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Segundo Ton Koopman esta foi a principal razão que o levou a realizar este artigo que
tem, antes de mais, um sentido pedagógico permitindo ao leitor uma aprendizagem
fundamentada sobre questões técnicas, e por outro lado questões mais direcionadas para
as edições e fontes usadas.
Sobre as fontes das obras de Buxtehude, Koopman afirma que não existe qualquer tipo
de autógrafo deixado. Devido a essa questão somos obrigados a confiar em cópias escritas
em tabulatura. Essas cópias feitas por alunos do próprio Buxtehude, assim como um dos
principais amigos do J.S.Bach, Johann Gottfried Walther que em uma carta escrita afirma
que estava obcecado com os autógrafos em tabulatura do Buxtehude.
Também J.S.Bach fez as suas cópias das obras do compositor que tanto o inspirou, hoje
em dia ainda existem nove dessas cópias.
Ton Koopman acredita que é difícil conseguir reconstruir o urtext perfeito, porque
existem várias fontes diferentes, com detalhes muito distintos. Afirma também que o mais
importante é seguir a fonte em que mais acreditamos, e tentar não misturar duas versões
diferentes criando uma nossa.
Para o autor é importante sabermos que a música de Buxtehude é de caracter livre, muitas
vezes improvisada, conhecido por Stylus phantasticus, por esses motivos é normal que
existam algumas passagens com diferentes ritmos, movimentos de vozes irregulares,
dissonâncias entre outas coisas. Com isto não podemos concluir que seja um erro de
edição, mas sim a maneira do compositor se expressar e criar um efeito especial para
todos os ouvintes.
Sobre registação, um aspeto muito importante na música para órgão, uma das questões
mais postas é quantas vezes temos de mudar a registação enquanto tocamos? O autor
responde, o máximo que o organista conseguir por ele próprio, se não conseguir é porque
está a mudar em demasia. Koopman afirma “With varied touches, beautiful
ornamentation, and diverse articulation, enough stop-changes, great variety of speed,
enjoying dissonances, being adventurousness, you will taste the music by Buxtehude
more than you expect.”
Ton Koopman afirmou que “Since the book by K. Snyder on Buxtehude we know exactly
that Buxtehude had his organ retuned in Werckmeister's new temperament in 1683:
'In that year both his organs were retuned, which took 36 days. From a letter to
Werckmeister we learn about Buxtehude giving his congratulations to Werckmeister on
his new tuning.' “
Neste artigo Koopman também ajuda a entender qual versão é a mais fiável para seguir,
ele afirma que nem sempre as edições mais antigas são as mais importantes, e que as
edições mais recentes serão as mais modernas.
Para concluir o autor aconselha “Never forget to have fun with Buxtehude's Stylus
Phantasticus.”
Koopman teve como referências documentos mais antigos, quase todos do século XVII.
Bibliografia:
Koopman, Ton (1991). Dietrich Buxtehude’s Organworks: A pratical help. The Musical
Times,
Laukvik, Jon (1996). Historical Perfomance Practice in Organ Playing – Part 1, The
Baroque and classical periods, Carus.
Van Oortmerssen (2002). Organ Technique. Goteborg Organ Art Center.
Arnold Dolmetsch (1915). The interpretation of the Music of the XVII and XVIII
Centuries (London: Novello and Oxford University Press).