemente apresentados ao custo amortizado; gualguer diferenca
entre os recebimentos (liguidos de custos de transacc8o) e o valor amortizado é reconhecida na demons-
tracao dos resultados, ao longo do periodo do empréstimo, utilizando o método da taxa efectiva.
AccB6es preferenciais obrigatoriamente remiveis numa data especifica s&o classificadas como passivo. Os dividen-
dos dessas accêes preferenciais s&o reconhecidos na demonstragëo dos resultados como gastos com juros.
O justo valor da parcela do passivo das obrigac6es convertiveis é determinado utilizando uma taxa de juro
de mercado aplicével a obrigacêes nêo convertiveis eguivalentes. Este valor é reflectido no passivo numa
base de custo amortizado até & extinc&o na conversêo ou maturidade das obrigacêes. O remanescente do
montante recebido é atribuido ao direito de conversêo, sendo reconhecido e incluido no patriménio dos
accionistas, liguido de impostos.
Os empréstimos obtidos sêo classificados no passivo corrente, excepto se o Grupo possuir um direito
incondicional de diferir a liduidac&o do passivo por, pelo menos, 12 meses apos a data do balango.

845
Anexo SNC EXPLICADO

3.13 Impostos sobre o Rendimento


O Imposto sobre o Rendimento é calculado com base nos resultados tributêveis das empresas incluidas
na consolidacê&o e considera a tributacëo diferida.
O imposto diferido é calculado, com base no mêtodo do passivo, sobre as diferencas temporërias entre os
valores contabilisticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributacao. Nêo é calculado imposto
diferido sobre as diferencas de consolidacëo e as diferencas de reconhecimento inicial de um activo e pas-
sivo numa transaccéo gue nêo seja uma concentracëo empresarial gduando a mesma néo afecta nem o resul-
tado contabilistico nem o fiscal.
So reconhecidos activos por impostos diferidos na medida em gue seja provêvel aue ser&o gerados lucros
futuros para utilizacéo da diferenca temporêria. Os activos por impostos diferidos sêo revistos anualmente e
reduzidos sempre due deixe de ser provavel gue os mesmos possam ser utilizados.
So reconhecidos impostos diferidos em diferencas temporêrias originadas por investimentos em subsidië-
rias e associadas, excepto guando o Grupo seja capaz de controlar a tempestividade da reversêo da dite-
renca temporêria e seja provavel gue a diferenca temporêria nêo se reverta no futuro previsivel.
Para a determinacêo dos impostos diferidos sêo utilizadas as taxas fiscais (e leis) decretadas ou substan-
cialmente decretadas na data do balanco e gue se espera gue sejam aplicéveis no perlodo de realizacao
dos activos por impostos diferidos ou da liguidac&o dos passivos por impostos diferidos.

3.14 Beneficios aos empregadas


As empresas do Grupo possuem planos de beneficios definidos e planos de contribuicê&o definida. Um
plano de beneficio definido é um plano de pensêes gue define o montante de beneficio de pensêo gue um
empregado irê receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais factores, como a idade, anos
de servico e remuneracëo. Um plano de contribuic&o definida é um plano de pensêes pelo dual o Grupo
paga contribuicêes fixas para uma entidade separada. O Grupo néo tem obrigacao legal ou construtiva
para efectuar contribuic6es adicionais caso o fundo nêéo possua activos suficientes para pagar a todos os
empregados os beneficios pelo tempo de servico corrente e passado.
O passivo reconhecido no balanco relativamente a planos de beneficios definidos & o valor presente da
obrigacêo do beneficio definido & data de balanco, deduzido do justo valor dos activos do plano, junta-
mente com ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais nêo reconhecidos e custo de servicos pas-
sados. A obrigacêo do plano de beneficios definidos é calculada anualmente por actuêrios independentes,
utilizando o método do crédito da unidade projectada. O valor presente da obrigagao do beneficio definido
é determinado pelo desconto das saidas de caixa futuras, utilizando a taxa de juro de obrigacêes de ele-
vada gualidade denominadas na mesma moeda em gue os beneficios serëo pagos e com termos de matu-
ridade ague se aproximam dos da responsabilidade assumida.
Ganhos e perdas actuariais resultantes de ajustamentos em funcêo da experiëncia e alterag6es nas pre-
missas actuariais So reconhecidos na demonstragêo dos resultados durante o periodo médio remanes-
cente dos anos de servico dos empregados no activo.
Os custos de servicos passados s&o imediatamente reconhecidos em resultados, exceplo se as alteracëes
no plano de pensêes s&o condicionais & permanência dos empregados em servico por um determinado
periodo de tempo (o periodo gue agualifica para o beneficio). Neste caso, os custos de servicos passados
Sêo amortizados numa base de linha recta ao longo do periodo em causa.
Para planos de contribuic6es definidas, o Grupo efectua contribuicées para planos de pensêes publicos ou pri-
vados numa base obrigatêria, contratual ou voluntêria. O Grupo nêo tem obrigacêes adicionais, Uma vez pagas
as contribuicëes definidas. As contribuicêes sêo reconhecidas como gastos com beneficios para empregados
aguando so devidas. As contribuicêes pagas antecipadamente sêo reconhecidas como um activo, na medida
em aue esteja assegurado um reembolso de dinheiro ou uma reducêo em pagamentos iuturos.

Planos de participacëo nos lucros e de gratificacêes


O Grupo reconhece um passivo e um gasto por planos de participac&o nos lucros e gratificacêes, com
base numa f6rmula gue leva em consideragêo o lucro atribuivel aos detentores de capital apês alguns
ajustamentos. O Grupo reconhece uma provisêo guando se encontra obrigado contratualmente ou guando
hé uma prêtica passada due crie uma obrigac&o construtiva.

846
SNC EXPLICADO Anexo

Beneficios de cessac&o de emprego


Os beneficios de cessac&o de emprego sêo devidos para pagamento guando hé cessacêo de emprego
antes da data normal de reforma ou guando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes
beneficios. O Grupo reconhece estes beneficios guando se pode demonstrar estar comprometido a uma
cessacao de emprego de empregados actuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessa-
C&O e NaAO exista possibilidade realista de retirada ou estes beneficios sejam concedidos para encorajar a
saida voluntêria. Sempre due os beneficios de cessacêo de emprego se vencam a mais de 12 meses apos
a data do balanco, eles s&o descontados para o seu valor actual.

3.15 Provisies

S&0 Constituidas provisêes sempre due o Grupo tem uma obrigacao presente (legal ou implicita) resultante
de acontecimentos passados e sempre ague seja provavel aue uma diminuicêo, estimada com fiabilidade,
de recursos incorporando beneficios econémicos serê necessêria para liguidar a obrigacêo. Nao sêo reco-
nhecidas provis6es para perdas operacionais futuras.

3.16 Reconhecimento da rédito

O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestacëo de servicos, liguido de impostos e des-
coNtos e apés eliminac&o das vendas internas, e é reconhecido como segue:
— 0 rédito das vendas é reconhecido guando os riscos e vantagens inerentes & posse dos activos vendidos
Sêo transferidos para o comprador;
— 0 rédito das prestacêes de servicos é reconhecido com referência & fase de acabamento dos servicos
prestados.

O rédito decorrente das vendas e prestac&o de servicos nêéo é reconhecido se existirem duvidas auanto ê
aceitac&o da venda ou prestac&o do servico ou guanto a& cobranca do produto da venda ou da prestaGao
de servicos.

