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RESTAURADORA
3º Período
Odontologia
ODONTOLOGIA RESTAURADORA
SUMÁRIO
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO...................................................................................................................................... 4
ANATOMIA DENTÁRIA .................................................................................................................................................. 6
DIVISÃO ANATOMODESCRITIVA ................................................................................................................................................ 6
DIVISÃO HISTOESTRUTURAL ..................................................................................................................................................... 7
FÓRMULA DENTAL ................................................................................................................................................................. 7
NOMENCLATURA E NOTAÇÃO DENTAL ....................................................................................................................................... 8
Dentição permanente .................................................................................................................................................. 8
Dentição decídua ou temporária ................................................................................................................................. 8
FACES, MARGENS E ÂNGULOS .................................................................................................................................................. 9
Faces............................................................................................................................................................................ 9
Ângulos ...................................................................................................................................................................... 10
Bordas ....................................................................................................................................................................... 10
TERÇOS ............................................................................................................................................................................. 10
DIREÇÃO DAS FACES DA COROA .............................................................................................................................................. 11
Direções convergentes das faces livres ..................................................................................................................... 11
Direções convergentes das faces de contato............................................................................................................. 12
ÁREAS DE CONTATO ............................................................................................................................................................ 12
CARACTERÍSTICAS COMUNS DOS DENTES .................................................................................................................................. 12
ESTRUTURAS ANATÔMICAS ................................................................................................................................................... 13
Comuns a todos os dentes ......................................................................................................................................... 13
Exclusiva de dentes anteriores: ................................................................................................................................. 13
Exclusiva dos dentes posteriores ............................................................................................................................... 13
Relações interdentárias ............................................................................................................................................. 14
POSIÇÃO, PLANOS E CURVAS .......................................................................................................................................16
POSIÇÃO DENTÁRIA ............................................................................................................................................................. 16
ALINHAMENTO DENTÁRIO INTRA-ARCO.................................................................................................................................... 17
Vista Lateral .............................................................................................................................................................. 17
Vista Frontal .............................................................................................................................................................. 17
Vista Oclusal .............................................................................................................................................................. 17
PLANO OCLUSAL ................................................................................................................................................................. 17
CURVAS DO PLANO DE OCLUSÃO POSTERIOR ............................................................................................................................. 18
Curva de Spee ............................................................................................................................................................ 18
Curva de Wilson ......................................................................................................................................................... 18
Esfera de Monson ...................................................................................................................................................... 18
OCLUSÃO .....................................................................................................................................................................19
CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DA OCLUSÃO ....................................................................................................................... 19
OCLUSÃO IDEAL .................................................................................................................................................................. 19
OCLUSÃO NORMAL OU FUNCIONAL ......................................................................................................................................... 19
OCLUSÃO ESTÁVEL .............................................................................................................................................................. 19
POSIÇÕES E MOVIMENTOS MANDIBULARES ............................................................................................................................. 20
ESTÁTICA........................................................................................................................................................................... 20
DINÂMICA ......................................................................................................................................................................... 23
Músculos e ATM ........................................................................................................................................................ 23
TIPO DE OCLUSÃO ............................................................................................................................................................... 24
Oclusão mutuamente protegida - proteção mútua................................................................................................... 24
Oclusão balanceada bilateral .................................................................................................................................... 24
Arco dental reduzido ou curto ................................................................................................................................... 24
CONTATO PREMATURO ........................................................................................................................................................ 25
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
É um conjunto de estruturas bucais, formado pela maxila, mandíbula, arcadas dentárias, tecidos
moles (glândulas salivares, suprimento nervoso e vascular), ATM (articulação temporomandibular) e
músculos. É uma entidade fisiológica complexa, funcional, perfeitamente definida e integrada por
um conjunto heterogêneo de sistemas, órgãos e tecidos cuja biologia e fisiopatologia são
absolutamente interdependentes.
Está envolvido em atos funcionais, como fala, mastigação e deglutição dos alimentos, e em atos
parafuncionais, como apertamento dentário e bruxismo. Está intimamente ligado à função de outros
sistemas, como o digestivo, respiratório, metabólico-endócrino e inclusive com a postura.
