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Brazilian Journal of Development 59652

ISSN: 2525-8761

Cimentos convencionais versus resinosos na cimentação de pinos em


fibra de vidro: qual a melhor conduta a se seguir na endodontia
moderna? uma revisão de literatura

Conventional versus resinous cements in fiberglass pin cementation:


what is the best approach to follow in modern endodontics? a
literature review
DOI:10.34117/bjdv7n6-381

Recebimento dos originais: 07/05/2021


Aceitação para publicação: 01/06/2021

Perilo Marques Chaves Júnior


Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau
Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil
E-mail: 9.1sgtperilo.junior@gmail.com

Zildenilson da Silva Sousa


Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau.
Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil.
E-mail: Zildenilsonsilva@gmail.com

Ana Clara Araújo Fernandes


Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau.
Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil.
E-mail:clara.a.fernandes@hotmail.com

Claudia Santos de Araújo


Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Enfermeira pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau.
Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil.
E-mail: claudiasaraujo77@hotmail.com

Gilmara Regia da Rocha Lessa Rodrigues


Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau.
Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil.
E-mail: gilmararegia.gl@gmail.com

Maria Galba das Neves


Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Especialista em Planificação da Atenção Primária à Saúde pela Escola de Saúde Pública
do Ceará – ESP/CE
Graduada em Química Pela Universidade Estadual do Ceará
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau.

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Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil.


E-mail: palomagalba395@gmail.com

Jamerson Rodrigues de Sousa


Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau.
Enfermeiro pela Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará
Instituição: Centro Universitário Maurício de Nassau.
Endereço: Avenida Aguanambi, 251 – José Bonifácio, Fortaleza – CE, Brasil.
E-mail: jamersonr13@gmail.com

Salma Ivanna Araújo Cavalcante


Doutorado em Odontologia na Universidade Federal do Ceará
Mestrado em Odontologia na Universidade Ceuma
Aperfeiçoamento em endodontia Centro Integrado de Educação Continuada
Endereço: Rua Monsenhor Furtado, sem número - Rodolfo Teófilo, Fortaleza - CE,
Brasil
E-mail: salmaaraujo12@hotmail.com

RESUMO
Introdução: elementos dentários tratados endodonticamente tornam-se mais propícios a
fraturar. Assim, a utilização de pinos de fibra de vidro possibilita uma adaptação no
conduto dentário que melhora a sua absorção a cargas mastigatórias, sendo a escolha do
material adequado para cimentação uma etapa fundamental para promover a restauração
estrutural. Objetivo: evidenciar, por meio de uma revisão integrativa os efeitos positivos
e negativos de cimentos resinosos e convencionais para cimentação de pinos em fibra de
vidro em procedimentos endodônticos, demonstrando o material mais bem avaliado.
Métodos: utilizou-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Resin Cements”,
“Dental Cements”, “Dental Pins”, “Endodontics” e “Cementation”, interligados por
“AND”, na base de dados da MEDLINE/Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
O período de 2011 a 2021 foi utilizado, sendo encontrados um total de 124 estudos que,
a partir da análise dos critérios de exclusão e inclusão, resultaram em 19 selecionados.
Resultados: dentre os materiais utilizados para cimentação, os cimentos de ionômero de
vidro e de fosfato de zinco evidenciam resultados promissores em propriedades
mecânicas, sendo eficazes em promover a função mastigatória do elemento dentário sem
efeitos adversos. Houve uma preferência pelos cimentos resinosos duplamente ativados
devido a atenuação da luz. Contudo, observou-se que cimentos resinosos adesivos são
mais difíceis para remoção de excesso e possuem microinfiltração. Considerações finais:
os cimentos autoadesivos passaram a ser a melhor opção de escolha para cimentação de
pinos de fibra em vidro, promovendo uma melhor retenção e boa distribuição do estresse
do elemento dentário além da melhor estética quando comparada aos demais materiais
testados.

Palavras-chave: Endodontia, Cimentos Dentários, Pinos de Fibra de Vidro.

