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8/11/2011

SINAIS VITAIS

 Conceito

 São indicadores do estado de saúde de


uma pessoa (POTTER & PERRY, 2005).

SINAIS VITAIS
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM I

Profª. Cleiciane Vieira de Lima Barros.

SINAIS VITAIS SINAIS VITAIS


São eles:  Essas medidas indicam a eficácia das

 Temperatura (T) funções circulatória, respiratória, neural e

 Respiração (R) endócrina do corpo.

 Pulso (P)

 Pressão arterial (PA)  São referidas como sinais vitais devido a


sua importância.

SINAIS VITAIS SINAIS VITAIS


 Diretrizes a serem observadas:

 Especialistas em manejo da dor  Conhecer os padrões normais;

defenderam a dor como o quinto sinal vital  Conhecer a história de saúde/doença;

para assegurar sua verificação rotineira  Conhecer as medicações em uso;

(LYNCH, 2001).  Controlar os fatores ambientais;


 O profissional designado deverá aferir os
SSVV;

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 Freqüência conforme o quadro clínico;
TEMPERATURA.
 Equipamento em bom estado;

 Alterações registradas e comunicadas;

 Lavar as mãos antes e após o contato


com paciente.

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 TEMPERATURA CORPORAL (T)  REGULAÇÃO TÉRMICA

EQUILÍBRIO ENTRE O CALOR PERDIDO E O CALOR


É a diferença entre a quantidade de calor


PRODUZIDO.
produzida pelos processos corporais e a
 PARA A TEMPERATURA DO CORPO PERMANECER
quantidade de calor perdida para o meio
DENTRO DE UMA FAIXA ACEITÁVEL, ESTA RELAÇÃO
externo.
DEVE SER MANTIDA.
Calor produzido – Calor perdido =
ESTA RELAÇÃO É REGULADA PELOS MECANISMOS
Temperatura corporal 

NEUROLÓGICOS E CARDIOVASCULARES.

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CORPO CALOSO  Quando as células nervosas dentro do
hipotálamo anterior ficam aquecidas além

TÁLAMO
do limite, impulsos são enviados para reduzir

HIPOTÁLAMO POSTERIOR
a temperatura do corpo.
HIPOTÁLAMO ANTERIOR
Perda de calor Produção de calor
 Mecanismos de perda de calor: sudorese;
PONTE
vasodilatação; inibição da produção de calor.
HIPÓFISE

HIPOTÁLAMO MEDULA CEREBELO

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 Se o hipotálamo posterior sente a  Fatores Fisiológicos:
temperatura mais baixa que o ponto de  Sono e repouso
acerto, mecanismos de conservação de  Idade
 Exercícios
calor são instituídos.
 Emoções
 Mecanismos de conservação de calor:
 Fator hormonal
Vasoconstricção; produção de calor  Agasalhos

compensatória através da contração  Fator alimentar

muscular e tremor.

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 Fatores Patológicos:  TERMINOLOGIA:

 Processo infeccioso

 Distúrbios emocionais  Hipotermia: temperatura abaixo do valor

 Manifestações de hipersensibilidade normal, caracterizada por pele e


extremidades frias, cianose e tremores.

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 Hipertermia: aumento da temperatura  Normotermia: Temperatura normal.
corporal. Caracterizada por pele quente e
seca, sede, secura na boca, calafrios,
dores musculares generalizadas,
sensação de fraqueza, taquicardia,
cefaléia, delírios e convulsões.

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 Variações da Temperatura Corporal:  CLASSIFICAÇÃO DA HIPOTERMIA

 40°C a mais: hiperpirexia;  Leve: 34 a 35,9ºC


 39 a 39,9°C: pirexia;

 38 a 38,9°C: febre;
 Moderada: 30 a 34ºC
 37 a 37,9°C: estado febril;  Grave: < 30ºC
 36 a 36,9°C: normal.

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 TÉCNICA  Preparar psicologicamente o cliente
 Material necessário  Realizar desinfecção do termômetro dentro
 Cuba rim contendo: dos princípios de microbiologia, do meio
 Algodão com álcool menos contaminado para o mais
 Algodão seco ou contaminado.
papel toalha Antes de colocar no cliente

 Termômetro
Haste.

Bulbo.

Após retirar do cliente

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 LOCAIS DE VERIFICAÇÃO  BUCAL

1. AXILAR • Realizar a desinfecção;


 Diminuir a temperatura do termômetro; • Colocar o termômetro sob a
 Secar as axilas do cliente; língua, mantendo os lábios cerrados;
 Colocar o termômetro e deixá-lo por • O bulbo é alongado e achatado;
5 min.; • A temperatura varia entre
 Aferir a temperatura na altura dos
36,3ºC a 37,4ºC.
olhos, segurando-o pela haste;
 Variação normal: 35,8ºC a 37ºC.

