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R E T O R N O
aos TREINOS
PÓS-
LESÃO
Esse guia é direcionado principalmente para cor-
redores amadores e profissionais que trabalham
com corrida. A ideia principal é fornecer informa-
ções de qualidade, unindo anos de experiência clí-
nica e um direcionamento para compreender as
principais lesões relacionadas à corrida, opções
de tratamento conservador (sem cirurgia) e os
principais exercícios preventivos relacionados a
esse esporte.
Importante
Esse guia de forma alguma substitui a opinião
de um profissional de saúde, serve apenas de
caráter informativo.
SOBRE O DR. BRUNO MATOSO
TENDINITE PATELAR...................................................................................... 13
Principais Causas..................................................................................................... 14
Tratamento Conservador (sem cirurgia)................................................................... 15
Agachamento Excêntrico.......................................................................................... 15
QUADRIL......................................................................................................... 20
Controle motor......................................................................................................... 36
Tratamento conservador........................................................................................... 38
FASCIITE PLANTAR........................................................................................ 46
Principais causas..................................................................................................... 46
Exercício excêntrico.................................................................................................. 52
Controle motor......................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS................................................................................................. 55
SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL
JOELHO DO CORREDOR
Essa é uma das principais queixas entre os corredores, principalmente entre as mulheres, ela
representa 16,5% das lesões mais comuns na corrida, por isso também é denominada “joelho do
corredor”. A principal característica é uma dor na patela (osso a frente do joelho como descrito
na foto acima), os movimentos que provocam um maior desconforto são agachamentos, corrida
principalmente na descida e durante o movimento de descer escadas.
Principais Causas
A dor patelofemoral é uma disfunção multifatorial, por muito tempo pesquisas apontaram como a
principal causa a fraqueza dos músculos quadríceps principalmente pela relação direta com a patela
e uma limitação da flexibilidade da panturrilha e tornozelo, mas pesquisas apontam que fortalecer
apenas o quadríceps em muitos casos não tinham repercussões na melhora da dor no atleta.
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Tratamento conservador (sem cirurgia)
As opções de tratamento conservador (sem cirurgia) utilizam educação (orientação sobre a causa
do problema), modificações de atividades que prejudicam a recuperação, exercícios de reabilitação
com enfoque em melhorar a qualidade do movimento e força, retreinamento de marcha que consiste
em melhorar o padrão de marcha (caminhar e correr).
O principal enfoque do tratamento para corredores com dor patelo femoral e observar se mecânica
do quadril alterada está ligada a dores no joelho, as pesquisas na última década apontaram para
essa tendência.
A falta de estabilidade nos músculos do quadril e região da pelve alteram a mecânica da corrida
provocando um colapso do joelho, sendo levado para dentro em direção ao centro do corpo. Essa
tendência principalmente em mulheres podem ser identificados por alguns testes de movimento
como:
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Observe a tendência do seu corpo
O principal enfoque com relação a corredores
com SDPF (Síndrome da dor patelofemoral)
consiste em um programa de exercícios que
enfatizem os músculos do quadril sendo o
principal o glúteo médio, pois durante a corrida
quando apoiamos em um pé só o corpo tem
que gerenciar 2,5 o peso corporal total de
carga durante a corrida, para isso é necessário
uma estabilidade global do corpo não apenas
fortalecer o quadríceps para melhor a absorção
do joelho, mas trabalhar para que todo membro
inferior músculos do quadril e que estabilizam
o tronco com os abdominais todos que estejam
envolvido para dissipar essa carga.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Extensão do quadril
Orientações:
Movimento de extensão do quadril, fundamental para manter a amplitude
de movimento para corrida e evitar sobrecarregar os joelhos.
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Controle motor
Ponte Unipodal
Orientação:
Ativação dos músculos glúteos e
quadríceps em extensão de quadril.
Controle Motor
Ostra
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Orientação:
Ativação de glúteo médio, colocar um elástico
e realizar movimento de rotação externa.
Controle motor
Rotação externa Unipodal
Orientação:
Manter o equilíbrio e com a outra
perna realizar um movimento
de rotação externa.
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Retorno para corrida
O retorno para corrida após uma lesão deve ser gradual e acompanhada de uma
mudança de padrões de movimento, principalmente na técnica de pisada que pode ser
utilizado o aumento da cadência (passada por minuto) e uma mudança na entrada do
contato com o solo, essa mudança deve ser gradual e de 8 a 12 semanas para iniciar o
aumento de volume de treinamento. Essa mudança preferencialmente deve acontecer
primeiramente na esteira, pois o ambiente controlado favorece esse retreinamento
de marcha e padrões. Nesse período de adaptação da corrida outras atividade de
exercícios aeróbicos podem ser implementados como Elíptico, bicicleta e atividades
na piscina como deep running (corrida dentro da água).