3.17 Conversdo cambial

a) Moeda funcional e de apresentaGao


Os elementos incluidos nas Demonstracêes Financeiras de cada uma das entidades do Grupo sêo mensu-
rados utilizando a moeda do ambiente econémico em ague a entidade opera (“A moeda funcional”). As
Demonstracëes Financeiras consolidadas s&o apresentadas em euros, sendo esta a moeda funcional e de
apresentacêo da Companhia.

b) Transaccêes e saldos
As transaccëes em moedas diferentes do euro s&o convertidas em moeda funcional utlizando as taxas de
GAmbio a data das transaccëes. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liguidaGao das transaccOes e
da conversêo pela taxa & data do balanco dos activos e dos passivos monetêrios denominados em moeda
difterente do euro séo reconhecidos na Demonstracêo dos Resultados, excepto auando diferidos em Capital
Préprio, se agualificarem como coberturas de fluxos de caixa, ou como cobertura de investimento liguido.
As diferencas de conversêo em elementos n&o monetêrios, tais como investimentos detidos ao justo valor
através de resultados, sêo reportadas como parte dos ganhos ou perdas do justo valor. As diferencas de
conversêo em elementos nêo monetêrios, tais como investimentos classificados como activos financeiros
disponiveis para venda, sê0 incluidas na reserva de justo valor nos capitais préprios.

c) Empresas do grupo
Os resultados e a posicêo financeira de todas as entidades do Grupo (nenhuma das auais tendo divisas
de uma economia hiperinflaciondria) gue possuam uma moeda funcional diferente da moeda de apresen-
tacêo sê0 convertidas para a moeda de apresentaGéo como segue:
j) Os activos e passivos de cada balanco apresentado sêo convertidos & taxa de cêambio em vigor na
data das Demonstrac6es Financeiras;

847
Anexo SNC EXPLICADO

i) Os rendimentos e os gastos de cada Demonstracêo dos Resultados sêo convertidos pela taxa
média de cê&mbio (a nêo ser due a taxa média nêo seja uma aproximaceëo razoëvel do efeito cumula-
tivo das taxas em vigor nas datas das transaccêes, sendo, neste caso, os rendimentos e os gastos
convertidos pelas taxas de cê&mbio em vigor nas datas das transaccêes)e
ii) As diferengas de c&mbio resultantes s&o reconhecidas como componente separada no Capital Préprio.

Na consolidacao, as diferencas de cêAmbio resultantes da conversêo do investimento liduido em entidades


estrangeiras, de empréstimos e de outros instrtumentos financeiros designados como cobertura de tais inves-
timentos sêo levadas aos capitais préprios. Ouando uma operacëo estrangeira é vendida, essas diferencas
de c&mbio sao reconhecidas na Demonstragëo dos Resultados como parte do ganhio ou perda na venda.
O goodwill e ajustamentos ao justo valor resultantes da aauisic&o de uma entidade estrangeira sêo tratados
CoOmOo activos ou passivos da entidade estrangeira e convertidos & taxa de cAmbio da data de encerramento.

3.18 Locacies
As locac6es so classificadas como locac6es operacionais se uma parcela significativa dos riscos e bene-
ficios inerentes & posse for retida pelo locador. Os pagamentos efectuados em locac6es operacionais
(deduzidos de eventuais incentivos recebidos do locador) sêo reflectidos na demonstracëo dos resultados
pelo método da linha recta, pelo periodo da locagêo.

3.19 Subsidios
Os subsidios sê sêo reconhecidos guando recebidos ou apêés existir seguranca de gue o Grupo cumprirê
as condicêes a eles associadas.
Os subsidios & exploracëo sê&0o reconhecidos na demonstracêo dos resultados de forma sistematica
durante os periodos em gue sêo reconhecidos os gastos gue os mesmos visam compensar.
Os subsidios ao investimento sêo inicialmente levados aos capitais prêprios, sendo subseaguentemente
transferidos para resultados durante a vida uil estimada do respectivo activo subsidiado.

4. Gestio dos ristos financeiros


4.1 Ristos financeiros
O Grupo est sujeito a vêrios riscos financeliros: risco de mercado (risco cambial, risco do justo valor asso-
Ciado & taxa de juro e risco de preco), risco de crédito, risco de liguidez e risco de fluxos de caixa asso-
ciado & taxa de juro. O Grupo desenvolveu um programa de gestêo dos riscos financeiros, com o objectivo
de minimizar os efeitos adversos nos resultados do Grupo. O Grupo utiliza instrumentos financeiros deriva-
dos para cobrir certos riscos. Os riscos financeiros s&o identificados pela tesouraria e pelas unidades ope-
racionais, cabendo & tesouraria a realizac&o das necessêrias coberturas de risco, de acordo com as direc-
trizes tracadas pela Administracëo.

i) Risco cambial
O risco cambial é conseguência de activos, passivos, investimentos em operac6es estrangeiras e transac-
c6es comerciais futuras. Para cobertura do risco cambial sêo negociados contratos de futuros.

ii) Risco de preco


O Grupo nêo estêé exposto ao risco de preco das matérias-primas. A exposic&o ao risco de preco é prove-
niente dos investimentos financeiros.
iii) Risco de crédito
O grupo nêo tem concentrac&o significativa de risco de crédito. As politicas em vigor asseguram due as
vendas sêo efectuadas para clientes com um adeaguado historial de crêdito.
iv) Risco de liguidez
A gestao prudente do risco de liguidez implica a manutencëo das disponibilidades necessêrias e a dispo-
nibilidade de fundos através de facilidades de crédito negociadas. Devido & natureza dinêmica dos seus

848
SNCE XPLICADO Anexo

neg6cios, o Grupo tem como objectivo uma gestêo flexivel de fundos através da manutencëo das linhas de
Crédito disponiveis.

v) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado a taxa de juro


O risco de flyuxos de caixa associado a& taxa de juro advém de empréstimos obtidos de longo prazo com
taxas variëveis. O Grupo gere o risco de flyxos de caixa associado & taxa de juro transformando swaps de
taxas de juro variëveis em swaps de taxas de juro fixas.
O risco do justo valor associado & taxa de juro tem origem em empréstimos obtidos com taxas fixas. Sê0
por vezes contratados swaps de taxas de juro fixas em swaps de taxas de juro variëveis.

4.2 Contabilizacéo dos instrumentos financeiros - derivados e coberluras


Os derivados sêo valorizados ao justo valor. O reconhecimento das variac6es de justo valor processa-se
COMO segue:
— no caso de coberturas de justo valor, as alterac6es no justo valor dos derivados ague aualificam para
cobertura de justo valor sê0 reconhecidas na demonstrac&o dos resultados, conjuntamente com as alte-
racgêes ao justo valor dos activos e passivos cobertos (na posicêo coberta), atribulveis ao risco coberto.
— no caso de coberturas de iluxos de caixa e de investimento liguido, a parcela efectiva das alteracêes no
justo valor dos derivados due aualificam para cobertura de fluxos de caixa sêo reconhecidas no capital
préprio. O ganho ou perda relacionada com a parcela nêo efectiva é reconhecido imediatamente na
Demonstracêo dos Resultados.

O Grupo documenta, no inicio da transaccêo, a relacêo entre os instrumentos de cobertura e os itens


Cobertos, assim como o objectivo da gestao do risco e a estratégia para a realizac&o de vêrias transac-
c6es de cobertura. O Grupo também documenta a sua avaliacêo, guer no inicio da cobertura duer numa
base continua, se os derivados gue sêo usados nas transaccêes de cobertura sêo efectivamente compen-
satorios das flutuac6es do justo valor ou nos fluxos de caixa dos itens cobertos.
Valores no capital préprio sêo0 transferidos (i) para resultados no mesmo periodo em due o item coberto
gera ganhos ou perdas ou (ii) para o valor inicial de um activo ou passivo duando a transaccêo previsional
coberta resulta no reconhecimento de um activo nêo financeiro (por exemplo, existências) ou passivo naêo
financeiro. No caso de cobertura de investimento liguido, os ganhos ou perdas acumulados no capital pré-
prio sêo incluidos na demonstracêo dos resultados guando a operacëo exterma é liguidada.
Ouando um insttumento de cobertura expira ou é vendido, ou guando uma cobertura nêo cumpre com os
Critérios de contabilizacêo e gualificacêo, gualauer ganho ou perda acumulada existente, nesse momento,
no capital préprio permanece no capital préprio e é reconhecido guando a transacc&o previsional é final-
mente reflectida na demonstracê&o dos resultados. Ouando a expectativa de ocorrência de uma transaccêo
prevista deixa de ser altamente provavel, os ganhos ou perdas acumulados reflectidos em capital préprio
Sê0 imediatamente transferidos para a demonstracêo dos resultados.
Caso os derivados nêo cumpram os critérios para gualificacëo como cobertura, as alterac6es no justo
valor desses derivados $ê0 reconhecidas imediatamente na demonstracêo dos resultados.