Os componentes anatômicos:
Funções dos dentes posteriores: mastigação, ponto de apoio da mandíbula durante a deglutição,
manutenção da dimensão vertical de oclusão (DVO), transmissão e dissipação das forças axiais e
proteção aos dentes anteriores e às ATMs na posição de oclusão em relação cêntrica (ORC).
Funções dos dentes anteriores: Estética, fonética, apreensão e corte dos alimentos e proteção aos
dentes posteriores e às ATMs nos movimentos excêntricos da mandíbula.
O periodonto é constituído pelas estruturas que circundam o dente, sendo dividido em:
1. periodonto de proteção (gengiva e mucosa alveolar)
2. periodonto de sustentação (ligamento periodontal, cemento e osso alveolar).
Sua principal função consiste em inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares. As forças que incidem
sobre os dentes são transmitidas aos ossos por meio das fibras periodontais. Dessa forma, o
ligamento periodontal é capaz de converter uma força destrutiva (compressão) em uma força
aceitável (tensão). O equilíbrio entre as forças de ação que incidem sobre os dentes e a reação
biológica adequada dos tecidos do periodonto de sustentação, cemento, fibras periodontais e osso
alveolar mantêm a integridade das estruturas do AE e representa o principal componente da
homeostasia desse periodonto.
Para Okeson, quando um dente é contatado em uma ponta de cúspide ou em uma superfície
relativamente plana, como a crista marginal ou fundo de fossa, a força resultante é dirigida
verticalmente por meio do longo eixo. As fibras do ligamento periodontal estão alinhadas de forma
a dissipar e reconhecer essas forças como fisiológicas. Dessa forma, quando forças horizontais são
colocadas diretamente sobre o dente, muitas fibras periodontais não estão apropriadamente
alinhadas para direcionar de maneira adequada essa intensidade de carga para o osso.
Na mandíbula, as forças seguem a trajetória das trabéculas ósseas em direção aos côndilos, de onde
são transmitidas e neutralizadas nas regiões temporal, parietal e occipital. Nas maxilas, a trajetória
trabecular forma três pilares ósseos (anterior, médio e posterior), por meio dos quais as forças se
direcionam para as áreas frontal, orbital, nasal e zigomática, onde são neutralizadas. Essas
disposições trabeculares asseguram o máximo de resistência óssea à tensão.
ANATOMIA DENTÁRIA
Os dentes humanos podem ser definidos como órgãos mineralizados, duros, resistentes, de
coloração branco-amarelados, que estão implantados nos processos alveolares da maxila e da
mandíbula por meio do ligamento periodontal. Eles estão dispostos regularmente, uns ao lado dos
outros, na cavidade bucal, formando os arcos dentais superior e inferior.
O dente é fixado ao osso alveolar (tecido ósseo cortical ou compacto que delimita a superfície do
alvéolo dental) pelo ligamento periodontal (ou alveolodental: estrutura fibrosa do tecido conjuntivo
que une o cemento da raiz ao osso alveolar. Possui componentes nervosos e vasculares) e essa união
é denominada gonfose.
Observação: vale ressaltar que o dente é considerado histologicamente como um órgão, pelo fato
de ele ser constituído por tecidos diferentes. Dente e periodonto (proteção (gengivas), sustentação
(ligamento periodontal, cemento e osso alveolar)).
O ser humano é um ser difiodonte, ou seja, possui duas dentições: decíduos (20 dentes) e
permanentes (32 dentes). Os dentes compreendem aos grupos dos incisivos, caninos, pré-molares e
molares. Cada um é adaptado às funções mastigatórias de apreender, cortar, dilacerar e triturar os
alimentos sólidos. Os dentes em conjunto desempenham as seguintes funções, podendo ser ativas
ou passivas:
1. Ativas: mastigação (prender, cortar, dilacerar e triturar os alimentos).
2. Passivas: não estão relacionadas diretamente a mastigação. Proteção, sustentação dos
tecidos moles relacionados, fonação: auxiliam na articulação das palavras, estética
Divisão anatomodescritiva
Anatomicamente, o dente pode ser dividido em: coroa, colo e raiz(es).
