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SINAIS VITAIS

EM PEDIATRIA

Profª: Jéssica Brandão


Pulso

Pressão Frequência
Arterial Respiratória

Temperatur
a ssvv Dor
SSVV

Condições ambientais Condições pessoais Condições do


equipamento

• Temperatura do • Atividade física; • Calibração


local; • Estado • Tamanhos
• Umidade do emocional; adequados;
local; • Alimentação • Armazenamento
• Sonorização; • Patologias adequado;
específicas;
Temperatura
Equilíbrio entre produção e perda de calor do organismo
Axilar
Vantagem: Acesso fácil e seguro. Menor risco de trauma psicológico.

Desvantagens: Influenciado facilmente pela temperatura ambiente e por


corrente de ar. Período de tempo grande para obtenção do resultado
exato.

• Enxugar a axila do paciente ou orientá-lo fazer.


• Pedir para que paciente comprima braço de encontro ao corpo, de preferência
colocando a mão no ombro oposto;(Se for criança auxiliar no posicionamento).
RETAL
Vantagens: Não é diretamente influenciado pela temperatura do ambiente, ingestão de
líquidos ou corrente de ar. É fidedigno nos resultados e os alcança em curto espaço de
tempo.

Desvantagens: É contra indicado a pacientes com diarreia, doenças do reto e submetidas


a cirurgias retais. Risco de traumatismo psicológico. Risco de danos a mucosa
retal. Difícil verificação e estimula a evacuação.

• Lubrificar a ponta do termômetro (ex.: óleo mineral)- verificar indicação e


prescrição de lidocaína tópica.
• Introduzir o bulbo do termômetro no reto;
• Lavar o termômetro com água e sabão e realizar a assepsia com álcool a 70%e
guardá-lo junto aos artigos do paciente;
ORAL/BUCAL
Vantagens: Fácil acesso.

Desvantagens: Sofre muita interferência direta por muitos fatores como ingestão de
algo quente ou frio, corrente de ar e oxigenoterapia. Não pode ser usado em crianças
pequenas ou desorientadas pelo risco de quebrar ou morder o termômetro. Contra
indicado para crianças que tenham passado por cirurgia oral.

• Colocar o termômetro embaixo da língua do paciente;


• Pedir para que o paciente cerre os lábios, firmando o termômetro no canto da
boca;
• Após cinco minutos retirar o termômetro;
AURICULAR/TIMPÂNICA
Vantagens: Fácil acesso, segurança, fidedignidade, não sofre muita interferência
ambiental (é uma membrana e não mucosa por isso, não é diretamente afetada pelo
que o paciente come ou bebe), mínimos riscos de contaminação.

Desvantagens: Alto custo quando comparada a outros métodos. É contra-indicada


na presença de inflamação crônica ou aguda do conduto auditivo externo ou na
presença de descarga purulenta ou sanguinolenta.

• Necessita de um termômetro específico.


• Após a verificação descartar o protetor do termômetro pois é descartável.
• Cuidado especial na introdução do aparelho.
• Aparelho eletronico
Parâmetros de Temperatura
Temperatura axilar: 35,8°C a 37,2°C
Temperatura bucal: 36,3°C a 37,4°C
Temperatura retal: 37°C a 38°C

NOMECLATURAS CONSIDERANDO TEMPERATURA AXILAR:

Hipotermia: Temperatura abaixo de 35,8°C


Afebril: 35,8°C a 37,2°C
Febril: 37,3°C a 37,7°C
Febre: 37,8°C a 38,9°C
Pirexia: 39°C a 40°C
Hiperpirexia: acima de 40°C
Material necessário para verificação da
temperatura:
• Cuba rim ou bandeja;
• Algodão seco ou para secar região axilar do paciente SN
• Algodão umedecido com álcool a 70%;
• termômetro.
• Caneta e papel para anotações;
PULSO/ FREQUÊNCIA CARDÍACA
A pulsação é uma medida indireta do débito cardíaco (volume de sangue
bombeado pelo coração durante um minuto).

O pulso é a contração e a expansão alternada de uma artéria.

Uma pulsação lenta, rápida ou irregular pode estar indicando a


incapacidade do coração em promover débito cardíaco eficaz.
Frequência do Pulso
• É necessário contar sempre o número de pulsações durante
um minuto inteiro.