4.3 Estimativa de justo valor


O justo valor é estimado como segue:
— no caso dos instrumentos financeiros comercializados nos mercados activos (por exemplo, derivados
negociados publicamente e titulos para negociacêo), o justo valor é determinado com base nos preGos
do mercado de cotacao & data de balanco;
— no caso dos instrtumentos financeiros nao comercializados nos mercados activos (por exemplo, deriva-
dos nêo cotados), o justo valor é determinado utilizando técnicas de valorizacê&o. Os precos do mercado
de cotacao ou auotas de negociagao para instrumentos similares sêo usados para dividas de longo
prazo. Outras técnicas, como estimativa de fluxos de caixa descontados, $êo usadas para determinar o
justo valor dos outros instrumentos financeiros. O justo valor dos swaps de taxa de juro é calculado com
base no valor actualizado da estimativa de fluxos de caixa futuros. O justo valor dos contratos de futuros
cambiais é determinado utilizando as taxas de cêAmbio do mercado cambial & data do balanco;

SNCE-S4 849
Anexo SNC EXPLICADO

— para as contas a receber e a pagar, o valor nominal deduzido de ajustamentos de crédito estimados é
assumido como aproximando o seu justo valor. O justo valor dos passivos financeiros é estimado actuali-
zando os Hluxos de caixa futuros & taxa de juro do mercado corrente aue esta disponivel para instrumen-
tos financeiros similares.

5. Estimativas contabilisticas imporlantes e julgamentos


5.1 Estimativas contabilisticas importantes e premissas
As demonstracêes financeiras incorporam vêrias estimativas e premissas. As estimativas e as premissas
gue apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilistico dos acti-
vOS @ passivos no exercicio seguinte sêo apresentadas abaixo:

a) Estimativa de imparidade do goodwill


O Grupo testa anualmente se existe ou nêo imparidade do goodwill, de acordo com a politica contabilistica
indicada na Nota 3.5. Os valores recuperdveis das unidades geradoras de fluxos de caixa sêo determina-
dos com base no c4lculo de valores de uso. Esses clculos exigem o uso de estimativas (Nota 7).

b) Impostos sobre o Rendimento


O Grupo desenvolve as suas operagêes em diversos paises, estando, assim, sujeito a Impostos sobre o
Rendimento em cada um desses paises, sendo necessêrio julgamento significativo para determinar a esti-
mativa dos impostos sobre rendimentos numa base consolidada.

5.2 Julgamentos importantes aplicdveis as politicas contabilisticas


Reconhecimento do rédito
O Grupo reconheceu rédito no montante de 15 000 € na venda de tintas & Prefeitura de Sêo Paulo. O com-
prador tem o direito de rescindir o contrato, se identificar problemas na gualidade das tintas fornecidas.
O lucro reconhecido pela venda é de 4500 €. O Grupo acredita ser apropriado reconhecer o rédito desta
transace&o no exercicio N, por entender nêo existir risco de cancelamento do contrato. Caso a venda seja
cancelada, a perda a reconhecer em NH1 é estimada em 5500 €, dos guais 4500 € correspondem a anu-
lac&o de lucros de N e 1000 € a gastos relacionados com a devolucëo de stock.

6. Activos fixos tangiveis


Terrenos Eduipamento
e basico ede Eduipamento
edificios transporte administrativo Total
1 de Janeiro de N—-1:
Valor de aduisicêo ou reavaliado 117 969 209 550 60 075 387 594
Depreciac&o acumulada — 6 999 —B2 572 — 11070 — 70 641
Valor liduido 110 9870 156 978 49 005 316 953

31 de Dezembro de N—1
Valor liguido em 1 de Janeiro de N-1 110 970 156 978 49 005 316 953
Excedente de revalorizac&o d 399 3 399
Acuisicêes 3 621 6 801 3 183 13 605
Alienacêes —7 821 — 1140 —8 961
Depreciacêo do exercicio — 1908 — 12 558 — 14 520 — 28 986
Valor liduido em 31 de Dezembro de N-1 116 082 143 400 36 528 296 010

31 de Dezembro de N—1:
Valor de aaguisic&ao ou reavaliado 117 990 200 709 60 078 378 771
Depreciacê&o acumulada — 1908 — 57 309 — 23 550 — 82 767
Valor liduido 116 082 143 400 36 528 296 010

850
SNC EXPLIGADO
Anexo

Terrenos Eduipamento
e basico ede Eduipamento
edificios transporte administrativo Total

31 de Dezembro de N
Valor liguido em 1 de Janeiro de N 116 082 143 400 36 528 296 010
Aauisicao de subsidiëria 147 216 16 539 39597 203 352
Aauisic6es 26 181 $1zl 7 632 38 934
Alienac6es — 6 000 — 11187 — 1824 —19011
Depreciacêo do exercicio — 10635 — 14 AO4 —p8 aP3 — 83 262
Valor liguido em 31 de Dezembro de N 272 844 139 569 53 610 466 023

31 de Dezembro de N:
Valor de aaguisicêo ou reavaliado 285 387 174 804 80 781 540 972
Depreciacêo acumulada — 1P 543 — 85 235 — PT 171 — 74 949
Valor liguido 272 BA4 139 569 53 610 466 023

Os terrenos e edificios do Grupo foram reavaliados em 31 de Dezembro de N-1 por avaliadores indepen-
dentes. As avaliacêes foram efectuadas numa base do valor de mercado. O excedente de reavaliacêo,
liauido dos impostos diferidos aplicêveis, foi creditado em Excedentes de Revalorizac&o no capital préprio.
O encargo com depreciagëo, de 53 262 € (N-1: 28 986 €) foi incluido no Custo de vendas, 21 704 €
(N-1: 12 230 €), em Gastos de distribuic&o e 23 396 € (N-1: 8232 €) em Gastos administrativos.

Se os terrenos e edificios fossem apresentados ao custo histérico, os valores de balanco seriam:

N N—1
Custo 244 623 75 765
Depreciacao acumulada —d46 536 —aA4 AA0

Valor liguido 198 087 41 3825

Terrenos e edificios, no valor de 113 040 € (N-1: 153 918 €), estêo dados em garantia de empréstimos
bancarios (Nota 18).

7. Goodwill
1 de Janeiro de N—1:
Custo 36 000
Amortizacéo acumulada e imparidade 0

Valor liguido 36 000

31 de Dezembro de N—1:
Valor liguido em 1 de Janeiro de N—1 36 000
Adic6es 0
Amortizacées do exercicio 0

Valor liduido em 31 de Dezembro de N-1 36 000

31 de Dezembro de N-1:
Custo 36 000
Amortizagêo acumulada e imparidade 0

Valor liguido 36 000

851
Anexa
SNC EXPLICADO

31 de Dezembro de N:
Valor lfguido inicial 36 OO0O
Diferencas cambiais — 615
Adic6es 0
Aouisicêo de subsidiëria 10 953
Encargo com imparidade —12 s12
Amortizagêo do exercicio 0

Valor liduido em 31 de Dezembro de N 34 026

31 de Dezembro de N:
Custo 47 976
Amortizac&o acumulada e imparidade — 18 950

Valor liguido 34 026

Em 31 de Dezembro de N e N-1, o goodwill era assim composto:

Ano de aguisicao N N—1

Tintas da Maia, S.A. N—4 5 000 5 000

Invicta, S.A. N—2 18 688 31 000

Tintas Brilhante, S. A. —- Brasil N 10 338 0

Saldo no final do ana 44 026 36 000

A perda por imparidade na Invicta, S. A. é conseguência da significativa reducêo da margem bruta devido
ê& entrada de novos concorrentes.

8. Activos intangiveis
Marcas Custos de
e licencas desenvolvimento Total

1de Janeiro de N—1:


Custo 21 030 3 900 24 930
Amortizacao acumulada e imparidade — 1085 — 1500 —2 535

Valor liguido 19 995 2 400 22 395

31/de Dezembro de N—1:


Valor liguido em 1 de Janeiro de N—1 191095 2 A0O 22395
Adic6es 2 100 0 2 100
Amortizac6es do exercicio — 1095 — 600 21696
Valor liguido em 31 de Dezembro de N—1 21 000 1 800 22 800

31 de Dezembro de N—1:
Custo 23 130 3 900 27 030
Amortizac&o acumulada e imparidade —2 130 — 2 100 — 4 230
Valor liguido 21 000 1 800 22 800

852
SNC EXPLICADO Anexo

Marcas Custos de
e licencas desenvolvimento Total

31 de Dezembro de N:
Valor liguido inicial 21 000 1 800 22 800
Diferencas cambiais 288 402 690
Adic6es 8 052 1 098 9 150
Aguisicao de subsidiëria 12 000 0 12 000
Amortizacêo do exercicio —2 040 — 860 — 2 400
Valor liguido em 31 de Dezembro de N 39 300 2 940 42 240

31 de Dezembro de N:
Custo 43 dA0 5 400 48 840
Amortizacêo acumulada e imparidade —4 140 — 2 460 — 6 600
Valor liguido 39 300 2 940 42 240

As amortizacêes do exercicio, no montante de 120 €, integram o Custo de vendas (N-1: 300 €), 2040 €
os Gastos de distribuica&o (N-1: 1095 €) e 240 € os Gastos administrativos (N—1: 300 €).

