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Nos últimos anos, com o aumento da taxa de juros, a inflação alta e a crise
econômica que ganhou tração durante a pandemia de Covid-19, muitas famílias
vêm sofrendo com o endividamento e a inadimplência. De acordo com a Pesquisa
de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada pela Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) 79,2% das famílias
entrevistadas no mês de outubro relataram ter dívidas a vencer.
Quando uma pessoa faz a compra parcelada de uma geladeira, por exemplo,
dizemos que ela contraiu uma dívida. Ser endividado, nesse caso, não tem relação
com o atraso ou não pagamento de parcelas. O parcelamento na compra de
produtos mais caros, como eletrodomésticos e veículos, é bem comum no Brasil
quando o indivíduo tem uma renda mensal, porém não tem condições de efetuar o
pagamento à vista.
A partir do momento que essa pessoa que comprou a geladeira, por algum motivo,
deixa de pagar as parcelas, ela está inadimplente. Uma das consequências da
inadimplência é ficar com o “nome sujo”, ou seja, ter seu nome e CPF nas listas de
serviço de proteção ao crédito. Isso limita a pessoa a obter novos créditos em lojas
e instituições financeiras.
Em julho de 2021 entrou em vigor a Lei federal nº. 14.181/2021, conhecida também
como a Lei do Superendividamento. Segundo o Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), ela possibilita que pessoas físicas possam solicitar a renegociação de blocos
de dívidas no tribunal de Justiça de cada estado. O objetivo é realizar uma
conciliação entre o cidadão e os credores e montar um plano de pagamentos de
caiba no orçamento. Essa ação também pode ser feita em órgãos como Procon,
Defensoria Pública e Ministério Público.