TENDINITE PATELAR
O tendão patelar é uma estrutura de ligação entre a patela e a tuberosidade da tíbia sua
função principal é criar uma alavanca eficaz para o quadríceps, isso gera uma maior
força pelo sistema de polia. A necessidade de um sistema eficiente de força nessa
região principalmente durante a corrida e para amortecer saltos de forma eficiente.
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Principais Causas
O tendão patelar é responsável por absorver
os impactos gerados principalmente no
movimento de flexão de joelho, o tendão
absorverá a energia, mas se a força for além
da sua capacidade poderá torna se uma
inflamação crônica normalmente com mais
de 6 semanas de duração, apresentando
inchaço e dor para caminhar e principalmente
ao subir escadas.
As principais causas são:
• Flexibilidade reduzida nos músculos
posteriores (Isquiossurais) e nos
músculos do quadríceps, isso pode
aumentar a chance de sobrecarga
gerando a tendinite.
• Força e potência principalmente nos
músculos do quadríceps com déficit,
isso poderá gerar uma sobrecarga
excessiva sobre o tendão.
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Tratamento Conservador (sem cirurgia)
O trabalho de agachamento excêntrico com declive é utilizado com uma alternativa
de tratamento interessante, estudos demonstram que trabalho excêntrico do tendão
provoca um realinhamento das fibras, reorganizando o sistema.
Agachamento Excêntrico
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Trabalhar sobre a flexibilidade dos músculos posteriores e quadríceps com rolo de
espuma ou mais rígido para realizar a liberação miofascial, uma alternativa interessante.
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Trabalho de Dorsiflexão de
tornozelo para ganho de
amplitude de movimento.
Controle motor
Exercícios excêntricos
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Exercícios excêntricos Unipodal
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Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento com eventuais déficits podem detectar a origem da
sobrecarga do tendão patelar, uma mudança de padrão de movimento da corrida e
uma alternativa em alguns casos será a mudança de tênis de corrida com (DROP mais
baixo) associado a uma readequação da técnica de corrida.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
Teste de Salto: Testar absorção qual estratégia de absorção do impacto.
O retorno para corrida após a lesão depende da readequação dos fatores de riscos.
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QUADRIL
Anatomia do Quadril
A importância de observar a anatomia do quadril para entender o funcionamento
dessa estrutura. O sistema de funcionamento é bola em soquete consiste na cabeça
do fêmur (bola) e do acetábulo (soquete). Abaixo estão duas imagens da anatomia
do osso quadril.
Podemos ver claramente a cabeça do fêmur e o acetábulo, que estão rodeados por
vários ligamentos e cápsula articular manter a estabilidade dessa articulação.
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Os músculos Glúteos são um dos principais
grupos do quadril é extremamente importante
para os praticantes de corrida. Existem 3
músculos glúteos que se ligam no ilio (osso
do quadril) ao fêmur, que se combinam
para realizar o movimento de extensão e
abertura do membro inferior. Quando esses
músculos são fracos ou inibidos, isso pode
levar a falta de controle do joelho durante
o agachamento, passada e principalmente
na corrida. A falta de controle do joelho
pode levar a uma alteração mecânica, que
podem desencadear as lesões nos joelhos e
principalmente impactos nas estruturas do
quadril e coluna.
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SÍNDROME DA BANDA ILIOTIBIAL
A banda iliotibial é uma faixa tendinea que percorre a lateral da coxa, sua origem se encontra
no quadril e sua inserção na região lateral do joelho. A principal função durante a corrida
é estabilizar a relação do quadril com o joelho durante o contato inicial do pé no solo. A
síndrome da banda iliotibial se caracteriza um dor mais comum uma dor do lado de fora do
joelho podendo repercutir acima do joelho em direção ao quadril.
Principais causas
Algumas causas atribuídas à dor na banda iliotibial são desgastes nos tênis, correr
em terrenos com desnível e fricção do tendão na parte óssea, mas há pouco suporte
científico para atribuir esses fatores a dor na banda iliotibial.
Um dos fatores que suportam o aparecimento dessa disfunção é a falta de força e
controle principalmente nos músculos abdutores do quadril e o rotadores externos
sendo o principal o glúteo médio. O corredor com falta de controle o força terá uma
rotação interna de quadril e joelho gerando estresse mecânico na banda iliotibial.