ABSTRACT
Introduction: endodontically treated dental elements are more likely to fracture. Thus, the
use of fiberglass pins allows an adaptation in the dental conduit that improves its
absorption to masticatory loads, being the choice of the suitable material for cementation
a fundamental step to promote structural restoration. Objective: to demonstrate, by means
of an integrative review, the positive and negative effects of resin and conventional

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cements for cementation of fiberglass pins in endodontic procedures, demonstrating the


best evaluated material. Methods: we used the health descriptors (DeCS) “Resin
Cements”, “Dental Cements”, “Dental Pins”, “endodontics” and “Cementation”, linked
by “AND”, in the MEDLINE / database Pubmed and Virtual Health Library (VHL). The
period from 2011 to 2021 was used, and a total of 124 studies were found, from which 19
were selected from the analysis. Results: Among the materials used for cementation, glass
ionomer and zinc phosphate cements show promising results in mechanical properties,
being effective in promoting the chewing function of the dental element without adverse
effects. There was a preference for double-activated resin cements due to light
attenuation. However, it was observed that adhesive resin cements are more difficult to
remove excess and have microleakage. Final considerations: self-adhesive cements have
become the best option of choice for cementing fiberglass pins, promoting better retention
and good distribution of dental element stress in addition to the better aesthetics when
compared to other tested materials.

Keywords: Endodontics, Dental Cements, Fiberglass Pins.

1 INTRODUÇÃO
Os pinos reforçados com fibra têm sido amplamente utilizados na odontologia
visando a restauração funcional e estética de dentes tratados endodonticamente que
apresentam pouca estrutura remanescente (FURUSE et al., 2014; CALIXTO et al., 2019).
Esses materiais são utilizados devido a necessidade de reforço antes dos procedimentos
restauradores com o objetivo de aumentar a resistência mecânica das
restaurações (FERREIRA et al., 2011).
São definidos como dispositivos médicos e devem atender ao requisito de
biocompatibilidade, ou seja, devem possuir a capacidade de induzir uma resposta
biológica adequada em uma aplicação específica, sem causar danos ou lesões
(CANNELLA et al., 2019). Como protocolo, vários agentes de cimentação foram
propostos para a ligação de compósito reforçado com pinos de fibra de vidro na dentina
do canal radicular (CALIXTO et al., 2019).
Ligado a isso, a restauração de dentes tratados endodonticamente muitas vezes é
necessária e pode representar um desafio, pois não há consenso sobre o tratamento ideal
e a fragilidade desses elementos dentários geralmente não é uma consequência do
tratamento endodôntico, mas sim da terapia restauradora inadequada.
(TRUSHKOWSKY, 2014; ROSA et al., 2013).
Atualmente, a associação de um cimento resinoso ao pino de fibra de vidro
demonstrou a capacidade de redução de fraturas do pino e fornece uma melhor
distribuição do estresse para a estrutura dentária remanescente, porque ambos têm um

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módulo de elasticidade semelhante ao da dentina (LEÓN et al., 2017). Contudo,


estratégias restauradoras de dentes tratados endodonticamente ainda geram discussão na
odontologia, principalmente quando se trata de dificuldades na obtenção de adesão entre
o pino de fibra e a dentina radicular (SEBALLOS et al., 2018). Como existem várias
maneiras de cimentar pinos de fibra de vidro em canais radiculares, não há consenso sobre
a melhor estratégia para obter altas resistências de união (ONOFRE et al., 2014).
Diante disso, o objetivo do presente estudo foi descrever, por meio de uma revisão
de literatura, os agentes cimentantes de pino de fibra de vidro pós-tratamento
endodôntico, comparando os cimentos resinosos e convencionais visando demonstrar o
material melhor avaliado para a reabilitação funcional do elemento dentário.

