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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Entidade Promotora e Formadora
Projeto n.º POISE-03-4230-FSE-000257
No livro A Escolha de Sofia, de William Styron, que virou filme estrelado por Meryl
Streep, uma prisioneira polonesa em Auschwitz recebe um “presente” dos nazistas: ela
pode escolher, entre o filho e a filha, qual será executado e qual deverá ser poupado.
Escolhe salvar o menino, que é mais forte e tem mais chances na vida, mas nunca mais
tem notícias dele. Atormentada com a decisão, Sofia acaba se matando anos depois.
Dilemas morais, como a escolha de Sofia, são situações nas quais nenhuma solução é
satisfatória. São encruzilhadas que desafiam todos que tentam criar regras para decidir
o que é certo e o que é errado, de juristas a filósofos que estudam a moral.
1º Dilema:
2º Dilema:
«Considere outra versão da história do “carro eléctrico”. Desta vez, não é o condutor,
mas sim um espectador, que se encontra numa ponte acima dos trilhos. (Desta vez,
não há desvio.) O “carro eléctrico” avança pelos trilhos, onde estão então os cinco
operários. Mais uma vez, os freios não funcionam. O eléctrico está prestes a atropelar
os operários. Face a tudo isto sente-se impotente para evitar o desastre — até que
nota, perto de você, na ponte, um homem corpulento, e pensa:
3º Dilema:
4º Dilema:
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5º Dilema:
6º Dilema:
Entenda o caso:
Julho de 1993, os pais de Juliana Bonfim da Silva, levaram-na ao Hospital São José, em
São Vicente, litoral paulista. A menina estava passando por uma crise aguda de oclusão,
provocada pela doença anemia falciforme. Os médicos explicaram aos pais a gravidade
do quadro e a necessidade da transfusão sanguínea imediata, mas os pais (Testemunhas
de Jeová) foram irredutíveis e não aceitaram a transfusão. Respeitando a autonomia e
decisão dos representantes legais da menina (de apenas 13 anos), os médicos não
realizaram a transfusão sanguínea e dois dias depois, Juliana morreu. Quatro anos
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depois, os pais foram denunciados pelo Ministério Público, por homicídio doloso
(quando há intenção de matar), acusados de serem culpados pela morte da filha, ao não
permitirem a transfusão. O processo se estendeu até 2010, quando então o Tribunal de
Justiça de São Paulo, decide mandar o caso a júri popular. Em agosto de 2014, o casal é
inocentado.
O STJ entendeu que nesse caso, a culpa pela morte da menina foi exclusivamente dos
médicos que não realizaram a transfusão, respeitando a vontade dos pais, apesar do
iminente risco de morte.
7º Dilema:
Dilema de Helga
Helga e Raquel cresceram juntas. Eram as melhores amigas apesar do facto da família
de Helga ser cristã e a de Raquel judia. Durante muitos anos, a diferença religiosa não
parecia constituir problema na Alemanha, mas depois de Hitler tomar o poder, a
situação mudou.
Hitler exigiu que os judeus usassem braçadeiras com a estrela de David. Começou a
encorajar os seus seguidores a destruir os bens dos judeus e a bater-lhes nas ruas. Por
último, começou a prendê-los e a deportá-los.
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Uma noite, Helga ouve bater à porta. Quando abriu, viu Raquel nos degraus, envolvida
num casaco escuro. Rapidamente Raquel saltou para dentro. Ela tinha tido um
encontro, e quando regressou a casa encontrou elementos da Gestapo à volta de sua
casa. Os pais e irmãos já tinham sido levados. Sabendo do seu destino se a Gestapo a
apanhasse, Raquel correu para casa da sua velha amiga.