• Valores normais:
• Recém-nascidos (120 a 160)
• Crianças (80 a 100)
• Adulto (60 a 100)
Exceção para verificação para o pulso apical no
RN em intercorrências:
Verifica-se por 10 segundos e multiplica-se o valor
por 6.
Termos técnicos utilizados:

Taquisfigmia ou taquicardia: Valores acima dos parâmetros de normalidade.

Bradisfigmia ou bradicardia: valores abaixo dos parâmetros de normalidade.

Normocardia: Valores dentro dos parâmetros de normalidade.


Ritmo do Pulso
É dado pela sequência das pulsações.
Pulso regular/rítmico: As pulsações ocorrem em intervalos iguais.
Pulso irregular/arrítmico: Se os intervalos são variáveis – ora mais longos,
ora mais curtos.

A irregularidade do pulso indica alteração do ritmo cardíaco (arritmia)


Fatores que afetam a
Frequência do Pulso
 Idade
 Medicamentos: exemplos
 Exercícios, emoções, calor, dor
 Horário do dia
 Pressão Arterial
 Dor
Temporal – Palpar a artéria temporal
sobre o osso temporal do crânio.
Sua pulsação é mais facilmente
palpada exatamente na frente da
parte superior do ouvido.
Carotídeo – Palpar ao longo da borda
medial do músculo
esternocleidomastóideo na metade
inferior do pescoço.
Radial Palpar a artéria na face
anterior do punho, próxima a
proeminência óssea do rádio.
Braquial – Palpar a artéria braquial
na face interna do braço. O paciente
deve estar repousado com o
cotovelo esticado e a palma da mão
para cima.
Femoral – Palpar a artéria femoral na
face anterior, medial da coxa. Pode
ser necessário a palpação
profunda
Poplíteo: Palpar o pulso atrás do joelho
com o paciente em decúbito dorsal ou
ventral.
Tibial Posterior: Palpar o pulso
próximo ao maléolo.
Pedioso – Palpar o pulso dorsal do
pé na sua face dorsal. Pode ser de
difícil localização em algumas
pessoas.
DOR
• American Pain Society ( APS )

• A dor é considerada o quinto sinal vital.

• A equipe deve documentar a dor do paciente a cada vez em


que lhe verificar os SSVV ou que o paciente refira dor intensa.
Dor é um dos problemas clínicos mais comuns e seu
controle apropriado parece associar-se com a:

 Melhor recuperação do paciente;


 Menor período de internação;
 Diminuição dos custos de tratamento.
• A dor é um sinal de alerta de que
“algo não vai bem”

• Está associada com a preservação


e integridade e própria vida.
Conceitos: Sensação desagradável, normalmente associada
a uma doença ou lesão. Causa desconforto físico e também
é acompanhada pelo sofrimento, que é componente
emocional da dor. Aquilo que a pessoa diz ter.
 A experiência da dor é complexa,
envolve componente físicos,
emocionais e cognitivos;
 A dor é subjetiva e altamente
individualizada;
 A dor é exaustiva e demanda energia da
pessoa, interferindo no relacionamento
interpessoal e no modo de vida;
 Não se pode objetivamente mensurar a dor, tal como
os outros sinais vitais;
 Somente o cliente sabe se a dor está presente e
como é esta experiência;
 Não é responsabilidade do cliente provar que está
com dor, é responsabilidade da equipe de
enfermagem aceitar o relato de dor do cliente;
O processo pelo qual as pessoas sentem dor
ocorre em quatro fases:

 TRANSDUÇÃO;
 TRANSMISSÃO;
 PERCEPÇÃO;
 MODULAÇÃO;
TRANSDUÇÃO
 Refere-se a conversão de informações químicas a nível celular
em impulsos elétricos, que são deslocados através da medula
espinhal;
 Inicia quando as células lesadas liberam substâncias químicas
(prostaglandinas, bradicinina, histamina e glutamato);
 Essas substâncias estimulam os nociceptores (tipos de
receptores nervo-sensoriais ativados por um estímulo nocivo)
localizados na pele, nos ossos, nas articulações nos músculos e
nos órgãos internos;
TRANSMISSÃO
 Fase em que os estímulos são levados do
sistema nervoso periférico até ao cérebro.
PERCEPÇÃO
(Experiência consciente de desconforto)

Ocorre quando o limiar da dor é atingido.