2 MÉTODOS
2.1 ESTRATÉGIA DE BUSCA
Trata-se de uma revisão de literatura realizada entre fevereiro e abril de 2021. Para
sua elaboração, utilizou-se de duas buscas realizadas separadamente. A primeira, através
dos termos cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Resin Cements”,
“Dental Cements”, e “Dental Pins”, na língua inglesa e interligados entre si pelo operador
booleano “AND”, aplicado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram encontrados
um total de 24 estudos em um período de 10 anos (2011 a 2021), que após análise
minuciosa foram selecionados 03 por se enquadrarem nos critérios de elegibilidade.
A segunda estratégia de pesquisa foi realizada na base de dados do Sistema Online
de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) via PubMed. Utilizou-se os
descritores cadastrados no DeCS “Resin Cements”, “Dental Cements”, “endodontics” e
“Cementation”, interligados através do operador booleano “AND”. Obteve-se um total
de 99 estudos em um período de 10 anos (2011 a 2021). Após análise dos títulos e
resumos, 16 artigos foram selecionados.

2.2 CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DOS ESTUDOS


Os critérios de inclusão adotados foram: estudos originais, estudos in vitro,
ensaios clínicos randomizados e revisões sistemáticas com meta-análise. Excluiu-se
dissertações de mestrado e doutorado, estudos com resumos indisponíveis na íntegra,
revisões de literatura, livros, capítulos de livros, estudos que abordavam apenas um tipo
de cimento em seus grupos avaliados, estudos que não estavam diretamente relacionados
a cimentação de pinos de fibra de vidro pós tratamento endodôntico, que comparavam

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apenas pinos de materiais diferentes, como os pinos metálicos e não avaliava os cimentos
em seus grupos, estudos que avaliavam cimentos diferentes na resistência a fratura mas
não relacionavam a cimentação de pinos de fibra de vidro. Os critérios foram destacados
na Figura 1 e 2, visando obter uma melhor visualização das etapas operacionais dos
estudos selecionados.

Figura 1. Fluxograma dos dados bibliográficos selecionados através da primeira estratégia de busca.

Fonte: Autores da pesquisa, 2021.

Figura 2. Fluxograma dos dados bibliográficos selecionados através da segunda estratégia de busca

Fonte: Autores da pesquisa, 2021.

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2.3 ESCALAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS UTILIZADAS PARA


SELEÇÃO DOS DADOS DA LITERATURA
Todos os dados quantitativos e qualitativos foram tabulados através do software
Microsoft Excel® 2013, sendo destacadas informações como o nome do autor, ano de
publicação, número da amostra, desenho da pesquisa, cimentos avaliados e desfecho dos
estudos (Tabela 1). O mesmo software foi utilizado para a elaboração dos gráficos
estatísticos (Gráfico 1, 2 e 3) visando ilustrar melhor os dados coletados.

3 RESULTADOS
Após as buscas na MEDLINE via PubMed e BVS encontrou-se um total de 124
estudos na soma das duas estratégias de busca, sendo que na PubMed obteve-se 99 e BVS
24. Destes 124, 105 foram removidos por não se enquadrarem nos critérios avaliativos de
elegibilidade, restando apenas 19 estudos que, após análise minuciosa, foram incluídos
nesta revisão. Os artigos incluídos estão ilustrados por ano de publicação no Gráfico 1
visando uma melhor explanação dos dados obtidos.

Gráfico 1. Total de estudos selecionados por ano de publicação

Fonte: Autores da pesquisa, 2021.

Com base nos dados estatísticos de ano de publicações, observou-se um


decréscimo de pesquisas, em especial in vitro, relacionada a resistência de união entre
pinos em fibra de vidro e materiais cimentantes nos últimos 5 anos. Ademais, houve uma
maior prevalência de pesquisas neste campo de estudo no ano de 2011 e 2014, não sendo

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encontrados artigos elegíveis com os critérios e descritores utilizados nos anos de 2018 e
2021, o que sugere uma escassez de pesquisas recentes neste campo.
Assim, após a busca por artigos que explicassem os assuntos em diferentes
aspectos, procurou-se nesta revisão de literatura compila-los em uma tabela (Tabela 1), a
fim de melhorar o entendimento dos resultados alcançados. Dentre os estudos
selecionados, obtiveram-se, 16 estudos laboratoriais in vitro, 2 revisões sistemáticas com
meta-análise, 1 ensaio clínico prospectivo.