Tratamento conservador
A síndrome da banda da banda iliotibial é um problema muito comum dentro da
mecânica dos corredores à disfunção acontece principalmente pela repetição
do movimento aliado ao volume de treinamento com uma técnica ou controle do
movimento inadequado.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Observar a causa do sobrecarga na região lateral do quadril. Para utilizar recurso
para ganhar mobilidade utilizando rolo de espuma e necessário verificar se a
condição da dor na região não é devida uma fricção entre a região trocantérica o
tendão da banda íliotibial.
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Controle motor
Ostra com ponte lateral
Controle motor
Ativação de estabilizadores de quadril
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Análise de movimento na Esteira
Importante observar a tendência do quadril em realizar um rotação interna e se a
pelve irá cair para lateral (drop da pelve), esses padrões de movimento podem geram
um estresse excessivo na banda iliotibial durante a marcha e corrida.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
O retorno para corrida após a lesão depende da readequação dos fatores de riscos, no caso
da dor na banda iliotibial será necessário trabalhar controle motor e eliminar os déficits de
movimento para o retono mais seguro aos treinamentos.
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TENDINOPATIA DE ISQUIOSURAIS
(POSTERIOR DE COXA)
Os músculos Isquiosurais são essências principalmente para os atletas de corrida,
sua função principal é flexão do joelho e auxiliar na extensão de quadril, as lesões
mais comuns são estiramento agudos ou crônicos, sendo comum a tendinite na
inserção dos Isquiosurais na região posterior próxima ao glúteo sendo um problema
que poderá se tornar crônico.
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Principais Causas
Umas das principais causas para o surgimento da Tendinite de Isquiosurais é a falta
de ativação correta do glúteo máximo para realizar a extensão de quadril, para realizar
uma extensão os músculos posteriores são sobrecarregados, com a demanda de
treinamento e aumento de volume poderá gerar essa lesão.
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Tratamento conservador
Tratamento
A primeira iniciativa quando detectado a tendinite é reduzir qualquer carga sobre
o tendão, seja cargas compressivas ou de tração. Evitar realizar alongamentos e
movimentos de flexão de joelho com carga.
Os exercícios Isométricos de isquiosurais auxiliam na redução da dor e manutenção
da força muscular.
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Exercícios excêntricos
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Trabalho de flexibilidade
músculos posteriores.
Trabalho de flexibilidade
músculos posteriores.
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Ganho de mobilidade de rotação externa de quadril, principalmente músculo piriforme.
Controle motor
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Ativação excêntrica da
musculatura posterior e
estabilidade de quadril.
Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
O retorno para corrida após a lesão depende da readequação dos fatores de riscos,
no caso da tendinite dos Isquiosurais uma adequação na mecânica e mobilidade
principalmente no quadril no movimento de extensão, iniciar gradualmente treinos
em subida e manter volume de treino baixo e aumentar 10% por semana de acordo
com a distância alvo.
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IMPACTO FÊMORO ACETABULAR (IFA)
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Na tentativa de entender o que a mecânica defeituosa pode provocar deformidades
CAM e Pincer, muitos estudos identificaram a flexão excessiva do quadril / adução /
rotação interna como causa do impacto.
SINTOMAS
Os sintomas da IFA podem variar:
• Dor na parte superior da virilha ou na frente na região quadril lateral
• Dor profunda na região do glúteo.
• Dor com atividade (agachamento profundo ou passada)
• Dificuldade em sentar
• Dificuldade e dor ao realizar movimento de rotação, como movimento de colocar
as meias.
Importante notar que, embora você tenha um ou dois desses sintomas, você ainda não
pode receber um diagnóstico preciso. Muitos sintomas da IFA podem ser confundidos
e diagnosticados erroneamente como sintomas nos músculos flexores do quadril ou
estiramento da virilha. Se um lado tiver diferente do outro, deve-se ter cuidado ao
treinar em posições de agachamento profundo, passada, torção e alto impacto sem
consultar um fisioterapeuta ou um ortopedista especializado.
Principais testes
Uma avaliação do movimento pode ajudar a determinar se você está enfrentando
sintomas que podem estar associados ao Impacto fêmoro acetabular (IFA).
Teste de agachamento: mantenha-se com os pés separados pela largura do quadril (posição
neutra), dedos dos pés apontando para frente. Mantenha os braços acima da cabeça, as
costas (coluna) em posição neutra, agachando profundamente descendo ao máximo.
Este teste é positivo se você sentir uma fisgada na virilha.