9. Participacdes financeiras - método da eguivalência patrimonial

N N—1
Saldo no inicio do ang 39 732 39 024
(uota-parte do luero (prejuizo) — 522 435
Outros movimentos nos capitais pêprios 909 273
Saldo no final da ana Ag 119 39 732

O investimento em associadas em 31 de Dezembro de N inclui goodwil


de 3060 € (N-1: 3060 €).

A participacëo do Grupo em empresas associadas é a seguinte:

% de Valor Ultimas Capitais Lucro


Empresa sod capital contabilistico contas préprias (prejuizo)

' da Madeira, | Fynehal 30% 20 119 31-12—N 56863 | (110)

Tintas dos ss
Acores, S.A. Ponta Delgada A0% 20 000 A1-12—N 50 000 (420)

Total Ag 119
N-1

Mi da Madeira, | Fynchal 30% 19 564 31-12-N—1 55 013 340

Tintas dos i ed
Agores, S.A. Ponta Delgada A0% 20 168 31-12-N—1 50 420 40

Total 39 732

853
Anexo SNC EXPLICADO

10. Participacdes financeiras - outros mêtodos

N N-—1
Saldo no inicio do ang 30 300 27 858
Aumentos 8 220 2 073
Variacao de justo valor 1 680 69
Saldo no final do ano 40 200 30 300

As participacêes financeiras mensuradas por outros mêtodos referem-se exclusivamente a participac6es


financeiras mensuradas pelo seu justo valor e incluem:

N N-1
Accoes Millenium BGP 30 440 25 570
Accoes Brisa 9 760 4 730
Total 40 200 30 300

11. Outras activos financeiros

N N-1
Swaps taxa juro — coberturas de fluxos de caixa 1 909 1 075
Contratos cambiais de futuros — coberturas de fluxos de caixa 2 080 2100
Obrigac6es com vencimento em N-41 5 850 0
Total 9 789 3175
Menos: parcela ndo corrente —1230 — 641
Parcela corrente 8 559 2 534

O valor estimado dos contratos de swaps de taxa de juro em circulacêo em 31 de Dezembro de N era de
12972€ (N-1: 11517 @.

12. Activos e passivos por impostos diferidos


Os movimentos nos impostos diferidos activos e passivos foram os seguintes:

Activos por impostos diferidos

Prejuizos fiscais Provisées nao aceites Total


1 de Janeiro de N—-1 3 500 7 430 10 930
Utilizaca0 —1 500 —1100 — 2 600
Provisêes nao aceites 1000 1000
41 de Dezembro de N—1 2 000 7830 9 330
Utilizacao —2 000 — 1 500 — 3 500
Provisêes nao aceites 0 4 127 4 127
31 de Dezembra de N 0 9 957 9 957

854
SNC EXPLICADO Anexo

Passivos por impostos diferidos

Ganhos justo valor


1 de Janeira de N—1 7182
Levado ao capital préprio 957
31 de Dezembra de N—1 8 139
Levado ao capital préprio AAG
Aguisicao de subsidiëria 4 125
31 de Dezembro de N 12 710

Em resumo:
N N—1 Variacdo
Activos por impostos diferidos 9 967 9 330 627
Passivos por impostos diferidos (12710) (8 139) (4 571)
(2 753) 1191 (3 944)

14. Clientes e outras devedares


N N—1

Contas a receber de clientes e outros devedores 45 000 35 000


Menos: imparidade das contas a receber — 38 000 — 2 000
Contas a receber de clientes e outros devedores - liduido 42 000 33 000
Contas a receber de partes relacionadas (Nota 31) 1.000 2 000
Empréstimos a partes relacionadas (Nota 31) 8 000 7 200
51 000 A2 200
Menos: parcela néo corrente - empréstimos a partes relacionadas — 7 000 — 6 000

Parcela corrente 44 000 36 200

14. Inventêrios
N N—1

Matérias-primas e consumiveis 31 300 26 300


Producë&o em curso 15 400 6 831
Produtos acabados 32 780 20 700
Mercadorias 1020 6 789

80 500 60 710

O valor das existências incluido no Custo das Vendas ascendeu a 350 500 € (N-1: 156 456 €).

15. Activos financeiros detidos para negociac#o


N N-1
Accbes cotadas:
Em Portugal 20 100 15 500
Em Espanha 3 530 3416

23 630 18 916

As alteracêes no justo valor dos activos financeiros detidos para negociaao sêo contabilizadas como
Outros Ganhos/(Perdas) na Demonstracao dos Resultados.

855
Anexo SNC EXPLICADO

16. Capital realizado

Nimero de Accoes Prémio de Accoes Total


acEo6es ordindrias emissao préprias

1 de Janeiro de N—-1e
jy deDesemb de HE 50 000 50 000 16 410 0 66 410

Aguisicao de subsidiëria
(Nota 20) 10 650 10 650 19 350 0 30 000

Accées préprias adguiridas — 2 625 —7 692 —7 692

31 de Dezembro de N 58 025 60 650 35 760 —71 692 88 718

O capital social autorizado é composto por 100 000 accëes ordindrias de 1 euro cada.

Em 31 de Dezembro de N e N-1, era a seguinte a composic&o do capital social da Empresa:

N N—1

Investidores Unidos, S.A. 60% 60%


Outros accionistas AO% AO%

17. Provisdes
Participacao
Processos nos lucros
judiciais Reestruturacao ebénus Total

Saldo em 1 de Janeiro de N 4 000 0 2 500 6 500


Provisêes constituidas no exercicio 1 000 8 000 1 000 10 000
Provisêes utilizadas no exercicio — 2 000 — 5 000 — 2 400 —9 400
Provisêes anuladas no exercicio — 200 0 — 100 — 300
Saldo em 31 de Dezembro de N 2 800 3 000 1 000 6 800
Menos: parcela néo corrente — 960 — 960
Parcela corrente 1840 3 000 1 000 5 840

Provisê&o para processos judiciais em curso


Refere-se & provis&o constituida para atender a perdas com reclamacêes judiciais de clientes e agentes.
O valor da provisêo foi calculado tendo por base analises cuidadas aos processos de contencioso em
Curso, envolvendo apropriado apoio juridico.
Essas andlises sêo revistas no final de cada exercicio, de forma a reflectirem a melhor estimativa dos pas-
sivos da empresa na data do balanco, tendo em conta os factos conhecidos & data.

Provisêo para reestruturacao


A provisêo para reestruturag&o refere-se aos custos previstos com a reconversêo de uma unidade de tin-
tas, incluindo, essencialmente, custos com acordos para resciséo de 200 contratos de trabalho, devida-
mente identificados e j& comunicados aos empregados.
A provisêo foi constituida em Julho de N apêés aprovacëo pela Administrag&o de um plano formal deta-
Ihado e a adopgêo de medidas gue tormmaram irreversivel a reestruturacêo.

856
SNC EXPLICADO
Anexo

Participacao nos lucros e bénus


A participagao nos lucros e bénus foi estimada com base nos critérios definidos pela Administrac&o paraa
sua atribuicêo e é devida para pagamento no mês seguinte & aprovac&o das contas pela Assembleia
Geral.

18. Financiamentos obtidas

N N—1
Empréstimos bancêrios 237 421 161 147
Acc6es preferenciais remiveis 90 000 90 000
Total 827 A21 251 147
Parcela nêo corrente — 304 400 — 189 020
Divida corrente 23 021 62 127

A empresa emitiu 90 milhêes de acc6es preferenciais remiveis, em 30 de Marco de N-1, ao par (1 € por
ACE&O). As accëes sêo obrigatoriamente remiveis ao par, em 30 de Marco de N#10, e têm direito a divi-
dendo anual de 6,5%.