Tabela 1. Compilação dos principais dados dos estudos selecionados.


Autor/ano Desenho do Amostra Cimentos Desfecho do estudo
estudo (n) avaliados
DE LIMA et al., 2020 in vitro (n=60) -RelyX U200 Não houve diferença
-AllCem Core significativa na resistência de
união entre os cimentos
avaliados.
DE MATOS et al., in vitro (n=40) -RelyX ARC Diferentes agentes
2020 -RelyX U200 cimentantes não interferem
na resistência à fratura de
dentes desvitalizado.
BORGES et al., 2019 in vitro (n=30) - RelyX U200 Aumento da resistência de
união da interface cimento-
pino-dentina.
PUPO et al., 2017 in vitro (n=60) - Ambar/Allcem Maior eficácia da resistência
-Fusion Duralink de união nos cimentos
/Cement Post Ambar / Allcem.
MARQUES et al., in vitro (n=30) - AllCem Core AllCem Core e RelyX U200
2016 - RelyX U200 mostraram valores de
resistência de união
semelhantes.
SKUPIEN et al., 2015 Revisão 34 estudos -Cimento Cimentos resinosos
Sistemática resinosos autoadesivos mostraram-se
-Cimentos menos sensíveis às técnicas
convencionais de cimentação do que os
cimentos resinosos regulares.
GOMES et al., 2014 in vitro (n=24) -Excite DSC Maior resistência de união
-Variolink II em cimentos resinosos.

JULOSKI et al., 2014 Ensaio (n=60) -Gradia Core Materiais de cimentação não
clínico -GCem Automix influenciaram
prospectivo significativamente no risco
de falha.
SARKIS-ONOFRE et Revisão 22 estudos -Cimentos A maior resistência de união
al., 2014 Sistemática resinsos regulares à dentina foi identificada para
com meta- -Cimentos cimentos autoadesivos.
análise autoadesivos
CHEN et al., 2014 in vitro (n=40) -Paracore Não houve diferença
-RelyX Unicem significativa na resistência de
união entre os pinos e os
cimentos avaliados.
LIU et al., 2013 in vitro (n=80) - Smartmix Dual Resistências de união do
-Multilink RelyX Unicem e Panavia
Automix F2.0 aos pinos de fibra foram
-RelyX Unicem significativamente maiores.
-Panavia F2.0

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PEREIRA et al., 2013 in vitro (n=80) -Rely X Cimentos autoadesivos e de


cimentação ionômero de vidro
-Luting e Lining apresentaram valores
-Ketac Cem significativamente maiores
-Rely X ARC de resistência de união em
-Biscem comparação aos cimentos
-Rely X U100 resinosos dual.
-Variolink II
SHIRATORI et al., in vitro (n=45) -Biscem Cimento Breeze apresentou a
2013 Breeze maior média de resistência de
Maxcem Elite. união em comparação aos
demais materiais testados.
BITTER et al., 2012 In vitro (n=66) - Panavia F 2.0 O RelyX Unicem resultou
- Variolink II em resistências de união
- RelyX Unicem significativamente maiores
em comparação aos demais
cimentos avaliados.
CALIXTO et al., 2012 in vitro (n=40) -Cimento C&B Os cimentos resinosos
-Cimento Rely-X autoadesivos exibiram as
ARC menores resistências de
-Cimento união à dentina.
Multilink
-Cimento Panavia
-Cimento Rely-X
U100
-RelyX Unicem Cimento autoadesivo RelyX
- RelyXARC Unicem apresentou os
CARDOSO et al., in vitro -Cement-Post maiores valores de
2011 (n=27) resistência adesiva em
comparação ao RelyXARC e
Cement-Post.