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Este teste pode determinar se o corredor possui desconforto na região do quadril
e evidencia a falta de mobilidade que é essencial para os atletas de corrida que
necessitam ter uma excelente mobilidade.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
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Controle motor
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Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
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Principais causas
Umas das principais causas da “canelite” e fraturas por estresse são os erros de
treinamento, quilometragem excessiva e mudança de terreno de treinamento durante
os primeiros meses do inicio da corrida, pois o osso não está adaptado a nova demanda
de carga é impacto colocada.
Outro fator que contribuem para a “canelite” são os tênis inadequados para a técnica
de corrida, o corredor deverá escolher seu tênis de acordo com o tipo de técnica que
adotar, analisar se o corredor tem o contato inicial com calcanhar ou a parte da frente
do pé.
Outro componente importante para o aumento do impacto na e a rigidez articular
principalmente da articulação do tornozelo e a falta de flexibilidade podem contribuir
com uma má distribuição na absorção do impacto.
Tratamento conservador
A prioridade para os casos de “Canelite” é reduzir o impacto tibial, realizar atividades
ativas fortalecimento principalmente dos músculos que fazem a absorção do impacto
e realizar aeróbicos sem impacto como bicicleta ou exercícios dentro da água na fase
aguda. Após trabalho inicial:
• Avaliar mobilidade e flexibilidade principalmente membro inferior.
• Analisar Técnica de corrida, recomendação aumentar em 10% a cadência (passos
por minuto).
• Treinar com volume baixo até 6 semanas para adaptação dos novos padrões de
movimento de corrida.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Controle motor
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Equilíbrio unipodal
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Tênis: Qual o tipo do tênis mais apropriado para o estilo da SUA corrida.
Assimetria: Existe alguma alteração visível na região do quadril ou tronco.
Retorno para corrida
Após um episódio de “Canelite” o atleta de corrida deverá observar principalmente sua
cadência aumentar em cerca de 10 % aproximando de uma ideal de 180 passos por
minuto, muito importante o descanso após uma prova ou treino mais intenso para a
recuperação muscular e óssea, intercalando com outras atividades como musculação
e atividades na água.
Entorse tornozelo
A articulação do tornozelo é uma estrutura anatômica complexa, ela permite o
movimento em várias amplitudes, isso possibilita uma adequação em vários terrenos
irregulares, porém torna uma articulação muito vulnerável a entorses.
A desvantagem da mobilidade e versatilidade da articulação do tornozelo é que se
torna mais vulnerável a lesões dependendo da maneira de aterrissar no solo. Um
contato inadequado pode causar uma entorse, danificando ligamentos (laterais mais
acometidos pelo movimento de inversão).
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As entorses dos tornozelos ocorrem após um impacto repentino, aterrissagem ou
torção do tornozelo. Você pode ouvir um estralo seguido de uma dor aguda.
As entorses de tornozelo causam um edema importante (inchaço – a articulação
estará visivelmente com edema logo após de sofrer a lesão). Muitas vezes seguida
de uma dor latejante no tornozelo, mesmo quando não se coloca carga sobre o pé e
uma dor aguda ao movimentar o tornozelo.
Como proceder
Crioterapia
Quando se trata de gelo, um estudo de 2006 publicado na British Journal of Sports
Medicine sugere que um protocolo de gelo “intermitente” consistindo de 10 minutos de
gelo, 10 minutos de repouso e mais 10 minutos de gelo produzirá reduções mais rápidas
na dor e no edema no tornozelo quando comparado aos 20 minutos de gelo contínuo.
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
Mobilidade em dorsiflexão
Controle motor
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Gesto de corrida com estabilização do tornozelo
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Análise de movimento na Esteira
Uma análise de movimento poderá detectar uma pronação excessiva dos pés, esse
movimento aliado a uma estabilidade ineficiente pode predispor ao corredor ter
entorses frequentes, o ideal e analisar a corrida e fazer os ajustes necessários antes
de retornas aos treinos.
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FASCIITE PLANTAR
A Fáscia plantar é uma faixa grossa de tecido que percorre a base do calcanhar em
direção aos dedos. A fasciite plantar é uma das lesões esportivas mais comuns na
corrida, afetando principalmente a inserção no osso do calcanhar, ela poderá aparecer
por um leve desconforto na região durante a corrida, podendo desaparecer após alguns
minutos de corrida, ou persistir após o treino. Uma característica principalmente nos
casos crônicos é durante o primeiro passo do dia, que caracteriza por uma dor aguda
na região.
Principais causas
As principais causas da fasciite plantar ainda não
são bem compreendidas, mas existem algumas
relações com a perda da mobilidade da articulação
tornozelo, principalmente o movimento de
dorsiflexão. Essa condição aumenta a tensão na
fáscia levando a uma sobrecarga na região, a
diminuição da flexibilidade favorece o aparecimento
dos sintomas, reduzindo a absorção de impacto.