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 RETAL  SENSOR DA MEMBRANA TIMPÂNICA
 O termômetro deve ser lubrificado e colocado
no cliente em decúbito lateral, inserido cerca
de 3,5 cm em individuo adulto;  Uso de aparelho digital com a ponta
 O seu bulbo é arredondado e proeminente; semelhante a um otoscópio;
 Deve ser lavado com água corrente e sabão e
álcool;  Temperatura aferida entre 2 a 5
 E considerada a mais fidedigna; segundos.
 Oscila entre 37º a 38ºC;
 Uso individual.

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CUTÂNEA

 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
• Aferido em 3 minutos e
 Hipertermia:
Lido após esperar cerca
 Observar a prescrição SOS;
de 10 segundos;
 Resfriamento da superfície corporal;
• É utilizada fita
descartável,aplicada  Repouso (diminui a atividade muscular e

na fronte. diminui o calor);

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 Ambiente arejado e silencioso;  Compressa fria nas regiões mais

 Roupas leves e confortáveis; vascularizadas;

 Oferecer líquidos, mantendo a hidratação  Controlar a temperatura com uma

e o estado nutricional do paciente; freqüência maior.

 Banho;

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 Hipotermia:  Não dar banho, remover toda a roupa

 Diminuir corrente de ar; molhada e substituir por outras quentes;

 Aquecimento através de agasalhos,  Controlar a temperatura, com freqüência

cobertores, bolsa de água quente e do maior.

ambiente através de equipamentos;

 Oferecer líquidos quentes, conforme a


dieta;

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 RESPIRAÇÃO (R)
 A sobrevivência humana depende da
capacidade de o oxigênio alcançar as células
do corpo e do dióxido de carbono ser
RESPIRAÇÃO removido das células.
 A respiração é o mecanismo que o corpo usa
para promover a troca de gases entre a
atmosfera e o sangue e o sangue e as células.

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 CONDIÇÕES QUE AFETAM A  FREQUÊNCIA:
RESPIRAÇÃO:  Adultos: 12 a 20 por minuto;

 Adolescentes: 16 a 19 por minuto;


 Fisiológico: exercícios, emoção, sono, banho
 Crianças: 20 a 30 por minuto;
frio (acelera) e banho quente (diminui);
 Lactentes: 30 a 50 por minuto.
 Patológico: pneumonia, difteria, doenças
cardíacas, cerebrais e outros.

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ALTERAÇÃ DESCRIÇÃO ALTERAÇÃ DESCRIÇÃO
O O
Normopnéia respiração normal, entre 12 a 20 IPM; Hiperventilaçã Ritmo e profundidade da respiração aumentam. Pode
ou Eupnéia o ocorrer hipocapnia.

Taquipnéia freqüência respiratória acima de 20 IPM


Hipoventilaçã Ritmo respiratório baixo. Profundidade da ventilação
o pode estar deprimida. Hipercapnia.
Bradipnéia freqüência respiratória abaixo de 12 IPM
Respiração de O ritmo respiratório e a profundidade são irregulares,
Cheyne- caracterizados por períodos alternados de apnéia e
Dispnéia é a dificuldade de respiração, caracterizada pelo Stokes hiperventilação.
aumento do esforço, inspiratório e expiratório
Respiração de As respirações são anormalmente profundas e
Ortopnéia dispnéia intensa que obriga o doente a ficar de pé ou Kussmaul regulares.
sentado para respirar melhor
Respiração de As respirações são anormalmente superficiais por
Apnéia parada da respiração, cessação prolongada da Biot duas ou três respirações seguidas por um período
respiração irregular de apnéia.

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 TÉCNICA
 Material necessário:
 Relógio com ponteiro de segundos;
 Caneta;

 Caderneta de anotação. PULSO


 Aferir durante 1 minuto o movimento de
expansão do diafragma;
 Não permita que o cliente perceba.

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 PULSO (P)
 PULSO (P)

 É a contração e expansão de uma artéria,


 Quando uma onda de pulso atinge uma artéria
corresponde aos batimentos cardíacos. Cada
periférica, isto pode ser sentido com a
vez que o ventrículo esquerdo se encontra
palpação delicada da artéria contra o osso ou
repleto de sangue arterial e se contrai para
ejetar sangue para a aorta, a mesma se músculo subjacentes.

distende, criando uma onda de pulso que viaja


rapidamente às extremidades distais das

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 DÉBITO CARDÍACO  ACHADOS NORMAIS:
 Adultos: 60 a 100 bat/min;
 Adolescentes: 60 a 90 bat/min;
 O volume de sangue bombeado pelo coração
 Crianças: 75 a 140 bat/min;
durante 1 minuto é o débito cardíaco.  Lactentes: 120 a 160 bat/min.
 A ansiedade na hora do exame pode interferir
nos valores; desta forma deverá ser verificado
novamente no final do atendimento quando a
pessoa já estiver mais tranquila.