GIACHETTI, L. et in vitro (n=34) -Excite DSC Não houve diferenças


al., 2011 -RelyX ARC significativas entre os
-Vertise Flow cimentos avaliados nos
parâmetros de resistência de
união.
SOARES et al., 2011 in vitro (n=90) -Rely X ARC RelyX Unicem demonstrou
-Rely X Unicem valores de resistência de
-MaxCem união significativamente
-Cement-Post maiores em comparação Rely
X ARC, MaxCem e Cement-
Post.
STERZENBACH et in vitro (n=40) - DentinBond Força de união maior nos
al., 2011 -DentinBuild cimentos resinosos
-XP Bond autoadesivos.
-SCA Core-X flow
-RelyX Unicem
-SmartCem 2
-ED-Primer II
-Panavia F 2.0
Fonte: Autores da pesquisa, 2021.

Os 19 estudos obtiveram uma amostra total de 902 dados. Os17 estudos presentes
que envolviam amostras dentárias ou humanas foram separados entre 2 a 8 grupos
avaliativos (teste e controle), com no mínimo 12 e no máximo 30 amostras em cada grupo.
Se tratando das 2 revisões sistemática selecionadas, ambos os autores realizaram a busca

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na base de dados apenas na Medline/Pubmed. Diante dos dados obtidos através desses
estudos, observou-se que houve uma preferência pelo cimento Relyx Unicem, presente
em 7 artigos, seguido do Relyx ARC em 5 e Relyx U200 em 4 estudos, além do Variolink
II, AllCem Core, Cement Post e Biscem que estiveram presentes em 3 estudos cada e os
cimentos Excite DSC, Biscem e MaxCem Elite no qual tiveram presentes em 2 estudos
cada, conforme ilustrado no Gráfico 2.

Gráfico 2: Total de cimentos com maior prevalência nos estudos avaliados.

3 3 3 3

2 2 2

Relyx AllCem RelyX Cement Excite Variolink RelyX Panavia Biscem Maxcem
U200 Core ARC Post DSC II Unicem F2.0 Elite
Fonte: Autores da pesquisa, 2021.

Dentre os 19 artigos selecionados, os autores buscaram evidenciar a resistência de


união entre os pinos e os cimentos (17/90%), resistência a fraturas (1/5%) e risco de falhas
no procedimento (1/5%), conforme ilustrado no Gráfico 3.

Gráfico 3: Parâmetro avaliado na literatura em porcentagem.

5%

5%

90%

Resistência de União Risco de Falha Resistência a Fratura

Fonte: Autores da pesquisa, 2021.

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4 DISCUSSÃO
A literatura demonstra que o tipo de cimento e pino podem variar no resultado
final da cimentação e como existem vários materiais e maneiras de cimentação em canais
radiculares, não há consenso sobre qual a melhor estratégia para obter altas resistências
de união (SARKIS-ONOFRE et al., 2014). O tratamento endodôntico, o método de
aplicação do cimento e após pré-tratamento são fatores que podem afetar
significativamente a retenção dos pinos de fibra de vidro nos canais radiculares,
principalmente quando cimentados com cimento resinoso comum (SKUPIEN et al.,
2013)
Visando analisar esses fatores e sua relação a resistência a fraturas dentais, De
Matos et al. (2020) avaliou o efeito de diferentes agentes de cimentação em dentes
tratados endodonticamente, e observaram que não houve associação da problemática
abordada entre ao tipo de cimento. Contudo, o grupo que utilizou pinos principais com
acessórios apresentou maior resistência à fratura em comparação ao pino anatômico,
concluindo que diferentes agentes cimentantes não interferem na resistência à fratura de
dentes desvitalizados, diferentemente do uso de pinos.
Cimentos resinosos adesivos têm sido recomendados para melhorar a retenção dos
pinos (ROSA et al. 2013), mas a resistência de união é significativamente influenciada
pela técnica e pelo material usados para a cimentação (SHIRATORI et al, 2013).
Nessa perspectiva, Chen et al. (2014), assim como De Matos et al. (2020), utilizou
de 40 dentes como amostra total para análise em seu estudo in vitro. Os autores avaliaram
a resistência de união de pinos de fibra de vidro com polidopamina funcionalizada para
dentina radicular. Em seu estudo não houve diferença significativa nas resistências de
adesão micro-push-out entre os dois grupos de cimento resinoso. Em suma, a resistência
de união do cimento Paracore, utilizado em sua avaliação, não foi significativamente
diferente daquela do RelyX Unicem, aos pinos de fibra, mas que, segundo os autores, o
cimento Paracore resinoso pode ser uma boa opção de tratamento.
Cardoso et al., (2011) também utilizou o cimento RelyX Unicem e seus resultados
foram similares ao estudo de Chen et al. (2014) demonstrando que apesar do grupo ter
apresentado maiores valores de retenção nos três terços radiculares, essa superioridade
somente foi significante nos terços cervical e médio e os valores de retenção do grupo 2
(RelyXARC+ Adper Single Bond 2) e (Cement-Post+ AdperSingle Bond 2) não foram
diferentes estatisticamente entre si. O seu estudo obteve resultados similares também ao
estudo de Bitter et al., (2012), no qual evidenciou o Relyx Unicem como superior em