Além disso, fraqueza muscular principalmente do
M. gastrocnêmio (panturrilha) e os intrínsecos do
pé (pequenos músculos que sustentam o pé), os
músculos que realizam a absorção do impacto pela
falta da ativação correta como quadríceps e glúteos,
favorecem o surgimento da fasciite plantar.
Outro aspecto está relacionado ao treinamento
com aumento de volume ultrapassando o limite
fisiológico, e treinamento em subida (montanhas,
serras e colinas).
PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
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Relaxamento musculatura intrínseca do pé
Alongamento de panturrilha
e fáscia plantar
Controle motor
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Ativação muscular de gastrocnêmio
Ativação músculos intrínsecos do pé. (panturrilha) com músculos do pé.
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TENDINITE DE CALCÂNEO “AQUILES”
O tendão calcâneo “Aquiles” é fundamental para os corredores, ele é responsável
principalmete por acumular energia elástica e liberar em forma de desempenho se
utilizado a técnica correta, tem um papel importante na absorção do impacto produzido
na corrida.
Os sintomas da tendinite de calcâneo inicia com uma dor leve seguido de um inchaço no tendão,
se a tendinite ficar crônica poderá provocar um espessamento do tendão. Normalmente o
corredor sente após um treino e corrida e com a evolução do quadro os sintomas aparecem
para subir e descer escada, para fazer agachamento e atividades diárias.
Principais causas
Normalmente as principais causas da tendinite de Aquiles e a intensidade do
treinamento sobre o tendão sem estabelecer o tempo necessário para a recuperação
da estrutura, demanda de volume treinamento sem estabelecer o tempo necessário
de adaptação do tendão.
A técnica de corrida com a passada (cadência) baixa pode levar ao excesso de carga
sobre o tendão, além de algumas questões envolvendo a diferença no comprimento
dos membros inferiores e a pronação excessiva do pé.
A falta de controle do movimento, ou seja, a musculatura específica de absorção do
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impacto do membro inferior como: glúteos, quadríceps e tríceps sural (panturrilha)
precisam desempenhar um papel de absorver o impacto produzido através de uma
desaceleração do movimento (Movimento excêntrico) e com a energia acumulada
dessa desaceleração produzir o movimento de impulsão, qualquer interrupção desse
ciclo criará uma área de sobrecarga podendo desenvolver um tendinite principalmente
joelho e tendão calcâneo.
A mobilidade do tornozelo é peça fundamental para as origens da tendinite de calcâneo,
principalmente movimento de dorsiflexão que se estiver limitado, evitará que o tendão
calcâneo trabalha sobre a amplitude completa do tornozelo.
Tratamento conservador
O trabalho conservador da tendinite envolve investigar a causa da sobrecarga do
tendão, uma análise de marcha e corrida na esteira em câmera lenta pode auxiliar
principalmente no momento do contato inicial e como está absorção do impacto no
membro inferior.
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O exercício excêntrico é utilizado como uma alternativa de tratamento interessante, estudos
demonstram que trabalho excêntrico do tendão provoca um realinhamento das fibras,
reorganizando o sistema. O intuito inicial desses exercícios e estimular o tendão e não o
fortalecimento para aumento de força, iniciar com carga pequena e fundamental o atleta não
ter dor.
Exercício excêntrico
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PREVENÇÃO: MOBILIDADE/CONTROLE
MOTOR/ RETORNO PARA CORRIDA
Mobilidade
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Controle motor
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REFERÊNCIAS
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with Tibial Stress Fracture in Female Runners. Medicine & Science in Sports & Exercise 2006,
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control analysis of 2002 running injuries. British Journal of Sports Medicine 2002, 36, 95-101.
Biewener AA, Farley CT, Roberts TJ, Temaner M. Muscle mechanical advantage of human
walking and running: implications for energy cost. J Appl Physiol 2004. 97, 2266-74.
Neal , Barton , Gallie , O'Halloran , Morrissey. Runners with patellofemoral pain have altered
biomechanics which targeted interventions can modify: A systematic review and meta-analysis.
Franz JR, Paylo KW, Dicharry J, et al. Changes in the coordination of hip and pelvis kinematics
with mode of locomotion. Gait Posture 2009;29(3):494–8.
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Bandy, W.D., Irion, J.M (1994). The Effect of Time on Static Stretch on the Flexibility of the
Hamstring Muscles. Journal of the American Physical Therapy Association, 74:845-850.
55