1. Coroa: parte superior do dente, geralmente a única visível. O seu
formato determina a função do dente. É recoberta inteiramente pelo
esmalte. Apresenta coloração esbranquiçada e brilhante.
Coroa clínica: parte do dente que é exposta na cavidade da
boca; Coroa Anatômica: parte do dente revestida pelo
esmalte; Coroa Funcional: é a parte que entra em contato
com os alimentos.
Equador dentário:
2. Colo: segmento intermediário entre a coroa e a raiz. A junção cemento-esmalte desenha uma
linha sinuosa nítida: linha cervical. Clínico: é delimitado pela margem gengival; Cirúrgico: linha
imaginária do local de encaixe do fórceps.
3. Raiz: porção dental implantada nos alvéolos da maxila e da mandíbula. Existem 3 tipos: raiz
unirradicular (possuem somente 1 raiz), raiz birradicular (possuem 2 raízes), raiz
trirradicular/Multirradicular (possuem 3 raízes ou mais).
a. Bulbo radicular: é a região de união das raizes.
b. Ápice: é a porção terminal das raízes, onde encontra-se o forame apical.
c. Furca: é o espaço entre as raízes.
Divisão histoestrutural
Histologicamente, ele é dividido em: Esmalte, dentina, polpa e cemento. É fixado ao osso por meio
do ligamento periodontal (ou alveolodental). Essa união raiz-alvéolo é denominada gonfose
(articulação fibrosa).
Esmalte: camada mais externa do dente. Recobre a dentina coronária e é o tecido mais
mineralizado e duro do corpo. É extremamente dura e resistente ao desgaste. É responsável pelo
brilho dos dentes e tem espessura variável
Dentina: é o esqueleto do dente. Tecido conjuntivo avascular, de coloração branco-amarelada. É
o maior tecido do dente: na coroa é recoberta pelo esmalte e na raiz, pelo cemento.
Polpa: Tecido mole, interno, altamente vascularizado e responsável pela vitalidade dos dentes.
Cemento: camada delgada de coloração amarela, acelular e avascular que cobre a raiz do dente.
Fórmula dental
Quadrante 1 Quadrante 2
Superior direito Superior Esquerdo
87654321 12345678
D 87654321 12345678 E
Inferior direito Inferior Esquerdo
Quadrante 4 Quadrante 3
Quadrante 5 Quadrante 6
Superior direito Superior Esquerdo
654321 123456
D 654321 123456 E
Inferior direito Inferior Esquerdo
Quadrante 8 Quadrante 7
Os dentes incisivos e caninos são conhecidos, também, como dentes anteriores ou labiais. O grupo
dos pré-molares e molares formam o grupo dos dentes posteriores ou jugais.
Face Livre Face Lingual (ou palatina): voltada para a língua ou para Se opõem
o palato
Face Mesial: mais próxima do plano sagital mediano no
Faces de contato ponto em que ele corta o arco dental Se opõem
(ou proximais)
Face Distal: mais distante do plano mediano
coroa do dente
Face Cervical: porção da coroa que se continua com o colo e a raiz.
Face Cervical: parte da raiz que se continua com o colo e a coroa
Em relação a raiz (porção mais dilatada)
do dente Face Apical: refere-se a parte final da raiz, onde se encontra o
forame apical.
Ângulos
O ângulo é formado pelo encontro de três faces da coroa dental, o que forma um ângulo triedro ou
simplesmente ângulo. Pode-se tomar como exemplo o ângulo mesial da face vestibular do incisivo
central superior, que resulta da convergência das faces vestibular, incisal e mesial; o ângulo distal
resulta da convergência das faces vestibular, incisal e distal.
Bordas
As bordas ou margens têm como função limitar as faces da coroa dental. Por exemplo: a face
vestibular está limitada das faces circunvizinhas através das bordas: mesial, distal, cervical, incisal ou
oclusal.
Terços
São linhas imaginárias, criadas para com o objetivo de facilitar a descrição de uma porção específica
do dente ou para localizar algum detalhe anatômico ou alteração patológica.
Divisão em terços da coroa
Linhas horizontais:
a coroa é dividida em
cervical,
médio e
oclusal (ou incisal)
Áreas de Contato
É o local de toque entre os dentes. Essa área cria quatro espaços em
torno dela:
1. Sulco interdental: no sentido vertical, pequeno espaço no lado
da oclusal da área de contato.