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termos de resistência de união em comparação aos demais cimentos avaliados em seus


grupos.
Os pinos em fibra de vidro apresentam algumas vantagens, como a estética e o
módulo de elasticidade semelhante ao da dentina, o que reduz o estresse intrarradicular e
uma consequente fratura (MARQUES, et al., 2016). Esse material, pode ser cimentado
em única sessão e imediatamente após o término do tratamento endodôntico
(MARQUES, et al., 2016). Contudo, tais materiais em união aos cimentos resinosos
adesivos são mais difíceis de remoção de excesso e possuem microinfiltração
(TRUSHKOWSKY RD., 2019; ROSA et al., 2013). Apesar disso, a literatura in vitro
sugere que o uso de cimento resinoso autoadesivo pode melhorar a retenção de pinos em
fibra de vidro nos canais radiculares (SARKIS-ONOFRE et al., 2014).
Nessa perspectiva, no estudo de Skupien et al. (2013) observaram que no cimento
regular, a limpeza do pino aumentou a resistência de união em comparação ao silano sem
limpeza. Foi possível observar ainda que aplicar o cimento ao redor do pino e no canal
radicular diminuiu a resistência em comparação apenas ao redor do pino ou apenas no
canal radicular, por outro lado, nenhuma diferença foi encontrada para o cimento resinoso
autoadesivo sob as mesmas comparações.
Shiratori et al. (2013) avaliaram a resistência de união de 3 cimentos autoadesivos
usados para cimentar pinos de fibra de vidro (Breeze, Biscem e Maxcem Elite). Neste
estudo, o cimento Breeze apresentou a maior média quando comparado ao cimento
Biscem e Maxcem Elite. Neste estudo, houve diferenças estatisticamente significativas
apenas para o Biscem em comparação aos demais cimentos avaliados. Observa-se ainda
que, assim como Skupien et al., (2013), as técnicas de aplicação e manuseio podem
influenciar na resistência de união de diferentes cimentos autoadesivos quando utilizados
para cimentação de pinos intraradiculares.
Nesse viés, Marques et al. (2016) observaram que os cimentos AllCem Core e
RelyX U200 exibiram valores de resistência de união similares, apesar do jateamento com
óxido de alumínio ter favorecido a adesão dos pinos aos cimentos. Seu estudo diverte de
Borges et al. (2019), que apesar de também observarem que os tratamentos de superfície
influenciam na resistência de união dos pinos, a média da resistência de união para o
cimento RelyX U200 foi significativamente maior em comparação aos demais grupos
avaliativos. Em conclusão, o tratamento com agentes químicos e físicos em ambos os
estudos aumentou a resistência de união da interface cimento-pino-dentina no terço