A divida bancëria a médio e longo prazo é exigivel como segue:

N42 40 000
N-3 40 000
NET 70 000
N-5 64 A00
Total 214 400

Os empréstimos bancêrios estêo, na sua integralidade, denominados em euros e vencem juros a taxas de
mercado. Nêo existem garantias para o cumprimento das responsabilidades bancêrias.
O Grupo possui linhas de crédito autorizadas e nêo utilizadas no montante de 320 000 € (N—1: 340 000 €)
a taxa variëvel.

19. Responsabilidades por beneficios pés-emprego


O valor no Balanco analisa-se como segue:

N N—1
Valor presente das obrigac6es com fundo constituido 21 500 7 500
Justo valor dos activos do plano — 2) 509 — 7 000
1 000 500
Valor presente das obrigacées sem fundo constituido 10 000 8 000
Passivo no Balanco 11 000 8 500

O valor na Demonstracêo dos Resultados est assim representado:

N N—1

Custo dos servicos correntes 2 500 1 BOO


Custo dos juros 1000 500
Retorno esperado sobre os activos do plano — 900 — 400
Perdas/(Ganhos) actuariais 50 40
Total incluido em Gastos com Pessoal 2 650 1 940

857
Anexo SNC EXPLICADO

Do gasto total, 1100 € (N-1: 900 €) e 1000 € (N—1: 700 €) foram incluidos no Custo de Vendas e Gastos
de Distribuicêo, sendo o remanescente incluido nos Gastos Administrativos.
O retorno real dos activos do plano foi de 1050 € (N-1: 370 €).

A variacë&o no passivo evidenciado no Balanco resulta do seguinte:

N N-1

Inicio do ang 8 500 8 200


Concentracio empresarial 6 000 0
Gasto reconhecido na Demonstracao dos Resultados 2 650 1940
Contribuicées pagas — 6 150 —1 640
Final da ano 11 000 8 500

As principais premissas actuariais utilizadas foram as seguintes:


N N—1
Aumentos salariais futuros 3% 2%
Aumentos nas pensêes futuras 1,5% 1%
Taxa de desconto em 31 de Dezembro 5% 4,8%
Taxa de retormo esperado dos activos dos Fundos em 31 de Dezembro 6% 6%

20. Fornecedores e outros credores

N N—1

Formecedores e outros credores 75 949 78 173


Partes relacionadas (Nota 31) 6 606 3 585
Estado e outros entes publicos 6 006 2 880
Outros encargos a pagar 4 449 2 484

93 010 87 122

21. Passivos financeiros

N N—1
Swaps taxa juro —- coberturas de fluxos de caixa 660 558
Contratos cambiais de futuros — coberturas de fluxos de caixa 1125 1683
Total 1785 2 241
Menas: parcela nio corrente — 405 — aB7
Parcela corrente 1 380 1854

858
SNC EXPLICADO Anexo

22. Variatio nos inventrios da producao

N N—1
Saldo inicial:
Producëo em curso 6 831 5 420
Produtos acabados 20 700 18 200
27 531 23 620
Saldo final:
Producdo em curso 15 400 6 831
Produtos acabados 42 780 20 700
48 180 27 531
Variacdo (20 649) (3 911)

23. Gastos com 0 pessoal

N N—1
Salérios e ordenados, incluindo gastos com resciséo de contratos
de trabalho de 5000 € (N-1: 0 €) 76 000 60 000
Contribuic6es para a Seguranca Social 20 000 17 000
Gastos com pensêes - planos de contribuicê&o definida 4 350 4 060
Gastos com pensêes - planos de beneficios definidos 2 650 1940

103 000 83 000

24. Gastos financeiros liguidos

N 'N—1
Juros suportados:
- empréstimos bancêrios 4 200 3 300
— dividendos de acc6es preferenciais remiveis 2 000 2 000
Juros obtidos — 1000 — 1000
Perdas de conversao cambial 1 900 1 500
Perdas de justo valor em instrumentos financeiros 300 200
Descontos de pronto pagamento concedidos 100 200

7 500 6 200

25. Imposto sobre o Rendimento

N N—1
Corrente 32 556 24 600
Diferido (Nota 12) 3 944 1 600

36 500 26 200

859
Anexo SNC EXPLICADO

O gasto de impostos sobre lucros difere do montante te6rico aue resultaria da aplicacao da taxa nominal
ao resultado consolidado antes de impostos, devido ao seguinte:
N N—1
217 297 171 161
Lucro antes de impostos
Imposto sobre o rendimento usando a taxa de imposto (27,5%) 59 757 47 069
Beneficios fiscais e outros — 93 D57 — 90 869

36 500 26 200

A diferenca entre o encargo teërico de IRC e o encargo efectivo deve-se, principalmente, ao efeito do cré-
dito fiscal ao investimento.

26. Resultado por accio


O resultado b4sico por accêo é calculado pela divisêo do lucro atribuivel aos accionistas pelo numero
médio ponderado de accêes ordinêrias durante o ano, excluindo as acc6es prêprias.

N N—1

Lucro atribuivel aos accionistas 140 497 134 861


Nuimero médio ponderado de accées ordinêrias emitidas 60 000 50 000
Resultado b4sico por accêo (€ por accêo) 2,34 2,70

N&o existem acc6es ordinêrias potencialmente diluidoras.

21. Dividendos por acca0


Os dividendos pagos em N e N-1 foram de BO 719 € (1,61 € por accêo) e 47 208 € (0,94 € por accao),
respectivamente. Os dividendos propostos para deliberacêo pelos accionistas na Assembleia Geral de
10 de Maio de N41 relativos ao exercicio N ascendem a 40 000 € (0,65 € por accao). Estas demonstra-
cêes financeiras nao reflectem estes dividendos a pagar.

28. Contingências
O Grupo possui passivos contingentes respeitantes a garantias bancêrias e processos judiciais em curso.
N&o s&o esperados passivos significativos decorrentes dos passivos contingentes.

As garantias bancarias resumem-se como segue:

A ftavor de: N N—1

IAPMEI 15 000 20 000


Administrac&o Fiscal 30 000 30 000
Fornecedores 20 000 14 000

65 000 64 000

As garantias prestadas a favor do |APMEI referem-se a projectos de investimento subsidiados, estando o


Grupo a cumprir as obrigacêes contratualmente estabelecidas.
As garantias & Administracao Fiscal referem-se a uma liguidac&o adicional de Imposto sobre o Rendimento
do ano N-3, no montante de 28 000 € mais juros, gue foi contestada pela empresa. É nossa conviccêo e
dos nossos advogados due a decisêo final do tribunal seré favorêvel & empresa, pelo aue nao existe gual-
aguer provisêo especifica para este fim.

860
SNC EXPLICADO Anexo

29. Compromissos

Compromissos para investimentos


Os compromissos assumidos pelo Grupo em 31 de Dezembro de N para aauisic&o de activos fixos tangl-
veis ascendem a 4000 € (N-1: 5000 €). Nêo existem compromissos para a compra de participac6es
financeiras.

Compromissos de locacêes operacionais


As rendas futuras dos contratos de locagao operacional resumem-se como se segue:

N N—1
Até 1 ano 30 000 33 000
Entre 1e 5 anos 120 000 140 000
Mais de 5 anos 45 000 55 000
195 000 228 000

40. Concentracdes de actividades empresariais


Em 30 de Abril de N, o Grupo adauiriu a totalidade do capital social da Tintas Brilhante, S. A.. com sede
em Sao Paulo - Brasil.
O contributo da Tintas Brilhante, S. A. nos resultados consolidados do Grupo traduz-se por um aumento
dos rendimentos de 1 de Maio a 31 de Dezembro de N no montante de 150 000 € e por um aumento do
resultado liguido em 10 500 €. Caso a aaguisigéo tivesse ocorrido em 1 de Janeiro de N, os rendimentos e
o lucro liguido teriam aumentado em 250 000 € e 20 000 € , respectivamente.