2. Espaço interdental: no sentido vertical, grande espaço
prismático no lado oposto.
Estruturas anatômicas
Comuns a todos os dentes
Linha do colo (ou linha cervical) (13): Serve como referência para
sabermos se há ou não perda óssea; linha entre coroa e raiz;
Bordas: Junção de duas superfícies; ângulo que é formado no
dente.
Bossas: Elevação arredondada situada no terço cervical da face
vestibular de todos os dentes permanentes e decíduos, entre os
terços cervical e médio da face lingual de pré-molares e molares
ou nas faces de contato de alguns dentes; convexidade.
Na maioria dos dentes é próxima à cervical; serve para
estimular a gengiva, já que “empurram os alimentos para ela”.
Linha equatorial: Distribuem o dente em 2 cones. É irregular. Passa
na maior convexidade do dente.
Cristas Marginais (6): eminência linear situada nas bordas mesial e
distal da face lingual de incisivos e caninos e nas bordas mesial e
distal da face oclusal de pré-molares e molares. Une as cúspides
vestibulares e linguais.
Evita que partículas de alimentos que devem ser trituradas
escapem da zona mastigatória e protege a área de contato,
evitando impacto alimentar.
Exclusiva de dentes anteriores:
Cíngulo (1): saliência arredonda no terço cervical da face lingual de
incisivos e caninos. Corresponde a porção mais saliente do lobo do
desenvolvimento lingual.
Crista Mediana: Elevação do esmalte presente na face
lingual/palatina dos caninos, no meio da Fossa Lingual. Essa
proeminência pode até dividir a fossa lingual em duas.
Fossa lingual: Escavação ampla e pouco profunda da face
lingual/palatina dos dentes anteriores, delimitada pelas Cristas
Marginais, Borda Incisal e Cíngulo.
Forame Cego: Depressão puntiforme entre o Cíngulo e a Fossa
Lingual, presente em alguns dentes anteriores.
Sulcos de desenvolvimento: Depressões lineares que dividem a
face vestibular em segmentos. Presentes em jovens. ↑ dentina
↓esmalte. Divide os lobos de desenvolvimento.
Lobos de desenvolvimento: Superfícies mais elevadas da face
vestibular delimitadas pelos Sulcos de Desenvolvimento. ↓dentina
↑esmalte.
Exclusiva dos dentes posteriores
Cúspides: saliência em forma de pirâmide quadrangular, típica de
pré-molares e molares. Possui vertentes, que são faces
triangulares; arestas, que são formadas no ângulo entre duas
vertentes e um vértice, que é o ápice da cúspide.
Posição Dentária
O alinhamento da dentição nos arcos dentários ocorre como resultado de forças multidirecionais
complexas atuando nos dentes durante e após a erupção. Quando os dentes erupcionam eles são
direcionados para uma posição onde forças opostas estão em equilíbrio.
As principais forças opostas que influenciam a posição dentária originam-se da musculatura
circundante. Outras forças (relativamente leves, mas constantes):
• Vestibular aos dentes estão os lábios e as bochechas que proporcionam forças linguais.
• Do lado oposto dos arcos dentários está a língua, que produz forças vestibulares sobre a
superfície lingual dos dentes. Ambas as forças, aplicadas na face pelos lábios e bochechas e
na face lingual pela língua, são leves, porém constantes.
Estas são os tipos de força que a qualquer momento podem mover os dentes dentro dos arcos
dentários.
Vista Frontal
Quando observamos os arcos dentários por meio de uma visão frontal, é possível ver o
relacionamento axial buco-lingual. Na arcada superior os dentes posteriores têm uma inclinação
ligeiramente vestibular (mais vestibularizados). Na arcada inferior os dentes posteriores têm uma
inclinação levemente lingual.
Vista Oclusal
Plano oclusal
Define-se como uma linha imaginária que passa pelas bordas incisais dos incisivos e pelas
pontas de cúspides vestibulares dos dentes posteriores.
Não é uma superfície plana, é representada como uma curvatura da superfície oclusal dos
dentes inferiores.