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cervical e o tratamento com bicarbonato de sódio apresentou melhores resultados na


resistência de união no estudo de Borges et al. (2019).
De Lima et al. (2020), obteve resultados similares ao estudo de Marques et al.
(2016) utilizando dos mesmos cimentos nos grupos avaliativos. Assim os autores
avaliaram a influência dos agentes cimentantes e dos diferentes comprimentos de pinos
na resistência de união de pinos de fibra de vidro a dentina. Como resultado, não houve
diferença estatisticamente significativa na resistência de união em ambos os estudos.
Contudo, no estudo de Lima et al. (2020), o comprimento dos pinos isoladamente
influenciou quando o cimento resinoso autoadesivo foi utilizado.
Semelhante também ao estudo de Borges et al. (2019), o estudo de Pupo et al.
(2017) evidenciou que o terço cervical e apical tratado com cimento dual obteve valores
significativos maiores em termos estatísticos quando cimentados com sistema químico
Fusion Duralink / Cement Post. Em seu estudo in vitro, foi possível observar que ao se
tratar da anatomia dentária na endodontia, o canal redondo exige realinhamento, visando
garantir maior segurança no que se refere a força de união deste elemento dentário.
Nessa perspectiva Pereira et al. (2013) utilizou da mesma estratégia de Liu et al.
(2013) avaliando a resistência de união push-out de pinos de fibra de vidro cimentados
com diferentes agentes cimentantes. Os autores observaram que a análise de variância
(ANOVA), assim como o estudo de Shiratori et al. (2013) evidenciou que o tipo de
interação entre o cimento e a localização da raiz influencia a resistência ao push-out. Além
disso, os maiores resultados de resistência de push-out com localização de raiz foram
obtidos com os materiais Luting and Lining, Ketac Cem e Luting and Lining. Os valores
médios mais baixos de resistência de união foram registados com os cimentos Variolink
II e RelyX ARC. Assim, os cimentos autoadesivos e os cimentos de ionômero de vidro
apresentaram valores significativamente maiores em relação aos cimentos resinosos de
polimerização dupla neste estudo.
Assim como no estudo de Pereira et al. (2013), o estudo de Giachetti et al. (2011)
também analisou por meio do teste estatístico ANOVA seus dados obtidos. Os autores
realizaram cimentação dos pinos de fibra translúcida usando dois sistemas de cimentação
resinosos (excite DSC e RelyX ARC). Neste estudo, apesar das técnicas terem sido iguais
ao de Pereiraet al. (2013), não houve diferenças significativas entre as técnicas de cura
dupla e técnica autoaderente de fotopolimerização, evidenciando que a força interfacial
entre a resina composta autoaderente fotopolimerizável e paredes do canal radicular foi

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equivalente à força interfacial entre o cimento de polimerização dupla e as paredes do


canal radicular.
Similar ao estudo de Giachetti et al. (2011), Soareset al. (2011) observaram que o
RelyX Unicem demonstrou valores de resistência de união significativamente maiores ao
longo da dentina radicular, sendo que o RelyX ARC e o Cement-Post apresentaram
valores de resistência de união semelhantes no terço cervical. Os valores de resistência
de união foram significativamente mais baixos no cimento MaxCem. Eles concluem
relatando que a retenção dos pinos foi influenciada pelo tipo de cimento resinoso, sendo
que o cimento autoadesivo RelyX Unicem obteve um valor de resistência de união
significativamente maior ao cimentar os pinos.
Juloski et al. (2014) através de seu ensaio clínico prospectivo investigou a
influência da estrutura coronal residual de dentes tratados endodonticamente e do tipo de
cimento usado para cimentação de pinos na sobrevida clínica de quatro anos. As maiores
taxas de sucesso e sobrevivência de 48 meses foram registradas no com grupo mais de
50% da estrutura coronal residual, enquanto os dentes do grupo inferior a 50% da
estrutura exibiram desempenho reduzido. Desse modo, a quantidade de estrutura residual
coronal ou o material de cimentação influenciaram não no risco de falha.
Sterzenbach et al. (2011) compararam a resistência de união de pinos cimentados
sob diferentes ações adesivas à dentina do canal radicular. Como resultado de seu estudo,
a resistência de união para os grupos RelyX Unicem, SmartCem 2 e XP Bond + Core-X
flow foram significativamente maiores em comparação ao demais materiais avaliados.
Assim a força de união de pinos de fibra adesivamente cimentados à dentina do canal
radicular foi significativamente maior quando cimentos resinosos autoadesivos foram
usados. Em contrapartida, Calixto et al. (2012) obteve dados diferentes dos achados de
Sterzenbach et al. (2011) no que se refere a retenção do material de cimentação,
evidenciando que os cimentos resinosos apresentaram valores reduzidos. Apesar disso,
para os autores esse cimento parece ser uma boa opção para cimentação dos pinos.
Tendo como resultados semelhantes ao estudo in vitro de Sterzenbach et al.
(2011), Sarkis-Onofre et al. (2014) através de sua revisão sistemática com meta-análise
objetivou determinar se havia diferença na resistência de união à dentina entre cimentos
resinosos regulares e autoadesivos além da influência de várias variáveis na retenção de
pinos em fibra de vidro. Como resultado, houve heterogeneidade em todas as
comparações e maior resistência de união à dentina foi identificada para cimentos
autoadesivos.