Os activos liguidos adauiridos e o geodwill apresentam-se abaixo:

Valor de acuisicêo:
— valor pago 2843
— Custos directos relacionados com a compra 500
— justo valor das accêées emitidas (Nota 16) 30 000
Valor de aauisicêo 33 343
Justo valor dos activos e passivos adduiridos — 22 390
Goodwil 10 953

O goodwil é atribuivel & excelente rentabilidade da Tintas Brilhante e as sinergias decorrentes desta aagui-
sicê0. O justo valor das acc6es emitidas foi determinado com base na cotaG&o das acc6es.

Parcela do preco liguidada em numerêrio 3 343


Caixa e eguivalentes de caixa na subsidiëria adauirida — 2 000
Fluxo de saida de caixa na aduisicêo 1343

Nêo existiram concentracées empresariais em N—1.


Ver na Nota 42 a divulgacêo relacionada com uma concentracëo empresarial ocorrida em 20 de Janeiro
de N-1.

31. Partes relacionadas


O Grupo é controlado pela Investidores Unidos, S. A. (com sede no Porto), a gual detém 60% das accêes
da empresa. Os restantes 40% encontram-se dispersos por diversos accionistas.

861
Anexa SNC EXPLICADO

Foram efectuadas as seguintes transaccées com partes relacionadas:


j Vendas de produtos e servicos
N N—1

Vendas de produtos:
— associadas 2 000 500
Prestacao de servicos:
— Gesserv, Lda. (servicos administrativos e legais) 300 250
— serviGos prestados & Administracêo 140 100
2 440 850

Os servicos sêo normalmente negociados com as partes relacionadas numa base de custo mais uma
determinada percentagem, gue varia entre 10% e 20%. Os produtos sêo vendidos ao preco de venda em
vigor para tercekos independentes.

i) Compras de produtos e servicos


N N—1
Compras de produtos:
— associadas 300 200
Compras de servicos:
— servicos prestados pela Administracao 200 150
— Manager, S. A. (servicos de gestêo) 400 300
900 650

Os servicos sê&o normalmente negociados com as partes relacionadas numa base de custo mais uma
determinada percentagem, gue varia entre 10% e 20%. Os produtos sêo vendidos ao preco de venda em
vigor para terceiros independentes.

ii) Remuneracao da Administracéo


N N—1

Salêrios e outros beneficios de curto prazo 8 000 7 000


Beneficios de cessacao de emprego 2 500
Beneficios p6s-emprego 400 300
Outros beneficios de longo prazo 300 250
Pagamentos em acc6es 200 240

11 400 7 790

iv) Saldos finais resultantes de vendas/compras de produtos ou servicos


N N—1
Dividas de partes relacionadas (Nota 13):
— Investidores Unidos, S.A, 920 1950
— associadas 80 50
Dividas a partes relacionadas (Nota 20):
—associadas 6 606 1800

862
SNC EXPLICADO
Anexa

v) Empréstimos a partes relacionadas


N N—1
Empréstimos a Administradores (e seus familiares):
Inicio do ano 1510 2 000
Empréstimos do ano 490 500
Amortizacê&o dos empréstimos — 900 — 1000
Juros debitados 30 50
Juros recebidos — 20 — 40
Final do ano 1 110 1 510

Empréstimos a associadas:
Inicio do ano 5 690 1 500
Empréstimos do ano 1 690 4 880
Amortizacao dos empréstimos — 500 — 700
Juros debitados 60 50
Juros recebidos — 50 —40
Final do ano 6 890 5 690

Total de empréstimos a partes relacionadas:


Inicio do ano 7 200 3 500
Empréstimos do ano 2 180 5 380
Amortizacêo dos emprêstimos — 1400 — 1700
Juros debitados 90 100
Juros recebidos — 70 — 80
Final do ano (Nota 13) 8 000 7 200

Os adiantamentos a Administradores tém os seguintes prazos e condic6es:

Nome do Administrador Montante do empréstimo Vencimento Taxa de Juro


N—1
Paulo Costa 200 € Reembolso mensal durante 3 anos 5,5%
Anténio Sê A00 € Reembolso mensal durante 1 ano 5,5%
N
Pedro Lopes 300 € Reembolso mensal durante 1 ano 5%
Antonio Sê A00 € Reembolso mensal durante 2 anos 5%

Os empréstimos a associadas sêo devidos em 1 de Junho de N41 e vencem juros & taxa anual de 5,5%.
N&o foi efectuada agualguer provis&o em N e N-1 para emprêstimos a Administradores e associadas.

vi) Compromissos e contingências


A empresa garantiu um empréstimo efectuado por um banco & Dra. Regina Oliveira, Administradora da
empresa, num total de 600 € (N—-1: 700 €). O empréstimo vence-se em N41.

42. Eventas subseguentes


O Grupo adauiriu, em 18 de Marco de N-41, 100% do capital social da Tintex, S. A., a dual possui uma
forte posigêo na producao de tintas para o sector automdêvel, pelo valor de 30 milhêes de euros.

863
SNC EXPLICADO
Anexo

Os activos liguidos adauiridos eo goodwill so apresentados abaixo (em milnares de euros):


Valor de aauisicëo:
— valor pago 30 000
500
— custos directos relacionados com a aaguisicëo
30 500
Valor total de aauisicao
— 27 500
Justo valor dos activos liguidos adaguiridos (ver abaixo)
3 000
Goodwill

O goodwillacima é atribuido & forte posicêo e rentabilidade da Tintex, S. A. no seu sector de actividade.

Os activos e passivos adauiridos sêo os seguintes:


Justo Valor
valor contabilistico

Caixa e eaguivalentes de caixa 300 300


Activos fixos tangivelis 31 700 29 200
Marcas 5 000 —
Lista de clientes 8 000 —
Relac&o com os clientes 15 000 EE
Inventarios 23 000 24 000
Contas a receber 17 000 18 500
Contas a pagar — 35 000 — 35 000
Pensêes ' — 10 000 —7 500
Empréstimos — 20 000 — 20 000
Impostos diferidos activos liguidos 7 000 2 000
Activos liguidos adduiridos 42 000 11 500

