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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE (FAVENI)

MARIANA FLAUSINO DA SILVA

MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: APLICABILIDADE NO


SISTEMA JUDICIÁRIO

BIRIGUI/SP
2023
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE (FAVENI)

MARIANA FLAUSINO DA SILVA

MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: APLICABILIDADE NO


SISTEMA JUDICIÁRIO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em PROCESSO
CIVIL

BIRIGUI/SP
2023
MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS: APLICABILIDADE NO
SISTEMA JUDICIÁRIO

Mariana Flausino da Silva

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO. O presente trabalho tem como objetivo analisar os métodos alternativos de resolução de
conflitos, bem como sua aplicabilidade no sistema judiciário atual. Neste viés a intenção também
vislumbrar na prática jurídica dos operadores do direito a real efetividade dos métodos. Os tribunais criaram
centros judiciários para solução consensual de conflitos, sendo estes responsáveis pelas audiências de
conciliação e mediação. Na pesquisa será enfrentada a temática de sua aplicabilidade em relação ao
auxilio, orientação e estimulação da autocomposição na prática. A metodologia principal a ser empregada
é a de pesquisa bibliográfica, na qual consiste o trabalho em pesquisas aos doutrinadores que abordam o
tema, bem como artigos científicos. Diante de toda a exposição, a reflexão girará em torno da importância
e aplicabilidade dos métodos alternativos de resolução de conflitos, observando as regras legais e o
respaldo no Código de Processo Civil.

PALAVRAS-CHAVE: Mediação. Conciliação. Resolução. Conflitos.

1 flausinomari@gmail.com
1 INTRODUÇÃO

O presente artigo trata-se de trabalho para conclusão de curso de especialização,


com intuito de tecer breves considerações acerca do Métodos Consensuais de
Resolução de Conflitos, vislumbrando o cenário jurídico brasileiro, após
promulgação do Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15).

Tal tema foi escolhido por ser relevante para as ciências jurídicas com intuito de
eludir algumas considerações acerca dos Métodos de Consensuais de Solução
de Conflitos, observando o Código de Processo Civil. Nesta análise iremos
abordar os aspectos: os métodos consensuais de solução de conflitos; os meios
alternativos de solução de conflitos e a aplicabilidade e celeridade nos casos
concretos de modo geral.

Espera-se que tal pesquisa possa contribuir com os profissionais que atuam nessa
área e para outros estudantes com interesse pelo tema. Deste modo, o objetivo é
de perscrutar e fornecer subsídios para novas pesquisas e discussões
relacionadas aos Métodos Consensuais de Resolução de Conflitos.

A principal metodologia empregada será a pesquisa bibliográfica, consistindo o


trabalho em pesquisas aos doutrinadores que abordam tanto os Métodos de
Resolução de Conflitos, quanto a sua importância. Para a realização do projeto,
inicialmente, será feito um levantamento bibliográfico acerca do tema por meio de
consultas em livros, pesquisas, resenhas e bancos de dados informatizados nas
bibliotecas.

Houve também a coleta dados na prática durante a participação de audiências de


conciliação e mediação. Será utilizado também como fonte de pesquisa artigos e
materiais eletrônicos disponibilizados na internet.
2 MÉTODOS CONSENSUAIS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Lidando com um número exagerado de demandas, os processualistas passaram


a prestigiar outros meios adequados de solução de conflitos, bem como a
arbitragem, a conciliação e a mediação. Esses mecanismos alternativos podem
ser extrajudiciais e possuem o caráter de propiciar maior acesso à Justiça. Todos
eles vieram prestigiados no supracitado artigo 3° do novo Código de Processo
Civil (NCPC 2015).

Diante disso, a sociedade brasileira e a justiça caminham atualmente, ao encontro


de Métodos Consensuais de Solução de Demandas, por meio de instrumentos de
ação social participativa. Outrossim, dentro desse raciocínio, com a facilidade do
acesso pleno à Justiça e a utilização de meios e instrumentos alternativos como
a Conciliação, a Mediação e a Arbitragem, com todos os desdobramentos
derivados, auxilia-se para que ocorra a celeridade processual.

