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APOSTILA DE
APLICAÇÃO
Roteiros resumidos dos módulos do Curso para guiar
suas palestras e formações
INTRODUÇÃO À TEOLOGIA DO
CORPO
O QUE É A TEOLOGIA DO CORPO?
Ode à Carne
“Caro salutis est cardo”
(A carne é o eixo da salvação) “Cremos em Deus que é criador da
carne. Cremos na Palavra feita carne para redimir a carne. Cremos
na ressurreição da carne, na consumação da criação e na redenção
da carne” (Catec. 1015)
SACRAMENTALIDADE DO CORPO
- A fé católica é bem carnal, sensual.
- Sacramento: sinal visível de uma realidade invisível.
- “O corpo é o sacramento da pessoa” (JPII)
A tese de João Paulo II
“De fato, o corpo, e somente ele torna visível o que é invisível: o
espiritual e o divino. Ele foi criado com a finalidade de trazer para
dentro da realidade visível do mundo o mistério escondido de
Deus, desde tempos imemoriais, e desta forma torna-se um sinal
dele”
- O corpo, não é divino, mas é um sinal do divino.
- Por isso, pode-se fazer uma Teologia do Corpo, pois é a lógica do
Cristianismo.
“Pelo fato de a Palavra de Deus ter-se feito carne, o corpo entrou
na Teologia (...) pela porta principal”.
O mistério divino
“Deus revela o seu segredo mais íntimo: Deus mesmo é
intercâmbio de amor: Pai, Filho e Espírito Santo, e nos destinou
a participar desse intercâmbio” (Catec. n. 221)
ANALOGIA ESPONSAL
- Imagens bíblicas para expressar o Amor de Deus.
• Os 2,18.21s / Is 62, 4s / Cânticos dos Cânticos
• Cristo: Bodas de Caná (Jo 2); Despedida (Jo 14, 2), Cruz (Jo 19,
30); Núpcias do Cordeiro (Ap 21, 9)
- Deus quis que esse “plano esponsal” fosse tão claro e tão óbvio que
imprimiu isso em nossos corpos, criando-nos homem e mulher e nos
chamando à comunhão numa só carne.
NOSSO PRINCÍPIO
INTRODUÇÃO
1. DO LEGALISMO PARA A LIBERDADE
• O legalista pergunta: “Até onde posso ir sem transgredir a lei?
• O Papa pergunta: “Qual é a verdade a respeito do sexo, que me
torna livre para amar?”
• A reflexão de João Paulo II pretende responder duas perguntas
universais:
- O que significa ser homem/ mulher?
- Como devo viver minha vida para chegar à verdadeira felicidade?
DESENVOLVIMENTO
1) NOSSA ORIGEM
- Experiência Humana da prática sexual antes do pecado.
- Baseia-se na discussão de Cristo com os fariseus sobre o plano de
Deus em relação ao casamento “no princípio” (Mt 19, 3-9)
1.1. NO COMEÇO NÃO ERA ASSIM
“Jesus Cristo, pela sua revelação do mistério do Pai e do seu
amor, revela o homem totalmente a si mesmo e manifesta de
forma mais clara sua vocação suprema.” (GS, n.22)
- A resposta de Jesus aos fariseus.
- Não é normal as tensões entre homem e mulher como acontece
hoje.
- Se queremos entender o padrão, temos que voltar ao “começo”
antes do pecado.
- Não podemos voltar ao estado de inocência.
- Mas seguindo Cristo podemos recuperar o plano original de Deus e
vivê-lo com ajuda de Cristo.
NOSSA HISTÓRIA
I. A vergonha do corpo
• O corpo antes sinal esponsal, se torna fonte de medo, ao ser alvo da
cobiça alheia. O sentimento de auto-proteção da cobiça alheia é a
vergonha.
III. Desunião
• A comunhão na pureza de coração é substituída pela
concupiscência
• A luxúria passa “sobre as ruínas” do sentido esponsal do corpo,
para satisfazer direta e unicamente sua “necessidade sexual”. Busca
a “sensação da sexualidade”, sem levar em conta o verdadeiro dom
de si mesmo e a verdadeira comunhão de pessoas.
• Será que a luxúria/concupiscência aumenta e intensifica o
desejo sexual? Será isso um benefício?
• A luxúria é uma redução da plenitude original prevista por Deus
para o desejo sexual.
• É matar a fome comendo lixo. Por que então escolhemos o lixo?
• Porque não acreditamos no dom.
O CAMPO DE BATALHA
• Onde deve é travado a luta entre o amor e a concupiscência?
• É o coração humano o lugar da batalha, não o corpo.
• Jesus não condena o corpo, mas faz um APELO AO CORAÇÃO.
• A batalha é contra o nosso desejo desordenado.
- BATALHA MASCULINA
• Apelo visual. Assalto por imagens.
• Cobrança por postura usurpadora
“O problema da pornografia não é que mostre muito da pessoa,
mas que mostre muito pouco” João Paulo II
- BATALHA FEMININA
• Mais complexa, ligada à sentimentalidade;
• Tentação em buscar todas as qualidades psicológicas e
emocionais masculinas para preencher o vazio em suas vidas;
• Mulheres são tentadas a buscar atenção masculina de
maneiras egoístas e manipulativas, usando de suas qualidades.