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administragêo

864
S N EE CODIGO DE CONTAS Portaria n.” 1011/2009, de 9 de Setembro

Classe | — Meios financeiros liguidos* 239 Perdas por imparidade acumuladas? 294 Acidentes de trabalho e doencas profissio- 413 Investimentos em entidades conjuntamente
nais controladas
OM camxa ET] ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS* 295 Marérias ambientais 4131 Participacêes de capital - método
296 Contratos onerosos da eguivalência patrimonial
241 Imposto sobre o rendimento* 297 Reestruturaio 4132. Participagêes de capital — outros
[E1 DEPOSITOS A ORDEM métodos
242 Retencio de impostos sobre rendimentos* 298 Outras provisêes
4133 Empréstimos concedidos
[E1 OUTROS DEPOSITOS BANCARIOS 243 Imposto sobre o valor acrescentado (IVA)*
2431 IVA — Suportado Classe 3 - Inventarios e activos b
2432 IVA — Dedutivel 414 Investimentos noutras empresas
OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS * 414] Participarêes de capital
2433 IVA — Liguidado ET1 COMPRAS
141 Derivados 2434 IVA — Regularizacêes 4142 Empréstimos concedidos
311 Mercadorias
1411 Potencialmente favordveis
2435 IVA — Apuramento 312 Marérias-primas, subsididrias e de consumo
1412 Porencialmente desfavordveis 415 Outros investimenrtos financeiros
2436 IVA—A pagar 313 Activos biolêgicos
142 Instrumentos financeiros detidos para 2437 VA —A recuperar 4151 Detidos aré 4 maturidade
negociario 2438 IVA — Reembolsos pedidos 317 Devolucêes de compras
1421 Activos financeiros 2439 IVA — Liguidac6es oficiosas 318 Descontos e abarimentos em compras 4158 Outros
1422. Passivos financeiros
244 Outros impostos EF] MERCADORIAS
143 Outros activos e passivos financeiros 245 Contribuicêes para a Seguranga Social 419 Perdas por imparidade acumuladas*
(justo valor através dos resultados) 246 Tributos das autarguias locais
1431 Outros activos financeiros 325 Mercadorias em transito EF] PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
1432 Outros passivos financeiros 326 Mercadorias em poder de terceiros
248 Outras tributacêes 421 Terrenos e recursos naturais
329 Perdas por imparidade acumuladas 422 Edificios e outras construc6es
Classe 2 — Contas a receber ea pagar* ET FINANCIAMENTOS OBTIDOS
251 Instituicêes de crédito e sociedades finan- EE] MATÊRIAS-PRIMAS, SUBSIDIARIAS E
FI] CLIENTES* celras DE CONSUMO
2511 Empréstimos bancarios 428 Depreciag6es acumuladas
211 Clientes dic 331 Matérias-primas
429 Perdas por imparidade acumuladas*
2111 Clientes gerais 2512 Descobertos bancdrios 332 Matérias subsididrias
2112 Clientes — empresa-mie 2513 Locagêes financeiras 333 Embalagens ACTIVOS FIXOS TANGIVEIS
2113 Clientes — empresas subsididrias 334 Materiais diversos
2114 Clientes — empresas associadas 335. Matérias em transito 431 Terrenos e recursos naturais
252 Mercado de valores mobilidrios 432 Edificios e outras construgêes
2115 Clientes — empreendimentos con-
2521 Empréstimos por obrigagêes* 433 Eaguipamento bdsico
juntos 339 Perdas por imparidade acumuladas
2116 Clientes — outras partes relacionadas 434 Eguipamento de transporte
253 Participantes de capital ET] PRODUTOS ACABADOS E INTERMÉDIOS 435 Eguipamento administrativo
253] Empresa-mie — Suprimentos e 436 Eguipamentos biolégicos*
212 Clientes - ttulos a receber 437 Outros activos fixos tangiveis
2121 Clientes gerais Outros mutuos :
2532. Outros participantes — Suprimentos 438 Depreciagêes acumuladas
2122 Clientes — empresa-mie 439 Perdas por imparidade acumuladas*
2123 Clientes — empresas subsididrias e OUtros mUtuos 349 Perdas por imparidade acumuladas
2124 Clientes — empresas assotiadas ET] ACTIVOS INTANGIVEIS
2125 Clientes — empreendimentos con- 254 Subsidiërias, associadas e empreendimentos ET SUBPRODUTOS, DESPERDICIOS, RESIDUOS E
juntos conjuntos REFUGOS 441 Goodwill
442 Projectos de desenvolvimento”
2126 Clientes — outras partes relacionadas 351 Subproduros
443 Programas de computador
258 Outros finan€iadores 352 Desperdicios, residuos e refugos
444 Propriedade industrial
218 Adiantamentos de dlientes*
219 Perdas por imparidade acumuladas* ET] ACCIONISTASISOCIOS 359 Perdas por imparidade acumuladas
446 Outros activos intangiveis
261 Accionistas cl subscricio*
EF] FORNECEDORES * ET] PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO
262. Ouotas nio liberadas* 448 Amortizacêes acumuladas
221 Fornecedores d/c 263 Adiantamentos por conta de lucros 449 Perdas por imparidade acumuladas*
2211 Fornecedores gerais ET] ACTIVOS BIOLOGICOS
264 Resultados atribuidos
2212 Fornecedores —- empresa-mie 265 Lucros disponiveis 371 Consumlveis EE] INVESTIMENTOS EM CURSO
2213 Fornecedores — empresas subsididrias 266 Empréstimos concedidos — empresa-mie 3711 Animais
45 Investimentos financeiros em curso
2214 Fornecedores - empresas associadas 3712. Plantas
452 Propriedades de investimento em curso
2215 Fornecedores— empreendimentos 268 Outras operagêes 372 De producio 453 Activos fixos tangiveis em curso
conjuntos 3721 Animais
269 Perdas por imparidade acumuladas* 454 Activos intangiveis em curso
2216 Fornecedores — outras partes rela- 3722 Plantas 455 Adiantamentos por conta de investimentos*
cionadas OUTRAS CONTAS A RECEBERE A PAGAR
271 Fornecedores de investimentos” 459 Perdas por imparidade acumuladas*
222 Fornecedores — titulos a pagar ET] RECLASSIFICACAO E REGULARIZACAO DE
2711 Fornecedores de investimentos—
2221 Fornecedores gerais INVENTARIOS E ACTIVOS BIOLGGICOS ETA ACTIVOS NAO CORRENTES DETIDOS PARA
contas gerais
2222 Fornecedores - empresa-mie
2712 Facturas em recepdio e conferência* 382 Mercadorias VENDA
2223 Fornecedores— empresas subsidiërias 383 Marérias-primas, subsididrias e de consumo
2713 Adiantamentos a fornecedores de
2224 Fornecedores - empresas associadas 384 Produtos acabados e intermédios
investimentos* 469 Perdas por imparidade acumuladas*
2225 Fornetedores — empreendimentos 385 Subprodutos, desperdicios, residuos e
conjuntos 272 Devedores e credores por acréscimos refugos
2226 Fornecedores — outras partes rela- (periodizatio econémica)* 3B6 Produtos e trabalhos em curso
Classe 5 — Capital, reservas e resultados
cionadas 2721 Devedores por acréscimos de rendi- 387 Activos biolêgicos* transitados*
mentos
2722 Credores por acréscimos de gastos ET] ADIANTAMENTOS POR CONTA DE COMPRAS*
225 Facturas em receptio e conferência”
EI] CAPITAL"
273 Beneficios pês-emprego”
228 Adiantamentos a fornecedores* 274 Impostos diferidos* Classe d — Investimentos* EF1 ACCGES (GUOTAS) PROPRIAS*
229 Perdas por imparidade acumuladas* 2741 Activos por impostos diferidos
2742. Passivos por impostos diferidos 521 Valor nominal
EE] PESSOAL ET] INVESTIMENTOS FINANCEIROS* 522 Descontos e prémios
275 Credores por subscricêes nio liberadas*
231 Remuneracêes a pagar* 41 1 Investimentos em subsidiërias
276 Adiantamentos por conta de vendas*
2311 Aos 6rgios soriais 4111 Participagêes de capital — método da
2312 Ao pessoal eguivalência patrimonial EE] OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL
278 Outros devedores e credores 4112 Participacées de capital — outros PROPRIO*
232 Adiantamentos 279 Perdas por imparidade acumuladas* métodos
2321 Aos 6rgaos sociais
4113 Empréstimos concedidos
2322 Ao pessoal ET] DIFERIMENTOS* EE] PRÊMIOS DE EMISSAO
281 Gastos a reconhecer 412 Investimentos em associadas
237 Caucêes 282. Rendimentos a reconhecer 4121 Participagêes de capital - método da
2371 Dos érgios sociais eguivalência patrimonial ET] RESERVAS
2372 Do pessoal ET] PROVISGES* 4122. Participacêes de capital — outros 551 Reservas legais
238 Outras operagêes 29] Impostos métodos 552 Outras reservas
2381 Com os érgios sociais 292. Garantias a clientes 4123 Empréstimos concedidos
2382 Com o pessoal 293 Processos judiciais em curso HA RESULTADOS TRANSITADOS
Este Cédigo de Contas faz parte integrante do livro Sistema de Normalizorêo Contabilistica Explicada e n&o pode ser comercjalizado separadamente.
EE Porto Editora