Observando também a nossa Carta Magna, em seu artigo 5º, inciso XXXV, ao
dispor que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça
de direito”, não havia objetivo de impor limitação à forma de soluções de conflitos,
muito, pelo contrário, com modo implícito pretende possibilitar a composição dos
litígios de um modo geral, mesmo que fora de seu âmbito.

• Arbitragem

Após uma vasta quantidade de demandas, os processualistas passaram a


prestigiar outros meios adequados com finalidade de dirimir conflitos, sendo eles:
arbitragem, conciliação e a mediação. Os mecanismos alternativos também
podem ser extrajudiciais e possuem o caráter de propiciar maior acesso à Justiça.
Todos eles vieram prestigiados no supracitado artigo 3° do Código de Processo
Civil (CPC 2015).
Primeiro, temos a arbitragem, consistindo no instrumento utilizado para conflitos
que versem sobre direitos patrimoniais disponíveis. Tal método pode ser ter
grande eficácia quando tratar-se de questões muito específicas, pois um
especialista decidirá melhor a controvérsia.

Além de que, tem-se vantagens no processo de arbitragem, vislumbrando-se


serem maiores que num processo judicial, pois permite-se alcançar uma decisão
com maior velocidade, gerando o mesmo efeito da sentença judicial.

• Mediação

Já a mediação, trata-se da forma de autocomposição tem por objetivo aproximar


a conciliação por meio de um mediador, mas não é conciliação pela diferença
apresentada na ação do agente externo. Diante disso, a palavra vem do
latim mediatio (intervenção, intercessão), é o vocábulo empregado, na
terminologia jurídica, para indicar todo ato de intervenção de uma pessoa em
negócio ou contrato que se realiza entre outras.

Vejamos a definição no Código de Processo Civil, no parágrafo único do art. 1º:

Art.1º Considera-se mediação a atividade técnica exercida por


terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito
pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver
soluções consensuais para a controvérsia.

Segundo a lei da mediação dispõe existem alguns princípios que devem nortear
o procedimento, sendo eles: princípio da imparcialidade do mediador, isonomia
entre as partes, oralidade, informalidade, busca do consenso, boa-fé e
autonomia das partes.

É a mediação um processo transdisciplinar, é técnica latu sensu e arte


que se destina a aproximar pessoas interessadas na resolução de um
conflito e induzi-las a perceber no conflito a oportunidade de encontrar,
por meio de uma conversa, soluções criativas, com ganhos mútuos e que
preservem o relacionamento entre eles. (BACELLAR, 2016, p. 107.2017)
Entretanto a mediação na prática é indicada quando existe um relacionamento
mais pessoal entre as partes, de modo que o mediador com sua estratégia de
atuação chegue a uma solução satisfatória. Assim as partes concentram-se em
problemas reais, participam ativamente na solução do conflito.

• Conciliação

E por último temos a conciliação, neste método busca-se uma solução por
acordo entre as partes, atribuindo ao conciliador o principal papel de propor ou
sugerir soluções, ainda que sua função não permita nenhuma imposição
compulsória de medidas ou decisão, ficando esta última inteiramente à critério
das partes envolvidas na controvérsia.

Devemos nos atentar o fato de que, mesmo possuindo semelhança em relação


à mediação, com ela não se confunde. Assim temos o Código de Processo
Civil definindo a atividade do conciliador, que atuará preferencialmente em
casos, quando não houver vínculo anterior entre as partes, sugerindo soluções
para o conflito (art. 165 § 2, CPC).

3 MÉTODOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS E APLICABILIDADE

Os métodos alternativos de resolução de conflitos, sendo a mediação,


conciliação tem sido de grande sucesso para desafogar o Poder Judiciário. Pois
deste modo, existem demandas judiciais em que, a busca pela solução
consensual do conflito vem trazendo diálogo, compreensão e solução.

Com a valorização das soluções consensuais a cultura de litígio caminha em


passos mais largos, dando espaço para acordos, diálogos e autocomposição. O
que exige também dos operadores do Direito um trabalho com menos
combatividade e mais percepção dos interesses das partes envolvidas.