Referências
Okeson, J.P., TRATAMENTO DAS DESORDENS TEMPOROMANDIBULARES E OCLUSÃO. 7a. ed. 2013,
Rio de Janeiro: Elsevier. 504.
Oclusão
É o conjunto das relações estáticas (abrir e fechar) e dinâmicas (movimento lateral e protusivo) entre
as superfícies oclusais dos dentes e as demais estruturas do sistema estomatognático. O principal
objetivo de qualquer trabalho restaurador é reconstruir a anatomia oclusal que foi destruída: seja
por cárie, traumatismo, exodontia etc.
Oclusão Estável
Ausência de parafunção, eficiência mastigatória, estética e capacidade de adaptação.
Estática
1. Relação Centrica (RC)
É a posição fisiologicamente satisfatória do côndilo dentro da articulação temporomandibular.
Os côndilos estão em suas posições anterior e superiores em relação à eminência articular
completamente apoiados na vertente posterior da eminência articular e com o disco interposto.
Forma de ver se há interferência de algo. É importante para o conforto, função e a saúde do
sistema estomatognático.
Posição mandibular reproduzível
Referência para reorganização dos procedimentos em oclusão a manipulação da
mandíbula é feita para reabilitar a oclusão correta. Ajustar para a mandíbula voltar ao lugar
correto.
Posição de relação cêntrica:
Meios de obtenção
Técnica de manipulação frontal
1. Paciente em posição horizontal (cabeça para trás)
2. Boca aberta 1 cm
3. Polegar e indicador da mão esquerda apoiados na face vestibular de canino e pré-
molar da maxila
4. Polegar no mento ou na cervical dos incisivos inferiores e os outros dedos
apoiados na mandíbula
5. Com leve pressão e movimentos oscilatórios, manipula-se a mandíbula em RC
6. Dentes tocarão os dedos, depois terão o primeiro contato em RC.
7. Contenção Cêntrica
As cúspides vestibulares dos dentes inferiores e as cúspides palatinas dos dentes superiores são
chamadas de cúspides de apoio ou cúspides de contenção cêntrica. Estas cúspides mantêm uma
posição estática da mandíbula em relação à maxila quando os dentes estão em Intercuspidação.
As cúspides de suporte são responsáveis pela manutenção da distância entre a maxila e a
mandíbula e exercem um papel importante na mastigação. O contato de uma cúspide cêntrica se
dá na fossa central ou entre cristas marginais dos antagonistas.
Dinâmica
Elementos envolvidos nos movimentos da mandíbula:
1. Sistema Neuromuscular: Sistema Nervoso Central e Periférico.
2. ATM: direita e esquerda, guia condilar.
3. Oclusão Dentária: plano de oclusão, curva de Spee, guia anterior.
4. Sistema Neuromuscular: SNC (receptor da mensagem e origem da resposta), SNP (estímulo
nas fibras nervosas: fibras aferentes e eferentes)
Músculos e ATM
Músculos envolvidos: Masseter, Pterigoideo medial, Pterigoideo lateral, Temporal.
Modo de Ação: Relaxamento e Contração, Sinergismo e Antagonismo.
Masseter
Protrusão
Elevadores Pterigoideo medial
Retrusão Temporal
Lateralidade
Protrusão Pterigoideo Lateral Inferior
Abaixadores
Retrusão Digástrico
Protrusão
É o movimento que a mandíbula faz no sentido póstero-anterior.
Guia anterior: quando, no movimento de protrusão, os dentes anteriores inferiores (incisivos
inferiores) deslizam pela concavidade palatina dos dentes anteriores superiores (incisivos
superiores). É composta pela Guia Incisal. Determina o movimento de protrusão.
Guia Incisal: determinada através da trajetória percorrida pelas bordas incisais dos incisivos
inferiores contra a concavidade palatina dos incisivos superiores.
Fatores envolvidos:
Trespasse Vertical (ideal: ocorre no terço médio. Trespasse negativo): é o
distanciamento vertical dos incisivos, chamado também de overbite ou sobremordida.
Trespasse Horizontal: é o desajuste anteposterior entre incisivos superiores e
inferiores, chamado também de overjet.
Guia Posterior: é composta pela ATM (eminência articular). Ela determina o movimento de retrusão,
protrusão e lateralidade.