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Gomes et al. (2014) avaliou o efeito da espessura do cimento resinoso na


resistência de união e na formação de fendas de pinos de fibra colados à dentina radicular.
Como resultado de seu estudo, o menor valor de espessura de cimento resinoso foi
observado para bem adaptado (BA) e o maior para mal adaptado (MA). Valores de
resistência de união de push-out foram significativamente maiores para cimento resinoso
em comparação com os outros grupos testados. Assim, observou-se que a menor
espessura do cimento resinoso resultou em melhor adesão do pino da fibra, ou seja, maior
resistência de união e menor formação de gap.
Chen et al. (2014) utilizou da mesma estratégia metodológica de Gomes et al.
(2014) utilizando o método push-out para avaliar a resistência de união de pinos de fibra
de vidro com polidopamina funcionalizada para dentina radicular. Os autores observaram
que a força de união dos grupos polidopamina foi significativamente maior do que um
dos grupos controle, porém, nenhuma diferença significativa foi encontrada nas
resistências de adesão micro push-out entre os dois grupos de cimento resinoso ou as
regiões radiculares. Em suma, a resistência de união do Paracore aos pinos de fibra não
foi significativamente diferente daquela do RelyX Unicem, mas que segundo os autores,
considerando sua aplicação, o Paracore pode ser uma boa opção de tratamento.
Observa-se, portanto, que muitos dentes tratados endodonticamente apresentam
maior perda de estrutura dentária, devido a restaurações prévias, lesões cariosas invasivas
ou remoção da estrutura dentária devido ao acesso endodôntico, sendo os pinos de fibra
de vidro universalmente aceitos como um método para promover maior resistência ao
restaurar um dente tratado endodonticamente (PUPO et al., 2017).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos dados obtidos através da literatura, evidencia-se que os cimentos
autoadesivos, passaram a ser a melhor opção de escolha para cimentação de pinos de fibra
em vidro, promovendo uma melhor retenção e boa distribuição do estresse do elemento
dentário além de uma melhor estética quando comparada aos demais materiais testados
na literatura. Todavia, devido a sensibilidade de técnica de incremento, outros cimentos
podem ser uma boa opção de tratamento.
Dentre os materiais utilizados para cimentação, os cimentos de ionômero de vidro
e de fosfato de zinco possuem resultados promissores em propriedades mecânicas,
demonstrando-se eficazes em promover a função mastigatória do elemento dentário sem
efeitos adversos. Desse modo, este estudo de revisão pode auxiliar endodontistas na

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escolha do cimento melhor recomendado para cimentação de pinos de fibra de vidro em


procedimentos restauradores de tratamento endodôntico, reduzindo possíveis
complicações no tratamento, como fraturas e formação de fendas, além de auxiliar
estudantes de odontologia em um melhor entendimento sobre os cimentos utilizados para
fixação desses pinos.
Dentre as limitações do estudo, observou que não é possível padronizar a forma
de tratamento devido a variante de resistência a tração, no qual pode ser alterada de acordo
com as recomendações de cada fabricante do material. Portanto, sugere-se que mais
estudos sejam realizados para que assim possa reduzir essas falhas sob tratamento com
esses materiais.

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