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Maledicência (fofoca)

Primeiro momento - contar a história A fofoqueira.

A fofoqueira

Carlinhos, que estava de aniversário, resolveu convidar alguns amigos e colegas para
uma festinha. Convidou também Chiquinha, que estava morando no mesmo bairro há poucos
dias.
Como fazia calor, a festa estava acontecendo no pátio, que era um lugar muito
agradável, com muita sombra e flores. Conforme passava o tempo, Chiquinha parecia sentir-se
em sua própria casa, muito à vontade, pois Carlinhos já a havia apresentado a todos seus
amigos.
Chiquinha chegava perto das pessoas e falava coisas legais para elas, mas, quando as
pessoas saiam ela falava mal delas. Chegando perto de Toninho falou:
- Sabia que você é muito simpático Toninho? Sempre com esse sorriso contagiando todos
a sua volta.
Toninho ficou feliz com os elogios da amiga e agradeceu.
Chiquinha, ao se afastar um pouco do garoto, não conteve a língua e cochichou no
ouvido de Carlinhos:
- Que garoto mais dentuço, deveria colocar um aparelho naqueles dentes, no lugar dele
eu não sairia de casa.
Carlinhos ouviu aquilo e ficou em silêncio, com uma expressão triste.
Noutro canto do pátio estava Isabela e Chiquinha se aproximou. Mais uma vez não se
conteve:
- Olá Isabela, como você está bonita com essa roupa cor de rosa, ficou muito bem em
você.
Isabela contente agradeceu e Chiquinha logo adiante já achou alguém para fazer mais
um comentário:
- Que menina sem graça. De bela mesmo só tem o nome. Reparou como é gordinha?
Deveria fazer uma dieta.
Carlinhos que passava perto ouviu e resolveu chamar Chiquinha para uma conversa.
- Chiquinha, gosto muito de você e por isso vou lhe dizer que já é bem grandinha e deve
saber o que é certo e o que não é. Se tiver algum comentário para fazer a respeito de alguém
fale diretamente com a pessoa, de modo educado e sem ofender. Percebi que na frente das
pessoas você faz elogios e mal virando as costas está cochichando e falando o contrário. Não
acho que tenha sido isso que Jesus nos ensinou. Procure mudar suas atitudes.
Carlinhos acabou de falar e se aproximou deles Gustavo. Conversaram um pouco e o
menino foi pegar um suco, deixando Chiquinha e Carlinhos a conversar. Chiquinha, parecendo
que sua garganta queimaria se não falasse, abriu a boca mais uma vez:
- Olha o cabelo daquewla menina, muito horrível. Não deve conhecer xampu... Se eu
tivesse aquela cabeleira faria chapinha todo dia.
E continuava zombando.
Carlinhos ficou decepcionado com a amiga, mas não desistiu dela. Resolveu lhe dar uma
lição...
Passados alguns dias Chiquinha foi até a casa do amigo. Quando Carlinhos viu que ela
estava chegando fez de conta que conversava com alguém no telefone, soltando alguns
risinhos e falando:
- Está bem, está bem. Prometo que não vou falar nada para ela. Mas afinal de contas a
Chiquinha não é má pessoa. E aquelas sardas dela....
A menina escutando aquilo ficou desconfiada e curiosa para saber que conversa era
aquela e Carlinhos foi lhe explicando:
- Não liga não Chiquinha. Era uma amiga que é famosa por falar demais. Ela me falava
de você. Entre tantos comentários que ela fez disse até que você é sardenta, que parece
ferrugem e que é muito desengonçada! Imagine só, que coisa chata. Mas não se preocupe
porque quem age assim não merece crédito, não é confiável, você sabe... Eu mesmo acho que
essas pintinhas no seu rosto são um charme!
A essa altura a menina já tinha entendido o recado que Carlinhos lhe passava nas
entrelinhas e com o passar dos dias ela foi mudando. Sempre que tinha vontade de fofocar ela
se perguntava antes:
- É necessário? Se fosse comigo eu gostaria? É verdadeiro o que vou dizer?
Carlinhos ficou feliz com a mudança da amiga. Ele sabe que seguir o que Jesus nos
ensinou, ou seja, praticar o respeito, o amor, a indulgência e a bondade, certamente é o
caminho certo para que possamos viver bem e em harmonia com todos.

Segundo momento: conversar com as crianças sobre a história e os seus


personagens. Explicar sobre as conseqüências de fazer fofoca; pessoas que falam
mal das outras são inseguras, não tem amigos e as pessoas não acreditam nelas;
falar mal é ser desonesto, é mentir; fazer fofoca não é uma atitude inteligente.

Terceiro momento: perguntar/explicar:


* Qual deve ser nossa atitude quando alguém faz fofoca? Silenciar, não
incentivar, não puxar o assunto (fofoca), não passar adiante, mudar de assunto.
Sabemos, que às vezes, é difícil não comentar determinados acontecimentos
infelizes, mas devemos nos esforçar e estar sempre vigilantes para melhorar nossas
atitudes diante das fofocas.

Quanto antes começar o nosso esforço, mais fácil e rápido atingiremos o nosso
objetivo: tratar o nosso próximo da mesma maneira que gostaríamos de ser
tratados se estivéssemos na mesma situação.

Mudar de assunto, com delicadeza, é sempre uma atitude inteligente. Podemos


falar do último filme interessante que passou no cinema, algo engraçado que
aconteceu em nossa aula, algum brinquedo ou roupa nova que compramos ou
ganhamos, o livro que estamos lendo ou querendo ler e assim muitos outros
assuntos agradáveis.

Quarto momento: lembrar que quando falamos algo de alguém, nossas


palavras devem primeiro passar pelas três peneiras (fazer plaquinhas coloridas com
as palavras).

a) Verdade: é realmente verdade o que você vai contar (falar)?

b) Utilidade: tem alguma utilidade o que vai contar (falar)?

c) Bondade: é bom o que você vai contar (falar)? Está agindo com
bondade para com as pessoas envolvidas com os fatos?

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