Lateralidade
Lado de Trabalho: lado para o qual a mandíbula se movimenta, onde as cúspides com o mesmo
nome se relacionam. Pode ser encontrado dois tipos de desoclusão:
1. Desoclusão ou Função em grupo: em que o grupo de dentes de segundo molar até o
canino tocam-se, simultaneamente, desde o início do movimento. Ou seja: Os caninos e
os dentes posteriores se tocam no final do movimento lateral. Este toque é mais
acentuado sobre o canino e diminui em direção ao último dente da arcada.
2. Desoclusão pelo caninho: onde, durante o movimento de lateralidade, o canino inferior
desliza na concavidade palatina do canino superior, desocluindo os demais dentes, tanto
do lado de trabalho, quanto do lado de balanceio.
Lado de Balanceio (não trabalho): lado oposto ao lado de trabalho (o qual a mandíbula se
deslocou), onde as cúspides de diferentes nomes adotam uma relação de alinhamento.
Movimento de Bennet: é descrito como a simples rotação de um côndilo, enquanto o
outro desliza para frente.
Ângulo de Bennett: quando a mandíbula é deslocada para o lado de trabalho, o côndilo
do lado de balanceio desloca-se para frente, para baixo e para dentro. Esse deslocamento
para dentro forma, com o plano horizontal, um ângulo com o plano paralelo ao plano
sagital.
Guia Lateral
Tipo de Oclusão
Oclusão mutuamente protegida - proteção mútua
Os dentes posteriores protegem os anteriores por meio de contatos durante a oclusão cêntrica e os
dentes anteriores protegem os posteriores das forças horizontais originadas nos movimentos
excursivos por meio de guias anteriores.
Em função os anteriores desocluem os dentes posteriores
Espaço ou fenômeno de Christensen (posterior)
Oclusão balanceada bilateral
É tida como o esquema oclusal ideal para prótese total e consiste na obtenção de pontos de contato
bilaterais e simultâneos entre os antagonistas, tanto em relação cêntrica quanto nos movimentos
extrusivos.
Prótese total
Apresentam contatos múltiplos simultâneos (em pelo menos três pontos)
Um contato anterior e dois posteriores (trabalho e balanceio)
Prótese total bimaxilar
Contato simultâneo de todos os dentes posteriores em harmonia com os movimentos
mandibulares
DVO com contatos intercuspídeos posteriores nivelados
Reposição dos dentes posteriores o mais próximo possível dos naturais, porém sem
comprometer os tecidos de suporte
O arranjo dos dentes deve permitir liberdade de movimentos.
Verificação da manutenção dos contatos na instalação da PT
Arco dental reduzido ou curto
O princípio considera que a presença de 10 dentes, sendo seis anteriores e quatro pré-molares em
cada arco, é capaz de manter as funções mastigatórias, estéticas e fonéticas na maioria dos pacientes.
OMS: quando há 4 pré-molares presentes o paciente não necessita de prótese.
Contato Prematuro
Contato dentário no movimento de fechamento mandibular, com o côndilo em relação cêntrica, que
é produzido antes de se conseguir a máxima intercuspidação. O toque simultâneo com a desoclusão
mandibular não interfere no movimento.
Interferência Oclusal
Contatos não fisiológicos que aparecem nos grupos posteriores e anteriores, quando são realizados
movimentos excêntricos de lateralidade e protrusão. O toque que interfere no movimento de
desoclusão mandibular.
Trauma oclusal
São alterações patológicas ou de alterações dos tecidos que ocorrem no periodonto em
consequência de força oclusal excessiva produzida pela ação dos músculos da mastigação. (oclusão
traumática – força oclusal).
Movimento bordejante
É a extensão máxima dos movimentos mandibulares, limitado pelos ligamentos, superfícies
articulares da ATM (côndilo/fossa) e pela morfologia e posição dos dentes. Ocorrem dentro dos
limites nos quais, a mandíbula se encontra e até onde pode chegar fisiologicamente.
1. No plano sagital: Diagrama de Posselt
2. No plano horizontal: Arco Gótico
3. No plano vertical (frontal): Diagrama em Escudo
Movimento mastigatório