Interpretação da suspeita
• Os incrédulos pensam que isso é impossível.
• A final de contas de que homem estamos falando?
• Se admitimos que o olhar luxurioso é a única maneira de se poder
olhar o corpo humano, então isso se chama: a interpretação da
suspeita.
• Condenados a viver uma existência sem esperança e sem amor, a
observar regras sem mudança de coração.
• Crescendo na pureza adulta
• “Abraçar uma educação progressiva de autocontrole da vontade,
dos sentimentos, das emoções; tal educação deve evoluir partindo
dos atos mais simples, através dos quais torna-se relativamente fácil
pôr em prática as decisões anteriores.”
• Discernindo os movimentos do coração
• “Nem sempre é clara, é obvia; às vezes vem camuflada de
tal forma que pode até ser confundida com amor”.
NOSSO DESTINO
INTRODUÇÃO
•Para termos uma visão completa do significa ser homem/mulher.
•Na ressurreição entramos numa dimensão inteiramente nova da
vida humana, que “supera toda compreensão e toda a imaginação”
(Catec. n. 1027)
ÍCONES E ÍDOLOS
• Se perdermos essa visão maior tratamos o ícone como ídolos.
• Perde de vista as alegrias do céu e agarra nas alegrias terrenas.
• Obsessão idolátrica da sociedade pelo sexo.
•Atrás de cada falso Deus, encontramos aspirações profundas.
• Nós temos desejo do céu!
• Desejo sexual como combustível para algo mais além.
• Casamento que não olha para o céu, perde seu sentido.
• O poder das palavras de Cristo, redireciona esse desejo.
• Somente no céu a “dor” solidão será completamente sanada.
A VISÃO BEATÍFICA
• “Hoje vemos como num espelho...(1 Cor 13,12)
• Beatificar significa fazer supramente feliz.
• Felicidade é estar enraizado no amor (JPII)
• Plena participação da vida trinitária.
SACRAMENTALIDADE DO CORPO
- AMOR DE DEUS “se fez realidade visível através da união do pri-
meiro homem com a primeira mulher” – CRIAÇÃO. E também se faz
visível na união de Cristo e da Igreja – REDENÇÃO
- Quanto a estes SINAIS, essas duas uniões nos “servem de
referência á obra total da criação e da redenção” (JPII).
- Este é o Grande Sinal: Este mistério é grande! Grande sacramen-
to, pois revela o grande mistério da vida humana.
A LINGUAGEM DO CORPO
- O amor divino é a linguagem nativa do corpo. Sim o corpo fala. Ele
deve proclamar o amor de Deus e da Igreja.
- Precisamos entender essa linguagem.
O amor de Cristo distingue-se por quatro características:
1. Cristo dá livremente seu corpo
2. Entrega totalmente seu corpo
3. Dá seu corpo fielmente
4. Entrega seu corpo frutuosamente
A união de homem e mulher deve expressar esse amor. No entanto,
o nome para esse tipo se chama matrimônio.
O AMOR É FECUNDO
PERGUNTAS:
Que critérios especiais nos oferece a Teologia do Corpo para
entendermos a Humanae Vitae? Porque a Igreja rejeita a
contracepção, mas aceita os métodos naturais de regulação da
natalidade? O que pretende a Igreja dizer com paternidade e
maternidade responsável? O ensino da Igreja não está impedindo os
casais de expressarem seu amor mútuo?
ÉTICA DO SINAL
- A profunda razão colocada por João Paulo II para defender o
ensinamento da HumanaeVitae contra a contracepção, é que essa
falsifica o sinal sacramental do amor no matrimônio.
- O matrimônio é um sinal (sacramento) do amor de Deus. Tudo na
vida dos esposos deve comunicar isso. Porém, o momento que isso
é mais evidente é na hora do ato sexual.
- Mas isso acontecerá realmente se a união sexual expressar
corretamente o amor de Deus.
- O elemento essencial do matrimonio como sacramento é a
linguagem do corpo expressa na verdade.
- Ao inserir a contracepção na linguagem do corpo (consciente ou
inconsciente) o casal cria um anti-sinal, um anti-sacramento. São
falsos profetas com o corpo.
CASTIDADE CONJUGAL
- A castidade não é algo negativo ou repressivo, mas altamente
positiva e libertadora.
- Porque livra o impulso sexual da atitude utilitarista.
- A castidade é um aprendizado do domínio de si, que é um treino da
liberdade humana. “A alternativa é clara: ou o homem comanda as
suas paixões e obtêm a paz, ou se deixa subjugar por elas e se
torna infeliz” (Catec. n. 2339)
- É claro que a castidade exige ascetismo. Que não empobrece, mas
enriquece o amor. - É entrar na morte e ressurreição de Cristo. Pois à
medida que morre a luxúria, cresce o amor autêntico.
Referências bibliográficas:
1. JOÃO PAULO II. Homem e Mulher o criou – Catequeses sobre o
Amor Humano, da Editora EDUSC.
2. CHRISTOPHER WEST. Teologia do Corpo para principiantes – Uma
Introdução Básica à Revolução Sexual por João Paulo II. Porto
Alegre: Editora Myrian, 2008
3. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA.
4. RITUAL DO MATRIMÔNIO.