O documento discute como a cultura contemporânea enfatiza a busca por beleza e juventude através do consumo. Isso cria pressões para que as pessoas sigam padrões estéticos rígidos e veem o corpo como um produto a ser constantemente melhorado. Além disso, há uma banalização da saúde no sentido de tratá-la como mais um produto de consumo.
O documento discute como a cultura contemporânea enfatiza a busca por beleza e juventude através do consumo. Isso cria pressões para que as pessoas sigam padrões estéticos rígidos e veem o corpo como um produto a ser constantemente melhorado. Além disso, há uma banalização da saúde no sentido de tratá-la como mais um produto de consumo.
O documento discute como a cultura contemporânea enfatiza a busca por beleza e juventude através do consumo. Isso cria pressões para que as pessoas sigam padrões estéticos rígidos e veem o corpo como um produto a ser constantemente melhorado. Além disso, há uma banalização da saúde no sentido de tratá-la como mais um produto de consumo.
CULTURA Prof. Patricia Gasparetto SAÚDE, ESTÉTICA E CULTURA
A expressão da face é um dos atributos
mais apelativos da nossa personalidade podendo mesmo ser determinante na área profissional, como elemento de influência e adesão pelo sucesso interpessoal em dinâmicas de grupo. SAÚDE, ESTÉTICA E CULTURA
A boca é a primeira fonte de contacto
interpessoal ativa e um meio para expressar estados de espírito, emoções, sentimentos, opiniões, eventual revelador do nosso estado interior. SAÚDE, ESTÉTICA E CULTURA
A empatia que um sorriso pode provocar,
atrai, seduz, tranquiliza, e pode ser um primeiro sinal de postura corporal de abertura ao contacto. SAÚDE, ESTÉTICA E CULTURA O ato de consumir relaciona-se a uma tentativa de prolongar e ampliar nossas limitações carnais. No imaginário de artefatos relacionados à saúde e a serviços de consumo, considera-se a saúde como uma síntese imaginária da vitória do ser humano contra a velhice e a mortalidade inerentes a condição humana. (Vasconcellos-Silva et all, 2010) SAÚDE, ESTÉTICA E CULTURA
Ser jovem tornou-se sinônimo de ser
belo, produtivo e eficaz, e talvez por isso a vontade de aparentar-se como tal está sendo assimilada por pessoas de todas as idades. (TEIXEIRA, 2007) SAÚDE, ESTÉTICA E CULTURA
Nota-se uma cultura de massa que acentua
a desvalorização da velhice e dá forma à promoção dos valores juvenis. (MORIN apud TEIXEIRA, 2007), fazendo com que a estética seja entendida como um sinal de juventude, possibilitando que a sociedade aceite os indivíduos como ativos por muito mais tempo (WANDERLEY e SILVA, 2010). O poder da mídia, de acordo com Martin- Barbero (1997), só é pensável a partir da compreensão da nova revolução da sociedade de consumo (identidade pela produção X identidade pelo consumo), juntamente com a ação dos meios de comunicação de massa. Em um mundo individualista, liberal e globalizado, nem a família, nem a escola, nem as instituições acadêmicas, que poderíamos chamar de velhos redutos da ideologia, são espaço de possível socialização e da cultura da de massa da odontológica. Os novos espaços e mentores intelectuais são os filmes, a televisão, a publicidade, a rede eletrônica, que seduzem influenciando o modo de vestir e terminam provocando uma metamorfose nos aspectos éticos e morais profundos nos indivíduos/consumidores. O mecanismo das Tecnologias de Informação e Comunicação bombardeiam diariamente os consumidores para atender seus anseios estéticos , voltados para as áreas da medicina e da odontologia. É nesse espaço que a forma-mercadoria odontológica na cultura de massa da sociedade contemporânea, e ao culto ali instituído ocorre por meio da apelação ao sucesso, pois quem não adere ao novo acaba se tornando obsoleto e, invariavelmente, fadado ao fracasso. Matérias sedutoras e atrativas com expressões de efeito como: “sorriso perfeito”, “odontologia cosmética”, “sorriso de sucesso”, “hollywood smile”, “odontologia high tech”, “odontologia sem fronteiras”, “improve your self” TRATA-SE DO CULTO EXAGERADO AO MITO DA FELICIDADE, da sedução e da estética, como caminho para uma suposta idéia de sucesso na qual parece que há uma resposta para o desejo da busca da perfeição e da felicidade. • Tudo que é feito, produzido e vivido – também o corpo humano, a sexualidade e a própria linguagem- acaba sendo dividido e deslocado para o território do consumo. • O corpo parece ter assumido a função de representar o “eu interior” (self) Giddens, 2002. • Há pressões sobre o indivíduo para que sigam determinadas normativas em relação à aparência externa, ao visual. Na atualidade, vigora a idéia do corpo como produto que pode ser remodelado de acordo com a moda, com o poder de decisão do consumidor que, ao lidar com as informações do muitos “especialistas” odontológicos disponíveis no mercado, vive sobre a égide da ‘indústria do corpo’ O consumismo encarna a noção do indivíduo autônomo, racional, ‘egoísta- narcisista’, que é impulsionado primordialmente por expectativas de prazer e ganho derivadas de sua participação no mercado. EMMERICH and CASTIEL,p85, 2013. • O objeto odontológico Holliwood smile dos desejos e das vaidades na relação consumidor – cirurgião dentista se institui não como direito ou prazer do indivíduo, mas como dever a ser cumprido. • Há uma banalização na compreensão do processo saúde-doença. O indivíduo assume uma postura de gestor do seu próprio corpo. A vida recebe significado social e capital, tornando-se uma fonte de biovalor, capaz de produzir valor econômico. O fracasso em atingir e manter os ideais de beleza socialmente definidos é considerado uma expressão de fraqueza da vontade.