TOLERÂNCIA A DOR (quantidade da dor que uma pessoa suporta), é


influenciada pela genética; comportamentos aprendidos, específicos de
cada sexo, idade e cultura, fatores biopsicosociais individuais, como os
níveis de ansiedade são vivenciados, experiências de dor passadas e,
especialmente, o estado de saúde emocional;
MODULAÇÃO
 Última fase na transmissão do impulso nervoso doloroso,
durante a qual o cérebro interage com os nervos espinhais de
forma decrescente para, a seguir, alterar a experiência da dor;
 Nesse momento, a liberação de substâncias neuroquímicas
inibidoras da dor reduzem a sua sensação;
 Entre as substâncias neuroquímicas, citam-se os opióides
endógenos (endorfina, dinorfina...).
FONTE:CUTÂNEA; VISCERAL;
NEUROPÁTICA.

DURAÇÃO: AGUDA/TRANSITÓRIA;
CRÔNICA/PERSISTENTE;
Dor Aguda:

-Início recente;
-Associada a lesão específica;
-Duração curta;
-Localizada;
-Requer cada vez menos terapia com drogas;
-Reação satisfatória a terapia medicamentosa
Dor Crônica

-Surgimento remoto;
-Constante e intermitente;
-Raramente pode ser associada a uma causa específica;
-Generalizada;
-Requer cada vez mais terapia com drogas;
- Reação insatisfatória à terapia medicamentosa
-Longa duração
DADOS PARA INVESTIGAÇÃO DA DOR
 Onde é a dor?
 Quando/como iniciou?
 Existem fatores de
melhora/piora?
 Descrição da dor;
 Mensuração da dor.
 A intensidade da Dor é sempre a referida pelo doente;
 À semelhança dos sinais vitais, a intensidade da dor registrada refere-
se ao momento da coleta;
 A escala utilizada, para um determinado doente, deve ser sempre a
mesma.
 Para uma correta avaliação é necessária a utilização de uma linguagem
comum entre o profissional e o doente, que se traduz pelo ensino prévio
à sua utilização.
 É fundamental que o profissional de saúde assegure que o doente
compreenda, corretamente, o significado e utilização da escala utilizada.
Dor
ESCALA DE DESCRITORES VERBAIS
Dor
Dor
Ainda tem mais?
Pressão Arterial
Pressão Arterial

• Pressão exercida pelo sangue nas


paredes das artérias.
• O paciente deve estar em uma posição confortável e tranquila.
• O processo deve ser antes explicado ao paciente.
• Se necessário verificar novamente, aguardar um intervalo de
tempo para nova verificação.
• Método auscultatório e palpatório.
IMPORTANTE:
A PA do RN normalmente é mais baixa que a PA da criança e do adulto.
Pressão Arterial

Denominação do Largura do Manguito Comprimento da bolsa


manguito
Recém-nascido 4 8
Criança 6 12
Infantil 9 18
Adulto pequeno 10 24
Adulto 13 30
Adulto grande 16 38
Coxa 20 42
Fatores que interferem
diretamente na aferição de PA
na pediatria:
Idade;
Sono;
Choro;
Agitação;
Dor;
Patologias específicas;
Alimentação;
Bexiga cheia
Pressão Arterial

• Pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias.

• A criança deve estar em uma posição confortável e tranquila.

• O processo deve ser antes explicado a criança.

• Se necessário verificar novamente, aguardar um intervalo de tempo para nova verificação.

• Método auscultatório e palpatório.


Frequência Respiratória
É a expansibilidade do tórax e/ou abdome medida como
reflexo do intercâmbio ocorrido nos alvéolos,
pulmonares quando o oxigênio do ar inalado entra no
sangue e o dióxido de carbono é exalado para a
atmosfera.
Cuidados de Enfermagem

• Ao verificar a frequência respiratória o paciente não deve perceber que esta sendo
observado evitando alteração do padrão respiratório

• Pacientes com dispneia devem ser mantidos em posição Fowler

• Observar e anotar em prontuário o padrão respiratório (ritmo, profundidade, simetria


do tórax)

• Administrar oxigenoterapia conforme a prescrição médica

• Ao encontrar valores ou padrão respiratório alterados comunicar imediatamente ao


médico e/ou a enfermeira
Parâmetros de normalidade:

recém-nascido: 30-60 rpm

Criança: 18-30 rpm

Adulto: 12 -20 rpm

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