Portanto, após a participação e busca pela autocomposição nas audiências de


mediação ou conciliação, mesmo que infrutífero seja o acordo, as partes o
segmento do processo é conduzido de uma forma mais tranquila.
Deste modo, tem se buscado a solução em diálogo direto com a parte contrária,
na tentativa de dirimir definitivamente o conflito, muitas das vezes encerrando o
embate processual.

Ademais, é possível considerar as formas de resolução de conflitos com olhar


positivo, visto que na maioria das vezes o mediador ou conciliador proporciona
uma harmonia dentre as partes, causando o sentimento de justiça e afastando o
famoso embate de quem perde ou ganha.

4 CONCLUSÃO

Este artigo tinha como objetivo apresentar os Métodos de Resolução de Conflitos


Alternativos no ordenamento jurídico, delineando um cenário do sistema
judiciário após as alterações legislativas e refletindo a aplicabilidade.

Mediante a garantia do art. 5º, inciso XXXV da Constituição Federal de asseveram


o acesso à justiça e seus métodos de resolução de conflitos, elencando de forma
ampla possibilitando até a fora da esfera do judiciário.

Assim, após a alteração do Código de Processo Civil mais precisamente em seu


artigo 3º, iniciou-se um marco quanto a criação de Métodos Consensuais de
Solução de Demandas, por meio de instrumentos de ação social participativa.

Portanto, os métodos consensuais de solução de conflitos possuem um aspecto


mais célere e em algumas vezes mais efetivo, assegurando de uma forma mais
progressiva que as lides sejam dirimidas.

Com isso, ocorre uma harmonia entre o direito garantido na Constituição Federal
de 1988 e a prática, mesmo que ainda há superavit de demandas judiciárias.
Todavia as partes estão amparadas pelo crivo do Poder Judiciário durante a
mediação, conciliação e se necessário quando é debatida questão dirimida em
sede de arbitragem.
Após o Código de Processo Civil essa temática era prevista de forma mais geral,
entretanto o legislador vem optando atualmente por incutir de dispositivos sobre o
tema em diversas áreas, a fim de incentivar o uso dessas ferramentas.
5 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei da arbitragem. Lei nº 9.307, de 23.09.1996. Encontrado


em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9307.htm. Acesso: 18.03.2023.

FEDERAL, Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil.


1988. Planato. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:
18 mar. 2023.

PLANALTO. Código de Processo Civil: cpc. CPC. 2015. Lei 13.105. Disponível
em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm.
Acesso em: 18 mar. 2023.

BACELLAR, Roberto Portugal. Mediação e arbitragem. São Paulo: Saraiva,


2016. BAGGENSTOSS, Grazielly Alessandra. Conexões entre pensamento
sistêmico, constelações sistêmicas e direito sistêmico. Revista Cidadania e
Acesso à Justiça, V. 4, n. 1, p. 153-173, jan./jun. 2018.

CABRAL, Trícia Navarro Xavier. A evolução da conciliação e da mediação no


Brasil. Revista FONAMEC – Rio de Janeiro, v.1, n. 1, p. 354, mai. 2017.

CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. 2. ed. – São


Paulo: Atlas, 2016.

CAMARGO, Lilian. Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos: é


possível resolver demandas através da conciliação. É possível resolver demandas
através da conciliação. 2023. JusBrasil. Disponível em: https://liliancamargo-
juridico1050.jusbrasil.com.br/artigos/1296093760/metodos-alternativos-de-
resolucao-de-conflitos. Acesso em: 02 fev. 2023.

MADEIRA, Brenda Arantes Miranda Pereira e Marcell Fernando


Alves. Https://direitodofuturo.uff.br/2020/11/17/meios-alternativos-de-
resolucao-de-conflitos/. 2020. Postada por Fabiane. Disponível em:
https://direitodofuturo.uff.br/2020/11/17/meios-alternativos-de-resolucao-de-
conflitos/. Acesso em: 14 mar. 2023

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