AJUSTAMENTOS EM ACTIVOS FINANCEIROS* 636 Seguros de acidentes no trabalho e doen- 6911 juros de financiamentos obtidos OUTROS RENDIMENTOSE GANHOS
cas profissionais 781 Rendimentos suplementares
571 Relacionados com o método da eguivalência
637 Gastos de accio social 6918 Outros juros
patrimonial 7811 Servicos soriais
638 Outros gastos com o pessoal 692 Diferencas de cimbio desfavordveis
5711 Ajustamentos de transicio* 7812 Aluguer de eguipamento
6921 Relativas a financiamentos obtidos
5712 Lucros nio atribuidos* 7813 Estudos, projectos e assistência tec-
[T] GASTOS DE DEPRECIACAO EE
5713 Decorrentes de outras variacêes nos DE AMORTIZACAO nolégica
6928 Outras
capitais préprios das participadas* 7814 Royalties
641 Propriedades de investimento
78ls Desempenho de cargos sociais nou-
642. Activos fixos tangiveis 698 Outros gastos e perdas de financiamento
579 Outros tras empresas
643 Activos intangiveis 6981 Relarivos a financiamentos obtidos
7816 Outros rendimentos suplementares
HE] EXCEDENTES DE REVALORIZACAO DE 7B2 Descontos de pronto pagamento obtidos
[1 PERDAS POR IMPARIDADE 6988 Outros
ACTINOS FIXOS TANGIVEIS E INTANGIVEIS* 783 Recuperacio de dividas a receber
65] Em dividas a receber
5Bl Reavaliag6es decorrentes de diplomas 784 Ganhos em inventrios
6511 Clientes Classe 7 - Rendimentos*
legais 784| Sinistros
6512 Outros devedores
5BI1 Antes de imposto sobre o rendi- 7842 Sobras
652 Em inventdrios
mento VENDAS*
653 Em investimentos financeiros
5812. Impostos diferidos 654 Em propriedades de investimento 711 Mercadorias 7848 Outros ganhos
589 Outros excedentes 655 Em activos fixos tangiveis 712 Produtos acabados e intermédios 785 Rendimentos e ganhos em subsidiërias,
589] Antes de imposto sobre o rendi- 656 Em activos intanglveis 713 Subprodutos, desperdicios, residuos e assotiadas e empreendimentos conjuntos
mento 657 Em investimentos em curso refugos 7851 Aplicacio do método da eguivalên-
5892 Impostos diferidos 658 Em activos nio correntes detidos para 714 Activos blolêgicos cia patrimonial*
venda 7852 Alienac6es
H] OUTRAS VARIACOES NO CAPITAL PROPRIO 7l6 IVA das vendas com imposto incluido
59] Diferengas de conversio de demonstracêes [T] PERDAS POR REDUCOES DE JUSTO VALOR 717 Devoluc6es de vendas 7858 Outros rendimentos e ganhos
financeiras* 66] Em instrumentos financeiros 718 Descontos e abatimentos em vendas 7B6 Rendimentos e ganhos nos restantes activos
592. Afustamentos por impostos diferidos 662. Em investimentos financeiros financeiros
593 Subsidios* 663 Em propriedades de investimento EF1 PRESTAGOES DE SERVICOS* 7861 Diferencas de cimbio favordveis
594 Doac6es 664 Em activos biolégicos 721 Servico A 7862 Alienac6es
722 Servico B
599 Outras [Z] PROVISGES DO PERIODO* 7868 Outros rendimentos e ganhos
671 Impostes 725 Servicos secunddrios 787 Rendimentos e ganhos em investimentos nio
Classe 6 — Gastos* 672. Garantias a elientes 736 IVA dos servigos com imposto incluido financeiros
673 Processos judiciais em curso 7871 Alienac6es
674 Acidentes no trabalho e doencas 728 Descontos e abarimentos 7872 Sinistros
al CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS
profissionais 7873 Rendas e outros rendimentos em
MATÊRIAS CONSUMIDAS
675 Matérias ambientais VARIACOES NOS INVENTARIOS propriedades de investimento
611 Mercadorias 676 Contratos onerosos DA PRODUGAO*
612 Matérias-primas, subsididrias e de consumo 677 Reestruturacio 7878 Outros rendimentos e ganhos
731 Produtos acabados e intermédios
613 Activos biolêgicos (compras)* 678 Outras provisêes 788 Outros*
732 Subprodutos, desperdicios, residuos e
refugos 7881 Correcgêes relativas a periodos
[F1 FORNECIMENTOS E SERVICOS EXTERNOS [] OUTROS GASTOS E PERDAS
733 Produrtos e trabalhos em curso anteriores
621 Subcontratos 681 Impostos 734 Activos biolêgicos 7882 Excesso da estimativa para impostos
622 Servicos especializados 6811 Impostos directos 7883 Impuracio de subsidios para investi-
6221 Trabalhos especializados 6812 Impostos indirectos E7] TRABALHOS PARA A PROPRIA ENTIDADE mentos
6222 Publicidade e propaganda 6813 Taxas 7884 Ganhos em outros instrumentos
741 Activos fixos tanglveis
6223 Vigilência e seguranca 682 Descontos de pronto pagamento financeiros*
742 Activos intangiveis
6224 Honordrios concedidos 7885 Restituicio de impostos
743 Propriedades de investimento
6225 Comissêes 683 Dividas incobriveis*
744 Activos por gastos diferidos
6226 Conservacio e reparagio 684 Perdas em invenrdrios*
7888 OE nio especificados
684] Sinistros
6228 Outros 6842 Ouebras
SUBSIDIOS A EXPLORACAO* JUROS, DIVIDENDOS E OUTROS RENDIMEN-
623 Materiais TOS SIMILARES
6231 Ferramenras e utensilios de desgaste 6848 Outras perdas 751 Subsidios do Estado e outros entes piblicos
ripido 685 Gastos e perdas em subsididrias, associa- 752 Subsidios de outras entidades 791 Juros obtidos
6232 Livros e documentagio técnica das e empreendimentos conjuntos 7911 De depêsitos
6233 Material de escritério 685] Cobertura de prejuizos REVERSOES 7912 De outras aplicacêes de meios
6234 Artigos para oferta 6852 Aplicacao do método da eguivalên- 76| De deprecjagêes e de amortizacêes financeiros liguidos
cia patrimonial* 7611 Propriedades de investimento 7913 De financiamentos concedidos a
6238 Outros 6B53 Alienacêes 7612 Activos fixos tangiveis associadas e empreendimentos con-
624 Energia e fluidos 7613 Activos intangiveis juntos
6B58 Outros gastos e perdas 762 De perdas por imparidade 7914 De financiamentos concedidos a
6241 Eleetricidade
6B6 Gastos e perdas nos restantes investimen- 7621 Em dividas a receber subsidiërias
6242 Combustiveis
tos financeiros* 76211 Clientes 7915 De financiamentos obtidos
6243 Agua
6861 Cobertura de prejuizos 76212 Outros devedores
6B62 Alienacoes
6248 Outros 7632 Ajustamentos em inventdrios 7918 De outros financiamentos concedidos
625 Deslocacêes, estadas e transportes 7623 Em investimentos financeiros 792 Dividendos obtidos
6B68 Outros gastos e perdas
6251 Deslocacêes e estadas 7624 Em propriedades de investimento 7921 De aplicacêes de meios financeiros
687 Gastos e perdas em investimentos nio
6252. Transportes de pessoal 7625 Em activos fixos tangiveis liguidos
financeiros
6253 Transportes de mercadorias 7626 Em activos intangiveis 7922 De associadas e empreendimentos
6B71 Alienacêes
7627 Em investimentos em curso conjuntos
6B72 Sinistros
6258 Outros 7628Em activos nio correntes detidos 7923 De subsididrias
6B73 Abates
626 Servicos diversos para venda
6B74 Gastos em propriedades de investi-
6261] Rendas e alugueres 763 De provisêes 7928 Outras
mento
6262 Comunicacio 7631 Impostos
6263 Seguros 6878 Outros gastos e perdas 7632 Garantias a dlientes 798 Outros rendimentos similares
6264 Royalties 688 Outros* 7633 Processos judiciais em curso
6265 Contencioso e notariado 6881 Correccées relativas a periodos 7634 Acidentes no trabalho e doencas
Classe 8 — Resultados
6266 Despesas de representacio anteriores profissionais
6267 Limpeza, higiene e conforto 6882 Donativos 7635 Matérias ambientais
6268 Outros servicos 6883 Ouotizacêes 7636 Contratos onerosos ET] RESULTADO LIGUIDO DO PERIODO
6884 Ofertas e amostras de inventirios 7637 Reestruturacio Bl 1 Resultado antes de impostos*
[E] GASTOS COM O PESSOAL 6885 Insuficiëncia da estimativa para 7638 Outras provisêes 812 Imposto sobre o rendimento do periodo
631 Remuneragées dos 6rgios sociais impostos 8121 Imposto estimado para o periodo*
632 Remunerasêes do pessoal 6886 Perdas em instrumentos financeiros* 8122. Imposto diferido
GANHOS POR AUMENTOS DE JUSTO VALOR
633 Beneficios pês-emprego
6331 Prémios para pensêes* 6B88 Outros nio especificados 771 Em instrumentos financeiros 818 Resultado liguido
6332. Outros beneficios 772 Em investimentos financeiros
634 Indemnizacêes 69] GASTOS E PERDAS DE FINANCIAMENTO 713 Em propriedades de investimento
635 Encargos sobre remuneracêes 691 Juros suportados 774 Em activos biolêgicos [T] DIVIDENDOS ANTECIPADOS
* O asterisco significa gue a correspondente rubrica tem uma nota explicativa. COD. 32643

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