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 REGIÕES PARA VERIFICAÇÃO DO PULSO
 TEMPORAL- ao lado dos olhos;
 CAROTÍDEA – ao longo da borda medial do
esternocleidomastóideo;
 APICAL – quinto espaço intercostal;
 PULSO BRAQUIAL –sulco do bíceps e tríceps;
 PULSO RADIAL- face lateral do antebraço;
 FEMORAL - abaixo do ligamento inguinal;
 POPLÍTEA – atrás do joelho;
 TIBIAL POSTERIOR – face interna do calcâneo, abaixo do maléolo
medial;

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CARACTERÍSTICAS
FREQUÊNC Taquicardia  Técnica
IA normocardia
 Material necessário
Bradicardia
 Relógio com ponteiro de segundos
RITMO Ritmico
 Caneta
Arritmico
 Caderneta de anotação
QUALIDAD Cheio
E Filiforme  Palpar a artéria por 1 minuto, no caso da
Ausente apical, colocar o diafragma do estetoscópio no
IGUALDAD Ao avaliar a pulsação periférica em ambos os lados, espaço do 5º espaço intercostal e aferir por
E eventualmente pode ser observado desigualdades em um minuto
relação à qualidade, o que pode indicar alguns estados
de doença como formação de trombos e alteração no
calibre de vasos.

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 PRESSÃO ARTERIAL (PA)

 Pressão arterial é a pressão

exercida pelo sangue sobre as


paredes das artérias.

PRESSÃO
ARTERIAL

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 FATORES QUE INFLUENCIAM A PRESSÃO FATORES HEMODINÂMICOS QUE INTERFEREM
ARTERIAL NA PRESSÃO ARTERIAL
Débito cardíaco Volume ejetado durante 1 min.

 Idade Resistência À medida que a resistência aumenta, a pressão


vascular aumenta. À medida que os vasos se dilatam e a
 Estresse periférica resistência cai, pressão arterial cai.
 Etnia
Volume do Se o volume aumenta mais pressão é exercida
 Gênero sangue contra as paredes arteriais.
 Variação diurna
Viscosidade A viscosidade do sangue interfere na passagem do
 Medicações sangue pelos vasos.
Elasticidade Se a elasticidade está reduzida há grande resistência
ao fluxo de sangue.

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 CLASSIFICAÇÃO:  TERMINOLOGIA:

 Pressão Sistólica: pressão máxima, se dá  Hipertensão: Pressão elevada


quando os ventrículos estão se contraindo.  Hipotensão: Pressão diminuída
 Pressão Diastólica: pressão mínima, se dá  Pressão convergente: sistólica se aproxima
dá diastólica
quando os ventrículos estão em repouso.  Pressão divergente: sistólica se distancia da
diastólica.

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CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL PARA
ADULTOS COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 18
ANOS
CATEGORIA SISTÓLICA DIASTÓLICA
(mmHg) (mmHg)

Normal < 120 <80

Pré- 120 – 139 80 - 89


hipertensão

Hipertensão 140 - 159 90 – 99


estágio I

Hipertensão >160 >100


estágio II

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MANGUITO

PERA

VALVULA

MANÔMETRO

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 Técnica para a verificação da pressão  A pressão no manguito é aumentada, até que o pulso
radial desapareça à palpação. O desaparecimento do
arterial: pulso significa que a pressão arterial sistólica foi
excedida e a artéria braquial está ocluída. Em
 Arrumar todo o material; seguida o manguito é inflado por 20 a 30 mmHg
 Explicar para o paciente o que vai ser feito; acima do ponto em que desaparece a pulsação radial.
O manguito é lentamente esvaziado, sendo feita a
 Colocar o paciente sentado ou deitado, de leitura por ausculta, para isso colocamos o diafragma
do estetoscópio sobre a artéria braquial, logo acima
maneira confortável, com o braço apoiado e a do sulco do cotovelo. O manguito deve ser esvaziado
palma da mão virada para cima; ao mesmo tempo em que se procura ouvir o início do
ruído, o que indica a pressão arterial sistólica, esses
 Colocar o manguito ao redor do braço do ruídos vão continuar até que a pressão no manguito
paciente e inflá-lo por meio da pêra de tenha caído abaixo da pressão diastólica, neste
momento registra-se a pressão diastólica.
borracha.

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REFERÊNCIAS
SINAIS VITAIS
BIBLIOGRÁFICAS
 MURTA, Genilda F. et all. Saberes e Práticas: Guia
para Ensino e Aprendizado de Enfermagem. 5ª
edição. São Caetano do Sul, SP: Difusão, 2009.

 TIMBY, BARBARA K. Conceitos e Habilidades


Fundamentais de Enfermagem. 8ª edição. Porto
Alegre: Artmed, 2007.

 POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos


de Enfermagem. 6ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier,
2005.

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